#feliz ano novo coleguinhas!
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Interações religiosas no início da modernidade no sul da Ásia
A literatura acadêmica recente fez muito para iluminar a ampla variedade de maneiras e contextos nos quais hindus e muçulmanos do sul da Ásia interagiram historicamente. Embora abordando o tópico por meio de uma série de lentes e metodologias, uma tendência comum que permeia grande parte dessa literatura é uma crítica repetida e persistente de gerações anteriores de historiografia nacionalista do sul da Ásia, em que toda a história pré-moderna das relações hindu-muçulmanas é entendida como uma sequência de eventos que inelutavelmente caminham em direção à Partição Índia-Paquistão de 1947. Como Carl Ernst explica a questão: “[o] principal pressuposto distorcido no pensamento histórico indiano hoje lê o passado medieval em termos de nacionalismo religioso moderno. Nessa visão, eventos históricos são implicitamente vistos como prefigurando a partição da Índia Britânica em uma República Islâmica do Paquistão e uma União Indiana predominantemente Hindu.” Em tais histórias nacionalistas, “Hinduísmo” e “Islam” são assumidos como realidades discretas e limitadas que são fundamentalmente, mutuamente opostas ou mesmo hostis, mas para as forças individuais (proto-seculares) que as administrariam e apaziguariam. Em representações do Império Mughal, por exemplo, rotineiramente encontramos o período sendo caracterizado por duas “facções”: por um lado, um grupo “pluralista”, “tolerante”, incluindo o Imperador Akbar (m. 1605) e o Príncipe Dārā Shikōh (m. 1659), apoiando iniciativas “liberais” como o movimento de tradução Mughal (e prefigurando uma Índia moderna e secular); e então outra facção, “ortodoxa”, representada por gente como o Imperador Aurangzeb (m. 1707), resistente a qualquer envolvimento com qualquer coisa considerada além do âmbito de um Islam “puritano” ou “legalista” estreitamente definido (prefigurando o estado-nação paquistanês). Para citar apenas uma representação característica do “processo de coexistência pacífica” supostamente representado por gente como o movimento de tradução Mughal: Este processo de reaproximação e ajuste mútuo sofreu reveses temporários às vezes… devido a conflitos entre as forças que apoiavam a ortodoxia e o liberalismo, entre a intolerância e o espírito de tolerância. Dentro da própria sociedade muçulmana, havia pequenas seções que se apegavam firmemente à ortodoxia e evitavam todo gesto de reconciliação com outros grupos religiosos, enquanto também havia um número bastante grande delas que condenavam a atitude das seções intolerantes e defendiam a boa vontade e a tolerância mútuas. Essas tendências divergentes — uma inclinada para o revivalismo, a outra para a "paz com todos" — tinham suas próprias listas de apoiadores e oponentes dentre a comunidade muçulmana.
Nessa leitura da história do sul da Ásia, os mais de mil e trezentos anos de interações históricas variadas entre hindus e muçulmanos podem ser amplamente reduzidos a essas duas inclinações concorrentes, disputando gerações para moldar um ambiente "ortodoxo" e religiosamente exclusivo (a serviço de um islamismo "legalista" ou de um hinduísmo "castista e brâmane") ou então um estado liberal tolerante, pluralista — e, muitos acrescentariam, necessariamente "heterodoxo" — que consegue reconciliar o islamismo e o hinduísmo entre si, apesar de sua hostilidade recíproca natural e inata.
Buscando corretivos para essas histórias nacionalistas anacrônicas, dicotômicas e teleológicas, acadêmicos como Richard Eaton, Will Sweetman, Dominique-Sila Khan, Richard King, David Lorenzen e muitos outros alertaram contra a visão de que o “hinduísmo” e o “islamismo” são entidades objetivas e ontológicas, enfatizando, em vez disso, a natureza historicamente construída humanamente dessas categorias. Como Ernst explica novamente a respeito de “suposições sobre as essências imutáveis do islamismo e do hinduísmo”: Eu gostaria de argumentar que esse tipo de abordagem é fundamentalmente enganosa… essa abordagem é a-histórica ao considerar as religiões como imutáveis, e não leva em conta os variados e complexos encontros, relacionamentos e interpretações que ocorreram entre muitos muçulmanos e hindus… ela assume [por exemplo] que há um único conceito claro do que é um hindu, embora essa noção esteja cada vez mais sendo questionada; evidências consideráveis se acumularam de que conceitos externos de religião, primeiro da cultura islâmica pós-mongol e, eventualmente, do cristianismo europeu no período colonial, foram aplicados a uma infinidade de tradições religiosas indianas para criar um único conceito de hinduísmo.
Consequentemente, tais estudiosos afirmam, preocupados como estamos com as realidades modernas aparentemente intratáveis (e frequentemente traumáticas) de uma Índia e Paquistão em conflito, crescentes conflitos comunitários entre hindus e muçulmanos e nacionalismos religiosos, nós com muita frequência inventamos uma narrativa problemática do passado nestes termos contemporâneos; se hoje observamos que, no sul da Ásia Mughal do século XVII, uma luta estava sendo travada entre as forças irreconciliáveis da "ortodoxia" e da "reaproximação" entre o "hinduísmo" e o "islamismo", então é porque estamos projetando categorias distintamente modernas de volta ao passado pré-moderno. Uma estrutura melhor veria, em vez disso, uma história cumulativa de interações particulares entre indivíduos e instituições particulares, nas quais conceitos, ideias, identidades sociais e religiosas, agendas políticas, etc., estão sendo constantemente remodelados, desafiados e renegociados por meio de processos históricos complexos incorporados em uma variedade de contextos do sul da Ásia.
No reino das trocas mais cotidianas, por exemplo, estudos etnográficos de santuários do sul da Ásia e tumbas de santos sufis (dargāh/mazār) iluminaram padrões distintamente locais de identidade religiosa que diferem marcadamente de contextos mais "elitistas". Muçulmanos e hindus igualmente (e, em certos locais, cristãos, sikhs e outros) visitam regularmente esses espaços intercomunitários em busca de cura e bênçãos para os desafios cotidianos da vida, participando de uma "gramática ritual compartilhada" que exibe o tipo de "limites religiosos permeáveis" que frustram as categorias usuais de "hindu" e "muçulmano"; embora não etnográficos em orientação, estudos históricos sobre a apropriação muçulmana de técnicas posturais e respiratórias iogues produziram percepções comparáveis. Consequentemente, os acadêmicos às vezes inovaram categorias novas ou modificadas, como “hindu vernacular” ou “ambiguamente islâmico”, a fim de capturar essas iterações “populares e não institucionais” da prática religiosa do sul da Ásia. Estudos sobre vidas rurais do sul da Ásia desafiaram de forma semelhante a “ênfase exclusiva na comunidade religiosa” do campo, argumentando que a experiência individual vivida é simplesmente muito multivalente, socialmente interconectada e contextualmente específica para ser reduzida a um rótulo religioso singular. Essas intervenções serviram não apenas para problematizar o binário estático “hindu-muçulmano” da historiografia nacionalista, mas também para ampliar dramaticamente as possibilidades de como os acadêmicos podem conceituar as ações e decisões dos atores do sul da Ásia, convidando-nos a considerar motivações sociais, políticas, econômicas, culturais, estéticas e até emocionais ao lado de — e entrelaçadas com — explicações religiosas. Além disso, esses estudos afastaram o campo de descrições ultrapassadas de identidades religiosas “híbridas” ou “sincretistas”, terminologias que tendem a lançar o grupo em questão como uma mistura não natural de um “Hinduísmo” e um “Islam” estáticos e reificados, ambos de estas categorias são problemáticamente “presumidas como evidentes” pelos observadores modernos.
Translating Wisdom: Hindu-Muslim Intellectual Interactions in Early Modern South Asia - Shankar Nair
#hinduismo#islam#índia#paquistão#nacionalismo religioso#traducao-en-pt#cctranslations#translatingwisdom-sn#império mogol#imperador akbar#sul da ásia#we are so back!!!!#feliz ano novo coleguinhas!
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⸻ 𝒍𝒔𝒅𝒍𝒏 𝒄𝒂𝒔𝒕 𝒂𝒔 𝒃𝒐𝒐𝒌 𝒕𝒓𝒐𝒑𝒆𝒔 📖✒️
( parte 1, parte 2)
parte 3 (e última): francisco romero e matías recalt
obs.: olá misses bumbuns, todas bem? quero avisar que esta semana meu cachorro e minha mãe ficaram doentes ao mesmo tempo o que me fez entrar num estado de melancolia onde eu só conseguia ouvir car's outside e pensar em scenarios tristes, e a corda estourou pro lado do francisco, então já aviso que a prompt dele saiu direto da sadolândia, ok?
obs.²: minha próxima canetadinha será com ele, emabaixador dos muleques piranha, matías recalt, mas não vai sair tão rápido quanto a kukufer x student porque preciso fazer aulas da pós e ler "a interpretação dos sonhos" do freud. mas irá sair! além disso, muitíssimo obrigada pelo apoio nos últimos dias, me sinto muito feliz de poder escrever e ter pessoas que apreciam, significa muito pra mim <3
tw.: nenhum.
𝒇𝒓𝒂𝒏: first love + wrong time, right person
quando você o viu pela primeira vez tinha oito anos de idade. neto do caseiro da propriedade dos seus avós. mesmo para a idade, ele já era considerado bem alto, mas não era isso que lhe chamava a atenção. seu coração de menina se encantava sempre que ele ia com o avô consertar as cercas ou cuidar de algum animal nos celeiros. os cabelos loiros com alguns cachinhos e os olhos azuis cristalinos que te faziam lembrar de banhos de piscina e verão, ainda que fosse começo de julho.
depois de duas semanas de férias na fazenda, você e ele eram inseparáveis. gostavam de explorar toda a região, desde os currais até a beira do rio onde ele sempre te provocava sobre ter sapos, cobras e de uma vez que ele jurava ter visto um jacaré. era tão leve e inocente, tão doce, estar na companhia dele. mesmo da vez em que você tropeçara e um ralado enorme e feio abrira em seu joelho, porque isto o fizera lhe carregar de cavalinho até em casa, ou então quando sua mãe te excomungava, berrando e gesticulando, por chegar completamente enlameada pro jantar, porque minutos antes era o rapazinho quem te acompanhava na aventura de procurar poças para pular enquanto riam juntos.
no ano seguinte era a mesma coisa, a amizade de vocês se nutria por vários meses, ansiosos para que chegassem as férias e pudessem contar tudinho um ao outro sobre o que tinham passado, sobre brinquedos novos, sobre a escola e coleguinhas. você tinha até mesmo comprado um diário para escrever seus dias, com a promessa de que levaria para a fazenda e leria junto com ele para não se esquecer de nada.
no entanto, no inverno do seu décimo aniversário sua avó descobria uma doença, e a propriedade era colocada à venda a fim de custear o tratamento, o que significava também que você não mais voltaria lá nas férias seguintes ou em qualquer outro ano. seu único consolo fora quando, no último dia de estadia lá, antes que seus pais ajudassem seus avós com o restante da mudança, o loirinho pedira que você o acompanhasse até um ipê rosa enorme e florido nos fundos do pasto.
você em prantos enquanto a mão maior que a sua te puxava até debaixo dos galhos da tal árvore. a cada brisa mais forte pequenas pétalas e flores caíam sobre as duas crianças. ele se curvava e enxugava seu rosto com as mangas da blusa comprida. "ssshhh, tranquila, tranquila", o garoto soprava baixo, na tentativa de te acalmar. "me duele verte llorar así, hm?", e na verdade você queria entender como ele poderia estar tão calmo?
francisco romero, que já era dois anos mais velho, te abraçava e então pegava algo no bolso de sua calça. sutilmente, segurando sua mão pequena e colocando um anel feito de cordas e fibras de trepadeira, que ele mesmo tinha se dado o trabalho de fazer, em seu quarto dedo direito. "esto no es un adiós! te encontraré en el futuro, nena!", seguido de um selar muito breve e salgado (por causa das suas lágrimas); seu primeiro beijo.
e não só fora seu primeiro beijo, como também seu primeiro amor. nenhum dos dois precisava dizer que era, até porque não saberiam naquela época. mas ainda tinha a memória vívida de quando ele correra por vários metros acompanhando o carro onde você deixava a fazenda, gritando "hasta luego"s e "cuidate"s e de como as férias do ano seguinte haviam sido horríveis, e de que você não mais tinha escrito em diários desde então.
por estes motivos, vê-lo ali, depois de quinze anos, na sua festa de noivado, era como estar numa espécie de sonho induzido. o rosto não mudara tanto, tirando que agora ele sustentava um bigodinho ralo, e obviamente também tinha crescido ainda mais, mas os cachos angelicais e os olhos ainda eram os mesmos.
francisco caminhou até você que se levantou exasperada, caminhando apressada e dificultosamente por conta do vestido longo que usava até que o abraçasse. os braços longos não tardavam em retribuir e uma das mãos agora pousava na sua cabeça, afagando seus fios. até mesmo o cheiro de terra molhada com um aroma doce de flores nele continuava igual. e, como se regressassem anos, não disseram nada, nem se explicaram, já que ambos sabiam que faziam parte de uma trágica história de amor.
