#manobra feroz
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cenaindie · 7 months ago
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FM-CINCO, MANOBRA FEROZ – Rítmo da Lagoa/Proteção https://cenaindie.com/album/fm-cinco-manobra-feroz-ritmo-da-lagoa-protecao/
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chupamanga · 2 years ago
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Entrevista: Duo Chipa
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Fotos: Alicia Morbach
Em agosto de 2022, fizemos essa entrevista com Audria Lucas e Cleozinhu, da banda de rock caipira Duo Chipa. A ideia era que entrasse na próxima edição do Chupa Manga Zine (em novo formato!), mas, como sequer conseguimos começar a mexer na publicação, fica aqui a nossa conversa na íntegra — antes que eles já tenham lançado mais uma dúzia de discos e estejam ganhando Grammys por aí. Dê o play e vamos nessa!
Falem um pouco sobre vocês, de onde são, como se conheceram, quando formaram o duo, e por quê?
[Audria]
Conheci o Cleo em 2019 através de uma amiga de Campo Grande, Lyd, que estava aqui em São Paulo na época, e contava que queria atravessar a fronteira do Mato Grosso do Sul com o Paraguai, de bicicleta. Esse assunto nos uniu e, assim, nós três ficamos muito amigos. Sempre tive interesse em aprofundar estudos da cultura regional do MS e do PY, convivi desde a infância com violeiros e cantoneiros do interior e sempre admirei as duplas que passavam pelas mesas de sobás (comida típica do MS) da Feira Central cantando e vendendo os seus CDs. Até que, um dia, Cleo e eu ligamos por vídeo e ele me propôs: VOCÊ QUER FAZER UMA BANDA DE ROCK CAIPIRA? Ele me contou toda a ideia e eu embalei levantando o astral pra cima: COM CERTEZA!
Foi assim que o duo se formou no primeiro ano pandêmico (2019). Nesse tempo, eu estava morando na casa do Edson van Gogh (da banda Jonnata Doll e os Garotos Solventes), eu passava muito tempo ajudando nas gravações do projeto solo dele e, consequentemente, aprendendo a gravar. Até que comecei a fazer o meu álbum visual solo, Segredo Autotélico, e também as primeiras músicas da Duo Chipa: "Lara" e "Dona Célia''. É até engraçado porque essas duas letras eu já havia escrito em janeiro de 2018. Eu cantei um acapela sem metrônomo no gravador do celular e mandei pro Cleo, ele simplesmente colocou uma guitarra em cima e usamos o mesmo áudio da voz, assim criou-se "Lara", fizemos a bateria eletrônica na mão posteriormente.
Nunca paramos de gravar. Enquanto isso, Cleo e Lyd também fizeram um álbum juntos, nunca publicado. Viajamos, eu e Cleo, para Campo Grande para dar vazão a todo esse processo e ensaiar as músicas que tínhamos prontas.
Logo em seguida, extremamos on-line no Festival Volume Morto, apenas eu e Cleo. Dividimos o streaming com a Lucinha Turnbull, Sophia Chablau, Lascaux, Banda Fisiológica, (…)
Lembro que foi divertido transformar o canto da sala em palco, passei o dia estudando como transmitir o som em linha para o Instagram, usando uma interface de áudio e uma Tascam MiniStudio-Porta 07. Usei o OBS e o Yellow Duck, um programa que entra na conta do Insta de forma externa, me senti hackeando a mim mesma. O resultado foi um show impecável (dentro do possível), iluminação verde, retorno nos fones de ouvido — tanto é que minha família só ouvia nossas vozes e o trastejado da guitarra na sala, tinham que acessar o Instagram ao vivo para ter a experiência completa. Estávamos entregues ao vídeo.
Quando começaram a gravar, como é esse processo?
[Cleo]
Eu comecei a gravar por conta própria em 2016, com outros projetos, inclusive já tinha entrado em contato com uma Tascam 4-track, de fita cassete. Apesar disso, sinto que comecei a produzir e mixar razoavelmente bem lá pra 2019, com nosso primeiro disco: Toada Audaciosa. Compramos uma placa de áudio decente, e um tempo depois também conseguimos uma Tascam. Desde então, todos os discos da Duo Chipa têm sido gravados e mixados por nós mesmos, mesclando processos analógicos e digitais.
O som de vocês tem toda uma mistura de moda de viola, punk, samples das Shaggs, drum machine — falem um pouco sobre essas influências, e o trabalho que têm feito de também digitalizar discos antigos no Youtube?
[Cleo]
Nossas influências vêm de diversos lugares, mas a essência da Duo Chipa é a música caipira do sudeste e centro-oeste brasileiros. Em nosso terceiro disco, Causos de Matuta, juntamos universos musicais muito distintos, mas tendo como centro a música caipira. Como você mesmo disse, a maneira como produzimos também foi bastante experimental: misturamos samples, guitarras e vozes, instrumentos midi, drum machines, rolou até autotune (rsrs). Dentre esses samples, teve recorte de The Shaggs, Conde Só Brega, Helena Meirelles, Ovelha, Titãs, El Kinto, Paulo Diniz, um orgãozinho gravado nos anos 80 pelo meu avô em fita cassete e um sample da própria Duo Chipa tocado ao contrário.
Sobre a segunda parte da pergunta, a gente curte muito ouvir discos e fitas cassete. Só as velharia mesmo, coisa de sebo, achados da família, etc. Tem muito conhecimento aí, e nada mais anarquista do que disponibilizar online pra qualquer um ouvir né? (rsrs) A gente só está seguindo o legado dessas grandes páginas do YouTube, como por exemplo a do Luciano Hortêncio… Só pérola.
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Como veio a formação em banda para shows?
[Audria]
Passado o perrengue da quarentena, iniciamos os shows presenciais. Fomos sentindo que faltava um baixo para consolidar o som, então ensaiamos com o Monch, e assim foi o nosso segundo/primeiro show. Rafael Omar chegou depois para integrar a batalha da bateria humana vs. eletrônica. Participamos com ele numa residência em Bonito-MS, no começo da dupla, então achamos que tinha tudo a ver. Chegamos a fazer um show presencial em Campo Grande-MS, mas sentimos falta dos outros elementos na noitada, por isso seguimos marcando presença como quarteto. Acho que a formação em duo continua só na beira de bar, tomando cachaça e tereré e jogando sinuca, nosso passatempo predileto.
Todos os integrantes da banda têm projetos paralelos com outros nomes, podem falar um pouco sobre eles?
[Cleo]
Atualmente eu também toco meu projeto autoral, com o pseudônimo cleozinhu. Esse projeto tem uma cara mais cloudwave... aquela estética estourada, cosmopolita e até mesmo desrespeitosa kkkk lá eu tô tentando assimilar o Hyperpop, Emo, Funk, guitarrinhas, tudo isso entre remixes, mashups e canções autorais. Você pode encontrar tudo aqui: https://soundcloud.com/cleozinhu
O álbum mais recente foi em parceria com a Audria (akaStefani) e o Rafael Omar (omar), chamado Manobra Feroz Vol. 1. 
A respeito de projetos anteriores, também trabalhei com a dupla "Cleo e Gago", junto com o querido Gago Ferreira, e também a banda de indie, slowcore, chamada "maleta", junto da Mari Ra e Thales Castanheira. Tudo isso você encontra no bandcamp e youtube do Estúdio Duo Chipa:
[Audria]
Como comentei anteriormente, tenho um álbum visual solo, Segredo Autotélico, lançado com o pseudônimo Audri.a Lucas. Digo que é um exorcismo emocional de teclados, piano e midi, experimentações vocais sem apelo à técnica, algo super intimista. Gosto de usar vários nomes para trabalhos diferentes porque assumo personas distintas. Acredito que cada projeto tem partes como integrantes, assunto, estilo, material e ferramentas, e tudo isso informa um conceito. Vindo da performance, gosto de manter esses conceitos coesos conforme meus projetos mudam. Por isso, já usei o nome ASLS e Aslys na pintura, Audria Lucas no projeto La Video és Sueno que tenho com a Rita Barros e Julie Dias (YouTube), hoje uso Stefani (akaStefani) no hip hop, assim vou usando partes do meu nome próprio de várias formas. Atualmente me preparo para lançar o meu segundo álbum solo com cantorias de viola, mas ainda não sei qual nome usar rsrsrs.
O que pensam sobre a "cena" independente/underground em SP e no MS?
[Cleo]
A relação entre MS e SP é antiga, inúmeros artistas do Mato Grosso do Sul acabam vindo para a capital paulistana, seja pra morar ou trabalhar esporadicamente. Infelizmente, o contrário não acontece com tanta frequência. Um dos nossos objetivos principais seria descentralizar esse cenário e conseguir integrar cada vez mais o circuito independente da capital com os interiores paulista e sul-matogrossense, mas precisaríamos de muito mais gente envolvida para essa ideia tomar uma forma maior.
O último disco de vocês (Causos de Matuta) foi lançado por selos do RS, como apareceu essa conexão? Já tocaram por lá?
[Cleo]
Causos de Matuta foi lançado pela Tal & Tal Records e Honey Bomb Records, nós nos conhecemos oficialmente pela internet. Quando fizemos a primeira reunião, a identificação foi certa. Por isso firmamos essa parceria e acredito que estamos nos ajudando mutuamente, tanto nos quesitos burocráticos de registro de ISRC e assessoria de imprensa, até mesmo em troca de ideias e referências. Ainda não fizemos turnê pelo sul, apesar de já termos ensaiado algumas coisas. Em breve com certeza vai rolar…
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Quais os próximos planos da Duo Chipa?
[Audria]
Nosso próximo passo é a gravação do nosso 4° álbum. Ele é, na minha opinião, o cerne do que chamamos Rock Caipira, porque passamos mais tempo trabalhando e maturando a junção desses dois estilos nessas composições. São, inclusive, os hits que mais tocamos no palco: "Biruta ou Zureta", que escrevi com Resquin (essa até já gravamos com o Otávio (Lesma) em um Fostex M80, gravador de fita), "Romântica", "Figurinha do Zapp", "Linda Projeção" e "Corote" (do compositor campograndense Boloro). Fora essas, temos mais 5 canções inéditas para entrar neste disco. Para produzi-lo, estamos inclinados a fazer um financiamento coletivo, porque embora tenhamos uma facilidade e prazer de gravar em casa, este álbum requer um cuidado que alcance outra sonoridade, diferente do lo-fi caseiro. Queremos uma produtora que dê conta de sua potência e que acredite nele tanto quanto nós mesmos.
: : :
Siga a Duo Chipa no Instagram, a banda toca nos dias 10 (Estúdio Depois do Fim do Mundo) e 16 (Associação Cultural Cecília) de dezembro em São Paulo.
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rebuiltproject · 11 months ago
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Frostmon
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Nível Adulto/ Seijukuki/ Champion
Atributo Dados
Tipo Fada
Campo Espíritos da Natureza (NSp)/ Salvadores das Profundezas (DS)
Significado do Nome Jack Frost, a personificação da geada e do frio, de origem no folclore norte-europeu.
Descrição
Amante da diversão e dono de uma personalidade cativante, Frostmon é o Digimon responsável por preparar o evento anual de natal no Mundo Digital Rebuilt. Sua habilidade de trazer o inverno, repleto de neve, pintando de branco as paisagens com sua geada característica, é o prenúncio de que Aquele que trás Diversão e Alegria está chegando.
