#júpiter na casa 4
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aylawitch · 2 years ago
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Magia, coincidências e outras coisinhas🕯️✨💫
Voltei com a ideia de um personagem, (um gato bruxo) ainda estou aqui pensando na história, mas tá osso, pois tenho que estudar pra fazer um concurso, já que quero passar e não quero ter gastado dinheiro em vão kkkkkrying, também fazer as coisas de casa, minhas bruxarias e ir pra capoeira, fora terminar o curso de animação e ter que ajeitar meu grimório, se não for pra fazer 1000 coisas eu nem faço, eu já tinha esquecido que hoje era o dia da postagem.
Tinha planejado fazer um ritual na quinta com dinheiro, tinha separado antes uma nota de 50, eu queria uma nota de 100, mas como o caixa me deu de 50 duas vezes, eu já tinha me acostumado com a ideia de fazer com a nota de 50, só que aí minha mãe aparece perguntando se tem duas pra destrocar a de 100, porém surgiu um novo problema, eu não poderia gastar o dinheiro até fazer o ritual, e eu já tinha um destino pra ele que era pagar a inscrição do concurso e foi isso que aconteceu.
Foi um ritual bem simples, com a representação dos 4 elementos e a nota no meio, aproveitei para queimar os pedidos de ano novo que eu não fiz em janeiro kkkkkrying e consagrei meus dois decks, um de tarot e um de baralho cigano que eu já tinha mostrado aqui. Apesar de simples foi bastante (não sei qual palavra se encaixaria melhor para descrever kkkkk vou botar uma, mas já aviso que ela não passa 100% do que foi sentido no ritual) acolhedor, foi até algo que eu pensei ali e falei comigo mesmo como de costume, que fazia tempo que não tinha aquele negocinho, já que não faço mais regularmente, feliz pelo que senti e triste de não estar em um ambiente favorável pra fazer minha prática mágica. Mas já estou trabalhando nisso, que dê tudo certo nesse concurso e assim eu consiga meu lugarzinho pra viver.
Acho que eu falei isso no último texto kkkkk mas tenho que voltar com o insta (olha só mais uma coisa que meu cérebro quer que eu faça) já planejei um pouco na minha mente, mas preciso concretizar, e eu esqueci de mostrar como faz uma consagração que era um conteúdo que eu tinha prometido 🤡
Ahhh tem uma história interessante para contar sobre coincidências, a primeira e mais angustiante foi a da minha gata, ela saiu de casa segunda retrasada e não voltou o dia inteiro, minha mãe ficou agoniada e preocupada acabando me deixando também, então na terça decidi fazer um feitiço pra encontrar, como queria utilizar a força de Saturno só que não era o dia dele usei o horário dele, fiz o desenho do símbolo de Saturno na vela, peguei os pelos que tinham no sofá e coloquei na vela e pedi pra Saturno e pra Hécate já que é uma deusa que eu trabalho junto a um tempo, deixei queimado lá e na quinta (um dos dias que podem ser associado a Hécate, fora que é dia de Júpiter que eu tenho um grande carinho) a gente localizou a gata, só que não conseguimos resgatar só foi feito o resgate no sábado, dia de quem? De Saturno XD
O outro foi uma questão engraçada, em um belo dia (que não me lembro qual kkkkk) eu tava pensando sobre dedicar parte do meu salário, tipo 20 reais para Hécate (tem até outros textos meus falando do meu "relacionamento" 🤔 com ela) só que foi um pensamento nada compromissado nem nada. Foi então que em janeiro consegui 150 de um job que eu peguei e aí eu pensei "vou pegar 20 deixar guardado pra ela" chegou fevereiro e consegui receber 30 de uma leitura e aí me caiu a ficha de estar recebendo dinheiro (+ de 20) dois meses seguidos, como não foi algo compromissado e foi apenas 2 meses eu ainda estou vendo se não é apenas coincidência (aguarde os próximos capítulos).
E pra encerrar com chave de ouro no dia de Iemanjá (2 de fevereiro) eu saí para um cortejo com a galera da capoeira, e quando acabou a roda veio um coroa do nada falar comigo e começou a chorar, não sei se foi por conta da orixá, mais uma história de pessoas que vem falar comigo na rua.
Caso vcs tenham se perguntado da gata, ela está bem e se recuperando 🥰 agora tenho meus oráculos consagrados, a benção de Júpiter e seja o que os deuses quiserem esse ano, que daqui a pouco vai re-recomeçar com meu aniversário XD fiquem aí com a fotinho dos meus decs consagrados na quinta.
E é isso ai, bom dia pra galerinha do dia ☀️ e boa noite pra galera da noite 🌙✨
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dicasdecripto · 1 year ago
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Psyche é o nome de uma missão da NASA em parceria com a SpaceX de Elon Musk que foi lançada este ano em um asteróide chamado 16 Psyche, que contém nada menos que US$ 10.000.000.000.000.000.000 em ouro e metais preciosos.
Enquanto investidores, empresas e praticamente todo o ecossistema de criptomoedas aguardam a aprovação do primeiro ETF de Bitcoin dos EUA, um dos principais contribuintes para o atual ciclo de alta do BTC, Psyche pode ser a próxima a potencialmente enviar ao Bitcoin um catalisador de 1.000% maior e atingir US$ 1 milhão. iniciou operações.
Psyche é o nome de uma missão da NASA em parceria com a SpaceX de Elon Musk que foi lançada este ano em um asteróide chamado 16 Psyche, que contém nada menos que US$ 10.000.000.000.000.000.000 em ouro e metais preciosos.
Localizado entre Marte e Júpiter, este asteróide orbita o Sol e é na verdade uma estrutura inteira feita de ouro e metal.
Tem cerca de 120 quilômetros de largura e é composto por ouro, níquel, ferro, platina e outros metais. Os cientistas afirmam que se apenas uma pequena porção pudesse ser trazida para a Terra, o preço do ouro e de outros metais entraria em colapso devido ao grande volume do asteróide.
Segundo a NASA, o objetivo da missão é estudar a estrutura do 16 Psyche, e não extraí-lo, embora Musk tenha dito que um dos estudos da missão será determinar a viabilidade de exploração do asteroide.
Esta semana, a NASA anunciou que nas oito semanas desde que partiu da Terra em 13 de outubro, o orbitador completou uma operação bem-sucedida após a outra, alimentando instrumentos científicos, transmitindo dados para casa e usando-os para propulsores elétricos estabelecerem recordes no espaço profundo.
Última conquista: Na segunda-feira, 4 de dezembro, a missão ligou as câmeras duplas de Psyche e recuperou as primeiras imagens – um marco conhecido como “Primeira Luz”.
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erospendragon · 1 year ago
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THE BREAKFAST CLUB
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PRINCESS APHRODITE OF OLYMPYA
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Mother, please, help me.
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Mãe, qual é exatamente o efeito que eu causo nas mulheres?
"Você não vai entender."
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"You are dangerous, son."
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AVENGE ME
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THE RAGE OF APHRODITE 1
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PRINCE DIONYSUS OF OLYMPYA
"Eros."
"Yes, bro"
"Brave warrior, look. Do you realize that you are the son of 7 Goddesses?"
"Yes"
"Eros, do you actually understand what it means?"
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EVOCAÇÃO A DIONISO
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THE BACCANTES
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PRINCESS PALAS ATHENA OF OLYMPYA
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"Rafa, contenta-te com o amor dos deuses e das deusas imortais."
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THE RAGE OF APHRODITE 2
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PRINCE EROS OF OLYMPYA
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"E imediatamente chamou seu filho, esse moleque alado e incrivelmente audacioso, de maus hábitos e que completo e evidente desprezo pela disciplina, anda armado com chamas e dardos pelas casas alheias durante a noite, no intuito de desmanchar casamentos e que, impune, comete as mais vergonhosas ações, além de não fazer nada de bom, por natureza malcriado."
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"Eros, tão apaixonado como nunca, vai diretamente à abertura do céu e pede, expondo sua causa, que o grande Júpiter seja o seu advogado.
Este belisca a bochecha de Eros e, depois de beijá-lo, lhe diz:
-Tu, Senhor Filho, que nunca me homenageaste com a honra que todos os deuses me conferem, mas que feriste bastante este peito no qual são organizadas as leis dos elementos e a revolução dos astros, tu que, através dos inúmeros casos de amor mundano, me desrespeitaste e atentaste contra as leis, até mesmo contra as leis julianas relativas ao adultério, na medida em que transformaste minhas alegres feições em cobras, em fogo, em animais selvagens, em pássaros e rebanhos de pastagens; mas apesar de tudo isso, levando em conta minha ternura e pelo fato de ter-te criado com minhas próprias mãos, te concederei tudo o que pediste."
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HOUSE OF OLYMPYA
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Ao ouvir as palavras de seu pai, Atena, a predileta e intocável princesa de Olympya sorriu com enorme satisfação e imediatamente pensou em Dioniso, o único que não estava presente. Então ela chama Hermes, que já seguia seu caminho, tendo algo em mente e diz: "Diga a nosso irmão Dioniso que nosso caçula precisa de sua presença." Hermes acede com um gesto de cabeça, e, partilhando a opinião de Atena, parte para os sombrios bosques das montanhas, onde Dioniso se esconde em sua solidão. No entanto, ao ouvir as palavras de Atenas, apenas se levanta do tronco caído desde onde observava o fogo e ouvia o crepitar da fogueira e partiu, em direção diferente daquela a que Hermes se dirigia. Quando chegou e vou o seu irmão, foi tomado pelo ódio, mas se conteve em respeito a Afrodite, que já se encontrava presente, entretendo a desolação de seu filho. Afrodite sentiu imensa alegria ao ver Dioniso e compreender a seriedade com que o assunto agora era tratado. Dioniso se postou ligeiramente ao lado e atrás de seu irmão, como um cão de guarda, silencioso a ponto de demorar para ter sua presença percebida por Eros, que o adorava. A esse trio, passados alguns dias, se juntou de forma misteriosa a própria Atena, cujos caprichos e indiferença não incluíam seu irmão mais novo, por quem sentia um amor extremamente sensual e carinhoso. Então, pressentindo sua presença, Eros perguntou: "Irmã?" E a orgulhosa deusa susurrou em seu ouvido: "Oi, Rafa." Assim se formou a turma conhecida como Breakfast Club, em torno do vício e isolamento de Eros, para cuidá-lo e protegê-lo. Os 4 passavam todo o tempo juntos.
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We Are The Resistance
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crystalsenergy · 3 years ago
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planetas e demais posicionamentos na casa 4 - sumário 💝
Sol na casa 4: personalidade amável e carinhosa
Lua na casa 4: apego familiar natural
Mercúrio na casa 4: expressão emotiva e familiar
Vênus na casa 4: amor afetuoso e maternal
Marte na casa 4: explosões emocionais e intensidade interna
Júpiter na casa 4: abundância emocional e excesso de emoções
Saturno na casa 4: contenção e restrição emocional
Urano na casa 4: desapego e independência emocional
Netuno na casa 4: ilusões emocionais e desencontro familiar
Plutão na casa 4: inconsciente preso à família, herança emocional
Nodo Norte na casa 4: destino ligado às emoções e a encontrar seu lado emocional.
Chiron na casa 4: frustrações e feridas emocionais.
Lilith na casa 4: negação da vida emocional/familiar ou fascinação por apego emocional.
Vesta na casa 4: vida emocional e família como assuntos sacros.
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rabiosantologia · 3 years ago
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VÊNUS NA CASA 4
🎑 · Esta configuração tende a aumentar o gosto por uma vida caseira, onde a pessoa talvez possua ou deseje uma casa acolhedora onde possa receber seus amigos e pessoas as quais se sinta bem e confortáveis.
🎑 · Um dos assuntos principais da casa 4 é o lar e as atitudes das pessoas na própria casa (ou nos lugares onde se sintam em casa), assim como o nosso passado, nossas origens, nossa ancestralidade e lembranças.
🎑 · Logo, este posicionamento, principalmente quando ativado por algum trânsito, pode acionar uma série de lembranças.
🎑 · Ter bom gosto e ser criativo(a) em assuntos relacionados ao lar pode ser uma tendência, e esse ímpeto muitas vezes pode ter sido herdado da própria família, de suas raízes.
🎑 · Há uma certa influência de um dos pais na vida de quem tem esse posicionamento, e isso poderá comprometer - ou favorecer as relações amorosas, uma vez que os pais poderão ser sempre uma base para comparação dos parceiros(as).
🎑 · Vênus, nesse setor, pode indicar um relacionamento benéfico com a figura paterna (ou materna, dependendo do mapa) assim como com as pessoas que vivem com você no seu lar.
🎑 · A relação com a família tem condições de se ser mais harmoniosa e estável, com uma sensação de conforto diferenciada. Também facilita as transações imobiliárias ao longo da vida, como compra e venda de imóveis, principalmente se Vênus estiver em contato harmônico com Saturno ou com Júpiter.
🎑 · Se outros planetas ou aspectos não comprometerem este posicionamento, é provável também que tenha tido uma boa infância e a criação pode ter sido associada a coisas suaves, artísticas ou em prezar pelo próprio ambiente.
🎑 · Também podem ser ótimos anfitriões, satisfazendo positivamente seus convidados. A casa 4 pode inspirar energias ligadas ao sentimento de pertencimento, por isso é importante para as pessoas com esse posicionamento que os seus convidados se sintam em casa.
🎑 · Apesar disso, é importante se atentar e entender para os tradicionalismos herdados que, se não bem analisados, podem limitar a expansão pessoal.
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anaklusmoshq-extras · 3 years ago
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missões fixas.
São missões pré-criadas pela central, pequenas tarefas nos acampamentos ou pelos arredores deles. Qualquer um pode fazer as missões desde que cumpra o que foi pedido, não havendo a necessidade do pedido da missão, apenas precisa enviar o link da postagem e solicitar a avaliação da mesma.
Todos as missões fixas deverão ser feitas em pov, com pelo menos 4 parágrafos com 5 linhas cada ou serão desconsideradas e não poderão ser avaliadas.
Se algum instrutor realizar uma missão relacionada a treino, o post será considerado como treino e não missão (exemplo: instrutor de primeiros-socorros ajudando/cuidando de alguém ferido)
problemas na colina:
Quíron veio a muse completamente desesperado: estamos com problemas na colina, ele dizia. Alguma coisa estava causando problemas e cabia a muse resolver.
Escolha um desses monstros para batalhas: Harpia, cão infernal, Pegasus descontrolado ou uma ninfa raivosa.
Só pode cumprir essa missão uma vez por personagem!
Recompensas: De 130XP à 200XP, já a quantidade de dracmas são até 400.
arrumando a bagunça:
Todo mundo gosta de treinar, bom, quase todo mundo. Mas ninguém gosta de arrumar depois. Quíron/Lupa pediu a muse que fosse até a arena/coliseu para organizar os bonecos de treino ou recolher as flechas usadas para o treino de tiro ao alvo.
Recompensas: De 50 a 100XP, já a quantidade de dracmas são até 200.
punição:
Ninguém é santo, principalmente quando se trata de semideuses. Muse quebrou algumas regras e Quíron/Lupa descobriu, como punição muse terá que limpar os estábulos!
Recompensas: De 50 a 100XP, já a quantidade de dracmas são até 200.
rei dos banheiros:
Alguns semideuses esquecem que nos acampamentos a maioria das coisas são compartilhadas e bem... acabaram deixando os banheiros/casas de banho uma zona, um verdadeiro chiqueiro! Muse foi quem teve que arrumar a bagunça dos outros, literalmente. Não se esqueça das luvas!
Recompensas: De 100XP à  130XP, já a quantidade de dracmas são até 250.
nature friendly:
Um dia como outro qualquer, mas algo tocou o coraçãozinho de muse e agora as ninfas e sátiros ganharam uma companhia por algumas horas para realizarem suas tarefas. Muse irá alimentar os animais do acampamento, dar banhos, até mesmo levá-los para caminhar um pouco.
Recompensas: De 40XP à  90XP, já a quantidade de dracmas são até 60.
roman holidays, or not:
Os templos são lugares sagrados, mas por algum motivo muse encontrou o de seu parente divino completamente bagunçado, uma completa falta de respeito! Por isso muse decidiu organizar tudo e até mesmo fazer uma oração/oferenda para ele. 
Recompensas: De 90XP à  130XP, já a quantidade de dracmas são até 120.
Gregos podem realizar a tarefa, mas se passa exclusivamente no acampamento júpiter!
a canoa virou:
O dia estava quente, perfeito para um passeio pelo lago... mas algum semideus desavisado -provavelmente um novato, virou sua canoa e agora muse tem que resgatá-lo... mas o semideus tinha que estar tão medroso assim?
Recompensas: De 130XP à  170XP, já a quantidade de dracmas são até 300.
fala 300:
O dia a dia dos semideuses eram quase sempre o mesmo: acordar, treinar, realizar tarefas e dormir...até que muse decidiu deixar as coisas mais animadas e provocar outro campista, que o desafiou para um duelo. Mas o campista não estava sozinho e logo os amigos dele se juntaram para a luta. A questão é, muse deve lutar sozinho ou ele deve ir para seu quarto assistir netflix?
Recompensas: De 210XP à  290XP, já a quantidade de dracmas são até 400.
filho de peixe... é, deixa para lá:
Aproveitando a praia, muse gosta de pescar. Como o acampamento meio-sangue é famoso por vender seus morangos, ele decidiu que venderia seu peixe... literalmente. Agora só precisa pescá-lo.
Recompensas: De 40XP à  90XP, já a quantidade de dracmas são até 300.
crianças... o futuro nação. ou quase isso.
Algumas crianças estão causando problemas para os semideuses menores... bullying, Muse ficou sabendo disso e decidiu lidar com as crianças sem envolver Quíron e Lupa.
Recompensas: De 60XP à  100XP, já a quantidade de dracmas são até 200.
all in:
Filhos de Atena ou filhos de Hefesto/Vulcano... quem são os melhores construtores? Uma questão difícil e os semideuses decidiram fazer uma competição para ver de uma vez por todas quem é o melhor. O papel de muse é garantir que ninguém irá trapacear.
Recompensas: De 140XP à  230XP, já a quantidade de dracmas são até 400.
love on the brain:
Os filhos de Afrodite/Vênus e Eros/Cupido se juntaram para criarem encontros à cegas para alguns semideuses, muse até foi convidado para participar dessa experiencia, mas como um dos garçons servindo os casais durante a noite.
Recompensas: De 70XP à  130XP, já a quantidade de dracmas são até 600.
resgate do soldado... qual seu nome mesmo?:
Sabendo que um semideus estava passando por problemas, muse resolveu ir resgatá-lo por conta própria, com apenas uma mochila nas costas e muita determinação.... mas vários problemas irão acontecer.
Para resgate de filhos de deuses menores e olimpianos, pelo menos um ataque de monstro deve acontecer. Para resgate de filhos dos três grandes ou semi-titã, pelo menos dois monstros.
Recompensas: De 300XP à  390XP, já a quantidade de dracmas são até 1300.
Mais missões poderão ser adicionadas no decorrer do jogo!
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ameliachxvalier · 4 years ago
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this is why we can’t have nice things
Amélia estava cansada. Não fisicamente, apesar de o treino ter sido intenso naquele dia, não. Ela estava cansada mentalmente. Não aguentava mais os olhares, os cochichos e os julgamentos. Também não suportava chorar, reclamar ou se vitimizar. Ela era filha de Júpiter e com certeza era melhor que isso. 
No almoço, enquanto escutava a conversa de Lupa e Quíron, Lia refletia sobre sua vida. Aos vinte anos, para um semideus romano uma idade qualquer, ela já havia enfrentado a maioria dos monstros e dedicado uma vida de batalhas à Legião. Nada de diferente dos seus irmãos semideuses, mas para ela já estava se tornando monótono. Ela, um dia, sonhou em se aposentar, frequentar a faculdade e casar-se com James, mas era apenas isso, um sonho. Não tinha mais James e, apesar de todo amor que ela sentia por ele, não sabia se deveria continuar insistindo.  'Eu sei que errei', ela pensava enquanto empurrava uma ervilha em seu prato, 'mas são oito anos de história, certamente poderíamos superar isso'.
De repente ela não tinha mais apetite. 
Pedindo licença para o centauro e a loba, Amélia saiu da mesa e foi em direção a sua casa na via praetoria, o único lugar no acampamento romano que ela tinha um pingo de sossego, sem ter que resolver problemas alheios ou lidar com os próprios. Sua moradia era confortavelmente pequena,  mas ainda parecia incrivelmente vazia. Nos últimos dias ela retirara tudo aquilo que remetia ao filho de Poseidon e, pelos oito anos que se conheciam, eram muitas coisas.
Sentada em sua cama, Amélia olhava diretamente para o retrato de sua mãe, notando algumas semelhanças como a cor de suas íris ou o jeito que sorria. As madeixas acobreadas -finalmente ela havia voltado a usar a cor natural de seu cabelo. As semelhanças, contudo, acabavam em seu físico. Alice era filha de Vênus e adorava um bom romance adolescente, pelo que os semideuses mais velhos lhe contavam. Ela estaria completamente devastada pela luxúria que Mia apresentou ao se relacionar com Vitus, ignorando os sentimentos daqueles ao seu redor.
Pensar em como havia decepcionado a Chevalier mais velha era como enfiar uma adaga no coração de Lia.  Saber que nunca conseguiria fazer algo que realmente fosse deixá-la orgulhosa machucava, por melhores fossem os títulos ou conquistas, ela jamais veria sua mãe sorrir na plateia. Ou no final de uma igreja enquanto ela caminhava para seu futuro marido. Há anos que Amélia havia aprendido que não deveria pensar daquele modo, ficar triste pelo passado jamais traria Alice de volta para ela. A pretora decidiu que uma soneca diurna faria bem a ela, há muito tempo que Nova Roma e o acampamento Júpiter vinham antes de suas necessidades.
Acordando horas mais tarde, completamente desnorteada, Amélia escutou batidas em sua porta, abrindo apenas para dar de cara com Jasmine Park, a atual augur do acampamento, com um olhar um tanto apreensivo. A filha de Júpiter deu passagem para o Legado entrar em sua casa e a mesma rapidamente passou a relatar a profecia que recebera e a ligação de Amélia com ela. Mais alerta que nunca, a semideusa trocou suas vestes oficiais por uma camiseta roxa do acampamento e jeans confortáveis. 
Com sua arma em mãos, a prole do rei dos deuses finalmente parou na frente da coreana, respirando fundo.  ❝Imagino que Lupa já está ciente da minha missão. Irei partir agora mesmo, com sua benção. ❞ a menina esperou algum sinal da jovem a sua frente, sorrindo levemente com o balançar de cabeça que a mesma lhe deu.  ❝Está certo então... que Fortuna esteja a meu favor...❞ a semideusa murmurou para si mesma, esperando a augur sair de sua casa para poder trancá-la. Lia até cogitou acordar seus primos para informar de sua partida, os três eram extremamente apegados e sempre avisavam quando iria sair da proteção, mas a menina também entendia que não tinha tempo para isso. Usando seu próprio poder para voar¹ a semideusa não perdeu tempo, sentindo a corrente de ar lhe guiar até Las Vegas. 
