#mais conhecido como o ano em que ninguém cortou o cabelo
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revendo o icônico: cálice de fogo
#pensamentos pensantes da tori 💭#mais conhecido como o ano em que ninguém cortou o cabelo#o melhor filme pprt
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“ i don’t think you’re evil. i think you’re just lost. and alone. and you don’t know anything else. ” // taehyeon & daejung
as palavras alheias retumbaram nos ouvidos de daejung conforme as assimilava, não possuindo sequer a capacidade de reunir coragem o suficiente para encará-lo diretamente quando escutava aqui; assim, o olhar que dava para o gwan em indício de que o escutara se resumia em um ladino. escutar aquilo nem de longe poderia ser descrito como algo menos que desconfortável, embora imaginasse que taehyeon o estivesse demonstrando uma gentileza por não considerá-lo de imediato um caso perdido quanto a seus incontáveis defeitos. estes que eram extremamente conhecidos pelo próprio nam, considerando quanto andara refletindo sobre seu comportamento e as atitudes tomadas recentemente, e o quanto sentia-se já estagnado em um ponto da vida planejada desde o berço, enquanto todos ao seu redor retomavam suas próprias da maneira como bem entendiam. e era desconfortável escutar tudo aquilo justamente por não ser exatamente uma mentira, ainda que conseguisse mentir para si mesmo o suficiente para ser efetivo na maioria das tentativas que realizava para afastar esses pensamentos de sua mente nos momentos em que se encontrava sozinho. não gostava de se considerar uma pessoa ruim, entretanto, reconhecia que o próprio histórico argumentava em contrariedade sobre a forma como tratava os demais que conhecia, e, por mais contraditório que fosse, uma pequena parte de si considerava-se aliviado por escutar aquilo ser expresso daquela forma pelo gwan.
umedecendo os lábios e cerrando os olhos por um instante, ponderou sobre como poderia respondê-lo, sem acabar completamente fora de uma zona de conforto que se esforçara tanto para manter durante os últimos anos até mesmo como uma barreira para proteger a si mesmo de tudo. afinal de contas, manter a própria fachada sempre seria a forma mais eficiente de esconder-se de situações com as quais não era apto para lidar; que não acreditava que conseguiria tão cedo ser capaz de enfrentar sem desistir de tudo e retomar para o caminho mais fácil, que não envolvia seus sentimentos e medo sendo expostos para o ridículo. contudo, agora que estava em uma conversa propriamente dita sobre o assunto com taehyeon, era complicado de simplesmente se virar e ir embora sem deixar apenas mais claro para quem quisesse ouvir o quão verdadeiras eram as acusações dele. “eu sei que eu sou um cara de merda, ok? não sou tão sem noção de não enxergar isso.” murmurou, encolhendo os ombros. “é idiota, e uma perda de tempo, e…” cortou a própria fala, não apenas por não saber como a concluiria, mas por saber que não era uma escapatória muito inteligente de sua parte simplesmente acusar o tópico de ser completamente uma perda de tempo. “sei lá, é que… eu não sei como ser diferente disso. tipo, me criaram pra ser assim a vida toda, e eu sei que não ajuda muito falar isso com a idade que eu tenho já, mas… é a verdade. é um porre saber que você age como um insuportável a vida inteira e ninguém nunca te disse pra não ser assim, sempre pareceu estar de boa, e aí se dar conta que nem você aguenta tão bem assim seguir desse jeito.” despejou as palavras, desviando o olhar para qualquer canto que não o mais novo. em sequência, a mão destra indo até os fios de cabelo escuros, os afastando do rosto em um gesto costumeiro quando estava estressado com algo, para então afundar ambas as mãos nos bolsos de sua jaqueta. “nem sei porquê tô falando disso.”
#in character: answers.#character: nam daejung.#dynamic: daejung & taehyeon.#partner: andy.#pronto amiga#respondi uma do teu filhinho querido do coração de clubista aí pra te deixar feliz#porém o resto dos teus mimos vem amanhã de noite pq agora é hora da cibbyta rs
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postaaa maisss! amo os imagines com o harry 🤩❤️
Aproximadamente 1700 palavras.
Levemente inspirado em Naked do James Arthur.
TRISTE/FOFO
É muito tarde para pedir desculpas?
S/n podia sentir todas as células de seu corpo se arrependendo de ter feito o caminho até a enorme casa a sua frente. Era a renovação de votos dos pais de uma de suas amigas mais queridas - uma cerimônia minimalista apenas para os familiares e amigos mais próximos - Ela nunca perderia um dos momentos mais bonitos da vida de um casal que tinha a tratado como filha quando ela chegou a Londres quase sem dinheiro nenhum, e com apenas um sonho de estudar na Universidade de Cambridge e ser alguém que ela se orgulhasse.
Fazia anos que ela não voltava a Londres, mas o pedido quase que intimador de Anna, mãe de Sarah, fez ela pegar um voo do Brasil direto para a Inglaterra há dois dias atrás.
Então, lá estava ela, no meio do quintal da casa do Sr. e Sra. Grager com uma taça de vinho na mão esperando a cerimônia de renovação dos votos de casamento dos anfitriões da festa começar.
Apesar de estar muito feliz em ver tantos rostos conhecidos e receber tantos abraços calorosos, ela só queria dizer um ‘Olá’ e dizer algumas palavras de carinho para o Sr. e Sra. Granger antes de ir embora daquele lugar como se sua vida dependesse daquilo. Não estava pronta para encarar seu passado.
S/n tinha acabado de se formar em medicina quando tudo aconteceu, ela trabalhava em um hospital bem no centro da cidade, quando em uma noite toda sua vida pareceu se desfazer em sua frente. Um garoto de 10 anos morreu em suas mãos enquanto ela tentava o reanimar após uma parada cardíaca.
S/n conseguiu sentir todas as emoções existes naquele dia. Ela estava com raiva por não ter conseguido fazer mais pela vida do garoto, triste porque o olhar nos olhos dos pais dele quase arrancaram o coração de seu peito, e inconsolável porque ter perdido a vida de uma criança.
Naquele dia ela ligou pra única pessoa que saberia como ajudá-la, Harry. Ele a buscou no hospital, a levou para casa dele, tirou toda sua roupa, e com os gestos mais delicados já vistos ele a ajudou a lavar seus cabelos e corpo enquanto os lágrimas da garota se misturavam com a água que caia do chuveiro.
Harry a ajudou a por uma de suas camisas que a cobria até metade de sua coxa e se deitou com ela, seus braços fortes a seguravam enquanto dizia que tudo iria ficar bem.
“Eu amo você.” Ele disse enquanto acariciava o rosto da garota e assistia a respiração calma que deixava seus lábios quando achou que ela estava dormindo. Mas ela ouvia, e todos seus pensamentos voltaram a atormentar sua cabeça.
Na manhã do dia seguinte ela foi embora antes dele acordar, pegou todas as coisas de seu apartamento e voltou para o Brasil, ela não o vê desde aquela noite há 8 meses atrás. S/n torcia para que não se esbarrar com ele na festa.
Ela nunca havia conhecido um ser humano tão doce e gentil quando Harry, ele era perfeito. E ela era tudo, menos isso.
“S/n.” Seu nome foi chamado em alto e bom tom quando ela se aproximou da mesa de bebidas. Os convidados estavam por toda parte rindo e conversando.
“Sra. Grager! Oi!” ela disse correndo para abraçar a mulher a sua frente - ela estava linda, um vestido rosa quase branco se estendia até seus pés, seus cabelos estavam soltos e seu rosto iluminado pelas luzes do ambiente, mesmo aos seus 60 anos Anna era uma mulher estonteante.
“Eu senti tantas saudades, meu amor.” Anna apertou s/n ainda mais em seu abraço.
“Eu também senti tantas saudades.” S/n disse beijando a bochecha da mulher.
“Às noites em família não tem sido as mesmas sem você, criança.” Anna disse acariciando os cabelos de s/n, não estava mentindo quando disse que considerava s/n como se fosse sua filha. “Eu estou tão feliz que tenha conseguido vir, espero que você perceba com essa visita que seu lugar é aqui.”
Quando s/n ia começar a falar, outra vez seu nome foi chamado. “S/n, você veio.” Sarah gritou e correu para abraça-la fazendo a moça se desequilibrar um pouco. “Eu tô tão feliz em te ver.” continuou sorrindo.
“Será que eu tô sonhando?” Uma voz disse atrás dela. “É mesmo a s/n que eu só vejo por chamada de vídeo quase 1 ano?” Jeff perguntou fazendo s/n se virar para ele e o abraçar apertado. Sarah, Jeff e Harry foram seus melhores amigos desde o primeiro mês da garota no país.
“Jeff!” ela não conseguia parar de sorrir, nem ela sabia que sentia tantas saudades dos amigos. Deus, ela amava estar de volta com a família no Brasil, mas em seus anos morando na Europa ela sempre visitava os pais pelo menos uma ou duas vezes ao ano ou até mesmo seus pais vinham visita-la em algum feriado. Mas nunca tinha passado tanto tempo longe de seus amigos desde quando os conheceu.
“Quanto tempo você vai ficar?” Jeff perguntou quando s/n saiu de seu abraço.
“Mais 2 dias...”
“Não mesmo. É muito pouco para matar as saudades, nós temos tanto pra conversar.” Ele a cortou e puxou as três mulheres para perto de alguns amigos.
“Jeff, eu...”
“S/n, você não precisa me explicar porque você fez o que fez.” Ele a cortou novamente e suspirou antes de continuar. “Nós te amamos do mesmo jeito. Todos nós, sem exceções.” Ele disse sorrindo deixando claro sua intenção com escolhas de palavras. “Tudo vai ficar bem, eu sei que você foi embora por medo de se machucar e machucar quem estava perto de você. Harry vai entender sua intenção. Talvez não de imediato, mas ele vai entender se você conversar com ele.” Jeff disse quando ele a afastou do grupo que estavam e foram até o jardim na lateral da casa, o perfume de jasmin e lavanda invadiam as narinas de s/n e acalmavam o coração da moça que estava acelerado com as palavras do amigo.
“Eu não sei se eu consigo fazer isso.” Ela disse sincera tentando lutar com as lágrimas que insistiam em cair de seus olhos.
“Você mais do que ninguém conhece Harry e sabe que ele vai te perdoar.” Jeff deixou um beijo na testa da garota antes de voltar para a festa a deixando no jardim sozinha com seus pensamentos. O que ela faria quando encontrasse Harry?
S/n não teve tempo de pensar em uma resposta porque uma voz família soou bem atrás dela.
“As coisas podiam ter sido diferentes.” Harry disse se aproximando, suas mãos estavam enterradas nos bolsos de sua calça, e seus olhos percorriam por todo o rosto de s/n como se estivessem memorizando cada traço da moça.
“Harry...” Ela sussurrou.
“Se você não tivesse me deixado...” ele se encostou na parede com um sorriso que nõo chegava a seus olhos. “Nós teríamos chegado aqui juntos, poderíamos até estar casados agora... quem sabe?” Riu sem humor.
“Harry...” Tentou mais uma vez.
“Nós seríamos tão felizes juntos...” Ele suspirou. “Eu pensei que eu fosse mais importante pra você.”
“Harry, me desculp...”
“Por que você foi embora? Uh?” Ele a cortou e chegou mais perto dela, seus rotos a centímetros de distância. S/n conseguia sentir o calor que emanava do corpo de Harry e seu corpo tremeu apenas com isso. “Foi por que você estava assustava pelo que aconteceu com aquele garoto? Foi porque estava com raiva de você mesma? Foi...” Sua voz saiu cortada, e seus olhos brilhavam com lágrimas “Foi porque eu disse que te amava?” Amava. passado, ela notou a escolha de palavra.
“Foi porque eu estava com medo.” Ela disse rápido e um pouco exasperada
“De que?” Ele perguntou em mesmo tom
“De tudo Harry. Eu estava com medo de tudo.” Ela disse deixando suas lágrimas caírem livremente. Isso fez Harry respirar fundo e olhar bem nos olhos dela, ela o deixava tão fraco.
Ele queria estar furioso com ela, mostrar como o coração dele partiu quando ele acordou naquela manhã e não a encontrou do seu lado na cama. Como ele se sentiu perdido quando ele foi até seu apartamento apenas para ser informado que ela havia ido embora do mesmo algumas horas antes. Como ele se sentiu rejeitado quando todas as suas ligações caíram na caixa de mensagem da garota e todas as suas mensagens não eram respondidas.
“Por que você não conversou comigo?” Ele perguntou em um sussurro, voz quase inaudível.
“Eu não consegui. Eu nunca tive ninguém pra cuidar de mim como você cuidava, eu não mereço você. Eu só iria te desapontar. Porque é isso que eu faço, Harry. Eu machuco as pessoas.” Ela disse chorando e tentou se afastar mas ele a puxou para perto a fazendo o encarar novamente. “Eu te deixei pra nunca ter a chance de te machucar.” Se soltou dele mas permaneceu em sua frente.
“Mas você me machucou quando foi embora.”
“Não foi minha intenção.”
“O que você pensou que iria acontecer? Uh? Que você iria embora e todos nós iriamos esquecer que você existiu?” Perguntou sem paciência.
“Eu não sei.” Ela disse encarando o chão. “Talvez.”
“Nada que você faça vai mudar o fato de que eu amo você, s/n.” Ele confessou.
“Mas você não deveria. Nós somos tão diferentes, eu sou uma bagunça, Harry.” Ela disse chorando.
“Você não tem o direito de dizer se eu devo ou não amar você, s/n. Essa é uma escolha minha.” Ele disse se aproximando, seus rostos tão perto que seus narizes estavam a milímetros de se encostarem. “Você tem que enfrentar seu medos, lovie...” ele disse e o apelido carinhoso fez uma corrente elétrica atravessar o corto da garota. “Me diz que você não me ama e eu deixo você ir embora.” Ele sussurrou olhando nós olhos dela.
“Eu sempre te amei, Harry. Sempre.” Ela disse se entregando ao sentimento guardado em seu peito há tanto tempo. “É muito tarde pra pedir desculpas e começar outra vez?” Ela perguntou e em resposta recebeu um beijo urgente, as mãos de Harry agarravam seu rosto guiando o beijo que não tinha nenhum traço de delicadeza, mas que mostrava toda saudade e amor que ele guardou apenas para ela
“Fica comigo.” Ele pediu quando quebrou o beijo buscando por ar.
“Sempre.” Ela disse e o beijou novamente.
*
All the love. x
Favorite se gostar!
Masterlist.
#harry styles fic#harry styles fluff#harry styles au#harry styles angst#harry styles fanfiction#one shot#oneshot#harry styles one shot#harry styles imagines#harry styles imagine#imagine#love#fofo
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Episódio 3: Administração da Estação
O Ártico é iluminado pelo sol da meia-noite. A superfície da lua é iluminada pela face da Terra. Nossa pequena cidade é iluminada, também, pelas luzes lá em cima que não podemos explicar.
Bem-vindo a Night Vale.
O Diário de Night Vale anunciou a redução de seu cronograma de publicação para somente de segunda a quinta-feira, em razão da recessão econômica e forte queda na população alfabetizada. A Edição de Quinta será chamada agora de Edição do Final de Semana e, nos domingos, as bancas de jornais - geralmente cheias de manchetes importantes - estarão agora cheias de leite.
Quando perguntada "Por que leite?", a editora do jornal, Leann Heart, disse: "É muito importante mantermos uma abordagem imparcial ao jornalismo."
A Associação Comercial de Night Vale está orgulhosa em anunciar o novo Estádio de Night Vale, perto da Área de Recreação à Beira-Mar e Porto de Night Vale. O estádio terá capacidade para 50.000 pessoas, mas estará fechado todas as noites do ano exceto 10 de novembro, quando haverá a Parada Anual das Misteriosas Figuras Encapuzadas, onde todas as nossas ameaçadoras figuras encapuzadas preferidas - aquela que se esconde debaixo do escorregador do parquinho da Escola Primária de Night Vale, aquelas que estão sempre lá pelo Parque para Cachorros, e aquela que ocasionalmente e abertamente irá roubar bebês (e por uma razão que ninguém entende, todos nós assistimos a isso e o deixamos continuar) - todas elas estarão desfilando magníficas pelo Estádio de Night Vale.
Tô falando, com essas novas instalações, está vindo aí um espetáculo e tanto.
E então está por vir um vasto, escuro e escoante vazio para os outros insignificantes 364 dias do ano.
Aqui na estação de rádio é época de negociação de contrato com a administração da estação, de novo! Esse é sempre um período interessantíssimo. Bem, obviamente, eu não sou autorizado a entrar em detalhes, mas negociações são complicadas quando você não pode nem dar uma olhada em com o que você está negociando.
A administração da estação fica dentro de seu escritório o tempo todo, apenas se comunicando conosco através de envelopes lacrados que são cuspidos por debaixo da porta como cascas de girassol pelos dentes. Então, para responder, você meio que grita para a porta fechada e torce para a administração ouvir.
Às vezes dá pra ver movimentações pelo vidro fosco, grandes contornos se movendo, tentáculos esquisitos chicoteando o ar.
Arquitetonicamente falando, o aparente tamanho do escritório da administração não faz sentindo fisicamente, levando em conta o tamanho do prédio, mas é difícil afirmar, visto que ninguém jamais viu o escritório em si - só sua translucidez.
Olha, eu provavelmente falei demais. Eu consigo ver pelo corredor que um envelope acabou de sair voando. Tomara que não seja mais uma seção de retreinamento do RH dentro da Caixa Escura. Ugh!
Mas o que posso dizer? Eu sou um repórter, no fundo. Não consigo não reportar.
Ah! Eita.
Vamos para o panorama dos próximos 7 dias.
Sua previsão diária dos tons do céu:
Segunda: turquesa Terça: pardo Quarta: ciano Quinta: turquesa/pardo Sexta: grafite Sábado: grafite, com chances de índigo no fim de tarde Domingo: vazio
A Câmara Municipal me pediu para lembrá-los sobre a nova campanha para tirar o lixo das ruas. Night Vale é nosso lar. E quem é que quer espalhar lixo por todo o seu lar? Jogue na lata de lixo, ouvintes! E se você olhar lixo por aí, cate e jogue fora. Faça a sua parte.
A não ser que o lixo esteja marcado com uma bandeirinha vermelha. A Câmara me pediu para lembrá-los de que não devem coletar ou se aproximar de qualquer lixo marcado com uma bandeira vermelha.
Lembrem-se do slogan: "Sem bandeira? Vai para a lixeira. Bandeira vermelha? Corra!"
Ouvintes, nós estamos recebendo vários relatos de que livros pararam de funcionar. Parece que, em toda Night Vale, livros simplesmente deram pane. Os cientistas estão estudando um dos livros quebrados para ver se conseguem entender o que está acontecendo.
O problema exato ainda não é conhecido, mas algumas palavras usadas incluem "faíscas", "cheiro de carne", "mordendo" e "gás letal". Para a sua segurança, por favor não tente abrir um livro até que surjam mais informações sobre a natureza e causa desses problemas.
A Câmara Municipal só divulgou uma breve nota indicando que seu posicionamento sobre livros não mudou e que, como sempre, eles acreditam que livros são perigosos e não recomendados, e não deveriam ser mantidos em casas particulares.
Mais um aviso para os moradores de Night Vale: Fontes afirmam que o brechó de artigos esportivos na Flint Drive é uma fachada do Governo Mundial. Isso é baseado em estudos aprofundados da localização, e também porque há uma pista de pouso de helicópteros preta, onde helicópteros pretos constantemente pousam e aterrissam. Bem incomum para um brechó de artigos esportivos. Nós mandamos nosso estagiário, Chad, para tentar comprar uma raquete de tênis - e não ouvimos falar dele há semanas.
Isso me lembra um assunto relacionado:
Para os pais de Chad, o estagiário: nós lamentamos informá-los que seu filho foi perdido cumprindo os deveres da rádio da comunidades, fará muita falta e nunca será esquecido. Sintam-se abençoados por ter a família que têm, e se estão procurando por artigos esportivos, confiram na Play Ball, bem aqui perto da nossa estação de rádio comunitária de Night Vale! Play Ball é apenas uma fachada da Polícia Secreta do Xerife, e portanto é plenamente confiável.
Larry Leroy, na periferia da cidade, relatou que um sorrateiro medo veio para Night Vale hoje. Ele o sentiu primeiro como uma apreensão leve, então uma preocupação crescente, e finalmente um pânico mortal. Isso passou dele para os funcionários da concessionária, que se agacharam atrás dos carros e fitavam com seus olhos apavorados o céu vazio.
Isso não afetou a velha Josie, provavelmente por conta da sua proteção angelical, mas atingiu a todo o resto de nós até que todos estivéssemos sofrendo por antecipação de uma coisa horrível que ainda não conseguíamos ver.
Eu mesmo estava petrificado, certo de que qualquer movimento me levaria à morte; que qualquer palavra seria minha última.
Claro, também poderia ser por causa das negociações contratuais com a administração da estação, e o medonho envelope que acabei de receber.
Além disso, eu estou lutando contra a doença de Lyme.
Enquanto isso, o medo sorrateiro passou, primeiro saindo do Larry Leroy da periferia, então da concessionária, onde todos voltaram a oferecer gentilmente carros usados em preços acessíveis, e finalmente, do resto de nós - que pudemos finalmente voltar a viver sabendo que a qualquer momento iremos viver ou morrer, e é inútil tentar adivinhar qual.
Ainda não se sabe para onde o medo sorrateiro irá agora - com sorte, para Desert Bluffs. Cairia bem pra eles.
Dois ouvintes atentos relataram que Carlos, nosso curioso visitante cientista, estava cortando seu lindo, lindo, cabelo. Ele estava cortando seu belo cabelo! Cortando! Cortando curto! Tão curto para sua cabeça brilhante e de formato perfeito!
Ouvintes, eu não sou de fofocar nem de celebridades locais, mas alguém me explica porque o Carlos iria tirar - dizimar! - qualquer parte de seus grossos cabelos pretos.... não ignorando os dignos, embora prematuros, toques brancos nas têmporas.
Que barbeiro horrendo concordaria com tamanha depravação? Quem aceitaria mero dinheiro, ou até alegria desalmada, em privar nossa pequena comunidade do tão simples, porém importante, ato de descaradamente admirar o deslumbrante penteado de Carlos?
Relatos de duas corajosas fontes dizem que foi Telly, o Barbeiro. Telly, que gosta de esportes e tem pôsteres de pentes. Telly, o Barbeiro, parece ser aquele que traiu nossa comunidade.