Embora seja uma criatura carismática e muito sociável, são poucos os que tiveram a oportunidade de vê-lo cara á cara, uma vez que suas aparições ocorrem mais comumente no período do final do ano e sempre em função de cumprir seu trabalho, sendo rarissimo encontrá-lo fora dessa época. No entanto, existem ocasiões em que para se divertir, causa nevascas em pleno verão e os que tem a sorte de interagir com ele garantem que nunca se divertiram tanto!
Seu corpo elfico pequeno e esguio esconde uma força descomunal, que só aqueles que se atrevem a macular a santa época das festas puderam sentir. Quando isso ocorre, seu humor se transforma, e o que antes era um Digimon divertido e brincalhão se torna um ser mágico feroz e vingativo usando de todo seu conhecimento sobre a Feitiçaria da Água (linguagem avançada de programação) para lançar sobre o inimigo um inferno congelante (Merry FROSTmas). Quando tudo está bem e seu trabalho pode ser feito sem contratempos, sua habilidade física se mostra ainda mais impressionante de outra maneira, com Frostmon deslizando de forma radical com sua prancha magnética JACK, espalhando o frio por onde passa enquanto exibe suas manobras espetaculares.
Técnicas
Tiro Gelado (Icicle Shot) Conjura esferas congeladas que explodem numa pequena nevasca quando atingem o alvo. Em combate sério, causam extremo congelamento da superfície atingida;
Deslizamento de Neve (Snowslide) Realiza manobras radicais com sua prancha JACK espalhando neve por todo canto;
Feliz Temporal (Merry FROSTmas) Quando está irritado, conjura uma avalanche avassaladora com a Magia de Aquary contra o inimigo.
Linha Evolutiva
Pré-Evolução
Arctikumon
Artista Caio Balbino
Digidex Aventura Virtual
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blogaocaos · 1 month ago
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Animal Trees - Parte II
Quem foi o artista que fez a arte da capa do Espelho Trincado? A primeira sensação que sinto quando a vejo é “labirinto mental”. Foi a Lele Reis, artista de Brasília, também conhecida como Desenhando Coisinhas no Instagram. Eu tinha uma ideia muito específica do que queria em termos de estilo e atmosfera, e ela era a pessoa que tinha o traço que eu estava buscando. Eu sabia a estética que queria, que seria uma capa preta com ilustrações nas cores primárias no centro, e queria que fossem desenhos com uma pegada meio surrealista. Eu não tinha uma definição específica dos elementos que queria que fossem ilustrados, mas pedi que fossem imagens distorcidas, que remetessem ao corpo humano e elementos que remetessem à arquitetura, e que tivessem uma sensação estranha, desconfortável. Aí ela ficou livre pra bolar o que seria ilustrado, e acho que ficou um resultado muito bom. A partir das ilustrações vetorizadas dela, eu montei a capa com as sobreposições. Acho que essa sensação que você descreveu faz bastante sentido com as sensações que eu tive a partir da concepção desse álbum, e fico muito feliz que a arte tenha conseguido captar a atmosfera das músicas com tanta potência.
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Quais são seus projetos atuais e para o futuro? No momento eu venho explorando uma nova direção musical, me afastando um pouco dos elementos de rock, e me aproximando de sonoridades mais eletrônicas e experimentais. Isso era um caminho que eu vinha querendo explorar há um tempo, mas ainda não tinha encontrado um fluxo de trabalho que encaixasse bem comigo, porque a forma mais acessível pra compor esse tipo de música é com o computador, mas eu não gosto da experiência de compor assim, sinto que não desperta minha criatividade. Mas no final do ano passado eu comprei um sampler (Teenage Engineering EP-133 KO II), que foi o que me impulsionou pra esse lado, e comecei a compor músicas mais próximas dessa sonoridade. É importante pro meu processo criativo compor de uma forma mais manual e "analógica", então ter um equipamento destinado a composição e arranjo de faixas eletrônicas fez uma grande diferença. Venho fazendo algumas apresentações com repertório todo de músicas novas, compostas no sampler e adaptadas para um setup com controladores MIDI ligados no Ableton Live, e pedais de efeito. Então o loop passou a ter menos protagonismo na minha forma de compor e me apresentar ao vivo, mas as composições ainda são muito sobre repetição e construções graduais. Pretendo organizar essas músicas em um álbum ou EP, mas o conceito ainda tá se formando pra mim. Seria legal se eu conseguisse me organizar pra lançar no ano que vem. E espero conseguir apresentar essas novas sonoridades ao vivo em mais ocasiões, acho que até fugindo do formato clássico de fazer shows junto com bandas e tal. Acho que é uma sonoridade que dialoga com vários contextos, então seria legal explorar outras possibilidades de apresentação também, talvez em festas, talvez em espaços públicos... Coisas pra pensar. Pode nos indicar o que tem consumido? (filmes, livros, séries, músicas, artistas) Tenho consumido menos produtos artísticos do que gostaria, pela correria do dia-a-dia, trabalho e etc., mas acho que posso fazer algumas indicações principalmente de música.Eu tenho ouvido muito um grupo brasileiro chamado Manobra Feroz, que é uma galera que faz um som difícil de descrever, mas que mistura emo (aquele emo noventista, na linha de bandas tipo Cap'n Jazz, American Football, etc.), eletrônico, experimental, trap, hip-hop, várias doideras. Eles têm 4 EPs e cada um tem uma pegada meio diferente. Pra quem curte umas guitarrinhas emo eu recomendo muito os dois primeiros, e pra quem gosta de músicas mais eletrônicas e rap, recomendo os dois últimos.Fora isso, tenho ouvido bastante algumas bandas que já conheço e gosto há muito tempo, mas que sinto que tô me conectando em outro nível agora. The Brave Little Abacus (acho que minha banda favorita da vida, é um emo experimental totalmente diferente de tudo que existe), Unwound (post-hardcore cheio de atmosfera), Jeromes Dream (screamo violento e muito sincero), iwrotehaikusaboutcannibalisminyouryearbook (screamo todo desajustado, torto, errante). Não tem jeito, eu não consigo não ouvir emo hahhahah E uma série que vi mais ou menos recentemente e indico bastante (mas que é uma recomendação batida provavelmente) é Twin Peaks. Acho que tem muito a questão do contraste, do equilíbrio entre o denso e o leve, entre o contemplativo e o caótico. É uma série linda, por conseguir construir essas atmosferas com tanta profundidade e delicadeza. Acho que é uma inspiração pras novas músicas que venho compondo, é uma direção que tenho buscado seguir. Atmosfera, abstração, textura, glitch, sonho. Acho que essa é a linha do próximo trabalho ENCONTRE: instagram | spotify
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bunkerblogwebradio · 1 year ago
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O combate à liberdade de expressão no Brasil
No ano de 2023, o cenário nacional tem sido marcado por um esforço crescente dos agentes estatais em direção a tentar, de diversas formas, limitar a liberdade de expressão. Tudo começou com indicativos de um verdadeiro vilipêndio à Constituição Federal por parte de uma entidade que é definida pela própria Carta Magna como responsável por ser sua guardiã.
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Houve um tempo em que professores universitários, como aqueles das cadeiras de Direito Constitucional, de Direito Penal e de Direito Processual Penal, denunciavam os desmandos causados ao arrepio da Constituição Federal por diversos agentes estatais, políticos, legisladores e juristas, apontando-os como autoritários ou antidemocráticos.
É significativa a indignação, e a saudade, por parte de muitos de nós brasileiros, de um período em que a violação dos Direitos Fundamentais não passava despercebida. Há uma sensação de abandono em relação àqueles que teciam críticas fundamentadas àqueles órgãos e aosrepresentantes estatais que fizessem uso de uma interpretação demasiadamente alargada ou de uma ponderação forçada entre princípios constitucionais visando atingir interesses escusos.
A crítica feroz aparecia justamente pelos métodos de “interpretação” utilizados o serem atingindo, de forma contraditória, a essência daqueles próprios princípios que se afirmava implementar. Ninguém, afinal, considera algo de uma certa excentricidade tentar preservar a democracia a partir da limitação estatal à liberdade de expressão dos cidadãos aos quais este existe para servir?
São tempos sombrios. Existem, há muito, mecanismos penais e processuais penais suficientes para combater crimes de difamação, injúria ou calúnia, ou crimes contra a honra em geral. Não se trata de combater atentados contra a honra de indivíduos, trata-se de punir a mentira, pura e simplesmente. Há um potencial danoso considerável na empreitada em questão. É trabalhoso encontrar algo mais subjetivo, ou sujeito a manobras ocultas, do que um controle estatal daquilo que poderia vir a ser de caráter mentiroso.
A interpretação da Constituição Federal, dos Direitos e das Garantias Fundamentais, hoje, varia conforme o grupo político que está no poder, assim como as leis são interpretadas conforme quem está sendo submetido a julgamento. Há uma clara fuga, do objeto levado à análise, para o sujeito sob julgamento. O pretenso combate às “fake news” (notícias “falsas”) é mais um exemplo de uma conhecida tática utilizada por inúmeros regimes ditatoriais no decorrer da história.
A sociedade tem regredido, atingindo o momento em que ouvir o outro não é mais prioridade. O pretexto é o de combater o “discurso de ódio”, o decombater as “fake news”. Boa parte da sociedade e dos pretensos intelectuais fecham os olhos, no entanto, para quem costuma ser aquele que é acusado de proferir o discurso de ódio, para quem costuma ser o acusado de propagar “fake news”.Os mesmos agentes esquecem-se de verificar se determinado grupo político convenientemente não se encontra isento de acusações semelhantes.
A disposição de atacar criticamente e de forma fundamentada tendências autoritárias, por parte de determinados “intelectuais”, parece ser reduzidaquando tais tendências provêm de grupos políticos de seu interesse. O aspecto subjetivo, o agente, subitamente passa a interessar mais do que o objetivo, suas ações. Não é só: Quando o grupo político em questão assume o poder, parece que também aqueles que atuam ao seu redor, no seu interesse, ou prejudicando o grupo político contrário, ganham uma carta branca para violar o diploma constitucional. É a defesa “intelectual” da violação da democracia “em prol da democracia”.
Eis que pergunto: Até quando “os fins justificam os meios”? Um jogo de palavras que se encaixa muito bem na temática em questão. Afinal, é equivocadamente atribuído à obra prima de Nicolau Maquiavel, “O príncipe”. Mais um exemplo das danosas “fake news”. Talvez devamos procurar o responsável pelo equívoco e excluí-lo das redes sociais.
É inadmissível que um sujeito ofusque a verdade, mais um mentiroso em meio à sociedade. Aparentemente, não há como permitir que o cidadão brasileiro, ao que indicam as pretensas medidas, um autômato desprovido de senso crítico,leia o conteúdo em questão e o interprete de forma equivocada. É impressionante como muitos indivíduos têm a tendência a ver a verdade como algo absoluto e de fácil acesso, não como algo relativo, ou, muito menos, como algo que pode ser manipulado visando a preservação de interesses escusos.
A imagem de uma figura central infalível, quase sobre-humana, bondosa, desprovida de interesses materiais, escusos, sem nenhum interesse contrário ao bem-estar do “povo”, da “sociedade”, ainda se faz muito presente entre as massas. Não teria sido justamente esta a visão de muitos alemães durante a Alemanha de Hitler, de muitos Soviéticos durante parte da União Soviética de Lenin e de Stalin, de boa parte da Cuba de Fidel Castro? Sim, a visão endeusada, de infalibilidade e bondade ilimitada por parte de determinadas figuras políticas. Uma visão, no mínimo, perigosa.