Meia hora após erguer voo, Amélia percebeu três formas a seguindo, o que a fez ir direto para o chão, observando seus inimigos. Eram pássaros trovões e a semideusa praguejou em latim, pelo seu incrível azar de topar justamente com a criatura cujo seus poderes eram inúteis. Respirando fundo, Lia enrolou a ponta de sua corrente na mão esquerda, a mirando no passado da direita e prendendo firmemente no tornozelo dele (11) e uso sua força para traze-lo para mais perto, acertando um cruzado em sua face. (9)
A ave, em contrapartida, bateu as asas para sair do chão, usando a garra para atingir Amélia em sua face (11), passando da testa até o lábio inferior da menina. A semideusa urrou de dor, lhe dando uma cotovelada para se livrar do bicho e rolando para o lado. O segundo pássaro utilizou dos próprios raios para atingir a filha de Júpiter, que aproveitou para usar a eletricidade para estancar o sangue que escorria de seu corte (10).  A semideusa laçou o segundo monstro (13) como se fosse um touro, mas falhou em montá-lo como pretendia (4), deixando apenas a corrente em volta de seu pescoço. A semideusa aproveitou um muro contendo várias roseiras para criar um escudo (9) entre ela, o pássaro que estava preso em sua corrente e os outros dois.
 Apesar de conseguir manter o foco apenas em um monstro, enquanto a semideusa criava o escudo, o seu oponente usou às duas garras para lhe cortar no abdomem (12) e infligir raios em sua corrente sanguínea a partir desse corte (12), por estar distraída, Amélia não conseguiu usar os raios a seu favor, caindo ao chão enquanto se tremia por inteiro.  A jovem sentiu a corrente se mexer e, abrindo um dos olhos, ela viu seu prisioneiro tentar se livrar da corrente, o que fez com que ela usasse sua força para puxar a corda do chicote(9) para si, apertando ainda mais contra o pescoço dele. Amélia, fraca, tentou se levantar (4), mas seu oponente com apenas uma grande lufada de ar a derrubou novamente. 
O animal tentou duas investidas contra amélia, a primeira ele tentou usar seu poder de raio(1) novamente contra a semideusa, que conseguiu bloquear e o segundo ele se esforçou para erguer voo(5), apenas para ser puxado ao chão pela corrente, que Lia segurava com toda sua força.  Lia tentou desferir um chute (4), mas o pássaro conseguiu desviar deste com maestria. Em um estado de fúria, a semideusa puxou o chicote para si, consequentemente o bicho foi junto, Mia passou a corda novamente pelo pescoço, deixando que os espinhos de sua extensão penetrasse na pele do monstro (12). Chevalier ficou naquela posição pelo que pareceram horas, a barreira de proteção já estava abaixando, mas ela só se mexeu quando finalmente sentiu um vazio em seus braços, uma poeira dourada subindo.
Sem tempo para contemplar seu feito, Amélia foi direto para o chão quando as unhas de seu oponente cravaram(13) em sua carne, fazendo-a gritar de dor, mas não o suficiente para incapacitá-la. A semideusa usou o cabo de seu chicote como arma, levando seu punho com toda a sua força na cabeça da ave(14), aproveitando de seu momento de distração para laça-la e erguer voo com a mesma(14). Utilizando da mesma técnica com o outro oponente, puxou o laço para trás, deixando os espinhos perfurarem o pescoço do animal até perceber estar mais leve, o monstro havia partido.
O terceiro e último oponente estava no ar, voando atrás da semideusa que começou a ir em direção ao seu destino. Os dois sabiam que usar seus poderes era irrelevante, apenas com distrações os raios poderiam ser útil para ambos. Amélia, com seu corpo voltado para a frente -ainda indo em direção à Las Vegas, trouxe seu braço para frente e com grande velocidade o levou para trás novamente, prendendo(9) em uma das asas do Pássaro. A filha de Júpiter então passou a voar mais rápido, arrastando a ave atrás de si e, utilizando todas as forças que tinha, puxou a corda para frente, sentindo uma das asas do seu inimigo rasgarem(12). Lia soltou a corda do chicote, vendo o bicho ir em direção ao chão e o seguiu, o pegando pelo pescoço(9).  ❝Você já era, sua galinha estupida.❞ murmurou mal-humorada para seu oponente, que tentou em vão atingi-la com suas garras(5). Amélia começou a socar a face do Pássaro(8), usando por fim suas mãos no pescoço para estrangular o animal(15), sentindo suas mãos se encontrarem em alguns segundos, uma poeira dourada a circulando.
Amy finalmente pousou no chão, se ajoelhando e respirando fundo. A menina usou um poste de energia perto de si para usar a eletricidade³, a fim de estancar os novos cortes de seu corpo. Ela sabia que ficaria com várias novas cicatrizes e parte dela se sentiu mal com isso. Ela havia recém-saído de um relacionamento de anos e agora estava com várias marcas pelo seu corpo que ela julgava a lhe deixarem feias. Deixando sua consciência ter seu minuto de crítica. Mas ela não podia se dar o luxo de parar, não agora. Estava tão perto de chegar em seu destino e enfim dar início de verdade a sua missão.
Em vinte minutos, voando, Lia chegou em seu destino. A cidade estava em seu ápice,  luzes neon por todo lado, carros passando, mulheres em seus melhores trajes. Foi nessa distração que Amélia não percebeu uma sombra se aproximando, muito menos a mão que lhe cobriu a boca. Os braços estavam presos em uma corda e ela sentia a ponta de algo afiado em suas costas: como ela poderia ter sido tão burra? Quem quer que tenha lhe sequestrado, a levou para um galpão no centro de Las Vegas, a jogando no chão com força. A semideusa estava completamente desorientada, tentando entender o que estava acontecendo e, foi então, que ela a viu.  ❝Tal pai, tal filha... eu acredito que seja esse o ditado, certo?❞ a mulher disse. Lâmia, antiga amante de Júpiter.
TW: tortura
A amante pegou uma adaga dourada, fincando-a no peito esquerdo da semideusa, 3 cm dentro da pele e puxando a faca para baixo, parando apenas 5 cm abaixo do umbigo de Amélia. A esse ponto a semi mortal já estava sem voz, havia gritado tanto que agora somente soluços saíam de sua garganta, a menina sentia os outros cortes de seu corpo se abrindo também, provavelmente com a força que ela fazia toda vez que se contorcia, conforme era torturada.   ❝Eu já fui muito bela também, não é atoa que se pai deitou-se comigo...❞ a mulher se gabava, a adaga ensaguentada já esquecida ao seu lado. Mia não conseguia registrar o que se passava, ela não sentia nenhuma corrente elétrica no lugar -certamente Lâmia havia pensado nisso e desligado a eletricidade.
❝Aposto que sua mãe também era bela..., mas Hera não a amaldiçoou como fez comigo.❞ o monstro seguia falando, mas a mente de Lia estava tentando formular um plano, era difícil quando se estava completamente machucada.  ❝Bom, ela está morta, de qualquer forma. Não maldigo dos mortos.❞ finalizou Lâmia, fazendo com que Amélia grunhisse. A mulher se virou para pegar algo e a semideusa aproveitou para puxar a adaga com o pé, de primeiro a adaga não se mexeu(5), mas a filha de Júpiter, entre arfadas de dor, não desistiu, puxando-a novamente(7) e a trazendo para perto de sua bunda, sentando em cima da arma e passando-a para suas costas.  Lâmia por algum motivo estava distraída demais com o que fazia, já que não havia percebido o movimento atrás de si. A semideusa se movia com grande lentidão, colocando a lâmina da adaga contra a corda que passava em seus pulsos, conseguindo se libertar(9), a semideusa não estava, contudo, com seu chicote.  Teria que usar a adaga do monstro, que ela pode perceber ser de bronze celestial. A filha de Júpiter, com todo silêncio que conseguiu, ficou de pé. Apenas para ver Lâmia se virando com um ferro em brasas e vindo em direção a Amélia.
A prole do rei dos deuses não conseguiu desviar da investida da amante, estava muito lenta devido aos machucados e por isso foi acertada(14) entre os seios por um símbolo de cobra nadando em uma onda.  ❝Isso é para você se lembrar da sua própria traição.❞ o monstro brandou, antes de passar uma rasteira com a própria cauda na semideusa, a levando para o chão. A mulher veio para cima dela, mas Amélia usou a arma de sua tortura contra sua torturadora, enfiando no estômago da mesma(14), mas não tendo força para puxá-la par abaixo(4), então ela decidiu esfaqueia-la o quanto fosse preciso(7), apoiando-se na parede atrás de si para se levantar e deixando o último golpe no crânio(11), vendo-a se materializar em poeira.
 Amélia caiu novamente no chão, seu corpo tomado pelas dores e ela sabia estar a um passo de desmaiar. A semideusa sentiu a bile subindo e não conseguiu segurar, despejando o conteúdo de seu estomago no chão ao seu lado. Ela queria dormir, queria chorar, queria morrer. Ela ainda não havia sequer feito sua missão e já estava mais para o reino de Hades do que no mundo mortal e ela tinha plena convicção disso.
 ❝Amélia Isabelle Chevalier❞ duas vozes brandaram em algum lugar, provavelmente seria julgada agora e poderia ter paz nos Campos do Elísios.  ❝Você nos surpreendeu, criança.❞ uma mulher, em seus trinta e cinco anos disse.  Bronte, ela servia a seu pai. Seria ela a responsável para levá-la ao mundo inferior. A mulher se aproximou e, com um toque, a semideusa sentiu uma corrente elétrica passar por seu corpo. Ela não havia a curado, mas seus ferimentos não sangravam mais. Lia sentia-se levemente mais forte naquele momento, conseguindo se colocar de pé. A mente da filha de Júpiter começou a funcionar novamente.
❝Vocês não vieram me ajudar.❞ constatou. Se fosse o caso, elas teriam intervindo antes. Amélia não era filha delas e dada a atual situação, ela acreditava que os deuses poderiam interferir mais, afinal, Selene estava treinando semideuses em sua casa nesse momento.  ❝V-vocês se abnegaram ao meu pai.❞ disse fraca, o choque de suas palavras a atingindo como um raio. Bronte e Astrape eram raios e trovões, elas deveriam se curvar.  ❝Isso era um plano... vocês queriam me matar?❞ a semideusa segurava firmemente a adaga agora, preparada para atacar se preciso, ela ainda não tinha certeza. Astrape negou com a cabeça.  ❝Os céus caíram, o Olimpo está vazio, criança. Nosso lorde está desaparecido, precisávamos tomar uma atitude. Servimos a Zeus, jamais juntaríamos forças com Érebo.❞ revelou uma das duas, a visão de Amélia voltou a ficar turva, ela estava enfraquecendo novamente.  ❝Somente uma pessoa seria capaz de ganhar nossa servidão, você.❞ para o conforto de seu ego, Lia conseguiu segurar seu choque dessa vez.  ❝Contudo, eu e minha irmã jamais serviríamos alguém fraco e, por tal motivo, trouxemos Lâmia para você. Sua tarefa era derrotá-la e então os raios e os trovões se curvariam a você. Se perdesse... bom, com a morte da herdeira dos céus, nossa força seria bem usada em outro lugar.❞ por mais louco que fosse o que a deusa falava, fazia sentindo na cabeça de Amélia e por isso ela concordou, um dos poucos movimentos que não a machucava. ❝Você lutou como uma verdadeira heroína e por isso não iremos a curá-la, seus machucados e traumas são seus para contar sua história. Mas oferecemos nossos parabéns. ❞ e com isso o mundo ficou escuro para Chevalier, escutando apenas um estrondo ao seu redor. A jovem acordou, segundos depois nos Campos de Marte, as deusas haviam a teletransportado através dos raios e trovões, ainda impedindo que eles a curassem. Vacas, a menina pensou. Amélia fechou os olhos ao sentir dois braços a pegando no colo, ela estava em casa, quem quer que tenha a pegado provavelmente estaria a levando para a enfermaria, ela estava segura.
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momo-de-avis · 5 years ago
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Guerras de Midgard, Cap. 4: Dahaka
Este capítulo é patrocinado pelo homeopata pessoal do Zuzarte:
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Antevisão: no qual Zuzarte atinge o expoente máximo do seu edginess, esfrega-nos sexismo atroz, e comete o pior acto de teabagging ao leitor que já li que me deixou em lágrimas de ambos riso e desespero.
Preparem-se que este capítulo aniquilou-me os neurónios
Assim que chegou à entrada dos enormes portões de sua casa, James ignorou a campainha e saltou o muro.
Epa porquê man
Querem saber como é esta casa? Pois fodam-se porque Zuzarte diz-nos “leste o primeiro livro, não leste? Então chupa, se não leste, azar o teu”.
Literalmente:
A casa era muito semelhante à do avô de James em Portugal, a arquitectura era idêntica. Max Strongheart, filho de [Jonatã] Strongheart, gostara tanto da casa do pai que quis ter uma réplica igualzinha, em Edimburgo.
Eu vou desconstruir esta frase até à medula para perceberem como ela é exemplo top de como não se escreve:
1. Primeiro, a casa era “muito semelhante”. Muito semelhante implica um nível altíssimo de parecença.
2. Depois, já é a arquitectura que era “idêntica”.
3. A ponto nenhum nos foi descrito no primeiro livro o aspecto da casa. Neste, também não nos é dado qualquer ponto de referência de qual será o seu aspecto. Eu, que sou historiadora da arte, tenho particular interesse em saber o que é que destaca esta casa para ela ser digna do narrador se lembrar, mesmo sem nos prover descrição (é casa portuguesa do Raul Lino??? é Prémio Valmor???)
4. Mesmo que o primeiro livro tivesse provido descrição, estás MESMO à espera que o leitor se recorde? Já o tinha dito no spork anterior, mas quando escrevem sagas, é importantíssimo transportar a informação de um livro para o outro. A arquitectura de uma casa é uma dessas informações? À partida, não. Excepto quando o narrador faz questão de a destacar na narrativa, como é o caso aqui. O segredo para não ser repetitivo é perspectiva. Se são duas personagens diferentes a olhar para a mesma casa, vão vê-la de forma diferente. Usem isso.
5. Finalmente, a casa deixa de ser “muito semelhante” e prescinde mesmo de uma “arquitectura [...] idêntica”. Atentando ao facto de que “semelhante” e “idêntico” são sinónimos, vamos estabelecer que ambos significam que existe um nível de parecença indubitável, mas que apesar de tudo se distinguem, seja por que razão for. Mas na última frase, a casa já é “uma réplica”, que não só significa ser ipsis verbis a casa que deveríamos conhecer, como Zuzarte acrescenta “igualzinha” para reforçar o pleonasmo e garantir-nos o QUANTO igual a casa é. É a papel químico.
Estão a ver a puta de salganhada que está aqui? ISTO É A SEGUNDA FRASE DO CAPÍTULO, CARALHO.
Tomem este exemplo por regra de uma coisa que vos dizem para fazer mas não se faz: discorrer de palavras bonitas só para prolongar o texto. O erro é este: repetição e contradições. Nem tudo o que parece sinónimo o é.
Enfim, James nota que o interior da casa está iluminado e há uma festa, o que ele consegue ver porque
embora ele se encontrasse a vários metros de distância, [...] era possível devido ao grande poder que ele possuía de ver a longa distância como as águias. Este poder tinha sido transmitido desde o seu avô.
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Ele não te transmitiu mais nada? Anemia? Tumores benignos? Tensão alta? Só mesmo os poderes?
James segue pelo “caminho empedrado” que é literalmente o único elemento de descrição desta casa que nos dá, e o cão de guarda atira-se-lhe para cima para o lambusar todo contente que o dono voltou a casa, e é só agora que James se arrepende de não ter tocado a campainha, o que não sei como é que afecta porque o cão não se desmaterializa se o fizeres?
Já agora, o cão chama-se Runepaw. “Pata de Runa”. De alguma forma, esperava exactamente isto
James entra no salão que está pejado de convidados que olham para ele estupefactos por esta lesma de gente ser agora capitão. O gajo, meio embasbacado, lá prossegue na demanda de high-society de cumprimentos, e eis que de repente---
---antes de inserir aqui este excerto, lembram-se da cena na casa do Bjorn Quebra Bilhas de Toledo, envolvendo uma escadaria e um nariz partido?
Pois bem
sem querer, pisou a causa de um dos vestidos das convidadas. Esta, sem se aperceber, continuou a andar rasgando o vestido até à cintura. James permaneceu imóvel a olhar para a seminudez da senhora.
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Obviamente, os convidados ficam fulos. O “convidado” acompanhante da mulher berra “mas que afronta é esta, por Júpiter?” o que é hilariante porque ele ainda não se decidiu se a malta é católica ou pagã, mas está mesmo na altura de tomares uma decisão, boneco.
...manos, esta cena já dura há meia página e tenho mais uma segunda pela frente pqp
-- Veja por onde anda! -- avisou o convidado enquanto limpava o monóculo, que lhe conferia um ar cómico.
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Se acham que o enxerto de vergonha alheia terminou, estão enganados.
James, que se sentia muito mais à vontade no campo de batalha do que na maioria das situações sociais, com o embaraço não conseguiu evitar de se rir da cena, com a senhora meio despida e o seu acompanhante empertigado de monóculo em punho. Este não gostou de ser gozado e avançou para James, mas com tanto azar que tropeçou e foi contra a mesa da comida. Um dos empregados que passava por lá gritou:
-- Mon Dieu, mon soufflé de poisson. Il est ruiné!
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(não se diz “evitar de” btw)
O Dark Jonatã tá-me a dar vibes de We Live in a Society e não tou a curtir nada
DESTA VEZ, o Zuzarte insere uma nota de rodapé para explicar o que é que isto significa: “Meu Deus, o meu soufflé de peixe foi desfeito!” e eu estou a CHORAR porque a tradução está errada sjkfhgjdkgdjkghfjkhf oh Zézoca, podias ter uma bota com instruções na sola que não a saberias calçar
Esta descrição estende-se por demasiado tempo, e Zuzarte provê-nos uma longa exposição sobre como o bigode é “em forma de anzol” e dele pende “um fio de esparguete” e há “pasta de peixe” a cobrir o monóculo, ou mesmo a enorme “mancha de chocolate e natas” que se ia “desprendendo da cabeça”, e nós, leitores, aka vítimas, somos tipo James Caan no Misery, enquanto este livro é a Kathy Bates a partir-nos as pernas, enquanto o Zuzarte, de olhos esbugalhados qual maníaco, nos grita “RIAM-SE, SEUS ENERGÚMENOS. RIAM-SE. DIGAM-ME QUE TENHO PIADA”. Lágrimas escorrem-lhe dos olhos. Eu assinto forçosamente.
-- Meu jovem, nunca na minha vida fui tão humilhado. Só porque você é um capitão do exército, pensa que pode chegar aqui e desrespeitar toda a gente? Desafio-o para um duelo! Quem diabo pensa que você é? -- atirou o convidado, quase tão vermelho como o molho de tomate que lhe escorria do bigode.
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é isso, man, mata-o já
-- É meu filho -- respondeu um homem elegante que descia as escadas, vestindo um fato de cerimónia militar, complementado por um sabre. Era Maximilian Strongheart, filho de [Jonatã] e pai de James Strongheart. -- E desafiá-lo para um duelo é capaz de não ser boa ideia, Lorde Ponsonby. Estou certo de que o rapaz não se importará de lhe apresentar um sincero pedido de desculpas -- acrescentou de forma bem educada, mas sem esconder o ar divertido que a cena lhe provocou.
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James sente-se em casa quando vê o pai e eu sou forçadíssima a perguntar, já que o primeiro livro sofreu do mesmo mal:
ONDE ESTÁ A TUA MÃE?
No primeiro, só vemos UMA mãe. Tu tratas as mulheres como incubadoras de filhos e vaginas falantes, mas reflecte-se particularmente na ausência total de mães.
A festa prossegue e eu quero realçar isto:
chegaram mais convidados, alguns deles traziam prendas, outros traziam pratos de comida e também havia aqueles que não traziam nada.
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mano... mano tu... tu és da alta sociedade... e os convidados trazem pratos de comida tipo festa do tupperware??? tipo comadres a competirem pelo melhor arroz doce do bairro???
Harry traz um embrulho que “talvez fosse uma caixa com uma garrafa de vinho ou whisky”. James pergunta pela mulher e por alguma razão a conversa segue-se desta forma:
-- Ficou em casa, tá com aquela constipação, tás a ver?
-- Tou compincha.
Pausa. Lição:
“Tou” e “tá” são palavras abreviadas. Obviamente, num diálogo usam o que quiserem. Mas quando escrevem a forma abreviada do verbo estar, colocam apóstrofe: ‘tou. ‘tá. O itálico não serve para nada. Itálico usa-se para estrangeirismos, ou outras coisas tipo pensamentos ou deixas provindas da distância (telefone, rádio), esse tipo de merdas.
Já agora, vírgula antes de compincha. Caralho, o Zuzarte não sabe mesmo meter vírgulas, mas ele tem um pavor especial a separar o vocativo (exemplo: nesta frase, “caralho” é vocativo lmao). Vírgulas são talvez 40% subjectivas, e não tanto uma necessidade sintática para esclarecer o significado (casos pontuais que seguem regras precisas) como opção estética que vos ajuda a definir o ritmo da frase, mas o vocativo é SEMPRE separado por uma vírgula. Eu tenho a certeza de que vocês conseguem dizer porque é que “Tou compincha” soa mal, mas eu vou pôr por termos técnicos para tornar claro:
O verbo estar é transitivo, significa que necessita SEMPRE de um complemento directo (complemento directo é a resposta à pergunta “o quê” na frase, e por “o quê” referimo-nos a objecto na frase, não literalmente um objecto)---mesmo quando prescinde dele, como acima. Acima, não necessita de um complemento directo porque ele está subentendido, tendo em conta que foi referido na frase acima: “estás [o quê?] a ver?”. É uma resposta, logo suprime-se o complemento directo. 
O vocativo é a invocação da frase, quando existe nela um elemento que leva o interlocutor a dirigir-se directamente a algo ou alguém. É um complemento à parte. Se não o separamos, transformamo-lo num complemento diferente e atrofia o sentido da frase.
O Zuzarte, como suprimiu a vírgula a seguir ao verbo transitivo acima, transformou “compincha” no complemento directo. Deixou de ser um vocativo---a forma como o gajo invoca directamente o amigo---e passou a ser o objecto da frase, como se “compincha” fosse um estado.
Vírgulas são muito importantes, amigos. E se eu me queixei do livro anterior que as tinha todas colocadas como se fosse um exercício de orações do 9º, neste o Zuzas ganhou confiança porque elas estão todas atrozes e mal colocadas, e é dificílimo entender o sentido das frases.
Continuando.
Finalmente, chega Amy:
Amy trazia um vestido verde, estilo império.
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Sintam a subtileza desta excelsa descrição
O cabelo ruivo estava apanhado por uma fita, fazendo um rabo-de-cavalo. Vinha acompanhada dos pais: a mãe era humana, senhora de vastas terras, no norte de Inglaterra. O pai era Aldrid Isläimr Elfo (sic) um espadachim reputado na sua raça.
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(Vêm ali o “no norte de Inglaterra”? Tecnicamente, pode estar correcta a vírgula, porque é um complemento circunstancial, mas a forma como a restante frase está construída---e porque os complementos circunstanciais se referem ao sujeito e NÃO o complemento directo, faz soar que a senhora é que é do norte de Inglaterra, e não as terras que ela possui. Uma vez que tanto “no norte de Inglaterra” como “senhora de vastas terras” são ambos complementos circunstanciais, não há qualquer necessidade de ambos estarem separados por vírgulas.)
Pausa.