contudo, quando a festa ia se encerrando e a maior parte dos convidados já tinha ido embora, e seu noivo estava conversando com amigos perto do bar, francisco reaparecia com uma caixa de madeira e se sentava ao seu lado na mesa de toalhas brancas. sorrindo sem jeito e colocando o objeto sobre a superfície antes de empurrar na sua direção.
você o fitava curiosa, uma sensação de cócegas dançando bem na boca do seu estômago, e quando finalmente abria, via ali dentro vários cadernos. tinha de todos os tipos, todas as cores, alguns estavam visivelmente mais desgastados e manchados do que outros. "son diarios... después de que te fuiste, pensé que sería más fácil poder escribir como si estuviera hablando contigo", um riso nasalado o escapava enquanto seus olhos se enchiam de lágrimas, como da última vez em que tinham se visto. "nunca dejé de pensar que te volvería a encontrar".
e bem ali estava, o segundo eu te amo que vocês trocavam. seu choro era comportado, embora a vontade fosse de sair correndo e esperniando, os dedos com as unhas feitas com francesinhas agarravam e puxavam a caixa para si. você murmurava um obrigado fraquinho e ele se inclinava para selar sua bochecha antes de sair e deixar o buffet.
dia 5 de abril de 2024, a última nota do diario mais recente "nena, me contaram que você alugou a antiga fazenda dos seus avós para ter sua festa de noivado! confesso que mesmo depois de tanto tempo essas notícias ainda me pegaram de surpresa. enfim, eu escrevo esse último recado não só para parabenizar a mulher que você se tornou e a sua conquista, mas para te contar sobre aquele dia de julho anos e anos atrás. você me perguntou se eu não iria chorar e por que eu estava tão calmo, e eu menti. foi a única vez que eu menti, eu não estava tranquilo e eu queria muito chorar... eu chorei depois que o carro sumiu de vista! naquela época, com 12 anos, eu ainda não sabia o que eu sentia, não sabia o porquê de ficar com as mãos suadas quando andava até a casa principal pra te chamar pra brincar, não entendia porque ouvir sua risada me fazia querer rir junto, hoje eu sei. eu sempre vou te guardar com carinho. te amo. seu, fran."
➵ (/me escondendo de vocês com vergonha, toda capenga, manca e anêmica) e a pior parte foi que você não tinha tido a coragem de dizer que até então havia guardado o anelzinho de plantas, hoje já todo seco, na sua caixinha de jóias, mas quem sabe numa próxima vida ele seja a sua pessoa certa no tempo certo...
𝒎𝒂𝒕𝒊́𝒂𝒔: enemies to lovers + fake dating
seu mês estava começando da pior maneira possível e você tinha quase certeza que era por não ter gravado aquela maldita trend no tiktok "it's the first of the month". não existiam explicações racionais pra que seu ex estivesse na cidade e ainda por cima com a nova garota dele. ficava muito pior quando você descobria que seus amigos, que ainda eram amigos dele também, tinham o convidado pra resenha de mais tarde.
desde que felipe tinha se mudado para outro estado e cortado todos os laços contigo sua vida não tinha mudado em absolutamente nada. nada que ele pudesse olhar e pensar "uau, ela tá diferente", e isso estava te deixando fula da vida. você ainda era universitária, ainda não tinha arrumado a merda de um estágio e morava no mesmo bairro desde que se reconhecia por gente. o que te levava à sua segunda dor de cabeça do dia: matías recalt.
saiu a passos pesados de seu quarto, batendo chinelo até estar na porta da casa do garoto, espalmando a mão no portão e batendo, na esperança de que ele fosse ouvir com o som que ele tinha colocado no último volume. a música era diminuída e passos ocos soavam antes da passagem ser aberta pelo menino que vestia apenas bermuda. a carinha de pilantra e o sorrisinho canalha de sempre. "ay bebita, así terminarás haciendo que la puerta se caiga", ele implicou enquanto cruzava os braços e se recostava no metal. "que pasó, eh?".
matías tinha a mesma idade que você, tinham frequentado o fundamental juntos, mas foram para colégios diferentes no ensino médio, ele era seu completo oposto. você era reservada, ele conseguia resumir todos os eventos da vida dele para um uber numa corrida de sete minutos, você gostava de ler, ele preferia jogar pes e fifa, você curtia umas músicas melancólicas e alternativas, ele colocava funk e reggaetton pra vizinhança toda ouvir quase todos os dias. a competição que vocês nutriam enquanto crianças foi evoluindo pra algo ainda mais idiota depois de mais velhos, fazendo com que ambos só não conseguissem ficar no mesmo ambiente sem se alfinetar ou brigar.
contudo, quando ele deitava a cabecinha de lado, te medindo ali, uma ideia péssima surgia em sua cabeça, e sua falta de opções provavelmente faria com que você falasse em voz alta. ele tinha planos pra mais tarde? se ele prometesse não abrir aquela grande boca de sacola dele, ele bem que podia fingir seu novo namorado, né? coisa boba, só pelo tempo que vocês ficassem na resenha.
o outro erguia as sobrancelhas e abria um sorriso de fora a fora quando você terminava de falar, pensando que era muito bom pra ser verdade. aquilo seria motivo pra ele te açoitar pro resto da vida, até que vocês fossem bem velhinhos e ficassem na mesma casa de repouso por ironia do destino. "a qué hora te recojo entonces, mi noviazita?", você revirando os olhos com a escolha de palavras antes de dar as costas e sair dizendo que mandaria no whats dele.
o que o recalt não contava era que quando ele fosse te buscar às sete você estaria tão absurdamente linda, além de cheirosa pra cacete. o vestidinho de alcinhas que cobria quase nada das suas coxas roliças apesar de ter alguns babadinhos na barra, e a maquiagem que você tinha feito, toda delicadinha com um batom corando seus lábios faziam ele apertar o guidão da moto e morder o inferior engolindo seco. nenhum comentário sobre foi feito, ao passo que ele lhe fazia se segurar bem nele com a desculpa de não acabar caindo e te observando pelo retrovisor de minuto em minuto.
quando chegavam, você entrelaçava seus dedos nos dele, que por alguns segundos não se lembrava de acordo nenhum e sentia o coração ir parar no esôfago. mas ele aguentava bem, fazia uma batida de morango pra vocês dois dividirem e se apresentava pro seu tal ex, falando exatamente a historinha que você tinha inventado e mandado junto do endereço e horário pra ele no celular. ainda que não precisasse realmente, já que o pobre coitado claramente gostava de você há mais tempo do que se lembrava, mas sempre preferiu ficar no joguinho de gato e rato que vocês começaram num dia qualquer da quarta série.
isso, até que você fosse dançar com as suas amigas na pista de dança improvisada, jogando o quadril na direção onde os meninos, e pipe e a namorada nova estavam. o moreno observou durante uma música inteira, a expressão se fechando e não gostando nada quando ouvia um comentário sórdido de um deles sobre como você andava mais gostosa. caminhou até você e te segurou o pulso com firmeza, arrastando seu corpo até o estacionamento, aos protestos e tapas no ombro, mas no primeiro muro que via te prensava contra e te tomava os lábios num beijo profundo.
as mãozinhas parando de bater e tentar se soltarem até estarem relaxadas sobre os ombros dele, a boca se entreabrindo pra receber a língua quente e curiosa do vizinho irritante e um olhar de implorando por pica quando se separavam do ósculo, ainda que você perguntasse o porquê. "eres una tonta, cuántos besos necesito darte para que lo entiendas?"
➵ e no terceiro beijo, muito afoito, que vocês deram essa noite, matías teria te convencido de ir pra casa dele. vocês teriam fumado umzinho ouvindo alguma banda grunge da sua escolha e no auge da brisa você iria propor que ele continuasse "fingindo" ser seu namorado no dia seguinte na praia com a galera, até que o fingimento não tivesse prestando de mais nada e ele aparecesse com um punhado de flores (usurpadas de um canteiro alheio!) na sua porta. "isso não faz parte do acordo, recalt", "porra de acordo, menina, vai se arrumar que vou te levar no cinema".
#la sociedad de la nieve#lsdln headcanons#lsdln x reader#francisco romero reader#matias recalt reader#francisco romero scenario#matias recalt scenario
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Réveillon

Apesar do meu arrependimento em virar o ano na praia, acreditando que Yemanjá me ajudaria nesse ano que se iniciava, (ora, diziam que era a minha mãe!), ao menos, eu achava que de alguma maneira comemorava e renovava os votos.
Tudo era melhor do que ficar em casa.
Passei a infância com viradas de anos fartas, casa cheia, sempre visitava nossa tia. Um ano novo de família margarina. A rua inteira nos visitavam.
O único constrangimento, era a minha mãe, bêbada, nos abraços da meia-noite, vir me dá longos conselhos.
Sendo que pelo resto do ano, ela negaria qualquer conselho/opinião/conversa comigo, que não seja me desaprovar e reprimir.
Tudo bem. Não estragava a festa.
A festa acabou quando D. Aparecida morreu.
Com minhas tias no "comando da casa" ainda tivemos natais e réveillons, porém, meu pai e minhas tias meteram os pés pelas mãos, traição, o inferno espírita que Leninha implantou no lar.
As duas desistiram e partiram.
De certa forma, ambas não aguentaram S. Miro. Muita briga, confusão, traição e ciúmes. Embora o mais perdido dos três fosse meu viúvo pai.
Acabou natal e réveillon. Meu pai simplesmente ignorava a data. Mesmo já casado com minha madrasta (coitada). Enquanto foi casado com ele. Se não fosse para casa da irmã, e arrastasse meu pai junto. 24/25 e 31/01 eram como qualquer outro.
Meus dois irmãos mais velhos, mesmo quando minha mãe ainda viva, já tinha suas namoradas pra visitar, casas de amigos... Eles cresceram com muita liberdade (e dinheiro) para construírem desde cedo, uma rede social independente.
Alex, às vezes passava na rua do meio, com coleguinhas de rua. E eu que nada tinha? Dormir, como eles faziam.
Uma vez, pouco antes da meia-noite, meu pai me chamou, já estava deitada, Alex estava presente também. Ele, junto com minha madrasta fomos para o ferro-velho. No caminho, ouvíamos as casas em festa. Na rua, os atrasados para chegarem em algum destino e não passar a virada na calçada, porém entusiasmados, rindo, até bêbados.
Um silêncio no carro.
Quando descemos, fiquei constrangida. O vizinho em festa, nos olhou chegando. Sem glamour, sem alegria. Eles participaram de todas as festas de final de ano que minha mãe fez.
No ferro-velho, descobri que o objetivo, era olhar os fogos na laje da nossa antiga casa.
Fiquei na varanda. Os três subiram e aguardaram.
Logo em seguida, nas últimas explosões, meu pai desceu e me desejou "feliz ano novo". Sem entusiasmo.
Concluí que qualquer lugar e companhia era melhor que com a minha família.
A máscara caiu.
A família em todos os sentidos que possa imaginar, unidade, união, felicidade, financeira, estava morta. Morreu junto com minha mãe.
Tim Tim!
#réveillon#feliz ano novo#happy new year#yemanjá#copacabana#boas festas#feliz 2025#brazil#brasil#80s#infancia#familia#texto propio#crônica#melancolia#mãe#pai
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Oieee, booklovers!
Hj eu trouxe mais um post estilo mistura do q vi na rede vizinha + uma ajeitadinha minha ksksks
Bom, pra quem usa Spotify, já teve a retrospectiva desse ano e muita gente publicou e compartilhou com os coleguinhas. Então, eu estava bem plena no Insta e do nada me aparece uma "retrospectiva literária" que, apesar de genial, achei que poderia ter mais coisas, então vim fazer a minha, inclusive com uma mão do Skoob!
🎶| Páginas lidas: 15.136 || Lidos: 53
🎶| Mês em que mais leu: Julho (10)
🎤| Novos autores: vários autores nacionais como a Thaís Dourado, N.S. Park e Kézia Garcia.
🎧| Meu top gêneros
🥇| Ficção (22/53) ~ isso aqui veio do Skoob, mas não faço ideia de onde estão esses trinta livros que não são ficção, só lembro de ter lido um que não era
🥈| Jovem Adulto (20/53)
🥉| Fantasia (13/53) ~ pra vista do que li de fantasia nos últimos anos, isso aqui até que foi bastante
🎵| Autores mais lidos
🥇| Marissa Meyer
Só não dá pra colocar no "novos autores" pq li Instant Karma ano passado, mas li todos os outros livros dela, exceto a duologia Áureo, nesse ano - ou seja, os seis das Crônicas Lunares, três de Renegados e Sem Coração.
🥈| Thaís Dourado | Renata Lustosa | Kézia Garcia
Li três livros de cada uma delas, por isso estão empatadas no segundo lugar 🤡🫶🏻
🥉| Lewis Carroll | Stephanie Garber
Eu preferia esquecer que li dois livros de Era uma Vez um Coração Partido - me julguem, mas achei péssimo, não leria novamente -, mas como é oq tem, tá empatado no terceiro lugar com a duologia Alice.
