#guilherme weber
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lcentretenimento · 30 days ago
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Guilherme Weber reforça elenco de novela das 19h
Guilherme Weber voltará ao ar em “Volta por Cima”. Ele integra o elenco da atual novela das 19h da Globo, que está em cartaz desde o final de setembro. Continue reading Guilherme Weber reforça elenco de novela das 19h
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ninaemsaopaulo · 7 months ago
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Tony, o que você fez com a Giovanna Antonelli, a Scarlett Johansson brasileira, não tem perdão.
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grrl-beetle · 2 years ago
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Harper's Bazaar
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mastermaverick · 3 months ago
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Fundação Casa de Jorge Amado Revive o Encanto das Quartas-Feiras com o Projeto "Uma Quarta de FreePelô"
Guilherme Weber/Fundação Casa de Jorge Amado A cada vez que a magia da literatura ganha vida no Pelourinho, sinto um arrepio de alegria. E foi exatamente isso que aconteceu durante a Festa Literária Internacional do Pelourinho (FLIPELÔ), que tomou conta do Centro Histórico de Salvador entre os dias 7 e 11 deste mês. Com cerca de 250 mil pessoas se deliciando nas ruas coloridas e históricas do…
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schoje · 4 months ago
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A equipe de tênis de mesa da Fundação Municipal de Esportes (FME) de Criciúma/ S. R. Mampituba teve bons resultados na etapa estadual dos Joguinhos Abertos de Santa Catarina. A competição foi realizada do dia 1º de novembro até esta quarta-feira (3) no Ginásio Municipal Irmão Walmir Antonio Orsi, em Criciúma. Representando Criciúma, a equipe faturou o 3º lugar geral no feminino, tendo conquistado a prata na categoria duplas com Maria Eduarda Magagnin e Daniele Silva e o bronze por equipes com Maria, Daniele e Maria Clara. Já no masculino a equipe conquistou o bronze por equipes com Guilherme Silva, Bruno Weber, Gabriel Antunes, Gustavo Freitas, Clóvis de Medeiros e Henrique Cruz Rodrigues. Terminando na quinta colocação geral. Os atletas vinham de competição no fim de semana pela Olesc (Olimpíada Estudantil Catarinense) e segundo o técnico, Alexandre Ghizi, o desempenho acabou sendo prejudicado. “Foram jogos difíceis, mas apesar do desgaste físico dos atletas, conseguimos alcançar um saldo positivo no feminino e estamos satisfeitos com as vitórias no masculino”, destacou. "Nossos atletas de tênis de mesa já vinham de ótimos resultados da Olesc no fim de semana, agora no Joguinhos Abertos conquistamos novamente grandes vitórias, demonstrando a dedicação e empenho deles com o esporte de Criciúma", destacou o presidente da Fundação Municipal de Esportes (FME) de Criciúma, Neto Uggioni. A Fundação Municipal de Esportes (FME) de Criciúma é parceira da equipe de tênis de mesa do Mampituba, a qual é integrante do projeto de formação de atletas que o clube mantém por meio de convênio, através de editais, com o Comitê Brasileiro de Clubes (CBC).Fonte: Prefeitura de Criciúma
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teoriapoliticabrasileira · 10 months ago
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Merquior e WGS
Merquior e WGS
O que denomino aqui recepção liberal de Rousseau refere-se às interpretações de José Guilherme Merquior (1990[1980]; 2014 [1990]) e Wanderley Guilherme dos Santos (2007).
Embora tenham sejam distantes do ponto de vista das filiações institucionais e das trajetórias intelectuais, ambos partilham de uma filiação com o liberalismo romântico na matriz de Humboldt e John Stuart Mill. Isto é, há um compromisso ético-político com a constituição de um tipo de sociedade engajada no desenvolvimento das subjetividades e da singularidade individual, oposta a concepção do individualismo da tradição cartesiana definido enquanto máquina do conhecimento. Aqui trata-se muito mais de valorizar o indivíduo como um fim em si, como expressão de uma subjetividade única e original, uma entidade definida pela sua capacidade de criação e transformação do mundo.  
Além desse romantismo hubolditiano, Merquior e Wanderley partilham um juízo positivo da sociedade moderna, identificada, ora com a sociedade industrial, ora com a democracia eleitoral competitiva. Há, assim, um elogio mais ou menos explícito dessa dupla face da modernidade, que ancora uma expectativa de aprofundamento dessa experiência[1].
Contudo, é importante destacar diferenças entre os dois intérpretes. Enquanto Merquior, pelo menos desde 1979, coloca-se como uma espécie de guardião da razão iluminista, tendo como principais adversários a Escola de Frankfurt e o neoestrutualismo francês, Wanderley Guilherme dos Santos adota uma postura mais cética em relação ao iluminismo. As reservas de Wanderley quanto ao projeto racionalista do iluminismo derivam tanto de sua ontologia baseada no ceticismo moderado de Hume, quanto no idiossincrático que o autor faz teoria da escolha pública, cuja informa uma teoria social refratária a qualquer tipo de dirigismo intelectual da vida coletiva. A ignorância, para Wanderley Guilherme dos Santos, é fundamental para o dinamismo histórico, e tende a se ampliar nas sociedades industriais baseadas no aprofundamento da divisão social do trabalho.  
Ora, a leitura de Rousseau feita por eles se dá em diálogo com essa tradição humbolditiana e com o diagnóstico positivo das sociedades modernas.
Rousseau como teórico da legimitdade democrática
A primeira sistemática de Merquior incursão sobre o pensamento de Rousseau se realiza em sua tese “Rousseau e Weber: dois estudos sobre a legitimidade”. Aqui a obra de Rousseau é comparada com a de Weber e evidencia a admiração de Merquior pelo pensador genebrino e sua teoria da legitimidade democrática. Para Merquior, a teoria de Rousseau fornece elementos normativos superiores à sociologia política weberiana para estabelecer os fundamentos de uma legitimidade democrática.
O primeiro movimento desse trabalho interpretativo consiste em refutar o antirrouseaninsmo liberal que se desenvolveu no contexto da guerra-fria. Em primeiro lugar, Merquior contesta a validade da tese de Jacob Talmon de um Rousseau totalitário, autor que  teria sido responsável por algumas das mais “viciosas interpretações” da teoria política de Rousseau (Merquior, 1990, p. 39). No mesmo sentido, põe em xeque a influente leitura de Isaiah Berlin segundo a qual Rousseau seria o “‘o mais sinistro e mais formidável inimigo da liberdade em toda a história do pensamento político moderno’” (Merquior, 1990, p. 47). Segundo Merquior, intérpetes como as de Talmond e Berlin revelam uma “estranha despreocupação com a verdade do texto” e “uma espantosa tolerância diante de idees reçues caluniosas” (ibidem).
Merquior considera que as leituras liberais dominantes no contexto da guerra fria teriam criado uma imagem absolutamente fantasiosa de Rousseau. Contra esses equívocos, Merquior identifica Rousseau como parte da tradição dos pensadores individualistas, do adeptos da “autonomia do eu” e do “interesse próprio”. O próprio conceito de vontade geral, argumenta, nada mais é que a reunião de vontades individuais esclarecidas e não em um poder externo aos próprios indivíduos. As proposições normativas de Rousseau, nessa leitura, em nada se assemelhariam às formas dos estados totalitários do século XX, com suas estruturas hiperburocráticas e policialescas.
Para Merquior, a doutrina da vontade geral (...) não é perigosa para a liberdade individual (...) já que “o cidadão detém todas as garantias que se poderia razoavelmente esperar”. Ora, o soberano de Rousseau não é uma gente externo aos indivíduos, mas o corpo coletivo composto por uma assembleia de livres e iguais, de modo que não faz sentido a acusação de tirania ou autoritarismo. Ainda se apoiando em Plamenatz, Merquior afirma que “’direitos individuais estão incluídos” nessa definição da soberania (p. 48).
Segundo Merquior, a teoria política de Rousseau, como aliás de todo contratualismo, possui um fundamento “individualista”, oposto ao holismo e ao totalitarismo, se entendemos por totalitarismo um tipo de sociedade em que todas as instâncias da vida são detalhadamente controladas pelo Estado. Assim, seria um grave equívoco interpretativo tomá-lo como um continuador das utopias elitistas da cidade ideal platônica ou do culto hegeliano do Estado.
