#florescendo
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extraliteral · 6 months ago
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você é a melhor perda da minha vida
e isso dói pra caramba.
- extraliteral
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wangxianficrecs · 5 months ago
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~*~
hello there, i would like to rec this story, it's just so beautifully written, and very touching. it made me emotional and some tears were shed, but it was very carthatic and warm ♡︎ - Anon
Florescendo
by flowercity (FaoriE)
T, 9k, Wangxian
Summary: A tale of the Burial Mounds and its precious, caring human.
~*~
(Please REBLOG as a signal boost for this hard-working author if you like – or think others might like – this story.)
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falangesdovento · 1 year ago
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tempo-deflorescer · 2 years ago
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noctilucentis · 4 months ago
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— a chegada da primavera ♡
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projetovelhopoema · 3 months ago
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Há algo de eterno na simplicidade de uma rosa, quando entregamos para alguém ela não é apenas uma flor, mas um símbolo, um sussurro suave do que sentimos, mas que nem sempre sabemos como expressar. As pétalas se desdobram, uma a uma, revelando sua beleza discreta e ao mesmo tempo arrebatadora. Assim como o amor, que não se revela de uma vez, mas vai florescendo aos poucos conforme o coração se permite. Cada vez que te vejo é como se algo desabrochasse dentro de mim e eu queria poder te dar uma rosa toda vez que você se aproxima, só para ter a chance de ver um sorriso se formar em sua boca e assim poder dedicar poesias em agradecimento por essa dádiva e demonstrar o meu amor por você. Porque o seu sorriso não é qualquer sorriso, ele é a luz que apaga as minhas dúvidas, o sol que rompe o frio da incerteza, o convite para uma eternidade onde não há mais solidão. E há algo em seu sorriso que é como o perfume de uma rosa ao vento, é algo intangível, invisível, mas que toca a minha alma de forma profunda. É como se cada curva dos teus lábios carregasse a promessa de um amanhã onde o amor é sempre presente, onde a poesia brota do olhar e a vida se transforma em verso, mesmo que desajeitado. E assim, entre sorrisos e rosas, te ofereço o que sou, quem sou, não apenas as palavras que escrevo, mas o silêncio entre elas, o que fica por dizer. Te ofereço cada batida do meu coração como uma canção que só faz sentido quando você está por perto. Porque o amor, como a rosa, é feito de delicadeza e força... E em cada sorriso teu, encontro a razão para continuar cultivando esse jardim.
— Diego em Relicário dos poetas.
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amorasepoemas · 3 months ago
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O mundo tem dobras, contornos e adornos
A vida tem cor, cheiro e sabor
O mundo está vivendo a todo tempo
E as coisas seguem acontecendo
E mesmo eu não percebendo
A magia da vida está florescendo.
- Amora
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macsoul · 4 months ago
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F l o r e s c e n d o
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Sinto que estou florescendo nesse campo pela primeira vez nessa vida
parece que passei a vida toda embaixo da terra em um processo lento, solitário e doloroso
todas essas coisas ruminando dentro de mim
todo o pesar, as alegrias sutis
a esperança moribunda e um amor insondável
tudo armazenado aqui dentro
germinando
culminaram no rompimento do solo que tive que cavar com minhas próprias mãos
e agora, uma luz, com aquele calor tênue de primeiro raio solar
desponta na imensidão acima
a sigo por intuição
e timidamente ensaio meu renascimento
sinto que é a primeira vez nessa vida que me sinto realmente viva
espero não ser só mais uma ilusão.
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marcia06 · 5 months ago
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🪻🪻🌷🌸 🌷🌲🌸
🪻🌸🍃🌷Bom dia!☕
🌲🌷🌸🍃🌲🍃 ☕☕
A vida nada mais é que um colorido de "sonhos florescendo no peito" a cada novo dia. Os projetos impulsionando os ânimos, Deus dando saúde, proteção ... E a gente insistindo, persistindo, nunca desistindo de caminhar. Contando com isso, é tomar um bom café, e sair pro dia com fé que a gente vai chegar lá...
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----------🪻Lanna Borges🌷
☕🌸🌷🌸 ☕🍃🪻 🌲
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ackrsays · 1 year ago
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🌷› Florescendo;
Pedida por yachynx;
Projeto Aniverse.
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twistedcrumbs · 7 months ago
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Aceita pedidos? Se sim, pode fazer um cenário Floyd x leitora yuu? onde Floyd começa a ficar nervoso por conta de estar apaixonado por yuu e yuu provoca um pouco ele, o que piora a situação dele. (Me baseei na fala de Floyd sobre moreias/enguias serem corvades)
Eu aceito, minha flor, dia que aqui você não pede, você manda 🤭
Nossa, mas onde você achou essa fala dele que eu fuçei as cartas da Wiki tudo procurando e não encontrei, de onde é a fala???
Eu amo escrever para o Floyd! E pro Jade... e pro Azul. Octavinelle tem o meu coraçãozinho na mão.
Olha, eu acho que fui para uma caminho diferente do pedido, mas eu me deixei levar e quando vi estava pronto. Fique com seus headcanons!
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Floyd Leech e os problemas das enguias covardes
Pra começar, esse lindo nervoso é uma coisa e tanto.
Floyd começa a sentir uma mistura de sentimentos borbulhantes que o fazem perder a linha de pensamento e nunca fica satisfeito com as suas reações a respeito disso em todas as interações dele com você.
Ele ama quando te vê sorrindo, morrendo de rir e se divertindo na companhia dele, mas termina bufando de forma bem irritada e jogando tudo para o auto, farto por estar feliz demais com essa sensação estranha na barriga e isso acaba com a diversão dele e arruína o modo do momento.
É como se algo não encaixasse, sabe?
É o inferno na terra pra ele.
E você só encara como Floyd mudando de humor com mais facilidade do que pisca, apenas para variar.
Por sua vez, Floyd não sabe bem como se sentir, afinal é um sentimento novo e muito irritantemente, diga-se de passagem.
O tritão não vê isso chegando, apesar de ser bem perspicaz, ele vai acabar confundindo o sentimento que está florescendo no início com seu habitual ânimo de estar te acompanhando nas situações inesperadas que você se mete no dia a dia e não vai tratar como algo realmente importante.
Romance também parece chato e meloso, ele ainda não tem ideia de como estar apaixonado e estimulante e ao mesmo tempo torturante.
Afinal, ele apenas está ansioso para ver o querido camarãozinho dele, não há nada de novo nisso, até porque, as coisas com você são sempre tão interessantes e divertidas.
Então, por ter essa veia inclinada para o caos, é óbvio que Floyd sempre vai querer estar ao seu lado para se meter no meio de todas as mais divertidas confusões.
Você parece ser um ímã das situações mais inesperadas e que podem vir a acontecer naquele campus ele absolutamente adora.
Apesar de não ter certeza se fica exatamente feliz com você atraindo a atenção de todos aqueles outros garotos… a maioria um bando de sardinhas burras. Mas tudo bem, não é como se ele devesse se importar mesmo.
Tudo o que importa é que ele está ao seu lado, bolando diversos planos para acabar com o dia pacífico de uma pobre alma desafortunada.
Floyd não trata o fato como grande evento quando se pega matando aula só para poder passar no corredor da sua aula de sociologia, ver o que você e acenar nada discretamente da porta. Tudo apenas por, de repente, pegar-se pensando em você durante uma especialmente chata aula de história
Tudo o que ele quer é uma companhia divertida, não é? Além disso, o dia andava tão monótono de chato. Parecia que nunca iria passar, o relógio faltava andar com os ponteiros para trás. Tudo o que ele fez foi apenas natural.
O dia em que ele correu em sua direção no meio do pátio de tarde, estendendo seus membros gigantes e pesados em sua direção para te envolver em um aperto, céus, você deu um sorriso tão grande pra ele quando o notou que ele não resistiu em amarrar e lenço lilás do uniforme em sua mão direita e te rodopiar pelo pátio, cantarolando uma melodia animada.
Te ver sofrendo para acompanhar os movimentos bem coordenados dele enquanto os peixinhos de Heartslabyul pareciam confusos e irritados e você olhava para ele protestando…
Os sete não poderiam mensurar o quanto ele ficou feliz com você direcionando a ele um olhar fatal, enquanto que parecia estar com dificuldade em decidir entre rir e se entregar (pois sabia que ele nunca a deixaria cair, por mais desengonçada que fosse) ou surtar e tentar fazê-lo pagar com a vida.
Aquela foi a melhor coisa que Floyd presenciou o dia inteiro e até o perseguiu em seus sonhos da noite, mas isso não é nada demais.
Também não existe tanta novidade no fato dele te puxar pelo colarinho da camisa de uniforme para a cozinha do Monstro para que você o ajude com a comida assim que ele escuta sua risada estridente na entrada do salão.
Azul e Jade foram muito chatos quando proibiram que servisse no Salão principal por uma semana só por causa de uns clientes de Savanaclaw que estavam sendo meio irritantes. Nem foi nada de mais, ele nem quebrou o osso de ninguém, não dava pra sequer considerar “uma cena” ou qualquer coisa do tipo quando alegou azul.
Se o perguntasse, Floyd diria que estavam sendo sensíveis demais.
Apesar de tudo, ele ainda está chateado por tudo que aconteceu, mas ainda te conta toda a história com um sorriso folgado no rosto, depois de pegar como um saco de batatas e te sentar no balcão na cozinha, ignorando as regras sanitárias idiotas de Azul, bem como todos os pedidos da cozinha para te preparar um hambúrguer.
(Você termina ajudando ele com os preparos, pois a cozinha parou e Azul acabou te oferecendo pagar a diária se você fizesse com quem Floyd trabalhasse na comida)
O tritão obviamente faz tudo tudo por capricho, só porque está entendido demais e você sempre tem ideias tão divertidas de como passar o tempo e assuntos tão legais.
Então, para Floyd consta tudo normal no interesse dele por você, exceto pelo fato de que ele repara demais no seu sorriso, enquanto você conta sobre algo que fez com Grim e aqueles peixinhos insistentes de Heartslabyul que te seguem por aí e isso o faz franzir as sobrancelhas irritado.