Telly, o Barbeiro.
É Telly, o Barbeiro, na esquina da 5ª Avenida da Southwest e a Estrada Old Musk, com o poste giratório vermelho e branco e a placa que diz "Telly's".
Telly tem 1,75m, com um bigodinho e bem barrigudo. Ele fala com sotaque e sarcasmo. Telly, o Barbeiro, cortou o lindo cabelo de Carlos. Segundo testemunhas.
Telly.
Agora, enquanto eu me recomponho, vamos ver o trânsito.
Ah, uau!
É, parece muito bom.
Uhum.
Simmm.
Ok, também não parece tão ruim aqui.
Ah! Esse moço precisa dar uma segurada! Não é uma corrida, parceiro! Não literalmente, de todo modo.
Esse foi o trânsito.
E agora, um editorial.
Sabe, ouvintes, eu não sou de pedir favores. Mas eu estou pedindo a todos para criar uma campanha de cartas para a administração da estação, que não... gostou da minha discussão de seus atributos físicos e comportamento e estão ameaçando acabar com o meu programa - ou talvez a minha vida - para sempre. A frase foi... meio ambígua.
Obviamente nós não poderemos mandar as cartas diretamente para a administração, naturalmente, já que ninguém nunca abriu aquela porta; mas, nós podemos gritar o conteúdo das cartas do lado de fora do escritório e presumir, dada uma anatomia com orelhas, que eles poderão ouvir o que vocês têm a dizer.
Então, se você gosta desse programa, e quer ouvir mais dele, precisamos ouvir isso de você. Faça sua voz ser ouvida por seja lá o que espera por trás daquela porta do escritório escuro.
Ah! Desculpa, ouvintes. Estaremos de volta depois dessa mensagem dos nossos patrocinadores.
Esse segmento foi trazido a nós pela Pizzaria do Big Rico.
Ouvintes, nós estamos felizes em ter o Big Rico como patrocinador deste programa. Você não encontrará uma rede de pizzarias em toda Night Vale melhor que a do Big Rico.
Noite passada, eu fui no Big Rico. Eu estava a fim de uma deliciosa fatia de pizza. E, sendo a Big Rico a única pizzaria em Night Vale que não queimou até as cinzas num incêndio criminoso não resolvido (e, como eu falei, também por ser a melhor pizzaria na cidade), eu pedi uma única fatia do Big Rico com 2 coberturas originais.
E cara, eu fiquei satisfeito. O sabor estava delicioso. O gosto estava também delicioso. E estava quente, a fatia de pizza.
Eu ouvi dizer que até as Figuras Encapuzadas comem lá; os garçons parecem evitar bastante suas encaradas vazias.
Até a Câmara Municipal dá seu aval ao Big Rico.
Todos os cidadãos de Night Vale são obrigados a comer no Big Rico uma vez por semana. É uma contravenção não fazê-lo.
Pizzaria do Big Rico. Ninguém faz uma fatia como a do Big Rico, gente! Ninguém.
E agora, queridos ouvintes... a previsão do tempo.
Bill e Annie, por Chuck Brodsky
Olá, audiência da rádio.
Eu vos transmito debaixo da mesa, para onde eu trouxe meu microfone e estou, no momento, me escondendo em posição fetal.
Vocês escreveram as cartas? Então vocês não devem fazer mais isso.
A administração da estação abriu a porta pela primeira vez que me lembre, e agora está vagando pelo prédio.
Eu não sei exatamente como a administração parece, já que foi nessa hora que eu me abriguei debaixo da mesa, e eu espero que eles não estejam ouvindo isso agora, pois do contrário eu devo ter selado meu destino.
Eu só consigo ouvir uma espécie de barulho de passos, e um leve assobio que parece - liberação de vapor.
Um estagiário foi ver o que a administração queria e não voltou. Se você é parente de Jerry Hartman, operador de mesa vespertino na rádio comunitária de Night Vale, eu sinto informar-lhe que ele está provavelmente morto, ou ao menos absorvido para dentro da administração permanentemente!
Jerry e Chad, os estagiários, farão ambos muita falta, mas nós com certeza os veremos no Concurso de Personificação de Mortos do dia de Ação de Graças, que esse ano será no saguão de funcionários, no Shopping de Night Vale, de 11h às 21:45. Terá um bar e dois tabuleiros de Twister.
Eu vou ver se consigo chegar até a porta.
Se vocês não ouvirem mais falar de mim, foi realmente um prazer.
Boa noite, Night Vale. E até mais!
Provérbio do dia: Há um lugar especial no Inferno. É muito bacana. Bem exclusivo.
***
Nota da tradutora: Olá, ouvintes! Espero que tenham gostado da tradução. Caso tenham críticas/sugestões, por favor coloquem nos comentários.
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Perfil - Batgirl II
Nome Completo: Cassandra Cain-Wayne Espécie: Humana
Data de Nascimento: 26 de Janeiro Local de Nascimento: Tibet Cidadania: Tibetana, Americana Estado Civil: Solteira Olhos: Castanhos Cabelo: Pretos Altura: 1,60m Peso: 58kg
Sexo: Feminino Codinome: Batgirl Outros Codinomes Conhecidos: Kasumi, Morcego Negro, Órfã Ocupação: Aventureira, Vigilante
Educação:
Isolamento e mantida longe da fala humana, criada na linguagem do movimento e da violência.
Parentes:
Sandra Wu-San (mãe, Lady Shiva), David Cain (pai), Carolyn Wu-San (tia, falecida), Cachorro Louco (irmão adotivo), Marque (meia-irmã), Annalea (meia-irmã, falecida), Bruce Wayne (pai adotivo), Dick Grayson (irmão adotivo), Tim Drake (irmão adotivo), Jason Todd (irmão adotivo), Damian Wayne (irmão adotivo)
Afiliações:
Bat-família, Corporação Batman, Anteriormente Liga da Justiça Elite, Liga dos Assassinos, Renegados, Aves de Rapina, Titãs da Costa Leste, Justiça Jovem
Bases de Operações:
Gotham, Blüdhaven, Tibet, Nova York, Hong Kong
Universo: Terra-1 | Nova Terra
História:
Cassandra Cain é a segunda Batgirl. Tendo como pais os assassinos David Cain e Lady Shiva, ela foi treinada para se tornar a guerreira perfeita. Seu pai a privou da fala para que aprendesse o movimento e a fisicalidade como sua primeira língua. Batman adotou-a na Bat-Família durante Terra de Ninguém, para substituir Helena Bertinelli como Batgirl. Cassandra acabaria por dar seu traje de Batgirl para Stephanie Brown e se tornaria membro da Corporação Batman como Morcego Negro.
Nascimento:
Filha de David Cain e Sandra Wu-San (Lady Shiva), Cassandra Cain foi concebida e treinada desde o nascimento com a intenção de criar o guarda-costas perfeito para Ra's Al Ghul. Depois de muitas tentativas frustradas de treinar crianças desde o nascimento em artes marciais para fazê-las inculcar como uma língua nativa (o mais bem sucedido é o Cachorro Louco), David Cain, então membro da Liga de Assassinos de Ra’s Al Ghul, decidiu que os genes certos eram necessários para criar o "Quem é Tudo".
Com a permissão de Ra’s Al Ghul, David Cain procurou a mãe perfeita para esta criança, encontrando-a nas irmãs Wu-San de Detroit, que praticavam artes marciais umas com as outras em quase todos os momentos de sua infância em um tipo de linguagem de irmã. David simpatizou com a irmã mais nova, Sandra, quando percebeu que ela se conteve por amor a Carolyn.
Para "ajudar" Sandra a alcançar todo o seu potencial, David assassinou Carolyn, depois atraiu Sandra para uma emboscada pela Liga dos Assassinos, onde ele a derrotou. David poupou Sandra da morte sob a condição de que ela carregasse seu filho e a deixasse para ele criar.
Atormentada pelas alturas em potencial que poderia alcançar em seus talentos físicos, agora que Carolyn havia partido, Sandra concordou com a barganha de David para que pudesse se tornar a força indomável da natureza conhecida como Lady Shiva: criadora e destruidora. A esperança de Lady Shiva para sua filha era que ela poderia um dia crescer para ser a força que poderia deter seu reino de destruição.
Infância:
Treinada por seu pai para ser a arma suprema, Cassandra não foi ensinada a falar. Em vez disso, David se baseou principalmente em ações para se comunicar com ela. Além disso, ele a cortou do mundo exterior, apenas expondo-a a qualquer coisa ou a alguém que não fosse ele, quando absolutamente necessário.
Como resultado, as partes do cérebro normalmente usadas para processamento de fala e linguagem foram treinadas para que Cassandra pudesse ler os movimentos de outras pessoas e a linguagem corporal para reconhecer seus pensamentos sem comunicação verbal e prever, com incrível precisão, o próximo movimento em uma briga. Isso também fez com que seu cérebro desenvolvesse funções de aprendizado diferentes da maioria, uma forma de dislexia que dificulta sua capacidade de falar, ler e escrever.
Quando Cassandra tinha 8 anos de idade, David decidiu que seu experimento havia progredido o suficiente para que testasse as habilidades dela no mundo real e a levasse a um sucesso; o alvo é Faizul, um 'estudioso' em Macau.
Na época, Cassandra não tinha ideia do que estava fazendo e acreditava que era apenas um jogo (uma interpretação de acordo com sua reação ao que aconteceu e que combinava com a interpretação de Alfred Pennyworth, um especialista em crianças que assistia a uma fita de eventos). Depois de um golpe mortal, ela "leu" o alvo enquanto ele morria e viu a morte como ele a viu.
Além de feri-la emocionalmente, Cassandra percebeu que o assassinato, como a profissão de seu pai, era errado, e então, ela fugiu.
Batman - Terra de Ninguém:
Cassandra passou os nove anos seguintes desabrigada, sentindo-se culpada e cheia de medo enquanto viajava pelo mundo. Entrando em Gotham aos 17 anos, Cassandra chegou a ser uma dos agentes de Oráculo em Terra de Ninguém de Gotham.
Depois de salvar a vida do Comissário Gordon de seu pai assassino, recebeu o traje de Batgirl com a aprovação de Batman e de Oráculo. Ela se tornou pupila de Barbara e, em certo sentido, a filha adotiva de Batman.
À medida que a Terra de Ninguém avançava, a nova Batgirl foi apresentada ao resto da família dos morcegos com níveis variados de aceitação. Normalmente atuando como o olhar atento de Batman, Cassandra foi finalmente autorizada a ir em uma missão solo quando um posto de gasolina precisava de guarda contra uma gangue local.
Perto do fim da Terra de Ninguém, Batman notou seu desejo de morte e a forçou a tomar uma decisão entre ações suicidas e autopreservação. Ela optou pela autopreservação.
Batgirl:
Apesar de seu notável impedimento de não poder falar, ler ou escrever, Cassandra se saiu muito bem. Capaz de compreender as intenções dos outros, devido à sua capacidade de ler a linguagem corporal, ela era mais do que uma ouvinte capaz, apesar de não poder processar as palavras ou responder a elas. Foi esse traço que fez de Cassandra uma das mais leais e confiáveis seguidoras de Batman e a ajudou a sobreviver quando o clã dos morcegos foi caçado pelos Bloodhawks.
Embora o fato de que Cassandra não pudesse falar frustrou Barbara Gordon, ela provou ser útil de outras maneiras durante uma equipe com o espectral vigilante Ghost em rastrear cadáveres desaparecidos. Os sucessos e a compreensão final de sua missão como Batgirl permitiram que Batman lhe desse o privilégio de correr sozinha em Gotham sob a condição de que ela não enfrentasse nenhum 'criminoso fantasiado' (Coringa, Bane, Duas-Caras, Pinguim, etc).
De ir disfarçada em Madras com Batman para salvar heróis locais da multidão, Cassandra continuou a impressionar como a nova Batgirl. Especialmente quando, apesar dos avisos de Batman, ficou cara a cara com um meta-humano e venceu. Ela ainda conseguiu, apesar de sua restrição a Gotham, conseguir ser um membro reserva na lista de Justiça Jovem.
Mas a carreira de Cassandra não era a única coisa que estava crescendo. No fundo, uma divergência entre Oráculo e Batman estava lentamente emergindo, assim como a crescente imagem de Batman como uma figura paterna aos olhos de Cassandra, mas o maior desenvolvimento foi a intenção de David Cain de recuperar sua filha.
Batman aprendeu sobre o passado de Cassandra quando David Cain enviou uma fita mostrando a morte de Faizul para a Batcaverna. No entanto, Batman continuou a aceitar Cassandra. As coisas ficaram mais tensas quando uma vidente fugitiva alterou a mente de Cassandra para que ela pudesse entender as palavras. Como efeito colateral, ela perdeu sua capacidade de ler a linguagem corporal e, assim, sua capacidade de lutar adequadamente.
Depois que Cassandra quase morreu enquanto tentava proteger o psíquico de assassinos, Batman levou seu traje e começou a retreiná-la. O treinamento permaneceu ineficaz, no entanto, em parte devido insistir em sua habilidade perdida em vez de se concentrar em aprender tudo de novo, e Cassandra quis vagar pelas ruas, com ou sem o traje.
Foi durante esses passeios vigilantes "não autorizados" que ela encontrou sua mãe. Depois que Lady Shiva tentou matar uma jovem rica, Cassandra interveio, mas foi rapidamente nocauteada. Depois de acordar, imediatamente rastreou Lady Shiva, apesar de ter um braço morto, para descobrir por que ela a poupou. Shiva explicou que ela veio a Gotham para atraí-la e lutar contra ela, e partiu quando sentiu que Cassandra não era mais um desafio.
Quando ela explicou por que estava sem suas habilidades, Shiva reconheceu as habilidades perdidas de Cassandra e se ofereceu para treiná-la de uma forma que permitirá que ela as possua novamente. Em troca, elas lutariam até a morte em um ano. Sabendo que não tinha chance de ganhar, mas querendo suas habilidades de volta, Cassandra aceitou.
Duelo até a Morte:
Cassandra começou a treinar imediatamente; indo atrás de todos os lutadores talentosos que encontrou para ganhar mais habilidades. Depois de ouvir o quão notório o Coringa estava com o clã dos morcegos, ela o libertou para prendê-lo novamente, a fim de avaliar quão bom ele era.
Batman e Oráculo deduziram que Cassandra não havia desistido de seu desejo de morte e que isso se devia à culpa de ter assassinado Faizul. Eles começaram a investigar o que trouxe o desejo de morte de volta. Seu treinamento imprudente foi interrompido quando um oficial foi chamado sobre as frequências. O antigo aliado e amigo de Batman, o Comissário Gordon, fora morto a sangue frio.
Foi durante mais uma sessão de treinamento na Batcaverna que Cassandra conheceu sua futura amiga Stephanie Brown (Salteadora).
Não demorou muito até que Batman deu à Cassandra uma caverna para operar. Seu treinamento continuou enquanto ela encontrava oponentes ainda mais poderosos como Bizarro, Supergirl e Ladrão das Sombras durante Última Risada do Coringa, assim como inúmeros vilões durante o rescaldo de Mundos Em Guerra. Essas atividades não passaram despercebidas por Batman e Oráculo. Sabendo sobre a partida de Cassandra com Shiva, mas impressionada com seu progresso, Batman permitiu que Cassandra continuasse apesar dos protestos de Oráculo.
Quando a fatídica noite chegou, Cassandra teve que enfrentar Shiva nos telhados de Gotham. Barbara Gordon tentou convencê-la a desistir. Em resposta, ela usou um ataque nervoso para paralisá-la, pediu desculpas e saiu para enfrentar seu destino. Apesar de seus melhores esforços, Shiva venceu a batalha com bastante facilidade, matando Cassandra com um tiro em um grupo de nervos perto do coração. Após a batalha, dentro de um templo dedicado a ela, Shiva trouxe Cassandra de volta à vida. O preço de Shiva: uma revanche. Desta vez, com seu desejo de morte satisfeito, Cassandra ganhou e se tornou a primeiro a derrotar Lady Shiva em combate marcial. No entanto, ela poupou a vida de Shiva, que prometeu voltar a matar Cassandra.
Infelizmente, a vitória seria de curta duração. Bruce Wayne estava preso por suspeita de assassinato. Cassandra chegou de volta à caverna a tempo de ver Batman sair. A investigação resultante de Cassandra revelou que Batman e Bruce Wayne eram, na verdade, a mesma pessoa. Mais tarde, ao lado de Salteadora e Asa Noturna, descobriu pistas críticas que apontavam para a inocência de Bruce Wayne e, finalmente, provas incriminatórias para o verdadeiro culpado: David Cain. Com seu pai em seguran��a atrás das grades e sem batalha até a morte com Shiva para treinar, Cassandra se concentrou em sua carreira de combate ao crime.
Amor difícil:
Batgirl comete um erro devido ao estresse, e Oráculo insiste que estão de férias em um cruzeiro. Superboy passou a frequentar o mesmo cruzeiro, e juntos eles param um terrorista chamado Vento Negro. Superboy dá a Batgirl seu número, e Batgirl o beija. Batgirl vai ao encontro de Superboy em Smallville, mas eles acabam decidindo ser apenas amigos.
Batgirl e Batman trabalham juntos quando Doutor Morte tenta leiloar suas armas químicas em Gotham. Eles o perseguem até Tarakstan, onde são forçados a se aliar à Vento Negro. Doutor Morte é baleado e Vento Negro sacrifica sua vida para conter as armas químicas liberadas. Antes de deixar o país, Cassandra, imitando um costume local, professa seus sentimentos por ele e promete manter isso em segredo.
Barbara Gordon empresta seu antigo traje à Cassandra, que a usa brevemente em patrulha, mas decide que prefere seu próprio. Mais tarde, Batgirl investiga uma nova droga chamada Alma. Isso a leva à gangue de rua das Garotas Perdidas, a quem Cassandra luta, sem saber que as líderes são todas meta-humanas. No meio da luta, ela acidentalmente engole uma pílula da Alma. Como os efeitos de Alma são determinados pelo fato de uma pessoa ter um coração bom ou mau, ela alucina brevemente como seu bem e mal interior lutam pelo controle.
Quando seu lado maligno vence, derrota as garotas sob a influência de Alma. Mais tarde, Batgirl caça e detém um assassino em série chamado Homem-Boneco. Quando tenta deter um círculo de escravidão branca, mas Batman aparece, irritado porque ela arruinou sua operação de disfarce.
Batman diz a Cassandra que ela tem cometido muitos erros recentemente e força-a a suspender suas atividades como Batgirl. Quando Barbara tenta consolá-la, Cassandra rouba sua traje de Batgirl e vai para as ruas. Investigando Alma novamente, ela a leva para o cientista que fornece para as Garotas Perdidas, que é revelado ser Doutor Morte.
Doutor Morte ministra uma dose concentrada de Alma em Batgirl e Batman, e eles lutam até a morte. Quando os efeitos desaparecem, Batgirl tem um momento de ternura com Batman, e explica que seu pai nunca a deixou demonstrar afeição. Batman pergunta a quem ela é leal, e Batgirl responde que não é leal a ele, mas ao símbolo deles. Robin leva Doutor Morte em custódia.
Cassandra começa a desfrutar de sua nova liberdade e Oráculo a leva para um jardim público. Este jardim é revelado como uma conspiração de Hera Venenosa para recriar o Jardim do Éden. Batgirl queima a Árvore do Conhecimento de Hera Venenosa, da qual o jardim inteiro cresceu, detendo-a.
Batman - Jogos de Guerra:
Stephanie Brown se tornou a nova Robin quando Tim Drake desistiu, e Batgirl se uniu a ela para derrubar o Pinguim. Batman fez Batgirl encenar uma luta pública com Ônix no Iceberg Lounge para melhorar a credibilidade de Ônix nas ruas.
Batgirl foi mais tarde enviada para proteger Tim Drake quando Escaravelho está tentando matar Robin. Mais tarde, Batgirl deteve um robô chamado Projeto Marte, que estava tentando destruir a biblioteca pública. Isso revelou que seu analfabetismo ainda era um problema quando tinha dificuldade em determinar seu código de autodestruição. Quando Stephanie Brown foi demitida como Robin e ordenada a desistir da luta contra o crime, ela se aproximou de Batgirl para agradecer-lhe por sua amizade.
Gotham se tornou uma zona de guerra quando os líderes de vários sindicatos do crime foram mortos, deixando um enorme vácuo. Batgirl foi enviada para lidar com a Tríade da Mão Afortunada em Chinatown quando Kwan Lin foi morto e depois ajudou Ônix e Orfeu a travar uma batalha entre a Gangue Hill e a Unificação Latina.
Batgirl então, perseguiu Alexandra Kosov da Máfia Odessa em um tiroteio explosivo, mas a perdeu. Tarântula lutou com Batgirl e rejeitou sua oferta de trazer a Unificação Latina sob a proteção de Orfeu. Batgirl confrontou Salteadora e disse a ela para sair das ruas, mas Salteadora não deu ouvidos. Logo depois, Batgirl se unuiu a Batman e Asa Noturna para impedir um tiroteio na escola Louis Grieve. Este incidente foi a primeira vez que Batman foi pego em fotos, que também revelou a existência de Batgirl para o público.
Batman disse a Batgirl e à Bat-família para impelirem quando o comissário Akins declarou um toque de recolher, e depois Batman revelou a eles que descobriu que a guerra de gangues é um dos seus próprios planos de contingência. Batgirl protegeu Leslie Thompkins contra um ataque de Lince e dos Dragões Fantasmas. Acidentalmente, Lince foi mortalmente ferida por seus próprios capangas visando Batgirl.
Batgirl foi colocada no perímetro de Robinson Park quando Máscara Negra começou uma rebelião enquanto estava disfarçado como Orfeu. Eles são forçados a lutar contra todos os criminosos da cidade até o motim se dispersar. Batman envia Batgirl para lidar com Crocodilo e Rei Suicida e antes de sair, ela diz a Batman que Salteadora era responsável pelos jogos de guerra, mas Batman já sabia.
Batgirl resgatou Ônix, que estava sendo torturada pelos capangas de Crocodilo. O confronto final com Máscara Negra foi na Torre do Relógio de Gotham, onde a polícia foi instruída a atirar em vigilantes à vista. Batgirl ajudou a afugentar Espantalho e depois escapou da lei.