Há aqui a explícita intenção por parte de Merquior de reposicionar Rousseau no interior do universo político liberal – ainda que, paradoxalmente, como vimos, em combate com certa leitura liberal de Rousseau bastante difundida na Guerra Fria por autores como Talmond e Isaiah Berlin - e pensá-lo com um autor atento aos direitos do indivíduo e das garantias civis da liberdade.
Esse mesmo movimento se segue em Liberalismo: Antigo e Moderno (1989). Ao se propor fazer uma história do liberalismo, Merquior explicita seu compromisso ético-político com essa tradição do pensamento. “Declaro abertamente meu compromisso com a herança e os princípios que sustentam a ideia liberal (...) é um livro liberal sobre o liberalismo, escrito por alguém que acredita que o liberalismo, se entendido apropriadamente, resiste a qualquer vilificação” (Merquior, 2014 [1989], p. 36-37).
Nessa história do liberalismo escrita por um auto-indentficado liberal, Rousseau figura como o “principal precursor do romantismo” e o “mais importante originador do individualismo em literatura e em religião” (Merquior, 2014, p. 53). Embora reconheça os usos autoritários feitos das ideias de Rousseau pelos revolucionários jacobinos, ele se apressa em argumentar que a teoria política de Rousseau não consiste numa radical submissão do indivíduo à autoridade coletiva. Ao contrário, afirma, Rousseau seria “um individualista tão radical quanto qualquer um” (Merquior, 2014 [1989, p. 53).
Merquior e o tema da despatrimonialização do poder
Mas outro aspecto ganha ênfase nesse texto. Trata-se de atrbuir a Rousseau uma teoria política da despatrimonialização do poder. Assim, “o verdadeiro objetivo de sua exaltação da liberdade democrática em detrimento da liberdade liberal não consistia num prejuízo ao individualismo, mas na destruição do particularismo. O particularismo refletia o encanto de uma velha força na política francesa: patrimonialismo” (p. 54).
O principal alvo de Rousseau seria o particularismo do governante, no caso do monarca, a qual ele opõe a figura de um universalismo que se expressa na teoria da soberania popular. Assim, continua Merquior,
“Rousseau armou uma poderosa retórica em defesa da liberdade política ou democrática contra o caráter odioso do privilégio – algo que os primeiros liberais como Montesquieu não estiveram acima de sustentar” (p. 55).
Seu objetivo era portanto “despatrimonializar” o poder, não subordinar o indivíduo à tirania majoritária (Merquior, 2014, p. 55).
Ora, essa leitura de Rousseau como um teórico da generalidade do poder é mobilizada por Merquior para a crítica à modalidade da modernização ibérica e o domínio de “Estados cartoriais. No prefácio à edição brasileira de Rousseau e Weber, escrita em 1989, Merquior explicita essa visão da história em que as sociedades ibéricas passaram de um “patrimonialismo antigo ao neopatrimonalismo do estado autoritário, na nossa época”. O estado patrimonial seria, ao contrário do que reza a teoria rousseauniana da vontade geral, uma “fábrica de particularismos”, e o “estadoneopatrimonial de centralismo ibérico é intrinsecamente presa de pressões e bloqueios provenientes de sua colonização pela sociedade, ou melhor, pelos grupos socioprofissionais mais organizados, da alta burocracia, na administração, no Congresso e no judiciário, aos parlamentares fisiológicos, os militares pretorianos e as guildas cartorias de empresários sindicais – operário ou não – oficiais ou semioficiais” (Merquior, 1990 [1989], s/p).
Ora, como se nota, a releitura do conceito de vontade geral está informada por uma leitura da experiência história ibero-americana que viveriam ainda no tempo pré-rousseauniano dada à excessiva patrimonialização do poder, isto é, o império dos particularismos. As ideias do século XVIII francês chegam ao final do século XX com uma poderosa força normativa e potencialmente transgressora da ordem dada ou de uma leitura da ordem dada.
[1] Por óbvio, o multifacetado e rico pensamento de ambos os autores não se reduzem a essas características. Para quem deseja um quadro mais acabado, ver Felipe e Serra para o pensamento de Merquior; e Araujo, Sevaybricker e Lynch, para Wanderley.
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atletasudando · 1 year ago
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Con la milla y los 5 km se largó el Mundial de Carreras de Ruta
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El primer Campeonato Mundial de Carreras de Ruta se desarrolló este domingo 1° de octubre en Riga (Letonia), incluyendo también las pruebas de Medio Maratón, cuyo evento se viene desarrollando desde hace más de tres décadas. Ahora se incluyeron las pruebas de la milla y 5 km –también pruebas populares- dando un nuevo marco a esta competición. La milla masculina fue ganada por el estadounidense Hobbs Kessler, de apenas veinte años, quien marcó 3:56:13, delante del británico Callum Elson (3:56:41) y de otro estadounidense Sam Prakel (3:56:43). Fue la única prueba en que pudo quebrarse la habitual supremacía de los africanos en mediofondo y fondo. En esta milla de hombres la representación sudamericana estuvo a cargo del brasileño Guilherme Kurtz, quien marcó 4:02.75 y ocupó el 18° puesto. En la milla femenina hubo una gran sorpresa ya que la “superstar” de estos Mundiales, la keniata Faith Kipyegon, tuvo que conformarse con el tercer puesto (4:24:13), superada por dos etíopes: Diribe Welteji (4:20.98) y Freweyni Hailu (4:23.06). Kipyegon venía de establecer los récords mundiales en pista de 1.500, la milla y 5.000 metros, además de lograr dos medallas doradas (1.500/5.000) en el Mundial de Budapest. En la milla femenina, participaron dos atletas sudamericanas: la uruguaya Pía Ferández (19ª. con 4:45.81) y la brasileña Jacqueline Beatriz Weber (24ª. con 4:54.11). Sobre 5 km., los etíopes se mostraron imbatibles entre los hombres, con triunfo para el favorito Hagos Gebrhiwet en 12:59, seguido por Yomif Kejelcha con 13:02. El keniata Nicholas Kipkorir consiguió la medalla de bronce con 13:16. Y aquí participó el ascendente atleta uruguayo Santiago Catrofe, 27° con 13:49. En damas sobre 5 km. comenzó la avanzada keniata, que luego se haría sentir al copar todos los podios del medio maratón. Beatrice Chebet se llevó el título con 14:35, aventajando por cuatro segundos a su compatriota Lilian Kasait Rengeruk, quedando el bronce para la etípe Ejgayehu Taye con 14:40. La brasileña Simone Ponte Ferraz fue 30ª. con 16:39.   Read the full article
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canseideserpop · 2 years ago
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Cristais do pop, vocês estão preparados para gargalhar sem limites com a comédia Gargalhada Selvagem!? Estrelando Alexandra Richter, Joel Vieira e Rodrigo Fagundes e dirigida por Guilherme Weber, a peça é uma sátira social que nos convida a refletir sobre o cotidiano e a importância de rir de nós mesmos. Não perca essa divertida e inteligente comédia em cartaz até 28 de maio no Teatro Porto em São Paulo.
 ➡ Confira a todas as informações sobre o espetáculo e garanta seu ingresso no site do @canseideserpop ➡ O Link está na bio e nos stories. ➡ Apoie o site Cansei De Ser Pop (PIX): [email protected] : : : : : : : #canseideserpop #GargalhadaSelvagem #TeatroPorto #Comédia #teatro #teatrobrasileiro #teatrosãopaulo #GuilhermeWeber #AlexandraRichter #JoelVieira #rodrigofagundes (em Teatro Porto Seguro) https://www.instagram.com/p/CqqFrZlO3qO/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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bloodmaia · 7 years ago
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Lucia McCartney (Brazil,2016)- Season 1
Lucia is an 18 year old girl who likes to enjoy life and is also a call girl.Between his passion for the Beatles, Big Boy’s program and writing letters to Paul McCartney, his diary and the routine of cold customers, everything changes when he falls in love with José Roberto, a mysterious partner in a record company.
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Reality Z Saison 1 (1x01) Streaming VOSTFR TV Serie En Ligne HD
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Depuis 2020 / 60min / Comédie, Epouvante-horreur
De Cláudio Torres
Avec Sabrina Sato, Guilherme Weber, Emílio de Mello
Nationalité Brésil
Chaîne d'origine Netflix
SYNOPSIS & INFO Une invasion de zombies confine les participants à une émission de téléréalité dans un studio de télévision, où ils essaient d'échapper aux hordes de morts-vivants.
