#ler!megan
Explore tagged Tumblr posts
fuckeduplovemap · 7 months ago
Text
"Nostalgia."
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
31 notes · View notes
Text
Hi, welcome to my blog :)
I am Jules 💜 (she/her), a 24-year-old writer, media consumer, nerd etc. and this is my catch-all blog for all of my interests!!
Let's be moots if you are unhinged about:
Attack on Titan
Stranger Things
The Boys/Gen V
Wednesday
The Haunting of Hill House/The Haunting of Bly Manor
Arcane
Miraculous Ladybug
Breaking Bad/Better Call Saul
Jujutsu Kaisen
Star Wars
Hannibal
Full Metal Alchemist Brotherhood
The Walking Dead
Hazbin Hotel
Avatar the Last Airbender/The Legend of Korra
MCU
The Hunger Games/The Ballad of Songbirds and Snakes
Harry Potter/Marauders
Yellowjackets
Wicked
I love queer ships and am a staunch supporter of old man yaoi. I am a Byler truther, and you can find me being a tinfoil hat conspiracy theorist about it becoming canon on my Byler blog, @queen-of-hawkins-why-ler. I am also a believer in Wenclair endgame.
You should also follow if you listen to:
Taylor Swift
Alex G
Renee Rapp
Fiona Apple
Japanese Breakfast
Sufjan Stevens
Magdalena Bay
Slowdive
Megan Thee Stallion
Fall Out Boy
Ariana Grande
FKA Twigs
Clairo
my bloody valentine
Halsey
Paramore
beabadoobee
CHVRCHES
Maggie Rogers
Olivia Rodrigo
Cocteau Twins
TV Girl
Frank Ocean
Playboi Carti
Charli XCX
Chappell Roan
Sabrina Carpenter
Gracie Abrams
Bc I will be posting about my favorite artists here as well. :)
25 notes · View notes
aracgio · 22 days ago
Text
10:22 | tudo o que eu preciso é ler uma fic com minha mamãe megan thee stallion 😞
4 notes · View notes
shield-o-futuro · 7 months ago
Note
📔+ Megan
📔 para um headcanon com tema de leitura
A Megan sempre foi uma grande leitora. Quando ela estava na escola, ela geralmente lia vários livros por mês, já que tinha mais tempo disponível para se sentar e ler, e ela geralmente pegava emprestado da biblioteca, ou da escola, ou da biblioteca publica da cidade, pra não ficar acumulando milhares de livros em casa, apesar de mesmo assim ganhar vários de seus parentes.
Hoje em dia ela lê mais livros técnicos e voltados para a área de direito mesmo, não tendo muito tempo pra ler outros tipos de livros, mas ela continua lendo muito.
Tumblr media
8 notes · View notes
allebasimaianunes · 2 months ago
Text
deus é um círculo ✞ padre charlie mayhew & megan duval
Tumblr media
one-short ✞ pt version. entre a angústia & o desejo reprimido.
também está publicada no wattpad, caso preferir ler por lá :)
i don't fear god, but i fear being rotting myself (inspo playlist)
Tumblr media
notas da autora: meus caros leitores, essa história de capítulo único nasceu enquanto ouvia minhas músicas, misturado a uma vontade de explorar possibilidades dentro das personagens de Grotesquerie - no caso do Padre Charlie Mayhew & Megan Duval. com isso, comecei a escrever "Deus é um Círculo", como não só uma homenagem a esses personagens tão icônicos quanto também para treinar mais a minha própria escrita, explorando ao máximo o trabalho de desenvolver diálogos e ações em uma história. inspirada principalmente na música God Is a Circle, do cantor Yves Tumor, essa história que conta com mais de 10k palavras dialoga sobre passados, medos, crenças e descrenças. 
para quem for ler, desejo uma ótima leitura! críticas construtivas e comentários são sempre muito bem-vindos <3
contagem de palavras: 10k e uns quebrados ao todo.
Tumblr media
 A casa fedia a morte.
Algo apodrecendo, impregnado na madeira descascada do piso, emanando pelas ranhuras da tinta descascada na parede. Mosquitos zuniam ao redor do mofo que se alimentava da umidade nos cantos. Era tudo tão deprimente, a frágil luz daquele belo dia dominical parecia perder forças dentro daquela casa morta. 
Pilhas de resto de comida do jantar da noite anterior ainda estavam na mesa – pratos de porcelana amarelados com rastros de molho de tomate pastoso, pedaços de carne moída sendo comidas agora pelos mosquitos, lenços sujos dobrados, uma vela derretida jogada no meio daquela zona pitoresca. Havia uma garrafa de vinho com a rolha mal encaixada pela metade no canto da mesa, onde no lençol rendado que era para ser alvo mas agora era um tom de amarelo envelhecido, manchas irregulares de vinho traçavam um caminho por toda a mesa de seus lugares.
Charlie respirou aquele ar azedo, indigesto, sentindo certo arrependimento em ter aceitado estar ali. Porém seu coração empático e seu senso de justiça falaram mais alto quando a velha senhora o cutucou logo após a missa matinal, há uma semana atrás, lhe chamou para um cantinho e contou-lhe uma triste história de vida que tocou bem no ponto frágil de sua alma: a história familiar, a parábola do filho pródigo moderno que saiu de casa e quando voltou pedindo perdão, se arrependeu do berço que nasceu, se revoltou e largou mais uma vez todos e tudo para sumir no mundo. Uma história de dor, separação, perdas. O esposo doente que não aguentou o ressentimento de ter criado um filho ingrato, um filho infeliz com a vida simples, ambicionando por tudo, uma neta querida que perdeu as paixões pela vida e agora estava beirando a morte. Sozinhas, aquela aparente doce senhora rogou para que Charlie tomasse suas dores, fosse visitá-la e desse a extrema unção a neta que parecia uma doença desconhecida. Na hora nem passou na mente do jovem pároco a possibilidade de questionar se ela passou por consulta médica, se estava tendo algum acompanhamento profissional ou algo similar, tudo que ele fez foi suspirar profundamente descarregando o peso do mundo de seus ombros, olhar profundamente nos olhos velhos daquela mulher, segurar com leveza seu ombro e confirmar que estaria visitando-as logo mais. 
Uma semana passou desde então, ele quase se esqueceu da visita, mas ao revê-la entre a paróquia, sua mente foi impelida pelas palavras dela, o pedido e sua honra em cumprir a própria palavra. Então no final da Missa ofereceu para levá-la para casa, assim iria aproveitar para cumprir com a promessa. Pegou sua maleta em couro preta, com tudo que precisava para a extrema unção: o óleo e água benzidos, sua bíblia e um conjunto de velas finas e brancas que gostava de ofertar à família como um incentivo do que ele chamava da “não perda da fé”: com a vela, os membros da família do enfermo, até mesmo o próprio dependendo da sua situação, eram encorajados a acender a vela e rezar durante seis dias, em busca do perdão e da cura. Ao sétimo dia o descanso viria como forma de regozijo e alívio da tensão pela espera. 
Havia também um terço e uma toalhinha, uns folhetins com Ave-Maria e Pai-Nosso nos versos e uma caixinha com balinhas de menta que ele adorava mastigar quando estava ocioso. 
O trajeto foi silencioso, ouvia-se o ronco suave do seu chevrolet vegas preto. Na realidade a senhora ficava murmurando o que ele supôs ser uma oração, ou algo próximo a isso, tornando a viagem através da rodovia um tanto quanto… curiosa. O máximo que ela disse foi que tinha que acordar cedo e deixar a neta à sua própria sorte para pegar o ônibus até a igreja. A sua igreja. Com aquela informação, Charlie encheu-se de questionamentos que colidiram com a curiosidade acerca daquela senhora, apenas meneando a cabeça mantendo a concentração na estrada que se abria à frente deles. Enormes árvores nas laterais antes de uma longa extensão de pasto, fazendas, milharais e moinhos abandonados. 
A casa da senhora ficava em uma estradinha que cortava a estrada principal  à direita, de terra batida, mato alto, levando-os até uma propriedade antiga, média, parecendo uma antiga fazenda que estava parada há anos. Um celeiro grande estava mais aos fundos da casa de madeira, dois andares, uma enorme árvore centenária se retorcia ao lado da casa, envolvendo-a em um abraço sombrio. Apesar do sol acima deles, a propriedade em si emanava uma escuridão própria. Ambos caminharam até a entrada, e pela porta-dupla com a tela transparente ele já notou a situação da casa.
E lá estava ele, parado naquela sala esquisita emanando um odor rançoso de vinagre com gordura pastosa, molho de tomate e vinho acidificado. Estranhamente a senhora estava cheirosa – desde o dia que ela lhe puxou para o cantinho até o dia de hoje, ela lhe chegou exalando à banho tomado, uma fragrância da pele morna e limpa, shampoo e uma borrifada de perfume atalcado. 
A mão enrugada e gelada da senhora segurou a sua mão livre, o puxando levemente para a direção do lance de escadas a sua frente:
— Siga-me Padre!
Deixando-se levar, as pernas longas de Charlie caminharam incertas pelos degraus da escada de madeira que rangia debaixo dos seus pés calçados em botas de couro pretas. Subiram as escadas, Charlie contou doze ao total, chegando no segundo andar da casa que era um corredor retangular com três portas dispostas em cada lado e uma no meio, todas fechadas, uma janela fechada acima do lance das escadas, um papel de parede listrado em cor âmbar, o piso de madeira com algumas ranhuras. 
— O quarto dela é o do meio…
— Você não irá me acompanhar? —perguntou o homem ao ver a senhora dar meia-volta em seus calcanhares, prestes a descer, ela ergueu seu olhar para ele, havia uma mistura de medo com uma leve ironia pendendo no seu olhar cansado. Sorrindo, as rugas ao redor de seus lábios craquelando mais ainda, ela lhe respondeu num sussurro: — Esse momento cabe apenas a você e a Micaella.. Deu de ombros, descendo a escada. Charlie se virou para frente estarrecido com aquela resposta, suspirando profundamente antes de virar e encarar a porta onde a enferma repousava.
Micaella.
Agora havia um nome para mencionar a pessoa adoentada. 
Passos lentos o levaram até a porta onde num gesto automático, ele se pôs a dar três batutinhas na porta, esperando uma resposta. Nada. Apenas um profundo silêncio. Ele tentou mais uma vez, colando sua orelha para escutar melhor algo além da porta – nada. Sua mão foi até a maçaneta de ferro fundido, pesada e gelada, rodando-a para a esquerda abrindo a porta, olhando pela pequena fresta metade do lado direito do quarto: papel de parede floral cor rosa-queimado, uma janela de madeira bege-claro fechada, cortinas de algodão com uma estampa floral completamente branca aberta, permitindo que a luz amarelo-claro vindo de fora penetrasse pelos retângulos da janela embaçada, produzindo um rastro de luz pelo chão. Ao abrir a porta toda, com os olhos atentos e vasculhadores, logo se deparou com a cama de casal em dossel, com um tecido transparente fazendo uma cabana ao redor da figura que ele conseguia observar um contorno. Uma pequena cômoda ao lado direito de madeira escura, com pés entalhados num estilo que remetia ao estilo barroco com ondulações, onde havia uma jarra de vidro com água, um copo com metade do líquido na beirada, uma caneca com uma vela derretida pela metade e uma caixinha de madeira no outro canto. No lado esquerdo havia um guarda-roupa, uma cadeira e outra janela entreaberta que dava para a enorme árvore onde a ponta de alguns galhos arranharam na janela, provocando um ruído chatinho ao fundo. 
Charlie pigarreou para chamar a atenção da mulher por trás da manta, mas não houve nenhum movimento. Receoso, ele caminhou até a cadeira isolada no canto, pegando-a, para levar ela até a lateral direita da cama onde uma fresta do manto permitia ele olhar a mulher acamada. A primeira coisa que ele viu foi um braço estendido, pálido, dedos finos quase ossudos, unhas cortadas. A manga da camisola branca abraçava metade do seu braço com um detalhe em renda e uma fita de seda rosa que o apertava na pele. Subindo seu olhar, a pele exposta era muito pálida, quase sem cor, a clavícula muito funda entre a pele, manchas vermelhas e roxas pela ao longo da pele, onde com a outra mão ela segurava seu próprio peito. No pescoço um colar com pérolas pequenas, do tamanho de uma ervilha, onde na sua ponta pendia um crucifixo prateado. Charlie ergueu o olhar, pescoço, queixo, lábios ressecados, nariz, olhar que o encarava, testa suada, cabelo jogado. Olhar. Seu peito ardeu quando encarou novamente aqueles profundos olhos de pupilas dilatadas, opacas, lentas, distantes. Engoliu palavras que vieram até a ponta da sua língua, observando-a como um todo: seu rosto remetia a Pietá de  Bouguereau, com uma profunda dor concentrada naquele par de olhos fundos, olheiras vermelhas, cabelos muito espessos ao redor do rosto magro formando um véu.
— Micaella.
— ....
Levantou as sobrancelhas com seu silêncio. Sorriu amistoso a mulher, colando sua mala na cadeira para virar nos seus calcanhares e caminhar até a janela fechada, onde com um tranco ele conseguiu abrí-la:
— O ar fresco irá ajudar a te refrescar! — Voltou-se para ela, respirando o ar que invadiu o quarto pela janela, balançando de leve as cortinas ao seu redor, tudo sendo observado pelo olhar de Micaella que não esboçou nenhuma reação. Charlie colocou as mãos na sua cintura, caminhando até ela: — Você se importa se eu abrir aqui um pouco? — Apontou para o tecido que tampava sua cama. Micaella negou com a cabeça após uma longa pausa, Charlie tomou aquilo como um movimento positivo vindo dela, mantendo o bom-humor que repentinamente lhe pareceu ser uma boa tentativa, ele abriu um pouco daquele tecido para que a luz natural e o ar fresco pudessem banhar o corpo de Micaella melhor, além de afastar um pouco aquela sensação estarrecedora de abafamento que sentia só de olhar para sua cama. 
Tirou sua maleta da cadeira, se sentando nela:
— Sou o Padre Charlie Mayhew, fui convidado por sua avó para estar… — Olhou-a repentinamente, mesmo inexpressiva ela o encarava no fundo de sua alma, ouvindo cada palavra dele que pigarreou tomando cuidado com suas próprias palavras: — te vendo, te abençoando, quem sabe conversando…
— Eu te conheço.
— Oi? O que você disse Micaella? — Pego de surpresa, a voz da mulher soou como um sussurro raspante. Micaella finalmente se mexeu – havia vida por todo seu corpo –, apoiando os cotovelos na cama, erguendo-se um pouco até ficar levemente inclinada em três travesseiros que apoiavam seu corpo deitado. Ela apontou para o copo d’água, indicando para que Charlie o pegasse, que foi o que ele fez, entregando-a com uma profunda perplexidade. O toque de dedos fez algo estremecer todo seu corpo – uma onda gélida, um precipício que o encarava de volta, a morte rondando-o diretamente. Micaella bebeu água com uma sede de quem não via um copo d’água há dias. Água escorrendo pelos cantos, pingando no seu colo do peito, na manta que cobria suas pernas. Entregou-lhe o copo, limpando a boca com as costas da mão, esboçando um sorriso tímido. Charlie pegou o copo, colocando-o de volta ao seu lugar com cuidado. 
— Eu já fui em algumas missas que você celebrou. Há uns meses atrás… Minha avó te adora!
— Oh — as bochechas do homem ficaram vermelhas, esquentando seu rosto repentinamente: — fico enormemente lisonjeado, porém devemos adorar apenas Deus Nosso Senhor! — Uniu as mãos, sorrindo abertamente, tentando trazer um leve humor engraçado para o quarto. Micaella o olhou de cima para baixo, acenando com a cabeça, as mãos agora unidas em cima de seu colo. Ela perguntou:
— O que te trás aqui mesmo, Padre?
— Eu vim a convite da sua avó. Conversar um pouco com você, rezar pela sua situação, te benzer…
— Extrema unção, seria isso?
Charlie parou de sorrir, ficando sem jeito de rebater a jovem. Poderia mentir, era óbvio que ele poderia abrir a boca e tecer mentiras reconfortantes pois ele se colocava numa situação hipotética onde ele, na idade dele agora – ainda muito jovem – naquela situação de quase morte, enfiado em uma cama, num quarto abafado, no meio do nada, apenas ele e sua avó… Seria de partir seu coração caso um padre estranho chegasse no seu quarto e simplesmente lhe dissesse que estava ali para ministrar uma extrema unção, dando-lhe um voto incerto de cura ou de morte. Porém mentir iria contra seus princípios, tudo que aprendeu nos longos anos como seminarista, iria contra as crenças pessoais dele que sempre traziam a verdade como uma das principais ferramentas de sua evangelização. 
