#luís severo
Explore tagged Tumblr posts
Text
"Amor e Verdade" by Luís Severo. I discovered the song a few months ago (in the version by Tomás Wallenstein) and absolutely fell in love with it. It is as much about a person and a romantic relationship as it is about Lisbon and it never cares about resolving that ambiguity (it's incredible). I am new to Tumblr (though I have lurked for a while) and thought this might be a good first post. My small homage to a wonderfull song.
"Amor e Verdade", Luís Severo. Descobri a música há alguns meses (na versão do Tomás Wallenstein) e apaixonei-me completamente por ela. É tanto tanto de uma pessoa e uma relação amorosa como sobre Lisboa e nunca se preocupa em resolver essa ambiguidade (é incrível). Sou nova no Tumblr (embora já esteja à espreita há algum tempo) e pensei que este poderia ser um bom primeiro post. A minha pequena homenagem a uma música maravilhosa.
#lyrics#lyricsedit#Luís Severo#Tomás Wallenstein#Amor e Verdade#letras#música#music#my edit#edição#Lisboa#poetry#first post
4 notes
·
View notes
Text
youtube
Luís Severo, Olho de Lince I Luís Severo, 2017
2 notes
·
View notes
Text
Agora já não sussurramos
Não falamos em segredo
Abraçados desconfiamos
Foge a mão para o cabelo
O mal leva a passar
O bem não volta a valer
Na ânsia de agarrar
Só para não te perder
Prende nos braços o que me negas
Que eu dou-te tudo o que não me levas
O esforço parece forçado
Mas custa partir às cegas
Lembrar-te é bom, ainda mereço
Que o amor é mesmo assim
O caminho onde o regresso
É voltares sozinho a ti
Leva a incerteza
Já passa da hora
Se abalar o que me espera
Se ficar o que melhora
Leva este dilema de nunca saber
Se me tou a precipitar
De que me hei-de arrepender
Se as palavras que inventámos
Já não soam como dantes
E os laços não são limites
Ao apelo dos instantes
Nasce um novo dia
Que sem ti a primavera
Já existia
Só não me lembro bem como era
Mas trago sempre no peito
O que contigo aprendi
Para não seres só uma cruz
Que ainda pesa sobre mim
E em paz pouco a pouco
Ficamos bem assim
Desfeitos um do outro
Refeitos enfim
Leva a incerteza
Já passa da hora
Se abalar o que me espera
Se ficar o que melhora
Leva este dilema de nunca saber
Se me tou a precipitar
De que me hei-de arrepender
Leva a incerteza
Já passa da hora
E o amor é sempre livre
De ficar ou ir embora
Aceito o dilema
E deixo amanhecer
Que o que morrer para não lembrar
Hei-de lembrar para renascer
0 notes
Text
Passa o dia na cama À espera que uma luz Desça ao meu pijama
Ei, rapaz, que saudades Quis saber de ti Vamos lá passear Andar por aí Diz-me lá como fazes Se não tens vícios Nem medo do amor
0 notes
Text
DIA 18 DE ABRIL DE 2024 : NA GULBENKIAN UM BELÍSSIMO CONCERTO - BEETHOVEN E MENDELSSOHN INSPIRADOS POR GOETHE : um alinhamento raro que começou com a curta mas majestosa cantata de Beethoven Meeresstille und glückliche Fahrt.Op. 112, (Mar Calmo e Viagem Próspera) baseada em dois poemas de Johann Wolfgang von Goethe. A primeira parte, "Meeresstille" (Mar Calmo), retrata um mar calmo com pouco vento, criando uma atmosfera serena. A segunda parte, "Glückliche Fahrt" (Viagem Próspera), descreve um navio navegando com um vento favorável, levando a uma conclusão triunfante e animada. Beethoven compôs esta cantata em 1815 .Foi estreada num concerto de beneficência a favor de um hospital !. Goethe nunca agradeceu …Também Mendelssohn conheceu Goethe cedo no seu percurso – musicando alguns dos seus poemas –, tendo o escritor declarado estar perante um prodígio comparável ao de Mozart….Felix Mendelssohn's "Lobgesang," a Sinfonia n.º 2, em Si bemol maior, op. 52, é uma sinfonia coral composta entre 1840 e 1841 frequentemente referida como "Hino de Louvor". O trabalho é único, pois combina elementos de uma sinfonia e de uma cantata. Mendelssohn compôs "Lobgesang" para celebrar o 400o aniversário da invenção da impressora por Johannes Gutenberg. O trabalho reflete o génio melódico, a riqueza harmónica e a orquestração magistral de Mendelssohn.A sinfonia é estruturada em três movimentos, com o primeiro assemelhando-se a uma estrutura sinfónica padrão. O segundo movimento apresenta três solistas vocais e um coro, diferenciando-o das sinfonias tradicionais. O movimento final regressa a um foco instrumental. É uma obra maravilhosa . A abertura lenta e digna