Dar o poder de separar a verdade da mentira não seria uma dádiva pertencente apenas aos deuses? Sim, no entanto, na terra, no Brasil, vivem apenas humanos, perfeitos apenas na universalidade de sua imperfeição. Às vezes, esquecemos disto. Em algumas ocasiões, como em Cuba, na União Soviética e na Alemanha Nazista, com efeitos desastrosos.
No século XV, um padre dominicano e pregador de Florença, Girolamo Savonarola, promoveu aquelas que ficaram conhecidas como “fogueiras das vaidades”, termo que, desde então, não sem razão,passou a ser usado em sentido pejorativo. O mencionado padre liderou uma queima maciça, por parte de seus seguidores, tanto de livros quanto de obras de arte, e de tudo aquilo que representasse o sacrilégio em que consistiriam itens tidos como luxuosos. Entre tais aspectos, destaque-se o próprio “luxo” de diversos e selecionados livros, o “luxo” do acesso ao conhecimento. Há algo aparentemente pecaminoso em itens que permitam que o povo escape de ser transformado em massa de manobra.
Hoje, o que se promove, em discursos políticos, projetos de lei e decisões judiciais no mínimo duvidosas, mais uma vez, é a criação de várias fogueiras da vaidade. As chamas, hoje, começam a atingir a democracia e a liberdade de expressão, sob os aplausos dos pretensos “intelectuais”. A polarização política atingiu um ponto em que até alguns abolicionistas penais, defensores do Direito Penal Mínimo e constitucionalistas rigorosos defendem a restrição à liberdade de expressão. O cenário é de cegueira deliberada. Em alguns casos, de má-fé, pautada por claros interesses políticos. A hipocrisia é comparável a um caso hipotético de feministas que hoje em dia defendessem a antiga queima das bruxas de Salém.
Ora, atualmente, quem são as bruxas? Quem virá a ser queimado? A cegueira deliberada atinge, no momento, apenas interesses de um grupo político contrário àquele que ocupa o coração dos pretensos “Intelectuais”. Esquecem-se que a liberdade de expressão é um direito fundamental de caráter amplo, e inclui a liberdade dos próprios. Pelo menos, por enquanto. Afinal, a titularidade de ditar o que pode ou não ser expressado vem se tornando cada vez mais estatal. Até quando os próprios “intelectuais” serão imunes às possíveis arbitrariedades estatais?
É preciso que os pretensos “intelectuais”, os“especialistas”, se recordem e entendam, de uma vez por todas, que Galileu Galilei e Giordano Bruno não foram perseguidos por expressarem opiniões falsas. Eram falsas apenas para aqueles que tinham o poder de escolher a verdade mais conveniente, Eram falsas apenas para aqueles que detinham o poder de assim defini-las. As “fakenews” eram punidas desde aquele período tão distante. Não se pode esquecer, assim, que nossa civilização já sofreu muitos efeitos do combate às “fake news”. Giordano Bruno, as bruxas de Salém, e tantos outros acusados de heresia terminaram em cinzas.
Não é difícil, usando inúmeros exemplos históricos, demonstrar em quantas ocasiões uma política voltada à restrição da liberdade de expressão levou a regimes autoritários e verdadeiramente ditatoriais. Também não é difícil pesquisar no “google” sobre Holodomor ou sobre a carnificina das perseguições da Santa Inquisição. É possível, ainda, partir para uma abordagem literária e, ao mesmo tempo, metafórica. Cabe falar sobre hipocrisia, e, para tanto, usemos um conto de Edgar Allan Poe.
Em 1842, Edgar Allan Poe, o autor de “O Corvo”, publicou o conto denominado “O Baile da Morte Vermelha”. Começa apresentando a peste conhecida como “a morte vermelha”, que devastava o país, sendo que nunca “nenhuma praga jamais fora tão fatal ou tétrica”, “provocava dores agudas, torturas repentinas e, por fim, uma profusa hemorragia”, sendo que, durando apenas meia hora para dar início aos sintomas e matar os contaminados, era vermelha como o sangue que fazia jorrar.
O protagonista da obra, o “Príncipe Próspero”, observando a desgraça que recaía sobre os cidadãos ao seu entorno, menosprezando seus efeitos, construiu uma fortaleza com muros altos e fortificados para se isolar junto com parte da nobreza, com seus favoritos, escolhidos à dedo, deixando o restante da população para sofrer com os horrores da peste dos lados de fora de suas altas muralhas fortificadas. Após aguardar a entrada dos seus cortesãos, trancou os cadeados do castelo, deixando que a população se virasse com a peste.
Em sua fortaleza, o príncipe próspero realizava diversas celebrações, vivendo em estado de fartura junto a seus protegidos, com bailarinos, músicos, e gostos considerados excêntricos, tudo regado à “Beleza e vinho”. Toda a fartura ocorria enquanto a morte vermelha atingia a população que se encontrava dos lados de fora de sua construção fortificada, com altas taxas de transmissibilidade. Não havia esforço algum para tentar buscar uma cura para a peste. Havia apenas a sensação de segurança, de privilégio, e uma vontade voltada à celebração constante.
Em uma determinada ocasião, no ápice de seu contentamento, o Príncipe resolve convidar os seus mil membros da nobreza para participarem de um luxuoso baile de máscaras, com cômodos de diversas cores, além de tudo o que sua alta posição social e sua excentricidade pudessem lhe garantir. Houve, no entanto, um participante inesperado, que se vestia de forma bastante excêntrica até mesmo para o curioso príncipe. Era uma figura de porte esquelético, trajando “da cabeça aos pés as vestes da morte”, com um figurino que terminava em uma máscara de trejeitos cadavéricos.
Para enorme surpresa do príncipe, ao ordenar, indignado com a ousadia do suposto convidado, que o estranho indivíduo retirasse sua máscara, constatou, com horror, que o visitante era a própria morte vermelha, que finalmente se infiltrara em suailusória fortaleza. A morte vermelha havia atingido toda a população alijada dos muros construídos pelo príncipe, para, após seis meses, levar a vida do príncipe próspero e de todos os seus convidados, que, por muito tempo, imaginaram-se inatingíveis pela peste.
O conto em questão tem o potencial de trazer muitas reflexões e questionamentos interessantes. Apenas um desses bons questionamentos, fazendo jus à liberdade, pelo menos temporária, de poder se expressar de forma metafórica, é aquele referente à quando os “intelectuais” se levantarão contra a peste que circunda seus muros.Continuarão em silêncio, isolados em suas fortalezas, sentindo-se inatingíveis, esperando a chegada da morte vermelha? Fica a lição: não endeusem a si ou a outros, a liberdade é preciosa. Na omissão, na inércia, o autoritarismo, a arbitrariedade, a peste, sempre chega para todos.
*André Polido
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c-korak · 1 year ago
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Embora o filho de Tarzan geralmente parecesse indiferente às derrotas de seu time, escondido sob a fachada de um jovem gentil e complacente, havia um jogador feroz e incrivelmente competitivo. Suas derrotas não eram apenas esquecidas; elas eram cuidadosamente guardadas em um compartimento secreto de sua mente, onde eram analisadas e remoídas, alimentando um pouco da negatividade que às vezes transparecia. No entanto, algo inspirador estava prestes a acontecer, graças à empolgação e às ideias habilmente articuladas de Rider, que injetaram um novo ânimo no coração do time dos Leões. "Você está certa. Precisamos arriscar. A pior coisa que pode acontecer é não dar certo, não é mesmo? Não temos nada a perder." Porter concordou com a noção de assumir riscos, e uma faísca de animação e esperança brilhou em seus olhos. Como sempre, Luna não decepcionou ao trazer uma nova estratégia, o que o fez pensar que ela merecia ser a capitã do time, sem desmerecer o atual líder, mas a paixão e dedicação de Luna ao esporte eram verdadeiramente admiráveis. "Entendi", ele disse após ouvir a explicação, observando o campo aberto enquanto tentava calcular a complexidade da manobra. "O que você acha, Verdigris? Será que conseguimos mudar de direção no último segundo antes de atingir o chão?" Korak acariciou a cabeça de seu dragão, que emitiu um som que quase soou como uma resposta afirmativa. "Vamos tentar, Luna." Com um sorriso determinado, ele montou seu fiel Verdigris e, com um poderoso batimento de asas, ganhou altitude considerável. Korak segurou-se firmemente em seu dragão, dando o comando para começarem a mergulhar em direção ao solo, seguindo exatamente o que Luna havia descrito, como se tivessem avistado um besouro-verde. A velocidade era impressionante, excedendo as expectativas deles, e a combinação da força gravitacional e da euforia do dragão os fazia parecer um cometa em queda livre. Os olhos de Korak se arregalaram quando o solo se aproximou rapidamente, e ele tentou comandar Verdigris a executar a manobra. "Verdigris, volte, volte! Mude de direção agora!" Ele implorou em desespero, mas já estavam muito próximos. O dragão tentou desviar para cima, mas a colisão com o chão foi inevitável. Porter rolou para o lado, ganhando alguns arranhões na pele devido ao solo arenoso. Verdigris escorregou para o outro lado, levantando uma nuvem de poeira e parecendo um pouco atordoado. "Au!" Korak gemeu de dor quando finalmente parou de escorregar. "Acho que esse é um ótimo exemplo do que deveria acontecer com o apanhador do outro time, não é?"
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Sentiu-se satisfeita pela aprovação de sua sugestão, mas o sentimento logo se dissipou, sendo substituído por uma frágil decepção. O cenho se franziu, demonstrando desaprovar a negatividade do outro. ── A gente não pode pensar assim! Pras coisas darem certo e conseguirmos surpreender o outro time, temos que arriscar de vez em quando. ── A tentativa podia ser bem sucedida ou não, mas a única forma que tinham de descobrir quais eram as melhores jogadas a serem feitas, era tentando. A conquista do besouro sempre seria a prioridade de todos os times, por isso concordava com a preocupação apresentada por Korak, para o qual também já havia procurado por estratégias. ── Eu vi uma finta maravilhosa, que pode te ajudar a eliminar seu concorrente, pelo menos. ── Nunca continha sua exaltação ao discutir sobre seu esporte favorito. Com a imagem da jogada marcada na memória, Luna procurava pelas palavras que melhor a descreveria. ── O apanhador do time disparou em direção ao chão, fingindo ter avistado o besouro e chamando a atenção do apanhador adversário, que consequentemente o seguiu. A centímetros do chão, ele se recuperou do mergulho e desviou da colisão, mas o mesmo não aconteceu com quem o seguia, que se estatelou no chão. ── Encantava-se pela genialidade simples da tática usada. ── Foi realmente impressionante.
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loveforgaia · 4 years ago
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no meio dos gritos, precisamos de um pouco de serenidade - caso Mariana Ferrer
dias atrás a internet estava completamente calorosa e tensa quando veio à tona a sentença no caso Mariana Ferrer. não é novidade que a internet se posicione nos casos midiáticos, tanto que para isso temos a liberdade de expressão das pessoas, mas de nada adianta só se posicionar sem saber do que se tratou de fato a sentença. e por isso, vim trazer meus comentários de acadêmica de Direito, acerca da sentença lida e do caso em si. vou me pronunciar com relação a diversos pontos, desde a visão mais técnica, do Direito, até uma visão mais pessoal, de quem também possui seus valores e princípios.
antes de tudo, pontos importantes a serem tratados acerca do Processo Penal, para que a gente entenda o que ocorreu e o que ainda pode ocorrer:
. o juiz não tem pretensão probatória com relação à prova. em outras palavras, o juiz não pode produzir provas, isso cabe à defesa e em especial, à acusação, uma vez que o ônus da prova cabe a quem fizer a alegação (art. 156 do Código de Processo Penal). então: não era obrigação do juiz produzir provas, tão somente decidir acerca do que foi levantado no conjunto probatório. 
