Tumgik
#eu não sou muito chegada em celular
tinyznnie · 4 months
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eu aguentaria namorar os membros do nct dream? - uma rant aleatória porque sim
n/a: totalmente não revisado, feito numa madrugada aleatoria de uma terça feira. é totalmente baseada na minha visão dos dreamies e não deve ser tomado como verdade. me falem suas opiniões nos comentários e boa leitura!
mark lee
eu particularmente acho que me daria muito bem com o mark. nosso interesse mútuo em homem aranha, falarmos o mesmo idioma e gostarmos de música e dança provavelmente nos renderia uma conversa longa no meio da madrugada, além das diversas coisas da vida, a transição pra vida adulta que ambos estamos passando também poderia ser um fator pra nos identificarmos. mas não sei se lidaria tão bem com o fato de ele ser um workaholic e sempre estar envolvido em muitas coisas ao mesmo tempo, me deixaria extremamente preocupada e eu constantemente pediria pra ele descansar um pouco (o que ele não acataria, eu imagino), mas ele também é o tipo de pessoa que se preocupa com a saúde do parceiro, mesmo que as vezes negligencie a sua própria. a diferença de idade também poderia ser um fator importante, mesmo que não seja muito grande, acho que ele me traria uma sensação de conforto que eu estou desesperada pra sentir. como dates, eu imaginaria ouvir ele no estúdio, passeios na beira do rio Han de madrugada (ele só me passa a vibe de quem gosta de uma caminhada noturna) e conhecer cafés fofos.
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huang renjun
eu sinto que teria uma energia muito caótica com o renjun. ele é uma pessoa que se estressa bastante, e eu também sou assim, apesar de já ter melhorado bastante, ainda tem muita coisa que me estressa com facilidade. entretanto, por ele se estressar tanto, ele provavelmente já tem muitos macetes e dicas de como se acalmar, que poderiam me ajudar, assim como eu tenho e poderia ajudar ele também. particularmente não sou uma pessoa artística, e não tenho dotes também, mas imagino que poderia estar com ele em um silêncio confortável enquanto leio um livro e ele desenha, só curtindo a companhia um do outro. diferente do mark, eu vejo ele mais como uma pessoa que age ao invés de falar, então as formas dele demonstrar carinho são através de ações e objetos, como um desenho ou simplesmente deixar o café da manhã já pronto. como dates, eu imagino aulas de desenho (imagino que ele poderia gostar se eu tivesse alguma habilidade nisso pra podermos fazer juntos) aqueles dates de fazer esculturas de massinha do tiktok e visitar cafés pra ter um “study date” ou só pra ficarmos fofocando.
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lee jeno
100% de energia de golden retriever. o jeno me passa a vibe de adorar o chão que o parceiro pisa e ninguém pode me dizer o contrário. com certeza imagino ele tentando me incluir nos treinos, mesmo eu não sendo a pessoa mais atlética, mas ele tem um corpo bonito, e imagino que não teria problemas em se exibir um pouco. apesar disso, eu não acho que teríamos tantas afinidades, já que ele gosta de jogos e fazer muitos exercícios e eu já não sou tão chegada, mas acho que poderíamos compartilhar alguns hobbies em comum, como fotografia e o resto poderia ir se ajeitando. mas sinto que ele seria aquele namorado que protege (fisicamente falando) e que exala aquela energia de “pode vestir o que você quiser, eu sei brigar” (que é extremamente atraente). acho que poderíamos achar um chão em comum com jogos de celular e eu estaria disposta a aprender alguns jogos e assistir coisas que ele gosta caso ele estivesse disposto a fazer o mesmo (o relacionamento tem que ser uma via de mão dupla). como dates, eu imagino gym dates (como naqueles vídeos fofos do tiktok de casais treinando juntos), visitar um café de gatos ou talvez fazer uma trilha.
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lee haechan
eu adoro o haechan de paixão, mas como eu queria sair no soco com esse menino. sério, sabem a mesma vibe que o renjun tem com ele? seria a mesma coisa. eu adoraria ficar de love com ele, abraçadinhos e tal, mas na primeira gracinha, eu já ia virar um tapa, dependendo do dia. mas, também teriam as coisas boas, como pedir pra ele me ensinar a jogar jogos online (que eu aprenderia única e exclusivamente por ele, já que não é minha praia) e eu também pediria sempre sempre sempre pra ele cantar pra mim com aquela voz perfeita que ele tem. acho que seria uma combinação interessante de interesses e personalidades, os opostos se atraem, não é mesmo? como dates, acho que iríamos jogar naqueles arcades do shopping ou também algum lugar com computadores pra competirmos um contra o outro, com direito a sorvete e beijinhos depois.
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na jaemin
o jaemin 100% se daria bem com meus amigos. de verdade, a energia caótica que ele exala as vezes combina muito com a minha e dos meus amigos, então acho que formaríamos um bom casal. eu sou um pouco mais introvertida num geral e ele também, então acho que seria fácil identificarmos quando o outro precisa recarregar a bateria social quando estivermos em algum rolê. ele é uma pessoa de gatos e eu sou mais cachorros, mas não acho que isso seria algo que brigaríamos sobre. ele me parece ser muito alguém que cuida e protege a qualquer custo e a felicidade do parceiro é a prioridade, então seria totalmente perfeito pra mim. também teríamos em comum a fotografia, eu gosto bastante e acho que trocaríamos dicas e procuraríamos lugares legais pra fotografar. como presente de aniversário ou algo assim, eu com certeza daria um álbum de fotos feito a mão. como dates, acho que iríamos a praia, ou em algum outro lugar bonito pra fotografar e tomar sorvete.
