#frases de momento angustiante
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charmosa69 · 9 months ago
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Se você não deixar seu passado no passado, isso destruirá seu futuro.
Viva pelo que o hoje tem a oferecer, não pelo que o ontem tirou.
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imninahchan · 2 months ago
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⠀⠀⠀ ⠀ ⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀⠀ ˖˙ ᰋ ── part I. Ποσειδῶν ˚
⌜ Você sempre teve a mais forte das conexões com o mar. ⌝
﹙ ʚɞ˚ ﹚ 𝐀𝐕𝐈𝐒𝐎𝐒: mitologia grega (wagner moura!poseidon), leve pitada de angst, literatura erótica (dirty talk, sexo sem proteção, breeding, manhandling).
⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀ .⸙
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𝐏𝐎𝐃𝐄 𝐎𝐔𝐕𝐈𝐑 𝐎 𝐌𝐀𝐑; o ricochete das ondas sobre as ondas. Jura, os ouvidos focam e captam os sussurros que chegam a cada remessa que se choca com a sua pele. Embora escute, não compreende cem por cento o que lhe é dito. São murmúrios suaves demais, possivelmente não feitos para serem decodificados pelos mortais. Mas você escuta — desde de criança. Pode descansar a cabeça no travesseiro e a maré vai trazer seus burburinhos. Pode estar a quilômetros da costa e vai sentir o sopro do vento gélido, salgado, lhe beijando a face e sussurrando palavras que não consegue interpretar.
Cresceu à beira do oceano. Enquanto o seu pai trabalhava na areia instruindo os turistas que procuravam se aventurar nas águas, o resto da família cuidava dos clientes no quiosque. Aprendeu a nadar com facilidade, a surfar também. Não te era nenhum pouco angustiante encarar o horizonte vazio sem registro de terra à vista. Por horas e horas, sentada sobre a prancha. Tinha, de alguma maneira, a segurança de que, mesmo que desaparecesse mar adentro, ainda seria resguardada por algo ou alguém.
Durante muito tempo o único respaldo pra essa certeza foi os barquinhos entregues a vida toda a cada virada de ano. As flores brancas, o arroz-doce, o manjar, aquele aroma doce da essência de alfazema misturada aos acessórios e o espelho entre os seus pedidos pra mais doze meses de prosperidade. Que as oferendas chegaram à Senhora das Águas, não duvida, mas que possam ter alcançado outra deidade também não é impossível.
Ele diz que o nome é ‘Wagner’, apesar de que você duvida. Pelo menos, é o nome que escolheu pra ouvir da sua boca. Nunca se esquece do som, o dentes frontais pressionando nos lábios pra ecoar a primeira consoante. Deve ser isso que as ondas tanto te cochicham — o nome d’Ele.
Começa a fazer duas oferendas. Já que não sabe ao certo qual divindade também te abençoa, apenas mentaliza. Pensa nos pés afundando na areia, a caminho de ti. Nos ombros largos, nos pelinhos do peitoral. Aquele sorriso em linha, miudinho, ao te ver de longe. Pede por prosperidade e alcança sem demora. Sempre. Ele já te garantiu isso, não?
Segura o canto do seu rosto, o peso do corpo por cima do seu, enquanto deitados na cama. Te olha no olho, quer passar seriedade. “Tudo que você quiser”, diz, sem sussurrar. O indicador passeia da pontinha do seu nariz até o lábio inferior, “Tudo que você quiser, eu vou te dar.”
Tudo?, você ainda repete, só pra ter certeza da oferta, e ele afirma novamente, tudo.
“Então, me dá um bebê.”
Wagner deixa a frase no ar, solta, por um tempinho. Busca as melhores palavras assim como busca no seu rosto algum vestígio de chiste tolo. Porque não encontra, ergue o torso, sentado-se sobre o colchão. “Sabe que não vai me prender assim.”
Você se senta também, “mas teria que vir mais vezes.” O nariz resvala na nuca alheia, aspira o aroma da maresia.
O homem ri, soprado, encarando a janela ampla à frente. “Eu já pensei em te engravidar mesmo”. Lá fora, quase fim da tarde, o vento sopra a brisa pra dentro do chalé. “Seria bacana ficar aqui contigo”, te olha, quando o seu braço se estica sobre o ombro masculino, ele pega na sua mão, “ter um filho, ter uma vida calminha...”, a outra mão espalma na sua coxa. Encara a sua pele esprimida entre os dedos dele, e depois te oferece mais um olhar. “Você me ama?”
O seu rostinho se escora no ombro dele antes que pudesse deixá-lo ver o sorriso bobo. “Você sabe a resposta.” E, de verdade, ele sabe. Conhece as suas vontades, as suas certezas, as incertezas. Está contigo em todos os lugares e a qualquer momento. Então, sim, ele sabe muito bem que está fortemente apaixonada por ele.
Tem facilidade pra te dominar mais uma vez sobre a cama. Te coloca deitada, com o corpo dele pairando o teu. Acaricia a sua bochecha, com um sorriso doce, “eu gosto tanto de estar com você, minha linda”. Cerra os olhos, e parece que nesse instante somente o físico dele fala, pois a psiquê está voando longe, num mundo platônico onde pode, sem empecilho nenhum, ficar ao seu lado pela eternidade. Encaixa os corpos nus, separando-te as pernas. “Você é e sempre vai ser a minha preferida”, vai falando, jogando as palavras ao pé do seu ouvido, “Eu te preciso tanto, tanto, que parece que eu não vou conseguir viver sem você... Se sente assim também, hm?”
A sua resposta é um aceno positivo, igualmente de olhos fechados. A ansiedade de sentir o cume da ereção roçando antes de se introduzir é de se roubar o fôlego, ou as palavras. Wagner distribui beijos pelo seu pescoço, se afunda no vale do seios, tomando ambos entre as palmas das mãos. Tamanha fome e necessidade que não parece que se alimentou de ti há poucos minutos, repetidas vezes. Mas para, de repente, abandonando os biquinhos babados e doloridos.
Pega na sua garganta, com delicadeza. Funga, os olhos escuros brilham ao te observar boquiaberta. Um sorrisinho pequeno ameaça crescer, porém ele amedece os lábios antes de falar. “Vou te dar um filho”, soa, aliás, feito uma promessa, “Um menino”, especifica, “Pra ele continuar o meu legado e te proteger quando eu, por qualquer motivo, não estiver aqui.” Finalmente, o sorriso toma conta da face, “Combinado, vida?”
Você sorri de volta, combinado.
Como pode uma sensação que já tanto sentiu ainda ser suficiente pra te abarrotar dessa forma? Ele te completa a cada centímetro, farta. Envolve o seu corpo entre os lençóis amarrotados, a voz reverberando rouca na curva do seu pescoço, quero deixar um pedacinho de mim aqui dentro, ou seja lá as coisas de amor que ele murmura com charme. As suas unhas arranham as costas dele, os dentes também não controlam a selvageria: mordisca o ombro do homem, a língua toca e capta o gosto salgadinho da pele quente. Se pudesse, guardaria-o no íntimo assim pela vida toda, só pra não abrir mão do vício. Mas Wagner quer alterar a posição. Enrola a mão nos seus cabelos, te ajeita como deseja, “vira, fica de quatro”, embora também oriente com as palavras.
Você empina o quadril no ar, o rosto descansa na cama. Sente o toque se espalhando nas suas costas, apalpando a sua bunda. Suspira. Quando ele retorna, o ângulo presenteia à conexão profundidade ainda maior. É erótico — os sons são eróticos —, é delirante. O corpo chacoalha, os olhos reviram, porém conseguem assimilar a paisagem à frente.
A onda alta se colide por cima da outra. Sequenciais, o ritmo aumentando ao passo que a força também. Se engolem, se penetram. Mais próximas da porta do chalé, você não tem certeza se está alucinando de tesão. O choque, por fim, é tão intenso que a ressaca d’água vem parar pra dentro do cômodo. A própria pele está úmida, espumando entre as pernas. Recheada.
Mal respira, mas serve de apoio para que ele possa resvalar a testa suada na altura da sua omoplata. E, depois de um beijo na região, Wagner traz o rosto pra perto do seu ouvido. “Eu te amo também, minha garota”, esfrega o nariz por trás da sua orelha. O ar sai quente dos lábios enquanto continua cobtando: “Quero mudar a sua vida, mas tenho medo de quando tiver que me despedir de novo. Queria ser um pouco como você: apaixonada, simples, mortal.” Sobre o seu ombro, vê de relance, o pingente de tridente dourado esfriando na sua pele.
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skzoombie · 5 months ago
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temas: angustiante, término de relacionamento e traição.
sinopse: você percebe seu noivo cada dia mais distante e possivelmente seja o momento de tomar uma decisão.
artista: carlos sainz
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Você estava com olhar fixo na parede cinza na sua frente, segurava uma taça na mão e estava com as pernas encolhidas no sofá macio. Quebrou o foco da parede quando escutou de longe o som da senha da porta de entrada sendo digitada, suspirou baixo e aguardou o noivo caminhar até o cômodo.
-Ainda está acordada? - questionou surpreso quando entrou no ambiente iluminado apenas por um abajur que ficava ao lado da televisão, você afirmou a pergunta com um movimento da cabeça.
-Fiquei esperando para a gente comemorar a assinatura do seu contrato juntos - justificou terminando de tomar o último gole de vinho que ainda estava na taça.
-Desculpa meu amor, o lando me convidou para jantar junto com ele e uns amigos - explicou caminhando para perto de você e sentando ao seu lado no sofá.
Você concordou com a cabeça e deixou a taça em cima da mesa de centro, por segundos passou os olhos pela vista do gramado e árvores que escondiam a casa toda de vidro, percebeu estrelas no céu e apreciou o som distante de trovões, sinalizando que a chuva começaria em minutos.
-Me conta como foi a sensação - pediu virando o olhar para ele novamente e quebrando o silêncio.
-Não sei como explicar, acho que na hora senti um pouco de indecisão e depois alívio - respondeu com o sotaque forte, já que era espanhol - Para a mídia eu sempre tentei parecer tranquilo com a situação, mas no fundo eu senti medo de não receber nenhuma proposta.
-No final você recebeu três propostas diferentes - acrescentou sorrindo fraco para ele e ambos concordaram com a cabeça.