serve como um prelúdio para o Allegro principal e alguns diálogos instrumentais fascinantes moldados sob a direção empolgada de Hannu Lintu . Os encantos abundam: a elegância do Allegretto, a simplicidade caprichosa do Adagio religioso ' e, talvez o melhor de tudo, o enorme coral final com 'Alles, was Odem hat, lobe den Herrn!' . O órgão desempenha um papel proeminente 'Die Nacht ist vergangen!' ; e quanto às vozes o Coro Gulbenkian esteve ao mais alto nível ( recordo a gravação que fizeram com Corboz ) e bons solistas, especialmente a soprano Chen Reiss e o tenor Thomas Atkins .Ao contrário de muitos da minha geração estou cada vez mais benevolente .menos severo nas criticas, longe das escutas comparadas e dos grandes registos que coleccionei . Estou cada vez mais longe do José Luís da Discoteca Roma .Terrivel é a cadeira vazia a meu lado . Este ano só uma vez teve intruso mas para o ano não será assim …
0 notes
Text
Com Capicua a gente diverte-se imenso e Silly revelou-se a pérola emergente - Dia 1 do Westway LAB 2024 | Reportagem Completa
Capicua, o grande destaque deste 1º dia | mais fotos clicar aqui Tal como é tradição, desde 2018, a minha vivência do Westway LAB inicia-se com a presença no Café Concerto do CCVF para as atuações que resultam de criações originais dos artistas selecionados numa residência artística de uma semana. Como de costume realizaram-se na quarta-feira (10 de abril) e quinta-feira (11 de abril) e contou com a usual combinação de artistas lusitanos com músicos vindos de outras partes do mundo. Este ano vieram artistas com backgrounds bem diversificados: o duo Debdepan (do Reino Unido), SMYAH (Bulgária), Haizea Huegun (do País Basco, Espanha) e Zoe Berman (EUA). Do lado português participaram Phaser, Metamito, Vile Karimi e Mafalda Costa. Proporcionaram, nas suas atuações, produções acabadas de serem criadas e tocaram-nas ao vivo pela primeira vez. São momentos sempre giros, sobretudo pela descoberta de artistas completamente desconhecidos: quer de nacionais quer dos forasteiros.
Sexta – Noite 1 do Festival
Tal como gosto de fazer, quando é o início de um evento, foi altura para observar o recinto, a organização e as pessoas. Perceber diferenças para o ano transato. Faltavam ainda cerca de 30 minutos para o concerto de abertura, marcado para as 21:30 horas por isso deu tempo para isso e para rever amigos. Ao contrário do ano passado o ambiente estava bastante tranquilo e a bilheteira não estava com lotação esgotada. Não existiram stresses nem avarias para realizar a troca do bilhete por pulseira. No restante, relativamente aos palcos e respetivos acessos, foi tudo idêntico à edição de 2023.
A noite esteve bastante agradável, na sequência de um belíssimo dia de clima veraneante, com temperaturas acima dos 20 graus e céu azul.
A primeira atuação nesta noite inicial, da porção paga do Westway LAB, teve como interveniente o artista Luís Severo. Ele que revelou ser “bom tocar nesta sala icónica", situando-se pelas referências de amigos que viram no Grande Auditório do Centro Cultural Vila Flor alguns concertos de artistas relevantes.
A autenticidade de Luís Severo em mais uma bonita atuação | mais fotos clicar aqui Luís Severo entrou e dirigiu-se ao piano começando a performance com "Vida de Escorpião" numa altura em que iam entrando pessoas a conta-gotas e cujo afluxo continuou durante os 20 minutos seguintes. Antes de "Meu Amor", o segundo tema, teve de retirar os seus in ear por estar a ter feedback com "muita chuva". No seu timbre castiço e natural disse que "ter chuva não fazia muito sentido" depois da belíssima sexta-feira com que fomos presenteados.
Ao terceiro tema o lisboeta regressou ao álbum ‘Cara d’Anjo’ de 2015 com a interpretação de “Canto Diferente” perante uma plateia silenciosa a desfrutar do momento. Ao quarto tema, “Acácia”, Severo muda para a guitarra e entra a Catarina Branco para o piano. Já “Planície" foi interpretada a duas vozes com uma envolvência enorme entre Luís e Catarina, entre o som providenciado pela guitarra clássica e pelo piano. Mariana Camacho e João Sarnadas (conhecido pelo projeto Coelho Radioactivo) participaram neste formato a banda de Luís Severo nos coros como em "Cedo ou Tarde", um dos singles mais recentes e que faz a antevisão do álbum que surgirá ainda este ano.