Robin | Batgirl - Sangue Fresco:
Após os Jogos de Guerra, o Departamento de Polícia de Gotham City declarou todos os heróis fantasiados como ilegais. Devido a isso e com Asa Noturna sendo ferido durante os Jogos de Guerra, Batman sugeriu que ele e Batgirl se mudassem para Blüdhaven, assim como também apoiando-os financeiramente. Lá, ela rapidamente faz um nome para si mesma ao derrotar a Sociedade do Mal. Exterminador mais tarde aceitou um contrato com Pinguim para matar Batgirl e decide deixar sua filha Rose Wilson (a atual Devastadora) fazer o trabalho.
Cassandra espanca Rose ferindo-a criticamente e dando a Exterminador nenhuma escolha a não ser chamar sua atenção clínica. Foi durante o dia dos pais que Cassandra ficou entusiasmada por saber quem era sua mãe. Interrogando todos os contatos que tinha (incluindo Batman e seu pai, David Cain), finalmente descobriu que sua mãe era Lady Shiva.
Liga da Justiça Elite:
Cassandra se uniu à Liga da Justiça Elite, disfarçada como uma assassina chamada Kasumi para monitorar a equipe de Batman e participou de várias missões com eles. Por fim, ajudou-os a salvar o mundo do Worlogog e a uma impressão psíquica de Manchester Black que assumiu a liderança do time, Vera Black.
Cassandra se revelou para seu companheiro de equipe Coldcast para lhe dizer que não era um cara ruim antes que ele fosse acusado de assassinato. Ela pessoalmente ficou ao lado dele limpando seu nome.
Liga dos Assassinos: Voltando a Gotham, Cassandra descobriu que não apenas sua família adotiva havia saído em uma viagem de treinamento de um ano sem ela, mas que Batman havia deixado Harvey Dent recentemente curado para proteger Gotham em seu lugar. Apesar disso, Cassandra ainda mantinha a identidade de Batgirl e patrulhava Gotham enquanto permanecia na Mansão Wayne sob os cuidados de Alfred.
Devido à influência de Alfred, Cassandra gradualmente aprenderia a ler e escrever devido a sua participação nas aulas de ESL (Inglês Como Segundo Idioma) entre suas atividades noturnas. Foi durante uma dessas patrulhas, no entanto, que Exterminador conseguiu não apenas injetá-la com uma dose controlada de seu soro, mas a influenciou o suficiente para se unir a ele em um plano para formar um exército envolvendo as "filhas" de David Cain.
Slade Wilson influenciou Cassandra a conseguir o controle de uma parte da Liga dos Assassinos, assassinando Nyssa Al Ghul no processo, e tornou-se um membro de seus Titãs da Costa Leste. Como líder da Liga dos Assassinos, Cassandra também, novamente sob o controle de Slade, tentou matar Kara Zor-El e planejou a fuga de David Cain da prisão.
Ela foi curada quando Tim Drake injetou-lhe com um antissoro durante um confronto entre os Titãs da Costa Leste e os Jovens Titãs. No entanto, sofrendo efeitos residuais da droga, Cassandra trabalhou brevemente para David Cain na obtenção da droga Pheno antes de voltar aos seus sentidos e retornar à Bat-Família.
Redenção:
Sentindo-se parcialmente responsável pelo que aconteceu com Cassandra, Batman permitiu que ela voltasse depois de um rigoroso programa de desintoxicação e lhe deu um rigoroso toque de recolher.
Asa Noturna, no entanto, não foi tão tolerante, considerando-a com franca hostilidade e suspeita. Quando Cassandra começou a buscar vingança contra seu pai e Slade Wilson, teve que fazê-lo secretamente devido a sua desconfiança. Infelizmente, suas atividades acabaram sendo descobertas, resultando em seu confronto com Asa Noturna e roubando um Batwing da Batcaverna. No entanto, a provação resultou em Cassandra oficialmente adotada como filha de Bruce Wayne.
Renegados:
Com o convite de Batman, Cassandra começou a trabalhar nos Renegados, e apesar da desconfiança de alguns membros devido às suas atividades recentes, foi aceita como parte da equipe. Quando Batman desapareceu de repente, sem aviso, os Renovados procuraram por toda Gotham.
Cassandra foi ao Iceberg Lounge para questionar Pinguim sobre o paradeiro de Batman, mas não descobriu nada com ele e em vez disso ela foi forçada a lidar com Johnny Stitches. De volta à sua sede, os Renegados receberam uma mensagem de Batman, mas Batgirl percebeu que ele não era o verdadeiro.
No entanto, ela decidiu jogar junto com o plano do impostor, permitindo que o REMAC fosse injetado com um vírus que o levou a morrer em uma explosão que deixou Tormenta em coma. Batgirl foi culpada pelo desastre e os Renegados se separaram. Depois, Batgirl foi para a Batcaverna, onde soube que o ataque fazia parte do plano da Luva Negra e decidiu reformar os Renegados.
Batgirl começou a recrutar heróis através de Gotham que combinavam com as habilidades únicas de Batman para criar um time que pudesse substituir o Batman e os extrovertidos desaparecidos ao mesmo tempo, mas Batgirl não esperava que a Asa Noturna não concordasse com seu plano. Asa Noturna estava tendo problemas em lidar com a possível morte de seu pai adotivo, mas isso acabaria resolvendo o conflito depois que Alfred interveio em uma briga entre os dois. Cassandra entregou criação adicional da Rede para Asa Noturna.
Quando a terceira crise aconteceu, Cassandra estava entre os heróis respondendo ao projeto do Artigo X para combater a ascensão de Darkseid. Cassandra também foi vista ajudando Supergirl e Mulher-Maravilha a lutar contra uma encarnação do vilão Chang Tzu.
Cassandra foi convocada junto com muitos outros heróis, para a cidade de Gotham após a morte de Batman. Juntos, eles formaram a Rede, uma equipe projetada para manter a ordem em Gotham durante a ausência de Batman. Como parte dessa equipe, Batgirl se uniu à Caçadora para deter Hugo Strange seguindo as instruções de Oráculo. No entanto, Batgirl foi forçada a lutar contra Caçadora para impedi-la de matar um criminoso.
Batgirl - Ascensão:
Após a batalha pelo capuz de Batman, Cassandra começou a se sentir emocionada com a morte de seu pai adotivo, tornando-se desiludida e passando seu traje para Stephanie Brown, que se tornou a nova Batgirl. Cassandra sai pelo aeroporto de Gotham, avisando Stephanie para não segui-la. Após o retorno de Batman, foi revelado que Cassandra havia entregado seu manto de Batgirl para Stephanie, agindo de acordo com a ordem de seu mentor no caso de sua morte ou desaparecimento e porque desistir do papel ajudaria Stephanie a se tornar uma heroína mais forte. Tim Drake permaneceu em contato com Cassandra, implicando que ela estava trabalhando como agente anônima nos planos de Batman.
Pouco tempo depois, Robin Vermelho visitou-a em Hong Kong para trocar informações sobre casos com os quais trabalhava, sobre o chefe do crime e sobre o possível policial disfarçada Lince e um misterioso assassino conhecido como Grilo que Cassandra estava procurando.
Além da pequena ajuda que ofereceram um ao outro, Tim lhe trouxe um novo traje com um bastão para substituir o traje preto que Cassandra usava desde que deu seu traje e identidade para Stephanie, dizendo-lhe que não importava se ela se chamasse de Batgirl, de Cavaleiro Morcego ou de Robin Negro, ela tinha uma família. Cassandra agradeceu, mas disse que a família nem sempre está em casa quando ela sai, não dando nenhum sinal de que usaria o novo traje, mas levando-o consigo de qualquer maneira.
Tim observou que, apesar de Cassandra não querer mais ser Batgirl, não havia sinal de que ela estava sendo nada além de verdadeira para si mesma e quem queria se tornar.
Corporação Batman:
Cassandra mais tarde se torna uma agente da Corporação Batman protegendo Hong Kong, usando o traje dado a ela por Tim e chamando a si mesma de Morcego Negro. Bruce Wayne faz uma operação de contrabando de neo-heroína.
Morcego Negro viajou para Paris depois de um sinal de retorno para Robin Vermelho para o local final em um torneio de assassinos, salvando-o de ser estuprado pela Filha de Acheron, meia-irmã de Ra's Al Ghul, e derrotou o vigilante Promessa enquanto libertava Robin Vermelho.
Morcego Negro então pegou uma espada e empalou Robin Vermelho no peito, provocando a confirmação de que ela havia vencido o torneio, sendo uma das poucas na história a fazê-lo e ativando um sistema que a "imortalizaria", matando-a com um laser.
Robin Vermelho salvou-a do feixe e revelou que haviam falsificado a morte de Robin Vermelho usando uma espada, pacotes de sangue e um coração parado para enganar os sistemas automatizados do templo. Eles tentaram examinar a base, mas, apesar de Robin Vermelho conversar com o criador do torneio de assassinos, um imortal centenário até então desconhecido, a base se autodestruiu antes que eles pudessem descobrir algo próximo de sua localização.
Robin Vermelho chegou a Hong Kong para ajudar Morcego Negro na caçada de por Grilo, mas eles foram derrotados pelo mesmo, ferindo gravemente Robin Vermelho e prometendo lutar contra Morcego Negro 'de verdade' da próxima vez.
Poderes e Habilidades:
Habilidades:
Condição Humana Máxima:
Através de intenso treinamento contínuo, Cassandra representa a maior arma de luta já concebida. Ela possui força de nível de pico, resistência, velocidade e agilidade comparável ao melhor atleta humano.
Artes marciais:
Devido à sua formação ao longo da vida, Cassandra tem um conhecimento de nível mestre de todas as artes de luta conhecidas e desconhecidas e continua a aprender com cada novo adversário que ela enfrenta.
Cassandra foi treinada por seu pai (David Cain), junto com vários outros membros da Liga dos Assassinos, incluindo Tigre de Bronze, Merlyn e Alfa. Ao tomar o manto de Batgirl, ela foi treinada ainda mais por Batman, Oráculo, Canário Negro e Lady Shiva. Recebeu instruções suplementares de Ônix, e também inventou seus próprios estilos e técnicas.
A Técnica da Folha Caindo:
Uma pressão no nervo inventada por monges chineses no século XVI. Cassandra e seu pai são as únicas pessoas que sabem como usar esta técninca.
Combate Corpo-a-Corpo (Avançado):
Cassandra é treinada em todas as técnicas de assassinato conhecidas e muitas desconhecidas, como pontos de pressão, técnicas de matança e furtividade, para citar algumas.
Habilidade de Leitura Corporal:
Cassandra tem a capacidade avançada de ler a linguagem corporal, permitindo-lhe ler o que as pessoas estão pensando e dizer o que elas farão a seguir antes de fazê-lo.
Foi mostrado que Cassandra é capaz de ler os adversários muito mais rápidos do que ela, ao lado com os não-humanos e até formas de vida alienígenas, uma vez que tenha a chance de aprender sua linguagem corporal. Isso permite que também identifique pessoas disfarçadas e transformadas.
Investigação:
Cassandra também foi treinada muito brevemente em métodos de detetive por Tim Drake durante seu tempo em Blüdhaven.
Furtividade:
Devido ao seu treinamento excessivo, Cassandra também é um mestre da discrição. Essa habilidade foi aprimorada durante seu tempo como O Nada e Kasumi.
Fraquezas:
Dislexia:
Devido ao seu treinamento usando os centros de linguagem de seu cérebro para ler a linguagem corporal, Cassandra tem extrema dislexia, tornando muito difícil para leia e escreva.
Confiabilidade Excessiva na Capacidade de Leitura Corporal:
Enquanto uma força definida em combate, a capacidade de Cassandra de ler a linguagem corporal pode trabalhar contra ela quando não consegue discernir adequadamente a intenção das ações do oponente com base na linguagem corporal. Geralmente isso pode acontecer quando um oponente é muito bom em disfarçar sua intenção como Slade Wilson, que pode mantê-la distraída com linguagem corporal sutil que pode sugerir muitas ações possíveis (Cassandra afirmou que quando Slade se move, seu corpo "canta como um refrão. Rápido demais com vozes demais para captar com precisão”).
Em outro caso, pode ser que um oponente não esteja pensando ou se concentrando em seus movimentos enquanto eles tentam fazê-lo quando Cassandra tenta impedir um tiro de um assassino ciberneticamente aprimorado, mas não podia porque sua cibernética assumiu o objetivo para ele independentemente de seus movimentos.
A última maneira pela qual essa fraqueza se manifesta é quando Cassandra está enfrentando um oponente que é mentalmente instável ou doente. Tal oponente é simplesmente imprevisível demais para antecipar. Quando Cassandra lutou com o Coringa, o mesmo, teve uma vantagem no início da luta porque ela não conseguia entender a linguagem corporal de Coringa ou como Batman colocou "ela pode ler sua linguagem corporal também, mas sua linguagem corporal somente sai como sons inarticulados.”
Equipamentos:
Traje de Batgirl, Cinto de Utilidades
Cinturão das Sombras:
(Anteriormente) Durante seu tempo como Kasumi na Liga da Justiça Elite, Cassandra usava um cinturão de origem Thanagariana que permitia que se transformasse e viajasse intangivelmente como uma sombra viva.
Kasumi costumava usar este cinturão quando a equipe estava em missões secretas como o membro da gangue meta-humana, O Nada, a sombra que cobria até mesmo seu disfarce de Kasumi.
Transporte:
Bat-motocicleta
Armas:
Batarangs
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A casa das portas
Eu sempre passava por essa casa em uma rua perto da minha casa. Era uma casa grande, bonita, imponente, sempre bem conservada e com um jardim muito bonito, florido. Nunca vi nenhum morador, e me perguntava como seria a família que morava lá.
Um dia, no meio da tarde, passava pela frente da casa a pé quando uma bola de criança saiu de dentro da casa, cortou minha frente e me deu um grande susto. Peguei a bola e parei em frente ao portão, que estava aberto, esperando alguém vir buscar a bola. Nada. Esperei mais um pouco, chamei e nenhum sinal. Nenhum som. A porta da frente estava totalmente aberta. A impressão é que alguém sairia a qualquer momento. Olhei para a bola e viu que era uma bola infantil, com desenhos de princesas. Cadê a menina que brincava ? Será que chorava ? Decidi entrar pelo portão e me aproximar da porta. Chamei mas ninguém respondeu. Nenhum som de morador. Ao fundo, ao chegar perto da porta, percebi o som de uma música clássica suave, instrumental.
Decidi me arriscar e entrar pelo quintal, talvez estivessem nos fundos da casa. Fui entrando e chamando, fazendo barulho, me anunciando, mas nada. Tudo estava em ordem. De onde veio essa bola ?
Ao chegar na área da piscina, vi uma varanda aberta, linda, com cortinas brancas esvoaçantes, que deixava ver uma sala de TV muito convidativa. Continuei entrando. Ninguém respondia.
Quanto mais entrava na casa, mas a achava bonita. A cozinha, a sala, tudo bem montado, moderno, aconchegante. Passei a me interessar muito pela casa em si, nem lembrava mais da bola em minha mão. Fui entrando na casa, andando, e percebi que era como se o tempo estivesse pausado ali, tudo aberto, janelas, o sol entrando, tudo em ordem… mas cadê as pessoas ?
Andei por vários minutos, tive a impressão de que a casa era enorme, e ao fim de um corredor vi uma porta fechada. A música de fundo havia sumido. A porta era diferente das outras portas da casa. As portas comuns eram brancas, laqueadas, acompanhavam a decoração e a pintura da casa. Mas essa não. Era de um tamanho diferente, de uma madeira rústica, castanha, parecia ter sido colocada separadamente ali. A maçaneta também era diferente, de um metal velho e meio manchado. Essa porta tinha uma aura diferente da casa, misteriosa e convidativa, parecia vir de outro tempo. Será que os moradores estavam ali dentro ?
Aproximei-me da porta e encostei o ouvido: nenhum barulho. Arrisquei-me a tentar abri-la. Pus a mão na maçaneta e…
Ao abrir, fiquei espantada com o que vi. Era um quarto de dormir, cujas janelas estavam fechadas e a cortina fechada, e estava na penumbra. O cômodo estava muito bagunçado e cheio de itens amontoados, jogados ao chão, antigos, usados, sem qualquer relação uns com os outros. Esse quarto não tinha nada a ver com o resto da casa, e me perguntei se era ali que eles escondiam toda a bagunça do local.
Deixei cair a bola ao chão e esta rolou para dentro do quarto, parando embaixo de uma escrivaninha. Vi ali muita poeira, era certo que havia tempos que ninguém entrava naquele quarto. Que coisa estranha !
Imediatamente senti uma vontade, um forte apelo para arrumar aquele quarto. Era quase como se a casa falasse comigo, “você veio até aqui, por favor arrume este quarto”.
Sem saber muito o que fazer, comecei, meio sem jeito de início, a organizar o tal quarto. O que era aquele cômodo ? Tinha uma cama e um armário, mas também uma escrivaninha e sofá. A mobília era também diferente do resto da casa. Será que era de um parente mais velho ?
Abri a janela e afastei as cortinas. Percebi que a janela estava suja por dentro, só era limpa por fora. Comecei a tentar colocar as coisas no lugar. Roupas no armário. Papéis na escrivaninha. Tinha muito papel amassado espalhado pelo chão. Gavetas da escrivaninha abertas, em desordem. Uma taça com resto de vinho tinto seco no fundo. Um cinzeiro com tocos de cigarros (mas o quarto inexplicavelmente não cheirava a fumo). Cama por fazer, com muitas roupas por cima, de homem e de mulher. Será que era um casal que ocupava esse quarto ? O cômodo também tinha as paredes cobertas com um papel de parede em desenhos de padrão simétrico, nas cores verde, marrom, bege e bordô.
Fiquei ali mais de uma hora organizando aquele quarto, sem saber bem o porquê. Alguns objetos me chamaram a atenção, e ficaram para o fim da arrumação. O primeiro era uma presilha de cabelo antiga, de madrepérola, com desenhos incrustados, que estava ao pé da cama. O segundo era uma bota de cowboy, nova em folha, que destoava completamente da atmosfera do quarto. E o último era uma página rasgada de um livro, que parecia ter sido arrancada às pressas. Ao me aproximar, vi que era um poema de Cecília Meireles. Os últimos versos estavam grifados. Procurei pelo livro no quarto, mas não havia nenhum livro ou caderno no local.
Sem saber o que fazer com tais itens, e com dó de jogar a página fora (afinal, era Cecília Meireles), deixei a presilha e a página sobre a escrivaninha e a bota ao lado da cama (uma vez que o armário não tinha sapateira). Eles ficavam estranhos, não tinham lugar no quarto, chamavam a atenção. Por fim, com uma vassoura que encontrou atrás da porta, varri o quarto e abri a janela. A melhora foi significativa. Era hora de ir embora.
Antes de sair, parei à porta e vi o quarto bem melhor do que antes. Me senti bem e estranha ao mesmo tempo, afinal, estava dentro de uma casa estranha arrumando um quarto de estranhos sem nenhuma permissão! O que fariam se me tivessem pego ? Senti um frio na espinha e percebi que era hora de sair dali.
Saí da casa, que continuava em silêncio, desta vez pela porta da frente. No caminho, deixei a bola no jardim. Voltei às atividades normais do meu cotidiano. Naquele dia, antes de dormir, ainda pensei na casa, no quarto misterioso, e na arrumação que fiz.
Dois dias depois, já quase não me lembrava do episódio da casa. Perguntei para alguns conhecidos quem morava lá, e eles falaram que era uma família que morava em outra cidade, e ficava ali muito esporadicamente. Tinham dinheiro, e mantinham a casa para poucas semanas no ano. Ninguém soube informar se a família estava no local esses dias.
Passava pelo centro da cidade com uma amiga, quando uma banca de bijouterias me atraiu a atenção. Ao me aproximar do lugar, enquanto via os brincos e pulseiras expostos, vi uma presilha de cabelo idêntica à encontrada no quarto misterioso. Senti um frio na barriga e peguei o objeto na mão: era exatamente o mesmo do quarto da casa em que entrei! Perguntei à vendedora o que era a peça, e ela disse “essa presilha minha mãe ganhou há muito tempo, pertenceu a uma amiga dela, mas perdemos o contato com essa pessoa e resolvi vender”.
Insisti mais na história, e para meu espanto ela disse, sem saber quem eu era, que a presilha pertenceu à antiga musa do teatro local Isadora Fontes, pessoa que era muito próxima de sua mãe, mas com quem deixou de manter contato na década de 40, quando ela casou e se mudou para São Paulo. Disse que o objeto lhe lembrava de uma situação triste para sua mãe, e que resolveu transferi-lo para terceiros. “Isadora Fontes?”, perguntei, “a que tocava acordeon?”, tendo ela confirmado que sim. “Isadora Fontes é minha tia-avó”, respondi, para o espanto da senhora da banca. Imediatamente ela pediu para seu filho cuidar da banca e sentou-se comigo em um banco próximo, contando a história de sua amizade com minha parente.
“Isadora Fontes era uma mulher à frente de seu tempo, uma verdadeira atriz e vedete que sabia encantar o público, de uma maneira ao mesmo tempo segura, terna e desafiadora para os padrões da época. Ela atuava com segurança, com graça, e, sendo bonita, nunca era vulgar, era como qualquer uma das mulheres da época que subisse ao palco. Todas as mulheres se reconheciam nela, e desejavam estar em seu lugar, livres, independentes, admiradas. Ela atuava e cantava, e ao final de cada apresentação, voltava a ser uma de nós, uma estudante, uma moradora da cidade, uma amiga. Era isso o que a fazia tão especial.
Todos nós esperávamos grandes feitos de Isadora, mas o casamento acabou a afastando dos palcos, gradualmente. Ninguém nunca impôs isso a ela, mas acabou acontecendo. Vieram os filhos, e ela nunca mais voltou a atuar em uma peça de teatro. Acho que isso sempre a mutilou internamente, foi uma chama importante que se apagou, um talento desperdiçado, e ela sempre ficou com essa frustração por seu lado artístico ter se acabado, justamente quando teria se mudado para São Paulo, onde suas chances na carreira seriam maiores.
Em nossa despedida, quando mudou-se para São Paulo com o marido e a filha mais velha, já grávida do segundo filho, ela me deu essa presilha, que usou em sua última apresentação, na qual foi aplaudida em pé.