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zhong chenle
tá aí um membro que eu acho que me daria muito bem. o chenle tem aquela forma peculiar de fazer piadas e um humor muito interessante, além de não levar desaforo pra casa, eu acho extremamente atraente. além disso, tem a daegal ainda, eu ficaria o dia inteirinho brincando com ela (na mesma vibe do mark fazendo ela pular de um lado pro outro). adoraria visitar a família dele em Xangai e num geral, seria uma das maiores apoiadoras em todas as coisas, principalmente no basquete, definitivamente pediria pra ele me ensinar pra podermos jogar juntos e assistir também. 100% faria piadinhas o tempo todo só pra ouvir ele rindo. também acho que seríamos uma ótima dupla em jogos e ele seria meu parceiro no crime, a pessoa que posso contar o tempo todo, pra qualquer coisa. além disso, temos apenas 21 dias de diferença em idade, então jogaria isso na cara dele sempre (de forma amorosa). como dates imagino jogar basquete obviamente, fazer compras (acho o estilo dele lindo e com certeza deixaria ele escolher as combinações pra mim) e ele me passa muito a vibe de date em restaurante e cinema depois.
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park jisung
nosso querido maknae não seria uma dupla tão boa pra mim a longo prazo. não me julguem mal, mas sabemos o quão inexperiente o jisung é com absolutamente tudo, e isso é adorável, mas a longo prazo, eu me veria mais como sendo a pessoa que ensinou ele a como ter um relacionamento do que a pessoa que ele vai namorar o resto da vida. além de eu ser um pouquinho mais velha (poucos meses), sinto que ele se apoiaria mais em mim do que eu nele, e não é algo que eu atualmente gostaria em uma relação. mas, independentemente, seria incrível mostrar as coisas pra ele e ouvir tudo que ele tem a dizer, entraríamos nos papos sobre alienígenas e o espaço e a vida, tudo isso no meio da madrugada ou durante um filme, seria ótimo. acho que seria aquela vibe de o melhor amor mas não amor pra vida toda, pelo menos não num primeiro momento, quem sabe no futuro. como dates acho que iríamos pra parques e eu adoraria visitar um planetário com ele, seria muito legal, além de ver muitos filmes e séries juntinhos, com pipoca e doces, em casa mesmo porque é mais confortável.
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dornasentrelinhas · 3 months
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Ando por aí querendo te encontrar
Andando em meio as pessoas, procurando o seu olhar. Não sou vista do jeito que tem que ser, ninguém me enxerga e muito menos me compreende, mas você sabe me enxergar. Dou passos sem direção quando não tenho você por perto, procuro um lugar para descansar, braços para me segurar quando a vida se torna difícil e ando na esperança de poder te encontrar e finalmente me sentir em casa no seu abraço. Ao me olhar no espelho não reconheço a mulher que me tornei, me sinto estranha e com um beleza que me faz questionar se realmente estou viva, tenho olheiras profundas e escuras, pele ressecada e cabelo despenteado, mas então me lembro da sua voz me dizendo que sou a mulher mais linda que você já pós os olhos e tenho uma beleza surreal e são nesses momentos que vejo que as vezes vale a pena ser vista e me sinto valorizada. Não gosto do meu corpo, sinto que ganhei uns quilos a mais por conta da ansiedade e da compulsão alimentar, não gosto de usar roupas muito justas porque não valorizam as minhas curvas e ao olhar o meu celular vejo que você me chamou de gostosa por conta de uma foto que te enviei das minhas pernas, então coloco essa preocupação de lado e uso qualquer roupa que me faça sentir bem. Não gosto de lugares cheios e com muito barulho, me sinto estranha e diferente das pessoas, sinto que elas me olham de uma forma dolorosa e quase posso ver o julgamento nos olhos, mas você disse uma vez que o nosso encontro seria em lugar calmo e tranquilo onde me sentisse confortável e a vontade. Não consigo ouvir suas músicas porque não fazem o meu estilo, porém você aprendeu a gostar do que ouço através da minha playlist e disse que poderia se acostumar com aquilo. Me sinto sozinha quando você não está por perto, mas entendo que as nossas rotinas são diferentes e que a sua vida exige a sua presença e para amenizar a dor da saudade durmo em um horário mais tarde só para ter um pouco de você no meu dia e saber como você está. Detesto sair de casa e me socializar porque na mesma hora que chego em algum lugar já quero correr para minha casa e você me disse que é exatamente da mesma forma, pode até ser bobagem mais um sorriso apareceu no meu rosto depois de tanto tempo sem saber o que é dar um simples sorriso. Quando não estou nos meus melhores dias e com oscilações de humor, você sempre me faz rir de coisas bobas e diz que vai ficar tudo bem e são nesses momentos que sinto o meu peito ficar leve. Fazia tempo que não me sentia assim, vista, valorizada, amada, cuidada e protegida por alguém, você sempre me deixa confortável em tantos momentos que fico me perguntando ‘’como pode existir uma pessoa tão boa assim em mundo como esse?’’ A cada batida do meu coração é uma forma de dizer que se sente grato por tanto cuidado e preocupação e a cada suspiro que dou ao pensar em você é uma forma de dizer ‘’eu te amo’’ e que você é a razão da minha existência, dono dos meus melhores sorrisos, dono dos meus pensamentos mais insanos e que você é a minha saudade, minha casa e o meu lar e saiba que enquanto você permitir irei amar você e enquanto existir sentimento estarei esperando pela sua chegada, por você.
Elle Alber
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shield-o-futuro · 1 year
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“Preciso de pulmões novos.” - Scarlly e Sam
Conto 60  — Samuel Barnes
— Preciso de pulmões novos. — Escuto Scarlett reclamar antes de se jogar na grama, com a respiração pesada, logo após termos cruzado nossa linha de chegada imaginária no parque Washington Square.