Era difícil permanecer convicto com seus princípios quando se encarava uma situação tão delicada quanto aquela… Pobre criatura de Deus! Imaculada pela pureza, açoitada pela doença da carne. Refletiu enquanto ponderava a melhor resposta. Quando movimentou os lábios em uma inflexão do queixo para respondê-la, Micaella o cortou:
— Eu sei que é uma extrema unção Padre, não precisa fugir do óbvio. 
Charlie a olhou com dúvida, uma repentina surpresa pela franqueza da mulher que continuou, guiando os olhos opacos em direção a porta fechada, como se enxergasse além da mesma:
— Eu os ouvi ontem durante a janta… Eles quase gritavam que eu estou perdida, sem rumo, sem Deus no coração e é por isso que fui amaldiçoada… Deus me puniu com a doença da carne que apodrece sem motivo aparente, como uma maçã que cai do pomar e não é consumida, largada a`relava, a própria sorte — lágrimas brotaram de seus olhos, pequenos rios que nasciam vindos de uma dor intr��nseca: — eles berraram para eu escutar que eu vou morrer, que esse pecado que nasceu comigo nunca será arrancado de mim — suas mãos foram até o peito, na direção do coração: — mesmo que eu já tenha tentando arrancar de mim, não há nada que eu possa fazer. Nada que eu poderia tentar fazer… Minha morte já estava anunciada desde que eu nasci, minha avó por mais que me ame e tente me proteger do mundo sabe que minha existência é tão finita quanto a dela. Eu temo por ela porque não sei se ela aguentaria enterrar outra pessoa que ela ama tanto novamente… e eles continuaram a rir e a dançar e a festejar. Até invadirem meu quarto, me puxar da cama, me forçar a dançar e a beber vinho para celebrar a vida. A vida deles, e a minha morte. Minha morte, Padre Charlie, minha morte! — Seus lábios tremiam, era assustador que mesmo chorando rios grossos com ossos transvertendo, a voz dela se mantivesse calma, quase uma linha perfeita sonora que penetrava na alma de Charlie que estava petrificado na cadeira apenas a escutando.
— Eles me querem morta porque eu sou a ovelha negra da família, a má anunciação, o mau presságio, o apocalipse e o dragão de sete cabeças que veio para atormentar eles. Eu sou o mau, a morte, o anticristo… para eles. Então ontem eu fui obrigada a dançar em cima do meu próprio caixão e beber do sangue sagrado antes que eu morra. Morra por uma doença que veio do nada, que está me consumindo, me deixando fraca, frágil, sensível, que está impregnando a casa com morte e a todos com um humor deprimente. Você se sente estranho Charlie? Se sente estranho por estar aqui agora?
Arrebatado pelo rosto angelical de Micaella que se contorcia em dor e rancor, franzindo o cenho da tez lisa enquanto os olhos molhados tomavam um brilho rancoroso, os lábios dela abriram em um sorriso desalento. Uma mão invisível pegou o núcleo de sua alma e a puxou para perto de Micaella. Ele perdeu a razão por segundos antes de engolir palavras confusas e um choro que surgiu do seu âmago antes de tomar uma consciência estranha do seu corpo como nunca antes. Percebeu que o quarto cheirava a mel, incenso e vinho fresco, e uma cheiro de suor adocicado emanava de Micaella misturado a um óleo de mirra e argan, seu hálito era muito fresco e seu corpo tremia por inteiro, arrepiando após as palavras dela pinicarem ele por um todo. 
Sua cabeça zuniu e rodopiava em círculos de pensamentos mórbidos e palavras que Micaella lhe disse. 
Ele se sentia estranho?
— Não. 
A resposta simples, monossilábica pareceu pegar a mulher de surpresa que se afastou puxando essa alma dele agora conectada à ela consigo. Ele ergueu os olhos pra cima querendo enxergar além da parede cimentada. Murmurou:
— Deus está nos observando agora Padre. 
— Creio que sim —
— Isso não foi uma pergunta, Charlie — olhar afiado atravessou ele: — é uma afirmação. Deus está nos observando, sempre especulando nossas vidas, mas ausente o suficiente para não me salvar. Isso não é egoísmo, Charlie?
— Creio que estamos atravessando os limites de uma conversa saudável Micaella, olha eu vim para te trazer inspiração e te benzer para uma cura — com uma repentina pressa, Charlie buscou sua maleta, abrindo-a num clique, remexendo seus pertences, puxando o frasquinho de um óleo ungido junto a sua bíblia. Sentiu a mão gelada de Micaella envolver sua mão que segurava os objetos, a carne macia sobrepondo a dele, quente e frio se misturando. Ergueu o olhar assustado, dando conta que ela se aproximou dele, o corpo pendendo curvado para seu lado:
— Charlie, eu não quero conversar com o Padre. Eu quero conversar com você, Charlie. 
— Micaella —
— Por favor — ela agora havia empurrado seu corpo mais para frente, as pernas saindo do lugar onde ela sentou em cima dos tornozelos, uma clemência imediatista vindo de seu rosto: — por favor. Eu te imploro! Estou cansada de ter que dar satisfações à médicos, enfermeiros, psiquiatras, padres… Eu só preciso de alguém com quem conversar antes de morrer. 
Charlie suspirou, exalando um peso incômodo que comprimia seus pulmões. Se ele se despisse do seu papel como pároco ali, no meio do nada, ao lado de uma doente terminal, ninguém iria saber… bem, ao menos essa conversaria ficaria entre eles, as quatro paredes florais e o Onisciente Divino. E Deus não iria castigá-lo caso uma vez em toda sua vida ele finalmente se ausentar da sua batina e expusesse seu lado que guardava apenas para si mesmo, seja nos pensamentos falhos ou nos momentos imerso em profundo silêncio e escuridão de seu quarto, seria um alívio conversar sendo apenas o Charlie Mayhew sem o peso do Padre antes do seu nome, uma forma de expor seus sentimentos contidos e os medos humanos que ele como sua figura de pastor não deveria em hipótese alguma expressar a seus fiéis. Seria algo que Micaella levaria consigo para o túmulo – assim como ele. Um segredo que se perderia a sete palmos do chão.
Deus não me julgará por ser honesto e fraco uma vez na minha vida. Às vezes a miséria e ignorância são dádivas divinas.
Acenando positivamente, Charlie anunciou sua resposta deixando a mulher aliviada, que desfez seu aperto na mão do homem que estranhamente sentiu algo vago quando ela se afastou, voltando a se acomodar nos seus travesseiros enquanto Charlie deixava a bíblia e o frasquinho na cômoda. 
— Você não desistiu completamente de me ungir, né?
— Vamos fazer o seguinte — Charlie arrastou a cadeira para perto da cama, até seus joelhos de suas pernas cumpridas ficarem comprimidos contra a madeira da cama de Micaella, ele encarou-a sério: — iremos conversar o que você quiser, sem máscaras ou qualquer outra coisa, eu sendo Charlie e você a Micaella. Então, quando terminamos, eu te darei a extrema unção e você será curada. 
— Combinado. Apesar de eu ter certeza que nada nesse mundo poderá me curar. 
— Como pode afirmar algo assim Micaella? Sua falta de fé me intriga. 
— Porque… bem… Já tentamos de tudo. Tudo mesmo, até esses tratamentos alternativos, minha avó gastou uma pequena fortuna, quase arruinou a herança da nossa família. E nada resolveu. Como te disse isso está dentro de mim de uma forma que só com a morte será capaz de ser arrancado. Exterminado. Sinto muito em te decepcionar e ser honesta que nem sua reza poderá me curar. 
— Milagres existem Micaella. — Ele rebateu, cruzando os braços encostando-se na cadeira, erguendo ambas sobrancelhas para a mulher que sorriu desafiadora. Charlie viu uma chama vivaz acender nela e isso acendeu nele uma sensação prazerosa de entretenimento. Quanto mais ele pudesse fazê-la se sentir confortável e viva, ele se sentiria bem consigo mesmo, com a sensação de missão cumprida. 
— Eu duvido.
— Então você duvida de mim mesmo.
— Como assim? — Curiosidade iluminava seu rosto, ela se sentou completamente na cama, todos ouvidos a Charlie que meneou a cabeça segurando um riso. 
— Eu sou um milagre. Um milagre vivo, se assim você quiser pôr! — Abrindo os braços com um sorrisinho pomposo em seu rosto, seu rosto tomou uma luz que acendeu no peito de Micaella que o encarava curiosa. Tomando seu súbito silêncio como um espera que ele prosseguisse com sua história:
— Tudo começa antes mesmo de eu nascer. Minha amada mãe casou muito cedo, acredito que era bem mais nova que você… Quantos anos você tem?
— Vinte e quatro. Em julho eu completo vinte e cinco.
— Pois então! Ela era bem mais jovem que isso, tipo uns dezesseis anos… Então ela engravidou de mim, isso há vinte e cinco anos atrás também, e ela muito jovenzinha morando no meio do nada com meu pai, um homem bruto e ignorante, de pouca fé, foi uma vida miserável e difícil. Uma gravidez muito difícil. Quase sem acompanhamento médico, afastada da família, em um casamento infeliz… Então eu vim à vida. Numa noite em plena primavera — sorriu nostálgico quase com certo orgulho do próprio nascimento: — e foi um trabalho de parto muito, muito longo. Então eu nasci. Mas nasci com o meu cordão umbilical enrolado no meu pescoço, sendo sufocado por mim mesmo — Charlie levou as duas mãos até o pescoço, apertando levemente: — minha mãe me contou que estava roxo já. Ela ficou desesperada, sem rumo, a parteira que eles conseguiram chamar com muito custo teve que agir rápido, fazer uma manobra para me reviver enquanto meu pai chamava a ambulância. Imagine a demora para os socorros chegarem… Então minha mãe começou a orar. Ela dobrou os joelhos, mesmo tendo acabado de dar a luz, e rezou. Rezou com toda sua fé, com sua alma e todos seus órgãos… E Deus a escutou. — Sua voz agora ela um sussurro, seu olhar estava tão escuro e sério que Micaella mal piscou, completamente compenetrada no abismo dos olhos do padre. Charlie sorriu:
— Ele a escutou e quando ela menos esperava ela ouviu um chorinho lá da sala, bem fraquinho. Mas sabia que eu havia sobrevivido. Que eu, seu filho, seu primogênito havia sobrevivido. Um milagre! 
— Ela fez alguma promessa?
A pergunta repentina tirou Charlie do seu fluxo de ideias, imediatamente ele piscou sete vezes antes de focar totalmente no rosto de Micaella que o olhava com as sobrancelhas erguidas. Sua voz saiu confusa:
— Como assim? Promessa?
— Sim, uma promessa! Tipo, em troca da sua vida ela nunca mais cortou os cabelos, parou de beber álcool… Ou até mesmo te prometeu ao seminário. Meio que te colocando nessa posição eternamente…?
— Não. — Ele negou com a cabeça veemente, reafirmando mais uma vez: — Definitivamente não….
— Então o que te fez querer ser um padre?
— Você está tentando desviar do assunto principal mais uma v—
— Não Charlie, eu entendi o que você quis dizer com essa emocionante história sobre nascimento e sufocamento. Tudo bem, milagres podem existir, mas você não faz ideia da gravidade do meu caso, e espero que nem queira saber. Eu só estou curiosa com o motivo que o levou até a batina… — Seus olhos desceram pelo rosto dele, tomando cada detalhe de seus traços como a testa larga, a cicatriz que formava um vinco na pele, o nariz fino e arrebitado, os lábios levemente grossos, o queixo e maxilar quadrados, o rastro de barba recém-feita no buço e queixo, o pescoço liso onde o pomo-de-Adão subia e descia enquanto ele falava, o colarinho da camisa preta, a clérgima em plástico branco indicando sua profissão. 
Pelo tamanho de seu tronco e pela forma que a calça agarrava nas pernas, Micaella deduziu que Padre Charlie Mayhew era um homem robusto. Suas mãos eram grandes, dedos longos e finos, unhas aparadas e limpas. Eram macias ao toque, como um novelo de lã morno. Ele tinha um cheiro de incenso amadeirado que a remetia ao cheiro da casca da árvore molhada que ficava ao lado da sua janela, um cheiro quase terroso e confortável, misturado a roupa limpa, sabonete de lavanda e um frescor vindo do hálito que parecia uma balinha mentolada adocicada. Ela ficou mais tempo perturbadoramente observando cada detalhe dele, desde  o olhar profundamente escuro feito a terra batida quando era cavada, até a forma que as veias trançavam sua jugular e as costas das mãos como linhas de um mapa ligando pontos do que compenetrada no que ele tinha a falar com ela, com aquela voz rouca e macia que acariciava um ponto dentro desconhecido dela.  Mas era gostoso o suficiente para ela se sentir confortável. 
O homem se mexeu na cadeira, franzindo o cenho, organizando os pensamentos. Molhou os lábios como se isso fizesse as palavras saírem de forma melhor, cruzou as pernas, cruzando as mãos em cima do joelho ele finalmente quebrou seu silêncio:
—  Bem… Eu apenas senti que era minha vocação. Algo natural de mim, um chamado que veio do fundo da minha alma como algo que eu deveria realizar. Um caminho inato a seguir. Deus é esse caminho. — A convicção que derramava de sua voz fazia seu peito encher de orgulho de si mesmo; ele tinha uma certa vaidade quando o assunto era sua designação, sua vocação que ele julgava ser algo predestinado à ele. 
Micaella molhou os lábios com a língua, unindo seus joelhos magros contra o busto fazendo com que a saia de sua camisola subisse um pouco, repuxada nas extremidades das coxas, revelando um palmo de pele lisa e imaculada numa palidez estranha. Seus pés eram finos, ossudos, as unhas dos dedos cortadas rentes a linha da carne. Detalhes que foram devorados pelos olhos de Charlie que lentamente voltou-se a olhá-la no rosto cumprido, uma indagação formando uma interrogação em seus lábios antes dela questioná-lo:
— Se Deus é o caminho, então por que escolher o mais sinuoso? 
— Sinuoso…? O que você quer dizer com isso? — Curioso com o uso da palavra, o homem se curvou para frente, mãos unidas em cima de seu colo, uma interjeição vincada entre as sobrancelhas repuxando a cicatriz da sua testa. Ela sorriu com um orgulhoso por trás dos dentes de esmaltes cinzentos, como se a cor estivesse desbotado ao pouco, vindo de dentro para fora:
— Charlie, os padres fazem votos de castidade. Têm uma séria de regras a cumprir… Restrição, punição, rezas e mais rezas. A busca pela castidade e virtuosidades eternas… Isso não te cansa? Principalmente sendo tão novo?
— Hmn.
Foi a primeira resposta que ele conseguiu formular vindo do fundo de sua garganta, parando para ficar ereto na cadeira, as mãos se soltando enquanto ele relaxava. Coçou o queixo com o polegar, analisando a forma como o papel de parede estava velho e começando a descascar nas extremidades do batente da porta, procurando uma resposta honesta àquela questão. Voltou a olhar para a mulher, sentada com o mínimo de vida que ela se agarrava para continuar tendo aquela conversa fiada. Sorriu com os lábios colados, doces memórias retrocedendo à sua mente como um filme antigo sendo rebobinado.
Sua voz não passava de um tom vago e distante enquanto seu olhar perdia-se no de Micaella:
— Eu deveria ter uns treze ou quatorze anos quando me apaixonei pela primeira vez. Sempre julguei o amor romântico, por que lá no fundo eu sabia que com a vocação que eu iria prosseguir na minha vida, eu não poderia sequer cogitar cultivar esses tipos de sentimentos carnais por alguém… Mas foi uma paixão tão arrebatadora, algo que ultrapassou a mim mesmo que perdeu o controle e eu acabei ficando obcecado por essa pessoa. Profundamente. Passei doze meses atrás dela como um maluco, porque eu nunca vivi um sentimento assim então para mim, naquela idade, se eu o perdesse de vista eu nunca mais iria ter de volta aquela explosão de sentimentos bons que cultivei por essas pessoas. Doze meses obcecado pois eu só sei amar assim: com toda a profundidade de mim mesmo. E doeu. Como doeu… Passar as férias distante pois se tratava de alguém da escola, tendo que ouvir meus colegas compartilharem histórias de verão onde a metade havia perdido a virgindade e outra metade havia experimentado algum alucinógeno em algum festival de música… E eu enfiado no meio do nada, assim como você — apontou para ela, molhou os lábios mais uma vez, suspirou fundo tentando conter o passado dentro de si: — eu passava todo o verão na fazenda com meus pais. Por um lado foi bom porque eu aprendi a valorizar os momentos de solidão e solitude, a me manter centrado no meu propósito, a rezar e ser grato pelo pão de cada dia que Deus nos permitia fazer… A estar perto dos meus pais. Mas era óbvio que a tentação de ir para a cidade grande e curtir com a maioria desses meus colegas e reencontrar essa pessoa especial falavam mais alto. E eu acreditei que ficar longe de todos naquele verão seria bom iria me ajudar… Quando retornei às aulas os sentimentos estavam piores. Mais aguçados, mais pesados, mais… Conturbados. — Piscou. As lembranças que atingiam sua mente dançavam entre cenas de um Charlie adolescente sorrindo para os colegas que tiravam sarro de seu “estilo caipira demais” e para momentos em que ele chorava escondido no banheiro da escola. 