Profitez de Regarder et de Profiter
Vous trouverez ici toutes les séries télévisées et tous les films que vous pouvez diffuser en ligne, y compris les séries diffusées aujourd'hui. Si vous vous demandez ce que vous pouvez voir sur ce site, sachez que ce sont des genres qui incluent le crime, le théâtre, le mystère, les séries et les spectacles d'action et d'aventure. Merci beaucoup. Nous disons à tous ceux qui aiment nous accepter comme nouvelles ou informations sur le calendrier de la saison, les épisodes et comment vous regardez vos émissions de télévision préférées. J'espère que nous pourrons être le meilleur partenaire pour vous de trouver des recommandations pour une émission de télévision de différents pays à travers le monde. C'est tout de nous, salutations!
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diaryofafilmaddict · 7 years ago
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Deserto (2017)
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Cinema e teatro se fundem em “Deserto”, estreia de Guilherme Weber — ator conhecido do grande público por seu trabalho em novelas da Rede Globo — na direção.
O filme teve uma passagem muito rápida pelas telonas; após menos de 15 dias em circuito restrito, o longa foi relegado a apenas uma sala de cinema em São Paulo e ao mais ingrato dos horários — nesta semana, de 28/09 a 04/10, segue em só quatro cidades (São Paulo, Salvador, Niterói e Aracaju). Mas não é como se essa trajetória viesse como uma grande surpresa para Gulherme Weber. Talvez já fosse até mesmo esperada. "Deserto" traz dentro de si um discurso importante sobre o momento atual da arte em nosso país e diz muito sobre a situação em que o próprio filme se viu tão pouco tempo após seu lançamento.
A história começa remetendo a uma fórmula clássica já apresentada antes no teatro e nos cinemas. Uma companhia errante de atores passa de cidade em cidade apresentando seu trabalho, mas é evidente a decadência em que todos ali se encontram. Os públicos são cada vez menores, e o desânimo geral com a situação só aumenta. É o personagem de Lima Duarte, o velho, quem ocupa o posto de líder e capitão do grupo, sempre buscando motivar os colegas e proferindo discursos sobre a importância de prosseguir com a arte a qualquer custo. É evidente o paralelo com a situação atual do Brasil. O personagem expressa sua insatisfação de forma clama: num país como esse, quem ainda se importa com arte?
Talvez apenas os rejeitados, os párias e os excluídos. São eles que formam a companhia de artistas que acaba chegando a uma cidade deserta, onde decidem passar a noite e fazer uma pausa em sua peregrinação. A descrença na utilidade ou razão do próprio ofício criam um ambiente geral de insatisfação. Em meio ao vilarejo fantasma e com um clima de desolação no ar, uma reviravolta brusca interromperá o caminho natural do grupo e jogará a história em uma nova e ousada direção. Ao invés da narrativa da companhia errante — pano de fundo já usado no clássico absoluto de Ingmar Bergman, “O Sétimo Selo”, por exemplo — Weber decide fixar seus personagens na cidade abandonada que deveria ser apenas mais uma passagem. Cansados demais para prosseguir em busca de público ou de aceitação por parte da sociedade, eles decidem fundar ali mesmo uma comunidade própria e reinventarem a si mesmos. Em um sorteio, são definidos os papéis que cada um deles terá nesse novo mundo. Eles estão libertos do público, mas não de suas sinas de intérpretes.
A imposição de papéis a serem representados — ou, mais que isso, vividos plenamente, em tempo integral — por todos em suas casas logo acaba gerando situações extremas. Os conflitos entre a personalidade que eles deveriam assumir e suas próprias vontades e ambições pessoais acabam trazendo à tona os aspectos mais sombrios de cada um.
Há um jogo de contrastes curioso proposto por Guilherme Weber em "Deserto" que afasta o filme do lugar comum e o torna um ponto bastante fora da curva em nossa cinematografia. O texto, apesar de inspirado em um romance de realismo fantástico, é transposto para a tela de forma teatral, cheio de citações e com discursos pouco naturalistas; a fotografia é um destaque àparte, trabalhando as imagens com esmero, precisão e estética de cinema. Já o mise-en-scène, por sua vez, também se aproxima do teatral — em alguns momentos é fácil imaginar as cenas sendo representadas em um palco. Mas o cenário da cidade é construído de maneira bastante cuidadosa e cinematográfica. A mistura entre os elementos funciona, estabelecendo um drama fantástico em um mundo próprio, repleto de subtexto e de interpretações subjetivas. Guilherme Weber foge do comum de todas as maneiras, escapando da tendência dos atores-diretores a um certo desprezo pela linguagem ou estética do filme em benefício das interpretações de seu elenco. Algo que Selton Mello também fez recentemente em "O filme da minha vida". Para isso, ambos contaram com parceiros de muito talento assinando a fotografia; Walter Carvalho, no caso de Selton, dispensa apresentações, e Rui Paços — fotógrafo de "Deserto" — tem uma carreira consistente no cinema português, tendo sido responsável por alguns dos maiores sucessos de crítica do país, caso de "Tabu".
O jogo proposto por Weber é difícil para o público em geral, e isso pode ter ajudado a carreira do filme a naufragar rapidamente em termos de bilheteria. Mas é algo previsto pelas próprias personagens. Numa cena de pura metalinguagem, uma delas encara a câmera, quebrando a quarta parede e questionando: quem assistiria a seu espetáculo? Quem se interessaria por aquela história? Estavam interpretando para ninguém os seus novos papéis cotidianos. “A vida comum não vale para o cinema, não vale o ingresso. Algo diferente tem que acontecer”, afirma a personagem. E pode-se dizer que “Deserto” é tudo, menos comum.
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Em todo o filme há a discussão sobre a arte e sua importância. Há até uma metáfora com uma privada que permeia vários diálogos. Um dos personagens se apega demais a um vaso sanitário que encontra na cidade abandonada. Após tantas peregrinações de canto em canto, dormindo ao relento e “cagando no mato”, ele tem uma epifania ao ter novamente para si uma privada. Emociona-se com a suavidade da louça, a civilidade do ato de sentar-se num objeto tão delicado para um ato puramente animal como o de defecar. É algo que nos diferencia dos bichos. A privada, e também a arte. São formas de resistência contra os instintos animais. Uma resistência que tem sofrido, sendo atacada de todas as formas. A onda de conservadorismo que assola o país tem mirado cada vez mais o setor artístico, num revanchismo infantil contra a classe artística e suas pautas geralmente de esquerda. Em pleno 2017, volta-se a falar em “arte degenerada” e em censura a obras e espetáculos de arte. As linhas de financiamento e incentivo à produção se veem ameaçadas por tratativas do Congresso, com artistas precisando montar uma caravana pra interceder junto aos políticos. E as salas que exibem a produção nacional seguem esvaziadas, em um ano atípico que quebra uma longa sequência de bons resultados de nosso cinema nas bilheterias. Em meio a esse cenário desolador, "Deserto" é uma escolha de luta, assim como a de seus personagens. Seguir representando, mesmo que seja para uma sala de cinema vazia, na sessão das 13h.
“A arte é a única possibilidade que o homem tem de viver além da necessidade”.
*publicado no blog da rádio Central 3 em 02/10/2017
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portalovertube · 7 years ago
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Em "Pega Pega", Luiza vai trabalhar em boate
Em “Pega Pega”, Luiza vai trabalhar em boate
O momento financeiro de Luiza (Camila Queiroz) não anda mesmo dos melhores. Tanto é que depois de tentar conseguir emprego sem sucesso, a mocinha resolverá aceitar a ajuda de Douglas (Guilherme Webber) e começará a trabalhar na boate da qual ele é proprietário. Ela será uma espécie de gerente que ajudará em tarefas como fechar o caixa, contar o dinheiro, etc. O que Luiza não imaginava é que, logo…
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blogfamososnaweb · 7 years ago
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Guilherme Weber viverá drag queen em “Pega Pega” Afastado das novelas desde que esteve em "Passione" (2011), Guilherme Weber voltará às telinhas em "Pega Pega", nova aposta da Globo para a faixa das 19h.
