#ficção evangélica
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Foi em julho de 2019. Há cinco anos atrás saia o terceiro e idealizado-para-ser o último número de Amplitude. E da terceira para a segunda edição, o lapso fora já de três anos. Como um editor pode explicar uma periodicidade assim? Me ajude, amigo leitor!
Cara de pau por cara de pau, deixe-me replicar um trecho de minhas desculpas pelo enorme hiato entre a segunda e a terceira edições, citando a mim mesmo:
Neste tempo, pude dedicar-me, além dos compromissos acadêmicos, à edição de diversos livros e recursos em serviço da igreja e da Literatura, e à manutenção religiosa dos blogs de serviço.
Sim, nestes anos todos não cessamos de produzir livros e recursos, tanto enquanto autor, quanto como organizador e editor (dê uma olhada em nossa biblioteca de recursos gratuitos, AQUI ). Mas nada podemos contra a verdade, senão pela verdade. E a verdade é que editar uma revista — ainda mais uma com as propostas de Amplitude — é trabalheira de assustar até a um editor já meio calejado. Por isso seu irregular avanço e eventual queda — queda não, tropeço — para o prático, embora doloroso, abandono.
No entanto, compreendemos por fim que Amplitude precisava viver. Mas as dificuldades permaneciam as mesmas; assim, como recolocá-la em sua jornada? A solução encontrada foi retomar as atividades entregando ao leitor uma revista mais enxuta, embora mantendo boa parte das seções que ditaram o estilo da publicação. Opa, na verdade criamos até novas seções, como a de Games ou a Pharmacia.
Com a retomada, inauguramos também a chamada para publicação, abrindo espaço para que autores submetam suas obras para a seleção e eventual veiculação na revista.
Amplitude é uma revista de posição e cosmovisão declaradamente protestante; no entanto, somos amplos em nossa irmanação criativa com nossos co-navegantes do mistério do Deus de Abraão, Isaque e Jacó: Cristãos de todas as vertentes podem ser lidos em Amplitude. Nesta edição, temos poesia e contos, crônicas e artigos, quadrinhos, resenhas de livros e até de games para refrigerar nossas almas.
O trabalho de Amplitude é fruto e consequência de um esforço de divulgação e promoção literárias iniciado no já longínquo ano de 2006, com o blog Poesia Evangélica. Até hoje, o blog já publicou em torno de 700 autores, desde iniciantes a grandes nomes do protestantismo brasileiro e mundial — alguns, de quem você jamais imaginaria terem escrito poemas. E o blog segue a todo vapor, com postagens a cada dez dias, em média. Não deixe de visitá-lo: www.poesiaevanglica.blogspot.com .
No mais, tenha uma boa leitura, e compartilhe esta revista com quantos você puder.
Sammis Reachers, editor
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A revista também está disponível no Google Play Livros, AQUI.
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— Então, eu perguntei: Você ama Deus?
E ele disse claro que amo.
— Com todo o seu coração? Com toda a sua alma e com toda a sua mente?
— 𝚃𝚊𝚕𝚢𝚝𝚑𝚊 𝚂𝚘𝚞𝚣𝚊/@𝚊𝚋𝚛𝚒𝚐𝚘𝚍𝚎𝚌𝚛𝚒𝚜𝚝𝚘
#projetofalandonocéu#frases evangélicas#autorias#pequenosescritores#projetonovosautores#jesus#diálogos#ficção#abrigodecristo
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Chamada para Revista Amplitude nº 5 (Autores Evangélicos, Contos, Gratuito) - Até 15/01/2025
#SeleçõesLiterárias — Vai até 15/01/2025 a seleção de contos para a Chamada para Revista Amplitude nº 5, a ser realizada pela Revista Amplitude. Proposta/Sinopse: “AMPLITUDE é uma revista de cultura cristã evangélica, virtual e gratuita, com foco principal em ficção e poesia. Como veículo que nasceu primariamente para dar voz e veículo a autores protestantes/evangélicos, AMPLITUDE recebe contos…
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Crescer como evangélico nos anos 1990 era estar rodeado de literatura de ficção religiosa que muitas vezes fundamentava crenças, doutrinas e até mesmo práticas missionárias de algumas gerações de missionários. Na live Angela Natel e Wellington Barbosa revisitarão a literatura de guerra espiritual evangélica dos anos 90 e início dos anos 2000 e falarão como essa literatura permeia até os dias de hoje boa parte da práxis religiosa brasileira nas igrejas e no ambiente cultural. Textos importados da Califórnia, América Latina que ganharam força no Brasil através de organizações missionárias internacionais e movimentos de crescimento de igrejas. Venham conosco revisitar aquele mundo tenebroso que visava libertar cativos e tirar os porcos das salas e das mentes através de batalhas espirituais em demarcação de territórios, geopolítica e cartografia missionária. Será no feriado 07 de setembro às 17:00 horas no canal Calango Sagrado no Youtube. Vista sua armadura de filho do fogo e nos vemos lá! Ative já o lembrete para não perder! https://youtube.com/live/BYvi5T6Dkgk?feature=share
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Praça dos Pombos
Fizemos de uma praça de 200 metros quadrados a nossa praça.. A praça que denominamos de “praça dos pombos”, simplesmente pelas nossas infindas discussões sobre a natureza dos pombos. Você costumava indagar por minutos sobre “evolução e adaptação de espécies”, e hoje penso: como podíamos conversar tanto tempo sobre coisa tão inútil como essa? Mas também foi nessa praça que tivemos muitas das nossas primeiras vezes.
Não foi nosso primeiro beijo, mas foi para lá que fomos depois do nosso primeiro beijo. Em uma noite semichuvosa, sentei no banco branco e você deitou com a cabeça no meu colo. Não nos importávamos com o silêncio. Também foi lá que dissemos eu te amo pela primeira vez. Fui eu. No meio de uma conversa banal, percebi que era inevitável dizê-lo. Que não o dizer seria hipocrisia. Então o disse. E você não pareceu surpresa. Você sabia que eu o diria. Acho que esperava que eu fosse o primeiro. Você sempre foi mais contida. Essa praça era também nossa catedral particular. Santuário de confissões, em que ambos éramos padres e confessores. Quantas vezes destilamos todos os nossos mais obscuros pecados? Ruminamos as nossas mais essenciais abominações? Foi lá que me confessou: sou bissexual. Foi lá que te confessei: isso não muda nada. Foi lá que te confessei: não sou mais cristão. Foi lá que me confessou: isso muda tudo.
Na praça dos pombos fizemos as nossas maiores decisões: eu faria direito, você faria biotecnologia. Iríamos para Curitiba. Não, iríamos para Uberlândia. Não, iríamos para São Carlos. Não, iremos para São Paulo. Falávamos sobre casamento. Sobre filhos. Você não gostava da ideia de um casamento grande. E mesmo não sendo católica, diria que não se casaria em igreja evangélica. Só na católica. Você queria 2 filhos. Um casal. Helena e Leonardo. Mas em um futuro distante. Foi lá que você me apresentou a ficção científica. Você me emprestou George Orwell, perfeito. Você me emprestou Bradburry, terrível. Eu te apresentei Huxley, você não leu. Eu te apresentei Dostoiévski, você não leu.
Na praça dos pombos troçamos sobre os apelidos que os casais dão um para os outros. eu te chamava de mozi, e você me chamava de xuxu. Ríamos. Eu te chamava de doce de côco, e você me chamava de doce de abóbora. Ríamos. Até que um dia você me chamou de mozi e eu te chamei de more. E, de repente, não rimos. Aliás, nem percebemos. E o amor, maduro, foi tornado em substantivo próprio. Deixou de ser comum. Tornou-se específico. E nós éramos o alvo. E aí notamos que zombávamos de casais como nós. Mas nossa arrogância sempre nos levou a acreditar: somos um casal melhor.
E comunicávamos alegrias. Na praça dos pombos chorei de alegria pela primeira vez. Na praça dos pombos eu te fiz chorar com os meus traumas. E foi quando percebi que você sentia tão gravemente como eu a minha dor. E você enxugava as minhas lágrimas com afagos e as celebrava com beijos. E por muitas vezes você me disse: você deveria escrever um romance sobre nossa história, e eu dizia: seria desonesto. Mas você afirmava: passamos por tanto, mudamos tanto, sorrimos tanto. Seria um romance completo. E de fato, a cada dia transformávamos esse enredo em uma coisa nova. Ainda que cotidiana, renovada.