-Sim, eu acho que quando me avisaram das propostas, senti algo revivendo dentro de mim, acho que foi quando percebi que ainda existem pessoas que acreditam no meu potencial.
-Equipe nova, vida nova e muitos mais - falou baixo e ele riu um pouco.
-Estratégias e posições mudam, mas nada muito gritante, já que vou correr nos mesmos países, com as mesmas pessoas e essas coisas - você riu baixo e afirmou com a cabeça.
O silêncio retornou e ambos ficaram apenas encarando a mesa de vidro que ficava no centro da sala.
-Carlos - chamou pelo nome e ele virou olhar aguardando que continuasse - Quando vamos voltar a trabalhar com a sinceridade?
-Como assim? - questionou confuso.
-Como foi o jantar com o lando? - perguntou ignorando a dele.
-Foi ótimo, fomos no seu restaurante favorito. - respondeu ainda confuso - O que você quis dizer com sinceridade?
-Carlos, primeiro acho que você esqueceu não vivemos na era das cavernas, segundo que meu restaurante favorito nem fica em Mônaco.
O homem virou o corpo completamente na sua direção, cruzou os braços e ergueu as sobrancelhas surpreso com sua frase anterior.
-O que está insinuando?
-Não estou insinuando nada, estou apenas comentando fatos - falou com a voz tranquila e o corpo relaxado no sofá.
Tinha se preparado para essa conversa a semana inteira, os sinais estavam evidentes a muitos meses mas preferiu preparar o terrenos com provas antes de colocar a decisão na mesa.
-Lando ligou por vídeo chamada para a gente e avisou que iria passar a semana na Inglaterra com a família - acrescentou fechando com chave de ouro as provas implícitas que tinha apresentado.
Carlos suspirou alto e manteve o silêncio, não havia com o que retrucar, ele virou o olhar para a taça em cima da mesa e manteve por segundos.
-Você deve ter bebido muito, melhor a gente conversar amanhã - ele respondeu tentando pegar na sua mão.
-Não faça isso, não me trate como louca que vai ser pior - rebateu ainda calma - Não precisamos mais adiar essa situação.
-S/n - ele chamou com um tom de frustração e deixando sotaque em espanhol soar mais forte.
-Só me conta quando, quem e por quê - pediu suspirando.
Precisava dessa explicação, não queria acreditar que tinha sido uma falha própria, que talvez tenha deixado a desejar em alguns aspectos e não reparou de forma consciente.
-Isso vai doer em mim tanto quanto em você, vamos evitar esse sofrimento - ele falou fechando os olhos e juntando as mãos.
-Pode falar, eu já chorei o suficiente com tudo, estou preparada para escutar - justificou, surpreendendo carlos.
-Ano passado, eu tinha realmente saído para jantar com o lando e acabei encontrando uma conhecida dos meus primeiros anos de formula um - contou brevemente e baixou a cabeça com vergonha.
-Hum - concordou com a cabeça e continuo encarando ele - Eu fiquei por muito tempo me culpando, revivendo momentos nossos juntos e tentando encontrar alguma atitude horrível minha que tenha dado motivo para você.
-Não é culpa sua, por favor nem cogite pensar desse forma - ele falou pegando sua mão e olhando fundo nos seus olhos.
-Eu sei, ao contrário de você, eu consigo ter consideração pelos últimos três anos - começou a sentir lacrimejar e arder por estar segundo o choro.
-S/n, eu tenho consideração por nosso relacionamento, são anos formados por memórias inesquecíveis - justificou firme nas próprias palavras.
-Por que me pediu em casamento? Se meses depois estaria me traindo - começou a sentir as lágrimas caírem.
-O pedido foi sincero, eu amo você, por favor não duvida disso - disse quase implorando com o olhar.
-Não existe amor e traição na mesma frase, se você procurou uma pessoa fora, é porque não sentia mais nada por mim.
-S/n, por favor - ele falou baixo rezando para a conversa acabar - Eu já me culpei demais com a situação, ou você acha que fazia tudo com a consciência tranquila?
-Para retornar para casa e agir normalmente como fez agora pouco, você não me parece que sente tanta culpa assim - jogou na cara a situação anterior - Sabe Carlos, não tem mais amor nisso aqui, você só continuou comigo pelo conforto de ter alguém ao seu lado para a mídia sair da sua cola e ter fotos minhas no paddock.
-Acabou? - ele perguntou aumentando levemente o tom de voz - Por que é muito fácil jogar toda a culpa em apenas uma pessoa, sendo que a relação é entre dois.
-Sim, pode falar tudo, chega de ficar escondendo o que sente em relação a mim - provocou.
-Aquela vez que você e o charles..
-Sério isso? De novo essa mesma história que já foi desmentida por mim, por ele e você concordou que era algo da sua cabeça - respondeu com indignação - Isso parece ser uma situação que condiz com o meu caráter?
Carlos se manteve em silêncio e cruzou os braços novamente, agora apertando a região com força fazendo o peitoral e os músculos saltarem.
-Eu nunca tentei ficar com o Charles, ele nunca deu em cima de mim e nem se quisesse eu ficaria, ao contrário de vocês dois, eu sou fiel - finalizou.
Você finalmente levantou do sofá e caminhou até o corredor que levava a porta dos quartos, escutou Carlos caminhando logo atrás apressado.
-O que vai fazer? - ele perguntou.
-Vou pegar minhas coisas e ir embora - respondeu parando em frente a porta da suíte onde dormiam.
-Não, você não pode ir embora assim - ele retrucou segurando a maçaneta da porta com força e não permitindo que você abrisse.
-Carlos, abre a porta - falou tentando manter a calma.
-Não - ele respondeu firme.
-Para com isso, você sabe muito bem que é o fim - falou frustrada.
-Precisamos conversar com calma, você precisa me perdoar, eu fui um idiota - ele falava implorando.
-CARLOS, ABRE A PORRA DESSA PORTA, EU NÃO PERMITO QUE VOCÊ ATRASE MINHA VIDA AINDA MAIS. - gritou com o homem bem mais alto.
Pela primeira vez em todos esse anos presenciou o noivo chorando. Os olhos dele começaram a lacrimejar e as lágrimas caiam sem parar, ele ficou de joelhos no chão e abraçou suas pernas com força.
-Por favor, não sai da minha vida, você é o motivo para eu não ter desistido de tudo, de ainda acreditar em mim mesmo - falava ainda abraçado.
-Você quer saber como eu tive certeza de tudo? - perguntou para o homem que levantou a cabeça concordando e ficando em pé de novo.
Pegou o celular que estava no bolso de trás, abriu no aplicativo de mensagens e virou a tela para o noivo.
-Sua mãe me perguntando como você estava, já que não conversavam a meses - ele fechou os olhos e mexeu a cabeça em negação - Você teve a capacidade de usar a própria mãe para esconder a mentira, comentando que todas as ligações que receba de manhã cedo era dela.
-Eu não conheço mais você, parece outra pessoa - falou para ele e abriu a porta do quarto rapidamente.
Carlos ficou no corredor paralisado por segundos, suspirou alto e caminhou para dentro do quarto, sentou na cama e ficou observando você guardando as roupas dentro de uma mala.
-Carlos, eu chorei sem parar todas as madrugadas nos últimos três meses, acordava assustada e ficava no banheiro até a ansiedade cessar, mas nem isso mais você percebeu, vazio do outro lado da cama - comentou enquanto dobrava as roupas para caber todas.
-Desculpa, não sei mais o que dizer para você me perdoar - respondeu baixo.
Você finalizou de guardar tudo e fechou o zíper, soltou uma respiração leve e sentou na cama para pensar no que falar antes de ir embora para sempre.
O homem percebeu seu movimento e rastejou pela cama até deitar a cabeça no seu colo, você riu fraco e fez um carinho fraco no couro cabeludo dele.
-Eu espero que um dia encontre alguém muito especial, que lute por essa pessoa e nunca nem cogite procurar algo fora de casa - falava enquanto acariciava ele - Que leve essa experiência como uma certeza de que a sinceridade deve estar acima de tudo em uma relação. Nesse momento eu estou com raiva de você, mas ainda assim desejo que seja feliz um dia.
Carlos abraçou sua cintura, ficou chorando contra a região e molhou toda a sua camiseta. Ele ergueu a cabeça e ficou encarando você com aqueles olhos grandes, os fios de cabelo caindo no rosto e o peito fazendo movimentos rápidos.
Ele sentou na cama novamente, levou as mãos para os dois lados do seu rosto e aproximou o rosto de ambos. Tocaram os lábios fraco, roçaram levemente e depois iniciaram um beijo devagar, sem necessidade de pressa e apenas aproveitando o último contato.
Você o beijou, fechou os olhos sentindo ainda os lábios dele no seu, respirou fundo e abriu os olhos encarando o homem que estava parado apenas observando seus movimentos.
-Peço para buscarem o resto das coisas até o final da semana - respondeu, levantou da cama, pegou a mala e antes de seguir para porta, deixou um beijo na testa dele.
-S/n - ele sussurrou quase inaudível com o sotaque em espanhol marcante, enquanto apenas observava você seguir embora sem olhar para trás.
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pr4v0c3 · 3 months ago
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Meu mundo caiu
As vezes, desejamos algo sem pensar, pela raiva ou algo do tipo e muitas vezes esquecemos que a palavra tem poder.
Hoje, ouvi minha mãe desesperadamente chorar pelo homem que atualmente ela ama... 16 anos finalizados com uma frase angustiante " O que você quer que eu fale, que eu não te amo mais?! Pois pronto, não amo mais você!"... Ouvi isso dela pós uma briga com o amor da vida dela foi aterrorizante, humilhante, surreal, senti o mundo dela cair ali em minha frente, ela com os olhos transbordando em lágrimas, o coração saltando da caixa com a intensão de explodir com tanto sangue sendo bombeado naquele momento, seu corpo dava pra sentir tremer e ali senti junto a ela, seu mundo desmoronar, num milésimo de segundo senti tudo que já passei com alguns relacionamentos que amei de verdade e fui abandonada da mesma proporção, a angustia tomou conta do meu ser, mas ali eu precisei entender que quem precisava de força não seria eu e sim ela, num intervalo de tempo que enxugava suas lágrimas ela disse: - Perdi minha filha, perdi meu nego! Queria eu saber como dividir essa dor, só pra não ver minha mãe daquela forma, desolada, feito criança que perdeu o brinquedo favorito...