Olhou para o lado onde a jarra d’água ainda estava pela metade e o copo havia um dedo do líquido que provavelmente estava morno. Mas o pegou, virando-se para ficar de lado, evitando o olhar da mulher em si tomado pela vergonha. Através do véu que com uma rajada gélida de frio desceu um pouco, Charlie se sentiu em um confessionário. Sua mão grande segurou o copo com água, bebendo-a em goles grandes, sorvendo o sabor alcalino da água misturado à saliva de Micaella que estava na borda do copo. Um beijo indireto. 
Quando terminou continuou a segurar o copo entre as pernas, apertando-o como um alívio de tudo que comprimia sua alma. 
— E eu era motivo de chacota dos meus colegas de sala, tudo porque eu andava de um jeito “caipira” demais, falava diferente, me vestia com roupas simples. Alguns até mesmo falaram que eu fedia a esterco. Isso acabou comigo, então todas as noites eu rezava para Deus, para que ele tirasse de mim minha mácula em ser quem eu era. Para eu parar de gritar todas as noites, acordar de um pesadelo com a cama inundada de xixi e principalmente para eu parar de gostar de quem eu estava completamente apaixonado. Até que um dia as coisas ficaram realmente infernais… — Respirou profundamente enchendo o peito com a coragem que lhe faltou para encarar aqueles fatos há anos: — Estava com quinze anos. Disso me lembro bem. Franzino, um rapaz do meio do mato indo para o Baile de Inverno. Minha mãe conversou com uma irmã dela que morava na cidade, para eu ter um lugar para passar o final de semana sem ter que voltar para casa altas horas da noite pelo ônibus intermunicipal… Então lá estava eu, sozinho, terno e gravata, cheio de ansiedade… Até eu vê-lo chegar com seu par e eu ficar completamente triste, com aquele sentimento íntimo de perda de algo-alguém que eu nunca tive…
— Ela deveria realmente ser linda para você ficar tão afetado assim. — Constatou a mulher olhando-o pelo véu. Charlie ergueu a cabeça que estava abaixada, os olhos fixaram nela, eram um par de vidro que revelava seu lado mais íntimo de sua alma. Sua voz saiu macia quando ele respondeu:
— Ele. Ele foi o ser mais lindo que eu já pôs meus olhos — parou, olhou-a com profundidade: — até então. 
Micaella ficou em silêncio, tomando aquela inesperada resposta para si, associando as coisas. Quis fazer um comentário malicioso sobre o assunto – até pejorativo, mas manteve-se calada. 
Charlie estava se abrindo para ela como jamais nenhuma outra pessoa a permitiu ter tamanha intimidade, seria tolice desperdiçar tal chance sendo uma completa idiota. O pároco tomou uma coragem estranha que emergiu junto àquelas memórias: se levantou e adentrou na cama da mulher, sentando-se à sua frente, igualando agora as posições, mantendo a hierarquia entre eles nas suas mãos. Agora, de dente a dente com ela, olho a olho, sobre o véu que deslizava com o vento fresco que cada vez mais puxava as nuvens cinzentas vindas do horizonte para cima deles, Charlie se sentiu em paz para segregar sua vida:
— Eu fui chorar no banheiro mais uma vez, e ele foi atrás mais uma vez. Preocupado, ele pensou que eu estava triste porque não havia nenhuma companhia, o que de um todo não era mentira, mas o que ele não fazia ideia era que essa companhia que eu desejava era ele. Suas palavras sempre foram tão reconfortantes, feito os Salmos Bíblicos que eu sempre li em busca de consolo. Suas mãos eram macias e secavam minhas lágrimas como a mulher que secou os pés de Cristo com os cabelos, e sua presença era um raio quente de Sol que me fazia acreditar na bondade do homem. Na bondade infinita de Deus e seu Filho Salvador à nós… Naquela noite ele estava tão lindo, um anjo! Os cabelos com um gel penteado para trás, o terno branco, o sorriso sereno. Ele estava tão próximo de mim que eu não aguentei a tentação — parou de repente, um brilho no seu olhar fez com que o coração de Micaella saltitava, um sorrisinho surgiu nos lábios dele: — eu mordi a maçã. E devorei com fome e ele fez o mesmo e tudo se tornou uma só coisa, meu espírito… era como se meu espírito saísse de mim e fosse aos braços dEle… O Deus, como eu amei aquele momento. Até que a porta foi aberta e vozes vieram para cima, logo socos e chutes e palavras horríveis contra nós. Um pandemônio. Meu coração foi despedaçado assim como eu por inteiro, saí de lá com uma fratura séria na costela, uns dentes que tive que fazer próteses de prata no fundo da boca, essa cicatriz medonha na testa que como uma chaga de Jesus Cristo. Meu estigma de quem eu sou. Da minha história. 
— Uau. Nossa Charlie, isso é realmente — Micaella nem soube buscar as palavras corretas, sua resposta foi segurar na mão de Charlie apertando-a com carinho. Quente e gelado, morto e vivo. O pároco sorriu com ternura, sobrepôs sua mão em cima da mulher, acariciando-a:
— Está tudo bem, eu já paguei pelos meus erros do passado, estou quite com Deus… E isso já não doí mais… Não como doeu naquele dia e nos próximos anos.
— Você — ela começou incerta. Parou, as palavras na ponta da língua, mordeu o lábio inferior. Charlie deitou a cabeça, seu olhar incentivando que ela continuasse. Micaella desembuchou:
— Você tem contato com ele…?
A pergunta curiosa poderia desfazer daquele momento de ternura e carinho entre eles, porém Charlie sabia separar as coisas e a menção ao seu primeiro amor aparentemente não o afetava tanto assim. Com um simples aceno ele lhe deu a resposta curta e grossa da realidade: não. 
Micaella acenou com a cabeça, tentando imaginar quem seria o tal rapaz que aquele belo homem um dia amou. Provavelmente era tão mais bonito que ele. Imaginou-o como a imagem que uma vez viu, a um tempo atrás e que ficou gravada na sua mente de Davi e seu melhor amigo e alma gêmea Jonas. Encaixou então nessa nova reimaginação Charlie Mayhew com seu topete, alto e robusto, olhar penetrante e postura de um guerreiro da fé ao lado de um belo homem que andava ao passo da moda da época: cabelos cumpridos nos ombros, calça boca-de-sino, um colete expondo um torso nu definido, a pele bronzeada e o olhar doce de quem era muito amado. Estranhamente sua mente não deixou de desenhar a imagem da amante e uma das esposas favoritas de Davi, genitora do sábio dos sábios Rei Salomão como a sua própria imagem. Estando saudável e corada, ela tinha um braço envolto ao seu esposo enquanto se via nua, banhada no óleo de canela e água de flor de damasco como na primeira vez que Davi a viu e ficou enfeitiçado. Seria possível Charlie Mayhew ficar enfeitiçado por ela?
— Mas infelizmente não controlamos nosso coração e eu me vi em tentação novamente. — Aquela repentina confissão a arrancou de seus devaneios acordada. Seus olhos pousaram imediatamente nos do homem que negou com a cabeça repetidas vezes algo, antes de esfregar as sobrancelhas vigorosamente. 
— Foi um erro enorme. 
Micaella olhou para Charlie assustada com a nova revelação que caiu em seu colo e explodiu em mil fragmentos de dúvidas. Aquele servidor de Deus estava a surpreendendo. Charlie por sua vez sorria envergonhado da sua própria história, pedaços de memórias rasgando seu cérebro, dilacerando a carne macia, expondo os podres do seu passado. Uma massa cinzenta podre. Podre, ele já foi podre um dia. Coçou com o polegar o canto do queixo:
— Eu estava no seminário, jovem e imaturo. Inconsequente dos meus atos, mesmo com tudo que me aconteceu desde o… infeliz incidente — dentes cerrados, uma amargura transparente na expressão revelando um nojo de si mesmo: — eu ainda estava aprendendo a lidar comigo mesmo. Com a besta interna que sempre me perseguiu, que sempre me fez seu refém: a besta da tentação. Estava servindo à Deus, meu único refúgio, quando de repente fui transferido para um convento temporariamente devido a problemas estruturais no seminário que eu vivia. Lá eu conheci uma freira. Mas velha que eu há uns cinco, sete anos… Experiente. Muito bela, seu rosto me fazia relacionar aos anjos que via pintados nas capelas. No início foi tudo muito polido, muito formal entre nós, ela sempre se demonstrou muito solícita a minha educação, segundo ela como a mesma era professora de filosofia e de catequese para jovens da comunidade poderia me ajudar com os meus estudos. Eu vislumbrando com sua bondade e sua beleza me deixei levar pela oratória dela… E passamos a estudar às noites no meu quarto improvisado. Sempre com a porta aberta, com horário para ir dormir e despedidas formais, é claro. 
Pausou, suspirou, o indicador destro foi até a clérgima no colarinho que parecia estrangular seu pescoço, puxando-a levemente para fora. 
— Até o fatídico dia que ela nos trouxe vinho. Nunca havia bebido vinho na minha vida – não como ela queria que bebessemos. Eu poderia ter simplesmente recusado… Ter dito não. Mas eu aceitei, de braços abertos. Tolo, frágil, manipulável… — Charlie parou, a voz diminuindo gradativamente enquanto seus olhos pararam no rosto de Micaella, suas pupilas dilatadas quase consumiram a íris das órbitas: — Você me faz lembrar dela. 
Aquela frase incendiou Micaella com uma chama que percorreu por todo seu corpo. Sentiu-se sendo queimada viva, o sangue fluindo pelo corpo frágil, revigorando a podridão que sentia em si, dilatando suas pupilas, umedecendo os lábios, corando as bochechas magras, respirando pesado fazendo os seios subirem e descerem em movimentos lentos, suor quente brotando na testa. Pequenos detalhes de vida na carne fresca dela devorados pelos olhos nostálgicos do Padre. 
Charlie engoliu as palavras que contavam obscenidades causadas pelo vinho e pela luz baixa daquela noite. Engoliu o desejo da carne macia entre os dentes, das unhas cravadas na pele quente, do suor que colava corpos e de toda união entre criatura e verbo que aconteceu naquela noite. Suas lembranças eram um emaranhado de corpos se fundindo onde o rosto da freira que lhe desvirtuou não surgia com nitidez para si. Apenas fragmentos feitos com osso quebrado na sua mão, como a costela de Adão sendo retirada de si para criar Eva. Ele se feriu para criar a partir dele a sua Eva. 
Sentiu uma dor pontuda na própria costela direita. Uma reação da matéria diante o pecado cometido. Um aviso permanente que tinha sempre que era assombrado pela sua falta de castidade. 
— O que aconteceu depois…? — Micaella sussurrou apoiando as mãos em cima dos joelhos que esmagavam as coxas entre si, os dedos amassando a boca carnuda. Charlie virou sua cabeça quase a deitando em seu próprio ombro, um ar de compaixão distante na voz:
— O Bispo ficou sabendo das visitas frequentes da Irmã nos meus aposentos em horários suspeitos, armou uma tocaia, a pegou saindo do meu quarto e… — Ergueu a cabeça, sério com a imagem do homem velho surgindo do meio das sombras, olhar hostil segurando a mulher pelos braços, mesmo assim Charlie não conseguia definir seu rosto, não passava de uma mulher sem face nas suas memórias, que chorava enquanto se debatia para sair do aperto do homem. Sua voz tomou uma acidez que repuxou seu rosto em uma careta ao cuspir as palavras: — bem, terminou com tudo. Eu recebi uma nova chance, fui transferido e desde então me foquei completamente na penitência e rendição mútua a Deus. 
— E ela?
— Não existe ela. 
A resposta seca arrancou Micaella do estado de fogo, pondo-a de volta naquele estado gélido e vazio. 
Aquele silêncio perpétuo deles foi interrompido quando ouviram leves batidinhas na porta, para logo ser aberta e a cabeça branca da senhora surgir na fresta. Sorrindo tímida, a senhora abriu mais a porta segurando uma enorme bandeja nas mãos velhas, tremendo levemente com o peso. Charlie lançou uma olhada séria para Micaella antes de se levantar da cadeira num pulo indo acudir a senhorinha que sorriu em agradecimento anunciando:
— Parece que o senhor vai se demorar um pouquinho mais na conversa com Micaella, e já está na hora do almoço, então achei de bom tom trazer um almoço feito agora para vocês dois — olhou para a jovem através do véu, reforçando as palavras entredentes: — é para comer viu Micaella? Não adianta alimentar a alma se o corpo padece! Não é mesmo Padre?
— Com toda certeza, Sra. Silas. 
O olhar do homem focou na garrafa de vinho, olhou para a senhora desconfiado, a mesma sorriu:
— Um pouco de vinho não fará mal a ninguém! Agora se me dão licença, irei terminar com meus afazeres… 
Deu as costas. Antes de sair do quarto, parada na porta com a mão na maçaneta, lançou um olhar cheio de tristeza e peso para Micaella, voltando-os para Charlie parado no meio do quarto com a bandeja nas mãos. Sorriu pesarosa:
— Aproveitem! E fique a vontade Padre, o senhor sempre será muito bem-vindo no nosso lar.
Saiu antes que Charlie pudesse agradecer. 
— Eu nunca bebi vinho. 
A voz de Micaella falou atrás dele. Charlie se virou para ela, confusão no seu rosto para logo suavizar tentando resgatar o bom-humor que ele trouxe consigo nos primeiros minutos de conversa com ela:
— Bem, sempre há uma primeira vez para tudo, Micaella! 
Charlie se serviu de pão quente e vinho morno, levemente avinagrado, mas palatável. Micaella o olhou receoso com o copo com sua metade preenchida pelo líquido alcoólico roxo, observando-o beber do vinho com vontade. Uma sede desesperada que vinha do fundo da sua vontade. 
Micaella ficou parada com o copo de vinho na mão. Assim que Charlie terminou seu longo gole, bebendo metade do vinho, seus olhos brilhantes de serenidade causados pelo sabor da bebida olharam para a mulher diante de si. Erguendo uma sobrancelha perguntou curioso:
— Não vai beber seu vinho não?
— Eu estava pensando aqui… se eu o beber, seria como o sangue de Cristo?
— Não — Charlie negou com a cabeça, um sorriso orgulhoso pela pergunta surgiu iluminando todo seu rosto, aquele era de longe um dos tópicos que ele mais gostava de debater.
— Então eu não quero beber deste vinho! — Micaella impôs, estendendo o copo para o homem à sua frente. O pároco apenas revidou aquela ação com um olhar divertido:
— Não vai beber nem se eu o transformar no sangue dEle?
A pergunta capciosa pegou algo do centro da alma moribunda de Micaella. Algo ascendeu novamente nela, uma sede repentina secou-lhe a garganta, a simples menção de beber o sangue puro e divino provocando nela um êxtase de espírito. Sorrindo largo, ela acenou positivamente. Charlie pigarreou, puxou a bandeja para o centro da cama, esvaziando-a dos itens que estavam em cima dela para colocar os dois copos com vinho, a garrafa de vinho no centro e o pratinho com pães caseiros ao lado. Ele sabia que não estava no melhor ambiente para fazer a transmutação divina, porém diante as situações delicadas, realizar aquele ritual soava como uma forma de trazer o Salvador para dentro daquele lar fadado a apodrecer. 
Sua voz saiu de sua boca com suavidade:
— Quando nós falamos em transformar o vinho em sangue — apontou com uma mão solene o copo: — e o pão em carne, nós não estamos fazendo uma simples metáfora. Mas sim de uma realidade, algo místico e que resume bem os mistérios da nossa fé. De fato estamos consumindo Jesus Cristo. Corpo e alma, em nossas bocas, sorvendo em nossas línguas, saliva, carne. Bebemos da divindade e mastigamos de seu perdão infinito. Fundimos nossas carnes e nos tornamos um só. Um só corpo, um só espírito. Esse é o significado da eucaristia — suspirou profundamente, fechando seus olhos, pegando o pedaço de pão entre suas mãos: — é através dela que comemos Jesus Cristo, Deus, tudo e todos. E nos tornamos algo infinito. 
Micaella estava extasiada com as palavras do sacerdote, sentindo o peito encher de graça e paixão que queimava sua alma, tocada pelo verbo. Charlie tinha um dom – a forma como ele se expressava eram profundamente extasiadas para qualquer criatura viva. Ouví-lo disseminar seus conhecimentos deveria ser motivo de se sentir honrado. 