Luís Severo e toda a sua banda | mais fotos clicar aqui Conforme anteviu o artista lisboeta houve "parte especial só com eles" (referindo-se a Catarina, Mariana e João com a interpretação de "Amor e Verdade" no qual fizeram uma harmonização extremamente bem conseguida com coros a 3 vozes.
A atuação, tal como apanágio deste sui generis músico, foi refrescante e emocionante que terminou com a nova canção “Insónia” e uma menos recente: “Primavera”. Já vi Luís Severo algumas vezes e continuo a ter vontade em assistir a mais atuações dele. É, sem dúvida, um dos mais incríveis cantautores mais originais e diferenciados que temos em Portugal.
Findo este único concerto do Grande Auditório rumei ao Café Concerto para ver os Bardino, trio cuja formação conta com os músicos Nuno Fulgêncio (bateria), Diogo Silva (baixo) e Rui Martins (teclados e guitarra) e do qual tinha mesmo pouco conhecimento. Eles fizeram a sua estreia em terras vimaranenses.
Bardino em atuação no Café Concerto | mais fotos clicar aqui Aproveitaram esta ocasião para introduzirem à plateia o mais recente trabalho discográfico ‘Memória da Pedra Mãe’ editado já no decurso deste 2024 através da editora Jazzego. Entre temas instrumentais e outros com recurso a algumas vocalizações permitiu perceber um som com uma vibe dançante muito boa. A fazer lembrar um pouco a banda canadiana badbadnotgood.
Facilmente intuímos das influências do universo jazz porém como escreveu Rui Miguel Abreu para o Rimas e Batidas é “jazz-não-jazz”. A performance dos Bardino contou com o saxofonista Brian Blaker como convidado, ele que participou no mais recente álbum em dois temas.
Nuno Fulgêncio dos Bardino | mais fotos clicar aqui A parte menos positiva foi mesmo o público, em bom número durante os primeiros temas tendo posteriormente existido uma debandada das pessoas rumo à atuação seguinte. A atuação decorreu em bom ritmo e estava a ser minimamente cativante pelo que o sucedido foi algo de estranho.
Não abrandava a cadência da noite e para performance seguinte existia uma expetativa algo elevada. A nova artista Silly trouxe o seu álbum de debute, à Cidade Berço. Maria Miguel Bentes reuniu neste seu trabalho o acumular de uma experiência de vida com diferentes patamares vivida entre Açores, o Alentejo e a grande Lisboa. Efetivamente o EP ‘Viver Sensivelmente’ de 2021 é que põe esta criadora no mapa musical nacional. Surgiu ‘Miguela’, editado no passado dia 9 de fevereiro e produzido pelo incrível Fred Ferreira. Começamos agora a ter uma noção renovada de todo o seu potencial com esta atuação.
Fred e Silly em palco | mais fotos clicar aqui
Em palco, frente a frente, surge Silly à nossa direita e Fred Ferreira à esquerda. Na voz, nas teclas e guitarra tivemos Maria, já Fred ficou responsável pelas batidas e toda a parte eletrónica. Ambos proporcionaram um mix sonoro voluptuoso, ligeiro e apelativo com um forte travo dançável, pese embora a seriedade das temáticas nas letras. Efetivamente foi a surpresa e a descoberta mais agradável da jornada desta primeira noite. Um excelente cartão-de-visita.
"Coisas Fracas", "Inquietação", "Silêncio" e “Agua Doce” foram tocadas logo na fase inicial conseguindo desde logo captar toda a atenção das pessoas. Silly referiu ter sido, esta última referida atrás, aquela que concretizou a sua junção definitiva a Fred.
"Prognósticos", uma das faixas obrigatórias desta nova artista do panorama nacional, um claro talento emergente, não faltou ao alinhamento.
Silly e Fred nos agradecimentos finais | mais fotos clicar aqui Existiu uma boa adesão de público porém bastantes pessoas situaram-se longe da zona central da box. De um modo geral o pessoal ficou espalhado pelo espaço, com uma tendência de permanência na entrada da box (situada em cima do palco do Grande Auditório do CCVF com vista para a plateia sentada).
Ana Lua Caiano tocou neste mesmo festival no ano transato e ainda não tinha o hype atual. Senti que Silly tem um potencial idêntico em termos de projeção.
Voz de Riça e apoio nos beats e voz de Zé Mendes. Esta foram os músicos vistos na sequência no alinhamento do festival cuja atuação ocorreu no Café Concerto. Nesta atuação o rapper Riça deu a mostrar um pouco do seu último e mais recente álbum ‘Diabos m’ Elevem’.