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radiorealnews · 2 years ago
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teoriapoliticabrasileira · 1 year ago
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Introdução
O trabalho que vou apresentar é a primeira versão de um projeto de pesquisa iniciado este ano e que trata da recepção da obra de Rousseau no pensamento político brasileiro entre as décadas de 1980 e 2010. O interesse pelo tema surgiu de uma constatação mais ou menos impressionista de que os debates sobre a democracia no Brasil nesse período mobilizaram o legado rousseauniano, especialmente os conceitos de vontade geral, soberania popular, virtude cívica e corrupção. Diante dessa impressão inicial, me pareceu que um estudo mais sistemático sobre a recepção de Rousseau no campo do pensamento político brasileiro seria pertinente para explicitar os diálogos estabelecidos entre intelectuais brasileiros e o legado do republicanismo francês.
Selecionei alguns trabalhos que servirão de base para as observações que farei aqui e que são os seguintes:
MERQUIOR, José Guilherme. 1990 [1980]. Rousseau e Weber: dois estudos sobre a legitimidade. Rio de Janeiro. Edições Guanabara. Tese de doutorado em Sociologia Política defendia em 1979 na London School of Economics,
COUTINHO, Carlos Nelson. 1996. “Crítica e Utopia em Rousseau”. In: Revista Lua Nova. 
SANTOS, Wanderley Guilherme. 2007. “O Paradoxo de Rousseau: uma interpretação democrática da vontade geral”.
BIGNOTTO, Newton. 2010. “As Aventuras da Virtude: as ideias republicanas na França do século XVIII”.
As interrogações que proponho são as seguintes: como esses intelectuais acima citados leram e se apropriaram da obra de Rousseau no contexto da transição do regime autoritário para o regime democrático? Que juízo faziam das proposições normativas do Contrato Social e sua aplicabilidade no mundo contemporâneo, isto é, no contexto de sociedades complexas e configuradas em torno do pluralismo moral? As ideias de Rousseau, nessas leituras, anunciariam um novo totalitarismo ou seriam expressão exigente de uma teoria da participação política e da virtude cívica?
Em suma, me interessa examinar o uso do vocabulário rousseauniano em contexto distinto daquele sua enunciação original, explicitando o modo pelo qual o uso polêmico desse vocabulário informa diagnósticos sobre os impasses e as potencialidades do experimento democrático no final do século XX e início do século XXI.
Minha apresentação aqui será dividida em dois tópicos.
O primeiro trata das controvérsias em torno da tese de um Rousseau profeta do totalitarismo e um inimigo da liberdade; já o segundo tópico examina a avaliação dos intérpretes brasileiros sobre a atualidade do legado rousseauniano e sua aplicabilidade no mundo contemporâneo.
Rousseau: inimigo da liberdade?
A teoria política da segunda metade do século XX, notadamente no âmbito da academia anglo-americana, foi bastante profícua em trabalhos críticos ao legado rousseauniano. Autores como Isaiah Berlin, Jacob Talmon, Karl Popper, Judith Sklar, Leduc Lafayette promoveram a visão de que Rousseau seria o teórico de uma forma patológica da democracia. Atribuem ao filosófo genbrino os epítetos de inimigo da liberdade,  profeta do terror jacobino, e até mesmo precursor dos regimes totalitários.  No núcleo dessa crítica está a tese de que conceitos como soberania popular e vontade geral representariam graves ameaças às garantias das liberdades individuais e da autonomia moral do cidadão. A teoria política de Rousseau manifestaria formas patológicas do político, promovendo de um coletivismo e um unitarismo irrefreável, antessala do Estado totalitário.
Os intérpretes brasileiros da obra de Rousseau que estudo aqui se mostram predominantes céticos em relação a essas teses do Rousseau totalitário.   
José Guilherme Merquior, por exemplo, se empenha em aproximar a teoria política de Rousseau do universo do liberalismo progressista e mesmo do utilitarismo. Em sua tese de doutorado defendida em 1979 na Inglaterra (publicada em 1980 pela editora Routledge e no Brasil em 1990), Merquior contesta a validade da tese de Jacob Talmon, que segundo ele, seria responsável por algumas das “viciosas interpretações” da teoria política de Rousseau (Merquior, 1990, p. 39). Diferentemente das utopias elitistas da cidade ideal platônica ou do culto hegeliano do Estado, Merquior sustenta que a teoria política de Rousseau, como aliás de todo contratualismo, possui um fundamento “individualista”, oposto ao holismo e ao totalitarimo, se entendemos por totalitarismo um tipo de sociedade em que todas as instâncias da vida são detalhadamente controladas pelo Estado.
O Rousseau de Merquior seria um defensor radical da “autonomia do eu” e mesmo do “interesse próprio”, já que a vontade geral nada mais seria que a reunião de vontades individuais esclarecidas. As proposições normativas de Rousseau em nada se assemelhariam as formas dos estados totalitários do século XX, com suas estruturas hiperburocráticas e policialescas. As leituras liberais do contexto da guerra fria teriam, segundo Merquior, criado uma imagem absolutamente fantasiosa de Rousseau.  
Newton Bignotto, no livro Aventuras da Virtude, também se ocupa de refutar as teses que associam Rousseau à democracia totalitária. Segundo o professor da UFMG, o “recurso ao conceito de totalitarismo, para a compreensão do pensamento de Rousseau, mostra-se pouco proveitoso, mesmo quando se trata de uma metáfora”. (Ele se dirige mais especificamente a pesquisadora francesa Denise Leduc Fayete em “Rousseau e la cité antique”, que associa o totalitarismo de Rousseau à nostalgia espartana). Bignotto retoma as obras de Claude Lefort e Hannah Arendt sobre o conceito de totalitarismo moderno, e destaca impropriedade de ligar o fenômeno que assombrou o século XX ao funcionamento dos regimes de Esparta ou Roma tão admirados por Rousseau.
Rousseau, argumenta Bignotto, em vários momentos mostrou-se cético com relação a possibilidade prática de introdução dos valores e práticas da virtude antiga no âmbito das sociedades modernas corrompidas pelo amor-próprio. Além disso, Bignotto argumenta que Rousseau reconhece a distinção entre virtude política e virtude moral, isto é, entre dois espaços distintos – público e privado - em que se formam os indivíduos. Haveria antes uma tensão entre ambos espaços em que se desenvolve a virtude do que um programa abolição da esfera privada e da subjetividade humana como sustentaram equivocadamente os liberais no contexto da guerra fria.
Já na obra de Wanderley Guilherme dos Santos encontramos uma leitura menos simpática ao vocabulário rousseauniano, se o comparamos a Merquior e Bignotto. Ainda que Wanderley continue a se valer do conceito de vontade geral como um componente da democracia representativa, ele denuncia os equívocos teóricos e práticos da interpretação dominante do conceito. Dedica boa parte do seu livro a atacar o que ele  chama de “autocratismo iluminista-rousseauniano” e suas ressonâncias na teoria política contemporânea.
Segundo Wanderley haveria duas interpretações possíveis da vontade geral. Uma autocrática e outra democrática, advogada por ele. A interpretação autocrática da vontade geral se baseia em um juízo radicalmente negativo do interesse particular. A divergência, a heterogeneidade, a divisão social, as preferências dos indivíduos e grupos, são ignorados pelo republicanismo de matriz rousseauniana. Entretanto, argumenta WGS, esses  são dados inerradicáveis do experimento democrático que se iniciou no século XIX. Ao estigmatizar o interesse como patologia do político, os teóricos do consenso racional - uma das vertentes mais influentes do rousseaunismo contemporâneo, oscilam entre a ficção utópica e a justificação normativa de uma coerção autoritária.
O ideal normativo da teoria rousseauniana e do “iluminismo autocrático” postula uma integração ética entre os cidadãos tomados individualmente e a comunidade da qual fazem parte (Santos, 2007, p. 45-46).
Wanderley contesta essa teoria da obrigação política segundo a qual obediência civil implica uma adesão moral do indivíduo à substância da lei. A alternativa oferecida pelo autor é de um tipo de legitimidade mais branda, que obriga a obediência a lei, sem, contudo, exigir adesão moral à comunidade:
“O cidadão de um governo legítimo consente e, pois, obedece, sem necessariamente concordar. O poder que, além de consentimento e obediência, empenha-se em extrair concordância torna-se ipso facto, autocrático” (Santos, 2007, p. 46).