— Então Jesus Cristo tomou o pão e dissestes: eis aqui o meu corpo, tomai todos e comei. — Ergueu o pedaço de pão, olhando-o fixamente, murmurando palavras que eram ruídos incertos aos ouvidos de Micaella. Depois de morder um pedaço, mastigando-o e engolindo, ele repousou o pão de lado, tomando o copo de Micaella (que estava mais cheio) em mãos, o erguendo e pronunciando: — Tomais todos e bebei, porque isto é o meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança, que é derramado por muitos para remissão dos pecados… — Ergueu mais ainda o copo acima deles, murmurando mais uma vez as palavras incertas: — Fazeis isto em memória de mim!
Com isso ele bebeu do vinho. 
Bebeu do sangue de Jesus Cristo.
Olhou para a mulher oferecendo o copo:
— Beba do sangue de Nosso Salvador, minha irmã. 
Envoltos em um clima único que os abraçava entre o vinho e o vento gelado que assoviava lá fora, Micaella pegou o copo, posicionado exatamente a borda onde os lábios do homem envolveram, beijando-lhe mais um vez, bebendo dele e de Jesus, sentindo o sabor doce alcoólico e levemente avinagrado do vinho descer pela sua garganta, sentindo que agora seu corpo estava se fundindo aos dois – tanto a Padre Charlie quanto a Jesus Cristo, fazendo parte de algo bem maior que ela poderia cogitar pertercer. Um filete de vinho escorreu do cantinho de sua boca, traçando uma linha fina até seu queixo, pingando no colo de seu peito, sendo perseguido pelos olhos escuros do padre. Num gesto sôfrego, Charlie passou o polegar no queixo de Micaella, vendo a pele manchar com o vinho. Seus olhos estavam conectados, ela terminou de beber vinho mas ainda estava bebendo dele. Charlie então levou o polegar molhado com o vinho que saiu dos lábios dela, tocando-o contra os seus lábios endossando aquele beijo divino. 
— Comungamos de nós mesmos, Padre. 
Micaella sussurrou, observando-o se afastar dela. 
Com passos lentos e pesados, a mente perdida em devaneios, Charlie foi tomar um ar na janela aberta onde o vento fazia as cortinas balançarem. Micaella desceu os olhos para o corpo de Cristo mordido pelo pároco, pegando sua outra metade, mastigando-o e engolindo com gosto terminando a sua ceia celestial. Uma sensação de saciedade tomou-lhe o corpo, preencheu lacunas no seu espírito, ceiar com Charlie sozinha provocou nela uma sensação de pertencimento. Pertencimento à ele. A Ele. 
Charlie parado diante a janela, as mãos na cintura, observou as nuvens escuras carregadas d’água se aproximarem acima dele. Raios estouraram logo a frente, o vento sibilava que uma tempestade se aproximava. 
— Droga, vou ter que esperar o temporal passar. 
— Bom, pelo menos você está seguro — comentou a mulher, chamando a atenção de Charlie que a olhou curioso: — comigo. Conosco, aqui em casa. — Sorriu para ele. O padre sorriu em retribuição, concordando com um aceno de cabeça, sentindo respingos d’água contra seu corpo. Lá fora uma chuva grossa começou a cair, pingos roliços açoitavam o batente da janela respingando nele e no chão. Com um solavanco ele desceu o painel da janela pela metade, interrompendo a pequena inundação. Atravessou o quarto fechando a outra janela. Seus passos eram meticulosamente observados pelos olhos de Micaella que sentia uma sensação de leveza e de vazio na sua mente. 
Quando Charlie se sentou na cadeira mais uma vez, pegando seu copo, arrancando a rolha da garrafa de vinho com os dentes, enchendo seu copo de vinho – quase esvaziando a garrafa –, deixando o resto no copo de Micaella, ele comentou após largar a rolha na bandeja:
— Está se sentindo bem? Com o sangue em forma de vinho?
— Hmnnn — Micaella pegou seu copo, erguendo-o contra a luz: — é realmente gostoso! Não sabia que Jesus poderia ser tão gostoso assim!
Charlie riu. Micaella o olhou com um sorriso orgulhoso por fazê-lo rir com vontade. 
— Meu Deus, que pecado! — Comentou tapando a boca: — Mas eu concordo. É uma delícia! 
Ambos beberam de seus copos, sorridentes. Um silêncio agradável entre eles pairando naquele quarto, que parecia para o homem agora tão mais familiar quanto o dele próprio. 
— Charlie — 
— Sim? 
— Você acredita em amor, reencarnação e na vida após a morte?
— Pergunta muito específica. Você acredita?
— Minhas crenças hoje são as suas, padre. Suas. 
Aquela palavra reverberou na mente de Charlie, como as gotas que pingavam repetidas vezes na borda da janela, um torpor gostoso de domínio preencheu sua alma, ele gostou de ouvir aquilo. Ter em mãos as crenças de uma outra pessoa o levaram a sensação de domínio e vaidade que ele tentava lutar contra todas as vezes que estava diante do púlpito. O sorriso vaidoso escapou entre o copo de vinho que ele bebeu mais um gole, antes de respondê-la:
— É lógico que eu acredito. Em algum grau de credulidade… Eu acredito em algo. 
Seus olhos eram carvões em chamas. Seu sorriso era sereno, ele tinha plena convicção no que falava. Micaella queria mais. Mais dele. Queria que sua voz a envolvesse e de certa forma sua alma fosse abraçada por sua sabedoria etérea:
— Como você explicaria essa crença a um leigo, Charlie?
— Bem — começou, coçando o queixo com o polegar, buscando com o olhar algum ponto para descansar os pensamentos: — eu explicaria que sem o amor somos apenas sacos vazios rodopiando ao vento. Que sem a crença na ressurreição, não acreditamos num dos principais mistérios entre a carne e a alma humanas. E sem a credulidade na vida após a morte — seus olhos repousaram na figura frágil de Micaella: — não há justificativas para nos mantermos alinhados a Deus. 
— Como assim? — Ela questionou, um brilho nos olhos vidrados em Charlie: — “Não há justificativas para nos mantermos alinhados à Deus”? 
— O que eu quero dizer Micaella, é que sem um credo nós não iríamos andar na linha da civilidade humana. Sem um deus nós seríamos apenas animais racionalizados brigando um pelo outro por causa de um pedaço de osso duro e podre. Entende? 
— Entendo… — Murmurou de volta, reflexiva. Ele conseguia enxergar através daqueles enormes olhos assustados o momento em que as engrenagens se encaixam e tudo pareceu suavizar e fazer algum sentido na sua mente. Charlie olhou pelo ombro, através do vidro da janela, pela forma como o céu carregado e nublado estavam, a chuva que caia e crepitava contra a madeira velha da casa, o cheiro do quarto se tornando fresco e vivo misturado ao odor de terra e mato vindo de fora, tentando constatar quantas horas eram. 
Suspirou virando-se para a mulher. O silêncio entre eles poderia ser constrangedor, porém para Micaella era agradável o suficiente para a mesma lançar um sorriso cheio de dentes perolados para Charlie que se surpreendeu por ambos não serem minimamente amarelados. Em um movimento reflexivo, o mesmo passou a língua por cima dos próprios dentes lembrando-se das inúmeras vezes que a mãe o botava na camionete velha da família, enfrentava horas de estrada até a cidade grande apenas para levá-lo até o dentista, investindo um dinheiro considerável para o tratamento bucal do filho; segundo ela – e isso foi um ensinamento que o mesmo carrega consigo até os dias de hoje – “dentes saudáveis são a porta para uma vida longínqua!”. 
Mexeu a cabeça para afastar a voz da mãe, olhou com carinho para Micaella, um sorrisinho em seus lábios provocando na mulher um curiosidade:
— Que foi? — Ela perguntou, sorrindo para ele também. Charlie meneou os ombros comentando com a voz leve:
— Nada… Só acho que eu já falei muito sobre mim e escutei nada sobre você — abriu os braços: — que é o principal motivo de eu estar aqui! 
— Oh Padre! Não tenho muito do que falar de mim… — De repente uma vergonha tomou conta da mulher que se encolheu, capturando uma mexa espessa de seus cachos ruivos em seu dedo o enrolando lentamente. Com os mesmos olhos gentis, Charlie ergueu sua mão para que com o indicador e o polegar pegasse e erguesse o queixo da mulher, nivelando seus olhos, sussurrando com entusiasmo:
— Isso já é um começo, minha querida! Sou todos ouvidos à você agora, fale-me qualquer coisa.
— Qualquer coisa? — Repetiu, sentindo as bochechas esquetarem com o toque leve e os olhos negros fixos nela. Charlie abriu mais ainda seu sorriso, acenando um sim com sua cabeça, repetindo:
— Qualquer coisa, Micaella.
Micaella viu diante de seus olhos as poucas memórias que ela realmente julgava valer a pena serem compartilhadas. Eram um punhado de cenas onde ela era a protagonista da sua própria história – como as dos livros que ela vivia lendo na biblioteca pública nas tardes que passava na cidade grande. Na maioria das vezes ela sempre se enxergava na vida das outras pessoas, colegas de sala que eram convidados para os bailes ou os momentos que era apenas uma sobra na vida do pai omisso. Não seria difícil contar ao Padre os momentos que ela tomou para si o holofote e viveu algo interessante. Charlie afastou seu toque, provocando na mulher uma sensação de vazio contra sua pele. Mas ela decidiu tomar a coragem e deixar que sua voz tomasse a forma dos pensamentos que queriam sair de si:
— Eu já fui beijada uma vez — olhou de rabo de olho para o Padre que ergueu as sobrancelhas, uma sombra de sorriso nos lábios, uma genuína curiosidade em seu rosto, ela continuou: — mas não foi um beijo beijo! Foi mais só um selinho. Algo tão breve que eu nem senti direito… Infelizmente. Mas foi quase uma amostra, um gostinho do Paraíso. — Sorriu sonhando com o quase beijo acordada. Era estranho que agora sua mente apenas projetava um cenário onde ela e Charlie estavam selando seus lábios em um beijo. O homem pigarreou ao fundo acordando-a de seus devaneios:
— Então você pensa que beijar alguém é o mesmo de ter um “gostinho do Paraíso”? — Fez aspas, perplexo com a ligação da mulher. Micaella afirmou com a cabeça, veemente. 
— Bem, curioso — disse, desviando seus olhos da mulher. 
— Você não acha isso Padre? Não foi isso que aconteceu no seu pri–
— Não exatamente Micaella — rapidamente ele cortou a mulher: — infelizmente não tive meu momento de ascensão até o Paraíso… O que é triste para mim, visto que sou um servo de Deus. — Riu seco, fazendo graça de si mesmo. Micaella tentou o acompanhar porém não sentia a mesma graça, na realidade sentiu uma grande desolação vinda dele.
— E eu duvido que eu terei mais uma chance de viver como qualquer pessoa normal, Charlie. A última vez que tive uma experiência mundana, eu fui com uma amiga minha, a única na realidade, para esses boliches e foi tão bom! —Seus olhos brilhavam em animação: — Eu juro por Deus que se têm algo que eu mais anseio é ir em algum lugar onde servem comida bastante gordurosa, tenha música agitada e alta e onde eu poderei rir, dançar e jogar bolas pesadas contra negócios de madeira, uma vez atrás da outra, até meus braços não aguentarem mais!   
— Isso soa maravilhoso, Micaella! — Pousando uma mão generosa e quente sobre as mãos da mulher, Charlie sorria caloroso, querendo transmitir paz para a jovem. Lá fora o temporal suaviza, na medida que o Sol descia no horizonte, indicando que já entardecia. Eufórica e se sentindo acolhida, mais uma memória surgiu nas lacunas da mulher que voltou a falar, mais enfática:
— Eu também tenho uma boa lembrança de quando eu era menor! Foi em um dia ensolarado com meu pai, quando atravessamos a cidade para irmos no lago. Foi uma tarde tão boa, eu lembro dos patos nadando, das outras crianças brincando enquanto meu pai me ensinava a nadar. Foi uma das únicas vezes que tivemos algo assim… — Encolheu os ombros, desviando o olhar para longe.
Charlie percebeu o quão sensível ela ficava quando citava o seu pai, como uma ferida aberta que ela não gostava de cutucar. Olhou por cima do ombro, na direção da janela, já percebendo que o véu da noite recobria o céu. 
— Como o tempo passou rápido… Uau, isso que foi uma conversa interessante, minha querida! — Comentou juntando as mãos, sobre os olhos atentos de Micaella. Sorrindo com doçura ele se levantou, as mãos na cintura, direcionando seu olhar gentil para ela:
— Antes de eu ir embora, eu realmente gostaria muito de lhe oferecer a unção, jovem. Para eu ir em paz sabendo que eu te abençoei. 
 — Tudo bem — ela confirmou, serena. Já havia aceitado sua própria sina aparentemente, deitando-se na cama, olhando para o teto, aguardando ser ungida pelo homem que compartilhou seus segredos mais íntimos naquele dia atípico de domingo. Charlie suspirou, pegou o frasco de óleo ungido, amarelo ocre gorduroso, na sua maleta abrindo-o, sentindo o cheiro gostoso de oliva misturado a mirra subir pela sua narinas, deslizou a ponta do polegar no gargalo do vidrinho o entornando contra o dedo, umedecendo o dedo com o óleo, aproximando do corpo da mulher. 
Sobre a luz do quarto e o ângulo que ele estava notou através do tecido o volume dos bicos dos seios dela, o formato dos seios e um leve vinco entre as pernas; desviou imediatamente os olhos, começando a rezar para que Deus o ouvisse;
—... que essa jovem possa encontrar Sua luz, meu Senhor! Seja curada de todos os males, que sua carne e espírito sejam purificados para que a mesma encontre na vida, os pequenos prazeres que Vós nos deixou — fez o sinal da cruz na testa dela, deslizando o polegar sobre a pele lisa e levemente amarelada de Micaella. Estava curvado para ela. Antes que voltasse a ficar ereto, a mão da mulher agarrou firmemente seu pulso o travando naquela mesma posição, nariz com nariz, olhos com olhos, lábios com lábios. Ela respirou forte o suficiente para o hálito quente e doce tocasse o rosto do homem que franziu o cenho, realmente confuso com o movimento.
Ela então murmurou, clemente:
— Padre… Charlie… Você poderia me conceder um último desejo?
— Sim, claro Micaella — sussurrou de volta sorrindo tenso. O aperto em seu pulso ficou mais firme de forma que ele teve que usar o outro braço de apoio, ficando quase deitado por cima dela. Micaella fechou os olhos para que a coragem lhe tomasse as últimas palavras:
— Você poderia me beijar?
A pergunta simples porém perigosa acertou o homem como uma lança em seu peito. Diante aquele quadro onde a mulher acamada, com óleo ungido secando na sua testa, olhos grandes cheios de desejo e medo pela vida e pela morte, com os lábios entreabertos ansiando para serem tocados uma última vez… Oh, Deus, me dê discernimento., clamou na mente fechando seus olhos. Novamente mais um pedido sussurrado:
— Por favor, Charlie. Eu só quero ser beijada por você.
Charlie levou sua mão livre para o rosto dela, pegando-o feito uma maçã podre, pálida porém com a carne apetitosa em seu veneno proibido, passou a língua nos lábios secos, engoliu aquele sentimento amargo, lamentou mais uma vez a Deus: Deus, não deixe eu cair na tentação, me dê um sinal. 
Quando percebeu a mão da mulher subia seu braço alcançando seu ombro, seu pescoço que arrepiou-se diante o toque da palma fria, acolhendo seu maxilar. Estavam tão próximos que suas respirações e pensamentos já beijavam-se. Os lábios estavam quase se tocando, os hálitos já fundiam-se quando Charlie repentinamente desviou a direção do beijo contra a testa dela. Um beijo lento, demorado, sorvendo o sabor da pele levemente suada misturada ao óleo ungido. Havia deus e ela naquele beijo tão carinhoso. 
Se desvencilhou do toque dela, a olhou uma última vez sorrindo com serenidade, pegando sua maleta e dando meia-volta. Na porta antes de fechá-la, ela a olhou uma última vez:
— Que Deus te cure, Micaella. 
Foi embora, fechando a porta atrás de si.
Engolido pelo silêncio do seu próprio quarto, imerso no escuro e nos pensamentos caóticos, Charlie Mayhew só conseguia pensar no rosto angelical em sua morte anunciada de Micaella. Com uma dor dilacerante no coração, como se uma coroa de espinhos o envolvesse, ardendo na febre de uma paixão avassaladora, em lágrimas ele se ajoelhou na sua cama, unindo palma contra palma para rezar mais uma vez, em clamor do perdão e da salvação da alma daquela pobre criatura de Deus. 