Mas um dia você desistiu de mudar. E eu desisti de mudar por você. Mudei tanto, que perdi-me no processo. Desconstruí tanto, que não havia fundamentos de reconstrução. Mudamo-nos para São Paulo. Eu para Ribeirão. Você para a capital. A praça dos pombos ficou para trás. Mas eu chamei seu apartamento de casa. E fui para casa ao menos duas vezes por mês. E em São Paulo construímos novas praças dos pombos. Aos domingos, íamos para a Paulista. Tomávamos o mesmo café. Comíamos o mesmo pastel. Aos sábados tomávamos sorvete. Eu fazia suas compras. Você cozinhava, eu lavava as louças. Eu cozinhava, eu lavava as louças. Maratonávamos Greys Anatomy.
Fiz inúmeras músicas para você. Mas deixei de levar o violão. Você me censurava dizendo: não poste suas músicas no youtube, porque elas são para mim e não para os demais. Deixei de te mostrar. Compartilhava pesares. Você estava cansada. Você compartilhava pesares. Eu estava cansado. Você não via mais o meu potencial de mudança. Parece que nunca viu o meu ser, mas o meu poder ser. Aliás, quando estagnei, quando olhei para trás em busca de essências, você deixou de perceber potências. Hoje vejo que você não amava aquele que escreve este texto. Amava aquele que poderia ser o homem da sua vida. Não era eu. E se eu resolvesse tornar à minha fé? Não me aceitaria. E se eu resolvesse cambiar o rumo do meu curso de vida? Estava muito velho para isso. E se eu andasse na rua com a postura ereta? Você sentia vergonha. E se eu não soubesse o que é uma startup? Você se decepcionava. E se nas férias eu quisesses estar com minha família? Você a odiava. As opções ficaram escassas. E nenhuma delas me aprouviam. De repente me vi caminhando para ser o homem da sua vida… Mas não o homem da minha.
Tive depressão. Tenho. Nossa intimidade decaiu. Amor se tornou uma palavra distante, rotineira. Novamente substantivo comum. Amizade e romance pareceram ser realidades mais distintas e aplicáveis. Os defeitos nos cansavam. As qualidades não bastavam. Não existiam mais primeiras vezes. E cada dia parecia se encaminhar para o último. Foi em Ribeirão Preto que te enviei mensagem. Ligamos um para o outro. Você em São Paulo. Decidimos: essa seria a última vez que nos chamaríamos de amor. “boa noite, amor”. “Boa noite, amor”.
Nunca fomos de decisões temporárias. Sabíamos que, definido, era o fim. E foi. Ainda que reverberasse por meses na minha cabeça. Mas não na sua. Você sempre foi mais desapegada. E eu não era o homem da sua vida. Mas aí descobri: você não era a mulher da minha vida. E mais do que isso. Eu poderia ser o homem da minha vida. A raiva me fez bem. Exaltar os seus defeitos me fez superá-la. Mas uma compreensão madura me faz pensar na praça dos pombos. No final a praça dos pombos sempre me trará a memória de você. Mas se antes era um lugar chamado nosso, hoje ela pertence a outro casal, que troça de outros casais, e se ensoberbece achando-se o maior de todos. Não me arrependo das mudanças. E nem me arrependo da praça. Mas o que era nosso, agora é seu e meu. E quer saber? Estamos felizes separados, assim como fomos um dia felizes juntos.
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Simplicidade em Espírito e em verdade
Por: Vinícius Maciel
Hoje eu vos escrevo sobre um tema que já abordei anteriormente na TV Liga, a Aparência. Mas não a aparência totalmente física, irei um pouco mais além.
Eu costumo me descrever como uma pessoa simples, de aparência normal e que é feliz com o pouco. Embora muitas pessoas confundam simplicidade com futilidade, uma coisa não tem nada a ver com a outra.
Ser simples é mais profundo do que você imagina. Ser simples significa que você é completo por dentro, que se tem uma identidade e que tem os pés no chão em relação a vida que leva.
Obviamente, o maior exemplo de simplicidade foi o nosso mestre Jesus. Ele não era simples apenas porque andou em cima de um burro, ele era simples, porque ele sabia quem ele era, e não fazia os seus milagres por vaidade, mesmo sendo o filho de Deus. Jesus nos mostrou que ser simples é viver desgarrado do mundo e junto ao Pai, priorizando sempre o amor ao próximo.
A religiosidade nos tem tirado a simplicidade, por que ambas não ocupam o mesmo espaço. Ela pode até te fazer ser um cristão para as pessoas, mas nunca enganará a Deus.
Quando vemos um filme por exemplo, nós observamos os atores atuando, fazendo expressões e falando para transmitir a emoção que a cena exige, e nós em nosso subconsciente, fantasiamos o interior dos personagens que os atores estão interpretando. Mas quando analisamos friamente a única coisa que aqueles atores estão pensado e repetindo pra si mesmo é: "Faça cara de choro, se mostre triste!" ou, " Sorria, você está feliz, demonstre felicidade."
O que eu quero dizer é que enquanto não vivermos a verdade nós viveremos numa ficção, enganando a nós mesmos, achando que somos aquilo que não deixamos Jesus transformar.
Em joão está escrito: "Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade." João 4:24
Não adianta atuarmos como cristãos e não vivermos como um. Não adianta olhar para o seu irmão, fingir compaixão e não ajudá-lo. Não adianta aceitar uma tarefa e não ter a responsabilidade de executá-la.
No livro de Gálatas o apóstolo Paulo alertou:
Todos os que querem mostrar boa aparência na carne, esses vos obrigam a circuncidar-vos, somente para não serem perseguidos por causa da cruz de Cristo. Porque nem ainda esses mesmos que se circuncidam guardam a lei, mas querem que vos circuncideis, para se gloriarem na vossa carne. Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo. Porque em Cristo Jesus nem a circuncisão, nem a incircuncisão tem virtude alguma, mas sim o ser uma nova criatura. (Gálatas 6:12-15)
Nós devemos buscar a Deus, até encontrar a melhor maneira de compreendê-lo em nossas vidas. E essa busca é interminável, pois quanto mais buscamos a ele, mais perto estamos e mais parecemos com ele, em espirito e em verdade.
Link original - https://bit.ly/2K3h0ob
Leia mais textos em minha coluna da Liga evangélica.
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Vizinhos crentes: a metafísica do Cólera
As normas inventadas por malafaias e felicianos não passam de ilusão
É mais fácil minha vizinha evangélica encontrar Deus ouvindo o Cólera do que o Edir Macedo. Qualquer letra do Redson tem mais metafísica do que os grunhidos de abutres como Malafaia e Feliciano.
Tipo quando ele canta que a “grade é ilusão”, na música Missão Libertar, falando da realidade como se fosse um arcabouço onde a gente vive trancado. A realidade é ilusão. Porque ela é baseada em um monte de normas que foram inventadas por pastores, como a norma de que as pessoas só podem ser cis e hétero ou aquela que define que você precisa “ser alguém na vida”, como se já não tivesse sido sempre um alguém. Como se não fosse gente. Essas normas podem foder com a cabeça de quem não conhece os limites dessa ficção ruim chamada neoliberalismo. É por isso que quando o Redson pergunta Quem é Você?, ele tá chamando pra roda um aforismo grego: “Conhece-te a ti mesmo”. Porque se você não se conhecer direito e dominar a sua própria mente, pode ter certeza que alguém vai. E tá cheio de abutre por aí só esperando a carne podre de quem já desistiu de pensar sobre si mesmo. Não é um bagulho fácil, afinal, como já tava sendo cantado lá em Somos Vivos, do disco Pela Paz em Todo Mundo, de 86, “cada um é um universo”. E cada universo tem seu próprio deus. Ou deusa. Ou divindade não binária. Eu queria que minha vizinha evangélica escutasse o Cólera, porque, quando ela terminasse de ouvir, ia perceber que Deus não existe. Ou melhor, ele existe, mas não é um pastor nojento que fala cuspindo perdigoto infectado de coronavírus na cara das pessoas. Deus é você mesmo.