O ideal de uma adesão moral integral e homogeneidade ética em que são banidos os interesses parciais ou particulares revela-se na exigência da amizade como afeto político dominante na cidade republicana. A promoção compulsória de uma “amizade altruística” seria nas palavras de Wanderley algo “monstruoso” (Santos, 2007 p. 65). (cita o trabalho de Maurício Viroli).
Essas exigências de legitimidade republicana, além de utópicas, tenderiam segundo Wanderley, a reforçar a dimensão da coerção estatal sobre os indivíduos, com punições desnecessárias e injustas contra eventuais os cidadãos apáticos ou não cooperativos. A teoria da vontade geral, em suas palavras, teria contraído “dívidas explícitas com procedimentos autocráticos” (p. 77), ao postular que apenas a participação e unanimidade fossem capazes de refrear a expressão dos interesses particulares.
A “vontade geral democrática”, advogada por Wanderley, reserva um direito interno de dissenção cívica e a apatia. Não à desobediência, bem entendido.
Como se nota, nessas breves referências, as leituras de Merquior, Bignotto e Wanderley Guilherme dos Santos, a recepção de Rousseau no Brasil formulou interpretações rivais sobre o legado rousseauniano e sua relação com as formas políticas autoritárias ou totalitárias. Enquanto Merquior e Bignotto contestam a associação de Rousseau com regimes autoritários ou totalitários, Wanderley identifica aspectos problemáticos nas exigências do conceito de vontade geral e soberania popular de Rousseau e suas repercussões na teoria política contemporânea. Muito embora se valha de uma contundente crítica ao programa rousseauniano, Wanderley adota uma posição ambígua diante do conceito de vontade geral. Ora, o denuncia como utópico e autocrático, ora ressignifica-o incorporando às experiências das democracias representativas.
Rousseau: razão e história, modernidade e arcaísmo
Passo agora para o segundo tópico de minha fala que trata do tema da contemporaneidade ou do arcaísmo da obra de Rousseau. A pergunta aqui é em que medida a teoria normativa de Rousseau seria compatível com as formas institucionais das sociedades modernas? A teoria de Rousseau contribui para para iluminar ou inspirar sendas emancipatórias no ocaso do século XX e início do século XXI, ou sua obra estaria limitada ao universo das sociedades agrárias com baixa divisão social do trabalho e forte homogeneidade cultural?
Volto ao trabalho de José Guilherme Merquior, que me parece ambivalente diante dessas questões. De um lado, Merquior é enfático em sustentar a tese da adaptabilidade da teoria da legitimidade e da soberania popular às sociedades industriais capitalistas modernas. Os enunciados normativos de Rousseau sobre a legitimidade democrática consistem, segundo ele, “na sistematização mais adequada à sociedade moderna e ao seu tipo específico de controle social – a lei racional ‘profana’, versus a tradição consuetudinária ‘sagrada’” (Merquior, 1990, p. 83). 
Além disso, Merquior argumenta que, “por mais que os detalhes institucionais projetados por Rousseau sejam inaplicáveis hoje, ou a qualquer tempo, não depende disso a relevância prática de vários aspectos principais de sua teoria política, especialmente sua postulação da participação deliberativa como alma da democracia autêntica” (Merquior, 1990, p. 83).
Portanto, conceitos como vontade geral e soberania popular manteriam sua validade normativa no tempo presente. E seriam profícuos para informar a construção institucional das democracias contemporâneas.
Por outro lado, Merquior entende haver um anacronismo nas ideias Rousseau, especificamente no plano de sua análise histórico-sociolígica. Rousseau teria se equivocado ao condenar de forma tão peremptória as sociedades comerciais de seu tempo. Cito:
“o pensador que nos ofereceu um conceito de legitimidade de duradoura relevância para a sociedade moderna demonstrou ser ferozmente alienado, e até mesmo hostil, à dimensão central da liberdade moderna” (Merquior, 1990, p. 92).
A teoria social de Rousseau padeceria de uma índole espartana, fundamentada em uma configuração pré-moderna, agrária e rústica. Em contraste com esse modo de vida, Merquior faz um elogio da interdependência social e da divisão social do trabalho nas sociedades industriais. A complexificação seria, segundo ele, uma condição para a existência de um tipo de liberdade positiva, definida como capacidade efetiva para que os indivíduos possam levar a cabo os projetos de vida que eles valorizam. Essa nova liberdade só é possível com a industrialização que, cito mais uma vez,
“cria um novo nível de consumo, bem como um novo leque de papeis sociais e um novo ritmo da mobilidade social, acrescentando todo um conjunto de ampliadas e imprevistas opões de vida, que, ao se consolidarem, acabam por dar consistência à experiência coletiva da ‘liberdade para’” (Merquior, 1990, p. 91).
São as condições materiais dadas pela sociedade industrial – e não o estatuto legal dos direitos políticos do cidadão – que caracterizam esse novo tipo de liberdade positiva. Ao contrário de Isaiah Berlin, a liberdade positiva, tal como entendida por Merquior, é fundamentalmente individual e depende do nível de bem-estar econômico garantido pelas sociedades capitalistas industriais avançadas.
Temos, portanto, em Merquior uma leitura ambivalente do legado de Rousseau e sua aplicabilidade no âmbito das sociedades modernas. O teórico genebrino é um contemporâneo nosso quando se trata de pensar a legitimidade das instituições políticas democráticas. Por outro lado, é um “sociólogo” e um “econonomista” anacrônico e alienado, incapaz de perceber as possibilidades da liberdade dos modernos propiciada pela economia de mercado e pela industrialização.
Leitura distinta, mas não necessariamente antagônica, será feita por Carlos Nelson Coutinho. Para Coutinho, a grande contribuição de Rousseau à teoria política consiste na introdução da “historicidade” nas análises sobre o contrato social. Diferentemente da filosofia política de seu tempo, Rousseau seria um autor sensível à dinâmica da história. Essa sensibilidade se manifesta em uma antropologia filosófica segundo a qual o homem é fundamentalmente um ser maleável, cujos atributos dependem das formas de socialização a que são sujeitos. O conceito de perfectibilidade aponta para esse dinamismo antropológico e histórico – que enfatiza o tema da autocriação do homem – e contrasta com perspectiva abstrata do contratualismo de Hobbes e Locke (em que o indivíduo egoísta aparece como arquétipo para toda a organização política e social).
Além disso, segundo Coutinho, Rousseau teria sido capaz de apreender a “dialética do progresso”, isto é, a história como um processo paradoxal, de perda e ganho de liberdade.
Rousseau, na visão de Coutinho, não elabora uma crítica abstrata à “sociedade civil” ou a civilização em geral; ao contrário, o objeto de sua crítica é a sociedade civil burguesa de seu tempo e suas paixões hedonistas. A dimensão negativa do pensamento de Rousseau - a “denúncia do estado civil” no Discurso, é sobretudo a acusação da corrupção da sociedade que levou a desigualdades ilegítimas – é completada pela dimensão positiva ou normativa do Contrato Social, obra preocupada em estabelecer as regras que organizam um estado legítimo baseado na igualdade (social) e na soberania do povo.
Na visão de Coutinho, Rousseau seria um antecipador da dialética do progresso, uma concepção da história moderna, que enfatiza os aspectos dinâmicos e plásticos da condição humana, uma concepção da histórica como futuro aberto.  
Coutinho, contudo, não deixa de criticar a antinomia presente em Rousseau entre o citoyen e o bougeois. Há, segundo o intérprete, uma ausência de mediações capazes de operar a superação do indivíduo burguês no cidadão orientado pelo bem comum. O indivíduo apenas a partir do exame da sua própria consciência seria capaz de alcançar o nível da vontade geral, prescindindo de formas intermediárias como os partidos, as associações (as quais são percebidas como facções que ameaçam a potência única da soberania do povo). A saída de Rousseau na figura do legislador ou das festas cívicas, dos costumes nacionais como modo de elevar o indivíduo a altura do cidadão – isto é, capaz de orientar sua ação em termos públicos e não privados – demonstrariam o limite da teoria política rousseauniana para pensar a empiria da democracia e das sociedades modernas.