Espero que Deus e todos os guias a protejam e concedam a bênção, a prosperidade e o desapego, tem momentos que sentimos que vai ser o fim, mas é apenas um recomeço...
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tempestadedeideias · 7 months ago
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Hipnose
Uma história contada pela perspectiva do hipnotizado. Sendo assim, uma viagem ao inconsciente, com possibilidades detalhadas, podendo até manipular o espaço tempo.
E nessa jornada, quais revelações serão feitas ao paciente Josh. Com a voz do hipnotizador como guia dessa jornada.
A historia de josh vai sendo conhecida através dessa jornada. (o leitor vai conhecer Josh, através da hipnose)
O que ele busca se permitindo ser hipnotizado? Curiosidade, traumas, recordações perdidas?
Josh, durante toda a jornada tenta fugir, para longe, para as possibilidades perdidas, para o passado. Lugares que ele acredita que seriam melhor para ele, entretanto, o superego
Quem está sendo hipnotizado? E qual é a sua historia? Josh, um homem de 55 anos, casado, dois filhos, empresario, bem sucedido.
O que Josh vai descobrir nessa jornada? pulsões sexuais, pulsão de morte, memórias que definiram sua personalidade, desejos, sonhos, medos, historias marcantes, complexo de Édipo saudável, descobrir quão vilão o ego pode ser, e que no final tem que aprender a lidar com ele.
[estrutura: O superego é retratado dentro da historia como ele próprio, o inconsciente é todo o ambiente que oferece as oportunidades mais loucas e abstrata, operando como uma especie de força maior que soa como tentação para Josh. Josh é o ego. Josh é uma pessoa egoica?]
{...quando ele encontra com o ego pela primeira vez, pergunta-o: quem é você? Perplexo o ego responde: que pergunta estúpida. Assumindo a filosofia de Socrates, respondeu: nenhuma pergunta é estúpida. O ego então cai na gargalhada, perdendo a voz, o ar e a noção do ridículo...}
{...Josh lembra de quando descobriu que sua mulher o traia, lembra de ter visto fotos dos amantes transando. Dentro da hipnose isso excita Josh, sendo convidativa, ele quer participar do sexo, revelando um desejo ainda desconhecido. O superego aparece lembrando-o da imoralidade que aquilo representava, e como o feria. O superego passa a ofender Josh: Corno! é isso que tu gosta de ser?! Cornão! Essa vagabunda dando para outro e você ainda quer ajudar com isso? Você é o famoso corno manso. Riu-se. O superego tira Josh do ambiente, planejando vingança...}
[O pai de Josh é representado como Dom Quixote sempre faz suas frases com base na sabedoria e honra. Assim como Dom Quixote]
"Quem nasceu para ser Dom Quixote, sabe reconhecer qualquer aventura"
[Se a mãe for representada também pelo ambiente? Quando Josh encontra um momento de conforto, o ambiente muda, trazendo pra ele conforto e alivio. Uma especie de mãe natureza, onde ele sempre ve uma estrela de Davi, representado a crença da mãe]
[a pulsão de morte é representada como o destino da historia, ela corre diretamente para o caos. Quando chega no ápice do caos, onde todos esforços sao fracassados e a pulsao fica iminente, Josh grita do fundo de seus pulmões: DEUS. Então o hipnotizador diz: Acorda.]
{Josh sai para explorar o mundo inconsciente, chega a NY onde sempre sonhou em visitar. Entretanto, após o momento de gozo, Josh passa ter a sensação de que ja vivenciara tudo aquilo, e que sempre repete as mesmas escolhas. Tornando então aquele sonho angustiante, pois não pode mudar a escolhas que foram tomadas. (o eterno retorno) Após se deparar com o Amor Fati, é que consegue resolver este conflito.
[os filhos sao representados por figuras amorosas. Elas se transformam a cada aparição, e Josh sempre sente compaixão por essas figuras, sem saber que sao seus filhos]
A historia
Ansioso com o encontro entre amigos, Josh saiu uma hora antes do seu habitual horário de trabalho. Neste dia o encontro seria na casa de Tomás, seu amigo de infância, e desse vez, o primo de Johnatan estaria conosco. Seriamos quatro homens para uma noite de bebedeira e fumaça.
Entre risos e lembranças. antes que todos bebessem mais do que planejaram, Gustavo, o quarto homem, conta um pouco de si para os novos amigos, este então era hipnotizado, fracassou na faculdade de psicologia, mas as habilidades de hipnose que conseguiu desenvolver, o satisfez nessa área, que o fascina tanto.
Não acredito em hipnoses. Disse Tomás, Desculpa Gustav, mas ja tentaram entrar na minha cabeça, e eu sou uma especie de Magneto com o capacete. Ninguém consegue penetrar mentalmente.
Gustavo riu, e o elogiou ironicamente: Uau, voce consegue mesmo bloquear o seu inconsciente. Apenas supers como Magneto saberia fazer isso.
Eu acredito que a hipnose funcione, disse Josh. Na verdade até gostaria de ser hipnotizado, tenho a sensação que poderei reviver muitas coisas interessantes, e se for mesmo com mostra nos livros e filmes, seria uma jornada interessante.
Quer dar uma volta? Ofereceu Gustavo, uma sessão gratuita, e um cala-boca para Tomás quando perceber que seu amigo não poderia fingir o que estava prestes a viver, nem se tivesse feito a melhor escola de atuação do mundo. Gustavo era confiante.
Prepararam um sofá onde Josh se acomodou e ficou confortável. Numa cadeira próxima a cabeça de Josh, Gustavo o guiava para a hipnose.
Olá, sou o Gustavo e estou aqui para guiá-lo em uma jornada de relaxamento profundo e autoconhecimento. Antes de começarmos, quero que esteja confortável e feche suavemente os olhos. Vamos começar com alguns momentos dedicados à respiração consciente. Inspire profundamente pelo nariz, sentindo o ar encher seus pulmões, e expire lentamente pela boca, liberando qualquer tensão ou preocupação. Continue respirando assim, permitindo que cada respiração leve você a um estado de calma e tranquilidade. Conforme relaxa, imagine-se em um local sereno, como uma praia tranquila ou um jardim exuberante. Sinta a sensação de paz e serenidade envolvendo todo o seu ser. Agora, à medida que continuamos essa jornada, deixe-se abrir para a possibilidade de transformação e crescimento interior. Você está pronto para explorar os poderes da sua mente e despertar seu potencial mais profundo. Quando estiver pronto, apenas acene com a cabeça e começaremos."
Josh acenou.
- Onde voce esta Josh?
- Estou no sofá de casa, na minha poltrona preferida, paguei caro nela, por isso é tão confortável.
De repente uma voz surgiu do nada, como se fosse uma voz espiritual.
- A partir daqui, podemos ter acesso a qualquer lembrança da sua vida, em qualquer idade. Podemos parar o tempo, observar os detalhes, e as fazer diferentes escolhas para valorizar estas memórias.
Josh não respondeu a voz, mas a internalizou.
-- Agora voce é uma criança, voce é inocente como uma criança conte-me para mim o que você vê.
-- Saio pulando da poltrona, pois agora ela me parece muito alta, exploro a casa e percebo que estou sozinho, fico com medo. O vazio da casa, o silencio dos moveis, começam a me aterrorizar. Escuto um barulho, algo caiu no chão, ouço passos metálicos pelo chão. Anda até a sala em minha direção. Procuro um lugar para me esconder, mas não encontro nenhum, apenas permaneço atrás do sofá assustado, pois o barulho das pegadas aumentaram, e se aproxima de mim, os pelos da minha nuca se arrepiam eu fecho os olhos, não quero ver, não posso olhar para aquilo que me mete tanto medo.
-- Voce é um garoto corajoso e é capaz de lidar com isso. Abra os olhos. E diga-me o que vê?
-- Dom Quixote! É mesmo o cavaleiro da triste figura. Ele me olha de cima, e me pergunta:
-- Que fazes aqui inocente figura? Não sabe que está área é perigosa, as mais terríveis criaturas andam por ai, o espaço tempo é diferente de tudo que você já viu. Pode te assustar como agora, mas apesar de tão assombrado que aqui seja, pode sempre encontrar um lugar para descansar.
Olho para o quarto e vejo a cama, alta, cheia de almofadas e lençóis cheirosos, com uma manta laranja, costurada feito trapos remendados, mas não é velha, e faz lembrar uma vagina. Tenho vontade de deitar ali.
-- Deite-se.
-- Não posso. Dom Quixote não me deixa passar.
-- O que ele te diz?
-- Não tente ultrapassar o limite do que foi concedido a cada criatura viva nesta terra inocente figura. Acredite na conquista, ela é a direção para onde você deve ir, mas para habitar naquele quarto já conquistado por mim, saibas que terás de me enfrentar, e também saibas, que jamais vencerá essa luta.
-- Quero que voce o enfrente. Voce pode encontrar armas disponíveis para enfrenta-lo?
-- Sim, há na parede uma espada de samurai como exposição, mas não posso alcança-la, é muito alto para mim. Mas o cavaleiro da triste figura alcança para mim, e me entrega.
-- O que ele te diz?
-- Arme-se como quiseres pobre infame, seu destino já foi traçado e terás que convier com isto. Dou-te a arma, pois não seira honrado, maltratar uma figura fraca como tu, sem arma alguma. Venha, conquiste sua sabedoria, porque a luta já está perdida.
Eu avanço para cima dele, mesmo tendo habilidades do melhor samurai que já tenha existido na terra, dou golpes, rápidos e certeiros, mas ele se defende de todos com desdém. Não consigo acertá-lo de forma alguma.
Josh da grito, e começa a chorar feito criança.
-- O que aconteceu? Perguntou Gustavo.
-- Ele me acertou um golpe, fui parar longe, batendo com as costas no televisor, e tu se desmoronou em cima de mim. Estou assustado.
-- Ok, peça permissão para Dom Quixote, para que voce possa deitar na cama.
O choro era intenso. Josh parecia mesmo uma criança, Tomás jamais havia visto o amigo chorar dessa maneira.
-- Por favor honrado cavaleiro, deixe-me descansar naquela cama acolhedora, eu preciso dela, eu preciso descansar.