*Por Nathan Elias-Elias Este texto foi publicado originalmente no zine “Rasguei Meu Cu”, do @imundiçado
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Bom dia Brasil a ministra dos direitos humanos e Pastora @DamaresAlves em uma de suas pregações está condenando o livro Infanto-juvenil "Manual Prático de Bruxaria em Onze Lições" é um livro de ficção e fantasia, não há relato de adoração a nenhum ser pagão, traduzido e adaptado Pela maravilhosa escritora e autora @heloisa_prieto e publicado pela editora @AticaScipione, aos 14 anos a Igreja evangélica me obrigou a queimá-lo e comprei novamente a uns anos atrás, não me tornei nenhum feiticeiro, é uma riqueza cultural uma criança ocupar sua mente na Ficção do que estar largadas nas ruas como atualmente vejo em meu bairro! #OLivroTeLivra #MaisLivrosMenosArmas #EstadoLaico #Conservadorismo #ReligiãoNaPolitica #Book #Livro #Bruxa #Witch #Democracia https://www.instagram.com/p/BtlT_JChA3L/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=1fqmdjfwf00bi
#olivrotelivra#maislivrosmenosarmas#estadolaico#conservadorismo#religiãonapolitica#book#livro#bruxa#witch#democracia
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Mostra online ‘Brasil Cinema Agora!’ exibe filmes premiados
Para os amantes de cinema, aqui vai uma dica imperdível: a mostra online “Brasil Cinema Agora!“, que exibe no site do Itaú Cultural, entre os dias 18 de julho e 1º de agosto, quatro filmes brasileiros que foram premiados em festivais nacionais e internacionais.
Esta é a chance de assistir àqueles longas incríveis que praticamente não tiveram espaço e tempo de circulação nas salas de cinema em nosso próprio país – e que, geralmente, você só encontra em mostras.
Cinema drive-in: descubra o mais próximo de você 🎬
Saiba mais sobre os filmes que ganham exibição online:
A curadoria é assinada por Francesca Azzi, da Zeta Filmes, que priorizou aqueles títulos sobre temas socioculturais extremamente relevantes para compreendermos melhor o contexto atual brasileiro – como a cultura indígena, a intolerância religiosa, a sexualidade e os processos de subjetivação.
Os cineastas mineiros Affonso Uchôa e João Dumans discutem a precarização das relações de trabalho na mineração em “Arábia” (2017), vencedor como melhor filme no 50º Festival de Brasília. Na trama, o jovem André encontra o diário do trabalhador Cristiano e conhece sua comovente história diante das mudanças sociais pelas quais o país passou nos últimos 10 anos.
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Em “Azougue Nazaré” (2018), o diretor pernambucano Tiago Melo retrata acontecimentos fantásticos em uma cidade pequena perdida entre o Carnaval do Maracatu e a religião evangélica. O filme foi premiado no International Film Festival Rotterdam.
Enquanto os outros moradores desse lugarejo vivem suas tensões, desafios, sonhos e rituais fantásticos, Catita esconde de sua esposa que participa do Maracatu, pois sua companheira é fiel da igreja do Pastor Barachinha, um antigo mestre de maracatu convertido à igreja evangélica.
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Outro destaque é “Inferninho” (2018), de Guto Parente e Pedro Diógenes, premiado no Festival Internacional de Cinema Queer, de Portugal.
No longa, conhecemos o amor entre Deusimar, dona do bar Inferninho (uma espécie de cabaré dos excluídos), e o marinheiro Jarbas, que acaba de chegar à cidade. Enquanto ela sonha abandonar tudo e viver em um lugar distante, ele quer fincar raízes naquele lugar.
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Já “Chuva é cantoria na aldeia dos mortos” (2017), de João Salaviza e Renée Nader Messora, foi exibido em mais de 30 eventos internacionais e recebeu os prêmios de melhor obra de ficção no Festival de Cinema de Lima e especial do júri da seção “Un Certain Regard” em Cannes.
O longa dá voz aos indígenas da aldeia de Pedra Branca, no Tocantins, terra da etnia Krahô. O jovem Ihjãc, amedrontado com os feitiços de seu pajé e triste pela morte de seu pai, se recusa a se tornar xamã e foge para a cidade grande. Longe de seu povo e da própria cultura, ele enfrenta as dificuldades de ser um indígena neste Brasil contemporâneo.
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Curtiu os filmes da mostra online “Brasil Cinema Agora”? Dá uma olhada nestas outras dicas:
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Mostra online ‘Brasil Cinema Agora!’ exibe filmes premiadospublicado primeiro em como se vestir bem
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Entrevista do autor Sammis Reachers com Monique Machado - Trama Luterana
Neste bate-papo descontraído, falo sobre meus livros, processos de escrita e literatura em geral, com destaque para o romance A Ordem Luterana da Cruz Combatente. Confira!
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Azougue Nazaré entra em exibição no ritmo do maracatu
Quando samba, marchinhas e batuques que marcam o Carnaval estiverem soando nas diferentes latitudes da capital do país, dentro do Cine Brasília quem dará ditará o ritmo é o maracatu rural de baque solto, estilo de música de matriz africana, ligado à Zona da Mata de Pernambuco, que o filme Azougue Nazaré, de Tiago Melo (produtor de Aquarius, Boi Neon, Bacurau e Divino Amor), traz de volta à telona.
O filme pernambucano conta a história de acontecimentos misteriosos que assustam os moradores de Nazaré da Mata, município onde o filme foi rodado. A cidade, a 66 quilômetros de Recife, é conhecida por ser a capital do maracatu rural, além de ter a maior área de canaviais no Brasil. É nesse cenário que um pai de santo pratica ritual religioso com cinco caboclos, que ganham poderes, incorporam entidades e desaparecem.
“O maracatu é uma arte de pura resistência, e eu quis colocar isso na tela, mostrar como a arte pode superar preconceitos, bloqueios, ameaças e intolerância”, diz o diretor. Em foco, a história de um ex-maracatuzeiro que se torna evangélico e passa a combater a dança porque diz ser inspirada pelo diabo. É o cinema de Pernambuco recorrendo de novo à alegoria (vide Bacurau) para fazer crítica a eventos contemporâneos.
O gerente do Cine Brasília, Rodrigo Torres, explica que Azougue Nazaré esteve apenas uma semana em cartaz na capital federal durante seu lançamento, em novembro do ano passado, e merecia uma janela maior de exibição. “Trata-se de um filme importante, que faturou 20 prêmios em 37 festivais ao redor do mundo”.
Tiago Melo/entrevista
Pode explicar o nome do filme?
Vem da bebida “azougue”, uma mistura de ervas, limão, cachaça e pólvora. Ela é enterrada por sete dias antes de ser consumida pelo caboclo de lança, figura do folclore do maracatu rural. Segundo a tradição, isso lhe dá proteção para brincar o carnaval. Nazaré se deve ao nome da cidade, onde o filme foi rodado.
Pernambuco volta a comparecer com uma alegoria para fazer crítica social. Pode falar sobre este momento do cinema de seu estado?
A gente está num dos melhores momentos em termos de visibilidade, público e crítica. Isso se deve ao edital que existe há doze anos em Pernambuco, que nos permite exercitar, produzir e viabilizar em filmes as ideias que a gente tem. Essa safra é resultado desse processo. Um edital não garante filmes bons, mas possibilita a produção deles. A gente vê que Parasita, vencedor do Oscar, também é fruto de uma política de incentivo ao cinema na Coreia do Sul.
Qual a importância de um filme que retrate a chamada cultura popular?
É um reconhecimento muito importante para o maracatu rural. Dedicamos todas as nossas premiações aos folgazões dessa dança, aos grandes artistas que são. O filme critica uma prática que é a de desvalorizar a cultura popular, que sempre recebe menos em termos de remuneração por show e custos logísticos que outras modalidades – como o forró, por exemplo.
Por isso também o recurso de fazer o filme com praticantes da cultura popular e não com atores de fora?
Sim, a gente gravou com esses artistas, pela força e a potência da arte deles, o que ajuda a explicar o reconhecimento do filme pela crítica e o público.
Programação
Em horário nobre segue o vencedor do Oscar como melhor filme e melhor filme internacional, Parasita. Inaudito também continua, completando a grade. Veja a seguir as fichas técnicas, sinopses e trailers dos filmes.
Parasita (título original Gisaengchung)
De Bong Joon-ho (2019, Coreia do Sul, ficção/suspense, 132 minutos, 16 anos)
Elenco: Kang-ho Song, Sun-kyun Lee e Yeo-jeong Jo
Sinopse: Todos os quatro membros da família Ki-taek estão desempregados, porém uma obra do acaso faz com que o filho adolescente comece a dar aulas privadas de inglês à rica família Park. Fascinados com o estilo de vida luxuoso, os quatro bolam um plano para trabalhar na casa burguesa. É o início de uma série de acontecimentos incontroláveis dos quais ninguém sairá ileso.
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=m4jfE-TxC24
Azougue Nazaré
De Tiago Melo (2018, Brasil, drama, 84 minutos, 14 anos)
Elenco: Mestre Barachinha, Ananias de Caldas e Joana Gatis
Sinopse: Num canavial que parece não ter fim, uma casa isolada abriga o casal Catita e Irmã Darlene. Catita esconde que participa do Maracatu. Darlene é fiel da igreja do Pastor Barachinha, um antigo mestre de maracatu convertido à religião evangélica, que se vê na missão de expulsar o demônio do Maracatu, evangelizando toda a cidade. Nesse cenário, um pai de santo pratica certo ritual religioso com cinco caboclos de lança. Estes ganham poderes, incorporam entidades e desaparecem. A cidade de Nazaré da Mata testemunha acontecimentos misteriosos.