Como se nota, Coutinho, como Merquior, reprova o anacronismo da sociologia de Rousseau. Mas ao contrário de Merquior, o ponto aqui não está no elogio da sociedade comercial e da economia de mercado – como quer Merquior –, mas a ausência de mediações das associações intermediárias da sociedade civil – como sindicatos, movimentos sociais e, especialmente os partidos políticos de massa –  que produzem as mediações entre o particular e o universal. A sociologia de Rousseau, limitada à figura do pequeno camponês e do artesão, seria pobre para nos dar referência em mundo habitado por classes sociais e partidos políticos de massa que são os mediadores concretos, os produtores de solidariedade do mundo moderno. postura refratária em relação às associações intermediárias que conectam indivíduo e estado, seriam, para Coutinho, os principais indícios do anacronismo e da inadaptabilidade das ideias de Rousseau aos impasses do tempo presente.  
Ainda nesse tópico sobre a atualidade ou anacronismo da contribuição de Rousseau, retomo mais uma vez a leitura de Wanderley Guilherme dos Santos em Paradoxo de Rousseau. Este autor afirma de modo mais categórico e sem ambiguidades a tese do anacronismo rousseauniano. Não apenas Rousseau, mas todo pensamento político europeu gestado entre o século XVII ao XIX seria, segundo Wanderley, “pobre em história” e “precário em psicologia”. Em suas palavras, “o universo iluminista” – do qual participa Rousseau e os teóricos contemporâneos da razão argumentativa – é etéreo, imóvel”; nesse universo “a história é absolutamente irrelevante”. O rousseanianismo estaria em busca de “soluções incontroversas” e da “abolição da contingência e da ignorância” (Santos, 2007, p. 118).
Em contraste com essa razão iluminista pouco sensível as contingências da história, Wanderley advoga uma ontologia e uma epistemologia que ele chama “infra-iluminista”. Uma teoria social infra-iluminista rejeita a postulação de verdades ahitóricas ou atemporais (como aquelas manifestas em certas interpretações da vontade geral); afirma uma razão sensível à contingência dos negócios humanos e à imprevisibilidade das consequências das ações humanas. A ignorância, isto é, a ausência de informações completas sobre o mundo social e sobre os efeitos da ação, é condição para a transformação e o dinamismo das sociedades. Ora, as esperanças iluministas e neoiluministas em um projeto de esclarecimento total e banimento da ignorância, algo que se fosse plenamente realizado produziria uma estagnação absoluta. Se a história é experimentação e os indivíduos ou grupos não dispõem de informações completas sobre o mundo, tampouco têm controle absoluto sobre os efeitos agregados de suas ações, o futuro se manifesta como uma imprevisibilidade radical, que não pode ser domesticado pelas luzes de uma razão desencarnada e absoluta.
Em resumo, as interpretações aqui analisadas oscilam entre o reconhecimento de uma validade contemporânea das teses de Rousseau e a crítica, mais ou menos contundente, ao anacronismo do autor genebrino.
Para Merquior o anacronismo de Rousseau deriva de sua não aceitação da economia de mercado e da divisão do trabalho social; em Coutinho, esse anacronismo consiste no não reconhecimento da dimensão sociológica das associações intermediárias da sociedade de classes e o protagonismo da classe operária nas sociedades industriais. Em outras palavras, Merquior reprova Rousseau valendo-se das lentes de Adam Smtih; já Continho o reprova valendo-se das armas de Hegel e Marx.  
Merquior e Coutinho sustentam a tese do que chamo atualidade anacrônica: Rousseau seria moderno/atual na proposição de uma radical legitimidade participativa (Merquior), na crítica das desigualdades da sociedade capitalista (Coutinho e Bignotto), e anacrônico em outros aspectos (ausência de uma sociologia das sociedades capitalistas industriais (Merquior)  atual, em alguns aspectos, e arcaico em outros. Já Wanderley sustenta a tese de um da razão iluminista e da vontade geral como uma negação da história e da contingência que lhe estrutura.
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atletasudando · 1 year ago
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Presencia sudamericana en Riga con el Mundial de Carreras de Ruta
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Riga, capital de Letonia, recibe este domingo 1° de  octubre al primer Campeonato Mundial de Carreras de Ruta. Se trata de una nueva modalidad adaptada por World Athletics que le da continuidad al Campeonato Mundial de Medio Maratón –que se disputa desde 1992- y que ahora también incluye una prueba de la Milla en calle y otra de 5 km. En esta oportunidad, la presencia sudamericana se dará a través de cinco países. Y entre sus participantes estará el uruguayo Santiago Catrofe, quien viene de batir el récord sudamericano de los 3.000 metros llanos y que ahora competirá sobre 5 km, tras haber producido una gran debut en los 10.000 llanos del Mundial de Budapest. En la prueba de la milla estará su compatriota María Pía Fernández (ex campeona sudamericana de 1.500), la brasileña Jaqueline Beatriz Weber y, entre los hombres, el brasileño Guilherme Kurtz. Para los 5 km, además del citado Catrofe, también figura inscripta la brasileña Simone Ponte Ferraz (especialista de 3.000 con obstáculos), en damas. Y la mayor presencia sudamericana se dará con el medio maratón. En hombres estarán el boliviano Rubén Arando, el paraguayo Carlos González, el uruguayo Nicolás Cuestas, los ecuatorianos Diego Arévalo, Rafael Vicente Loza y Christian Vasconez (campeón sudamericano 2022) junto a los brasileños Altobeli Santos da Silva, Jhonatas de Oliveira Cruz, Fabio Jesús Correia y Maicon da Silva Mancuso. En damas, Ecuador presentará su más potente formación de la distancia con Rosa Alva Chacha, Silvia Patricia Ortiz y Katherine Tisalema. Y también estarán las brasileñas Jenifer do Nascimento, Larissa Moreia Quintao y Valdilene dos Santos Silva. La presencia de estrellas keniatas con el liderazgo de Faith Kipyegon para la milla, le dará lustre a esta competición mundial. Autora de un ramillete de fantásticos récords mundiales a lo largo de su tour estival europeo (1500-milla-5.000), Kipyegon concretó un formidable doblete (1.500-5.000) en el Mundial de Budapest. Y ahora intenta redondear esta temporada con otro título. Cada medio maratón comenzará en el Embankment y luego cruzará el río Daugava hasta Pardaugava, antes de regresar a la Vieja Riga por el Puente Vansu, rodeando el centro histórico de la ciudad antes de la meta, que está rodeada por la mundialmente famosa arquitectura Art Nouveau en Elizabeth. Con sólo 11 metros que separan los puntos más altos y más bajos del recorrido, el escenario parece preparado para algunos tiempos rápidos, aunque en este, como en todos los campeonatos, lo importante es las medallas. A continuación detallamos el “preview” de World Athletics para cada especialidad. Medio maratón femenino Cuando se trata de carreras importantes en ruta, Peres Jepchirchir sabe cómo hacer el trabajo. La estrella keniana cumple 30 años esta semana y, en el Campeonato Mundial de Atletismo en Ruta Riga 23, buscará celebrarlo con estilo consiguiendo su tercer título mundial de media maratón. Tres mujeres (Tegla Loroupe de Kenia, Paula Radcliffe de Gran Bretaña y Lornah Kiplagat de Holanda) lo han logrado antes y el domingo por la tarde Jepchirchir buscará completar el hat-trick después de victorias anteriores en 2016 y 2020. Jepchirchir es campeona olímpica de maratón y desde entonces ha obtenido importantes victorias en esa distancia en Nueva York (2021) y Boston (2022). Después de haber luchado contra una lesión durante algunas partes del año pasado, se recuperó y terminó tercera en el Maratón de Londres en abril, con un tiempo de 2:18:38. Luego ganó el medio maratón Great North Run el 10 de septiembre, con un tiempo de 1:06:45, y dada su reconocida velocidad de cierre, la poseedora del récord mundial de medio maratón solo para mujeres, que corrió 1:05:16 para ganarla. El título mundial de 2020 en