E, então, quando vocês, andando um ao lado do outro pelo corredor, fazem aquela coisa de olhar de canto um para o outro enquanto passam por Riddle e então acontece aquela coisa de conexão meio mágica e maluca onde ele pode saber exatamente o que você quer dizer sem que seja necessária nenhuma palavra sequer.
O sorriso diabólico que enfeita os seus lábios enquanto você dá uma última encara nele acenando e segue no encalço do líder do dormitório Heartslabyul é a coisa mais incrível e inexplicável que ele já viu na vida inteira.
Tudo que ele sabe é que gosta bastante disso e nunca pensou que fosse possível de acontecer com ninguém além do irmão gêmeo. É inexplicável.
As coisas caminham de uma forma que, em um ponto, Floyd começa a pensar tanto em você que dói. Você e sua risada o seguem de manhã no refeitório, durante as aulas, nas partidas de basquete do clube e a noite em sua cama bagunçado quando ele gira de uma lado para o outro enquanto o irmão dorme pacificamente do outro lado.
Isso o irrita. Culpa sua.
Neste ponto, tudo o que Floyd consegue processar é a vontade esmagadora que ele tem de pegar você nos braços e te espremer até que tudo passe.
Boa sorte para fugir disso, pois ele vai realmente tentar.
Mas não funciona como ele quer.
Você, já muito acostumada com esses desejos doidos dele de espremer as pessoas, consegue se livrar facilmente com sua tática infalível de fazer o tritão se render com um ataque impetuosas de cócegas na mínima brecha que ele te der.
Floyd te solta dando um riso estridente e divertido depois de vocês rolarem no gramado em frente a entrada do dormitório em ruínas e, enquanto te olha de um jeito meio maníaco, você sabe que agora tem correr pela vida.
Feliz ou infelizmente, Floyd até esquece do aperto incômodo no peito por ora, mas não consegue se livrar completamente desse sentimento.
A investida do tritão em tentar resolver o problema acaba que não ajuda muito e, na realidade, apenas faz ele gostar ainda mais de você.
Ele espera ansioso, atento ao telefone, esperando por uma mensagem sua, perguntando se ele não gostaria de juntar em um novo empreendimento e se você não manda ele faz primeiro e praticamente te obriga a correr até o quarto dele no mesmo instante (vai te ligar incessantemente até você ceder. É pior que cobrança de operadora de telefone).
Demora um tempo, pois ele constantemente resiste a inevitável cognição da situação, mas, um dia, Floyd simplesmente está caminhando ao seu lado, meio farto de tudo e algo estala na cabeça dele enquanto ele te encara o repreender de um jeito irritado por ele ter derrubado um monte de refrigerante no seu uniforme.
Normalmente ele estaria fazendo graça, mas uma chave de repente vira cabeça dele e Floyd para, obrigando você a calar a boca enquanto belisca as suas bochechas com um olhar meio assustado, meio confuso e estranhamente silencioso.
Ele compreendeu.
É isso que as pessoas chamam... Bom é essa tal paixão e é por isso que seu coração está sempre acelerado e seu sangue quente quando ele está perto de você.
Você segura as mãos deles na tentativa de aliviar o beliscão e termina encarando profundamente os olhos de Floyd. Ele parecia te olhar como se houvesse recém descoberto algo muito curioso e ainda estivesse decidindo como classificar aquilo.
O brilho bicolor das ires heterocromáticas te fazem um milhão de perguntas e, só para se certificar que ele garantisse que aquela explosão repentina fosse verbalizada, você o chamou pelo nome.
Foi delicioso notar como o rosto leitoso de Floyd ganhou uma tonalidade curiosamente avermelhada.
Ela se destacava bastante em sua tez esbranquiçada e paleta repleta de tons frios.
Ele não precisou dizer a palavra, você soube imediatamente.
Para Floyd isso tudo é… inesperado.
É uma merda e muito chato para falar a verdade, mas ao mesmo tempo estranha e perigosamente emocionante. O novo assusta é ele está nervoso.
Dá pra dizer a uns 100 metros de distância que ele não gosta muito não.
Não é de seu feitio se sentir tão impotente e essa coisa de vergonha e medo definitivamente não combina com ele.
Mas Floyd não consegue evitar de sentir essa coisa maluca sempre que você está ao lado dele.
Ele quer te contar, muito mesmo. Mas por mais estranho que pareça ele não consegue e sempre perde a coragem.
Quando lhe disseram que as enguias eram covardes, parece que não estavam brincando.
E você parece entender o que se passa, bem demais para falar a verdade, bem mais do que ele gostaria.
Ele sempre gostou de atormentar as pessoas, mas reconheceu que estar do outro lado é um inferno.
Floyd com a recém descoberta paixão reage de forma irritada a tudo em quase 100% do tempo, para os de fora pode ser um problema, mas para você… Bom é divertido ver a fumaça saindo das orelhas dele.
Ace, Deuce e Grim costumam te dizer que você anda o irritando demais e que não é bom brincar com fogo, mas você não está realmente com medo de se queimar.
Jogar com risco de perder vale a pena o risco, e talvez, se não fosse por esse traço em específico você não teria chamado a atenção do tritão dessa forma. Vai saber, ele sempre teve um parafuso a menos.
Por enquanto, você se diverte transformando o espaço entre vocês em algo praticamente inexistente sempre que Floyd se aproxima com aqueles dois tentáculos enormes que ele chama de braços e tenta te capturar em meio a multidão de alunos no corredor.
Ou então confessando a ele que tem algo muito importante para dizer e confessando que não gostou do prato do dia só Monstro ou que na verdade adorou ser convidada para o chá de desaniversário de Heartslabyul e passar um tempo tranquilo com Riddle. Ou simplesmente que o chapéu de azul está o fazendo parecer um idoso.
Ver a expectativa surgindo nos olhos dele e então rapidamente dando espaço para um semblante frustrado e finalmente irritado te faz cair aos risos sempre que ele perde a paciência e se rende aos sentimentos negativos te espremendo em um abraço apertado para extravasar.
Ele já não estava muito bem com a paixão recém descoberta, mas sua atitude piora a forma com que ele se sente de uma maneira indescritível. Parabéns, nem todo mundo consegue isso. Muitos vão inclusive morrer tentando.
Para Floyd não é nada menos do que tortura quando você segura os bravo dele com suas maozinhas pequenas que parecem minúsculas perto das dele e o olha sorrindo, fingindo ter algo para sussurrar na orelhas dele toda vez que ele aleatoriamente te abraça por trás.
É um inferno e Jade parece se divertir ao assistir a toda essa coisa exótica.
Você é má.
Ele antes já tinha o hábito de escorar em seus ombros, apenas para lhe usar de encostos, mas agora se tornou algo praticamente impossível desgrudar.
As mãos dele estão em você 24/07
Segurando seus ombros em um abraço folgado, descansando em cima da sua cabeça ou no seu ombro direito enquanto vocês andam (se for o caso de você ser mais baixa).
Tudo o que ele quer é te agarrar e segurar forte até que você exploda com todas as suas provocações, piscadelas bonitinhas e risos charmosos.
Floyd se sente tão motivado quando você vai assistir aos jogos do time de basquete e o diz que caso se saia bem vai dar um prêmio a ele, tudo para no final o frustrar oferecendo um beijo idiota na bochecha ou na testa.
Ele te dá um puxão na orelha por isso, mas ainda adora. Apenas é muito frustrante não poder ser mais.
Ele quer mais.
Quase não é suficiente quando você pede para que ele se abaixe em sua direção, com um trejeitos sapecas o fazendo ficar de boca aberta, bobo, mas a espreita é um afeto digno de amores.
Então, você se aproxima cada vez mais e… penteia a mecha esverdeada que está pendente no rosto dele ou ajusta o brinco torto se aproxima dele.
Floyd não esconde o desgosto que sente, mas quando você olha para ele e pergunta em um sussurro se tá tudo bem ele… ele trava.
A seguir, tudo o que você vê é o tritão saindo pelo corredor bufando e a passos largos, esbarrando em quem quer que ousasse cruzar o caminho dele.
Ele pode não saber o que fazer agora, nem ter coragem o suficiente para declarar os seus sentimentos.
Mas saiba que, quando ele decidir abandonar esse último resquício de adequação social, chamado natural esquisito, ou o que quer que seja essa coisa o impedidno de te puxar pelo braço para o canto mais próximo…
Você vai virar camarão frito.
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wolvesland · 10 months ago
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─── 𝐅𝐑𝐎𝐒𝐓𝐈𝐍𝐆 𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐍𝐎𝐖𝐌𝐀𝐍 ֪
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→ Kim Younghoon x Leitora
→ Palavras: 2K
→ Sinopse: E natal está no ar e o amor está florescendo quando sua paixão e amigo, Kim Younghoon, se junta a você para assar guloseimas. Enquanto o aroma das guloseimas natalinas enche a cozinha, fica a dúvida: É a doçura do açúcar que torna o momento especial, ou é o beijo carinhoso que finalmente revela os sentimentos não expressos entre vocês dois?
AVISOS: fluffy, semi smut, sexo oral, masturbação, food play, palavrões.
📌 masterlist
© all rights reserved by @momhwa-agenda
© tradução (pt/br) by @wolvesland
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Duas semanas antes do dia de Natal, o calor do forno enchia a cozinha enquanto você preparava meticulosamente as guloseimas para seus entes queridos. O aroma de pão de gengibre e açúcar pairava no ar, criando uma doce atmosfera festiva. Você estava determinado a tornar essa temporada de festas especial, mas o estresse da tarefa em mãos era evidente.
Entra em cena Younghoon, seu amigo de longa data que nutria uma paixão silenciosa por você. Ele era um doce, sempre pronto a oferecer uma mãozinha. Enquanto você fazia malabarismos com tigelas e cartões de receitas, Younghoon se ofereceu para ajudar, atraído pela oportunidade de estar mais perto de você.