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=NFxE51n0IQo
Inaudito
De Gregório Gananian (2017, Brasil, documentário, 88 minutos, 10 anos)
Elenco: Lanny Gordin, Dou Hei Mu e José Roberto Aguilar
Sinopse: O guitarrista Lanny Gordin foi um dos personagens fundamentais na transformação da música brasileira a partir da década de 60: eletrizou Gal Costa, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Jards Macalé entre outros. Ele revela seu processo libertário de composição e pensamento atual, embarcando em uma insólita odisseia pela China, local de nascimento, e Brasil, país onde vive.
Trailer: https://vimeo.com/201611494
De 20 a 26/02 (como não haverá apresentação da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro durante o carnaval, o Cine Brasília terá sessões na segunda, 24 e terça-feira, 25).
Horários:
16h – Inaudito
18h – Azougue Nazaré
20h – Parasita
Serviço
Entrada paga, R$ 12 (inteira). Bilheteria só aceita dinheiro, não cartões
Endereço: Asa Sul, entrequadra 106/107. Telefone: (61) 3244-1660
Azougue Nazaré entra em exibição no ritmo do maracatu publicado primeiro em https://www.agenciabrasilia.df.gov.br
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Homem Mediano no Poder: Carência de Líder Respeitado
Eliane Brum é excelente escritora, repórter e documentarista. Autora dos livros de não ficção Coluna Prestes – o Avesso da Lenda, A Vida Que Ninguém vê, O Olho da Rua. Escreveu o melhor perfil do presidente eleito pela direita do Brasil. Compartilho-o abaixo.
ELIANE BRUM 4 JAN 2019 EL PAÍS Brasil.
“Desde 1 de janeiro de 2019, o Brasil tem como presidente um personagem que jamais havia ocupado o poder pelo voto. Jair Bolsonaro é o homem que nem pertence às elites nem fez nada de excepcional. Esse homem mediano representa uma ampla camada de brasileiros. É necessário aceitar o desafio de entender o que ele faz ali. E com que segmentos da sociedade brasileira se aliou para desenhar um Governo que une forças distintas que vão disputar a hegemonia. Embora existam várias propostas e símbolos do passado na eleição do novo presidente, a configuração encarnada por Bolsonaro é inédita. Neste sentido, ele é uma novidade. Mesmo que seja uma difícil de engolir para a maioria dos brasileiros que não votou nele, escolhendo o candidato oposto ou votando branco, nulo ou simplesmente não comparecendo às urnas. Bolsonaro encarna também o primeiro presidente de extrema direita da democracia brasileira. O “coiso” está no poder. O que significa?
Quando Luiz Inácio Lula da Silva chegou ao Palácio do Planalto pela primeira vez, na eleição de 2002, depois de três derrotas consecutivas, foi um marco histórico. Quem testemunhou o comício da vitória na Avenida Paulista, tendo votado ou não em Lula, compreendeu que naquele momento se riscava o chão do Brasil. Não haveria volta. Pela primeira vez um operário, um líder sindical, um homem que fez com a família a peregrinação clássica do sertão seco do Nordeste para a industrializada São Paulo de concreto, alcançava o poder. Alguém com o “DNA do Brasil”, como diria sua biógrafa, a historiadora Denise Paraná.
O Lula que conquistou o poder pelo voto era excepcional. “Homem do povo”, sem dúvida, mas excepcional. Um líder brilhante, que comandou as greves do ABC Paulista no final da ditadura militar (1964-1985) e se tornou a figura central do novo Partido dos Trabalhadores criado para disputar a democracia que retornava depois de 21 anos de ditadura. Independentemente da opinião que cada um possa ter dele hoje, é preciso aceitar os fatos: quantos homens com a trajetória de Lula se tornaram Lula?
Lula era o melhor entre os seus, o melhor entre aqueles que os brancos do Sul discriminavam com a pecha de “cabeça chata”. Se sua origem e percurso levavam uma enorme novidade ao poder central de um dos países mais desiguais do mundo, a ideia de que aquele que é considerado o melhor deve ser o escolhido para governar atravessa a política e o conceito de democracia. Não se escolhe um qualquer para comandar o país, mas aquele ou aquela em que se enxergam qualidades que o tornam capaz de realizar a esperança da maioria. Neste sentido, não havia novidade. Quando parte das elites se sentiu pressionada a dividir o poder (para manter o poder), e depois da Carta ao Povo Brasileiro assinada por Lula garantindo a continuidade da política econômica, era o excepcional que chegava ao Planalto pelo voto.
O que a chegada de Lula ao poder fez pelo Brasil e como influenciou o imaginário e a mentalidade dos brasileiros é algo que merece todos os esforços de pesquisa e análise para que se alcance a justa dimensão. Mas grande parte já foi assimilada por quem viveu esses tempos. Os efeitos do que Lula representou apenas por chegar lá sequer são percebidos por muitos porque já foram incorporados. Já estão. Como disse uma vez o historiador Nicolau Sevcenko (1952-2014), em outro contexto: “Há coisas que não devemos perguntar o que farão por nós. Elas Já fizeram”.
Marina Silva, derrotada nas últimas três eleições consecutivas, em cada uma delas perdendo uma fatia maior de capital eleitoral, seria outra representante inédita de uma parcela da população que nunca ocupou a cadeira mais importante da República. Diferentemente de Lula, como já escrevi neste espaço, Marina encarna um outro amplo segmento de brasileiros, muito mais invisível, representado pelos povos da floresta. Carrega no corpo alquebrado por contaminações e também por doenças que já não deveriam existir no Brasil uma experiência de vida totalmente diversa de alguém como Lula e outros pobres urbanos. Mas este é o passado de Marina.
A mulher negra, que se alfabetizou aos 16 anos e trabalhou como empregada doméstica depois de deixar o seringal na floresta amazônica, empreendeu uma busca pelo conhecimento acadêmico e hoje fala mais como uma intelectual da universidade do que como uma intelectual da floresta. Também deixou a Igreja Católica ligada à Teologia da Libertação para se converter numa evangélica genuína, daquelas que vivem a religião no cotidiano em vez de instrumentalizá-la nas eleições, como tantos pastores neopentecostais. Se Marina tivesse conseguido chegar ao poder, ela representaria toda essa complexa trajetória, mas também encarnaria uma excepcionalidade entre os seus. Quantas mulheres com o percurso de Marina se tornaram Marina?
Jair Bolsonaro, filho de um dentista prático do interior paulista, oriundo de uma família que poderia ser definida como de classe média baixa, não é representante apenas de um estrato social. Ele representa mais uma visão de mundo. Não há nada de excepcional nele. Cada um de nós conheceu vários Jair Bolsonaro na vida. Ou tem um Jair Bolsonaro na família.
Posse da Dilma Rousseff em 2011
Durante as várias fases republicanas do Brasil, a candidatura e os candidatos foram acertos das elites que disputavam o poder – ou resultado de uma disputa entre elas. O mais popular presidente do Brasil do século 20, Getúlio Vargas (1882-1954), que em parte de sua trajetória política foi também um ditador, era um estancieiro, filho da elite gaúcha. Ainda que tenha havido alguns presidentes apenas medianos durante a República, eram por regra homens oriundos de algum tipo de elite e alicerçados por ela.
Lula foi exceção. E Bolsonaro é exceção. Mas representam opostos. Não apenas por um ser de centro esquerda e outro de extrema direita. Mas porque Bolsonaro rompe com a ideia da excepcionalidade. Em vez de votar naquele que reconhecem como detentor de qualidades superiores, que o tornariam apto a governar, quase 58 milhões de brasileiros escolheram um homem parecido com seu tio ou primo. Ou consigo mesmos.
Essa disposição dos eleitores foi bastante explorada pela bem sucedida campanha eleitoral de Bolsonaro, que apostou na vida “comum”, falseando o cotidiano prosaico, o improviso e a gambiarra nas comunicações do candidato com seus eleitores pelas redes sociais. Bolsonaro não deveria parecer melhor, mas igual. Não deveria parecer excepcional, mas “comum”.