Pensem novamente no que disse ali em cima sobre a ausência de mães, e agora ponderem sobre este instante: a mãe é apenas descrita como “senhora de vastas terras”, e nem sequer tem um nome. O pai, contudo, não só tem um nome como uma exímia qualidade, que Zuzarte prolonga nas frases seguintes:
Era famoso por ter eliminado um temível Dragão Negro de duas cabeças, usando apenas a sua espada Ildaron Fen’Ahlramën. A espada recebeu o seu nome do lendário cavalo Ildaron, o corcel utilizado por Äldïn Helaers XX, na campanha contra os elfos.
Portanto, primeiro temos: uma mulher que é só a mãe, logo, a incubadora, e cujo único atributo são as suas qualidades materiais: as terras que, certamente, o pai adquiriu com o casamento.
Depois, o pai, Homem, Macho: seus tomates viripotentes são tema da lendário história da morte do Dragão Negro! Homem de macheza de tal forma sublime que sua piça portentosa recebeu sete nomenclaturas de três língua élficas diferentes, e todos lhe sabem o nome, cognome, nome do cavalo e nome da espada!
É por merdas destas que o sexismo na literatura é tema que continua a mover as calhas da crítica, e razão pela qual eu tendo a afastar-me da fantasia, se vou ser sincera. Até agora, não existe UMA personagem feminina com um traço de personalidade. Não, nem mesmo a Amy, que é claramente o interesse amoroso: reparem que a Amy entrou na sala e Zuzarte dá-nos apenas a sua aparência física, e de seguida discorre dos feitos DO PAI! A mãe NEM SEQUER TEM DIREITO A UM NOME. Aliás, logo na nossa introdução à Amy ficou estabelecido qual é a função dela na narrativa: ela está aqui para ser salva. Ela não tem valor. Ela não tem agência.
Ficam a saber que se um livro não tem mulheres, não leio. Ponto.
Até agora, James ainda não teceu um juízo de valor sobre Amy, nem sequer contemplou “que gaja boa”. Excepto isto:
A meia-elfa não trazia um presente mas, em vez disso, exibia um sorriso encantador e uma fita à volta do pescoço, que completava a sua beleza.
Tecnicamente, isto é juízo de valor mas não nos demonstra qualquer posição do personagem face à elfa. Não traduz nada.
E FINALMENTE, um toque de emoção depois dela o cumprimentar:
Extasiado, James ficou a olhar para ela durante algum tempo e só depois respondeu.
-- Ah... pois, boa noite, Amy. Não te via desde há, deixa ver... cinco ou dez minutos. -- gozou James, disfarçando o seu embaraço (lidar com o sexo oposto também não era dos seus fortes).
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Eu deliro com a forma como o Zuzarte escreve os chamados ‘dialogue tags’, ou discurso do narrador inserido no discurso directo. 
O que o narrador diz depois da fala do personagem é suposto complementar, NÃO explicar. Faço esta ressalva porque à partida não deve ser necessária explicação---e na ocasião de ser, agora vou dizer como EU pessoalmente faço---sai-se do parágrafo da fala e inicia-se um novo em que é permitido ao narrador estender-se pelo assunto complementar.
O discurso convém que seja o mais natural possível sem exagerar, caso contrário entramos no chamado Tiffany Effect: demasiado realismo torna a obra irrealista. Mas pequenas marcas de discurso, naturalmente, são permitidas. Zuzarte deve ter um problema em ser ouvido na vida porque ele reitera e repete-se e passa a vida a dar-nos informação inútil que é totalmente redundante, pois reparem: primeiro enche aquela merda de reticências, coloca inclusive ali uns “ah” ou mesmo o “deixa ver” que é marca de discurso de quem está a parar para pensar.
E DEPOIS acrescenta: “disfarçando o seu embaraço” QUE JÁ ERA EVIDENTE PORQUE NÓS TEMOS A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SUFICIENTE PARA IDENTIFICAR AS EMOÇÕES AQUI, CARALHO.
“Dark Jonatã Tomates de Aço, mas não sabe falar com um pipi”
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Amy olha para os olhos de James---que há dois capítulos atrás foram descritos como “cruel” e que lhe dá um ar “ASSUSTADOR E MAU---e
Por mais alarido que houvesse, ela não desviava a atenção daqueles olhos. 
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Eram azuis, cor do céu, que pareciam iluminar toda a cara de James por debaixo de umas sobrancelhas negras, cor de carvão.
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Engenho e mestria literária ao nível de um Flaubert, sim senhor, tou aqui a arrepiar-me toda.
Os olhos de Amy também não eram facilmente ignoráveis, uns olhos cor de fluorite capaz de acalmar uma pessoa e amansar uma fera
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Se calhar já estou a ser meta demais, mas:
1. “O gajo é todo grosso, mas olha que ela também não lhe fica atrás” -- não há UMA GAJA neste tarolo de língua portuguesa infamemente apelidado de livro que consiga existir isoladamente e seja dotada da suas próprias características e agência. TODAS existem “apesar de” os homens da sua vida, o que me está a dar uma fúria que nem vos sei descrever.
2. Eu genuinamente rangi os dentes com “capaz de acalmar uma pessoa e amansar uma fera”.
Se há trope que é NOCIVO e que DETESTO é o da mulher que cura o homem. Dado o que já vimos do diabo do cu do Dark Jonatã, eu já estou à espera há muito tempo que a solução seja essa mesma. Mas ter lido este conjunto de palavras fez-me verdadeiramente perder a cabeça.
enfim... prossigamos.
James tenta dar-lhe um elogio e o rapaz deve ser autista, e não digo isto no sentido pejorativo, digo isto metendo o meu chapéu de terapeuta de sofá porque ele está a tentar dar-lhe um elogio mas berra do nada BONITA---se calhar é tourette? Não sei, mas precisa de terapia. Além disso, a perna começa-lhe a tremer e “no entanto, conseguiu controlar-se” ya claro, vai lá mas é meter um cacto no cu.
Harry, que ATÉ AGORA ESTAVA NO MEIO DOS DOIS E EU NÃO TINHA PERCEBIDO, retira-se e James caga a cueca porque
Amy continuava a olhar para ele com um sorriso provocante!
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Amigos eu quero falecer
James regurgita umas quantas palavras porque está todo nervoso, e Amy diz que a festa só vai ficar melhor quando ele vir que presente é que ela lhe trouxe, ao que James pergunta “ai é, onde é que está?” e ela
e ela
Amy puxou do laço que tinha ao pescoço e deixou a fita cair.
-- Sou eu -- disse ela.
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Alguém venha cá meter-me um tiro nos cornos, peço-vos
James oferece-lhe um copo de champanhe e gagueja que nem um atrofiado e insulta a rapariga que fica “desanimada” mas lá brinda e James pensa “ai que estúpido” e eu tou aqui tipo
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E depois... isto:
-- Non, tu ne vas pas touché mon soufflé! -- gritou o empregado que James ouvira quando empurrara um dos convidados.
-- Eh, eu não quero nada com o teu maldito chulé ou sofá, ou lá o que isso é, a comida de franciús é muito má. -- disse Harry ao pé da mesa da comida, disposto a dar um murro no empregado.
EXPLIQUEM-ME o propósito desta cena?
A nota de rodapé, novamente, traduz o francês: “Não vais tocar no meu soufflé!” bom saber. sinto-me muito mais iluminada, agora.
James vai socorrer o amigo, embora eu não saiba de quê, e Amy manda bota a baixo no champanhe, e a mãe diz isto:
-- Amy, onde estão as tuas maneiras?!
-- Quero lá saber... -- disse Amy enquanto atirava o copo para o chão, fazendo-o partir em mil pedaços.
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A festa decorre “sem grandes alterações” e James põe água na fervura entre o amigo Harry e o empregado que agora, por razão nenhuma, é mordomo porque o Zuzarte está a seguir aquele conselho de substituir palavras por sinónimos sem saber o que é que elas significam, e ainda se reconcilia com Amy “que amuara depois da (des)conversa que tinham tido” e eu só quero mesmo deixar aqui bem assente que vocês os dois são uns otários do caralho.
De repente, toca a sirene dos “ataques aérios” e “ouviu-se um dragão a sobrevoar a casa de James.”
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De súbito, uma quadrilha de Elfos Negros entrou no salão, empunhando espadas.
-- Nadorhuan -- disse Aldrid, pai de Amy
Desta vez, não há nota de rodapé lmaooo
Also, já introduziste o Aldrid, não tens de o introduzir outra vez, caralho.
Este é o momento em que vocês pensam: será que o Zuzas transpôs a sua icónica marca de caps lock e lutas da merda?
Oh fofos...
James viu a quadrilha espalhar o caos e o pânico na festa e ficou furioso.
-- TÊM DE SER LOUCOS PARA SE ATREVEREM A ATACAR-ME NA MINHA PRÓPRIA CASA!!! -- gritou ele com a voz tão alta que todos os Elfos Negros olharam para ele.
1. Obrigada por me dizeres que gritou, entre o caps lock e os 3 pontos de exclamação, eu realmente não tinha lá chegado.
Já agora, como é que sabes que eles estão aqui para ti? Estão tipo, 50 pessoas nessa casa, o mundo só gira à tua volta quando estás bêbado, ó boi.
2. gritou tão alto que eles olharam para ele -- eu tenho a certeza de que se ele tivesse adoptado um tom de voz aceitável tinham olhado para ele à mesma
James desembainhou a sua espada e correu em direcção a um espadachim que foi imediatamente decapitado.
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LEVEI MAIS TEMPO A LER ESTA FRASE DO QUE O PALHAÇO A DEGOLAR O BICHO CARALHO
Um dos Elfos Negros encontrava-se perto da mesa de refeições, e foi surpreendido pelo mordomo que empunhava uma espingarda Winchester.
-- Ne touche pas mon soufflé -- disse ele, disparando uma bala, rebentando com a cabeça do elfo.
Vou ser sincera. Gosto disto. Gosto genuinamente deste momento, tem piada e o gajo fez o delivery como deve ser. Estou aqui para um empregado cagão que está tão farto desta merda como eu sacar secamente de um espingarda winchester do cu e arrear no pessoa. Só gostava mesmo que estivesse num bom livro.
Aldrid desembainha a sua piça e ala que se faz tarde:
-- Intooth doost killian lu’jindurn streea, dos orn naut sevir nindol beldaein dro! (Desembainha a tua arma e enfrenta a morte, tu não sairás deste edifício vivo).
Uma vez mais: sendo que o parêntesis está na fala, assumam que o man esporreou élfico e de seguida proveu uma tradução.
Pensavam que era Aldrid quem disse isto? Pois não foi! O Zuzarte é que não sabe explicar um caralho. Foi um Elfo Negro, aparentemente.
Aldrid rodopia seu viripotente talo e iça-se sobre os Elfos Negros qual ninja das caldas, e o seu prepúcio é tão cortante que “cortou a armadura dos seus inimigos como se fosse uma faca quente sobre manteiga”
Zuzarte tu não fazes a puta de como funcionam armaduras
Harry, por qualquer razão, saca de duas pistolas do cu e “defendeu-se”.
Nunca James vira ninguém manejar as pistolas como Harry
ele não fez nada, pára de chupar a piça aos outros 
As suas duas pistolas “King George” e “Elisabeth”
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possuíam um poder de fogo inacreditável, já para não falar da perícia de Harry, pois saltava pelas paredes dava pontapés e até usou um dos Elfos Negros como se fosse uma prancha para se movimentar mais facilmente pela sala, à medida que disparava
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CENA: INT. QUARTO DE ADOLESCENTE. CASCAIS.
ZUZARTE sorri de soslaio para o PC. Empurra os óculos pela cana do nariz acima. Ajusta o seu action figure do Vegeta em cima da secretária, satisfeito. Primeiro, toca levemente no teclado, e por fim começa a escrever depois de um momento de ponderação.
ZUZARTE (murmurando)
Ah, sim... Genial! Claro que o Harry tem de ser excepcional em qualquer coisa, mas não pode ser em nada mais que o James já seja, não é? Não, não... O James é o melhor em tudo, claro. Hm...
ZUZARTE olha para a aparelhagem. Clica num botão. AUSTRIAN DEATH MACHINE começa a tocar de fundo.
ZUZARTE
É melhor fazer uma pausa.
ZUZARTE insere um CD no seu PC. Assim que começa a jogar Tony Hawk Pro Skater, ao som de “If It Bleeds, We Can Kill It”, o cérebro ilumina-se. Entusiasmado, retira o CD e atira-o tipo boomerangue para o canto do quarto, e começa furiosamente a escrever. 
MÃE (VOZ OFF):
Zuzinho, vem jantar!
ZUZARTE (gritos)
Já vou, mãe! Isto é mais importante!
...
Estou ainda convencida de que o Zuzarte não faz ideia de afinal quantos Elfos negros entraram pela casa a dentro
Um dos bandidos vira que nada estava a correr como o previsto, tal era a brutalidade da carnificina de James, a habilidade de Aldrin e a perícia e pontaria de Harry
o filho da puta só matou um. O pai da Amy matou dois. O cabrão do mordomo matou outro. O Harry matou um número indeterminado. Literalmente a carnificina é causada por toda a gente menos o James. Pára de chupar a tua própria pila, IMPLORO-TE Zuzarte bate uma punheta como um adolescente normal
O elfo corre para a porta, abre-a e... pqp vocês nem sonham quem está do outro lado
foi surpreendido por Gulliver.
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Agarra-o (deve ser tipo cachaço do gato) e atira-o porta fora, e uma vez na rua, é surpreendido por Runepaw. Literalmente não sei o que nada disto quer dizer.
Quando só restava apenas um eflo, James trespassou-o com a “Vingadora”.
Assim, como se fosse uma barata.
O salão ficou inundado de sangue
Zuzarte caralho pára de ser edgy. A sério. Vai fazer festas a um cão, passear na praia à noite, assistir a um espectáculo na Inatel, qualquer merda, mas pára de ser edgy.
Amy pisga-se da protecção da sala onde se refugiou, porque é menina e pipis são fracos tadinhos precisam de protecção :(, e vê
James a arrancar a cabeça de um dos elfos, a erguê-la e a gritar incrivelmente alto!
Amy ficou assustada e admirada de como o rapaz que ela conhecera outrora poderia ser tão cruel!
és tão estúpida, coitadinha de ti
James respirava pesadamente e, de seguida, soltou um grito tão alto que Amy, assustada, escondeu-se atrás de uma parede. A rapariga ainda espreitou pelo canto do seu refúgio e viu James a contorcer-se e a alterar-se até se transformar no Dahaka.
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No meio disto, os tomates Harry e do pai de Amy tornam-se quatro tâmaras mirradinhas e os palhaços bazam dali a correr.
..amigos eu ainda não virei a página, mas se esta merda der em King Kong eu vou de joelhos a fátima
-- Fracos -- disse o Dahaka. -- Todos foram uns fracos na outra vida. Mesmo assim, vou dar-lhes uma outra oportunidade.
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Meus amigos, eu não tenho palavras para descrever o que se passa a seguir. Por entre um chorrilho de maiúsculas, descrições que tentam ser gore mas ficam-se pelo sangue e tripas tipo caldo de galinha mal cozinhado mas tão desligado e desconexo e superficial que nem sequer exige um “TW: Gore”, Zuzarte atinge o extremo do seu edginess, eu vou só dizer isto:
O man ressuscita os elfos negros mortos para os matar outra vez.
Sim, é exactamente isso que acontece. Isto é equivalente literário a continuar a fazer scroll down no Porn Hub depois de te masturbares, ainda com a vergonha ali à flor da pele, de lágrimas nos olhos porque atingiste o ponto mais baixo da tua vida, à procura de um segundo vídeo para furiosamente esgalhares o pessegueiro por nada mais que a necessidade urgente de dopamina, já que a tua vida é uma miséria.
Deixo a transcrição do que o Zuzarte chama de “segundo massacre”:
Muitos dos elfos foram cortados ao meio, outros foram pisados e agarrados pelas pernas enquanto o Dahaka os usava como moca para bater violentamente com a cabeça na parede, deixando um rasto de sangue. Dos trinta elfos que irromperam pela casa dos Strongheart, apenas cinco restavam ainda de pé.
AI ERAM TRINTA? LOL
Dahaka ou Dark Jonatã grita bué ( “OFEREÇAM A VOSSA ALMA!!!” ) e “rios de sangue” correm pelo chão, e os empregados devem estar a perder a cabeça que limpar esta merda vai ser um inferno
Grita mais um pouco ( “PODER INFINITO!!!” ) e por cada vez que aparece caps lock, o Zuzarte faz questão de nos dizer que está mesmo a gritar, caso tenham dúvidas, e 
desta vez, saíram-lhe das mãos raios que electrocutaram os elfos que restavam, queimando-os e fazendo-os explodir.
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TOU EM LÁGRIMAS
O salão tresandava a sangue e a corpos queimados, Dahaka erguia-se majestosamente no meio da sala.
majestosamente é um bocado a palavra errada, idiota da merda
O bicho das trevas topa a respiração da Amy, que tá a resfolegar tipo cavalo a ver este filme do Eli Roth, e corre para ela, ruge, mas ela começa a chorar e 
ao ver as lágrimas a caírem daqueles olhos cor de jade,
já não são da cor da fluorite? 
acalmou.
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-- Maldição -- pensou. -- Voltei a transformar-me nele. Acho que já sei o que me leva a transformar no Dahaka. A violência, a luta, a guerra, o ódio, a fúria e a raiva.
E o micropénis do zuzarte que tinha claramente 16 anos quando escreveu esta merda porque está totalmente no auge do edginess
Por um parágrafo inteiro, tudo o que Amy faz é continuar a resfolegar que nem cavalo epiléptico, quase sem ar, porque coitadinha a menina precisa de ser salva :( sabe Deus como é ser rapariga, nós pipis andantes precisamos de um forte e belo Dark Prince né
James passa-se da cabeça, baza, e o pai encontra no chão um capacete de elfo, por razão nenhuma. Pega nele e “compreendeu rapidamente que o filho partira de novo para a guerra, provavelmente para nunca mais voltar” e como é que ele depreendeu isso de um capacete de elfos, fica aquém do nosso pea brain, mas
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REZO PARA QUE NÃO VOLTE.
O dragão que se ouviu a sobrevoar a casa dos Strongheart? Pôs-se nas putas, aparentemente.