Embora você o adorasse, sua natureza controladora era bem conhecida, até mesmo por Younghoon. Cada etapa do processo de cozimento foi executada exatamente como você determinou. Ele estava determinado a fazer os doces perfeitos não apenas para sua família e amigos, mas também para impressioná-la, então seguiu suas ordens diligentemente.
Em meio à farinha e o açúcar, uma doce história de amor começou a florescer. Younghoon, sempre cavalheiro, deu a você um pouco da mistura da massa, com os olhos fixos nos seus na esperança de aprovação. A tensão entre vocês dois era palpável, uma mistura de sentimentos não expressos e a alegria compartilhada de criar algo bonito juntos. Cada detalhe, por menor que fosse, tornou-se importante para vocês dois. Para você, era o olhar concentrado no rosto de Younghoon enquanto ele executava prontamente cada tarefa que você lhe dava, fazendo seu coração vibrar. No caso dele, ele ficou fascinado com seu toque delicado ao preparar os doces.
À medida que o cozimento continuava, você percebeu que talvez fosse hora de se soltar um pouco. Uma mancha brincalhona de glacê de açúcar no rosto um do outro levou a uma mini briga de farinha, com risadas ecoando pela cozinha. O amor estava no ar, e a tarefa que antes era estressante tornou-se uma aventura deliciosa compartilhada entre duas almas à beira de algo mais.
— Hoonie, minhas mãos estão cansadas, por favor, me ajude a misturar a massa. – Você coloca a tigela no balcão para arrumar os fios de cabelo que se soltaram de sua presilha.
— Veja. É por isso que você tem braços de fada bonitinhos. – Ele provoca enquanto mistura vigorosamente a massa.
Você faz uma careta para ele, e sem olhar, ele apenas reconhece a cara que você fez, continuando a trabalhar na massa. Você está prestes a sair e cuidar das guloseimas prontas, mas para, só para se maravilhar com os músculos e as veias das mãos dele enquanto ele bate a massa. E os antebraços... Imagina como seria se ele estivesse enfiando os dedos na minha boceta. Ao pensar em seu melhor amigo lhe tocando com os dedos, foi sua deixa para voltar ao lote de guloseimas que estava pronto para ser embalado.
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Com o restante das guloseimas embaladas em suas caixas, tudo o que restava era colocar a cobertura e decorar os cupcakes. Em um momento de proximidade, você ficou atrás de Younghoon, pegando as mãos dele para guiá-lo na criação de redemoinhos de glacê perfeitos. A proximidade provocou uma conexão elétrica entre vocês, e ambos estavam muito conscientes dos toques sutis e do calor compartilhado. O cérebro de Younghoon lutou para se concentrar nos detalhes que você estava mostrando a ele, mas o cérebro dele estava na sarjeta imaginando suas mãos no pênis dele.
Quando seus dedos se esfregaram nos dele, uma atração magnética pareceu incitá-los a dar esse salto. O ar entre vocês engrossou, e quando finalmente se separaram, se viram presos em um olhar que falava muito. O desejo de preencher a lacuna e compartilhar um beijo, uma doce tentação à qual nenhum de vocês poderia resistir.
— Pronto, assim mesmo. – Você sussurrou, as palavras pairando entre vocês como uma promessa.
Você se referia à massa, mas nem mesmo você sabia se isso ainda era sobre os bolinhos. A mente de Younghoon estava acelerada, e seus lábios... Tão próximos, mas tão distantes, tornaram-se uma tentação irresistível. A vontade de sentir a suavidade de seus lábios contra os dele era inegável.
Você é interrompida quando sua mão pressiona acidentalmente o saco de confeitar, cobrindo levemente seus dedos com glacê.
— Oh, meu deus. – Você está prestes a limpar as mãos no avental, mas para sua surpresa, Younghoon pega sua mão, as levando aos lábios e lambendo a cobertura.
Pronto, isso basta. Você fica na ponta dos pés para agarrar o rosto dele, esmagando seus lábios. Provando um pouco do glacê nos lábios dele, a ponta de sua língua o pressiona para entrar, e Younghoon abre a boca, entrelaçando suas línguas.
Deus, seus lábios eram tão bons, pensou Younghoon, suspirando durante o beijo.
O tempo parecia ter parado enquanto o calor da cozinha era substituído pelo calor do abraço um do outro e pelos gemidos desesperados enquanto vocês se beijavam. Ambos estavam respirando pesadamente quando se afastaram um do outro. Demorou um pouco até que Younghoon lhe disse algo.
— Precisamos terminar... os doces, quero dizer. – Você deu uma risadinha ao perceber o quanto ele foi sugestivo.
— Sim, eu deveria... Sim. – Você gagueja.
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— E terminamos! – Você exclama alegremente, com os doces bem embalados em caixas de presente, deixando apenas a limpeza para a frente.
— Ah, ah. – Interrompe Younghoon, percebendo sua aproximação dos pratos. — Você já trabalhou o suficiente. Deveria descansar.
Ele pega suas mãos e você não pode deixar de desejar o toque dos lábios dele mais uma vez. Apesar do beijo ter confirmado os sentimentos mútuos entre vocês, iniciá-lo novamente é uma sensação nova e intensa, especialmente por se tratar de seu melhor amigo.
— Há algumas sobras, se você quiser. – Você menciona casualmente, felizmente inconsciente do quão doce e sedutora sua voz soa, ou do olhar sedutor em seus olhos.
Younghoon, em chamas de desejo, anseia por beijá-la e sentir seu calor o envolvendo.
Enquanto vocês se deliciam com as guloseimas restantes, um calor palpável preenche a sala, ambos os corpos silenciosamente desejando se fundir um ao outro mais uma vez.
— Você é realmente talentosa na confeitaria. – Elogia Younghoon, com o olhar fixo em seus lábios, agora levemente tingidos com glacê de açúcar.
Suas bochechas ficam coradas e você desvia o olhar.
— O quê? É verdade!
— Você também não é tão ruim assim. – Responde com um sorriso. — Obrigada por me ajudar.
— Não há problema algum, S/N. Qualquer coisa por você. – Diz ele, com olhos sinceros e calorosos.
Enquanto você pensa em introduzir um novo tópico para quebrar o silêncio, Younghoon o vence. Inclinando-se para mais perto, ele passa o polegar perto de seus lábios, fazendo seu coração dar uma cambalhota para trás.
— Está sujo aqui. – Ele ri.
Seus dedos dos pés se curvam em antecipação quando ele trava os lábios com você mais uma vez.
Ele lambe a mancha açucarada de seus lábios antes de encher sua boca com a língua. Suas mãos vão até o pescoço dele, descendo para puxar sua camisa. Com as duas mãos, Younghoon a pega pela cintura, colocando-a sentada sobre a mesa. Ele se coloca entre suas pernas, enquanto vocês continuam a se beijar. Você se aproxima para puxar o cabelo dele, provocando um gemido pornográfico de Younghoon. Você se afasta, olhando para ele com os olhos encapuzados, enquanto pega a mão dele e a pressiona contra a poça que se forma entre suas pernas. Quando ele sente a umidade entre suas coxas, ele lambe e chupa seu pescoço e você começa a gemer quando ele desliza as mãos por baixo de sua calcinha, puxando sua roupa íntima.
— Hum, espere. – Você pressiona o peito dele, sinalizando para que ele pare. — Pegue o saco de glacê.
Com o glacê à mão, Younghoon entende o que você deseja quando você apressadamente tira a blusa e o sutiã, expondo seus seios para Younghoon.
Ele deixa você sem fôlego quando desenha uma trilha de glacê acima dos seus seios, e em seguida, começa a lambê-la. Ele se delicia com seus seios volumosos e mamilos empinados, praticamente beijando-os. Você arqueia as costas, dando a ele livre acesso para chupar e lamber seus mamilos sensíveis. Younghoon pressiona a palma da mão em sua barriga, empurrando-a gentilmente para que se deite de costas na mesa. Ele dá beijos molhados e desleixados em seu corpo, movendo-se torturantemente devagar em direção ao lugar onde você quer que ele esteja.
Não querendo esperar mais, você levanta a cabeça dele, afastando-o para que você tire a camisa dele à força. Seus lábios se chocam enquanto vocês dois tiram todas as peças de roupa, apalpando o corpo um do outro quando seus corpos estão nus. Pegando o saco de glacê, você coloca um pouco de glacê em cima do peito de Younghoon enquanto ele observa. A respiração dele fica suspensa quando você espalha o glacê por todo o torso, aproximando-se do pênis dele. Você faz uma pausa apenas para olhar para ele, sorrindo enquanto cobre a cabeça de seu pênis com a cobertura. Por mais que Younghoon sentisse os olhos se fecharem com a sensação eletrizante de sua língua no pênis dele e a visão de você de joelhos, parecia errado desviar o olhar de você. Com os olhos grudados nele, você passa a língua ao redor da ponta, descendo até o comprimento e explorando cada detalhe do pênis.
Younghoon choramingou, mordendo o lábio. Lágrimas lhe picaram os olhos diante da deliciosa sensação.
— Não se contenha. Quero que você geme o quanto quiser, Hoonie. – Você diz antes de abaixá-lo ainda mais em sua boca.
— Ah, porra! – Ele exclama, agarrando seu cabelo.
Foi uma loucura como vocês dois acabaram assim. Dançando um ao redor do outro, sem saber se os sentimentos eram mútuos, beijando-se enquanto assavam, e agora você estava esvaziando as bochechas em volta do pênis cheio de veias de Youngoon. Quando Younghoon puxa seu cabelo, você geme com ele ainda em sua boca, enviando vibrações para o membro dele. Você começa a se mover mais rápido com a mão dele na sua cabeça e começa a se sentir tonta. Meu Deus, o gosto dele é tão bom.
Younghoon joga a cabeça para trás, seus gemidos se tornam irregulares à medida que você o leva à libertação. Quando ele olha para baixo, o pau dele pulsa com a visão. Você está atordoada com o esperma dele escorrendo pelos seus lábios.
