#kkkkkkkk to nervosa demais
Explore tagged Tumblr posts
hansolsticio · 6 months ago
Note
Já pensou um blind date com o mingyu?????
anonnie, pra falar a verdade... não???? kkkkkkkk é definitivamente um conceito interessante, mas nunca me passou pela cabeça...
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
n/a: Foi muito trabalhoso escolher somente um set de fotos quando o feed inteiro desse homem é o puro suco do boyfriend core.
Acho que o único jeito desse evento fantástico acontecer (seria necessário um distúrbio muito grande no universo) é se você e o Gyu tiverem algum amigo(a) em comum. Provavelmente um dos motivos que levaria essa pessoa a te arrumar um date aleatório com o Gyu seria o fato dela achar que vocês dois combinam. E tá todo mundo vendo eu me segurar para não colocar o Seungkwan de cupido novamente, só que na minha cabeça somente o Kwannie teria o nível necessário de inteligência e organização para pensar em algo assim. Então vamos de Seungkwan!
Pensa comigo: o Kwannie é quase um vereador — esse homem tem amizade de tudo que é tipo e em vários círculos diferentes. Não é incomum o fato dele ser próximo de você e do Gyu ao mesmo tempo sem que vocês dois nunca tenham se encontrado. Então quando ele aparece com um papo super esquisito de te arrumar um encontro às cegas com um dos amigos dele é natural que você:
1. Se questione se o Kwannie te acha tão encalhada assim ao ponto dele mesmo ter que servir de auxílio emergencial para a sua vida amorosa.
2. Eventualmente acabe aceitando depois de muita insistência e uma ótima propaganda que pregava o fato de Kim Mingyu, aparentemente, ser perfeito para você.
Ele vai levar a parte do "às cegas" ao pé da letra. Só vai te dar uma data, um local, um horário e um jeito de saber quem é Mingyu em meio as outras pessoas. E você confia muito no Boo, ele é uma pessoa excelente e nunca te colocaria em uma roubada. Porém nada te impede de ficar super nervosa quando o dia finalmente chega, afinal qualquer pessoa em sã consciência ficaria. Não sabe o que esperar de Mingyu e também não sabe o que Mingyu esperava de você — isso se ignorasse todos os elogios que Boo Seungkwan dramaticamente fez ao homem.
Quando você entra no restaurante, rezando para não perder a habilidade de andar normalmente e cair de cara no chão na frente de todo mundo, os olhos de Gyu já vão te achar — era como se ele já soubesse o que esperar. O caminho até a mesa vai ser a coisa mais excruciante de toda a sua vida (mas confia que vai valer a pena). Seu estômago vai estar revirando demais para você ser capaz de conseguir ficar chocada com o quão bonito esse homem é, então um senso de "relaxamento" muito grande vai te acompanhar. Porém isso não rola por muito tempo, já que quando essa criatura de quase 1,90 se levantar para te cumprimentar o nervosismo vai voltar em dobro.
O Gyu é um doce, então não é novidade que ele vai ser super cavalheiro contigo e vai tentar te deixar o mais confortável possível com ele. Além disso, ele é o nosso divo super extrovertido, por isso, mesmo se você for meio tímida ele vai arrumar um jeito de ir te "quebrando" até conseguir interagir confortavelmente com você. Então, entre as piadinhas sem graça, alguns comentários engraçados sobre o Kwannie e a linguinha meio presa fofinha que era impossível de não notar (sim, eu sou obcecada por esse detalhe), Mingyu vai começar a te conquistar dali mesmo. Ele aproxima e transita entre os assuntos com muita naturalidade, então vai ser muito fácil falar sobre os interesses que vocês tem em comum — você fica até surpresa com o fato de descobrir tanta coisa sobre ele em uma só noite.
O jantar vai passar voando e Gyu vai fazer questão de te levar em casa — já que ele não teve a oportunidade de te buscar. Novamente, super cavalheiro contigo, faz de tudo... carrega a sua bolsa, abre a porta do carro (igualzinho a letra da música que você acabou de pensar, mas sem a última parte kkkkkk), só que agora ele se sente mais seguro em ser brincalhão contigo e te elogiar na cara dura — essa última parte ainda deixa ele meio acanhadinho em fazer. Vocês vão conversar por uns bons minutos dentro do carro antes de você resolver ir embora, estava bem claro para ambos que ninguém queria que a noite acabasse.
Quando finalmente (e infelizmente) chega a hora de dizer adeus — já sob a promessa de marcar um segundo encontro —, Gyu faz questão de te levar até a porta da sua casa. Ainda vão conversando animadinhos, até o papo morrer assim que você estivesse prestes a entrar. Se despedir parecia algo esquisito e nenhum dos dois tinha muita ideia de como fazer isso. Ele vai ser o primeiro a iniciar o "ritual" abrindo os braços de um jeitinho meio hesitante para te pedir um abraço. É claro que você retribui, mesmo que esteja tão acanhada quanto ele. O corpo grande e quentinho vai te fazer segurar um suspiro dentro da garganta — tinha que agradecer muito aos céus e a Boo Seungkwan.
Ele vai chamar sua atenção ainda dentro do abraço, só para confirmar contigo que o segundo date de vocês dois está de pé. Gyu estava tímido, mas não era santo. Vai aproveitar a chance para te pedir um beijinho, aproximando o rosto do seu. E estava claro que você não iria recusar. Deixou ele completar o movimento e te dar um selinho super comportado e carinhoso, sorrindo contra os seus lábios antes de se despedir e finalmente ir embora.
Tumblr media
110 notes · View notes
tecontos · 7 months ago
Text
Encontro do badoo.
By: Maitê
Olá pessoal, meu nome é Maitê tenho 28 anos, desde quando descobri o Tecontos fique viciada em ler as histórias e analisando se escrevia a minha, até que enfim esse dia chegou.
Bom oq vou conta aconteceu em 2020, eu tinha 25 anos, estava recém solteira, me livrei de um relacionamento tóxico, e muito ruim de cama (não sentia prazer, fazia por gosta da pessoa), aponto de eu achar que o problema era comigo. Mas terminei e resolvi baixa app de relacionamento e conhecer pessoas novas,  sair e curtir, estava afim de sexo, provas algo bom.
Sai com 1 rapaz, foi muito legal, rolou um sexo bom, praia e foi ótimo, mas também estava conversando com mais dois, um tímido e outro mais solto. O mais solto se chamava Cláudio, o papo com ele era bom, e foi saindo do básico para um papo mais ousado rápido. Ele era alto 1,80 por aí, forte, branquinho, com tatuagens e cara de safado Kkkkkkk, gostei demais.
As conversas foi ficando provocante, já estávamos uns 2 meses conversando, começamos a trocar fotos, a falar de fetiches, posições e do que gostava, trocamos algumas fotos e vídeos bem ousadas, bem safadas mesmos. Eu já estava louca para conhecer ele pessoalmente, o meu tesão estava nas alturas, e fazia um tempo que não fazia um sexo com ninguém, claro que com as provocações eu me tocava e imagina esse momento com ele. Kkkkkkkk, tentamos marcar alguns vezes, mas por conta da distância não dava certo, e também por conta do trabalho dele (era Uber).
Então no dia 20 de dezembro, eu e minha amiga (Day) resolvemos sair um pouco, beber algo e curtir a noite, estava calor, um noite ótima, pesquisamos e resolver ir em um barzinho com música ao vivo e drinks ótimos. Eu coloquei na cabeça que iria para provocar, que iria ser uma noite maravilhosa, como estava calor a noite, coloquei uma regata branca, um short colado e curtinho para usar uma calça pantalona envelope por cima e uma rasteirinha. Marquei com minha amiga e fui, pronta para arrasar .
No caminho mandei msg para o Cláudio, falei que estava indo em um barzinho com uma amiga e se ele não queria aparecer por lá, que seria legal sair um pouco, ele falou que estava fraco o movimento naquele dia e que talvez iria sim, eu já fiquei animada. Chegamos no barzinho, escolhemos uma mesa e pedimos umas porções e uns drinks, ficamos conversando e vendo o movimento, tinha uns carinhas lá, mas ninguém me chamou a atenção, meu foco estava em outro kkkkkk, que para minha felicidade mandou msg falando que iria sim e que estava se arrumando, fiquei bem animada, aguardando para conhecer ele. Começou a chover do nada, e tivemos que entrar para a área coberta, Cláudio mandou msg que estava no trânsito, que por conta da chuva iria chegar tarde.
Ficamos lá aproveitando o lugar, pedimos mais uns drinks e nada dele, até que enfim ele mandou msg, falando para eu ir lá fora receber ele, então fui toda nervosa, mas fui. A chuva estava fraca já, então sair e fui encontrar ele, ele estacionou o carro e veio aí meu encontro, nossa ele era muito lindo e gostoso pessoalmente, bem mais alto do que imaginei. Me deu um beijo no rosto e um abraço apertado, entramos e apresentei minha amiga, e conversamos um pouco, fomos pedir mais bebidas, mas não dava, o lugar estava fechado, e como ele havia acabado de chegar, resolvemos ir para outro lugar, a onde estava tocando pagode. Fomos no carro dele, eu fui na frente e no caminho ficava olhando e observando tudo nele, eu já estava animada e com um tesão naquele branquinho alto, nossa, não via a hora de ficamos a sós.
Chegamos no pagode e para minha sorte não estava legal, ele pediu um bebida e ficamos um pouquinho, nesse pouquinho eu que não sou boba, fui me aproximando mais e mais, para provocar mesmo, dancei um pouco de pagode, minha amiga foi ao banheiro e eu aproveitei para roubar um beijo dele, que beijo ótimo, bem devagar e melado, muito bom, é aquilo me deixou molhadinha, eu já estava querendo logo aproveitar tudo nele. Minha amiga voltou e eu falei que queria ir embora, que estava com frio, ambos entenderam o ir embora kkkkkk, então fomos, levamos minha amiga na casa dela  e de lá fomos para um motel. No caminho fomos conversar e rindo, para quebrar o gelo, pois no fundo estávamos nervosos pelo "primeiro encontro ".
Chegamos no quarto, ainda ambos sem graça, mas com tesão, ele foi ligar o ar condicionado e o som, eu aproveitei e tirei minha calça, ficando apenas com um mini short colado (eu morena de 1,67, coxas médias, cintura fina, bumbum grande, seios médios) eu sabia que estava provocante e muito gostosa, quando ele olhou, ele ficou travado, mas com uma cara de safado, de tesão, de admiração.
Confesso que me deixou louca esse olhar, fiquei me achando a morena mais gostosa e maravilhosa que existia naquele momento. Ele rapidamente levantou, veio na minha direção e falou:
_ pqp, que delícia você é!!
Eu um pouco tímida ainda, dei um sorriso sem graça mas safado e perguntei 
_ gostou? Me arrumei pensando em você.
Ele me puxou e começou a me beijar, aquele beijo gostoso, que me fazia querer mais e mais. Ele me beijava se passava a mão pela minha cintura e bunda e apertava com gosto, eu sentia o pau dele duro e me enchia de tesão, me deixando molhadinha. Ele me jogou na cama e começou a tirar meu short e calcinha, ele parou e olhou para minha buceta admirando ela, então ele disso:
_ melhor ainda pessoalmente, estava louco para chupar ela todinha.
Então ele começou a passar aquela língua quente e macia por ela, ele passava por cada parte dele, me fazendo delirar de prazer, ele havia me falando que era bom com a língua, mas não imaginei que era tanto assim. Não me aguentei e comecei a gemer e a me contorcer na cama, ele não parava, e eu pedia mais.
Não demorou muito e gozei na boca dele, nossa que delícia, eu não estava em mim mais, fui no céu e voltei. Ele não parou e continuou com aquela língua gostosa por toda minha buceta meladinha, e eu gemia com gosto, como nunca havia feito antes, ele chupava meus grelo e colocava a língua dentro dela e eu delirava de prazer e com isso tive uns 4 orgasmos, eu nunca havia sentindo aquilo, como falei no começo, achei que o problema era comigo, mas naquela momento vi que não, e fiz questão de aproveitar muito.
Depois de caso fazer eu desmaiar de prazer, ele veio me beijar novamente, aproveitei para tirar a roupa dele e ele achou de tirar a minha me deixando peladinha, fiz o mesmo, ele beijava e passava a mão em casa parte do meu corpo, eu louca para sentir o pau dele (médio e grosso), até que ele me penetrou, e entrou fácil, pois eu estava tão molhadinha tão exitada com aquela chupada maravilhosa dele, que não teve trabalho. Ele bombava de vagar e com jeito, e eu pirava, depois ele foi aumentar a velocidade, socando aquele pau na minha bucetinha e eu indo as nuvens, até que ele não aguentou e gozo.
Deitamos um pouco, ambos cansado, exaustos de tanto prazer que soltou, depois fomos para o banho e dormimos, no outro acordei primeiro, já com muita tesão e louca para sentir ele novamente em mim, fui no banheiro e voltei pronta para acorda ele, chamei ele já com uns beijinhos no pescoço, ele acordou com um sorriso safado já, me deu bom dia e foi ao banheiro, quando voltou já observei e vi o pau duro na cueca, que delícia, era tudo que eu queria para começar o domingão bem. Kkkkkk
Já começamos a nós beijar, e o beijos foi descendo, ele mamou meus peitos com vontade, me deixando louquinha de tesão, toda molhadinha rápido, lembrei de retribuir o prazer da noite passada e fui mamar aquele pau delicioso, até que ele me pediu.
_ morena, fica de 4 para mim vai, quero muito te vê assim.
Claro que fiquei, cada socada dele, era um gemido alto meu, e eu falava:
_ vai, não para, está muito gostoso!!!
Ficamos um pouco assim e fomos mudando de posições, e eu gozei muito naquela manhã de domingo, começamos a transar era 8h30 da manhã paramos às 10hs, eu já estava mole, com as pernas bambas e ele bem cansado também, a cama ficou toda molhada com meu Melzinho e o dele também kkkkkkk
Tomamos um banho, pedimos o café da manhã e ele me levou para casa, ele tinha quer ir para trabalhar, mas antes ficamos no carro conversar e nós beijando. Infelizmente depois disso não conseguimos nos vê mais, a distância não deixava e depois ele começou a namorar, uns meses depois eu também (com o carinha tímido que eu conheci sono Badoo também)
Ainda temos contatos e esses dias, ele fez questão de lembrar desse dia e me fez ficar toda molhadinha na estação do trem (estava indo embora para casa), o safado estava em casa e falou que estava batendo uma, lembrando de mim só de short curtinho e colado, deixando bem marcado meu bumbum, e da minha bucetinha meladinha. Kkkkkkkkk, ainda falou que tem vontade de repetir a noite, que só a distância que não deixa.
Tive que ir embora rápido para casa, e antes de ir pro banho, me alivia, me tocando, pois confesso que lembrar dessa noite, da língua dele na minha bucetinha, me fazendo gozar muito, foi maravilhoso demais e só de lembrar e escrever já dá um tesão.
Espero que gostem do meu conto, e espero voltar para contar mais, beijos a todos. 
Tumblr: @es-cre-ve-ai 
Enviado ao Te Contos por @es-cre-ve-ai
51 notes · View notes
1dpreferencesbr · 10 months ago
Text
Imagine com Harry Styles
Tumblr media
sins and loves
n/a: Okay, isso aqui foi um surto que eu tive depois de ler toda a saga bridgerton de novo KKKKKKKK então é meio que um imagine de época. Eu nunca escrevi nada nesse estilo, então se tiver ficado ruim, deixa baixo KKKKKKKK
Situação: !Primeiro amor! Amor proibido! x Harry Styles x ! mocinha ! x leitora
Avisos: Romance proibido, conteúdo sexual explícito, agressão física e verbal, +18
Aviso de gatilhos: Existe uma cena nesse imagine de agressão, não é entre os personagens principais, mas, pode causar alguns gatilhos. Se esse assunto lhe causa algum desconforto, por favor, não leia. Tenho certeza de que existe algum imagine por aqui que vá lhe agradar! <3
Contagem de palavras: 3,578
Desejo. 
Foi esse o sentimento que meu corpo despertou no momento em que Harry Styles despontou na entrada da igreja. Apoiando a mãe enlutada com um braço, e a levando até seu lugar frequente. 
Faziam seis meses desde que o senhor Styles havia falecido, o que fez o filho voltar para a capital. Alguém precisava cuidar de sua mãe idosa, e gerenciar as terras do pai. Como único filho homem, este era o seu papel. 
Eu não lembrava muito de Styles antes de deixar a cidade. Ele foi estudar em uma escola para garotos muito jovem, e permaneceu lá para fazer faculdade. 
Quando seus olhos pararam sobre mim, meu coração deu um salto e a minha pele arrepiou por completo. Ele não podia ver meu rosto, coberto pelo véu, mas ainda assim me deu um sorriso. 
No final da missa, papai foi fazer seu papel de delegado, indo dar as boas vindas ao recém chegado, arrastando a mim e à mamãe. 
Os dois trocaram poucas palavras, alguns apertos de mãos e eu não conseguia parar de me sentir nervosa cada vez que ele sorria ou olhava em minha direção. 
Nossos encontros por acaso se tornaram frequentes. 
A cidade era minúscula, era impossível não conhecer a todos. Mais impossível ainda, não reconhecê-lo em seus ternos bem cortados e com a postura que exalava sensualidade e poder. 
Todas as moças solteiras faziam fila para dar-lhe pelo menos um boa tarde. E eu me sentia culpada cada vez que meu coração acelerava por ele. 
Eu era uma noiva. 
Meu casamento estava marcado desde o dia do meu nascimento. Eu não deveria ter meus pensamentos povoados por outro homem.
Mas como fazer isso? Quando ele era tão interessante, tão educado, tão estudado. Podia falar sobre qualquer assunto, dissertar sobre qualquer coisa. Matar todas as minhas curiosidades sobre tudo. 
Os homens da cidade não permitiam que as filhas estudassem mais do que o necessário. Saber escrever o próprio nome já era o suficiente. 
Mas eu queria mais. 
Queria ler cada um dos livros da biblioteca do meu pai, e todos os outros que encontrasse por aí. 
Queria viajar o mundo, aprender outras línguas. 
Mas isso nunca aconteceria. 
Precisava aceitar a vida que meu pai havia escolhido ao descobrir que não teve um filho homem para ser seu herdeiro.
Precisava casar, com o filho sem graça do banqueiro, parir um bando de crianças e me contentar com a vida de uma dona de casa. 
— Gostaria de um sorvete, senhorita Lee? — Foi a primeira frase que ele dirigiu diretamente para mim. Era sábado, verão, e estava quente demais, mesmo ao ar livre na praça. 
— Eu… — Gaguejei, sem saber direito o que dizer. 
— É apenas um sorvete. — Garantiu, com um sorriso gentil. 
O sorvete se estendeu em uma conversa de uma tarde inteira. Sentados em um banco da praça, falando sobre tudo. 
Styles sorria, contando suas histórias na capital, com uma riqueza de detalhes tão perfeita que eu quase podia me sentir lá. 
Quando a noite começou a chegar, como um bom cavalheiro, ele me acompanhou até a soleira da minha casa, deixando um beijo em minha mão, por cima da luva. Mesmo que não tivesse tocado, minha pele ficou marcada. Seu beijo ardia, causando arrepios e um calor que nunca havia sentido antes. 
De repente, minhas tardes de verão passaram a ser preenchidas pelos mais interessantes assuntos. Sorvetes, cafés, sucos, doces. Nada era o suficiente para manter o tempo que eu queria ficar ao seu lado. 
Parecíamos sempre arrumar uma desculpa para mais alguns minutos, para mais algum assunto. 
Em um dos nossos encontros, papai havia ficado a noite inteira na delegacia, e mamãe estava em uma reunião com as outras senhoras sobre a próxima procissão da igreja. 
Me deixei levar, ficando em sua companhia até depois do sol se pôr. 
Quando chegamos à soleira de casa, Styles deixou um beijo em minha mão, como sempre. Mas nossos olhos se encontraram por alguns segundos e ele não desfez nosso toque. 
Ele me puxou, fazendo com que meu corpo se chocasse contra o seu, e antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, nossos lábios se encontraram. 
Era como se o fogo tocasse minha pele, e ao mesmo tempo, meu estômago gelasse. Sua boca macia tinha gosto de hortelã, sua língua quente acariciava a minha com lentidão. Segurei os dois lados de seu paletó, precisando de algo que me desse estabilidade. Mas era impossível, com todas aquelas sensações. As mãos grandes que seguravam minha cintura com força, mantendo meu corpo cada vez mais colado ao seu. 
Quando partimos o beijo, ele sorria, enquanto eu sequer conseguia falar. Meu coração batia tão forte e eu estava tonta. 
Corri para dentro de casa. Me sentindo culpada. 
Culpada por estar tão eufórica, por estar sentindo tantas coisas novas. 
Foi quando começaram os beijos roubados. Como um casal de namorados, escondidos em todos os cantos, Harry tomava meus lábios aos seus, como se não pudesse mais ficar sem. 