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Anteriores:
Capítulo 1 - Maré de Trevas
Capítulo 2 - Novo Herói
Capítulo 3 - Memórias
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happykidsalad-blog · 5 years ago
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1 INTRODUÇÃO Neste trabalho iremos falar sobre a importância dos sinais de pontuação, mostraremos o que são sinais de pontuação, as regras de cada pontuação, e no final alguns exercício para auxiliar no aprendizagem desses pontos, eles não são apenas enfeites, cada regra tem sua importância e deve ser respeitada. 1.1 DESENVOLVIMENTO 1.2 o que são sinais de pontuação ? Sinais de Pontuação são sinais gráficos que contribuem para a coerência e a coesão de textos, bem como têm a função de desempenhar questões de ordem estética.São eles: o ponto (.), a vírgula (,), o ponto e vírgula (;), os dois pontos (:), o ponto de exclamação (!), o ponto de interrogação (?), as reticências (...), as aspas (“”), os parênteses ( ( ) ) e o travessão (—). 1.3 Uso da vírgula(,) A vírgula indica uma pequena pausa num período. Geralmente é usada: 1-Para separar o nome da localidade Ex: São José dos Campos,18 de maio de 2020 2-Após os advérbios “sim” e não” usados como resposta no começo da frase Ex: - Aceita um café? -Não, obrigada. 3-Após uma saudação em correspondência Ex: Com amor,Ana Atenciosamente, Sandra 4-Para separar termos de uma mesma função sintática: Ex: A casa tem dois quartos, um banheiro e uma sala. 5- Para destacar elementos: a) Conjunção: Ex: Estudamos bastante , logo , merecemos férias. b)Adjunto Adverbial: Ex: Esse vestido , com certeza , é o mais bonito c)Vocativo: Ex: Crianças, vamos entrar. 6- Aposto: Ex: Juliana , a aluna destaque, foi aprovada. 7-Expressão explicativa ( isto é, ou melhor, por exemplo) Ex: Não espere por mim, porque estou trabalhando. 8- Para separar termos deslocados de sua posição normal na frase: Ex: O documento de identidade, você trouxe? 9- Para separar elementos paralelos: Ex: Tal pai, Tal filho 10- Destacar o pleonasmo antes do verbo Ex: As flores, eu as recebi hoje. 11- Para destacar uma elipse ( elipse é um termo que pode ser oculto numa frase uma vez que é facilmente compreendido) Ex: Maria ficou alegre; eu, triste. 12-Para isolar termos repetidos: Ex: Ai flores, ai flores do verde pino 13- Para separar orações intercaladas EX: O importante , afirmavam os pais , é a segurança da escola. 1.4 PONTO DE INTERROGAÇÃO (?) O ponto de interrogação [?] é um sinal de pontuação que indica uma pergunta. É usado apenas em frases interrogativas diretas. • Você gosta de carne mal passada? • A que horas vem sua mãe? • Onde está a caneta verde? Não se usa ponto de interrogação nas frases interrogativas indiretas, mas sim o ponto final: • Os alunos perguntaram em que dia seria o teste e quais matérias teriam que estudar. • O diretor perguntou quais funcionários poderiam trabalhar no fim de semana. Ponto de interrogação e outros sinais de pontuação= O ponto de interrogação pode ser utilizado com outros sinais de pontuação, como as reticências e o ponto de exclamação, para realçar a expressividade do discurso. Quando utilizado com reticências, indica dúvida e incerteza. Quando utilizado com ponto de exclamação, indica surpresa e indignação. • E agora?... Que poderemos fazer agora?... (dúvida) • O quê?! Como foi isto acontecer?! (surpresa) No caso da utilização simultânea do ponto de interrogação e de exclamação, a ordem dos pontos é indicativa de uma sentença com caráter mais interrogativo [?!] ou mais exclamativo [!?]. 1.5 Ponto de Exclamação ( ! ) O ponto de exclamação [!] é um sinal de pontuação que confere à frase uma entonação exclamativa, estando relacionado com uma vertente emocional da linguagem e com a transmissão de um sentimento.O ponto de exclamação pode ser usando em diversas situações,como por exemplo. Em frases exclamativas, expressando sentimentos diversos, como admiração, desejo, alegria, espanto, raiva, entre outros. Que belo dia de sol!​ • Quem me dera ficar em primeiro lugar! • Que desgraça! • Estou furiosa com você! Em frases imperativas afirmativa e negativa ,o ponto também e usado muito nesse tipo de frase ,pois eles sempre estão expressando uma ordem, conselhos e pedidos Imperativas afirmativas: Desista! Siga-me! Imperativas negativas: Não desista! Não me siga! Em interjeições, Vale lembrar que o ponto de exclamação é sempre usado depois de uma interjeição.As interjeições são palavras invariáveis que denotam uma linguagem afetiva, expressando sentimentos, por exemplo: Atenção! Obrigado! Socorro! Alô! Oba!; No vocativo,que é um termo acessório da oração que denota chamamento ou invocação, Quando a pausa da invocação for mais longa, geralmente é empregado o ponto de exclamação, por exemplo : Não diga isso, Sérgio! No entanto, há alguns casos em que os pontos de exclamação são empregados no início da frase e depois do chamamento Lúcia! Venha para a festa. Ou ainda podem aparecer numa frase que tem somente a expressão de chamamento Pessoal! 1.6 Dois Pontos ( : ) Os dois pontos ( : )representam um sinal gráfico que faz parte dos sinais de pontuação. Na produção de textos, eles marcam uma breve pausa no discurso. Geralmente são utilizados antes de uma explicação ou esclarecimento, após vocativos, em sínteses ou resumos, citações, falas (discurso direto), enumerações, exemplos, dentre outros. Interessante observar que na matemática, os dois pontos correspondem ao sinal da divisão (44:2=22 - Lê-se: quarenta e quatro dividido por dois, igual a vinte e dois) Usos dos Dois Pontos: Exemplos= Para compreender melhor o conceito desse sinal de pontuação e saber quando e como usá-lo, segue abaixo alguns exemplos: Nas explicações ou esclarecimentos:Exemplos= O empreendedorismo corresponde a um conceito novo que inclui conceitos essenciais: a pro atividade e a capacidade de criar algo inovador. Nas sínteses ou resumos:Exemplos= No Brasil, o problema da violência aumenta cada dia. Por isso, a maioria dos cidadãos do país têm medo de saírem de casa. Em resumo: A violência e o medo crescem no país. Nos discursos diretos:Exemplos= Após ouvir atentamente a pergunta da professora, José respondeu: — Não estou preparado para a prova. Nas citações:Exemplos= Já dizia o poeta português Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena se a alma não é pequena”. Nas enumerações:Exemplos= Os planetas do sistema solar são: Mercúrio, Vênus, Terra, marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Nos exemplos:Exemplos= O substantivo é uma classe de palavra que nomeia os seres, por exemplo: casa, carro, móvel. Após vocativos:Exemplos= Senhora Daiana: Podemos participar do evento na sexta-feira? 1.7 Uso dos Parênteses ( () ) Os Parênteses ( () ) são sinais de pontuação usados para dar explicações, fazer observações acessórias, comentários ou reflexões. Exemplos: • Os conselhos (dispensáveis) do primo, deram no que deram. • Comprou mais bolsas e sapatos (um dinheirão) e voltou para casa satisfeita. • Mal me viu, perguntou (sem qualquer discrição, como sempre) quem seria promovido. Citações= Os parênteses são também usados para indicar nomes de autores, obras e capítulos relativos a citações. Exemplos: • “A imaginação é mais importante que o conhecimento.” (Albert Einstein) • “Salve, símbolo augusto da paz!” (Hino à Bandeira) • “Toda pessoa tem capacidade de ser criativa e cada pessoa tem uma maneira diferente de expressar sua criatividade.” (Wechsler, 1998, p. 64) Indicações Cênicas= Os parênteses são, ainda, utilizados nos roteiros de teatro. Exemplos: Personagem 1 (com voz trêmula) — Quem está aí? Personagem 2 (rindo) — Não posso dizer. É surpresa! Alternativas= E, finalmente, os parênteses são utilizados para indicar alternativas de palavras. Exemplos: • Caro(s) Senhor(es), agradecemos o contato. • Pedimos a compreensão de Vossa(s) Senhoria(s). 1.8 USO DAS RETICÊNCIAS(...) ​​Os sinais de pontuação têm suas finalidades muito bem definidas, sendo elas: situar as pausas e a entonação da voz na leitura; separar palavras e orações que devem se destacadas; e também, esclarecer o sentido das frases, a fim de evitar ambigüidade. As reticências (...) tem como finalidade indicar hesitações ou trechos suprimidos de um texto podendo aparecer no inicio, meio ou fim de uma frase. As reticências são usadas, principalmente, nos seguintes casos: 1. Para interromper um pensamento de forma que o leitor subentenda, ou imagine o que seria enunciado: Exemplos: Ela disse que não viria, mas... Eu não estaria aqui se não fosse por... você sabe. 2. Para denotar hesitações comuns na oralidade: Exemplos: Não sei se iremos... mas... mas acho que tudo irá correr bem. Acho que você já sabe, mas... não acho que você deveria ter dito aquelas coisas. 3. Em trechos suprimidos de um texto: Exemplos: “... estou praticando ser gentil em vez de ter razão.” (Matthew Quick – O Lado Bom da Vida). “[…] e eu seria a primeira a fechar os olhos a seu orgulho, se ele não tivesse ferido o meu.” (Jane Austen – Orgulho e Preconceito). 4. Para realçar uma palavra ou expressão: Exemplos: Ora, não fique assim tão... tão triste. Não tenho palavras para explicar essa... euforia. 1.9 Aspas (“”) Tem como função básica destacar uma parte do texto. As aspas são usadas no início e no fim de citações: Como afirmou Descartes: “Penso, logo existo”. Paulo Coelho disse: "Imagine uma nova história para sua vida e acredite nela". No início e no fim de transcrições de outros textos: “Agora eu quero contar as histórias da beira do cais da Bahia.” (Jorge Amado, Mar Morto, 1936.) “Amor é fogo que arde sem se ver / É ferida que dói, e não se sente” (Luís de Camões, Rimas, 1953) No início e no fim de palavras e expressões que não se enquadram na norma padrão e culta do português, como estrangeirismos, neologismos, arcaísmos, gírias e expressões populares: Faremos tudo “asinha”. Meu filho é um verdadeiro “cibernauta”, vive na Internet. Os alunos já receberam o “feedback” das apresentações? No início e no fim de palavras e expressões que se pretendem destacar, conferindo-lhes ironia ou ênfase: Que “belo” trabalho! Você conseguiu estragar tudo o que já estava feito! (ironia) O filho levou um “não” redondo do pai. (ênfase) No início e no fim de nomes de obras literárias ou artísticas, como títulos de livros, de obras de arte, de filmes, de músicas,... Nestes casos, as aspas podem ser substituídas por uma escrita em itálico, levemente inclinada para a direita. Estamos lendo e estudando “Capitães de Areia” nas aulas de português. Ver ao vivo “Guarneça” de Picasso foi sensacional. Uso de aspas simples Além das aspas duplas, existem também as aspas simples [ʽ ʼ]. Deverão ser usadas quando a parte do texto que se quer destacar com aspas já se encontra dentro de um trecho destacado com aspas: O aluno explicou à professora o que aconteceu: “Ela foi chamada de ʽquatro-olhosʼ e ficou muito triste”. O garçom avisou: “Já estamos prontos para a realização do ʽcoffee breakʼ da conferência”. Em estudos sobre línguas, as aspas simples são também usadas para indicar um significado de uma palavra. Travessão (–) O travessão [—] é um sinal de pontuação usado, majoritariamente, no início das falas no discurso direto. É também usado para substituir a vírgula ou os parênteses em orações intercaladas ou no destaque de alguma parte da frase. Travessão no discurso direto Nos discursos diretos, o travessão indica quando começa a fala de uma personagem, quando há mudança de interlocutores e quando há mudança para o narrador através de um verbo de elocução, ou seja, através de verbos que anunciam o discurso, como: dizer, perguntar, responder, comentar, entre outros. — Que horas são, por favor? — perguntou o desconhecido. — São onze horas. — respondeu a senhora. — Obrigado! Travessão nas orações intercaladas Nas orações intercaladas, o travessão pode substituir a vírgula ou os parênteses, separando-as da oração principal. Há quem o faça — mas não o aconselha — por isso não o farei. Eles dizem — embora ninguém acredite — que são de confiança. Travessão para criar destaque No destaque de alguma parte da frase, o travessão realça uma informação sobre um elemento da frase, principalmente quando aparece no fim da mesma. O travessão também serve para destacar o aposto. Ele está fazendo o possível e o impossível para concretizar seu objetivo — ficar com minha vaga dentro da empresa. Aquelas duas meninas — a Camila e a Tatiana — ficaram ajudando no fim da festa. Travessão, hífen e meia-risca Não devemos confundir o travessão com o hífen ou com a meia-risca. O travessão é um sinal de pontuação e é mais longo do que o hífen e do que a meia-risca, que são sinais gráficos complementares. — Travessão – Meia-risca (sinal gráfico usado para unir elementos enumerados em série, como letras ou números) - Hífen (é usado em substantivos compostos, em palavras formadas por derivação prefixal, em locuções, na colocação pronominal, na divisão silábica, na translineação e em encadeamentos vocabulares, indicando majoritariamente a união semântica de duas palavras) 1.10 PONTO E VÍRGULA (;) Ponto e vírgula(;) é um sinal gráfico, ele é utilizado na escrita de textos para indicar uma pausa que seja maior que a vírgula e menor que o ponto final, ou seja, é m sinal de pontuação intermediário entre a vírgula e o ponto final, geralmente é utilizado para separar orações dentro de um mesmo período, também é usado em discursos que já contém bastante uso das vírgulas. O ponto e vírgula é bastante utilizado em textos jurídicos (constituição, artigos, etc.), com o intuito de listar os elementos. Exemplo: “Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político.” Separa orações coordenadas extensas que já contenham vírgulas “Às vezes, também a gente tem o consolo de saber que alguma coisa que se disse por acaso ajudou alguém a se reconciliar consigo mesmo ou com a sua vida; sonhar um pouco, a sentir uma vontade de fazer coisa boa.” (Rubem Braga) Pode substituir a vírgula para acentuar o sentido adversativo antes de conjunções (mas, contudo, porém, entretanto, todavia): 1. Pretendo ficar com você; mas tenho que aguardar o fim do semestre. 2. Hoje o dia está frio; contudo terei que sair. Separa orações coordenadas que formam antítese: Muitos se esforçam; poucos conseguem ou Uns trabalham; outros descansam. 1.11 O uso do ponto(.) O ponto final ( . ), ou simplesmente ponto, é um sinal gráfico que como o próprio nome indica, é utilizado no final de frases declarativas ou imperativas (afirmativas ou negativas), marcando uma pausa mais longa. De tal modo, o ponto final é um sinal de pontuação que delimita as frases de um texto, apontando o término do discurso. Note que se as frases forem interrogativas, utilizamos o ponto de interrogação, e se forem exclamativas, o ponto de exclamação. Além disso, o ponto pode ser usado para indicar abreviaturas e siglas, por exemplo: D. Maria (abreviação de Dona); D. João (abreviação de Dom); Sr. (abreviação de senhor), Pg. (abreviação de página); O.N.U. (sigla de Organização das Nações Unidas), dentre outros. Na matemática, o sinal de ponto final é utilizado para indicar uma multiplicação, por exemplo: 2.3=6 (Lê-se dois vezes três, igual a seis). O ponto final é usado nesses casos a maior parte da vezes em Frases imperativas Ex: Vá a academia hoje. (Afirmativa) Não vá ao shopping. (Negativa) Frases declarativas Ex. Ricardo foi ao correio hoje. (Afirmativa) Juliana não fez os exercícios de ontem (negativa) 1.11.1 Exercícios Para a melhor compreensão do conteúdo destrinchado no capítulo anterior, foi elaborado um texto sem pontuação onde o objetivo e pontuar ele corretamente,isso ira mostrar a importância desse sinais . 1. O texto abaixo precisa de pontuação. Pontue-o adequadamente. Acordei às oito e pouco da manhã atrasada como sempre e peguei o ônibus com as minhas amigas Ana Maria e Bia e fomos para a escola A Ana que gosta de ir à janela pediu para a Maria trocar de lugar com ela a Maria que estava cheia de calor disse que preferia ficar onde estava ambas ficaram chateadas logo cedo Li um cartaz que anunciava Feira de Livros Usados Vamos Mas ninguém me deu resposta, nem sequer a Bia Que começo de dia Na escola aulas apresentações de trabalhos Sim, não lembrava que a professora devolveria as provas corrigidas Ninguém sai da sala até que eu termine de dizer o resultado de todos Quando chegou a minha vez Estou decepcionada E entregando o meu teste completou Teve o melhor resultado da turma 1.11.1.1 CONCLUSÃO Neste trabalho abordamos o tema sinais de pontuação, procuramos entender as regras de pontuação e assim poder desenvolver o trabalho de uma forma simples. Cada sinal de pontuação tem sua regra e talvez essa seja a maior dificuldade dos alunos: entendê-las e saber sua função, mas explicada de uma boa forma é possível sim fazer que os alunos entendam essas regras. Além disso colocamos um exercício onde o texto não tem nenhuma pontuação, podemos perceber a falta que esses pontos fazem no texto, e impossível entender o que ele quer dizer sem os sinais de pontuação. Isso mostra a real importância deles. No fim esse trabalho foi importante para o conhecimento dos alunos pois percebemos a importância dos sinais de pontuação e tentaremos ensinar para os nossos alunos a real importâncias desses pontos. 1.11.2 blog 1.11.3 Referencias https://www.todamateria.com.br/uso-do-ponto-final/ https://www.normaculta.com.br/aspas/
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morphinesx · 6 years ago
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Incenso Egípcio.
Não existe uma única fórmula de incenso egípcio. Esta, que estou partilhando, é uma fórmula simples, cujos ingredientes você conseguirá sem dificuldades, podendo até comprar em sites.
Trata-se de um incenso devocional. Útil para nos conectar às divindades egípcias.
Você poderá dedicar ou consagrar o incenso a um deus ou deusa egípcios específicos, conforme a lista abaixo:
Rá – aos domingos – Sol
Ísis – às segundas-feiras – Lua
Hórus – às terças-feiras – Marte
Thoth – às quartas-feiras – Mercúrio
Maat – às quintas-feiras – Júpiter
Hathor – às sextas-feiras – Vênus
Anúbis – aos sábados – Saturno (cuidado! Você deve ser impecável no procedimento abaixo)
Ingredientes e materiais
Você vai precisar dos seguintes ingredientes:
1. Olíbano – Nome científico: Boswellia carteri
Compre na forma de resina.
2. Goma Arábica
Essa goma é uma resina obtida de duas espécies da Acácia. Para este incenso, pode ser a goma em pó ou apenas no formato de resina (em pedras).
Quando moemos a resina, ela assume a forma de um pó branco. No mercado existem as duas versões. Como, provavelmente, você ainda não sabe fazer incenso em varetas, sugiro comprar na forma de resina (em pedras).
3. Louro – Nome científico: Laurus nobilis
Utilizaremos as folhas secas e bem trituradas, por você, em um pilão. Se desejar, compre o louro já em pó. É comum em lojas de artigos naturais.
4. Sal grosso
Pode ser o sal grosso iodado que encontramos em supermercados.
Obs: se você estiver aparelhado para fazer destilações e mora próximo ao litoral, poderá destilar a água do mar (que não esteja poluído) e secar ao sol o excremento da operação (o sal).
5. Junípero
Utilize folhas secas de qualquer espécie de junípero. Caso não encontre as folhas secas (alguns sites vendem), providencie o zimbro (as bagas do junípero, que são mais fáceis de encontrar).
6. Mirra – Nome científico: Commiphora myrrha
Atenção: não é a mirra de jardim (Tetradenia riparia). Utilizaremos a resina da Commiphora myrrha, facilmente encontrada na internet na forma de resina.
7. Cânfora branca (canforeira) – Cinnanomum camphora
Não confunda com a cânfora comum. Verifique junto ao vendedor o nome científico. Deve ser a Cinnanomum Camphora.
É provável que você só encontre a cânfora branca em forma de óleo essencial. Por isso, deverá ser o último ingrediente a ser adicionado à nossa mistura.
Além dos ingredientes acima, você precisará de:
Colheres dosadoras (utilizadas em cozinha);
Um pilão para triturar o material;
Pastilhas de carvão para a queima do incenso;
Um incensário para carvão (de metal, pedra ou cerâmica) ou Turíbulo;
Duas tigelas para fazer a mistura.
Proporção
Não importa a quantidade, utilize sempre a proporção abaixo.
4 partes de Olíbano
4 partes de Mirra
1 parte de Goma Arábica
1 parte de Louro
1 parte de Sal Grosso
1 parte de Junípero
1 parte de Cânfora Branca
Procedimento
Tendo providenciado todos os materiais e ingredientes, o primeiro passo é preparar o ambiente e a si mesmo.
Para preparar o ambiente, faça uma limpeza e arrumação do local. Deixe tudo limpo, tudo organizado.
Faça isso quando estiver só, com a máxima privacidade. Pois, não se trata, apenas, de fabricar um incenso. Você deve imbuir todo o processo com o máximo de sacralidade.
Do início ao fim, é um ritual mágico.
Deixe sobre uma mesa todo o material necessário.
Prepare a si mesmo tomando um banho. Limpe o corpo e a mente. Eleve seus pensamentos com positividade.
Vista roupas claras. De preferência, brancas. Devem estar, impecavelmente, limpas.
Fazendo a mistura
Coloque dentro da tigela todos os ingredientes na proporção indicada. Exceto a cânfora branca, caso esteja na forma de óleo essencial.
Com o auxílio de uma colher ou espátula, misture bem.
Transfira para o pilão pequenas quantidades da mistura e triture sucessivamente até acabar o volume da tigela. Neste caso, não é necessário triturar até que vire pó. Apenas para homogenizar os ingredientes.
Na medida em que concluir uma trituração, transfira o material para a segunda tigela e continue triturando uma nova porção.
Ou seja, não transfira toda a mistura de uma só vez para o pilão. Transfira aos poucos. Assim, a trituração fica mais fácil.
Quando tiver juntado todo o volume triturado em uma segunda tigela, adicione algumas gotas do óleo essencial e misture.
Atenção: não deixe que a mistura fique úmida. Coloque apenas uma gota e misture. Depois a segunda e misture novamente.
O que determinará a quantidade de gotas será o volume que você preparou.
Na dúvida, utilize pouco óleo. Caso deixe passar do ponto e fique úmido, adicione um pouco mais da mistura com as outras ervas para absorver o excesso de umidade.
Carregue de poder
Quando a mistura estiver pronta, carregue o seu incenso de poder.
eu ensino uma maneira simples de se fazer isso.
Durante esse procedimento, visualize o nome do deus ou deusa egípcia que você irá sintonizar.
Queimando o incenso
Providencie um turíbulo ou incensário apropriado para queima de carvão e acenda-o.
Jogue, de pequenas em pequenas quantidades, o incenso egípcio sobre o carvão em brasa.
Ao adicionar, mantenha em mente o nome da divindade egípcia que você escolheu. Faça isso no dia correspondente.
Mantenha-se em estado receptivo durante toda a queima.
Algumas observações
Você pode fazer uma grande quantidade de incenso egípcio e guardar. Neste caso, faça o ritual de imbuir de poder e dedicar apenas no momento de utilizar determinada quantidade.
Ou seja, não precisa ser todo o volume preparado para a mesma divindade. Escolha somente no momento de imbuir determinado volume.
Em nosso treinamento Magia dos Incensos, você aprenderá mais sobre o incenso egípcio e outros para os mais variados objetivos. Veja alguns:
Incenso de Abramelim – De consagração simples para santificar um Altar ou os instrumentos mágicos.
Incenso para Viagem Astral – Utilizado, em pequena quantidade, no quarto para ajudar na projeção do corpo astral.
Incenso de Magia Cerimonial – Recomendado para aqueles que estão familiarizados com este tipo de magia. É o incenso recomendado nas “Clavículas de Salomão”.
Incenso para Limpeza – Para limpar sua casa de vibrações negativas, especialmente das negatividades oriundas de discussões, depressão, medo e outras emoções negativas.
Incenso de Consagração – Útil para purificar e consagrar os seus instrumentos mágicos, jóias, cristais e pedras.
Incenso para quebrar maldições – Para banir toda negatividade oriunda de maldições lançadas contra você.
Incenso para Adivinhação – Ótima receita de incenso para quem trabalha com oráculos (tarô, runas, búzios, vidência, etc.).
Incenso dos Elementais – Para invocar os poderes de cada Elemento (Fogo, Terra, Ar e Água).
Incenso do Amor – Utilizado para favorecer a atração, fortalecer e expandir sua capacidade de doar e receber amor.
Incenso de Meditação – Para ajustar e relaxar a mente consciente durante a meditação.
7 Incensos Planetários – 7 receitas de incenso, um para cada planeta astrológico, com o objetivo de invocar seus poderes.
Incenso de Comando – Esta receita é de origem oriental e dá poder e autoridade àqueles que o queimam.
Incenso de Fumigação – É eficaz quando utilizado em uma casa nova, antes que realmente se mude para ela.
Compartilhe sua experiência, deixando um comentário aqui embaixo quando você utilizar o incenso egípcio.
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jkappameme · 6 years ago
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Acompanhante de Aluguel (Longfic 11/15)
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Jeon Jungkook Autora: Agness Saints Gênero: Comédia, Romance Sinopse: Parecia piada, quatro anos de um relacionamento frustrante havia chegado ao fim, mas Haneul ainda te atrapalhava a vida. Se ele não tivesse arranjado um namoro relâmpago, você não precisaria demonstrar que está bem também, que não ficou para trás. Você não precisaria, principalmente, contratar aquele maldito acompanhante de aluguel.
Moreno. 1,80 de altura. Porte atlético. Bonito. Inteligente. Educado. Agradável. Sabe estabelecer uma conversa. Sem compromisso emocional, apenas financeiro. Valor sob consulta. Interessados: [51] 5782-4158
Esquece o “parecia”, a vida é mesmo uma piada pronta. Contagem de palavras: 11.576 Avisos: +16.  A história faz parte da série puerlistae au. Parte: 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 Playlist. | Playlist 2. | Playlist 3.
A iluminação proveniente da tela do celular faz parte de um grupo pequeno de luzes que nos guiam pelo caminho; junto de postes espalhados esporadicamente e casas com luzes acesas. Não há lua no céu ou carros por aqui. A noite é quente, nublada e úmida. E enquanto tento administrar todas as sensações e sentimentos que me rondam, tenho Jungkook bem em minha frente. Seu aroma tropical invadindo a noite e sua imagem invadindo meu cérebro, se mesclando com a tentativa de arranjar respostas aos tantos porquês.
Depois do meu fracasso explícito na biblioteca ontem, minha noite foi assombrada por pesadelos e devaneios ruins. O cansaço me pegando os ombros agora como um lembrete da angústia vivida. Que ainda vivo. Desde então retomei minha busca desenfreada por um caminho alternativo. Um caminho seguro e bem planejado. Uma solução que me faça mudar o rumo dessa noite. Mesmo que eu já tenha analisado todas as minhas opções ontem, mesmo que eu já tenha ido e vindo por todas as alternativas existentes. Eu preciso continuar tentando. Porque não quero colocar o que quer que tenhamos aqui em risco. Não quero ser vencida pela ideia estapafúrdia de mamãe.
Não quero.
Até porque ainda é a família de Jungkook. Pai, mãe e a irmã mais velha. A família toda. É como invadir uma morada sem permissão, invadir mais uma parte da sua vida. E não é como se eu não quisesse saber de cada pedaço dela, eu quero. Mas da forma justa e não por conta de um anúncio de acompanhante de aluguel furreca.
Pensei em uma viagem da família Jeon para o Chile. Alaska. Madagascar. Júpiter. Para qualquer lugar longe o bastante para dar fim a esse encontro desastroso no fim de semana. Um lugar longe o suficiente para meus pais não solucionarem a questão com passagens compradas em cima da hora, sem planejamento algum.
Mas quanto mais eu pensava sobre, mais certeza eu tinha que a ideia era tão ruim quanto contar toda a verdade para eles.
Tentei então enumerar minhas preocupações, tentei enumerar meus problemas, organizá-los em uma lista para que, pelo menos, meu caos estivesse em ordem. E consegui por uns pares de horas cretinas. Só uns pares de horas. Porque pouco depois tudo desandou quando vi Jungkook atravessando as catracas da ala masculina. 20 minutos atrasado. A calça jeans clara e a camisa xadrez o acompanhando em um caminhar apressado. Toda a listagem feita se embaralhou tragicamente e ele a encabeçou sem esforço algum.