Não posso culpá-la por estar nesse estado. Além de meu pai, Steve Rogers e meu irmão Tommy, poucas pessoas realmente conseguem acompanhar meu ritmo quando saio para correr.
Mesmo assim, decido que não vou perder a oportunidade de zoar um pouco com minha amiga. Reviro os olhos e a encaro, colocando as mãos na cintura.
— Foram só alguns quilômetros, não exagera. — Alongo um pouco os braços, e deu um leve chute de brincadeira em seu pé. — Nem deu tempo de eu me cansar. Poderia voltar correndo pro Brooklyn agora mesmo.
Se Scarlett tivesse alguma coisa grande e pesada ao seu lado, ou energia o suficiente para tal, ela jogaria algo em mim. Mas como não era o caso, ela apenas me mostra o dedo do meio em resposta.
— Como eu odeio super soldados.
— Tecnicamente, sou apenas um semi-super soldado. — A provoco mais uma vez antes de me sentar ao seu lado, esperando que ela recupere o fôlego.
— Me lembre de nunca mais aceitar sair pra correr com você, Barnes.
— Ah, para com isso. — Olho para ela, sorrindo agora. — Você se saiu muito bem. Chegou até aqui, não foi? Quando chamei o Greg pra fazer a mesma coisa, ele passou mal nos primeiros quinze minutos. Não foi nada bonito.
Scarlett começa a rir, e então ficamos em silêncio por um momento. Sinto meu celular vibrar em meu bolso, então o pego e vejo uma mensagem de minha namorada, o que me faz abrir um sorriso. Zendaya está em uma missão humanitária ao lado de sua tia Shuri na Polinésia, mas me manda vários updates de como as coisas estão indo. Tudo bem ao que parece.
Me foco em responder a mensagem, até que Scarlett fala mais uma vez.
— Cara, que cheiro horrível é esse?!
Estou prestes a perguntar do que ela está falando quando o cheiro me atinge feito um soco. Uma mistura horrível de xixi de gato com repolho cozido. Algo realmente desagradável. Faço uma careta e abaixo o celular.
— Credo, que fedor. Parece que está vindo... — Antes mesmo que eu possa terminar minha fala, uma sombra passa por cima de nós, e assim que levanto meu olhar, dou de cara com uma criatura bizarra.
Olha, vou fazer meu melhor para tentar descrever o que vi. Logo acima de nós, voando no céu, haviam três criaturas que eram o resultado de uma mistura entre gato e cobra. A parte da frente era sem duvidas de um felino, mas assim que seu corpo roxo e verde continuava, toranva-se longo como o de uma cobra.
Homens estavam montados em cada um desses bichos. Três saradões, um deles sem camisa, os outros dois vestindo apenas um colete aberto na frente. Todos eles usando chapéus pontudos de mago e varinhas com estrelas na ponta, tipo aquelas de fadas de desenho animado. 
Eu sei o que você deve estar pensando agora: essa é uma visão e tanto.
— Tá bom, me diz que você também está vendo isso, Sammy. — Scarlett me tira do meu devaneio momentâneo com sua pergunta.
— Não queria, mas estou sim.
Nós dois nos levantamos em um pulo depois disso.
— O que diabos é isso? — Scarlett se vira para mim e me pergunta, como se eu tivesse as respostas. Deu de ombros, exasperado.
— E eu é que vou saber? Nunca vi uma coisa dessas antes! — Então, algo novo acontece. Os bichos começam a soltar alguma coisa... uma espécie de fumaça, pelo que posso ver. — Que bom, agora tem mais essa. Que negócio verde é esse saindo das... caudas deles?!
— Não sei, não quero saber e agradeceria se você não perguntasse de novo. — Quase não consigo ouvir a resposta de Scarlett, porque bom, o parque estava cheio naquele horário e todo mundo já está correndo e gritando pra todo canto da forma mais desordenada possível, como só os nova-iorquinos conseguem fazer.
Paro para pensar por um instante, mas sinto que minha mente está travada com a bizarrice toda que está acontecendo à minha frente. E olha que isso diz muito, afinal, já vi coisas muito esquisitas na minha vida.
Instintivamente, me viro para minha amiga em busca de orientações. Já que ela é a co-líder de nossa equipe e geralmente tomava a frente em nosso esquadrão na SHIELD também, eu esperava que ela tivesse alguma ideia de como proceder.  
— Scarlly, o que a gente faz?! Você está sem seu arco e eu duvido que jogar uma das minhas faca nessas coisas vai adiantar. — Isso sem mencionar o fato de que nenhum de nós está vestido para a ocasião. 
— Os civis. — Ela me responde sem pestanejar. — Ajudamos os civis a sair da linha de fogo em segurança enquanto eles cuidam dos esquisitões montados nos gatos-cobra.
Ela aponta para o céu, e quando levanto o olhar mais uma vez, vejo Aiden chegando, acompanhado por Maeve Rambeau, ambos vestindo seus uniformes. Bom, eles certamente são mais qualificados para lidar com uma coisa dessa do que nós. Pelo menos no momento. Além disso, ouço um dos caras mencionar o nome da Capitã Marvel, então realmente acho que essa não é uma briga para qualquer um.
— É, acho que podemos fazer isso. — Digo por fim, recebendo um leve empurrão de Scarlett.
— Então vai, Sammy, se mexe!
Dito isso, ela corre para um lado do parque, e eu, saindo do meu estupor momentâneo, corro para o outro.