🎙️| Favoritos do ano
❤️| Scarlet - Crônicas Lunares (Marissa Meyer)
Scarlet até hj é meu preferidinho da Marissa - msm depois de ter lido tanta coisa dela -, eu já sabia que ia amar o livro só de ler a sinopse kkkkkk
Sério, eu me apaixonei pelo prota logo no comecinho e daí pra frente foi só ladeira abaixo. A Scar tbm é a minha protagonista preferida pq quando ela mete uma coisa na cabeça, ninguém tira. Juntos eles são uma dupla poderosíssima!
💛| Brilhante como Ouro (Kézia Garcia)
Esse aqui é meu favorito da Kézia - é engraçadinho, fofo e traz reflexões na medida certa.
Há tempos Aurora sente que está sendo espionada, mas todos dizem que é coisa da cabeça dela, já que começou logo após a morte de sua mãe. Mas será que é mesmo sua imaginação?
🧡| Da Mesma Cor (Giovana Fochi)
O único que li da Giovana por enquanto, mas q achei perfeito.
É um romance "água com açúcar", mas ao mesmo tempo, traz algumas reflexões sobre a vida. É fofo, engraçadinho e um pouco sofrido. Mas antes de ler, vc tem q saber q o final é "aberto".
Bem, é isso.
Feliz ano novo! <3
#livros#leitura#livrosderomance#books & libraries#leitores#livros nacionais#books#marissa meyer#retrospectiva#retrospective#literature#books and reading#reading
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oi pessoal, isso aqui é só um aviso pra geral.
em alguns anos de comunidade vi que é normal as pessoas preferirem se pegar do que plotar conexões legais tanto que metade das asks do bibi's journal são sobre isso e tá tudo bem. mas isso tá se tornando chato demais. tem pessoas que sequer escondem ou disfarçam que estão aqui só pra smut e às vezes quem é novo na comunidade vai atrás de amizade e até acha engraçadinho no começo mas não demora pra perceber que as segundas intenções são verdadeiras. ou às vezes não tem nada de engraçado nisso porque claramente pode deixar o colega extremamente desconfortável e é uma situação bem tosca que podia ser evitada de forma simples se tivessem mais respeito pelo próximo e não vissem todo mundo como brinquedo sexual então por favor, se os players puderem diminuir o nível de hiperaexualidade dos personagens, do fundo do coração, não seria só eu que agradeceria. <3
Oi meu bem, você trouxe um tópico bem legal para conversarmos.
Eu venho notando algo similar a isso que você relatou, mas de duas formas. Uma é o fato de que a comunidade é realmente bem grande, com muitos personagens e 90% deles são solteiros, consequentemente plots voltados para ship e smut vão ter bastante abertura. A comunidade é +18, então não tem porque proibir essas coisas, já que fazem parte da vida de quase todo adulto. Também notamos que nossas chars femininas tem uma maior liberdade sexual e somos muito felizes vendo isso, porque sabemos que pra personagens femininas qualquer "A" é polemico.
Em contrapartida, tudo que é demais, é ruim. Precisam haver limites e a vida de um personagem não deve girarr em torno de quantas pessoas ele vai conseguir smutar. Então pedimos que tomem cuidado com esse tipo de comportamento, não deixem o coleguinha desconfortável com investidas sem abertura, e não sejam aquele tipo de player que dá as costas no momento que não tem a paquera correspondida. Se empenhem em formar interações platônicas da mesma forma que se empenham em conquistar os crushs.
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VOLTA ÀS AULAS

…'Bem vinda a alegria do seu sorriso, bem vinda a luz que brilha no seu olhar. Meu irmão é bom te encontrar, minha irmã é bom te encontrar'.
Se eu tivesse que acordar cedo amanhã, Calçar o kichute ou meu 'conguinha vulcanizado', pegar minha pasta e colocar à tiracolo a merendeirinha…! Descer a rua de mãos dadas com a mamãe e seguir feliz pela estrada afora com toda uma vida pela frente! Se ainda tivesse que ir para a escola, o que eu encontraria?! Quem seriam os meus coleguinhas daquele tempo hoje, do que a gente brincaria, quem seria minha nova professora e que cantiga de roda iríamos cantar?! Já não se ouve cantigas de roda como antigamente… elas foram ‘sampleadas’! As professora ainda são normalistas, os meus coleguinhas saíram da ‘forma’ e os perdi de vista! E do uniformezinho das meninas já não fazem parte as saias rodadinhas! Eu encontraria o mesmo prédio da velha escola reformado e com novos alunos, novas disciplinas, algumas extintas, e até alguns computadores! Encontraria tudo 'na mesma' se não fosse pelo passar do tempo, que nunca 'repete' e não ‘fica de recuperação’! O que eu diria para a Tia Márcia se a reencontrasse?! E se eu a reencontrasse como explicaria a ela que nem poeta eu consegui ser…?! Que me tornei um ‘sonhador inveterado’, um vendedor de ilusões e mendicante de amor de alguém?! Se eu tivesse que voltar para a escola amanhã, eu não levaria esses pesos da vida na mochila! Só levaria lápis de cor pra pintar tudo do meu jeito, uma borracha que apagasse qualquer tipo de erro, e um sorriso que só carrega quem não sabe nada da vida! Começar tudo de novo… todo um ano letivo, sofrer com ‘guerras de bolinha de papel’, rever até aquele coleguinha mais cruel e ficar de castigo mesmo sem ter feito nada! Prometo dessa vez não matar nenhuma aula assim como também não prometo não mentir e pregar outras peças! Ah, voltar para escola sem ser num ‘dia de eleição’! Decorar a tabuada e ‘dublar’ o Hino nacional, mas com a mão no coração! Invejo quem amanhã terá que se preocupar em ir para escola estudar! Quem vai ter um recreio, quem não sabe o que é receio e não tem que trabalhar! Lá eu aprendi o beabá para escrever esses versos cheio de rasuras! Lá eu vi professores, mestres, diretores, filhos de pobres e de doutores…! Arrumei minha primeira namorada com quem também não me casei! Ainda não sei o que vou ser 'quando crescer', mas na escola da vida, alguns diplomas eu já tirei!
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Nct 127 ; como pais!



Como nem sempre Kyra vive de putaria... Vim compartilhar alguns Headcannons que eu tenho quando penso no tópico; [ NCT 127 SENDO PAIS, OU LIDANDO COM A NOTÍCIA.] Então fiquem com minha linha de raciocínio, e se quiserem comentar algo nas ask fiquem a vontade também! Me perdoem se encontrarem algum erro de português, como sabem eu só gosto de escrever as coisas de madrugada ( e é o momento em que estou estou livre) e escrever com sono sempre rola alguns erros.
Não sei muito bem se vai ter continuação com as outras unit, tudo depende do feedback de vocês então vamos ver né.
(Agradecimentos especiais a minha TPM que contribuiu para tamanha boiolisse, talvez.)
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Taeil; Eu creio que o Taeil é um dos únicos no 127 que já vai está preparado para isso, tanto para lidar com o fato de você está esperando um bebê até a criar o bebê junto a você (Ele com certeza iria mostrar uma experiência absurda, que nem você tem, para um pai de primeira viajem)
Ia pedir muito uma menininha e ficaria louco, bilu teteia, co.rin.gan.do se na ultrassom realmente constasse que era uma menina. Em questão de roupa é totalmente você que cuida disso, se dependesse do Taeil o bebê sairia com uma roupa de proteção (ele é muito cuidadoso e protetor, sem dúvidas.)
Ele também choraria com CADA passo importante na vida do filho de vocês, só seria necessário o bebê sorrir que Taeil já estaria chorando com isso. Você consegue ser mais pulso forte do que ele e por isso fica com a parte da disciplina pois Taeil choraria se estivesse nessa posição. "Eu me lembro quando você era bem pequena... coisinha mais lindinha do papai, não acredito que cresceu tão rápido!" "Taeil, a criança só tem 1 ano."
Taeil seria o pai que faria questão de ser muito presente na vida escolar da criança, colocaria até um óculos para parecer mais sério junto aos pais dos coleguinhas imagina comigo um Moon Taeil sendo o crush das mamães na reunião de pais e mestres. ESSE HOMEM É TUDO!!!
Quem faz a marmitinha para a filha de vocês levarem a escola é ele, acordaria bem cedo para preparar os lanches para ficarem frescos e gostosinhos na hora. ( futuramente Taeil estaria gravando vídeos de lancheiras para o YouTube e COM CERTEZA apareceria na Live do Case!!!)
Johnny; Ele teria descoberto que você estaria grávida antes mesmo de você o confirmar, por ser bem observador e muito cuidadoso quando se trata de você e seu comportamento, o Suh logo desconfiaria de sua "virose" duradoura e a falta de apetite. E quando tivesse a certeza que você estaria grávida, Johnny sem dúvidas ligaria para seus pais pra poder contar. ( rolaria até umas lágrimas de felicidades, ele é muito apegado a família dele e os ver felizes traria mais felicidade para ele também.)
Seria um pai super presente, desde a barriga. independente da agenda dele, se você precisasse visitar o médico ele cancelaria tudo para ir com você e quando o bebê nasceu não foi diferente, parecia até que quem tinha tirado a licença maternidade foi o Johnny.
JOHNNY FASHION AVALIUATION IS REAL, o guarda roupa do bebê seria seriamente avaliado por ele e quem cuidaria do visual seria ele também. Suh não teria preferências em relação ao sexo do bebê, ele já estaria muito feliz com ambas as opções. ( mas é cannon para mim que pra surpresa do Johnny e sua, iriam vim um casal de GÊMEOS)
Faria a criança rir com tanta facilidade e para dormir não seria diferente. Ele é o tipo do pai que acoberta as bagunças do filho (Como o Yuta) e consegue te persuadir também, ou quase. "Foi você que fizeram isso com o perfume da mãe de vocês?... Vem cá vamos dar um jeito nisso aqui, eu compro um novo antes que ela chegue do trabalho."
Yuta; Queria MUITO um menino mas ficou muito feliz quando veio uma menininha, achava meio paia esse negócio de cha de revelação pois era muito curioso e não aguentaria esperar por mais tempo que o necessário, ele já era bem ansioso durante sua gravidez, não via a hora de ver o rosto da filha de uma vez. ( óbvio que para poder se gabar falando que a filha era igual a ele.
E o infeliz estava realmente certo, a menininha não parecia com o Yuta só de rosto como de personalidade também e durante bebê já dava pra perceber isso. "Carreguei nove meses essa menina na barriga, para quando nascer ser igual ao pai em todos os sentidos" "Amor... Aceite que dói menos, a mira foi sensacional acertei em cheio."
A menina teria um sonho crescente em ser jogadora de futebol, as vezes Yuta deixava lágrimas masculinas cairem por se ver tanto nela. Iria ser muito orgulhoso em tudo que ela fizesse e a protegeria de qualquer coisa negativa que vinhesse ( principalmente. >garotos<) "Não tenha medo de dar uma joelhada no saco desse idiota e cometer falta não... Você é a melhor zagueira se te tirarem eles perdem."
( Contribuição especial para um Yuta na noite das garotas assistindo studio ghibli com a filhinha de vocês e as amiguinhas dela.)
Taeyong; Ele ia ficar tão, mais tão feliz que teria mil e uma reação diferente de uma só vez, talvez te assustaria demais. Taeyong queria um menino e conseguiu um menino, em algum ultrassom até chegava a chorar só de ouvir o coração do bebê, parecia um sonho pra ele. "É normal o coração dele bater tão rápido assim, moça? Por favor diz que sim."
Quando o bebê nasceu ele precisou urgentemente ir ver. A primeira vez que o pegou no colo seria um dos momentos mais memoráveis para ele, Taeyong se sentaria na poltrona com cuidado, pegaria o filho de uma forma desajeitada mas com tanto cuidado que seria fácil assimilar o pequeno ser humano a um cristal muito precioso, e o ficaria olhando com um sorriso no rosto e olhinhos brilhando por um possível choro futuro.
O menino e ele teriam gostos parecidos, seria ligado a música igual o pai. Para mim o Taeyong super adaptaria o mini estúdio de música em benefício ao filho, para manter mais contato ainda com o pequeno e também por saber que ele gostava de está lá ouvindo o pai compor. "Diz ai esse sample é bom de ouvir ou não? Eu gostei muito e acho que você também, está até sorrindo."
Doyoung; Também seria igual o Johnny e descobriria antes que você o confirmasse, mas não deixaria de ficar surpreso e esboçar muito quando tivesse certeza disso. "Uma pontinha de mim ainda achava que todo esse vômito seu era verme, mas ainda bem que não é!! Estou tão feliz."
Te deixaria imóvel na cama sem se mexer direito pois queria ter CERTEZA que não teria perigo nenhum com você e o bebê, eu imagino o Doyoung lendo livros na Internet de como ajudar a mulher durante a gravidez e se empenhando de verdade para de dar um conforto absurdo, no final receberia um pequeno esporro porque acabaria sendo protetor demais e ficar parada por tanto tempo te fazia ficar entendiada.
Pode ter certeza que o quarto e o enxoval do bebê seria um luxo, não queria saber de ser menino ou menina as paletas de cores do quarto seriam as mais neutras possíveis, não a ponto de ficar algo fúnebre mas sim para não deixar as coisas rotuladas desde o nascimento.