— Younghoon. – Você geme, ainda de joelhos, mas com as coxas bem abertas, massageando sua boceta encharcada.
A visão em si faz com que Younghoon a pegue nos braços e a coloque gentilmente sobre a mesa.
— Quero retribuir o favor. – Ele sussurra abrindo bem as suas pernas, mergulhando em sua buceta brilhante, e meu deus, você tem um gosto doce.
Uma onda de prazer eletrizante partiu de seu núcleo e se espalhou por todo o seu corpo. Você admite que seu melhor amigo era o primeiro pensamento em sua mente quando se masturbava. Você ficou obcecada com ideias de como ele a comeria, o que agora parecia tão surreal. Seus dois sonhos se transformando em realidade. Younghoon demorou a lamber os lábios encharcados da sua boceta, satisfeito em lhe dar prazer da mesma forma que você fez com ele antes. Ao mesmo tempo, ele estava imerso em tudo sobre sua boceta. Por curiosidade e fome, ele enfia a língua em seu buraco, fazendo com que você feche as coxas em volta dele.
— Younghoon, porra! Eu... – Você choramingou, o empurrando para mais perto para comer sua boceta.
Você estava se contorcendo e agarrando a ponta da mesa, tão dominada pelo prazer. Uma parte de você acha que não aguenta mais, mas do jeito que Younghoon estava absorvendo todo o seu suco e fazendo você se sentir bem, você achava que poderia ficar assim para sempre.
— AH! YOUNGHOON, PORRA, POR FAVOR, AH! – Seu orgasmo a pega de surpresa, fazendo com que você grite uma confusão de palavras.
Você quase se sente mal pelo fato do crânio de Younghoon ter sido esmagado, mas o aperto firme no cabelo dele estava o incitando a beber sua liberação, dizia o contrário.
Quando Younghoon levanta a cabeça, vocês dois estão rindo. Só de pensar que vocês dois acabaram de fazer sexo oral um no outro, ainda assim estavam rindo como adolescentes. Vocês não conseguiram evitar. O rosto dele estava uma bagunça, com a boca manchada de esperma, enquanto o cabelo dele estava grudado na testa, encharcado de suor e dos seus sucos.
Após a intensa experiência, você o chama para um novo beijo. Vocês dois sorriem durante o beijo, ainda processando como a situação se transformou em um encontro apaixonado. Depois de atenderem aos desejos um do outro, vocês dois estavam pensando em ter uma conversa sobre o que isso significava para vocês dois. Em especial, quando esses sentimentos se desenvolveram.
— Você poderia ficar um pouco mais, Younghoon? – Você murmura, seu tom sedutor tornando difícil para ele resistir.
— Com certeza, S/N. Além disso, ainda não terminamos. – Ele sorri, pegando você desprevenida quando as mãos dele encontram o caminho para as suas coxas, levando-a para o quarto.
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tempo-deflorescer · 2 years ago
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stand1ngn3xtou · 4 months ago
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| and all at once, you are the one
— player! yuki ishikawa × OC
— gênero: fluff, sugestivo, um pouco de angst
— conteúdo/avisos: galerinha menor de 16 anos, vamos passando por favor! Os diálogos que estão em itálico são em inglês.
— word count: 7,5K
— nota da autora: pense numa luta de escrever algo sobre esse homem. Um baú pela fé! Mas acredito eu que tenha ficado bom e condizente com o que vejo da personalidade dele!
Yuki P.O.V
Um barulho estridente entra pelos meus ouvidos, e mal preciso raciocinar pra saber que é o despertador me avisando que era hora de levantar. Não tive dificuldades de sair da cama, já que consegui dormir bem. Bom, melhor que esses últimos dias com certeza. Ohei no relógio e marcava 7:30hs e resolvi dar início ao meu dia, já que teria jogo hoje. Abri as cortinas e dei de cara com o dia limpo, brilhante e fresco, logo no começo do dia, o que muito me impressiona, já que essa última semana foram apenas dias nublados e escuros, às vezes chuvosos. E sentia que isso inconscientemente afetava o meu humor.
Os rapazes do time, que mesmo novos no meu ciclo de vida, conseguiam perceber, e Loser falava muito sobre isso pra mim. Como eu parecia abatido, mas não tinha um significado real para isso, mesmo que eu sentisse que tinha algo faltando. Então, resolvi por a culpa nos dias cinzentos. Pode ter sido também o cansaço, ter que me readaptar em um clube novo, num lugar novo na Itália e com as mudanças no meu corpo de novo. Mas nada que impedisse de seguir a minha vida, e foi isso que me propus à fazer. Entrei no chuveiro para lavar rapidamente o corpo, já que iria suar de toda forma no treino e no jogo do fim de tarde de hoje, não perdi muito tempo com isso. Fui fazer a minha comida de sempre para tomar meu café da manhã e pegar meu carro para ir em direção ao centro de treinamento e ginásio do Perugia.
As ruas dessa comuna da Itália são pacíficas. Catedrais bonitas e grandes, cheias de detalhes. A capital da Úmbria parecia sair de um filme, e hoje em específico ela estava florescendo. O clima realmente estava muito agradável, me sentia bem só de olhar os lugares. Estacionei em uma vaga escondida que tinha por dentro, e fui pegar minhas roupas e equipamentos no porta malas do carro. Antes de entrar para a parte que da no vestiário, meu telefone toca com o nome de Ran brilhando na tela. Sorri largo antes de atender.
"Oi carinha! Quanto tempo, quais são as novidades?" enquanto falava com ele pelo celular, cumprimentei todo mundo que estava presente no vestiário e já fui pro meu espaço para colocar a roupa do treino muscular.
"Oi Yuki! Por aqui tá tudo bem, e com você ai?"
"Por aqui tudo na paz!"
"Que ótimo! Bom e de novidades eu tenho algumas sim... Inclusive, você já está no centro do Perugia?"
"Sim, porque?"
"Porque, Melissa veio me encontrar no Japão, e nós vamos para a Itália, inclusive já estamos aqui, e resolvemos assistir o jogo do Perugia. Estamos nós dois e algumas amigas dela. Vieram fazer uma viagem de garotas pela Europa."
"Você tá falando sério? Vocês estão aqui?" minha felicidade era tão genuína que mal percebi que tinha colocado a camisa ao contrário enquanto falava com ele no viva-voz.
"Estamos sim senhor! Melissa tá com saudade de você também, assim como eu. Depois do jogo a gente pode sair pra comer ou algo assim, afinal de contas as meninas estão conosco também."
"Elas foram pro Japão com Melissa? Pra conhecer você?" coloquei fones conectado no celular pra poder continuar falando com Takahashi e não incomodar ninguém, enquanto seguia para a academia.
"Não, elas estão em Roma à alguns dias, Melissa veio sozinha pro Japão, fazer uma surpresa pra mim e voamos juntos para a Itália, e falei com Loser e ele conseguiu ingresso para nós três."
"Três? Eu achei que tinha mais gente." me senti confuso com o número.
"E tem, é Melissa e mais três amigas, mas duas delas resolveram sair para aproveitar Roma pela noite, e apenas ela e sua outra amiga vão para o jogo."
"Então tudo bem, eu vou pedir pra deixarem a entrada de vocês três reservada para área VIP, vai ser melhor da gente se encontrar quando acabar o jogo, e assim que tiver chegando me manda uma mensagem."
"Pode deixar capitão, até mais tarde!" sua voz tinha um fundo de sorriso, e me fez sorrir também.
"Até mais tarde garoto." desliguei a chamada com um sorriso enorme no rosto. Ran fazia falta, seria bom rever ele, e também sua namorada.
Com os fones já conectados, coloquei uma playlist aleatória pra tocar enquanto seguia com os exercícios, tinha muito o que fazer. Perto de 12hs o almoço estava liberado no refeitório e o time todo foi comer. Sentei na mesa com Loser e mais outros jogadores, enquanto pegava algo leve mas proteico para comer. Ficamos lá por vários minutos conversando sobre o jogo da tarde de hoje, e assim que terminamos de comer, fui falar com o supervisor do ginásio para informar da chegada de Ran, e logo em seguida, segui o resto do time para a quadra onde iniciariámos o último treino antes da partida.
* - - ⓨ - - *
Estava se ajeitando os últimos toques para o jogo ter início. Todo mundo estava trocado e se alongando um pouco no vestiário. Jogaremos contra o Padova hoje, um time repleto de atletas excepcionais, mas não importa como fosse, nosso time tem toda capacidade de ganhar. Ao entrar na quadra para começarmos à aquecer, já estava quase cheia as arquibancadas. Me posicionei, depois de cumprimentar alguns fãs, - os quais sou sempre muito grato pelo apoio, - para começar a me alongar. Enquanto fazia isso, tentava procurar Ran com os olhos ao redor do ginásio. Ele havia me mandando mensagem à pouco mais de 20 minutos dizendo que estava perto do ginásio já. Ao que parece, ele percebeu que eu estava à sua procura e levantou o braço na área VIP pra acenar pra mim, e Melissa fez o mesmo. Retribui com um sorriso.
Assim que ele acenou pra mim, olhei um pouco pro lado e vi a moça que estava junto deles, acredito ser a amiga de Melissa que ele falou, mas no momento, ela era apenas um imã para meus olhos. Por não ter contato comigo, ou parecer apenas impressionada pelo nosso ginásio, não participou das saudações, mesmo com um sorriso enorme no rosto o tempo todo. Nada disso me importou sendo sincero. Estava vidrado no rosto dela. Não parecia ser tão mais velha que Melissa, então tentei desfocar minha atenção um pouco, já que ela era pouco mais nova que Ran, e provavelmente ela era uma criança pra mim com meus 29 anos.
Ao me dar conta do meu pensamento, ri incrédulo comigo mesmo. Sou um pateta não é? Nem conheço a menina, já estou fazendo suposições porque achei ela bonita. Já fui melhor, sinceramente. Parecia que não via uma mulher à séculos (mesmo que faça realmente um tempinho desde a última vez que me relacionei com uma), estava agindo como um irracional, sem o menor cabimento. Voltei o meu foco para o que importava, o jogo. A rodada de aquecimento de ambos os times terminou, e o jogo enfim, tinha início.