Cuidar dos civis parece ser uma tarefa fácil, mas eu te digo que não é. Na verdade, é uma das tarefas mais complicadas porque, bom, estamos em Nova York, os nova-iorquinos não tem muito bom senso. Ao invés de correr para longe do perigo, muitos fazem exatamente o contrário, para ver a luta mais de perto, ou para registar em primeira mão o que tá acontecendo, pra postar nas redes sociais e ganhar muitos likes.
É triste, mas acontece, e isso me irrita muito.
Tento afastar esse pensamento da minha mente enquanto tento ajudar algumas pessoas a saírem do caminho da batalha. Faço meu melhor para ajudar a mostrar uma direção que os levará para um local mais seguro. Tenho que ser um pouco mais duro com alguns adolescentes mais novos do que eu, que parecem não entender a imprevisibilidade de uma briga envolvendo super heróis em um momento. Um deles estava tentando tirar uma selfie e quase foi atingido por ácido ( é, descobri que as coisas verdes que saiam das caudas dos bichos é na verdade ácido. Obrigado por ter gritado a diga, Danvers! ).
Depois, tive que interromper sem muita delicadeza a live de uma garota que disse ser uma influencer e que precisava gravar aquilo, porque estava dando muitas visualizações no instagram. Como se eu me importasse com isso. Felizmente, consegui faze-la entender que ali não era seguro e ela até me agradeceu depois.
Quando finalmente percebo que as coisas estão um pouco mais calmas, me viro para ver como Aiden e Maeve estão se saindo. Muito bem, aparentemente, porque depois de levar alguns vários socos bem fortes dos dois, um portal se abre atrás dos magos e eles simplesmente somem. 
Aiden e Maeve parecem tão confusos quanto o resto de nós, mas logo deixam a cena, o que sei que quer dizer que eles vão nos explicar com mais detalhes o que diabos foi tudo isso assim que a gente se encontrar na base mais tarde.
— Bom, isso foi… um acontecimento e tanto. — Scarlett reaparece ao meu lado, parecendo menos cansada agora do que quando estávamos correndo mais cedo. — Como foi do seu lado? 
— Tirando os babacas que se acham influencers e os idiotas que querem ficar perto da ação, o único ferido que tive foi um garotinho que ralou o joelho enquanto tentava sair do parquinho. Ele vai sobreviver. Do seu?
— Acabei discutindo com dois caras que queriam muito ver a Capitã Marvel em pessoa. Ela nem tá na terra no momento, mas é claro que eu não podia dizer isso pra eles, mas fora isso, foi tudo certo.
Suspiro pesadamente olhando rapidamente ao redor, onde as poucas pessoas que ficaram por perto começam a sair de seus esconderijos e começam a conversar entre si sobre o que acabou de acontecer.
— Acho que podemos chamar isso de uma quarta-feira normal?
Scarlett não resiste e começa a rir mais uma vez, fazendo com que eu também relaxe um pouco.
— Acho que sim. E Sam?
— Diga.
— Me lembre de realmente nunca mais correr com você.
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NOTA: Eu disse que listas novas sempre me inspiram e aqui está a prova sahuashuashu esse conto saiu bem rápido, e eu adorei escrever com essa dupla ( já tem mais outro pros dois, Scarlly e Sam vão ter uma semana agitada 👀 ). Espero que vocês também tenham gostado, e fiquem a vontade pra mandar mais frases daquela lista porque acho que vão sair coisas bem divertidas!
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friluftsliv-arctic · 1 month
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14 de agosto de 2024 - Col Chécruit, Itália
TMB - Dia 4
La Ville des Glaciers - Col de la Seigne - Rifugio Elisabetta - Col Chécruit
20,7km • D+ 1449m • D- 1147m
Total acumulado: 74,2km • D+ 5592m • D- 4261m
À noite na casinha das vacas foi a que melhor dormi até agora. Acordei menos vezes e dormi até mais tarde. Eu me mexo muito durante a noite e tenho acordado muito também. Além de despertar super cedo pela manhã, geralmente pelas 5h.
Quando acordei, 6:40h, já não estava mais chovendo. Comecei a arrumar as coisas e quando estava quase tudo pronto, o Senhorzinho passou pra dar um alô e ver se estava tudo ok. Em seguida a chuva voltou e um arco íris lindo apareceu.
Eu resolvi esperar a chuva amenizar e o Rafael acordou e decidimos que iríamos juntos até o refúgio. Lá checaríamos a previsão do tempo e eu decidiria o que fazer. Ele seguiria caminho.
A chuva nos acompanhou até a chegada na Ville des Glaciers, que é uma fazenda. A vista até o Refúgio des Mottets é linda, com o glaciar bem na nossa frente. Ali Rafael seguiu caminho e eu fui no refúgio pegar água e conferir a previsão. Era pra ser um dia de muita chuva. Não fazia sentido voltar até Les Chapieux pra descansar. Resolvi seguir caminho, até porque o tempo já estava limpando e a janela era boa.
Até o Col de la Seigne a subida é íngrime e com trilha marcada em uma montanha com grama. A vista pro vale é pra cadeia de montanhas e com o glaciar do lado, não me cansava. Como o tempo mudava o tempo todo, as nuvens, a chuva e o sol deixaram tudo mais bucólico. Quanto mais alto, mais vento e uma nuvem cobrindo todo o topo do passe.
Foi um tal de tira e bota casaco e capa de chuva, mas o vento chegou forte lá em cima e, com a umidade, também chegou o frio. Estávamos dentro da nuvem a 2516m.
Quando cheguei no Col de la Seigne, aproveitei o sinal de celular pra dar notícias e checar toda a previsão do tempo. Tirei print de todos os próximos dias e assim decidiria com calma até onde eu iria.