Riça e a sua cenografia expressiva | mais fotos clicar aqui O artista portuense José Leal, conhecido artisticamente como Riça, proporcionou uma performance dinâmica perante uma cenografia muito expressiva. Temas como "Ponte Babel" e "Rato do Campo & Rato da Cidade" foram alguns dos interpretados deste trabalho discográfico editado em setembro do ano passado.
Capicua e os seus companheiros de palco entraram quase com 20 minutos em relação à hora prevista: meia-noite e meia. "Há muito tempo que não chego ao palco à 1h da manhã" afirmou a artista por entre um sorriso largo na sequência do tema de abertura "Último mergulho". Aliás a interpretação do tema foi reiniciado depois de um engano na letra pela artista.
Interação entre Capicua e o seu público | mais fotos clicar aqui "Medo do Medo", "Sereia Louca" e "Planetário" foram algumas das canções tocadas na parte inicial da performance e que captaram logo mentes e corpos dos presentes. Nos interlúdios ia recitando em ritmo de spoken word algumas palavras. Às vezes, até em modo gaguejante, só aconteceu nas primeiras vezes, provavelmente pela voz ainda não ter atingido o seu ponto de ebulição.
‘Madrepérola’ é o registo discográfico mais recente e obviamente abordado devidamente e numa sequência excitante interpretou temas, alguns dos quais já icónicos, como "Gaudi", "Circunvalação", "Vayorken", "Mão Pesada" e "Maria Capaz" o público ficou totalmente “ligado” e desfrutou da excelente performance. Provavelmente terá sido o momento áureo do Westway LAB em 2024.
Luís Montenegro sempre muito concentrado | mais fotos clicar aqui Pelo meio trouxe-nos “Que Força É Essa Amiga”, um tema recentemente lançado emergido a partir da reescrita do tema “Que Força É Essa”, originalmente escrito por Sérgio Godinho em 1972. Ana Fernandes adaptou-a à sua visão, aos tempos atuais e ao universo feminino.
Ana Matos Fernandes (Capicua) contou com o apoio indispensável de Joana Raquel e Inês Malheiro nos coros ; Diego Sousa (D-One) como DJ; João Rocha (Virtus) como MPC a controlar os beats e Luís Montenegro na guitarra.
Capicua e a sua banda | mais fotos clicar aqui Para encerramento, eram já quase 2h da manhã, em modo elevado Capicua trouxe-nos “Madrepérola” e senti ter sido a cereja no topo do bolo. Este meu reencontro com esta artista portuense 12 anos após a ter visto a atuar pela primeira vez igualmente em Guimarães e ficou registado na minha memória de modo indelével.
Reportagem fotográfica completa: Clicar Aqui
Texto: Edgar Silva Fotografia: Jorge Nicolau
1 note
·
View note
Text
Westway Lab: um laboratório para novas descobertas
Tendo já começado o Espaço de Criação e de Conferências PRO em Guimarães, na passada quarta-feira, 10 de Abril, o Westway Lab começou o seu Festival no dia 12 de Abril. As hostilidades foram abertas no Centro Cultural Vila Flor (CCVF) por Luís Severo, seguindo-se Bardino, Silly, Riça e Capicua. No sábado, o dia começou com uma série de concertos abertos à comunidade e em diversos locais da cidade, nos quais se incluíram Remna, Sónia Trópicos, Grand Sun, debdepan, J.P. Coimbra, Corvo, Melquiades, Franek Warzywa e Młody Budda e Trigaida. A partir das 21h30, os concertos concentraram-se de novo no CCVF, começando com Júlia Mestre. Conferência Inferno, UTO, Unsafe Space Garden e NewDad foram os actos seguintes. Para encerrar, o Westway Lab organizou uma Festa de Encerramento, no CAAA, que contou com os DJ Sets de A Boy Named Sue, Rodrigo Areias e Jorge Quintela.
A honestidade de Luís Severo
Foi, então, no Auditório do CCVF que o Festival WestWay Lab teve o seu início e tomou forma pelas mãos de Luís Severo, que sozinho ao piano nos agraciou com a honestidade e sensibilidade com que escreve os seus temas. Após as duas primeiras músicas a solo no piano onde nos falou sobre amores e desamores, certezas e incertezas, angústias e felicidades, Luís Severo agarrou a guitarra acústica e Catarina Branco tomou o piano e apoiou na voz.
Foi em “Cedo ou Tarde” que se juntou um coro de duas vozes aos dois artistas já no palco para nos expressar que viver é um desafio, não só connosco mesmos, mas também face aos tempos que se impõem. Porém, como explicou Luís Severo antes de começar: “este é um daqueles dias que é bom” e, até ao final da sua performance sentida, o artista teve, ainda, tempo para estrear duas músicas novas, uma delas de nome “Insónia” que como disse “não a preciso de explicar, o seu nome fala por si mesmo”.
