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PRIMA PAGINA Corriere Della Sera di Oggi giovedì, 24 ottobre 2024
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Alessandria, Rapinatore Minorenne Aggredisce la Direttrice del Negozio: Arrestato dai Carabinieri
Un tentativo di furto si trasforma in violenza ad Alessandria, con un giovane rapinatore fermato dalla prontezza delle forze dell’ordine. Un grave episodio di violenza si è verificato ad Alessandria, nel quartiere “Cristo”, dove un tentativo di furto è sfociato in un’aggressione fisica. La vicenda ha avuto luogo presso un esercizio commerciale, quando un giovane di 17 anni ha cercato di uscire…
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I fischi a Donnarumma ed il calcio del popolo bianconerazzurro
Ci risiamo. La nazionale ha giocato a San Siro e come già successo in Italia – Spagna gianluigi donnarumma, minuscole volute, si è trovato nuovamente vittima di fischi e i giornalisti con lo smoking bianco si sono sentiti in dovere di moralizzare e spiegare a tutti come si deve fare il tifo. Giornalisti che sono stati i primi a caricare la gara chiedendo di non fischiare il portiere – ottenendo…
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#Il facocero di Castellamare#Il miglior frequentatore della sfogliatella d&039;oro#L&039;uomo con un&039;arma impropria come naso#Nazionale
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Appena letto su LInkedIn postato da un funzionario di Polizia: il migliore che io abbia letto in queste ore e che SPIEGA SCIENTIFICAMENTE che l'algerina NON si può considerare DONNA:
Commento da parte di un “bioeticista medico”
Da bioeticista medico rispondo a bioeticista non medico.
Leggo l'intervista del Corriere della Sera fatta alla professoressa Silvia Camporesi che gira sui social. La tesi della professoressa è che l'atleta pugile Imane Khelif è una donna perché semplicemente affetta da un iperandogenismo assimilato alla sindrome dell'ovaio policistico.
In premessa si deve dire che le opinioni espresse derivano da una conoscenza de relato derivante dai media.
È riferito che l'atleta algerino è portatore di un assetto cromosomico maschile XY. Ciò ha fatto decidere alla federazione pugilistica mondiale l'estromissione dalle competizioni femminili. Non così ha deciso il comitato olimpico che avrebbe giudicato in base ai livelli ormonali nel sangue.
Nella sindrome dell'ovaio policistico si ha però un assetto genetico femminile, XX. Peraltro non tutte le donne affette da policistosi ovarica presentano l'iperandogenismo. Dunque l'assimilazione è impropria.
Quando abbiamo un assetto genetico maschile, al raggiungimento della pubertà (in assenza di patologie che lo impediscono) l'ambiente ormonale androgenico determina modificazioni corporee così marcate e stabili, che un successivo abbassamento dei livelli androgenici non riesce a farle regredire (questo è proprio uno dei presupposti teorici del blocco puberale per i prepuberi con disforia di genere). I livelli di androgeni nel range femminile non rendono un maschio una donna, ma piuttosto consentono di descriverlo come un maschio con ipoandrogenismo affetto da sintomi e segni che ne sono la conseguenza.
Di converso, l'iperandogenismo che affligge le femmine affette da sindrome dell'ovaio policistico, può causare sintomi di virilizzazione più o meno accentuati, ma non fa di queste donne dei maschi.
Nel campo dello sport, la riduzione androgenica dopo lo sviluppo puberale, non atrofizza la massa ossea e muscolare a livelli femminili.
Salvo dunque miglior giudizio reso tale da informazioni che non sono al momento disponibili, l'atleta italiana è stata costretta a combattere contro un atleta maschio con una struttura neurologica, ossea e muscolare di ordine maschile. Presentarla come femmina è incoerente con il normale approccio medico-scientifico con cui capiamo quella costellazione di alterazioni patologiche comprese nel termine "Variazioni delle caratteristiche del sesso".
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Chiudiamo qui ogni ulteriore discussione.
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casos ilícitos
Matías Recalt x f! Reader
Cap 17
Acho que tenho mentido para mim mesma, me perguntando como poderia ter sido, e lutando para manter isso dentro. Ou ver olho no olho com algo novo. Porque não posso continuar correndo atrás disso. E eu era só uma criança esperando por você, para amarrar meus sapatos.
Avisos: Smut, linguagem impropria.
Palavras: 6,7k (tentei resumir ao máximo, pois o próximo já sei que vai ser enormeee)
O barulho inconfundível da cabeceira da cama se chocando contra a parede de seu quarto, não deixava dúvidas aos seus vizinhos do outro lado do que estava acontecendo. O seu cabelo estava começando a grudar em seu pescoço por conta do suor acumulado ali, devido aos esforços de seus movimentos frenéticos.
Seu corpo nu se movia, e se deliciava contra o garoto abaixo de você, que também estava nu, e te olhando com a maior adoração do mundo. O eixo duro dele dentro de sua intimidade, as mãos firmes, e os sons imundos que vocês soltavam, só deixavam o momento ainda mais especial. A cada sentada sua, indo de encontro com ele, aumentava o prazer que a fricção proporcionava, indicando que o seu ápice já estava próximo:
-Isso, não para! - O loiro dizia, revirando os olhos - Porra, você é tão gostosa - Ele continuava, apertando mais as mãos que estão posicionadas em seus quadris te segurando, e levando a boca até um de seus seios, sugando a pele com urgência.
A sensação da boca dele em seu mamilo sensível te leva ao extremo, fazendo com que você feche os olhos e se perca no modo como isso só te deixa mais molhada, e entregue aos toques do rapaz.
Santí é bom. Tipo, muito, muito bom no que faz. Você ainda se lembra de quando há algumas semanas atrás, quando finalmente decidiu que estava prolongado demais isso, e que já estava pronta para ter um pouco mais de contato sexual, se surpreendeu com o desempenho excelente dele na cama.
Antes de Matías, as suas experiências sexuais (o que você deveria admitir, não foram muitas) sempre foram entediantes, e pouco satisfatórias para dizer o mínimo. Mas quando o conheceu, foi a primeira vez que você entendeu como o sexo poderia ser realmente bom, e porque as pessoas gostavam tanto disso. Ele cuidava de você, e sempre se preocupava com o seu prazer antes do próprio, o que de certa forma sempre te encantou. Mas isso tinha acabado, e parte sua, sempre se perguntava se depois dele, você poderia se sentir tão viva assim com outra pessoa, o que felizmente, aconteceu.
Santi era devoto, e totalmente esforçado em sempre atender às suas necessidades. Tudo bem que ele não era espontâneo, com uma fome animalesca nos olhos que pareciam que queriam te devorar e absorver mais de você a cada minuto, mas você poderia viver sem isso. Ele era muito acima do satisfatório, e sempre te deixava mais do que exausta após a sessão sexual.
Ao menos era isso, o que você dizia a si mesma, quando insistia para ele te comer de quatro, e sempre quando ele estava por trás, metendo golpes fundos em você, os seus olhos se fechavam, e sempre acabavam indo de volta para outra pessoa. E nesses breves minutos, com muito esforço e imaginação, em sua cabeça, você ao menos sempre estava com o rapaz de cabelos castanhos quando chegava ao ápice.
Toda. droga. de vez.
Você literalmente não conseguia pensar em uma vez que não tenha gozado, sem a imagem persistente de Matías passando por sua mente. O que te fazia se sentir um lixo depois, e te deixava extremamente frustrada por não estar seguindo em frente.
Então claro, que para provar a si mesma que poderia ser diferente, decidiu mudar um pouco as coisas hoje, e encarar o problema de cara, ficando frente a frente com Santi enquanto ele estocava o membro duro dentro de sua boceta necessitada. Mas mais uma vez, não adiantou de nada, pois assim que as coisas começaram a entrar nos eixos, você se pega fechando os olhos, e imaginando as orbes castanhas te encarando enquanto alcançava o seu orgasmo.
-Ma- Mat- “Matías”, você quase deixa escapar, mas morde o lábio com força para conter o gemido, enquanto sente as ondas de prazer passarem por seu corpo, enquanto ele amolece devido ao orgasmo intenso - Ma- Mais - Você diz, tentando disfarçar a sua gafe, enquanto Santí ainda busca a própria libertação.
Por sorte ele parece não ter percebido nada, perdido demais no modo como os seus seios saltam na frente dele, e se concentrando mais na segunda parte, já que imediatamente após as suas palavras, ele aumenta a força e velocidade das estocadas, não demorando muito para que finalmente goze dentro de você, e tire o membro agora flácido de sua intimidade, e depois indo descartar a camisinha no banheiro de seu quarto.
Quando ele retorna, se torna um amante maravilhoso em cuidados posteriores. Ele te abraça, e te envolve, até que ambas as respirações se acalmem, e ele pegue no sono ao seu lado. Ele é quieto, e você odeia como não consegue deixar de se lembrar que com Matías não era assim. Você costumava ficar acanhada depois da transa, o que só o impulsionava a querer te provocar ainda mais, com palavras sujas, que te faziam corar quase tanto quanto o sexo em si, e te fazer soltar gargalhadas com as atrocidades que saiam da boca dele.
Você sentia falta disso. Sentia falta dele, de formas que sabia que não eram saudáveis. Afinal, não era certo ficar pensando em outro cara, enquanto estava quase dormindo nos braços do namorado depois de uma foda fantástica.
Namorado. Você nunca pensou realmente que voltaria a chamar alguém assim tão rápido depois de Matías. Mas foi o que aconteceu. Só que sem campo de futebol, ou cartazes desta vez. Somente um jantar delicioso em um restaurante caro, com música ambiente ao fundo, e palavras doces. Nada muito exagerado e na medida certa, e obviamente você disse que sim, pois era a coisa correta a se fazer.
Era o que a sua cabeça sempre te dizia: “Ele é bom, e faz bem pra você, então não tenha dúvidas”. Ele era seu, e agora você era dele também. Você tinha que esquecer seu ex complicado, e focar em continuar sua vida. E com esse pensamento, você finalmente se entrega ao sono, e dorme tranquila nos braços de Santi te puxando para mais perto.
— — — —
A sua vida tinha voltado ao normal aos poucos, ao menos tão normal quanto você achou que poderia ficar. Você ainda se encontrava com suas amigas para falarem de coisas importantes como faculdade, provas, trabalho, e outras coisas muito menos importantes como roupas, fofocas, ou algum vídeo aleatório que te lembraram de alguém. Você também já havia se acostumado ao trabalho e se adaptado bem à nova rotina, se enturmando com as pessoas de seu círculo profissional, e entregue às demandas no prazo conforme solicitado. E para melhorar, toda noite voltava acompanhada para casa com o cara perfeito, do sorriso perfeito, com o coração perfeito, de mãos dadas que te deixava contente, tanto dentro, quanto fora da cama.
Já fazia semanas que você não tinha notícias de Matías, e talvez fosse ser assim pelo resto de sua vida. Ambos em lados separados, e com pessoas diferentes, tendo a própria versão de vida que achavam que mereciam.
Mas mesmo que por alguns pequenos momentos do seu dia você tenha pensando nele, também tem que admitir que ficou mais fácil com o passar do tempo. Conforme os dias transcorriam, o ar não ficava mais tão espesso em seus pulmões só de se lembrar dele, e seus olhos não lacrimejavam quando pensava nos momentos bons que compartilharam. E quando se pegava remoendo o fato ardiloso da traição, só sentia um vazio no lugar. Não era mais raiva, ou ódio, era um tipo melancólico de indiferença, se é que isso ao menos existia.
��s vezes, você só fingia que ele não havia existido, e que não tinham se conhecido em primeiro lugar, desse modo, você não teria que se esforçar em superá-lo, simplesmente o empurrando para o fundo de sua mente em um lugar escuro, até que em algum dia, quando você menos notasse, ele já teria saído de lá.
Talvez algum dia o reencontrasse, quando ambos já estivessem casados com outras pessoas, e tendo os próprios filhos, e dessem boas risadas de tudo isso no futuro.
O futuro é engraçado. Na verdade, a vida é engraçada, de uma maneira totalmente aleatória e sem explicação alguma. Um dia, você estava chorando por ter perdido o amor de sua vida, e no outro, você estava se apaixonando por outra pessoa. No começo o sentimento te trouxe uma sensação de ansiedade imensa, mas era a verdade. E bastou uma tarde ensolarada, um vinho, e alguns morangos com chocolate para você entender que o seu coração, além de estar se curando, estava finalmente se abrindo para um novo alguém.
Desde o começo a atração por Santi era palpável, mas agora era outro nível. Você confiava nele, acreditava nele, e se encantava mais por ele a cada dia. Não era algo momentâneo, ou passageiro, pelo o contrário, se continuasse assim, você realmente se via casando com ele em um futuro próximo.
Ele não te escondia dos amigos ou te chamava de amiga na frente de alguém, na verdade era o oposto. Ele parecia orgulhoso toda vez que dizia que eram um casal em algum restaurante, ou em um local público. Ele queria e gostava de estar ao seu lado. Ele te fazia sentir única, e digna de uma atenção que você não achava que era merecedora. Mas toda vez ele provava que você estava errada, te apoiando e te ajudando a entender que você merecia somente as melhores coisas do mundo.
Era tão estranho se sentir desse jeito. Mas você estava começando a se acostumar, aprendendo a amar de novo, e se deixando ser amada na mesma proporção de volta. E de pouco em pouco, Santi estava começando a se tornar sua casa e lar. Se transformando no refúgio do qual você precisava e não sabia.
— — — —
O seu dia não poderia ter sido melhor. O final de semana finalmente tinha chegado, te livrando do trabalho, e dos diversos projetos em andamento com sua turma na faculdade. Você como uma boa introvertida e acomodada, não havia marcado compromisso nenhum hoje, querendo apenas aproveitar o dia em casa com seu namorado, e um filme clichê bobo enquanto ficavam esparramados no sofá, e pediam comida em algum restaurante de comida chinesa que ambos gostavam.
E em meio a essa bolha de conforto, cumplicidade, e comentários astutos nas cenas mais improváveis no filme, em um piscar de olhos o seu dia havia se passado, dando boas vindas ao céu laranja, que trazia o entardecer, e clima ameno ainda se fazendo presente.
Os seus olhos estavam ficando pesados e sonolentos, conforme os personagens do terceiro filme escolhido ainda estavam divagando em busca de algo que você não prestou atenção, e sua cabeça se escorando no peitoral nu e magro de Santi no sofá. O abraçando com ainda mais força, e o trazendo para mais perto, se é que isso era possível, você pensa em se entregar ao sono de uma vez e encerrar o dia mais cedo.
Mas claramente, alguém não estava colaborando com o seu plano, quando o som insistente de algum indivíduo batendo na sua porta soa pelo seu apartamento, te despertando da tranquilidade de seu lar.
Você solta um grunhido mal humorado com a interrupção:
-Aff, o interfone nem tocou - Você diz revirando os olhos, e enterrando o rosto mais ainda contra o peito dele - Não acredito que o porteiro tá deixando qualquer um subir sem me avisar - Continua resmungando, com a voz agora abafada pela pele do rapaz contra seus lábios.
Santi só solta uma risada gostosa, achando graça de sua preguiça e teimosia, e decide te poupar de tal tarefa:
-Deixa que eu atendo - Ele diz enquanto se levanta, e te deixa com a sensação de vazio agora que perdeu o calor dos braços dele em seu entorno, e o perfume másculo que te deixava louca de desejo.