Por sorte, a nuvem se foi a paisagem abriu, me fazendo entender porque o Julien disse que eu precisava passar ali sem chuva. A cadeia de montanhas era com pontas nítidas e o vale tinha um rio no meio, com muitas flores rosas.
Fui descendo feliz até o Refúgio Elisabetta, que finalmente aceitava cartão. A vista pra mais um glaciar me fez almoçar e ficar ali algumas horas. Carreguei os eletrônicos. Chequei internet. Conversei com o povo e refiz os planos. Decidi que iria até Courmayour, a próxima vila, pra aproveitar a janela do tempo e consegui cruzar um passe com sol no sábado.
Meus dias tem sido curtos e eu tenho descansado bastante depois da caminhada, mas hoje sabia que seria longo, porque até a vila seriam mais 16km. Mas eu estava tão focada que não havia outra possibilidade.
A chuva voltou e eu decidi começar a caminhar pra chegar ainda com luz do dia. Na descida me emocionei. Os olhos encheram de lágrima e pensei nas viradas de chave e nas pessoas que eu encontrei pra que eu pudesse estar aqui. Eles nunca entenderão o quanto sou grata por isso. Ojalá eu conseguisse retribuir de alguma maneira.
O caminho do Lago Combal é super charmoso, cheio de flores, um lago verde, as montanhas enormes ao lado. Vi todas as flores possíveis: vermelha, rosa, amarela, branca, roxa, azul. Algumas já conhecidas, outras muito diferentes. Fui curtindo cada segundo desse caminho.
Aproveitei pra visitar um outro lago, que era fora da rota, mas era perto. E depois voltei pra ir em direção ao vilarejo. Existiam duas possibilidades: uma pela montanha, que me faria caminhar no mais alto e eu passaria por um ponto que o Julien disse que eu tinha que ver; outro que era pelo vale, numa estrada asfaltada, a versão mais chata. Eu ia por cima, mas lembrei do que um guia que eu encontrei no caminho me falou: “hoje tem muito risco de tempestade, é melhor ficar embaixo”. Chequei o mapa, vi que era possível subir lá na frente nesse ponto do Julien e segui caminho pela estrada chata.
Mas eu não estava muito conformada, porque lembrei do segundo dia, que eu errei o caminho e a vista subindo era bem mais bonita. Resolvi olhar o mapa de novo e percebi que pra subir nesse ponto mais na frente era muito íngrime, ou seja, havia uma possibilidade grande de ser escalada. Veio a dúvida: volto tudo que já desci? Subo lá amanhã? E o risco de temporal? Continuei descendo, mas não estava satisfeita. O tempo estava estável, não parecia que a chuva ia voltar e subir amanhã iria me atrasar muito.
Foda-se. Pernas pra que te quero. Subimos os 2km e comecei a variante oficial, pelo alto. Valeu cada segundo de esforço. Os 7,5km eram de frente pra uns 4 glaciares e montanhas bem definidas e pontudas, as agulhas.
Meu objetivo final era ir até Courmayeur, mas eu chegaria muito tarde. Então decidi que dormiria no ponto onde o Julien disse que eu não poderia perder a vista. Fiz essa parte do dia quase toda sozinha, dando um fôlego pra quantidade de gente que encontrei no começo da manhã.
Na metade do caminho comecei a ficar preocupada em onde acampar. Estava difícil encontrar área plana e eu precisava caminhar o máximo possível pra amanhã só descer pro vilarejo e começar o dia o quanto antes. Quero chegar lá embaixo quando o mercado abrir, as 8h, e refazer meu estoque de comida. Isso significa que preciso começar a descer as 6h, porque são 5km. Mas também quero ver a vista antes, estou bem na frente do Mont Blanc.
Improvisar não é comigo, mas estou aprendendo. Lembrei que ao lado dos refúgios geralmente deixam dormir, e só pedir pro guardião. Assim seria, mas acabei encontrando um buraquinho no meio da floresta, perto do refúgio - que nem precisei pedir autorização.
Vai ser minha primeira noite realmente dormindo sozinha, sei que tenho o refúgio perto, mas ainda assim dá um medinho. Por sorte estou bem cansada e tenho tampões de ouvido.
ps.: encontrei o casal que dormiu no lago, que disse que foi tranquilo, mas que realmente choveu muito.
Impressões:
O caminho mais lindo até agora; água em muitos lugares, o tempo todo; banheiro na Ville des Glaciers; Refúgio Elisabetta aceita cartão; o pessoal é simpatico, os preços são melhores que na França e a vista é maravilhosa; Refúgio des Mottets parece ser super legal e mais ajeitado; trilhas bem sinalizadas; muita gente pra cruzar o Col de la Seigne e até chegar no final do caminho do Lago Combal; hoje vi várias marmotas e 3 águias.
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taealves · 3 months
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Capítulo dois
16 de novembro
Luke me acompanhou até em casa ontem enquanto me escutava falar sobre o livro que estava lendo na praça (Ele que perguntou sobre) e acho que eu tagarelei um pouco demais, mas a leitura é um hiperfoco muito grande meu.
Dessa vez trocamos números para que pudéssemos conversar pela internet.
Minha mãe ficou muito surpresa e desconfiada por me ver chegando com alguém novo em casa.
Eu não sou muito de fazer amizades, porém eu nem sei se isso é uma amizade.
Eu realmente estou confuso em relação ao garoto com a pele cor de chocolate.
Passei o resto da tarde de ontem pensando em como me sentia em relação a Luke, sentimentos não são fáceis de se entender e é ainda mais difícil para uma pessoa neurodivergente assimilar tudo isso.