Eu era uns 10 anos mais nova que ela, e sempre achei que ela fosse continuar sua carreira em São Paulo, de alguma forma conciliar, mas isso não aconteceu. Trocamos cartas por algum tempo, mas depois nossa amizade arrefeceu. Soube cerca de 20 anos depois que ela teria retornado a esta cidade, de forma muito discreta, mas nunca a vi novamente.”
Após esse encontro, passei muitos dias pensando nessa história. Nunca soube que minha tia-avó, tão sisuda e crítica, dada a comentários ácidos e às vezes cruéis sobre as pessoas, tenha vivido um passado artístico. Creio que muito de sua amargura se deveu a isso, ao bloqueio e à frustração de não ter seguido a carreira de atriz, anulando seu potencial em nome de uma vida familiar comum. É uma pena não poder conversar com ela sobre isso, tendo descoberto esse lado do seu passado tanto tempo após sua morte. Em nossa família, pouco se falava sobre ela, que era considerada um fardo a suportar nas reuniões e festas familiares.
A vida seguiu, e passados alguns dias, ao sair de casa bem cedo pela manhã, levei um susto: um par de botas me aguardava no portão de casa, do lado de dentro. Estavam arrumadas em pé e apontavam para minha casa, como se uma pessoa invisível as estivesse calçando, esperando por mim no portão.
Um calafrio passou pela minha espinha na hora, e imediatamente me lembrei do quarto arrumado na casa; as botas eram idênticas às que eu havia deixado ao lado da cama… seriam o mesmo par ?? Perguntei para todos em casa sobre a bota, para amigos, mas ninguém sabia dessa bota. No mesmo dia, ao fim da tarde, pequei a bota e voltei à casa. Estava com o portão e a porta abertos. Bati novamente, chamei, e nada. Nenhuma resposta. A casa estava limpa, sem folhas acumuladas…. Alguém vivia lá, mas não estava. Eu ali, parada com o par de botas na mão, resolvi entrar. Não havia bagunça, não havia sujeira, tudo no lugar.
Ao chegar no quarto, percebi que estava como eu havia deixado, com exceção da bota! A bota nas minhas mãos era a bota que eu coloquei ao lado da cama ! Como foi parar em minha casa ? Quem a havia colocado lá ? Será que alguém estava me vigiando ? Mas uma estranha paz emanava daquele lugar. Fiquei ali parada na porta do quarto, sem entender direito o que significava aquilo tudo, o quarto, os objetos…
Uma brisa que entrava da janela fez tremular uma folha de papel que estava na escrivaninha, me chamando a atenção para aquilo. Entrei e me aproximei. Me lembrei que era a página rasgada com o poema ! Peguei o papel e li atentamente:
Renova-te.
Renasce em ti mesmo.
Multiplica os teus olhos, para verem mais.
Multiplica-se os teus braços para semeares tudo.
Destrói os olhos que tiverem visto.
Cria outros, para visões novas.
Destrói os braços que tiverem semeado,
Para se esquecerem de colher.
Sê sempre o mesmo.
Sempre outro.
Mas sempre alto.
Sempre longe.
E dentro de tudo.
(Cecília Meireles)
Levei a folha comigo, certa de que era uma mensagem que a casa estava me
mandando.
Coloquei a folha no espelho do meu banheiro, de forma que todos os dias lia essa poesia. Em alguns dias eu ria dela, achando-a sem sentido; em outros sentia que não conseguia compreender seu profundo significado; em outros dias ela caía como uma luva para mim.
Aos poucos, foi-se sedimentando dentro de mim um desejo de fazer algo novo, diferente, desafiador. Dar um pouco de sabor especial à minha vida, fugir da rotina, do mundo real. Sempre gostei de desenhar, e pouco desenvolvi esse interesse. Inspirada pela poesia, resolvi arriscar e me matricular em um curso de pintura em tela. Meu primeiro quadro será uma cena de teatro, no qual uma mulher linda, feliz, agradece os aplausos de uma platéia em pé, em meio a gritos e rosas sendo jogadas ao palco. Com uma presilha de madrepérola nos cabelos.
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TWO
Esses são momentos dos quais eu quero lembrar...
Tudo surpreende, até o que menos esperamos, as coisas mais lindas são aquelas inesperadas e sentidas a cada segundo dentro do seu coração. Mas com relação a sentimentos, eles realmente podem mudar repentinamente de uma hora pra outra? Essa história fala sobre isso.
Katherine nunca foi uma das melhores alunas na sua época de escola, não sentia essa obrigação toda de se desagastar em estudar pois sabia o seu valor, sabia ainda mais o quão importante aquilo era, mas não por completo. Em busca do seu futuro, chegou a fazer provas para faculdade e conseguiu passar no curso que tanto queria, era quase uma vitória pra ela, por nunca ter conquistando algo tão grande em sua vida. Kathe se sentia a melhor pessoa do mundo naquele momento, e quando digo isso, falo em relação a si mesma e não comparada aos outros, ser melhor que outras pessoas nunca foi dela, apesar de as vezes parecer querer ser o centro das atenções, o que não deixa de ser mentira. Apesar disso sempre teve medo de magoar as pessoas com seu jeito, sempre se sentiu insegura em relação ao seu corpo, e carregava monstros pra si como todas as pessoas carregam e tentam lidar com eles durante sua vida.
Em seu primeiro dia de aula na faculdade, ansiedade fazia parte de Katherine como alma faz parte de um corpo. Andava entre os corredores tentando não ter qualquer tipo de crise e chegar a sua sala o mais rápido possível e acabar com todo aquele turbilhão dentro de si. Em seu caminho se deparou a um conhecido do colegial, aproximou-se do mesmo com um toque em um dos seus ombros fazendo com que ele virasse em direção a Kathe.
- Maciel! eu nem acredito que te encontrei por aqui! O campus é enorme, qual curso você vai fazer? - a animação de Katherine era nítida ao ver pelo menos uma pessoa conhecida.
- Kathe, nunca esperado você por aqui! Eu consegui no curso de farmácia e você? - Maciel parecia feliz em vê-la.
- Não acredito que estamos no mesmo curso!! Como eu não sabia disso antes? - era uma mistura de felicidade e alívio ao mesmo tempo. - Você já sabe qual será a sala da primeira aula? Esse lugar é enorme acho que já me perdi mais de uma veze - ela parecia estar em um sonho, estava tudo acontecendo como ela não planejava, isso seria o dobro de tudo que ela imaginou, nada poderia estragar aquele diga incrível.
- Estou tão feliz por ter você por aqui, e saber que vamos ser colegas de curso será ainda melhor! - disse Maciel com um lindo sorriso em seu rosto. - A sala deve ser a do andar de cima, fica no final do corredor 19A57, eu infelizmente ainda tenho que resolver algo da papelada na secretaria, acho que vai demorar um pouco mas eu te encontro na sala -
- Tudo bem! Estarei te esperando - Kathe deu um abraço em Maciel e eles se despediram por um momento.
Enquanto ainda subia as escadas, pensava o quanto estava ansiosa para a 1° aula, seria um momento único além de ser o começo de toda uma história e uma linda carreira pela frente, já estava ansiosa para pagar todas as matérias que faziam seu coração se apaixonar ainda mais pela sua escolha e saber que tinha feito a melhor escolha. Seu coração palpitava a cada passo, mas será que se daria bem com as pessoas da sua turma? Ela sempre acreditava que não, sabia que de cara as pessoas não gostaria de você, apesar de saber disso ainda se preocupava em pensar que teria o sentimento de solidão na maioria parte do tempo.
Ao andar pelo corredor a fim de chegar ao fim dele, observava a linda vista do que seria seu novo lar por alguns anos de sua vida, apreciava o cheiro das folhas e como ela se movimentavam com o vento, lembrando da infância e pensando o quão nostálgico era aquilo. Chegando ao fim, se deparou com um garoto em frente a sala, de costas e encostado a divisora da sacada, era algo bem atípico porque ele usava roupas bem diferentes para um dia ensolarado como aquele. Seu suéter era de gola alta, um sobretudo que chegava quase em seu joelho, calça social e sapatos opacos, sendo completado por uma grande uniformidade da cor preta em todos itens usados por ele. Parecia bem distraído em seu celular, chamava atenção também pelo pequeno caderno de anotações azul na outra mão fazendo um lindo contraste, seus cabelos combinavam com suas roupas, fazendo um completo look dark e esquisito pra Katherine.
Ela simplesmente ignorou aquela pessoa, passou por ele e apenas entrou na sala a sua frente. Algo esquisito que existia na faculdade era que todas as salas possuíam uma pré sala, antes de chegar na sala em si, servia para os alunos ficarem lá em seus intervalos, já que haviam poucos acentos nos corredores dos andares mais acima. Passou pela pré sala e em seguida entrou na sala em si, havia algumas pessoas lá e pareciam se conhecer muito bem, não se sentia confortável em se enturmar do nada com elas, não era algo seu.
Esperou por mais alguns minutos até uma professora chegar e começar sua aula. Não demorou muito até o menino esquisito da frente da sala entrar pela porta e sentar em uma das cadeiras próximas de lá, sério que ele é da minha turma? Ele é tão diferente como ele vai cursar farmácia? Ela parecia bem pensativa sobre o tal garoto, ele tinha traços bem delicados em seu rosto, olhos brilhantes e bem profundos, um pouco distoantes de todo seu modo de vestir. Primeiro dia de aula e ela já estava prestando atenção em alguém? ‘O que eu tenho na cabeça?’ ela pensou, deixou os pensamentos de lado sobre o tal garoto e continuou focada em sua aula.
Ela simplesmente estava amando aquela aula, o quanto amor a professora de anatomia transmitia em quase tudo que explicava fazia seu corpo estremecer, aos poucos fazia com que entendesse sobre a matéria e uma sensação boa tomasse conta dela.
- Alguém sabe me responder quantos ossos um homem adulto possui? - a professora após iniciar o assunto fez sua primeira pergunta para a turma.
- 238? - uma menina atrás de Kathe havia respondido.
- 254? - uma voz no final da sala respondeu, Kathe sabia a resposta mas se sentia tão nervosa se respondesse, não queria chamar atenção das pessoas por mais que gostasse disso, fazer isso em frente de gente desconhecida fazia seu corpo tremer, mas queria tentar, após alguns segundos de silêncio na sala, ela o quebrou.
- 206 - respondeu ela, mas havia escutado uma voz do outro lado sala que havia respondido ao mesmo tempo que ela, olhou diretamente na direção da voz e recebeu um olhar da pessoa que ela havia reparado a um tempo atrás, o garoto de preto. Ela sentiu como se tivesse sendo julgada por ele apenas por um simples olhar, ficou desconfortável e achou que ele não gostou dela ter respondido também.
- Isso mesmo! Qual o nome de vocês? - a professora perguntou.
- Jake - era esse o nome do garoto de preto.
- Katherine - disse ela meio envergonhada e sem jeito por toda aquela situação. Ela não fez nada de errado não é? Mas se culpava mesmo assim, nunca seria sua intenção humilhar ninguém e nem passar por cima das outras pessoas, ela só pensava que poderia ter feito algo de errado pra ele pela expressão grossa que ela recebeu do mesmo.
Ela seguiu a aula em pensamentos, não sabia onde estava e nem o que estava acontecendo ao seu redor, apenas pensava no acontecimento recente e como pouca coisa em tão pouco tempo tinha mudado de felicidade pra um caos que criava dentro de si. O primeiro intervalo começou, Kathe se deslocou para a pré sala e sentou nas cadeiras do meio, sentiu a presença de alguém se aproximando dela e sentando na cadeira ao seu lado e torceu para não ser ele.
- O que tá achando da aula? Eu particularmente estou amando - disse Maciel ao lado.
- Maciel? Eu achei que não estava na sala - disse surpresa e sentiu um alívio.
- Eu cheguei há um tempo depois, estava perto de você mas não quis te chamar para não atrapalhar a aula, inclusive acho que estava amando de tão focada que você estava - sorriu se posicionando melhor em sua cadeira.
- Na realidade nem tanto, me senti incomodada... eu sei que não somos tão próximos, mas eu meio que senti que o olhar daquele garoto foi bem grosseiro... - Maciel cortou sua fala e direcionou um olhar rápido para o final da pré sala. Kathe olhou diretamente para os lugares atrás dela, e percebeu a presença do Jake há cadeira de distância.
Ela congelou, Jake com certeza tinha escutado tudo, não tinha como não escutar, certo? O silêncio permaneceu entre Maciel e Kathe, não conseguia trocar uma palavra com ele pela grande vergonha passada naquele momento. O sinal tocou e assim o intervalo terminou, ela resolveu esperar até que todas as pessoas entrassem na sala para não dar de cara diretamente com ele e assim o fez.
Após entrar em sua sala a professora deu ordens para se reunir em grupo para fazer uma atividade dinâmica, mas que não valeria ponto seria apenas para as pessoas se conhecessem melhor e conversassem entre si. Kathe se juntou a um grupo de meninas que estava ao seu lado e começaram a fazer as divisões das tarefas.
- Posso fazer o relato sou boa nisso - uma menina a minha frente se voluntariou.
- Eu posso ficar com a medição dos batimentos, já fiz isso algumas vezes - Kathe falou determinada e todas concordaram. A atividade era baseada em medir os batimentos cardíacos de uma pessoa que estaria num estágio de sono leve, e relacionar com a pressão arterial do indivíduo acordado.
No momento que discutiam, Jake havia saído do outro lado da sala e passado ali por perto. Kathe não pôde deixar de escutar os comentários da meninas sobre ele e tentou não se manifestar.
- Ele é tão diferente, bem misterioso e bonito, será que namora? - uma delas questionou.
- Não duvido que tenha namorada. -
- Ele pode se bonito mas é um pouco grosso - Kathe afirmou e todas olharam pra ela e apenas ignoraram sua fala. Ela sabia que sua opinião não importava, por que ainda insistia em dá-la?
- Pessoal para a dinâmica fica melhor as pessoas que vão fazer a checagem dos batimentos, devem fazer com a cobaia de outro grupo - a professora disse e Kathe apenas seguiu em seus pensamentos e o quão estava mal por aquela situação.
- O grupo de vocês já trocou com alguém? - um garoto do grupo ao lado perguntou ao nosso.
- Não, podemos fazer com vocês? - a garota do grupo perguntou e assim j�� obtivemos a troca entre os grupos. Kathe em seus pensamentos se levantou e olhou para o grupo do tal garoto que fez a pergunta, se deparando com o Jake como integrante do grupo, será que poderia piorar? O nervosismo tomava conta dela e não poderia deixar de fazer aquela pergunta tão pertinente em sua cabeça.
- Quem será a cobaia do grupo de vocês? - não excitou e apenas aguardou a reposta. Observou Jake a encantando da mesma maneira e ele apenas levantou a mão. Não poderia ser tanta coincidência?? Ela iria examinar o Jake, como isso poderia piorar a cada minuto? Estava em completo caos mas só queria fazer o que deveria ser feito e ir pra casa logo após. - Tudo bem... podemos ir para o local? - ainda receosa perguntou e ele assentiu.
O lugar ainda era na sala de aula porém um pouco afastado, mas nada seria comparado ao quanto ela estava desconfortável com toda a situação, ele se deitou em uma maca improvisada, Kathe sentou ao seu lado, esperando até seu estágio de sono chegar, aguardou cerca de 10 minutos e resolveu começar a sua avaliação, seu corpo todo tremia, não sabia como reagir, muito menos tocar nele mas teria que fazê-lo.
Ela apoiou uma das mãos dele na sua e seus dois dedos da outra mão no pulso dele, no mesmo momento ele apertou sua mão e ela olhou diretamente para ele com medo de estar fazendo algo de errado. Os olhos deles se encontraram e mais uma vez ela presenciou o olhar penetrante dele, porém mais de perto e isso fez ela se perder em pensamentos, como alguém poderia ter um olhar tão chamativo daquela forma, e tão... feroz?
Ela não sabia mas era ali...
Aquele olhar... faria tudo nela mudar.
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Surpresa de Natal (One Shot)
Kim Taehyung
Gênero: romance, christmas!au, se tiver um pouco de angst, desculpa, é sem querer.
Sinopse: passar o natal longe da sua família, em um país totalmente novo, não está sendo fácil, mas Taehyung fará o que tiver ao seu alcance para diminuir essa saudade.
Palavras: 2122
Avisos: nenhum
- O natal ta chegando! - Taehyung disse alegre, colocando uma guirlanda no meu pescoço.
- Tae! - chamei a atenção dele, sem conseguir conter a risada.
- Eu fico realmente animado com essa época do ano… - ele piscou os olhos diversas vezes seguidas, mostrando seu sorriso quadrado - quer me ajudar a colocar a estrela na árvore? - perguntou estendendo a mesma em minha direção.
- Aceito! - me levantei do sofá com um pulo, mas acho que suspirei alto demais.
- Algum problema? - ele perguntou no meu ouvido, enquanto me erguia pela cintura para poder colocar a estrela.
- Nada que você tenha que se preocupar! - disse olhando para ele e beijei a ponta do seu nariz - mas obrigada por perguntar.
- Eu sempre vou perguntar… - ele sorriu de uma forma reconfortante e se virou para guardar as caixas.
Passar o natal sozinha é algo que sempre me incomodou, mas essa é a primeira vez que vou passar realmente sem ninguém da minha família, em um país totalmente novo, com costumes completamente diferentes. Desde o dia que planejei esse intercâmbio, eu sabia que esse dia chegaria, que eu viria para um país com a ideia de natal diferente do lugar onde nasci. Eu sabia que boa parte dos jovens passa a data ao lado de seus amigos ou em casais, e eu fico feliz em ter encontrado Taehyung e não ter que passar sozinha em uma loja de conveniência, mas a falta da ceia em família ainda me deixa triste. E é por isso que ele não desconfiou ainda.
Os natais passados do Tae já são conhecidos por mim. Ele, na maior parte das vezes, passou com a sua família, em sua cidade natal, mas faz alguns anos que ele fica em Seoul ao invés de voltar. Nos últimos 2 anos ele tem passado com seus amigos, e esse ano não será diferente, mas ele me levará junto, e eu poderei conhecer todos! Alguns deles tem namoradas também, mas fico com um pouco de receio em conhece-las, é ainda um pouco difícil encontrar pessoas que realmente aceitam estrangeiros, sem pré-conceitos. Eu tenho 2 semanas para me acostumar e absorver essa ideia.
2 semanas depois…
- Eu estou pronto, e você? - perguntou colocando seu gorro e entregando o meu.
- Acho que também estou, mesmo eu tendo certeza de que o primeiro floco de neve que tocar meu rosto vai congelar todo o meu corpo!
- Você exagera demais! - ele riu, segurando minha mão e me puxando para fora do apartamento - é apenas um quarteirão para a direita que vamos andar, nada além disso, okay? - perguntou enquanto guardava a chave em algum dos diversos bolsos de seu casaco.
O caminho até o apartamento de Namjoon foi silencioso, totalmente o oposto do jantar e todo o tempo que ficamos lá. Os meninos eram super barulhentos, por quase sempre um ou outro não conseguir comparecer, a reunião com o grupo completo era a mais alegre possível. As namoradas, graças ao bom Deus, também eram ótimas, mas na maioria das vezes não participavam das conversas, apenas davam risadas e faziam comentários muito pequenos. Minha cabeça doia de tanto rir quando sentei no sofá do meu apartamento, a risada de Hoseok ainda vibrava nos meus ouvidos, fazendo com que uma risada minha escapasse aleatoriamente quando uma lembrança me atingia.
Porém, na minha cabeça, nem tudo estava bem, a saudade de casa só aumentou depois do jantar, e isso me incomodou durante certo momento, o olhar de Tae estava sempre em mim, e ele não deixou de notar esse meu pequeno devaneio, o leve apertar de sua mão na minha me indicou isso. Deitada na cama, já preparada pra dormir, minhas lembranças me atingiram, me deixando pensativa, isso fez com que eu não notasse todo o tempo que Taehyung ficou me olhando, apoiado no batente da porta do banheiro.
- Está realmente tudo bem? - sua voz cortou o ar em um tom baixo e delicado.
- É apenas saudade, está tudo bem sim! - sorri tentando demostrar que era a verdade, mas ele não me sorriu de volta.
- Por favor, não guarde essas coisas de mim, me conte tudo! É simplesmente lindo conhecer todos os seus lados, e me apaixonar por todos… - ele se deitou na cama também e me abraçou, alinhando seu corpo no meu.
- É só que… Essa é a primeira vez que eu passo o natal longe de toda a minha família! Tem toda a reunião, as risadas, a comida… Ver e viver o jantar de hoje foi lindo, e eu nunca vou me esquecer, mas eu não pude deixar de lembrar de casa, e a saudade me atingir. É realmente dificil para mim ficar longe, mas é só nesses momentos que me arrependo de realmente estar. Mas por favor, isso não é nada relacionado a você, eu só tenho motivos pra te agradecer, principalmente por me aguentar e me convidar para passar o natal com seus amigos! - falei a última parte com pouco de pressa, para não acontecer enganos, e Taehyung riu disso.
-Yah, eu não pensei nisso, mas obrigado por esclarecer! - ele beijou o topo da minha cabeça e me puxou para mais perto ainda, coisa que eu achava impossível até então - me conte, como são esses jantares da sua família? Como são as comidas?
- São sempre bem barulhentos, com pessoas por todos os cantos da casa, a minha família não é muito grande, mas são o suficiente. A comida é sempre preparada pelas minhas avós, tias e minha mãe, cada uma faz algo e juntam tudo depois. Tem o frango recheado que minha mãe faz, os diversos tipos de sobremesa da minha tia, as saladas da minha avó….
Eu não sei por quanto tempo fiquei conversando com ele, nem quanta coisa eu contei, pois fui vencida pelo sono e adormeci em seus braços, mas acordei perfeitamente coberta, com a cabeça no travesseiro e abraçada em outro. O relógio marcava quase a hora do almoço e não havia nem sinal do Tae, então resolvi continuar a rotina do dia a dia, fui ao banheiro, troquei de roupa e mexi no celular, onde encontrei uma mensagem:
"Bom dia, tenho certeza que está lendo isso assim que acordou, ou um pouco depois, está se sentindo melhor? Namjoon hyung pediu minha ajuda para arrumar a casa por conta da noite passada, então vim ajuda-lo, consequentemente recebi um convite para almoçar por aqui! Te espero, não tenha pressa. Te amo, Taetae.“
Sorri com o modo que ele assinou a mensagem e o respondi antes de pegar minhas coisas e caminhar até o apartamento de Namjoon. A neve na calçada não estava mais tão espessa, mas o frio ainda congelava meus ossos. Não demorou muito para Jungkook atender a porta, e isso me assustou um pouco, não esperava que todos estariam ali para ajudar, já que apenas eu e Tae moramos realmente perto daqui.