A mesma estratégia foi mantida depois de eleito, como a mesa bagunçada de café da manhã com que recebeu John Bolton, o conselheiro de Segurança Nacional do presidente americano Donald Trump. Neste sentido, Bolsonaro jamais pode ser considerado o “Trump brasileiro”. Trump, além pertencer a uma parcela muito particular das elites americanas, tem uma trajetória de destaque. Bolsonaro não. Como militar, ele só se notabilizou por quebrar as regras ao dar uma entrevista para a revista Veja reclamando do valor dos soldos. Como parlamentar por quase três décadas, conseguiu aprovar apenas dois projetos de lei. Era mais conhecido como personagem burlesco e criador de caso.
Quando Tiririca foi eleito, por exemplo, sua grande votação foi interpretada como a prova de que era necessária uma reforma política urgente. Mas Tiririca foi um grande palhaço. Num mundo difícil para a profissão desde a decadência dos circos, Tiririca conseguiu encontrar um caminho na TV, fazer seu nome e ganhar a vida. Não é pouco.
Bolsonaro não. O grande achado foi se eleger deputado e conseguir continuar se elegendo deputado. Em seguida, colocar todos os filhos no caminho dessa profissão altamente rentável e com muitos privilégios. A “família” Bolsonaro tornou-se um clã de políticos profissionais que, nesta eleição, conseguiu um número assombroso de votos. Mas não pela excepcionalidade de seus projetos e ideias.
O novo presidente do Brasil passou quase três décadas como um político daquilo que no Congresso brasileiro se chama “baixo clero”, grupo que faz volume mas não detém influência nem arquiteta as grandes decisões. A alcunha é uma alusão injusta ao clero religioso que faz o trabalho de formiguinha, o mais difícil e persistente, seguidamente perigoso, no mundo das igrejas. O próprio Bolsonaro já comentou que não tinha prestígio. Quando disputou a presidência da Câmara, em 2017, só obteve quatro votos dos mais de 500 possíveis. “Eu não sou ninguém aqui”, afirmou em um discurso no plenário, em 2011.
Os deputados do “baixo clero” do Congresso descobriram a sua força nos últimos anos e também como podem se locupletar unindo-se e fazendo número a favor dos interesses que lhes beneficiam. Ou simplesmente chantageando com o seu voto. Bolsonaro é dessa estirpe. Se ocupava um lugar no Congresso, era o de bufão. Até um ano atrás poucos acreditavam que poderia se eleger presidente. Parecia impossível que alguém que dizia as barbaridades que ele dizia poderia ser escolhido para o cargo máximo do país.
O que se deixou de perceber é que quase todos tinham um tio ou um primo exatamente como Bolsonaro. Logo essa evidência ficou clara nos almoços de domingo ou nas datas festivas da família. Mas ainda assim parecia apenas uma continuação do que as redes sociais já tinham antecipado, ao revelar o que realmente pensavam pessoas que até então pareciam razoáveis. Deixou-se de enxergar, talvez por negação, o quanto esse contingente de pessoas era numeroso. Os preconceitos e os ressentimentos recalcados em nome da convivência eram agora liberados e fortalecidos pelo comportamento de grupo das bolhas da internet. As redes sociais permitiram “desrecalcar” os recalcados, fenômeno que tanto beneficiou Bolsonaro.
Os gritos das pessoas que ocuparam o gramado da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, foram a parte mais reveladora da posse de Bolsonaro, em 1o de Janeiro. Eufórica, a massa berrava: “WhatsApp! WhatsApp! Facebook! Facebook!”. Quem quiser compreender esse momento histórico terá que passar anos dedicado a analisar a profundidade contida no fato de eleitores berrarem o nome de um aplicativo e de uma rede social da internet, ambos de Mark Zuckerberg, na posse de um presidente que as elegeu como um canal direto com a população e deu a isso o nome de democracia.
Bolsonaro representa, sim – e muito – um tipo de brasileiro que se sentia acuado há bastante tempo. E particularmente nos últimos anos. E que estava dentro de cada família, quando não era a família inteira. Todas as famílias gostam de se pensar como diferentes – ou, pelo menos, melhores (ou piores, conforme o ponto de vista) que as outras. A experiência de um confronto político determinado pelos afetos – ódio, amor etc – nestas eleições deixou marcas profundas.
Não engendrasse tantas possibilidades destruidoras para o país, o fenômeno Bolsonaro seria bastante fascinante quando olhado como objeto de estudo. Sugiro algumas hipóteses para compreender como o mediano entre os medianos se tornou presidente do Brasil. As pesquisas de intenção de voto mostraram que Bolsonaro era o preferido especialmente entre os homens e especialmente entre os brancos e especialmente entre os que ganhavam mais. Isso não significa que não tenha tido uma votação significativa entre as mulheres, os negros e os que ganham menos. Se não tivesse, Bolsonaro não conseguiria se eleger. Mesmo no Nordeste, a única região do Brasil em que perdeu para Fernando Haddad (PT), no segundo turno das eleições, Bolsonaro recebeu uma votação significativa.
O novo presidente representa, principalmente, o brasileiro que nos últimos anos sentiu que perdeu privilégios. Nem sempre os privilégios são bem entendidos. Não se trata apenas de poder de compra, o que é determinante numa eleição, mas daquilo que dá chão a uma experiência de existir, aquilo com que faz com que aquele que caminha se sinta em terra mais ou menos firme, conheça as placas de sinalização e entenda como se mover para chegar onde precisa.
Vária irrupções perturbaram esse sentimento de caminhar em território conhecido, em especial para o homem branco e heterossexual. As mulheres disseram a eles com uma ênfase inédita que não seria mais possível fazer gracinhas nas ruas nem assediá-las nos trabalho ou em qualquer lugar. A violência sexual foi exposta e reprimida. A violência doméstica, quase tão comum quanto o feijão com arroz (“um tapinha não dói”) foi confrontada pela Lei Maria da Penha. Afirmar que uma “mulher era mal comida” se tornou comentário inaceitável de um neandertal.
Na mesma direção, os LGBTI se fizeram mais visíveis na exigência dos seus direitos, entre eles o de existir, e passaram a denunciar a homofobia e a transfobia. Figuras públicas como Laerte Coutinho anunciaram-se como mulher sem fazer cirurgia para tirar o pênis. O que há entre as pernas já não define ninguém. E a posição de homem heterossexual no topo da hierarquia nunca foi tão questionada como nos últimos anos.
Tanto que, como reação, surgiram proposições como criar o “Dia do Orgulho Heterossexual” ou o “Dia do Homem” e até o “Dia do Branco”. Não faz sentido criar datas para quem tem todos os privilégios, mas as propostas apontam como mesmo a perda destes privilégios em particular parece balançar o mundo de quem sempre teve a coleção completa de vantagens como direito inalienável.
O que a maioria dos homens entendia como direito – falar o que bem entendesse, especialmente para uma mulher – já não era possível. “Não dá para falar mais nada” se tornou uma frase clássica na boca destes homens. As já tradicionais piadas de “viado”, um tema clássico de fortalecimento da identidade de macho, tornaram-se inaceitáveis. O “politicamente correto”, que Bolsonaro e seus seguidores tanto atacaram nesta eleição, foi interpretado como agressão direta a privilégios que eram considerados direitos.
Para um homem pobre, seja ele branco ou negro, tripudiar sobre gays e/ou mulheres na vida cotidiana pode ser a única prova de “superioridade” enquanto enfrenta o massacre diário de uma jornada extenuante e mal paga. Bolsonaro compreendeu isso muito bem. Em seu discurso para a população aglomerada na Praça dos Três Poderes, nesta terça-feira, o presidente recém-empossado colocou o combate ao “politicamente correto” como uma das prioridades do seu governo. Não a assombrosa desigualdade social, que até mesmo presidentes conservadores achavam de bom tom citar, mas a necessidade de “libertar” a nação do jugo do “politicamente correto”.
Logo no início do discurso, Bolsonaro afirmou: “É com humildade e honra que me dirijo a todos vocês como presidente do Brasil e me coloco diante de toda a nação neste dia como um dia em que o povo começou a se libertar do socialismo, se libertar da inversão de valores, do gigantismo estatal e do politicamente correto”.
É esse brasileiro “acorrentado” que votou para retomar seus privilégios, incluindo o de ofender as minorias, como seu representante fez durante toda a carreira política e também na campanha eleitoral. Para muitos, o privilégio de voltar a ter assunto na mesa de bar – ou o de não ser reprimido pela sobrinha empoderada e feminista no almoço de domingo.
Somado a isso, as cotas raciais nas universidades, assim como o Estatuto da Igualdade Racial, conquistas dos movimentos negros reconhecidas pelos governos do PT, atingiram fundo os privilégios de raça, tão enraizados quanto os privilégios de classe e de gênero no Brasil, possivelmente mais.