Você não presta atenção em quem está do outro lado da porta batendo insistentemente, e continua assistindo o filme esquecido. Afinal, talvez fosse apenas um entregador que errou o número, ou algum inquilino querendo alguma coisa ou algo emprestado. Ao menos isso era o que você pensava, até que sente os pelos de sua nuca se arrepiando quando o som familiar da voz viaja até seus ouvidos:
–Que merda é essa? - Diz sua irmã surpresa, e você nem precisa ver o rosto dela para saber que a mesma provavelmente está com o cenho franzido, e sobrancelha arqueada em óbvia confusão.
Você se levanta do sofá em um pulo, desligando a TV e se dirigindo até a porta o mais rápido possível para tentar remediar a situação. De todas as formas para os dois se conhecerem, essa com certeza não era a melhor. Não quando Santi estava sem blusa, e o seu sutiã favorito perdido e jogado em algum canto da sala por conta das atividades da noite passada antes de irem pro quarto.
-Oi, posso ajudar? - Diz Santi com cortesia, e igualmente confuso com o tom hostil da mulher na porta.
-Oi, garoto sem camisa na casa da minha irmã - Fala sua irmã mais velha ironicamente, e pelo silêncio, você tem certeza que ela deve estar o medindo de cima a baixo, com a crítica aparente em seu olhar - Quem é você? - A voz o questiona, com as pulseiras no pulso tilintando quando ela cruza os braços o cobrando explicações.
-Sou o Santi, prazer - Ele diz - Sou o namorado dela. - Anuncia em um tom calmo.
Nessa hora, você finalmente os alcança e se põe contra eles, para poder presenciar o silêncio constrangedor que ficou por conta das palavras do garoto. E por algum motivo você está na defensiva agora. O que eles estavam fazendo aqui? Eles ficariam bravos por você não ter contado nada? Ou não dariam a mínima? O que você acha difícil, vendo o modo como Wagner, o qual você só notou a presença agora, encarava o peito nu de Santi em reprovação.
Sua irmã fica confusa com a afirmação do loiro, quase tanto quanto Wagner que está ao lado dela e se apresenta ao garoto em um aperto firme, com o cenho também franzido.
Afinal, o que eles estavam fazendo aqui bem agora? Não haviam te informado nada. Eles estavam de passagem, ou ficariam por alguns dias? Um milhão de perguntas rondavam por sua mente agora, mas infelizmente nenhuma delas com uma resposta.
A sala ainda continuava em um silêncio absoluto. Todos foram apresentados, mas ainda assim, ninguém sabia o que dizer a seguir. Santi não é bobo, já sacou que tem algo errado aqui, e ele não parece chateado por seus familiares não saberem dele, ou de sua recente relação, sendo compreensível e entendendo o seu lado sempre. Mas ainda assim, você não consegue deixar de se sentir culpada por ter negligenciado ele, e envergonhada por nem ao menos ter dito que terminou seu relacionamento antigo.
Sua irmã te encara com afinco, um olhar penetrante do qual você não consegue retribuir no momento, então só engole em seco e desvia do mesmo. Mas não vai ser tão fácil assim escapar dela, e a mesma mostra isso quando começa a falar primeiro:
-Quer saber? Já está ficando tarde, e eu estava pensando que nós duas poderíamos fazer o jantar hoje. - Ela diz, se aproximando de você, mas desvia no último segundo, indo até seu namorado, e apoiando as mãos nos ombros dele - Você gosta de massa Santi? - Pergunta ao mesmo, dessa vez sendo mais simpática e se lembrando do nome dele.
-Sim. - Ele responde, ainda desconfiado.
-Ótimo! - Ela comemora - Porque os dois rapazes não vão comprar o que precisamos enquanto eu e minha maninha arrumamos tudo? - Ela pergunta e ordena ao mesmo tempo. - Aproveitem para se conhecerem um pouco. - Ela finaliza.
Era óbvio que mesmo ela tentando mascarar a situação, a verdade era uma só: Ela queria tempo para falar com você em particular, e tirar essa história a limpo. Mas você não sabia se estava pronta para ter essa conversa, e Santi vendo isso, abre a boca para protestar. Mas infelizmente, sem sucesso, pois ela o interrompe no mesmo instante:
-Eu insisto querido, preciso me desculpar por ter sido grossa com você agora pouco, e prometo que minha comida vai dar conta do recado - Ela fala apertando levemente os ombros dele - Me desculpe, tá bom? Mas vamos usar isso pra gente poder se conhecer melhor durante o jantar, que tal? - Ela diz com a voz tão doce que até você acreditaria nela se não a conhecesse melhor.
E Santi sem alternativa, e não querendo pesar mais o clima, só concorda. E antes que você se dê conta, os dois homens já estão saindo do apartamento (depois do garoto vestir uma camisa, e sua irmã dar uma lista ao marido) e te deixam sozinha para lidar com o dragão a sua frente.
Tudo está te atingindo de uma só vez. Wagner seria legal com ele? Você esperava que sim. Não foi a melhor maneira deles se conhecerem, mas esperava que ao menos ele desse uma chance ao garoto de mostrar o seu valor, e como ele gostava verdadeiramente de você.
Mas você não tem tempo para se preocupar com Santi, pois tem outras coisas com as quais deve se preocupar agora, como por exemplo a figura feminina a sua frente:
-O que vocês estão fazendo aqui? - Pergunta a ela grosseiramente, antes que a mesma tenha a chance de dizer alguma coisa, enquanto você se dirige para a cozinha para como ela mesmo disse “ vocês arrumarem tudo”.
Ela só revira os olhos e começa a te seguir pelo corredor estreito:
-Você estava estranha, não dava notícias há meses, e eu suspeitei que tivesse algo de errado - Ela fala com o tom preocupado, enquanto te vê a dando as costas, e indo até os armários- Aproveitei que ia ter umas semanas de folgas e vim ver como você estava. Fui ver a mamãe também, ela sente sua falta - Ela solta um suspiro - E o papai não para de falar no Matías, acho que gostaram mesmo dele. - A mesma joga um verde para ver sua reação.
Você se vira para ela, agora com as portas dos armários abertos, e a encara com a expressão limpa para o descontentamento da mulher:
-Eu estou normal, e também estou com saudades deles - Responde, ignorando propositalmente a última parte do que ela disse, e voltando a procurar o objeto no armário.
Aparentemente, a sua recusa de falar no assunto, é o ponto de ebulição para a paciência dela que se desintegra por total, a fazendo questionar em um tom mais severo:
-Já chega! O que está acontecendo? Quem é ele, e onde está o Matías? -Ela exclama fazendo gestos espalhafatosos com as mãos em indignação - Ele sabe que tinha um cara quase sem roupa aqui na sua casa? - Termina de falar, apontando um dedo em seu rosto.
Isso só te deixa mais indignada e raivosa. Primeiro ela vem até sua casa sem ser convidada ou avisar, e depois ainda quer cobrar respostas sobre sua vida particular, te pintando como vilã sendo que não sabia nem metade do que aconteceu:
-Pra começo de conversa, o garoto tem nome, e o Santi não estava quase sem roupa, ele só estava sem camisa. - Retruca, dando as costas a ela novamente, e procurando uma das panelas que você sabia que estava em algum lugar - Tá calor, e a gente namora, então não é como se eu não tivesse visto ele sem roupa antes. - Fala revirando os olhos, ainda na procura do objeto.
- O Matí…- Ela recomeça um segundo depois.
-Foda-se o Matías! - Você diz ríspida, finalmente explodindo, e a interrompendo no meio da frase -A gente terminou já faz um tempão ok? Não é da conta dele se tem um cara aqui na minha casa ou na minha cama, então não fica colocando ele na conversa.- Fala frustrada, e liberando a sua raiva com a insistência da mesma.
-O que? Como assim? Me conta direito o que aconteceu.- Ela pede, enquanto vai a pia lavar as mãos, e separar um pano de prato.
Neste instante, você a olha por cima do ombro, e as duas se encaram por um segundo. A dúvida se você vai atender ao pedido dela e contar tudo te assombra. Ninguém sabia o que havia acontecido, somente os amigos dele que presenciaram tudo, e Santi que é seu atual namorado. Como você iria olhar sua irmã nos olhos e dizer: “Então, o cara que eu era louca me chifrou, enquanto eu estava fantasiando em me casar com ele, e construir um futuro, ele tava se enterrando na vagina da ex, engraçado né?” Isso era muito humilhante.
Mas até quando você carregaria isso? Até quando iria mentir falando que terminaram por divergência de opiniões ou porque queriam coisas diferentes? Ela não iria cair nessa. Ela sabia que você gostava dele, então não seria qualquer coisa que fariam vocês terminarem. Com um suspiro resignado, você sabe que é melhor acabar logo com isso de uma vez.
Ainda de costas, com as mãos nos armários, tenta esconder o modo como elas estão trêmulas, e seu corpo se encolhe se preparando para o que vem a seguir:
-Ele me traiu - Você admite em um sussurro, e mordendo o lábio para conter um soluço, enquanto sente os olhos pinicarem. Até agora, você pensava que a única coisa que estava te impedindo de falar sobre o assunto traição, era o constrangimento, mas bastou uma conversa com sua irmã para te provar que não era bem assim. Ainda tinha um resquício de dor, e angústia ali, junto com mais alguma coisa da qual você não queria pensar agora. Então esmagando os seus sentimentos, e expirando profundamente, você se recompõe, pois se recusava a chorar novamente por ele - Já tem uns dois meses - Começa a explicar - Eu descobri que ele teve uma recaída e ficou com a ex dele. - Diz, engolindo em seco e tentando prosseguir - Ela foi brava na casa dele pra devolver um casaco que ele tinha esquecido, e depois disso, eu terminei tudo. - Uma lágrima sorrateira desce por sua bochecha, e você a limpa rapidamente com a costa da mão antes que alguém possa notar.
Finalmente encontrando a droga da panela, você se vira para ela, ainda receosa, para ver o que ela tem a dizer agora que sabe de tudo. Ela sentiria pena de você? Dó? Ou estaria com a expressão de “eu te avisei!?”:
-Eu sinto muito - Ela fala depois de alguns segundos, te surpreendendo e se aproximando de seu corpo, abrindo os braços para te abraçar em um aperto quente e reconfortante.
Por alguns segundos você quer se entregar a isso. Deixar a cachoeira de lágrimas se esparramarem até inundar todo o seu rosto, e sua voz ficar rouca de tanto chorar e gritar. Mas sabe que não pode fazer isso. Vocês tem um jantar para preparar, e um namorado para apresentar. Se lamentar e sofrer por Matias, não iria ajudar em nada agora. Nunca ajudou para ser sincera.
E assim que se separam, agora recompostas, depois dela afagar suas costas e passar as mãos por seus cabelos, ela continua te confortando:
- Ele parecia gostar tanto de você, é difícil acreditar que ele faria isso depois de tudo. - A mesma diz com uma expressão fechada se lamentando, e pensando se havia se enganado tanto assim em medir o caráter do rapaz.
- Bom, tecnicamente foi antes - Você fala, levando o panela até então esquecida no balcão para lavar, enquanto ela começa a procurar os talheres na gaveta ao lado - Ao menos, é o que ele diz. - Conclui, zombando ao lembrar das palavras do garoto.
-Como assim?- Ela questiona, selecionado os melhores garfos e facas dos quais você dispunha.
-Ele me disse que eles ficaram depois que ele me viu com o Wagner um dia no posto de gasolina. Foi um pouco depois de vocês chegarem. - Explica, tirando a panela do jato d'água, e indo ajudar ela a pôr a mesa.
-Peraí - Ela fala te interrompendo de suas tarefas, e te apontando um dedo enquanto arqueia a sobrancelha - Se foi um pouco depois da gente vim te ver, então ele ficou com ela antes de vocês começarem a namorar? - Questiona confusa, frisando a palavra antes.
-É o que ele diz. - Você responde, fazendo desdém do mesmo.
Você dá a volta por ela indo até o outro armário, e começa a pegar os pratos, fazendo uma nota mental para si mesma de conferir depois se tinham guardanapos limpos para todos. Afinal, sua irmã sendo perfeccionista do jeito que é, não deixaria passar nada.
-Se isso for verdade, e ele ficou com ela nesse período, então tecnicamente ele poderia - Ela diz - Você tinha terminado com ele, e só voltaram a sair, e futuramente a namorar só depois. - Recapitula como se fosse o óbvio.
As palavras dela te pegam de surpresa. Como em um instante ela estava do seu lado te consolando, e no segundo estava defendendo o cara que partiu seu coração? A ironia da situação seria engraçada se não fosse tão crua e cruel. Era óbvio que isso já tinha passado pela sua cabeça um milhão de vezes antes, a típica frase “perdoa ele, isso foi antes de vocês começarem a namorar”. Mas tinham duas coisas que te impediam de fazer isso. A primeira era: Independente de estarem namorando ou não, você achava que merecia ao menos um pouco mais de consideração dele pelos meses que compartilharam juntos ( ainda mais levando em conta tudo o que você teve que aguentar sendo o segredinho sujo dele). E segundo: Quem poderia afirmar que foi realmente só um beijo, e que tinha acontecido só uma vez, como ele havia dito? Matías era um mentiroso, e você nunca mais acreditaria em uma palavra que saísse da boca dele.
Uma risada amarga escapa pelos seus lábios:
-Isso não importa! Ele sabia que eu tinha inseguranças a respeito dela, e não pensou duas vezes em ir se enfiar no meio das pernas daquela garota - Exclama aborrecida - Ele só usou eu e o Wagner como desculpa.
-Ainda não entendi, o que o Wagner tem haver com isso? - Ela pergunta, não entendendo a conexão do homem na história.
-O Matías é um idiota que pensou que nós estavamos juntos. - Fala, revirando os olhos - Ele foi todo bravinho me perguntar, e me chamou em um canto lá do posto pra saber quem era o cara do meu lado. - Você conta, ainda desacreditada com a ousadia e estupidez do rapaz. Só a ideia de você e Wagner como um casal, te dá náuseas, e é terrivelmente desconcertante aos seus olhos. Impossível de acontecer.
E sua irmã parece concordar com isso, já que quebrando todo o clima tenso, ela solta uma gargalhada generosa com o que você contou:
-Meu Deus! hahahaha - Ela fica histérica, se sentando em uma das cadeiras da mesa, e jogando a cabeça para trás enquanto os risos altos preenchem o ambiente. Você só fecha a cara e revira mais os olhos, deixando uns bons minutos se passarem para ela tentar absorver o que você disse.
Um tempo depois, ela parece voltar à realidade, e tenta se controlar, levando as mãos à barriga para controlar a dor que as risadas violentas causaram- Tenho que te falar, preciso agradecer ele, faz tempo que alguém não me faz rir assim - Ela comenta, se abanando, para o rosto agitado dela volta a cor normal - Mas voltando ao assunto - Ela limpa a garganta se endireitando no acento - Aí você respondeu que ele era o seu cunhado né? o que ele falou? - Questiona mais seriamente.
Na mesma hora, a culpa te assola, junto com as memórias que vem a sua cabeça:
“- Você tá trepando com ele? – Matías te pergunta, com o rosto ainda enterrado em seu pescoço.