E, por mais que eu tivesse plena consciência de que estava completamente apaixonada por aquele homem, a culpa ainda me consumia. 
Mason estava na capital, seu último ano da faculdade estava terminando e logo ele voltaria e eu passaria a ser uma mulher casada.
Com a chegada iminente do futuro, decidi que não colocaria amarrar ao meu amor de verão. Em uma noite, pedi a papai para dormir na casa de Lisa, minha prima que logo se casaria. 
— Vamos fazer uma noite de moças, papai. Com tratamentos de beleza para que ela esteja perfeita para o marido. — Pedi com o tom de voz baixo, como ele achava que as moças deveriam falar. 
— Volte antes do almoço. — Foi tudo que disse, antes de acender seu charuto. 
Lisa sabia sobre meu romance com Harry, e garantiu que confirmaria a minha história caso alguém questionasse. 
Tomei um banho longo, me perfumei como nunca antes e fiz o caminho até a casa dos Styles. 
Harry me esperava na varanda, com um sorriso lindo nos lábios. 
Ele me puxou para dentro, beijos em plena luz do dia eram arriscados demais. 
O combinado seria uma noite preenchida de beijos e conversas, assim como as nossas tardes. 
Mas eu queria mais. 
Não podia perder a oportunidade de entregar tudo que pudesse ao homem que já amava. 
— Tem certeza disso? — Perguntou quando entramos em passos cheios de tropeços em seu quarto. 
— Como nunca tive. — Confirmei, sem conseguir segurar o ar dentro de meus pulmões. 
Harry voltou a beijar meus lábios, beijos muito mais afoitos do que qualquer que já tivéssemos trocado antes. 
Suas mãos ágeis foram para o laço do meu vestido, fazendo o tecido escorregar entre por meus braços até encontrar o tapete.
A camisola de seda que usava por baixo havia sido comprada para minha noite de núpcias, para que eu me entregasse ao meu marido. 
— Você é tão linda. — Sussurrou, respirando com tanta dificuldade quanto eu. 
Styles se ajoelhou na minha frente, desafivelado meus sapatos bem lustrados e retirando-os com todo o cuidado. Erguendo os olhos em minha direção, ele levou as mãos até atrás dos meus joelhos, abaixando minhas meias. Seus dedos roçavam de leve em minha pele, espalhando calafrios por todo o lado.
Ele voltou a se erguer, me olhando com atenção. Ergui as mãos trêmulas, empurrando o paletó bege para fora de seu corpo, até que ele também encontrasse o chão. Arrastei o suspensório por cima da camisa branca, fazendo com que ficasse pendurado na calça social. 
Harry passou a língua pelos lábios, estudava cada um dos meus movimentos, e eu podia ver como seus músculos tencionavam por baixo da roupa. 
Tirei os botões das casas, com os olhos fixos aos seus. Meu corpo inteiro tremia. Nunca havia tocado em ninguém com tanta intimidade, e mesmo assim, meu corpo parecia saber o caminho exato que precisava seguir. 
A camisa foi ao chão, deixando a regata branca por baixo, revelando os braços musculosos. Toquei sua pele com a ponta dos dedos, vendo como ela se arrepiava e os músculos endureciam ainda mais sob meu toque.
Harry arfou, como se minhas mãos em si fossem brasa. Ele segurou minha cintura, me erguendo com facilidade nos braços e me colocando com cuidado sobre a cama macia. Seu corpo esguio deitou ao meu lado e logo seus lábios capturaram os meus em um beijo lento. 
Com as mãos sem luvas, pela primeira vez, toquei os cabelos bem cortados de sua nuca.
Partindo o beijo, mas sem se afastar, ele levou uma das mãos até o centro do meu corpo, ainda por cima da camisola. Arregalei os olhos, nervosa. 
— Já se tocou aqui, boneca? — O apelido que me fez rir como boba agora soava pecaminoso em seus lábios vermelhos. Neguei com a cabeça. Moças de família não deveriam tocar suas partes, era pecado. Os dedos longos fizeram pressão em um ponto que eu sequer conhecia, mas que fez meu corpo sofrer um solavanco e um gemido escapar da minha boca. 
Puxei a camiseta para fora de suas calças, precisava tocar sua pele. Harry me ajudou a se livrar de mais essa peça. O corpo parecia desenhado. O peito forte, a barriga reta com leves ondulações de seus músculos. Passei meus dedos ali, vendo-o fechar os olhos com força. 
— Posso? — Perguntou baixinho, segurando o laço da camisola. Assenti, sentindo meu coração querer explodir dentro do peito. 
A cena se passou lentamente.
Os olhos verdes encaram meu corpo como se fosse a mais rara das joias. 
Estava nua, na frente de um homem pela primeira vez. 
Estava pecando. 
Mas, Deus me perdoasse por isso, o pecado com ele era bom. 
Harry deixou beijos em meu pescoço, descendo para meu peito, sugando um dos mamilos em sua boca quente. Outra sensação desconhecida me atingiu. Precisei fechar minha boca com força, para não deixar nenhum som fugir. 
Ele foi descendo ainda mais os beijos, passando pela minha barriga, até chegar em minhas pernas. 
Com cuidado, deslizou as cintas-ligas brancas que antes prendiam minhas meias. Depositou selares em minhas coxas, se abaixando cada vez mais, até deixar um beijo em meu centro. Coloquei a mão sobre a boca, pequenos choques percorriam meu corpo. E assim como ele costumava beijar minha boca, com a língua afoita, ele me beijava lá embaixo. 
— Não se segure, boneca. — Pediu ainda contra mim quando notou que eu começava a engasgar com meus próprios gemidos. Ele me lambia como um sorvete, parecia se deliciar, revirando os olhos  e voltando a boca para minha pele. 
Eu não sabia o que fazer com todas aquelas sensações. Parecia que iria explodir em uma nuvem de fumaça a qualquer momento. 
E então, uma onda forte varreu cada pensamento. Uma corrente elétrica tão forte, que fez meu corpo inteiro sofrer espasmos. 
Eu queria chorar, queria sorrir, queria rir. Tudo ao mesmo tempo. Mas só conseguia sentir. 
Harry se ergueu, caminhando até a ponta da cama. Com os olhos cravados aos meus, abriu o botão da calça, deixando-a escorregar por suas pernas torneadas. 
Arregalei meus olhos, mais uma vez. Seu íntimo me encarava de frente.
Nunca havia visto aquela parte do homem, apenas nos livros de ciências que havia sorrateiramente roubado da biblioteca de papai. 
Me aproximei, engatinhando pela cama enquanto ele me encarava com paciência. 
— Você pode me tocar se quiser, boneca. — Falou com a voz rouca, segurando meu pulso e aproximando minha mãos de si, mas não encostando. 
Toquei a ponta dos dedos na cabeça avermelhada, vendo-o soltar um suspirar do fundo do peito. Molhei a boca com a ponta da língua. Queria fazê-lo sentir-se bem, como ele havia feito comigo. Mesmo que não soubesse o que fazer.
— Você não precisa fazer isso. — Avisou, quando viu meu rosto se aproximar. 
— Eu quero. — Confessei. 
Styles respirou fundo, e eu voltei a me aproximar. Um gemido estrangulado fugiu quando passei a língua em sua carne endurecida. O gosto era diferente de tudo que já havia provado. Salgado e adocicado ao mesmo tempo. 
Abri a boca, sugando a ponta. Harry pareceu vacilar, jogando a cabeça para trás. Os músculos de sua barriga endureceram ainda mais, uma veia saltava em sua pelve. 
Achando que estava fazendo o certo, fiz novamente, arrancando mais um gemido. Minha saliva se acumulava, molhando sua pele e transformando os movimentos mais fluídos. 
— Perfeita. — Sussurrou com a voz arrastada. Afastando meu rosto. O encarei, nervosa por talvez ter feito algo errado. — Se continuar assim, vou me derramar antes da hora, meu amor. 
Com cuidado, como se eu fosse quebrar, ele deitou meu corpo novamente na cama, colocando seu corpo sobre o meu. 
Meu corpo endureceu, e um nó se formou em minha garganta. Já havia ouvido falar sobre aquela parte. Minhas amigas que já haviam se casado falavam como era horrível, como sempre doía e tudo que elas faziam era esperar que o marido se aliviasse e terminasse logo. 
— Não, não. — Sussurrou, espalhando beijos por todo meu rosto. — Eu quero que se sinta bem, podemos parar agora se quiser. — Tentou se afastar, mas eu segurei seus ombros com as mãos e a cintura com as pernas. 
— Me beija. — Pedi.
Harry baixou o rosto, tocando meus lábios com ternura em um primeiro momento, e então abrindo a boca para que sua língua levasse todas as minhas inseguranças. 
Meu corpo relaxou entre seus braços. As mãos grandes seguravam minha cintura, deixando carinhos em minha pele arrepiada. 
— Você tem certeza? — Sussurrou, a testa colada à minha e os olhos fechados. 
— Absoluta, meu amor. — Ele sorriu, deixando mais um beijo lânguido em meus lábios. 
Olhando fixamente um nos olhos do outro, era como se o mundo tivesse parado de girar, o tempo congelado para nós dois. Minha boca se abriu quando o senti me preencher. Harry estudava cada uma das minhas expressões com preocupação. 
Mas não doía como haviam me contado. Ou talvez, para elas, faltasse algo. Algo que preenchia todo aquele quarto.
Amor.
Nossos sorrisos se encontravam, misturados a beijos desajeitados, suspiros e lamúrias. 
Nossos movimentos eram lentos e ritmados, encaixados perfeitamente. Sussurros de amor e promessas preenchiam os meus ouvidos. 
Mais uma vez, senti uma pontada abaixo do umbigo. Um aviso silencioso de que aquela onda chegava, ainda mais forte, pronta para arrancar a minha sanidade e entregar a minha alma nas mãos daquele homem. 
Harry escondeu o rosto em meu pescoço, gemendo e beijando minha pele suada. Apertei a pele de suas costas, sentindo meu interior aquecer ainda mais quando ele começou a ter espasmos dentro de mim. Nossos corpos confessaram que a boca não tinha coragem até aquele momento.
Styles ergueu o rosto, a respiração irregular, o cabelo grudado no suor da testa. Ele tocou meu nariz com o seu e deixou um selar demorado em meus lábios.
— Eu te amo. — Dissemos juntos, em sussurros quase sem som. E sorrimos. Meu coração batia feliz como nunca antes. 
Dormi em seu abraço, sentindo seu cheiro. Segura no calor de seu corpo.  
Amada. 
Mas toda a nuvem de felicidade se desfez quando cheguei em casa, e dei de cara com Mason, sentado no sofá da sala com meu pai, desfrutando de um cálice de vinho.
Quase não consegui comer no almoço. Meu estômago se revirava e meus olhos ardiam com a vontade de chorar.
Eu não podia casar. Não agora que conhecia o amor. 
— Papai? — Chamei, entrando no escritório, após o jantar. O homem grisalho ergueu os olhos e fez um movimento com os dedos, permitindo a minha entrada. — Eu queria conversar com o senhor. 
— Sobre? 
— O casamento. — Papai me encarou, tragando o charuto longamente. — Não posso fazer iso, papai. 
— Não diga, bobagens, S\N. — Esbravejou. — O casamento está marcado para o final do verão. 
— Papai, eu não o amo! — Implorei, as lágrimas já molhando meu rosto. 
— Ah, por favor! — Se ergueu de sua cadeira, caminhando em passos lentos. — Amor, S\N? — Debochou. — Vai me dizer que ama o filho dos Styles, não é? — Arregalei meus olhos, apavorada. E meu pai soltou uma risada cheia de desdém. — Aquele homem não pode te dar um futuro, S\N. Você vai se casar com Mason, e assunto encerrado. 
— Papai, por favor. — Pedi mais uma vez, rezando que seu coração amolecesse. 
— Chega! — Gritou. — Você é uma ingrata! Eu te dei uma vida de rainha, e você vai me obedecer, entendeu? 
— Não! — Falei alto, assustando a mim mesma. Nunca havia respondido a papai. 
Minha bochecha queimou quando um tapa estalado foi desferido. Meu coração afundou dentro do peito. Caí no chão, sem conseguir me equilibrar. Ergui os olhos lotados de lágrimas, vendo papai desafivelar o cinto e puxar para fora da calça. 
Ele juntou as duas pontas em uma mão, e eu implorei em vão. 
O impacto do couro contra a minha pele era alto, assim como os meus gritos. Ele não se importava de onde batia. O meu choro estrangulado não o comovia. 
O escritório foi invadido por mamãe e Moira, a senhora que por toda a minha vida trabalhou em nossa casa. Elas choravam e gritavam, mas não interviam. 
Sentia o sangue escorrer pelos meus lábios, onde o cinto também havia batido. Depois de cansar, sabe-se lá depois de quantas vezes me bateu, papai segurou meu braço, me arrastando pela casa e me trancando em meu quarto. 
— Você é minha filha e vai me obedecer, S\N! — Berrou. — Vou adiantar o casamento.
— Não! — Implorei, encostada na porta. — Papai, por favor. — Solucei. Mas ele não estava mais do outro lado. 
O espelho em meu banheiro mostrava uma imagem minha destruída. O sangue escorrido pelo queixo, a marca roxa ao lado da boca, os dedos marcados de meu pai na minha bochecha, as marcas do cinto por meus braços. 
Na noite anterior, meu corpo havia sido marcado pelo amor e hoje era marcado pela dor. 
Esperei até não ouvir nenhum barulho pela casa, pela janela vi quando papai saiu para o plantão e coloquei algumas roupas em uma mala pequena. 
Era um ato de coragem, o segundo que fazia por mim mesma. 
Pulei a janela no meio da madrugada e corri. 
Bati na porta de mogno de forma incessante. Harry a abriu com a roupa amarrotada e coçando os olhos, ele estava dormindo antes. Mas assim que seus olhos pousaram sobre mim, o horror tomou sua face. 
— O que aconteceu? — Perguntou me deixando entrar. Suas mãos tomaram meu rosto com cuidado, os olhos enchendo de água ao passarem pelos meus ferimentos. — Quem fez isso com você, meu amor? 
— Meu pai. — Sussurrei. — Ele sabe sobre nós. 
— Oh, meu Deus. — Murmurou. 
— Eu não posso me casar, Harry. Não vou casar com Mason.
— Você disse isso ao delegado? Por isso ele fez essa barbárie com você? — Assenti. Ele passou os dedos pelo cabelo bagunçado, respirando pesadamente. — S\N… — Meu coração afundou no peito. Aquele tom de voz, era como se meu nome soasse como uma desculpa. 
— Você não me quer. — Sussurrei. Minha boca tremia, a mágoa começando a me comer viva. 
— Eu não disse isso. — Me encarou. — Eu amo você. 
— Então por que parece que vai tentar me convencer a casar com outro homem?
— Que vida eu posso dar á você? — Sussurrou, os ombros caídos. O homem à minha frente parecia derrotado, nada comparado àquele que chegou na cidade, esbanjando autoconfiança. — Eu não sou ninguém! Tenho apenas algumas posses e… ele é filho do banqueiro, S\N! Poderia te dar uma vida de rainha. — Falava baixo, as lágrimas começando a banhar seu rosto lindo, tomado pela mágoa. 
— Eu não quero uma vida de rainha, quero você! — Falei segura. 
— Seu pai não vai aceitar nunca, amor. 
— Então vamos embora. — Ele me encarou surpreso, as sobrancelhas se erguendo. — Vamos fugir, ir para bem longe, só nós dois. 
— Você tem certeza? 
— Toda do mundo. — Garanti. 
Os olhos de Harry estudaram meu rosto, e então, seus lábios tocaram os meus com cuidado. Um beijo dolorido. Salgado pelas lágrimas. 
Eu não sabia se era um beijo de promessa ou de despedida, e meu coração implorava por uma resposta. 
— Eu tenho alguns conhecidos na capital, podem me conseguir um emprego. — Murmurou. 
Lágrimas de alívio e felicidade escorrem pelo meu rosto. 
Beijei sua boca, todo o seu rosto. Ignorando a dor que meu corpo sentia, me joguei em seus braços, apertando o meu amor contra mim.
— Eu tenho algum dinheiro guardado, não é muito. — Começou. — Partimos no primeiro trem. 
Não dormimos a noite toda. Arrumamos as malas com seus ternos e outros pertences. Trocando beijos e juras de amor sempre que podíamos. 
Harry acordou a mãe antes do amanhecer, explicando a situação e prometendo mandar buscá-la assim que conseguisse um emprego. 
A idosa abraçou a nós dois, com lágrimas nos olhos, desejando que chegássemos seguros ao nosso destino.
Saímos pelas ruas desertas junto dos primeiros raios de sol. 
Meu coração batia forte e as minhas mãos suavam por baixo das luvas enquanto as pessoas começavam a embarcar no trem barulhento. Harry passou um braço em minha cintura, selando meus lábios em uma promessa silenciosa de felicidade. 
Sentamos em nossos lugares e eu não conseguia segurar o sorriso enorme em meus lábios. Quando a locomotiva começou a se mover,  ouvi meu nome ser chamado da estação. 
Coloquei a cabeça para fora. 
Papai corria atrás do trem, furioso, segurando o chapéu em suas mãos e acompanhado por Mason, tão esbaforido quanto ele pela corrida. 
Sorri, e acenei para o meu passado. Me despedindo uma última vez antes de me aconchegar ao meu amor. 
Nosso futuro seria lindo, recheado de amor. 
Eu sabia disso. 
Tinha plena certeza, cada vez que seus lábios doces tocavam os meus e ele confessava seu amor em meu ouvido. 
64 notes · View notes
jkappameme · 6 years ago
Text
Acompanhante de Aluguel (Longfic 11/15)
Tumblr media
Jeon Jungkook Autora: Agness Saints Gênero: Comédia, Romance Sinopse: Parecia piada, quatro anos de um relacionamento frustrante havia chegado ao fim, mas Haneul ainda te atrapalhava a vida. Se ele não tivesse arranjado um namoro relâmpago, você não precisaria demonstrar que está bem também, que não ficou para trás. Você não precisaria, principalmente, contratar aquele maldito acompanhante de aluguel.
Moreno. 1,80 de altura. Porte atlético. Bonito. Inteligente. Educado. Agradável. Sabe estabelecer uma conversa. Sem compromisso emocional, apenas financeiro. Valor sob consulta. Interessados: [51] 5782-4158
Esquece o “parecia”, a vida é mesmo uma piada pronta. Contagem de palavras: 11.576 Avisos: +16.  A história faz parte da série puerlistae au. Parte: 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 Playlist. | Playlist 2. | Playlist 3.
A iluminação proveniente da tela do celular faz parte de um grupo pequeno de luzes que nos guiam pelo caminho; junto de postes espalhados esporadicamente e casas com luzes acesas. Não há lua no céu ou carros por aqui. A noite é quente, nublada e úmida. E enquanto tento administrar todas as sensações e sentimentos que me rondam, tenho Jungkook bem em minha frente. Seu aroma tropical invadindo a noite e sua imagem invadindo meu cérebro, se mesclando com a tentativa de arranjar respostas aos tantos porquês.
Depois do meu fracasso explícito na biblioteca ontem, minha noite foi assombrada por pesadelos e devaneios ruins. O cansaço me pegando os ombros agora como um lembrete da angústia vivida. Que ainda vivo. Desde então retomei minha busca desenfreada por um caminho alternativo. Um caminho seguro e bem planejado. Uma solução que me faça mudar o rumo dessa noite. Mesmo que eu já tenha analisado todas as minhas opções ontem, mesmo que eu já tenha ido e vindo por todas as alternativas existentes. Eu preciso continuar tentando. Porque não quero colocar o que quer que tenhamos aqui em risco. Não quero ser vencida pela ideia estapafúrdia de mamãe.
Não quero.
Até porque ainda é a família de Jungkook. Pai, mãe e a irmã mais velha. A família toda. É como invadir uma morada sem permissão, invadir mais uma parte da sua vida. E não é como se eu não quisesse saber de cada pedaço dela, eu quero. Mas da forma justa e não por conta de um anúncio de acompanhante de aluguel furreca.
Pensei em uma viagem da família Jeon para o Chile. Alaska. Madagascar. Júpiter. Para qualquer lugar longe o bastante para dar fim a esse encontro desastroso no fim de semana. Um lugar longe o suficiente para meus pais não solucionarem a questão com passagens compradas em cima da hora, sem planejamento algum.
Mas quanto mais eu pensava sobre, mais certeza eu tinha que a ideia era tão ruim quanto contar toda a verdade para eles.
Tentei então enumerar minhas preocupações, tentei enumerar meus problemas, organizá-los em uma lista para que, pelo menos, meu caos estivesse em ordem. E consegui por uns pares de horas cretinas. Só uns pares de horas. Porque pouco depois tudo desandou quando vi Jungkook atravessando as catracas da ala masculina. 20 minutos atrasado. A calça jeans clara e a camisa xadrez o acompanhando em um caminhar apressado. Toda a listagem feita se embaralhou tragicamente e ele a encabeçou sem esforço algum.