Os negros passaram a não aceitar passivamente ser maioria nas piores estatísticas, ter menos tudo, assim como morrer mais e mais cedo. É desse confronto que vem a frase sem qualquer lastro na realidade, mas repetida com persistência por Bolsonaro e seus seguidores: a de que “o PT inventou os conflitos raciais”. É claro que, enquanto os negros seguissem aceitando o seu lugar subalterno e mortífero na sociedade brasileira, não haveria conflito. Mas esse tempo acabou e até mesmo lugares que pareciam reservados apenas aos filhos dos brancos, como as carreiras mais disputadas das universidades públicas, começaram a ser ocupados pelos negros.
Para as famílias, especialmente as brancas, outra mudança atingiu profundamente um privilégio arraigado que está na formação do Brasil, e que foi pouco alterado pela abolição da escravidão negra. No início da segunda década do século, a “PEC (Proposta de Emenda Constitucional) das Domésticas” deu a essa categoria formada majoritariamente por mulheres, a maioria delas negras, direitos trabalhistas que outras categorias tinham há décadas mas que sempre foram negados a elas, como o limite da jornada de trabalho e o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).
Isso fez com que muitas famílias de classe média temessem não poder mais manter a sua escrava contemporânea fazendo todo o serviço dentro de casa e/ou cuidando dos filhos dos patrões por um tempo ilimitado de horas. Essa medida afetou profundamente as mulheres brancas de classe média, ainda hoje em grande parte responsáveis pela administração doméstica, apesar dos avanços feministas. As reclamações ocupavam todos os espaços. Os direitos das empregadas domésticas eram compreendidos como privilégios, quando na verdade era o privilégio dos brancas de ter uma mulher negra explorada e mal paga fazendo o serviço doméstico que estava em jogo.
Os direitos de gênero, classe e raça estão conectados. O reconhecimento destes direitos e a ampliação do acesso dos negros a espaços até então reservados aos brancos teve grande impacto no resultado eleitoral e também no antipetismo. O ódio dos bolsonaristas se expressa não na ação, mas na reação: a de quem se defende do que acredita ser um ataque. Também por isso sentem ser legítimo lançar as piores e mais violentas palavras contra o outro. Acreditavam – e ainda acreditam – estar apenas se defendendo, o que na sua visão de mundo justificaria qualquer violência. Também por isso o outro é inimigo – e não opositor.
Mas qual é o ataque que acreditam estar sofrendo? A suspensão de privilégios que consideravam direitos, acirrada pelo desamparo que uma crise econômica e a ameaça de desemprego provocam. Era gente – principalmente homens, heterossexuais e brancos – que nos últimos anos via o chão desaparecer debaixo dos seus pés. Excluídos das elites intelectuais, pressionados a ser “politicamente corretos” porque outros saberiam mais do que eles, ridicularizados na sua macheza fora de época, assombrados por mulheres até mesmo dentro de casa, reagem. Como se sentem fracos, reagem com força desproporcional.
Esses brasileiros não querem um homem melhor do que eles na presidência. O que querem é um homem igual a eles no governo. Numa época em que até as metáforas se literalizaram, Bolsonaro lhes devolve – literalmente – aquilo que sentem que lhes foi tirado. Ao assumir o poder, Bolsonaro mostra que a ordem do mundo volta ao “normal”. Com Bolsonaro, eles voltam também ao Governo de suas próprias vidas, sem serem questionados nem precisarem ser questionados sobre temas tão espinhosos como, por exemplo, a sexualidade e seu lugar na família e na sociedade.
São principalmente homens, mas também são mulheres que sentem que a opressão é um preço baixo a pagar para voltar a um território que, mesmo asfixiante, é conhecido e supostamente mais seguro num mundo movediço. São brasileiros que pertencem a diferentes religiões, mas a votação mais expressiva recebida por Bolsonaro foi entre os evangélicos. As igrejas evangélicas neopentecostais têm multiplicado o número de fiéis e aumentado sua representação no Congresso nos últimos anos, encarnando uma das mais importantes mudanças culturais – e políticas – do Brasil.
Como disse Bolsonaro em seu discurso às massas, logo após ser ungido com a faixa presidencial: “Não podemos deixar que ideologias nefastas venham a dividir os brasileiros. Ideologias que destroem nossos valores e tradições, destroem nossas famílias, alicerce da nossa sociedade. Podemos, eu, você e as nossas famílias, todos juntos, reestabelecer padrões éticos e morais que transformarão nosso Brasil”.
Como se sentiam burros diante da intelectualidade acadêmica que sempre lhes torceu o nariz pontudo, os bolsonaristas adotaram seus próprios intelectuais. E também foram adotados por eles, como fez Olavo de Carvalho, que graças a isso se tornou um autor best-seller e passou a exercer seu autoproclamado “anarquismo” de forma bastante interessante.
Bolsonaro torna-se então aquele que “não tem medo de dizer o que pensa” ou “aquele que diz a verdade”. Bolsonaro se torna herói porque enfrenta o “politicamente correto” e liberta os sentimentos reprimidos de seus iguais. Eles, que começam a se sentir uns merdas diante de mulheres cada vez mais assertivas e de negros que não aceitam mais um lugar subalterno podem então voltar a mentir sobre privilégios serem direitos – e afirmar que esta é “a verdade”. Bolsonaro prega “transformação”, mas só se elegeu porque sua proposta de “mudança” trabalha com a ilusão do retorno. Essa “nova direita” compreende muito bem os anseios de uma parcela dos homens desesperados desse tempo.
Na tentativa de volta ao passado que já não pode ser, mesmo com Bolsonaro no poder, os privilégios perdidos foram tachados de “ideologia”. Aqueles que ideologizam tudo, até mesmo a orientação sexual e a religião alheias, culpam a ideologia por tudo. Se não gostam dos fatos, como o aquecimento global, convertem-nos em “ideologia marxista”. Transformam “politicamente correto” num palavrão. Qualquer limite torna-se uma afronta à liberdade, em especial a liberdade de ser violento. Chamam todos aqueles que apontam a necessidade de limites de “comunistas” ou “esquerdistas”, como se ambas as palavras significassem uma espécie de pecado capital.
Como sentiam-se oprimidos por conceitos que não compreendiam, os bolsonaristas descobriram que poderiam dar às palavras o significado que lhes conviesse porque o grupo os respaldaria. E, graças às redes sociais, o grupo os respalda. O significado das palavras é dado pelo número de “curtir” nas redes sociais. Esvaziadas de conteúdo, história e consenso, esvaziadas até mesmo das contradições e das disputas, as palavras se tornaram gritos, força bruta.
É assim que um homem medíocre como Bolsonaro vira “mito”. Ameaçados de perder a diferença que lhes garante privilégios que já não podem ter, Bolsonaro e seus seguidores corrompem a realidade e afirmam sua mediocridade como valor. Macho. Branco. Sujeito Homem.
Mas é este brasileiro que chega ao poder com Bolsonaro? Em parte sim. Mas em parte não. Este é o enredo que assistiremos a partir de agora. Tornar-se adulto não é apenas uma condição biológica. É, no sentido mais amplo, reconhecer seus limites e responsabilizar-se pelas próprias escolhas. Bolsonaro, claramente, é uma criança voluntariosa e mal educada que precisa da aprovação dos maiores.
Ao vislumbrarem que Bolsonaro poderia ganhar a eleição, diferentes grupos das elites se aproximaram e respaldaram sua candidatura. Cada um com seu projeto próprio. Há Paulo Guedes, o ultraliberal ambicioso e intoxicado pela própria importância que quer marcar a história, comandando o superministério da Economia. Há Sergio Moro, o juiz que mostrou que pode violar a lei caso ela perturbe seu projeto pessoal, porque acredita que seu projeto pessoal é público e acredita saber o que é melhor para a nação, como acreditam todos os que se creem superiores ou mesmo super-heróis.
Há os representantes do “agronegócio”, ramo que no Brasil se confunde com crimes como grilagem (roubo) de terras públicas e conflitos agrários causadores de dezenas de assassinatos a cada ano. Fiadores do governo de Michel Temer (MDB) e também da candidatura de Bolsonaro, os ruralistas não apenas estão no governo, mas “são” o governo.
Esse grupo vai abrir a Amazônia para a exploração – soja, gado e mineração, além de grandes obras. Isso significa, entre outras medidas, mudar ou “regulamentar” a Constituição para abrir as terras públicas de usufruto exclusivo dos indígenas ou as terras coletivas dos quilombolas para lucros de grupos privados. Uma das primeiras medidas de Bolsonaro, logo após ser empossado na presidência, foi transferir a demarcação das terras indígenas e das terras dos quilombolas para o Ministério da Agricultura. Já no primeiro dia Bolsonaro entregou o futuro da floresta e do cerrado àqueles que os destroem.