I
Imagino o Doyoung sendo bem comunicativo com o bebê e te dando a ideia de estimular a autonomia do bebê desde o começo, foi realmente bom pois trazia algo como liberdade, porém depende se o bebê escolhesse uma roupa "feia" o Kim não seguraria a boca. "Esse...? Tem certeza? Você vai ficar igual um pisca pisca... mas tudo bem o papai te ama apesar de suas comorbidades!"
Diferente do Taeil, seria você que não teria coragem da hora da disciplina com o filhinho, Doyoung ficaria com esse papel pois ele parece bem mais preparado emocionalmente do que você que é a própria manteiga derretida em pessoa. "Deixa de ser mole mulher! Era necessário, não se pode desenhar na parede." "Mas nem estava tão feio.... deu a marca especial a casa, é o meu amor!"
Jaehyun; ficou estático quando soube que iria ser pai, pensou por vários minutos, sem brincadeira. A forma como ele recebeu a notícia te deixou tão assustada que pensou até que ele não teria gostado da notícia, mas foi totalmente ao contrário o bichinho só precisava de tempo pra assimilar as emoções, ele não sabia qual demonstrar.
Os desejos de grávida aparecia mais nele do que você, se é que era possível, se mostraria tão mais inquieto do que você, perguntando frequentemente se estava tudo bem e se nada de estranho você tinha sentido. "Já pensou que louco seria comer tijolo.... me deu vontade mas é so pela curiosidade!" "Princesa, está tudo bem aí mesmo? Não tem nada de errado, nada dolorido? Tem certeza?.... E agora tem algo de errado?"
É muito real o Jaehyun conversando com a barriga e até mesmo Can.tan.do. o bebê reconheceria logo a voz de tantas vezes que ele já passou altas madrugadas tagarelando bulhufas ou cantarolando baixinho, ele ficaria ate emocionado por saber que era reconhecido dessa forma.
Seria uma menina cujo a aparência lembraria muito a dele, em contrapartida a personalidade dela seria totalmente a sua, a garotinha aprontaria tanto e teria tanta energia que as vezes o Jaehyun a puxaria para dormir mais um pouco ( É real que ela faria o jae de gato e sapato sendo muito, muito mimada) "Você não gostou do penteado que o papai fez em você? Nem está tão ruim... Só um pouco bagunçado para ser modesto."
"Amor quando vamos pode ter mais outro?"
Jungwoo; Desmaiaria quando descobrisse e não é meme. Levaria um tempo para que ele acordasse e pudesse surtar com a notícia do ano, inclusive o Jungwoo com certeza espalharia para Deus e o MUNDO que seria pai. "Atenção boiolas, reunião seria para decidir quem vai ser padrinho do meu filho pois O PAPAI DO ANO SOU EU!!"
O enxoval seria uma confusão para comprar pois é fato o Jungwoo querendo tudo que for o contrário da sua vontade, as vezes para te irritar e as vezes por coincidentemente serem distintos, a moça da loja ficaria doida e pediria demissão em 15 minutos da discussão de vocês dois. "Basta! Eu quero a demissão."
Quando o menino nascesse ele deixaria você o mais descansada possível, então caso o bebê acordasse de madrugada Jungwoo se levantaria para ficar com ele ou qualquer outra coisa do tipo, só em ocasiões extremas ele te chamaria, como dar de mamar apenas.
Jungwoo seria o tipo do pai que 'O que não mata, serve de história' para ele quanto mais coisa o menino quisesse fazer ele deixaria, caso desse errado ( e que obviamente não teria riscos sérios) ficaria para lembrança e um motivo muito bom para dar risadas ou zoar com o filho futuramente.
É real, Jungwoo e a criança, fã de carteirinha do snoppy e scooby doo. "Não acredito que o culpado era o próprio dono da emissora... bom trabalho Scooby nós te amamos!"
Mark; No caso do Mark, quando ele te conhecesse você já estaria grávida, obviamente o filho não seria dele mas claro que não seria problema nenhum pro Lee, eu imagino ele criando fortes laços com a criança durante a gestação e realmente a adotando como filha, até porque pai é quem cuida e dar amor e carinho.
Para ele seria uma novidade gigantesca, ser pai jovem e ainda ser pai de uma menina, ele se perderia um pouco no processo mas daria pra vê o qual empenhado de verdade Mark estaria em ser um ótimo pai para a bebê. "Como assim ela vai dar o primeiro beijo dela um dia? Você já se perguntou como eu me sentiria em relação a isso? Vou chorar."
Seria ele que ensinaria a garota a tocar violão quando já fosse maiorzinha e pode te certeza que quando ela aprendesse por completo o Mark estaria la pra gravar tudo e deixar de lembrança, é a menininha dele para sempre sem dúvidas.
Imagino o Mark ajudando a menina a burlar as regras da escola e até a Matar aula, ele sabe muito bem que não deveria fazer isso, mas sinceramente, quem que aguentaria o ensino médio sem precisar matar algumas aulas as vezes? "Hoje vamos ao Mac, tá tendo promoção maravilhosa de hambúrguer, supimpa."
Adendo especial para falar que a menininha só iria conseguir dormir se estivesse agarrada ao colo do Mark.
Haechan; Para falar a verdade imagino a gravidez quando ainda muito jovens ser algo que assustaria muito, não só por ter uma criança em si para cuidar durante a vida toda e sim por ser o responsável principal por ela, é óbvio como o Haechan é um crianção e estaria sendo mentirosa se não admitisse ser também.
Todavia, seria um momento muito especial para ambos, e apesar do clima descontraído em algumas situações, vocês estavam sendo bem maduros a lidar com algumas coisas, o que quase ninguém esperaria. "A mamãe e o papai aqui entende que você está bastante chateado por não poder assistir televisão agora, mas é que não é a hora, vamos tomar um banho primeiro está certo? Fedorentinho."
Seria sim um menino para ser igual ao haechan e acabarem se tornando uma dupla implacável, eu imagino até que o Donghyuck perturbaria mais do que o próprio garoto as vezes, e isso te deixaria com os cabelos em pé.
Fato, o moleke iria ficar sentado no colo do Haechan o vendo jogar Overwatch totalmente hipnotizado com os gráficos e a jogabilidade de mestre do pai, futuramente eu não duvidaria se ele também acabasse jogando a mesma coisa já que desde pequeno se mostraria muito interessado nesse mundo de jogos virtuais.
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Dormir bastante na véspera do ano novo tem suas vantagens: estar disposto na hora da virada, ir pra festa e ainda aguentar ficar na farra até de manhã pra desejar feliz ano novo pros coleguinhas. FELIZ 2023! . . . . . . #bear #lgbtqia #gay #newyears #happynewyear #beach #pool #cumbuco #ceara #brazil (at Praia de Cumbuco) https://www.instagram.com/p/Cm6qxtoLxIM/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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Ta tudo bem ser assim (eu acho)
Esse texto aqui é mais um desabafo do que qualquer outra coisa, eu preciso escrever pra tirar esses pensamentos da minha cabeça e tentar entender o que exatamente eu to sentindo. Queria muito dizer que eu sempre me senti um pouco diferente das garotas da minha idade, que desde criancinha eu sabia que alguma coisa não era igual, mas não foi bem assim. Eu sempre fui comum, talvez até um pouquinho precoce, não sei. Sempre gostei de coisas fofas, maquiagem, garotos, não sabia me arrumar muito bem, mas eu gostava de me arrumar, de pintar as unhas, de ter cabelo grande, de usar saias e vestidos, eu gostava de ser aquela típica menininha que os pais sonham pra sua única filha sabe? Aos 18, percebi que a minha rotina ficou mais intensa, o meu foco nos estudos era maior, então meu tempo pra me arrumar era menor ─ bem menor mesmo. Mas isso não me incomodou, vestia a primeira roupa que aparecia e tava tudo certo. Aos 19, conheci uma garota no cursinho. Ela era diferente sabe? Meio clichê, eu sei, mas foi o que eu senti. Eu ficava sem jeito quando ela me olhava, e quando ela sorria então? nossa, as mãos tremiam e eu não sabia o que fazer. Não vou dizer que nós éramos próximas (até porque nós não éramos), mas a gente conversava de vez em quando, às vezes íamos embora juntas por uma parte do caminho, coisas simples sabe? mas essas coisinhas me deixavam feliz e eu nem percebia. Um dia, conversando com uma amiga, contei tudo isso e perguntei "porque isso ta acontecendo? o que é isso? será que é normal?" e ela riu. Riu porque eu estava apaixonada, não percebia esse fato e ainda achava que tinha alguma coisa de errado comigo. Louco né? Então, aos 19 anos me entendi: bissexual. Eu fiquei confusa no começo, mas acabei deixando pra lá. Continuei encantada pela garota do cursinho, mas o meu foco eram os estudos então não rolou nada. Perto dos meus 20 anos, contei pros meus melhores amigos, cheia de medo e receio de que talvez eu não fosse ser aceita. Mas eles tiveram a melhor reação possível (sou muito grata por isso também) e me acolheram, riram comigo e me disseram que estava tudo bem, que não era errado e não tinha problema ser quem eu sou, contanto que eu fosse feliz. Nesse mesmo ano, minha vida mudou totalmente: fui pra uma nova cidade, em outro estado, conheci pessoas novas e me apaixonei de novo. Voltei pra casa da minha mãe, contei pra ela e pro meu pai, chorei, me senti a pior pessoa do mundo, fui acolhida, tive crises horrendas de ansiedade, me reaproximei dos meus amigos, estudei, ri, me preocupei, e muitas outras coisas. Apesar dos pesares, foi um ano de aprendizagem. Agora, aos 21 anos, me encontro nesse dilema: será que ta tudo bem mesmo ser bissexual? Quer dizer, eu me amo desse jeito doido aqui, gosto de mim desse forma (talvez mudaria uma coisa ou outra, mas enfim), mas será que não tem problema? Nos últimos meses, me deparei com algumas falas desconfortáveis sabe? Ofensivas inclusive. "Ou você é gay/lésbica, ou você é um/a hétero/a querendo se divertir", "Não tem problema você beijar homens também mas...", "Eu não gosto de me envolver com bissexuais, é estressante porque eu tenho que lidar com o 'mundo hétero' também", "Bissexuais são promíscuos demais, nunca estão satisfeitos com uma pessoa só, por isso sempre querem várias pessoas ai mesmo tempo", "Mulheres bissexuais invisibilizam o movimento lésbico", "Mas você já falou o problema, é ela ser bi, brincadeira", etc. Não sei como continuar a partir daqui, na verdade. Pensar nessas frases me dói muito, não sei se por ser desacreditada, julgada ou tratada como errada, ou por outra coisa, mas dói. Dói tanto ao ponto de me questionar se ta tudo bem mesmo ser quem eu sou, se ta tudo bem amar alguém, independente de quem seja, se um dia eu vou ter alguém que me ame e me aceite desse jeitinho aqui. É engraçado porque a maioria diz que me aceita e me ama assim, mas sabe como é, contanto que eu só me envolva com o 'sexo oposto'. Só. E isso cansa. Então eu te pergunto: o que é ser bissexual? ta tudo bem mesmo ser assim? E a resposta pra segunda pergunta é: ta tudo bem ser bi,
lésbica, gay, trans, assexual, gênero fluido, sei lá, ta tudo bem ser quem você é, contanto que você não desrespeite a existência do outro. Dói pra ti ser diferente da norma heteroafetiva né? Pois pro coleguinha dentro do movimento LGBTQIA+ também dói. Todos nós sofremos, porque precisamos fazer o outro sofrer com as nossas palavras também? Porque não podemos ser acolhimento, quando o mundo todo já é julgamento? Porque somos julgamento também?
Já a primeira pergunta, é um pouco mais complicado. Eu não tenho certeza do que é exatamente ser bissexual, na verdade, na maior parte dos dias eu me questiono se sou mesmo bi, se não sou simplesmente lésbica e estou confusa, ou se sou hetera e só quero entrar na 'moda', não sei. Às vezes eu concluo que sou bissexual mesmo, que é isso e ponto final. Mas no dia seguinte volto a duvidar. Complicado não é? Eu só tenho vontade de chorar mesmo, isso tudo é tão dolorido sabe? É cansativo viver com isso, com esse questionamento interminável, tentando se aceitar, se encontrar, se descobrir. Será que um dia alguém vai me amar, sabendo que sou bi? Sem duvidar de mim, sem que eu precise esconder essa minha parte? Será que, em algum lugar desse universo, vai existir alguém assim pra mim? Porque é tão difícil de aceitar que eu existo também? Que outras pessoas como eu existem e que nós temos sentimentos também? Eu não tenho resposta pra nenhuma dessas perguntas e isso é tão horrível, eu só queria que elas sumissem da minha cabeça pra ter paz um minuto só na vida. Ou talvez não exista alguém assim, não pra mim eu acho. Talvez eu não deva mais falar sobre isso com ninguém, enterrar isso no fundo meu ser e tentar seguir em frente. Ignorar tudo isso e fingir que não tem nada acontecendo e que, inclusive, um dia, serei amada assim.
Mari.