-Feliz natal! - ele sorriu, me permitindo entrar na casa.
-Feliz natal! - respondi enquanto pendurava meu casaco - não esperava ver todo mundo por aqui hoje…
-Ah… É que alguns até acabaram dormindo aqui! - ele coçou a nuca um pouco nervoso e chamou por Taehyung.
-Meu amor! - Taehyung apareceu vindo da porta da sala de jantar e me beijou - Feliz natal! Como você está se sentindo hoje? Mais feliz? - perguntou enquanto me abraçava e mexia no cabelo que caia um pouco nos meus olhos.
-Sim, estou melhor, mas realmente não lembro até que momento conversamos ontem…
-Tudo bem, isso não importa! Já era tarde e você tinha que descansar… Aliás, o papai noel passou aqui e deixou uma surpresa pra você!
-Tae… Somos adultos e sabemos muito bem a verdade sobre o papai noel! - ri do bico que ele fez, mas logo estava sorrindo de novo.
-Sabemos sim, que ele existe! Vem, vou te mostrar uma coisa, mas é surpresa, então irei tampar seus olhos, confie em mim. - ele sussurou a última parte em meu ouvido antes de tampar meus olhos com suas mãos e ir empurrando meu corpo com seu corpo tentando indicar a direção.
Não sei exatamente onde paramos, mas acreditei ser a sala de jantar, pois o cheiro de comida era forte, e eu bati sem querer na árvore que se encontra no canto da sala. Escutei alguns passos apressados, a risada de Taehyung baixa, e alguém reclamando de dor por ter batido com a canela na cadeira.
-Okay, eu vou contar até 3 e te mostrar tudo, okay? - apenas balancei minha cabeça positivamente - 1… 2… 3!
-FELIZ NATAL! - todos berraram juntos.
Tenho certeza que fiz a cara mais engraçada possível. A mesa estava posta, com diversas comidas e enfeites, todos estavam ali de novo, e a fantasia de papai noel dividida entre Jin e Jimin, Jin estava com o gorro e a blusa vermelha, enquanto Jimin sustentava a enorme barba em seu rosto que, com certeza, o empedia de dizer as palavras claramente.
-Tae… - virei em direção a ele de pressa e o abracei - eu não acredito, obrigada, obrigada, obrigada, eu te amo!
-Eu te amo muito! - ele me abraçou mais forte - eu sinto muito que você está tendo que passar esse natal longe da sua família, e espero que isso faça seu natal melhor.
-É claro que faz, com toda certeza! - ele segurou minha cintura e me girou para ficar de frente para todos - obrigada mesmo, a cada um de vocês, isso tudo é simplesmente lindo, eu nunca vou me esquecer!
- As nossas comidas aqui não são muito parecidas com a do seu país, mas fizemos o possível para tentar igualar um pouco… - Jin sorriu tímido.
-Frango recheado foi substituido pelo frito, muito mais fácil de encontrar, pro macarrão de forno, como não tínhamos ideia de como era, Jin fez esse jjajangmyeon, junto com aquele ensopado, que não faz relação nenhuma com comidas que você contou, mas esse natal é um pouco coreano, você entende. Não tínhamos a tal bolinha de carne defumada, mas carne de porco temos com certeza, nosso churrasco é coreano, mas é de coração! A sobremesa é sorvete, com uma torta que o Jungkook garantiu ser a melhor do mundo, então qualquer coisa já sabe com quem brigar, e ali na árvore estão alguns presentes que iremos trocar entre nós, não é grande coisa pois compramos correndo hoje de manhã, mas Jimin insistiu que fizéssemos essa parte. O que você achou? - a voz de Taehyung pareceu um pouco insegura durante sua explicação e o seu abraço entorno da minha cintura ficou um pouco mais forte.
Meus olhos foram enchendo de lágrimas a cada palavra que ele dizia, a cada explicação sobre a comida e a relação feita, a cada detalhe mencionado. Os rostos de todos demonstrando um pouco de preocupação atrás de seus sorrisos fez com que meu coração apenas quisesse explodir. Eu estava sem palavras, então apenas abracei todos, isso os assustou um pouco, resultando em abraços esquisitos e engraçados algumas vezes. Não sei quantas vezes os agradeci depois disso.
A troca de presentes realmente foi uma das melhores partes. Alguns receberam pacotes de lamen, outros garrafas de soju, também tivemos utensílios domésticos e objetos aleatórios encontrados nas lojas de conveniência. Voltar pro meu apartamento aquele dia foi a coisa mais difícil que fiz, foi tudo tão incrível que eu não queria largar, mas Tae insistiu que voltassemos logo, pois ele queria me mostrar outra coisa.
-Sinceramente, o que mais pode ter?
-Um presente que não pude incluir na troca de presentes… - ele abriu o armário e tirou uma pequena caixa de dentro dele.
-Tae… Realmente não precisava de mais nada…
-Eu havia comprado esse presente antes, pro seu aniversário na verdade, porque estará mais perto da tua ida… Só que agora eu tenho certeza que esse é o momento certo de te entregar! - ele largou a caixinha vazia na cama e ficou atrás de mim - pra você sempre se lembrar de que é livre, e pode viajar o mundo, mas que nunca estará sozinha, pois todos aqueles que te amam estarão sempre com você. - ele fechou o colar e o arrumou em meu pescoço, um pequeno pingente em formato de avião, com um pequeno coração pendurado no mesmo.
-Eu… Nem sei o que dizer… - me virei em sua direção - eu te amo, obrigada por tudo isso, obrigada mesmo!
- Eu te amo muito! - ele me abraçou e me apertou ao máximo contra seu corpo - Você é, e sempre será, meu mais lindo presente, minha estrela de natal.
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Corisco
Filho de Manuel Gomes da Silva e de Firmina Cleto, Cristino Gomes da Silva Cleto - conhecido depois como Corisco - nasceu em agosto de 1907, na localidade de Matinha de Água Branca, no Estado de Alagoas. Com o passar dos anos, ficou belo como um galã de cinema: possuía boa estatura, ombros largos, pele alva e cabelos louros e longos. Além desses atributos, ele era dotado de grande força física e de uma coragem extraordinária. Em agosto de 1926, entrou para o bando de Lampião, recebendo o apelido de Diabo Louro. Corisco seqüestrou Sérgia Ribeiro da Silva - cujo apelido era Dadá - quando ela tinha, apenas, treze anos de idade. À força, colocou-a na sela do seu cavalo e fugiu pela caatinga.
Dadá era morena, tinha cabelos pretos e 1,70 m de altura. Quando foi desvirginada brutalmente pelo Diabo Louro, a adolescente sofreu uma hemorragia tão intensa que quase morreu. Com o passar do tempo, porém, Corisco se tornou mais delicado, e o ódio sentido por ela se transformou, primeiro, em simpatia e, depois, em imenso amor.Da mesma forma que a treinou para o uso de diversos armamentos, Corisco ensinou Dadá a ler, a escrever e a contar. Por sua grande coragem, ela era tão admirada pelos bandidos que certos chefes de bandos ressaltavam: Dadá vale mais do que muito cangaceiro! Com o Diabo Louro, ela teve sete filhos, mas apenas três deles conseguiram sobreviver.
Ingresso no Cangaço
Aos 17 anos, em uma briga de rua Corisco matou um homem que era protegido do coronel da cidade de Água Branca, e temendo ser punido e sem ter para onde ir tomou a decisão de aliar-se ao bando do cangaceiro Lampião.[1] Corisco era conhecido por sua beleza, seu porte físico atlético e cabelos longos deixavam-no com uma aparência agradável, além da força física muito grande, por estes motivos foi apelidado de Diabo Louro quando entrou no bando de Lampião.
Com a divisão do grupo de Lampião (uma das estratégias para fugir da perseguição policial), Corisco tornou-se líder de um dos grupos, formando seu próprio grupo de cangaceiros.
Em meados do ano de 1938 a polícia alagoana matou e degolou onze cangaceiros que se encontravam acampados na grota do Angico, no estado de Sergipe; entre eles encontravam-se Lampião e Maria Bonita. Corisco, ao receber essa notícia,Resolveu se vingar furiosamente, entao ele se dirigiu até a Fazenda patos e matou e degolou domingos Ventura e mais 6 pessoas da família do fazendeiro acusado de delatar o bando à polícia, e Corisco ordenou a um fazendeiro local levar as cabeças pra o tenente bezerra dizendo o seguinte "diga ao tenente bezerra que ezsas cabeças é pra ele fazer uma fritada".porém corisco assassinou as pessoas erradas. os culpados por deletar lampiao e seu bando a polícia foi,Pedro de Cândido e seu irmão Durval de Cândido.
Crime da Fazenda Patos
Corisco cometeu uma das maiores chacinas ocorridas durante todo o período do cangaço. Foram mortas seis pessoas inocentes de uma mesma família.
“Corisco chegou a fazenda (Patos) no dia 02 de agosto de 1938, Guilhermina, esposa de Domingos, foi fazer café para os cangaceiros. Dadá conversava com Maria da Glória quando entrou um cangaceiro que falou:
– O capitão mandou buscar essas duas!Dadá perguntou:
– Buscar pra quê?
– Pra matar elas!
– Cadê Guilhermina e Valdomira?
– Já morreram!
Dadá levantou-se e foi aos fundos da residência. No curral de pedras deparou-se com uma dantesca cena. Ela viu os cangaceiros matarem os inocentes.
No momento foi chegando o Vaqueiro Domingos Ventura e mais três filhos que estavam todos encourados campeando animais.
Corisco deu voz de prisão e sem resistência os cangaceiros prenderam pai e filhos. O cangaceiro acusou Domingos de traição e por mais que o velho dissesse que não sabia de nenhuma traição e mesmo assim foram degolados.
Os cangaceiros trouxeram Odon e José Ventura e mataram os dois também.
Mataram as mulheres Guilhermina e Valdomira.
Corisco mandou pegar Maria da Glória e Carmelita, Dadá ficou estarrecida com a matança e ordenou:
– Quem morreu, morreu, quem não morreu não morre mais. Essas ninguém mata!
Corisco aceitou a ordem da esposa.
Os cangaceiros armaram uma festa e durante toda noite dançaram ao sabor da velha cachaça, diante de seis corpos inertes, sem cabeças, rios de sangue correndo sob as pedras de um velho curral.
Dia seguinte Corisco mandou por João Crispim, as cabeças endereçadas ao tenente João Bezerra. O prefeito João Correia Brito recebeu o macabro presente e providenciou um enterro cristão para os inocentes.
Maria da Glória, sobrevivente da chacina, pegou seu bebê Elias e junto com Carmelita deixaram aquele palco macabro e foi residir em Água branca, no povoado Boqueirão”.
Assim foi o fim de seis pessoas de uma mesma família que sem nada dever pagaram com suas vidas uma dívida que não lhes cabia.
Morte
Em 1940 o governo Vargas promulgou uma lei concedendo anistia aos cangaceiros que se rendessem. Corisco e sua mulher Dadá já haviam decidido deixar o cangaço desde 1939, quando no ano seguinte estavam no estado da Bahia, na cidade de Barra do Mendes, em um povoado denominado Fazenda Pacheco. O casal repousava em uma casa de farinha após almoçarem. O ataque foi comandado pela volante do Zé Rufino, juntamente com o Ten. José Otávio de Sena. Corisco foi surpreendido, mas não se entregou, dizendo a Rufino que não era homem de se entregar. Foi metralhado na barriga, deixando seu intestino fora do abdômen, ainda vivendo por 10 horas depois da rajada de tiros. Dadá atingida na perna precisou amputar sua perna direita. Com as mortes de Lampião e Corisco, o cangaço nordestino enfraqueceu-se e acabou se extinguindo.
Corisco foi enterrado no cemitério da Consolação em Miguel Calmon, na Bahia. A cabeça de Corisco ficou exposta durante 30 anos no Museu Nina Rodrigues ao lado das cabeças de Lampião e Maria Bonita. Porém seus restos mortais foram exumados e cremados a mando de seu filho Silvio Bulhões e suas cinzas jogadas ao mar.
Vida pessoal
Corisco sequestrou Sérgia Ribeiro da Silva, a Dadá, quando ela tinha apenas treze anos e mais tarde o ódio passou a ser um grande afeto. Corisco ensinou Dadá a ler, escrever e usar armas. Corisco permaneceu com ela até no dia de sua morte. Os dois tiveram sete filhos, mas apenas três deles sobreviveram.
Tendo Lampião sido executado em 1938, Corisco, que estava em Alagoas com parte do bando, empreendeu feroz vingança. Como seus companheiros tiveram as cabeças decepadas, e expostas no Museu Nina Rodrigues de criminologia, na capital baiana, Corisco também cortou a cabeça de muitas vítimas, então.
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NÃO DURMA!
Samira sempre teve pesadelos. Sempre. Moradora de Israel, ela achava que as guerras frequentes em seu país fossem a razão deles. Porém, aos catorze anos, ela se mudou para Londres. E foi então que os pesadelos começaram a ficar piores. Toda noite, assim que fechava os olhos, uma criatura lhe aparecia em sua cabeça. Era de forma humana, mas completamente careca, não tinha olhos e sua boca estava costurada em um pavoroso sorriso. Era o seu guia; um dos muitos daquele lugar. E por incrível que pareça, era quem lhe fazia se sentir segura quando caminhava pela terra assustadora dos pesadelos.
A terra era cheia de gritos, horrores e ranger de dentes. Demônios sorriam enquanto espancavam pessoas. Havia cidades, como as nossas, destruídas, onde havia gente ferida correndo e implorando por suas vidas. E pior de tudo, havia o palhaço que dançava e parecia ser o único a se divertir de verdade naquela terra.
Era um palhaço incomum, é verdade. Tinha pernas de bode e a cara pintada como os palhaços.
– Eles vêm pra cá, por que merecem estar aqui – dizia ele à Samira. – Mas você não merece estar aqui. Não quer vir pra cá, então não durma!
Samira sempre acordava em prantos. Frequentou os melhores psicólogos, participou das melhores terapias, mas nada a impedia de ver seu guia e o palhaço quando dormia. Aquilo a apavorava e causou seus problemas de relacionamento. Era uma pessoa tristonha, que quase não se comunicava e estava sempre na companhia de remédios que a mantivesse acordada. Não valiam muito.
Certa noite dormiu e voltou a seguir seu guia.
- Por que sempre está rindo, se não é feliz? – perguntou ela.
O guia virou sua cara sem olhos para ela, mas nada falou. Era impossível para ele falar. Voltaram a andar no meio do caos, mas, poucos minutos depois, o guia desapareceu.
- Cadê você?
Novamente, não houve resposta. Ela começou a andar, chorando, pois tinha medo. Muito medo. Queria acordar, dizia a si mesma que era apenas um sonho, mas não conseguia acordar.
Ouviu passos. Toc, toc, toc, no asfalto da rua por onde andava. Cascos. Logo o palhaço com pernas de bode apareceu. E ria.
– Boa notícia – disse ele. – Você merece vir pra cá. Vou te levar pra um passeio comigo pela minha terra.
Mas Samira correu. Seus cabelos negros e lisos voavam na noite enquanto o toc toc dos cascos a seguia. E ele assobiava, e ria, e chamava seu nome. Até que, cansada, ela caiu. O palhaço então se aproximou, gargalhando.
- Deixe-me ver esses braços.
Com suas unhas, ele cortou os dois pulsos da menina.
- Pra você vir mais rápido, amorzinho. Você tem uma missão, merece vir pra cá.
Ao ver aquele sangue escorrendo, ela gritou. E fazendo isso, acordou.
Respirou aliviada.
Mas então viu o lençol cheio de sangue. Seus pulsos estavam cortados.
Desesperada, chamou os pais. Samira foi levada a um hospital, onde deram pontos em seus pulsos. Os ferimentos foram interpretados como tentativa de suicídio. A assistência social e a polícia interrogaram seus pais, vasculharam a casa, pois ninguém acreditava que um palhaço com pernas de bode a ferira em um pesadelo.
Samira estava decidida a não mais dormir. Não queria mais voltar àquela terra onde as pessoas sofriam, onde via vultos, espíritos que riam e demônios que se divertiam. Tudo eram sorrisos naquele mundo. E os sorrisos só vinham de quem praticava o mal, pois era divertido causar dor. Por isso ela nunca mais riu.
Samira estava mudada. Cansada, mais magra, adepta de remédios com apenas dezoito anos. Não tinha fôlego pra universidade, apesar de muito inteligente.
Certo dia viu o palhaço em sua cozinha. Estava sonhando acordada.
- Vou esfaquear seus pais – ele disse, passeando em volta do fogão – e vai ser divertido. Você tem problemas, vão colocar a culpa em você. Vai ser divertido, não vai?
Samira chorou. Subiu para o banheiro, abriu o armário de remédios e engoliu três potes de pílula. Fechou os olhos na banheira e nunca mais acordou.
Seus pais pensaram que a filha depressiva finalmente fora bem sucedida em sua tentativa de suicídio e se culparam. Mas concordaram que ela finalmente estava em paz.
Ledo engano.
Estou no mundo dos pesadelos agora, com medo. Trancado em um quarto, com alguma criatura estranha arranhando a porta na tentativa de entrar. Tenho medo. O palhaço diz que mereço estar aqui, pois vim para escrever o que vejo da minha janela.
E da minha janela vejo espíritos que brincam. Vejo mortos que andam; alguns até conhecidos meus. E vejo Samira. Ela veio me contar sua história há alguns dias, agora que vaga pela terra dos pesadelos. Era bonita da primeira vez que a vi, mas depois me apareceu careca e nua pedindo que eu a ajudasse. Não podia fazer nada; expliquei que eu aparecia ali apenas quando dormia e não conseguia sair do quarto.
Alguns dias depois eu a vi sem seus olhos.
– Eu quero ver – ela gritava em pânico. – Preciso da luz, da luz…
Logo depois ela me apareceu novamente com a boca costurada num insano sorriso eterno. Nunca mais falou.
Mas isso faz muito tempo.
Hoje ela anda por aí, de qualquer jeito, acompanhando crianças que por alguma razão vão parar nessa terra e confiam nela como um guia. As crianças não sabem, mas confiam nela por que ela já esteve em seus lugares um dia. Mas duvido que hoje Samira se lembre de quem foi. Pra mim ela já esqueceu e se acostumou a ser mais uma criatura dessa terra terrível.
Eu quero ir embora.
Não mereço estar aqui descrevendo toda essa dor.
Só posso dar um conselho… Não durma!
Toc… Toc… Toc… Por que ele sempre tem que aparecer quando fecho os olhos?
Autor:Por A. S. Vieira
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NOME: Jung Nari, aka Lily. FACECLAIM: Jennie Kim, Blackpink. NACIONALIDADE: coreana.
DATA DE NASCIMENTO: 13 de agosto de 1998. ORIENTAÇÃO SEXUAL: pansexual. OCUPAÇÃO: garçonete no Dogs & Cats (público)/ sugar baby e camgirl (privado). MORADIA: um apartamento em Shilin.
OOC: +18 TWITTER: @twn_nari
PERSONALIDADE: amável, impaciente, divertida, distraída.
BIOGRAFIA: TW: prostituição, abuso, drogas.
Para muitos a vida passava longe de ser um mar de rosas, para Sunhwa as coisas não eram diferentes. Natural de Jeju, a mocinha foi criada em lares temporários, sem nenhum familiar, tinha recém completado o ensino médio e sua “família” tinha lhe dado um prazo para arranjar um outro lugar pra morar, afinal, já não era uma criança. Foi então que caiu na lábia de uma das diversas “agências de modelo” em Seoul, a proposta que parecia ser maravilhosa acabou se tornando um pesadelo. A tal agência fazia parte de uma rede de prostituição e foi dessa maneira que entrou naquela vida.
O começo foi difícil, porém com o passar do tempo as coisas foram se tornando mais “naturais”. Ainda que sofresse diversos tipos de abuso, aquilo fez com que se tornasse mais esperta, oportunista por assim dizer. Mal ela sabia que a sorte estava prestes a bater em sua porta. Conheceu Myungsoo depois de um dos seus shows, ele era um mais velho, nada diferente de seus outros clientes, o casamento estava morno, tinha uma família perfeita, mas parecia infeliz. O diferencial era o dinheiro, ele era um empresário, dono de uma famosa rede de hotéis que estavam abrindo suas portas para o comércio internacional. Estava ali seu jackpot. As visitas foram se tornando mais frequentes até que Sunhwa finalmente conseguiu o que queria: o tão famoso golpe da barriga. Ela sabia bem que ele não iria largar sua família, não queria se casar com ele nem nada, estava de olho era no que iria receber se ficasse calada, numa sociedade tão conservadora, escândalos como aquele eram capazes de acabar com a carreira de qualquer um.
Assim que entraram num acordo, ninguém além dos dois deveriam saber daquela criança, todo mês seria depositado uma certa quantia na conta bancária da mulher, ele não queria saber daquele bebê e não queria mais ser importunado. Com o que receberia, não era mais necessário trabalhar vendendo seu corpo, comprou um apartamento num bairro de classe média em Seoul, nove meses depois a criança nasceu sadia e recebeu o nome de Nari.
A conveniência do bebê ter ficado consigo foi apenas a que o dinheiro possuía, o rosto do bebê trazia consigo a amarga lembrança de que o homem que conseguiu fisgar, não iria pensar ao menos em seus quereres, aquele dinheiro que fluía em sua conta, vinha graças a Nari, e por isso não conseguia amá-la como outras mães. Apesar disso, Sunhwa continuou a criar o bebê com cuidado, caso ela morresse, perderia sua Nari de ouro, tendo que voltar para a vida nas ruas. Não, daria saúde a ela, faria aquela menina se comportar o suficiente para que nada de ruim acontecesse, aquela vida ainda era seu potinho de ouro. Depois dos cinco anos as coisas começaram a ficar difíceis para a matriarca, Nari começava a se mostrar teimosa, não gostando de sair com sua “querida” mãe, fazendo perguntas sobre como as outras famílias sempre tinham um papai e uma mamãe. Aquele tipo de coisa irritavam a mais velha, que castigava a menor, deixando-a sozinha num quarto. Mandando-a fazer tarefas que pareciam ser muito árduas, tudo isso sem nunca erguer a mão para batê-la.