No escalão mais subalterno, há um ministro do Meio Ambiente condenado por violar o meio ambiente, um ruralista escolhido pelos ruralistas. Há uma ministra da cota evangélica que vai cuidar de temas tão amplos como direitos humanos, mulheres e indígenas, a partir de uma leitura literal da Bíblia. Há um ministro de Cidadania que será responsável também pela área da cultura, mas já afirmou não entender nada da área.
Há ainda os ministros da cota afetiva de Bolsonaro, como o chanceler Ernesto Araújo, que assumiu para si a tarefa de construir a base intelectual da ideologia de Bolsonaro. Em artigo publicado numa revista americana, o diplomata que parece desprezar a diplomacia lançou uma espécie de nacionalismo religioso: “Deus através da nação”. E há o ministro da Educação que acredita que o golpe que levou o Brasil a 21 anos de ditadura deve ser comemorado. O apagamento da história, sacrificando os fatos em nome da ideologia, é uma das missões do governo Bolsonaro.
E há, finalmente, aquele que é talvez o grupo mais significativo, composto por sete militares ocupando postos chaves no governo. Nem sempre esses grupos concordam sobre o que é melhor para o Brasil. É provável que em alguns pontos possam discordar radicalmente. Como então o garoto Bolsonaro vai lidar com a disputa de gente grande?
Como o menino mimado vai se haver com a realidade, agora que a campanha acabou? Como vai ser quando a corrosão dos dias ameaçar a paixão das massas? E, no lado oposto, como os adultos da sala vão lidar com a criança cheia de vontades quando ela não puder ser manipulada – ou estiver sendo manipulada pelo grupo adversário – e ameaçar seu projeto de poder? Como se dará essa negociação? Quais são os riscos de ruptura?
Como todo medíocre, Jair Bolsonaro arrota ignorância como se fosse sabedoria. Mas, também como todo medíocre, no fundo, bem no fundo, ele suspeita que é medíocre. E busca desesperadamente a aprovação dos adultos.
No momento, Bolsonaro está encantado por ter um intelectual ligado à Escola de Chicago dizendo a ele o quanto é especial. Um herói da Operação Lava Jato lhe tecendo elogios. E, principalmente, generais batendo continência ao capitão. Mas a realidade é implacável com as ilusões.
Para acirrar a possibilidade de conflitos, há ainda a família de Bolsonaro, com seu trio de principezinhos, desta vez mimados pelo pai, que ainda chama marmanjos sem limites de “garotos”. Extasiados com o poder, eles já mostraram o quanto gostam do palco e quanta confusão podem aprontar. Como pai típico deste momento histórico, Bolsonaro protege seus meninos. Neste caso, da própria mediocridade. Os Bolsonaros Júnior parecem ter certeza de que são excepcionais e que a realidade vai se dobrar à sua vontade. Se não se dobra, sempre podem chamar “um cabo e um soldado” para fazer o serviço.
A experiência de Brasil que agora se inicia é fascinante. Mas só se vivêssemos em Marte e se a maior floresta tropical do planeta não estivesse ameaçada. Em algum momento, Jair Bolsonaro se olhará no espelho e verá apenas Fabrício Queiroz, o PM e ex-assessor do filho que não consegue explicar de onde vem o dinheiro que depositou na conta da primeira-dama. Em algum momento, Jair Bolsonaro poderá se olhar no espelho e verá apenas a imagem mais exata de si mesmo. Assombrado pela verdade que não poderá chamar de “fake news”, ele correrá para as ruas para ouvir os Queiroz gritarem: “Mito! Mito! Mito!”. Mas o grito pode ter sido engolido pela realidade dos dias. Saberemos então, em toda a sua magnitude, o que significa Bolsonaro no poder.”
Homem Mediano no Poder: Carência de Líder Respeitado publicado primeiro em https://fernandonogueiracosta.wordpress.com
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Crescer como evangélico nos anos 1990 era estar rodeado de literatura de ficção religiosa que muitas vezes fundamentava crenças, doutrinas e até mesmo práticas missionárias de algumas gerações de missionários. Na live Angela Natel e Wellington Barbosa revisitarão a literatura de guerra espiritual evangélica dos anos 90 e início dos anos 2000 e falarão como essa literatura permeia até os dias de hoje boa parte da práxis religiosa brasileira nas igrejas e no ambiente cultural. Textos importados da Califórnia, América Latina que ganharam força no Brasil através de organizações missionárias internacionais e movimentos de crescimento de igrejas. Venham conosco revisitar aquele mundo tenebroso que visava libertar cativos e tirar os porcos das salas e das mentes através de batalhas espirituais em demarcação de territórios, geopolítica e cartografia missionária. Será no feriado 07 de setembro às 17:00 horas no canal Calango Sagrado no Youtube. Vista sua armadura de filho do fogo e nos vemos lá! Ative já o lembrete para não perder! https://youtube.com/live/BYvi5T6Dkgk?feature=share
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Luiz Bolognesi sobre o FICA: "é uma honra ter um filme no festival"
Diretor abriu a programação com exibição do documentário "Ex-Pajé" e concedeu entrevista exclusiva ao Mais Goiás sobre o FICA, o cinema e o meio ambiente
Este texto está disponível originalmente pelo link: https://www.emaisgoias.com.br/luiz-bolognesi-sobre-o-fica-e-uma-honra-ter-um-filme-no-festival/
Muito humilde, acessível e de fala baixa, o cineasta paulistano Luiz Bolognesi concedeu entrevista exclusiva ao Mais Goiás quase às pressas. É que ainda hoje (6) ele pega um avião com destino à Inglaterra. Por lá, seu novo filme, o documentário Ex-Pajé, compõe a mostra competitiva de cinema ambiental do Sheffield Doc Fest, segundo festival de cinema documental mais importante do mundo, atrás somente do IDFA, na Holanda. "Esse festival chama pouquíssimos filmes do Brasil, isso é muito raro, por isso é importante. Isso é incrível pro cinema brasileiro", conta.
Ex-Pajé estreou há dois meses no Festival de Berlim onde recebeu o prêmio especial do júri. Desde então, a vida de Bolognesi tem sido uma correria de festival em festival. "O filme tá rodando o mundo, só no mês de maio ele foi exibido em quatro continentes. Berlim abre a porteira. Quando você é selecionado pra Berlim, já abre, se é premiado, então", comenta.
Você pode não estar ligando o nome à pessoa. Além de diretor de cinema, Bolognesi atua como produtor e roteirista e é mais conhecido por ter escrito alguns dos filmes de ficção mais bem-sucedidos da história recente do Brasil como, por exemplo, Bingo – O Rei das Manhãs, candidato brasileiro à última edição do Oscar, assim como os clássicos recentes Chega de Saudade (2007) e Bicho de Sete Cabeças (2000).
Seu projeto mais recente, porém, é bem diferente. Ex-Pajé conta a história de Perpera Suruí, da nação Paiter Suruí, de Rondônia, e seus dilemas após a chegada de um pastor evangélico na aldeia que, além de evangelizar boa parte da população, volta os fiéis contra o sábio, dizendo que suas palavras são coisas do diabo. Conversamos com o cineasta sobre o filme estas questões e o resultado você confere abaixo.
Mais Goiás: você já tinha convívio com essa aldeia? Como a história de Perpera chegou até você?
Luiz Bolognesi: Eu tava fazendo um outro documentário sobre jovens que estão mudando o mundo através da internet, para a televisão (minissérie Juventude Conectada, disponível na internet) e aí eu detectei que havia esses jovens Paiter Suruí em Rondônia que estavam enfrentando madeireiros que invadem as terras indígenas. Eles estavam usando celular para fotografar as placas dos caminhões de madeireiros, marcavam com o GPS e subiam as denúncias para as redes sociais e as ONGs internacionais pressionavam a Polícia Federal a agir. Eu já estava interessado nos pajés e perguntei pra eles se eles tinham pajé e eles disseram ‘nós temos um ex-pajé’. E me trouxeram o Perpera e ele chegou pra mim com o rosto tatuado, com o terno e gravata dois números maiores. Ele me contou que não estava daquele jeito porque ele queria e gostava, mas porque ele foi obrigado a usar aquela roupa e obrigado a deixar de ser pajé pelo pastor que estava na aldeia. Que ele não conseguia dormir de noite de luz apagada porque os espíritos da floresta não deixavam ele dormir em paz porque ele não fazia mais os cantos nem tocava mais as flautas sagradas e os espíritos batiam nele de noite. Eu achei essa história incrível, é um retrato do que está acontecendo no Brasil hoje.