Porque aqui, agora, enquanto entendo que nenhum caminho alternativo de fato existe nesse cenário coberto de teias mentirosas, percebo que não é só Haneul que me ronda a vida inteira. Jungkook também é o início, o meio e o fim. Ele vem como contraste no piche grotesco que é meu ex-namorado, que é meu karma e inconsequência. Ele se esparrama como ramos e flores rastejantes, minha solução. Os dois em volta de mim, interligados de uma forma imunda e injusta.
E o “e se” passando a ser agora a maior das minhas lamentações.
E se eu tivesse encontrado Jungkook muito antes de ter encontrado Haneul?
— Vire à direita em 100 metros.
A voz feminina que salta entre nós é a de seu celular. E é a única que vem sendo ouvida há dez minutos, quando saímos da estação de metrô. Não que antes nossas vozes estivessem vindo com facilidade numa conversa despretensiosa. Porque nunca fomos assim e não seríamos agora. Principalmente agora. Tirando meu transtorno interno e secreto, nós ainda estamos afogados no que podemos e o que não podemos fazer. O fantasma de um beijo que não aconteceu ainda pairando sobre nós. Um cumprimentar esquisito de dois beijos seguidos no rosto e olhares que não conseguem se sustentar. E tudo se parece incerto. E até que seria engraçada essa situação toda se eu não estivesse a ponto de acabar com tudo isso.
Apresso o passo ao atravessarmos mais uma rua esquisita e sem movimentação, o aplicativo de mapas em seu celular vibra volta e meia com uma nova instrução e nós seguimos. Seus olhos ainda plantados na tela e seu aroma tropical ainda invadindo a noite inteira. E não deixo de pensar que as coisas poderiam ser fáceis só por hoje.
Mesmo sabendo que não existe escapatória, tento vasculhar cada canto do meu cérebro a procura de um desvio; de uma resposta milagrosa que salve o que o destino reserva para essa noite. Mas o nervosismo borbulha tanto em mim, que não consigo sequer pensar direito. E a única coisa que arranjo é um emaranhado de problemas e soluções pela metade.
Sinto-me melancólica e derrotada; sinto-me um disco arranhado que repete sempre o mesmo trecho da música.
A rua de paralelepípedos é coberta por pontos de luz aleatórios. Um aqui e outro ali. Postes que funcionam e que não funcionam distribuídos pela calçada de maneira descuidada. Casas de um piso só com muros baixos. Na esquina um terreno baldio repleto de árvores e arbustos sem forma alguma. E, por um milésimo de segundo, me permito pensar sobre como o cenário é muito diferente dos que me acostumei. De uma rua paralela a da universidade para uma outra perdida na zona leste da cidade. Conexões de metrô que nunca me aventurei em pegar antes. É uma festa em um lugar esquisito.
— Falta muito?
Minha voz vem em eco numa rua estreita, fazendo-me perceber agora a vontade desesperada de fugir de mim, dos meus pensamentos. Cada canto do meu corpo vibra e eu me sinto nausear.
— Aqui diz que vamos chegar em uns dois minutos. — Fala sem me olhar. A voz saindo aérea enquanto ele faz uma menção rápida ao sacudir o celular. — Precisamos andar mais uma quadra e então virar a esquerda.
Faço uma careta de desgosto, mesmo sabendo que ele não me olha. Meu estômago se embrulha mais uma vez. Não há comida ou certeza nele. Só há uma imensidão de nada misturada com o cair da realidade me pegando aos poucos.
Jungkook para de caminhar por um tempo e depois retoma, os olhos mirando a rua e depois retornando à tela do celular. Caminhamos e caminhamos. Limpo o suor da palma de minhas mãos no tecido da saia e estralo os dedos logo em seguida.
E talvez minha inquietude repentina seja pela certeza de que assim que chegarmos à festa, eu não vou ter mais desculpa alguma. Também não vou mais ter tempo algum. Porque nada mais vai me impedir de puxar Jungkook para um canto e pedir para que ele faça seu papel de acompanhante de aluguel mais uma vez.
Um fim de semana em família em Busan.
E então, qualquer coisa que tenhamos aqui, vai desaparecer como a merda de um passe de mágica.
— Jungkook!
Eu saio estridente, mais irritada do que gostaria de soar. Sinto que posso explodir a qualquer instante por pensar em absurdos, estar prestes a fazer um absurdo e por eu me sentir um absurdo. Sinto-me a mil por hora de repente. Um desespero errado, desconexo. É quase uma realidade paralela.
Tenho vontade de dar pontapés e socos no ar. Porque merda. Merda. Merda. Merda. Essa situação é ridícula. Minha família com a família dele. Uma ideia imbecil que coloca as coisas em risco. Isso é... Argh!
E quando penso em engatar mais alguma frase em tom malcriado e sem sentido, Jungkook para, me fazendo parar abruptamente também. Um passo de distância entre nós e um universo inteiro de distância no que pensamos. Sei disso. Seus olhos se erguem depois de certo tempo, talvez segundos, minutos. Tudo parece intenso demais no universo explosivo que criei dentro de mim. Dois segundos para seus olhos se adaptarem e um girar de pulso para me iluminar com a luz artificial. Perco seu rosto no breu. Mas sinto que só agora percebeu que estou aqui também. E, apesar de me sentir exposta e envergonhada por dezenas de razões explícitas e secretas, me sinto um pouquinho melhor.
— O que foi? — Ele pergunta confuso. — Aconteceu alguma coisa?
— Esse lugar não é longe demais?
— Não, é virando essa esquina agora.
Meus olhos estão fixados nele, esperando que ele entenda que a pergunta não foi essa. Mas a verdade é que eu nem sei onde quero chegar com isso. Eu só preciso falar, falar e falar. Mesmo que não faça sentido algum. Quero fugir de tudo como uma boa covarde que sou. De mim, dele. Do que vim fazer.
— O que aconteceu pra ser tão longe? — Tento de novo. Minhas mãos apertando o tecido da saia em nervosismo. Um pedido silencioso de isenção de responsabilidade. — Não quiseram fazer na república da última vez?
Meu coração bate forte no peito por todos os finais ruins que imaginei para hoje. Em um devaneio positivo e minúsculo, ele aceitava toda essa ideia. Mas o pensamento foi tão rápido quanto veio. Porque sei que mesmo que ele aceite, as coisas nunca mais vão voltar a ser como antes. Como agora. E percebo que ainda que eu inicie uma briga raivosa com Jungkook nesse dado momento, nada vai conseguir tirar isso de mim.
Ele abaixa o celular, seus pés agora sendo iluminados pela luz artificial. Levo um tempo para lhe encontrar na escuridão da noite, uma varanda e um poste acesos me ajudando a encontrar suas feições. E fico presa ali por um tempo, nas pintinhas, nos segredos e nos seus etcéteras.
— _____, tá tudo bem?
Sofro um baque esquisito. Minha raiva ainda me toma o peito, mas não escapa pela boca. Pisco uma, duas, três vezes. Demoro um tempo para entender a pergunta.
— Por que tá me perguntando isso?
— Você tá estranha desde ontem. — Dá de ombros, mas não parece indiferente. — Tem alguma coisa que você quer me contar?
E então eu travo. Pernas, braços, mente e fala. Já não conseguia sair daqui, agora que não saio mesmo. Mental e fisicamente. Existe alguma possibilidade dele já saber? Existe alguma possibilidade de estar escancarado e só eu não perceber isso?
Tento engolir a saliva, mas ela tranca na garganta. Penso em cuspir ou vomitar. Nenhuma de fato é uma boa ideia. E continuo então só olhando Jungkook me encarar. A feição se tornando cada vez mais curiosa à medida que demoro a responder.
— Por que você... — Minha voz sai esganiçada. E ela sai antes mesmo que eu perceba. — Acha isso?
— Você parece nervosa. — Fala, e por um instante me parece chateado. — É o lugar? Juro que não é perigoso.
Contorço meu rosto em uma careta dolorosa. Não era pra ser assim.
— Não é isso.
Seu suspiro vem e junto ele sai em um sussurro:
— Então é diarreia?
— O quê?
Minha voz é alta em ofensa. Repito a pergunta em pensamentos para ter certeza do que ouvi. E não posso mesmo acreditar. Vejo Jungkook erguer os braços em defesa.
— Você tá toda encolhida!
E, de repente, me torno ciente de cada parte minha. Apesar de me sentir a ponto de explodir, meus braços estão enrolados ao peito, tão presos que quase me impedem de respirar. Meus olhos esbugalhados e minha boca em uma linha fina de apreensão. Eu pareço mais uma criança medrosa do que um personagem do GTA.
— Não é diarreia, Jungkook! — Quase grito frustrada, soltando meus braços. Por que ele é desse jeito? — Não é... Isso. Que saco!
Engatamos em silêncio outra vez. Mas ainda assim não me movo. Apesar da história da disenteria ter mesmo me pegado de guarda baixa, ela não consegue fazer com que eu me sinta menos miserável que antes. Ainda me sinto covarde e arrependida. Mesmo que nenhum pedido tenha sido feito até agora. Nervosa, mas não mais irritada.
— Você quer voltar?
— Voltar?
Não entendo.
— Você quer voltar para os dormitórios? Tá arrependida de ter vindo? Eu vou entender.
Quero sufocar um gemido doloroso de entendimento. Porque estou finalmente percebendo. Ele interpretou minha reação esquisita do jeito mais torto e cruel possível. É claro que sim. Até porque é Jungkook e ele nunca realmente escolhe a interpretação mais coerente. E me sinto mal. Porque quero estar aqui com ele. Apesar de toda a imundice que me ronda, Jungkook ainda é Jungkook.
— Não, — falo depressa. — Não é isso.
Penso num instante curto que preciso ser sincera, que precisa ser agora. Sinto uma necessidade extrema de cortar pela raiz todas as interpretações errôneas que ele está prestes a ter essa noite. Num impulso esdrúxulo e desleal, as palavras dançam na ponta de minha língua. Meu cérebro correndo pelos prós inexistentes e contras tão vastos. Mas assim como a coragem me veio, ela vai embora. Como aquele devaneio positivo. Quase não existiu.
— Tem a ver com Haneul?
Sua voz me vem certeira e meu cérebro se toma incolor. Não penso em nada e não sinto nada. Um, dois, três minutos. Quatro horas. Cinco dias. Sou vazio por uma eternidade de tempo enfiada em dez segundos de silêncio. Não existe mais resquício de ódio inconsequente, sem sentido, dentro de mim. Acredito agora que todo meu ser é de fácil acesso. Meu queixo caído e meus olhos arregalados. E com isso não consigo balbuciar nada além da verdade:
— É.
Não sei se respiro ou se todo o ar está trancado dentro dos pulmões. O cenário todo ao nosso redor é desconexo, como toda a noite que se seguiu até agora. Não tenho a mesma passageira coragem que tive há poucos segundos. Ela se esvaiu por completo. Um fervor começa arder em meu peito quando Jungkook dá um passo a frente. Ele suspira, sua feição moldada por sombras.
— Eu já sei que quem comprou o notebook foi Haneul, não você. — Revela. — Ele me contou.
O quê?
Pego-me submergindo na quebra do roteiro que criei. Sou interrompida na metade. Minha linha de raciocínio se perdendo e voltando sem saber ao certo o caminho que fez. Ainda é um vai e vem esquisito de sentimentos e sensações. Mas não existe mais ardor no peito ou mãos suando. Existe só a mescla ínfima de confusão e vergonha.
Levo um instante para recapitular, voltar no tempo e tentar pensar de forma coerente. Mesmo que essa tarefa esteja sendo difícil desde ontem. Apesar de me sentir aliviada pela mudança repentina de cenário, não deixo de me encolher em embaraço pelo que acabei de ouvir. Porque Jungkook realmente acha que esse é o motivo certo.
Eu não planejava manter segredo ou muito menos contar para ele sobre a origem do notebook de última geração. Porque, na verdade, nunca me pareceu um tópico problemático, nunca me pareceu um tópico necessário para se trazer à tona. Mas por todas as coisas que vem acontecendo, pela totalidade dos fatos e angústias reunidas, parece que a descoberta é muito mais importante e delicada agora.
— Quando você ficou sabendo disso?
Vejo-o cruzar os braços, a cabeça se movendo para olhar para os lados por alguns instantes. Ele parece desconcertado. E quando a explicação vem, eu entendo o porquê.
— Ele me contou assim que você foi ajudar Sorn.
E logo percebo que Jungkook se sente tão desconfortável quanto eu ao se lembrar daquele fatídico momento cretino. E, por um momento, eu me sinto grata pela empatia.
— Desculpa por você ficar sabendo desse jeito.
Ainda me tenho perdida com a pedra no meio do caminho. Ainda me tenho perdida no problema impensável que me caiu como um pedregulho preso no sapato. Mas não quero não me preocupar com o que tenho bem aqui. Não quero fazer pouco caso de algo que Jungkook pensa ser grande. Tento administrar então esse pequeno problema com o enorme que ainda pesa nos meus ombros.
E quanto mais o tempo passa, mais eu tenho certeza que preciso beber para encarar tudo o que é e tudo o que vem pela frente. Depois desse alarme falso, foi comprovado que não consigo passar por isso sem estar completamente alcoolizada.
— Eu não me importo. — Fala alheio a tudo o que se passa dentro de mim. — Até porque foi ele quem quebrou e era ele quem deveria pagar. Nada mais justo.
— É, mas... — Falo incerta, ainda me sentindo incoerente. — Eu deveria ter te contado. Você não ficou chateado?
— Não. É por isso que você tá assim? — Mas não respondo e ele entende do jeito que quer entender. Da forma errada. De novo. — Bem, eu já disse que não me importo.
Seu tom de voz vem firme, cheio de certeza. E há um silêncio. Um silêncio comprido em que ninguém se mexe. Eu aqui e ele lá. Três a cinco metros. Nossas vozes como megafones no meio da escuridão. E, nesse meio tempo, sinto que ele quer dizer algo a mais, mas que não diz. E penso por um instante no que mais pareço transparecer. É sobre isso o que ele pensa em dizer?
Penso de novo também que agora seria uma boa hora para lhe contar a verdade. E como seria uma ótima hora para se ter coragem. Mas é só um pensamento solto outra vez. Sem intenção alguma de se tornar um plano abrupto. Puxo o ar com força para dentro de mim, a luz do celular de Jungkook ainda ligada, iluminando agora parte de seu braço. Remexo-me no lugar, de repente, me sentindo presa não só emocionalmente, mas fisicamente também.
— Acho que tá na hora da gente entrar. — Fala sem graça, apontando para uma casa com luzes acesas que se pode ver aqui da esquina. — É ali.
A morada é de um piso só e não há muito que se ver daqui além de janelas com luzes intensas e o portão de ferro branco aberto.
— A-ah... — Volto meu olhar para ele. E entendo que não sou a única desconfortável. — É.  Aqui é muito escuro.
Ele acinte, a luz do celular sendo desligada e o aparelho guardado no bolso traseiro da calça.
— O bairro é residencial e a maioria é da terceira idade, eles dormem cedo. — Fala vagamente. — É por isso.
A informação vem desconexa no ar, assim como nosso pequeno silêncio. A mudança de clima já era óbvia, mas agora se parece extremamente palpável. Meu suspiro vem acompanhado de seu pigarreio.
— Acho que é mesmo hora da gente entrar.
[...]
Duas.
Não.
Três doses e meia de licor de lichia.
É. Foi isso. E uma cerveja. Duas. Não. Foi uma só.
Aperto os olhos e enterro meu rosto em minhas mãos. Estou sentada em um dos bancos na divisa da cozinha americana com a sala; um cômodo aberto com visão ampla para o jardim do fundo. E não sei se tenho dor de cabeça ou é só a fumaça excessiva que irrita meu nariz. Como também não sei se o enjoo repentino é da bebida ou da imbecil constatação de que, mesmo com o nível altíssimo de álcool rodando minha corrente sanguínea, o nervosismo não me abandonou. Pelo contrário, ele só se embebedou junto comigo. O que o deixa um pouco dramático demais. E um tanto quanto desesperado demais também.
Sinto uma necessidade de rosnar de raiva. Porque é frustrante. Eu não me sinto nada preparada, mesmo afundada em drinks e intoxicada com gelo seco de tutti-frutti. Não me sinto pronta para chegar em Jungkook e despejar meu drama familiar em forma de um pedido absurdo para estender esse lance de acompanhante de aluguel. Não que eu acreditasse realmente que em algum momento eu fosse me sentir preparada para isso. Mas eu tinha uma pontinha de esperança de que, pelo menos, agora a ideia de contar não fosse tão aterrorizante assim.
Solto um suspiro sofrido, a música alta buzinando nos meus ouvidos e eu tentando me manter equilibrada nesse banquinho de madeira. A cozinha é clara, com móveis populares e uma atrocidade de bebidas sortidas amontoadas no balcão que imita mármore. E enquanto tenho Jungkook na minha visão periférica, eu fito insistentemente a divisa de ambientes.
Toda a minha esperança depositada em destilados foi por água abaixo.
E eu não tenho um plano B.
A não ser que fugir seja considerado um plano. Se sim, então eu tenho um.
Meu cérebro é como uma máquina quebrada, eu tenho ciência disso. Mas não consigo não pensar. Não consigo não buscar um motivo para desaparecer daqui. Qualquer coisa que me tire do agora, que me tire do que eu vim fazer e que não fiz. Entretanto, quanto mais tento achar a saída, mais me perco. Eu poderia simplesmente sair correndo agora, não é? Mas o que eu diria para Jungkook amanhã?
É um labirinto cretino que me leva ainda mais ao centro do problema.
Não sei há quanto tempo chegamos, como também não sei exatamente como paramos aqui. Assim que passamos pela porta da república, eu só me lembro de nós dois agarrarmos copos de Soju e mandar ver em três segundos. Talvez por motivos distintos, talvez pelos mesmos motivos. Quem sabe a conversa de mais cedo tenha deixado Jungkook desconfortável a ponto de se embebedar nos quinze primeiros minutos. Quem sabe ele só tenha feito isso para sobreviver a essa noite. Como um pressentimento ruim.
E eu não o culpo em acreditar em um pressentimento, a propósito. Até porque ele não estaria errado, estaria?
Passo as palmas das mãos contra o tecido de minha saia, elas continuam suando de maneira vergonhosa e infantil. Na ponta da minha língua não existe nada além do gosto da mistura horrenda entre licor de lichia e cerveja. Não existem palavras, muito menos coragem. Não existe inclusive algo que me torne consciente das minhas ações.
Resvalo pelo banco e caio em pé, minha saia se demorando pelo assento até encontrar minhas coxas outra vez. Apoio-me no balcão ao meu lado, as frutas de plástico ali remexendo pela minha atrapalhação. Não sei o que pretendo fazer, só faço. Como num reflexo longo e duradouro.
Há uma música ao fundo, a mesma de antes ainda forte e alta. A batida não me é esquisita, talvez eu a conheça. Não sei bem. Talvez seja só meu cérebro me enganando pela repetição do refrão. Eu o ouvi há poucos segundos, não foi? Respiro fundo com a intenção de inspirar um ar sem que tenha aroma de tutti-frutti. Não tenho sucesso. Tateio o balcão por mais um tempo e, num vislumbre, ainda na divisa dos cômodos, caço Jungkook com o olhar.
E não demoro a encontrá-lo.
Lá está ele, ao fundo da cozinha. Suas costas em display e sua calça marcando bem a bunda quando ele se empina para alcançar sabe-se lá o que no armário aberto em sua frente. Um pedacinho de pele exposta da cintura e um suspiro escapando pela minha boca. Um misto de sensações e o desvio do meu objetivo. Ele é campeão de fazer isso.
Para piorar ainda mais meu nervosismo. Ou melhorar? A óbvia constatação de mais cedo foi que Jungkook está irresistível. Ridiculamente irresistível. Cabelos, piercings e a boca rosada pela bebida. Ele me tem na palma da mão, sabe-se lá desde quando.
Sinto uma fisgada do lado direito da minha cabeça; tento equilibrar os sentimentos. Dois tipos de nervosismo. E eu estou e sou fodida. E não faço ideia de como sair dessa situação toda. Até porque Jungkook nunca foi mestre em me ajudar nessas horas. Ele parece só dificultar a minha vida. Eu deveria saber disso. Já não bastasse eu ter que lidar com todo o meu caos interno, eu ainda preciso lidar com ele. Jeon poderia ser um cara não incrível, um cara sem coxas bonitas ou sem um nariz que enruga quando ri. Poderia, principalmente, ser alguém que não usa camisa xadrez de flanela e calça clara justa. E essa não é uma tarefa difícil, você sabe. Só agora consigo pensar em pelo menos três combinações de roupas incríveis e diferentes:
1) Um sobretudo até os calcanhares;
2) Três casacos grossos;
3) Um cobertor de microfibra.
Dane-se a chegada do verão. Quem se importa com isso quando minha sanidade está salva?
Dou meu primeiro passo em sua direção e sinto meu estômago rodopiar dentro de mim. Sou tomada por dezenas de sentimentos; não sei ao certo o que faz minhas pernas quererem travar no caminho. É o pedido ainda não feito, a minha bebedeira extravagante e a realização tardia de como Jungkook está bonito essa noite. É a certeza da ressaca moral sendo muito mais forte e presente do que a ressaca física. Mas não sei decidir. Porque não me parece mais óbvio qual delas me faz querer desaparecer e qual delas me faz dar mais um passo.
A música ainda toca. Talvez a mesma, talvez uma nova. Cambaleio na direção de Jungkook, desviando de algumas pessoas pelo caminho estreito e o alcançando em poucos passos bambos. Meu cérebro temporariamente danificado achando uma boa ideia parar por aqui.
— Preciso falar com você!
É um quase grito. Meu corpo correndo pelo armário e meus olhos focando em sua figura. Recebo então seu olhar de canto, surpreso. Os cabelos negros são uma bagunça completa e o topo das bochechas tem uma coloração avermelhada. E me pergunto se é pelo tanto de Soju ingerido ou se pelo calor terrível aqui dentro.
— Eu tava procurando por copos. — Fala, os braços ainda levantados no alto. — Não achei. Se importa?
Ele tira então duas xícaras brancas e pequenas do armário. Xícaras de chá. E levo uns segundos para lembrar de que ele está aqui para pegar bebidas. Nego avidamente, não focando muito na consequência. Na verdade, nem sequer pensando de fato sobre a pergunta. Eu estou esperando ele ter alguma reação sobre o que acabei de falar, porque só me sinto a beira de uma gastrite nervosa.
Jungkook despeja um vinho frisante em uma das xícaras. Parecendo não ligar muito para minha urgência; na minha voz ou em meus olhos o fitando.
— Então amanhã você não tem aula? — Ouço-o perguntar e então me perco. Ele não me ouviu? Fingiu não ouvir? Lembro-me vagamente que esse era o assunto antes dele vir para cá, mas não quero continuá-lo. Assinto aérea, confusa. — Só vai ter o fechamento na sexta?
— Mais ou menos. — Minha voz sai bamba e não sei se vejo essa desconversa proposital ou não como um sinal divino para interromper meu propósito. — Não é bem um fechamento, as notas vão sair no mural...