#07/05/2021#autoral#autorais#meuprojetoautoral#eglogas#meus devaneios#meus pensamentos#meus textinhos#meusescritos#projetoalmaflorida#projetoflorejo#projetonovosautores#projetonovosescritores#pequenasescritoras#projetomardeescritos#projetonaflordapele#projetoreconhecidos#projetomeuportoseguro#sonhosautorais#caligraficou#liberdadeliteraria#pessoal#mentesexpostas#compartilharemos#projetoflorida#projetoflordapele#quandoelasorriu#escrevemos#conhecer-me-ei
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— vá achar seu irmão, ok? depois disso podemos quebrar a pinhata. — assegurou ao filho que saltitava de um lado para o outro em agitação, denunciando os efeitos de toda aquela quantidade de açúcar nas veias. — e vê se bebe um pouco de suco de maçã! — falou alto, mas o pequeno já estava longe demais para ouvir qualquer coisa que tinha a dizer, deixando tomás sozinho com um grande suspiro de cansaço. quando o som da campainha ecoou no interior da casa, tom deu uma olhada ao seu redor e buscou identificar quais dos coleguinhas dos gêmeos ainda não havia chego, considerando que a festa havia começado há pelo menos duas horas. a agitação não o permitiu espiar quem era através do olho mágico, abrindo a porta de uma só vez. — pessoal, gelo é lá no... — do outro lado do batente, entretanto, não estava nenhum entregador de gelo ou criança atrasada, mas alguém que tomás não esperava ver por ali nem em mil anos. — miguel. — disse, como se precisasse confirmar a si mesmo de que o que via era real. os segundos seguintes foram compostos pela total surpresa do mais novo, que mantinha a expressão franzida em confusão, choque e descrença.
— vem, vem! entra aí, o show do mágico vai começar. — tomás puxou o irmão para dentro da casa segurando-o por um dos pulsos. — shh! — sussurrou, pedindo que o homem mantivesse o volume o mais baixo possível enquanto as luzes se apagavam, dando início ao espetáculo do animador infantil. o mais novo caminhou para os fundos da grande sala de estar, guiando miguel consigo para que pudessem conversar em outro ambiente, a fim de não perturbar o entretenimento das mais de vinte crianças que sentavam em seu piso. — jamie tá nessa fase de mágica desde que viu um documentário na televisão onde tiram um coelho da cartola, há semanas ele tenta tirar o herman de um boné de baseball sem sucesso. — comentou de forma passageira, supervisionando a atração que estava prestes a começar. — herman é a iguana verde dele. — a necessidade de esclarecer do que se tratava surgiu após a expressão confusa que surgiu no rosto do irmão, bem como de todos quando tom contava que um dos filhos de seis anos tinha uma iguana como animal de estimação. — inclusive, toma cuidado por onde você senta, ele gosta de se esconder de vez em quando… — o homem começou a olhar ao seu redor, conferindo se o animal não estava por perto, checando se o filho não havia deixado o bicho escapar mais uma vez. — sabe de uma coisa? por que a gente não vem aqui fora? é melhor. — as sobrancelhas franzidas denunciavam certa agitação do garcía, que fazia seu melhor para não apavorar o irmão logo de cara. tomás e miguel nunca tiveram um relacionamento exatamente tranquilo e se aquela era a oportunidade de superar todo o drama que tinha entre ambos, então não seria um show de mágica e um réptil que iriam atrapalhar tudo.
nos fundos da casa onde grande parte dos adultos se encontravam, longe dos gritos estridentes das crianças sempre que o mágico achava uma moeda de chocolate atrás das orelhas de alguém, seria um espaço mais apropriado para conversarem, apesar do grande número de convidados. junto ao pequeno bar improvisado tomás alcançou duas garrafas de cerveja, rapidamente apresentando o irmão mais velho aos demais que estavam presente enquanto pedia a anastasia que tomasse conta da atividade das crianças enquanto conversavam. — ahm… — o caçula girava ao redor do próprio eixo, buscando um lugar onde pudessem se sentar e compartilhar a bebida com calma. — você se importa? — perguntou conforme se ajeitava em um dos balanços pendurados numa das árvores do quintal, convidando miguel a sentar-se ao seu lado. — as novas cadeiras do pátio só chegam na próxima semana, eles andam levando mais tempo do que o normal pra trocar o estofado. taylor manchou o antigo com tinta. — a justificativa buscava ao mesmo tempo amenizar o silêncio estranho que vez ou outra pairava entre os dois e dar conta da situação imprevista em que tinha se metido, com tomás sentido a necessidade de explicar-se da melhor maneira possível a fim de deixar miguel confortável e mais, feliz. desde sempre tom sentiu que a maneira de aproximar-se do irmão fosse, talvez, colocando-se à disposição para o que precisasse; uma herança da infância, onde o mais novo sonhava em poder participar das mesmas atividades que o irmão mais velho que tanto gostava, além do mais sentia-se terrivelmente nervoso em recepcionar miguel após tantos meses desde a última vez que haviam se falado. — aceita? — estendeu a cortesia da cerveja ao outro, estampando um sorriso meio sem jeito nos lábios. — eu não sabia que você tava por aqui, senão teria enviado o convite da festa… — novamente, o péssimo hábito de tomás de desculpar-se por tudo. — tenho certeza que os gêmeos vão adorar te ver. — dessa vez o sorriso parecia mais espontâneo e contente. — tá tudo bem? — o mais novo se deu conta de que não fazia ideia do que o outro fazia por ali, não que sua presença fosse um problema, ao contrário, mas miguel não era dessas coisas...
@orgulloxo
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❛ ——* ˙˖✶ “ 𝐌𝐄𝐋𝐄𝐍𝐀 𝐔𝐏𝐋𝐀𝐍𝐃; 𝚝𝚊𝚜𝚔. (1/?)
Save your advice, ‘cause I won’t hear you might be right, but 𝐼 𝒹𝑜𝓃'𝓉 𝒸𝒶𝓇𝑒. You got me scattered in 𝓅𝒾𝑒𝒸𝑒𝓈 shining like stars and screaming, Lighting me up like 𝒱𝑒𝓃𝓊𝓈 but then you’d disappear and make me wait. And every second’s like 𝓉𝑜𝓇𝓉𝓊𝓇𝑒 hell over trip. No more so.
𝒬𝓊𝑒 𝓉𝒶𝓁 𝒹𝑒𝓈𝒸𝓇𝑒𝓋𝑒𝓇 𝑜 𝒻í𝓈𝒾𝒸𝑜?
Voz: Nós sabemos que Glinda pode jurar que a verde carinha de Melena é angelical, mas a voz da feiticeira não parece acompanhar muito bem as suas feições!! Vai por mim… O narrador que nos poupe de ouvi-la cantando, é péssimo. Mas sabe que a sua voz é até agradável quando está em uma conversa? A tonalidade puxada para o grave é bem bonita. Também é engraçado o jeito com que ela se empolga em algumas conversas e tem a tendência de elevar o seu tom. Só não é mais engraçado que a sua risada, pois alguns dizem que ela costuma ser bem contagiante.
Idade: Sinceramente? Até hoje melena acha um absurdo que o seu aniversário não tenha sido transformado em um feriado!! Já teriam sido vinte e duas folgas para a comemoração da chegada da coisa mais incrível que já pisou em mítica. Justo, não acha? Se depois dessa, estiver repensando em transformar a data em uma comemoração, aproveite que ainda dá tempo de alterar o calendário no dia 13/05!!
Gênero: Cis gênero feminino.
Peso: É meio rude perguntar o peso do outros assim, hm? Você deveria ter levado-a pelo pra jantar, antes de chegar nesse ponto delicado. Mas, enfim, adiantando de uma vez, são cinquenta e sete quilos – distribuídos em uma maravilhosa pele esverdeada. Um corpinho sarado? Nhá!! Dessa vez não vai ter, fera!! Mas quem liga pra aquele buchinho de cerveja ou para um pouquinho de celulite nas coxas?! Perfeita é a mãe!! E, quem estiver incomodado, pode ir correr na esteira no lugar da mel porque esse é um programa que ela está evitando.
Altura: É. 1,65m não é lá grande coisa!! Mas eu te garanto que você não vai achar que a upland é tão baixinha quando cruzar com ela pelos corredores. Saltos fazem milagres, não é mesmo? Eu chutaria no mínimo um 1,70m, se fosse considerar os enormes sapatos que ela usa diariamente.
Sexualidade: Todo mundo já teve seu momento “i kissed a girl”, sabemos. Acontece que as bitocas que melena deu na coleguinha não foram o suficiente para fazer com que ela se interessasse por garotas. Infelizmente, a feiticeira está fadada a sofrer com a raça masculina pro resto da vida. É ou não é muito azar?
Defeitos físicos: Quem nunca adquiriu uma cicatriz por traquinagem na infância, né? Melena caiu no salão principal de Oz quando era criança e a queda rendeu uma cicatriz de uns dois centímetros na sua testa. Além disso, também em decorrência das suas brincadeiras com seus irmãos, a verdinha caiu na estrada de tijolos amarelos e quebrou o seu braço direito. Quem diria que aqueles tijolinhos poderiam ser tão duros? Hoje em dia o seu braço é um pouquinho mais torto do que deveria ser. Mas não é nada muito gritante!! Você nem ia reparar, se eu não estivesse avisando.
Qualidades físicas: Vou te avisar logo que essa é uma pergunta perigosa para se fazer pra Melena. Se bem que até seria interessante ver até onde iria a criatividade da verdinha para encontrar qualidade em si mesma, né?! Mas na real? Os melhores atributos da feiticeira envolvem a coloração esverdeada da sua pele, o seu sorriso contagiante, as feições harmoniosas de seu rosto e – levando pra um lado mais carnal – os seus seios avantajados.
É saudável? Você já viu o tanto de porcaria que Melena costuma comer? Seria um milagre se essa garota tivesse um bom sistema imunológico!! Ela costuma pegar gripes todo mês e vira e mexe costuma ter uma crises de renite alérgica. Mas nunca é nada que seja capaz de fazer com que ela fique de cama por mais que três dias. Não é dessa vez que ela morre por doença, gente!!
Maneira de andar: Já peço desculpas de antemão se a Melena já te deu aquele empurrãozinho básico em um corredor. É que ela detesta gente andando devagar na frente dela, sabe? Nada muito pessoal. A doida anda tão rápido que é mestre em tempo recorde nos lugares e depois fica irritada por ter que esperar os outros. Vai entender, né não?
𝒬𝓊𝑒 𝓉𝒶𝓁 𝒹𝑒𝓈𝒸𝓇𝑒𝓋𝑒𝓇 𝑜 𝓅𝓈𝒾𝒸𝑜𝓁ó𝑔𝒾𝒸𝑜?
Práticas / hábitos: Se você já viu a Melena conversando, deve ter reparado que ficar quieta é um problema sério para ela!! As gesticulações de mãos, as palmas em meio as narrativas, as jogadas de cabelos… É tudo pra dar maior ênfase nas suas histórias. Se olhar bem, também vai perceber que ela faz muitas jogadas de quadris e troca o tempo inteiro de perna de apoio quando está de pé. E eu poderia jurar que ela nem repare no que faz!! Nos seus hábitos podemos incluir a sua curiosa mania de fazer desenhos de coisas que a cercam e, principalmente, de visitar o seu mundo encantado do diário todas as manhãs. Ela é mais sonhadora do que aparenta!! Preguiçosa que só ela, Melena não participa de nenhuma atividade física que não seja equitação, mas ela não poderia se dizer bem assídua nas aulas. Também costuma fazer hora no jornal da escola apenas para rolar o que está acontecendo de bom – em outras palavras, pra saber de primeira mão das fofocas.
Inteligência: Para só um segundo pra pensar no desastre que seria uma Melena com inteligencia fora da média… Receita do caos, sim? Pois é. O Narrador deve ter pensado nisso quando estava desenhando a bruxinha. Melena é considerada bem mediana quando o assunto é inteligência – apesar de ser esperta até demais em alguns assuntos. Jogando as cartas na mesa, a sem vergonha se esforça apenas quando o assunto é do seu interesse. Estudar feitiços novos? Ok, necessário. Passar horas lendo seus efeitos colaterais? Aí já não é com ela|! Tem que coisa que a gente tem que descobrir na prática, uh? A mesma lógica pode ser aplicada para as matérias da escola. A verdinha estuda somente o necessário para passar de ano, sem nenhum arrependimento disso. A Glinda que lute pra conseguir melhorar suas médias!!
Temperamento: Tão estável como prego na areia!! Pensar antes de agir é praticamente uma lenda urbana na vida da feiticeira. Em praticamente tudo, Melena acaba deixando com que a sua emoção tome conta de si, por isso, fazer besteiras é quase uma consequência da sua impulsividade. De vez em quando bate um arrependimento pelas suas atitudes não tão nobres, mas, na maioria das vezes, o bichinho do orgulho fala mais alto. Entãaaao, se você estiver esperando um pedido de desculpas por ter sido enfeitiçado ou xingado pela Upland, eu recomendo que puxe um banquinho pra esperar sentado.