Confuso com os delírios daquela febre imaculada, ele sentiu o medo. 
Eu não sinto medo de Deus, sussurrou para si mesmo naquela escuridão vazia do seu ser, mas sim de eu apodrecer por inteiro. 
— Padre Charlie? — Irmã Marie surgiu na porta do seu escritório naquela segunda-feira normal da sua vida, faziam sete dias desde o dia que foi visitar a jovem Micaella e desde então não houve notícias – nenhuma ligação, carta ou presença da sua avó nas missas durante a semana. Olhou para a freira que segurava um papel em mão, sorriu caloroso:
— Sim Eunice, com o que posso te ajudar!?
— Telegrama para você! — Se aproximou dele estendendo-lhe o papel com um recado impresso, ele agradeceu, esperando que ela saísse para ler o que tinha sido escrito para ela.
Seus olhos leram com atenção o recado:
“Senhor Mayhew,
Sua benção! Aqui quem vos fala é a Sra. Silla, avó da Micaella. Queria apenas te agradecer pela sua visita e unção! A minha garotinha presenciou o milagre da vida e amanheceu faz poucos dias completamente curada! Até mesmo o médico está sem acreditar na melhora repentina dela, porém eu sei que foi por causa de você com sua fé que a curou! Louvado seja tu, Padre, e louvado seja Deus! Se quiser conversar com a minha garotinha, vou deixar nosso telefone registrado. E você sempre será bem-vindo à nossa humilde casa, Padre. 
Novamente, seremos eternamente gratas pela sua misericórdia e seu milagre operado! Que Deus continue te iluminando meu jovem. Micaella disse que foram as suas palavras que a resgataram da morte iminente. 
Atenciosamente,
Sra. Silas.
Telefone: x-xxx-xxx-xxxx.”
Charlie ficou sem acreditar. Leu mais uma vez em voz alta, sentia o coração bater acelerado com uma alegria que nem ele sabia ser capaz de sentir. Olhou para o telefone fixo do seu escritório, leu novamente o texto, pegou o fone do gancho, discando os números com pressa.
Tum… Tum… Tum… 
Ele já ia desligando quando a linha parou por segundos, logo um chiado surgiu sendo seguido de uma voz serena o sobressaltando:
— Alô, Micaella Silas na linha, com quem eu estou falando?
— Micaella… 
— Charlie, é você?
Silêncio. Ela repetiu a pergunta mais uma vez, confusa. Charlie suspirou antes de finalmente deixar as palavras saírem de seu coração:
— Sou eu sim, Micaella. Agora eu consigo compreender os sinais de Deus… E eu não preciso mais temer nada. — Seus olhos ergueram-se no quadro de um Jesus Cristo crucificado na sua frente: — Pois agora eu tenho certeza que você será o meu milagre da minha podridão.
FIM. (...)
Tumblr media
3 notes · View notes
lena-mari · 10 months ago
Text
AVISO!!!
Hoje não teremos capítulo de escola de Eel pois ainda estou fazendo a capa da minha história original.
*atenção: apesar das imagens serem feira por IA eu quero que apreciem a história*
Tumblr media
O nome da protagonista é Megan Stone, como contei ela tem 16 anos e acabou e se mudou para de Nova York para Londres pra morar com o avô. Ela desde pequena ama histórias de cavaleiros e por isso que ela ama ler livros das lendas arturianas e Game of trones.
(Bom a história vai ter temporadas no mínimo 3, mas vai depender de vocês leitores)
Como contem vai ter as lendas arturianas como ponto principal, fantasia, aventura, reencarnação e Romance 😏
Tumblr media
A história será classificada para maiores de 16 anos, espero que gostem dela um beijo e fui😘
4 notes · View notes
nyrita0 · 1 year ago
Text
︙𝐅𝐮𝐧 𝐟𝐚𝐜𝐭𝐬 𝐚𝐛𝐨𝐮𝐭 𝐌𝐞𝐠𝐚𝐧 𝐚𝐧𝐝 𝐡𝐢𝐬 𝐬𝐭𝐨𝐫𝐲.
— Previously he was just going to be called Onceler, and “Meg” would just be his nickname. — The meaning of «Megan» is of Welsh origin and means “Pearl”
— Previously he was going to be called “Magler” [A pun words between 'Mag' (Magazine) and 'Ler'] but the name 'Meg' ended up convincing me. The meaning of the word "Meg" is “Mega” (In Spanish) And taking into account Megan is a model, the name seemed good to me. — In Megan's prewritten story, I was decide that he would dedicate himself to tennis and be a runner (Non-professional) The funny thing is that if we translate “Megler” from Norwegian to Spanish, it translates as “Runner” it was a really funny coincidence.
— The last name “Quién” It makes obvious reference to several works by Dr. Seuss, but in English it is known as “Who” which was going to be his last name, but I preferred to leave the word in Spanish.
— His name would simply be "Meg", but while I was writting his history, I remembered the name Megan, and I decided that would be his first name.
— His birthday is July 22, being a Leo zodiac sign. (Because of my artistic name, and the zodiac sign that I feel most characterizes him)
— He measures 1.76. — Previously Megan was going to have an evil twin sister called "Lyler" (A pun to say "Lie" plus "Ler") But it seemed like an extremely cliché and very disposable idea to me.
Tumblr media
[An old concept of the Lyler character.]
— Megan was going to suffer from many more mental disorders at first, but I only added the well-known BPD. This is because I decided to not saturate the character with so much tragic past (we will talk about this below). — Megler's design was going to be different before, using long pants and green gloves.
Tumblr media
[First design of Meg-ler]
— At first I wanted to make a story that was going to being tragic and too deep. Isabella was not going to be the loving mother she is now. And Megler was going to have suicidal ideations. And many Frustrated homicides.. Megler was going to be an extremely unpleasant and manipulative person, capable of doing the impossible to get what he wanted. Committing physical and sexual abuse. Why did I have this idea in mind for the character, since he is inspired by Onceler? This is because in the Oncest fanfics, Onceler was always the abused one and Greedler the abuser, so I tried to change the roles. And why did I end up scrapping the idea? Because it touched on so many sensitive topics, I began to feel uncomfortable writing the murder scenes and the sexual abuse scenes. Besides, writing it also made me feel sad and I felt that it was too saturated with tragic events. — Megler smokes the "Plant that makes you laugh" (Cannabis) , first it was a Greedler headcanon, But I liked the idea for Megan.
— I'm writing a story that is still being edited about Megler's past, explaining what happened to his father or how he dealt with his self-harm.
— He don't talk about it much, but Megler is fascinated by motorcycles, although he doesn't collect them... Yet. 𝐓𝐡𝐞𝐬𝐞 𝐰𝐞𝐫𝐞 𝐚𝐥𝐥 𝐭𝐡𝐞 𝐜𝐮𝐫𝐢𝐨𝐬𝐢𝐭𝐢𝐞𝐬 𝐭𝐡𝐚𝐭 𝐈 𝐫𝐞𝐦𝐞𝐦𝐛𝐞𝐫 𝐚𝐛𝐨𝐮𝐭 𝐭𝐡𝐞 𝐜𝐡𝐚𝐫𝐚𝐜𝐭𝐞𝐫, 𝐥𝐞𝐭 𝐦𝐞 𝐤𝐧𝐨𝐰 𝐢𝐟 𝐲𝐨𝐮 𝐰𝐨𝐮𝐥𝐝 𝐥𝐢𝐤𝐞 𝐭𝐨 𝐤𝐧𝐨𝐰 𝐦𝐨𝐫𝐞 𝐚𝐛𝐨𝐮𝐭 𝐈𝐬𝐚𝐛𝐞𝐥𝐥𝐚 𝐨𝐫 𝐭𝐡𝐞 𝐨𝐥𝐝 𝐆𝐥𝐢𝐭𝐳𝐥𝐞𝐫 𝐜𝐨𝐧𝐜𝐞𝐩𝐭. ;)
3 notes · View notes
spacecadet-ticklesinspace · 2 years ago
Note
5,6,12,30 for the tickle+random questions
Hey Anon! 👋 Thank you for the questions :)
5: Can you think of a fictional character you think would make a good lee?  Can you think of a fictional character you think would make a good ler? 
Oo! This is a good one 🤔
Lee would have to be Peter Parker for sure! Especially Peter 1 ❤️ There's just something so cute that makes me love reading about him getting tickled, especially in adorable ways ❤️ Behind him, is Merlin from the TV show! He's too cute as well ❤️
Ler would have to be any character by Oscar Isaac 😫 I'm sorry, but that man is top Ler and it bleeds into his characters too! I think Steven or Marc would be the best representation of what I mean ❤️ Goofy, kind, and respectful :)
6: What’s one topic you could talk about endlessly?
Definitely tickling would be a topic, behind that would be the Titanic or corsets :) they're my other hyper fixations 😅
12: What, in your opinion, is 10/10 fiction? (It could be a TV series, movie, book, game, or anything.)
That would be Keeper of the Lost Cities by Shannon Messanger or the Skyward triology by Brandon Sanderson! 10/10, two of the best series out there👌
30: What, in your opinion, is a 10/10 song?
Oo! This is a tricky one 🤔 Anything by Megan Trainor is high up there, but the ultimate bop would be High Hopes by Panic at the Disco ❤️ I could listen to it on repeat!
3 notes · View notes
junimotardis · 1 month ago
Text
- Mario cart races and obstacle course chases -
Charecters: Ler!Conner x Lee!Dick 
prompt (from old ask from previous blog) : hey! for DC requests, could I ask for some lee!nightwing and ler!conner stuff maybe? the thought of being tickled by someone with super strength always does something to me lmao(in an sfw way ofc)
_______________________________________________
It had been a relatively quiet week for the young justice and the justice league outside of the normal low level threat criminals that always seemed there to be a new off so the team had decided to have a game night.
Most of the team where all gathered in a game of mario party while some of the others played other board games or just watched as the chaos was inevitable just like any round of mario party.
Dick was doing his best to crush everyone in Mario party. All the while snacking on a bag of cheese crackers. “Come on, come on.. YES!” Dick smiled as he got the last of the others eaten by a giant eel in one of the mini games. Wally slammed his hands against the ground and leaned back into a chair 
“This is rigged! How does he keep winning!” Wally winned as Dick chuckled as they were back to the board and Conner cast his dice to see how many steps he could take towards the star Megan had her arms crossed as she watched from the side “I don’t know what you guys are so worked up about, I’m in first by a mile!” mgann smiled confidently
“That can change so quick in this game though m´gann so watch out” dick smiled as he watched wally send a boo to artemis to steal coins Wally was cackling with laughter as Artemis’ coins were taken “Wally I’m gonna throw you out the window!” Artemis said, annoyed as she pushed Wally's shoulder.
As everyone laughed at the two's banter it was dicks turn and he geared up hovering over a cursed dice on Conner who was nearest the star. “dont you dare use that dice” conner said  looking briefly over at dick with a playful glare  “I can and I will, this is a Mario party we are playing. What did you think was going to happen?” Dick teased him as he watched Connor be one space away from the star Conner groaned, knowing there was no arguing with that logic 
“One day I’m gonna make you pay for this” conner said looking over at dick “I know, but I think this is worth it” dick grinned as they played for a few more rounds before most of the others went to bed or to do something else leaving only conner and dick still going at it this time in mario kart.  
“hmhmhm” dick snickered as he looked at conner who was so focused on a hard part of a course he had gotten too since they were playing the haunted house track while dick got ready up behind conner with a red shell as they got close to the finish line. 
Conner was of course dumbfounded when the race was over and the replay started, showing how dick had thrown the red shell at the last possible moment and knocked conner off track racing over the finishline himself. “What?!-How? how did you do that?! you must be cheating!” conner said in a suprised tone looking over at dick who was grinning as conners shoulders slumped and the controller was gently thrown to the side.
 “no cheating here, just got the timing right” dick ginned looking at conner who just shook his head a little irritated but also amused at how dick manegded to do this. “i am so going to get you back for that- and actually this whole night” conner chuckled as he remembered something he had discovered back when dick was in his robin days, 
while he still sometimes used this little discovery and he figured this would be the perfect time for it to push dick down a few pegs. “and just how are you going to do that?” dick said smiling as he glanced at conner his eyes widening slightly as he saw the look on conners face as the boy wonder slowly recognised what it meant.
“i think you already know” conner grinned as he sat up a little more, the consols and game quickly forgotten as the two boys looked at eachother for a second before dick got up slowly and bolted running down the hall of the cave with conner in toe as he tried to shake the kryptonian off his back dick turned a few corners before the two had ran into the training room, luckly no one was training at this hour to see them.
Dick grinned as he looked around before seeing the obstacle course thinking that was his best shot as he ran over and started to climb. Meanwhile Conner walked into the room looking around for a bit before spotting dick on top of the first obstacle of ropes grinning down at him.
“You know you can’t escape me” Conner teased as he walked over and stood right under where dick was hanging onto the spider web like ropes. “Don’t be so sure” dick said back as he watched Conner look around before Conner sighed throwing his head back before starting to climb up after him. 
“And that’s my cue” dick smiled as he continued on the obstacle course going over to the next part that was balance. Quickly climbing down dick started walking over the balance bridge smiling as he began to walk backwards just to egg Conner on as dick was watching the kryptonion catch up to him. 
“Still think you can catch up?” Dick teased but his smirk quickly fell as he looked at Conner who chuckled and remembered, unlike dick that they were not confined to the obstacle course as Conner jumped down onto the safety mattresses under the balancing bridge
“what was that? I didn’t quite catch it” Conner teased back holding a hand to his ear as he watched dick turn on his heel and start running “shit, shit, shit, shit-“ dick giggled trying to hold his balance as a familiar type of giddy energy rushed through the former acrobat while Conner rushed up behind dick. 
Unfortunately much faster than dick was able to balance along as soon dick felt something grab his leg making him loose balance as Conner caught him before he face planted into the mat “just like old times” Conner smirked while dick sighed playfully and went limp like a child not wanting to leave the playground.
“Fine you win” dick said with a small smile still feeling the adrenaline rush through him. Unbeknownst to dick who tried to get out of Conner’s grip, Conner already had another plan as he hoisted dick up on his shoulder holding the acrobat hanging over his back by his legs “hey! What are you doing?” Dick said but he in reality knew what was coming deep down as his stomach flipped.
“I think you already know” Conner teased looking over his shoulder down at dick who had now realised he couldn’t sneak his way out of this (which wasn’t the worst situation to be stuck in)
After Conner had glanced around the room he just flopped dick down on the safety matrass under the balance bridge prompting dick to try to get up by turning around onto his stomach but Conner held onto the acrobats heel stopping him in his tracks “okahay okay, you caught me now we can get back to the game” dick tried to argue as he fought a giddy smile that tried to make itself shown on his face but loosing badly. “Nah, this is much more fun, and I said I was going to get my revenge for tonight” Conner said grinning as he reached down to dicks side giving it a little squeeze making dick tense up and jump “oh fuck” dick sighed turning into a half giggle as Conner poked him again. 
“Language” Conner teased sitting down over dicks legs so he couldn’t crawl away “I am not 10” dick laughed as Conner kept poking him every now and then just getting started “you will always be 13 to me” Conner said grinning as dick sighed “I am technically older than you you know” dick said teasing back
 “you don’t act like it” Conner said with a shrug as he suddenly began scribbling his fingers against dicks side “ack!-hehey! Ohoh Dohont you dahare” dick giggled trying to look behind himself and hold Conner’s hands away from his sides by the wrist but it was futile effort against the strength of the kryptonion who in comparison felt like a older sibling fighting against the younger.
“What about here then?” Conner said moving from dicks sides to his ribs making the acrobat buck “nohoho” dick laughed smiling as he slammed his arms against his ribs to protect himself but accidently trapping Conner’s fingers there “gehehet tehem ouhout” dick giggled shaking his upper body while even if Conner’s fingers stayed in place unfortunately (or not) for dick it still tickled him just by the fact that the touch was there and of course his mind was making it worse was he couldn’t see what was happening behind him. 
“They are stuck, I can’t” Conner said with fake concern “you knohow juhust as wehell as mehehe that you cahan pull thehehem out!” Dick giggled out face planting in the mattress from laughing making Conner chuckle and let up for a bit so dick could breathe. 
“Finally, have you had your fun?” dick chuckled trying to look up twisting his head to the side while catching his breath “mmm.. not yet” Conner smiled as he without warning forced his ‘trapped’ fingers up from dicks ribs to his armpits wiggling the tips into the hollow “okahay okay okay, cohohonner mohohove!” Dick burst out laughing trying to buck Conner off him but of course he was stuck. 