Porque aqui, agora, enquanto entendo que nenhum caminho alternativo de fato existe nesse cenário coberto de teias mentirosas, percebo que não é só Haneul que me ronda a vida inteira. Jungkook também é o início, o meio e o fim. Ele vem como contraste no piche grotesco que é meu ex-namorado, que é meu karma e inconsequência. Ele se esparrama como ramos e flores rastejantes, minha solução. Os dois em volta de mim, interligados de uma forma imunda e injusta.
E o “e se” passando a ser agora a maior das minhas lamentações.
E se eu tivesse encontrado Jungkook muito antes de ter encontrado Haneul?
— Vire à direita em 100 metros.
A voz feminina que salta entre nós é a de seu celular. E é a única que vem sendo ouvida há dez minutos, quando saímos da estação de metrô. Não que antes nossas vozes estivessem vindo com facilidade numa conversa despretensiosa. Porque nunca fomos assim e não seríamos agora. Principalmente agora. Tirando meu transtorno interno e secreto, nós ainda estamos afogados no que podemos e o que não podemos fazer. O fantasma de um beijo que não aconteceu ainda pairando sobre nós. Um cumprimentar esquisito de dois beijos seguidos no rosto e olhares que não conseguem se sustentar. E tudo se parece incerto. E até que seria engraçada essa situação toda se eu não estivesse a ponto de acabar com tudo isso.
Apresso o passo ao atravessarmos mais uma rua esquisita e sem movimentação, o aplicativo de mapas em seu celular vibra volta e meia com uma nova instrução e nós seguimos. Seus olhos ainda plantados na tela e seu aroma tropical ainda invadindo a noite inteira. E não deixo de pensar que as coisas poderiam ser fáceis só por hoje.
Mesmo sabendo que não existe escapatória, tento vasculhar cada canto do meu cérebro a procura de um desvio; de uma resposta milagrosa que salve o que o destino reserva para essa noite. Mas o nervosismo borbulha tanto em mim, que não consigo sequer pensar direito. E a única coisa que arranjo é um emaranhado de problemas e soluções pela metade.
Sinto-me melancólica e derrotada; sinto-me um disco arranhado que repete sempre o mesmo trecho da música.
A rua de paralelepípedos é coberta por pontos de luz aleatórios. Um aqui e outro ali. Postes que funcionam e que não funcionam distribuídos pela calçada de maneira descuidada. Casas de um piso só com muros baixos. Na esquina um terreno baldio repleto de árvores e arbustos sem forma alguma. E, por um milésimo de segundo, me permito pensar sobre como o cenário é muito diferente dos que me acostumei. De uma rua paralela a da universidade para uma outra perdida na zona leste da cidade. Conexões de metrô que nunca me aventurei em pegar antes. É uma festa em um lugar esquisito.
— Falta muito?
Minha voz vem em eco numa rua estreita, fazendo-me perceber agora a vontade desesperada de fugir de mim, dos meus pensamentos. Cada canto do meu corpo vibra e eu me sinto nausear.
— Aqui diz que vamos chegar em uns dois minutos. — Fala sem me olhar. A voz saindo aérea enquanto ele faz uma menção rápida ao sacudir o celular. — Precisamos andar mais uma quadra e então virar a esquerda.
Faço uma careta de desgosto, mesmo sabendo que ele não me olha. Meu estômago se embrulha mais uma vez. Não há comida ou certeza nele. Só há uma imensidão de nada misturada com o cair da realidade me pegando aos poucos.
Jungkook para de caminhar por um tempo e depois retoma, os olhos mirando a rua e depois retornando à tela do celular. Caminhamos e caminhamos. Limpo o suor da palma de minhas mãos no tecido da saia e estralo os dedos logo em seguida.
E talvez minha inquietude repentina seja pela certeza de que assim que chegarmos à festa, eu não vou ter mais desculpa alguma. Também não vou mais ter tempo algum. Porque nada mais vai me impedir de puxar Jungkook para um canto e pedir para que ele faça seu papel de acompanhante de aluguel mais uma vez.
Um fim de semana em família em Busan.
E então, qualquer coisa que tenhamos aqui, vai desaparecer como a merda de um passe de mágica.
— Jungkook!
Eu saio estridente, mais irritada do que gostaria de soar. Sinto que posso explodir a qualquer instante por pensar em absurdos, estar prestes a fazer um absurdo e por eu me sentir um absurdo. Sinto-me a mil por hora de repente. Um desespero errado, desconexo. É quase uma realidade paralela.
Tenho vontade de dar pontapés e socos no ar. Porque merda. Merda. Merda. Merda. Essa situação é ridícula. Minha família com a família dele. Uma ideia imbecil que coloca as coisas em risco. Isso é... Argh!
E quando penso em engatar mais alguma frase em tom malcriado e sem sentido, Jungkook para, me fazendo parar abruptamente também. Um passo de distância entre nós e um universo inteiro de distância no que pensamos. Sei disso. Seus olhos se erguem depois de certo tempo, talvez segundos, minutos. Tudo parece intenso demais no universo explosivo que criei dentro de mim. Dois segundos para seus olhos se adaptarem e um girar de pulso para me iluminar com a luz artificial. Perco seu rosto no breu. Mas sinto que só agora percebeu que estou aqui também. E, apesar de me sentir exposta e envergonhada por dezenas de razões explícitas e secretas, me sinto um pouquinho melhor.
— O que foi? — Ele pergunta confuso. — Aconteceu alguma coisa?
— Esse lugar não é longe demais?
— Não, é virando essa esquina agora.
Meus olhos estão fixados nele, esperando que ele entenda que a pergunta não foi essa. Mas a verdade é que eu nem sei onde quero chegar com isso. Eu só preciso falar, falar e falar. Mesmo que não faça sentido algum. Quero fugir de tudo como uma boa covarde que sou. De mim, dele. Do que vim fazer.
— O que aconteceu pra ser tão longe? — Tento de novo. Minhas mãos apertando o tecido da saia em nervosismo. Um pedido silencioso de isenção de responsabilidade. — Não quiseram fazer na república da última vez?
Meu coração bate forte no peito por todos os finais ruins que imaginei para hoje. Em um devaneio positivo e minúsculo, ele aceitava toda essa ideia. Mas o pensamento foi tão rápido quanto veio. Porque sei que mesmo que ele aceite, as coisas nunca mais vão voltar a ser como antes. Como agora. E percebo que ainda que eu inicie uma briga raivosa com Jungkook nesse dado momento, nada vai conseguir tirar isso de mim.
Ele abaixa o celular, seus pés agora sendo iluminados pela luz artificial. Levo um tempo para lhe encontrar na escuridão da noite, uma varanda e um poste acesos me ajudando a encontrar suas feições. E fico presa ali por um tempo, nas pintinhas, nos segredos e nos seus etcéteras.
— _____, tá tudo bem?
Sofro um baque esquisito. Minha raiva ainda me toma o peito, mas não escapa pela boca. Pisco uma, duas, três vezes. Demoro um tempo para entender a pergunta.
— Por que tá me perguntando isso?
— Você tá estranha desde ontem. — Dá de ombros, mas não parece indiferente. — Tem alguma coisa que você quer me contar?
E então eu travo. Pernas, braços, mente e fala. Já não conseguia sair daqui, agora que não saio mesmo. Mental e fisicamente. Existe alguma possibilidade dele já saber? Existe alguma possibilidade de estar escancarado e só eu não perceber isso?
Tento engolir a saliva, mas ela tranca na garganta. Penso em cuspir ou vomitar. Nenhuma de fato é uma boa ideia. E continuo então só olhando Jungkook me encarar. A feição se tornando cada vez mais curiosa à medida que demoro a responder.
— Por que você... — Minha voz sai esganiçada. E ela sai antes mesmo que eu perceba. — Acha isso?
— Você parece nervosa. — Fala, e por um instante me parece chateado. — É o lugar? Juro que não é perigoso.
Contorço meu rosto em uma careta dolorosa. Não era pra ser assim.
— Não é isso.
Seu suspiro vem e junto ele sai em um sussurro:
— Então é diarreia?
— O quê?
Minha voz é alta em ofensa. Repito a pergunta em pensamentos para ter certeza do que ouvi. E não posso mesmo acreditar. Vejo Jungkook erguer os braços em defesa.
— Você tá toda encolhida!
E, de repente, me torno ciente de cada parte minha. Apesar de me sentir a ponto de explodir, meus braços estão enrolados ao peito, tão presos que quase me impedem de respirar. Meus olhos esbugalhados e minha boca em uma linha fina de apreensão. Eu pareço mais uma criança medrosa do que um personagem do GTA.
— Não é diarreia, Jungkook! — Quase grito frustrada, soltando meus braços. Por que ele é desse jeito? — Não é... Isso. Que saco!
Engatamos em silêncio outra vez. Mas ainda assim não me movo. Apesar da história da disenteria ter mesmo me pegado de guarda baixa, ela não consegue fazer com que eu me sinta menos miserável que antes. Ainda me sinto covarde e arrependida. Mesmo que nenhum pedido tenha sido feito até agora. Nervosa, mas não mais irritada.
— Você quer voltar?
— Voltar?
Não entendo.
— Você quer voltar para os dormitórios? Tá arrependida de ter vindo? Eu vou entender.
Quero sufocar um gemido doloroso de entendimento. Porque estou finalmente percebendo. Ele interpretou minha reação esquisita do jeito mais torto e cruel possível. É claro que sim. Até porque é Jungkook e ele nunca realmente escolhe a interpretação mais coerente. E me sinto mal. Porque quero estar aqui com ele. Apesar de toda a imundice que me ronda, Jungkook ainda é Jungkook.
— Não, — falo depressa. — Não é isso.
Penso num instante curto que preciso ser sincera, que precisa ser agora. Sinto uma necessidade extrema de cortar pela raiz todas as interpretações errôneas que ele está prestes a ter essa noite. Num impulso esdrúxulo e desleal, as palavras dançam na ponta de minha língua. Meu cérebro correndo pelos prós inexistentes e contras tão vastos. Mas assim como a coragem me veio, ela vai embora. Como aquele devaneio positivo. Quase não existiu.
— Tem a ver com Haneul?
Sua voz me vem certeira e meu cérebro se toma incolor. Não penso em nada e não sinto nada. Um, dois, três minutos. Quatro horas. Cinco dias. Sou vazio por uma eternidade de tempo enfiada em dez segundos de silêncio. Não existe mais resquício de ódio inconsequente, sem sentido, dentro de mim. Acredito agora que todo meu ser é de fácil acesso. Meu queixo caído e meus olhos arregalados. E com isso não consigo balbuciar nada além da verdade:
— É.
Não sei se respiro ou se todo o ar está trancado dentro dos pulmões. O cenário todo ao nosso redor é desconexo, como toda a noite que se seguiu até agora. Não tenho a mesma passageira coragem que tive há poucos segundos. Ela se esvaiu por completo. Um fervor começa arder em meu peito quando Jungkook dá um passo a frente. Ele suspira, sua feição moldada por sombras.
— Eu já sei que quem comprou o notebook foi Haneul, não você. — Revela. — Ele me contou.
O quê?
Pego-me submergindo na quebra do roteiro que criei. Sou interrompida na metade. Minha linha de raciocínio se perdendo e voltando sem saber ao certo o caminho que fez. Ainda é um vai e vem esquisito de sentimentos e sensações. Mas não existe mais ardor no peito ou mãos suando. Existe só a mescla ínfima de confusão e vergonha.
Levo um instante para recapitular, voltar no tempo e tentar pensar de forma coerente. Mesmo que essa tarefa esteja sendo difícil desde ontem. Apesar de me sentir aliviada pela mudança repentina de cenário, não deixo de me encolher em embaraço pelo que acabei de ouvir. Porque Jungkook realmente acha que esse é o motivo certo.
Eu não planejava manter segredo ou muito menos contar para ele sobre a origem do notebook de última geração. Porque, na verdade, nunca me pareceu um tópico problemático, nunca me pareceu um tópico necessário para se trazer à tona. Mas por todas as coisas que vem acontecendo, pela totalidade dos fatos e angústias reunidas, parece que a descoberta é muito mais importante e delicada agora.
— Quando você ficou sabendo disso?
Vejo-o cruzar os braços, a cabeça se movendo para olhar para os lados por alguns instantes. Ele parece desconcertado. E quando a explicação vem, eu entendo o porquê.
— Ele me contou assim que você foi ajudar Sorn.
E logo percebo que Jungkook se sente tão desconfortável quanto eu ao se lembrar daquele fatídico momento cretino. E, por um momento, eu me sinto grata pela empatia.
— Desculpa por você ficar sabendo desse jeito.
Ainda me tenho perdida com a pedra no meio do caminho. Ainda me tenho perdida no problema impensável que me caiu como um pedregulho preso no sapato. Mas não quero não me preocupar com o que tenho bem aqui. Não quero fazer pouco caso de algo que Jungkook pensa ser grande. Tento administrar então esse pequeno problema com o enorme que ainda pesa nos meus ombros.
E quanto mais o tempo passa, mais eu tenho certeza que preciso beber para encarar tudo o que é e tudo o que vem pela frente. Depois desse alarme falso, foi comprovado que não consigo passar por isso sem estar completamente alcoolizada.
— Eu não me importo. — Fala alheio a tudo o que se passa dentro de mim. — Até porque foi ele quem quebrou e era ele quem deveria pagar. Nada mais justo.
— É, mas... — Falo incerta, ainda me sentindo incoerente. — Eu deveria ter te contado. Você não ficou chateado?
— Não. É por isso que você tá assim? — Mas não respondo e ele entende do jeito que quer entender. Da forma errada. De novo. — Bem, eu já disse que não me importo.
Seu tom de voz vem firme, cheio de certeza. E há um silêncio. Um silêncio comprido em que ninguém se mexe. Eu aqui e ele lá. Três a cinco metros. Nossas vozes como megafones no meio da escuridão. E, nesse meio tempo, sinto que ele quer dizer algo a mais, mas que não diz. E penso por um instante no que mais pareço transparecer. É sobre isso o que ele pensa em dizer?
Penso de novo também que agora seria uma boa hora para lhe contar a verdade. E como seria uma ótima hora para se ter coragem. Mas é só um pensamento solto outra vez. Sem intenção alguma de se tornar um plano abrupto. Puxo o ar com força para dentro de mim, a luz do celular de Jungkook ainda ligada, iluminando agora parte de seu braço. Remexo-me no lugar, de repente, me sentindo presa não só emocionalmente, mas fisicamente também.
— Acho que tá na hora da gente entrar. — Fala sem graça, apontando para uma casa com luzes acesas que se pode ver aqui da esquina. — É ali.
A morada é de um piso só e não há muito que se ver daqui além de janelas com luzes intensas e o portão de ferro branco aberto.
— A-ah... — Volto meu olhar para ele. E entendo que não sou a única desconfortável. — É.  Aqui é muito escuro.
Ele acinte, a luz do celular sendo desligada e o aparelho guardado no bolso traseiro da calça.
— O bairro é residencial e a maioria é da terceira idade, eles dormem cedo. — Fala vagamente. — É por isso.
A informação vem desconexa no ar, assim como nosso pequeno silêncio. A mudança de clima já era óbvia, mas agora se parece extremamente palpável. Meu suspiro vem acompanhado de seu pigarreio.
— Acho que é mesmo hora da gente entrar.
[...]
Duas.
Não.
Três doses e meia de licor de lichia.
É. Foi isso. E uma cerveja. Duas. Não. Foi uma só.
Aperto os olhos e enterro meu rosto em minhas mãos. Estou sentada em um dos bancos na divisa da cozinha americana com a sala; um cômodo aberto com visão ampla para o jardim do fundo. E não sei se tenho dor de cabeça ou é só a fumaça excessiva que irrita meu nariz. Como também não sei se o enjoo repentino é da bebida ou da imbecil constatação de que, mesmo com o nível altíssimo de álcool rodando minha corrente sanguínea, o nervosismo não me abandonou. Pelo contrário, ele só se embebedou junto comigo. O que o deixa um pouco dramático demais. E um tanto quanto desesperado demais também.
Sinto uma necessidade de rosnar de raiva. Porque é frustrante. Eu não me sinto nada preparada, mesmo afundada em drinks e intoxicada com gelo seco de tutti-frutti. Não me sinto pronta para chegar em Jungkook e despejar meu drama familiar em forma de um pedido absurdo para estender esse lance de acompanhante de aluguel. Não que eu acreditasse realmente que em algum momento eu fosse me sentir preparada para isso. Mas eu tinha uma pontinha de esperança de que, pelo menos, agora a ideia de contar não fosse tão aterrorizante assim.
Solto um suspiro sofrido, a música alta buzinando nos meus ouvidos e eu tentando me manter equilibrada nesse banquinho de madeira. A cozinha é clara, com móveis populares e uma atrocidade de bebidas sortidas amontoadas no balcão que imita mármore. E enquanto tenho Jungkook na minha visão periférica, eu fito insistentemente a divisa de ambientes.
Toda a minha esperança depositada em destilados foi por água abaixo.
E eu não tenho um plano B.
A não ser que fugir seja considerado um plano. Se sim, então eu tenho um.
Meu cérebro é como uma máquina quebrada, eu tenho ciência disso. Mas não consigo não pensar. Não consigo não buscar um motivo para desaparecer daqui. Qualquer coisa que me tire do agora, que me tire do que eu vim fazer e que não fiz. Entretanto, quanto mais tento achar a saída, mais me perco. Eu poderia simplesmente sair correndo agora, não é? Mas o que eu diria para Jungkook amanhã?
É um labirinto cretino que me leva ainda mais ao centro do problema.
Não sei há quanto tempo chegamos, como também não sei exatamente como paramos aqui. Assim que passamos pela porta da república, eu só me lembro de nós dois agarrarmos copos de Soju e mandar ver em três segundos. Talvez por motivos distintos, talvez pelos mesmos motivos. Quem sabe a conversa de mais cedo tenha deixado Jungkook desconfortável a ponto de se embebedar nos quinze primeiros minutos. Quem sabe ele só tenha feito isso para sobreviver a essa noite. Como um pressentimento ruim.
E eu não o culpo em acreditar em um pressentimento, a propósito. Até porque ele não estaria errado, estaria?
Passo as palmas das mãos contra o tecido de minha saia, elas continuam suando de maneira vergonhosa e infantil. Na ponta da minha língua não existe nada além do gosto da mistura horrenda entre licor de lichia e cerveja. Não existem palavras, muito menos coragem. Não existe inclusive algo que me torne consciente das minhas ações.
Resvalo pelo banco e caio em pé, minha saia se demorando pelo assento até encontrar minhas coxas outra vez. Apoio-me no balcão ao meu lado, as frutas de plástico ali remexendo pela minha atrapalhação. Não sei o que pretendo fazer, só faço. Como num reflexo longo e duradouro.
Há uma música ao fundo, a mesma de antes ainda forte e alta. A batida não me é esquisita, talvez eu a conheça. Não sei bem. Talvez seja só meu cérebro me enganando pela repetição do refrão. Eu o ouvi há poucos segundos, não foi? Respiro fundo com a intenção de inspirar um ar sem que tenha aroma de tutti-frutti. Não tenho sucesso. Tateio o balcão por mais um tempo e, num vislumbre, ainda na divisa dos cômodos, caço Jungkook com o olhar.
E não demoro a encontrá-lo.
Lá está ele, ao fundo da cozinha. Suas costas em display e sua calça marcando bem a bunda quando ele se empina para alcançar sabe-se lá o que no armário aberto em sua frente. Um pedacinho de pele exposta da cintura e um suspiro escapando pela minha boca. Um misto de sensações e o desvio do meu objetivo. Ele é campeão de fazer isso.
Para piorar ainda mais meu nervosismo. Ou melhorar? A óbvia constatação de mais cedo foi que Jungkook está irresistível. Ridiculamente irresistível. Cabelos, piercings e a boca rosada pela bebida. Ele me tem na palma da mão, sabe-se lá desde quando.
Sinto uma fisgada do lado direito da minha cabeça; tento equilibrar os sentimentos. Dois tipos de nervosismo. E eu estou e sou fodida. E não faço ideia de como sair dessa situação toda. Até porque Jungkook nunca foi mestre em me ajudar nessas horas. Ele parece só dificultar a minha vida. Eu deveria saber disso. Já não bastasse eu ter que lidar com todo o meu caos interno, eu ainda preciso lidar com ele. Jeon poderia ser um cara não incrível, um cara sem coxas bonitas ou sem um nariz que enruga quando ri. Poderia, principalmente, ser alguém que não usa camisa xadrez de flanela e calça clara justa. E essa não é uma tarefa difícil, você sabe. Só agora consigo pensar em pelo menos três combinações de roupas incríveis e diferentes:
1) Um sobretudo até os calcanhares;
2) Três casacos grossos;
3) Um cobertor de microfibra.
Dane-se a chegada do verão. Quem se importa com isso quando minha sanidade está salva?