Cada saque, cada recepção, cada ponto, era uma adrenalina fervente que passeava pelo meu corpo, uma corrente elétrica que me deixava acordado, hoje mais do que antes. Não foi uma partida fácil, 3x1 para nosso time mas ainda assim com placares passando de 25 pontos em todos os sets. Não podia negar que sentia certa falta do Milano, mas me entrosar assim com o pessoal do Perugia era incrível, e ter mais uma vitória contada pra gente, era mais do que incrível. Agradecemos ao público, tiramos algumas fotos e demos alguns autógrafos e o técnico fez uma pequena reunião antes de liberar a gente. Teríamos dois dias de folga por causa do jogo de hoje, mas a quadra de treinamento está sempre aberta pra todos. Por ter mais conhecimento e intimidade com Agus, e agora, morando no mesmo complexo que ele, sempre saímos juntos do ginásio. Mas como hoje Ran está por aqui, convidei ele pra vir jantar conosco, mas o mesmo recusou, dizendo que ia se encontrar com uma garota que conheceu em uma das suas caminhadas. Vi Takahashi se aproximar da gente e nos cumprimentar, e falei que só ia tomar um banho pra gente poder sair, ele concordou e ficou falando com Agus.
Resolvi não prestar atenção na moça que acompanhava o casal pra não perder o foco novamente, apenas segui em direção ao banheiro e tomei meu banho, completo e demorado dessa vez. Separei uma roupa versátil e leve pra vestir, uma que normalmente uso, sapatos e uma camisa branca, larga e uma calça jeans preta. Peguei uma jaqueta preta pra colocar por cima, pois imaginei que estivesse frio. Assim que estava terminando, Ran me avisou que estava me esperando no estacionamento. Coloquei meu perfume e arrumei minhas bolsas pra colocar no meu carro e fui encontrar eles. Ran tinha seu braço em volta de Melissa, enquanto o casal falava com a moça, e agora, não tinha mais como escapar.
Me aproximando mais conseguia perceber o quão bonita ela realmente era. Usava um vestido branco de lã, com uma bota comprida, a roupa toda desenhava bem seu corpo, que era muito bonito também. Tinha cabelos longos e ondulados que estavam presos pela metade, davam um ar jovial para ela. Parecia ser alta, pelo menos um pouco mais que Melissa. Meu companheiro de seleção percebeu minha aproximação e me cumprimentou de novo, assim como a namorada, que fazia bastante tempo que eu não via.
"Yuki! Ai quanto tempo! Como você está?"
"Oi pequenininha, estou bem! E vocês como estão?" ainda tinha seus braços envolvidos em mim enquanto nos falávamos.
"Estamos bem grandão. Olha, acho que o Ran já te informou sobre a situação, queria muito que minhas outras amigas tivessem vindo mas elas preferem badalar a vida, pelo menos consegui arrastar uma. Yuki, deixa eu te apresentar a que sobrou, essa é Helena. Helena, esse é nosso amigo, e parceiro de equipe do Ran, capitão do time japonês, Yuki Ishikawa." ela fez uma apresentação como se eu fosse a pessoa mais importante do país, ri um pouco da formalidade mas agradeci. Helena esticou sua mão pra mim, e eu prontamente peguei. Era quente. Delicada.
"Olá Helena, é um prazer conhecê-la." me prontifiquei em ser educado, e valeu à pena pelo sorriso que recebi.
"Olá Yuki, o prazer é todo meu. É uma honra finalmente te conhecer." tá, uau, okay. Sua voz parecia mel, e parecia derreter meus ouvidos e arrepiar meus pelos quando disse meu nome. Queria escutar de novo.
Combinamos de ir para um restaurante pequeno e local, onde a comida era muito boa. Fomos no meu carro, já que eles resolveram ficar em um local perto do ginásio para melhorar a locomoção. As moças foram atrás, ao que parece eram do mesmo país e amigas à algum tempo, desde que Melissa começou a trabalhar na FUNAI, as outras amigas eram primas de Helena, e irmãs gêmeas. Resolvemos ficar na parte aberta do restaurante, que era ventilado e bem iluminado, com uma decoração arborizada. Era um ambiente aconchegante e relaxante. Enquanto comíamos, os assuntos eram variados, e acabei descobrindo várias coisas sobre Helena nesse meio tempo. Ela resolveu fazer uma viagem com as amigas pra saber qual lugar iria condicionar o seu intercâmbio acadêmico de medicina veterinária. A moça de 24 anos (perto de fazer 25) disse que sempre foi apaixonada por animais e queria dedicar sua vida pra isso. Aparentemente tinha gostado da Itália, e não posso negar que me animei em ouvir isso. Ela gostaria, que se possível, fazer a faculdade e já começar a atuar na área aqui, estava tendo algumas aulas de italiano para facilitar o processo também.
"Bom, se a sua ideia é aprender italiano, o Yuki pode dar ótimas aulas, já que ele aprendeu praticamente sozinho o idioma e fala muito bem!" Ran falava com a cara mais limpa que eu já tinha visto. O rubor no meu rosto era aparente, e acredito que Helena tenha percebido, pois achou graça e riu fraco.
"Ele está exagerando, não é assim..." tentei desconversar.
"Bom, ao que parece você realmente fala bem o idioma, e eu estou aceitando qualquer tipo de ajuda! Então, se tiver como dar as aulas, eu aceito." eu não estava esperando por isso então fiquei meio sem graça, mas tinha amado a ideia com certeza. "Estou brincando, não vou ocupar seu tempo dessa forma."
"Ah não se preocupe, eu não iria me opor de qualquer forma." tentei ser o mais sutil possível, mas ela percebeu minhas intenções de alguma forma.
O decorrer do jantar, com a sobremesa, foi muito agradável. Como estava dirigindo e jogando também, não quis beber, só as meninas tomaram algumas taças de champagne, mas resolveram seguir a gente nas bebidas sem álcool. Deixamos o carro perto de uma rua, e resolvemos caminhar um pouco para espairecer o jantar. Melissa e Helena resolveram ficar atrás vendo todos os detalhes da cidadela, enquanto eu e Ran íamos na frente para falarmos e nos atualizarmos um do outro. Na época de clube eu sentia uma falta enorme dos meus companheiros de seleção, e depois das Olimpíadas de Paris com a nossa derrota, e alguns membros deixando a seleção, a gente apenas se uniu mais. Melissa chamou nossa atenção dizendo que pegaria um algodão doce pra ela, e nós resolvemos esperar. Helena ficou acompanhando a amiga, e tirei um tempo pra prestar atenção na garota. Ainda estava embasbacado com a beleza dela, me sentia sem jeito mesmo só olhando pra ela, e sendo sincero, queria tentar ficar à sós com ela, mas não sabia como iniciar.
"Que cara é essa Yuki?" Ran parecia ter percebido os mil pensamentos correndo na minha cabeça, e resolvi ser sincero.
"Ai cara, não sei. Eu me senti muito atraído por ela, mas não sei como agir. Faz muito tempo desde que me relacionei com alguma mulher pra ter algum tipo de conversa ou algo assim. Geralmente as que eu fico é só alguns beijos ou coisa do tipo. Não tenho muito tempo ou disposição, você sabe."
"Eu entendo Yuki, mas olha, pelo pouco que falei com Helena, ela é uma garota super incrível, não é difícil falar com ela ou fazer um assunto. Ela não parece se opor à ficar com você caso vocês conversem um pouco. Eu e Melissa podemos deixar vocês à sós um pouco. Mas eu sei que sua principal dúvida nisso tudo é pelo fato dela ser um pouco mais nova que você. Não é?" me senti surpreso em como eu não tinha falado nada sobre aquilo e ainda assim ele havia percebido.
"Eu entendi isso quando vi você se segurar em algumas coisas que você falava, tentando não soar muito assertivo ou coisa do tipo. Tentando não ser invasivo demais, andando em casca de ovos. Ela não se importa com isso Yuki, se deixa levar. Fica tranquilo, seja você. Caso não role nada, pelo menos você ganhou mais uma amiga." ambas se aproximaram de nós novamente e Ran me deu mais um toque antes de voltar pra sua namorada e me deixar à sós com Helena.
Andamos lado à lado por um tempo em silêncio, até que resolvi quebrar o gelo, levando em conta o que Ran tinha me dito, e que tinha certa razão. Não iria perder nada se não ficássemos juntos por um momento, mas eu tinha algo à ganhar, tendo alguma relação ou não com ela.
"O que você tá achando da cidade até agora? E da viagem também." deixei meu tom de voz ameno, pra não assustar ela e nem chamar atenção do casal.
"É de longe uma das cidades mais lindas que eu vi nessa viagem. É muito aconchegante, parece uma vila antiga bem estruturada. E as construções são belíssimas. Quero ver se tenho tempo de dar uma volta nas galerias e museus que tem aqui."
"Olha se quiser, eu posso te levar neles. Fazer um mini tour pela cidade talvez? Ran e Melissa iriam conosco." dei a ideia, mas não queria que fossem de verdade, fiz só pra deixar ela confortável.
"Além de professor em horas vagas, você também é guia turístico? Tá saindo melhor que a encomenda viu senhor Ishikawa..." ri um pouco do seu comentário.
"Bom, depois de morar tanto tempo na Itália a gente acaba desenvolvendo uma ou outra habilidade, mesmo que eu já seja velho pra isso." vi ela parar no caminho pelo canto do olho, e virei confuso pra ela. Melissa e Ran se afastavam de nós um pouco. "O que foi?"
"Você ai se chamando de velho. Tá maluco Yuki? Você ta na flor da idade, é super jovem, inclusive parece ser ainda mais jovem do que é. Sua idade não é um problema. E você não é nada de velho. Uma pessoa velha não faz metade do que vi você fazer em quadra hoje. Para com isso hein? Um homem lindo, elegante, determinado como você me dizendo que é velho. Cada uma." achei graça da sua indignação. Voltamos a caminhar.