MG: E ao fim das filmagens, o Perpera parecia ter encontrado uma resposta para os seus dilemas?
Luiz: O filme mostra um pouco isso. Ele tá muito angustiado, ele está sofrendo muito. Até os 20 anos eles viveram sem contato com os homens brancos, isolados. Ele começou a virar pajé aos 13 anos por causa de sonhos que ele tinha e ele foi durante as décadas de 1970, 1980 e 1990 o centro espiritual daquela aldeia. De repente, do nada, ele vira a voz do diabo. É uma angústia muito grande e pra ser aceito no grupo ele tem que abandonar tudo o que ele sabe e faz para ser zelador em uma igreja evangélica. Ele vê os espíritos, ele escuta os espíritos. Ele faz o trabalho dele escondido porque quando as famílias estão com problemas mais graves elas chamam ele escondido e agora ele é um cara que vive a sua velhice em negação de toda a sua sabedoria por causa de uma inquisição.
MG: A questão da destruição da cultura tradicional indígena pela invasão do homem branco é um tema recorrente no debate atual. Os índios estão revertendo essa situação?
Luiz: Acho que os índios estão fazendo isso. Estão tendo uma relação antropofágica com a cultura dos brancos. Alguns poucos optam pelo isolamento. É uma minoria. A maioria tem aprendido que é preciso interagir com os brancos. A tendência maior é dialogarem com os brancos. A gente quer carro, celular, tecnologia, mas não queremos perder a nossa língua, a nossa cultura e o nosso modo de viver.
MG: Você viu isso durante as filmagens?
Luiz: É um jogo muito tênue entre dar certo e dar errado. Hoje, por exemplo, os Paiter Suruí estão exportando café pra Suíça, só que eles não devastam a floresta. Eles produzem no meio da floresta e não é um volume muito grande. Eles não querem acumular e ter dinheiro pra c*ralho, eles querem ter tecnologia, ter moto e isso eles conseguem, usando pequenos pedaços de roça e a mata. Eles ainda querem manter o bicho-preguiça que é sagrado pra eles, querem manter os animais que eles caçam, então estão digerindo a nossa cultura, estão aprendendo a lidar. Eles estão muito vivos. Não são coitados. A maneira como os brancos agem em relação a eles que é um processo muito agressivo.
MG: E tem também a visão do branco, que acha que porque o indígena anda de carro e tem celular ele deixa de ser índio.
Luiz: Ninguém fala que porque o português deixou de andar de caravela ele deixou de ser português. Ele não deixa de ser índio porque usa um celular. O português continua sendo português em todo lugar, assim como o índio continua sendo índio em todo lugar. Eles se transformam, eles estão escolhendo. Os caras chegam pra eles oferecendo muito dinheiro pra sair da terra e eles falam não e o branco tem dificuldade de compreender isso.
MG: Você acha que a questão indígena está crescendo no olho público?
Luiz: Eu acho que está. É uma questão que atrai um olhar muito forte por ter um interesse econômico nas terras deles e porque eles estão aprendendo a se unir para enfrentar a violência branca. Por outro lado, conforme a questão ambiental cresce tanto e deixa de ser a preocupação de meia dúzia de hippies ambientalistas e passa a ser uma preocupação de economistas, que se preocupam em como em evitar crises hídricas que possam afetar a criação de gado e o plantio de soja, o meio ambiente como questão econômica evidencia na cara de todo mundo que os maiores ambientalistas da Terra são os índios. As maiores reservas que temos no Brasil são todas em território indígena. Então se tem alguém que entende de sustentabilidade, regime de agrofloresta e manter a floresta de pé, são os povos indígenas.
MG: No circuito audiovisual internacional, os gringos possuem interesse nessa questão?
Luiz: Faz tempo. Eles têm um interesse, uma preocupação muito grande com a floresta amazônica e os povos indígenas da América. Eles são muito sensíveis a isso. Os filmes repercutem lá fora. Eles ficam muito indignados: como é possível que o Estado brasileiro e as leis brasileiras permitam que uma igreja se instale em uma terra indígena e comece um processo em pleno século XXI de catequização, trabalhando com culpa, medo e violência em cima dos sacerdotes tradicionais desse povo? Os gringos têm muita atenção, muito interesse na questão ambiental e indígena do Brasil.
MG: E sobre o FICA, qual é a importância deste festival de cinema ambiental?
Luiz: Eu estou com a agenda super corrida, com festivais internacionais e tal, e fiz questão de encaixar essa vinda pra cá porque considero esse festival super importante e ele está crescendo. É importante até por onde ele acontece: em uma cidade que ainda está cercada por um Cerrado que resiste, isso é muito simbólico e potente. O festival tem uma potência muito grande, vejo isso pelas pessoas que já vieram e que estão vindo este ano e pra mim é uma honra ter um filme no festival. Acho muito importante a preservação e o crescimento dele, porque acaba irradiando para o Brasil todo e para fora do Brasil, assim como é muito bom para a própria cultura de Goiás firmar o seu lugar nessa intersecção entre audiovisual e o meio ambiente. É o maior festival de cinema ambiental do Brasil e o mais importante da América Latina, então é um evento que eu já vim duas vezes e espero vir muitas outras vezes.
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Aprenda Tocar Violão, Solos, Batidas, Músicas Fáceis
Muitas pessoas almejam aprender a tocar violão, mas poucas estão dispostas a passar muitos meses treinando, quando começam as aulas percebem que negócio não é tão simples e vários acabam desistindo. Você tem grandes chances de aprender tocar violão sozinho, unicamente com os vídeos aulas segmentadas para iniciantes. Em 15 de agosto de 1965, os Beatles fizeram primeiro concerto da história do rock and roll num estádio descerrado, ao se apresentarem no estádio de beisebol Shea Stadium, Nova Iorque, para uma plebe formada por 55.600 pessoas. Vejamos logo as outras dicas de como aprender a tocar violão passo a passo. Se as cordas se ondulam e reproduzem um som abrasado é porque os seus dedos não estão no lugar certo. Um pequeno acorde, bastante bom pára debutar, abaixo possui um curso muito interessante para quem quer tocar de verdade. Será oferecido músicas fáceis, com poucos acordes e solos de violão essas aulas possuem formas simplificadas e muito diretas. Bastante calor ou muito frio muda a tensão das cordas - lembra-se das aulas de termodinâmica? Se você procura aprender as notas de violão para iniciantes mais utilizadas chegou ao local certo. Aprenda a Tocar Violão Sozinho em Casa ! Nessa estação, Francisco já era professor da Faculdade de Música de Tatuí (SP), onde introduziu curso de violão, missão que ocuparia durante 15 anos. Em geral, a escola relaciona a interpretação de quadrinhos à interpretação de textos de ficção. Acordes são agrupamentos de notas musicais. Se você almeja tocar música evangélica, como os hinos da Harpa Cristã, louvores de sucesso, corinhos de lume, assista as aulas de violão no canal Violao MC DOREMI. Logo, a 1ª risco a direita é a corda Mi ( 1ª corda do violão, ” mizinha ” ) e a 1ª traço a esquerda também é Mi ( 6ª corda do violão, ” Mizão ” ). Som e formado a lascar da moradia pressionada no braço do instrumento. No Violão e na Guitarra, essas notas estão dispostas em todo braço, nas cordas, em seqüência lógica, que se repetem à proporção que a corda for pressionada. Hoje, são tocadas músicas de vários instrumentos nele. Ola Allan, estimaria de descobrir seguinte, eu ja tive uma aula pratica, com pequeno número de exercícios, e estou treinando, esta surtindo efeito, lógico que com a minha dedicação, so que eu quero aprender mas, e eu tenho somente uma lição por semana, sendo que, meu mestre quebrou braco, desgraçadamente! Tentar aprender a tocar músicas diferentes em um instrumento desentoado pode confundir você. NÍVEL 1 - VIOLÃO DO ZERO:Você aprenderá os primeiros Acordes, Dedilhados e Ritmos no Violão de forma absolutamente Organizada e Prática por intermédio de Planos de Estudo Direcionados.
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HOMEM LIVRE
longa-metragem de ficção | 85’ | direção de Alvaro Furloni | roteiro de Pedro Perazzo | co-produção com Segunda-Feira Filmes
Após anos na cadeia por um crime que chocou o país, um ex-ídolo do rock nacional encontra abrigo em uma pequena igreja evangélica. Ele só quer ser esquecido, mas seu passado volta para assombrá-lo.
com Armando Babaioff, Flávio Bauraqui, Rosane Mulholland, Thuany Andrade, Márcio Vito e Giancarlo Di Tommaso
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