Durante a noite fiz uma maratona de estudos para as provas de hoje, eu deveria estar com sono mas roubei um pouco de whisky escondido do meu pai e isso me deixou bem acordado.
Eu não estava preocupado com as notas pois como um grande filósofo disse uma vez “Notas não medem seu conhecimento”.
O caminho para a escola foi o mesmo de sempre, as provas também as mesmas chatices, história dos reinos, geografia e etc.
A única matéria que me interessa de verdade é artes. Um dia gostaria de ser um grande artesão reconhecido pelo povo graças ao meu trabalho e esforço.
Minha mãe diz que é uma perda de tempo e que eu deveria investir no meu cargo como sucessor e ficar rico.
A última prova terminou e eu fui direto até a sala de canto onde Lena estava à minha espera.
Lena faz parte do coral da escola e de sua igreja desde que eu me lembro, e hoje ela estava ensaiando para a sua apresentação.
— Finalmente Tata, achei que não viesse mais
Vou até o armário e pego o violão da escola emprestado já que não pude trazer o meu.
— Eu não te deixaria na mão
Depois que terminamos de ensaiar, Lena se dirigiu até a igreja para sua apresentação e eu fiquei arrumando a sala de canto.
Até que a porta se fechou atrás de mim com baque alto, eu podia ouvir os risinhos do outro lado e logo reconheci as vozes de Kaia e Naru.
— Meninas, isso não tem graça, abram.
Mais risadinhas.
— Ue Taylor você não é homem? Não deveria estar com medo.
Seus passos e suas vozes se distanciavam cada vez mais da porta.
Elas foram embora e me deixaram trancado.
— Brincadeira de mal gosto viu
Isso ia me dar problema mas eu não tinha escolha, peguei meu canivete na mochila e desparafusei a maçaneta fazendo com que a porta abrisse magicamente mesmo sem a chave, porém quando eu já estava do lado de fora tentando encaixar a maçaneta de volta fui pego no flagra por Antony o zelador da escola.
Eu já sabia que estava ferrado.
Antony me levou até a diretoria onde ligaram para minha mãe e contaram o que viram, eu “vandalizando as propriedades escolares”.
Enquanto esperava do lado de fora da sala podia ouvir minha mãe se perguntando em voz alta “onde foi que eu errei?”.
A porta se abriu e minha mãe estava vermelha, mas antes que pudesse ter a chance de me explicar sua mão atingiu com força o lado esquerdo do meu rosto.
Ela me deu um tapa.
Ao chegar em casa ainda tive que escutar poucas e boas dos meus pais, como se a culpa do que tinha acontecido fosse minha.
Depois de cerca de duas horas de broncas e reclamações pude finalmente ir até meus aposentos e descansar.
A essa hora a noite já estava chegando e haviam novas mensagens de Luke no meu celular.
Depois de explicar tudo para ele, marcamos de nos encontrar no pequeno “parque” perto do centro da cidade que é tão pequeno que nem de parque dá pra chamar.
Chegando lá me sentei no canto de um banquinho esperando sua chegada eu só não esperava que ele viesse acompanhado.
O mesmo grupinho que havia implicado comigo e jogado a bola em mim estava se aproximando junto com ele, meu coração acelerou na hora e minha mente disparou minha ansiedade imaginando todos os cenários que poderiam dar errado a partir daquele momento.
Fechei meus olhos e respirei fundo e quando os abri novamente Luke e os outros já estavam à minha frente.
Olhei para Luke com raiva em busca de uma resposta e mesmo no escuro consegui ver seus lábios formulando as palavras “foi mal” sem som.
— Ah, ficou surpreso de nos ver?
É a voz da mesma menina que falou comigo no dia da festa, poderia reconhecer essa voz de longe, mas me recusei a olhar para o resto do grupo e fixei meus olhos em Luke esperando para ver quando ele ia tomar uma atitude sobre os atos de seus amigos, e de repente seus olhos mudaram de arrependidos para determinados.
— Cowen vai embora
Ela se virou para ele tão incredula quanto o resto dos rostos ao redor.
— O que?
Luke desviou seu olhar de mim para direcioná-lo a ela, e eu a olhei em seguida, não perderia sua expressão por nada.
— Vão E-M-B-O-R-A
Um dos garotos se aproximou e passou o braço por cima dos ombros de “Cowen”
— Qual é cara você não vai trocar a gente por “ela” né ?
Passei minha língua pelos dentes de nervoso, é claro que eles iam apelar para isso.
— Taylor é meu amigo. E vocês não vão desrespeitá-lo na minha frente.
— Luke…
— Eu não quero mais saber de vocês.
Eu tinha a sensação de que aquilo tinha sido só o começo, mesmo que eles já tenham ido embora a muito tempo Luke permanecia em silêncio sentado ao meu lado com a cabeça baixa.
Quando me dei conta eu já estava gargalhando alto.
Luke me olhava com uma expressão confusa e eu sabia que ele não estava entendendo nada mas mesmo assim não conseguia parar de rir.
— Cara eu nunca ri tanto em toda a minha vida
Passei a mão pelo rosto secando as lágrimas de alegria e depois olhei bem no fundo de seus olhos.
— Obrigada
Sua expressão ficou mais suave, porém ainda mostrava um semblante de confusão.
— Vai me explicar o que está acontecendo? Eles foram extremamente babacas com você, mas você está rindo!
Desviei o olhar sorrindo.
— Luke eu não ligo para esse tipo de coisa, é claro que machuca mas se essas pessoas tentam me ofender é somente porque não são felizes com si mesmas.
Quando olhei novamente para ele, não conseguia mais entender a emoção que estava em seu rosto.