"Bom, obrigada Helena. Mas é que eu realmente me sinto assim, tanto pelo meu modo de viver e por passar tanto tempo sozinho também. Em minha profissão eu não posso ir até meus 40, mesmo querendo se eu pudesse. Quero me estabelecer e construir uma vida com alguém, mas na minha idade não é tão fácil. Tenho quase 30 já." tentei fazer ela entender meu ponto de vista, mas ela parecia determinada em me fazer pensar o contrário. Agarrou meu pulso e me parou à sua frente. Nossos olhos ficaram quase da mesmo altura por conta de seu salto e à vendo tão de perto assim, quase perdi o fôlego.
"Nem começa. O modo como você vive não é culpa sua de forma alguma. É o jeito que você escolheu viver pra consegui se sair bem naquilo que você tanto ama fazer que é jogar. E olha, sinceramente, vendo você em quadra, e fora dela, me perdoe, mas pretendente não falta. Sei que pra construirmos uma família é bom que seja alguém ideal pra isso, pois é um passo grande que se dá na vida." cada palavra que saia de sua boca era verdade, e me senti hipnotizado pela forma como era firme em dizê-las.
"Você é um homem incrível Yuki, pelo pouco que conheci de você hoje. É íntegro e muito responsável. Super focado e muito resiliente, além é claro de ser muito bonito e atraente. Mas você precisa se soltar mais. Não dá pra pensar em ter uma pretendente sem ao menos tentar conhecer alguma, por mais corrida que sua vida seja, não precisa beber ou algo assim, só sair, conhecer pessoas novas. Tenho certeza que logo menos você vai ter tudo aquilo que deseja." quis beijá-la. Agarrar ela ali no meio da rua e consumir ela, até onde pudesse ir. Quis encher ela com meu gosto e ser invadido pelo seu. E infelizmente não consegui segurar, minha boca foi mais rápida que minha cabeça.
"No momento, o que estou desejando é você." vi ela se espantar com meu comentário, mas não pude me importar menos. Tinha meus olhos vidrados em sua boca, minhas mãos agindo por conta própria e querendo tocá-la. Ela olhou para os lados como se buscasse alguma coisa, e antes que pudesse pensar, suas mãos me puxaram pela nuca e nos beijamos.
Me senti fraquejar, perder a força das pernas e da mente. Uma nuvem se apossou dos meus pensamentos e nela só sentia o gosto do seu beijo. Por ser maior que ela, suaa mãos pareciam se perder no meu cabelo e ombros. Para me manter de pé, agarrei sua cintura, como se fosse a coisa responsável para me dar forças e me manter ali. Quis puxá-la pra mais perto, mas caso fosse possível ela se fundiria à mim, já que não havia espaço suficiente pra nós dois. Não ali, ou lugar algum. Com o fôlego cessando, ia diminuindo o ritmo frenético do beijo, enquanto ela acariciava minha nuca e os cabelos ali, e a outra fazia um carinho em meu peito. Nos separamos como se estivéssemos em êxtase, nossos corpos arrepiados e entregues. Me sentia flutuar, absorto da sensação de ter sua boca contra a minha, não sabia pensar em mais nada. Preciso beijá-la de novo.
"Acho que o casal foi embora, deixaram a gente aqui."
"Que bom, pelo menos não atrapalham a gente." ela me deu um tapa leve no peito, me repreendendo e ri. "Já que eles nos deixaram aqui, você gostaria de ir pra minha casa? É perto daqui. Podemos tomar alguma coisa, aproveitar o resto da noite." não sabia negar minhas intenções, não queria.
"Você sabe que é uma proposta tentadora? Como fui abandonada aqui na rua com um belo rapaz, acho que terei que aceitar." sua fala era baixa, sedutora e mordaz. Seus dedos passeavam pelo meu peito enquanto sua voz desenhava melodias no meu interior. Peguei sua mão e guiei ela pra onde o carro estava.
Parei em alguma loja de conveniência para comprar uma bebida leve para nós dois e alguns petiscos também. A ida até meu apartamento foi rápida, e chegando lá, vi uma mensagem de Ran.
"Eu e Melissa resolvemos continuar a caminhada à sós já que vocês pareciam estar se entendendo bem. Espero que tenha deixado de vergonha e feito algo! Aproveita a noite com ela, que eu vou aproveitar com a minha namorada. Até mais!"
Ri da sua mensagem mas mentalmente agradeci. Deixei o carro na minha vaga do estacionamento do prédio, cumprimentei o porteiro e subi com Helena para minha casa. Enquanto esperávamos o elevador subir, ficamos trocando algumas carícias, toques leves e olhares pesados. Se não tivesse tanta paciência já teria agarrado ela bem aqui, mas não queria ser desrespeitoso e resolvi esperar. O elevador chegou, algumas outras pessoas entraram também, falei com todas e nos posicionamos no fundo da caixa de metal. Provocava ela tocando em sua cintura, beijando sua têmpora, ajeitando seu cabelo, e sentia sua respiração pesar. Sorria satisfeito com o que causei.
O caminho até minha porta foi silencioso, deixei que ela entrasse primeiro no meu apartamento e acendi as luzes. Tirei meus sapatos e fechei a porta, enquanto percebi ela analisar cada cantinho da minha sala. Deixei ela olhando tudo enquanto colocava o que comprei na cozinha, e assim que voltei ela estava encostada na parte de trás do sofá, admirado algumas fotos que tinha na parede. Cheguei perto dela de forma sutil, peguei sua mão e depositei um beijo no dorso, fui subindo. Passei pela extensão do braço até chegar ao ombro, coloquei seu cabelo de lado e a mesma deixou o pescoço cair pro lado, me dando mais acesso à pele exposta. Seu corpo parecia pegar fogo ao meu toque, do mesmo jeito que eu me encontrava com o seu. Tinha um cheiro bom de lavanda espalhada por ela, e enquanto depositava beijos e algumas mordidas esporádicas na pele do pescoço, sua mão puxou minha camisa e fez ficar de frente pra si. Olhei pra ela por cima, querendo captar cada detalhe antes de me afundar no mel dos seus lábios.
Com ela escorada no sofá e eu pressionando o seu corpo pra perto do meu, deixamos nossas bocas comunicarem o desejo que compartilhavam entre si. Íamos acelerando, diminuindo, respirando e fazendo tudo de novo. Me sentia preso nas carícias dela, como se tivesse uma força gravitacional me colocando fora de órbita dos meus sentidos e da minha noção. Pedi pra ela sentar e escolher algo pra gente assistir enquanto pegava algumas coisas pra gente saborear e passar o tempo (além das nossas bocas). O vinho que comprei tinha uma porcentagem bem pequena de álcool, era quase um suco de uva natural, já que não costumo e nem posso beber muito. Nos servi e me sentei ao seu lado.
Com o passar do tempo enquanto íamos revezando entre ver o filme, beliscar algo, e nos beijar, resolvi tirar minha jaqueta, pois estava sentindo a temperatura esquentar, provavelmente pelo aquecedor. Depois que coloquei ela no cabide da sala e voltei pro sofá, senti o olhar de Helena me penetrar, analisando e reparando em cada detalhe que podia ser visto do meu corpo, e pela primeira vez na noite, fiquei tímido. Conseguia sentir minhas bochechas esquentarem ao ponto de saber que estavam vermelhas, e quase não consegui manter contato visual com ela.
"O que foi? Tudo bem?" tentei não parecer patético, não funcionou.
"Tudo ótimo... Melhor que nunca." sua resposta foi direta, e sem rodeios para achar outra coisa.
De repente me senti acanhado de estar próximo dela. Obviamente não à trouxe pro meu apartamento com intenção puramente sexuais, óbvio que se rolasse eu não iria me opor. Mas agora pensando nisso, e nela, e toda a situação que passa na minha mente, começo a ficar nervoso, e não acho que tenha sido discreto sobre isso, pois ela percebeu.
"O que foi gatinho? Você parece tenso." suas mãos alisavam meus braços e ficava em um conflito enorme entre perder a cabeça ou manter a compostura.
"Ah, não é nada, acredito que seja o cansaço do dia batendo no corpo agora. Só isso!" quis passar confiança no que dizia, e acredito que convenci ela.
"Ai nossa eu imagino. O jogo foi super puxado e você ainda veio acompanhar a gente depois, deve estar todo dolorido. Quer que eu te faça uma massagem?" me virei pra ela quando proferiu a frase e dei de cara com seus olhos brilhantes. Ia recusar, mas ela ofereceu de tão bom grado que não faz mal.
"Não quero que se incomde com isso... Mas eu adoraria." ela negou o incômodo com um sorriso fatal pra mim, e percebi. Deveria ter dito que não. Acabei de cavar minha cova.
Com um pedido de licença, ela se posicionou calmamente sob meu colo, ficando na metade da minhas coxas que estavam fechadas, com uma perna sua de cada lado. Enquanto prendia o cabelo em um rabo de cavalo alto e aquecia as mãos, tentava manter minha respiração controlada, assim como minhas mãos, que queriam voar pra cintura dela. Seu corpo depositava um leve peso sob mim e quis pegá-la no colo no mesmo instante que suas mãos foram pros meus ombros. Estavam quentes e escorregadias, mas eram firmes e habilidosas. Mesmo que não estivesse tão tenso assim, ela conseguiu relaxar meu corpo ainda mais, tanto que fiz tudo no automático.
Apoiando ela mais pra cima das minhas pernas, foi automático. Aplicando uma leve pressão com apertos em sua cintura macia, foi automático. Minha cabeça indo pra trás, meus olhos revirando, e um som quase que ridículo saindo pelo fundo da minha garganta, foi super automático. Infelizmente, a reação que tive quando senti ela beijar a extensão do meu pescoço também foi automática, mas não tive a intenção. Apenas acordei do meu devaneio e percebi o que estava acontecendo.