A conjugação inteligente e intrigante entre o jazz e a electrónica dos Bardino
No Café Concerto do CCVF, os Bardino subiram ao palco para nos fazer dar um ‘pézinho de dança’ fora da caixa. Foi para apresentar o seu último disco “Memória de Pedra Mãe”, mas não só, que o trio constituído por Nuno Fulgêncio (bateria), Diogo Silva (baixo) e Rui Martins (teclados e vozes) desafiou a ‘classificação em caixinhas’.
Caracterizando-se por uma fusão de eletrónica, rock e jazz com nuances de krautrock, fusion jazz ou ambiente electrónica, os Bardino fazem-nos viajar no passado, no presente e no futuro, mas estando sempre presentes no momento.
E, do mesmo modo que o seu recente álbum se inicia com a frase “Tenho uma história bonita, tenho uma história linda (…)”, o trio portuense ecoou perante uma plateia surpreendida e curiosa com a audácia que uma linda história contou.
Silly: um coração que tanto almeja e se agiganta a cada melodia
Foi com o “Intro” encaixado no segundo tema “Encontrar”, tal como acontece no seu álbum de estreia “Miguela”, que Silly iniciou a viagem por um coração que tanto almeja e se agiganta a cada melodia. Com uma aura complexa demais para ser colocada por palavras, Maria Bentes (Silly) e Fred – que também colaborou na concepção deste trabalho – fizeram-nos viajar com as rimas reflectidas e sentidas e com a conjugação perfeita entre as batidas, os teclados, a guitarra e todo o ambiente criado pelo inteligente jogo de luzes e fumos.
“Coisas Fracas”, “Silêncio”, “No Que Procurei”, “Água Doce”, “Solitude”, “Herança”, “Cavalo à Solta” ou “Inquietação” foram alguns dos temas percorridos pelos artistas, acrescentando-lhes sempre diferentes nuances ao registo do álbum e, assim, ganhando ainda mais vida. Entre “Miguela”, Silly presenteou o público com um cover de “Prognósticos” de B Fachada, um tema que a artista admite cantar como se tivesse sido da sua autoria, de tal sentir a canção como sua.
E, nesta espécie de bolha em que estivemos imersos imperou e prosperou a tranquilidade e a delicadeza mesmo quando a viagem relatava um mundo nem sempre feliz ou nem sempre leve ou o quão intranquilo, inquieto e perdido um ser humano se pode sentir. No entanto, a mensagem é evidente: em toda a parte é possível encontrar um pouco de amor e um pouco de compreensão e é a isso que nos devemos agarrar mesmo quando temos que seguir “em frente diante o vento forte”.
E foi mesmo com “Vento Forte” que Silly e Fred encerraram esta experiência imersiva que durou pouco mais de 45 anos, que nos permitiu estar noutra realidade e onde “Miguela” é mais e mais um pouco de nós e do que sentimos e nos é tão complicado expressar.
Os vegetais delirantes de Franek Warzywa e Młody Budda
Foi através de pouco mais do que um sampler, de uma guitarra e da voz que Franek Warzywa e Młody Budda deram uma performance surpreendentemente enérgica que cruzou os mais diferentes géneros musicais de uma forma “esquizofrénica”.
Tendo-se tornado virais no TikTok e tendo ganho notoriedade entre o público após um concerto explosivo no OFF Festival, o duo polaco não esconde que canta sobre temas como os vegetais, nomeadamente batatas, mas também sobre o seu computador que está constantemente a avariar. Havendo ainda tempo para falar sobre o sol e sobre o mau tempo que tanto se sente nas terras de onde são oriundos.
No CAAA apresentaram os seus visuais relativos a este tal computador que tanto avaria e durante cerca de 40 minutos cruzaram géneros musicais que rapidamente transitavam: num momento soava a pop, no seguinte estaríamos perante nuances de metal core e, no mesmo tema, poderia ainda existir tempo para uma sonoridade mais electrónica. Mas, rock, math rock, techno são também opções e energia e entrega não lhes faltou!
Trigaida: a herança búlgara cruzada com a electrónica
Bem sucedidos no Got Talent da Bulgária de 2022, Trigaida são um fenómeno recente na electrónica contemporânea da Bulgária. “Elate” é o álbum de estreia da banda e é uma fusão única entre o folclore tradicional búlgaro e a música eletrónica.
Parte das influências são também o drum‘n bass, o dubstep, o trip hop, oferecendo assim sonoridades que chegam ao jazz contemporâneo, à world music e ao neoclássico e, tal se fez sentir no CAAA, em Guimarães.