Gdynia será difícil de superar si está cerca de su mejor nivel. Estará respaldada por una serie de formidables compañeras de equipo, encabezadas por Irine Jepchumba Kimais, la campeona keniana de 10.000 metros que terminó en un excelente cuarto lugar en el Campeonato Mundial de Atletismo en Budapest. La joven de 24 años es la más rápida en la carrera gracias a su marca personal de 1:04:37, que corrió para conseguir la victoria en el Medio Maratón de Barcelona en febrero. Margaret Chelimo Kipkemboi también debería figurar, con una marca personal de 1:05:26, y fue medallista de bronce en 10.000 m en el Campeonato Mundial de Atletismo del año pasado, finalizando cuarta en los 5.000 m este año en Budapest. Catherine Relin es otro nombre keniano a seguir, la joven de 21 años estableció su marca personal de 1:05:39 para terminar tercera en Barcelona en febrero. Etiopía ha ganado el título individual femenino sólo tres veces en la historia del evento, un resultado relativamente escaso para una superpotencia de carreras de larga distancia, pero se ha llevado los dos últimos títulos por equipos y estará ansiosa por lograr el tercero consecutivo en Riga. Su equipo está dirigido por Tsigie Gebreselama, que estará respaldado por Ftaw Zeray, Yalemget Yaregal y Mestawut Fikir. Gebreselama ganó la medalla de  plata en el Campeonato Mundial de Atletismo de Cross Country en Bathurst a principios de este año y registró su PB de media maratón de 1:05:46 para terminar segunda en Valencia en octubre pasado. Zeray tiene una mejor marca de 1:06:04, corrida en el Medio Maratón de Ras Al Khaimah en febrero, mientras que Yaregal, que solo tiene 19 años, corrió su PB de 1:06:27 en Berlín en abril. El equipo británico estará liderado por Samantha Harrison, quien logró su marca personal de 1:07:17 en Berlín este año, mientras que la sueca Sarah Lahti, con un tiempo de 1:08:19 en su mejor momento, también buscará un buen final. Medio maratón masculino Kenia ha ganado el título de medio maratón individual masculino 13 veces en 24 ediciones anteriores y tiene fuertes pretensiones de llevar esa cuenta a 14 el domingo. Han ganado el título por equipos masculino 16 veces, y es probable que lleguen al 17º dada la fuerza de sus filas. Cuentan con un trío de hombres que marcan menos de 59 minutos: Benard Kibet, Charles Kipkurui Langat y Sabastian Kimaru Sawe, mientras que su siguiente hombre, Daniel Simiu Ebenyo, tiene un tiempo de 59:04. Kibet superó su marca personal con un tiempo de 58:45 al ganar el medio maratón de Ras Al Khaimah en febrero y terminó quinto en los 10.000 m en Budapest el mes pasado, mientras que Langat corrió su marca personal de 58:53 para ganar en Barcelona en febrero. . Seguramente Etiopía hará una gran actuación, con Jemal Yimer Mekonnen como el más rápido de sus filas. Su marca personal de 58:33 se remonta a 2018, aunque estuvo cerca de eso en agosto, terminando segundo en el medio maratón de la costa de Antrim en Irlanda del Norte con 58:38. Estará respaldado por sus compañeros de equipo Nibret Melak, Dinkalem Ayele y Tsegay Kidanu, todos hombres sub-60. Melak terminó tercero en el Medio Maratón de la Costa de Antrim el mes pasado en 59:49 y corrió su PB de 59:06 para ganar el Medio Maratón de Lisboa en marzo. Con la reciente retirada del actual campeón Jacob Kiplimo, la carga de Uganda estará liderada por Andrew Rotich Kwemoi, cuyo PB de 59:37 se corrió en Lille, Francia, el año pasado. Obtuvo la victoria en el Maratón de Milán en 2:07:14 a principios de este año, pero no pudo terminar el maratón en el Campeonato Mundial en Budapest. Stephen Mokoka de Sudáfrica es un atleta de 59:37 en su mejor momento y estará en la contienda si reproduce algo similar aquí, al igual que Ibrahim Hassan de Djibouti, un artista de 59:41. El desafío de Marruecos está liderado por Mohamed Reda El Aaraby, que fue 25º en el Campeonato Mundial de maratón de este año y que tiene un PB en media maratón de 59:54. El desafío europeo está liderado por Jimmy Gressier, el francés de 26 años que registró su PB de 59:55 para terminar tercero en el Medio Maratón de París en marzo. Llegó a terminar noveno en la final mundial de 5.000 metros en Budapest el mes pasado. Japón es una nación que continuamente produce una horda de medias maratonistas de talla mundial, debido a sus tradiciones Ekiden, y cuentan con dos fuertes candidatos en Riga: Tomoki Ota, con un tiempo de 1:00:08, y Ryota Kondo, que tiene el mejor tiempo. de 1:00:32. La media maratón femenina comenzará a las 13:30 hora local del domingo, seguida por la masculina a las 14:15, a la que se unirán las masas. 5 km. hombres Tres de los cuatro hombres más rápidos de la historia se enfrentan en los 5 km en el Campeonato Mundial de Atletismo en Ruta Riga 23. Berihu Aregawi no solo tiene el PB en ruta superior, habiendo batido el récord mundial con su carrera de 12:49 en la Cursa dels Nassos en Barcelona en 2021, sino que también tiene el PB en pista más rápido entre los inscritos: su 12:40.45 desde Lausana. en junio, colocándolo quinto en la lista mundial de todos los tiempos de 5000 m. Sin embargo, los tiempos rápidos son sólo la mitad de la historia, y lo que hace que este concurso sea aún más atractivo son las revanchas que ofrece. Yomif Kejelcha es el líder mundial y estaba a sólo un segundo del récord mundial de 5 km de su compatriota etíope cuando marcó 12:50 en Lille en marzo. También está sólo un lugar por debajo de Aregawi en la lista mundial de todos los tiempos de 5.000 metros gracias a su actuación de 12:41.73 en Oslo. Cuando se trata de sus carreras cara a cara, la cuenta es de 6-5 a favor de Kejelcha, considerando las actuaciones logradas desde 3.000 m hasta 10.000 m. Aregawi es el medallista de plata mundial de cross country, que terminó cuarto en las finales mundial y olímpica de 10.000 m, mientras que Kejelcha es dos veces medallista de oro mundial de 3.000 m bajo techo y poseedor del récord mundial de milla cubierta, que consiguió la plata de 10.000 m en el Campeonato Mundial de 2019. Campeonatos en Doha. Luego está el keniano Nicholas Kipkorir, el cuarto corredor de 5 km más rápido de todos los tiempos. El año pasado corrió en 12:55 en Herzogenaurach, terminando segundo en una carrera ganada por Kejelcha en 12:53, y ahora se preparan para la batalla nuevamente. De las 11 actuaciones de 5 km en la historia que han sido de 13 minutos o más rápido, ese trío – Aregawi, Kejelcha y Kipkorir – ha registrado siete de ellas: tres de Aregawi y dos de Kejelcha y Kipkorir. Sin embargo, cuando se trata de PB en pista, un atleta divide a los tres en la parte superior de la lista de inscritos: el medallista olímpico y mundial de Etiopía, Hagos Gebrhiwet. Ganó el título mundial de cross country sub-20 en 2013 y consiguió su primera medalla absoluta ese mismo año, consiguiendo la plata en los 5.000 metros en Moscú. Luego ganó el bronce mundial en 2015 y una medalla olímpica del mismo color en 2016. Si bien terminó sexto en la final mundial de este año, demostró que está en plena forma al correr un tiempo de 12:42.18, el mejor de su vida, para ganar en Mónaco. También registró un PB de medio maratón de 58:55 para ganar el que fue el tercer medio maratón de su carrera en Granollers en febrero. En el equipo de Kenia, el medallista de plata mundial de 10.000 m de 2022 Stanley Waithaka Mburu y Cornelius Kemboi están inscritos junto con Kipkorir. Egide Ntakarutimana de Burundi corrió 13:03.61 en los 5.000 m en Viena en junio y hace su debut en los 5 km después de mejorar su mejor marca en los 10 km a 27:45 en Brasov el año pasado. El plusmarquista español Ouassim Oumaiz, que corrió 13:19 en 2020, también querrá dejar huella, al igual que el estadounidense campeón de la NCAA 2022, Olin Hacker, el noruego Magnus Tuv Myhre y el canadiense Ben Flanagan, plusmarquista de 5 y 10 km. El poseedor del récord oceánico de 3.000 m, Stewart McSweyn, forma parte del equipo australiano en Riga y, además de una buena posición, también buscará mejorar su marca de 13:53 cuando regrese a correr la distancia en las carreteras para el primera vez desde 2017. Desde entonces, ha llevado su mejor marca de 5000 m a 12:56.50. 