"Helena, calma. Desculpa. Eu acho que me precipitei um pouco. Me perdoa se toquei em você de alguma forma que-"
"Yuki, tá tudo bem. Se eu não quisesse que você tocasse em mim, eu teria afastado sua mão." ela tentava me certificar alisando meu peitoral e ombros ainda por cima da blusa, mas isso só fez tudo embaralhar mais minha cabeça.
"Sim, não. Quer dizer, não. Eu não sei se você se sentiria confortável comigo fazendo isso, e eu só fiz..." tentava colocar um pensamento coerente pra fora mas eles pareciam presos.
"Eu não estou desconfortável, com toda certeza. Eu ofereci a massagem porque vi você tenso. O que aconteceu durante ela não tem nada de errado, ou tem pra você?" inclinou a cabeça pro lado, confusa.
"Não, não é isso! É que, eu tive medo de você pensar algo errado ou algo assim, achar que eu estava me aproveitando de você!"
"Ishikawa, você pode ter certeza que de errado eu já pensei várias coisas e todas pareceram certas pra mim, e eu não negaria de ter você se aproveitando de mim. Se eu não parei, é porque eu quis, e porque eu vi que você reagiu bem com meus carinhos. Ou estou errada?" meu corpo ofegante e vermelho não me deixava nem mentir.
"Não, muito pelo contrário, é só que. Pensei ter passado do ponto agindo dessa forma quando você apenas me ofereceu uma massagem, mesmo que eu não reclame dos toques ou qualquer coisa. Mas... Bom, eu sou um pouco mais velho que você, você não está desconfortável com isso?" quando terminei de falar, pensei ver o rosto dela modificar.
Ela me analisava como se tivesse alguma resposta preciosa escondida em mim pra o mais difícil dos enigmas. Lentamente, suas mãos foram de encontro a barra da minha camisa. Gelei. Ela olhou pra mim como se pedisse permissão e eu cedi, não estava com muita força pra negar. Senti o tecido de algodão passar lentamente pela minha cabeça, e assim que ela pousou a peça de roupa no sofá, se mexeu no meu colo até ficar basicamente no pé da minha barriga, o mais perto que conseguia chegar na posição que estávamos, e em seguida, segurou meu rosto com suas duas mãos e me fez focar em seus olhos. E foi o que fiz.
"Eu vou deixar bem claro pra não surgir dúvidas e questionamentos nessa sua cabecinha de novo então me escute com atenção. Se eu me importasse com a sua idade, eu não teria trocado meia dúzia de palavras com você. Eu não teria beijado você na rua. Eu não teria deixado você me trazer pra sua casa. Não teria me arrepiado cada vez que suas mãos passam pelo meu corpo, ou seus braços fortes me envolvem. Não teria subido no seu colo com a desculpa de fazer uma massagem idiota quando tudo que eu mais quero no momento é ter cada pedacinho seu em contato comigo." estava sem fôlego. Sem rumo. Sem noção. Mas ela continuou.
"Sua idade é a coisa que menos importa pra mim e pensei ter deixado claro o suficiente quando estávamos conversando naquela rua. Você não deixa de ser um cara maravilhoso porque é 5 anos mais velho que eu. Eu não poderia me importar menos com isso. Agora, se isso é um problema tão grande pra você, a nossa diferença de idade, eu entenderei e ficarei na minha. Mas se só for uma insegurança sua, uma dúvida impertinente, eu vou beijar você, e tocar você, até ela se dissipar da sua cabeça, entendido? Se sua idade importasse pra mim, eu não estaria implorando mentalmente pra ser sua." fiquei cego, tonto. Maluco.
À puxei com tanta força pra mim que pensei ter machucado ela de certa forma, mas o que doía mais era só a vontade de consumir cada mínimo pedaço dela. Levantei com seu corpo envolto do meu, e fui em direção ao meu quarto, enquanto ainda tentava deixar o mínimo de resquício de sanidade passar por mim. Queria colar meu corpo no seu, desenhar ele nas pontas dos meus dedos, aprender cada curva, cada pedaço, cada movimento. Os nossos beijos pareciam insuficientes ali. Quanto mais tinha dela, mais queria ter. Suas mãos e unhas percorriam minhas costas e abdômen, enquanto tentava não me perder beijando cada resquício de pele que encontrava. Falávamos profanidades um para o outro, cada poro de nossos corpos exalando desejo. Queria prender ela ali, na minha cama, na minha casa, na minha vida.
Percebi o quão idiota fui de me segurar ou de pensar que a idade entre a gente seria um problema. Agora sabia que o único problema ali era não ter ela comigo. Queria beijar, tocar, cheirar, desejar cada parte dela por quanto tempo eu pudesse, e nunca seria suficiente. E no decorrer da noite, enquanto o tempo passava sem a gente perceber, me afoguei nela.
* - - ⓨ - - *
Pensei em levantar correndo, sem lembrar onde estava, mas recordei que hoje era meu dia de folga e resolvi relaxar novamente. Pelo horário e do sol que estava lá fora, acreditei já passar das 8hs da manhã. Tentei me revirar na cama, pronto pra pra levantar e fazer minha rotina da manhã, mas tinha um peso impedindo que eu o fizesse. Olhei para baixo e vi Helena agarrada em meu corpo como um coala, seus braços envolviam minha cintura e suas pernas estavam jogadas na minha. Não sabia como ela não sentia calor, com seu vestido e meia calça ainda no corpo. Lembro de não passarmos de beijos e toques quentes ontem, por ser muito cedo ainda, mas o que fizemos, aproveitamos bem. Tinha um sorriso aberto no rosto, meu coração batendo forte e meu peito quente, pensando no que passamos ontem.
Tentei retirar ela de mim de forma leve, para não acordar seu sono e fui me arrumar. Estava sem camisa ainda, e com várias marcas por todo meu dorso, pra sempre me relembrar da noite passada. Tomei um banho rápido e me troquei para comprar algumas coisas numa conveniência próxima pro café da manhã. O meu seria o mesmo de sempre, mas gostaria que ela tivesse um diferente. Lavei minhas mãos e comecei à preparar o café, até meu telefone tocar. Ran me ligava, então resolvi deixar no viva voz pra não perder tempo.
"Bom dia bonitão, isso é hora de acordar?" seu tom de voz era alegre, e já me fez abrir um sorriso enorme.
"É meu dia de folga cara, deixa eu ter um pouquinho de paz."
"Eu imagino a paz que você teve. Gostaria de saber onde está a amiga da minha amada, você não sumiu com ela não né?" ri da pergunta, o que se passa na cabeça desse garoto?
"Ainda não! Estou planejando alimentá-la e depois sair sem rumo e derrubar o carro no precipício. O que acha da ideia?" meu tom sarcástico era forte, mas a conversa toda era muito engraçada pra mim.
"Alimente bem pra ela não se perder de barriga vazia." concordei rindo. "Mas falando sério agora, o que houve? Ela está contigo?"
"Está sim. Depois que vocês se afastaram da gente ontem, resolvi tomar uma atitude. E tudo que aconteceu foi muito no calor do momento, e agora que ela tá dormindo aqui e eu fazendo o café, to entrando em parafuso em pensar que vou encarar ela agora." meu rosto esquentou só de pensar nisso, e ao que parece o universo não quis deixar isso passar, pois senti seus braços envolverem minha cintura, e num leve susto me despedi de Ran, e me virei pra vê-la.
"Bom dia Yuki." sua voz sonolenta me fez ficar bobo. Como queria que toda manhã fosse assim...
"Bom dia linda. Dormiu bem?" acariciava seus cabelos com minha mão limpa, e a outra deixei fechada com meu braço em sua cintura.
"Muito bem, tinha um ursão de pelúcia me fazendo compainha." seu comentário fofo e arrastado me derreteu e me inclinei pra beijá-la novamente, mas ela recuou. "Nem pensar! Acabei de acordar e não escovei os dentes. Não mesmo senhor." fiz bico mas não retruquei, deixei ela subir pra se higienizar e se organizar, e a chamei para comermos juntos.
"O que planeja fazer hoje? Tenho o dia de folga, e posso ser completamente seu pelo resto do dia." perguntei para trazer algum assunto pra mesa, mas me arrependi da forma que falei quando vi seu olhar brincalhão pra mim, balançando as sobrancelhas.
"É mesmo? Bom é uma notícia ótima. Eu estava querendo conhecer algumas cidades pela redondeza, pensei em fazer isso com Melissa, mas a viagem tomou um rumo diferente, e como só tenho até hoje aqui, quero tentar por em prática." não pude deixar de notar o aperto que surgiu no meu peito quando ela falou em ir embora, mas não quero focar nisso agora.
"Bom, não seja por isso, chama os dois, e a gente se organiza e vai pra alguma." ela concordou e assim que terminamos de comer, falamos com os pombinhos.
O local escolhido foi Ancona. Como é um local litorâneo, deixei Helena no apartamento que ela está com Melissa para pegarem o necessário e fui com Ran comprar algumas coisas para usar na viagem. Enquanto nos falávamos decidimos ir para praia de Monte Conero que ficava na comuna italiana. O clima estava agradável, e como era uma viagem de mais de 1 hora, decidimos sair logo para aproveitar o clima. O caminho todo foi recheado de risadas, boa música e muito papo. Todos nos divertimos e agradeci mentalmente pela virada que minha vida teve nesses dois últimos dias. Jamais imaginei estar vivendo isso, tão inesperado, não é do meu feitio, mas Helena me faz querer viver, aproveitar cada momento que me é dado. Não vou negar e dizer que não gostaria de passar o dia de hoje inteiramente com ela, mas não nos conhecíamos. Éramos de certa forma estranhos um para o outro, e o foco principal dela com essa viagem não acredito que tenha sido se envolver com alguém, e sim aproveitar com a amiga. Eu só iria embarcar junto.