Chegando à puberdade, a pequena menina começava a se desenvolver, talvez pela falta de tempo para brincar, parecia ter ficado com a estatura menor, mas isso não impedia seu gênio forte que parecia ter ficado maior, com os anos de ressentimento, quando começou a entender o que a mãe lhe fazia. Sua suspeita quanto ao seu pai começava a crescer ainda mais, e novamente se via indagando a mãe pelo paradeiro do genitor. A réplica veio um pouco mais violenta que da última vez. Foi apenas um tapa bem dado em seu rosto, porém as palavras que seguiram foram o suficiente para abalarem a criança profundamente.
Sua mãe lhe explicou com detalhes como seu pai havia sumido depois de saber que Nari viria ao mundo, como ele gostaria de ficar com sua mãe, mas agora com um bebê não poderia, pois era um fardo pesado demais para carregar, e não queria ter que carregá-lo. Que o único motivo que ambas tinham uma casa foi porque sua mãe implorou para o homem para não deixá-la, para que ficasse com ela. Sunhwa lhe disse, sem nenhum tipo de remorso, que deveria ter terminado a gravidez quando pode para poder ficar com Myungsoo (esse nome era a única coisa que sabia sobre o pai). Disse que Nari era uma ingrata, pois tudo que tinham em suas posses eram graças ao esforço dela como sua mãe.
Com o espírito um pouco destruído, a menina fugiu de casa, deixou para trás muita coisa, tudo o que “tinha” já não queria mais, estava tudo sujo, aquelas coisas não eram dela e deveria ganhar as suas próprias, com seu próprio esforço. Sem saber como se virar na vida, cortou seus cabelos longos, não conseguia ficar por muito tempo em abrigos, já que eles precisavam abrir vagas. Contudo com dezesseis anos descobriu como o mundo realmente agia. Um homem lhe ofereceu ajuda, tendo descoberto a situação da moça, Nari apenas lhe faria um favor em troca.
Não basta dizer que a troca foi bem maior que o valor que ela recebeu, sentindo-se violada e cheia de ressentimento, queria voltar para a casa da mãe, lhe dizer que estava errada. Porém era orgulhosa, tinha muito ódio da sua genitora pelo que lhe disse, sua mente tinha lhe dado um compasso para trabalhar e tendo em vista que conseguiu dinheiro sem um esforço tão grande, comparado aos outro freelas que tinha arranjado, iria continuar a vender seus favores, quem sabe poderia ganhar a vida daquela forma.
Tornou-se Lily, deixaria Nari para trás, e toda sua fraqueza e vulnerabilidade consigo, iria procurar um local fixo, mesmo não tendo nenhuma aptidão especial, em seus dias morando em abrigos, descobriu que gostava e sabia dançar. Parecia ser um dom que havia ganhado por algum motivo maior, estava realmente empenhada a trilhar aquele caminho, dali para frente não tinha mais como voltar atrás, sua inocência havia sido roubada e seu paraíso estava há muito perdido.
Antes mesmo de atingir a maioridade, bateu às portas da Raspoutine, à procura de uma vaga como dançarina, ou qualquer outra coisa que o lugar poderia lhe oferecer. Ao mostrar seu “talento” conseguiu aquela vaga, o palco trouxe consigo muito além de poder fazer algo que descobrira ser sua paixão, virara uma estrela naquela casa noturna, o nome Lily passou a ser conhecido e admirado pelos frequentadores da casa noturna, bem como novos clientes. Aquela dita “fama” veio bem a calhar, já não era mais obrigada a se deitar com alguém por alguns trocados ou comida, tinha passado a ser um pouco mais seletiva, prestando seus serviços somente a quem pudesse pagar.
Conseguiu juntar um bom dinheiro e assim parar de viver de aluguel, comprou um pequenino apartamento e guardou o restante numa conta poupança, lá o dinheiro poderia crescer um pouco mais. Não conhecia vida além daquela e estava conformada, não era de todo ruim. As coisas permaneceram daquela maneira até seus quase 20 anos. Em 2018 a casa noturna onde trabalhava foi obrigada a fechar suas portas, a KNP SWAT conseguiu interditar o local após anos de tentativas, já que a kkangpae utilizava o estabelecimento como porta para o tráfico, incluindo o humano. E Lily seria um alvo fácil, uma vez que a prostituição não era legal na Coréia do Sul, ainda que muito praticada. Vendeu seu apartamento na primeira oferta que lhe apareceu, não poderia mais ficar naquela cidade, não enquanto as investigações continuassem. Juntou o pouco que possuía e mudou-se para Taipei, ninguém a conhecia lá, muito menos seria procurada em outro país.
Era um novo começo. Mais uma vez desempregada, Lily viu-se de mãos atadas, suas economias não eram o suficiente. De porta em porta, ela rodou os estabelecimentos daquele distrito comercial à procura de um emprego fixo, forjou um currículo e contou certas mentiras sobre sua real origem, dessa maneira conseguiu um emprego como garçonete num café. Ainda assim, precisava de uma renda extra e com a tecnologia pulsante, decidiu usá-la a seu favor, através de uma câmera e seu notebook, faria do quarto seu palco e brilharia mais uma vez, agora através de sessões reservadas e cliques que faziam o dinheiro em sua conta aumentar; bem como o aplicativo para sugar babies veio bem a calhar. Aquela cidade era cheia de homens ricos e seu rostinho bonito chamava a atenção de qualquer um. Encarou aquilo como um recomeço, uma segunda chance talvez.
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Capítulo dois
Quando meu pai me disse que arrumou um trabalho para mim em um Orquidário, ele falou de uma forma tão orgulhosa que eu fiquei confuso.
Estávamos tomando café da manhã na mesa lascada encostada na parede da cozinha, em silêncio, enquanto os sons do nosso bairro pouco habitado acordando se faziam presentes, e de repente ele largou um envelope em cima da mesa, empurrando-o na minha direção, e me disse que havia arranjado um trabalho para mim.
Meu pai e eu tínhamos uma convivência complicada. Eu prezava pelo silêncio, mas ele gostava de falar, de fazer barulho, nem que fosse discutindo por nada, ou simplesmente planejando meu futuro sem a minha permissão ou consentimento.
Nós não conhecíamos muitas pessoas. Hopeflower era pequena demais para eu realmente ter algum amigo ali, além do garotinho esquisito de quem eu tomava conta nos fins de semana, mas não acho que ser o herói de um moleque de doze anos e o cachorro dele seja o que as pessoas costumeiramente veem como uma amizade. Eu nunca poderia conversar seriamente com ele sobre alguma coisa que estivesse me incomodando, e acho que mesmo que eu pudesse, não conseguiria.
Enquanto meu pai falava pelos cotovelos, eu tinha dificuldade em abrir a boca. Gostava de estar sozinho com meus pensamentos. Às vezes eles eram meio sombrios, às vezes tristes, mas eram meus. Eram poucas as coisas que eu sentia que realmente me pertenciam, então ter a mim mesmo era muito mais importante do que qualquer um julgaria ser.
Eu não gostava de ir aos cultos no domingo para ouvir alguém falar durante quarenta minutos inteiros sobre coisas que eu nunca entendi, mas meu pai vivia para isso. Não gostava dos jantares que o culto organizava e gostava menos ainda das pessoas que frequentavam esses eventos, e toda vez que era obrigado a aguentá-los era uma tortura psicológica diferente. Mas meu pai não se importava com essa parte.
Acho que ele passava mais tempo pensando que seu único filho deveria apoiá-lo e concordar com ele em tudo em vez de seguir seus próprios instintos, mas eu não conseguia dizer a ele que eu era totalmente contra essa prática nem quando minha mãe ainda estava aqui, então imagina agora.
Quando ele me falou sobre o trabalho no Orquidário, eu pensei seriamente em recusar, mas aí ele olhou para mim com aquela expressão exigente de pai, como se me pedisse para não decepcioná-lo, e eu fiquei quieto e aceitei.
Mas pensei que fosse trabalhar com flores.
Não com pessoas.
. . .
Kris fechou a porta atrás de nós, calçou luvas e acenou para que eu lhe seguisse.
Observei os arredores, tentando gravar um pouco daquele lugar, para me distrair. As paredes internas tinham um tom azulado bem claro, esmaecido, e havia somente um ou outro vaso de flor aqui e ali, não os arranjos e trambolhos que imaginei que encontraria. O chão era limpo e ladrilhado de laranja-claro e branco, cores que contrastavam com o azul. Depois de alguns segundos, percebi que Kris não estava usando um uniforme comum de floricultor.
Ele estava vestindo uma espécie de jaleco.
Eu o segui para os fundos da loja, onde ele empurrou uma porta de metal que dava para uma escada, e então nós descemos degraus de metal até o andar inferior.
Eu tomei uns bons minutos para observar aquele lugar, para me questionar onde raios eu estava, se não havia pego o endereço errado, se era mesmo para eu estar ali. No momento em que abri a boca para questionar, porém, Kris me cortou.
“São as orquídeas.” Disse, soltando a tranca de uma grade baixa de metal, empurrando-a para trás para abrir passagem. “Você não precisa fazer muito, só apertar alguns botões e supervisionar, caso algo aconteça, o que é mais do que raro. Trabalho aqui há seis anos e nada nunca aconteceu. Eu vou estar no andar de cima sempre, então, se você precisar de ajuda ou qualquer coisa, saberá onde me encontrar.”
Me mantive calado enquanto caminhava atrás dele. Eu não sabia o que pensar daquele lugar, porque era tudo, menos normal.
Eu já ouvira falar dos Bancos de Corpos, lugares onde as pessoas eram mantidas inconscientes e onde androides e autômatos eram expostos para compradores ou utilizadores. Eles funcionavam como lojas comuns, e não eram apavorantes.
Mas aquele lugar era.
Haviam duas fileiras com caixões de vidro – não tem palavra que descreva melhor o que aquilo era –, cheios de água até o topo, com bordas de metal escovado e painéis cheios de botões na lateral. E, dentro deles, haviam corpos.
Pessoas flutuando na água branca e leitosa de Eden, clara o suficiente para eu conseguir enxergá-los por inteiro. Pareciam estar dormindo, mas seus corpos conectados a fios e tubos diziam o contrário, porque eu não acho que cadáveres precisariam de um cateter para se alimentar ou respirar.
“O que foi, garoto?” Kris estalou os dedos na frente do meu rosto. Como suas mãos estavam enluvadas, fez um som esquisito, irritante. “Nunca esteve em um Orquidário antes?”
Balancei a cabeça, negando. Não sentia que eu conseguiria formar uma frase coerente se abrisse a boca, então era melhor nem tentar, pelo menos por enquanto.
A expressão no rosto dele suavizou de repente, mudando de meio agressiva para compreensiva, tranquila.
“Essas pessoas estão em coma.” Explicou, dando batidinhas com a junta dos dedos no topo de um dos caixões. “Elas são mandadas para lugares como esse quando os hospitais precisam se livrar delas, ou quando não há mais ninguém para evitar que isso aconteça. E então nós os colocamos na água e esperamos até que acordem. Esse Orquidário tem capacidade para vinte orquídeas, mas nós só temos cinco. Acho que você deu sorte, quase não tem trabalho para fazer.”
Ele estava esperando que eu dissesse algo. Percebi isso pelo seu olhar cheio de expectativa, então tentei pensar em alguma coisa simples.
“Você disse que eles ficam aqui até que acordem.” Pontuei, desviando o olhar de Kris para um dos corpos dentro do caixão, cheio de tubos, flutuando e se movendo sutilmente. “Quanto tempo leva? Para acordarem?”
Ele deu de ombros.
“Eu não sei.” Disse. “Em todo o tempo que trabalho aqui, nunca aconteceu.”
. . .
Como eu não era exatamente sociável, tinha um diário onde guardava meus pensamentos, indagações, curiosidades… tudo o que me viesse à cabeça estava lá. Ele não era físico, era eletrônico e somente eu podia acessá-lo. Tinha medo de coisas que meu pai pudesse tomar de mim, ainda mais algo tão íntimo como um diário.
No meu horário de almoço, tirei a comida da mochila e me sentei num canto do salão espaçoso onde ficavam os caixões, encolhido perto da parede, comendo em silêncio enquanto pensava as coisas e elas apareciam no holograma diante de meus olhos.
Eden era a província da tecnologia. Não havia nada que nós não tivéssemos capacidade de criar, então quando os chips cerebrais surgiram, ano passado, ninguém ficou muito surpreso. Eles eram como um computador dentro da sua cabeça, com o qual se podia interagir mentalmente. Algo sobre neurônios enviando sinais para as placas e sensores faziam a mágica acontecer; não me lembro muito bem, eu não li todas as informações sobre quando instalaram o meu. O importante era que funcionava, e eu fazia minhas anotações secretamente.
Pensei que Kris fosse uma pessoa falante demais ou um pouco agressiva, mas levou pouco tempo para eu perceber que ele só estava cansado e, talvez, estressado com alguma coisa.
Minha mãe dizia que eu era muito observador. Ela admirava isso em mim, alegando que me levaria longe saber coisas sobre as pessoas que elas próprias desconheciam, mas eu nunca vi muita vantagem. Conseguia prever as ações dos meus poucos conhecidos, mas mesmo isso não era suficiente para eu mudá-las, então que diferença fazia?
Às vezes eu tinha a sensação de que ela mentia para mim, para que eu me sentisse melhor sobre minha condição de solidão. A verdade é que eu nunca quis estar sozinho, mas também nunca consegui me aproximar de ninguém verdadeiramente.
Eu tinha colegas na escola com os quais me dava bem, mas todos eles seguiram suas vidas depois da formatura. Vez ou outra eu via fotos nas redes sociais, de como tudo estava dando certo para cada um deles – alguns até mesmo namoravam – enquanto eu continuava na mesma coisa que vinha sendo desde o fundamental.
O mais próximo de amigo que eu tive foi um garoto que conheci no nono ano. Ele era bem baixinho e tinha um cabelo esquisito na época, mas era muito legal. Também tinha dificuldade para se comunicar com as pessoas, então nós naturalmente éramos atraídos para perto um do outro, e acabávamos conversando – mesmo que muito pouco –, ou só aproveitando a companhia silenciosa alheia.
Com o passar do tempo, ele conheceu outros garotos da nossa escola que o arrancaram da timidez e reclusão; fez amigos veteranos e até entrou para o time de basquete, mesmo com sua altura duvidosa. Ele era legal comigo sempre, tentando me incluir nas coisas, me fazer participar, mas era complicado me deixar levar por ele, trocar meu silêncio pelo barulho dos seus amigos, então acabei ficando para trás, e ele, obviamente, seguiu a própria vida, desistindo de me tirar do meu poço em algum momento entre o meio do último ano e a formatura.
Hoje em dia ele estudava Biomedicina e namorava um modelo poliglota. Eles pareciam um bom casal nas fotos, e eu sentia vontade de ser amigo deles, de talvez participar da vida movimentada que eles tinham com seu círculo social, mas sabia que provavelmente nunca aconteceria.
Pessoas normais seguiam em frente.
Eu tinha tendência a ficar para trás.
. . .
Kris havia dito que ficaria no andar de cima, mas ele desceu pelo menos três vezes naquele dia para conferir se eu estava fazendo tudo certo.
Em uma dessas vezes, estávamos parados ao lado de um dos caixões, depois de ele me explicar – novamente –, o que cada botão no painel embutido fazia, em silêncio enquanto eu lhe observava mexer naquilo como um profissional.
Por mais que ele estivesse certo em afirmar que tudo o que eu faria era apertar alguns botões, havia mais por trás. Cada uma das orquídeas tinha uma dieta diferente, para balancear nutrientes e mantê-los saudáveis, e era isso o que Kris estava empenhado em me explicar, ditando que as refeições de cada dia estavam marcadas e eu só precisava prestar atenção na hora de selecioná-las.
“Algumas vezes você vai precisar limpar os aquários.” Ele continuou, apoiando a mão em cima da caixa de vidro. “Geralmente os vazios, que ficam sujos porque os aparelhos nunca estão ligados para filtrar a água, então eu sugiro que você traga roupas extras na mochila, apenas por garantia.”
Assenti, anotando mentalmente suas dicas e exigências.
“Você não deve, em hipótese alguma, abrir um aquário com uma orquídea dentro.” Seu olhar sobre mim era analítico, sério. Do jeito que ele falava, soando teórico demais, eu acabei me perguntando quantas vezes ele ouvira as palavras que estava ditando para mim. “O oxigênio que eles respiram é mais puro e menos denso que o nosso, e eles podem morrer se entrarem em contato com o nosso ar poluído bruscamente. Concluindo, não abra aquários com orquídeas. Você entendeu?”
“Sim.”
Kris balançou a cabeça em concordância, cruzando os braços antes de voltar a circular pelo recinto. Eu fui atrás dele, imaginando que havia mais a ser dito.
“Algumas vezes os painéis vão piscar.” Começou, apontando para um deles, que no momento estava desligado. “Você não precisa ficar apavorado, isso acontece quando uma orquídea responde neurologicamente ao estímulo das máquinas. Basicamente, significa que ela está deixando o coma profundo e se aproximando do limiar, que é um estado de consciência sem estar completamente desperto.”
Eu não estava entendendo muito bem, mas sabia sobre o que ele estava falando e as informações entravam em minha cabeça. Eu só não conseguia dissociá-las por conta própria.
“Você não sabe o que significa, não é?” Ele adivinhou, olhando para mim com uma sobrancelha erguida. Concordei com ele e o ouvi suspirar. “Estar no limiar significa que eles têm mais chance de despertar um dia. Se um painel estiver piscando, você vai saber disso, ok? Se o painel ficar estranho, a orquídea está se aproximando do limiar.”
“Quantas vezes isso aconteceu?” Questionei. “E o que você fazia?”
“É bem raro, como tudo por aqui. Eu não fazia nada, só checava se os níveis de estabilidade deles estavam ok, e então os deixava descansar.” Contou, se encaminhando de volta para a escada. “Era o meu trabalho, afinal de contas.”
Concordei, permanecendo parado em meio aos “aquários”, de braços cruzados, enquanto o observava cruzar a cerca e subir os degraus.
“Ah, e Jongdae? Aqui vai uma dica: não faça mais do que te pedem no contrato. Não vale o esforço.” Ele saiu, sem me deixar saber o que aquela sentença significava.
. . .
O expediente terminava às dez da noite, então eu precisava ir a pé até Faithseed, para só então pegar um ônibus e voltar para casa. O trajeto durava pouco mais de duas horas e era bastante silencioso, solitário.
Faithseed era uma cidade extremamente enérgica, mas era difícil ver muitas pessoas nas ruas tarde da noite, principalmente quando todo mundo precisava trabalhar cedo no dia seguinte. Os únicos nas calçadas eram os adolescentes e afins, que aproveitavam a noite com os amigos depois da aula.
Meu caminho para casa incluía descer a rua reta da cidade onde ficava o Orquidário, indo sempre em frente até chegar em Faithseed, e então esperar na rodoviária por alguns minutos até que um ônibus da última linha aparecesse para me levar para casa. Apesar disso, a verdade é que eles não iam até Hopeflower; ficavam circulando somente em sua cidade principal, que monopolizava tudo o que fosse permitido, e deixavam os passageiros das outras cidades o mais próximo de suas moradias possível, sempre seguindo essa regra. Mas tudo bem, porque eu gostava de andar, de qualquer forma.
Tirei meu celular da mochila ao chegar na rodoviária, colocando-o para carregar numa das bases, enquanto esperava meu transporte. O ar estava gelado e eu não levava nenhum casaco na mochila além de uma blusa de flanela.
Meu celular morreu um pouco depois do almoço, e como o Orquidário não tinha uma base de carregamento, eu precisava esperar. Quando o aparelho finalmente ligou, automaticamente, a primeira coisa que fiz foi checar as chamadas para ver se havia perdido alguma, mas não havia nada.
Meu pai mandou mensagem por volta de seis da tarde, pedindo que eu levasse o jantar, porque ele ia estar ocupado no culto.
Suspirei, conferindo o horário. Levaria pouco tempo para meu ônibus chegar, mas Hopeflower estaria com todas as lojas fechadas quando eu voltasse para casa.
Tentei pesar minhas opções, me perguntando o que seria melhor, quando vi o ônibus chegar, vindo em uma velocidade razoável na minha direção ao dobrar a esquina.
Acabei reunindo minhas coisas e me afastando da rodoviária para andar em direção ao centro, rezando para alguma loja ou mercado ainda estar aberto àquela hora.
Meu pai passava mais tempo no culto que em casa, então quem cuidava da comida era eu. Sempre que ele voltava o jantar estava pronto, e quando acordava de manhã o café já estava passado. Ele nunca me agradecia; na verdade, não dizia muita coisa sobre isso, e eu também não exigia que dissesse.
Mas, por algum motivo, imaginei que depois do trabalho que ele arranjou para mim as coisas talvez mudassem um pouco.
Acho que me enganei.
Atravessei a rua e entrei num dos mercados, pegando uma das cestas e me encaminhando diretamente para a área onde a placa de “comida” apontava.
Haviam algumas pessoas ali, não muitas, e a maioria delas estava sozinha. Uma mulher vestida de branco caminhava por um dos corredores, sendo seguida por um androide que empurrava o carrinho de compras, colocando dentro dele todas as coisas que ela apontava nas prateleiras.
Androides eram caros, principalmente se eles fossem em tamanho real e feitos para seguir qualquer tipo de ordem. Eram brancos e as luzes de seus equipamentos tinham um tom azulado que, à noite, parecia sombrio.
Me lembro de ouvir meus pais conversando, quando eu era criança, sobre termos um em casa. Meu pai queria alguém que cuidasse das coisas para eles, mas mamãe não deixou que ele comprasse um androide. Até hoje não sei porquê, mas acho que ela tinha medo deles.
No corredor de alimentos congelados, encontrei uma figura conhecida que me fez dar meia-volta, caminhando para longe com o coração batendo rápido de nervoso.
Era Baekhyun, meu ex-colega e atual estudante de Biomedicina. Ele estava acompanhado do namorado modelo – não me lembrava do nome dele, mas já havia visto seu rosto por aí vezes o bastante –, e eles pareciam tentar entrar num acordo sobre qual produto levar pra casa.