Dou meu primeiro passo em sua direção e sinto meu estômago rodopiar dentro de mim. Sou tomada por dezenas de sentimentos; não sei ao certo o que faz minhas pernas quererem travar no caminho. É o pedido ainda não feito, a minha bebedeira extravagante e a realização tardia de como Jungkook está bonito essa noite. É a certeza da ressaca moral sendo muito mais forte e presente do que a ressaca física. Mas não sei decidir. Porque não me parece mais óbvio qual delas me faz querer desaparecer e qual delas me faz dar mais um passo.
A música ainda toca. Talvez a mesma, talvez uma nova. Cambaleio na direção de Jungkook, desviando de algumas pessoas pelo caminho estreito e o alcançando em poucos passos bambos. Meu cérebro temporariamente danificado achando uma boa ideia parar por aqui.
— Preciso falar com você!
É um quase grito. Meu corpo correndo pelo armário e meus olhos focando em sua figura. Recebo então seu olhar de canto, surpreso. Os cabelos negros são uma bagunça completa e o topo das bochechas tem uma coloração avermelhada. E me pergunto se é pelo tanto de Soju ingerido ou se pelo calor terrível aqui dentro.
— Eu tava procurando por copos. — Fala, os braços ainda levantados no alto. — Não achei. Se importa?
Ele tira então duas xícaras brancas e pequenas do armário. Xícaras de chá. E levo uns segundos para lembrar de que ele está aqui para pegar bebidas. Nego avidamente, não focando muito na consequência. Na verdade, nem sequer pensando de fato sobre a pergunta. Eu estou esperando ele ter alguma reação sobre o que acabei de falar, porque só me sinto a beira de uma gastrite nervosa.
Jungkook despeja um vinho frisante em uma das xícaras. Parecendo não ligar muito para minha urgência; na minha voz ou em meus olhos o fitando.
— Então amanhã você não tem aula? — Ouço-o perguntar e então me perco. Ele não me ouviu? Fingiu não ouvir? Lembro-me vagamente que esse era o assunto antes dele vir para cá, mas não quero continuá-lo. Assinto aérea, confusa. — Só vai ter o fechamento na sexta?
— Mais ou menos. — Minha voz sai bamba e não sei se vejo essa desconversa proposital ou não como um sinal divino para interromper meu propósito. — Não é bem um fechamento, as notas vão sair no mural...
Eu sou fora de órbita em um cômodo terrestre demais. E não sei se prossigo com qualquer plano que tenha se formado no meu inconsciente. Eu conseguiria prosseguir agora?
— Odeio quando as notas saem no mural, todo mundo vê a de todo mundo.
Não falo nada por uns instantes. Não que eu pudesse afirmar que minha coragem surgiria do nada e me fizesse falar de vez o quê vim falar. Mas eu tive uma pontinha dela para iniciar tudo isso, uma minúscula que agora se foi por completo. Talvez eu... Quem sabe, eu possa tentar daqui um tempo, não é? Não precisa ser agora. Precisa?
— E você?
De novo minha voz vem em inconstância.
— Vou amanhã só pra ver se passei para a seletiva do curso de verão.
Remexo-me desconfortável no lugar. Porque da última vez que esse assunto surgiu, ele veio juntamente ao de sua ida para Busan no fim de semana. E me sinto a beira do início de uma crise horrorosa. De novo. Em sequência! Porque meu problema ainda está aqui e não foi solucionado.
O maldito encontro em família.
Eu queria que fosse fácil, que Jungkook de repente lesse mentes. Que soubesse genuinamente o que quero falar. Mas não sei mais o que de fato é pior. O verbalizar ou sua reação a tudo isso. Pigarreio e contorno seu corpo, minhas pernas batendo no armário quando paro do seu outro lado.
— O resultado saiu rápido, não é? — Solto uma risada nervosa, agarrando sem pensar uma das garrafas pequenas em sua frente. — Pensava que fosse demorar.
Ele não me responde e limito-me então a focar toda a minha atenção na bebida que agora seguro. Abro e a cheiro, não guardando característica alguma do licor em si. Meus olhos passeiam pelo rótulo como numa espécie de leitura dinâmica, quando resolvo tatear o balcão a procura da xícara vazia que vi logo ali de relance. Tateio e tateio numa busca cega, meu corpo se inclinando sobre o balcão para um maior alcance e meu cérebro captando palavras soltas das informações no verso.
Volume. Porcentagem. Licor.
— _____?
— Hm?
Meus dedos ainda tateiam a superfície gelada em busca do recipiente, mas não o encontro de jeito algum. Olho então para o que faço, a xícara que antes estava logo ali, está longe. Bem longe. Debaixo de uma das mãos de Jungkook. Arrisco um olhar em sua direção e logo encontro seus olhos me medindo curiosos. Não entendo. Inclino-me mais um pouco, meus dedos alcançando a borda da porcelana, mas ele a afastando com facilidade. Percebo então que ele vem fazendo isso desde o início.
— O que foi? — Solto aflita, de repente me dando conta de nossos corpos colados, sua cabeça acima na minha e nossas cinturas encaixadas. — Jungkook...
Ele meneia a cabeça, contrariado. E me pergunto se só agora ele se deu conta da minha urgência de antes. Eu espero, por tudo o que é mais sagrado, que não.
— Vai beber isso?
Pisco algumas vezes antes de correr meus olhos até a garrafa que seguro.
— Vou.
Tento de novo alcançar a xícara e dessa vez Jungkook nem se move. O objeto está bem longe do meu alcance.
— Argh, Jungkook... O que foi?
Sinto-me irritada, aflita. Eu só quero beber, sem essa de censura sobre a quantidade de álcool que ingeri. Não foi tanta, foi? Só quero beber e esquecer sobre o que vim fazer.
— Não é uma boa ideia.
Meu corpo se remexe e eu me ajeito no lugar. Minha pele esfriando assim que me afasto de seu corpo. Não existe a possibilidade de não ser uma boa ideia. É uma excelente ideia. Beber para tentar esquecer o quão doloroso é ser manipulada indiretamente pela minha própria mãe.
Viu? Uma excelente ideia!
— Por quê?
Jungkook suspira e tira a garrafa de minhas mãos com praticidade, virando o rótulo para mim sem rodeio. Seu dedo indicador sugerindo algo que eu deveria ler, mas que não faço questão.
— É licor de ameixa.
Dou de ombros.
— E qual o problema nisso?
Ele estala a língua, impaciente. E eu quase me sinto ofendida por isso.
— Ameixa solta o intestino, com álcool piora. Vai piorar sua diarreia.
Um, dois, três. Quatro segundos. E logo então entendo.  
— De novo! — Quase grito, o empurrando pelo ombro. — Eu não to com diarreia!
Mas é tarde demais e sua risada já vem toda cheia de energia. Me trazendo a chance de presenciar seu nariz enrugando e seus olhos se fechando em divertimento. E percebo que mesmo que a quantidade de álcool que ingeri tenha sido mesmo alta demais, a dele não deve estar muito atrás da minha. E, no fim, acabo sorrindo também. Dando-me ao luxo de ter esse momento com ele só por agora.
— Pelo menos eu fiz você dar uma relaxada. — Ergue os ombros, cheio de si. O cabelo se movendo minimamente na testa e um sorrisinho de escárnio crescendo no canto da boca. — Me agradeça mais tarde.
Encolho-me ao seu lado, vendo-o tomar um gole gordo de sua xícara cheia e logo trazendo para perto a minha. E por mais que eu goste de vê-lo preparar drinks para mim, eu só consigo enxergar sua boca brilhosa pelo frisante recém ingerido. Porque sinto, verdadeiramente, que seu beijo poderia tirar tudo de ruim que tenho em mim.
— Aqui, bebe esse.
Ele arrasta a porcelana em minha direção e me olha. A bebida que me fez é rosa clara e doce na ponta da língua. E eu até tentaria identificar o cheiro senão tivesse acabado de perceber que o perfume tropical de Jungkook destoa dentre todos daqui. Inclusive do maldito gelo seco de tutti-frutti. E quero que fique assim. Essa bolha invisível feita pelo seu aroma.
Sucumbo entre os ombros em conforto, meus pensamentos me levando para a primeira vez que paramos no meio de uma cozinha entre músicas e bebidas. Vivemos um flashback tortuoso e injusto, porque escondo coisas e minto. E me perco, enquanto sua atenção agora é voltada para uma garrafa bonita marrom. Termino minha bebida em silêncio, vendo pessoas indo e vindo. Ouvindo músicas começando e terminando. Sinto-me esquisita e pesada e não sei como me livrar disso. De novo. Respiro fundo, largando cautelosamente a xícara vazia no balcão antes de olhar para Jungkook.
— Sua família... — Começo, vendo-o se virar para mim de repente. — Sua família sabe sobre esse lance de acompanhante de aluguel?
Ele me olha por um instante, parecendo não entender aonde quero chegar. E, para ser sincera, eu também não. A pergunta surgiu assim que abri a boca e agora não sei bem se foi uma boa ideia. Jungkook parece ponderar por um segundo. Demora-se em dobrar as mangas da camisa até os cotovelos, depois em terminar com a bebida que acaba de se servir. E me pergunto se o que está por vir tem mais a ver comigo ou com ele mesmo.
— Não. — Responde encostando-se de costas ao balcão. — Eles provavelmente não aceitariam muito bem.
Sinto um incomodo no peito.
— Por que você acha isso?
— Quem aceitaria bem o filho ser acompanhante de aluguel? — Ele dá uma risada sem humor e um rebuliço esquisito acontece no meu estômago. — E minha família não é ruim financeiramente falando, a gente tem uma vida confortável. Mas eles já arcam com todas as minhas despesas aqui, não queria que eles tivessem um gasto extra com o notebook.
Sou inserida em uma partezinha da sua vida. Não mais de maneira intrusa. Mas isso não me deixa mais confortável aqui. A realização de que enfiaria Jungkook em uma saia justa com seus pais me pega de jeito. Não cogitei a hipótese de ele contar a verdade para eles, mas, dessa forma, ele teria que mentir igual a mim, não é? E só eu sei que mentiras sempre se enrolam em mais mentiras. A sensação desse lado da história não é nada boa. Eu bem sei.
— Não tem explicação pra eu fazer isso, entende? — Umedece os lábios e me encara. — Eu poderia simplesmente pedir e pronto. Acho que isso é o que pioraria a situação.
— O que você acha... — Não consigo controlar minha voz. Não consigo fazê-la parar ou sair de maneira clara e direta. Ela continua em falhas e parecendo agir por impulso. — O que aconteceria se eles descobrissem?
Jungkook parece pensar por um segundo mais uma vez. E me pergunto se ele mesmo já se fez essa pergunta em outra ocasião. Como também me questiono se esse é um daqueles assuntos em que não se deve tocar. Será que o deixa tão desconfortável quanto o assunto Haneul me deixa?
— Eles me fariam voltar pra Busan na hora. — Responde, mas não me olha mais. O seu cenho é franzido e não sei se ele se incomoda por falar sobre ou por perceber o campo minado que estamos caminhando aqui. — Eu provavelmente não conseguiria nem ter tempo de fazer a transferência para alguma universidade de lá. Eu teria que começar tudo do zero.
Quero vomitar. Talvez pela bebida, talvez por perceber que mais coisas estão ameaçadas além da minha própria mentira deslavada. E me tenho em cima do muro, entre pedir e não pedir. Porque agora a decisão não me parece óbvia. E por mais que tenha sido comprovado por mim mesma que não existam alternativas, eu me sinto tentada a pensar que não escolher caminho nenhum seja uma opção também.
— Eles não são compreensíveis?
— Não é isso. Eles são. Eles me apoiam em todas as decisões que eu tomo, mas... Acho que isso foge. — Seu peito infla e ele se vira para o balcão. — Minha mãe passou por muita coisa ruim quando menor, ela não quer que eu ou minha irmã passemos por dificuldades também. Eles trabalharam demais pra nos dar tudo. Isso seria visto como um fracasso, entende?
Balanço a cabeça em afirmação, mas não sei o que isso quer dizer. Meu estômago ainda é bagunça em forma de nervosismo.
— Se eles são compreensíveis, você acha que se você expli-
— Não, sem chance.
Jungkook me interrompe sem rodeios. E quem sabe esse seja mesmo um assunto que o deixa desconfortável. Vejo-o completar sua xícara mais uma vez e, antes que eu perceba, estou falando de novo:
— Sua intenção é boa, talvez eles entendam.
— Sua intenção também é boa, por que não tenta com seus pais?
A rasteira vem certeira e eu caio de cabeça em cima do muro imaginário que criei. E enquanto o vejo beber mais um pouco, entendo que não fico chateada com o que me disse. Ou, quem sabe, irritada. Até porque concretizo que o encontro de famílias coloca em risco não só as mentiras em que me meti, mas também bota em risco coisas que eu não deveria ter o poder de controlar. E, num instante, o que me preocupa não é mais contar para Jungkook ou fazer o pedido. O que me preocupa é o que vem depois. O que me preocupa é o que vai vir depois que ele aceitar. Porque eu deveria ser a única a correr riscos. Eu gerei o problema e eu deveria ser a única a arcar com as consequências dele. A imagem que tenho dele é ligada à minha solução e não é justo.
— Desculpa. — Sua voz me tira do transe e corro meus olhos para ele. Sua respiração é pesada antes de continuar. — Eu fui um babaca, desculpa. Não deveria ter falado assim, nossas situações são diferentes.
— Tudo bem. — Dou de ombros, pegando a xícara de suas mãos e dando um gole ali. — Não deveria ter insistido.
— Não é isso. — Estala a língua em contradição, virando-se para mim outra vez. — É um assunto que...
Ficamos em silêncio. Porque não é preciso que Jungkook se explique, porque entendo. Nossos olhares se sustentam por alguns segundos e me permito nos enxergar.
Não sei exatamente quando me apaixonei por Jungkook. Só sei que sinto. Sensações e sentimentos. Talvez tenha sido naquela resposta à pergunta de minha mãe. Quem sabe tenha sido quando me preparou o primeiro drink. Quiçá sobre o diálogo sobre a minha verdade. Não sei bem. E, para ser sincera, isso não é lá muito importante. Porque Jungkook ainda é a melhor parte de toda essa baderna que eu me enfiei. E eu não tenho a menor duvida disso. E como em um romance de época coberto por drama, aqui e agora, olhando-o sob luzes brancas claras demais, eu sinto que a qualquer momento posso deixá-lo ir. E não quero.
— Eu vou me mudar no próximo mês.
Ele diz por fim, um sorriso crescendo no canto da boca e ele alcançando a xícara vazia carregando meu olhar confuso.
— Se mudar? Pra onde?
— Pra república. — Responde e a pergunta seguinte parece estar estampada em meu rosto. — É, aquela república.
Lembro-me então das festas em que fomos lá. Os cômodos quase sem móveis e os poucos parecendo terem sido escolhidos aleatoriamente para ocuparem os lugares. Sem cortinas nas janelas ou tapetes no chão.
— Achava que não tinha mais espaço.
— Não tem, mas vai abrir uma vaga. — Ele preenche tanto a porcelana sobre o balcão, quanto a que seguro. — Taehyung vai pra um intercâmbio no meio de julho, vai ficar um ano fora e quando ele voltar, mais uma vaga já vai ter sido aberta também.
Assinto aérea, o cara de óculos azul e sua bebida horrorosa me tomando os pensamentos por uns instantes em uma lembrança vaga.
— Qual o problema dos dormitórios?
— São meio caros, a república vai sair mais em conta. — Explica. — Fico me sentindo mal de ficar nos dormitórios sabendo que fora deles o preço é melhor. Meus pais não reclamam, mas não que-.
Ele mesmo se interrompe e eu entendo o porquê. É o assunto de novo, de uma forma indireta. Jungkook não gosta de depender tanto assim dos pais e logo paramos, outra vez, no assunto de acompanhante de aluguel. E sinto-me pesada e culpada novamente. Porque ainda não sei o que fazer. Eu tenho um pedido, um encontro entre famílias e uma mentira. Posso fazer tudo o que eu quiser com elas, inclusive ignorá-las. Eu vivo em dualidade. Por dentro e por fora. Sei o que fazer. Não sei o que fazer. Sigo e não sigo.
Vejo Jungkook respirar fundo e olhar para os lados. Penso em tentar dizer outra vez, mas agora é diferente. Porque sei mais do que sabia no início. E soa egoísta e injusto demais trazer a tona esse assunto outra vez justamente agora.
Beberico o vinho frisante na minha xícara e olho em volta também. A angústia sendo companheira de todo o meu nervosismo. Vejo pessoas ao nosso redor indo e vindo, rostos novos, diferentes. E acabo me perdendo nisso, me permito pensar sobre algo que não envolva toda a lama que me rodeia. E me foco. E me concentro.
Reparo, então, que diferente das festas de república da Chung-Ang que fui, essa é um tanto diferente. Desde a existência de cortinas nas janelas aos tapetes no chão. Os móveis podem ser populares, mas são bonitos. Ainda existe a presença de gelo seco, irritante e meio fedorento, mas ainda assim. Ninguém mais se amontoa nos sofás da sala ou interdita a entrada da cozinha, as pessoas aqui têm seu próprio espaço. Porque existe espaço.
Alguém acaba de quebrar um copo na divisa de cômodos, perto do banco onde antes eu estava sentada. E há uma movimentação, tanto dos outros quanto nossa. Sinto uma mão espalmar em minhas costas e quando me movimento, percebo que é Jungkook quem me conduz para longe dali. Atravessamos a sala, a música alta bombeando nos ouvidos. Há pessoas por todos os lados e nenhuma me parece conhecida. Ou rostos que já vi de relance pelo campus da universidade. E me foco nisso. De novo. Talvez para não surtar de vez, talvez para não agir por impulso, talvez para tentar me convencer de que a opção de não falar seja mesmo a melhor alternativa.
— Jungkook?
Chamo-o assim que paramos em um corredor. O trânsito por aqui parecendo ainda mais tranquilo do que o que vem sendo o restante da festa. Há algumas portas por aqui e o aviso de banheiro em uma delas. Não existe mais cheiro de tutti-frutti, porque penso que a saída para o jardim do fundo seja logo ali depois da porta branca de vidro aberta.
Ele se vira para mim, o corpo encostando-se a parede e a boca brilhando outra vez pela bebida recém ingerida. Aqui a luz é amarela e logo percebo que ele consegue ficar ainda mais bonito por debaixo dela.
— O que foi?
Estou pé em sua frente, porque não consigo me sentir relaxada para me encostar a paredes e fingir que dentro de mim não é um carvanal de emoções cretinas e não cretinas. Eu já desisti de tentar separá-las, numerá-las, botá-las em ordem em uma lista. Porque elas se enlaçam e eu me torno caos. Como sempre é.
— Cadê o Jimin?
Minha pergunta sai como um pedido silencioso de escape. Não me sinto realmente interessada na resposta ou no porquê a festa parece diferente das demais. Ela só veio como uma tentativa de me distrair por uns instantes.
Jungkook, no entanto, não me responde de imediato. Ele me olha do alto por um tempo, tomando um, talvez dois goles da xícara que segura. Ao fim, tem as sobrancelhas arqueadas e uma atitude prepotente que não entendo, mas que gosto de olhar.
— Por quê? — Seu tom é debochado. — Você era meio que afim dele no início, não era?
Sou lavada em choque, pega desprevenida pelo extremismo. Quase engasgo.
— O quê? — Fico perdida na acusação e um tanto envergonhada também. Porque, bem, é verdade, mas nunca vou dizer. — Nunca fui. De onde tirou isso?
Ri e me tenho 100% presa no que vem a seguir.
— Você perguntou se ele era solteiro.
— Você falou que ele era comprometido. — Bebo o que seguro um tanto ofendida pelo que ouço. Sinto-me traída o tempo todo por sentimentos extremos e drásticos. — Não perguntei nada.
Seu corpo desliza de maneira natural para frente, seu quadril na altura da minha cintura. Dois centímetros de distância. E não sei se é apenas coincidência ou se tudo isso foi proposital. Mas já começo a me sentir quente. Balanço os joelhos por puro instinto. Deve ser o álcool. Ou essa bolha tropical.
— O Jimin é um babaca. — Solta prático, voltando ao lugar. — Eu sou também, mas ele é mais. Um dia você vai entender.
Seu olhar é ainda de prepotência e fico o encarando por alguns instantes outra vez. A boca úmida, os olhos negros e sua aura intimista. É aquele lance dos detalhes. Sempre é. E me deixo perder entre eles por um momento.
Pisco uma ou cinco vezes, não sei mais contar direito.
— Você não respondeu minha pergunta. — Falo, percebendo enfim. E, talvez, as não semelhanças dessa festa não sejam só invenções da minha cabeça para eu ter algo ao que me prender, afinal. — Cadê o Jimin?
Jungkook parece pensar, depois termina o que tem em sua xícara em um gole certeiro.
— Não veio.
Ele esfrega a boca com as costas de uma das mãos e me olha. Seu olhar vem em fresta, como se me intimasse para uma briga. E Jungkook me contraria inteira, como sempre faz.
— Como assim não veio?
— Não veio.
E há um silêncio para que eu tente entender; tanto o que acontece aqui, quanto o que ocasionou toda essa postura desconfiada repentina de Jeon.