. dentro do processo penal, nas ações públicas, o MP é quem possui legitimidade ativa ["capacidade"] de propor ação e realizar os demais atos processuais que lhe couberem. como foi oferecida denúncia pelo crime de estupro de vulnerável (art. 217-A, § 1º, do Código Penal), a ação penal é a pública condicionada à representação da vítima. 
. a vítima pode participar do processo como assistente da acusação, portanto ela (por meio de sua defesa), bem como o Ministério Público puderam (e ainda podem, mesmo após a sentença) realizar os atos processuais cabíveis a eles. e antes que você pergunte: sim, ela poderia recorrer desta sentença uma vez que no relatório da sentença nota-se que ela se habilitou como assistente da acusação. porém, no Processo Penal a assistente de acusação só pode recorrer se o Ministério Público não o fizer. isso está previsto no nosso Código Processual Penal. 
. da leitura da sentença, observei no relatório que ocorreu toda a produção de provas, tudo foi devidamente produzido, e mais: notei como, desde o início da investigação por meio de inquérito policial (antes da propositura da ação penal), o acusado já havia sido preso temporariamente, proibido de sair do país e ainda ocorreu busca e revista pessoal do mesmo para apreender objetos e coletar material biológico. ou seja, tudo ocorreu nos termos do devido processo legal. a defesa dele impetrou habeas corpus pedindo que ele fosse liberto - já que estava preso temporariamente -, e tal pedido foi indeferido. porém, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina deferiu a ordem e a prisão temporária dele foi revogada, tendo sido solto. isso foi decidido por outros magistrados, não àquele que decretou e posteriormente manteve a prisão temporária. 
. ocorreu a AIJ (audiência de instrução e julgamento).
No rito ordinário, o processo penal ocorre na seguinte cronologia:
oferecimento da denúncia ou queixa (a denúncia foi oferecida pelo Ministério Público contra o acusado com base no art. 217-A, § 1º, do Código Penal - crime de estupro de vulnerável);
ocorre a rejeição ou recebimento da denúncia (ela foi recebida pelo juiz);
resposta à acusação por parte do defensor do acusado (aqui normalmente eles pedem coisas como absolvição sumária, o que por sinal foi feito pelo defensor do acusado André Aranha neste caso);
o juiz ou absolve sumariamente ou designa audiência (no caso, a segunda hipótese ocorreu);
alegações finais escritas sob a forma de memoriais (e foi aqui que o Ministério Público começou a mudar seu entendimento, indo contra a condenação do André Aranha);
sentença.
eu entendo todo o calor da emoção pelo qual as pessoas passam toda vez que leem uma notícia vendo como o machismo ainda é frequente, mesmo dentro do Poder Judiciário. sabemos que ainda há muito a ser percorrido com relação à realmente garantir que as mulheres tenham um acesso à Justiça que seja eficaz, que não retire seus direitos, e sim, que permita que elas possam vivenciar aquilo que já foi conferido por lei (e que ainda pode ser muito melhorado). porém, antes de entrar neste mérito gostaria de abordar outro ponto: o de proferir palavras e julgamentos sem ter tido o acesso àquilo que está sendo objeto de críticas. 
o que quero dizer com isso? quero dizer que mesmo em casos como esse, em que as pessoas estão do lado da mulher, não todas, infelizmente, fazendo um pré-julgamento dela, ainda assim precisamos ter um pouco mais de noção de que existe a possibilidade de não só em casos como esse, mas em outros também, de veículos como a mídia, simplesmente se aproveitarem do calor e ímpeto que as pessoas possuem para se valer disso e fazer manobras, criando narrativas inexistentes que as pessoas tomadas por esse calor e emoção acabam por acreditar cegamente. digo isso pois, apesar da omissão do juiz durante a audiência, a sentença (e tampouco as alegações finais do Ministério Público) em momento algum mencionaram que a vítima possuía culpa, e tampouco existe estupro na modalidade culposa, até porque são pouquíssimos os crimes admitidos na forma culposa, uma vez que a culpa está presente quando há: negligência, imperícia ou imprudência. no estupro, não há que se falar nisso. porém, mesmo assim, as pessoas caírem facilmente na narrativa de um jornal tomado de irresponsabilidade. e então "o circo pegou fogo".
ter isso como um pressuposto de que toda decisão tende a ser desfavorável à vítima com certeza ajuda a aumentar a descrença de que a Justiça seria feita neste caso. e quando a manchete com os dizeres "estupro culposo" veio à tona, a internet usou e abusou de seus dedos ferozes para condenar quem estivesse pela frente.
porém, o necessário é sempre ter um olhar equilibrado em que você demonstre seus princípios, lute pelos seus valores, porém ainda assim analise o CASO CONCRETO e o que há de CONJUNTO PROBATÓRIO. ninguém precisa ser formado ou estudante de Direito para entender as coisas ou ao menos ir pesquisar. quando damos as mãos para a ignorância e abusamos dela também damos razão para sermos criticados por isso. eu sei que as pessoas tem capacidade de entender o mínimo, e mesmo que não entendam: que ao menos lessem a sentença e a petição de alegações finais do Ministério Público, pois isso teria evitado tanta agressividade.
primeiramente, a utilização por parte da mídia de termos inexistentes e mais sensacionalistas é uma jogada para atrair o público e fazê-lo ficar fervoroso e revoltado no assunto. o que é para ocorrer, mas o problema está em ser tão manipulável e precipitado para condenar alguém sem antes ver o que a pessoa de fato disse. e isso vale para qualquer situação: tendemos a agir no calor da emoção, e n��o sabemos separar x de n, que são coisas diferentes, e generalizamos, fazendo exatamente o que criticamos. se você consegue olhar para uma situação que é multifacetária, tem vários pontos [assim como toda situação], você também consegue tratar tal situação da forma correta, que ao meu ver seria mais ou menos assim:
- numa determinada situação, uma pessoa espera que aquele que lhe fez mal seja condenado. o caso é levado ao público, que aumenta a pressão frente a uma condenação. porém, o oposto ocorre: o acusado é absolvido. isso ocorre de forma fundamentada pelo juiz, dentro do que diz a lei e segundo análise que ele fez do que tinha de provas consigo. ainda, quando ocorreu a audiência, o defensor foi completamente antiético e desumano, e humilhou a vítima. o juiz não soube agir de forma correta e se omitiu, perpetuando todo o cenário.
o que eu acredito que devemos fazer em cada situação? julga-las individualmente, e não de forma generalista, do tipo: ele errou em um ponto, logo toda a atitude dele está errada. para mim, quanto mais serenidade a gente tiver, melhor fica para julgarmos cada situação. um exemplo: como posso eu dizer se ele acertou ou não na sentença sendo que não tive acesso às provas? não sei. mas vou admitir que ele errou ao ser muito omisso enquanto ela estava sendo humilhada pelo antiético advogado. digo isso pois em outras situações é possível que uma pessoa esteja errada tão somente com relação a uma atitude, e não tudo. acredito ser muito necessário manter uma posição mais sensata nesses casos.
porém, esse deve ser o foco? não. pois estamos perante de uma coisa muito mais séria: um caso de estupro, uma mulher que está lutando para provar, dentro dos limites da legislação atual, que ela sofreu e que quer a justiça.
no crime de estupro, sinto que exatamente o oposto ocorre: a palavra dela não tem o valor que tem. deveria ter mais valor, e todos deveríamos ter consciência disso. com relação à toda a humilhação a qual a vítima é submetida, eu odeio ver isso ainda ocorrendo. eu odiei ver a omissão do juiz, do promotor e do defensor da vítima. eu imagino que a sensação que ela teve é de que realmente a Justiça não existe. eu tenho total sensibilidade por ela. 
porém, quanto ao funcionamento do Processo Penal, o Direito é complexo demais e por vezes a falta de um detalhe é causa para absolver, pois se falta provas em um PONTO específico, em termos de Direito, é possível absolver sim. quando as pessoas escutam que ele foi absolvido por falta de provas elas creem que nada foi levado em consideração, que ele foi simplesmente machista e ponto final. não sei quanto ao machismo do juiz, mas numa decisão de 51 páginas, se você acha que o juiz não analisou o conjunto probatório, já queé essa a sua atribuição, você está de fato analisando tudo de forma muito calorosa. digo isso sem juízo de valor e explicarei a seguir.
agora vou entrar em termos mais técnicos, e pelo amor de deus (kk), consiga separar minha opinião pessoal de minha visão técnica, uma coisa são as emoções, outra é a técnica, o Direito. se eu como futura profissional for inserir emoções e valores pessoais em todas as minhas atitudes, certamente hora ou outra algo dará errado porque as emoções podem nos confundir, podem nos fazer deixar algo passar, agir passionalmente. enfim, partindo para a análise.
do crime de estupro de vulnerável
este crime, tipificado no art. 217-A do Código Penal é praticado quando há conjunção carnal ou qualquer outro ato libidinoso com menor de 14 anos OU quando a pessoa não consegue resistir tendo em vista que possui alguma enfermidade ou, por exemplo, está sob efeito de alguma substância (art. 217-A, parágrafo 1º).
e então entramos no ponto CHAVE que levou à absolvição do André Aranha: existe controvérsia no conjunto probatório acerca do consentimento dela, e foi exatamente isso que o juiz fundamentou em sua decisão de absolver o acusado. não estou inserindo juízo de valor e dizendo que "ahh, ela mentiu", "ahh, ele merece ser absolvido mesmo". estou falando do que foi levado de PROVAS AOS AUTOS. para as pessoas, o simples fato de inserir algumas provas basta, quando para o juiz, o convencimento precisa ser muito mais pautado em coisas que não possuem contrariedade alguma.
dentro do Direito Penal, não basta chegar acusando alguém. precisamos provar. além disso, o juiz, ao analisar a situação concreta, deve analisar se existem todos os requisitos presentes para a configuração do crime, se havia dolo (intenção), os elementos do tipo, e no caso concreto, deve estar provada a condição de vulnerabilidade dela, porque não há dúvida de que houve a relação sexual/ato libidinoso, o próprio juiz disse isso. a única questão é a vulnerabilidade dela. 
para que se configure vulnerabilidade, ela tem que ter/estar: a) idade de 14 anos b) apresentar enfermidade ou deficiência mental c) estar em qualquer outra situação que impeça a sua resistência.
no caso concreto, o que ocorreu foi: ausência de prova objetiva acerca da vulnerabilidade. TODOS OS ELEMENTOS DO TIPO DEVEM SER PROVADOS PARA QUE OCORRA A CONDENAÇÃO, e assim é em todos os tipos penais.
nas palavras do juiz:
"Portanto, para a configuração do tipo penal do art. 217-A, §1º, segunda parte, do Código Penal é necessário que a vítima, por qualquer motivo, não tenha condições físicas ou psicológicas de oferecer resistência à investida do agente criminoso, bem como haja dolo na conduta do agressor e ciência da vulnerabilidade que acomete a vítima. [...] sendo a ofendida maior de 14 (quatorze) anos, além de não apresentar enfermidade ou deficiência mental, a vulnerabilidade a ser reconhecida deixa de ser pelo critério biológico, mas pelo estado anímico em que a vítima se encontrava na data do fato, a ponto de ser tolhida de sua capacidade de resistência. Como se vê a controvérsia reside no consentimento ou na ausência dele, eis que a ofendida, em tese, não teria discernimento para tanto. Todavia, a ausência de consentimento por parte da vítima, decorrente da impossibilidade de oferecer resistência (pela ingestão de substância ou embriaguez) não ficou demonstrada."
outro ponto a ser levantado: o juiz não disse em momento algum que não havia indícios de materialidade e autoria (de que o Aranha não tinha cometido nada), tanto que se assim fosse, teria absolvido com base no art. 386, III do CPP (não constituir o fato infração penal), quando na realidade fez com base no art. 386, VII (não existir prova suficiente para a condenação).