Com Ivan Shopov enquanto produtor e MC, Asya Pincheva na voz e Georgi (Horhe) Marinov na gaita de foles e didgeridoo, os Trigaida surpreenderam o público que não deixou de expressar o seu entusiasmo e de dançar ao som desta herança combinada com o contemporâneo.
Julia Mestre: uma contadora de histórias nata
Com um ambiente intimista, o público presente no Auditório do CCVF foi plateia atenta e deliciada perante a doçura de Julia Mestre. A vocalista de Bala Desejo fez-nos viajar pelos temas do seu mais recente álbum “Arrepiada” (2023), mas não só.
Acompanhada apenas pela sua guitarra e através da sua voz, a cantora brasileira contou histórias. As história que criaram as suas músicas e as suas letras, como foi caso de “Chuva de Caju” que nos fala sobre o encontro da artista com Ana Caetano; “do do u”, um romance da artista com alguém que esteve pelos Estados Unidos da América durante três meses e veio a falar um misto de português com inglês; ou “Deusa Inebriante”, que foi a forma que a Julia Mestre encontrou para lidar com o facto de não ter conseguido despedir-se de um familiar próximo que caiu num “sono profundo” em período de covid-19.
“el fuego del amor”, “Sentimentos Blues” ou “Sonhos e Ilusões” que, no álbum de 2023 tem a participação de MARO, foram mais alguns dos temas que Julia Mestre nos ofereceu com a gentileza e sensibilidade que lhe é tão intrínseca.
Conferência Inferno: um exorcismo às ansiedades
Foi para apresentar o “Pós-Esmeralda”, mas sem esquecer temas do seu primeiro LP, que o trio do Porto se juntou no Café Concerto do CCVF. Com o punk e o new wave no seu ADN, Raul Mendiratta, Francisco Lima e José Miguel Silva entregaram-nos as suas canções negras que exaltam os espíritos.
Com a energia punk sempre em crescendo e os ritmos new wave como uma constante, a ironia, a agonia e o êxtase que tanto é característica do trio não foram excepção nesta performance. Foi uma ode a este pandemónio em que vivemos que prova que, no desespero, entre chorar e dançar, dancemos e berremos e exorcizemos as ansiedades.
“Perdi a conta dos passos, não consigo contar. Encontro a múltipla no escuro sempre a pairar. Encosto os drunfos à parede, eu não consigo parar. Cedo-te múltiplo futuro sem vacilar. Somos todos corpos. A distopia pródiga”, ecoaram os Conferência Inferno para encerrar o ritual.
O je ne sais quoi dos UTO
Presenciar os UTO foi como entrar num espaço celestial. Neysa Mae Barnett e Emile Larroche constituem a dupla parisiense que, como tem vindo a ser habitual neste festival, não é simples classificar. Não é só pop, mas também não se reduz a vagas noções de electrónica.
Assim, o trip hop, o dream pop, o techno ou o synth pop ajudam a criar um ambiente fantasmagórico e alienígena deste duo que teve como seu álbum de estreia “Touch The Lock” (2022) e que, segundo o Pitchfork é “prismático”, no sentido em que é uma introdução perfeita ao maravilhoso e estranho mundo de Neysa e Emile, onde a imaginação e a liberdade imperam.
Através da voz, dos sintetizadores e da guitarra, os UTO abriram-nos a porta ao seu mundo vasto e preenchido de coisas que não se vêem, mas tanto se sentem.
A exaltação humorística dos Unsafe Space Garden
Oriundos de Guimarães, os Unsafe Space Garden tratam as confusões existenciais de forma peculiar e entre os ingredientes estão o humor, a energia, a cor, o absurdo, o caos e a intimidade e, tudo isto, faz que o momento seja muito mais do que só um concerto.
Alexandra Saldanha, no sintetizador e na voz; Nuno Duarte, na guitarra e na voz; Filipe Louro, no baixo e na voz; Diogo Costa, no sintetizador e nos samples; José Vale, na guitarra; e João Cardita, na bateria tornam a sua sonoridade única, percorrendo sonoridades mais electrónicas com timbres mais jazz que chegam ao rock, post-rock e, até mesmo, ao post-metal.
Em cinco anos, lançaram quatro trabalhos discográficos: o EP “Bubble Burst” (2019), o LP “Guilty Measures” (2020), o LP “Bro, You Got Something In Your Eye - A Guided Meditation” (2021) e, o seu mais recente, “Where’s the Ground” (2023) e somaram uma avalanche de concertos em território nacional, incluindo o Tremor e o Primavera Sound Porto. E a ideia é simples: comunicar o que se sente sem pudor e com uma pitada de ironia e de humor, pois faz parte aceitar toda a confusão e arrebatamento que na vida acontecem e de que tanto falam nos seus temas. O concerto no Café Concerto do CCVF não foi diferente.