Parecia uma mistura de alegria mas também de admiração.
Corei levemente e decidi agradecer de novo.
— Mas a questão é que ninguém nunca me defendeu assim então obrigada novamente e desculpe por te colocar nessa situação com seus amigos
Desta vez ele gargalhou alto e me deu um susto de leve, mas acho que ele não percebeu.
— Tata não precisa se desculpar, eles não eram bons amigos mesmo, na verdade nem sei se considerava eles meus amigos de verdade.
Ele sorriu para mim e nesse momento eu percebi que estava muito ferrado.
Eu estava me apaixonando.
— Você está bem, Tatá?
— Ah sim
Acho que fiquei tempo demais olhando para ele, é difícil para mim entender as regras da socialização.
Luke me acompanhou até em casa como sempre, mas nosso caminho foi resumido em um silêncio bom nós nos entendemos da nossa própria forma.
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02h45min · 4 months
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Ato II . — Memórias póstumas.
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⠀⠀⠀⠀ A polícia fora notificada na manhã que se sucedeu, embasada na falta da estilista em evento muito importante.
⠀⠀⠀⠀ Ao investigar o estacionamento do grande aeroporto, encontraram uma bolsa destruída e fragmentos do celular. As câmeras de segurança estavam estranhamente inaptas, aumentando o mistério do caso ainda fora de questão.
⠀⠀⠀⠀ O detetive encarregado do caso — Andrew Phillips, percebeu que estava lidando com algo grande. Ele começou a entrevistar testemunhas. Um motorista de táxi mencionou ter visto um furgão negro saindo na manhã anterior, em alta velocidade. O outro funcionário do aeroporto lembrou-se de um homem com sotaque russo, visto dias antes, observando discretamente a área.
⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀ ⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯
⠀⠀⠀⠀ Sem registros de maiores precisões ou resolução, Phillips decidiu buscar imagens em câmeras adjacentes. Com determinada dificuldade — pôde identificar a ampla filmagem de uma loja de conveniência próxima que então trazia a imagem do grande furgão e se perpetuava até os arredores do antigo galpão que (certa vez) se instaurava a primeira sede da Lunarti Collective.
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⠀⠀⠀⠀ Enquanto o caos se espalhava por toda Nova Iorque, havia a equipe forense analisando com minuciosidade cada fragmento do celular. E — conforme tinham acesso a parte dos dados da empresária — obtiveram a noção de que uma grande lista de pessoas havia sido afetada pelo leilão feito à caridade.
⠀⠀⠀⠀ Principalmente quando houve manipulação por ela, obtendo vantagem em coleções de maior prestígio enquanto designava algumas outras para as boas ações apresentadas.
⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀ ⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯
24 DE MAIO.
⠀⠀⠀⠀ O galpão — outrora vibrante com exposições de arte, agora era um local de trevas e desespero. As quatro paredes despojadas criavam uma atmosfera gélida e dolorida. Então, no centro do espaço vazio, Antonella estava presa em uma cadeira de metal.
Os pulsos presos por cordas ásperas que cortavam sua pele. O medo apertava seu peito — mas ela se recusava a ceder.
⠀⠀⠀⠀ Os capangas de Alexei a cercavam com denso fervor, as figuras sombrias projetando um ar de malevolência. Seus rostos cobertos (aumentavam a sensação iminente do caos). Um dos homens segurava um bastão elétrico — que estalava com faíscas. Outro se divertindo com uma gigantesca faca, a lâmina refletindo a luz de maneira sinistra.
⠀⠀⠀⠀ Antonella estava ferida. O corpo esbelto era coberto; contusões e cortes se tornavam figuras de colecionadores. E cada movimento havia como consequência dor lancinante; buscava manter a compostura — mas a sua mente retornava para casa a cada novo golpe desferido contra o físico frágil a pedir por clemência (mesmo que apenas em sua intimidade). Temia pela filha recém chegada. Sentia-se sugada por eles, porém era incapaz de demonstrar fraqueza. O egocentrismo haveria sido um bom aliado.
"Você acha que pode desafiar Alexei e sair ilesa, princesa?", um dos capangas se inclinou ao aproximar a faca do rosto acobertado por uma mera fresta de sangue.
⠀⠀⠀⠀ Ela precisou respirar fundo. A bochecha ainda ardia, mas o pânico fora engolido juntamente a saliva morna. Seus olhos — embora abarrotados de terror dos tantos episódios a serem transcorridos em um mínimo intervalo de tempo —, encaravam os homens com orgulho.
"Vocês não sabem o que estão fazendo", replicou. Tom, timbre e entranhas tremiam de tal modo imperceptível. "Alexei... Você subestima o que eu sou capaz de fazer.", ergueu a face ao que pôde se direcionar a uma câmera acima de sua cabeça. "Você me paga, seu desgraçado."
⠀⠀⠀⠀ Diante do cenário nefasto em que se enquadravam — sequer havia previsão de melhorias à vista. Antonella não se entregaria aos tratamentos intensivos e os grandes homens não seriam capazes de lhe deixar cantando vantagem.
"Essa vadia deve ser masoquista", caçoou um deles.
⠀⠀⠀⠀ O bastão elétrico fora pressionado contra o braço fino ao enviar ondas de dor por toda a extensão feminina que se contorcia sobre a extremidade de metal — responsável pela má circulação de seu sangue. Ela certava os dentes retinhos, tentando não gritar mas lágrimas de dor lhe banhavam toda a face ligeiramente avermelhada.