"In casu, não se desconhece que há provas da materialidade e da autoria, pois o laudo pericial confirmou a prática de conjunção carnal e ruptura himenal recente, também não se ignora que a ofendida havia ingerido álcool. Contudo, pela prova pericial e oral produzida considero que não ficou suficientemente comprovado que ela estivesse alcoolizada – ou sob efeito de substância ilícita –, a ponto de ser considerada vulnerável" (grifos meus)
e então vou explicar a contrariedade que se observa para que a gente note por que ele absolveu o André Aranha:
pelas provas às quais somente ele e as partes do processo possuem acesso, somente a palavra dela e da sua mãe foram a favor de que ela estava na condição de vulnerável naquele momento. portanto, a voz dela ISOLADA, em termos técnicos e no caso concreto, não pode ser prova suficiente para CONDENAR alguém. a voz do povo é essa, mas o Direito não é a voz do povo, para o bem e para o mal. 
para você nesta situação o in dubio pro reo (que significa que na dúvida, por falta de provas, o juiz absolve) é ruim, mas em outras você acreditaria que isso é o necessário, o eficaz. só que o Direito não pode ter essa insegurança de derrubar um princípio importante como o in dubio, pro reo só quando a sociedade escolher que ele é pertinente.
acerca do conjunto probatório analisado por ele, com relação à contrariedade:
uma testemunha apontou que não ficou provado que a vítima estava alcoolizada ou sob efeito de droga a ponto de ser considerada vulnerável e não consentir com o ato sexual por não ter capacidade de oferecer resistência. o juiz destacou que os exames de alcoolemia e toxicológico apresentaram resultado negativo, o que teria sido muito importante para condenar o acusado.
nas palavras do juiz:
"Em que pesem tais relatos, fato é que as testemunhas que estavam na companhia da vítima afirmaram que esta estava consciente durante o período que tiveram contato com a mesma, um 'pouco alegre', mas nada demais, nada que demonstrasse estado de inconsciência ou incapacidade, nem mesmo foram alertados pela ofendida de que havia sido violentada"
ainda, palavras de outra testemunha: a primeira pessoa a ter contato com Mariana após ela descer do camarote, contou que as duas "conversaram rapidamente, ela estava bem, normal". "aparentava estar bêbada, mas nada fora do normal. Logo em seguida, foi embora." esta testemunha também disse que ela não reclamou de nada e depois foi para outra boate. "Ou seja, neste momento a vítima aparentava estar consciente, comunicou-se com a testemunha, deixou o estabelecimento e não fez qualquer menção de que havia sofrido alguma agressão", palavras do juiz.
ainda, o segurança do Café de La Musique que fazia a vigilância do acesso ao camarote naquela noite e disse que a vítima e Aranha subiram no camarote juntos e, após alguns minutos, desceram, primeiro ela, momentos depois, o réu.
outra testemunha narrou que ela desceu em estado normal e não comunicou nenhuma agressão.
diante disso, o juiz afirmou que as testemunhas foram "categóricas em afirmar que a vítima, aparentemente, estava consciente e em estado normal no período que permaneceu dentro do Café de la Musique e que, inclusive, ao chegar no estabelecimento 300, igualmente aparentava consciência plena e capacidade motora normal, nenhum sinal de alteração que pudesse levantar qualquer suspeita".
ainda teve o depoimento do motorista do Uber que disse que na volta ela ligou para a sua mãe e começou a chorar muito. para ele, ela aparentava estar sob efeito de "algo", mas não estava bêbada, pois não tinha cheiro de álcool. nas palavras da mãe da vítima, ela chegou em casa "totalmente irreconhecível" e no banho notou que ela foi violentada, porque as suas roupas estavam manchadas de sangue e com forte odor de esperma.
e aqui entra a questão essencial: os relatos dela e sua mãe por si só não permitem concluir que Aranha praticou estupro (dentro do tipo penal), segundo o juiz, e isso faz sentido em termos técnicos pois não há outras provas que embasem a versão de ela não tinha capacidade para consentir com o ato sexual.
ainda, é necessário demonstrar que na sentença o juiz afirmou que: "Sendo assim, a meu sentir, o relato da vítima não se reveste de suficiente segurança ou verossimilhança para autorizar a condenação do acusado. Em que pese seja de sabença que a jurisprudência pátria é dominante no sentido de validar os relatos da vítima, como prova preponderante para embasar a condenação em delitos contra a dignidade sexual, nos quais a prova oral deve receber validade maior, constata-se também que dito testemunho precisa ser corroborado por outros elementos de prova, o que não se constata nos autos em tela, pois a versão da vítima deixa dúvidas que não lograram ser dirimidas".
EXPLICANDO TECNICAMENTE POR QUE SURGIU O TERMO "ESTUPRO CULPOSO"
acredito que um dos motivos para as pessoas chegaram a acreditar que o juiz estava fundamentando com a ideia de estupro culposo é porque �� possível que no estupro de vulnerável incida a tese de erro do tipo. seria o caso, por exemplo, de uma pessoa ter relação sexual com alguém que tem 14 anos de idade acreditando que ela não tem essa idade, mas sim 16 anos, por exemplo. a relação sexual de fato ocorre, mas a pessoa não tinha conhecimento da idade da pessoa. aqui, esse tese é cabível.
e nos casos de erro do tipo, segundo o art. 20, caput, do Código Penal: "O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei". caso houvesse o entendimento de que ele não sabia que ela estava vulnerável (porém, a vulnerabilidade nem mesmo foi provada), ele poderia alegar erro do tipo. e erro do tipo exclui o dolo, ou seja, ele não é punido a título de dolo (intenção) de ter cometido o crime de estupro. porém, é punido a título de culpa CASO tenha previsão em lei do mesmo crime na modalidade culposa. porém, não tem. logo o fato seria considerado atípico.
PORÉM, O JUIZ NEM MESMO ACOLHEU ESSA TESE DA DEFESA DO ANDRÉ ARANHA. portanto, nem deveria ter vindo à tona como algo que foi proferido pelo juiz, e aqui mencionamos toda a incapacidade das pessoas de ir atrás e ler antes de criticar.
e aí nasce a pergunta: "ok, mas e não poderia condena-lo pelo crime de estupro previsto no art. 213 do Código Penal?” sim. mas para isso: 
a) o MP deveria ter feito a emendatio libelli, alterando o tipo penal, mas na realidade o próprio MP, a partir das alegações finais, mudou o seu entendimento pedindo pela absolvição do réu por falta de provas; b) apenas em caso de haver violência ou grave ameaça comprovadas é que poderíamos falar em crime de estupro do art. 213 do CP.
não basta o desejo público, as emoções calorosas das redes sociais gritando pela condenação dele: as provas devem ser contundentes. veja, o juiz não pode condenar alguém por falta de provas, visto que isso é algo completamente perigoso.
ademais, infelizmente a mera existência de relação sexual não seria prova cabal para admitir que ocorreu o crime de estupro. porque para que o crime de estupro ocorra, é necessário que haja violência ou grave ameaça. não temos acesso às provas, e isso complica um tanto. em ambos os casos, de estupro de vulnerável e de estupro do 213, todos os elementos do tipo penal devem estar provados.
mas o que estou querendo passar aqui é: o juiz não absolveu o réu com fundamento de ter havido um estupro culposo, mas sim por FALTAR PROVAS, uma vez que existe a contrariedade no conjunto probatório, como foi dito acima.
estou mencionando tudo isso pois o que mais ocorre em casos midiáticos é um calor, uma intensidade por parte da fala das pessoas que não conhecem o mínimo do funcionamento do nosso sistema processual penal. não acredito que seja obrigação de todos conhecê-lo, mas que ao menos as pessoas saibam "ir atrás", da mesma forma que sabem procurar as famigeradas notícias mal explicadas. não se pode criticar o que nem se leu e nem se conhece, no mínimo que seja. por sinal, acho que todos deveríamos saber o mínimo pois o Direito é algo que nos afeta no cotidiano, mas num país onde o mínimo de educação não é garantido, não há que se esperar muito.
na vida, muitas vezes injustos acontecem e o nosso sistema processual penal, para o bem e para o mal, necessita de provas cabais e concretas, sem controvérsias. o mesmo valeria para um caso em que alguém está sendo acusado, porém nesse caso a sociedade está à favor dele. a sociedade gritaria e comemoraria em rede social a sua absolvição, e nesta situação teria ocorrido o mesmo que aqui. consegue notar? não se trata de dar um tratamento diferente porque as pessoas desejam e acreditam que seja o certo, dentro do desejo social, da massa calorosa. se trata do juiz dar uma sentença com base no que o Direito dá de respaldo à ele.
demais trechos da sentença que só comprovam que não houve absolvição por "estupro culposo" (o que nem mesmo existe no Código Penal):
"De fato, após detida análise do caderno probatório, verifico que não há elementos suficientes ao amparo de um decreto condenatório"
"as provas que instruem os autos são demasiadamente frágeis para embasar o decreto condenatório."
que isso sirva de aprendizado para que as pessoas saibam agir menos calorosamente e com mais racionalidade e frieza perante situações do tipo. devemos buscar a justiça, mas que isso ocorra dentro da busca da verdade dentro processo penal, que para tanto, necessita de provas contundentes sempre que for se tratar de condenação.
o juiz não pode sair condenando só para concretizar um desejo de vingança sem que esteja plenamente convicto disso. para entender por que tal princípio (in dubio, pro reo) existe, só pensar numa situação adversa em que alguém que você acreditasse que devesse ser inocentado fosse absolvido por falta de provas: nesta situação, a sua concepção de justiça seria a de absolver, certo?
porém, para o Direito Processual Penal, as coisas não se pautam na emoção ou valores pessoais, mas sim no que temos de provas para: condenar ou absolver.
existem entendimentos a favor e contra isso: a favor de absolvição por falta de provas, contra a absolvição, acreditando que devemos condenar sempre para 'evitar a violência'. porém, se assim fosse, todas as pessoas seriam condenadas só pela mera acusação e por um indício que fosse de que elas praticaram aquilo, sem a necessidade de produção de provas cabais.
a Justiça precisa ser justa, e isso não é redundante. para o bem e para o mal (outro conceito muito subjetivo, relativo), o mesmo deve ser aplicado a todos. se existe o princípio in dubio pro reo, ele deve ser aplicado.
encerrando minha análise técnica, fico extremamente triste em ver como ainda temos muito a evoluir com relação ao tratamento de vítimas de crimes sexuais. o que aconteceu com Mariana na audiência não pode mais se repetir. porém, infelizmente, ainda vivemos alguns retrocessos.
que através deste texto três coisas - distintas - tenham ficado claras: a minha análise técnica; a ideia de que devemos tratar cada situação de uma forma, pois a audiência foi uma vergonha, todos presentes deveriam ter feito algo - juiz, promotor -, mas a sentença foi proferida com base no que foi levado aos autos; e a minha posição pessoal, que sim, tem empatia e humanidade, pois se fosse o oposto, estaria completamente errado. mas, também não posso deixar de racionalizar sobre o caso me pautando tão somente nisso.