NewDad: comunicar o que não tem outro modo de ser expressado
Da Irlanda directamente até Guimarães, os NewDad vieram apresentar o seu novo e álbum de estreia “Madra” (2024), uma fusão magnífica entre o dream-pop, o post-punk e o shoegaze que pretende comunicar aquilo que não tem outro modo de ser expressado e os NewDad fazem-no de forma exímia, como se sentiu na Box do CCVF.
É explorando emoções profundas que a cantora e guitarrista Julie Dawson expressa o que lhe corre dentro da alma: serena, mas ciente do furacão que se pode viver por dentro. A ela se junta Sean O'Dowd (na guitarra solo), Cara Joshi (no baixo) e Fiachra Parslow (na bateria) que ajudam na criação de um ambiente que nos faz entrar numa catarse para também nós lidarmos com as nossas lutas emocionais: “See, it's easy for you. It's easy for you to forget. Because you're not in my head. You're not in my head”, exalta “In My Head”, por exemplo.
“Madra” (a palavra irlandesa para cão) foi apresentado de fio a pavio e demonstrou a evolução sonora da banda que existe desde 2018, explicando na perfeição os concertos lotados na sua tour no Reino Unido e na Irlanda. Porém, na sua estreia em Portugal, Julie quis fazer algo novo e ofereceu-nos uma versão mais intimista de “White Ribbons”: apenas ela e a guitarra, encerrando uma performance que comprova que os voos elevados de NewDad ainda estão apenas a começar.
Galeria Completa
Fotografia e Texto: Catarina Moreira Rodrigues
0 notes
Text
#sugar.txt#link#information#israel#palestine#expresso#portugal#eurovisão#eurovision#rtp#festival da canção#song festival#blitz#palestinavence#palestina vence#solidariedade com a palestina
0 notes
Text
Luís Severo lança novo single, “Incerteza”
Luís Severo dá a conhecer mais uma música, que segue a estreia da canção “Cedo ou Tarde”. O novo single “Incerteza”, sobre o “amor em tom de indagação” está disponível em todas as plataformas.
Luís Severo dá a conhecer mais uma música, que segue a estreia da canção “Cedo ou Tarde”. O novo single “Incerteza”, sobre o “amor em tom de indagação” está disponível em todas as plataformas. Anunciado o adiamento do lançamento do álbum Cedo ou Tarde, inicialmente previsto para este ano, para 19 de janeiro de 2024, Luís Severo dá a conhecer mais uma música, que segue a estreia da canção “Cedo ou…
youtube
View On WordPress
0 notes
Text
Spartacus Quebrando Suas Correntes (1847)
“Bronze, 219 x 94 x 6 cm”
[Palais des Beaux-Arts de Lille, Lille, França]
Denis Foyatier (Francês; 1793 - 1863)
“Ele nos encara com um olhar severo que é ao mesmo tempo tristemente determinado e furioso. Na mão direita, uma espada. À esquerda, suas correntes quebradas. Spartacus, o soldado do exército romano que se tornou gladiador, acaba de se libertar das correntes e está determinado a lutar.
A vida desta figura histórica é difícil de rastrear. Tudo o que sabemos com certeza é que ele nasceu na Trácia – hoje na Península Balcânica – e que liderou uma revolta de escravos entre 73 e 71 a.C. Esta revolta foi violentamente reprimida pelo general romano Crasso.
Spartacus ainda é visto hoje como o epítome da resistência contra um regime totalitário. Ele é um exemplo de virtude. Não é de surpreender, então, que a escultura tenha sido objeto de exploração política!
Na verdade, aqui você vê um símbolo dos Trois Glorieuses, os três dias da revolução. Esses três dias de revolta, em julho de 1830, levaram à destituição de Carlos X e à ascensão de Luís Filipe. Na verdade sabemos que não era intenção do artista denunciar a realeza, pelo contrário... A versão em mármore de Spartacus, hoje preservada no Louvre, foi encomendada ao artista em 1828 pela administração real de Carlos. A própria história cria seus paradoxos. ”
Spartacus che spezza le sue catene (1847) “Bronzo, 219 x 94 x 6 cm” [Palais des Beaux-Arts de Lille, Lille, Francia] -- Denis Foyatier (Francese; 1793 - 1863)
“Ci fissa, con un aspetto severo, allo stesso tempo tristemente determinato e furioso. Nella mano destra, una spada. A sinistra, le sue catene rotte. Spartaco, il soldato dell'esercito romano diventato un gladiatore, si è appena liberato dai suoi catene ed è determinato a combattere.
La vita di questo personaggio storico è difficile da rintracciare. Tutto quello che sappiamo con certezza è che nacque in Tracia - oggi nella penisola balcanica - e che guidò una rivolta di schiavi tra il 73 e il 71 a.C. Questa rivolta fu repressa violentemente dal generale romano Crasso.