Eu sou fora de órbita em um cômodo terrestre demais. E não sei se prossigo com qualquer plano que tenha se formado no meu inconsciente. Eu conseguiria prosseguir agora?
— Odeio quando as notas saem no mural, todo mundo vê a de todo mundo.
Não falo nada por uns instantes. Não que eu pudesse afirmar que minha coragem surgiria do nada e me fizesse falar de vez o quê vim falar. Mas eu tive uma pontinha dela para iniciar tudo isso, uma minúscula que agora se foi por completo. Talvez eu... Quem sabe, eu possa tentar daqui um tempo, não é? Não precisa ser agora. Precisa?
— E você?
De novo minha voz vem em inconstância.
— Vou amanhã só pra ver se passei para a seletiva do curso de verão.
Remexo-me desconfortável no lugar. Porque da última vez que esse assunto surgiu, ele veio juntamente ao de sua ida para Busan no fim de semana. E me sinto a beira do início de uma crise horrorosa. De novo. Em sequência! Porque meu problema ainda está aqui e não foi solucionado.
O maldito encontro em família.
Eu queria que fosse fácil, que Jungkook de repente lesse mentes. Que soubesse genuinamente o que quero falar. Mas não sei mais o que de fato é pior. O verbalizar ou sua reação a tudo isso. Pigarreio e contorno seu corpo, minhas pernas batendo no armário quando paro do seu outro lado.
— O resultado saiu rápido, não é? — Solto uma risada nervosa, agarrando sem pensar uma das garrafas pequenas em sua frente. — Pensava que fosse demorar.
Ele não me responde e limito-me então a focar toda a minha atenção na bebida que agora seguro. Abro e a cheiro, não guardando característica alguma do licor em si. Meus olhos passeiam pelo rótulo como numa espécie de leitura dinâmica, quando resolvo tatear o balcão a procura da xícara vazia que vi logo ali de relance. Tateio e tateio numa busca cega, meu corpo se inclinando sobre o balcão para um maior alcance e meu cérebro captando palavras soltas das informações no verso.
Volume. Porcentagem. Licor.
— _____?
— Hm?
Meus dedos ainda tateiam a superfície gelada em busca do recipiente, mas não o encontro de jeito algum. Olho então para o que faço, a xícara que antes estava logo ali, está longe. Bem longe. Debaixo de uma das mãos de Jungkook. Arrisco um olhar em sua direção e logo encontro seus olhos me medindo curiosos. Não entendo. Inclino-me mais um pouco, meus dedos alcançando a borda da porcelana, mas ele a afastando com facilidade. Percebo então que ele vem fazendo isso desde o início.
— O que foi? — Solto aflita, de repente me dando conta de nossos corpos colados, sua cabeça acima na minha e nossas cinturas encaixadas. — Jungkook...
Ele meneia a cabeça, contrariado. E me pergunto se só agora ele se deu conta da minha urgência de antes. Eu espero, por tudo o que é mais sagrado, que não.
— Vai beber isso?
Pisco algumas vezes antes de correr meus olhos até a garrafa que seguro.
— Vou.
Tento de novo alcançar a xícara e dessa vez Jungkook nem se move. O objeto está bem longe do meu alcance.
— Argh, Jungkook... O que foi?
Sinto-me irritada, aflita. Eu só quero beber, sem essa de censura sobre a quantidade de álcool que ingeri. Não foi tanta, foi? Só quero beber e esquecer sobre o que vim fazer.
— Não é uma boa ideia.
Meu corpo se remexe e eu me ajeito no lugar. Minha pele esfriando assim que me afasto de seu corpo. Não existe a possibilidade de não ser uma boa ideia. É uma excelente ideia. Beber para tentar esquecer o quão doloroso é ser manipulada indiretamente pela minha própria mãe.
Viu? Uma excelente ideia!
— Por quê?
Jungkook suspira e tira a garrafa de minhas mãos com praticidade, virando o rótulo para mim sem rodeio. Seu dedo indicador sugerindo algo que eu deveria ler, mas que não faço questão.
— É licor de ameixa.
Dou de ombros.
— E qual o problema nisso?
Ele estala a língua, impaciente. E eu quase me sinto ofendida por isso.
— Ameixa solta o intestino, com álcool piora. Vai piorar sua diarreia.
Um, dois, três. Quatro segundos. E logo então entendo.  
— De novo! — Quase grito, o empurrando pelo ombro. — Eu não to com diarreia!
Mas é tarde demais e sua risada já vem toda cheia de energia. Me trazendo a chance de presenciar seu nariz enrugando e seus olhos se fechando em divertimento. E percebo que mesmo que a quantidade de álcool que ingeri tenha sido mesmo alta demais, a dele não deve estar muito atrás da minha. E, no fim, acabo sorrindo também. Dando-me ao luxo de ter esse momento com ele só por agora.
— Pelo menos eu fiz você dar uma relaxada. — Ergue os ombros, cheio de si. O cabelo se movendo minimamente na testa e um sorrisinho de escárnio crescendo no canto da boca. — Me agradeça mais tarde.
Encolho-me ao seu lado, vendo-o tomar um gole gordo de sua xícara cheia e logo trazendo para perto a minha. E por mais que eu goste de vê-lo preparar drinks para mim, eu só consigo enxergar sua boca brilhosa pelo frisante recém ingerido. Porque sinto, verdadeiramente, que seu beijo poderia tirar tudo de ruim que tenho em mim.
— Aqui, bebe esse.
Ele arrasta a porcelana em minha direção e me olha. A bebida que me fez é rosa clara e doce na ponta da língua. E eu até tentaria identificar o cheiro senão tivesse acabado de perceber que o perfume tropical de Jungkook destoa dentre todos daqui. Inclusive do maldito gelo seco de tutti-frutti. E quero que fique assim. Essa bolha invisível feita pelo seu aroma.
Sucumbo entre os ombros em conforto, meus pensamentos me levando para a primeira vez que paramos no meio de uma cozinha entre músicas e bebidas. Vivemos um flashback tortuoso e injusto, porque escondo coisas e minto. E me perco, enquanto sua atenção agora é voltada para uma garrafa bonita marrom. Termino minha bebida em silêncio, vendo pessoas indo e vindo. Ouvindo músicas começando e terminando. Sinto-me esquisita e pesada e não sei como me livrar disso. De novo. Respiro fundo, largando cautelosamente a xícara vazia no balcão antes de olhar para Jungkook.
— Sua família... — Começo, vendo-o se virar para mim de repente. — Sua família sabe sobre esse lance de acompanhante de aluguel?
Ele me olha por um instante, parecendo não entender aonde quero chegar. E, para ser sincera, eu também não. A pergunta surgiu assim que abri a boca e agora não sei bem se foi uma boa ideia. Jungkook parece ponderar por um segundo. Demora-se em dobrar as mangas da camisa até os cotovelos, depois em terminar com a bebida que acaba de se servir. E me pergunto se o que está por vir tem mais a ver comigo ou com ele mesmo.
— Não. — Responde encostando-se de costas ao balcão. — Eles provavelmente não aceitariam muito bem.
Sinto um incomodo no peito.
— Por que você acha isso?
— Quem aceitaria bem o filho ser acompanhante de aluguel? — Ele dá uma risada sem humor e um rebuliço esquisito acontece no meu estômago. — E minha família não é ruim financeiramente falando, a gente tem uma vida confortável. Mas eles já arcam com todas as minhas despesas aqui, não queria que eles tivessem um gasto extra com o notebook.
Sou inserida em uma partezinha da sua vida. Não mais de maneira intrusa. Mas isso não me deixa mais confortável aqui. A realização de que enfiaria Jungkook em uma saia justa com seus pais me pega de jeito. Não cogitei a hipótese de ele contar a verdade para eles, mas, dessa forma, ele teria que mentir igual a mim, não é? E só eu sei que mentiras sempre se enrolam em mais mentiras. A sensação desse lado da história não é nada boa. Eu bem sei.
— Não tem explicação pra eu fazer isso, entende? — Umedece os lábios e me encara. — Eu poderia simplesmente pedir e pronto. Acho que isso é o que pioraria a situação.
— O que você acha... — Não consigo controlar minha voz. Não consigo fazê-la parar ou sair de maneira clara e direta. Ela continua em falhas e parecendo agir por impulso. — O que aconteceria se eles descobrissem?
Jungkook parece pensar por um segundo mais uma vez. E me pergunto se ele mesmo já se fez essa pergunta em outra ocasião. Como também me questiono se esse é um daqueles assuntos em que não se deve tocar. Será que o deixa tão desconfortável quanto o assunto Haneul me deixa?
— Eles me fariam voltar pra Busan na hora. — Responde, mas não me olha mais. O seu cenho é franzido e não sei se ele se incomoda por falar sobre ou por perceber o campo minado que estamos caminhando aqui. — Eu provavelmente não conseguiria nem ter tempo de fazer a transferência para alguma universidade de lá. Eu teria que começar tudo do zero.
Quero vomitar. Talvez pela bebida, talvez por perceber que mais coisas estão ameaçadas além da minha própria mentira deslavada. E me tenho em cima do muro, entre pedir e não pedir. Porque agora a decisão não me parece óbvia. E por mais que tenha sido comprovado por mim mesma que não existam alternativas, eu me sinto tentada a pensar que não escolher caminho nenhum seja uma opção também.
— Eles não são compreensíveis?
— Não é isso. Eles são. Eles me apoiam em todas as decisões que eu tomo, mas... Acho que isso foge. — Seu peito infla e ele se vira para o balcão. — Minha mãe passou por muita coisa ruim quando menor, ela não quer que eu ou minha irmã passemos por dificuldades também. Eles trabalharam demais pra nos dar tudo. Isso seria visto como um fracasso, entende?
Balanço a cabeça em afirmação, mas não sei o que isso quer dizer. Meu estômago ainda é bagunça em forma de nervosismo.
— Se eles são compreensíveis, você acha que se você expli-
— Não, sem chance.
Jungkook me interrompe sem rodeios. E quem sabe esse seja mesmo um assunto que o deixa desconfortável. Vejo-o completar sua xícara mais uma vez e, antes que eu perceba, estou falando de novo:
— Sua intenção é boa, talvez eles entendam.
— Sua intenção também é boa, por que não tenta com seus pais?
A rasteira vem certeira e eu caio de cabeça em cima do muro imaginário que criei. E enquanto o vejo beber mais um pouco, entendo que não fico chateada com o que me disse. Ou, quem sabe, irritada. Até porque concretizo que o encontro de famílias coloca em risco não só as mentiras em que me meti, mas também bota em risco coisas que eu não deveria ter o poder de controlar. E, num instante, o que me preocupa não é mais contar para Jungkook ou fazer o pedido. O que me preocupa é o que vem depois. O que me preocupa é o que vai vir depois que ele aceitar. Porque eu deveria ser a única a correr riscos. Eu gerei o problema e eu deveria ser a única a arcar com as consequências dele. A imagem que tenho dele é ligada à minha solução e não é justo.
— Desculpa. — Sua voz me tira do transe e corro meus olhos para ele. Sua respiração é pesada antes de continuar. — Eu fui um babaca, desculpa. Não deveria ter falado assim, nossas situações são diferentes.
— Tudo bem. — Dou de ombros, pegando a xícara de suas mãos e dando um gole ali. — Não deveria ter insistido.
— Não é isso. — Estala a língua em contradição, virando-se para mim outra vez. — É um assunto que...
Ficamos em silêncio. Porque não é preciso que Jungkook se explique, porque entendo. Nossos olhares se sustentam por alguns segundos e me permito nos enxergar.
Não sei exatamente quando me apaixonei por Jungkook. Só sei que sinto. Sensações e sentimentos. Talvez tenha sido naquela resposta à pergunta de minha mãe. Quem sabe tenha sido quando me preparou o primeiro drink. Quiçá sobre o diálogo sobre a minha verdade. Não sei bem. E, para ser sincera, isso não é lá muito importante. Porque Jungkook ainda é a melhor parte de toda essa baderna que eu me enfiei. E eu não tenho a menor duvida disso. E como em um romance de época coberto por drama, aqui e agora, olhando-o sob luzes brancas claras demais, eu sinto que a qualquer momento posso deixá-lo ir. E não quero.
— Eu vou me mudar no próximo mês.
Ele diz por fim, um sorriso crescendo no canto da boca e ele alcançando a xícara vazia carregando meu olhar confuso.
— Se mudar? Pra onde?
— Pra república. — Responde e a pergunta seguinte parece estar estampada em meu rosto. — É, aquela república.
Lembro-me então das festas em que fomos lá. Os cômodos quase sem móveis e os poucos parecendo terem sido escolhidos aleatoriamente para ocuparem os lugares. Sem cortinas nas janelas ou tapetes no chão.
— Achava que não tinha mais espaço.
— Não tem, mas vai abrir uma vaga. — Ele preenche tanto a porcelana sobre o balcão, quanto a que seguro. — Taehyung vai pra um intercâmbio no meio de julho, vai ficar um ano fora e quando ele voltar, mais uma vaga já vai ter sido aberta também.
Assinto aérea, o cara de óculos azul e sua bebida horrorosa me tomando os pensamentos por uns instantes em uma lembrança vaga.
— Qual o problema dos dormitórios?
— São meio caros, a república vai sair mais em conta. — Explica. — Fico me sentindo mal de ficar nos dormitórios sabendo que fora deles o preço é melhor. Meus pais não reclamam, mas não que-.
Ele mesmo se interrompe e eu entendo o porquê. É o assunto de novo, de uma forma indireta. Jungkook não gosta de depender tanto assim dos pais e logo paramos, outra vez, no assunto de acompanhante de aluguel. E sinto-me pesada e culpada novamente. Porque ainda não sei o que fazer. Eu tenho um pedido, um encontro entre famílias e uma mentira. Posso fazer tudo o que eu quiser com elas, inclusive ignorá-las. Eu vivo em dualidade. Por dentro e por fora. Sei o que fazer. Não sei o que fazer. Sigo e não sigo.
Vejo Jungkook respirar fundo e olhar para os lados. Penso em tentar dizer outra vez, mas agora é diferente. Porque sei mais do que sabia no início. E soa egoísta e injusto demais trazer a tona esse assunto outra vez justamente agora.
Beberico o vinho frisante na minha xícara e olho em volta também. A angústia sendo companheira de todo o meu nervosismo. Vejo pessoas ao nosso redor indo e vindo, rostos novos, diferentes. E acabo me perdendo nisso, me permito pensar sobre algo que não envolva toda a lama que me rodeia. E me foco. E me concentro.
Reparo, então, que diferente das festas de república da Chung-Ang que fui, essa é um tanto diferente. Desde a existência de cortinas nas janelas aos tapetes no chão. Os móveis podem ser populares, mas são bonitos. Ainda existe a presença de gelo seco, irritante e meio fedorento, mas ainda assim. Ninguém mais se amontoa nos sofás da sala ou interdita a entrada da cozinha, as pessoas aqui têm seu próprio espaço. Porque existe espaço.
Alguém acaba de quebrar um copo na divisa de cômodos, perto do banco onde antes eu estava sentada. E há uma movimentação, tanto dos outros quanto nossa. Sinto uma mão espalmar em minhas costas e quando me movimento, percebo que é Jungkook quem me conduz para longe dali. Atravessamos a sala, a música alta bombeando nos ouvidos. Há pessoas por todos os lados e nenhuma me parece conhecida. Ou rostos que já vi de relance pelo campus da universidade. E me foco nisso. De novo. Talvez para não surtar de vez, talvez para não agir por impulso, talvez para tentar me convencer de que a opção de não falar seja mesmo a melhor alternativa.
— Jungkook?
Chamo-o assim que paramos em um corredor. O trânsito por aqui parecendo ainda mais tranquilo do que o que vem sendo o restante da festa. Há algumas portas por aqui e o aviso de banheiro em uma delas. Não existe mais cheiro de tutti-frutti, porque penso que a saída para o jardim do fundo seja logo ali depois da porta branca de vidro aberta.
Ele se vira para mim, o corpo encostando-se a parede e a boca brilhando outra vez pela bebida recém ingerida. Aqui a luz é amarela e logo percebo que ele consegue ficar ainda mais bonito por debaixo dela.
— O que foi?
Estou pé em sua frente, porque não consigo me sentir relaxada para me encostar a paredes e fingir que dentro de mim não é um carvanal de emoções cretinas e não cretinas. Eu já desisti de tentar separá-las, numerá-las, botá-las em ordem em uma lista. Porque elas se enlaçam e eu me torno caos. Como sempre é.
— Cadê o Jimin?
Minha pergunta sai como um pedido silencioso de escape. Não me sinto realmente interessada na resposta ou no porquê a festa parece diferente das demais. Ela só veio como uma tentativa de me distrair por uns instantes.
Jungkook, no entanto, não me responde de imediato. Ele me olha do alto por um tempo, tomando um, talvez dois goles da xícara que segura. Ao fim, tem as sobrancelhas arqueadas e uma atitude prepotente que não entendo, mas que gosto de olhar.
— Por quê? — Seu tom é debochado. — Você era meio que afim dele no início, não era?
Sou lavada em choque, pega desprevenida pelo extremismo. Quase engasgo.
— O quê? — Fico perdida na acusação e um tanto envergonhada também. Porque, bem, é verdade, mas nunca vou dizer. — Nunca fui. De onde tirou isso?
Ri e me tenho 100% presa no que vem a seguir.
— Você perguntou se ele era solteiro.
— Você falou que ele era comprometido. — Bebo o que seguro um tanto ofendida pelo que ouço. Sinto-me traída o tempo todo por sentimentos extremos e drásticos. — Não perguntei nada.
Seu corpo desliza de maneira natural para frente, seu quadril na altura da minha cintura. Dois centímetros de distância. E não sei se é apenas coincidência ou se tudo isso foi proposital. Mas já começo a me sentir quente. Balanço os joelhos por puro instinto. Deve ser o álcool. Ou essa bolha tropical.
— O Jimin é um babaca. — Solta prático, voltando ao lugar. — Eu sou também, mas ele é mais. Um dia você vai entender.
Seu olhar é ainda de prepotência e fico o encarando por alguns instantes outra vez. A boca úmida, os olhos negros e sua aura intimista. É aquele lance dos detalhes. Sempre é. E me deixo perder entre eles por um momento.
Pisco uma ou cinco vezes, não sei mais contar direito.
— Você não respondeu minha pergunta. — Falo, percebendo enfim. E, talvez, as não semelhanças dessa festa não sejam só invenções da minha cabeça para eu ter algo ao que me prender, afinal. — Cadê o Jimin?
Jungkook parece pensar, depois termina o que tem em sua xícara em um gole certeiro.
— Não veio.
Ele esfrega a boca com as costas de uma das mãos e me olha. Seu olhar vem em fresta, como se me intimasse para uma briga. E Jungkook me contraria inteira, como sempre faz.
— Como assim não veio?
— Não veio.
E há um silêncio para que eu tente entender; tanto o que acontece aqui, quanto o que ocasionou toda essa postura desconfiada repentina de Jeon.
— Tá, mas e o resto?
— Que resto?
Mais silêncio. Porque de fato me pego perdida em sua pergunta. Que resto eu esperava ver? Seus amigos ou os amigos de Haneul? E enquanto o vejo pegar a xícara das minhas mãos e tomar mais um gole de bebida, olho em volta. Pessoas diferentes, lugares diferentes. Música diferente. Tudo de fato é diferente. E algo me toma os pensamentos de repente.
— Jungkook... — Começo, recebendo seu olhar por cima da xícara. — Existe alguém nessa festa que você conheça?
E é aí que ele quase engasga. A porcelana escapando por um instante e ele a alcançando ligeiro antes que seja tarde demais. A bebida escorrendo por seu queixo e um caos instalado. E sei que existe algo de errado aqui. Jeon parece ponderar, pensar em algo a dizer, mas não diz. Fita o fundo da xícara por um tempo, limpa a bebida pelo rosto e depois respira profundo. Quando penso que algo vai sair de sua boca, nada sai.
— Jungkook?
— Não. — Responde abruptamente. — Não existe.
Meus olhos crescem de pavor, mas não consigo acompanhar o sentimento ou o que essa notícia realmente quer dizer.
— Jungkook!
Sua cabeça meneia e ele estala a língua em contradição, depois se remexe no lugar. Parece alvoroçado e, por conta disso, fico também.  
— O que foi?
— Como assim o que foi? — Dou um passo em sua direção, minha voz saindo mais baixa em seguida. — O que a gente tá fazendo aqui?
Ele me olha. Seus olhos correndo meu rosto inteiro.
— É uma festa.
— Eu sei que é uma festa, mas... — Olho para os lados, ninguém parece prestar atenção em nós. — Como você ficou sabendo dela?
— O Jimin descobriu e me falou.
Afasto-me desconfiada.
— Então o Jimin conhece essas pessoas?
Ele não responde e isso é o bastante para eu entender que não, Jimin também não conhece ninguém.
— Jungkook! Por que vo-
— Era a única festa antes das férias começarem! — Me interrompe. Seus olhos estão em mim e ele parece um tanto impaciente por eu não ter entendido. — Foi a única oportunidade que achei pra gente ficar sozinhos de novo, só nós dois, porque da última vez você foi acompanhada e é... A próxima festa da república vai ser só mês que vem.
Jeon puxa o ar forte pros pulmões, me lança um olhar esquisito e logo se concentra em beber mais do vinho frisante. E quero rir, uma risada alta e sincera, mas não consigo. Meu coração parece ter crescido tanto no peito que posso jurar que a qualquer instante pode explodir. E agora tenho certeza. Absoluta certeza. Não quero colocar em risco qualquer coisa que tenhamos aqui ou qualquer coisa que seja importante pra ele. Mais do que nunca sei que não quero pedir o que vim pedir e que não vou. Porque me importo e sou ridiculamente apaixonada por Jungkook.
— Tipo um encontro?  
Minha voz vem mansa dessa vez e ele ergue os ombros, agora um tanto sem graça.
— É meio longe? Sim, com certeza. A galera é estranha? Também. Mas tá aí.
E fico o olhando por um tempo. O ar faltando quando tento suspirar. Sua camisa xadrez um tanto aberta, sua pele exposta, seu cheiro, seu cabelo, sua boca e todos os seus etcéteras. Uma combinação de detalhes, uma coletânea do que mais gosto nele. Tudo isso pensando em uma oportunidade para ficarmos a sós mais uma vez. De novo. Como ele me contou naquele corredor a última vez.
O pensamento de que seu beijo pode me tirar as coisas mais ruins que carrego me encontra de novo. E num passo dado em sua direção e num puxar de gola, eu faço nossos lábios se encontrarem sem cerimônia alguma.
Sua boca é gelada e traz o sabor doce de vinho presa entre a minha. Meu corpo se alinha ao seu e minhas mãos sobem até seu rosto. É um beijo surpresa e singelo, que logo termina quando me afasto minimamente para olhar Jungkook de perto. Seus olhos se demoram a abrir e, assim que encontro a imensidão negra deles, tenho certeza que peguei o caminho certo.
— Eu gosto quando você toma a atitude.  
Ele sussurra só pra mim, um sorriso no canto da boca rosada e um suspiro solto. Não parece mais envergonhado ou agitado como antes. Somos agora, juntos, fora de órbita em um ambiente terrestre demais.
E antes que mais alguém fale algo, Jungkook pressiona sua boca na minha mais uma vez. A sensação me invade de imediato e meu peito aperta de uma saudade que não percebi sentir tanto quanto agora. Sua língua deslizando pela minha como da primeira vez que se encontraram, seus braços me apertando contra seu corpo e um sufoco de desejo me tomando a garganta. Enrolo-me em seu pescoço e nos tornamos um emaranhado de beijos, apertos e mordidas.