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erinle · 5 years ago
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ERÍNLÈ
Eníbúmbú, olódò-odò, olómi-omi O culto de Erínlè nasce no Odu de Òkànràn Ogbè. Seu culto está centrado ao redor do rio Erínlè, um rio tributário do rio Òsun, que atravessa a cidade de Ìlobùú (Ilú Òbú ou cidade de Òbú), localizada ao sul da Nigéria Ocidental, na estrada de Ogbomoso para Osogbo (está situada aproximadamente dez milhas a oeste de Osogbo). Ele é a divindade patrona de Ìlobùú. Ìlobùú é um centro de comércio para o inhame, milho, mandioca, óleo de dendê, abóbora, feijão, quiabo e está em uma área de savana habitada principalmente pelos Yoruba. Òbú é um tipo de giz nativo (efun) e é comestível. É usado para temperar comida e era um dos temperos principais, muito antes do sal, da mesma forma que o aró-àbàje (uma tintura azul comestível) é usado para temperar comidas como o ekuru aró.
Tido como filho de Ainá, Erínlè é considerado por muitos como filho mítico de Yemoja e de Olokun. É um Òrìsà caçador, pescador e um médico, por conta do seu grande conhecimento da floresta e da flora. Este Òrìsà, enquanto médico dominou, antes que Osányìn, o poder da botânica. Não é incomum para os sacerdotes de Erínlè carregarem um cajado (òsù) semelhante ao que carregam os sacerdotes de Osányìn e de Ifá devido a importância deles como curandeiros medicinais.
Sabe-se que ele conhece o poder curativo do Eja aro. Essa medicina nasce em Òkànràn Òfún. O peixe seco (eja aro) é conhecido em Nupeland e isso é revelado pelo caminho de Òkànrànsodè descrito abaixo e na conexão entre Erínlè e o exilado rei da Nupeland.
Há muitas variações no nome pelo qual Erínlè é conhecido. Assim, ele é comumente conhecido como Erínlè dentro de Egbado, Erínlè em Ìlobùú, Enlè em Okuku. Em Cuba e Trinidad ele é conhecido como Inlè ou Erínlè “Ajaja”. Ajaja é um título honorífico que significa “Ele que come cachorro”, “o que é feroz”. No Brasil, no Candomblé Ketu, ele é conhecido como Inlè e Òsóòsì Ibualama. Erínlè quer dizer elefante (Erin) em-o-terra (ilè) ou terra-elefante.
Erínlè é considerado por alguns como uma divindade hermafrodita, mas ele é adorado principalmente como uma divindade masculina em Yorùbáland. Ele é pensado por alguns estudiosos como sendo o aspecto masculino de Yemoja Mojelewu. O que parece consenso é que Erínlè mora na floresta com os irmãos Osányìn, Ògún e Òsóòsì, no cultivo com Òrìsà Oko, nas águas com Yemoja, Otin e Òsun. A residência verdadeira dele seria o ponto onde o rio encontra o oceano, onde docemente se misturam as águas doce e salgada.
No Candomblé Ketu é considerado que Erínlè tem dois caminhos ou aspectos. Um aspecto é considerado um velho caçador, Òsóòsì Ibualama. O outro caminho é mais jovem e mais delicado e bonito, normalmente chamado Inlè.
Na tradição Lukumi, Erínlè é acompanhado por Ibojuto e Abátàn. Abátàn (ou Abàtà = pântano) é a divindade da baixada. Abátàn normalmente é considerado como a companheira feminina de Erínlè mas alguns reconhecem Abátàn como masculino. Quando Erínlè é assentado dentro da cerimônia de iniciação, Abátàn também é assentada. Ela tem canções e oríkì separados. Abátàn come com Erínlè e participa de todas as suas oferendas e sacrifícios.
Erínlè seria acompanhado por Abátàn, sua contraparte feminina. Duas divindades que se unem como um, embora distintos, eles funcionam juntos, como uma unidade. Há um equilíbrio, dando uma visão instantânea do caráter de Erínlè, uma mistura perfeita de energias masculina e feminina.
Além disso, na tradição Lukumi, considera-se que a familia de Erínlè se compõe de: Abátàn – sua esposa, Boyuto – guardião de Erínlè e Abátàn, Otin – filha de Erínlè e Abátàn, Jobia – filho de Asipelu, ajudante de Erínlè, Olóògùn Èdè (Lògùn Èdè), o “senhor” (dono) do medicamento (medicina) de Èdè – filho de Erínlè com Osun, e, por último, Asao – duplo de Erínlè. Na Nigéria, Erínlè tem muitas manifestações ou caminhos, conhecidos como ibú: Ojútù, Álamo, Owáálá, Abátàn, Ìyámòkín, Àánú. É o oríkì de cada ibú que distingue entre os caminhos diferentes ou manifestações de Erínlè, como um se apresentando na sua coragem, outro como um caçador, outro ainda no poder presente na profundidade do rio. São cantados oríkì individuais a Erínlè no seu festival anual da mesma forma como também são invocados coletivamente.
O awo – ota – Erínlè ou otun Erínlè, é o nome dos recipientes usados dentro do culto de Erínlè (em Okeho é adicionalmente conhecido como aawe – Erínlè, onde tem uma forma totalmente diferente das encontradas em Ìlobùú e na maior parte da Yorùbáland). Potes fechados que guardam pedras e água são predominantemente associadas com divindades fluviais femininas, como aqueles encontrados nos cultos de Yemoja e Òsun. O awo – ota – Erínlè é o recipiente tradicional para guardar os ota de Erínlè. Sacerdotes de Erínlè dançam em procissão como parte do festival anual de Erínlè em muitas partes de Nigéria. Para o festival, sacerdotes trazem com eles o próprio awo – ota – Erínlè para o festival no rio de Ìlobùú. Quando a possessão acontece, Erínlè dança com o awo – ota – Erínlè colocado no alto da cabeça.
O òpá òrèrè (osu/cajado com o pássaro de ferro) de Erínlè é a representação para os seus seguidores da importância de Erínlè como curandeiro. A divindade mais amplamente conhecida com o mesmo símbolo é Osányìn. O cajado é feito de ferro. Sempre é mantido em pé. Pássaros de ferro empoleiram-se no topo. A maioria dos exemplos mostra um grande pássaro central cercado por pássaros menores. Não há diferenças significativas entre os cajados de Erínlè e de Osányìn encontrados na Nigéria, cada cajado é uma peça autorizada e única e assim os estilos variam imensamente. Porém há dois desenhos comuns do cajado de Osányìn feitos dentro da perspectiva dos awo em Yorùbáland. É comum se ver um cajado relativamente curto com um grande pássaro em seu topo e com 16 pássaros menores, em um arranjo circular, que olham para o pássaro mais alto, central. Lá também pode ser encontrado um òpá/osu Osányìn alto, com um só e único pássaro e quatro cones de metal invertidos, as aberturas deles coberta por disco de metal para guardar medicamentos; seguro levemente na parte mais baixa do cajado (este cajado também é encontrado na tradição Lukumi, sua especificação é considerada um requisito de Odù).
Deve ser acentuado que os cajados de Erínlè e Osányìn nas terras Yorùbá são encontrados em muitas variações no número de pássaros, formas e estilos. Foi sugerido que os 16 pássaros menores representam a divindade Odù e os Olódù de adivinhação. As curvas graciosas destes pássaros estáticos também podem ser confundidas com um agrupamento permanente de folhas de metal. Tais folhas, que não morrem, são uma lembrança visual forte para Osányìn e os medicamentos de Erínlè!
O pássaro de coroamento é, segundo muitos, um símbolo do poder sobre/pacto de Osányìn e Erínlè com as Ìyáàmi. São os medicamentos herbários de Erínlè e Osányìn que podem neutralizar ou contrapor-se aos ataques pelos aspectos negativos de Ìyáàmi. Eleye significa “mulheres que possuem e são pássaros”, sendo os pássaros os mensageiros de Àjé/Ìyáàmi. Estes mensageiros também podem ser vistos em muito da estatuária religiosa e do simbolismo real, como por exemplo, no alto da coroa dos Oba. Ìyáàmi é em essência o àse/awo feminino primordial, que pode ser potencialmente benéfico ou maléfico (em condições judiciosas). Os símbolos de pássaro lembram aos líderes e congregações que ninguém está acima das forças invisíveis que precisam ser apaziguadas. As Ìyáàmi representam a gênese, as guardiãs e as doadoras do àse na terra.
Boyuto ou Ibojuto é encontrado em todos os santuários Lukumi para Erínlè. É descendente do òpá Erínlè encontrado entre os Yorùbá. Boyuto leva seu nome de uma das qualidades ou caminhos de Erínlè. Esta qualidade de Erínlè está ligada a profundidade impressiva do rio Erínlè. É dito que nesta profundidade é encontrado o reino mítico de Erínlè, chamado Ode Kobaye. “Esta profundidade escura do redemoinho é chamado Ojuto. Acredita-se assim, profundamente, que as duas casas históricas (ilé pètésì) teriam sido tragadas para cima (emergido) dentro das correntes coloridas de índigo. Do fundo do ibu Ojuto, assim é acreditado, bandos (escoltas) de pombos voam para acima das águas e desaparecem no ar.” (Baba Erinlè de Ílobúù falando com R. F. Thompson no local de rio Erínlè, em Ílodúù, 1994). Boyuto ou Ibojuto é também conhecido comumente com osu de Erínlè.
Òkànràn Ogbè – O nascimento do culto de Erínlè
Um Itan do Odu Ònkànràn Ogbè conta a história de um homem Nùpe (Tápà) com o nome de Àyònù que veio para a região de Ílobùú. Ele era o herdeiro da coroa em sua terra natal porém devido a algumas manobras políticas o título lhe foi usurpado e ele foi forçado a fugir da cidade – ele teria sido morto para destruir a possibilidade de qualquer reivindicação futura à coroa.
Àyònù veio para Ìlobùú para caçar e ajudar a um caçador nativo que tinha uma estranha aparência. O amigo percebeu que Àyònù, embora mostrando-se apto nas habilidades da caça e agudo em aprender todos os segredos possíveis, não vivia sua vida conforme um caçador. Àyònù contou sua história para o amigo caçador. O amigo era Erínlè mas ele não o conhecia pelo nome porque os caçadores não mencionam nomes no mato para não serem afetados por nenhum dos espíritos animais. Caçadores referem-se uns aos outros simplesmente como Àwé. Erínlè, por seu turno, contou para Àyònù sobre sua casa, um palácio que ele tinha embaixo da terra. Ele golpeou o chão com a palma de sua mão, a terra abriu-se e os dois desceram para o palácio subterrâneo.
Erínlè tinha estado caçando por um longo tempo e, assim, ele decidiu fazer um pacto com Àyònù. Erínlè prometeu para Àyònù um nova coroa para recompensá-lo pelo título que ele havia perdido em sua terra natal. Ele disse para Àyònù que, por tanto tempo quanto ele continuasse a lhe trazer comida de caça, ele o compensaria com um título novo. Erínlè também prometeu que a guerra nunca afetaria o reino dele. Erínlè e Àyònù consolidaram seu pacto e Erínlè retirou-se para seu palácio na terra. Ele disse para Àyònù que se ele precisasse dele novamente deveria chamá-lo golpeando a terra com a palma da sua mão. Àyònù nunca mais viu seu amigo novamente.
Àyònù construiu sua casa lá e logo outros caçadores vieram viver com ele, seguidos por fazendeiros. Uma cidade tinha sido estabelecida e eles consultaram Ifá. Os adivinhos lançaram Òkànràn Ogbè e Òrúnmìlà disse: ire! Desde esta época a cidade de Ìlobùú nunca foi invadida ou afligida por guerra, mesmo durante o tumultuoso século dezenove, marcado por muitos anos de conflitos civis na Yorùbáland.