O que ele respondeu? Perguntou o hipnotizador.
-- Aprenda criança, a sabedoria é a maior aliada de um cavaleiro explorador, poderá alcançar, as mais altas montanhas, o mais profundo do oceano, percorrer um deserto inteiro, e vencer gigantes. E a sabedoria não está então bem quanto voce luta, mas na forma como você encara essa luta. Encare-a até que seus medos se retirem, de tanto tédio, e quando a coragem tomar conta, conquiste.
Estou caminhando para o quarto, e sinto uma brisa de outono passar pela porta e acariciar o meu rosto. Quando mais me aproximo da cama, mais posso sentir paz, aconchego, calor. Deito me cobrindo com a manta laranja, sinto que estou seguro.
"Que merda foi essa?"perguntou Tomás perplexo pelo o que acabara de ver.
"Não sei, me parece que regressou para o momento do complexo de Édipo experienciado na infância"Respondeu Gustavo, que parecia tão surpreso quanto os amigos.
"Tire-o logo dai então, antes que ele tente comer a própria mãe, mas mantenha o show, apenas acho que não deveríamos correr o risco de ver coisas que não gostaríamos, certo?!" Disse Tomás, não mais tão cético, mas ainda debochando do que pode acontecer.
"josh, agora quero que se levante, e continue explorando este novo mundo. E conte-me, o que ve?
"Saiu da cama, já não tenho mais medo de estar sozinho em casa. A bagunça feita pela luta, esta restaurada, e agora há um cartão pendurado no cabo da espada de samurai, há nele alguma coisa escrita, mas não alcanço para lê-lo."
"Ok, quero que volte a ser um adulto, e que tenha sua altura correta. Sendo assim, voce consegue ler o bilhete?" Disse Gustavo.
"Sim, ja posso ler o bilhete. Está escrito: Quem nasceu para ser Dom Quixote, sabe reconhecer qualquer aventura"
"O que isso quer dizer" Perguntou Johnantan.
"Algo que ele ja tenha lido uma vez, ou alguém disse isso a ele. É uma frase que provavelmente ele usa para se motivar." Respondeu Gustavo."
"Ok, Josh, agora vamos sair do seu apartamento. Vamos explorar o mundo fora dela. Você topa?"
"Sim" Repondeu Josh, deitado de olhos fechados. Como se estivesse falando enquanto dormia.
Então agora abra a porta e diga-me o que vê?
Corrigido pelo Chatão:
Ansioso pelo encontro com os amigos, Josh saiu uma hora antes do seu horário de trabalho habitual. Naquele dia, o encontro seria na casa de Tomás, seu amigo de infância, e desta vez, o primo de Johnatan estaria conosco. Seríamos quatro homens para uma noite de bebedeira e fumaça.
Entre risadas e lembranças, antes que todos bebessem mais do que planejaram, Gustavo, o quarto homem, contou um pouco sobre si para os novos amigos. Ele então foi hipnotizado, tendo fracassado na faculdade de psicologia, mas as habilidades de hipnose que conseguiu desenvolver o satisfizeram nessa área, que tanto o fascina.
"Não acredito em hipnose", disse Tomás. "Desculpe, Gustavo, mas já tentaram entrar na minha cabeça, e eu sou uma espécie de Magneto com capacete. Ninguém consegue penetrar mentalmente."
Gustavo riu e o ironizou: "Uau, você consegue mesmo bloquear o seu inconsciente. Apenas super-heróis como Magneto saberiam fazer isso."
"Eu acredito que a hipnose funcione", disse Josh. "Na verdade, até gostaria de ser hipnotizado. Tenho a sensação de que poderia reviver muitas coisas interessantes, e se for mesmo como mostram nos livros e filmes, seria uma jornada interessante."
"Quer dar uma volta?" ofereceu Gustavo, uma sessão gratuita e um cala-boca para Tomás quando percebesse que seu amigo não poderia fingir o que estava prestes a viver, nem se tivesse feito a melhor escola de atuação do mundo. Gustavo estava confiante.
Prepararam um sofá onde Josh se acomodou e ficou confortável. Em uma cadeira próxima à cabeça de Josh, Gustavo o guiava para a hipnose.
"Olá, sou Gustavo e estou aqui para guiá-lo em uma jornada de relaxamento profundo e autoconhecimento. Antes de começarmos, quero que esteja confortável e feche suavemente os olhos. Vamos começar com alguns momentos dedicados à respiração consciente. Inspire profundamente pelo nariz, sentindo o ar encher seus pulmões, e expire lentamente pela boca, liberando qualquer tensão ou preocupação. Continue respirando assim, permitindo que cada respiração leve você a um estado de calma e tranquilidade. Conforme relaxa, imagine-se em um local sereno, como uma praia tranquila ou um jardim exuberante. Sinta a sensação de paz e serenidade envolvendo todo o seu ser. Agora, à medida que continuamos essa jornada, deixe-se abrir para a possibilidade de transformação e crescimento interior. Você está pronto para explorar os poderes da sua mente e despertar seu potencial mais profundo. Quando estiver pronto, apenas acene com a cabeça e começaremos."
Josh acenou.
"Onde você está, Josh?"
"Estou no sofá de casa, na minha poltrona preferida. Paguei caro nela, por isso é tão confortável."
De repente, uma voz surgiu do nada, como se fosse uma voz espiritual.
"A partir daqui, podemos ter acesso a qualquer lembrança da sua vida, em qualquer idade. Podemos parar o tempo, observar os detalhes e fazer diferentes escolhas para valorizar essas memórias."
Josh não respondeu à voz, mas a internalizou.
"Agora você é uma criança, você é inocente como uma criança. Conte-me o que você vê."
"Saio pulando da poltrona, pois agora ela me parece muito alta. Exploro a casa e percebo que estou sozinho. Fico com medo. O vazio da casa, o silêncio dos móveis começam a me aterrorizar. Escuto um barulho, algo caiu no chão. Ouço passos metálicos pelo chão. Andam até a sala em minha direção. Procuro um lugar para me esconder, mas não encontro nenhum. Apenas permaneço atrás do sofá, assustado, pois o barulho das pegadas aumentou e se aproximou de mim. Os pelos da minha nuca se arrepiam. Eu fecho os olhos, não quero ver, não posso olhar para aquilo que me mete tanto medo."
"Você é um garoto corajoso e é capaz de lidar com isso. Abra os olhos. E me diga o que vê?"
"Dom Quixote! É mesmo o cavaleiro da triste figura. Ele me olha de cima e me pergunta:"
"Que fazes aqui, inocente figura? Não sabe que esta área é perigosa? As mais terríveis criaturas andam por aí. O espaço-tempo é diferente de tudo que você já viu. Pode te assustar como agora, mas apesar de tão assombrado que aqui seja, pode sempre encontrar um lugar para descansar."
Olho para o quarto e vejo a cama, alta, cheia de almofadas e lençóis cheirosos, com uma manta laranja, costurada feito trapos remendados, mas não é velha, e faz lembrar um ninho. Tenho vontade de deitar ali.
"Deite-se."
"Não posso. Dom Quixote não me deixa passar."
"O que ele te diz?"
"Não tente ultrapassar o limite do que foi concedido a cada criatura viva nesta terra, inocente figura. Acredite na conquista, ela é a direção para onde você deve ir, mas para habitar naquele quarto já conquistado por mim, saibas que terás de me enfrentar. E também saibas que jamais vencerás essa luta."
"Quero que você o enfrente. Você pode encontrar armas disponíveis para enfrentá-lo?"
"Sim, há na parede uma espada de samurai como exposição, mas não posso alcançá-la. É muito alta para mim. Mas o cavaleiro da triste figura alcança para mim e me entrega."
"O que ele te diz?"
"Arme-se como quiseres, pobre infame. Seu destino já foi traçado e terás que convier com isto. Dou-te a arma, pois não seria honrado maltratar uma figura fraca como tu, sem arma alguma. Venha, conquiste sua sabedoria, porque a luta já está perdida."
Eu avanço para cima dele, mesmo tendo habilidades do melhor samurai que já tenha existido na terra, dou golpes rápidos e certeiros, mas ele se defende de todos com desdém. Não consigo acertá-lo de forma alguma.
Josh dá um grito e começa a chorar feito criança.
"O que aconteceu?" perguntou Gustavo.
"Ele me acertou um golpe. Fui parar longe, batendo com as costas no televisor, que se desmoronou em cima de mim. Estou assustado."
"Ok, peça permissão para Dom Quixote para que você possa deitar na cama."
O choro era intenso. Josh parecia mesmo uma criança. Tomás jamais havia visto o amigo chorar dessa maneira.
"Por favor, honrado cavaleiro, deixe-me descansar naquela cama acolhedora. Eu preciso dela, eu preciso descansar."
O que ele respondeu? Perguntou o hipnotizador.
"Aprenda, criança, que a sabedoria é a maior aliada de um cavaleiro explorador. Poderá alcançar as mais altas montanhas, o mais profundo do oceano, percorrer um deserto inteiro e vencer gigantes. E a sabedoria não está tanto em como você luta, mas na forma como você encara essa luta. Encare-a até que seus medos se retirem de tanto tédio, e quando a coragem tomar conta, conquiste."
Estou caminhando para o quarto e sinto uma brisa de outono passar pela porta e acariciar o meu rosto. Quanto mais me aproximo da cama, mais posso sentir paz, aconchego e calor. Deito-me, cobrindo-me com a manta laranja, e sinto que estou seguro.
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bibliotecalacaldera · 7 months ago
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1ro de Mayo ¡NO ES CASTA NI PATRIA! ¡ES LUCHA DE CLASES!
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Asistimos a otro capítulo de la precarización de nuestras condiciones de vida, dirigido esta vez por el gobierno de La Libertad Avanza. Por un lado, aquellos que tienen un trabajo formal - en promedio - encuentran sus ingresos por debajo de la línea de pobreza, de acuerdo a las estadísticas del mismo gobierno. Por otro lado, trabajadores y trabajadoras que subsisten en trabajos informales o a través de la llamada "economía popular" con ingresos miserables, con la añadidura de la carencia de derechos laborales reconocidos solamente a los trabajadores formales. Por último, tenemos una creciente masa de quienes quedan expulsados del mercado laboral. Este combo da por resultado que una inmensa mayoría de habitantes de esta región nos debatamos hoy entre diferentes niveles de pobreza, con una constante suba de los precios de alimentos, remedios, tarifas de transporte, etc. 