— Tá, mas e o resto?
— Que resto?
Mais silêncio. Porque de fato me pego perdida em sua pergunta. Que resto eu esperava ver? Seus amigos ou os amigos de Haneul? E enquanto o vejo pegar a xícara das minhas mãos e tomar mais um gole de bebida, olho em volta. Pessoas diferentes, lugares diferentes. Música diferente. Tudo de fato é diferente. E algo me toma os pensamentos de repente.
— Jungkook... — Começo, recebendo seu olhar por cima da xícara. — Existe alguém nessa festa que você conheça?
E é aí que ele quase engasga. A porcelana escapando por um instante e ele a alcançando ligeiro antes que seja tarde demais. A bebida escorrendo por seu queixo e um caos instalado. E sei que existe algo de errado aqui. Jeon parece ponderar, pensar em algo a dizer, mas não diz. Fita o fundo da xícara por um tempo, limpa a bebida pelo rosto e depois respira profundo. Quando penso que algo vai sair de sua boca, nada sai.
— Jungkook?
— Não. — Responde abruptamente. — Não existe.
Meus olhos crescem de pavor, mas não consigo acompanhar o sentimento ou o que essa notícia realmente quer dizer.
— Jungkook!
Sua cabeça meneia e ele estala a língua em contradição, depois se remexe no lugar. Parece alvoroçado e, por conta disso, fico também.  
— O que foi?
— Como assim o que foi? — Dou um passo em sua direção, minha voz saindo mais baixa em seguida. — O que a gente tá fazendo aqui?
Ele me olha. Seus olhos correndo meu rosto inteiro.
— É uma festa.
— Eu sei que é uma festa, mas... — Olho para os lados, ninguém parece prestar atenção em nós. — Como você ficou sabendo dela?
— O Jimin descobriu e me falou.
Afasto-me desconfiada.
— Então o Jimin conhece essas pessoas?
Ele não responde e isso é o bastante para eu entender que não, Jimin também não conhece ninguém.
— Jungkook! Por que vo-
— Era a única festa antes das férias começarem! — Me interrompe. Seus olhos estão em mim e ele parece um tanto impaciente por eu não ter entendido. — Foi a única oportunidade que achei pra gente ficar sozinhos de novo, só nós dois, porque da última vez você foi acompanhada e é... A próxima festa da república vai ser só mês que vem.
Jeon puxa o ar forte pros pulmões, me lança um olhar esquisito e logo se concentra em beber mais do vinho frisante. E quero rir, uma risada alta e sincera, mas não consigo. Meu coração parece ter crescido tanto no peito que posso jurar que a qualquer instante pode explodir. E agora tenho certeza. Absoluta certeza. Não quero colocar em risco qualquer coisa que tenhamos aqui ou qualquer coisa que seja importante pra ele. Mais do que nunca sei que não quero pedir o que vim pedir e que não vou. Porque me importo e sou ridiculamente apaixonada por Jungkook.
— Tipo um encontro?  
Minha voz vem mansa dessa vez e ele ergue os ombros, agora um tanto sem graça.
— É meio longe? Sim, com certeza. A galera é estranha? Também. Mas tá aí.
E fico o olhando por um tempo. O ar faltando quando tento suspirar. Sua camisa xadrez um tanto aberta, sua pele exposta, seu cheiro, seu cabelo, sua boca e todos os seus etcéteras. Uma combinação de detalhes, uma coletânea do que mais gosto nele. Tudo isso pensando em uma oportunidade para ficarmos a sós mais uma vez. De novo. Como ele me contou naquele corredor a última vez.
O pensamento de que seu beijo pode me tirar as coisas mais ruins que carrego me encontra de novo. E num passo dado em sua direção e num puxar de gola, eu faço nossos lábios se encontrarem sem cerimônia alguma.
Sua boca é gelada e traz o sabor doce de vinho presa entre a minha. Meu corpo se alinha ao seu e minhas mãos sobem até seu rosto. É um beijo surpresa e singelo, que logo termina quando me afasto minimamente para olhar Jungkook de perto. Seus olhos se demoram a abrir e, assim que encontro a imensidão negra deles, tenho certeza que peguei o caminho certo.
— Eu gosto quando você toma a atitude.  
Ele sussurra só pra mim, um sorriso no canto da boca rosada e um suspiro solto. Não parece mais envergonhado ou agitado como antes. Somos agora, juntos, fora de órbita em um ambiente terrestre demais.
E antes que mais alguém fale algo, Jungkook pressiona sua boca na minha mais uma vez. A sensação me invade de imediato e meu peito aperta de uma saudade que não percebi sentir tanto quanto agora. Sua língua deslizando pela minha como da primeira vez que se encontraram, seus braços me apertando contra seu corpo e um sufoco de desejo me tomando a garganta. Enrolo-me em seu pescoço e nos tornamos um emaranhado de beijos, apertos e mordidas.
Tudo parece insuficiente, no entanto; porque quero mais perto, mais envolvimento, mais tudo.
Mais Jungkook.
Suas pernas batem contra as minhas e, em passos incertos e destrambelhados, atravessamos uma porta antes entreaberta. Nossos corpos se afastando um instante para Jungkook se desfazer das xícaras num cesto de roupas e eu perceber que nos enfiamos em um banheiro minúsculo com luz amarela. E quando o vejo se virar para mim outra vez, eu me sinto ferver por inteira. Porque aqui e agora, com a luz encostando sua pele exposta e sua boca vermelha por minha causa, eu sinto que nunca vi algo tão bonito quanto ele.
Vejo a porta se fechar com seu toque sutil e o baque é o incentivo que faltava para Jungkook voltar para mim. Em forma de dedos se embrenhando pelos meus cabelos, beijos em meu pescoço e carícias pelas minhas coxas. Ele é suave e lento, uma melodia lasciva que me envolve por inteira. Cada centímetro do seu corpo encosta-se a cada centímetro do meu, mas ainda parece não ser o suficiente, porque o quero mais, mais, mais perto de mim. Passeio minhas mãos por seu peito, procurando a abertura da camisa xadrez, puxando-o e puxando-o. Desço eles pelos botões e alcanço o cós da calça. Eu sinto sua pele quente nas articulações dos meus dedos e não sei o que fazer com tudo isso.
Porque Jungkook ainda é caos de cheiros, gostos, sensações e sentimentos.
Como numa dança lenta e íntima, nossos corpos se balançam, suas mãos alcançando meus quadris e me fazendo girar sobre meus próprios pés. Seu corpo agora me alcançando por trás, me segurando contra o balcão da pia. Nosso reflexo no espelho quase me deixa envergonhada, seus olhos nos meus e sua boca distribuindo beijos molhados pela minha orelha, pescoço e nuca. Espalmo minhas mãos no mármore e sinto Jungkook se inclinar sobre mim. Seu quadril pressionando minha bunda e suas mãos subindo minha saia.
Fecho os olhos por um momento, me concentrando na sua língua e em toda a sua presença imperial sobre mim. É uma sensação maluca, num ambiente maluco. Entretanto, quando volto a abrir meus olhos, algo me chama a atenção no canto do balcão da pia. Uma embalagem branca de enxaguante bucal, a mesma marca que minha mãe compra religiosamente todo o mês. E, como num passe de mágica, toda a angustia que antes pensei ter dispersado em decisões antes tomadas, reaparece como fogo em mata.
Os dedos de Jungkook tamborilam pela minha pele com graça e sutileza, mas não consigo mais me focar direito. Ainda quero me sentir imensa, infinita. Mas a droga do aperto no peito começa a reaparecer, a culpa começa a se tornar tão pesada quanto antes. E mesmo que eu queira que não exista nada mais na minha cabeça que não seja Jungkook nesse pequeno instante, eu só consigo pensar no meu objetivo quando botei meus pés nessa festa. E sou pesada de arrependimento.
Quando sinto sua mão puxando minimamente a barra de minha calcinha para baixo e a outra subindo em direção ao meu seio esquerdo, num vislumbre cretino de lucidez então, eu entendo que não consigo. Que não consigo levar adiante sem finalmente falar o que vim dizer. Mesmo já tendo estabelecido minha decisão de dar fim a esse lance de acompanhante de aluguel. Mesmo que eu já esteja decidida a arcar com minhas próprias consequências. Eu não consigo levar adiante sem contar para ele. E isso é ridículo, sei que é.  
E, antes que suas mãos invistam em mais uma puxada ou em um toque certeiro e eu perca todos os sentidos, eu o empurro para trás de maneira súbita e seca. Minha saia flutuando por milésimos de segundo entre nós e suas mãos agarrando o nada.  Seu rosto no reflexo é retorcido em alarde e confusão e seu perfume tropical faz tudo ficar um pouco mais difícil do que tecnicamente já é.
— Jungkook... Não dá. — Falo, minha respiração pesada. Minhas pernas trepidando ainda por todos os seus toques em mim. — Eu não to relaxada.
Tenho seus olhos cravados nos meus, ainda perdido no que deveria ter sido e que não foi. Meu seio esquerdo formiga pela falta de seu possível toque e me remexo no lugar, desconcertada pelo que acabou de acontecer. Viro-me finalmente para ele, respirando fundo e o encontrando ali. Seu peito subindo e descendo e sua boca ainda mais vermelha pelos beijos. A camisa completamente torta no seu corpo e o cabelo apontando para todos os lados.
É difícil de tentar construir uma linha de raciocínio clara e complexa. Eu só consigo pensar em palavras chaves que logo se mesclam a boca, beijos e Jungkook. E tudo se torna bagunça de novo.
— Ok... — Sua voz é uma lufada de ar e não precisa de muito para entender o quão perdido ele ainda está. — Você quer ir pra... Outro lugar? Ou... Eu fiz alguma coisa que você não gostou?
— Não. — Falo abruptamente, percebendo que é agora ou nunca. — Não é o lugar ou... Não é isso. Eu preciso te falar uma coisa antes da gente continuar.
Jungkook parece levar um tempo para entender o que lhe digo. Seu rosto se molda em atormento, enquanto ele dá um giro no próprio corpo e depois me olha de novo.
— Tudo bem, — sua voz é cautelosa. — O que é?
Umedeço os lábios e fecho os olhos com força. Mas logo depois os abro. Meu corpo é quente e não posso me descuidar por um segundo sequer. Porque a sensação da língua de Jungkook deslizando pela minha nuca ainda é muito clara e quase a sinto em mim.
— Tá. — Descolo-me do armário por puro impulso. Vou de um lado a outro, minhas mãos tentando ajeitar meu cabelo inutilmente. — Você pode... Você pode se sentar, por favor?
Puxo o ar com força e percebo que Jeon nem sequer se moveu. A forma como seu cenho se vinca me deixa nervosa, meu coração apertando no peito quando paro abruptamente de me mover.
— Espera. — Pede, as mãos no ar. Ele parece tentar se situar. — Isso tem a ver com Haneul de novo?
E meus olhos se perdem. Caço o lustre em formato antigo, o vaso sanitário bege e o cesto artesanal com mais de quatro rolos de papel higiênico dentro. Tento buscar algo que me diga que não voltei ao passado, para o início da festa aonde ele me fazia a mesma pergunta. Volto a olhá-lo, as argolas prateadas se movendo nas orelhas quando sua cabeça meneia.
— Como assim?
— Porque eu também tenho uma coisa pra falar.
Encaro-o por um tempo, o que acabou de dizer não faz sentido. A informação não se liga a nenhuma lembrança que esteja circulando e que já circulou o meu cérebro. Ela é completamente inédita como um filme recém lançado nos cinemas. E fico perdida no momento, olhando Jungkook passar a língua pelos lábios e respirar fundo.
— Que coisa?
— Eu deveria ter dito algo aquela noite. — Sua voz agora vem quebrada e percebo todo o esforço que Jungkook faz para falar sobre isso. — Deveria ter dito algo pra impedir que ele falasse aquelas coisas pra você.
Demoro um tempo, pensando e resgatando memórias. Não preciso perguntar para ele sobre que noite ele fala, porque agora tudo parece claro como água cristalina. A noite em que conversamos no corredor, a noite em que Sorn passou mal, a noite em que voltei a ser conectada a Haneul de uma maneira que me amedronta e que me faz recuar. Lembro-me de tê-lo visto me olhar o tempo inteiro, como me lembro também de ter pensado que ele esperava por uma reação minha. Mas talvez Jungkook só não soubesse o que falar, assim como eu. Penso que deveria me sentir pesada agora, me sentir ultrapassada e humilhada pela lembrança, mas a verdade é que a única coisa que tenho em mim é a certeza de que preciso resolver esse problema.  
— Não deveria. — Digo, apoiando-me no balcão e o vendo, finalmente, se sentar na privada em minha frente. — Quem deveria ter dito algo era eu. Esse problema é meu e não seu.
Há um clima no ar, mas que não pego. Não é algo pesado ou esquisito. É só um clima diferente de todos os outros. Logo lembro, então, de nós dois conversando no meio da rua, antes de entrarmos na festa. Talvez tenha sido isso que ficou trancado na garganta de Jungkook e que ele não conseguiu falar.
— Era sobre isso que você queria conversar?
Sua pergunta vem, enquanto eu me tenho tentando organizar o que falar em seguida. Mas eu sou só bagunça e não faço ideia por onde começar. Jungkook me olha debaixo, as mãos espalmadas nos joelhos sobre a calça jeans clara e a camisa xadrez ainda torta em seu corpo. Conto até três mentalmente e balanço a cabeça em negação.
— Então o que é?
Eu sinto meu corpo todo ser tremedeira. E por mais que eu saiba que meu objetivo já mudou, continuo aflita por sua reação. Eu sou tomada por nervosismo e posso jurar que a qualquer momento vou explodir. E não aguento mais viver essa tensão pela noite inteira. Não aguento mais guardar para mim.
Puxo o ar com força e o solto aos poucos. Tudo isso sob o olhar cauteloso de Jungkook. Quando abro a boca, todas as palavras parecem sumir.
— Busan! — Quase grito, fechando os olhos com força mais uma vez e reunindo as mãos em frente ao meu rosto. — Tem a ver com Busan! Eu tentei não ir, mas não faz sentido eu não ir e...
Silêncio.
— _____? — Ele solta um riso, encostando minimamente em minha perna para que eu o olhe. E eu o olho. — Do que você tá falando?
Engulo a seco, de repente achando uma péssima ideia contar isso para ele. Porque, por mais que eu tenha desistido de todo esse encontro de famílias, eu cogitei seguir em frente, não foi? Ele ainda pode se chatear, não pode?
Jungkook está me olhando e parece ter toda a paciência do mundo. Respiro fundo, não sabendo se existe um jeito de voltar no tempo ou se existe alguma maneira de desconversar algo que eu mesma iniciei.
— Minha mãe me ligou na segunda. — Falo incerta. — Ela quer que nossas famílias se encontrem em Busan esse final de semana. Disse que não existe desculpa alguma, que eles vão com ou sem mim.
Arrisco um olhar em sua direção, Jungkook parece absorto demais. Não existe mais resquício da risada que soltou há pouco tempo, nem sequer um resquício de um toque em minha perna. Ele é contradição pura.
— Você tá me dizen-
— Mas eu já desisti! — Apresso em dizer, lembrando subitamente que não falei o ponto mais importante. — Eu desisti! Ok? Eu já desisti de pedir a sua ajuda. Eu ia te pedir na biblioteca, mas não tive coragem. Pensei em pedir hoje, mas...
— Mas...?
— Eu não quero, não quero mesmo, porque eu me importo. — Minhas mãos estão fechadas em punhos e nenhuma das palavras que eu falo parecem fazer sentido. — Eu me importo com você e não quero, não... Não quero que arrisque a faculdade por um problema que não é seu. É um problema meu e não é justo eu pedir pra você fazer isso. Não quero mais você como acompanhante de aluguel ou... Eu desisti.
Sinto-me sem ar, como se tivesse acabado de correr uma maratona inteira até chegar aqui. Tento repassar o que acabei de dizer, mas nem sequer lembro mais. Existe algo em mim, algo certo e grande, que me diz que não estou me fazendo entender. E isso me aflige e me deixa angustiada.  
— Se você desistiu, — começa, as palavras vindo aos poucos e pausadamente como se estivesse resolvendo uma questão lógica em uma aula de marketing. — Se você desistiu, então por que tá me contando isso agora?
Por um momento me preocupo com o que dizer, com qual explicação dar. Porque talvez eu tenha mentido por tanto tempo, sobre tantas coisas, que eu já não saiba mais ser sincera de maneira natural.
— Porque eu não sei o que acontece que eu sinto essa necessidade ridícula de te falar as coisas. — Falo verdadeira, meu coração bombeando nos ouvidos. Não existe música por detrás da porta ou pessoas no mundo. Só existe nós dois e esse banheiro pequeno em algum lugar no leste da cidade. — Mas eu não quero te assustar, tudo bem? Com nada. Com o que eu sinto ou com o pedido que não quero mais fazer. Eu já desisti. Entenda que eu já desisti e só to te contando porque não consigo guardar isso pra mim.
Sinto uma necessidade extrema de repetir por mais um milhão de vezes que desisti. Que essa ideia foi imbecil e que eu nunca deveria ter sequer cogitado pedir isso a ele. Sinto uma necessidade imensa de frisar, desenhar, explicar de maneira didática de que não, eu não o quero mais como meu acompanhante de aluguel. Nunca mais como acompanhante de aluguel. Eu o quero como Jungkook e somente Jungkook. Mas minha voz tranca e não consigo mais dizer nada. Vejo-o fixar seus olhos no piso gelado por um tempo e penso em contar os segundos, minutos ou horas que se passam. Mas só consigo repassar seus detalhes como reza nos pensamentos.
A cicatriz na bochecha, a pintinha debaixo do lábio e os olhos tão negros como o céu sem estrelas.
— Sabe? — Sua voz vem depois de um tempo, lúcida. — Eu sinto que deveria tá muito bravo com você agora. Eu tinha era que levantar e sair daqui, porque não é a primeira vez que você faz isso comigo.
Minha respiração para e minha garganta se aperta. Porque vacilei com ele. Mesmo com todas as minhas intenções e inseguranças, eu continuei errando com ele. Tento engolir a seco, mas meu maxilar está travado. E anseio pelo que está por vir. E anseio pelo mas, porque precisa ser algo bom. Precisa ser algo que me garanta que tomei a decisão certa ao contar sobre isso para Jungkook.  
— Normalmente eu ficaria realmente bravo, mas não me sinto assim agora. — Fala e o ar volta aos meus pulmões. Ele respira fundo e ergue seu olhar até o meu. — Você sempre faz eu me sentir esquisito por não agir do jeito que eu deveria agir. É assim o tempo todo, porque também não consigo te tirar da cabeça tem semanas e isso não é normal pra mim... Acho que é um problema, não sei. Mas eu me sinto aliviado de saber que você desistiu, porque eu também me importo com você.
Demoro um tempo para raciocinar, tentando desvencilhar as palavras das frases e logo então as repetindo de forma pausada pelo meu cérebro. E quando entendo, não sei o que dizer por primeiro, nem sei se preciso dizer algo. Sinto meu rosto completamente imóvel por uns instantes.
— Eu... Desculpa.
Minha voz é um fiapo imbecil, mas sinto a urgência de fazer o pedido, pelo menos. Vejo um riso no canto de sua boca e ele dando de ombros em seguida.
— Por eu me importar com você? — Vem debochado. — É, eu me peço desculpas o tempo todo por isso também.
— Não foi po-
Jungkook ri.
— É, eu sei.
Passo as mãos pelo meu rosto, desconcertada. Isso é horrível. Quer dizer, a sensação que tenho agora, a sensação de perceber em todas as enrascadas que o enfiei e em todos os problemas que ocasionei na sua vida. Essa sensação é ruim e ultrapassada, porque me faz perceber que eu deveria ter entendido muito antes. Que eu deveria ter entendido que aquele post-it furreca não traria solução alguma para ninguém. Pelo menos, não a que eu procurava encontrar.
— Isso não vai mais acontecer.
Falo, tirando minhas mãos do rosto para encontrá-lo me olhando outra vez.
— Era por isso que você tava estranha na biblioteca e no caminho até aqui? — Assinto. — O que você vai fazer, então? Agora que não me quer mais como acompanhante de aluguel.
— Eu não faço a menor ideia.
Jungkook se remexe na privada, ele estrala os dedos e depois os passa pelos cabelos. Os fios se alinham para trás por uns instantes, mas logo caem em mechas por sua testa.
— Eu poderia dar um jeito, falar pros meus pais que eu tenho uma namorada e... — Ergue os ombros. — Não sei, convencer eles de que esse encontro de famílias não é bizarro, mas... Eu preferiria não fazer isso.
— Não vai precisar fazer, é sério. — Digo rápido, porque é verdade. — Não vai. Eu... Vou arranjar um jeito! Não sei como, mas vou. Eu não deveria nem ter cogitado te pedir isso, porque não quero, não quero mesmo te chatear de novo.