Tudo parece insuficiente, no entanto; porque quero mais perto, mais envolvimento, mais tudo.
Mais Jungkook.
Suas pernas batem contra as minhas e, em passos incertos e destrambelhados, atravessamos uma porta antes entreaberta. Nossos corpos se afastando um instante para Jungkook se desfazer das xícaras num cesto de roupas e eu perceber que nos enfiamos em um banheiro minúsculo com luz amarela. E quando o vejo se virar para mim outra vez, eu me sinto ferver por inteira. Porque aqui e agora, com a luz encostando sua pele exposta e sua boca vermelha por minha causa, eu sinto que nunca vi algo tão bonito quanto ele.
Vejo a porta se fechar com seu toque sutil e o baque é o incentivo que faltava para Jungkook voltar para mim. Em forma de dedos se embrenhando pelos meus cabelos, beijos em meu pescoço e carícias pelas minhas coxas. Ele é suave e lento, uma melodia lasciva que me envolve por inteira. Cada centímetro do seu corpo encosta-se a cada centímetro do meu, mas ainda parece não ser o suficiente, porque o quero mais, mais, mais perto de mim. Passeio minhas mãos por seu peito, procurando a abertura da camisa xadrez, puxando-o e puxando-o. Desço eles pelos botões e alcanço o cós da calça. Eu sinto sua pele quente nas articulações dos meus dedos e não sei o que fazer com tudo isso.
Porque Jungkook ainda é caos de cheiros, gostos, sensações e sentimentos.
Como numa dança lenta e íntima, nossos corpos se balançam, suas mãos alcançando meus quadris e me fazendo girar sobre meus próprios pés. Seu corpo agora me alcançando por trás, me segurando contra o balcão da pia. Nosso reflexo no espelho quase me deixa envergonhada, seus olhos nos meus e sua boca distribuindo beijos molhados pela minha orelha, pescoço e nuca. Espalmo minhas mãos no mármore e sinto Jungkook se inclinar sobre mim. Seu quadril pressionando minha bunda e suas mãos subindo minha saia.
Fecho os olhos por um momento, me concentrando na sua língua e em toda a sua presença imperial sobre mim. É uma sensação maluca, num ambiente maluco. Entretanto, quando volto a abrir meus olhos, algo me chama a atenção no canto do balcão da pia. Uma embalagem branca de enxaguante bucal, a mesma marca que minha mãe compra religiosamente todo o mês. E, como num passe de mágica, toda a angustia que antes pensei ter dispersado em decisões antes tomadas, reaparece como fogo em mata.
Os dedos de Jungkook tamborilam pela minha pele com graça e sutileza, mas não consigo mais me focar direito. Ainda quero me sentir imensa, infinita. Mas a droga do aperto no peito começa a reaparecer, a culpa começa a se tornar tão pesada quanto antes. E mesmo que eu queira que não exista nada mais na minha cabeça que não seja Jungkook nesse pequeno instante, eu só consigo pensar no meu objetivo quando botei meus pés nessa festa. E sou pesada de arrependimento.
Quando sinto sua mão puxando minimamente a barra de minha calcinha para baixo e a outra subindo em direção ao meu seio esquerdo, num vislumbre cretino de lucidez então, eu entendo que não consigo. Que não consigo levar adiante sem finalmente falar o que vim dizer. Mesmo já tendo estabelecido minha decisão de dar fim a esse lance de acompanhante de aluguel. Mesmo que eu já esteja decidida a arcar com minhas próprias consequências. Eu não consigo levar adiante sem contar para ele. E isso é ridículo, sei que é.  
E, antes que suas mãos invistam em mais uma puxada ou em um toque certeiro e eu perca todos os sentidos, eu o empurro para trás de maneira súbita e seca. Minha saia flutuando por milésimos de segundo entre nós e suas mãos agarrando o nada.  Seu rosto no reflexo é retorcido em alarde e confusão e seu perfume tropical faz tudo ficar um pouco mais difícil do que tecnicamente já é.
— Jungkook... Não dá. — Falo, minha respiração pesada. Minhas pernas trepidando ainda por todos os seus toques em mim. — Eu não to relaxada.
Tenho seus olhos cravados nos meus, ainda perdido no que deveria ter sido e que não foi. Meu seio esquerdo formiga pela falta de seu possível toque e me remexo no lugar, desconcertada pelo que acabou de acontecer. Viro-me finalmente para ele, respirando fundo e o encontrando ali. Seu peito subindo e descendo e sua boca ainda mais vermelha pelos beijos. A camisa completamente torta no seu corpo e o cabelo apontando para todos os lados.
É difícil de tentar construir uma linha de raciocínio clara e complexa. Eu só consigo pensar em palavras chaves que logo se mesclam a boca, beijos e Jungkook. E tudo se torna bagunça de novo.
— Ok... — Sua voz é uma lufada de ar e não precisa de muito para entender o quão perdido ele ainda está. — Você quer ir pra... Outro lugar? Ou... Eu fiz alguma coisa que você não gostou?
— Não. — Falo abruptamente, percebendo que é agora ou nunca. — Não é o lugar ou... Não é isso. Eu preciso te falar uma coisa antes da gente continuar.
Jungkook parece levar um tempo para entender o que lhe digo. Seu rosto se molda em atormento, enquanto ele dá um giro no próprio corpo e depois me olha de novo.
— Tudo bem, — sua voz é cautelosa. — O que é?
Umedeço os lábios e fecho os olhos com força. Mas logo depois os abro. Meu corpo é quente e não posso me descuidar por um segundo sequer. Porque a sensação da língua de Jungkook deslizando pela minha nuca ainda é muito clara e quase a sinto em mim.
— Tá. — Descolo-me do armário por puro impulso. Vou de um lado a outro, minhas mãos tentando ajeitar meu cabelo inutilmente. — Você pode... Você pode se sentar, por favor?
Puxo o ar com força e percebo que Jeon nem sequer se moveu. A forma como seu cenho se vinca me deixa nervosa, meu coração apertando no peito quando paro abruptamente de me mover.
— Espera. — Pede, as mãos no ar. Ele parece tentar se situar. — Isso tem a ver com Haneul de novo?
E meus olhos se perdem. Caço o lustre em formato antigo, o vaso sanitário bege e o cesto artesanal com mais de quatro rolos de papel higiênico dentro. Tento buscar algo que me diga que não voltei ao passado, para o início da festa aonde ele me fazia a mesma pergunta. Volto a olhá-lo, as argolas prateadas se movendo nas orelhas quando sua cabeça meneia.
— Como assim?
— Porque eu também tenho uma coisa pra falar.
Encaro-o por um tempo, o que acabou de dizer não faz sentido. A informação não se liga a nenhuma lembrança que esteja circulando e que já circulou o meu cérebro. Ela é completamente inédita como um filme recém lançado nos cinemas. E fico perdida no momento, olhando Jungkook passar a língua pelos lábios e respirar fundo.
— Que coisa?
— Eu deveria ter dito algo aquela noite. — Sua voz agora vem quebrada e percebo todo o esforço que Jungkook faz para falar sobre isso. — Deveria ter dito algo pra impedir que ele falasse aquelas coisas pra você.
Demoro um tempo, pensando e resgatando memórias. Não preciso perguntar para ele sobre que noite ele fala, porque agora tudo parece claro como água cristalina. A noite em que conversamos no corredor, a noite em que Sorn passou mal, a noite em que voltei a ser conectada a Haneul de uma maneira que me amedronta e que me faz recuar. Lembro-me de tê-lo visto me olhar o tempo inteiro, como me lembro também de ter pensado que ele esperava por uma reação minha. Mas talvez Jungkook só não soubesse o que falar, assim como eu. Penso que deveria me sentir pesada agora, me sentir ultrapassada e humilhada pela lembrança, mas a verdade é que a única coisa que tenho em mim é a certeza de que preciso resolver esse problema.  
— Não deveria. — Digo, apoiando-me no balcão e o vendo, finalmente, se sentar na privada em minha frente. — Quem deveria ter dito algo era eu. Esse problema é meu e não seu.
Há um clima no ar, mas que não pego. Não é algo pesado ou esquisito. É só um clima diferente de todos os outros. Logo lembro, então, de nós dois conversando no meio da rua, antes de entrarmos na festa. Talvez tenha sido isso que ficou trancado na garganta de Jungkook e que ele não conseguiu falar.
— Era sobre isso que você queria conversar?
Sua pergunta vem, enquanto eu me tenho tentando organizar o que falar em seguida. Mas eu sou só bagunça e não faço ideia por onde começar. Jungkook me olha debaixo, as mãos espalmadas nos joelhos sobre a calça jeans clara e a camisa xadrez ainda torta em seu corpo. Conto até três mentalmente e balanço a cabeça em negação.
— Então o que é?
Eu sinto meu corpo todo ser tremedeira. E por mais que eu saiba que meu objetivo já mudou, continuo aflita por sua reação. Eu sou tomada por nervosismo e posso jurar que a qualquer momento vou explodir. E não aguento mais viver essa tensão pela noite inteira. Não aguento mais guardar para mim.
Puxo o ar com força e o solto aos poucos. Tudo isso sob o olhar cauteloso de Jungkook. Quando abro a boca, todas as palavras parecem sumir.
— Busan! — Quase grito, fechando os olhos com força mais uma vez e reunindo as mãos em frente ao meu rosto. — Tem a ver com Busan! Eu tentei não ir, mas não faz sentido eu não ir e...
Silêncio.
— _____? — Ele solta um riso, encostando minimamente em minha perna para que eu o olhe. E eu o olho. — Do que você tá falando?
Engulo a seco, de repente achando uma péssima ideia contar isso para ele. Porque, por mais que eu tenha desistido de todo esse encontro de famílias, eu cogitei seguir em frente, não foi? Ele ainda pode se chatear, não pode?
Jungkook está me olhando e parece ter toda a paciência do mundo. Respiro fundo, não sabendo se existe um jeito de voltar no tempo ou se existe alguma maneira de desconversar algo que eu mesma iniciei.
— Minha mãe me ligou na segunda. — Falo incerta. — Ela quer que nossas famílias se encontrem em Busan esse final de semana. Disse que não existe desculpa alguma, que eles vão com ou sem mim.
Arrisco um olhar em sua direção, Jungkook parece absorto demais. Não existe mais resquício da risada que soltou há pouco tempo, nem sequer um resquício de um toque em minha perna. Ele é contradição pura.
— Você tá me dizen-
— Mas eu já desisti! — Apresso em dizer, lembrando subitamente que não falei o ponto mais importante. — Eu desisti! Ok? Eu já desisti de pedir a sua ajuda. Eu ia te pedir na biblioteca, mas não tive coragem. Pensei em pedir hoje, mas...
— Mas...?
— Eu não quero, não quero mesmo, porque eu me importo. — Minhas mãos estão fechadas em punhos e nenhuma das palavras que eu falo parecem fazer sentido. — Eu me importo com você e não quero, não... Não quero que arrisque a faculdade por um problema que não é seu. É um problema meu e não é justo eu pedir pra você fazer isso. Não quero mais você como acompanhante de aluguel ou... Eu desisti.
Sinto-me sem ar, como se tivesse acabado de correr uma maratona inteira até chegar aqui. Tento repassar o que acabei de dizer, mas nem sequer lembro mais. Existe algo em mim, algo certo e grande, que me diz que não estou me fazendo entender. E isso me aflige e me deixa angustiada.  
— Se você desistiu, — começa, as palavras vindo aos poucos e pausadamente como se estivesse resolvendo uma questão lógica em uma aula de marketing. — Se você desistiu, então por que tá me contando isso agora?
Por um momento me preocupo com o que dizer, com qual explicação dar. Porque talvez eu tenha mentido por tanto tempo, sobre tantas coisas, que eu já não saiba mais ser sincera de maneira natural.
— Porque eu não sei o que acontece que eu sinto essa necessidade ridícula de te falar as coisas. — Falo verdadeira, meu coração bombeando nos ouvidos. Não existe música por detrás da porta ou pessoas no mundo. Só existe nós dois e esse banheiro pequeno em algum lugar no leste da cidade. — Mas eu não quero te assustar, tudo bem? Com nada. Com o que eu sinto ou com o pedido que não quero mais fazer. Eu já desisti. Entenda que eu já desisti e só to te contando porque não consigo guardar isso pra mim.
Sinto uma necessidade extrema de repetir por mais um milhão de vezes que desisti. Que essa ideia foi imbecil e que eu nunca deveria ter sequer cogitado pedir isso a ele. Sinto uma necessidade imensa de frisar, desenhar, explicar de maneira didática de que não, eu não o quero mais como meu acompanhante de aluguel. Nunca mais como acompanhante de aluguel. Eu o quero como Jungkook e somente Jungkook. Mas minha voz tranca e não consigo mais dizer nada. Vejo-o fixar seus olhos no piso gelado por um tempo e penso em contar os segundos, minutos ou horas que se passam. Mas só consigo repassar seus detalhes como reza nos pensamentos.
A cicatriz na bochecha, a pintinha debaixo do lábio e os olhos tão negros como o céu sem estrelas.
— Sabe? — Sua voz vem depois de um tempo, lúcida. — Eu sinto que deveria tá muito bravo com você agora. Eu tinha era que levantar e sair daqui, porque não é a primeira vez que você faz isso comigo.
Minha respiração para e minha garganta se aperta. Porque vacilei com ele. Mesmo com todas as minhas intenções e inseguranças, eu continuei errando com ele. Tento engolir a seco, mas meu maxilar está travado. E anseio pelo que está por vir. E anseio pelo mas, porque precisa ser algo bom. Precisa ser algo que me garanta que tomei a decisão certa ao contar sobre isso para Jungkook.  
— Normalmente eu ficaria realmente bravo, mas não me sinto assim agora. — Fala e o ar volta aos meus pulmões. Ele respira fundo e ergue seu olhar até o meu. — Você sempre faz eu me sentir esquisito por não agir do jeito que eu deveria agir. É assim o tempo todo, porque também não consigo te tirar da cabeça tem semanas e isso não é normal pra mim... Acho que é um problema, não sei. Mas eu me sinto aliviado de saber que você desistiu, porque eu também me importo com você.
Demoro um tempo para raciocinar, tentando desvencilhar as palavras das frases e logo então as repetindo de forma pausada pelo meu cérebro. E quando entendo, não sei o que dizer por primeiro, nem sei se preciso dizer algo. Sinto meu rosto completamente imóvel por uns instantes.
— Eu... Desculpa.
Minha voz é um fiapo imbecil, mas sinto a urgência de fazer o pedido, pelo menos. Vejo um riso no canto de sua boca e ele dando de ombros em seguida.
— Por eu me importar com você? — Vem debochado. — É, eu me peço desculpas o tempo todo por isso também.
— Não foi po-
Jungkook ri.
— É, eu sei.
Passo as mãos pelo meu rosto, desconcertada. Isso é horrível. Quer dizer, a sensação que tenho agora, a sensação de perceber em todas as enrascadas que o enfiei e em todos os problemas que ocasionei na sua vida. Essa sensação é ruim e ultrapassada, porque me faz perceber que eu deveria ter entendido muito antes. Que eu deveria ter entendido que aquele post-it furreca não traria solução alguma para ninguém. Pelo menos, não a que eu procurava encontrar.
— Isso não vai mais acontecer.
Falo, tirando minhas mãos do rosto para encontrá-lo me olhando outra vez.
— Era por isso que você tava estranha na biblioteca e no caminho até aqui? — Assinto. — O que você vai fazer, então? Agora que não me quer mais como acompanhante de aluguel.
— Eu não faço a menor ideia.
Jungkook se remexe na privada, ele estrala os dedos e depois os passa pelos cabelos. Os fios se alinham para trás por uns instantes, mas logo caem em mechas por sua testa.
— Eu poderia dar um jeito, falar pros meus pais que eu tenho uma namorada e... — Ergue os ombros. — Não sei, convencer eles de que esse encontro de famílias não é bizarro, mas... Eu preferiria não fazer isso.
— Não vai precisar fazer, é sério. — Digo rápido, porque é verdade. — Não vai. Eu... Vou arranjar um jeito! Não sei como, mas vou. Eu não deveria nem ter cogitado te pedir isso, porque não quero, não quero mesmo te chatear de novo.
Ele assente entendido, um sorriso bonito e seu nariz se enrugando. E sinto meu coração bater descompassado no peito, mas ele não alcança mais meus ouvidos em desespero ou nervosismo, ele só dança conforme a música. Conforme nós dois. E me sinto bem agora, me sinto bem por ainda ter Jungkook aqui.  
— Você se sente melhor agora que me contou?
— Sim.
Ele alcança uma das minhas mãos e enrosca seus dedos aos meus. Meu corpo, de maneira involuntária, se move até o dele sentado, só parando quando minhas pernas batem às suas.
— Senta aqui.
Jungkook pede, seus dedos agora dedilhando minhas coxas e suas mãos se espalmando por detrás delas para me puxar em direção ao seu colo. Nossos quadris se encaixam e eu enrolo meus braços em seu pescoço. E seu cheiro é tão natural que, por um instante, esqueço que esse de fato não é o perfume que sempre senti na vida.
— O que você quer com isso?
— Te consolar.
Rio e nossos olhares correm diretamente para nossos quadris encaixados.
— Era pra ser um abraço.
— Um abraço erótico?
Seus braços envolvem minha cintura e ele sorri.
— Não, nada de erótico.
Aperto-me contra ele, então, em um abraço. Aproveitando para afundar meu rosto contra seu pescoço, sentindo seu cheiro e seu calor. E me sinto bem aqui, por mais que eu saiba que amanhã as coisas não serão nada fáceis.
— Não é pra dormir.
Ouço-o falar e, sem me mover, pergunto:
— Por que eu dormiria?
— Porque na primeira festa você dormiu na poltrona enquanto eu jogava videogame.
Ergo minha cabeça abruptamente, só para que eu consiga encará-lo direito.
— Eu fiz o quê?
— Dormiu. Depois da cozinha a gente foi pra sala e em dez minutos você dormiu por sei lá quanto tempo. Você não lembra?
A lembrança vaga me toma a cabeça, ela é distorcida, esquisita. E toda a lembrança que eu tinha de beijos e amassos por seis horas seguidas em Jungkook é substituída pelo toque do tecido áspero da poltrona e suas tentativas de me fazer acordar. E fico um pouco perdida por ter acreditado durante tanto tempo em algo sem fundamento.
— Mais ou menos.
Mio e o vejo rir. Decidindo, por agora, deixar para lidar com essa nova lembrança amanhã ao acordar. Ou hoje ao acordar, não sei bem. Enfio meu rosto em seu pescoço outra vez e sabe-se lá por quanto tempo ficamos ali. Se por seis minutos ou por seis horas.
E o “e se” passando a ser agora um desejo utópico.
E se eu tivesse encontrado Jungkook muito antes de ter encontrado Haneul?
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c-a-p-l-a-n-blog · 6 years ago
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Características Resumidas
Seu…. 
Sol: personalidade e ego  Lua: expressão emocional e conforto Mercúrio: pensamentos e comunicação Vênus: atração e aproximação ao amor Marte: energia e paixões mais fortes Júpiter: sorte e crescimento Saturno: medos e objetivos Urano: originalidade e abordagem para mudar Netuno: sonhos e abordagem da espiritualidade Plutão: poder e transformações Ascendente: impacto nas pessoas e no mundo Meio do Céu: carreira É / são afetados pelo seu… Áries: paixão e impulsividade Touro: objetivos materiais e praticidade Gêmeos: comunicação aberta e curiosidade Câncer: sensibilidade e necessidade de estabilidade Leão: brincadeira e confiança Virgem: lógica e análise Libra: união pacífica e beleza Escorpião: distanciamento emocional e tranquilidade Sagitário: curiosidade e desejo de liberdade Capricórnio: status e praticidade Aquário: rebeldia social, amizades e humanitarismo Peixes: empatia e imaginação 
E é materializado através do seu… Casa 1 / AC: auto-expressão Casa 2: posses Casa 3: comunicação Casa 4: família e lar Casa 5: satisfação pessoal Casa 6: profissionalismo Casa 7: parcerias Casa 8: privacidade e segredos Casa 9: expansão e descobertas Casa 10 / MC: status social e carreira Casa 11: comunidade e individualismo Casa 12: subconsciente e criatividade Emparelhado com o seu (planeta), que é efetuado pelo seu (signo), estas energias … Conjunção: misture e crie uma energia poderosa Semi-sextil: colidir e causar atrito Sextil: cooperam entre si e fluem facilmente Quadratura: estão em uma luta pelo poder Trígono: são altamente sincronizados, harmoniosos e estão trazendo sorte Quincúncio: são desajeitados e precisam de ajustes Oposições: são literalmente opostas, mas criam uma forte parceria se equilibradas 
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crystalsenergy · 2 years ago
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Olá, Crystalsenergy! Tudo bom? ^^
Uma amiga me recomendou a sua conta! Sempre estive muito interessada na astrologia, apesar de não entender muito sobre ela sozinha kkkk
Por isso, gostaria de perguntar se você poderia me dizer algum caminho sobre minha futura carreira profissional de acordo com a meu mapa!
Estou em período de vestibular e bem confusa sobre qual caminho seguir! Me ajudaria muito essa leitura e, vendo seus últimos posts, gostei demais da sua percepção (sobre o karma) e das suas outras leituras (incluindo as sobre carreiras também!) :)
Tumblr media
Muito obrigadaaaa♡♡♡
oieee, tudo bem? espero que sim.
vamos ler então!
especificamente na carreira
MC em Libra conjunção Vênus em Libra
MC em Libra conjunção Júpiter em Libra
MC em Libra sextil Plutão
MC em Libra trígono Netuno
MC em Libra oposição Nodo Norte em Áries
já que para vermos a parte de carreira, é importante olhar o mapa com um todo, para que a gente não se esqueça de outros pontinhos que fazem parte de quem a gente é, do que queremos, do que nos faz bem. por isso, de nada adianta olharmos somente para o MC, então vou falar aqui do resto também
influências gerais na personalidade
Marte em Touro na 4
Nodo Sul em Libra na 9
Nodo Norte em Áries na 3 (speak your truths :))
Netuno e Urano na 2
Chiron na 1!! (tem relação com o Nodo)
Plutão na casa 12
Vênus e Júpiter em Libra na 10
Lua, Sol e Mercúrio na casa 8
Lua e Mercúrio em Leão
seu mapa é diverso, achei interessante.
temos bastante energia de libra e vênus, e como você é virginiana, percebo uma predisposição a algo que envolva resolução de problemas (Libra), ou algum tipo de serviço (Virgem) relacionado a cura, organização (de coisas, de pessoas, de situações) ou remediação de algo.