- Ele te fode como eu? – Questiona de novo, e vai descendo o rosto, enquanto roça o nariz no vão entre seus seios, no decote de sua blusa. Você não diz nada, e ele dirigindo o olhar a você, diz - Não, ninguém pode te foder como eu, você sabe disso. – Afirma convencidamente, se pressionando ainda mais contra você.
- E se eu estiver? – Você desafia - Talvez seja isso que eu precise – Faz uma pausa dramática – Um homem, pra me mostrar o que eu estava perdendo, esse tempo todo.”
Você não se lembra de muita coisa depois disso. Só se recorda que ele te dedou naquele banheiro te fazendo ter um dos melhores orgasmos de sua vida, e ficar com as pernas parecendo gelatina após o ato, doendo na necessidade de ter ele dentro de seu íntimo.
A memória te faz corar, e limpando a garganta, você continua:
-Eu… eu não devia satisfações pra ele - Rebate desviando da pergunta, e indo procurar os tais guardanapos para se ocupar com alguma coisa.
-Então ele também não devia pra você. - Sua irmã retruca duramente.
-Eu não afirmei e nem neguei nada, ele tirou as próprias conclusões que quis naquele dia. -Sua voz se defende - E de qualquer forma, eu não tava ficando com ninguém depois que terminei com ele - Argumenta, tentando manter a situação sob controle.
-Mas ele não sabia disso - A mesma fala na ponta da língua - Ele suspeitou, e foi te perguntar, e pela sua reação, você não deve ter sido muito boa em contar a verdade pra ele e esclarecer as coisas. - Ela afirma, conseguindo te ler tão claro quanto uma revista.
- Isso não muda nada. - Bate o pé, deixando os guardanapos na mesa e cruzando os braços.
-Isso muda tudo! - Ela insiste - Deixa eu ver se entendi - Ela diz, se levantando para fazer um drama, e como você apelidou carinhosamente de “falar com as mãos” - Vocês terminaram, ele te viu com um cara alto, bonito, mais velho, se sentiu incomodado com isso, e foi te perguntar quem era o tal fulano - Ela recupera o fôlego - Aí você deu a entender que era um interesse amoroso, e quando ele voltou com a ex você ficou brava? - Ela se senta novamente - Não to dizendo que ele não foi babaca, mas se os dois já tinham terminado, e ele pensou que você já estava com outra pessoa, era claro que ele iria ficar com raiva e pegar alguém também. - Ela termina de falar, cruzando as pernas, tendo finalizado o seu caso de defesa em prol do Recalt.
As palavras dela impregnam o seu cérebro assim que ela a solta, e te fazem estremecer por dentro.
Você nunca tinha parado pra pensar por esse lado. Será que você também não tinha uma parcela de culpa nisso? Se as coisas fossem diferentes, e você tivesse mesmo com outro cara naquele dia, do jeito que Matías pensou que você estava, isso mudaria o cenário? O seu estômago se afunda com a resposta óbvia para isso.
Mas ele tinha que saber que era mentira. Como ele poderia achar que uma garota que passou meses se dedicando a um cara iria esquecer dele tão rapidamente assim? Como ele poderia pensar por um minuto que você não o queria, e que o havia esquecido? Então sim, talvez você tenha sido um pouco culpada por ter deixado ele acreditar nisso. Mas o buraco era muito mais embaixo. Ele deveria ter lutado mais por você, e ter tentado te reconquistar sendo honesto, e mostrar que se importava com sua ausência porque aprecia sua pessoa, e não por ciúmes de ter perdido o brinquedo favorito para outro homem.
E essa é a arma que você tem para usar agora:
-Ele deveria ter tentado mais, e ter me chamado pra conversar sério antes de fazer o que fez, não ter uma crise de ciúmes idiota em um estabelecimento - Fala com rancor - Eu aguentei muita merda vinda dele, eo mínimo que ele poderia ter feito, era ter sido honesto comigo, e ter me dado um tempo pra pensar e depois me procurar - Sua garganta começa a arder, e você engole o choro - Mas claro que ele não iria fazer isso, era muito mais fácil ir trepar com outra e ir aproveitar a liberdade dele - Afirma, sentindo o gosto amargo na boca - E de qualquer forma, isso não importa mais - Você fala - Ele pode dormir com quem quiser, eu já tô com outra pessoa agora. Alguém muito melhor. - Afirma convicta.
-Você realmente gosta desse garoto? Ama ele? - Ela pergunta preocupada com a sua teimosia e instabilidade.
-Ele é legal, bonito e muito inteligente. - Você começa a listar as qualidades dele enquanto colhe utensílios espalhados pela cozinha, os deixando na linha de visão do balcão, para facilitar o processo de cozinhar depois.
-Não foi isso que eu perguntei. -Ela rebate, não deixando passar em branco a sua falta de resposta para algo que deveria ser simples.
-Eu…eu estou me apaixonando por ele, de verdade. - Você a conta, sendo sincera e abrindo o seu coração, se permitindo ser transparente e vulnerável - Pode não ser amor à primeira vista como foi com o Matias, mas tá tudo encaminhando para que isso aconteça. Ele é carinhoso, respeitoso, verdadeiro, e muito bom pra mim - Diz com orgulho em sua voz - Eu sinto que ele é a primeira decisão correta que eu tomo em muito tempo. Você me entende? - Diz temerosa, pois o apoio dela agora é mais importante para você do que você gostaria de admitir.
- Me escute, eu só quero que você seja feliz - Ela explica te acalmando - E se você acha que vai encontrar isso com esse rapaz, então tudo bem. - Ela afirma, e você não consegue deixar de notar certo tom de derrota na voz dela.
Um silêncio tenso se instala no cômodo, o que é estranho levando em consideração que nos últimos minutos vocês não calaram a boca discutindo uma com a outra. Mas quando você abre a boca para dizer alguma coisa que nem você ao menos sabe o que é, ela te interrompe - Só por favor, se cuide OK? E trata de conversar mais comigo de agora em diante. Sei lá, me liga, e a gente pode fazer a noite das garotas com filmes clichês, e biscoitos de chocolate com sorvete, como antigamente. - Ela te pede, voltando a ser a irmã mais velha da qual você sentiu tanta falta, e só apreciou agora.
-Tudo bem. - Você concorda.
E antes que perceba, vocês estão se abraçando de novo, e rindo do quão idiotas tem se comportado até este instante, mas finalmente podendo matar a saudade que estavam sentindo uma da outra.
- Agora me deu vontade de comer biscoitos! - Você reclama se separando do aperto dela.
-Não diga mais nada. - Ela responde te dando uma piscadinha.
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Assim que os dois rapazes retornam (aparentemente com as expressões calmas, o que não indicava uma possível discussão ou intimidação para o seu alívio), sua irmã pega os mantimentos comprados, e os despacha para a sala com urgência, para deixar a cozinha livre e esperarem até estar tudo pronto. E enquanto ambas começam a descascar, cozinhar, e refogar os ingredientes na manteiga, em um clima descontraído, ela não toca no assunto Matías pelo resto da noite, te deixando grata pelo gesto.
Quando tudo fica pronto, e os dois membros masculinos se dirigem até a mesa de jantar, a conversa felizmente se segue de maneira cordial, e espontaneamente divertida para todos. Entre o interrogatório e perguntas constrangedoras, Santi sempre é simpático, e carismático o bastante para conseguir lidar com tudo com leveza e simplicidade.
-E a pergunta mais importante de todas, pra qual time você torce ?- Pergunta Wagner sério, e cruzando os braços.
E depois que Santi o responde, você acha que ele deve ter respondido certo, já que a seguir os dois soltam uma risada calorosa e um aperto de mão forte, como se já fossem amigos e colegas há anos.
Em algum momento, enquanto preparava a massa da comida, sua irmã realmente te fez os prometidos biscoitos de chocolate, com a massa maravilhosa dela que ela conhecia tão bem, os quais rendeu uma sobremesa maravilhosa e muito bem vinda depois da refeição. Santi a elogia o tempo todo pela comida preparada meticulosamente, arrancando risadas e bochechas coradas de sua versão mais velha, a qual já estava se derretendo pelo garoto a cada minuto. E talvez não demorasse tanto para que o carinho que ela sentia por Matías, se transferisse para Santi como você imaginava.
Até o final da noite, sua família parece decidir que Santi é um bom garoto (já que aparentemente você não é uma adulta funcional o bastante para julgar o bom caráter de alguém) e falam abertamente que o aprovam, e jogam a ideia de se encontrarem mais vezes para aproveitar o tempo que eles estariam na cidade e fazerem algo em grupo, o que você sabia que era só mais uma desculpa pra eles averiguarem se você estava realmente bem (ainda mais Wagner com quem você não teve a chance de conversar verdadeiramente muito hoje) e ficarem de olho em você.
E quando eles vão embora, o alívio finalmente toma conta de você. Te deixando respirar com mais facilidade e relaxar os músculos. Mais tarde, quando vai se deitar ao lado de seu namorado na cama para dormirem, não consegue deixar de se lembrar que dá ultima vez que se sentiu assim, foi quando eles tinham conhecido um garoto de cabelos castanhos, e o aprovado, te deixando extremamente orgulhosa e feliz. E um sentimento semelhante a este estava tomando conta de você agora, reconhecendo o modo como o loiro foi compreensível, e suportou todo o peso desta noite que não havia sido planejada, simplesmente porque gostava de você.
-Bom, sobrevivi - Santi brinca, se mexendo ao seu lado nos cobertores, e te olhando com os olhos já cansados pelo sono.
-Me desculpa por isso, eu devia ter contado pra eles. - Você pede, levando a mão direita até a nuca dele, e o acariciando na área, o que só faz com que ele ronrone manhoso, e se incline ao seu toque - Mas é que foi tudo tão rápido e…- Você solta um suspiro pesado - Quer saber? Não tem justificativa, eu estou errada e pronto.
-Ei, calma, eu não to bravo - Ele diz, tirando a sua mão da nuca dele, e dando um beijo suave nela, antes de entrelaçar os seus dedos. - Eu sei que é complicado, mas pelo menos o pior já passou. - Ele te conforta, te trazendo para mais perto, e te abraçando com a maior proteção e segurança que pode te transmitir.
Ele te embala, trazendo o seu rosto até o peito dele (o qual já estava virando seu travesseiro favorito) e te molda ao corpo maior do mesmo, até que em poucos minutos você consiga escutar a respiração compassada dele, e ver a expressão tranquila que o rapaz fica quando adormece.
O quarto está silencioso, esquecido em uma calma profunda e pacífica, a mesma qual você gostaria que sua mente se encontrasse neste momento. Nem mesmo a neblina do sono consegue apagar a conversa que teve com sua irmã mais cedo, remoendo tudo em sua mente. Será que você tinha cometido um erro? Foi injusta?
Matías tinha ficado com alguém, mas se o que ele disse for verdade, foi só depois que pensou que você tinha ficado com outra pessoa. Mas afinal, isso mudava alguma coisa? Isso não era necessariamente uma justificativa, mas ainda assim afetava um pouco a perspectiva e a visão das coisas.
Talvez ele nem quisesse ficar com ela e só queria te esquecer, ou só estava querendo provar um ponto idiota a si mesmo, ou o mais provavel, ele queria uma boceta e foi atrás da primeira que pudesse encontrar. Soltando um bufo irritada com tantas teorias vazias, você se amaldiçoa por se permitir sequer tentar justificar as escolhas dele. Ele fez o que fez porque queria e ponto. Já era tarde, e a única coisa que você sabia depois dessa noite, era que você estava em um relacionamento maravilhoso e sua irmã e cunhado aparentemente adoraram o rapaz. Com isso, não restavam espaços para incertezas, ou ressalvas no seu relacionamento. Sua irmã já sabia, então logo seus pais também saberiam que você estava com outro cara, e desse modo, você tinha que se entregar cem por cento a esse relacionamento, e estar presente de corpo e alma. Uma parte sua se anima com a expectativa de que finalmente poderia fazer coisas bobas como postar fotos juntos, ou mudar o seu status no perfil das redes sociais. As coisas estavam ficando cada dia mais sérias, e não demoraria até você apresentar Santi para seus pais no próximo compromisso de família.
Ele era o seu futuro, e depois dessa noite, você só tinha ainda mais certeza disso. Então deixando escapar um último suspiro que leva os tormentos desse dia embora, você se entrega finalmente ao sono, e se aconchega mais no calor de seu amado.
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Obs: a lembrança da leitora faz referência ao capítulo 4 caso queiram reler 😉. Espero que tenham gostado e até o próximo que vai ser pelo ponto de vista do Matías 🙈😚
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who are we to fight the alchemy
Matias Recalt (+18)
nota da autora: oi gente, voltei, farei oneshot agora, espero de coração que gostem, agora para o público BR 🫶🏼
wc: 3k + não foi devidamente revisado
౨ৎ warnings: (+18) mdni; uso de álcool e cigarros; fluff no final; menção a reader ser lgbtqia+; linguagem impropria; oral sex (me falem por que eu provavelmente esqueci alguns)
Ser uma atriz não era fácil, ser uma atriz brasileira era muito menos ainda. A mulher se encontrava sentada em uma das cadeiras enrolada com um manto que cobria meu corpo à guardando do frio que fazia durante a noite em buenos aires enquanto observava atentamente Matias filmando a sua cena com seu colega de elenco, logo mais ela entraria para o próximo take e estava muito mais que ansiosa, seria uma cena um tanto tensa, mas ela sabia que do lado dele ele me acalmaria. Estavam filmando um romance daqueles clichês dos anos dois mil que todo mundo adora, e era surreal depois de tanto tempo assistindo, finalmente fazer parte de um, logo seus pensamentos foram interrompidos com as mãos geladas de Matias tocando seu ombro descoberto a fazendo dar um pequeno pulo da cadeira arrancando uma risada do rapaz, e assim começaram a filmar uma das últimas cenas do dia. Durante as filmagens eles haviam combinado de fazer um bom marketing pro filme, tal qual a grande Sidney Sweeney havia feito em seu último filme.