Ele assente entendido, um sorriso bonito e seu nariz se enrugando. E sinto meu coração bater descompassado no peito, mas ele não alcança mais meus ouvidos em desespero ou nervosismo, ele só dança conforme a música. Conforme nós dois. E me sinto bem agora, me sinto bem por ainda ter Jungkook aqui.  
— Você se sente melhor agora que me contou?
— Sim.
Ele alcança uma das minhas mãos e enrosca seus dedos aos meus. Meu corpo, de maneira involuntária, se move até o dele sentado, só parando quando minhas pernas batem às suas.
— Senta aqui.
Jungkook pede, seus dedos agora dedilhando minhas coxas e suas mãos se espalmando por detrás delas para me puxar em direção ao seu colo. Nossos quadris se encaixam e eu enrolo meus braços em seu pescoço. E seu cheiro é tão natural que, por um instante, esqueço que esse de fato não é o perfume que sempre senti na vida.
— O que você quer com isso?
— Te consolar.
Rio e nossos olhares correm diretamente para nossos quadris encaixados.
— Era pra ser um abraço.
— Um abraço erótico?
Seus braços envolvem minha cintura e ele sorri.
— Não, nada de erótico.
Aperto-me contra ele, então, em um abraço. Aproveitando para afundar meu rosto contra seu pescoço, sentindo seu cheiro e seu calor. E me sinto bem aqui, por mais que eu saiba que amanhã as coisas não serão nada fáceis.
— Não é pra dormir.
Ouço-o falar e, sem me mover, pergunto:
— Por que eu dormiria?
— Porque na primeira festa você dormiu na poltrona enquanto eu jogava videogame.
Ergo minha cabeça abruptamente, só para que eu consiga encará-lo direito.
— Eu fiz o quê?
— Dormiu. Depois da cozinha a gente foi pra sala e em dez minutos você dormiu por sei lá quanto tempo. Você não lembra?
A lembrança vaga me toma a cabeça, ela é distorcida, esquisita. E toda a lembrança que eu tinha de beijos e amassos por seis horas seguidas em Jungkook é substituída pelo toque do tecido áspero da poltrona e suas tentativas de me fazer acordar. E fico um pouco perdida por ter acreditado durante tanto tempo em algo sem fundamento.
— Mais ou menos.
Mio e o vejo rir. Decidindo, por agora, deixar para lidar com essa nova lembrança amanhã ao acordar. Ou hoje ao acordar, não sei bem. Enfio meu rosto em seu pescoço outra vez e sabe-se lá por quanto tempo ficamos ali. Se por seis minutos ou por seis horas.
E o “e se” passando a ser agora um desejo utópico.
E se eu tivesse encontrado Jungkook muito antes de ter encontrado Haneul?
39 notes · View notes
sapaguey · 4 years ago
Text
Dia 10 de setembro de 2020
A nossa primeira conversa, quando me mandou um simples "oi" seguido pra me chamar pra conversar no whatsapp, bom eu chamei.
Dia 11 de setembro de 2020
[11/9 12:29] Mariana Martins: Oii
[11/9 12:30] Amor da Minha Vida ❤️: Oiii
[11/9 12:31] Amor da Minha Vida ❤️: E aii me fala um pouco de vc ^^
[11/9 12:33] Mariana Martins: Olha
[11/9 12:33] Mariana Martins: Tem bastante coisa pra falar
[11/9 12:33] Mariana Martins: KKKK
[11/9 12:33] Mariana Martins: Mas eu acho melhor por perguntas
[11/9 12:33] Mariana Martins: Eu me solto mais fácil
Após o começo das nossas conversas, você me mandava músicas seguido de bom dias, a primeira foi:
Eu já fui ficando um pouco mais íntima até porque percebi que você e eu tínhamos muitas coisas em comum, você elogiando meu gosto musical, falamos sobre nossos estilos passados sobre você usar calça colorida e gostar de restart e eu quando era toda rockeirona, o assunto foi ficando melhor ainda porque você me perguntou se ainda ouvia rock. Sim eu ouvia e disse que era bem eclética que uma das minhas bandas preferidas era Pink Floyd mas eu gostava de outros estilos. Você disse " você é que nem eu então, minha playlist vai de Guns' a barões da pizadinha, em seguida disse que amava Pink Floyd também, mas em primeiro lugar vinha Queen, despertou mais ainda minha vontade em te conhecer melhor. Você disse sobre suas camisas, me mostrou seus posts.
E você insistia em dizer que é difícil achar mina assim como eu porque eu tenho gostos de pessoas mais maduras e aparentava ser mais velha "25 anos" ainda vou te bater por isso, disse que eu era uma pessoa nova só que repleta de experiências e você disse que queria conhecer melhor, perguntei aonde você trabalhava, porque eu fui stalkear seu face ver mais sobre você me bateu uma curiosidade:
[12/9 10:02] Mariana Martins: Se trabalha em qual Porecatu?
[12/9 10:02] Mariana Martins: Kkkkkkkkkk
[12/9 10:03] Mariana Martins: Coisas que eu vi no seu face
[12/9 10:05] Amor da Minha Vida ❤️: Kkkkk' no da avenida Brasil
[12/9 10:06] Mariana Martins: AAAAA
[12/9 10:06] Mariana Martins: Sei
[12/9 10:06] Amor da Minha Vida ❤️: Vc trabalha em um pet shop né kkkkk
[12/9 10:06] Amor da Minha Vida ❤️: Stalkieii kkkk 🙊😅
[12/9 10:06] Mariana Martins: Trabalhava
[12/9 10:06] Mariana Martins: KKKKKK
[12/9 10:06] Mariana Martins: Não trabalho mais não
[12/9 10:07] Amor da Minha Vida ❤️: A sim tendi
[12/9 10:07] Amor da Minha Vida ❤️: Bom eu sou padeira lá no mercado kkk
[12/9 10:07] Mariana Martins: Uia
[12/9 10:07] Mariana Martins: Que gostoso
[12/9 10:07] Amor da Minha Vida ❤️: Se vc já comprou pão lá
Provavelmente foi eu quem fiz kkkkk
[12/9 10:07] Mariana Martins: Já kkkkk
A gente foi criando mais intimidade puxando mais assunto, um dia você me fez uma certa pergunta que me fez gostar ainda mais de voce:
[12/9 10:29] Amor da Minha Vida ❤️: Posso fazer mais uma pergunta ?
[12/9 10:29] Amor da Minha Vida ❤️: Pra consolidarmos a amizade msm kkkk
[12/9 10:29] Mariana Martins: Pode
[12/9 10:29] Mariana Martins: kKkkk
[12/9 10:29] Amor da Minha Vida ❤️: Vc gosta de Naruto?!
[12/9 10:30] Mariana Martins: �� meu anime favorito
[12/9 10:30] Mariana Martins: Ja vi 5 vezes
[12/9 10:30] Amor da Minha Vida ❤️: Pronto viramos amigas agora kkkkkk'
[12/9 10:30] Mariana Martins: KKKKKKKK
[12/9 10:30] Amor da Minha Vida ❤️: É meu anime favorito TB
[12/9 10:30] Amor da Minha Vida ❤️: Qual seu personagem favorito?
[12/9 10:32] Amor da Minha Vida ❤️: Falei q era a última pergunta né kkkk
Desculpa é q quando o assunto é Naruto eu empolgo
[12/9 12:05] Mariana Martins: Nós empolgamos kkkkk
[12/9 12:06] Mariana Martins: Preferencialmente o Naruto
[12/9 12:06] Amor da Minha Vida ❤️: A sim 🧡
[12/9 12:07] Amor da Minha Vida ❤️: Eu gosto um pouquinho do Itachi
Em seguida me mostrou sua tatuagem. Os dias foram passando e você me mandando mais musicas sempre me desejando um bom dia em seguida.
A gente ficou mais íntima quando discutimos sobre Senhor dos Anéis e Harry Potter e você me disse:
[13/9 11:03] Amor da Minha Vida ❤️: Onde vc estava q eu não te conheci antes kkkkk
[13/9 11:09] Mariana Martins: KKKKKKKKK
[13/9 11:09] Mariana Martins: Uai
[13/9 11:10] Amor da Minha Vida ❤️: Kkkkkk é q a maioria das mina q eu conheço não gosta de cultura pop
Saca
[13/9 11:11] Amor da Minha Vida ❤️: Tipo se curte Naruto/senhor dos anéis/ Harry Potter TB né ?!
A ainda gosta de rock kkkkkk
[13/9 11:12] Amor da Minha Vida ❤️: Pô um achado viu kkkkkkk' 😅♥️
[13/9 12:48] Mariana Martins: Eu amo
[13/9 12:48] Mariana Martins: Sou apaixonada
Eu não me conformo de como a gente não se trombava nos roles a gente falava que ia e não se encontrava, parecia o destino não querendo ver nos duas juntas. Dias depois você viu meus desenhos e veio me elogiar e dizendo novamente que tínhamos muitas coisas em comum, mostrei meus desenhos e você os seus.
As músicas continuavam e eu estava amando mais ainda te conhecer, sempre me desejando bom dia, sempre presente, mal sabia ela o quanto ela estava me ajudando.
E ela me mandou mais uma música que eu era apaixonada. A gente falando sobre seu emprego sobre assuntos aleatórios, sobre minha sexualidade, sobre nossos namoros, piercings, tatuagens, passado, no começo você ficou um pouco triste pela minha história, queria me abraçar com todas as suas forças.
MAIS UMA MUSICA QUE EU AMAVA, a gente falava de comida, de academia, sobre café, e várias outras coisas, me mandou até um cartão do Spotify pra mim, eu fiquei super feliz, falamos sobre carros antigos, sobre coisas que me deixam apaixonada.
Dia 19 de setembro de 2020
O grande dia, o dia que você me chamou pra comer BK e se propôs a me buscar aqui em casa, eu juro eu tava completamente nervosa, queria muito te conhecer e sei lá tentar ficar com você, tentar te conhecer melhor, me arrumei toda, eu tava tão ansiosa e feliz ao mesmo tempo, a noite antes de dormir me mandou uma musica:
Enfim... Você veio me buscar as 20hrs, eu me arrumando te mandei uma foto, tava toda boba, eu entrei no carro te dei um beijo no rosto e fomos pra Votuporaga.
Tumblr media
Chegamos em Votu, compramos um BK, e fomos no coqueiral conversar, se conhecer melhor e eu ansiosa fumava igual uma doida kkk te contei sobre minha vida e você me contou sobre a sua, fomos comprar bebida e conversar lá no parque, teve vários momentos em que queria te beijar você tava tão linda, com aquele jeitinho meigo e tímido e eu toda sem jeito, em seguida fomos no banheiro da são bento, em seguida eu fiquei quieta, você me disse "pra aonde vamos agora" e eu como sou indecisa disse "vou aonde você me levar pra mim tanto faz", na brincadeira você disse aonde eu quero ir não dá pra ir no primeiro encontro, e eu disse "porque não, eu iria numa boa" e enfim fomos.. fomos no motel, um lugar aonde eu nunca tinha ido na vida, meio tímida eu deixei você me despir e me tocar, eu te achei tão linda nua, tão pura eu não conseguia parar de te olhar e meus olhinhos brilharem, você era toda linda tivemos a nossa primeira noite juntas, foi a melhor noite de todas pra mim, eu me senti segura contigo me senti bem e feliz voltei pra casa e esperei você chegar. Eu me emocionei no dia seguinte quando disse que eu era incrivel, ninguém nunca me tinha dito isso antes.
[20/9 04:18] Mariana Martins: Você é bem melhor do que eu imaginei
[20/9 04:18] Mariana Martins: Pessoalmente é perfeita
[20/9 04:18] Mariana Martins: Sério
[20/9 04:19] Amor da Minha Vida ❤️: Eu não imaginava nem nos melhores sonhos q a noite ia acabar assim ❤️
[20/9 04:19] Amor da Minha Vida ❤️: Vc q é
[20/9 04:19] Amor da Minha Vida ❤️: Mas eu não vou fica melosa okay kkkk'
[20/9 04:19] Mariana Martins: Não é pra tanto assim nenê
[20/9 04:19] Amor da Minha Vida ❤️: Só se vc quiser
[20/9 04:19] Mariana Martins: Eu já falei
[20/9 04:20] Mariana Martins: Eu não vou ficar repetindo
[20/9 04:20] Amor da Minha Vida ❤️: Kkkkkkk mano
Eu acho q vc não tem noção da mina q vc é
[20/9 04:20] Mariana Martins: Mas vou te falar uma coisa
[20/9 04:20] Mariana Martins: Que eu esqueci de pedir
[20/9 04:20] Amor da Minha Vida ❤️: Não só beleza não
Tudo
Vc é incrível
[20/9 04:20] Amor da Minha Vida ❤️: Fala
[20/9 04:21] Mariana Martins: Você pode ser melosa, amorosa, do seu jeito, o que for, mas promete que não é em vão?
[20/9 04:21] Mariana Martins: Que não vai falar por falar
[20/9 04:21] Mariana Martins: Ou sumir do nada
[20/9 04:21] Mariana Martins: Ou tomar decisões precipitadas
[20/9 04:21] Mariana Martins: Seja o que for
[20/9 04:22] Mariana Martins: Seja concreta, só queria te pedir isso
[20/9 04:22] Amor da Minha Vida ❤️: Eu vou te dizer uma coisa
Q vc vai perceber com o tempo
[20/9 04:22] Amor da Minha Vida ❤️: Eu não sou uma pessoa q fala as coisas em vão
Nem da boca pra fora
[20/9 04:23] Amor da Minha Vida ❤️: Talvez a gnt não dê certo
Como eu disse a amizade vai continuar
[20/9 04:23] Amor da Minha Vida ❤️: Mas eu quero q de
[20/9 04:23] Amor da Minha Vida ❤️: E eu vou te prometer uma coisa só
[20/9 04:23] Amor da Minha Vida ❤️: Eu vou fazer de tudo
Vou dá o meu máximo pra não te machucar
[20/9 04:23] Amor da Minha Vida ❤️: Eu te prometo q vou ser o mais correta possível com vc
[20/9 04:24] Amor da Minha Vida ❤️: E assim vamos pra onde o futuro leva a gnt né
[20/9 04:24] Amor da Minha Vida ❤️: ❤️❤️❤️
Eu me emocionei porque ninguém nunca tinha me dito isso antes e você me disse que achava que iria se apaixonar por mim e eu perguntei o porque e você me respondeu :
[20/9 04:26] Amor da Minha Vida ❤️: Pq vc é linda/ inteligente/ sensível/vc é incrível meu
E eu fico puta já contigo de ver vc se diminuir
[20/9 04:27] Amor da Minha Vida ❤️: Meu vc não sabe a força q tu tem
Conversamos sobre algo sério, eu estava um pouco na defensiva por ter sofrido tanto no meu último relacionamento, eu queria poder ficar contigo sem pensar duas vezes mas estava ferida demais, mas eu disse que iria dar certo iria levar um tempinho mas a gente ia ficar juntas. Disse sobre meus problemas sobre tudo.
Você me mandou minha música favorita:
Dia 25 de setembro de 2020
O dia em que oficializamos nosso namoro..
Tumblr media Tumblr media
Depois disso tivemos nosso primeiro mês juntas, saindo, rindo, se divertindo, conheci sua família, eu estava realmente bem contigo quando estava na véspera do nosso primeiro mês completo você me fez uma surpresa, uma surpresa não surpresa porque eu sabia um pouco, mas quando eu cheguei lá eu chorei, chorei muito porque eu não merecia isso tudo, não merecia tudo aquilo..
Tumblr media Tumblr media
Foi a melhor noite de toda a minha vida, e de uma coisa eu tenho certeza, eu Mariana quero me casar com você, quero viver uma vida com você, quero construir uma família juntas, quero crescer junto com você, e você quer conquistar tudo isso comigo também amor?! ❤️
Tumblr media Tumblr media Tumblr media
EU TE AMO MUITO MEU AMOR ❤️
11 notes · View notes
rrr-feels · 6 years ago
Text
Nota do celular:
Pudim
receita secretaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
entao, eu nunca escrevi uma carta pra ninguem e nao vou mentir, foi uma propaganda do filme Para todos os machos q amei msm dps de ja ter visto o filme q me fez decidir escrever isso aq agr. Só que não é pra macho essa carta, prefiro nao falar o nome ainda (sla eu tenho uma mania q se eu falar sobre algo essa coisa se torna real, entao ainda to com medo de admitir eu acho, sla).
Acho breguissimo isso de escrever carta, qm sabe por ser uma nota no celular torna mais moderno a situacao... (nao, continua brega). Mas disso vc nao pode zoar, se ta sendo brega pq vc ja escreveu cartas (nao para mim pra minha tristeza mas ok). Decidi escrever isso aq talvez nao pra te mandar, mas para eu mesma ler em algum futuro mais proximo ou pra eu simplesmente apagar em algum momento de surto (ou te mandar em algum momento de surto maior), mas por enquanto é pra lembrar.
Minha memoria é mt ruim ai pensei que se em algum momento eu chegar a finalmente te superar eu posso voltar aqui e lembrar de alguns detalhes... (vai começar a melaçao).
Nao acredito em “amor a primeira vista”, primeiro pq eu nao te vi nos primeiros dias do curso, nao havia sequer reparado em voce, ate o dia do bebedouro e eu ouvi sua voz dizendo aquele maldito “ai estou apaixonada” inferno de frase que grudou na minha cabeça e o feitiço virou contra a feiticeira só pode pq alguns dias depois qm ia estar apaixonada era eu.... inferno.
Fiquei dias nervosa com a sua presença, normal, afinal eu sou timida (antes de ter intimidade) e bastante ansiosa nessas questoe. Nada demais, eu fiquei amiga da mariana e fixei na minha cabeça que eu ia conseguir ficar com voce, ai que a festa do vaccaro surgiu, claramente n perdi a oportunidade, ate cheguei a falar na sua cara q eu ficaria c vc. O ruim é q foi pelo vdd ou consequencia, o q faz nao ser um momento de beijo msm e sim uma brincadeira, mas o bom é q eu n teria coragem por conta propria entao pelo menos foi. Dps disso eu só tinha duas coisas na minha cabeça naquela festa: que a mariana tava afim de mim entao eu nao queria magooar ela de jeito nenhum e que queria te beijar mais, tentei ate com um selinho escondido, o q pra mim fez ate meu coracao bater forte, td por causa de um selinho, sabia q eu tava na merda. (e olha q eu ainda continuei nessa de selinhos por mt tempo dps, vc sabe...hehe). Enfim, foi nessa confusao q eu fiquei confusa e c os sentimentos todo misturados, e com os dias nos aproximamos, eu sempre mantendo minha cautela por causa da mariana e viramos amigas, eu sabia das suas dores com a carolina, aquele outro cara c G giuvany, giuliano sla, e assim eu fui guardando tudo pra mim e tentando te ajudar como amiga e com toda sinceridade eu amo ser sua amiga, mesmo com minha cabeça criando paranoias de como eu imaginava que poderiamos ser algo mais, ser sua amiga ja era uma relacao incrivel pra mim.
Agora pra nao ficar dando detalhes de cada momento que nos tocamos, abraçamos, demos selinhos, dormimos uma em cima da outra na aula... em geral eu senti cada um deles, nao estou desprezando a parte da amizade, essa estava la o tempo todo tbm, mas junto c ela algo q eu nao entendia, quase nem sequer aceitava, eu sinto cada movimento seu, cada beijo, cada toque, cada olhada com uma sensacao mt mais forte no coracao, o q eu acho ate bom, doi, mas eu gosto de sentir isso, me faz sentir viva, vc me traz uma sensacao boa... so queria que soubesse mais. Pulando os 83837 pedidos de namoros, as 7383 brincadeiras no tt de sermos um casal, a festa de aniversario da mariana a gente no banheiro e eu me odeio por nao ter te beijado naquele momento mas eu me sentiria mt culpada por fzr isso na casa da mariana ainda que qnd eu sai do banheiro tive que ir sentar rapidamente pq minhas pernas estavam bambas (sim, e eu fico te zoando ne... mereço, mas essa foi a unica vez, eu aprendi a me controlar rapido), mais um momento de percepção de como eu estava na merda. Pulando pro jogo do mineirao onde vc (sim vc, desgraça de inferno de mulher) me deu varios selinhos que eu queria mais que tudo me entregar mas novamente a preocupacao com a Luiza naquele momento e o medo de que vc estava fzndo so por brincadeira ou distracao por causa dos outros capetas de pessoas q vc tava sofrendo por eles, eu sinto mt sua dor e como queria q vc n sentisse essa dor eu de uma forma queria q vc conseguisse quem vc desejava, assim como eu queria que fosse eu essa pessoa, mas como eu nao era (ou achava q n era o q ainda acho) q vc seja feliz com quem vc quer entao. Novamente eu deixando varios momentos passarem sem eu poder me expressar direito, que me acostumei com essa situacao. Aceitei ate. Te queria, mas acima disso te queria feliz, entao eu me exclui de toda possibilidade de ficar com voce.