Meio do Céu em Libra
traz a busca por carreiras que envolvam diplomacia, justiça, equilíbrio, questões que envolvam o bem-estar alheio (Libra está relacionado ao contato constante com o mundo exterior). pode existir uma necessidade de contribuir com a vida alheia em níveis físicos ou até mesmo imateriais. por exemplo, resolução de conflitos (mediação, direito, trabalhar com leis, com justiça) ou até equilíbrio no sentido corporal (estética, um pouco de saúde também). a parte imaterial para mim traz a busca por equilíbrio e ajuste em questões espirituais/emocionais/energéticas, que de alguma forma afetem as pessoas.
outro lado de Libra é o da arte, um interessem em expressões artísticas.
levando isso em consideração, penso em
Direito (principalmente a área de mediação de conflitos, ou direito de uma forma geral, serviços jurídicos, algo que envolva questões sociais e uma maneira de atuar nelas);
Têxtil, Moda, Estética
Artes e Design (são várias as possibilidades): Animação Arquitetura e Urbanismo Artes Visuais Comunicação das Artes do Corpo Conservação e Restauro Dança Design Design de Games Design de Interiores Design de Moda Fotografia História da Arte Jogos Digitais Luteria Música Produção Cênica Produção Fonográfica Teatro
os aspectos do Meio do Céu com Vênus e Júpiter aumenta essas características de: busca por justiça ou por alguma coisa que beneficie o coletivo, questões de diversidade (Júpiter) e diplomacia, resolução de problemas alheios(Vênus), em que você é chamada para agir de forma imparcial e ao mesmo tempo facilitando a chegada ao equilíbrio.
levando em consideração o restante de seu mapa,
MC em Libra sextil Plutão
capacidade de ir no cerne de cada questão que envolva a sua carreira, e, na realidade, de alguma forma ter uma grande abertura às questões mais profundas que as pessoas experienciam em seu interior. isso pode fazer parte de sua carreira também: os medos, as inseguranças, os complexos negativos individuais e coletivos, as lutas internas de cada um e os preconceitos. problemas profundos, questões intensas, violência, ódio, aversão a grupos, transformação, regeneração.
MC em Libra trígono Netuno
é bastante natural uma questão de empatia e amor ao próximo em sua carreira, pode existir a necessidade de tocar e trabalhar com assuntos mais ignorados pela sociedade, por meio da receptividade e abertura. além disso, pode também significar uma cura de questões internas por meio da criatividade, da arte, dos meios de expressões mais criativas. misticismo, sonhos, mente, saúde mental.
MC em Libra oposição Nodo Norte em Áries na casa 3
= MC em Libra em conjunção Nodo Sul em Libra na casa 9
aspecto de dificuldade, tensão, os opostos que não falam a mesma língua. você pode ter problemas em lidar com autoritarismo e ideias muito impositivas em relação a área que você decidir seguir, tendo dificuldades com pessoas mais autoritárias, sem compreensão, que focam em um olhar mais superficial (casa 3), imediatista (Áries e casa 3) e individualista (Áries) sobre as coisas. você quer engrandecimento, crescimento, expansão (casa 9), por meio da abertura ao outro, por meio do contato com as pessoas, por meio da troca, trabalhando ou não em conjunto, mas sempre em prol de outras pessoas (Libra). também, esse aspecto pode significar a importância de aprender a lembrar de si mesma nos momentos e situações que você pode estar esquecendo de si, de suas próprias necessidades.
até mesmo porque você tem Chiron na casa 1, casa de Áries, então tende a ter dificuldades com aceitar seguir as suas próprias vontades. é importante entrar em contato com o que é a sua identidade, quais são as suas necessidades. pois o lado negativo de Libra é seguir demais as opiniões alheias, esquecendo-se de si mesmo.
falando de Sol em Virgem, penso também em possibilidades na área da saúde, resolução de questões mais físicas. apesar de ainda assim ver muito mais tendência à carreiras que envolvam questões alheias ou até mesmo sociais (o direito envolve um pouco disso, as ciências sociais também). ainda assim, mostrando algumas possibilidades levando em consideração esse lado de Virgem:
Saúde e Bem-Estar
Biomedicina Educação Física Enfermagem Esporte Estética e Cosmética Gestão Desportiva e de Lazer Medicina Musicoterapia Nutrição Psicologia Terapia Ocupacional
como temos em seu mapa um Sol em Virgem na casa 8 (e Mercúrio também na casa 8) você tem os traços de buscar a compreensão das coisas de forma mais profunda, trazendo os detalhes mais escondidos à tona. Leão em Mercúrio e na Lua trazem a importância que se expressar tem para você, a vontade de ser referência e respeitada em uma área, em algo que faz e em quem você é (apesar de vermos Leão sendo influenciado por Saturno).
fez enem anteontem? (caso queira responder, claro)
espero que tenha ajudadoo ♡
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jyotishajnana · 2 years ago
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O que revela o mapa do atual presidente da Ucrânia?
Volodymyr Zelenski é o atual presidente de um país que está sob ataque. Podemos notar que em seu mapa natal Vênus está severamente combusto, ou seja, se encontra em uma estreita conjunção com o Sol. Na astrologia indiana, a combustão é chamada de kopa-avasthā ou estado de ira, que é evocado por conta da proximidade de um planeta em relação ao Sol, portanto, a combustão guarda relação com uma aflição.
Vênus é o planeta que representa a diplomacia e, além da estreita conjunção ao Sol - Vênus ainda recebe um olhar de Marte, o planeta que representa a guerra, conflitos armados e etc. Zelenski possui Marte debilitado no signo de Câncer, o que responde a uma questão muito importante sobre esse conflito - a Ucrânia não possui muitas armas em seu arsenal para combater uma potência como a Rússia, o que certamente o desfavoreceu (debilitação) nesse combate. Para um astrólogo habilidoso não seria difícil inferir que Zelenski em algum momento da vida teria que lidar com temas conectados a diplomacia, especialmente quando o assunto está relacionado ao governo (Sol e Marte representam os kshatriyas¹, e ambos estão interagindo entre si e com Vênus em seu mapa natal). Um outro detalhe é o movimento retrógrado de Marte no momento de seu nascimento, o que indica resistência diante do conflito, visto que o movimento retrógrado é um fator de força.
A casa zodiacal que corresponde aos inimigos e combates é a sexta. No mapa de Volodymyr, a casa seis recebe olhares de dois maléficos, Marte e Saturno, o fato de ambos se encontrarem retrógrados, aumenta os problemas referentes a esse assunto. No capítulo 13 do Jātaka Pārijāta, Vaidyanātha pontua que:
‘’Se a 6° casa for influenciada  por maléficos, o indivíduo sofrerá ferimentos e danos causados por inimigos’’
Para piorar a condição do posicionamento, o senhor da sexta casa é Vênus, que está sofrendo combustão severa e recebe olhar de Marte debilitado. Em termos de astrologia essa experiência desastrosa é, em partes, responsabilidade do próprio presidente ucraniano, pois o mesmo buscou alianças (tema de casa 7) com a OTAN mesmo sob ameaças da Rússia de possíveis retaliações. É possível identificar de forma nítida esse risco por meio das interações presentes em seu mapa, Marte é o regente de 7 (responsável por parcerias) - a debilitação do mesmo aponta/sugere para uma conduta inapropriada, que colocou em risco sua pátria (tema de casa 4) - o Sol regente da quarta casa está conjunto a Vênus regente de 6 (inimigos) - ambos sob olhar de Marte (violência), ou seja, todas essas condições são fruto do prarabdha-karma² que podemos observar em seu mapa.
Júpiter, o significador da harmonia também está retrógrado no mapa natal de Zelenski e observa a casa seis, indicando a esperança de entrar em acordo com o governo russo. Vale pontuar que, com exceção de Júpiter, todos os planetas benéficos do presidente ucraniano se encontram aflitos; a Lua, embora detenha muita luminosidade, está entre Marte e Saturno; Vênus, além de combusto, está sob olhar de Marte; enquanto Mercúrio ocupa a casa oito.
Notas: Os dois parivartanas, adhi-yoga, durudhara, Chandra-Mangala yoga, vośi e outros yogas não foram explorados para não estender a leitura
Por: Vijay Kṛṣṇa dāsa
oṁ tat sat
¹ Kshatriya é a ocupação social que corresponde aos militares, governantes, guerreiros e etc.
² O prārabadha nada mais é do que a somatória dos frutos do karma passado a serem experimentados nesta vida, por meio dos sentidos que se agruparam em um novo corpo.
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nectarandambrosia-helps · 3 years ago
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Missões Fixas
As missões fixas são missões préviamente criadas pela Central, onde qualquer semideus pode fazê-lá uma única vez, desde que cumpra com o requerido para a missão.  
As missões devem ser realizadas em pov, com o mínimo de 4 parágrafos de 5 linhas para serem avaliadas, caso o contrário a missão será zerada.
Para pedir a avaliação de sua missão, envie à moderação o link via inbox ou discord em até 48 horas.
Líderes de chalé ou grupos são aptos a avaliar missões fixas e receber dracmas por isso.
Se um instrutor fizer a missão relacionado a algum treinio, a missão será considerada um treino.
As Missões disponíveis encontram-se abaixo e atenção: podem ser acrescentadas mais ao decorrer do RP.
A chegada
Você é um novo semideus que chegou ao Acampamento Meio Sangue / Acampamento Júpiter, boas vindas! Mas... Você nunca ouviu falar no lugar e ficou perdido, encontre um líder de chalé / centurião/ pretor, peça ajuda, conheça seu novo lar!
Recompensas: 100 à 130 XP + Dracmas.
Nível Minimo: 01
Castigo
Você é encrenqueiro, hein. Você acabou se metendo em confusão com uma figura de autoridade do Acampamento em que você vive, por conta de uma briga, ou o que for. Então, você foi punido a limpar o Arsenal no Acampamento Meio Sangue ou as Casas de Banho no Acampamento Jupiter, desejo-lhe sorte e tampões de nariz caso seja romano!
Recompensas: 130 à 150 XP +:Dracmas
Nível Mínimo: 01
Minha eguinha pocotó
As aulas de equitação e voo são extremamente populares nos Acampamentos e bom, você foi escolhido para cuidar dos pégasos! Cuidado para não levar um coice, ok? Penteie bem suas crinas, troque suas ferraduras, coloque feno... Você já entendeu o que deve fazer.
Recompensas: 130 à 150 XP + Dracmas / Denários
Observação: Apenas semideuses gregos podem realizar essa missão.
Nível Mínimo: 02
Meu elefante de bolinha amarelinha
O Acampamento Júpiter possui um elefante que é seu orgulho, Hannibal. Ele gosta de participar dos Jogos de Guerra e tem uma armadura para isso, todos o amam lá. Mas ninguém ama uma coisa... Ter de cuidar da casa de Hannibal, ter de lhe dar banho e lhe limpar. Bom, meu caro legionário e para seu azar, é sua vez de cuidar do xodó do Acampamento Júpiter e da legião.
Recompensas: 130 à 150 XP + Dracmas / Denários
Observação: Apenas semideuses romanos podem realizar essa missão.
Nível Mínimo: 02
A creche do papai
Quando um grupo de país de Nova Roma foi resolver coisas em São Francisco, você foi o sortudo a ficar responsável por seus filhos. São quatro crianças crianças faixa de 5-7 anos e você deve garantir que elas estejam alimentadas, bem cuidadas e que elas se divirtam, afinal os pais pagarão seus serviços.
Recompensas: 200 à 250 XP + Dracmas / Denários.
Nível Mínimo: 03
A doença misteriosa
Quando uma virose acaba por atingir os Acampamentos, você por ser um dos únicos que não foi afetado, acabou sendo escolhido para descobrir o que está acontecendo e para lidar com isso. Ache a causa da virose e ajude na enfermaria com o tratamento como lhe convier.
Recompensas: 250 à 320 XP + Dracmas / Denários.
Nível Mínimo: 03
It's the Love Shot que deu errado
Quando um filho de Afrodite / Vênus ou Eros / Cupido acabou por fazer uma magia de amor que acabou dando errado, você acabou sendo acusado de partir corações por ai e isso acabou causando confusão. Descubra o que está acontecendo, prove sua inocência e descubra quem está fazendo isso, para que possa ser revertido!
Recompensas: 300 à 320 XP + Dracmas / Denários.
Nível Mínimo: 04
O Pacificador
Ferrou, consagrado, você acabou se envolvendo em uma briga que nem é sua ainda por cima. Como é que você conseguiu? Você deve acabar com a confusão e resolver o conflito sem ter que partir para a violência, que deve ser o último recurso nesse caso. Cuidado para não Sr machucar aliás.
Recompensas: 350 à 400 XP + Dracmas
Nivel Mínimo: 04
Que os Jogos Vorazes... Digo, os jogos de guerra comecem
O pretor decidiu que haveria uma nova edição dos Jogos de Guerra. Divirta-se e não mate o coleguinha, é proibido viu?
Recompensas: 450 à 500 XP + Dracmas / Denários.
Observação: Apenas semideuses romanos podem realizar essa missão.
Nível Mínimo: 05
A caça à bandeira
Quando Quíron anunciou a nova edição da Caça à bandeira, todos os semideuses ficaram eufóricos. Divirta-se e bom, não mate o colega, ok?
Recompensas: 450 à 500 XP + Dracmas / Denários
Observação: Apenas semideuses gregos podem realizar essa missão.
Nível Mínimo: 05
A fúria das Ninfas
Quando ninfas apareceram no Senado / Casa Grande reclamando que seu lar, a floresta ou o lago está bagunçado porque semideuses estão fazendo bagunça e as ninfas estão ameaçando revidar, você deve as acalmar e garantir que vai pegar os responsáveis para serem punidos, é isso que deve fazer fazer seguida. Boa sorte!
Recompensas: 500 à 550 XP + Dracmas / Denários
Nível Mínimo: 06
As crianças furiosas
Quando um grupo de crianças começa a pregar peças e fazer travessuras pelo Acampamento onde vive, você deve buscar controlar as mesmas, prevenir que elas estraguem lugares sagrados e de preferência, apresente-lhes a uma figura de autoridade, seja seus pais ou pretores, centuriões ou líderes de chalé para serem punidas devidamente. Mas lembre-se: não pode partir para a violência.
Recompensas: 600 à 620 XP + Dracmas / Denários
Nível Mínimo: 06
Caminhos da Floresta
Parabéns, você é responsável pela escolta do oráculo para a Floresta de Dodona, ida e volta. Cuidado com os monstros que perambulam pela floresta e para que você não leve um susto repentino com uma das profecias!
Recompensas: 700 à 750 XP + Dracmas / Denários
Observação: Apenas semideuses gregos podem realizar essa missão.
Nível Mínimo: 07
O Senado te aguarda
Quando você prepara um projeto para apresentar para o Senado Romano, seu projeto acaba sendo roubado. Você deve descobrir quem o roubou, recuperar seu projeto e fazer sua apresentação para os senadores e pretores. Agora se seu projeto vai ser aprovado... É outra história, anjo.
Recompensas: 700 à 720 XP + Dracmas / Denários
Observação: Apenas semideuses romanos podem realizar essa missão.
Nível Mínimo: 07
Qual é o seu talento?
Prepare-se! Um show de talentos foi anunciado no Acampamento Meio Sangue. Mas... Sua apresentação acabou tendo alguns problemas, seja sabotagem, problema com figurinos, resolva os imprevistos e caso sua performance tenha sido roubada ou plagiado, improvise! E claro, boa sorte para ganhar a competição.
Recompensas: 720 à 750 XP + Dracmas / Denários
Nível Mínimo: 08
A Fogueira dos Horrores
Uma das tradições do Acampamento Meio Sangue, é cantar músicas à beira da fogueira, mas dessa vez, histórias de terror estão sendo trocadas. Conte a sua, garanta que você vai assustar seu colega, mas garanta também que não vai lhe traumatizar e que os outros estão bem.
Recompensas: 730 à 760 XP + Dracmas / Denários
Nível Mínimo: 08
O templo da perdição da bagunça
Como punição por algum incidente, o pretor lhe mandou prestar serviços no templo de seu progenitor, mas quando você chegou ao templo, viu o lugar todo bagunçado. Você deve limpar o templo e zelar pelo local, para garantir que todo o lugar fique seguro e não haja nenhum problema, como arruaceiros.
Recompensas: 800 à 820 XP + Dracmas / Denários.
Observação: Apenas semideuses romanos podem realizar essa missão.
Nível Mínimo: 09
Sherlock Holmes em O sumiço do dinheiro
Faça seu melhor cosplay de Sherlock Holmes, meio-sangue, pois há um mistério em suas mãos. Quando uma série de assaltos aos dracmas / denários de outros semideuses se inicia, o senado / Quíron lhe deixa encarregado das investigações e você deve encontrar o culpado e as evidências para a acusação. Desejo-lhe sorte e não encontre seu Moriarty!
Recompensas: 900 à 930 XP + Dracmas / Denários
Nível Mínimo: 09
Velozes e Furiosos: A versão com bigas
Quando uma corrida de bigas é anunciada, você se inscreveu empolgado com a ação. Boa sorte, que vença o melhor corredor! E que sua biga não perca a roda e seja atingida por fogo grego, meu anjo!
Recompensas: 950 à 980 XP + Dracmas / Denários
Nível Mínimo: 10
A lenda do tesouro perdido
Você foi procurado por um semideus que é um renomado caçador de tesouros, buscando um tesouro, o qual ele convencido que está escondido em Nova York / São Francisco, após anos de busca e estudos. Ajude-o e seja bem recompensado, mas cuidado, se tem uma coisa que Indiana Jones e os filmes do Nicolas Cage, A Lenda do Tesouro Perdido nos ensinou, é que caça ao tesouro sempre são perigosas...
Recompensas: 1550 à 1590 XP + Dracmas / Denários.
Observação: A missão deve ser realizada em São Francisco ou Nova York, obrigatoriamente.
Nível Mínimo: 10
A caça aos pirralhos
Uma série de sumiço de crianças acabou acontecendo em seu Acampamento, as investigações primárias acabaram por revelar que o culpado não se encontra mais no Acampamento. Visite as cidades próximas e ache as crianças e bom, puna o culpado.
Recompensas: 2000 à 2100 XP + Dracmas / Denários.
Observação: A missão deve ser realizada em São Francisco ou Nova York, obrigatoriamente.
Nível Mínimo: 11
Os Vingadores: Era dos Três Grandes
No Acampamento Júpiter, semideuses dos Três Grandes deuses: Júpiter, Plutão e Netuno não são muito bem vistos, então quando uma série de incidentes acabam acontecendo no local, um semideus dessa linhagem acabou sendo acusado e por conta disso, ele começou a atacar semideuses inocentes e está indo em direção a uma escola em São Francisco. Descubra a verdade por trás do incidente, seja inocência ou a culpa e impeça o semideus de machucar gente inocente, mas não o mate!
Recompensas: 2500 à 2850 XP + Dracmas / Denários
Observação: A missão deve ser realizada em São Francisco, obrigatoriamente.
Nível Mínimo: 11
Desonra para tu, desonra para tua vaca...
Com certeza, já pegou a referência, excelente. Quando você acabou fazendo algo que desonrou sua coorte / seu chalé, você acabou sendo punido. Sua punição? Ir em uma escolta para uma pessoa influente de sua coorte / chalé. Se for bem sucedido, pode ser perdoado! Desejo sorte para você.
Recompensas: 2500 à 2650 XP + Dracmas / Denários
Observação: A missão deve ser realizada em São Francisco ou Nova York, obrigatoriamente.
Nível Mínimo: 12
Crise nas Fronteiras
Quando as fronteiras de seu Acampamento estão sobre ataque, você foi chamado para ajudar a defender e proteger os ataques. Ou, caso não seja um combatente, a auxiliar os feridos e tratar seus machucados. Que os deuses lhe ajudem.
Recompensas: 3000 à 3500 XP + Dracmas / Denários
Observação: Os dados devem ser utilizados nessa missão para definir o sucesso de seus ataques, caso esteja defendendo e lutando na batalha e prints devem ser anexados, caso o contrário, haverá descontos na nota.
Nível Mínimo: 12
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ossosdevento · 3 years ago
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uma carta de recomendação pra vida
eu estou confusa. tem tantas coisas pra mim na minha frente que me da até calafrios de pensar em tudo o que pode acontecer e vir para a minha vida. eu sempre faço planos e tento colocar cada coisa em seu devido lugar, mas sempre chega um momento que o diálogo não funciona mais e nada além da fuga é plausível para os momentos de grande impacto. eu aprendi a fugir da vida muito cedo. desde álcool e casa de amigos até maconha e série de bruxinha. desde lugares físicos até lugares imensuravelmente jogado as traças da realidade dura e nada fantástica. as traças fazem um bom trabalho afinal. mas enfim, estou em mais um momento ilusoriamente decisivo para minha vida. como se nenhum planeta árido e dolorosamente cru não estivesse tramando pra o meu destino. que petulância, eu acho chato saturno e júpiter e vênus e tal e tal ficarem o tempo todo emanando suas coisas para nós. acatar a esses desafios as brisas tornam-se mais ou menos nítidas afinal. ainda sim é bem chato, eu vou continuar brigando com eles todos para poder decidir meu destino. mas a minha fantasia tem de negociar com a realidade. id briga com o ego e assim por diante. pipipipopopo prós e contras da pizzaria:1 - responsabilidade menos autoritária essa parte é a parte de ter uma puta responsa do caixa mas que não é tão responsa assim pq se faltar R$20,00 faltou e vida que segue. minha mãe não vai me dispensar por isso e nem me punir. 2 - roupas e atitudes confortáveis pra mimmano poder trampar com as roupas que me sinto bem e falar o que eu quero... bem, eu sempre falo o que eu quero em todos os ambientes. com muitas vezes que me calo frente a diversas outras situações. ok isso não é bem um pró.3 - contas da casa incluídas no "salário" contras: 1 - gaspar, vitor e minhoco. isso realmente me emputece e me coloca num lugar extra desconfortável. autoridades patriarcais, isso chega a me desestabilizar em níveis de saúde mental. as pessoas me tratam como uma grande aberração. eu me sinto excluída daquele espaço. como se fosse o 2º colegial com uma nova roupagem. 2 - trabalho demais e ganho pouco com pouco reconhecimento e muita cobrança. super auto explicativo. 3 - nada de minha organização financeira acontecer pois dependo diretamente da organização financeira da minha mãe. 4 - falta de organização com meu tempo também. tem uma certa necessidade de estar 100% focado na pizzaria o tempo todo. 5 - me responsabilizar emocionalmente por questões também emocionais da família, o vínculo empregatício e familiar torna as coisas bem tensas e confusas. 6 - insustentabilidade no tempo de estudos posto prós:1 - salário fixo com cesta básica 2 - organização de tempo.3 - não me sinto excluída, nem mesmo pela bia4 - fumo menos!5 - tempos de boas para ler uns troço pro vest6 - aprendizado em mexer em caixa grande7 - aprendizado de responsabilidade 8 - aprendizado em se comunicar com colegas de trampo, conflitos de trampo9 - livramento das responsabilidades emocionais da família 10 - segurança em aprender a reter dinheiro11 - tempo longe da família, em um ambiente diferente e distante dos problemas emocionais e logísticos da pizzaria/familiar 12 - tempo distante e sozinha num espaço reconhecido como minha casa por mais tempos13 - 12/3614 - trampar essencialmente durante o dia15 - mais facilidade em organizar o tempo de estudos 16 - férias remuneradas!17 - vr posto contras :1 - pressão2 - competitividade 3 - pequenos conflitos ideológicos com pessoas analandences 4 - exposição maior ao covide 5 - mudança de todo meu cronograma (porém simples demais de resolver)6 - 12/367 - "me adequar" ao ambiente 8 - poder perder dinheiro por trabalhar no caixa ok ja temos listados os pros e contras de cada trampo em analandia. me parece que o posto me proporcionará maior estabilidade e cumprimento do meus planos ainda tenho a opção de procurar trampo em outras cidades, e me manter ainda mais longe dessas tretas emocionais.
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