“Fine I will” Conner said smiling as he let dick have a break again as he let go of dick laughing as dick rolled onto his back with a clear giddy smile on his lips from the tickling “so are we good?” Dick asked with a grin still feeling the ghost of Conner’s fingers on his sides “yeah, but that’s what you get for cheating” Conner smirked “I didn’t cheat I swear I am just good at the game” dick chuckled in mock offense. “Well lets get back to the tv, we still have one last race before we finish the cup” conner grinned as he reched down to help dick who nodded saying 
“yeah thats true” as he just to tease he first went up into a bridge stand before going up in a handstand and then landing on his feet meanwhile Conner rolled his eyes playfully before they both started walking back to the living room and tv where the replay of dick sneaking past Conner’s cart and into the finish line was still on loop 
____________________________
0 notes
fluffomatic · 5 years ago
Text
Tumblr media
More? More
Don't mess with Megan! She's an evil spirit now! Sal just walked into the tickle chamber ;p
(My art don't repost but please reblog)
200 notes · View notes
jefpoo421 · 4 years ago
Photo
Tumblr media
F**k those older artwork of mine making the Onceler vaguely look like Linguini anyway.
8 notes · View notes
leticiaaemocionada · 3 years ago
Text
Se eu fosse lésbica
Mais ou menos aos sete anos de idade eu soltei, num almoço em família, que era apaixonada pela Sandy.
- Minha filha, você tem que ser apaixonada pelo Júnior! – Minha tia rapidamente me corrigiu. Eu, desde sempre uma garota muito curiosa, muito questionadora, rebati.
- Ué, por quê?
- Porque meninas têm que se apaixonar por meninos e os meninos que têm que se apaixonar por meninas – heterossexualidade compulsória resumida em um diálogo, meninas!
- Mas e se eu não gostar de meninos?
- Tu não podes gostar de meninas, minha filha, senão você vai ser lésbica, isso não é certo. Olha só: teu pai e tua mãe, eu e teu tio, tua tia e o marido dela. Tu vês por aí duas mulheres se beijando? Se casando?
- Não – eu estava confusa. Só tinha dito que era apaixonada. Nunca tinha mencionado casamento!
- Então, é assim que a vida é: meninas gostam de meninos e meninas gostam de meninas.
Lésbica. Por que ser lésbica era tão ruim eu não sabia, mas fiquei morrendo de medo de ser isso. Com o tempo eu descobri que assim como meninos que se comportavam como meninas eram “viados”, “viadinhos”, as meninas que pareciam meninos eram “lésbicas” ou, pior: “sapatão”. Uma prima minha que nunca usava saias, vestidos e blusinhas coladas, só andava com meninos e falava mais parecido com meus primos do que com as outras primas, sempre que aparecia nas reuniões de família, me deixava absolutamente desconfortável.
Será que ela era lésbica? Será que era contagioso? Eu saía de perto. Evitava contato. Corria para o quarto onde minhas primas que só falavam de homens estavam. Ali o ambiente parecia não infectado com aquele negócio de lésbica. Ali eu me sentia segura.
Eu não era lésbica. Eu gostava de vestidos longos, maquiagem, princesas da Disney e, como uma delas, eu sonhava com meu príncipe encantado. Até gostava de um gordinho com cabelos lisos até os ombros na escola! Eu não era lésbica.
Eu só ficava vidrada na Sandy quando, às tardes na casa dos meus avós com minhas tias e primos, colocávamos os DVDs com videoclipes e shows pra dançarmos. Mudei o discurso de “sou apaixonada pela” para “quero ser a” Sandy. Contava pra minha tia, revoltada, que meu primo queria ser a Sandy que nem eu! Se eu não podia ser apaixonada pela Sandy e só me restava ser ela nas brincadeiras, eu não podia deixar que ele roubasse isso de mim! Naquele ponto eu já era apaixonada pelo Júnior. Era assim que tinha que ser. Mas se eu fosse lésbica... eu casava. Com a Sandy, claro. No primeiro dia, na beira da praia, com esse turo turo turo aqui dentro explodindo em mim.
Mas eu não era. Também não era quando minha obsessão foi RBD. Meus cards eram todos da Anahí. Os pôsteres que eu comprava tinham a cara dela, os cabelos loiros, olhos azuis, sainha rodada, estrelinha na testa e o jeitinho meigo que ela entregava aos fãs na novela e nos shows. Nas brincadeiras, era ela que eu queria ser. Na novela, Mia Colucci era minha personagem preferida. Minhas músicas preferidas eram as que ela cantava. Talvez eu fosse apaixonada pelo Poncho. Mas eu sabia que ela era taurina – sempre fazia um bolinho em seu aniversário – que tinha sofrido de anorexia e que dia 19 de abril de 2001 o coração dela tinha parado durante 8 segundos. Eu costumava dizer que, durante oito segundos, o mundo tinha perdido a cor. O poema antes de Salvame eu sabia de cor – aliás, eu SEI de cor. Sabia os nomes de todos os namorados, odiava a maior parte deles por eles serem feios e ela, poxa, tão bonita, desperdiçando tanta beleza...
Em uma das crises de solidão, em meio a todo bullying sofrido dentro da escola, exclusão por parte das garotas da sala, brigas em casa – tanto entre meus pais quanto comigo –, quando pensei em desistir de mim, foi a ideia de nunca a conhecer que me segurou. Pode parecer besta, mas esse era o nível de paixão que a Letícia de 12 anos tinha por essa mulher. MAS EU QUERIA MESMO ERA CASAR COM O PONCHO, TÁ, TIA? Não lembro nem o aniversário dele, mas na hora de contar a todos quem eu gostaria que noivasse comigo, era ele quem eu mencionava.
Em 2009, no auge da Saga Crepúsculo, mudei o nickname do Twitter para @Lele_Greene porque eu achava Ashley Greene, a Alice Cullen, a coisa mais linda do mundo. No plano de fundo do meu perfil do twitter, eu tinha uma colagem com nove fotos da Kristen Stewart que o site repetia por toda a tela, o que me fazia ter mais de oitenta carinhas daquela mulher me encarando todas as vezes que eu entrava em minha conta e, por mais sinais que meu estranho comportamento me desse, eu era apaixonada pelo Robert Pattinson. Mas se eu fosse lésbica, eu dizia, eu pegava Kristen e Ashley. Juntas, de preferência. Como em algumas fanfictions que eu havia lido, onde as fãs mais ousadas as faziam largar tanto Jasper quanto Edward e viverem um romance apaixonado, cheio de dedos, línguas, mãos nos peitos umas das outras. Depois de uma noite de leituras como essas, eu passava a madrugada rezando, culpada, pra um Deus que, como haviam me ensinado na catequese, me odiaria se eu gostasse desse tipo de comportamento.
Se eu fosse lésbica, com toda certeza namoraria Scarlett Johansson, mas como não era, tinha crush no Chris Hemsworth. Natalia Dill, Aline Moraes, Bruna Linzmeyer, Marjorie Estiano, Isis Valverde, Maria Casadeval, Fernanda Souza, Megan Fox, Beyoncé, Rihanna, Emma Watson, Dakota Fanning, Amanda Seyfried, Thais Araújo, Rachel McAddams, todas elas mexiam comigo do jeito que minhas tias queriam que os homens que as acompanhavam nos trabalhos em que estavam envolvidas mexessem.
Se eu fosse lésbica, eu disse pro meu irmão, ficaria com a filha da prima da minha mãe que, por sinal, estava linda na festa de 15 anos de uma outra prima. Mas, como eu não era, torcia pra que ele ficasse. Se eu fosse lésbica, namoraria minha melhor amiga no ensino médio, mas me obriguei a gostar de outro garoto gordinho de cabelos longos que cruzava os corredores da escola. Se eu fosse lésbica, não teria me sujeitado a transar com um garoto que conheci no Facebook só pra provar que eu não era hétero, mas como não era, eu me sujeitei.
Quando eu me apaixonei por McFly, Panic! at the Disco e All Time Low, me agoniava o fato de que eles eram as únicas bandas que realmente me tocavam, sendo que eles só cantavam para mulheres! Se eu fosse lésbica, tudo bem, mas eu não era, então todas as vezes que eles cantavam para “ela”, em minha cabeça eu me forçava a cantar para “ele”. Gostar de boy bands que quase sempre falavam de amor e, sempre que o faziam, falavam para uma garota, transformou minha adolescência em
She He pulled on his her hand
With a devillish grin,
She He led him her upstairs,
She He led him her upstairs
Left him her dying to get in[1]
Esse processo era feito em todas as músicas de amor possíveis. Imagina que saco, ter que ficar se policiando ao cantá-las por causa de uma besteira?
Se tivessem me dito que “tudo bem gostar de meninas, contanto que seja recíproco”, eu não teria chorado durante meses à noite em minha cama porque minha melhor amiga me deixava nervosa todas as vezes que nos aproximávamos. Se eu não lesse sobre, assistisse filmes, séries, ouvisse músicas e vivesse no meio de casais heterossexuais, eu não passasse boa parte da minha adolescência me considerando uma aberração, uma pecadora, alguém que decepcionaria a família. Mas como eu nunca tive a oportunidade de assistir um filme em que Bella Swan e Alice Cullen se amassem, ler um livro ou encontrasse uma novela com uma história de amor entre duas mulheres sem que elas morressem no final – e que, não importa o que digam e quem o diga, quem está errado é qualquer pessoa que as façam se sentir mal com o que elas são, com o que elas sentem – me sinto quebrada. Existe um buraco na minha história, e ele me causa mais dores do que eu tenho consciência.
Se eu fosse lésbica, talvez eu estivesse mais calma. Talvez eu não quisesse invadir o meio artístico só pra falar de mulher, me infiltrando no meio de adolescentes que, como eu, estão fadadas a consumir amores heterossexuais, fazendo-as ler e assistir e ouvir que amar outra mulher é a coisa mais terrivelmente linda e absolutamente normal do mundo, que elas não são uma aberrações e que tudo bem estar apaixonada pela melhor amiga.
Mas essa sapatona tem raiva. Raiva de tudo o que passou, raiva das dores que deliberada e desnecessariamente foram jogadas na cara e nas costas dela. Raiva do pai, da tia, do tio, de pessoas na rua, do cinema, da TV, da escola, mas mais ainda de tudo o que os levou a me machucar do jeito que eles o fizeram – e ainda fazem. A diferença é que agora eu estou com a raiva nas mãos, sangue nos olhos, com uma vontade imensa de falar e, falando, conquistando e convencendo, mudando a merda de situação que eu e outras sapatinhas vivemos.
[1] Trecho da música Remembering Sunday – All Time Low.
24 notes · View notes
shield-o-futuro · 1 year ago
Note
Espera, se Tony e Bruce criaram Ultron quer dizer que ele é irmão do Logan e dos gêmeos?
Megan: Mas o que—? Que tipo de lógica é essa? É cada uma que a gente tem que ler aqui.
Tumblr media
Logan: Olha, até consigo entender a linha de raciocínio, mas não. Não vamos considerar aquele robô assassino como nosso irmão, de jeito nenhum. É muito estranho pensar assim.
Tumblr media
11 notes · View notes
little-big-fan · 3 years ago
Text
Imagine Louis Tomlinson - Traição
Quantidade de palavras: 1,575
N/a: Finalmente a parte 3 do imagine do Louis está sendo postada, eu espero que vocês gostem☺️. Fiquem a vontade para comentar se querem a parte 4.
Parte 1
Parte 2
|• Casa da Raven.
~S/N Pov~
Ao estacionar na garagem de Raven tomo coragem para sair daquele carro e ir para os braços dela. Raven e eu nos tornamos amigas assim que Megan foi mandada para França, ela logo não gostou de Louis e tem um ódio mortal de Megan. Raven foi quem me amparou quando Louis me decepcionou, ela é uma ótima amiga. Saio finalmente do carro e dou passos lentos até a porta da morena. Assim que toco a campainha a morena baixa de olhos cor de mel abre a porta alegremente.
-S/N, pensei em você agorinha. Fiz aquela torta que você adora. - diz animadamente.
-Oi Ray, posso entrar?. -digo baixo.
-Aconteceu algo florzinha? Vem, entra. - diz me puxando calorosamente.
Assim que Ray me puxa para dentro, me aconchego no lindo sofá verde água de sua sala. Raven me lança um olhar preocupado e analizante, como se com um olhar pudesse ler todos os meus pensamentos - e ela realmente pode -.
-Louis fez algo né? - diz sem rodeios.
-Sim, e uma parte de mim se sente culpada. - meus olhos se enchem de lágrimas ao dizer.
-Por que? Por Deus S/N, não me diga que aquele filhote enviando pelo cão te traiu de novo?. - diz brava.
-Fez Ray, com Meredith. Eu me sinto culpada por ter o perdoado daquela vez, apesar de ter tido com ele meus maiores tesouros. Por que dói tanto? Ele conseguiu acabar comigo novamente. - digo sentindo uma dor no peito.
-Meredith aquela vaca, se eu ver aquela mulher na rua eu mato ela S/N. Venha cá, deita aqui no meu colo. - a morena me olha com olhos suaves e calmos ao me chamar.
Deito no colo da morena e desabo, meus choro se transforma em soluços e logo gritos de dor. Meu coração dói, meus pulmões necessitam de ar, mas o carinho de Ray e os sussurros doce em meus ouvidos vão me acalmando. Aos poucos meu choro vai se esvaindo até que eles cessam.
-Esta mais calma? - pergunta cautelosamente.
Solto um murmuro baixo, a morena continua o carinho e sussurra que tudo vai ficar bem.
-O que acha de comermos aquela bela torta, enquanto você me conta como descobriu tudo. - diz me levantando.
-Acho uma ideia ótima, preciso por isso para fora.
~Louis Pov~
Ao chegar na casa de minha mãe, penso em mil formas de dizer para ela o que eu fiz - claro que de qualquer forma ela vai me matar - porém nada parece bom. Decido bater na porta e Lottie abre a porta.
-Ew você tá acabado, andou chorando? O que você fez para minha linda cunhada? - Lottie dispara contra mim.
-Mamãe tá aí? Preciso conversar com ela, e respondendo sua pergunta, isso não é da sua conta. - digo ignorante.
-Uh quando ficou tão mau humorado Tomlinson? Credo, mamãe está na cozinha com Daisy e Phoebe. - diz indiferente.
Entro rapidamente me dirigindo para cozinha, me deparo com uma cena leve. Mamãe ensinando Daisy e Phoebe a fazerem um bolo - em outra hora eu adoraria assistir essa cena com S/N, mas eu preciso conversar com minha mãe -. As três percebem minha presença e logo as três me abraçam.
-Filho, que bom te ver, liguei para S/N hoje mas ela não me atendeu. Aconteceu algo?. - diz preocupada.
-Sim…. E é sobre isso que vim falar com você mamãe. - digo com nervosismo.
Mamãe diz para as meninas continuarem seguindo a receita que ela iria conversar comigo lá em cima. Mamãe me puxa até o terraço, onde sentamos no sofá marrom antigo de vovó.
-O que aconteceu Lou? Você andou chorando? Seus olhos estão inchados.
-Eu não sei como dizer mãe, temo que a senhora fique muito decepcionada comigo. Já basta o olhar triste de S/N. - digo choroso.
Minha mãe me olha preocupada, mas não diz nada. Sabe aquele ditado que diz que "Mãe sabe tudo", ele realmente é verdade. De preocupado o olhar dela se tornou decepcionado, mas ela não disse nada, apenas olhou fundo em meus olhos esperando por uma explicação.
-Eu sinto muito, eu juro. Eu a amo mais que tudo e eu estou tão arrependido. - digo com a voz falha pelo choro.
-A ama? Louis William Tomlinson, eu te criei para respeitar uma mulher, para amar ela e cuidar dela. Não para trair ela, eu estou muito decepcionada com você. - diz séria.
-Mãe eu… - tento dizer mas sou interrompido.
-Você o que? Sente muito? Como devo acreditar, como ela deve acreditar Louis? Você fez de novo, você quebrou a confiança dela em mil pedacinhos de novo. - me interrompe com raiva.
-Eu preciso dela mãe, do perdão dela, do amor dela. Ela é a mulher da minha vida, eu não seria nada sem ela.
-Eu não posso te ajudar Louis, sinto muito, você fez sua cama agora deite nela. Eu não vou te consolar outra vez, eu te avisei. Eu disse para você não fazer isso de novo por que ela te deu uma chance, ela te amou como você deveria amar ela. Ela esteve com você nos piores momentos, ela aguentou tanto por você e você a perde assim tão facilmente. Eu não te criei assim, não te criei para ser uma homem burro, covarde e mentiroso, te criei para ser um homem decente que deveria tratar a esposa como uma rainha. Mas você não aprendeu nada, eu sou sua mãe e te amo imensamente, mas por agora eu peço que você vá embora e só volte quando concertar tudo isso. - diz brava.
-Eu não sei o que fazer mãe, ela me colocou para fora de casa. - o desespero é notório em minha voz.