O que te faz feliz? O que faz a felicidade geral da nação? Dinheiro, né? Brincadeira… Mas nem tanto, uh?! Se quiser dar umas moedinhas de ouro, a Melena não vai reclamar não. Falando na moral agora, não é muito difícil fazer a feiticeira feliz. Basta ficar com a pessoa que ela gosta, vendo um filme grudadinha no sofá que ‘tá bom já. A Mel também costuma ficar contente quando consegue fazer avanços significativos com a sua magia. Meio complicado ser filha de duas bruxas famosas!! Força, ícone. Falando nisso, uma das coisas que mais a deixam feliz é não precisar fingir que é alguém que não é. Estar em um lugar em que ela não precise lidar com toda essa farsa de Oz. Bom mesmo seria se ela pudesse ter uma aposentadoria precoce: seguir pro meio do mato ser feliz com o carinha que ela gosta.
O que te faz triste? Ih… Colocar o dedo na ferida dos outros é palha, rapá. Mas não tem como pular a pergunta, certo? Então, a Melena tem esse lado emocional muito aflorado. Qualquer coisa que envolva os relacionamentos dela é capaz de fazer com que ela se sinta triste. Minhas lembranças ao menino White que fez o favor de quebrar o coraçãozinho da verdinha mês passado. Rejeição também costuma fazer com que Melena fique bem pra baixo. Tudo isso vem em decorrência de tudo que a feiticeira já passou em Oz. Foram umas poucas e boas!
Esperanças: Esse é o assunto certo pra falar com ela! Sabe por que? Porque verde é a cor da esperança!! **ba dum tss** Tá, vou voltar aqui pro foco. Acredito que a única esperança de Melena é que ela consiga uma vida longe de todas as mentiras da suas mães a enfiaram. Ela tem esperança de algum dia conseguir começar de novo em um reino em que possa escrever o seu próprio conto em paz.
Medos: É um pouco estranho de se falar, mas Melena tem medo dos habitantes de Oz. A história de seus pais foram perseguidos e caçados no reino causa um imenso pavor na verdinha. O seu maior medo é que algum dia ela ou a sua família voltem a ser alvos de uma perseguição do tipo. Inclusive, não é muito raro que a feiticeira tenha pesadelos que envolvem uma caçada sinistra em que ela é o alvo da população furiosa.
Sonhos: É claro que Melena sonha que a história de seus pais venha a público! Um dos seus maiores sonhos é que Elphaba e Fiyero sejam reconhecidos pela sua incrível história de amor. E, principalmente, que a Bruxa Má tenha o devido reconhecimento por sua personalidade incrível! Mas quer saber lá no fundo? O seu principal desejo é recomeçar. Recomeçar em um lugar/história em que não esteja presa a todos os seus problemas familiares. Vamos fugir pra outro lugar, baby!
𝒬𝓊𝑒 𝓉𝒶𝓁 𝒹𝑒𝓈𝒸𝓇𝑒𝓋𝑒𝓇 𝒶𝓈𝓅𝑒𝒸𝓉𝑜𝓈 𝓅𝑒𝓈𝓈𝑜𝒶𝒾𝓈?
Família: Queria muito estar cantando o tema de abertura da Grande Família, mas é mais fácil que os familiares de Melena consigam uma vaga é no Casos de Família. O que a gente diz de uma amiga que adotou a filha da outra amiga que todo mundo pensa que tá morta? Não, pelo amor do Narrador. É enredo de novela mexicana! Mas, assim, ela poderia definir todo mundo com poucas palavras. Glinda (mãe adotiva): Boba alegre. Elphaba (mãe biológica): Poderosa e estressada. Fiyero (pai): Cantor boêmio. Anvid (irmão mais velho): Babaca organizado. Leyjo (irmão mais novo): Imbecil desmiolado. Vai da sua criatividade imaginar o que essa galera apronta para que eles sejam lembrados assim poe ela!!
Amigos: Como eu posso dizer isso de uma maneira mais suave? A real é que a bruxa parece ter puxado muito da sua mãe. É que a sua personalidade é bem difícil de se lidar… Então, ela não costuma ter muitos amigos e pode contá-los nas pontas dos dedos, mas, também, não é como se fizesse muita questão. Antes só do que mal acompanhado, já dizia vovó.
Estado Civil: Namorando. Melena se apaixonou por Zane Adebayo, príncipe da Tanziana, há cerca de cinco meses e está em um relacionamento sério com ele há quatro meses. É possivelmente a garota mais apaixonada da escola e, também, a mais ciumenta. Uma dica de amiga é jamais encostar nesse príncipe na frente dela.
Terra Natal: O único lugar em Mítica que você vai encontrar bruxa pra cada direção, um mágico charlatão, animais falantes, um castelo de joia preciosa, estradas amarelas e um sapatos que provocaram quase uma guerra. É tanto rolê doido que fica até difícil descrever o lugar. Dá um Google aí que fica mais fácil.
Infância: De longe a melhor época da vida de Melena!! Mas diz aí se apostar corrida num macaco voador não é o tipo de coisa que você pagaria pra fazer? Essa é apenas uma prévia do tipo de coisa que a bruxa costumava aprontar com seus irmãos no castelo. Basicamente, ela uma vida normal junto com Elphaba e Fiyero até seus dez anos;; época em que Glinda apareceu para adotá-la. A partir daí o negócio ficou mais complicado porque ela passou o resto da sua infância testando a paciência da Bruxa Boa. E não é que ela quase conseguiu a proeza de fazer a Governante de Oz ter um ataque de nervos? Não é à toa que a sua mãe adotiva quase soltou fogos quando Melena atingiu a idade para ingressar em Aether.
Crenças: Com o Narrador não se brinca, né? Melena não pode se dizer uma beata dos cultos para o criador – e tá amarrado fazer prece pra ter um conto bom. Mas ela também não pode dizer que não acredita no ser onipotente.
Hobbies: Se você até agora não percebeu que o maior hobbie de Melena é desenhar, eu largo de mão. Além do que já é óbvio, a verdinha também gosta de cavalgar. Essa era uma atividade que ela costumava fazer com Fiyero, mas as regras de equitação não eram levadas tão a sério. Por isso acaba que a atividade extracurricular não tem o mesmo impacto que simplesmente sair com um o cavalo por aí. Por último, você já baixou o jogo do doce no seu transmissor? Deveria baixar porque o negócio é divertido. Já passou de hobbie pra vício no caso da Mel!!
𝒬𝓊𝑒 𝓉𝒶𝓁 𝒹𝑒𝓈𝒸𝓇𝑒𝓋𝑒𝓇 𝓅𝓇á𝓉𝒾𝒸𝒶𝓈?
Comida favorita: Quero começar dizendo que só cabe ao Narrador julgar o coleguinha, anotado? Mas a comida favorita de Melena é Pozole que basicamente é uma sopa de milho com carne de porco. Não é lá muito sofisticado, nós sabemos!! Acontece que nada é tão saboroso quanto essa sopinha marota.
Bebida favorita: Suco de framboesa. Elphaba costumava fazer o suco para as crianças desde criança e, agora, Melena é uma verdadeira viciada na bebida. Ela não conhece almoçar ou jantar sem o seu suquinho de framboesa!!
O que costuma vestir? Nesse ponto Glinda merece o Tocatins inteiro por ter dado algumas boas noções de estilo para sua filha adotiva. É claro que se dependesse dela, a feiticeira usaria muito mais vestidos e tecidos brilhantes, mas isso não vai acontecer tão cedo. O que importa é que Mel absorveu as principais dicas sobre um estilo elegante e costuma fazer a linha Casual Chic em seu cotidiano.
O que mais o diverte? Desgraça alheia!! Brincadeirinha… Mas, sério, eu já estou ficando cansada de falar. Num resumão o humor da Melena é volátil. E, sim, ela vai rir da sua cara se você cair na frente dela!! #paz
𝑀𝓊𝓈𝒶𝓈 𝒾𝓃𝓈𝓅𝒾𝓇𝒶𝒹𝑜𝓇𝒶𝓈:
Eleanor Shellstrop ( The Good Place ), Kim ( A Dona do Pedaço ), Hades ( Hércules ), Stephanie Tanner ( Fuller House ), Félix ( Amor à Vida ), Sam Puckett ( iCarly ) e Rosa Diaz ( Brooklyn Nine-Nine ).
#sobre essa task: quem acredita sempre alcança sjslks#mil anos pra terminar#edit meio lixo pq já tava de saco cheio#◟ ، ⊱ 𝒎𝒂𝒈𝒊𝒄. ♡ i promise that you’ll never find another like me.
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Eu, modelo restaurado
Quando eu tinha apenas meus quinze anos, a minha maior preocupação era o vestibular e como seria meus próximos anos entrando no ensino médio. Será que eu teria novos amigos? Será que eu serei finalmente popular e terei meu granfinale? Terei encontrado o grande amor nos últimos minutos de escola e terei entrado com sucesso em uma faculdade renomada?
Bem, certamente eu fiquei frustada em não ter realmente compreendido como era o vestibular e como era mais vantajoso focar em cursos que realmente batessem com a minha pontuação ao invés de focar apenas no que eu “sonhava” ser a minha profissão dos sonhos.
Essas coisas acontecem porque a vida é assim, não tem certamente um manual de sobrevivência para pré-adolescência, adolescência, quando você tem pela primeira vez seu coração partido ou quando tem sua primeira decepção.
Certamente pensaria em voltar ao tempo e fazer tudo diferente, com a cabeça que eu tenho hoje, mas deixa eu contar um segredo: dez anos depois, EU AINDA ME SINTO PERDIDA.
Acho que as coisas por um breve espaço de tempo foram fluindo de uma forma que eu nem fui grata suficiente quando estive lá presente, como aquilo tudo fosse vivido no piloto automático.
Eu ingressei na faculdade particular, tive minhas amizades mais próximas, umas que ainda permanecem comigo, outras que seguiram seus caminhos. Consegui estágio na área que estudava, aprendi com chefes legais, com chefes que não sabiam ser líderes. Consegui um trabalho ótimo! Comprei um carro. A empresa faliu, atrasei parcelas do financiamento do carro, perdi o carro pro banco, não tinha dinheiro pra continuar a faculdade. Entrei em depressão, não tive nenhum relacionamento estável ou saudável nesse espaço de tempo, vivia um estilo de vida sedentário (não que eu tenha mudado ainda esse quadro na vida mas vamos chegar nessa parte) e entrei em depressão.
Foram tantos altos e baixos, baixinhos e baixíssimos que eu simplesmente surtei com a falta de controle da minha própria vida! Eu fiquei me sentindo impotente e incapaz de tentar reerguer a minha vida.
A minha depressão foi um quadro de quase dois anos que nem viver eu sabia se queria ainda mas estava tão indisposta que nem levantar da cama conseguia.
Nessa questão toda eu digo uma coisa, falando por mim como indivíduo: gente, não se comparem. Se vocês forem sensíveis às opiniões dos outros, por favor, foquem na sua saúde mental.
Meus pedidos de socorro eram internos, minhas reações de vivência eram algo como quem diria que estaria com preguiça constante e tristeza sempre. Nesse quadro, meus familiares não perceberam, meus “amigos” com exceção de alguns souberam agir bem sobre a situação de amparar um amigo depressivo, outros foram desnecessários e só pioraram meu quadro.
Nesse papo de tanto eu, não gostaria de forma alguma que minha forma de auto conhecimento torne-se um complexo de narcisismo ou ego inflado, porque cá entre nós, pelo andar da história estamos ainda tentando chegar na parte bacana de qualquer história. Até aqui seria como a parte que o vilãozinho arma uma pegadinha com o protagonista e ele sai correndo da festinha chorando. Ainda há esperança, gente!
Depois de tudo que aconteceu, sentia que eu vivia minha vida, como já havia dito, em piloto automático. Até que eu tive um CLICK! E simm, esse click aconteceu graças a muito trabalho diário de mudanças positivas pra me curar de mim mesma. Sendo certamente franca, você não conseguirá fazer sua meditação todos os dias, nem todos os dias você se sentirá motivado, nem todos os dias você se sentirá feliz e é fazendo algo por você e para alguém que as coisas certamente irão dar um leve up no decorrer do dia.
Façam o que tenham que fazer mas não se sintam como se estivessem em uma corrida com seus similares, disputando quem obterá sucesso com mais rapidez. Isso certamente frustará você e colocando seus objetivos e metas relativos ao sucesso do outro você sempre será o coadjuvante da história do seu coleguinha protagonista da vida DELE.
Eu digo todas essas coisas porque eu sei que a sociedade nos faz competir, nos cobra padrões de coletivo, nos fazem como mulheres termos feminidade, maternidade, educação como “mulheres maravilhas” e sei também que muito do que já me foi imposto nunca foi algo que eu almejo, como casar e fazer uma festa e da possibilidade de ser mãe que é algo que eu nunca tive essa certeza e então deixo para o acaso ou o futuro me responder essa questão porque mesmo que falem, já é muita coisa termos que ser totalmente responsáveis pelas nossas próprias vidas. E eles? eles apenas querem dar palpites para desfocar de suas próprias vidas e problemas, como quem assiste um reality show ou seriado e julga as atitudes do personagem principal.
Faça no seu tempo, não sofra com a pressão social que nos obriga a seguir em linha reta, trace suas próprias metas. Faça do seu jeito, aprenda coisas novas!