5 km femenino No habrá un ligero alivio en el programa de carreras de élite en Riga, ya que los 5 km femeninos contarán con un campo estelar de medallistas olímpicos y mundiales en busca del primero de los seis títulos que se ofrecen en la capital letona. La keniana Beatrice Chebet ya ha conseguido un oro mundial en 2023 y, tras convertirse en campeona mundial de cross country en Bathurst en febrero, la joven de 23 años aspira ahora a su segundo título del año fuera de los estadios. Eso no quiere decir que su forma en la pista sea menos impresionante. Chebet fue segunda en su carrera más reciente, pero fue necesario un récord mundial para batirla: Gudaf Tsegay marcó 14:00.21 en la final de la Wanda Diamond League en Eugene para quitar casi cinco segundos de la marca de 5.000 m que Faith Kipyegon estableció en París en junio. , y Chebet casi se hunde también con 14:05.92 para la tercera actuación más rápida de todos los tiempos. Antes de eso, Chebet consiguió su segunda medalla mundial en 5.000 m, sumando el bronce en Budapest a la plata que consiguió en Oregón. Su marca personal de 5 km de 14:32, establecida cuando ganó el título de la Liga Diamante del año pasado en las calles de Zurich, también convierte a Chebet en una de las más rápidas de todos los tiempos. Pero en Riga se enfrentará a la más rápida. Ejgayehu Taye de Etiopía, poseedor del récord mundial de carrera mixta que corrió 14:19 en Barcelona el último día de 2021, en el mismo evento en el que Berihu Aregawi estableció su récord mundial. A diferencia de Riga, donde las carreras femeninas y masculinas se disputarán por separado, en la prueba de Barcelona ambas carreras empezaron al mismo tiempo. Taye llegó a quitar 24 segundos del récord mundial de 5 km en una carrera mixta y un año después volvió a correr 14:21. El récord mundial de 5 km solo para mujeres es de 14:29, establecido por la etíope Senbere Teferi en Herzogenaurach en 2021. Desde su récord mundial, Taye también se ha convertido en medallista mundial en pista cubierta y al aire libre (bronce mundial en 3.000 m bajo techo en Belgrado, seguido de una medalla mundial de 10.000 m del mismo color en Budapest) y también ha llevado su PB de 5.000 m a 14:12.98. convirtiéndola en la segunda más rápida en el campo en lo que respecta a tiempos de pista para la distancia. Taye figura en el equipo etíope junto a Medina Eisa y Lemlem Hailu. Eisa, medallista de plata mundial sub-20 de cross country, corrió 14:16.54 en Londres en julio y tiene un PB de 5 km de 14:46 desde abril, mientras que la campeona mundial de 3000 m bajo techo Hailu registró 14:34.53 para 5000 m en París en junio y haría su debut en 5 km. . Para Kenia, a Chebet se unirá Lilian Kasait Rengeruk, la medallista de bronce mundial de cross country de 2017 que ganó los 5000 m en la Liga Diamante de Bruselas a principios de este mes y registró un tiempo de 14:23.05 PB cuando terminó cuarto detrás del récord mundial Kipyegon en París. Argüello, el día que fue a retirar su kit Milla femenina Faith Kipyegon demostró con su récord mundial de 5.000 m a principios de este año que no teme a lo desconocido. Antes de eso, solo había corrido dos veces esa distancia, unos ocho años antes. Pero se enfrentó (y se escapó) de un field de calidad para establecer su segundo de tres récords mundiales en pista este año. Ahora, a pesar de no haber corrido nunca en carretera, la gran keniana centra su atención en la milla en el Campeonato Mundial de Atletismo en Ruta Riga 23, donde aspira a ganar su tercer título mundial del año, tras los oros en 1.500 y 5.000 metros que consiguió. obtenido en Budapest. La tleta de 29 años ya ha demostrado versatilidad en diferentes terrenos, así como distancias. En 2011 ganó su primer título mundial en la carrera sub-20 en el Campeonato Mundial de Cross Country, que defendió con éxito dos años después. La pista ha sido su principal objetivo en los últimos años, pero a menudo ha hablado de un posible paso a las carreteras (y eventualmente al maratón), por lo que su aparición en Riga marca el primer paso significativo en ese plan. Su récord mundial de milla en pista de 4:07.64, establecido a principios de este año en Mónaco, es siete segundos más rápido que el PB de la siguiente participante más rápida. También es 20 segundos más rápido que el recién ratificado récord mundial oficial de milla en ruta (4:27.97), que pertenece a la estadounidense Nikki Hiltz. Probablemente sea seguro asumir que el tiempo ganador en Riga se ubicará en algún punto entre los récords mundiales existentes para la milla en pista y la milla en carretera. Y aunque sería valiente apostar contra Kipyegon, en el deporte nunca hay garantía, especialmente en un campo tan bueno como el de Riga. Etiopía ha seleccionado a tres de sus mejores corredoras de media distancia, todos los cuales han superado los 3:56 en los 1.500 metros este año. Diribe Welteji fue el rival más cercano de Kipyegon en el Campeonato Mundial de Budapest, terminando a un segundo de la keniata para llevarse la medalla de plata con 3:55.69. Luego estableció un PB de 3:53.93 en la final de la Wanda Diamond League en Eugene, una vez más terminando segunda detrás de Kipyegon. La  medallista de bronce mundial en pista cubierta, Hirut Meshesha, disfrutó de una gran actuación en la reunión de la Liga Diamante en Silesia en julio, registrando una marca personal de 3:54.87. Estará entusiasmada por terminar el año en lo más alto, ya que no pudo llegar a la final del Campeonato Mundial en Budapest. Su compatriota etíope Freweyni Hailu ha mostrado un alcance notable en los últimos años, registrando PB de 1:57,57 en 800 m, 3:55,68 en 1500 m y 14:23,45 en 5000 m. Se llevó la plata mundial en pista cubierta en 800 metros el año pasado y quedó séptima en los 5.000 metros en Budapest el mes pasado. Su marca personal en 1500 m se estableció a principios de este mes en la final de la Liga Diamante, por lo que llegará en buena forma a Riga. Kipyegon no estará sola en su búsqueda por asegurar una medalla para Kenia, ya que contará con el apoyo de su compatriota Nelly Chepchirchir. El joven de 20 años ha sido una revelación este año, rompiendo 4:00 en 1500 m en cinco ocasiones, quedando quinto en el Campeonato Mundial y registrando una marca personal de 3:56,72. La plusmarquista mundial de carreras de obstáculos Beatrice Chepkoech también había sido inscrita, pero se retiró tardíamente. Sin embargo, la lucha por las medallas no será un asunto exclusivo de Kenia y Etiopía. La australiana Jess Hull ha tenido una de sus mejores temporadas hasta la fecha, comenzando con el bronce en relevos mixtos en el Campeonato Mundial de Cross Country en Bathurst, y continuando con récords oceánicos en los 3.000 metros y la milla. Su marca personal de 1.500 m de 3:57.29 en junio también se mantuvo brevemente como récord del área, y llegó al séptimo lugar en Budapest. La japonesa Nozomi Tanaka también ha batido récords de forma este año. El joven de 24 años, que ya ostentaba el récord japonés de 1.500 m con 3:59.19, ha batido dos veces el récord nacional de 5.000 m este año, reduciéndolo a 14:29.18. Está inscrita tanto para la milla como para los 5 km en Riga, a pesar de que están programados con sólo 70 minutos de diferencia. La adolescente Addison Wiley mostró una gran forma al final de la temporada en pista, registrando PB de 1:57.64 y 3:59.17 en sus últimas carreras de 800 y 1.500 m de 2023. Lidera un fuerte equipo estadounidense junto a Emily Mackay y Helen Schlachtenhaufen. Otras contendientes incluyen a la española Marta Pérez, la británica Sarah McDonald y la ugandesa Winnie Nanyondo.   Milla masculina A pesar de seguir siendo un atleta sub-20, Reynold Cheruiyot ha aprovechado la temporada 2023 para probar las aguas de la escena internacional absoluta. Ahora aspira a terminar el año ganando su primer título mundial senior. El keniano de 19 años ganó el título mundial U20 de 1.500 Read the full article
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