-Ela está certa, é mais fácil desabrigar 1 do que 3. Dê tempo a ela, e se você realmente a ama, faça ela saber disso. - diz se levantando.
Minha mãe desce para a cozinha novamente, me deixando ali sozinho e pensativo. Eu vou dar tempo a ela, o tempo que for necessário pra que ela me perdoe e me aceite de volta. Saio da casa de mamãe sem nem me despedir, entro no carro e parto para casa de Liam, talvez ele me deixe ficar lá.
~S/N Pov~
-E foi assim…. Eu o coloquei para fora e ate agora não nos falamos. - digo terminando a história.
-Sempre soube que ele é uma bela merda. Você merece muito mais, você é uma mulher linda, inteligente, engraçada, você é perfeita. Merece alguém que te trate como uma rainha, e creio que Louis não é essa pessoa. Sei que vocês são casados há muito tempo, mas a vida é feita de fases, e na sua nova fase Louis não está incluído. Ele não merece você, nunca mereceu - diz séria.
-Eu tenho consciência disso, só não sei quando eu comecei a me submeter a tão pouco dele. Eu penso nas crianças, como eles vão reagir, como vai ser ver ele de novo. Nós temos filhos, e precisamos conversar como adultos sobre isso.
-Você vai pedir o divórcio? - diz pausadamente.
-Vou, eu não aguento mais segurar esse casamento sozinha. Ele teve muito tempo pra me reconquistar, agora é tarde. Eu só preciso de tempo, dele e de tudo. Eu deveria levar as crianças pra viajar?. - digo pensativa.
-Seria uma ótima ideia, você ficar fora por uns dias curtindo seus filhos. Você precisa disso antes de se preocupar com tudo. - diz alegre.
Levo em conta essa idéia, vejo a hora e percebo que as crianças logo vão chegar, me despeço de Raven e vou para a casa. Coloco uma música baixa no rádio pra deixar o caminho menos triste. Ao estacionar na garagem, sinto todo aquele peso de novo, lembro detalhadamente da discussão e como eu fiquei destruída. Antes que eu chore novamente saio do carro correndo para dentro de casa. Tomo um banho rápido e faço uma maquiagem leve, não quero que as crianças percebam nada por enquanto. Sento na sala e boto em um canal qualquer enquanto espero as crianças.
-Mãe, chegamos. - diz Maia alto.
-Meus amores, como foi na escola? Vão tomar um banho por que hoje vamos pedir pizza. - tento soar alegre.
-Foi divertido, Luke me chamou pra sair na sexta, eu posso ir? - diz tímida.
-Ew, Maia só falou disso o dia todo mãe, Luke e ela ficaram trocando olhares durante todo o recreio - Brian diz rabugento.
-Luke? Hmmm sempre notei a quedinha dele por você, e pode sim querida, desde que ele te traga as 21:30. E Brian um dia você irá se apaixonar e verá que é maravilhoso. - digo humorada.
-Assim como foi com o papai mãe? - Brian pergunta.
-Ah sim, claro claro querido.- digo indiferente, porém eles não notam .
-Mãe onde está o papai? Ele disse que ia me ajudar com a tarefa de química. - Maia pergunta.
-Seu pai vai ficar fora por umas semanas, você sabe, coisas do trabalho. - digo a primeira coisa que vem na cabeça.
-Poxa, ele prometeu, mas você pode me ajudar né? - diz esperançosa.
-Claro anjo, agora vão tomar banho, vou ligar para a Pizzaria.
As crianças sobem correndo e quando vou pegar o telefone, me olho no grande espelho da sala. Apesar da maquiagem, meus olhos encontram-se cansados e minha postura curvada. A tão pouca maquiagem foi capaz de esconder dos meus filhos a dor de hoje, mas de mim é impossível. Mas Louis irá se arrepender de ter me traído, eu sou a mulher que vai fazer ele enlouquecer por não poder ter.
Malu
21 notes · View notes
imagines-1directioner · 4 years ago
Text
Tumblr media
Pedido de @cachinhos-de-harry: Meu deus pedidos abertos scrrr🥺🥺🥺🥺 Aí senhor queira ter milhões de ideas só para pedir aqui, mas em clima de Grammy gostaria de pedir um com H: S/n vai apresentar uma das categorias que ele está concorrendo, eles são um casal secretamente, mas quando H ganha fica tão feliz que a beija na hora que sobe e vai agradecer. Enfim bem fofo pq super me imaginei lá kkkk Eu to muito feliz que está de volta🥰🥰🥰🥰
Meu amor, muuuito obrigada pelo pedido, amei ele assim que li e espero que atinja as suas expectativas, viu? Como você super se imaginou lá, fiz questão de usar a primeira pessoa na história mesmo que não me saia muito bem escrevendo assim, então já peço desculpas caso não tenha ficado tão legal. Aguardo sua opinião na ask, amiga <3
Boa leitura ❤️
...................................
A baixa iluminação do quarto, juntamente com o volume fraco vindo da tevê criou um ambiente perfeito para que o sono tomasse conta de mim em menos de vinte minutos. Talvez fosse o cansaço, ou então o carinho gostoso e relaxante que sentia na parte de trás da coxa ao aconchegar-me no abraço de Harry. Naquele momento ele funcionou perfeitamente como um enorme travesseiro, pelo simples fato de eu estar tão confortável com a cabeça em seu peitoral revestido pelo moletom macio, além de abraçá-lo do mesmo jeito que abraço meu travesseiro quando vou para cama. Sentir seu cheirinho com certeza faz parte da lista de coisas que eu mais gosto de fazer quando ele está por perto. E a posição que nos escontrávamos durante a madrugada de sexta definitivamente retirava todos os meus problemas, nem que fosse por cinco minutos.
- Tá dormindo?
- Quase.. - respondi baixinho ao ajeitar-me, ainda colada nele.
- Quer ir para cama? Te levo no colo se quiser. - devagar, um beijo foi depositado em minha cabeça enquanto sentia um cafuné delicioso começar na nuca e pegar toda a extensão de trás do meu cabelo, praticamente em slow motion. Não posso mentir: naquele instante eu me senti a pessoa mais privilegiada do mundo.
- Nesses dez segundos eu consegui me apaixonar ainda mais por você. - comentei ao inclinar minha cabeça para cima, vendo-o dar aquele sorriso tímido que acerta em cheio meu coração e então soltar uma risada leve. - Você não me parece estar com sono.
- E não estou.
- Por quê?
- Não sei.. Acho que tem a ver com o nervosismo.
- Por causa do Grammy? - ele assentiu, fazendo uma careta fofinha ao mexer o nariz. - Oh, amor. Vai dar tudo certo. - visualizar a tal carinha de preocupação dele foi demais para mim, que até deixei o sono de lado e sentei-me ereta para então ser o travesseiro que o moreno precisava. - Você está concorrendo em três categorias. Impossível não ganhar.
- Não estou preocupado em ganhar. - confessou. - É claro que conseguir esse troféu é o que eu mais quero e será uma marco enorme na minha carreira. Mas é que é minha primeira indicação e eu ainda vou abrir a noite. É muita pressão, sabe? - assenti ao abraçá-lo novamente.
- Esse nervosismo é super normal, você entende disso até melhor do que eu. - disse ao soltar um riso baixo. - Tenho certeza que sua apresentação vai ser incrível, as pessoas vão estar torcendo por você, e no fim o senhor vai voltar com aquele gramofone para casa. - assim que terminei de falar, Harry, que estava com a cabeça no colo dos meus seios, ergueu a mesma e pediu um selinho ao fazer biquinho meigo, o qual não pude negar. - Acalmou um pouquinho?
- Sim.. Obrigado. - agradeceu após outro selinho, mais demorado dessa vez, e ajeitou as costas no sofá ao sentar nele novamente. - Falando em Grammy, se por acaso eu ganhar..
- E você vai. - o interrompi de forma cômica, fazendo-o rir e negar o comentário com a cabeça.
- Preciso que se controle. - suspirar alto e levar a cabeça para trás foi a único gesto que fiz ao escutar o que ele falou. Sinceramente, aquele papo me enjoava.
- Até quando vamos fingir que não nos conhecemos?
- Não estamos fingindo. - rebateu antes de encará-lo séria. - Todos sabem que nos conhecemos. Eles só não sabem que estamos juntos.
- Já faz seis meses, amor. - resmunguei levemente chateada.
- Eu sei.. E sinto muito por isso, mas eu só quero te proteger.
- Estou acostumada com xingamentos e ofensas, seu bobo. Acha que não tenho haters por aí?
- Ser xingada e desrespitada por minha causa é diferente. - dito aquilo de forma séria e entendendo seu ponto de vista, apenas dei de ombros e aceitei que meus argumentos não funcionariam desta vez. - Eu odeio ter que esconder que estou passando por uma das melhores fases da minha ao seu lado. Porém não quero ler os comentários pesados e absurdos sobre nosso relaciomento na internet.
- OK, eu entendo.. Mas quando isso vai acabar?
- Quando a pandemia acabar? - minha expressão foi claramente de indignação ao arquear as sobrancelhas e abrir a boca, e a dele de medo ao ter dito o que disse junto com uma risada nervosa, encondendo o rosto com uma almofado pois sabia exatamente qual seria minha reação.
- Nunca vamos ter um namoro normal então, porque estamos nisso há mais de um ano.
- Se dependesse de mim..
- Não ouse terminar essa frase, Styles. - o rapaz gargalhou quando o interrompi, quase brava.
- Nós estamos tão bem! Por que estragar tudo ao tornar isso público?
- Porque eu quero te apresentar para os meus pais, sair com você sem medo de sermos flagrados a qualquer momento e não viver um romance escondido como se tivêssemos quinze anos.
- A gente não pode sair mesmo, babe.. - mais uma vez o moreno usou da zoação para cima de mim, e por mais que quisesse rir, concentrei-me na irritação ao fechar os olhos e respirar profundamente.
- Você tem cinco segundos para sair daqui antes que eu te mate.
- É brincadeira, amor! - admitiu entre risadas ao me abraçar. Mas eu me manti imóvel.
- Um..
- S/N!
- Dois.. - o riso querendo escapar já era visto em meus lábios ao escutar o moreno chamar meu nome enquanto ria de forma assustada.
- Para!
- Três..
- Se você me bater.. - mesmo com os olhos fechados senti uma movimentação no sofá e quando abri Styles estava de joelhos no móvel, pronto para se defender caso tentasse alguma coisa. E em nenhum segundo o sorriso nervoso saiu de seu rosto. Querendo ou não, estávamos nos divertindo com a situação.
- Quatro..
- OK! OK! Tô indo para o quarto.
[...]
Estar em uma festa em plena pandemia era um pouco assustador. Por mais que a situação em LA não estivesse tão alarmante e os organizadores tomassem o maior cuidado do mundo ao realizar a premiação, ainda sim sentia-me desconfortável em alguns momentos, apesar de ficar de mascará o tempo todo e ter as mãos ressecadas de tanto que passava álcool em gel.
Já haviam se passado trinta minutos desde que cheguei no local e ainda não tinha visto Harry. Nos falamos por mensagens algumas horas atrás, no entando não tive sinal dele desde que cheguei, muito menos as pessoas as quais conversei nesse meio tempo. Procurá-lo pelos cantos seria a única solução porém ao lembrar da nossa conversa na sexta-feira, evitei de ficar olhando por aí a fim de encontrá-lo para que ninguém suspeitasse de nada e então comecei a me enturmar com Lizzo e Megan, as quais vieram puxar papo comigo enquanto a premiação ainda não havia começado. O diálogo rendeu bastante que nem vi o tempo passar e perceber que Trevor Noah, anfitrião deste ano, iniciou o show o qual observávamos do enorme telão no backstege onde estávamos.
Meu coração acelerou quando o comediante descreveu a primeira voz a se apresentar, escutando o nome dele dito por Trevor e enfim vê-lo no palco, usando um conjunto maravilhoso de couro - sem camisa, razão pela qual pirei completamente - e a echarpe de plumas verdes que deu um toque final naquele look de tirar o fôlego, literalmente.
Nos meus olhos percebia-se a alegria, orgulho e paixão que sentia ao assistir a performace mais que espetacular do homem que era meu, mesmo poucos sabendo disso. O sorriso e leveza que ele esbanjava ao longo da apresentação foi lindo de ver, e saber que o rapaz havia transformado o nervosismo e ansiedade em algo positivo trazia-me tranquilidade, pois tinha certeza que meus conselhos horas antes o ajudaram naquele momento. Eu não poderia estar mais feliz!
Algumas horas atrás..
Tumblr media Tumblr media
Após Harry cantar e eu elogiá-lo - sem muita exposição - para as colegas de trabalho e amigos que estavam por perto, sentei-me em um sofázinho vago enquanto outros artistas preparavam-se para cantar ou então aguardavam o momento em que entregariam o prêmio aos outros, como era o meu caso. E ali fiquei por mais alguns minutos, vagando pelo instagram e trocando mensagens com o meu empresário, o qual estava com Jeffrey há quarentena minutos e eu mal sabia disso.
- Booo! - misteriosa e surpreendentemente uma voz brotou no meu ouvido direito e o susto veio de imediato, já que não estava esperando nada parecido. E ao virar o pescoço para saber quem foi o engradinho que aproveitou a minha concentração em outra coisa para ter a oportunidade de tirar sarro com o meu susto, decifrei na hora quem era, mesmo usando mascará, balançando a cabeça negativamente quando identifiquei a pessoa.
- Não tem mais o que fazer, não? - questionei rindo com os olhos ao vê-lo com outra roupa e então levantar-me do assento.
- Eu te reconheci por trás! Diz para mim se isso não é a prova mais linda de amor que você já recebeu.
- Se enxerga, garoto. - rindo fraco, bati com a minha bolsa em seu ombro e pude escutá-lo reclamar ao mesmo tempo que ria.
- Gostou da apresentação?
- Demais! Você foi perfeito, sério!
- Obrigado. - fez reverência.
- E que roupa foi aquela? - apesar da expressão ser tudo para entender o tom quando falei e a máscara cobrir boa parte do rosto, ainda sim Harry compreendeu qual tinha sido a minha reação.
- Te disse que era uma surpresa boa.
- Boa? - indaguei ironicamente. - Foi maravilhosa! - o moreno sorriu com os olhos. - Ficou linda em você!
- Digo o mesmo para você.. - Styles olhou-me de cima a baixo, fazendo que sim com a cabeça. Um gesto que eu particularmente não entendi.
- O que foi?
- Com certeza eu tiraria esse seu vestidinho dourado cheio de brilhantes com uma só puxada.
- Cala a boca. - nós dois rimos ao perceber que a expressão anterior não era tão importante.
- Vou socializar com outras pessoas para que ninguém perceba que o que eu mais quero é ficar com você até o fim dessa premiação.
- Vai lá. - disse de modo compreensiva ao sentar-me novamente e vê-lo se afastar devagar.
- Nos vemos mais tarde?
- Com certeza. - o rapaz jogou um beijo para mim no ar ao levar as pontas do dedo próximo à mascará e logo depois ir para longe de mim. Passado alguns minutos no sofá resolvendo assuntos pendentes rápidos no celular resolvi levantar-me do móvel e também socializar com outras pessoas até ser chamada para divulgar o ganhador da Melhor Performace Solo Pop, a qual Harry fora indicado.
- E para apresentar a próxima categoria, com vocês, a linda, talentosa e global, S/N/C! - disse Noah entusiasmado. Os aplausos vieram em seguida a câmera focou em mim, já no palco, próxima ao microfone e com o envelope fechado em mãos.
- Boa noite, pessoal! É um prazer imenso estar aqui está noite e ter a honra de anunciar o vencedor da Melhor Performace Solo Pop deste ano. - mais palmas foram ouvidas, e com elas a minha ansiedade, controlada até agora. - Vamos dar uma olhada nos artistas fantásticos concorrendo nesta categoria? - no telão foi mostrado os cantores da vez: Billie, Justin, Dua Lipa, Taylor, Doja Cat e e ele, Harry Styles! - E o Grammy vai para.. - a pausa dramática enquato abre-se o envelope é marca registrada da premiação e eu estava surtando por dentro que mal conseguia fazer o básico. Além de toda ansiedade e nervoso que aquele momento proporcionava, eu ainda tinha que me preparar física e psicologicamente pelo resultado. Um desafio e tanto para mim e que infelizmente não foi cumprido quando li o nome do meu namorado naquele papel. - ‘Watermelon Sugar’, Harry Styles! - a felicidade que sentia era tanta que foi impossível disfarçar a animação ao dizer seu nome. O sorriso gigante em meu rosto falava muita coisa e a emoção tomou conta de mim ao vê-lo mais que surpreso por ter ganho seu primeiro gramofone, abraçando o empresário e amigo carinhosamente antes de tirar a mascará e enfim buscar o prêmio.