Mas para Matias isso seria um ótimo momento para conhecer mas mais sua nova parceira, e não poderia soar tão bom quanto a risada calorosa da mulher em sua frente que segurava seu café precisamente com leite de amêndoas e um pouco de chocolate, essa risada que envia arrepios por todo corpo do homem, e até talvez algumas borboletas diretamente para seu estômago, se não fosse tão errado isso seria tão certo. Agora sentados em um banco com seus copos ao lado de seus corpos e seus corpos agora talvez um pouco mais aquecidos, ela segurava seu cigarro com seus dedos enquanto se inclinava para Matias que agora segurava com suas mãos um pouco trêmulas seu isqueiro acendendo, depois de um trago a mulher soltou a fumaça para o vento gelado da cidade até dar um belo sorriso “Eu sei que parece bobo, mas as vezes eu fico me perguntando se seria legal viver esses romances clichês” O homem de olhos castanhos lançou um olhar confuso para ela “Eu achei que todo romance fosse clichê” Ele falava e logo dava um trago em seu cigarro “Nem todos, as vezes as coisas só acontecem, mas e você? Como conheceu sua namorada?" Ela falava agora com seu olhar no homem mas logo virou um pouco do rosto para dar mais uma tragada em seu cigarro sem querer jogar fumaça no rosto do rapaz “Faz tanto tempo que eu nem lembro na verdade…” Ele falava um pouco pensativo “E você? nunca viveu nenhum clichê?” Ele perguntava observando o rosto da mulher, como a ponta de seu nariz estava vermelho pelo frio “Está apaixonado pelo seu parceiro de cena, serve?” ela pensou mas logo respondeu ele enquanto terminava seu cigarro “Um romance de uma semana conta como clichê?” ela falava rindo um pouco antes de explicar sua situação […] “Estava tudo bem, conversando pelo celular, até que no encontro ele simplesmente enfiou a droga da língua no meu nariz” Ela falava com uma falsa irritação e tudo isso só fazia Matias gargalhar sobre suas histórias terríveis. Mais tarde eles se encontravam andando novamente pelas ruas de Buenos Aires de volta para seu hotel “Sério, eu esperei a noite toda pra beijar ela e quando aconteceu ela simplesmente bateu o dente com tudo no meu dente, a única coisa que eu consegui pensar foi que se tivesse quebrado ela me ajudaria a pagar uma dentadura” Matias tentava conter a vontade de segurar a mão da mulher e sair andando ao lado dela, passando boa parte do caminho mordendo a parte interna de sua bochecha “Não sei nena…tá me parecendo que talvez você não saiba beijar” ele falava tentando provocar a garota enquanto ria e ela olhou para ele com uma falta indignação enquanto estava com a boca aberta e logo deu um sorrisinho de canto “Acho que você vai descobrir amanhã” ela falava agora em frente da porta se seu quarto “Beijo técnico não conta” Ele falava apontando o dedo enquanto ria e ela sentiu seu rosto aquecer “Boa noite, Recalt” Ela falava abrindo sua porta e antes de entrar ela gritou para ele que estava no corredor em direção a seu quarto “Escova os dentes hein, e não esquece o fio dental” Ela falou alto rindo e logo entrou em seu quarto o trancando e soltando um suspiro enquanto sentia suas costas na porta.
A manhã seguinte foi quase como um borrão, passando entre tomar café da manhã e ir para a maquiagem, hoje seria a continuação da cena do primeiro encontro dos personagens, a garota e matias se encontravam sentados no sofá cenográfico da casa cenografia do personagem do homem enquanto ele despejava algumas palavras doces e românticas enquanto passava sua mão habitualmente gelada pelo rosto da mulher enviando calor para lugares indesejados e logo seu dedo indicador passava pela pele macia dela chegando ao cabelo de sua nuca o segurando pela raiz enquanto a puxava para um beijo, logicamente cenográfico…ou não? Os lábios macios de Matias agora tinham um gosto de pasta de dente e um toque de morango, quando a sua língua ameaçou entrar na boca da mulher ela precisou se conter para não se assustar mas logo se deixou levar pelo momento enquanto agora suas bocas travavam uma batalha deliciosa de controle, talvez eles estivessem se empolgando demais e em seguida beijo que logo foi interrompido pelo homem sugando o lábio inferior da garota deixando uma mordida leve. Os olhos dela pareciam brilhar ao olhar para ele depois do beijo arrebatador. Era fato que ela havia passado o resto do dia passando os dedos pelos lábios sentindo como se ele ainda estivesse ali.
Sentados em umas cadeiras que foram colocadas atrás de seu trailer eles novamente dividiam o cigarro enquanto trocavam algumas palavras “Você comeu morangos hoje?” Ela perguntou saindo totalmente de qualquer tópico que eles estivessem conversando “No café da manhã, por que?” Ele perguntava com a cabeça inclinada e com um olhar curioso “Nada…escovou os dentes, uh?” Ela falou rindo um pouco antes de pegar o cigarro da mão do rapaz dando um longo trago “Não é como se eu não fizesse isso todo dia, não é mesmo?” Ele falava rindo enquanto observava os cabelos da mulher voarem com o vento frio que passava por eles “Mas eu jamais iria proporcionar uma experiência ruim para a minha parceira de elenco” Logo o cigarro voltou para ele enquanto observava ela soprar a fumaça.
Era o fim das filmagens de sexta-feira quando a mulher passou por matias como um furacão em busca de sua bolsa “Hey, as garotas vão em uma balada que tem perto do hotel em…” Ela parou olhando para seu relógio em seu pulso “Alguns minutos, por que não vem com a gente?” Ela perguntava um tanto ansiosa pela resposta do homem e pela pressa para ir embora “Eu não sei…” Ele falou coçando sua nuca enquanto pensava “Acho que a Maite não vai gostar, mas me manda a localização, talvez eu apareça” Ele falou e logo a mulher concordou com a cabeça sumindo de sua vista rapidamente.
A música alta espancava os ouvidos de Matias quando ele entrou no lugar cheio de pessoas dançando ao som de alguma música, juntamente com o cheiro de álcool que fazia ele pensar que poderia ficar bêbado só de respirar naquele ambiente. Com seus olhos castanhos ele vasculhou todo o local até que ele finalmente encontrou a mulher sorridente ao lado de suas colegas de elenco enquanto bebia algum drink avermelhado, ele se aproximou lentamente e antes de poder dar boa noite algum de seus amigos chegou batendo em suas costas e o cumprimentando. Já ela ao ver o rapaz não tirava o sorriso maroto do canto de seus lábios, talvez o fato que estava um pouco altinha e ele parecia tão…sexy era uma mistura totalmente perigosa e inexplorada. Em alguns minutos ele voltou ao grupo dando beijos nas bochechas e as comprimentando enquanto dividiam algumas bebidas, Matias logo viu as mulheres gritarem em conjunto quando começou alguma música da Beyoncé e elas se juntaram em coreografia enquanto ele estava sentando no bar olhando e negando com a cabeça enquanto ria baixo, o clima entre ele e sua parceira de tela havia estado tenso desde o beijo que compartilharam, antes de ter tempo para pensar nisso, elas voltaram para o bar ofegante enquanto voltavam a beber, sua dupla se sentou ao seu lado enquanto bebia seu drink colorido pelo canudo, até que ele quebra o gelo a chamando para fumar em algum canto mais reservado, ainda dentro da balada, mas com uma coifa ao seu lado que ajudava a não poluir o ambiente, ela parecia animada enquanto dançava um pouco contida enquanto ouvia as músicas no fundo, até ele ver os olhos dela se arregalarem e ela dar pulinhos animadas logo começando a cantar alguma música de beyoncé aposto que você, verá longe, aposto que verá estrelas cantava enquanto olhava para ele, que estava hipnotizado em como as palavras pareciam tão sedutoras saindo dos lábios gordos e brilhosos pelo gloss que estava usando eu quero ir mais alto, posso sentar em cima de você ? Foi como um fósforo para toda gasolina que ele estava transbordando agora, sem pensar duas vezes ele jogo o cigarro no chão pisando em seguida e logo agarrou com força os cabelos da nuca da mulher selando os lábios ferozmente, um beijo cheio de raiva e tesão acumulado, logo seus beijos desceram para o pescoço dela, quando ele a empurrou contra a parede deixando sua bochecha prensada na parede gelada enquanto ainda segurava os cabelos da mulher com força “Você acha mesmo justo ficar me provocando a porra da noite toda, nena?” Ele falava com um tom de raiva em sua voz enquanto ele se aproximava mais das costas da mulher a deixando sentir sua ereção iminente tirando um sorriso travesso da mesma, que parecia uma bagunça na frente dele agora. A mulher agarrou o resto de canalhice que havia no seu corpo e despejou no rapaz “Você acha justo me beijar daquele jeito e não fazer nada, Recalt?” Ela falou e deu um sorriso com a língua entre os dentes quando começou a sentir novamente as mãos frias do homem passando pelo seu corpo, deixando beijos quentes em seu pescoço a fazendo ficar mais molinha a cada segundo, até que ele a vira na parede novamente agora tendo seu rosto em frente ao dele enquanto as costas dela estavam na parede e ele logo a puxou novamente para um beijo feroz novamente “Você quer sair daqui um pouquinho, nena?” Ele falava enquanto sentia o cheiro de lavanda no pescoço da mulher que só soube concordar com a cabeça fazendo ele dar uma risada “Já está assim, princesa?” Ele falava com sua voz agora um pouco mais baixa que o normal, até levar seu dedo indicador segurando o queixo dela levando o rosto delicado dela até sua visão “Quero te ouvir…você quer sair daqui, princesa?” Ela logo olhou para ele com um olhar carente e urgente “Por favor…Mati” O jeito que seu apelido saiu dos lábios da mulher poderia fazer ele gozar naquele momento, mas logo ele sacudiu a cabeça tomando a mão da garota e saindo da balada rapidamente sem pensar duas vezes.
Já no quarto da mulher que era o mais próximo no momento Matias fazia seu melhor para tirar o vestido dela o mais rápido possível, enquanto a mulher olhava para ele com o melhor sorriso sapeca nos lábios quando ele deita por cima dela a beijando com urgência fazendo a mesma soltar um gemido ao sentir o pau do rapaz pressionando sua intimidade por cima de sua calcinha que agora se encontrava encharcada. você fica tão linda quando ta gemendo meu nome ele falava agora com dois dedos dentro da mulher a fazendo se contorcer embaixo dele gemendo o nome do homem que fazia movimentos rápidos entortando os dedinhos para encontrar o lugar ideal “Mati, por favor…eu não aguento mais” Ele olhou para ela com um olhar divertido e um sorriso no rosto enquanto desafiava ela “O que você quer, nena? diz pra mim que eu faço” Ela olhou para ele com suas sobrancelhas juntinhas dando seu melhor olhar de coitada para ele enquanto gemia manhosa “Eu quero que você me foda” ela falava em um tom que chegava ser cômico a falsa inocência da mulher “Okay, princesa não precisa pedir duas vezes” Ele falou tirando seus dedos dela e segurando sua cintura enquanto a puxava deixando a mulher de costas com sua bunda empinada para ele que sem pensar duas vezes deixou uma bofetada forte em uma das nadegas da mulher, logo vendo se formar uma mancha vermelha no local. Sem exitar ele logo preencheu a mulher enquanto revirava os olhos de prazer sentindo sua umidade e seu aperto.
Foi assim boa parte da madrugada, eles experimentando novas posições, o chuveiro também pareceu muito atrativo enquanto ela estava de joelhos na frente do homem o dando o que ele poderia chamar de o melhor boquete da vida dele, depois a mulher logo estava sentando nele como havia prometido e agora ele se encontrava passeando pelos sinais do corpo dela, deixando beijinhos e acariciando “Se eu soubesse que seria tão bom teria dado em cima de você antes” Ele falou rindo enquanto acariciava os dedinhos macios da mulher, brincando de entrelaçar os dedos, parecia tão íntimo. Estava perfeito, certo? não, errado, foi o que a mulher constatou quando acordou na manhã seguinte sentindo o lado da cama frio e vazio, onde ele estava? porque ele havia ido embora? Todas essas perguntas agora rondavam a cabeça da mulher.
Chegando no set ela se encontrou com o rapaz que estava agindo como se nada estivesse acontecendo, ela estava com um grande questionamento em sua cabeça a fazendo sentir até um pouco de dor, mas ela logo tomou um bela copo de seu café favorito e tentou agir como uma adulta madura com toda essa situação. Depois de terem filmado uma cena onde a personagem da mulher comentava sobre seus sonhos de ir para nova york eles estavam sentados no backstage ouvindo empire state of mind enquanto dividiam fone até que um dos roteirista do marketing flagra na câmera o momento em que matias e a mulher se divertiam enquanto ele fazia seu beatbox e ela cantava de seu jeito desafinado a parte do rap da música, depois que ele saiu eles continuaram a rir “O seu canto me lembra muito o som de mil gatos morrendo de fome” Ela riu e deu um soco de leve no ombro do homem, que mordeu os lábios contendo o sorriso, o acordo não se referia a isso, ele poderia ficar com outras pessoas, contanto que ele não se apaixonasse, mas agora era tarde de mais, a única coisa que ele conseguia pensar quando fechava os olhos era na risada gostosa e abrasileirada da mulher, em seu jeitinho meigo, como suas mãos eram macias e pareciam encaixar perfeitamente nas dele, e isso era tão frustrante. Mas foi assim até o fim das gravações, às vezes a mulher se perguntava se havia feito algo de errado, mas preferia não se martirizar com isso, até no último dia juntos, Matias se esgueirou sorrateiramente para o quarto dela a encontrando fechando sua mala, ele colocou as duas mãos para trás enquanto olhava para ela nervosamente, até que coçou a garganta tentando chamar a atenção dela “Oi Mati, achei que não ia se despedir de mim” Ela falou se aproximando para dar um abraço dele que se afastou colocando uma mão em frente seu corpo a impedindo de se aproximar “É…eu vim, dizer que eu…me arrependi” Ela tombou a cabeça pro lado enquanto olhava para ele confusa “A gente, isso eu me arrependi, eu não deveria ter feito isso…eu tenho namorada e isso não é certo” Logo pôde-se ouvir uma risada irônica vindo da mulher “Peraí qual a parte que o seu relacionamento é aberto que você não entendeu?” Ela falava um tanto irônica tentando mascarar sua frustração e tristeza “Tudo isso é de mais, a gente junto e todo esse contato e as fotos saindo, a Maitê não gostou” Ele falava agora coçando sua nuca novamente “Matias…relacionamento aberto” Ela falava tentando enfiar na cabeça dura dele “Eu sei mas a Maitê não gosta que eu fique com outras mulheres” E isso tirou umas risada amarga da mulher “Olha só que conveniente, aposto que ela pode né ?” Ela falava virando as costas para pegar minhas últimas coisas “A gente fez isso pra salvar nosso relacionamento, ela fez isso por que me ama” Ele falava agora um pouco alterado, talvez isso tenha mexido com o ego dele “Caramba… imagina se não amasse” A mulher falava em um tom irônico até que virou para ele novamente o vendo irritado e podia perceber pelo seu rosto vermelho juntamente com a ponta de suas orelhas “Quem é você pra falar de relacionamento? você foi pra cama com um cara que namora” Ele falava agora tentando me atingir, sinto um aperto no peito mas logo me recomponho “Com a porra de um relacionamento aberto, mas que se foda também, acabou não é mesmo? Espero não ter que ver sua cara tão cedo, adeus Matias Recalt” Ela falava agora puxando sua mala e saindo de seu quarto deixando apenas um Matias arrependido e ferido.