El nuevo gobierno ha acelerado e intensificado la licuación de nuestro salario, un proceso que se viene desarrollando desde hace al menos 12 años. Y no es que antes hayamos vivido un periodo de gracia porque hubo un mejor gobierno, más bien esta ha sido parte de la lógica propia del capital, excediendo a la región argentina y dando cuenta de un proceso global1. La tendencia es la pérdida de poder adquisitivo del salario y el consiguiente aumento de nuestra productividad por hora, es decir, mayor extracción de mayor ganancia para la burguesía, interrumpida ocasionalmente por algún rebote de la economía, insuficiente para que nuestros sueldos alcancen niveles anteriores2. Todo esto camuflado bajo el vaivén ensordecedor de diferentes discursos y renovadas demagogias.
La demagogia que hoy nos toca en suerte es la de un pseudo-antiestatismo ¡promulgado desde el mismo Estado! que mientras despide trabajadores de algunas dependencias estatales (trabajadores que nunca fueron formalizados en los gobiernos anteriores) aumenta la cantidad de dinero en el sector que, ante la crisis, es fundamental para la burguesía: la seguridad, la vigilancia y la represión... renovando el juego de la política, donde el discurso importa más que la realidad misma.
El panorama es angustiante, a la precarización e incertidumbre de los medios para conseguir el dinero para el día a día, se suma la desolación de la lucha social, heredada de 30 años de sometimiento de los movimientos sociales a las políticas estatales. Así las cosas, emerge el grito desesperado para pedir que las centrales sindicales representen su espectáculo de mediadores sociales aunque sea a través de medidas de fuerza o simbólicas marchas, que se han convertido en verdaderas peregrinaciones religiosas donde la fe en un cambio se expresa a través de plegarias a fuerzas superiores e inalcanzables: la CGT, la oposición peronista, la oposición izquerdista (ya casi indistinguible del peronismo), la combatividad idealizada de pasadas generaciones militantes, etc; donde nosotrxs mismos en el presente con nuestras necesidades y deseos nunca somos protagonistas y donde la despersonalización y el individualismo propios de esta época, se expresan en la  infinidad de selfies con frases de autoayuda de izquierda que parecieran ser el motivo final de las movilizaciones callejeras. Triste postal de la abrumadora fragilidad del simbolismo izquierdoso ante una realidad aplastante. Los sindicatos oficiales, llamen o no al paro, no van a dejar de cumplir su rol histórico: encauzar la fuerza y el descontento de los explotados a través de la conciliación con el poder y, llegado el momento ser, como ya lo han demostrado en el pasado, la represión tercerizada que se encargará de aquellos trabajadores que pretendan salirse del marco institucional de los reclamos. 
No escapa a la crítica el rol de las llamadas "organizaciones sociales", que gestionaron la derrota de un proceso que ellas mismas iniciaron en los 90s y que alcanzó su cúspide en el 2001, regentando genuinas demandas y apaciguándolas a través de la institucionalización de la protesta, la administración de las ayudas sociales y la gestión de carencias materiales, haciéndole el trabajo al Estado y adornando con palabras bonitas la autorregulación laboral (autogestión, economía solidaria). Comprendemos que negociar fondos con el Estado  se ha convertido en una forma de supervivencia para muchos trabajadores, claro está, pero no compartimos la idea de que esto sea una forma de lucha o que tenga una perspectiva revolucionaria. Pareciera que el gobierno está dispuesto a administrar directamente estas ayudas, dando por terminado el ciclo mediador de las organizaciones sociales. Esta mención no es arbitraria, porque consideramos que la desmovilización social y la poca rebeldía ante este ajuste (y los ajustes anteriores), se deben también a esto.
Por último, observamos la emergencia en la oposición política, de posicionamientos reaccionarios, postulando consignas de vuelta a las raíces del viejo peronismo corporativista, u otras de tinte patriotero y/o nacionalistas, reclamando la vuelta a los “buenos viejos tiempos” del Estado benefactor, constituyente de un orden conciliador entre dominadores y dominados bajo el trapo celeste y blanco, coartando e invisibilizando el potencial transformador de raíz de explotados y explotadas. 
Entendemos que este panorama general es la expresión de una guerra constante que la burguesía lleva a cabo contra nuestra clase desde hace muchos años.
Comprendemos también que hace más de 100 años, la lucha de los trabajadores contra sus explotadores era enérgica y fraterna (aunque no carente de tensiones y contradicciones). Hoy pareciera que todo este ímpetu se encuentra neutralizado o encausado. Son momentos aciagos. Pero sin duda, a pesar de tanta adversidad, algo de aquel espíritu solidario y luchador aún vive entre nosotrxs 
Porque queda en nuestras manos ejercer la solidaridad, extendiendo las luchas que nuestros/as hermanos y hermanas trabajadores emprenden por mejorar sus condiciones de vida, que son también las nuestras, y en sus revueltas contra los representantes de la misma. 
Queda en nuestras manos habitar espacios de debate y de acción con quienes compartimos las mismas necesidades, más allá de diferencias programáticas y reconociendo, al mismo tiempo,  que existe el desafío de buscar lo colectivo en una dinámica social que incita a la atomización y la competencia.
[1] Como lo señalamos en el panfleto "A propósito de las revueltas del 2019".
[2] Pese a que "La tendencia es la pérdida de poder adquisitivo del salario y el consiguiente aumento de nuestra productividad por hora", el resultado no ha sido mayor ganancia para la burguesía (ahí está la crisis). Si se ha dado una mayor concentración de  ganancia en menos sectores.
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xangelaherrera · 8 days ago
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La entiende al momento en el que deja salir la última frase, el accidente propio tampoco había sido ni lindo ni digno y la terminó dejando en una situación desfavorable "Toda esta situación no es bonita ni digna" Atina a decir con un ligero encogimiento de hombros, si fuese medianamente digno ya los militares hubiesen vuelto por ellos pero el hecho de que aún no haya sucedido le hace pensar que realmente poco importaban y eso volvía la situación más angustiante, aunque intentaba no enfocarse en ello sino en conseguir todo lo que necesitaba para 'sobrevivir'. Ante las siguientes palabras que salen los labios de Kitty, su ceja se eleva y en sus labios aparece una sonrisa divertida "¿Estás sugiriendo que debería manipular?" Se ríe un poco "Yo jamás me atrevería a eso" Bromea, llevando la mano a su pecho con falsa impresión, estaba segura que de tener la necesidad lo pudiese hacer a pesar de lo orgullosa que muchas veces fuera, pero prefería evitar esa situación el mayor tiempo posible "Pero si sabes hacerlo me vas a tener que enseñar a llorar, no tengo ese nivel de profesionalismo para actuar" Le dice con algo de diversión como si aquello de verdad fuese una técnica de supervivencia en ese momento. Cuando ella hace el comentario sobre las muletas comienza a ver para todos lados "Acá deben haber muletas" Comienza a caminar torpemente a donde estaban una sillas de ruedas, creyendo que allí debían haber y quizá podría ayudar a la muchacha pero se detiene "¿O no quieres usar?" Pregunta, llevando su mirada nuevamente a su interlocutora ya que pensaba que probablemente esa idea ya debió haber navegado la mente de Kitty, sin embargo sin esperar respuesta quita la mirada de la contraria y sigue caminando hacia aquel sitio, probablemente quedaba alguna y le iban a servir de algo, al menos un par de días. Cuando la escucha hablar vuelve su mirada a ella y casi como un llamado de atención dice "¡Te puedes lastimar más!" Y es que la morena no iba a tener la consciencia tranquila si la muchacha empeoraba por ayudarla, niega un par de veces y toma las muletas "Ve, con esto te puedes ayudar y aparte le podemos dar una empujadita a los empaques para bajar las vendas" Le dice agitando ligeramente el dispositivo ortopédico antes de comenzar a caminar devuelta hacia ella.
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iris se movilizan a propia herida, mano se cierra con lentitud, abriéndola una vez más de forma inmediata. ' en medio del caos caí sobre — ' se interrumpe, presionando labios antes de volver a centrarse en facciones femeninas. ' no importa ya, no fue ni bonito ni digno. ' conclusión busca desviar atención de algo que no posee verdadera importancia. incluso si no fuera a causa de orgullo, habría olvidado aquello de forma natural al no poder cambiar situación en la que se encuentra; esfuerzos se centrarían, únicamente, en una recuperación completa. oposición opuesta se recibe con diversión y una negativa de cabeza. aún si no lo verbaliza, mantenerse quieta solo le hace sentir inútil. y quizá lo sea en aquel estado, no pudiendo hacer mucho por ayudarse a sí misma. ' tendrás que hacer brillar tus habilidades como actriz, hay quienes no pueden evitar sentir lástima. ' algunos llamarían a táctica como manipulación, sin embargo, en momentos de crisis, no evitará usar todos sus medios para conseguir lo que necesita. ' con lágrimas, las probabilidades de éxito son mayores. ' eleva hombros, desconociendo si compañía consideraría siquiera utilizar medios tan bajos. ' si tuviera muletas... ' pero ha preferido no usarlas, creyendo que serían incómodas. ' tomé algunos analgésicos que necesitaba antes que llegaras. ' admite, se cree capaz de salir victoriosa incluso si es atrapada. ' déjame ver, quizá si me estiro lo suficiente. ' intenta colocarse en puntas de pie con lado sano, mas centímetros no resultan suficientes para conseguir insumos. ' ¿no hay algún banco o escalera pequeña para subirnos? '
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girassol-em-queda · 8 months ago
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Esses altos e baixos andam me matando! Uma hora eu sinto raiva, depois ressentimento, depois eu fico feliz, são tantos sentimentos e eu não sei lidar, a real é que eu tenho ficado louca por esses dias, já faz um tempo que eu não sei quem sou! Na verdade desde os 18, parece que tudo virou uma grande bola de neve e ela me atropela toda vez. E eu não sei o que fazer, parece que todo mundo está vivendo de forma feliz que todos os momentos são bons! Que todo mundo alcança o que almeja! E eu, eu tô parada no tempo, sonhando acordada em outras realidades que não existem aqui! A minha relação com as pessoas que restaram na minha vida, não tem sido das melhores e as vezes eu só queria ter pra onde fugir, um lugar só meu! E eu não tenho! Eu tô presa na minha mente e ela é barulhenta demais, eu sinto como se eu quisesse sair correndo ir pra algum lugar distante, mas aonde? E como? Por que eu sinto que não pertenço a lugar nenhum, os sentimentos mudam mas essa insatisfação comigo mesma não! E por mais que eu fale eu me vejo estagnada, petrificada, e não consigo mudar tudo que eu acho que tem de errado comigo. Por que tudo é tão complicado comigo, esse labirinto que eu entrei, não consigo sair! Não consigo me mover e todos os dias parecem iguais. Sinto que estou existindo mais dentro da minha mente ilusória do que na realidade. E todas essas crises existências vão me servir de que no fim? Eu vou morrer uma hora, e a terra vai comer meu corpo e eu vou fazer o que depois? Esse esforço sem saber pra onde eu estou caminhando é angustiante demais pra mim. Você conversa comigo entre sinais rasos e eu não sei se eu tô ficando cada vez mais louca ou não, o que é real pra mim. Eu me perdi uma vez e depois disso nada tem sentido, eu caminho em círculos parece que sempre fazendo as mesmas coisas por mais que eu não faça intencionalmente, no fim eu tô repetindo tudo que prometi que não faria sobre tudo na minha vida. É sempre frases como “não desista, continue” “ algo bom está vindo em sua direção�� eu estou bem cansada mentalmente eu queria me silenciar de mim, a mente não cala boca, será que todo mundo fica ligado 24 horas por dia também? Ou tem algo de muito errado comigo. Sei lá, só queria um tempo pra mim longe de tudo e todos mas não posso me permitir ao luxo que é estar sozinha.