Harry sorria para mim desacreditado no caminho até o palco e ali tive certeza que ele disse "eu ganhei!" ao levantar as sobrancelhas e dar uma risadinha. Naquele instante, com o moreno aproximando-se, eu esqueci completamente das milhares de câmeras, pessoas e segredos ao vibrar a conquista quando o abracei forte, parabenizando-o e dizendo-o que o amava muito. E tomada pelo calor do momento e alegria contagiante que corria pelas minhas veias, beijei o rapaz assim que nos separamos do abraço. Um beijo involuntário, mas que deixou nítido a quantidade de carinho e amor que sentíamos um pelo outro. Minhas mãos seguravam seu rosto quando nossos lábios se tocaram, e o Harry tinha as dele em minha cintura, que instantaneamente, ao perceber que haviamos nos beijado por conta do alvoroçoso feito pelos convididos e eu finalmente voltar para a realidade e então soltar dele o mais rápido possível, puxaram-me para mais perto de seu corpo enquanto todos que assistiam iam à loucura com gritos, aplausos e assovios.
- Você é maluca, garota.. - disse ele rindo ao fechar os olhos quando nos separarmos.
- Mil desculpas! - expremi os olhos ao ter a culpa por estragar o nosso lance ser jogada em meus ombros. - Juro que foi muito sem querer. - eu me sentia péssima. Muito péssima. - Foi super involuntário, amor, sério! Eu fiquei tão feliz que acabei não me controlando.
- Tá tudo bem, amor. Fica tranquila.. - o moreno juntou nossas mãos e levou as minhas até seus lábios, beijando-as rapidamente antes de ir até o microfone e eu permanecer mais para trás, desejando, de fato, fugir dali.
- Uau! - falou antes de suspirar fundo e soltar uma risada envergonhada. - Eu realemnte não estava esperando por isso. Nem o prêmio e muito menos o beijo. - todos riram, inclusive ele. E eu escondi meu rosto atrás do envelope, deixando tudo mais engraçado, pressumia. - Bom, a todos que gravaram essa música comigo, meu muito obrigado. ‘Watermelon Sugar’ foi a primeira canção que escrevemos depois do lançamento do meu primeiro álbum durante um dia de folga em Nashville, e eu tenho que agradecer ao Tom, Thailand e Mitch e todo mundo, Rob Stringere, todos da Columbia. Ao meu gerente, Jeffrey, que sempre me impulsionou ao dar meu melhor e nunca me abandonou. Muito, muito obrigado! Eu me sinto grato por estar aqui. Todas essas músicas são grandes pra caralho, então obrigado mesmo! - as palmas repercutiram com uma intensidade maior, dando a entender que o discurso tinha acabado, porém ele continuou. - Por último mas não menos importante, eu queria agradecer imensamente àquela garota bem ali. - apontou para mim, olhando-me com um sorriso fraco e a câmera provavelmente pegou a minha feição surpreendida. - Se não fosse por ela, eu provavelmente estaria muito mais nervoso do que já estou e certamente não manteria a calma quando sinto ao vê-la pessoalmente. - a expressão que surgiu em meu rosto era claramente de uma boba apaixonada, com um sorriso fácil nos lábios ao escutar a sinceridade de Harry, vindo novamente em minha direção e trazendo-me para perto dele, para então abraçar-me de lado. - S/N tem sido bem mais que uma amiga e namorada para mim. Na verdade ela virou minha companheira para a vida. E todas as vibrações positivas que senti para que ganhasse esse prêmio hoje, uma boa parte foi exclusivamente dela, então muito obrigado, babe. Eu te amo! - meus olhos estavam cheios d’água com as palavras ditas pela pessoa que amava profundamente e o coral de vozes dizendo “anw” foi tudo o que ouvi quando nos abraçamos de novo.
- Você deixou o segredo para lá.. - comentei com a voz fina, sem acreditar que Harry abriu o jogo em rede internacional, ainda agarrada à ele enquanto o comediante fazia algum comentário sobre a gente e cena chocante e inesperada que acabávamos de fazer.
- Bom, foi você quem começou. - disse entre risadas.
- Não está bravo comigo?
- Claro que não. - respondeu enquanto íamos para o backstage. - Eu sei que foi espontâneo e e nem faz sentido ficar bravo por causa disso quando tenho a plena certeza de que você me beijou porque se importa comigo e me ama ao ponto de comemorar a minha conquista. - o sorriso bobo voltou ao meu rosto e novamente o beijei, sem pressa desta vez. - Eu ganhei meu primeiro grammy, S/N! - soltou um gritinho ao falar e sacudir as mãos em estado de êxtase ainda.
- Parabéns de novo, meu amor! Você merece!
- Hoje nós vamos comemorar muito!
- Vamos, é? - indaguei ao soltar um riso fraco e cheio de segundas intenções, assim como a minha fala, que ao ser percebida por Styles esboçou um sorriso sexy nos lábios, agarrando-me pela cintura com a pegada exclusiva dele e que me deixava rendida. Completamente rendida àquele homem lindo, talentoso e agora vencedor de grammy!
- Pode apostar!
__________________________________________
Se possível, deixe seu feedback na ask! Adoraria saber o que achou :)
xoxo
Ju
62 notes · View notes
harrrystyles-writing · 4 years ago
Text
My best friend
Sinopse : Você tem uma amiga tóxica e Harry tenta ajudá-la a se afastar.
Categoria : Namorado!harry, Fratboy!Harry | Pedido feito por: @it-is-what-it-is-70 | baseado nessa ask.
MASTERLIST 🥝✨
Tumblr media
Você e Vanessa se conheceram assim que sua família se mudou para Londres ao lado da casa dela, ambas tinham apenas 6 anos, foi onde começou sua linda amizade e desde então vocês se tornaram inseparáveis. Durante toda a infância e adolescência, vocês pareciam estar sempre disputando alguma coisa, era óbvio para você que ela sempre foi mais bonita, loira de olhos azuis, todos pareciam amá-la. Você tinha suas qualidades e beleza, mesmo não às vendo com os mesmos olhos que via à Vanessa. Sua alma gentil e sorriso encantador, atraía muita atenção para si, o que sua amiga sempre invejou. Ao chegarem à vida adulta por sorte ambas seguiram profissões diferentes, ela se aventurou no mundo da moda, conseguindo posar para algumas coleções, até capas de revistas. Você preferiu seguir como atriz, conseguiu alguns papéis incríveis ao qual deixou a si mesma muito orgulhosa. Com à carreira alavancando conseguiu mais reconhecimento onde fez pequenas participações em premiações, rádios, revistas, etc. Você conheceu Harry juntamente com os outros integrantes da banda One Direction, nos bastidores do programa da Ellen. Vocês imediatamente se deram bem, ele era tão simpático, gentil e à fazia rir. Harry não conseguiu esperar até o fim do dia para chamá-la para um café ou quem sabe um jantar. Logo um encontro com Styles se tornou dois, três e ambos ainda queriam se conhecer mais, você não poderia estar mais feliz quando ele à chamou de namorada pela primeira vez, foi mágico e tão fofo como ele disse “ Posso lhe chamar de namorada?” Seu coração palpitava ao sorrir e dizer um “sim” ao belo moço dos olhos esverdeados.
Como tudo que acontecia com você, à primeira reação sempre foi contar a sua melhor amiga, à primeira vez que você duvidou da amizade com Vanessa, foi no dia que contou a ela que estava namorando Harry.
*Flashback on*
“ Sério? Você? Com Harry Styles?” Ela olhou-a debochada.
“ Sim, ele me chamou de namorada, tão fofo.” No momento que você disse ela não conteve sua risada, isto lhe irritou. “ Por que? É tão impossível assim pensar que ele possa gostar de mim?”
“ Aí amiga, não é isso, você é maravilhosa, mas..... Sabe é Harry Styles, ele só namora modelos e celebridades e você é...... ”
“ Eu sou atriz.”
“É, mas nem conta, você fez o que? Três papéis? Não é como você fosse uma Megan Fox ou Scarlett Johansson, elas sim são atrizes de verdade.... Mas enfim, eu estou super feliz por você amiga, veja pelo lado bom, namorando ele talvez conseguia algo melhor.”
“ Vanessa, eu não estou com Harry por isso.” Rebateu ofendida. “ Eu gosto mesmo dele.”
“ Claro, eu sei.” Ela riu sem jeito. “ Mas, se isso não durar pelo menos terá uma conquista, você conseguiu namorar Harry Styles.”
* Flashback off*
À segunda vez que você duvidou de sua melhor amiga foi meses depois, Harry havia te convidado para conhecer sua família, você estava nervosa, precisava de alguém, Vanessa era a pessoa com quem você sempre contou e desta vez não seria diferente.
* Flashback on*
“ Olha, quando você me ligou e disse que precisava de ajuda com a roupa que iria conhecer os pais de Harry eu nem acreditei.” Vanessa comentou enquanto olhava as roupas deixadas por você em cima da cama.
“ Como assim?” Você questionou do banheiro, vestindo mais uma peça para ver se ela aprovava.
“ Amiga, nada demias, é que o Harry né? Lindo, famoso, rico, ele pode ter quem ele quiser.” Ela deu uma risadinha. “ Mas às vezes homens têm o dedo pobre mesmo.”
“ O que?” Você olhou-a confusa quando saiu para olhar-se no espelho.
“ Não estou dizendo ele em específico amiga, calma, você é perfeita, Harry tem sorte de ficar com você.”
“ E aí como estou?” Você diz tentando ignorar o que ela disse. Vocês eram amigas desde pequenas, ela era da família, ela dizia coisas horríveis às vezes, mas que era o jeito dela.
“ Para ser sincera, não gostei, acho que branco não está te favorecendo, você deu uma engordadinha né?”
“ Não! Na verdade tenho malhado, já perdi uns 2kgs.”
“ Jura?” Ela arqueou ás sobrancelhas. “ Enfim, acho melhor algo mais básico que esconda sua barriga, porque tá um pouco inchada.” Ela colocou a mão na boca. “ Desculpe amiga! Eu falo isso porque eu te amo, provavelmente ele só levou modelos para conhecerem sua família e bem mais magras que você, então eu não quero que minha melhor amiga passe vergonha.”
“ Tá .... Acho que vou com vestido preto.”
“ Melhor.”
*Flashback off *
À terceira vez que Vanessa à fez ter dúvidas sobre todo o amor e carinho que ela dizia ter por você, foi quando aconteceu a sua primeira briga com Harry, você precisava de alguém para lhe consolar, óbvio que foi a casa da sua melhor amiga, quem mais sabia tudo sobre você além dela?
* Flashback on*
“ O que foi? Eu estava quase saindo.” Vanessa reclamou assim que abriu à porta.
“ Eu posso entrar? Eu e o Harry brigamos, preciso conversar com alguém.”
“ Tá, vamos subir, você fala enquanto termino de me arrumar.” Ambas subiram para o quarto dela, você ficou sentada na cama enquanto ela estava em frente ao espelho começando sua maquiagem. “ Diga, o que aconteceu entre vocês?”
“ Bem.... Estávamos vendo um filme, até que ele recebeu um nudes de uma mulher, eu vi o nome “Hellen”, ele disse que não era nada demais, que infelizmente às pessoas mandavam muitos para ele, eu fichei chocada, eu juro que tentei não ficar com ciúmes, mas não consegui e nós brigamos e eu fui embora da casa dele.”
“ S/n, quantas vezes eu falei para você parar de agir como à louca ciumenta nos seus relacionamentos? Por isso que nenhum homem fica com você.” Ela revirou os olhos. “Mulheres inseguras como você nunca ficam com o cara perfeito, quando vai aprender?”
“ Tá, mas agora o que eu faço?”
“ Amiga, provavelmente Harry deve estar com essa outra mulher agora, pra ele isso pode até ter sido um término.” Você olhou para ela com lágrimas nos olhos. “ S/n, pare, isso é até bom.”
“ Bom?”
“ É, assim cai na realidade, eu te amo, mas Harry era muito pra você, tava na cara que não ia dar certo, vocês não combinavam, não estavam na mesma vibe sabe? Você no começo da carreira com alguém como ele? Você tem que ficar com alguém do seu nível.”
“ Nossa.” Você estava boquiaberta. “ Mas Harry nunca ligou, ele me disse isso.”
“ S/n, não faça essa cara, você sabia que não servia pra ele, Styles tem mais à ver com modelos, mais magra, alta, quem sabe mais loira, é o tipo dele.”
“ Tipo você Vanessa?” Questionou confusa, era como se ela quisesse Harry.
“ Você que disse, não eu, mas sim.” Ela virou-se para você. “Amiga, esquece ele, Harry não merece você.” Ela puxou você para um abraço. “ Eu te amo, não gosto de ver você tristinha, sabe que sempre pode contar comigo né?”
“ Sim.” Você disse mas seu celular tocou fazendo-a sair do seus braços.
“ Quem é?”
“ Harry, ele que me encontrar.”
“ Bloqueia ele.”
“ Por que?”
“ Amiga, no mínimo ele quer terminar com você pessoalmente para ser mais humilhante.”
“ Você acha?”
“ Óbvio.”
Mas você recebeu outra mensagem dele.
“ Amiga, acho que não, Harry disse que está na porta da minha casa, ele me mandou uma foto, está segurando flores. Eu preciso ir.” Você disse dando uma beijo na bochecha dela. “ Me deseje boa sorte, depois eu te conto tudo.”
“ Ok. Boa sorte.” Ela deu um sorriso falso.
• Flashback Off•
Após aquele dia você se questionou se realmente ela se importava ou sentia algum tipo de inveja por você namorá-lo. Você contou toda a situação ao Harry, ele achou muito maldoso da parte da Venessa dizer aquelas coisas horríveis à você, ele lhe aconselhou se afastar para sua própria saúde mental e o relacionamento que vocês estavam levando. Certamente ela não ficou nenhum pouco feliz com isto, ela dizia que Harry estava roubando você dela, muitas das vezes você se via dividida entre as duas pessoas que amava.
Tumblr media
Era sábado à noite, você e Harry conseguiram uma folga de suas agendas e planejaram ficar deitados vendo algum filme, com algumas besteiras e quem sabe um sexo preguiçoso nesse meio tempo.
“ Baby, vem logo o filme vai começar.” Harry gritou da sala do seu pequeno apartamento.
“ Está quase pronto.” Rebateu na mesma altura cuidando para não queimar a pipoca.
De:Nessa
É bom saber que posso confiar em você - um pequeno zumbido surgiu do seu celular ao lado de Harry no sofá.
De:Nessa
Você é muito especial para mim
De:Nessa
Estou com saudades
De:Nessa
Espero que logo possamos nos ver♥️
“ Você tem falado com Vanessa?” Harry questionou após ler as mensagens na sua tela de bloqueio.
“ Oi?” Você fingiu não ouvir.
“ Você falou com a Vanessa?”
“ Por que?” Questionou sentando ao lado dele mastigando um pouco da pipoca.
“ Falou?”
“ Sim.”
“ S/n, o que nós havíamos conversado? Essa garota não faz bem para você.”
“ Eu sei, mas ela é minha amiga Harry, o que eu posso fazer? Nunca mais vê-la?”
“ Não estou dizendo que você não pode vê-la, só que certezas amizades é melhor se afastar.” Ele suspirou fundo. “Eu falo isso porque quero o seu bem, eu já passei por isso, quando estava começando minha carreira havia um grande amigo meu que começou agir assim, tem pessoas que não conseguem ficar feliz por nós, quando eu entendi foi tarde demais, ele quis prejudicar meu futuro como artista, acabei perdendo uma amizade que eu gostava e sai magoado.”
“ Eu não sabia, sinto muito. Por que nunca me contou?.”
“ Eu não conto isso à todos, mas sei que quando a fama vêm você acaba descobrindo quem realmente é seu amigo.”
“ Me desculpe, eu vou tentar manter ás coisas mais distantes com ela, eu prometo.”
“ Não se desculpe, muito menos para mim, eu sei que me intrometi na sua amizade, mas eu só estou tentando ajudar para não vê-la sofrer.” Ele deu um beijo na ponta do seu nariz. “ Estou tentando cuidar do que é importante para mim.”
“ Eu te amo.” Escapou tão rápido de seus lábios que mal teve tempo de raciocinar o que havia falado.
“ Me ama?” Olhou-a confuso.
“ Acho que sim.” Você sorriu sem jeito, pois nunca haviam chegado à dizer tais palavras.
“ Que bom.” Ele abriu um sorriso. “ Pois eu também amo você.”
No fim uma situação não tão agradável trouxe revelações boas, às quais você passou o resto da noite curtindo. Haveria momentos que você ainda teria que ver e falar com Vanessa, mas com o tempo aprenderia à lidar com isso e ainda preservar sua amizade de uma forma mais saudável desta vez.
53 notes · View notes