Assim se foram os próximos meses, em silêncio e sem se falarem, até que aqui estavam eles se arrumando para a pré estreia do filme, a mulher se encontrava sentada na frente do espelho do camarim enquanto retocava seu gloss labial e pelo espelho pode ver o reflexo do homem de baixa estatura olhando para ela com as mãos atrás das costas “O que foi Recalt? sua namorada comeu sua língua?” Ela falava ironicamente um tanto ríspida enquanto olhava ele pelo espelho “Eu…eu vim me desculpar nena, você tava certa” ela virou sua cadeira encarando ele que continuava distante “Certa em…?” Ela observa ele de cima a baixo, vendo uma marquinha em seu dedo pela falta de…aliança? Logo ele começou a gesticular enquanto falava meio nervoso “Que o meu relacionamento não tava mais dando certo e que eu estava completamente apaixonado por outra pessoa” Ela olhou para ele com uma careta “Eu não falei isso aí não, só falei que seu relacionamento era uma merda” Ela falou se levantando enquanto passava seu perfume “Bom…de qualquer forma, eu e a Maitê terminamos e eu percebi que eu era apaixonado por outra pessoa” A mulher olhava ele de cima a baixo, ainda com um pouco de desdém “Que seria…” ela falou incentivando ele a continuar “É sério ? Eu vim quase me arrastando atrás de você, quem você acha que é?” Ele falou enquanto puxava ela mais pra perto, ela segurou a mão dele a puxando para ver sua tatuagem agora apagada deixando apenas um M e um coração e que antes era Maite e um coração “Que bom que tirou…era meio broxante” Ela falava passando a mão sobre o M no braço do homem “Agora é M de Matias” ele falou arrancando uma risada da mulher “Tem que ter muito amor próprio viu” Ela falou rindo levando seu olhar para o rosto do homem que puxou ela para mais perto e com um olhar apaixonado, ela poderia jurar que viu o olho do homem marejar “Espero que seja o suficiente pra você me amar…nena” Ele falou e logo selou os lábios em um beijo urgente e apaixonado.
#lsdln#lsdln cast#matias recalt#matias recalt smut#matias recalt fluff#x reader#oneshot#enzo vogrincic
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Il risveglio
è l'attimo sospeso
dove fluisco libera
dal peso del cuore
dai tagli e dai vetri affilati
di questa impropria fragilità
Mi appartengo
intera in ogni centimetro
piena di battiti
e li sento forte
a scuotere la pelle
a far scorrere desideri
a spalancare ogni accesso.
Sono un'anima che ama.
Completamente.
- Luana Valeri -
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Você me excita a fazer decisões improprias.
Abnasci
#abnasci.txt#carteldapoesia#liberdadeliteraria#lardepoetas#projetoalmaflorida#projetovelhopoema#poecitas#eglogas#mentesexpostas#fumantedealmas#espalhepoesias#pequenosescritores
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La pallavolista si era sentita offesa da «Il mondo al contrario». Il giudice: «Frase forse impropria, ma non denigra nessuno». L'aitante Roberto Vannacci mura anche Paola Egonu. La pallavolista della nazionale italiana aveva denunciato per diffamazione il neo eurodeputato della Lega perché si sentiva offesa da un passaggio del suo bestseller, ma il gip di Lucca, accogliendo la richiesta della Procura, ha archiviato l'accusa. Nessun insulto e nessuna denigrazione da parte del generale, si legge nella sentenza, ma al massimo una frase che «può ben essere valutata come impropria e inopportuna». Insomma, per una volta vince la libertà di pensiero, al di là del fatto che un concetto possa essere valutato più o meno elegante, raffinato o in linea con mode e contesti. I reati penali sono altra cosa, ma le denunce infondate per diffamazione sono ormai una forma di intimidazione. La pallavolista si era sentita offesa per un paio di passaggi del Mondo al contrario, dedicati direttamente a lei, che al festival di Sanremo dell'anno scorso aveva accusato l'Italia di essere un Paese razzista. «Anche se è italiana di cittadinanza, è evidente che i suoi tratti somatici non rappresentano l'italianità», regola i conti Vannacci. Fattuale, ma non esattamente Il tipo di sottolineatura che a una cena verrebbe ritenuto educato. Al generale tuttavia non manca il coraggio e sempre nel suo pamphlet spiega: «Quando vedo una persona che ha la pelle scura non la identifico immediatamente come appartenente all'etnia italiana non perché sono razzista, ma perché da 8.000 anni l'italiano stereotipato è bianco». E qui davvero ce ne voleva per vedere un insulto, anche perché Vannacci al massimo ha detto una banalità sul riconoscere «immediatamente» un italiano e poi perché ‘aggettivo «stereotipato» non è esattamente né un complimento né un richiamo a presunte superiorità.
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Già, come se io andassi a vivere in Senegal e vi prendessi la cittadinanza, mai potrei essere identificato come originario del luogo.
Mi pare ovvio.
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L’impostazione è chiara e ricca di implicazioni: vi è stato un ventennio di dittatura fascista che ha dominato gli italiani con la forza della coercizione e ha tenuto il paese legato insieme con il filo di ferro della repressione e della paura, e vi è una nuova Italia che, prima con l’antifascismo clandestino, poi con la cobelligeranza e la resistenza partigiana, ha concluso la guerra nel fronte dei vincitori, intraprendendo con decisione il cammino della libertà e della democrazia. Alle potenze vincitrici, De Gasperi chiede di trattare con questa nuova Italia, democratica, antifascista e repubblicana, che armonizza in sé «le aspirazioni umanitarie di Giuseppe Mazzini, le concezioni universalistiche del cristianesimo e le speranze internazionaliste dei lavoratori». Questa impostazione poggia su due elementi fondanti. In primo luogo, la distinzione netta di responsabilità tra «fascismo» e «italiani», secondo la teoria della «parentesi» che Benedetto Croce vorrebbe vedere applicata all’intera storia di quel periodo. Stando a questo modello, il conflitto non è nato dalla volontà popolare, ma è una scelta del regime che tutta l’Italia ha subito: la liquidazione di Mussolini, operata dal re e salutata in tutte le piazze italiane da manifestazioni liberatorie, è la dimostrazione dell’estraneità del paese alla guerra e della mancanza di sentimenti ostili nei confronti di coloro che il fascismo ha indicato come nemici. Si tratta di una rielaborazione storicamente impropria che dimentica le folle di giovani in delirio il 10 giugno 1940 quando il duce annuncia da Palazzo Venezia l’entrata in guerra contro la Francia e la Gran Bretagna, ma è in sintonia con uno stato d’animo diffuso nella popolazione che, dopo la primavera 1945, tende a rimuovere ciò che è accaduto per recuperare una dimensione di normalità. Ricondurre la responsabilità del conflitto al regime e alla sua violenza, senza considerare quanto quel regime abbia permeato la società italiana e quanti (intellettuali, professori, giornalisti, magistrati, burocrati, ufficiali, imprenditori, banchieri) l’abbiano sostenuto, è operazione che permette di dimenticare la guerra e le sue sofferenze e di non domandarsi di chi è stata davvero la colpa.
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PRIMA PAGINA La Repubblica di Oggi sabato, 14 settembre 2024
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Considerato che l'Antisemitismo nasce col cristianesimo, è impropria la sopravvivenza anche del cristianesimo, della sua setta di stregoni, nonché l'esposizione del crocifisso, poiché simbolo d'una setta religiosa che ha perseguitato e ucciso 'diversi' ben più del Nazismo.
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Considerato che l'antisemitismo nasce col cristianesimo, è impropria la sopravvivenza anche del cristianesimo, della sua setta di sciamani, nonché l'esposizione del crocifisso, poiché simbolo d'una setta religiosa che ha perseguitato e ucciso 'diversi' ben più del nazismo.
'Nascondere' significa celare un fatto. La scuola, la società in cui viviamo non nasconde la persecuzione nazista; cela invece che la chiesa cattolica ha commesso ben più gravi violazioni di Diritti Umani (e lo fa anche oggi, facendo apologia della misoginia, dell'omofobia).
Dopo lo spettacolo nefasto che vide la chiesa collaborare col fascismo, la Repubblica italiana avrebbe dovuto comportarsi come la Spagna, tagliando fuori sempre di più la chiesa dalla politica, dando vita ad un Paese che oggi riconosce maggiori diritti ai cittadini.
In qualsiasi forma, è bene che le convinzioni religiose (superstizione) non entrino in politica. Se non ci fossero mai più state, dopo il fascismo, interferenze politiche della chiesa cattolica, oggi avremmo un welfare socialdemocratico e diritti sociali, civili ben garantiti.
Chi è antifascista ma cattolico nel contempo, è chiaro che non conosca la storia del cristianesimo e gli innumerevoli genocidi che connotano la storia della chiesa; è ridicolo ricordare la shoah con la chiesa ancora in vita, che ancora fa apologia contro i 'diversi'.
I movimenti di destra sono un grosso problema, da estirpare. Non puoi farlo con la repressione, ma favorendo nel tempo la Cultura ed eliminando la religione, cioè ogni tipo di Ignoranza.
#cristianesimo#antisemitismo#nazismo#genocidi#persecuzioni#destra#scuola#società#Spagna#Italia#fascismo#chiesa cattolica#shoah
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casos ilícitos
Matías Recalt x f!Reader
Cap 8
E de repente, você é aquele que eu tenho esperado. Rei do meu coração, corpo e alma. E de repente, você é tudo o que eu quero, nunca vou te largar. Rei do meu coração, corpo e alma.
Aaaa fiquei até de madrugada terminando de escrever e revisar o capítulo e finalmente está pronto, estava ansiosa para compartilhar mais do nosso casal para vocês. Espero que gostem e boa leitura 🫶🩵
Avisos: Fluff, linguagem impropria.
Palavras: 8,9 k
Após as palavras doces e gentis do garoto, você se acalma mais e sente que pode derreter em uma poça de alegria e satisfação. Ele estava mais investido do que você imaginava, querendo fazer tudo com calma, assim como tinham combinado antes. Realmente você não estava o dando crédito o suficiente, mas fica mais do que feliz em admitir que estava errada:
- Tudo bem, me desculpa – Diz as palavras ainda sendo esmagada pelo abraço dele. – Não deveria ter assumido nada e diminuído o quanto você tem se esforçado, e também acho que devemos ir devagar – Continua, se desculpando e concordando com o mesmo, ficando mais envergonhada. – Foi mal por te provocar assim. – Finaliza, com o rubor querendo se espalhar em sua face.
Ele se afasta um pouco do aconchego dos dois, apenas para poder te olhar nos olhos, quando diz:
- Para começar, não foi esforço algum fazer essas coisas, eu gostei, e bastante, porque era com você – Justifica, te assegurando das atitudes dele e do real motivo por trás delas - E outra, você pode me provocar quando quiser, eu gosto. – Te diverte no final da frase, te dando um olhar instigante e te trazendo para mais perto.
- Você é um tonto Matías – Responde com uma risada, estando mais contente do que nunca.
- Já estabelecemos que não vamos transar, mas ainda posso beija você, certo? – Pergunta inseguro, tirando uma mecha de cabelo que estava em seu rosto e a pondo atrás da orelha, acariciando e fitando seus olhos:
- Você sempre pode me beijar, quando quiser e não precisa nem perguntar – O assegura.
Ele abre um sorriso e com a mão já em seu rosto, te traz para frente e junta os seus lábios ao dele. É um beijo calmo, casto, e sem segundas intenções alguma (por mais que ainda estivesse no colo do garoto) e muito molhado e lento também. Ele te adora com a boca e as mãos, tomando o seu tempo, aproveitando a sensação com serenidade e delicadeza, se demorando em seus movimentos. Você o amava assim, com o lado mais carinhoso e protetor em exposição, querendo se entregar e cuidar de você.
- Eu sou louco por você – Declara após separar suas bocas, e agora dando mordidinhas em seu queixo, te fazendo rir no processo e se derreter mais ainda.
A materialização dos sentimentos deles por você, em formas de palavras, só fazem com que pense nos seus também. Agora sabia que o amava, tinha certeza absoluta e já estava completamente entregue. Mas ele não. Ele ainda precisaria de tempo, e não queria pressioná-lo, mas queria acabar com a dúvida que estava te consumindo viva:
- Você estava falando sério sobre o que disse? – Diz em um fio de voz, e se não fosse pelo silêncio no interior do carro, não saberia se ele teria te escutado. O reconhecimento da situação passa pela feição dele, mostrando que ele sabe exatamente ao que você estava se referindo, e o mesmo te fita com fervor. Você não aguenta o olhar penetrante dele por muito tempo, tendo que desviar a atenção para qualquer outra coisa, ainda acanhada e incerta.
Ele ri com sua reação e te atiça, obviamente não cedendo ao seu constrangimento e querendo ouvir tudo isso em voz alta, mesmo já sabendo do que se trata:
- Do que exatamente? – Questiona fazendo pirraça.
- Você sabe o que – Rebate, querendo que ele tenha pena de você e deixe essa passar ilesa. Mas óbvio que ele não faria isso:
- Não sei não, fala pra mim. – Aperta sua cintura, te encorajando.
Tudo bem você vai ceder desta vez, a ansiedade está falando mais alto do que qualquer outra coisa, e não quer perder tempo com esses joguinhos infantis:
- Aff, você é um idiota – Diz ao mesmo, derrotada enquanto toma coragem para continuar. Soltando um suspiro resignada, cede finalmente, abaixando o olhar não conseguindo o encarar e com medo da reação do garoto. – Sobre a parte de eu ser sua namorada, tipo, namorada de verdade – Explica, sentindo a necessidade de explicar, com esperança de que ele entenda o significado de suas palavras.
- E existe namorada de mentira? – Brinca.
Ele não entende. Mas você ignora isso, querendo ser transparente e decidindo se abrir com ele, o contando como tudo tem sido confuso em sua mente nos últimos tempos:
- Não sei – Responde rapidamente - Mas se tivesse, acho que seria eu – Diz, ainda sem olhar para ele – Meio que tenho me sentido assim desde que começamos a ficar – O confessa, com a voz sumindo a cada coisa dita.
Tenta não pensar em como deve estar parecendo patética e fraca agora, sendo tão emotiva e sensível, mas tem que fazer isso. Se não puder ser vulnerável com ele, então qual o sentido de tudo isso? Ele tem que te compreender e aceitar todas as suas facetas. Ele toca em seu rosto, pegando o seu queixo e puxando levemente, para que levante o olhar e encontre com o dele. A feição do garoto não está mais divertida ou leve, e você se odeia por ter quebrado o clima, mesmo que fosse algo importante, não queria deixar as coisas estranhas depois de uma noite tão perfeita. Está prestes a abrir a boca, e pedir para que o mesmo esqueça tudo, que você entende que ele tenha dito aquilo no calor do momento, e que não tem problemas não decidirem nada concreto ainda. Ele fala antes que você tenha chance:
- Sinto muito que tenha se sentido assim, nada do que tivemos foi mentira – Te assegura – Meus sentimentos são reais e eu to falando sério quando digo que quero ser seu namorado. – Ele engole em seco, e prossegue - Espero que você queira isso também. – Termina, e agora ele quem parece com medo de sua reação.
Vocês concordaram em saírem juntos e darem uma chance, mas esta é a primeira vez que estão conversando se vão ou não continuar com isso. Como se esse encontro não fosse mais um dos motivos para você quere-lo mais ainda. E quer que ele saiba o seu posicionamento nisso:
- Ainda tem dúvidas? Do quanto eu quero namorar você? – Retruca, e ele relaxa, se acalmando e rindo com isso.
Com o seu aval, te serpenteia com os braços firmes e te traz para o abraço novamente. Você se sente como um ursinho de pelúcia, o qual ele como a criança que é, não consegue largar por um minuto, e você está amando a experiência.
- Então tá tudo certo, você vai ser minha namorada, me aguarde! – Promete, sussurrando em seu ombro.
- Tudo bem – Suspira no pescoço dele, absorvendo mais de seu perfume e fechando os olhos com a essência masculina - Mas não por muito tempo, não sei se conseguiria aguentar mais tanto tempo nisso, você me entende, né? – Termina de falar, com medo de o machucar, mas sabendo que é importante deixar suas expectativas e necessidades conhecidas.