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balacandy · 1 year ago
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Não sei como iniciar esse texto. Estou com uma dor de cabeça tão aguda e latejante que poderia morrer, rindo da absurdidade dessa situação e sem palavras para descrever tudo o que aconteceu até eu chegar aqui.
Há alguns meses atrás eu tive minha primeira crise de personalização.
Não sabia o que estava acontecendo. Não sabia nem a definição desse termo ainda, achei que estivesse enlouquecendo de vez. Que todas as coisas podres e angustiantes que guardei para mim mesma durante todos esses anos finalmente estavam me fazendo pagar o preço — um valor bem alto e aterrorizante.
Foi um processo gradual e incessante. Começou com uma dormência mental esquisita: eu queria fazer muitas coisas, mas a ideia de nenhuma delas era capaz de me fazer sentir algo. Minha ansiedade de não estar fazendo as coisas que eu deveria me fez rodar em círculos nervosos no meio da cozinha, inconsciente — no automático, obsessivamente.
Houve um momento em que eu percebi que estava agindo estranho, mas simplesmente não conseguia parar. O ambiente parecia estranho, quase irreal, e conforme os minutos foram passando eu própria comecei a parecer irreal. Olhava para as minhas mãos e pensava "Essa sou eu? Tem algo de errado. Não pode ser verdade."
Com muito esforço, quebrei os círculos que fazia na cozinha e corri para o quarto. Tranquei a porta, sentei-me na primeira cadeira que vi, foquei em respirar fundo para tentar me acalmar e clarear a mente.
Gradualmente, sem controle nenhum, o sentimento de estranheza só piorou. Ficou difícil de respirar, ofegava como se estivesse sem ar nos pulmões. Minha visão não focava nem por um milagre, nada era real.
Comecei a sentir nojo da minha pele, tinha medo de tocar em mim mesma, minhas mãos tremiam e meu controle sobre meu corpo estava diminuindo. Arranhava os braços, as coxas, qualquer local visível para tentar sentir alguma coisa, para me ancorar na realidade.
Caí da cadeira, atingindo o chão com força, e fiquei jogada ali, sem conseguir me mexer, sentindo como se estivesse presa num pesadelo que nunca iria terminar.
Lembro de ter perdido a noção do tempo. Quando me levantei, fui até o quarto do meu pai onde parei em frente ao espelho. Aquela não era eu.
A face e o corpo que me encaravam de volta no meu reflexo começaram a me assustar terrivelmente, então eu corri. Chorando e sufocada, adormeci em meio aos lençóis bagunçados da minha cama, sozinha.
Acordei sentindo um alívio imenso de me sentir eu mesma, de poder me mover normalmente. Contei amedrontada a experiência para meus amigos, nenhum deles soube me dizer o que havia de fato acontecido.
O episódio dessa vez foi parecido com esse. O meu segundo, desde essa primeira vez traumatizante.
Uma luz acesa num cômodo específico pode me deixar muito abalada, eu suponho. Um silêncio prolongado durante a noite, uma frase errada, um caminho mais para a esquerda no corredor. Tudo nessa casa, se bobear por três minutos, me traz lembranças horríveis de volta.
Sou obrigada a viver com medo, tomando cuidado e mantendo todos os eventos terríveis que ocorreram aqui lacrados no fundo da minha mente.
Fui parando de comer, depois de tomar banho — atrasei um pouco mais para limpar a pia, deixei de conseguir me divertir, se tornou fisicamente impossível fazer certas coisas e, quando menos percebi, havia chegado no nível de não ser capaz de me mover. Nem um passo. Corpo paralisado no meio da cozinha novamente, como na primeira vez.
Quarto, cadeira, choro. Dificuldade para respirar. Ida até o banheiro para lavar o rosto e tentar me acalmar, termina comigo com medo do próprio reflexo no espelho, vendo traços distorcidos na torneira da pia e correndo desesperada para o quarto novamente.
Nossa, dessa vez eu chorei tanto. Talvez seja por isso que estou com essa dor de cabeça horrenda.
Cheguei no quarto quase caindo de tão rígidas que estavam minhas pernas, me ajoelhei no chão por alguma razão e, com as mãos tremendo incessantemente, encostei a cabeça no chão, como se estivesse rezando.
(A mesma posição da noite da invasão.)
Céus, quando percebi como estava só faltou eu me engasgar e morrer nas minhas próprias lágrimas.
Pensei comigo mesma "Não dá para continuar assim. Essa noite vai ser terrível, preciso aceitar que preciso de ajuda."
Esfreguei o rosto e fui correndo até o quarto do meu pai, pedindo para ele me abraçar e falar comigo — qualquer coisa, apenas falar para me manter ancorada no presente.
E aqui estou eu.
(sábado, 15 jan 2022)
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universodeum · 1 year ago
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Entendo muita gente não gosta de FRIENDS, entendo e aceito, eu mesma não gosto de algumas sitcons bastante famosas.
Porém para mim, FRIENDS foram os 6 amigos que tive durante um momento bastante difícil da minha vida em que sentia não ter amigo algum.
FRIENDS foi o conforto depois de um longo e exaustivo dia de trabalho, onde tudo o que eu precisava era distrair a mente.
FRIENDS foi e ainda é o alívio em momentos angustiantes, o descanso quando a mente não para quieta, e aquele treino de inglês. Entender as piadas e as frases, sem precisar de legenda, foi e é um sentimento indescritível.
- EveryManForHimself
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charmosa69 · 9 months ago
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Mulher, criação mágica de Deus.
Retrato fiel do encanto e sedução;
Espelho de intuição e sabedoria;
Estampa fina, forte e sutil;
Amostra de delicadeza e fibra;
Exposição da beleza e do amor.
Parabéns a todas as mulheres!
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cordeanil · 1 year ago
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tudo que eu acreditei ser possível alcançar eu de fato consegui alcançar
tava pensando sobre
mas eu precisei acreditar que conseguia pra conseguir
e acreditar que consigo hoje acho que é a parte mais difícil porque minha autoestima é não me deixa crer que valha a pena tanto o investimento de dinheiro, de tempo ou que eu tenha capacidade
a frase que mais repito na pós é: meu deus eu não tenho capacidade de fazer isso
dois exemplos mais concretos de que precisei acreditar que conseguia pra antes de fazer foi a faculdade e a academia agora, acho que esses são os meus quatro passos da determinação, sonhar, acreditar, planejar e fazer.
na arquitetura foi assim
na academia mais recente também, eu falei quw ia ter músculos, mesmo quando muita gente falava que não é tão simples assim mulher ter musculo, mas eu disse: eu vou sim ter musculo, você vai ver!!!
eu acreditei antes de tudo porque eu sabia que tava fazendo tudo que tava ao meu alcance pra chegar nesse objetivo, que está em andamento, mas já vejo meus músculos nascendo. Mas eu acreditava ser possível, com toda convicção.
no meio do caminho é claro que teve as milhares de dúvidas e quase desistem, principalmente na faculdade que realmente quase desisti no final, ela que me largou na pandemia e terminei porque fiquei em casa.
Quando se trata da minha marca, da lubu, algo que no último ano era o meu combustível pra sonhar e ver novas perspectivas de vida profissional que ando tão frustrada, eu não consigo acreditar por muitas vezes que esse sonho vá sair do papel, sem entrar na questão financeira nem nada, acho que antes de tudo por não acreditar ter capacidade de realizar, simplesmente não consigo acreditar em mim nesse lugar, com a simplicidade que acreditava que sim eu ia ser arquiteta, por mais difícil que seja, que sim eu vou ganhar músculos, por mais difícil que seja. E sei que isso é ao passo que me sinto insegura de abrir um negócio em uma área nova, ao passo que percebo que tenho muito a aprender sobre moda, tenho muito a aprender sobre gestão, tenho muito a perder de dinheiro se não conseguir gerenciar, é igual don L fala: "Sonhos são caros, e sem prazo. É um investimento alto." Mas também o pior de tudo é que não acho que nada que eu faça seja bom pra destacar meu sonho em meio a tantos outros sonhos sendo feitos diariamente por aí. Não só por perfeccionismo, porque nem tentando aperfeiçoar nada estou, mas por estar com a autoestima baixa, não me achar criativa o suficiente ou que essa criatividade vai se manter.
então basicamente eu literalmente vendo isso agora o primeiro passo pra abrir essa marca, não é nem fazer mais um curso, juntar dinheiro, fazer uma bolsa, nem nada parecido, é simplesmente eu acreditar que ela vai acontecer e isso é terrivelmente difícil porque não acredito que tenha muita capacidade atualmente, sempre esbarro em coisas que não sei se uso de desculpa ou se de fato são limitantes na minha vida e se tudo bem ir mais devagar, mas já tenho 26 anos também, tenho que me mexer. Pq eu não consigo acreditar que isso vai acontecer de verdade na maioria do tempo parece só um plano B pra caso eu fique desempregada. Não posso mais lidar com ela como se fosse um plano B sendo que wue chamo de autonomia financeira criativa. Ou até se for, acreditar que é um plano B que possa existir, porque nesse lugar de pensar o que estarei fazendo em 10 anos eu não consegui me imaginar com a Lubu pq não consigo acreditar que tenho capacidade de fazer isso acontecer mesmo. E como pode isso se eu queria abrir a marca em dezembro até ontem, e em 10 anos não me ver em lugar nenhum? Ter certeza de nada? Vou ter virado uma árvore em 10 anos? Acredito que não ne.