Em relação em aprender coisas novas, eu hoje com 27 anos ainda estou me descobrindo. Ainda tô realizando coisas que as pessoas realizam crianças, como aprender a pedalar, que aprendi ano passado e a nadar, que decidi realizar nesse ano. Por medo do julgamento das pessoas quando eu tivesse 12 anos aprendendo a nadar e as outras aprenderam com 7, poderiam falar de mim. Hoje eu tô nem aí!
Aconteceu algo ano passado que eu digo que jamais gostaria que acontecesse com ninguém, mesmo que isso seja absurdo ou impossível. Meu querido pai veio à falecer e com ele foi um grande pedaço do meu coração mas ao mesmo tempo, muito dele ficou comigo.
Eu sinto que hoje, eu faço com ele, às vezes só por ele, às vezes por mim. Também descobri que todos temos nosso próprio tempo e temos que usar esse tempo de forma inesgotável, pois, ela é esgotável e limitada. As chances de viver uma vida sendo você mesmo com suas limitações mas também cheia de pequenas felicidades, é agora, no hoje.
Aprenda algo novo, insista em algo que você quer concluir, faça, realize, mude, troque de estilo, de corte, de cidade, de pensamentos, EVOLUA (sim, assim como em pokémon).
Você será bem mais grato(a) pela sua vida e por cada realização do dia que conseguiu fazer pois é muito bom mesmo darmos sentido e propósito à vida!
Assim como você, também estou nessa luta. Torço por suas realizações e boa sorte pra gente!
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A Cacofonia na Vida de Lukinha: Capítulo 1
| Confira todos os capítulos AQUI |
Apresentando...
O Lukinha!
Garoto esperto, inteligente... “Pero no Mucho”.
Não era nenhum gênio à frente de sua época, mas num geral era bem espertinho. Na escola, ele não passava por muitos apertos. Quando sua professora iniciava uma matéria, ele concentrava toda sua atenção na explicação. Procurava tirar todas as dúvidas, fazia os exercícios...
Se a cachola não absorvia direito ele pedia uma nova explanação...
Fazia novos exercícios e... Bingo! Aprendia.
Ele era bom nisso. Sempre antenado, falante, ligado e curioso.
Tirava boas notas nas avaliações bimestrais, e no final do segundo semestre já estava tudo fechado.
Na sua opinião, “muleque” que tinha dificuldade de aprender ele até oferecia uma mãozinha, mas malandro que tinha dificuldade de querer aprender, ele logo abria o jogo: “Dá seus pulo, meu”.
Assim era o menino na escola. Levava tudo “na boa”.
Sem susto...
Sem grandes preocupações...
Sem estresse…
E em casa?
Tranquilo também em casa...
Família sossegada... Estabilizada financeiramente... Algum conforto.
Ele é filho único... Obediente... Cumpridor dos seus deveres...
Faz a lição de casa rigorosamente em dia...
Fica um pouco na internet...
Brinca na rua com os coleguinhas de quarteirão...
De vez em quando uma partida de futebol na quadra de esportes...
Depois do banho janta com a família, vê um pouco de TV e... pimba!
Cama.
Invariavelmente é assim.
Longe de ser um tédio... Mas... Sem muitas novidades...
Pelo menos por enquanto…
Bem próximo da casa de Lukinha morava uma família, até certo ponto, bastante comum, igual a tantas outras.
Vitor, o chefe da família, já com seus quarenta e todos...
Érica, a mãe, na faixa dos trinta e cinco, seis, sete...
Flamel, o filho mais velho do casal, mais ou menos onze anos.
Jeoneide, a menina, com nove, e Liromar, o caçula, com sete aninhos.
Vitor sempre deu duro na vida trabalhando numa indústria metalúrgica. Ultimamente a fábrica não vinha bem das pernas e, para contenção de despesas, vários funcionários foram demitidos. Na última leva de dispensa, Vitor estava na lista.
Tendo família pra sustentar e as contas para serem pagas, o cabra teve que dar seus pulos. Pegou uma parte da grana da indenização e comprou uma Kombi meia boca. Em seguida equipou a “Kombosa” com um possante par de alto falantes em cima dela e um microfone da hora. No dia seguinte foi até o Ceasa, lotou a Kombi com frutas, verduras e legumes e saiu às ruas como vendedor ambulante.
Berrava ele no microfone:
Olha aí, olha aí, distinta freguesia A Kombi da economia Já está na rodovia. Frutas, legumes e verduras. Tudo muito baratinho. E a mercadoria... É do mesmo dia... Traz a cesta e a bacia, dona Maria Pra levar bastante e fazer economia...
Desce rua, sobe ladeira, desce ladeira, sobe rua. E lá ia o seu Vitor rompendo as horas do dia pra vender a mercadoria. E, na medida do possível, procurando sempre pronunciar as palavras direitinho. Mas...
- Olha aí, freguesia. Venha dona Sônia e dona Tereza... Levar qualidade pra sua mesa. Alface, laranja, tomate. Tudo fresquinho! Ovo e uva fresca!
Lukinha não estava muito longe dali e ouviu…
Será que eu ouvi direito? Xiii! Se a dona Orlanete ouviu, não deve ter gostado. É que o marido dela morreu recentemente.
E isso foi para o caderninho de Lukinha.
Alheio à possíveis gafes, Vitor seguia em frente na sua nova rotina. Aliando bons preços, ótimos produtos, a simpatia do caboclo e até as rimas improvisadas, ele foi conquistando cada vez mais as donas de casa. O negócio até que estava indo de vento em poupa... Porém sem vento...
Cheio de confiança e otimismo, pensou em ampliar as atividades.
- Por que não? - Matutou com sua esposa. - Posso muito bem aproveitar a perua e fazer uns fretinhos nas horas de folga.
E não deu outra.
Arranjou uma placa de madeira medindo um metro quadrado, comprou uma lata de tinta à óleo e um pincel e disse para a dona Érica:
- Como diz o velho deitado: “A propaganda é a alma do negócio”. Vou escrever uns dizeres bem caprichado, pendurar a placa na traseira da Kombosa e... Seja lá o que Deus quiser.
Lukinha batia figurinhas com um dos filhos do seu Vitor mas estava ligadão nas conversas que se sucedia por ali...
Enquanto Vitor esbanjava talento na feitura da placa, Lukinha pegou um banquinho, achegou-se por perto do seu Vitor e sentou-se. Começou a sessão interrogatório.
- O que o senhor pretende escrever aí na placa?
- FAÇO CARRETO.
- É verdade que o senhor tem um apelido meio... Estrambólico?
- Tem gente que me chama de torneira.
- E porque torneira?
- Deve ser por causa do som do meu nome completo.
- E como é o seu nome completo?
- Vitor Neira - concluiu o negociante.
Nisso a esposa do torneira, digo, do seu Vitor, veio trazer um copo de refresco e continuar apreciando a obra de arte do marido verdureiro.
E por falar em continuar, Lukinha também resolveu continuar:
- E a senhora, dona Érica? Tem algum apelido?
- Quando eu era mais nova, me chamavam de caconde.
- Tem um porquê, esse caconde?
- Dizem que meu nome completo soa isso.
- E como é o seu nome completo?
- Érica Conde, ora.
- Entendi - disse Lukinha coçando a cabeça. Vai pro caderninho.
Feliz da vida, Vitor coloca o pincel numa latinha com solvente, tampa a lata de tinta e...
- Tá pronto! Agora é só esperar secar.
Enquanto secava, Vitor lavava as mãos e dona Érica trouxe mais refresco para homenagear o mais novo letrista da família. Lukinha, entretanto, não conseguia tirar os olhos da placa de anúncio.
“Tem alguma coisa errada aqui”, pensou ele, coçando a cabeça.
CATAPUMM!!!
É que... Na empolgação... Na distração... E na simplicidade...
Vitor simplesmente inverteu a posição da cedilha...
E acabou ficando escrito:
“FACO ÇARRETO”
Isso também foi para a cadernetinha do Lukinha!
Não desanima, não, seu Vitor.
Próximo: | A Cacofonia na Vida de Lukinha: Capítulo 2 |
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-Ato 1- Acordando de um sonho
Essa é a história de uma garotinha que teve sua infância e vida roubadas.
***
A jovem cresceu em uma casa com uma convivência conturbada, seu pai era um corretor infeliz com seu trabalho e para aliviar seu desgosto e aflição ele descontava em sua mulher e filha.
Ela cresceu com sua mãe dizendo para acreditar em Deus, que ele as tiraria daquele buraco, mas a pequena criança não tinha essa “fé” que sua mãe tinha, ela já não acreditava em Deus há tempos.
~ Se ele é tão bom, se ele está sempre nos “protegendo”, por que deixa que sofremos assim? ~
Essa pergunta não saía da cabeça da garota desde seu aniversário de dez anos, onde foi violentada, estuprada por seu pai em mais uma de suas seções de “aflição”. Ele foi preso e morto na cadeia pelos presos quando descobriram o porquê dele estar lá. Sua mãe enlouqueceu, perdeu completamente a razão, se suicidou no ano seguinte, apenas dois meses após o aniversário frustrado de sua filha e a morte do marido.
A pobre criança foi mandada para um orfanato de uma cidade bem distante de sua terra natal, mas ela já não estava mais “viva”.
Ela desistiu desse mundo, dessas pessoas desconhecidas ao seu redor, desse Deus que havia a abandonado. Ela simplesmente se desligou do mundo, sua mente a colocou em um estado de “coma”. Ela estava acordada, mas sua mente e pensamentos estavam em um lugar completamente diferente.
~ Se no meu mundo Deus não existe, criarei um mundo onde ele exista. ~
Para muitos ela apenas enlouqueceu, sua mente chegou no limite e já não aguentando mais conviver com aquelas memórias que pareciam mais fantasmas que a assombravam todas a noites quando dormia, mas estavam errados, ela esqueceu, apagou tudo, todas as memórias daqueles tempos sombrios, daquela sua infância amaldiçoada.
Ela se tornou deus. Criou um mundo em sua cabeça, para ela aquilo era real, um mundo perfeito, um mundo com um deus que os protegia, um mundo dela.
***
Aos seus treze anos fizeram uma festa para ela.
A guiaram pelos corredores do orfanato, suas pernas respondiam automaticamente aos estímulos, mas ela não tinha nem ideia de onde estava, para ela, ela estava em seu mundo, protegida de todas as tribulações de seu antigo mundo.
Agora, dois anos após ter criado seu mundinho, dois anos após ter se tornado deus de seu mundo, ela percebeu algo que a aterrorizou completamente, as pessoas de seu mundo não acreditavam nela, assim como ela não acreditava no Deus de seu antigo mundo, ela passou a ignorá-los, deixa-los sofrer, assim como ela dizia que seu antigo Deus fazia.
Percebendo que não havia sentido naquilo, não havia uma justificativa, um porquê dela estar vivendo, não havia sentido em sua própria vida, ela simplesmente quebrou, sua mente se fragmentou, suas memórias antigas foram voltando a tona, ela foi se lembrando do desespero, da dor que sentia. Não queria ficar ali, não queria viver mais.
Conforme ela se lembrava, seu mundo desmoronava, se desfazia, os gritos e lamentos das pessoas de seu mundo ecoando em sua cabeça a torturando pareciam um castigo infindável.
~ Deus deve estar me castigando por ter sido tão desobediente por todos esses anos. ~
Assim ela pensou e riu. Porque ela estava pensando que o culpado daquilo era Deus se todo esse tempo ela nem acreditava que ele existia? Ela riu disso, riu de como era boba, riu de como sua dor era insignificante, era apenas dor, um passado obscuro, todo mundo tem um, porque apenas não esquecia e seguia em frente?
Mas ela não conseguia, o seu passado a atormentava, não a deixava seguir em frente, sua cabeça latejava, parecia que iria explodir, naquele momento ela pensou o que teria acontecido se ela tivesse continuado a viver normalmente, mas era tarde demais, tarde demais para concertar as coisas, mas não tarde demais para continuar.
Ignorar foi o que ela escolheu, ignorar o que sentia, não se importar mais, se esconder atrás de um sorriso gentil apesar do que sentisse no momento.
Mas não foi bem assim, pelo menos naquele momento não foi bem assim, naquele instante único onde despertara de um longo sonho. Um som singular, um choro fraco chegou aos seus ouvidos, choro que ninguém ouviu pelo alvoroço da festa, mas que ela podia ouvir.
~ Huh? ~
Ela murmurou ao ver pela primeira vez em dois anos, sua visão pouco a pouco desembaçando, a luz se fazendo presente, todos aqueles rostos desconhecidos sorrindo.
Espanto e surpresa. Essas foram as reações iniciais da diretora do orfanato que segurava a mão da jovem e das duas senhoras que as acompanhavam ao ver a garota demonstrar algo depois de tanto tempo.
Os olhos curiosos da jovem vasculharam sua volta á procura do dono daquele choro.
Estava em um corredor iluminado, o choro parecia vir de trás dela. Ela tentou seguir o som, mas foi impedida por algo agarrado em sua mão, ela encarou a mulher que segurava sua mão, ela a encarava com um olhar preocupado e ao mesmo tempo feliz. A garota sorriu para a mulher, um sorriso forçado.
~ Você está bem? ~
A mulher perguntou.
~ Tem alguém chorando. ~
Ela disse.
~ Verdade. ~
Uma das senhoras atrás dela disse ao prestar mais atenção.