Não pode se deixar enganar. Os últimos meses da mesma maneira que foram bons, foram igualmente dolorosos, e as últimas semanas então, se provaram terem sido mais difíceis ainda. Poderia esperar algum tempo, mas não muito. Precisava que ele soubesse disso, não queria pressioná-lo, mas se fosse pra alguém sair com o coração partido, e continuasse desse jeito, tem certeza de que seria você.
- Eu sei – Responde o rapaz, com convicção e determinação - E não vai ser preciso, prometo. – Termina, dando um beijo leve no canto de sua orelha.
Você só acena com a cabeça ainda deitada no ombro dele, sabendo que ele entenderia o gesto. Não tinha mais nada para ser dito em relação a isso, ele sabia quais as suas condições e termos, sabia onde estava se metendo. E você esperava não se decepcionar com as promessas dele. Só a restava aguardar para saber se amaria sua decisão ou se arrependeria amargamente.
Depois de mais alguns minutos nos braços um do outro, se separaram, e ele te ajuda a voltar para o seu acento, mas desconfia que o mesmo só fez isso para passar a mão em sua bunda uma última vez. Ele pede desculpas pelo ato, mas pelo sorriso de escárnio na cara do mesmo, duvida muito que seja uma desculpa verdadeira. Colocam o cinto, e o garoto começa a dirigir para casa, com uma mão no volante e a outra descansando em sua coxa, fazendo movimentos leves e te mantendo aquecida.
Pensa em colocar uma música no carro, ou aproveitar o silêncio gostoso entre os dois, o que era um milagre, pois o garoto normalmente não parava quieto, mas se lembra de algo:
- Então, Fran falou que amanhã vocês vão fazer uma noite de jogos – Comenta casualmente.
- Sim, você vai ir né? É sempre a alma da festa. – Zoa, também sabendo de seu fracasso constante em todos os tipos de jogos e gincanas.
- Cala a boca – O repreende dando um empurrão de leve no ombro dele – Você quer que eu vá? - Questiona o fitando.
- Claro que sim. Eu só não te chamei porque ia fazer isso quando estivéssemos juntos, mas, bem...fiquei meio distraído – A lembrança de você montando em cima dele, com roupas e tudo ainda te atormenta, te deixando com vergonha, mas ao mesmo tempo orgulhosa - Quando me lembrei, o Fran falou que já tinha te convidado – Termina de se justificar - Porque a pergunta? – Te olha curioso.
- É que, os rapazes vão estar lá, obviamente, e não sei como me comportar amanhã – Responde começando a ficar nervosa - A gente vai poder ficar junto? tipo, segurar as mãos ou um abraço? ou vou estar sendo muito grudenta? ou...
- Calma aí garota, assim vai explodir – Solta um riso – Eles já sabem que estamos saindo, não tem problema ficarmos juntos perto deles, se você se sentir confortável com isso, é claro. – Diz girando o volante em uma curva, e você não consegue deixar de pensar como isso é sexy pra caramba, mas tem que manter o foco, e desvia o olhar com pressa da visão tentadora.
- Ok. – Concorda com o mesmo.
Não sabe ainda como vai ser a dinâmica dos dois perto dos amigos, mas sabe que só vai descobrir isso quando estiver lá, o importante, é que ele mostrou que não tem problema ou restrição alguma em relação a isso.
- E pra ser sincero, depois de tudo isso, não ia aguentar ficar longe de você a noite toda – Dá um aperto em sua coxa.
Você pega a mão dele em cima da perna e entrelaça com a sua, as deixando unidas até o momento em que chegam na frente de seu prédio. Assim que estão lá, é atingida por uma onda de tristeza ao ver que terá que se separar do mesmo. Parecia tão errado ele ir para um lado e você para outro, tomando caminhos opostos, e direções divergentes. Não queria que a noite acabasse nunca, mas era inevitável. E é ele quem quebra o silêncio primeiro:
- Eu sei que vou te ver amanhã, mas ainda assim já to morrendo de saudade. – Confessa te olhando com olhos de cachorrinho, e você solta um riso com o drama dele, mesmo que se sinta da mesma forma.
- É sério, essas semanas foram horríveis. - Rebate com sinceridade - Não quero que a gente passe tanto tempo longe assim de novo. – Termina fazendo bico.
- Não vamos. – O acalma, e o achando tão lindo em seu estado de carência e birra, o traz para um último beijo, para que me melhore o humor dele, e se despeçam antes de você ter que entrar.
Seu objetivo é alcançado quando se separam e nota que ele se encontra mais tranquilo, é claro que a saudade ainda é presente, mas não tinha o que fazer, só esperar até amanhã até se reencontrarem de novo.
Ele é um cavalheiro, abrindo a porta do veículo para você, e te acompanhando até a portaria, só indo embora quando tem certeza de que está segura, acompanhada dos outros moradores e do porteiro que está em seu turno. Assim que chega em casa e passa pela porta, você é recebida pela sala escura, levemente iluminada pela TV que sua irmã está assistindo, encolhida no sofá envolta em uma manta, e seu cunhado já adormecido estirado ao lado dela.
Ela nota sua presença e te lança um olhar animado e questionador:
- E então como foi? – Pergunta com expectativa, tirando o balde de pipoca do sofá e dando dois tapinhas, para que se aproxime.
E sem maiores explicações, deixando a bolsa na mesa de centro e se sentando ao lado dela, diz simplesmente:
- Eu to apaixonada.
-- --
Na manhã seguinte, acorda desnorteada, e sem saber como foi parar exatamente em sua cama. Somente meros flashbacks de você abraçada com sua irmã e ela te ajudando a colocar um pijama ainda sonolenta. Olhando para o lado, vê que ela se deu também ao trabalho de deixar seu buque perfeito, ainda embrulhado, em cima da cômoda, com um pequeno vaso ao lado, para que você mesma pudesse guardar onde quisesse.
Se levantando preguiçosamente, ainda acordando e esfregando os olhos para despertar mais, caminha até as flores, as observando mais de perto e as levando ao rosto para sentir a fragrância.
- Bom dia dorminhoca! – Sua irmã diz ao entrar no quarto - Deixei um vaso com um pouco de água para você colocar elas depois, mas anda logo se não vão secar. – A alerta.
- Bom dia – Responde com a voz ainda rouca do sono e solta um bocejo - Tudo bem, obrigado.
A obedecendo, pega as mesmas e as põe no vaso, as deixando descansarem. E poderia parecer clichê, mas você já a viu fazendo isso tantas vezes, e sempre que ela ganhava essa demonstração de carinho, sonhava com o dia que fosse finalmente a sua vez. Ela sabia disso, por este motivo, que salvou a experiência de tudo pra você. Seja as receber, coloca-las em um lugar especial para exposição, e tirar várias fotos antes que ela se desfaça e guardar a lembrança com carinho.
- Ficou lindo aí, ele foi muito atencioso e tem um bom gosto – Diz as admirando junto com você, e mostrando sua aprovação ao lugar que escolheu, ao lado de sua cama na mesa de cabeceira - Vem tomar café, hoje tem algo especial – Fala e sai do quarto sem esperar por tua resposta.
Você já esperando mais uma receita fitness da vez, na rotina dela pré-casamento, só revira mentalmente os olhos e vai em direção ao banheiro. Já lá dentro escova os dentes e lava o rosto, dando uma ajeitada rápida no cabelo, o penteando por cima, e os deixando soltos mesmo.
Não se dá ao trabalho de trocar de roupa, decidindo sair com seu pijama de ursinhos todo infantil e amassado indo para a cozinha. Não está com fome para ser sincera, mas queria apoiar sua irmã na culinária maluca e pouco calórica dela, qualquer fosse a meleca da vez.
Confortando o seu estômago, o fazendo aceitar que terá que digerir o que viesse, não se surpreende ao escutar vozes no local, tentando distinguir do que se trata o assunto enquanto se aproxima:
- Depois do primeiro tempo foi só ladeira baixo, não sei o que aconteceu – A voz de seu cunhado diz, e você estranha.
Sua irmã, e até mesmo você, não entendem bulhufas de futebol, ou qualquer outro esporte, então não entende como eles acabaram em uma conversa a respeito disso já tão cedo. Pensou que o mesmo já tinha desistido de ensinar alguma coisa a ela depois de explicar inúmeras vezes o que era um impedimento e ela não compreender.
Mas tudo se explica quando adentra o cômodo, agora sim se surpreendendo, se deparando com uma cena que achava improvável de acontecer:
- Foi uma droga de defesa, na verdade aquele time inteiro foi uma porcaria! – Reclama Wagner servindo o garoto com mais café e a ele próprio em seguida.
- Concordo, ainda mais aquele goleiro mão de alface – Reclama Matías, passando manteiga no pão.
Você está estagnada no lugar, sem saber o que pensar, se perguntando se ainda está dormindo e isso é um sonho. O que ele está fazendo aqui? Mas apesar da confusão, está amando a cena a sua frente. Os dois homens mais importantes de sua vida (tirando seu pai), finalmente se dando bem, ou ao menos tendo uma conversa amigável. O garoto parece confortável no ambiente, interagindo e se comunicando com sua família.
- De uns tempos pra cá eles têm piorado muito, puta que pariu! – Pragueja Wagner, ainda indignado.
- Ei! Sem palavrões tão cedo – Repreende sua irmã, sentada ao lado dele.
- Foi mal amor – Ele se desculpa com ela, se inclinando para o lado e a dando um selinho rápido.
Ela deixa essa passar e serve Matías com panquecas, o qual você nota que não são as gororobas proteicas dela, devido a consistência, e mesmo se fosse, ele como o comilão que é, não duvida que comeria tudo, ainda mais se fosse ela quem oferecesse. O garoto nunca seria indelicado a esse ponto, sempre foi um bom convidado, já até comeu biscoitos queimados que sua vizinha o ofereceu, e depois disso sabia que não poderia ter coisa muito pior.
- Obrigado amor! – Ele diz agradecendo a sua irmã, fazendo graça com o apelido que acabou de ser chamada por seu futuro marido, a deixando corada, e o outro revirando os olhos, assim como a si mesma. Decidindo que já era hora de encontra-los, se dirige até a mesa:
- Bom dia – Os cumprimenta puxando a cadeira e se sentando ao lado do rapaz.
-Bom dia gatinha. – Cumprimenta seu cunhado primeiro, e você retribui com um sorriso e aceno.
O sorriso da cara do garoto cai na hora. Aparentemente, ele poderia chamar sua irmã de amor, mas não gostava que seu cunhado tivesse apelidos carinhosos com sua pessoa, um hipócrita mesmo.
- Bom dia – Diz ele, se virando e te dando um selinho rápido.
Você fica surpresa com o gesto, mas não vira a cara. Não sabia ainda se estava confortável demonstrando afeto na frente de sua família, e está confusa com o que o levou a fazer isso. Mas quando nota ele trazendo a cadeira para mais perto da sua, e colocando a mão em sua coxa por debaixo da mesa, sabe que ele está sendo territorial.
O apelido o impactou mais do que gostaria, e você se dá conta de que ele nunca havia presenciado uma conversa de verdade entre os dois, seu cunhado te respeita, e os nomes bobos não significam nada, mas pode ser que ele estranhe no começo a dinâmica entre vocês.
- Porque ainda não tirou o pijama? – Questiona sua irmã arqueando a sobrancelha e te fitando.
Olhando para si mesma, é que percebe que ainda está trajando o tecido gasto, leve e confortável, mas totalmente inadequado se comparado aos outros presentes na mesa. Sua irmã é muito metódica, sempre querendo tudo correto, ainda se lembra da vez em que ela se recusou a comer em um restaurante com guardanapos de papel ao invés de tecido. Então era óbvio que ela não te deixaria escapar ilesa. Normalmente, suas vestimentas desleixadas não seriam um problema tão grande, mas isso, juntando o fato de estarem recebendo alguém, era inadmissível. Corando e se sentindo como uma criança levando bronca, solta uma resposta:
- Eu não sabia que a gente ia ter visita, se não teria me trocado. – Se defende, e pela cara dela, a mesma não compra essa desculpa.
- Se esse for o problema não precisa se trocar – Matías fala em sua defesa - Eu gostei – Continua, te olhando e subindo a mão que descansava em sua coxa – É bem sexy – Afirma, a apertando e te lançando uma piscadinha em seguida.
Sua irmã solta um riso com a espontaneidade e atrevimento do garoto, e você nem consegue ver a reação de Wagner, ainda presa no toque do rapaz, com somente os dois sabendo o que estava acontecendo por debaixo da mesa.
Fica um silencio no lugar, sendo preenchido apenas pela tensão palpável, e troca de olhares entre os dois que dizem tudo. Vocês acabaram de se ver, mas não necessariamente mataram as saudades um do outro, não tendo privacidade para conversarem ou ficarem juntos. Sua irmã notando isso, se pronuncia, mesmo com o olhar duro de seu noivo:
- Porque você não o mostra onde guardou as flores que ele te deu? ficaram lindas – Usa como desculpa, brincando de cupido a seu favor - Nós esperamos vocês aqui, sem demora. – Os adverte, te dando um olhar de “aproveita, mas não abusa!”
- Tá bom – Concorda com ela, e entes que possa pensar em qualquer outra coisa que não fosse em ficar sozinha com ele, se levanta e o puxa pela mão, o qual ele te segue, sem resistência, alguma.
Assim que entram no seu quarto, você tranca a porta por segurança, e não perde um segundo antes de se virar e o encontrar. Feito isto, não tem tempo para dizer algo ou raciocinar direito, só sabe que em um instante ele está a sua frente e no próximo ele está te pressionando contra a porta, com a boca colada a sua, e com ambas as mãos em cada lado do seu rosto, te trazendo para mais perto e te devorando com fervor.
Você se esquece de tudo por um momento, se perdendo e se concentrando apenas nele e no que estão fazendo, se permitindo desfrutar dessa intimidade dos dois, de seus toques, carícias, suspiros, se afundando ainda mais em seu ser. Fica mole nas mãos dele, o deixando te manusear da maneira que achar melhor, te guiando e mostrando como sentiu sua falta. Mas sabe que não tem muito tempo, e ele também parece se lembrar disso, e se afasta mordiscando o seu lábio, arrancando um gemido baixo seu no processo.
- Agora sim, é um bom dia – Sussurra com a testa ainda colada a sua.
- Concordo – Se separa dele para poder vê-lo melhor – Mas o que tá fazendo aqui? – Pergunta, e tenta se corrigir imediatamente quando o mesmo fecha a cara – Desculpa, só fui pega de surpresa – O dá um beijo rápido para acalmá-lo, e funciona. Prontamente ele começa a se explicar:
- Encontrei com seu cunhado na frente do prédio, e ele me convidou pro café. – Responde, indo até sua cama e se deitando, ficando espalhado e confortável na mesma.
- E porque você estava aqui na frente do prédio? – Pergunta confusa, ainda escorada na porta e cruzando os braços.
- Eu queria te ver. – Diz como se fosse algo óbvio.