Àwá ti Erínlè fi sodi o Nós cultuamos Erínlè dentro de nossa fortaleza, o Àwá ti Erínlè fi sodi Nós cultuamos Erínlè dentro de nossa fortaleza, o Ogun ò jà jà A guerra não pode nos atacar, Kógun ó jà¹loòbú A guerra não pode nos atacar e afetar Loòbú. Àwá ti Erínlè fi sodi Nós cultuamos Erínlè dentro de nossa fortaleza, o. Porque a guerra e a escravização tiveram pouco efeito sobre o povo de Ìlobùú a fama de Erínlè espalhou-se através da Yorùbáland e o seu culto foi a partir daí estabelecido, expandindo-se além de sua região de origem.
fonte: https://babaojeleke.wordpress.com/2016/06/02/erinle/
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nefelibata-dreamer · 5 years ago
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Walpurgisnacht
Eu não durmo, respiro apenas como a raiz sombria dos astros: raia a laceração sangrenta, estancada entre o sexo e a garganta. Eu nunca durmo, com a ferida do meu próprio sono. Às vezes movo as mãos para suster a luz que salta da boca. Ou a veia negra que irrompe dessa estrela selvagem implantada no meio da carne, como no fundo da noite o buraco forte do sangue. A veia que me corta de ponta a ponta, que arrasta todo o escuro do mundo para a cabeça. Às vezes mexo os dedos como se as unhas se alumiassem. Mas nunca durmo entre os meus braços pulsando como grandes carótidas  que alimentem a beleza e rapidez do rosto sobre músculos fechados. Enquanto o sol rompe as membranas dos espelhos: não danço, não durmo, não respiro mais que a terra esquartejada pelas chamas lunares. Não trabalho tanto como no verão o sangue sob o pelo baixo dos animais, a elegância violenta, o alimento. Há dias em que as mãos se movimentam por si, mal tocando nas fendas o tremor hirsuto de um cometa cravado desde as costas aos lençóis. Nunca sei onde é a noite: uma sala como uma pálpebra negra Separa a barragem da luz que suporta a terra. - Agora, a fundura de uma lavoura área, o folego, uma pedra com o meu tamanho coberto de poros, de tendões a ligar arquipélagos límpidos na penumbra. Estes, os obscuros fulcros da loucura. Alguém devia tocar-me para sentir que estou vivo, que sou uma estaca atravessada pelo sangue, e dela rebentam por exemplo: áscuas. Isto é uma fabrica de demência: palavras onde se manobra a purpura, onde o aroma que mata ascende de jardins construídos levemente na escuridão. E uma imagem fecha tudo o que se fecha: quartos, dias sobre si mesmos, as frutas redondas por força da doçura interna. Quando as vozes ferozes se desengolfam, a terra move-se como um músculo encharcado entre a boca e o coração que não dorme nunca. – E todas as minhas vísceras são inocentes.
Herberto Helder, 'Photomaton & Vox'
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depredando · 6 years ago
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FEROZ ANO NOVO: Brasil começa 2019 com o Fascismo empoderado em plena Era da Pós-Verdade
FEROZ ANO NOVO: Brasil começa 2019 com o Fascismo empoderado em plena Era da Pós-Verdade
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Talvez a mais sagaz das definições que já encontrei sobre esta figura bizonha que é Jair Messias Bolsonaro seja esta: “a comunhão de todos os tiozões de zap num só animal” (Acessar post), definição proposta pelo Vitor Teixeira, cartunista e ativista do PCO.
Suas massas de manobra e apoiadores idólatras, o que ficou conhecido como Bozominions (muitos deles, “promovidos” a este grau superior de…
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cenaindie · 24 days ago
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akaStefani, Cleozinhu, Omar – Manobra Feroz Vol. 1 https://cenaindie.com/album/akastefani-cleozinhu-omar-manobra-feroz-vol-1/
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fae-alexa-blog · 5 years ago
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{Orquídeas|Como Manter Os Germes E As Bactérias Longe Do Seu Imóvel}
{Após anos trabalhando com comportamento sexual do brasileiro, percebemos que existia uma urgência em ajudar mulheres a se descobrirem mais e terem mais prazer no sexo. Antigamente nem se falava sobre questões como homossexualidade, homoafetividade e homoerotismo e poucos que se atreveram a colocar tal tema eram vistos como provocadores e indignos de respeito. sexo além de uma troca de prazeres e emoções carnais, pode significar uma troca intensa de sentimentos e está totalmente relacionado ao casamento.|Um bom amante não nasce do nada. Fale durante as relações sexuais, expresse-se, diga quanto está gostando, quanto sente prazer com que ele está fazendo, quanto você sabe que será difícil encontrar alguém como ele e outras coisas do tipo. Não se trata de sempre colocar homem em primeiro lugar, mas sim de dar prazer a ele de vez em quando, às vezes só pela satisfação de vê-lo satisfeito.} {Segundo um artigo de 2008 no American Journal of Medicine, após fazer acompanhamento de 900 casos durante cinco anos, os homens entre 50 e 70 anos que tinham relação sexual uma vez por semana tinham a metade da probabilidade de desenvolver disfunção erétil do que os homens que as tinham com menos frequência.|Assim como a independência que dá ao homem selvagem a sua autossuficiência, a capacidade de escolha dá ao homem selvagem a capacidade de agente livre, uma vez que ao animal só cabe obedecer a voz imponente da natureza, mesmo quando isso não lhe seja vantajoso, que homem como agente livre não faz, pois assim que percebe que a situação ali presente vai lhe prejudicar de alguma forma ele escolhe não fazer e foge para longe daquela situação.} {Vale salientar que com a chegada da meia-idade, corpo, estilos de vida e desempenho sexuais vão mudando. Fazer amor melhora a qualidade de vida tanto da mulher quanto do homem. Muitas mulheres, inclusive, não sabem, mas possivelmente serão orientadas por seus médicos algum dia a se exercitar dessa forma.|Em um estudo de 18 anos, com revisões bibliográficas e pesquisas qualitativas sobre 66 culturas em diferentes lugares do mundo, Lucas demonstrou em sua tese doutoral, publicada no livro Sed de Piel, a relação entre papel da mulher, a saúde sexual e a agressividade.} {Rousseau começa então, a numerar algumas dificuldades, como a alturas das árvores, que impedia os homens de alcançarem seus frutos, havia também embate direto com os animais na procura da alimentação, que ao mesmo tempo impediram os mais ferozes de atentarem contra a própria vida do homem, diante dessas práticas homem foi obrigado aos exercícios físicos.|romance conta com três personagens principais de um triângulo amoroso: Amaro; um homossexual e negro de 30 anos, que atende pelo apelido de Bom-Crioulo; D. Carolina, uma portuguesa gorda, heterossexual, antiga prostituta e muito bonita e Aleixo, que era um jovem de 15 anos, loiro, de olhos azuis, franzino, virgem, bonito, ingênuo e que ainda está descobrindo a sexualidade.} {Seja sensual, olhe intensamente nos olhos do seu parceiro durante sexo, tenha iniciativa durante a transa e mostre que você também pode tomar as rédeas da situação para ter e proporcionar mais prazer, diga frases picantes na hora certa, demonstre por meio de palavras que você está gostando do sexo, e desencane caso aconteça algum imprevisto.|É importante focar no tratamento da doença e não no sexo e na falta de desejo sexual, pois esta falta de desejo pode causar insegurança, medo e ansiedade, prejudicando seu relacionamento e podendo mesmo agravar a doença. A predisposição de Rousseau para admirar e amar a natureza fez com que ele dispensasse várias páginas do Segundo Discurso, para detalhar em pormenores ambiente natural.} {Claro que cada homem possui suas preferências por determinadas manobras, posições, até mesmo sexo oral muda de homem para homem. Julgando que sexo feminino daquele local também não sabia que é AMOR, fez da chefa moralista sua escrava entre as quatro paredes. Por exemplo, uma das fantasias de 90% dos homens é sexo anal, e esse é um dos desejos que mais chocam as mulheres.|A possibilidade de sair um pouco de fezes durante sexo anal é real e, talvez, seja um dos principais fatores que impedem relaxamento das mulheres. Nada disso, porém, significa uma vida sexual insatisfatória, desprovida de prazer. Quando alguém lê que sexo é bom para a pressão arterial pode pensar no contrário, que a falta de atividade sexual se traduz em hipertensão.} {A relação sexual tem sido tradicionalmente considerada uma parte essencial de um casamento; muitos costumes religiosos necessitam de uma consumação através de relações sexuais, que no caso de fracasso, por qualquer razão,
Como ser boa de cama
pode servir como justificativa para a anulação do casamento, sem a necessidade de um divórcio 180 A declaração de anulação demonstra que casamento era nulo desde início; por exemplo, não houve casamento em lei.|Para ser boa de cama, cuidar da comunicação é imprescindível, pois, ela se refere à sua capacidade de revelar ao parceiro, com maturidade e respeito, os seus desejos
Como ser boa de cama
e fantasias. Uma mulher verdadeiramente boa de cama é aquela que aprecia a plenitude do sexo, é aquela que corresponde ao seu parceiro e sabe que quer.} {curso Poderosa na Cama irá te ensinar a agir de maneira livre para realizar as suas fantasias e levar seu parceiro a realização de seus desejos sexuais. Isso porque, para muitos deles, uma defesa mais a postos não seria fruto da atividade sexual em si. Há, sim, trabalhos mostrando que pessoas felizes têm melhor resposta imunológica.|Se tiver sido muito ruim, de alguns toques no seu parceiro, dizendo onde ele pode melhorar (mas se você não tiver nem ai pode não falar nada mesmo). Uma pesquisa indicou que mulheres que bebem vinho não costumam se aventurar muito na cama, ao contrário das que preferem vodka, que são mais ousadas entre quatro paredes.} {Se você não está preparada para um relacionamento sexual, seja clara e objetiva com seu homem. Às vezes, se orgasmo é único foco da transa, isso pode na verdade diminuir prazer sexual Muitas mulheres acabam ficando ansiosas sobre alcançar orgasmo com os parceiros, que só acaba dificultando mais ainda prazer.|Rousseau deixa claro que a morte não se enquadra nesse momento, visto que homem só saberá a respeito dos malefícios da morte quando ele se distanciar do Estado de Natureza. E entre as mais importantes regras que procuraram normatizar a sexualidade encontramos Decálogo, os Dez Mandamentos.} {sexo durante a gestação é permitido, desde que não haja contraindicação do médico obstetra, e a mulher se sinta confortável para ter relações sexuais. Solteiro, e depois de declarar que gosta de mulher tão ou mais inteligente que ele, ator diz que, além disso, ela precisa ser boa de cama: Bom humor, bom papo e uma boa trepada”.|Algo que os homens consideram muito chato é fazer sexo com uma mulher que não consegue tomar as rédeas da relação. A cada momento que você pensa somente nisso, acaba que todo encontro com a mulher, toda atividade sexual você pensará que não foi bom suficiente.}
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so-wise-blog1 · 6 years ago
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Caminho Batido Por Ilhas Quentes
Culebra Fora Do Caminho Batido Por Ilhas Quentes Os viajantes que querem visitar um destino de ilha longe do caminho batido, longe das áreas turísticas e resorts de luxo, e onde há oportunidades para desfrutar tranquilamente das glórias da natureza deve considerar fazer uma visita à Ilha Culebra. Pequena, encantadora, e a cena de Feroz controvérsia política, Culebra é uma parada popular para o turista que quer algo um pouco fora do comum.