A garota se soltou da mão da mulher e correu na direção contrária. O som ficava cada vez mais claro, pouco a pouco os sons foram se distinguindo uns dos outros, todos os sons foram sumindo gradativamente até que ela só podia ouvir sua respiração e o choro de uma criança.
Ao fim do corredor ela virou a direita e seguiu mais alguns passos até se deparar com a porta do quarto com o número 4, fonte daquele choro fraco. Estranhamente o orfanato estava silencioso, apesar do evento daquela noite, a jovem também percebeu isso.
Com a mão na maçaneta, ela destrancou a porta e abriu sem pensar duas vezes. A porta não fez barulho, apenas o pequeno estalo do trinco ao abrir. O residente daquele quarto não a percebeu.
Um garoto, aparentando ser mais novo que ela, uns onze anos no máximo, cabelos negros e uma pele clara com um tom amarelado, iluminado pela luz da lua que adentrava o quarto.
A garota ficou encarando o menino ajoelhado aos pés de sua cama chorando baixinho, percebendo assim, o quão estranho era o fato de ter ouvido o choro mesmo com tanta algazarra da festa.
~ O que esta fazendo aqui, Carl? Não vai na festa da sua coleguinha? ~
Uma das senhoras disse de trás da menina. Ele não disse nada, apenas olhou para trás assustado, seus olhos se fixaram na garota assim como os dela fixaram nele. Ficaram se encarando por um bom tempo.
~ Ele não fala com ninguém. ~
A diretora disse colocando a mão no ombro da garota.
Suas pernas se moveram automaticamente a levando para mais perto da criança, se inclinou para frente e estendeu a mão, ela esboçava um sorriso limpo no rosto, um sorriso não forçado.
~ É meu aniversário, não quer vir na minha festa? ~
Ela sorriu com seu rosto levemente rosado, o garoto também ganhou um tom avermelhado seguido de uma expressão sem jeito no rosto. Depositou a mão sobre a palma da jovem que apertou e puxou ele. Já de pé ela percebeu que ele era do tamanho dela quando ficaram frente a frente.
Ele piscou algumas vezes e esfregou os olhos com a mão livre dizendo baixinho com uma voz rouca:
~ Ta... ~
A diretora não conseguiu esconder a surpresa ao ver ele falar com tanta facilidade com aquela menina, mas decidiu não interromper aquele momento.
A garota e o menino, Carl, saíram do quarto e caminharam de mãos dadas pelos corredores seguindo para o local da festa, a sala principal onde todos estavam esperando. Logo avistam uma luz no fim do corredor, com cores distintas e vibrantes como um arco-iris bagunçado.
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Religare
Aprendi o conceito de intolerância religiosa aos quinze anos.
Antes disso já tinha ouvido essa expressão, mas nunca passara por nada com intensidade suficiente para realmente compreender seu significado. Fui batizada na igreja católica, ainda que meus pais já não seguissem essa religião na época em que nasci. Minha avó paterna, muito católica, sempre cobrava que eu lhe pedisse a bênção, mesmo que eu não entendesse direito o que era aquilo. Lembro de uma coleguinha me perguntar, na segunda série, se eu era católica ou evangélica. Eu não soube responder, porque não era nem um nem outro; quando disse isso a essa colega, lembro da expressão de surpresa no rosto dela. Provavelmente nunca nem ouvira falar que existem centenas e centenas de religiões no planeta. Também me lembro de ir a uma missa de páscoa com a escola, na quinta série, e ficar confusa quando a professora disse para todos se levantarem para receber a comunhão. Eu não tinha a mínima ideia do que estava acontecendo, mas alguém me puxou de volta para o banco e apenas assisti metade da turma entrar em fila na frente do padre.
Essas experiências, porém, não me ofendiam de maneira nenhuma; eu compreendia que eram coisas que eu não cultuava, mas que eram muito importantes para outras pessoas. Achava intrigante como era diferente, mas ficava por isso mesmo. Não acontecera nenhum tipo de agressão: apenas o contato puramente respeitoso.
Em 2013, porém, a Jornada Mundial da Juventude aconteceu no Brasil. Me animei com o evento. Fiquei encantada com a quantidade de pessoas de tantos povos diferentes vindo para o meu país com um interesse em comum, todos pensando na paz. Todos estavam falando disso, nos jornais, nos pontos de ônibus, na TV e principalmente nos templos religiosos. O lugar que eu frequentava na época mencionou o evento e sua importância para a paz entre os povos.
Alguns colegas de escola contaram, animados, que era possível participar como guia e abrir a própria casa para hospedar um ou dois jovens que estivessem participando do evento. Declarei imediatamente, muito empolgada, que pediria aos meus pais para participarmos. Foi quando ouvi de um desses colegas, pela primeira vez, a seguinte frase:
-Mas você não pode… Você não é cristã.
Fiquei totalmente desconcertada. Como assim eu não era cristã? Eu passava meus sábados reunida com um grupo jovem e um evangelizador. Discutíamos sobre parábolas bíblicas e boa parte do novo testamento. Falávamos sobre Jesus, sobre a caridade, o amor ao próximo. Como eu podia não ser cristã? Eu não tinha na época a confiança que tenho hoje, por isso me calei e não continuei a conversa.
Passaram-se um ou dois anos. Eu realizava trabalhos voluntários em uma instituição internacional, cristã e ecumênica, e nunca me sentira excluída de forma alguma por “não ser cristã”. Na verdade o aspecto religioso pouco aparecia: o importante era a caridade. Até que chegou o dia de uma reunião cuja pauta era justamente a parte mais religiosa dessa instituição, que estava muito ligada historicamente com a sua fundação. Ouvi muito atenta e silenciosa o desenrolar da palestra, porque eu sabia que não deveria opinar sobre detalhes de uma religião que não era minha. Eis então que o palestrante responsável diz:
-As religiões cristãs são justamente aquelas que creem na Santíssima Trindade. Pai, Filho e Espírito Santo como um só. Ou seja: Catolicismo e Protestantismo, com todas as suas ramificações.
Senti repentinamente uma vontade de chorar. Levantei a mão sem nem pensar no que estava fazendo. O professor assentiu para que eu falasse.
-Com licença… Desculpa, mas a minha religião é cristã também. Eu sou espírita.
Eu vi no rosto dele, infelizmente, um rápido risinho ironico. É provável que ele jamais tenha notado que reagiu dessa forma, mas eu vi e gravei na memória. O professor palestrante suspirou e disse a frase que me doía tanto de ouvir:
-Não, você não é cristã. Espíritas acreditam na reencarnação, cristãos creem na ressurreição de Cristo. Me desculpe.
Eu automaticamente respondi, com o coração batendo acelerado como nunca:
-Achei que cristão fosse todo aquele que seguisse as palavras de Jesus.
Se eu fosse um pouco mais rebelde na época, ainda falaria sobre todas as leituras que fazíamos do Novo Testamento, das parábolas e das histórias bíblicas. Falaria do livro de Kardec, o evangelho segundo o espiritismo, que serve justamente para explicar sobre a Bíblia. Falaria de todos os voluntariados que fiz na vida porque sei como é importante praticar a caridade. Falaria de como minha família tem o hábito de se reunir para fazer preces em casa. Mas não falei nada disso. Na verdade não sei qual foi o fim desse episódio. O que sei foi que acabei eventualmente me desligando dessa instituição.
Mais alguns anos se passaram. Aprendi muito com o kardecismo e continuarei sempre aprendendo, mas hoje me encontro em outra religião. Devo dizer que essa também não é considerada cristã pela maioria das pessoas. Na verdade, é vista com muito mais preconceito que o próprio kardecismo; tem gente que diz que adoramos o demônio, o que é irônico, porque nem mesmo acreditamos na existência dele. Falamos tanto do Mestre Jesus e de seus ensinamentos que não há espaço para falar mal de ninguém, muito menos fazer o mal.
Não importa o que pensem, hoje sou mais feliz (e mais cristã) do que nunca.
Talita Emrich
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“ Nunca haverá tamanha destruição como aquela; casas pegando fogo, pessoas morrendo em valas na rua, comida sendo jogada fora, balas para todos os lados, bombas apontando a todo instando no céu para instantes depois destruir cidades e tudo parecia que teria fim somente quando não sobrasse mais nenhum terráqueo vivo. Porém, apesar de boa parte das conexões telefônicas terem sido cortadas restando apenas um telefone fixo para cada governante sobrevivente, na noite daquele dia três de fevereiro de 2091, todos os chefes de Estado, prontos para deitar-se ou jogar mais uma bomba nuclear em outro lugar, receberam uma ligação simultaneamente; Uma mensagem criptografada em 7 línguas diferentes, dos sete países restantes na 3ª Guerra: “ É hora de parar antes que não sobre nenhum de nós para contar a história no futuro. Há apenas duas alternativas agora: Morrer com seus próprios tiros inúteis ou por um fim na guerra. A população está farta de lutar guerras das quais não sabe a total verdade e por isso não lutará mais por vocês.”
E no dia seguinte, após nove cansativos meses de combate, todas as cidades ainda existentes acordaram com as armas abandonadas em suas praças centrais. Um protesto; um basta; uma retalhação. Nada mais pode ser feito a não ser acabar finalmente com aquilo, após dizimar mais de 75% da população. Os dois bilhões e quinhentos milhões restantes na população mundial celebraram o dia três de fevereiro desde então. O marco do final da pior guerra já existente no planeta. ”
“ Em pouco tempo, o que era somente uma celebração virou motivo para festas belíssimas em homenagem a todos aqueles que lutaram; Com a nova configuração do, hoje chamado, Novo Mundo, os países foram criando suas próprias formas de celebrar o 3 de Fevereiro, Ishtar incluso nisso. No quinto ano de reinado de George Willendorf I, o primeiro rei de Ishtar e da dinastia Willendorf, ouvi ideias dos conselheiros e leu cartas de duques provinciais, porém a escolha do rei fora a sugestão dada pela esposa, a Rainha, para a festividade daquele ano. Foi dessa forma, seis séculos antes do nascimento de Aimée ou Rowan, que deu-se inicio ao Baile de Máscaras de 3 de Fevereiro.
Também conhecido como A Celebração dos Bons, o baile tem inicio no começo da noite, onde todos usam mascaras e fazem mistério sobre suas identidades. O baile acontece normalmente, com musica, dança, comes e bebes além de muita conversa e alegria. As 22:30 em ponto, horário no qual os Chefes de Estado receberam a ligação pelo relógio de Ishtar, todos os convidados vão até as longas e estreitas mesas laterais e retiram suas mascaras, revelando assim quem são.
O ato quer dizer abandonar o mal e descobrir o bem, finalizar a guerra e buscar pela paz novamente, deixar para trás os momentos de escuridão/sombras/mentiras/falsidade/mascaras de fingimento/barreiras físicas e psicológicas e abrir-se para a nova vida/bondade/fraternidade/altruísmo/laços verdadeiros/palavras honestas e afetuosas. Retirar as mascaras é como uma atitude simbólica do abandono das armas pela população mundial de 2091, porque esse foi o ato de fim da guerra, uma expressão da sociedade de mostra-se cansada de conflitos inúteis e fúteis;
OOC
O baile é uma tradição Ishtariana, ou seja, caso venha de outro país, lá pode ser totalmente diferente. Além disso, a coroa proporciona, através dos duques provinciais, o evento em todas as províncias, porém não é luxuoso e bonito como o do Palácio de Allanon.
Por causa nos convidados especiais, esse ano o baile será um pouco de diferente porque além de celebrar do fim da guerra de 2091 também celebra o inicio da seleção.
Pelo motivo citado acima, todos da realeza convidada vestirão a mesma máscara, isso inclui o Príncipe Rowan, Princesa Aimée e seus irmãos, e até o Rei e a Rainha.As mascaras usadas pelos homens e mulheres serão essas.
Os demais convidados poderão usar as mascarás que quiserem, seguindo o padrão de um baile de mascaras, claro. Qualquer duvida, não hesite em nos chamar.
É estritamente proibido apresentações, ou quase isso. Não chegue no coleguinha dizendo seu nome e o estado da onde está falando após o bip (espero que entendam a piada) vamos tentar manter o glamour do baile, se alguém descobrir que é um/a selecionada/o ou príncipe/princesa pela conversa, tudo bem, sem problemas, mas vamos tentar cortar os nomes de antemão.
As mascaras serão retiradas após as 22:30hrs, avisaremos quando isso será para não acontecer enganos. Postaremos um aviso na central.
O evento vai de hoje 02/02 às 19:30, horário de brasília, até dia 09/02 as 23h59min; Os chats/small/turnos poderão prosseguir até dois dias depois do evento com a finalidade de serem terminados, caso os players desejem. Não deixaremos livre para não flodar a dash com coisas do evento por muito tempo.
Usem as tags hs:looks e hs:event001(essa ultima caso desejem), para postarem os looks, lembrando que é uma festa de gala, e para sinalizar interações do evento.
Aproveitem muito o evento! Nós, adms do Heir queremos desejar a todos um bom jogo e estamos felizes por decidirem aplicar pela primeira vez ou novamente no rp. Não hesitem em nos chamar no chat para esclarecer qualquer duvida, amamos vocês.
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