- Porque? – Questiona ainda sem saber o que o levou a vir tão cedo, não que não tivesse gostado, mas estava muito perdida e instigada pela ação do garoto. Ele solta um bufo e começa a contar o acontecido:
- Você não respondeu minhas mensagens ontem ou hoje de manhã. Achei que tivesse mudado de ideia – Explica envergonhado - Desculpa ter aparecido assim, mas fiquei chateado, a gente saiu ontem, deu uns amassos e depois você não me respondeu mais, achei que tivesse desistido. – Conclui sério, mas claro que não poderia deixar um comentário sarcástico de fora - Já comecei a pensar que você só me queria pelo meu corpo, e como não conseguiu deu no pé.
- Como você se acha garoto. – Responde revirando os olhos e indo até o mesmo, ficando na beirada da cama e ao lado dele - Eu capotei ontem à noite quando cheguei em casa, nem olhei o celular ainda – Justifica a ausência de respostas as mensagens dele – É que foi tanta coisa, acho que estava mais cansada do que imaginava.
- Tudo bem – Aceita tuas desculpas - Acho que foi bom tirar o sexo então, não quero o meu bebê cansado. – Te olha com falsa modéstia.
- Vai se foder Matías – Acaba com as gracinhas dele, e solta uma risada com a situação - Ainda não acredito que veio aqui só por causa disso – Constata indignada e achando graça.
- Bom, além de claro, eu querer confirmar que você não tinha me chutado – Te dá um olhar cínico - Eu também estava com saudades ué. – Se defende, e você o acha a coisa mais fofa tão na defensiva assim.
Ele desvia o olhar do seu e o leva para a sua mesa de cabeceira, prestando atenção pela primeira vez no buquê, que está decorando o móvel, e não consegue evitar um sorriso orgulhoso de surgir em sua face, antes de continuar:
- Que bom que gostou das flores – Comenta agradecido, e soltando um suspiro continua - Eu vi quando seu cunhado te deu flores um tempo atrás, na época achei que fosse um cara com quem tivesse saindo, fiquei louco. – Admite, se acomodando melhor em sua cama, te dando um sinal para que você se junte ao lado dele, e quando o faz, ficam de frente um para o outro, com os rostos quase colados e bem próximos, devido ao tamanho desproporcional de vocês dois na cama de solteiro.
- O que? Quando isso? – Diz surpresa com a nova descoberta.
- Alguns dias depois de você ter ido devolver minhas coisas. – Responde, e com isto dito, o olhar dele foge para a cômoda atrás de você, a mesma que costumava ter algumas roupas dele - Esperei um pouca pra ver se mudaria de ideia, e como não aconteceu, vim para conversarmos, e acabei vendo tudo e interpretando errado. – Termina, e procura sua mão para entrelaçar com a dele em cima do colchão, no espaço entre os dois corpos, que não era muito.
A lembrança vem até você com as palavras dele. Como logo após o mercado, teve um comportamento azedo afastando seu cunhado e ele te comprou flores como um pedido de desculpas e tentando te animar através delas. É estranho, em seu ponto de vista, pensar que alguém poderia achar aquele momento entre os dois remotamente romântico, e mais estranho ainda saber que o garoto pelo qual estava sofrendo na época, se encontrava a apenas alguns metros de distância naquele instante.
- É uma coisa nossa. – Começa a relatar ao garoto - Desde que eu era criança ele sempre dava flores pra minha irmã, e eu como uma criança ciumenta, morria de inveja, e essa foi a forma que ele encontrou pra me acalmar, e funcionou. – Concluí, e fecha os olhos ao ter que contar a próxima parte - Aquele dia estava chateada e com saudades suas, por isso as flores, ele queria me animar. – Confessa com um rubor no rosto.
Ele tenta não estufar o peito, se sentindo culpado por ficar orgulhoso em saber que naquele momento compartilhado entre os dois, você estava pensando nele, mesmo que fosse algo que te trouxesse tristeza. Não importava quem estava com os braços em sua cintura, era nele que você pensava o tempo todo, era a ele que os seus pensamentos corriam e retornavam, exatamente como deveria ser.
- Eu fiquei tão bravo quando vi aquilo, achei ridículo e brega pra falar a verdade, mas agora, sei que se for pra alguém te dar flores, vai ser eu. – Constata com veemência.
- Ainda acha brega? – Pergunta chateada, você tinha adorado o presente, mas não queria que ele continuasse fazendo isso se achasse tonto ou o deixasse desconfortável.
- Não – Nega prontamente - Não depois de ver como você gostou, valeu super a pena. – Aperta mais em sua mão, dando mais forças a suas palavras– Sei que essas coisas sentimentais são importantes para você, então vou fazer sempre que puder pra te deixar feliz. – Afirma com serenidade.
Uma enorme gratidão preenche seu peito com as promessas dele, e do quanto ele está disposto a te agradar, sendo o total oposto dos últimos meses, que sempre te afastava e se esquivava, e agora só quer se tornar melhor para que o relacionamento dos dois funcione.
- Ficou com ciúmes quando me viu com ele? – Questiona querendo ver a reação do rapaz, sentindo prazer em ouvi-lo sendo possessivo com você.
- Não! - Mente descaradamente – Só fiquei bravo porque achei que tinha seguido em frente muito rápido, só isso. – Se justifica, se recusando a abrir mão de seu orgulho, e contar como realmente havia se sentido.
Mas você o conhecia bem demais para saber que era mentira, então decide testá-lo, o cutucando onde sabe que dói:
- Sabe eu costumava ter uma quedinha por ele quando era mais nova – O provoca, trazendo as mãos ao peito dele, se aproximando, e sussurrando em seu ouvido – E tem como me culpar? ele é bonito, inteligente, forte – Começa listando a as qualidades do mais velho, e o garoto fecha a cara no mesmo instante com isso.
- Vai lá com ele então – Resmunga, tirando suas mãos de cima dele, a afastando e virando de costas emburrado.
É necessário tudo em você para não desabar em gargalhadas neste exato momento com o comportamento dele, sabendo que isso só o deixaria mais chateado e irritado. Então se reaproxima lentamente, levando a mão a cintura dele, o abraçando por trás:
- Mas mesmo ele sendo tudo isso, não faz o meu tipo – Diz, começando a beijar a nuca dele, o deixando mais calmo e suscetível a seus avanços.
- E qual o seu tipo? – Questiona com a voz falha devido ao arrepio causado por seus lábios na pele dele.
- Alguém teimoso, marrento, tipo você, sabe? – O provoca, ainda distribuindo beijinhos molhados, e nota que ele tenta conter um sorriso e manter a faixada séria.
- Esqueceu de mencionar o gostoso e engraçado. – Te lembra ainda de costas, negando a se virar até que você se redima, e nada mais justo do que fazer isso massageando o ego dele.
- Tudo bem, alguém teimoso, marrento, gostoso e engraçado – Cede, repetindo as palavras dele e suas, entrando em um meio termo. E isso é o suficiente para que ele role o corpo e volta e estar de frente para a mesma:
- Então eu sou perfeito pra você – Ronrona e cola os lábios nos seus - Só eu, mais ninguém – Afirma com possessividade.
- Sim, só você. – Concorda, levando as mãos ao cabelo dele.
- Você é minha, e eu sou seu. – Continua reafirmando seu pensamento, e se pondo a cima de você, deixando o peso dele sobre seu corpo.
- Meu, só meu – Murmura enquanto ele ataca seu pescoço, e abre as pernas, o encaixando entre as mesmas e as entrelaçando na cintura dele, o deixando mais próximo de sua intimidade.
Você só consegue revirar os olhos com os estímulos dele, fosse a boca habilidosa ou o calor do mesmo sobre você, te levando a loucura. Ele corre as mãos por suas coxas descobertas, as apalpando a todo momento que pode, arrancando arfadas suas. E como resposta, não pensa duas vezes antes de levantar o quadril, o perseguindo a fim de ter mais contato e fricção, buscando alívio em seu íntimo já molhado. Porém sabe que não vão muito mais longe, que não vão passar disso. Não agora pelo menos.
Mas pensa que pode estar errada quando ele se desgarra de você e ordena com a voz rouca:
- Tira a roupa.
Leva alguns segundos até que processe as palavras dele:
- O que? – Solta imediatamente surpresa com o pedido do mesmo. Franze o cenho confusa, achou que ele tinha concordado em esperar, e aquele papo de levar as coisas com calma? Como assim?
- Aproveita que tá aqui e troca o pijama – Esclarece como se fosse a coisa mais óbvia e te fita de cima a baixo – Tava pensando que era o que? – Debocha em um tom mordaz, com um sorriso de lado.
- Nada! – Diz frustrada se levantando, o deixando rindo sabendo que caiu direitinho na piada dele. – Vira de costas enquanto eu me troco! – Ordena brava, e agora é ele quem perde o ar da graça, murmurando um: “fala sério!”, enquanto se vira, a obedecendo.
Enquanto começa a procurar uma roupa, ele começa a falar:
- Eu estava pensando, ele te chamar de gatinha não te incomoda? – Diz, ainda de costas e ressentida do apelido do mais velho.
Você revira os olhos em como ele não consegue superar isso:
- Não, acho que por ele me chamar assim desde criança nunca vi maldade nenhuma, porque? – Retruca já se irritando, e vestindo algo que te agrade.
- Nós não temos apelidos – Diz com a maior dramatização do mundo – Todo o casal tem, temos que ter um – Afirma com convicção.
- Tudo bem, pode me chamar do que quiser – Diz ficando mais calma e com uma risada acompanhando, ainda desacreditada em como ele se apegou a esse mero detalhe.
- Pode virar – O avisa, e ele não demora um segundo para fazer isso, ansioso para te olhar novamente.
- Tá linda, vem cá, coração – Te elogia, e ainda na cama, abre os braços te esperando.
- Quer saber, me arrependi, pode parar, agora! – Retalha em resposta ao apelido ridículo que ele escolheu.
- Por que, chuchu? – Pergunta com um falso olhar magoado no rosto.
- Meu Deus eu criei um monstro. – Ri e cede indo até o mesmo, se sentando na beirada.
- Agora vai ter que aguentar, mozão. – Te abraça apertado.
- É assim que vai ser então? Você vai testar todos os apelidos do mundo até achar um que combine comigo? – Arqueia a sobrancelha.
- Sim! – Responde animado e abrindo um sorriso comicamente grande.
Você só dá de ombros contendo uma risada com isso, e se levanta o arrastando junto, de volta para a porta.
- Vem vamos tomar café, e acho bom você se comportar – O critica antes de saírem.
- Sim senhora – Concorda rapidamente.
E em poucos minutos estão de novo a mesa, recebendo um olhar sapeca de sua irmã e um mais fechado de Wagner, ao notarem que você foi com uma vestimenta e voltou com outra, e o rapaz tem um brilho satisfeito ao seu lado, ambos ainda corados e cabelos bagunçados.
-- --
Matías fica em tua casa até um pouco antes do almoço, o qual o mesmo teve que recusar o convite de sua irmã, pois já tinha combinado com os rapazes, e se desculpou com você, mas tudo bem, você o veria mais tarde, e mal poderia esperar por isso.
Quando a noite chega, marcando o horário combinado, o garoto já se encontra na tua porta te esperando para te levar até os rapazes, e você pegando sua bolsa, o acompanha até o apartamento. O nervosismo nunca deixa de estar presente, não tem como negar, mas sabia que teria que passar por isso em algum momento, mais cedo ou mais tarde, e talvez não fosse tão ruim quanto imaginava. Antes de entrarem Matías notando o seu nervosismo, intensifica o aperto em sua mão, querendo te passar segurança e conforto, dizendo que estará ali o tempo todo.
Entrando no apartamento, a atmosfera acolhedora e já tão bem conhecida a envolve, te ajudando a se acalmar. E olhando ao redor, estranha ao não ver nenhum dos rapazes ali, mas logo sua dúvida é sanada quando um deles se dirige até a sala e te avista, não escondendo a alegria em revê-la:
- Olha quem apareceu! – Enzo diz, denunciando a sua presença a todos ali, e não demora muito até que todos estejam presentes no mesmo cômodo, e com uma timidez repentina encontra a voz para interagir com eles:
- Oi pessoal – Cumprimenta a todos.
Eles abrem um sorriso e vêm um após o outro para um abraço apertado e um beijo leve em sua bochecha, e você não pode negar, realmente havia sentido muita saudade dos seus rapazes.
- É tão bom ver vocês de novo – Afirma quando estão todos acomodados no sofá, menos o seu garoto, que havia saído para pegar alguma coisa para beber.
- Aposto que sim, ter que olhar pro Matías todos os dias deve enjoar qualquer um – Simon diz e todos riem com isso.
- Nossa como você tá engraçado hoje né? - O garoto reclama retornando, pois havia escutado tudo e te entrega uma água.
Ele se aproxima, para se sentar ao seu lado, e surpreende a todos ao te dar um selinho no processo enquanto se acomoda, igual havia feito no café da manhã mais cedo. Você nem tinha tido tempo pra raciocinar o gesto, foi tudo tão rápido e simplesmente aconteceu sem que se desse conta. A sua direita, ele pega sua mão e a envolve novamente na dele, entrelaçando os dedos e deixando a vista para todos. E pronto, essa era toda a motivação que os outros presentes precisavam para começar a brincadeira:
- Estamos atrapalhando o casal? – Provoca Steban.
- Se quiserem privacidade é só falar – Emenda Fran, entrando na onda.
- Não queremos pegação aqui na sala e nem sexo no sofá – Continua Simon, dando corda.
-Parem com isso! - Solta a mão do Matías e as leva até o rosto, se cobrindo de vergonha por conta da provocação. O garoto aproveita de seu embaraço e te puxa para mais perto, guiando seu rosto ao pescoço dele, e te aninhando ali.
- Podem parar seus cuzões, tão deixando minha bebê envergonhada! – Diz com a voz autoritária, mas obviamente culminando para a brincadeira, tirando uma com sua cara também.
O comando obviamente tem efeito contrário, fazendo com que todos caiam no riso devido a sua reação e ao apelido meloso do garoto, e você tem vontade de esganá-los ali mesmo.
- Sua bebê? – Questiona Enzo, achando graça do apelido e se surpreendendo, pois Matías nunca teve apelidos carinhosos com a ex.
- Awnn a bebezinha tá tímida é? – Pirraça Simon.
- Cala a boca todos vocês – Diz em um fio de voz – Seus tontos. – Os acusa zangada, e eles dão uma pausa na provocação. Por enquanto.
A conversa continua por mais uma boa hora, só trocando palavras, novidades ou coisas irrelevantes, mas que arrancavam boas risadas. É claro que as provocações não pararam completamente, mas eles estavam mais tranquilos e tolerantes agora.
- Beleza, vamos pro jogo da vez. – Anuncia Simon com ânimo e sai para buscar algo.
Sua cara cai ao notar que o mesmo está voltando com uma garrafa vazia, e neste momento já sabe do que se trata.
- Verdade ou desafio? Sério? – Pergunta indignada, ainda se lembrando da última vez – A gente tá na quinta série agora? – Pergunta ironicamente.
- Como queremos que todos tenham oportunidade iguais para ganhar, já que alguns de nós não tem coordenação motora, não importa qual seja o jogo escolhido – Te olha com deboche, e você o responde da forma mais madura que consegue, mostrando a língua – Escolhemos esse aqui para ficar justo com todos, assim todo mundo vai ter que pagar um desafio ou uma verdade, não importa se ganhar ou perder. – Termina de explicar.
Tudo bem, justo da parte deles. Ficou contente em saber que não seria a única que se envergonharia esta noite, já que todos teriam uma penitência, e assim dão início a partida.