Penso no absurdo disso tudo que está acontecendo. Eu de todas as pessoas estou falando sobre ficar com alguém e ter ela por muito tempo comigo depois de um dia apenas. É carência, só pode ser. Passei boa parte do caminho pensando nisso, mas de nada adiantava, já que não mudaria o fato de que estava sentindo tudo isso. A última vez que namorei, foi pouco tempo depois de entrar na seleção japonesa, gostei muito dela, mas não o suficiente pra continuar. Não foi o suficiente pra ela. Sempre me dizia que o vôlei tinha muito mais de mim do que ela jamais teria, e resolveu terminar. E quando ela terminou, percebi que talvez ela estivesse certa. Doeu na época, mas não o suficiente pra pensar em correr atrás dela, pois tinha campeonatos mais importante para me preocupar do que apenas um término. E foi ali que nunca mais me relacionei sério com ninguém, fui nomeado capitão da seleção, e fiz minha vida na Itália, me relacionei com um mulher ou outra, mas meu tempo e dedicação era voltado somente para o vôlei, e não tinha como mudar isso mais. Refiz minha vida inteiramente pra isso, cada passo dado, cada caminho escolhido, foi única e exclusivamente pra chegar onde cheguei hoje, e não me arrependo de nada.
Mas de uns tempos pra cá, vendo todos meus amigos tendo filhos, se casando, construindo uma vida além da carreira, enquanto eu faço o contrário, construo uma carreira além da minha vida, e isso começa a pesar de certa forma, pois quero encontrar um equilíbrio para os dois, só acho que já esteja tarde para começar. Quero me provar enganado. Tenho medo de ter construído uma rotina que se torna tão intrínseca em mim, que não consiga sair mais, e caso tente, tudo desmorone. No meio dos meus devaneios, percebo que chegamos ao local que resolvemos passar o dia. Estacionei o carro perto da praia, que por ser uma segunda-feira, estava vazia e nos dirigimos para a areia quente. Não iríamos tomar banho, pois não trouxemos roupas para tal, mas resolvemos aproveitar o dia para jogar um pouco e relaxar ao sol, não que eu seja o maior fã da bola de ar quente sob nossas cabeças, mas o dia hoje pedia.
Espalhamos nossas coisas sob a manta que trouxemos, e as meninas já se animaram para jogar um pouco de toque, enquanto eu e Ran arrumávamos os comes e bebes que compramos. Ficamos vendo elas jogar enquanto conversávamos para passar o tempo.
"Onde você está?" Ran me pergunta genuíno, sentando ao meu lado enquanto come uma barra de proteína e me entrega outra, agradeço.
"Onde eu estou? Aqui, oras."
"Você está em vários locais, menos aqui Yuki. De uma meia hora pra cá, até chegarmos aqui, você se calou e sumiu. O que houve?" não conseguia entender o quão bem ele conseguia captar essas coisas.
"São pensamentos, coisas rondando minha cabeça, dúvidas. Quero tentar me manter no lugar."
"Mas esse lugar que você quer se manter, é bom? Te faz bem?" fiquei sem resposta imediata pra pergunta.
"Acho que sim, sempre me fez."
"Então, o que mudou? O que está acontecendo? Pode falar comigo capitão, nada aqui é segredo." agradeci mentalmente pelo apoio dele. Era realmente um menino especial.
"Eu não sei... Não sei Ran, sendo o mais sincero que posso. No caminho pra cá me peguei pensando na minha ex, do Japão, e tudo só veio desenrolando e agora está tudo embaralhado. São tantas coisas que mal consigo pensar."
"Essas questões tem a ver com Helena? O momento de vocês ontem não foi bom? Não se deram bem?"
"Quem me dera fosse isso, foi justamente o contrário. Enquanto estávamos na rua ainda, e depois que chegamos no meu apartamento, conversei com ela, e expressei minha insegurança em relação à nossa diferença de idade. E ela foi tão segura, tão certa, tão racional que me peguei pensando, o quanto mais eu posso perder da minha vida?" ele me escutava com atenção, concordando vez ou outra. "Não me arrependo de nada que fiz até aqui, de tudo que dediquei e sacrifiquei pelo meu sucesso, que é algo que tenho muito orgulho, e não quero que mude. Refazer toda minha rotina e todo trabalho que tive, mas até quando eu continuo com isso? Quero me casar, ter filhos, quero que eles me vejam jogar e que possa ter o respeito deles e a admiração também. Mas pra isso, tenho que me relacionar com alguém, como faço isso? Como faço pra funcionar? Tenho que deixar a pessoa entrar na minha vida e me ver por mim mesmo, cada mísero detalhe que sigo à risca à mais de 10 anos, e tenho que ser recíproco. Sem isso não tem como funcionar."
"E o seu receio é justamente por causa de querer fazer isso com ela?"
"Eu não sei. Nos conhecemos tem pouco mais de um dia, não posso simplesmente dizer que quero casar e ter filhos com ela e trazer ela pra o meu mundo sem ao menos conhecê-la. Mas me rasga por dentro a insistência que meu coração está tendo de fraquejar por ela. Isso não tem cabimento pra mim Ran, não tem. Eu não posso me propôr à ter um relacionamento com alguém sem saber se vai dar certo."
"Mas a magia de uma relação é essa Yuki. Não a incerteza de não saber o que pode acontecer, mas todo dia ter mais uma chance de fazer durar. Eu não estou dizendo pra você fazer uma loucura e casar com ela, ou que ela seja a pessoa certa pra isso, mas você não pode mais negar que tudo abalou no momento que você começou a sentir algo, e se deixou levar por isso. Rotinas se renovam e hábitos mudam Ishikawa. Não deixe de dar uma chance de sentir algo por ela, não deixe seu medo falar por você aquilo que o seu coração está sendo calado à força. Ninguém começa uma relação pensando em como vai acabar, não pense na sua como um fim, mas um recomeço. Dedique a mesma força e coragem que você tem no vôlei, para o amor. Uma hora, isso tudo pode acabar, sua carreira pode ser algo passageiro, sua vida e realizações não serão. Eu nunca vi você se render pra nada em sua vida, não se renda pra sua felicidade também." estava digerindo, tudo aquilo.
Minha cabeça e corpo e alma são devotas 100% do meu tempo para me dedicar ao esporte que tanto amo, que mudou minha vida, e me deu uma razão. O vôlei é e sempre será o meu primeiro amor. O mais genuíno. Construi uma vida com ele, venci batalhas internas e me superei junto dele. Quando voávamos, voamos juntos, e quando caíamos, caímos juntos. Sempre fiz questão de dar o meu melhor pra tudo em volta dele. Mudar meu corpo, alimentação, rotina, minha vida. E acabei mudando tanto que me mudei no processo pra alcançar o topo, e esqueci que as pessoas que nos levam até ele, vão permanecer se a gente despencar. Olhando aqui para os três, se divertindo, aproveitando, sorrindo e principalmente, se amando, me dei conta que minha felicidade não é segundo plano na minha vida e que o vôlei já tem seu espaço nela, só preciso preparar o espaço para colocar mais uma nova felicidade, a eterna.
Com o coração acelerado, minhas mãos suando, corpo arrepiado e trêmulo, meus sentidos estavam aguçados, me aproximei deles. As nuvens que estavam nublando minha visão se abriram, e deram espaço um sol lindo e brilhante, com um sorriso acolhedor e olhos cintilantes. Senti uma adrenalina fervente que passeava pelo meu corpo, uma corrente elétrica que me deixava acordado, hoje mais do que antes, agora mais do que nunca. Fui procurar então, um novo motivo pra minha felicidade.
"Posso me juntar à vocês?" encarava Helena enquanto falava isso, e o sorriso que se abriu no rosto dela, desapareceu com toda e qualquer dúvida que tivesse. Nunca fugi de me arriscar. Agora, o que estava em jogo, era minha alegria, e esse eu jamais me perdoaria se perdesse. Helena estendeu sua mão pra mim, como um convite.
"Sempre." tomei, e fui. Começar mais um capítulo na minha vida.
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Bom, está aqui mais uma fic dos meninos da seleção japonesa. Até o momento, esse foi o mais complicado de fazer. Ran é um livro aberto na minha visão, enquanto o Yuki está guardado à sete chaves, e por não conhecer ele (e na verdade, nenhum outro) peço desculpas se a personalidade dele estiver tão diferente, mas afinal de contas, é apenas uma história fictícia. Espero que tenham gostado da leitura, e até breve!
Novamente, aqui estão os visuais e como visualizo os personagens, mas eles ficam à critério de vocês também!
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A roupa do Yuki para o jantar, e o restaurante, eu vejo assim:
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jbc-nightskies · 3 months ago
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A despedida da primavera
Você chegou na minha vida florescendo, e trazendo ares dos quais apenas a primavera trás. Você que faz aniversário dia 24 de setembro, dois dias depois da primavera começar.
Você que clareou meus dias, mas não só pelo seu nome, você clareou minha apreciação pela vida, pelos bons momentos.
E agora, realmente como as estações, que estão alteradas pelo caos, você também se foi. E deixou um espaço enorme que era ocupado pelos seus sorrisos.
A Garota da qual eu disse um eu te amo puro, sincero, emotivo, significativo... Decidiu partir.
Só lhe desejo felicidade, e quem sabe um dia em outro momento não nos reencontremos...
Até lá, te desejo o melhor sempre.
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projetovelhopoema · 3 months ago
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Quem sou eu? Sou o mistério que se revela aos poucos, como o céu de inverno que embora frio, guarda estrelas que brilham silenciosas. Meus olhos são espelhos do que há por dentro, carregam histórias que só quem realmente olha consegue enxergar. Eles não são janelas, são portais para sentimentos que dançam entre o caos e a calmaria. O inverno me abraça, assim como os ventos que trazem nostalgia e uma sensação de renovação. Em meio ao frio encontro refúgio nas flores que nascem mesmo na geada, especialmente nas rosas. Delicadas, mas cheias de espinhos, assim como eu. Bonita à distância, mas é nas cicatrizes que a verdadeira beleza se encontra. Sou como uma rosa no inverno, em constante mudança, desafiando o tempo e o clima, florescendo quando menos se espera. Cada pétala caída é uma lição e a cada nova flor, uma vitória.
— Annie C. em Relicário dos poetas.
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