Spartaco è ancora oggi visto come l'epitome della resistenza contro un regime totalitario. Lui è un esempio di virtù. Non sorprende allora che la scultura sia stata oggetto di sfruttamento politico!
In effetti, qui vedete un simbolo dei Trois Glorieuses, i tre giorni di rivoluzione. Questi tre giorni di rivolta, nel luglio 1830, portarono alla rimozione di Carlo X e all'ascesa di Luigi Filippo. Infatti sappiamo che non era intenzione dell'artista denunciare la reale, anzi... La versione marmorea di Spartaco, ora conservata al Louvre, fu commissionata all'artista, nel 1828, dall'amministrazione reale di Carlo X! La storia stessa crea i suoi paradossi. ”
(Fonte: Palais Beaux-Arts Lille)
70 notes
·
View notes
Text
O Melhor de 2019 - 25 Álbuns
1- O Sol Voltou (Luís Severo)
Faixa destaque: “Primavera”
2- Titanic Rising (Weyes Blood)
Faixa destaque: “Movies”
3- All Mirrors (Angel Olsen)
Faixa destaque: “Chance”
4- Desalmadamente (Lena D’Água)
Faixa destaque: “Hipocampo”
5- Remind Me Tomorrow (Sharon Van Etten)
Faixa destaque: “Seventeen”
6- Ghostseen (Nick Cave & the Bad Seeds)
Faixa destaque: “Waiting for You”
7- Norman Fuckin Rockwell! (Lana Del Rey)
Faixa destaque: “hope is a dangerous thing for a woman like me to have - but i have it”
8- Father of the Bride (Vampire Weekend)
Faixa destaque: “This Life”
9- IGOR (Tyler, The Creator)
Faixa destaque: A BOY IS A GUN
10- A Invenção do Dia Claro (Capitão Fausto)
Faixa destaque: “Amor, a Nossa Vida”
11- Anima (Thom Yorke)
Faixa destaque: “Not the News”
12- U.F.O.F./Two Hands (Big Thief)
Faixa destaque: “Not”
13- Ventura (Anderson .Paak)
Faixa destaque: “Make it Better”
14- Vida Nova (Manel Cruz)
Faixa destaque: “O Céu Aqui”
15- Reward (Cate Le Bon)
Faixa destaque: “Home to You”
16- I Am Easy to Find (The National)
Faixa destaque: “Light Years”
17- Outter Peace (Toro y Moi)
Faixa destaque: “Ordinary Pleasure”
18- Jaime (Brittany Howard)
Faixa destaque: “Stay High”
19- i,i (Bon Iver)
Faixa destaque: “Hey, Ma”
20- Manga (Mayra Andrade)
Faixa destaque: “Afeto”
21- Trust in the Lifeforce of the Deep Mystery (The Comet is Coming)
Faixa destaque: “Summon the Fire”
22- A Montra (Cassete Pirata)
Faixa destaque: “Outro Final Qualquer”
23- Western Stars (Bruce Springsteen)
Faixa destaque: “Hello Sunshine”
24- Mais Um (S. Pedro)
Faixa destaque: “Apanhar Sol”
25- Watchmen (Trent Reznor & Atticus Ross)
Faixa destaque: “Nun with a Motherf*&*ing Gun”
O Melhor de 2019: 25 Filmes - 25 Séries de TV
#O Melhor de 2019#O Melhor#2019#Best of 2019#Best of#Music#Albuns#Música#Luís Severo#Angel Olsen#Weyes Blood#Lena D'Água#Sharon Van Etten#Nick Cave#Nick Cave & the Bad Seeds#Lana Del Rey#Vampire Weekend#The National#Cassete Pirata#Thom Yorke#Big Thief#Anderson .Paak#Manel Cruz#Cate Le Bon#Mão Morta#Toro y Moi#Brittany Howard#Bon Iver#Mayra Andrade#The Comet is Coming
9 notes
·
View notes
Text
O nosso amor partiu a medo e, em tanto desencontro, voltou mais sossegado.
2 notes
·
View notes
Audio
“Hoje o sol voltou Sem amor para estear Porque a festa da flores Não soube a quase nada Sem dizer teu nome Saudade não acaba Se hoje o sol voltou”
2 notes
·
View notes
Text
youtube
Luís Severo, Cabeça de Vento I Luís Severo, 2017
0 notes
Text
Esta vida não dá p'ra mim Mas já estou bem melhor Terra linda, tão verde Cheguei de noite e amanhã vou embora
Cheguei bem, mas já vou embora Cheguei bem e até voltar Parto pronto a chegar E só vou dormir quando os pássaros cantam
0 notes