A partir dai foi um pouco mais facil, eu tentava fzr tudo ser na brincadeira msm, tentei me sentir mais confiante e despojada pq em tese eu nao estava realmente pretendendo nada com voce. Estou assim ate agr kkkkkk grito.
E em momentos como o fds passado (15 e 16 de setembro) na sua casa que eu tenho essas recaídas, na minha cabeça EU SEI que vc ama o Joiro (me recuso a escrever o nome corretamente, mas eh aquele nome parecido com Jair Bolsonaro), e isso tudo q vc ta passando c ele, eu tenho consciência da merda q eu to enfiada, e vou te apoiar no que vc decidir (seja na mais idiota das decidoes)... mas a gente deitada na sua cama, com o rosto tao perto, eu parei pra te analisar enquanto vc estava de olho fechado e eu simplesmente adoro cada um dos seus detalhes. Meu coração tava batendo muito forte naquele momento que eu gravei com tanto sentimento na minha cabeça sendo que pra vc n devia ser nada demais... que eu nem sei se eu pulei da cama por medo msm da sua mae chegar e encontrar a gente daquele jeito, ou por medo de eu nao segurar o tanto amor que tinha no meu peito, queria te olhar mais, tocar seus traços, te beijar e te dizer que te amo. Medo.
Mas eu ja te amo como amiga e isso nao é segredo e nem vai mudar. Entao é isso. Pelo menos por enquanto, mas continuo andando numa linha fina entre: querer que vc me corresponda e ter que te superar.
Agr eu estou desacreditada que fiz isso, mas acho q me sinto melhor. O que umas musicas nova da Lana nao faz eu fzr ne....
nao coloquei o seu nome, mas é obvio.
foda-se. Superei.
Na vdd nao. E agr alem de nao ter superado.
Parece ter alguma chance, oportunidade ou sla o que de diabos significa nao sei sla o q.
Mas agr eu nao sei, nao consigo saber, e nao posso tomar decisões antes de saber.
Porra
Entao, fui feita de otaria mas passo bem kkkkkkkk triste q tive q acabei perdendo uma amizade que eu pelo menos achava que a pessoa me respeitava o suficiente ou tinha consideraçao pra nao ser tão sacana cmgo, mas ne. A vida kkkkkkk
Fim
q venham as proximas decepccoes amorosas......
1 note · View note
iam-crap · 8 years ago
Text
365 dias sem você. Pra começar... Isso não foi escrito em 365 dias, a princípio é apenas o nome para o texto. Hoje é dia 27 de março de 2017, e eu acabo de sair da escola.. Não sei o que está acontecendo comigo, só sei que estou com um enorme frio na barriga... Era pra ser uma segunda qualquer, como todas as outras.. Mas não foi, certamente que não! Todos estão colocando pilha e o garoto que eu gosto está vindo em minha direção... Ele acaba de perguntar se eu quero ficar com ele, e eu estou totalmente travada! Preciso dizer alguma coisa.. Certamente vou dizer sim, mas estou muito nervosa.. Vou dizer que vou ligar para o meu pai e darei a resposta pra ele.. Liguei pro meu pai, e ele disse que não viria me buscar.. Falei isso pra ele, e ele finalmente me perguntou.. - Quer que seja aqui ou mais pra frente? Eu Fiquei nervosa, mas disse que tanto faz... E então ele colocou a bicicleta e a mochila no chão. Logo em seguida coloquei a minha também.. Não demorou muito para ele me olhar e me beijar... Depois disso eu disse a ele que precisava chegar cedo em casa, e ele perguntou se eu queria que ele me levasse em casa.. Eu disse que não precisava e depois disso eu fui andando em direção aos meus amigos... E foi aí que tudo começou.. Neste dia eu fui pra casa me sentindo a pessoa mais feliz do mundo! Eu queria falar com ele, mas estava nervosa demais para chamá-lo no chat.. Engoli todo tipo de vergonha e o chamei no chat... E a verdade é que eu queria beijá-lo novamente, eu precisava! Então eu conversei com ele e decidimos ficar de novo... No dia seguinte, foi um dia com muita chuva e acabei me atrasando um pouco pra aula.. Quando eu cheguei na escola e coloquei a minha carteirinha escolar no lugar que sempre fica, e quando eu o vi chegando.. E tadinho! Ele estava todo molhado.. Eu cheguei um pouco mais perto dele e sequei o rosto dele com a minha mão mesmo e logo sorri pra ele. Ele sorriu pra mim também, dei um selinho nele e depois entrei pra minha sala.. FIQUEI O TEMPO TODO PENSANDO NO QUE ELE FEZ/FARIA PARA SE SECAR, PORQUE ESTAVA MUITO FRIO E EU NÃO QUERIA QUE ELE FICASSE DOENTE. Na hora do intervalo estava chovendo muito lá fora, e mesmo assim ele estava sentado na arquibancada.. Fui lá, sorri pra ele e depois disso entrei. O ruim é que neste dia eu sai ás 10:40 e ele saiu ás 13:10.. Pra mim isso não importava, porque ainda teria muitos outros dias em que eu iria vê-lo.. Eu fui correndo pra casa para ficar esperando mensagens dele.. E foi aí que eu recebi.. Mas não foi nada como eu esperava.. Ele me disse que gostava de outra menina e que agiu por impulso.. Eu fingi ser bem compreensiva, mas no fundo aquilo me doeu tanto.. porque no fundo eu gostava dele, e naquele momento eu vi que ele era muito especial e não daria pra eu desistir dele.. Deixei isso pra lá, mas a todo momento eu pensava e postava indiretas pra ele.. A gente até parou de se falar, e depois de um tempinho meus amigos pegaram o meu celular e começaram a falar um monte de coisa pra ele.. Depois disso eu me desculpei e disse que não era eu que estava falando.. Ele não tinha me respondido naquela hora.. E então eu postei uma indireta pra ele no facebook ¨ até o facebook tem história, e você ai enrolando pra criar a nossa @M ¨ kkk Como de costume, a noite eu fui olhar o perfil dele e vi que ele tinha desfeito a amizade comigo.. Fiquei tão mal que chorei até dormir... Acordei logo em seguida, e as 21:42 ele tinha me mandado mensagem.. E nela dizia ¨Gaby, vi sua indireta no facebook e cara... não tem nós, nunca existiu, eu nem estou gostando de ninguém.. só não sabia como dizer que não tem como rolar mais, eu não quero. Fiquei até sabendo que tu namora ou namorava um menino da sua sala.. fica com ele porque comigo não vai dar certo¨ Na verdade eu não lembro o que escrevi. Só sei que eu me senti muito mal e fui dormir chorando. Eu a princípio não queria colocar data em nada. Mas fazia apenas três FUCKING DIAS que eu tinha ficado com ele, e ele acabou tudo e me deixou me sentindo tão mal e tão pra baixo em apenas três dias. Depois disso, eu tentei esquecê-lo e mostrar que não estava ligando pra nada disso, porém, eu mais que ninguém sabia que eu ligava, e ligava muito pra isso! Meses se passaram e ele ficou muito distante, mas mesmo assim eu pensava nele todos os dias, e eu queria que ele pensasse em mim tanto quanto eu pensava.. Eu tentei esquecê-lo por um tempo, até fiquei com outro garoto, mas nada sério.. Eu o queria, eu precisava ter ele por perto, mas todos pensavam que era apenas uma fase e que em um mês eu iria desapegar dele.. Pois é, o mês passou, mas o que eu sentia por ele não! Na verdade, se passaram 3 meses e parece que foi ontem que eu vi aquele sorriso maravilhoso sorrindo pra mim também.. Eu, como sempre, decidi voltar e correr atrás dele! Mesmo sabendo que não aconteceria nada daquilo que eu queria, eu resolvi escrever.. Fiquei 2 dias pensando no que escrever e por fim acabei escrevendo! No texto dizia ¨ Estou escrevendo... Mesmo sabendo q você n vai ler isso jamais, ou talvez leia. N sei se um dia eu te mandaria isso, ou deixaria você ler.. Mas escrevo pra dizer o quanto eu gosto de vc.. Sim, muitas pessoas passaram na minha vida, mas nenhuma me marcou tanto como você! Nenhuma me fez tão feliz, mesmo q por um dia apenas. KKKKKKKK PQP Q LOUCO Não sei o que aconteceu comigo, só sei q eu n tiro você da minha cabeça! Já tive outro relacionamento, mas depois que terminei e passei um tempo, vi que eu sinto sua falta, e vi que preciso de você, mesmo que seja apenas para ser meu amigo, mesmo q seja apenas para me contar como foi o seu dia, o que você fez nele, o que você comeu, com quem conversou (eu queria ser uma dessas pessoas, sabe?). Talvez eu esteja apenas carente ou apaixonadinha.. Mas só de olhar as suas fotos eu já me sinto tão bem... Sinto-me tão sem jeito quando você me olha.. Talvez eu tenha tomado atitudes precipitadas ao tentar chamar a sua atenção... Mas ninguém é perfeito. Eu tenho muitos defeitos, mas queria poder ter você ao meu lado para q assim possamos acertar juntos!!! Em tão pouco tempo estamos tão afastados, tenho medo de q no fim do ano você se esqueça de quem eu sou, até porque você está bem presente nos meus pensamentos. MAS EU QUERO MAIS! Muito mais que amizade, sabe aqueles vídeos fofos que aparece por ai? Então.. Às vezes sinto vontade de fazer vários pra você, e com você, e se você não quiser, podemos ficar juntos sem q ninguém saiba... Eu só quero ter você por perto... Quero ser presente na sua vida, e seria um presente ter você na minha. Bem clichê as coisas que estou falando, mas tudo o que eu estou falando é o q eu quero e chego a pensar que um dia possa acontecer. Talvez eu tenha me precipitado em desistir de você da 1° vez tão fácil, mas é que eu estava com medo de me apegar demais e não conseguir nem olhar na sua cara (como é o q acontece agora) Mesmo que ambos queiram, nós não conseguimos ficar juntos. Mas a culpa é sua! Eu sempre deixei mais que claro q sempre quis algo com você, mas você sempre me disse "não" Palavras que às vezes não doíam na hora, mas depois essa dor ficou constante na minha vida.. Eu chego a pensar que seria até legal sermos amigos, mas eu sou apaixonada e não conseguiria suportar ver você falando das minas q tu já ficaste ou vai ficar. Na verdade, eu n me dou bem com essa de ser "amiga", e a verdade é que eu não quero nada disso! Eu quero mesmo é ter você do meu lado. Mas eu sei que não quer o mesmo. Mas eu tenho fé que um dia isso vai acontecer, e nesse dia talvez eu te mostre esse texto. E mesmo sabendo q não sou boa com essa de ser amiga, eu tentaria ser! Apenas para ficar mais tempo do seu lado. Sabe, quando vejo o meu melhor amigo aqui em casa, eu fico pensando que talvez um dia possa ser você! Possa ser você a pessoa q minha madrasta olha diferente e dê risadas, você que meu pai tem ciúmes.. Você q estaria deitado comigo na minha cama, mesmo q seja pra fazer os trabalhos de escola comigo! Eu às vezes posso ter me precipitado em tudo, tudo mesmo! Mas realmente é tudo o q eu queria q acontecesse entre nós dois... Eu gosto de você, gosto muito! O problema é que eu sempre fui uma menina que gosta do extremo, e vive muito a vida no extremo. Seja no extremo da alegria, tristeza, amor ou até mesmo no ódio.. Não aprendi a me controlar, assim como meu coração não consegue controlar o q sinto por você. É meio estranho sentir e não poder demonstrar algo para uma pessoa (mesmo q seja por capricho dela..) Se imagine pelo menos 1 minuto no meu lugar.. Mesmo q não seja comigo, seja com outra menina. Mas está vendo como dói? SIM! Dói muito sentir algo q você n pode falar pra ninguém! (Ou até possa, mas não adiantaria nada!) Eu sei que palavras o vento leva, e as atitudes o tempo guarda!.. E é por isso que eu vou te provar o quanto gosto de você! Vou ficar um mês e meio sem ficar com NINGUÉM. Mesmo que você fique, eu não vou ficar! Mesmo que apareça um menino que eu queira MUUUUITO, eu não vou ficar! Porque a pessoa q eu mais quero é você, e você seria esse menino q eu quero "muito”. E por mais que todos falem a mesma coisa. Eu não quero pega geral, quero fica com alguém que eu me sinta bem, sabe? mas poxa, quero alguém que goste de verdade de mim sabe? Que feche 10/10 comigo, que esteja sempre ali, e esse é meu maior desejo! Por mais q n apareça né.. Eu estou desistindo de você e dessa nossa história que de tão complicada que deu nó, isso aqui já me magoou demais. Desisto de tratar como prioridade alguém que insiste em ser nada. Eu quis, quis muito que desse certo, acho que eu nunca quis tanto algo como eu quis você, mas eu desisto. Desisto de esperar por alguém que sabe onde me encontrar que me tem e faz tão pouco caso. Eu tenho perdido muito tempo com você e você não vale o efeito que causa, não vale as noites em claro, nem as minhas lágrimas. Eu fui melhor com você do que com qualquer outra pessoa e não há companhia no mundo que eu desejasse mais que a sua. Eu tentei, eu corri atrás, eu me importei, mas não era pra ser e eu não tenho mais tempo pra sofrer. É que eu sempre fui só mais uma. Mas eu só queria te lembrar que todas as coisas do mundo eu só queria que você tivesse ficado. Eu já fiz o que podia, disse o que precisava dizer, não há mais nada a fazer, depois de tantas idas e voltas, eu estou desistindo de você e colocando um fim no que não tem começo. Eu tenho um carinho infinito por você e sempre que alguém me perguntar qual foi a coisa mais complicada que já me aconteceu eu vou lembrar-me de você. É que nenhum papo vai me prender como o teu, nenhum perfume vai ser tão bom, é claro que a sua falta vai me doer todos os dias e a saudades vai sempre aparecer me fazendo querer voltar, mas estou deixando pra lá, tentando esquecer. Eu me amo o suficiente pra não me deixar sofrer por um sentimento não correspondido. Esse é meu ultimo texto sobre você, esse é o nosso final. Eu só queria terminar dizendo que você foi o meu melhor erro, mas quer saber? “Eu definitivamente desisto de você.” Sim, eu escrevi até mais do que deveria. Mas eu precisava tentar mais uma vez, precisava dizer pra ele que mesmo depois de tanto tempo ainda sinto algo fora do normal por ele! Ele foi cuidadoso ao me responder, mas não falou aquilo que eu queria ouvir. Eu esperava um ¨ estava com medo de me arriscar, mas gosto muito de você ¨ ou algo do tipo.. Mas não, não foi nem um pouco parecido com isso.. E então naquele dia, eu jurei pra mim mesma que não iria mais chorar, não por ele! Mas quando comecei a ler, eu já estava chorando.. E foi aí que a ¨ merda ¨ realmente aconteceu! Eu queria ele do meu lado, e não queria desistir dele! Fiquei tão chateada que comecei a ficar sozinha e afastada de todas as pessoas.. Só sabia chorar pelos cantos e ouvir citações de pessoas frustradas em seus relacionamentos.. Toda vez em que eu o via na escola me dava vontade de chorar, e um dia, durante o intervalo, eu o vi jogando vôlei e vi dando um sorriso, e não um sorriso qualquer, mas sim o mesmo sorriso em que eu tinha me apaixonado há alguns meses atrás e não me agüentei... Eu chorei na frente dele, e não foi pouco. Eu quis levantar para não chorar na frente dele, mas quando eu vi, as lágrimas já haviam descido, e eu só queria que ele olhasse pra mim, parasse de jogar e viesse falar comigo, me perguntar o que houve ou algo do tipo.. Mas ele não veio, e me deixou muito mal por isso também... Ele é do terceiro ano, e eu sou do oitavo.. Ano que vem ele vai embora, e tenho medo de perdê-lo para sempre, já que ele não estudaria mais no mesmo colégio que eu.. E por mais que todos falem que é só uma paixão adolescente como qualquer outra, eu não acho isso... Porque uma adolescente normal depois da primeira noite chorando já teria desistido de tudo, e eu ainda estou aqui, mais do que disposta a ter o amor dele pra mim.. E estou mais do que ciente que eu vou receber muitas críticas e elogios, mas eu estou disposta a tentar fazê-lo feliz assim como ele me faz mesmo sem saber... Passo o dia inteiro olhando as redes sociais dele, e ouvindo músicas que me fazem lembrar ele... Isso parece bem depressivo, e realmente é! ¨ Todo mundo tem uma pessoa, aquela pessoa, que te faz esquecer todas as outras ¨ E sim, mesmo sem saber ele têm esse poder de me fazer todas as outras pessoas em minha volta.. Bom, é claro que ainda vai acontecer outras coisas que ainda não aconteceram, e é claro que ninguém nunca vai saber de tudo (por mais que eu tenha tentado explicar ao máximo)... E eu só queria terminar dizendo que eu ainda estou aqui te esperando, e eu sempre vou estar disposta a te fazer feliz. -Gaby Collins
1 note · View note
sam-blackthorn · 8 years ago
Text
[fb] I’m scared | thornwood
18 de Janeiro de 2017. @j-blckwood
[01:39] Jake: Espero que não esteja dormindo já…                        
[01:40] Sam: Deveria, mas sei lá                        
[01:40] Sam: Meu teto parece bastante interessante essa noite                        
[01:40] Jake: Está tudo bem?                        
[01:40] Sam: Outro daqueles pesadelos, mas nada do que eu já não tenha me acostumado        
[01:40] Sam: E você, o que faz acordado?                        
[01:42] Jake: Pesadelos, babe?                        
[01:42] Jake: Estava pensando numa garota bonita… Tá meio difícil de dormir se eu não consigo parar de pensar nela….                        
[01:43] Jake: Em partes isso é verdade, mas estou acordado porque estava estudando…                         [01:43] Sam: Really? É aquela amiga que você estava se declarando outro dia?                        
[01:44] Sam: ISSO SÃO HORAS, WOOD?! Vai dormir, ficar tão tarde acordado estudando não deve fazer bem pro seu sistema nervoso                        
[01:44] Sam: Gostou de como eu usei “sistema nervoso” numa conversa normal, como vocês médicos devem fazer? Me senti até mais inteligente                        
[01:46] Jake: Não, não é essa amiga não, essa aí é umazinha qualquer, sabe? É uma menina que conheci essa semana, muito bonita por sinal                        
[01:46] Sam: Ouch!                        
[01:46] Sam: Superou rápido, tsc, tsc, tsc                        
[01:47] Jake: Eu achei que seu lance comigo era beijar minha boca e me chamar de lindo…. Se fosse pra ficar com a minha mãe, eu ligava pra ela. Kkkkkkkk                        
[01:48] Jake: Gostei muito, achei muito inteligente. Apesar que eu tenho certeza que nunca vou usar isso no meio de uma conversa normal, acredito q vc soou muito esperta                        
[01:48] Jake: É impossível superar você, Samantha Blackthorn.                        
[01:49] Sam: Well, isso também…! Mas olha que se continuar dormindo essa hora eu mesma ligo pra ela                       
[01:49] Sam: Thank you, a ideia era parecer o mais natural possível!                        
[01:49] Jake: Que q você tá falando, sendo q vc tá acordada também????                        
[01:49] Sam: Você me fazendo ficar vermelha a essa hora, so unfair                        
[01:49] Jake: Foi bem natural, nem pareceu que aprendeu a palavra hoje.                        
[01:50] Jake: Consegui deixar você vermelha? Opa, ponto pro gostosão aqui.                        
[01:50] Sam: Olhar pro teto é uma atividade muito menos desgastante do que aprender sobre o sistema nervoso (ha! i did it again! im so good)                        
[01:50] Sam: Gostosão e_e                         
[01:51] Sam: Beeem menos, Wood                        
[01:52] Jake: Eu costumo estudar até às 4h, quando não estou levando garotas até London Eye, sabe?                        
[01:52] Jake: Admita que você me acha gostosão, para de se fazer de difícil…                       
[01:52] Jake: Você tá super na minha.                        
[01:52] Sam: Huh. E isso acontece com frequência? Você levando garotas até a London Eye?                         [01:52] Sam: Já admiti uma vez em voz alta, nunca que vou fazer isso por escrito                        
[01:52] Jake: Nossa, quase todo dia!                        
[01:52] Sam: Vai que você tira uma foto da tela e sai se exibindo                        
[01:53] Sam: Wood, Everybody hates Chris acabou faz anos, get over it                        
[01:55] Jake: Cara, ela tá tão na sua….. É bem a cara do Az falar isso pra mim. Falando nele, seu nome já foi pronunciado no meio de uma conversa nossa…                        
[01:55] Sam: Reeeally? Como foi isso?                        
[01:56] Jake: Ele perguntou o que tá rolando entre a gente.                        
[01:56] Sam: Pergunta justa                        
[01:56] Sam: E você respondeu o que?                        
[01:57] Jake: Que eu não sabia.                        
[01:57] Jake: O que está rolando entre a gente, Thorn?                        