Culebra é uma das três ilhas que fazem parte da comunidade de Porto Rico. Além da ilha principal, Culebra, Vieques e Mona fazem parte da cadeia das Grandes Antilhas. A ilha Mona é muito menor que as outras ilhas porto-riquenhas e é desabitada. Culebra, com uma população anual de 1.868, é protegida como uma reserva natural de vida selvagem e refúgio pelo Serviço de pesca e Vida selvagem dos EUA. Suas camisetas para pesca personalizadas florestas são verdes, frias e tranquilas; mais de alguns visitantes foram surpreendidos pela agitação frenética na vegetação que significa que um mangusto está fugindo do caminho
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 O mangusto foi introduzido na ilha para controlar ratos entre as plantações de açúcar das Ilhas porto-riquenhas. Um visitante pode fazer uma pausa à noite para ouvir a canção do que soa como um rouxinol.
 Na verdade, a canção é feita por um pequeno sapo de árvore, o coqui. Como na ilha principal, os visitantes da noite param em silêncio deslumbrante para olhar para as águas fosforescentes que brilham no escuro por causa de pequenos habitantes do mar que emitem uma luz verde quando se movem. Os pescadores de alto mar que visitam Culebra encontram vastas escolas de atum, espadim azul, peixe-boné e amberjack.
A Commonwealth de Porto Rico é um território dos Estados Unidos. Após 400 anos de domínio espanhol, as ilhas foram cedidas aos Estados Unidos após a Guerra Hispano-Americana em 1898. A ilha principal é o foco principal do Comércio e do turismo. Mas Culebra tem um fascínio por aqueles que procuram um tipo diferente de experiência de férias; para ver por si mesmos o local de tanta controvérsia política e agitação sobre uma ilha tão pequena.
A luta começou no início dos anos 1970. As relações entre Porto Rico e o continente americano tornaram-se severamente tensas com o uso da ilha Culebra como prática-alvo pela Marinha dos EUA. Os moradores foram sujeitos a constante aborrecimento por frequentes bombardeios e bombardeios de sua casa na ilha. Para piorar as coisas, a Marinha havia colocado restrições nas viagens entre Culebra e a ilha principal. Os residentes de Culebra ficaram literalmente presos, incapazes de escapar ao bombardeamento. O turismo de Culebra ficou paralisado, devastando a economia da ilha.
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 O ressentimento subiu a uma altura furiosa quando a Marinha declarou que nenhum outro local estava disponível para manobras de treino. Manifestantes pediram a cessação imediata de todas as atividades navais em Culebra. Em janeiro de 1971, o disparo de mísseis Walleye em torno de Culebra foi interrompido, mas o bombardeio não cessou. Em 1974, autoridades porto-riquenhas apresentaram um processo ao abrigo da Lei das Espécies Ameaçadas de extinção de 1973 para forçar a Marinha a remover Culebra de suas mira de armas. 
O fato foi baseado nas tartarugas marinhas que habitavam a ilha.; seus locais de nidificação e as próprias tartarugas estavam no ground zero" para as máquinas de guerra da Marinha. Em setembro, o último exercício de treinamento da Marinha foi realizado; Culebra tinha conquistado sua liberdade de devastação econômica e ambiental.
As tartarugas e seus ninhos ainda estão lá, tendo retornado a números essenciais para uma espécie ameaçada. Os visitantes afortunados de Culebra podem vê-los nadando graciosamente na água profunda que rodeia a ilha, e muitas vezes observá-los como eles vêm a terra para cavar ninhos na areia, depositar seus ovos, e partir de volta para o mar.
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vidadestra · 3 years ago
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Presidente do Haiti é assassinado em casa durante a noite, diz premiê
Ataque ocorre em meio ao aumento da violência política no país
  O presidente do Haiti, Jovenal Moise, foi assassinado a tiros por agressores não identificados em sua residência durante a noite, em “um ato desumano e bárbaro”, disse o primeiro-ministro interino do país, Claude Joseph, nesta quarta-feira (7).
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A esposa de Moise foi ferida e estava recebendo atendimento médico, disse Joseph em comunicado.
O ataque ocorre em meio ao crescimento da violência política na empobrecida nação caribenha. Com o Haiti dividido politicamente e enfrentando crescente crise humanitária e desabastecimento de alimentos, há temores da disseminação da desordem.
“Todas as medidas estão sendo tomadas para garantir a continuidade do Estado e proteger a nação”, disse Joseph. Disparos de armas de fogo podiam ser ouvidos em toda a capital do país.
Porto Príncipe vem sofrendo com um aumento da violência entre gangues e entre esses grupos e a polícia pelo controle das ruas.
A violência foi alimentada pelo aumento da pobreza e da instabilidade política. Moise enfrentou protestos ferozes desde que assumiu a Presidência em 2017, com a oposição acusando-o, neste ano, de tentar impor uma ditadura ao ampliar seu mandato e se tornar mais autoritário – acusações que ele negava.
Agricultura bioecológica foi plataforma de Jovenal Moise para o Haiti
  No poder desde 2017, Jovenel Moise tinha 53 anos e era conhecido por um projeto bem-sucedido de produção e exportação de bananas. Durante a campanha para a presidência, em 2015, Moise promoveu ideias de agricultura bioecológica como plataforma de avanço econômico para o Haiti – o país conta com mais de 50% da população em regiões rurais. 
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Diversas denúncias de fraude transformaram o pleito em um processo violento, marcado por diversos protestos. As eleições de 2015 foram consideradas inconclusivas. Outro pleito foi feito em 2016, dessa vez com Moise declarado vencedor, mas em uma eleição fortemente marcada pela abstenção. Moise recebeu apenas 590 mil votos – 55,6% do total de pessoas que compareceram às urnas. Ele assumiu oficialmente o cargo apenas em 2017 para um mandato previsto de cinco anos.
Em um governo marcado pelo aumento da violência de gangues, sequestros, falta de alimentos e extrema pobreza – segundo a Organização das Nações Unidas, 60% dos haitianos estão abaixo da linha de pobreza -, Jovenel Moise dissolveu o Parlamento em 2020. Ele alegou que teria sido vítima de uma tentativa de golpe envolvendo agentes públicos e prendeu 23 pessoas – entre elas figuras do Judiciário e autoridades policiais.
Neste ano, Juvenel Moise era acusado de impor a promulgação de uma nova Constituição que ampliasse seus poderes e garantisse a reeleição. O documento, formulado por ele e aliados, não contava com a participação da sociedade civil. Moise deveria ter deixado a presidência em 7 de fevereiro de 2021, mas usou uma manobra interpretativa das leis vigentes para driblar o fim do mandato.
O Brasil liderou a missão de estabilização do Haiti, que enfrentou terremotos devastadores, furacões e atravessou diversas crises políticas e ondas de violência. A  Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah) durou de 2004 a 2017 – ano marcado pela retirada das Forças Armadas brasileiras do país.
*Esta notícia pode ser atualizada a qualquer momento.
*Fonte: Agência Brasil
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letrasdeleite · 4 years ago
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Parte III Quando atracaram no cais da Régua, Marco ainda se encontrava aterrorizado pelo que acabava de vivênciar. As águas estavam particularmente traiçoeiras naquele dia. Com o barco em segurança, viam-se na praia dezenas de boieiros e nas suas carroças os cascos cheio de vinho. Enquanto que os homens se ocupavam dos trabalhos de descarga dos pesados pipos. Marco e os seus companheiros, entre o olhar atento e as ordens do mestre, descarregavam os pipos vazios que transportavam. Após estas primeiras operações, iniciaram o carregamento dos cascos. Com a ajuda de dois barrotes e amarrações, os homens num esforço conjunto rolavam os pipos de quinhentos quilos, um a um, até à entrada do barco onde Marco com uma pá atirava água para lavar a areia que se prendia na madeira. Sobre as águas do Douro, as tábuas do rabelo rangiam, enquanto o mestre, segurando a espadela, orientava os marinheiros que remavam para fora do cais. - Faltam 3 dias, rapazes. 3 dias. - as águas foram ganhando força e ao fim da tarde atracaram num banco de areia para os lados de Mosteirô. Ali, Marco e os companheiros passaram a noite numa tenda improvisada, tal como a sua sorte. No dia seguinte, ainda os primeiros raios de sol não tinham força para aquecer aqueles em que tocavam, já a embarcação e os marinheiros seguiam viagem. O Douro de águas barrentas acelerava montanha abaixo, empurrando todos os que o tentavam navegar. À medida que o tempo passava, o rio ia se tornando mais feroz. Aproximavam-se os rápidos, onde a atenção teria de ser redobrada e os remos de nada serviam - Subam homens, subam - de forma ágil começaram a subir a apegada para auxiliar nas manobras com a espadela. Marco encontrava-se agarrado às tábuas pronto a içar o seu corpo, quando ouviu um grito desesperado. Alguém tinha caído à água. Distraidos pelo desespero de saberem que um dos seus se tinha perdido, o rabelo foi deixado à mercê das águas, embatendo numa pedra escondida despedaçado-se. Com o impacto os homens foram atirados ao rio. Marco tentara agarrar-se a algum destroço antes de bater com a cabeça e perder os sentidos. Desaparecendo nas águas do Douro. #porto #riodouro #vinhodoporto #pick #city 📸 @lau_reando_ (em Palácio Cristal) https://www.instagram.com/p/CMVio0jD1lU/?igshid=14mq5aftodp6s
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gingergrabowski · 4 years ago
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we are the champions {jess & fabs, 1975}
@prewett-fabian
A Grifinória andava em uma onda de sorte no quesito partidas de quadribol; ganhara os últimos jogos contra as demais casas e faltava apenas um jogo contra a Sonserina para fechar aquela etapa. Jessica estava muito animada em entrar em campo com seus colegas de casa, com quem se dava muito bem e se sentia completamente à vontade. Como era a apanhadora do time, tinha que manter-se sempre atenta, visto que se pegasse o pomo de ouro no momento errado, poderia muito bem levar o time ao fracasso, porém se seu timing fosse correto, certamente o levaria à tão desejada glória. Assim que subiu em sua vassoura e apitaram para o início da partida, a ruiva começou a rondar o campo em busca da pequena bola com asas, mantendo-se vigilante acerca de tudo ao seu redor. Percebera que a apanhadora da Sonserina estava de olho nela, porém após algumas manobras a despistou. Em um momento de muita sorte, avistou o tão desejado pomo de ouro, e pôs toda sua velocidade atrás dele, em uma perseguição feroz até alcançá-lo e tomá-lo em suas mãos, vencendo, dessa forma, aquela partida.
Assim que pousou a vassoura no chão, comemorou com seus colegas de time, e em grupo todos começaram a caminhar em direção ao castelo. Um deles sorrateiramente passava um cantil entre os jogadores cheio de firewhiskey, do qual Jessica bebeu de bom grado. Tinha gosto de vitória. A ruiva, que estava caminhando ao lado de Fabian, passou o cantil para o rapaz. — GRYFFINDOR RULES! — Gritou entusiasmada, seguida de outros berros animados dos colegas de casa. Estavam passando pelo Lago Negro quando uma lâmpada se acendeu na mente da sextanista. Ela ainda não queria voltar para o Salão Comunal. Queria aproveitar aquela vitória. — Eu aposto que consigo nadar mais longe no lago do que você, ruivo. — Disse em tom desafiador, fitando o amigo. Os demais colegas reagiram de acordo em meio a gritos e pulos.
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