Peguei qualquer coisa no corredor de massas, apenas para ter algo para jogar na minha cesta e sair o mais rápido possível dali – acabou por ser um pote de macarrão com queijo de micro-ondas. Não era muito, mas servia. Quando estava prestes a sair em direção ao caixa, senti uma mão agarrar meu braço.
“Jongdae?” Era ele, é claro. Forcei um sorriso, me virando para encará-lo. “Sabia que era você. Quanto tempo, não é?”
Sinceramente, não fazia tanto tempo assim, mas eu concordei com ele. Não sabia o que dizer.
“Está morando por aqui?” Perguntou, olhando por cima do ombro quando seu namorado se aproximou de nós, colocando a mão em seu braço de um jeito que me pareceu bastante delicado para alguém de aparência forte.
“Não, eu… não.”
Baekhyun sorriu novamente, quebrando o gelo com sua aura amigável.
“Jongdae, este é Oh Sehun.” Apresentou, indicando o rapaz em pé ao seu lado com a cabeça. “Meu noivo. Sehun, este é Kim Jongdae. Ele foi meu colega de classe.”
Sehun estendeu a mão para me cumprimentar, de forma educada. Apertei a dele, mas me senti um pouco esquisito. A presença dele era esquisita; não ruim, só… estranha. Como se ele não pertencesse à Faithseed, como se tivesse vindo de fora.
Fiquei feliz por Baekhyun se lembrar do meu sobrenome, mesmo que ele fosse bastante comum, porque pensei que significava que ele se importava, de alguma forma, que talvez eu tivesse feito alguma diferença.
“Você deveria sair para jantar com a gente um dia desses.” O sorriso continuava lá, gentil, amigável. Ele estava diferente do que eu me lembrava, mas ainda era o Baekhyun que tentava me tirar do poço.
“Ia ser legal.” Acabei concordando.
Sehun se afastou para buscar alguma coisa que estava faltando no carrinho deles, e Baek acabou por me passar seu número de telefone.
“Me ligue um dia desses.” Ele disse. “Vamos marcar alguma coisa.”
Assenti e deixei que ele se afastasse, se despedindo de mim com um aceno sutil. Quando me virei, indo na direção dos caixas, me perguntei se sua proposta fora sincera. Acabei concluindo que sim, afinal ele que viera atrás de mim nos corredores. Fiquei feliz de novo e acabei sorrindo, mesmo que eu soubesse que nunca teria coragem de ligar para ele.
. . .
Quando voltei para casa, meu pai estava em seu escritório, escrevendo alguma coisa em papéis com uma caneta vermelha. Ele fazia alguns trabalhos relacionados ao culto e à educação de novos adeptos, mas eu não sabia muito. Não tinha curiosidade sobre nada que envolvesse sua religião.
“Trouxe o jantar.” Avisei, parando no batente da porta depois de bater para alertá-lo da minha presença.
“Chegou tarde.” Meu pai respondeu, girando a cadeira para olhar para mim. Ele parecia meio cansado. “Como foi?”
Eu não sabia bem o que dizer. Enfrentei aquela pergunta todos os dias da minha vida desde que me lembro, porque eu voltava do colégio e era a primeira coisa que ele perguntava para mim sempre, e eu nunca sabia o que responder porque nada parecia agradá-lo o suficiente.
“Tudo bem.” Acabei por dizer. “É tranquilo lá.”
Ele assentiu, se levantando de onde estava e me seguindo para a cozinha. Sentou na bancada, esperando que eu lhe servisse. Coloquei a comida no micro-ondas, indo para o quarto deixar minha mochila, antes de voltar e pegar uma garrafa de água na geladeira.
“No fim de semana nós temos culto.” Avisou, e eu me esforcei para não suspirar ou revirar os olhos. Eu detestava a ideia idiota dele de enfiar as coisas goela abaixo em mim, como se quisesse me fazer uma cópia sua. Me incomodava demais, mas eu nunca falava para ele; não tinha coragem. “Eu estava conversando com os sacerdotes sobre você hoje. Eles acham que você deveria arranjar alguém logo.”
Cerrei o punho, sentindo minhas unhas curtas marcarem a palma da mão, continuando a beber minha água em silêncio.
“Digo… você já é adulto, garoto.” Ele raramente me chamava pelo nome, hábito que eu estranhava. “Já é hora de planejar seu futuro, não?”
Ouvi o micro-ondas apitar e me virei, usando aquilo como desculpa para não precisar respondê-lo. Servi a comida em um prato e o deixei em sua frente, saindo da cozinha em seguida.
Eu já estava no corredor, tirando meu casaco e indo em direção ao meu quarto, quando ouvi sua voz.
“Não vai comer, garoto?”
Suspirei, fechando a porta atrás de mim lentamente.
“Perdi a fome.”
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É uma honra apresentar o charmoso Arthur Preston Holmes, mas, permita-me lhe dizer que o engenheiro aeronáutico de 29 anos prefere ser tratado como Artie pelos mais íntimos. Muitos dizem por aí que ele se parece com Colin O'donoghue, mas, ele prefere ser conhecido como The Don Juan.
“ Evil isn’t born, it’s made and so is good.”
Uma afirmação? Você nunca conheceu alguém como Arthur Preston Holmes. Desde cedo o filho único do Marechal do Exercito Britanico, Enerst Holmes e da organizadora de eventos, Diamond Preston, sempre teve cada um de seus passos planejados. Primeiro, Arthur é fruto de um melhoramento genético, seus pais, ingleses a caráter tiveram toda a preocupação possível na hora de ter seu pequeno e brilhante herdeiro. Veja bem, eles eram neuróticos imbatíveis, Ernest tinha TOC com organização e Dia tinha aversão a germes e doenças, então nada mais comum que buscar o cientista Patrick Simons para selecionar os melhores genes de ambos e então formar o embrião que seria implantado na barriga de Diamond. Nove meses de espera alucinada. Esse foi o resultado. Os Holmes estavam tão loucos que encheram sua enorme mansão na Oxford Street com coisas para o bebê que descobriram ser menino apenas lá pelo sexto mês. Assim, no dia dezoito de fevereiro, uma tarde chuvosa em Londres, viera ao mundo pesando quatro quilos e quinhentas e setenta e duas gramas o pequeno grande Arthur Preston Holmes, que desde o primeiro dia foi praguejado com a sina de “estar destinado a grandes coisas”.
Arthur era filho único, seus pais achavam que isso era uma vantagem, pois assim poderiam dedicar todo seu afeto e atenção em uma pessoa só. Mas, então Artie sempre se perguntou onde estava todo esse afeto e atenção que eles planejavam dedicar ao garoto, provavelmente devia estar indo para outro filho único no mundo. Porque enquanto ele estava cercado de brinquedos, roupas e mimos, seu coração congelava a cada Natal quando ele tinha que forçar sorrisos a cada um dos convidados da fantástica ceia dos Holmes. Então…Arthur era o menino planejado, mas, ele sempre se perguntou planejado para que. Porque na verdade, ele sempre se sentiu filho único, só que na visão ele isso era um pouco assustador demais. Passar seus dias sozinho naquele lugar enorme que ficava naquela rua cara que as pessoas chamavam de Oxford Street, naquela cidade grande que as pessoas chamavam de Londres, onde seus pais diziam que as pessoas tinham que ser sempre cordiais e educadas, mas, veja bem…Ernest não parecia educado quando gritava com a babá de Artie e ele odiava quando o pai fazia isso, porque de algum modo, Sunny fora a única pessoa que apresentara algum tipo de carinho para o pequeno garotinho de ouro dos Holmes.
Filho de um Marechal. Essa era a descrição para a disciplina que Arthur recebia em casa e se você não sabe o que isso significa…bem, fique sabendo que é bem ruim. Você nunca pode sair da linha, você tem que ser o garoto bom em tudo, você sempre tem que responder com “Sim, senhor” ou “Não, senhor” e se você erra, você paga com flexões, ou você é castigado de algum modo severo demais para um garoto de dez anos entender. Ai você pergunta, onde está a mãe desse garoto? Provavelmente organizando algum evento para a realeza londrina ou coisa parecida. Provavelmente ocupada demais em aparecer em algum programa matinal falando da bela decoração que tal festa teve, provavelmente ocupada demais em passar a imagem da família perfeita. E eles nem notaram que Arthur estava crescendo. Eles nem souberam o nome da primeira garota que o menino beijou e se você quer saber, ela se chamava Julliet Grayson e ela era ruiva e tinha os olhos verdes mais bonitos que o pequeno Holmes com seus treze anos já pensou em ver e ela era um ano mais velha que ele, um ano inteiro. Isso era uma das razões para se orgulhar na sétima série, ou quase isso.
Sozinho, ele estava sozinho. Na realidade, Arthur sempre foi sozinho. Com seus troféus de centenas de modalidades, com suas notas excelentemente boas, com suas medalhas de honra, com sua farda escolar da escola naval, com sua pequena lancha que ele ganhara de presente no aniversario de quatorze anos, o que fora bom, embora ele tenha achado uma espécie de compensação pelo fato de nenhum de seus pais terem aparecido na festa. O que era quase uma ironia, já que sua mãe era organizadora de eventos. Mas, então…Arthur tinha um milhões de pessoas e ainda se sentia sozinho, porque não importava que ele fosse o queridinho dos professores, da escola, não importava o quanto ele fosse realmente bom, voltar para casa o fazia sentir descartável, como se ele nem estivesse ali. Ele queria contar, que uma vez brigou na escola com um garoto duas vezes maior que ele, que apanhou feio e que cortou a boca, mas, seus pais não viram os cortes, porque estavam ocupados sendo o senhor e a senhora super estrela. Ele queria contar, que tinha conhecido uma garota legal e que o nome dela era Phoebe e que eles sairiam em alguma sexta depois do Natal daquele ano. Ele queria contar que tinha passado na prova para tirar carteira e que agora ele podia aprender a dirigir. Queria contar que ele tinha sido chamado para um time de pólo. Queria contar tantas coisas que acabavam sendo contadas somente para o caderno em que o menino anotava as coisas, porque Artie não confiava em ninguém o suficiente para contar segredos.
E de repente Arthur tinha quinze e um vazio enorme em seu peito que nunca fora preenchido por algum tipo de afeto. Ele agora era o menino com roupas boas demais e o cabelo bem cortado demais e tudo bom demais para alguém acreditar. De repente, ele estava virando um homem e ele agora tinha uma namorada chamada Yoko, ela tinha cabelos negros, olhos pequenos e um sorriso grande demais, como se todo o vazio de Artie pudesse caber ali dentro e de repente…pela primeira vez em sua vida ele se sentia querido, bem vindo, ou qualquer palavra que pareça boa o suficiente para ele usar. Mas, é engraçado…porque parece que as coisas vão da mesma forma que vem e nesse caso, para o Arthur, fora tudo repentinamente. Yoko era japonesa, ela estava na cidade apenas para um breve intercambio, então logo teria de voltar para sua cidade e Arthur queria dizer que não, que eles podiam continuar a distancia, que ele podia ir visitá-la, mas, veja bem…o Japão era do outro lado do mundo quase, não o tipo de lugar onde você vai, janta na casa dos sogros e volta. E não era que Yoko não gostasse de Artie quando terminou tudo com ele, não era que ela não o achasse o melhor quando voltou para o Japão, era apenas o calor do momento, mas, novamente…o garoto se sentiu sozinho. Agora talvez ele fosse mais filho único do que nunca.
Essa nem foi a pior parte, se você quer saber, porque meses depois o jovem Holmes ia fazer dezesseis e então seria mais uma festa de arromba. Mas, nesse dia ele esperou e esperou e esperou mais um pouco por seus pais, até que ele entendeu que eles não viriam…novamente. Então seu semblante mudou. Por que ser bom com o mundo quando todo ele te deixa de lado? E naquele caso, o mundo de Arthur se resumia a seus pais, porque bem…ele sempre fora venerado na escola. Então foi por isso que o garoto pegara o carro favorito de Ernest Holmes e dirigira transtornado pelas ruas de Londres enquanto ouvia Bon Jovi alto demais, então ele esquecera de por o cinto de segurança e passara dois ou três sinais antes de bater em uma cabine telefônica e atropelar um jornalista do London Now, então ele tinha uma pancada forte na cabeça que o manteve dormindo por cinco dias seguidos até acordar com um abraço sutil de sua mãe e uma reclamação imensa de seu pai. Então, enquanto tinha sete pontos na cabeça, quinze no braço e uma costela quebrada, Arthur Holmes teve um pouco de atenção.
Sabe-se que o processo aberto pelo jornalista sobre os Holmes foi um escândalo, sabe-se que o prejuízo pelo carro foi gigante, sabe-se que Artie tivera de responder um processo por danificar patrimônio publico e sabe-se que a ação severa de seu pai fora mandar o garoto para um lugar onde ele poderia “refletir” suas ações, o colégio militar. Então lá estava Arthur Holmes com sua camisa de botões e seu colete bem fechado, girando a gravata slim de um lado para outro tentando folgá-la. Ele fora deixado na porta do local, onde ele esperava que não fosse tão frio quando sua mansão na Oxford Street. Mas, ele estava assustado sobre o que as pessoas falavam daquele lugar. Você vê, Arthur Holmes sempre foi um bom garoto, o tipo de garoto que passava horas desenhando paisagens e pessoas, o tipo de garoto apaixonado por fotografias e piano, o tipo de garoto que fora educado como um lorde com todas as pessoas que passaram por sua vida. O tipo que abria a porta, e dizia “obrigado” para quem quer que fosse, o tipo que nunca levantava a voz, então de repente ele estava num colégio para alunos rebeldes por um pequeno erro? Ele? O garoto que fazia de tudo, tudo mesmo? Talvez a maior rebeldia de Artie não fora pegar o carro de seu pai ou bater numa cabine ou atropelar um jornalista e prestar socorro ao mesmo, talvez seu maior ato de rebeldia tenha sido nascer em uma família onde erros não são uma opção.
Agora ele estava lá, novamente sozinho e tudo o que houvera pareceu ser o seu ponto de mudança. O antes calmo e paciente Arthur P. Holmes se tornara alguém arrogante e moldado em uma falsa prepotência que nem ele acreditava possuir, mas, aquele era um ponto interessante, porque ele estava chegando em uma fase onde ou você é ou você não é e Arthur certamente foi. Agora ele era o garoto numero um, aquele que as garotas dos colégios das redondezas queriam, preocupado demais em continuar sendo o melhor, só que agora não se tratava de mostrar para seus pais. Começou a sair com um, então com duas, três e ai perdeu-se a conta de quantas garotas entravam no carro de Arthur nos finais de semana livre. Apesar de durante a semana manter o rigor que o colégio lhe pedia. Agora ele estava virando um homem e também alguém completamente diferente. E era tudo culpa deles. Não havia outra razão para aquilo.
Você quer saber da faculdade? Engenharia naval era sua escolha obvia mas, a aeronáutica parecera mais atraente, já que com o tempo, o jovem perfeitinho que Arthur costumava ser deixou de ser tão obvio e lá estava ele novamente, tomando seu espaço de pequeno rei do mundo, com o sorriso encantador e as palavras bem colocadas que sempre usava, as atitudes bem pensadas e o charme que usava em qualquer coisa que fizesse. A faculdade fez ele entender que gostava de lidar com as pessoas, realmente gostava. Fora nessa época ainda que o rapaz resolveu se alistar no exercito, idéia da qual acabou cogitando se arrepender, assim que fora enviado para uma guerra no Afeganistão. O confronto era complicado, afinal, uma guerra sempre é uma guerra. O homem passara meses lá até que fora ferido em combate e então tiveram de trazê-lo para Londres. O tiro que acertara Arthur o fizera perder o movimento das pernas, coisa que o mesmo não aceitava de modo algum.
Acabou se submetendo aos tratamentos mais caros, mudando-se inclusive para a grande Nova York como forma de ter um tratamento mais adequado e eficiente e fora isso o que aconteceu. Mas, Arthur, apesar de revoltado, era ativo demais para conseguir ficar parado enquanto esperava voltar a andar. O tempo tinha feito o mesmo desenvolver uma hiperatividade fora do normal e foi assim que acabara dando palestras para as turmas de engenharia uma vez na semana na Universidade de New York enquanto se recuperava, seguindo em sequência para os Hamptons, um lugar bem mais tranquilo. Quatro longos meses e Arthur finalmente conseguiu andar, apesar de manter um mancar que o incomodava bastante, só conseguindo superar o mesmo cerca de dois meses depois, agora ele se sentia finalmente livre da maldita cadeira de rodas, mas, gostava de lembrar da sensação de atenção que algumas pessoas – não seus pais, pois esses continuavam preocupados em ser bons o suficiente – lhe davam. Além disso, apesar de se sentir impotente naquilo, o homem acabou aprendendo que é necessário esforço para ser maior do que as dificuldades.
Arthur poderia ter sido aquele menino adorável por uma vida inteira, mas, não. Ele não foi. O tempo o fez se tornar um pouco prepotente, mas, nada que ele não contorne com um sorriso charmoso enquanto tenta argumentar em seu favor. É bom em lidar com pessoas, parece que de certa forma o seu carisma original não se perdeu e no fim das contas, seus pais conseguiram que ele fosse tudo o que haviam planejado. Fala de praticamente qualquer coisa, menos de família, por ter alguns problemas com a sua. Além disso, o homem tem uma capacidade cognitiva muito boa, especialmente para cálculos e derivados.
Apesar da prepotência, a hiperatividade de Arthur faz ele estar disposto para quase toda situação, sendo alguém bastante prestativo. Por mais que goste de passar horas falando e sendo ouvido, assim recebendo toda a atenção do local, o homem gosta – vez ou outra – de parar e observar tudo o que está se passando ao seu redor. Sua fama na universidade, assim como na base aérea em que trabalha é de ser alguém extremamente charmoso e encantador.
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Sobre Justin e determinação.
– Ainda bem que você chegou! - disse Justin, aflito.
– Oi, Justin! Calma. O que houve? Você está bem? - Brendie o olhava, sem entender nada.
– Tá tudo bem sim, é que eu não conseguia falar com você de jeito nenhum... ah enfim, Brendie, minha família toda vai descobrir. Eles estão prestes a descobrir e eu não sei o que fazer. - ele disse, quase atropelando as palavras.
Justin andava de um lado para o outro e Brendie o observava, sem saber o que dizer. Sabia do que o amigo estava falando, mas nada poderia fazer para ajudar.
– E como você sabe que eles vão descobrir, Justin? Você não sabe. - Brendie disse, tentando acalmar as coisas.
– Acontece que hoje mesmo, minha mãe veio com uma moça para cima de mim, que ao olhar nos meus olhos, quase deu um grito. E você sabe o porquê, né. Tem gente que repara isso de longe. - Justin passava a mão pelos cabelos, num ato de puro nervosismo.
Brendie quis acalmar Justin, fazendo-o sentar-se ao seu lado. Fitou os olhos verdes do amigo e abriu um largo sorriso, indagando logo depois:
– Ué, e se os outros souberem? O que eles têm com isso, Justin? Você é maior de idade, trabalha, tem seu próprio dinheiro, seu carro, seu apartamento que está quase pronto. Que mal maior pode ter?
– Todos, Brendie! Eu trabalho com meu pai, esqueceu? E o carro foi ele quem me deu. Vai me tirar o carro quando souber a verdade. E aliás, sem trabalho, sem término da reforma do apartamento. Eu tô completamente ferrado, Brendie.
– E esse vai ser o fim do mundo, por acaso? Você fez faculdade, você tem experiência profissional e pode sim arranjar outro emprego. Com outro emprego, você termina a reforma do apartamento e compra outro carro. Simples! - como se Brendie lesse os pensamentos do amigo, logo disse: - E enquanto tudo isso acontece, você mora aqui. Fácil, né?
– Ah, Brendie! Você é um anjo, sabia? Um anjo, minha amiga!!! - se abraçaram com carinho.
Justin voltou para casa, ainda vendo o carro de Amelia lá. Amelia era uma menina rica, latina e muito ambiciosa. Queria casar com Justin para unir fortunas. Ele teve a oportunidade de conversar com ela, mas antes mesmo que pudesse falar, ela gritou, dizendo que ele era gay. Mal podia acreditar! A menina nem o conhecia. Ela apenas afirmou que sabia, pois, três primos dela eram gays e se julgava com experiência no assunto. Na hora em que deu o grito, todos vieram correndo na sala, ver o que tinha acontecido. Ela falou uma mentira qualquer, fuzilando Justin com o olhar. Ele apenas pediu licença e foi correndo para a casa de Brendie.
Entrou em casa, respirando fundo e imaginando que Amelia já havia contado toda a verdade sobre Justin. Quando olhou a sala, sua mãe chorando sem parar, seu pai bufando de raiva e seus irmãos acudindo os dois, sabia sim que Amelia havia falado.
– Oi, gente. - Justin disse, fraco.
– OI, JUSTIN? COMO VOCÊ AINDA TEM CORAGEM DE ME DIZER OI? O QUE EU FIZ PRA VOCÊ ME ODIAR TANTO ASSIM? ONDE FOI QUE EU ERREI? MEU DEUS, EU TENHO UM FILHO DOS AVESSOS!!! EU NÃO MEREÇO ISSO! - Sarah, a mãe de Justin, gritava sem parar.
– ISSO MESMO, JUSTIN. ONDE FOI QUE NÓS ERRAMOS? VOCÊ TEVE DE TUDO: BRINQUEDOS, PISCINA, PRAIA, VIAGENS. CARTEIRA DE MOTORISTA COM 18 ANOS, CARRO 0KM, UM APARTAMENTO NOVINHO. POR QUE VOCÊ ME RETRIBUI DESSE FORMA, SENDO UM... UM... - Ian, o pai de Justin, mal conseguia pronunciar a palavra.
– Gay. Sim, pai, gay. Sinto muito se te ofendi. Sinto muito se isso te doeu, mas eu não podia fazer nada. Já não aguentava mais a mãe jogando pretendentes para cima de mim! Só este mês, ela me apareceu com sete garotas! Pai, por favor, entenda. O senhor não errou em nada, eu nasci assim mesmo... - Justin falava calmamente.
– Não interessa mais, Justin. A partir de hoje, você não mora mais aqui. - Ian o interrompeu bruscamente. - E, tem mais. O carro não é mais seu, o seu trabalho não é mais seu e nem seu apartamento é mais seu. Não sei ainda o que vou fazer com ele, vender, provavelmente, mas não importa. E não adianta ir querer procurar emprego nas empresas dos meus conhecidos, pois eu queimo você lá. Não deixo você adentrar empresa nenhuma de nenhum conhecido meu. Não quero ser taxado como pai de boiola, seu marica.