[01:57] Sam: Resposta justa também 😬                        
[01:57] Sam: E você quer que eu responda?! Eu acabei de descobrir o termo sistema nervoso, não tenho a capacidade de responder algo assim                        
[01:58] Jake: Você sempre foi a mais esperta entre nós dois.                        
[01:58] Sam: Thats so untrue                        
[01:59] Sam: De nós dois, quem sempre dava um jeito de escapar das festas sem ser notado e ainda por cima com uma garrafa de whisky no bolso interno do paletó?                        
[01:59] Sam: Eu não uso paletós, então já dei uma dica                        
[01:59] Jake: Obviamente você, porque eu usava vestido.                        
[01:59] Jake: Eu era foda mesmo                        
[02:00] Jake: Mas quando o assunto é álcool e fugir, sou expert. Agora o resto, a senhorita dá de 10 a zero em mim.                        
[02:02] Sam: Não em usar o termo sistema nervoso no contexto certo                        
[02:02] Sam: Alright, parei                        
[02:03] Jake: Kkkkkkkk                        
[02:04] Sam: Mas olha..                        
[02:05] Sam: Fuck, isso é mais complicado do que eu pensei                        
[02:05] Jake: O que é complicado, babe?                        
[02:06] Sam: Falar com você sobre isso, e você me chamando de babe não ajuda , diga-se de passagem                        
[02:07] Sam: Alright, minha cabeça não está fazendo mais sentido a essa hora                        
[02:08] Sam: Eu queria conseguir raciocinar sobre o que está acontecendo e colocando em palavras que fizessem sentido, mas eu..! Uugh                        
[02:09] Sam: Podemos voltar a falar sobre o meu teto? Porque é fascinante, sério                        
[02:09] Jake: Você é fascinante.                        
[02:10] Sam: Tem esses intricados de madeira, parece formar esses desenhos                        
[02:10] Sam: Tem um que parece um cavalo                        
[02:12] Sam: ...                        
[02:12] Sam: Heere we go com você me deixando vermelha                        
[02:13] Sam: Eu lembro da época em que você não tinha esse efeito sobre mim, era até legal não ficar com o coração quicando dentro do peito o tempo todo                        
[02:14] Jake: Eu te deixo nervosa, then?                        
[02:14] Jake: Eu lembro da época que eu não ficava pensando em ninguém e podia dormir em paz, sem questionar o que eu tô sentindo.                        
[02:15] Jake: E porque eu queria tanto que você estivesse aqui comigo, agora.                        
[02:15] Jake: Saudades dessa época.                        
[02:15] Sam: This feeling thing can suck sometimes                        
[02:16] Sam: É como se o meu peito fosse explodir, isso não pode ser saudável                        
[02:16] Sam: Você é o médico, you know that                        
[02:16] Jake: Yeah…. but is worth it, se no final do dia, eu tiver você. Vale a pena.                        
[02:17] Jake: É, talvez não seja tão saudável.                        
[02:17] Jake: E o que você quer fazer sobre isso?                       
[02:17] Sam: Eu meio que estou com essa impressão também. Que vale a pena, eu digo                         [02:18] Sam: idk, já cheguei à conclusão de que fico uma bagunça quando você está por perto, mas é uma muito pior e mais dolorida quando você não está..?                        
[02:19] Sam: Crap, eu fico melodramática às 2:00                        
[02:21] Jake: You’re driving me crazy, Samantha. Eu sinto tantas coisas quando estou perto de você, é uma mistura de tantos sentimentos que eu fico mais perdido que o usual. E quando você está longe, eu só penso em como eu queria que você estivesse comigo. Quando algo ruim acontece, é você quem eu quero procurar. Quando algo bom de acontece, é você quem eu quero encher de beijos e aproveitar meu momento feliz. Tudo se resume a você nessas ultimas semanas. Eu não sei o que tá acontecendo, sinceramente. Mas eu gosto…. Apesar de ser extremamente assustador.                        
[02:24] Jake: I think que eu devo estar te assustando com tudo isso.                        
[02:24] Jake: I don’t know, n devia ter falado nada….?                        
[02:24] Jake: I’m sorry                        
[02:24] Sam: Está, mas não é ruim                        
[02:24] Sam: Não, para                        
[02:24] Sam: Não pede desculpas                        
[02:25] Jake: Estava tentando ser sincero, abrir o jogo desde já….                        
[02:25] Sam: Porque você basicamente descreveu o que eu tenho passado essas últimas semanas                         [02:25] Jake: Estou realmente muito confuso, Sam.                        
[02:25] Sam: Eu também, Jake                                           
[02:26] Sam: Mas to feliz em saber que não estou confusa sozinha                        
[02:27] Jake: Can I really be honest with u?                        
[02:27] Sam: Eu não sei o que é isso, mas.. é muito mais sério do que dois amigos que resolveram que seria divertido darem uns amassos, nunca foi só isso pra mim                        
[02:27] Sam: Yes, please                        
[02:27] Jake: oh….                        
[02:27] Jake: i mean, never mind                        
[02:28] Sam: Falei demais ?                        
[02:28] Sam: Jake, come on                       
[02:28] Sam: Você não pode me deixar assim e esperar que eu acorde viva                        
[02:28] Sam: não que mortos acordem, mas você me entendeu                       
[02:29] Jake: Eu pretendo te acordar pessoalmente amanhã, para garantir que você vai pra aula. Não quero voce morta, pelo amor                        
[02:29] Sam: Não se continuar com isso de “babe”, “meu amor” e todo o resto e não complementar esse “can i really be honest w you”                        
[02:30] Jake: E não, não falou demais não, falou o suficiente, babe                        
[02:30] Jake: Opa, apaga o babe então kcnskxksk                        
[02:30] Sam: Apaga nada                        
[02:30] Sam: Pode adicionar aquele complemento que fica tudo certo 😬                        
[02:30] Sam: Ou perto disso                        
[02:31] Jake: eu não te chamei de “meu amor” ainda 🤔                        
[02:31] Jake: isso foi uma indireta, Thorn?                        
[02:31] Sam: Fuck, meu cérebro está mesmo fundido de tanto olhar pra esse teto                        
[02:32] Jake: Deve ser um teto bem interessante, não é mesmo meu amor?                       
[02:32] Sam: GAAAAAH !                        
[02:32] Sam: Sim, Sr. Wood, é um teto fascinante                        
[02:32] Sam: Até tiraria uma foto pra te mostrar, mas só vai dar pra ver um borrão escuro                         [02:33] Jake: Não precisa de foto, acredito em você kkkkkk                        
[02:34] Jake: Você devia tentar dormir de novo, babe…                        
[02:34] Sam: Ha!                        
[02:35] Sam: Como se fosse possível depois dessa conversa                        
[02:35] Sam: Cute da sua parte achar que consigo                        
[02:35] Jake: E essa conversa que vai te ajudar a dormir…. Pensa em mim e esquece esses pesadelos…                        
[02:36] Sam: Ajudar a dormir eu duvido, mas que mudou o foco dos pesadelos, mudou                         [02:37] Sam: Ugh, eu devia morrer essa noite e ir puxar o seu pé pelo que você está fazendo comigo                         [02:37] Jake: Qual será o pesadelo agora?                        
[02:37] Jake: O que eu tô fazendo?!                        
[02:41] Sam: No meu, você diz?                        
[02:41] Sam: O meu pesadelo é basicamente você dizendo “can I be honest with you?”, mas começando a falar sobre as funções do sistema nervoso ao invés disso                        
[02:41] Sam: Aterrorizante                        
[02:43] Jake: você realmente quer que eu seja honesto com você?                       
[02:43] Sam: Eu quero. Você sabe, sobre tirar o curativo rápido e essas coisas.                        
[02:44] Sam: E você sabe, uma das coisas que eu gostava sobre nós é que conseguíamos falar verdades nuas um pro outro sem medo                        
[02:44] Jake: Alright then.                        
[02:44] Sam: Então estou te dando carta branca, buddy                        
[02:45] Jake: Eu vi a Isobel esse fim de semana.                       
[02:45] Jake: E durante o Acampamento.                        
[02:45] Jake: Estou evitando ficar perto dela, mas parece que a vida ama brincar com a minha cara.                         [02:46] Sam: Você disse algo sobre isso, sobre um encontro no elevador e que ela meio que te odiava                        
[02:46] Sam: E como vão indo as coisas com ela?                        
[02:46] Jake: Yeah… Nos beijamos nesse dia do elevador.                        
[02:46] Jake: Foi antes da nossa conversa no whats, antes do London Eye.                        
[02:47] Sam: Oh.                        
[02:47] Jake: E eu… Bom, eu saí correndo(????)                        
[02:47] Jake: Bem adulto da minha parte.                       
[02:47] Sam: Eu não estou dizendo nada, só pensei                       
[02:48] Sam: Foi você quem a beijou? Ou ela quem começou?                        
[02:48] Jake: Ela… Foi meio que                        
[02:48] Jake: Ela disse que eu quebrei o coração dela e ai                        
[02:49] Jake: Aí eu disse que sabia.                        
[02:49] Jake: Ela começou a chorar                       
[02:49] Jake: Me perguntou porque…. O que ela tinha feito de errado                        
[02:49] Jake: Eu… Posso pular essa parte?                        
[02:49] Jake: Anyway, ela me beijou e eu saí correndo                        
[02:50] Sam: Eu prefiro que não, mas você quem sabe o que quer contar                        
[02:50] Jake: Right, totalmente honesto                        
[02:50] Sam: Please                        
[02:51] Jake: Eu disse que o erro dela foi…. Ter me feito…. sentir algo por ela…. Por falta de palavra melhor.                        
[02:51] Jake: E isso devia ter… Afastado ela? Mas então ela me beijou? E eu não entendi mais nada                         [02:52] Sam: Então, basicamente, o motivo de você terminado com Isobel foi porque gostava dela?                         [02:52] Jake: That’s a really good question.                        
[02:52] Jake: Eu acredito que… Não                        
[02:53] Jake: Ela… Aquilo tudo…                        
[02:53] Jake: Me assustava                        
[02:53] Jake: Dammit, Sam, eu não sei como falar disso                        
[02:53] Sam: Ainda assusta.                        
[02:53] Sam: Essa é a questão, não é?                        
[02:53] Jake: Se o que eu sinto por ela me assusta?                        
[02:54] Sam: Yup                        
[02:54] Jake: Sim, assusta.                        
[02:54] Sam: Se você ainda sente , no caso                        
[02:54] Sam: O que sentia há 3 anos                        
[02:54] Jake: Não é a mesma coisa….                        
[02:54] Jake: Na época, eu venerava ela. Você lembra mt bem disso… Só tinha olhos pra ela.                         [02:55] Sam: Eu lembro                        
[02:55] Jake: Agora eu não sei… I miss her, mas não é a mesma coisa                        
[02:55] Sam: Tenta me dizer o que é                        
[02:56] Jake: Sam…                        
[02:56] Jake: I can’t.                        
[02:57] Jake: Então, eu encontrei com ela no acampamento.                        
[02:58] Jake: Depois da noite que passamos juntos.                        
[02:58] Jake: Tentei fugir, mas ela é bem determinada                        
[02:59] Jake: Queria saber sobre o lance do elevador… Mas ela deixou de lado por causa do meu estado…                        
[02:59] Jake: E quis saber o que houve…                        
[02:59] Sam: Você contou?                        
[03:00] Jake: Sim.                        
[03:01] Jake: Ela esteve lá a primeira vez que a aconteceu…                        
[03:01] Jake: Então eu não hesitei.                        
[03:02] Jake: Sam, i think we should stop, e deixar isso pra lá.                        
[03:03] Sam: Não, thats ok                        
[03:03] Jake: Sam…                        
[03:03] Sam: Esquece o que eu disse agora pouco e lembra que eu sou sua amiga, ok?                         [03:03] Jake: Eu não quero estragar isso que a gente tem…                        
[03:03] Sam: Amigos costumam contar essas coisas uns pros outros                        
[03:04] Sam: Jake..                        
[03:04] Jake: Eu não sou só seu amigo e você não é só minha amiga. Não tem como ignorar isso….                         [03:04] Sam: Mas eu gosto de saber que você confia em mim                        
[03:05] Sam: E honestamente..                        
[03:05] Sam: Eu preciso saber                        
[03:05] Jake: Estava com medo que falasse isso…                        
[03:06] Sam: O quanto posso levar o que está acontecendo entre a gente à sério ou não                         [03:06] Jake: Alright                        
[03:06] Jake: O que mais quer saber? Eu não…                        
[03:06] Jake: Eu não sei oq falar.                        
[03:07] Jake: Eu até me perdi na minha linha de raciocínio                        
[03:07] Sam: O que eu quero saber é..                       
[03:08] Sam: Eu também me perdi                       
[03:09] Sam: Acho que estou me perguntando o que merda estamos fazendo                        
[03:09] Jake: Essa pergunta vai te levar pra longe de mim?                        
[03:09] Jake: Se sim, para de pensar nisso, pf                        
[03:09] Sam: Eu não sei                        
[03:10] Jake: Sam….                        
[03:10] Sam: Quer dizer, você mesmo disse que ela continua te procurando, não é como se vocês tivessem se esquecido assim                        
[03:11] Sam: Só não consigo deixar de me perguntar o motivo de você ainda estar perdendo o seu tempo comigo, yk                        
[03:11] Jake: Eu não estou perdendo tempo                        
[03:11] Jake: Eu……                        
[03:11] Jake: Não queria falar assim, por mensagem….                        
[03:12] Jake: Foda-se….. Samantha, i really like you, okay?                        
[03:12] Jake: You.                        
[03:12] Jake: When i say that you are driving me crazy, é porque eu gosto de você! Alright?                         [03:13] Jake: Tenho coisas não resolvidas com a Iz? Tenho.                        
[03:13] Jake: Mas isso não muda nada….                        
[03:14] Jake: Oh god                        
[03:14] Sam: Jake..                        
[03:14] Jake: No                        
[03:14] Jake: Forget it                        
[03:14] Jake: Eu vou…. Vou dormir….                        
[03:14] Sam: You know we cant do that..                        
[03:14] Jake: I’m sorry                        
[03:14] Sam: Não precisa se desculpar                        
[03:15] Sam: Eu pedi honestidade, não pedi?                        
[03:15] Jake: Esquece, Sam…                        
[03:15] Jake: Só esquece tá                        
[03:15] Sam: Acho que precisamos dormir                        
[03:15] Jake: Yeah. I think so                        
[03:16] Sam: Conversamos depois, ok?                        
[03:16] Sam: Eu preciso de um tempinho pra processar isso tudo                        
[03:16] Jake: Yeah, fine                        
[03:16] Jake: Good night.                       
[03:16] Sam: Please, não fique achando que fez mal de ter me contado isso                        
[03:17] Jake: Sam… Esquece isso tá                        
[03:17] Sam: Boa noite, Jake                        
[03:17] Jake: Bye.                        
[03:26] Sam: Jake?                       
[03:27] Jake: Yes?                        
[03:28] Sam: Só pra você saber.. e correndo o risco de piorar muito a situação, mas que está formando um nó aqui dentro querendo sair..                        
[03:29] Sam: I really like you too, ok? Praticamente desde que te conheci.. Eu não estaria aqui se não me sentisse desse jeito                        
[03:30] Sam: Just..                        
[03:30] Sam: pra você saber                        
[03:33] Jake: I’m scared                        
[03:33] Jake: Mas por um segundo, eu achei que tinha… Destruído tudo.                        
[03:33] Jake: Isso me assustou muito mais.                        
[03:34] Sam: Come on..                        
[03:35] Sam: Nós somos Thorn e Wood, é preciso mais do que algumas mensagens no meio da noite (que, por sinal, péssimo momento pra fazer isso) pra acabar com Thorn e Wood                    
[03:35] Jake: Somos uma dupla sertaneja?                        
[03:35] Sam: Basicamente, isso                        
[03:36] Jake: Alright                        
[03:36] Sam: O mundo seria um lugar muito mais sombrio sem duplas sertanejas                        
[03:37] Jake: Sam, i need you right now…. Pedido estranho, eu sei. Mas, tem como você vir aqui? Please                        
[03:37] Jake: Az tá dormindo feito pedra.                        
[03:37] Sam: Eu posso dar um jeito                        
[03:37] Jake: Eu estou soando tão idiota                        
[03:37] Sam: Provavelmente não vou saber o que dizer além de algum papo idiota sobre riscos no teto, mas posso dar um jeito                        
[03:37] Jake: Mas, eu preciso de você aqui para eu ter a garantia que não estraguei tudo                         [03:38] Sam: Te vejo daqui há pouco                        
[03:38] Sam: Deixa a porta destrancada                        
[03:41] Jake: Alright, estou te esperando, babe
2 notes · View notes
blogarteeducacao · 4 years ago
Text
PORTO DE GALINHAS
ele fez tudo. Até o check in no app, chamou uber daqui p rodoviária, comprou passagem, o bus atrasou, e ele pagou uma lotação e eu serio, surtada; n tava acreditando, e eu só pensava q se alguma coisa desse errada tudo bem, n ia criar expectativas até entrar no avião, depois que entrei, não ia criar expectativas até chegar lá, pq ele é doido então essa viagem tinha tudo pra ser ruim também, n sabia se ele estava só ou com amigos, se eu ficaria no mesmo quarto que ele, na mesma cama. Como ele ia reagir, se eu ia querer mesmo ficar com ele ou se ia me sentir obrigada, se bem que isso não era uma preocupação, hoje em dia eu sou bem confiante do que eu quero e de quem eu sou e não fico fingindo ou fazendo oq não quero pra agradar, se incomodar eu lamento muito, por não poder fazer nada, pq essa sou eu. E aí não bastasse todo esse nervosismo minha menstruação desceu kkkkk acho q fiquei tão nervosa q sangrei. Cheguei no aeroporto de Porto mó nervosa, feia igual o cão, ansiosa demais e já avisei ele q já avisou o motorista p me buscar, eai q lembrei da cara feia, corri no banheiro e passei uma make básica so p n chegar igual um Zumbi. Encontrei o motorista e já senti o pernambucano no sotaque dele, todo receptivo, correndo igual doido, comprou um cacho de uva pra gente e cortou com um facão que ele guarda debaixo do banco (ok isso me assustou um pouco) mas depois soube q eh supper normal, eles lá se defendem com faca (oq parece bem doido, mas quem sou eu p julgar né) avsei algumas amigas q eu tava indo, a ana, a bruna, a Kássia, Arycia, Mayalu e minha família ana, Marisa, vovó e mãe. O motorista era tão doido que me deixou dirigir o carro dele em RECIFE kkkkkkkk 2 anos sem dirigir e eu dirigi numa espécie de G-O em outro estado. Foi uma excelente sensação. Aproveitei pra perguntar p/ ele quem tava junto com o Junin e ele disse q um casal. Cheguei no hotel e desci do carro pq n conseguia subir a rampa dirigindo e o Junin tava lá na frente, acho q eu tremi um pouco quando vi, mas dei uma disfarçada até de mim mesma, ele é meio doido chegou falando com o motorista e nem deu oi (laudo médico: surtado) dps q ele foi embora eu falei oi filho, dei um “abraço” e tirei um cilios do olho dele (pq eu nunca perco a oportunidade de ser desnecessária na vida) a gente entrou e o carai nem me ajudou com a mala, ficou me pgtando da viagem quando entramos no elevador e encontramos o amigo dele q tava junto, ele já trocou ideia cmg e era gente boa, isso me acalmou muito. Eles estavam num apê de dois andares, com dois quartos, um do casal e um nosso. Ele me mostrou, tinha uma cama de solteiro q tava com as coisas dele e uma de casal e eu pensei na hora será q vamo dormir junto? Mas afastei o pensamento e fui tomar um banho, dps fomos até o centrinho e fizemos um passeio de buggy pela cidade, dps tomei banho, fomos pra piscina e ficamos lá, só o casal entrou, a gente ficou na borda sentado, dps eu deitei p dormir tava bem cansada, acordei com ele sentado do meu lado mexendo no celular. Ele ainda me olhou meio de rabo de olho, tava com vergonha. Começamos a cvs e um pouco depois estávamos dando uns beijos, meio tímidos não sei, mas acredito q foi só isso e dps eu dormi pq tava cansadinja, no segundo dia a gente foi pra praia de Porto de galinhas e passamos o dia lá, banho de mar, showzinho ao vivo com tu vens de trilha, batata frita como petisco e água de coco p refrescar. Fizemos um passeio de jangada nos corais e em umas piscinas naturais, mergulhamos com peixinhos coloridos e tiramos fotos e vídeos legais, foi tão lindo, eu nunca vivi algo assim. Nesse dia a noite a gente também deu uns amassos fortes, mais que no primeiro dia, eu fiz umas preliminares nele, até chegar lá, como ainda tava menstruada, minha atenção era toda nele, e sei lá parecia que eu sentia tesao de ver ele sentindo, o que tecnicamente eh oq acontece mas mttt raro rolar cmg. Esse dia a gente tava com um nívelzinho bom de intimidade, fazendo gracinhas, quebrando o gelo. No dia seguinte acordamos e fomos pra piscina e ficamos lá um tempo até subir de novo. Continua...
0 notes