Isso é angustiante.
Não acreditar que consigo realizar meu atual maior plano/sonho que tenho até coordenadas de como fazer. Como pode um negócio desse?
O que mais me impede no momento é isso, eu não consigo acreditar que consigo e como eu não sou a melhor pessoa do mundo lidando com dinheiro tenho a sensação que vou fazer tudo errado e peder muito dinheiro o tempo todo. Por que de novo: sonhos são caros, é um investimento alto. E não to em um momento financeiro bom pra perder dinheiro também, isso também gera insegurança gigantescas.
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sencilla-mentelibros · 1 year ago
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Cenizas quedan en la memoria (Cenizas quedan #2)
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“La magia que la había maravillado era la misma que ahora la devoraba con el miedo a lo desconocido. Era una sensación extraña descubrir todo lo que podía amar en el mundo, en contraste con todo lo que había que temer.”
Bueno, nos adentramos de nuevo en el terror. Definitivamente, puedo decir que no es de mis géneros predilectos y que prefiero otro tipo de lecturas, sin embargo no por eso voy a dejar de decir que estoy disfrutando de estos libros por distintas razones. La primera es porque me gusta mucho ver las referencias a lugares propios de El Salvador, y aunque el texto no se presta para descripciones extendidas sobre arquitectura o el ambiente, es fácil imaginarse un pueblo en Sonsonate (aún en 1924) y adentrarse en la historia.
El autor establece tres puntos de referencia, Sonzacate, Atecozol y La Hacienda La Junta, dentro de los cuales se desarrollan los acontecimientos; ésta última derruida y consumida por el fuego voraz que sufrió durante la infancia de los mellizos. Y Sonzacate y Atecozol, dos lugares pequeños y comunales que brindan refugio a la familia. Me parece interesante que el autor no se detiene a describir el ambiente más de lo necesario para inspirar un sentimiento, y esto lo hace a través de los ojos de los mismos mellizos o de quien se encuentre en el lugar en ese momento.
La segunda particularidad que me llamó la atención es el uso de diferentes maneras de hablar por parte de cada uno de los personajes. Se nos presenta una mujer originaria de Andalucía cuyo acento se materializa utilizando la expresión fonética de las palabras en español, quien no dice “yo la puedo llevar, Claudio, gracias”, sino “yo la puedo llevá, Claudio, graciah”. Así mismo, se nos presentan a los protagonistas salvadoreños del relato terminando las frases en “vos” o que dicen “cabal” y “chivo”, personajes que comen pupusas, horchata y empanadas. Además, como contraste, se nos presenta el nawat como tercer variante del habla, el cual no traduce más que un par de ocasiones.
Este idioma desconocido para la mayoría de habitantes de El Salvador se utiliza para representar el pasado de la colonia, algo tan antiguo como ancestral y a la vez algo nuevo para nosotrxs que no hablamos el idioma. Se presta muy bien para ejemplificar el pasado mucho más mágico y quizá, a veces, hasta ajeno a nosotrxs. Al colocarnos frente al nawat, en la mayoría de las ocaciones, no tenemos ni idea del acento de quienes lo hablan, no sabemos que no tenían un sistema de escritura, no sabemos la cultura al rededor del mismo. Es por eso que al utilizarlo en una de los eventos que le sucede a Ignacio, enfatiza en el sentimiento, en el miedo a lo desconocido.
En este relato, los mellizos ya están mayores y padecen de un estado feliz y amnésico que les permite salir adelante con sus vidas, junto a Candelaria su ahora madre. Son felices, prósperos y reconocidos incluso a nivel nacional. Sin embargo, pronto nos damos cuenta que la pérdida de la memoria es provocada por un brebaje que Candelaria les proporciona diariamente para que ellos puedan disfrutar de su éxito — con toda la buena intención del mundo — . Este tercer elemento, es una fuerte crítica. Cuando los mellizos se percatan de que su memoria ha sido borrada empiezan a cuestionar todo lo que viven y entran en una especie de crisis existencial que les impide pensar en otra cosa más que en la búsqueda de su pasado y de su historia.
Quiero decir que, el miedo, que está presente durante todo el texto, no surge únicamente de los acontecimientos inmediatos en los que se ven inmersos, sino también del miedo a no saber quién sos, del miedo a tu pasado, a lo que podés descubrir, al no reconocerte y que, al saberte satisfecho de tu búsqueda te podés preguntar ¿qué es lo que te queda?, ¿la familia que podés perder en el presente?
Este segundo tomo lo encontré mucho más angustiante que el primero, con una aproximación menos inocente. Claro, los mellizos ya son mayores y ya no ven la magia como cuando eran niños. Los mitos, las leyendas y la magia ya no son solo historias, hoy deben afrontar que son parte de la vida cotidiana sin entenderla — volvemos a la ficción — , y ese es el problema: no entienden nada de lo que les sucede porque son ajenos a la magia nawat, porque son ajenos al idioma, porque son ajenos a su pasado, a su familia, a Candelaria, a ellos mismos. Hay una especie de disocio entre lo que les rodea y ellos mismos.
Finalmente, y este sí es un completo spoiler, así que pueden dejar de leer con el párrafo anterior; me parece genial como viene contando una historia donde hasta medio camino te das cuenta que es la historia de las leyendas que alguna vez escuchaste. O sea, sí, entiendo que me dijeron que era un retake de las leyendas salvadoreñas, pero nunca pensé que ellos iban a ser los protagonistas. Según yo, solo iban a estar los elementos y ya. Fin del asunto. Pero no, cuando lees este libro estás viviendo un mundo de leyenda. Literal.
Fecha original de publicación: septiembre 19, 2021
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fredborges98 · 1 year ago
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Bom dia!
Por: Fred Borges
Retórica aprazível versus Dialética angustiante.
"Se este país virar comunista, um dia serei o maior líder de esquerda do Brasil" (na época da ditadura militar).
Dinheiro público é sagrado. Nenhum político se sustenta por muito tempo sem o respeito ao dinheiro público. Essa é a minha força. Tenho 50 anos de vida pública e não tenho há nenhuma acusação contra mim do ponto de vista moral"
"Há três tipos de repórteres: o que quer dinheiro, o que quer notícia e o que quer emprego. O correto é não dar dinheiro a quem quer notícia, notícia a quem quer emprego e emprego a quem quer dinheiro".
"Homem público não pode ter sigilo bancário. Tem que ser aberto para todos"
"Ou o país se conserta moralmente ou não tem solução. Onde não há ética e não há moral, não há sobrevivência política para o país".
Todas estas citações ou frases foram feitas por um político, mas antes de tudo um Homem- Político.
Não adianta separar o homem da política, ele é um ser político desde que negocia com a mãe, aos berros, pelo leite materno.
O Grito é uma série de quatro pinturas do norueguês Edvard Munch, 1893.
A obra representa uma figura andrógina num momento de profunda angústia e desespero. O plano de fundo é a doca do fiorde de Oslo ao pôr do sol.
O silêncio dos inocentes provoca no leitor calafrios e torpor. Uma compilação de maldades construiu o psicopata.
Alfredo Ballí Treviño provavelmente foi a origem de tudo.
Mas de políticos e assassinos de destinos o mundo está cheio.
O que o aparente discurso de Lula traz à humanidade é de uma redundância e retrabalho histórico.
O estupidez hoje é a maior doença da humanidade.
Já dizia Albert Einstein: "Apenas duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana, e não tenho certeza quanto à primeira”.
Ainda me lembro de uma das definições de democracia: A minoria de " espertos" que domina a maioria de " ingênuos".
A democracia é um conceito e prática mortos e falidos.
O céu está cheio de gente com boas intenções.
O inferno está cheio de ingênuos, estúpidos e omissos.
É preciso separar a Retórica da Dialética em uma baseia-se na chamada " felicidade coletiva", e a outra na tangibilidade do concreto em mistura e nunca armado da realidade nua e crua- experiência a ser vivida.
Uma proporciona fantasia, outra tudo que realmente constrói e destrói a humanidade.
Uma utópica e outra distópica.
Ainda me lembro de como eram tratados os doentes mentais no início do século XX. Lobotomia, eletrochoque, sono profundo, coma induzido, banhos em gelo e manicômios lotados.
Entre loucos e políticos salvam- se todos.
Negação e discursos negacionistas não são fascistas, marxistas, são oportunistas, utilitários e servem ao propósito de convencer.
Convencer é vencer com, com a maioria de omissos, utópicos, estúpidos e ingênuos.
Na música: Sua Estupidez há um reflexo do refletir- pensar, da oportunidade de conceder a fala aos cordeiros,como se eles pudessem falar, em sua maioria estúpidos e prontos para o abate...
"Meu bem, meu bem
Você tem que acreditar em mim
Ninguém pode destruir assim
Um grande amor
Não dê ouvidos à maldade alheia
E creia
Sua estupidez não lhe deixa ver
Que eu te amo
Meu bem, meu bem
Use a inteligência uma vez só
Quantos idiotas vivem só
Sem ter amor
E você vai ficar também sozinha
E eu sei porque
Sua estupidez não lhe deixa ver
Que eu te amo
Quantas vezes eu tentei falar
Que no mundo não há mais lugar
Pra quem toma decisões na vida sem pensar
Conte ao menos até três
Se precisar conte outra vez
Mas pense outra vez
Meu bem, meu bem, meu bem
Eu te amo..."Compositores: Erasmo Esteves e Roberto Carlos Braga.