Dito isso, Ian saiu da sala. Justin correu os olhos em direção da mãe, que apenas balançou a cabeça em gesto negativo. Sentiu o chão sumir sob os seus pés. Esperava que o pai lhe tirasse o carro e o emprego, mas não o apartamento nem a possibilidade de outros cargos em empresas conhecidas. Suspirou e olhou para Mellanie, sua irmã. Mellanie sorriu e fez mímica com os lábios. “No que precisar de mim, eu te ajudo.” Os outros irmãos que viram, concordaram com a cabeça. Justin deu um sorriso leve para os quatro irmãos, e saiu da casa.
Brendie, como se tivesse previsto alguma coisa, estava no portão esperando por Justin. Ela sorriu para ele, que se jogou nos braços da amiga, chorando copiosamente, como uma criança. Nada foi dito, mas Justin sabia do total apoio de Brendie.
Alguns dias depois, instalado na casa de Brendie, Justin chegou com uma notícia ótima. Foi aceito em um emprego como garçom de um bar.
– Sei que não é grande coisa, mas já ajuda, né. Nossa, estou muito feliz Brendie. Sabia que meus pais não aceitariam minha condição sexual, mas não sabia que eles seriam tão carrascos.
– Eu sabia. Conheço seus pais de longa data e sabia que não seria fácil. Mas esquece isso, Justin. Talvez algum dia eles te perdoem! Mas me conta, como você foi contratado? É um bar legal? Vou fazer questão de ser atendida só por você, hein!
Justin riu e contou para a amiga como tudo aconteceu. Ela o escutou, completamente irritada com o cabelo. Jogava para lá e para cá e nada dava certo. Justin ao terminar sua narrativa, perguntou a Brendie se ela precisava de ajuda com o cabelo. Ela afirmou positivamente, dizendo que tentou marcar uma hora com a cabeleireira, mas não conseguia, a agenda da mesma estava sempre lotada. Justin pegou uma tesoura e um pente, e cortou o cabelo dela em camadas, deixando-o leve e com muito balanço.
– JUSTIN! VOCÊ PRECISA SER CABELEIREIRO! POR FAVOR, FAÇA UM CURSO. UMA FACULDADE. Não sei o que se faz para isso, mas você precisa. Você é bom demais!
– Eu não fiz nada, amor, apenas dei um jeitinho, como se diz por aí. - Justin respondeu.
Apesar de não parecer, ele havia se animado com a ideia. Porém, sabia que não podia abusar de sua melhor amiga por muito tempo, teria que ir atrás de seu apartamento. Suspirou, triste. Seu apartamento e seu carro estavam acima de qualquer coisa, e o curso de cabeleireiro ficaria para depois.
A campainha do apartamento tocou, e a moça foi correndo atender. Se alegrou ao ver todos os irmãos de Justin. Ela contou rapidamente sobre o cabelo dela e o curso, e os quatro irmãos foram falar com Justin.
– Oi, Justin. Que falta você faz lá em casa, maninho. - Mellanie sorriu, triste. - A casa não é a mesma sem você. Mas enfim, estamos aqui, porque dissemos que ajudaríamos você em tudo o que precisasse. Pois bem, Brendie nos contou sobre o curso, e nós vamos pegar tudo o que papai nos der, e você vai fazer o curso. Nem adianta protestar, que tudo já está resolvido. - ela sorriu.
– Não, adianta sim eu protestar. Não vou deixar vocês pegarem a mesada e me pagarem um curso, isso deveria ser ao contrário! - Justin reclamou.
– Não adianta protestar mesmo, Justin. Já está tudo decidido. - Brendie interveio, sorrindo.
Ele riu e assentiu, sabendo que não adiantaria nada mesmo negar. Estava com vontade de fazer um curso há muito tempo.
Nas semanas que se seguiram, Justin procurou o curso, e fez a matrícula. Dividia seu salário em três partes, mesmo sendo pouco: uma parte para a mensalidade do curso, outra parte para o apartamento e outra para as despesas dele com Brendie. Seus irmãos ajudavam da forma que podiam, mas ainda assim faltava dinheiro, e ele completava sem dizer nada a ninguém. Estava juntando uma pequena quantia para o apartamento, mas isso não tinha importância, já que não podia fazer nada com relação a isso e adorava morar com a amiga.
Cinco meses se passaram e Justin havia se formado no curso de cabeleireiro. Havia conseguido também juntar uma pequena fortuna para seu apartamento. Tudo ia às mil maravilhas, quando o chefe de Justin, um senhor de idade bem preconceituoso, soube da opção sexual de Justin.
– JUSTIN! VENHA CÁ. VOCÊ É GAY? - quando Justin assentiu, tomou um tapa bem forte na face. - APRENDE A SER HOMEM, SEU MARICA! VOCÊ ESTÁ DESPEDIDO DESSE ESTABELECIMENTO QUE INSTUI A MORAL E OS BONS CONSTUMES! ONDE JÁ SE VIU, SER GAY! SEU PAI NÃO TE DEU EDUCAÇÃO?
– Ao contrário, senhor. O seu pai não te deu educação. Seu velho nojento. É bem pior o que você faz, espia as moças pelo buraco da fechadura da porta e tem fotos delas nuas. Pelo menos, eu as respeito. - Justin mantinha o mesmo tom de voz, o tempo todo.
Como estava se acostumando com as agressões verbais, aprendeu a ser mais firme do que já era. Não iria revidar o tapa, pois se rebaixaria ao nível de seu patrão. Tirou o avental, jogou-o no chão e antes de sair porta afora, ouviu todas as meninas que trabalhavam com ele, o gritarem. Quando se virou, viu todas jogando o avental no chão também, se retirando do estabelecimento com ele. Os clientes que bebiam e comiam no bar, aplaudiram os funcionários e saíram do bar, deixando o velho patrão sozinho.
Justin, no dia seguinte ao da sua demissão, resolveu ir procurar salões que estavam à procura de profissionais. Conseguiu um emprego no mesmo dia, já que a demanda era grande e ele havia se formado em uma ótima escola. Conseguiu comprar seu carro, seu apartamento, ajudar Brendie e os quatro irmãos que lhe ajudaram desde sempre.
Quatro meses depois, o salão em que Justin trabalhava, abriu uma franquia e Justin foi mandado direto para lá, onde ganharia um salário bem melhor do que já ganhava. Mal pode acreditar quando viu Jennifer Aniston entrando no salão e sorrindo para ele. Ele estava em Los Angeles, e sem saber, havia sido enviado para cortar o cabelo das estrelas. Quase passou mal, quando terminou o cabelo de Jennifer Aniston e a mesma sorriu para ele, dizendo:
– Adorei! Voltarei mais vezes aqui e tem que ser com você. Não aceito outro.
Justin viajou o mundo inteiro, sempre mantendo contato com os irmãos e com Brendie. Deu um carro de presente para a amiga e um apartamento para Mellanie, a irmã mais velha.
De volta à terra natal, Justin foi visitar a irmã em seu apartamento.
Lá chegando, encontrou a mãe. Vendo como o filho estava deslumbrante, muito bem vestido e completamente feliz, a mãe implorou o perdão de Justin. Sofreu muito com a saída da casa de Justin e quis se reaproximar dele, chorando sem parar quando ouviu de Justin que ele sempre a amou e nunca deixou de pensar nela, um minuto sequer.
Mais tarde, estava esperando Brendie em um pub, já que fazia tempo que os dois não saiam. Quando ela chegou, já foi logo comentando:
– Você pegou uma cor, Justin! Não está mais pálido como era! Olha os seus olhos! Seu tom de verde está ainda mais vivo. Não acredito como você está LINDO! - Brendie comentou, muito feliz.
– E você então! Linda, você sempre foi, mas hoje está deslumbrante. - ele sorriu.
Ela estava de sobretudo preto, com botas de salto alto e o cabelo ia até o meio das costas, cortados em camadas e claros nas pontas, como Justin havia recomendado para ela.
– Eu tenho uma novidade, meu bem. Eu consegui um ponto e montei um salão aqui. Era meu sonho, lembra? E além de tudo, coloquei todas aquelas meninas que trabalharam comigo no bar para fazer o curso e todas trabalharão comigo.
– Ah que legal, Justin! - Brendie o abraçou forte. - Mal posso acreditar! Estou muito feliz por você, meu amigo. Ainda bem que tudo está lindo na sua vida, você merece demais! - ela sorriu.
– Bom, ainda falta uma coisinha. Um amor, né. Quem vive sem amor? - riu e olhou em volta do bar, avistando um sujeito tão lindo quanto ele, que lhe deu um sorriso e ergueu o copo, como quem brinda a distância. Justin retornou o gesto.
– Acho que o amor não falta mais, né. - Justin riu para Brendie e foi conversar com o rapaz.
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Na segunda passada, na hora que você foi embora....eu estava disposta a te contar o quanto eu ainda te amava, e o que eu estava pretendo fazer no maldito dia 04 de junho, quando você iria realizar um dos teus pequenos sonhos. Eu pensava em te contar toda uma tal história que você me conta todas as vezes, e mesmo assim eu não me canso de ouvir, só para ouvir tua voz. Eu pensava em te contar como eu adoro mexer no seu cabelo, em todas as vezes que deitamos na sua cama pequena e confortável, com uma coberta nos enlaçando, e aquele seu abajur fraco, mas com a luz nos cobrindo.
Eu ia te fazer tudo isso, eu ia te dizer tudo isso. Mas você já não estava mais aqui, você estava por obrigação, por dó ou pena, não sei ao certo, mas você não estava mais aqui. E eu? Eu ri, eu ri porque lembrei que dias atrás você me falava palavras bonitas, voltava a fazer juras. Eu ri porque lembrei como você tem a capacidade de me fazer tão bem e depois me descartar tão facilmente. Eu ri porque lembrei de você na minha vida, lembrei de você nos meus melhores momentos, lembrei de você na minha cama, lembrei de você na minha casa. Porque eu abri morada pra você, a minha cama que tanto já rolamos e minhas memórias, não posso negar, você deixou impecável. Mas aqui, no meu coração você deixou uma bagunça, você tirou tudo do lugar, você destruí, você cortou. Mais uma vez.....sendo que eu tinha acabado de arrumar.
Eu naquele dia desejei muito que eu nunca tivesse te conhecido, nunca tivesse te tocado, que a gente nunca tivesse conversado, eu desejei que eu nunca tivesse te conhecido. , Mas no final, no final desse mesmo dia eu desejei fortemente, com muita força, que você nunca tivesse ido embora, mas você foi. No momento em que eu finalmente tinha entendido que você finalmente tinha ido embora da minha vida, e que não era esses rápidos ‘’lances’’ que te traria de volta, eu fui pro banheiro, fechei o box, sentei no chão chorando e deixei que toda aquela água quente caísse sobre o meu corpo nu, e limpasse toda digital tua que ainda pudesse permanecer ali. Coloquei ‘’nossas músicas’’, lembrei de todos as coisas que você fez e falou pra mim nesses últimos 2 anos, de todas as mentiras que você me contou e eu sempre descobria a verdade, eu cutuquei todas as feridas até que elas ficassem em carne viva, pois eu precisava sentir essa dor, eu precisava sentir tudo de uma vez. Eu resolvi conversar com uma amiga a respeito, e ela disse ‘’ela é só mais uma, segue sua vida, Bianca’’, e então eu parei, e pensei. Ninguém é só mais um na vida de alguém. E você definitivamente não foi só mais uma pra mim.
Nesse final de semana eu viajei, e segui o conselho de umas amigas que me disseram pra sair e conhecer gente, então eu fui. Passei aquele batom vermelho escuro que você amava, coloquei um vestido meu que você sempre gostou, e fui. Infelizmente eu te procurei nos copos que eu bebi, nos corpos que eu conheci, só que eu não te achei, nesse mesmo dia eu descobri que o gosto de um beijo não é o gosto de um lábio, não é gosto de uma boca, não é o gosto de uma última coisa que você comeu. O gosto do beijo é o gosto do amor. E o teu beijo tinha gosto de sentimento bom, o nosso beijo tinha gosto de certeza, eu diria. Tinha, né. E naquela mesma noite, quando eu aceitei que você tinha ido embora, eu tinha entendido que você era outra, e eu entendi que eu já era outra também. E talvez, o que eu refletia na minha cabeça nessas últimas semanas era carinho, era medo de me entender como pessoa sem você. Medo. Medo. E no dia que eu me despedi de você eu dei tchau pro cabelo loiro, eu dei tchau pro tal ‘’sunshine’’, eu dei tchau para o ‘’ para tu amor’’, eu dei tchau para o abajur que sempre nos iluminou quando dormíamos, dei tchau para sua mãe, dei tchau pro seu irmão, eu dei tchau pra você, eu dei tchau pra sua vida. E quando eu consegui dar tchau pro nosso beijo eu me reconheci, e vi o quanto eu preciso viver e seguir em frente, sem você.
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Seus detalhes mais bonitos.
100. Sim, 100, palavra, ou melhor numero estranho pra começar um texto, não é mesmo? E eu sei que você odeia matemática, assim como eu, mas o que você não sabe é que 100 é o meu número preferido. Por que? Primeiro, é par e dá pra dividir, segundo, é o numero mais fácil que tem pra fazer todas as contas mais difíceis, porque é a cédula mais alta de real que podemos adquirir, ou seja, meu sonho de consumo diário. Notas de 100 são meu sonho para conquistar porque o maior deles eu ja consegui, você. nada melhor do que falar 100 coisas (meu número preferido) para a minha pessoa preferida no mundo: 1 - Tem 20 anos e mora na Bahia. Sim, é quase da terceira idade… 2 - Cham Marcely em of e tem um apelido maravilhoso, só não exponho aqui porque me deixaria de greve… 3 - Foi criada pela vó e sempre fala muito bem dela, se eu a tivesse conhecido, ia ser difícil segurar vontade de roubar ela pra mim. 4 - Ama subway e troca varias vezes almoço por subway, o que me deixa puto. 5 - Odeia chedar. Sim, odeia… Não é uma pessoa normal. 6 - Prefere bk do que mc e eu sempre brigo dizendo que mc é melhor. 7 - Ama comida baiana e é sua comida preferida, só come tomando coca, porque não é bom sem coca. 8 - Ama Fanta Uva e é o seu refri preferido. 9 - Já morou por um ano no interior de São Paulo em 2014 e nem pegou sotaque. 10 - Tem o sotaque mais misturado que existe, ao mesmo tempo que fala “oxe, oxente”, fala “demaixxx”, “goxxta” e pegou minhas manias de falar “trem” e “uai” 11 - É briguenta pra caralho, pelo menos 5 vezes ao dia fala “vou rodar a baiana”, “vou fazer barraco.” 12 - Só não tem esse lado briguenta quando é em relação a mim, porque diz que odeia brigar comigo. 13 - Fala muito rápido e eu sou uma das poucas pessoas que sempre entende tudo. 14 - Fala ainda mais rápido quando está nervosa e geral diz “desacalera, Marcely.” 15 - É uma das pessoas mais generosas e bondosas que eu conheço. Ajuda quem precisa, muitas vezes deitando até de se ajudar. 16 - Odeia o Temer e o Bolsonaro, se alguém elogiar os dois, é briga na certa. 17 - Sempre fica atras de diversos números pra poder conseguir desconto no uber. 18 - Cursa Direito e está no 3º período. 19 - As matérias que mais odeia são Direitos Humanos e Constitucional. 20 - Ama Penal e Civil. 21- Faz direito. Inclusive, faz bem até demais… 22- Tem um irmãozinho de 4 anos que é muito bonitinho, mas sempre fica irritada por ele ser mimado ao extremo. 23 - É mestre em estragar celulares, ja estragou uns 2 em um ano que eu conheço ela, mas em sua defesa, diz que a culpa nunca é dela. 24 - É MUITO orgulhosa e quando vai perder o orgulho, trava para falar o que está sentindo. 25 - É extremamente ciumenta, sempre fala “deixa eu atualizar o meu ciúmes.” 26 - Quando está triste ou com problemas, ama se isolar do mundo. 27 - É consumista, tipo muito, só a mãe consegue botar freio nesse consumismo. 28 - Demora séculos pra responder o povo no wpp, mas fica puta se alguém faz o contrário… 29 - Ama ler, se deixar, fica um dia inteiro lendo livro. 30 - “Belo Desastre” e seu livro preferido e é graças a esse livro o nome desse tumblr. 31 - Ama todos os irmãos Maddox, em especial o Travis e morre de ciúmes deles. 32 - Ama assistir séries e quando vicia em uma serie, assiste muito rápido, muito rápido mesmo. 33 - Ama pll, tw e tvd. 34 - Nunca assiste as series que eu mando ela assistir. 35 - É apaixonada pelo Ian Somerhalder e quando a gente se conheceu, eu estava usando foto dele no hangouts. 36 - É muito carinhosa com os amigos, sempre dá atenção e conselhos. 37 - Tem problema de vista, porém é teimosa e não anda usando óculos ultimamente. 38 - Usou aparelho até 2015 e odeia usar o móvel, reclama o tempo todo. 39 - Cortou o cabelo super curto ano passado e ficou brava comigo quando eu disse que preferia grande. 40 - Tem um monte de amigos em of e eu mando pegar geral, mesmo dizendo que são só amigos. Aham…. 41 - Tem um ranço supremo por uma menina aí e só de pensar que eu estava em um mesmo grupo c ela, já arrumou a maior treta comigo. 42 - Ama tênis, ama muito, se deixar vai pra qualquer lugar com tênis, principalmente show. 43 - Tem a risada mais gostosa e escandalosa do mundo, qualquer um escuta. 44 - Tem a voz mais gostosa de todas e que é minha. 45 - Sempre dorme com o ar condicionado na temperatura mais fria possível, só pra poder sentir um friozinho. 46 - Torce pro Vasco e fica puta quando eu falo que o Vasco quase não sai da segunda divisão. 47 - Já fugiu da polícia quando era pirralha. 48 - Acho que o seu palavrão “preferido” “porra”, até varia os tipos de palavrão com essa palavra. 49 - É uma das poucas meninas que não chorou com o filme “A culpa das estrelas.” 50 - Tem um mau humor insuportável de manhã. 51 - Quando tá de tpm fica dramática pra caralho e entende tudo ao contrário do que você tá falando. 52 - Odeia tomar remédio, nem pra dor de cabeça toma. 53 - Tem rinite, mas só toma o remédio se for muito necessário, porque dorme muito quando toma. 54 - Consegue ser a pessoa mais teimosa do mundo quando quer, não escuta nem um “a” de conselho. 55 - Ama Segunda Guerra Mundial, já perdeu horas e horas comigo no telefone só pra conversamos sobre isso. 56 - Fala “mas vei” o tempo todo. 57 - É a melhor pessoa pra você contar um segredo, porque é super confiável. 58 - Ama tumblr e se deixar passa varias e varias horas reblogando coisas. 59 - Acho o jeito dela super parecido com o da Gabi Brandt e por ironia do destino ou não, elas nasceram no mesmo dia. 60 - Nasceu no dia 15 de janeiro de 1997 61 - Ama dar apelidos pras pessoas e podem ser apelidos fofos ou muito ridículos. 62 - Ama rosa e roxo. 63 - Tem mania de franzir a testa quando sorri e eu sempre noto isso nas suas fofos. 64 - Tem um motel perto da casa, mas morre de vergonha de contar isso. 65 - Pegou a minha mania de falar “papo 10” e “marca um 10.” 66 - Não gosta muito de mpb e uma vez eu te fiz colocar una música do Djavan enquanto estavamos no telefone. 67 - Vive criticando meus funks. 68 - Uma das poucas vezes que deu pt foi na festa de formatura do 3º ano e eu me senti péssimo porque brigamos nesse dia. 69 - Quando bebe começa a escrever tudo errado e bota a culpa no corretor. 70 - Ja cortou o queixo uma vez e teve que dar vários pontos. Como alguém consegue fazer isso??? 71 - Dorme muito, muito mesmo, às vezes dormimos na mesma hora e acorda 4 horas depois que eu. 72 - Quando dorme na ação sempre fica me mimando no outro dia pra eu ficar de boa logo. 73 - Nunca guarda rancor de ninguém, por mais que a pessoa seja mt fdp, não deseja mal pra ninguém. 74 - Tem una facilidade grande pra perdoar e se não tivesse, talvez eu nem estaria aqui. 75 - Quando fica com alguém, gosta de ficar apenas com aquela pessoa e não importa o que os outros digam. 76 - Ama jogar um jogo de uma gatinha, mas eu não faço a mínima ideia de qual jogo seja. 77 - Ama dar presente pras pessoas que gosta. 78 - Sai poucas vezes, mas quando sai…. A SANTINHA PERDE O JUÍZO 79 - Não sabe andar de bicicleta até hoje 80 - As más línguas dizem que seu macarrão é muito bom, mas eu duvido, viu. 81 - Só faz estrago na cozinha. 82 - É uma pessoa lerdinha, tem que ter uma puta paciência pra lidar… 83 - É do signo de capricórnio, mas não tem muita a coisa a ver com ela. 84 - Toda vez que vai em algum festival de show que tem Ze Neto e Cristiano, nunca consegue ficar pro show deles. 85 - Já conheceu o Arthur Aguiar, mas odiou a foto e nunca postou. 86 - O sabor preferido no subway é frango defumado com cresm cheese 87 - Come chocolate raras vezes, mas quando come, é o branco. 88 - Ns tpm come tudo que tiver pela frente, inclusive todos os tipos de chocolate. 89 - Gosta muito de mudar de nome, desde 2015 já teve 4. 90 - Tem um carinho especial pelos nomes “Malu” e “Lunna”. 91 - É daquelas pessoas que brigam por política no Facebook. 92 - Futura dona de um carro rosa. 93 - Tá sempre fazendo limpeza de pele 94 - Demora horas e horas no banho. 95 - Odeia quando eu vou jogar fifa ou algum outro joguinho. 96 -É a pessoa mais empolgada pra comentar fotos de alguém, se deixar comenta 20 vezes em uma mesma foto. 97 - É a pessoa mais preguiçosa que existe. 98 - Algumas vezes fala “hum” em vez de “alô” quando atende o telefone. 99 - Chama rssenha/festa de “reg”, bem estranho, não é mesmo? 100 - Por ultimo, mas não menos importante, é minha, só minha, sem espaço pra ranços ou terceiros.
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