Formam uma roda no chão da sala e posicionam a garrafa no meio, prontos para começarem, e Fran faz as honras, indo primeiro e girando o objeto. Sua animação vai as alturas vendo que para em Simon, querendo ver logo o que germinaria do primeiro desafio da noite, pois ele sempre só escolhia essa opção.
- Verdade ou desafio? – Pergunta o garoto de olhos claros.
- Desafio, claro. – Responde sem pensar duas vezes.
- Liga pra alguma mina que tu tá pegando e fala que tá ficando com a amiga dela. – Fran é certeiro em seu comando.
O garoto não hesita, e liga para alguma garota aleatória. Alguns minutos depois de gritos, insultos, e vários xingamentos desferidos ao mesmo pela voz eletrônica, a chamada é encerrada e o desafio completo.
- Que droga, eu até que gostava dela – Reclama Simón, guardando o telefone.
- Você pode mandar mensagem depois e dizer que era mentira, que foi um desafio – Oferece Steban se simpatizando com o mais novo.
- Mas não era mentira – Retruca o mesmo com um sorriso sacana, arrancando risadas dos outros e um revirar de olhos seus.
E assim a rodada continua, até que inevitavelmente cai em você, e infelizmente em Simon, que é sempre o pior e inconsequente com as escolhas de desafios.
- Verdade ou desafio? – Questiona com sangue nos olhos.
- Verdade – Diz covardemente escolhendo o mais fácil, e ainda assim hesitante e com medo do que vai sair da boca dele.
- Qual o lugar mais inusitado que vocês já treparam? - Pergunta olhando entre você e Matías.
Você engasga com isso, se sentindo exposta com o olhar de todos em você, e o garoto não parece feliz com a intromissão também. Não é algo tão ruim, tem que admitir, poderia ser muito pior, mas ainda assim te deixa desconcertada.
- Não vou responder isso. – Se nega prontamente, não querendo revelar suas intimidades.
- Então um desafio. – Retruca, e você consegue sentir que é uma armadilha, mas sem escolha alguma, aceita.
- Ok – Concorda com medo do que vem pela frente.
- Te desafio a ficar com alguém aqui, e não pode ser o Matías. Mas pode escolher quem quiser dessa vez. – Te oferece, como se fosse um bônus se comparado a vez anterior.
Matías fecha as mãos em punho, com tanta força que os nódulos dos dedos ficam brancos, e dá o melhor olhar zangado que pode ao colega. Ele está tenso desde o começo do jogo, e não demora muito para que o mesmo exploda:
- Tá louco porra? Ela não vai fazer nada – Interfere com raiva a mera probabilidade de isso acontecer.
- Então tem que responder a pergunta, são as regras. – Responde incomplacente.
Sabe que nenhum vai dar o braço a torcer, então antes que tudo piore, você os interrompe:
- Podem parar os dois, eu vou responder a pergunta. - Suspira derrotada - O lugar mais inusitado…sei lá – Dá voltas em sua cabeça, tentando encontrar o menos pior – Teve uma vez no seu quarto, acho que é inusitado o bastante. – Confessa com o rosto corado.
- Que? Quando isso? – Pergunta Simon exaltado.
- Aquela vez na festa da sua fraternidade. – Fala sem dar mais detalhes.
- E de todos os quartos no dormitório vocês escolheram bem o meu? – Pergunta indignado, e desta vez Matías toma a frente e responde em seu lugar:
- Foi mal aí, o pai não perdoa. Quando o chamado vem tenho que obedecer, e o seu era o quarto mais próximo. – Se justifica Matias, se vangloriando e zoando o amigo - Mas fica de boa, aproveitamos bem a sua cama. – Dá uma piscadinha debochada para o mesmo.
- Vai se foder filho da pu...
-Ei! Você quem perguntou, agora chega. - Interrompe a briga.
Dando sequência ao jogo, mesmo com o protesto indignado do garoto, vocês conseguem resultados interessantes a partir daí, como um Steban tendo que ligar para a ex, pedindo para voltar, ou Enzo tendo que admitir a última vez que assistiu um filme adulto, Fran publicar uma foto embaraçosa nos stories, e Matías confessando qual a última vez que bateu uma pensando em você:
- Fácil – Diz com desdém- Foi hoje – Diz sem pudor algum, ao contrário de você que sente que poderia morrer e entrar em combustão no mesmo instante. Às vezes gostaria que ele não fosse tão desbocado assim.
Com isso, decidem encerrar o jogo, e comerem alguma coisa para concluírem a noite. Enquanto o grupo decide o que vão pedir, ele te puxa para um canto mais afastado:
- Eu tava pensando, a gente podia sair amanhã né? – Te questiona, brincando com as pontas do seu cabelo, e o enrolando em seus dedos.
- Não enjoou de mim ainda? – Questiona ao mesmo, e ele para tudo que está fazendo e traz o seu rosto para mais perto.
- Jamais. – Responde com sinceridade e te dá um beijo leve.
- O que você quer fazer? – Diz, já aceitando o convite.
- Você vai amanhã no meu treino né? De lá a gente pode sair comer alguma coisa. – Começa, planejando o encontro.
Você se dá conta de que depois de toda essa confusão, quando parou de ir aos treinos dele (mesmo não sabendo o porquê dele te querer lá, já que você não entendendo nada do esporte) não voltou a acompanhar mais nenhum desde então. Mas agora que estão resolvidos, não vê motivos para não voltar a fazê-lo.
- Tudo bem, vou sim. Tenho que motivar o time. – Brinca com ele.
Ele parece aliviado com sua resposta, em saber que você estará lá amanhã, e contente por não ser um passo grande demais para os dois, depois de tudo o que aconteceu. Com isso já resolvido, você decide mudar de tópico:
- Ficou com medo de eu beijar alguém hoje? – O provoca, entrelaçando os braços no pescoço dele.
- Talvez, um pouco. - Admite sem graça, colocando as mãos em tua cintura.
- Eu não faria algo assim, sabe disso né? Eu responderia o que fosse, mas a única pessoa que pode me beijar é você, e vice-versa. – O assegura, querendo esclarecer a situação tensa de mais cedo, o confortando depois do ocorrido.
Por um milésimo de segundo, você imagina que vê pânico passando pelo rosto dele, mas descarta a ideia quando ele muda a expressão rapidamente para uma mais tranquila:
- Sim, eu sei. – Concorda com a voz baixa.
E todas as suas dúvidas morrem, ficando em segundo plano quando ele junta a boca na sua, te fazendo esquecer por um momento da sensação ruim que acabou de passar por seu corpo, e a incerteza martelando em sua mente.
-- --
No dia seguinte, você está na arquibancada que fica ao redor do campo de Rugby, assim como tinha prometido ao garoto, vindo assistir a mais um de seus treinos, mesmo que não entendesse nenhuma regra do esporte ou qual o intuito dele. Mas achava divertido ver todos os jogadores correrem atrás de uma bola como se suas vidas dependessem disso, e ainda mais divertido ver Matías em seu habitat natural, correndo livremente.
Ele era o mais rápido no time e se destacava bastante nas partidas, o que sempre te deixava bastante orgulhosa, mas também muito aflita quando presenciava o mesmo em ataques tão violentos que o esporte proporcionava. Não conseguia deixar de esperar pelo pior a cada segundo nesses momentos, mas hoje era somente um treino, algo amistoso e mais tranquilo, então não estava preocupada e a flor da pele como normalmente ficava nessas ocasiões.
Haviam outras pessoas nos bancos também, mas não muitas, o treinador gostava de manter o jogo e treino fechado, para que não houvessem distrações, mas ocasionalmente abriria exceções para as namoradas dos jogadores, alguns professores que estavam de passagem, ou calouros que queriam conhecer os esportes oferecidos pela instituição. Então tinha alguns outros estudantes espalhados ao longo da arquibancada, e ao seu lado havia mais duas garotas, que eram parceiras de alguns dos garotos dos quais você nem lembrava o nome. Já a tinha as visto antes, pois ambas eram empenhadas em dia de jogo, levando cartazes e pintando o rosto, junto com o time de torcida da faculdade.
Você não era assim, nunca houve motivo pra ser. Até se dispunha a ver alguns treinos e partidas, e torcer para o mesmo, o incentivando, mas nada a mais que isso. Matías não era seu namorado, não tinha o porquê de ter que fazer todos esses gestos. Ter que pintar o número da camisa dele no rosto, amarrar fitas no cabelo e ficar gritando como uma lunática a cada ponto marcado. E Deus me livre receber um beijo apaixonante dele no campo na frente de todo mundo quando a partida acabasse, e ele saísse vitorioso. Mesmo se estivessem oficialmente juntos, duvidava que ele iria querer isso de você. Ele está começando a se abrir mais e entender suas necessidades, mas não acha que ele é muito de demonstração e de afeto em público a esse ponto. Algo que não seja compartilhado somente na frente dos amigos ou conhecidos em volta. Ele pega em sua mão, estão começando a sair e serem vistos, apresentando um ao outro ao seu círculo social, e isso te dá esperança de que talvez um dia isso mude. Talvez um dia ele queira te exibir como um troféu para os outros, mas isso ainda poderia demorar um pouco mais para acontecer.
Voltando ao jogo, e se concentrando nisso, e em como o rapaz parece sexy jogando, consegue se distrair pela próxima uma hora e meia nessa mesma dinâmica. Você e as outras duas garotas conversam durante isso, comentando dos passes feitos, com as três fingindo que entendem alguma coisa, e rindo sabendo que estão completamente erradas. Comemoram e gritam juntas com os acertos dos meninos, e soltam chiados quando algum deles vai ao chão. Já vieram preparadas, então trocam comida durante a partida, dividindo suas barras de cereal, frutas e algum doce que tiverem, e cada uma com a sua própria água.
Quando o treinador finalmente libera todos eles, você espera que os mesmos se dirijam ao vestiário e se preparem para ir embora, mas não é o que acontece. Você estranha o ocorrido, e seu olhos procuram Matías para ver o que está acontecendo, mas o perdeu de vista antes mesmo que se desse conta. Os jogadores se aproximam da beirada do campo, chegando perto das arquibancadas, especificamente na qual em que vocês estão sentadas, e formam uma linha reta, ficando um ao lado do outro. Você só desvia o foco deles, quando nota outro jogador correndo até os mesmos com cartazes na mão. O que estava acontecendo?
- Ah meu Deus! Eles vão fazer uma surpresa pra alguém! – Uma dar garotas diz, e você só acena com a cabeça, concordando com a afirmação dela. Isso explica os cartazes, e a movimentação, e claro que com tudo isso, a atenção e curiosidade de todos os presentes são despertadas, fazendo com que o foco sejam os cartazes, todos sedentos para verem o que estava escrito. Algumas pessoas que estavam ali, se aproximam querendo ver melhor, garotas veteranas, e calouras, com os olhos brilhando de excitação. Você se anima com isso, adorando gestos românticos e pensando em quem será a sortuda da vez.
Eles se endireitam, com cuidado para que ninguém veja nada do que está dizendo antes da hora, e começam a distribuir entre os rapazes, e quando decidem que está tudo na ordem certa, os viram para frente, o apontando na direção em que você está, para que alguém ali receba a mensagem. Como estava nas primeiras fileiras, não teve problemas algum com isso, e o seu coração pula no peito quando vê do que se trata:
QUER NAMORAR COMIGO?
O seu coração dispara e seu rosto queima em um rubor violento, acompanhado de um sorriso que vem ao seu rosto, mas rapidamente se repreende e tenta controlar sua reação. Não poderia ser o que você estava pensando, poderia? o cartaz não tem o nome de ninguém ali, então até onde sabe, poderia ser para qualquer uma das diversas garotas no local, até mesmo para um cara, pois sabia que tinha homens gays e bissexuais no time, desta forma, não adiantava tomar decisões precipitadas. Mas desejava que tudo isso fosse pra você, e muito. Só o pensamento de alguém preparar algo assim para te impressionar, te leva as alturas.
E você pensa que pode desmaiar quando um Matías ainda suado e com a roupa de treino corre até sua direção, ficando sua frente lá embaixo e te chama de cima da arquibancada:
- Vem aqui! – Diz, recuperando o fôlego.
Acordando de seu estupor, aponta para si mesma, e ele ri, concordando que era você, e mesmo com as pernas bambas, de nervosismo sem saber o que esperar, desce as últimas fileira, ficando frente a frente com ele. O público espera algo de vocês, ficando um silêncio, todos instigados esperando para ver o que viria a seguir. Ele te olha com expectativa e pergunta por fim:
- E então, quer ser minha namorada? – Te faz a pergunta que tem esperado a meses.
Você escuta suspiros das garotas mais próximas, que ficaram emocionadas e vibrantes com o pedido, ainda mais ansiosas com sua resposta. Você só consegue acenar afirmando com a cabeça, até que finalmente encontra a voz:
- Sim, sim, eu quero! - Diz freneticamente, quase gritando e se jogando nos braços dele. O mesmo te agarra, a apertando forte junto ao peito, se separando apenas para engatar em um beijo, o que arranca gritos de todos em volta e palmas da plateia. A sua alegria é tanta que nem liga para o resto.
De repente, nota os outros garotos que você conhece tão bem, vindo e passando a Matías um buque de flores, o qual ele estende em sua direção, e você pega animada, amando tudo. E quando pensa que acabou, ele tira uma pequena caixa do bolso, a abrindo e tirando o conteúdo de dentro. É um anel delicado, fino e combina perfeitamente com você, até demais, ousa dizer:
- Espero que goste, se não, pode culpar sua irmã, ela quem me ajudou a escolher – Justifica nervoso, colocando o objeto em seu dedo.
- É perfeito, tá tudo perfeito, obrigado! – O abraça mais uma vez. Ainda querendo saber como ele planejou tudo isso, mas vai deixar tudo para depois e aproveitar o momento.
- Vamos jantar está noite pra comemorar – Diz em meio ao abraço.
- Sim, sim – Você concordaria com qualquer coisa que saísse da boce dele neste momento, ainda encantada por seu gesto.
- Vou te comer gostoso depois disso – Sussurra em seu ouvido - Vai ser a minha sobremesa quando eu te levar pra casa. – Promete em um tom baixo, para que apenas você escute.
E você pensa consigo mesma, que nunca esteve tão feliz em toda a sua vida.
Espero que tenham gostado, e até o próximo 😚💖
#matias recalt#matias recalt x reader#lsdln x reader#enzo vogrincic x reader#esteban kukuriczka x reader
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Genova: Aggrediscono il dipendente che li sorprende dopo il furto di 36 euro, arrestati La Polizia di Stato ha arrestato due tunisini senza dimora di 42 e 49 anni in concorso tra loro per tentata rapina impropria. Gli agenti sono intervenuti in soccorso di un dipendente di un esercizio commerciale che stava subendo un’aggressione da parte di due soggetti che erano stati sorpresi con merce non pagata.... 🔴 Leggi articolo completo su La Milano ➡️ Read the full article
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Aula 13.09.24
Tecnologia dos alimentos
Tema: Tecnologia de frutas e hortaliças
Já as frutas elas acabam passando por muitos processos que acabam danificando e as deixando improprias para o consumo com o aspecto ruim como:
1- Enrugamento
2- Crescimento de fungos
3- Murchamento:
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