Portanto, separar o joio do trigo faz vivermos a vida com dignidade da e pela inteligência.
A propósito, todas as frases ou citações são de Antônio Carlos Magalhães( ACM pai), que foi tudo, menos Santo, estúpido ou ingênuo ou cordeiro ou omisso!
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cbondurant · 2 years ago
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then i’ll pick a fight to make up on the floor of your room @celric
cmechathin:
Soube imediatamente que suas palavras saíram como uma concessão, e o suspiro de alívio de Cedric confirmou tal fato. Ela também suspirou, derrotada, percebendo que prendera a respiração com o passo que dera ao se aproximar dele. O Bondurant repetiu a frase que saiu da boca da morena de forma automática e ela constatou, ali, que nenhum dos dois realmente acreditava nela.
Justamente por isso, quando o mago a envolveu e colou seus lábios nos dela, Celeste simplesmente deixou. Sentiu, com o beijo abrasador, que derretia. Era uma maga de fogo, sabia, mas estava envolta em gelo e Cedric Bondurant parecia saber exatamente o que fazer para derretê-lo. Sentia que a tensão angustiante que se acumulou na última semana, especialmente nos últimos dias, se desfazia a cada movimento de língua. A tensão do momento, no entanto, só crescia.
Cedric parecia pensar o mesmo. Então, quando ele a pegou no colo, Celeste prendeu as pernas ao seu redor. As mãos da Mechathin seguraram firmemente o rosto do mago e continuou a beijá-lo com vigor, sem se preocupar com o destino.
Ele a repousou na mesa de jantar com calma, acomodando-se entre suas pernas. Sentiu a mão do Bondurant subir sua coxa e ela eu um sorriso sacana, dando uma mordiscada leve no lábio inferior do moreno. Interrompeu o beijo para descer para seu pescoço, aventurando-se por lá. Celeste pressionou seu corpo no dele, aumentando o contato e a intensidade de seus beijos.  
Colocou a mão na bainha da sua blusa, seus dedos roçando a pele nua embaixo dela, em expectativa. Continuou beijando seu pescoço e então sugou a região com entusiasmo, para então interromper rapidamente o contato e retirar sua regata. Voltou a beijá-lo. Tinha pressa, e pelo modo como Cedric a beijava, ele também tinha; quase como se pudessem ser interrompidos a qualquer momento.
Isso a lembrou onde estavam. Não se desesperou, contudo, pois a urgência que sentia nebulava qualquer raciocínio lógico que pudesse ter; mas se as pessoas que acompanhavam o Bondurant eram como sua equipe, tinham um problema. Mais alerta e ainda ofegante, Celeste descolou sua boca da dele.
ー Alguém mais tem a chave do quarto?  ー perguntou, praticamente murmurando. Ainda que fosse para fazer a coisa mais absurda que conseguia pensar, tinham que ter algum senso de responsabilidade.
Após a pequena mordida em seu lábio, que Cedric recebeu com malícia, permitiu que Celeste explorasse seu pescoço com beijos cada vez mais intensos. A atenção que recebia na região aqueceu seu ventre, ainda mais quando passou a ser acompanhada dos dedos atrevidos da Mechathin dentro de sua regata. Enterrou o nariz em seus cabelos, inspirando profundamente em um hábito inconsciente que parecia estar construindo, mas teve que interromper a ação para ajudá-la a retirar sua própria camisa.
Em momentos como aquele, em que Celeste cobiçava seu corpo com lábios e mãos, ele se confirmava que realmente não estava louco, não alucinava o tamanho da atração que ela sentia por ele. Tinha sido ele quem iniciara o beijo, mas ela também ansiava tê-lo nu para si o mais rapidamente possível, a julgar pela agilidade com que o despia.
Quando voltaram a se beijar, fizeram isso com tamanha ardência que ele teve certeza de que ficariam com os lábios vermelhos pelo atrito. Apertou suas coxas em apreciação e ao sentir a separação provocada pela maga de fogo levou alguns segundos para raciocinar. Sem desejar interromper seus afagos, os manteve com pequenos beijos ofegantes no canto de sua boca e maxilar.
- Sim... Tem. - Respondeu, simplesmente, ainda com os lábios grudados em sua pele. Pelos deuses, sua equipe entrava e saía daquela suíte praticamente o dia inteiro. À noite, porém, respeitavam sua privacidade.
Sem querer explicar isso com detalhes suficiente para que Celeste confiasse em suas palavras, a apertou contra si e voltou a beijá-la. Reencontrou sua língua ao mesmo tempo em que a ergueu como fizera antes. O destino dessa vez era o quarto privado que existia dentro da grande suíte presidencial e o caminho não foi tão harmônico quanto o que traçou até a mesa. Esbarrou em uma poltrona ou duas, mas quando finalmente abriu mão da teimosia de manter a boca unida à de Celeste conseguiu chegar à cama de lençóis brancos impecáveis.
Esboçou uma risada travessa ao descer a Mechathin até que ela se deitasse no colchão. Deixou um beijo leve em seu pescoço e se afastou para que pudesse fechar as portas duplas de madeira que isolavam aquele quarto do restante do apartamento. Fez isso com um baque rápido e girar de chaves, mas fechou os olhos por um segundo, tentando diminuir sua pressa, antes de se virar novamente para Celeste. Sua ereção pareceu pulsar apenas com a visão de sua figura curvilínea com os lábios inchados de tanto beijá-lo.
Aproximou-se mais lentamente, tomando seu tempo para apreciá-la. Se fosse um homem comum, e não um Bondurant, qualquer um o diria que tinha sorte de poder ter Celeste em sua cama. E ele concordaria, mas não pelos mesmos motivos. Sem tirar os olhos dela, Cedric se agachou, ficando de joelhos no chão à sua frente e segurando seu tornozelo direito com suavidade. Por alguma razão, observando seus olhos castanhos, se lembrou de sua cantoria súbita em frente ao lago e abriu um pequeno sorriso. Tirou o primeiro sapato e o soltou no chão. Depois, fez o mesmo com o esquerdo, agora depositando também um beijo em sua panturrilha.
- Já estão todos dispensados. - Explicou, para que estivessem na mesma página. Ninguém mais entraria naquele quarto até o dia seguinte. Ergueu-se para se sentar ao seu lado e deixou o corpo cair no colchão até que seus rostos estivessem perigosamente perto mais uma vez. Fitou Celeste nos olhos em um desafio gaiato, sedutor. - E agora, Mechathin? - Murmurou.
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lavendersdiary · 2 years ago
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No me pidan que me sienta bien cuando entre mis piernas se me está desconfigurando el mundo y me dicen que “no es para tanto”. Realmente tengo una seria opinión con cada frase que nos guían a abrazar a nuestros cuerpos, a querer nuestro ciclo menstrual y a amar todo lo que fluye entre nosotras, pero me niego a sonreír a un proceso que desde el momento en que llegó no ha traído más que angustia y ansiedad, además que incomodidades variadas. Sé que es parte de un proceso, pero si de mi dependiera, claramente optaría por no tenerlo en mi cuerpo, es que “te hace más mujer” me han dicho, pero supongo que hacerse mujercita o no es parte de toda esta romantización que nos hemos tenido que comer durante años. La primera vez que conocí la sororidad fue cuando tenía 12 años y me manché, sí, me manché. Mis amigas me ayudaron porque da vergüenza la cosa a esa edad, porque además de que “me hace mujer” y es algo de lo que toda la familia siente un extraño orgullo, abre la puerta del “que nadie te vea una mancha” porque es un tabú: La menstruación ha traído consigo un montón de secretismos e ignorancia que no me quiero callar, porque me enoja. Porque parece que ni las madres están preparadas para contarles a sus hijas que el caos llegará a sus vidas de la noche a la mañana y que estarán hasta los 50 años o más o menos a un evento “que te hará mujer” siempre me pregunté, si eso me hace mujer ¿Entonces no es perder mi virginidad? Porque claro, está ese otro “ya te hiciste mujer” ¿Acaso siempre estamos pasando por procesos que nos hacen más o menos merecedoras de un titulo? ¿Qué otras pruebas existen? Ah! Ya me acordé: quedar embarazada, eso también te hace mujer pero otro tipo de mujer, te hace ser esa mujer aguerrida y protectora ¿Cuántas cosas más tendré que hacer para hacerme mujer? Pura cosa dolorosa por lo que veo, solo por “Ser mujer” Volviendo al tema del que me desvié, entre dolores y cambios hormonales, agregándoles un útero enojado por no hacer funcionar la fabrica de bebés, está el dato curioso que solo pasa entre mujeres, llamado la sincronización, a mi me da risita, porque me ha pasado siempre, con que una de mis amigas anuncie que le va a bajar, para que a todas nos baje al mismo tiempo y tener una habitación llena de humores desconfigurados y atómicos. Otra cosa, es que también con los años he descubierto que la copita es mejor que las toallitas, me ahorro las manchas y contaminar, porque ahora también resulta que por “ser mujer” también tenemos esa carga ambiental solo por que una vez al mes o algunas veces al año, nos toca decantar nuestro espíritu entre nuestras piernas solo por no cumplir con la labor “natural” de engendrar un inquilino en nuestros vientres. Y eso que aun no toco el tema de los impuestos a los que todos los objetos de consumo femenino como toallas higienicas, copas menstruales, tampones, pañales (si, ahora hay pañales menstruales porque ya no basta solo con usar toallas), que si se necesitan medicinas extras para los dolores y los muchos calzones que se pueden mancar, son un alto gasto economico e incluso podría llamar un lujo, porque no siempre todas las mujeres pueden acceder a un paquete de toallas de mala calidad, porque son caras y con lo que se pueden gastar en eso, comen todo un día. Y que conste, mi odio no va hacia mis hermanas de genero y compañeras de lucha, mi enojo y frustración está enfocado en cada una de las cosas que esperan que seamos, bajo un ideal de que la mujer solo por menstruar esta bien con eso sin cuestionar nada, recibiendo esta bendición de estar ya lista para poder empezar un nuevo camino hacia la adultez como "una mujer" hecha y derecha. Y ya estoy harta. Harta de la normalización de cosas que son dolorosas, molestas y angustiantes.
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