"Isso é tudo o que tem para mim?" , forçou um sorriso, a voz rouca de dor e cansaço. "Esperava mais de quem se diz ser tão poderoso"
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verzweifeltcharlotte · 4 months
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Acordado às 8 da manhã, Kang Eunhoo começa sua rotina como qualquer outro dia normal, mesmo que estivesse um pouco ansioso para a chegada de seu melhor amigo. Antes de tudo, o protagonista andou em direção ao banheiro de seu quarto com os olhos fechados, enquanto tirava suas peças de roupas e foi para baixo d’água. Depois de seu banho, ele toma um café da manhã saudável, ultimamente sendo composto por aveia, frutas e chá; já que sua mãe recomendou uma boa nutricionista para o mesmo.
Tomando seu café da manhã, Eunhoo entra em seus contatos e percebe que Choi Soobin havia enviado algumas mensagens. Um sorriso genuíno tomou conta de seu rosto e seus olhos brilharam de felicidade.
— Faz tanto tempo que não converso com ele. — murmurou Eunhoo, enquanto solta algumas risadas apaixonadas. — AAAH! Eu sou muito bobo, cara!
Quando Soobin encerrou a conversa, o protagonista ficou um pouco desanimado, mas não ao ponto de impedir que ele continuasse seu dia normalmente. Com o seu prato e caneca sem mais nada dentro, ele deixou seu celular em cima da mesa e pegou os objetos para lavar. Por algum motivo, ele começoua cantarolar uma música que havia ficado em sua mente, mesmo não sabendo que canção era e onde tinha a escutado; continuou.
Não tendo muita coisa para fazer, ele decidiu fazer uma faxina completa na sua casa; mesmo que ela não estivesse tão suja assim. Eunhoo ligou a televisão da sala, entrou no Spotify e colocou uma playlist criada por ele. Passando um paninho nas estantes, pensou em visitar sua mãe para ver como estava ficando o bolo para a festa surpresa de sua melhor amiga. O jovem, depois de algumas horas, terminou de limpar a casa toda e jogou-se no sofá.
— Ai, cansei! — ele pegou seu celular no bolso, ligou para sua mãe e colocou o aparelho no ouvido. — Mãe? Oi, tudo bem?
Ela atendeu, mas demorou alguns segundos para responder. — Tá sim, e você?
— Que bom. Tô bem. — ele falou em um tom desanimado e suspirou. — Acabei de arrumar a casa, então estou um pouco cansado. Mãe, posso passar aí para ver como você está e também ver o bolo da Hanky.
— Só vem, filho. Quer que eu pague um motorista pra você? — a voz dela ficou mais longe do celular que antes.
— Não precisa, tá? Vou tomar um banho e ir. — ele sorriu levemente, dando para ouvir o som dos lábios dele se descolarem um do outro e o ar de seu nariz sair. — Tchau, mãe.
O mesmo levantou-se do sofá e andou até o quartinho de bagunça que fica nos fundos da casa. Então, colocou todas as ferramentas e produtos de limpeza que usou para limpar os cômodos da sua casa em seus devidos lugares. Depois de ajeitar o que havia bagunçado para limpar a casa, ele caminhou em direção ao quarto e escolheu roupas confortáveis. Com suas peças de roupa nos braços, Eunhoo andou até o banheiro calmamente e deixou suas vestes em um canto antes de entrar no banho. As gotas geladas renovaram o corpo do protagonista, deixando-o um pouco mais animado e com energia para continuar seu dia; afinal, ainda era à tarde. Ao sair do banho, secou seu corpo todo com uma toalha ali do lado e começou a se vestir. Primeiro, vestiu um short confortável e uma regata branca meio encardida. Então, chamou um motorista e foi para sua primeira casa.
Minutos depois, chegou à casa de sua mãe e foi recebido com muito amor, como das outras vezes. Após um forte abraço, o mais novo acompanhou Jiyoon até a cozinha, e um enorme sorriso apareceu em seu rosto ao ver o bolo para o aniversário de Lee Hankyeom.
— Que bolo lindo! A Hankyeom com certeza vai amar muito. — Ele se aproximou do bolo com seus olhos brilhando de admiração. — Você sempre faz um bom trabalho, mãe.
— Sabe a melhor parte desse bolo? — Ela clicou no pequeno botão em cima da torre da Rapunzel, e as mechas de cabelo da princesa começaram a brilhar.
— Você se superou. — Eunhoo ficou de boca aberta, completamente surpreso. — Não esperava por isso.
— Acho que esse bolo vai se tornar um dos meus favoritos. Enfim, como é que vocês vão fazer a surpresa para ela? — Jiyoon lavou as mãos e voltou a decorar o bolo com chantilly. — Ah, o Jinwoo e o Sunwoo não vão brigar com vocês? Se quando você saiu com ela, o Jin foi atrás de vocês…
— E por que eles iriam brigar com a gente? Você acha que o Seunghyun iria deixar de fazer a surpresa por causa daqueles dois? Se ele quiser, ele pega os dois na porrada e eu ajudo. — Eunhoo soltou uma leve risada enquanto conversava com ela. — E sabe o que aconteceu com a calcinha que ela jogou na cara do Jinwoo? Venderam em um leilão. Que nojento, né?
— Claramente foi um homem. — Respondeu Ji, terminando de decorar o bolo da melhor amiga de seu filho. — E quando o Hyun chega?
— Só de noite. Vou buscá-lo no aeroporto e depois vamos para a minha casa; só que tem que ser rápido porque vão chegar as coisas para a festa surpresa. — Hoo se espreguiçou e sentou-se em uma cadeira ao lado de sua mãe.
— Qual é o número favorito da Hankyeom? — Yoon terminou de confeitar o bolo e o colocou dentro da geladeira.
— Oito. Por que a pergunta? — O mesmo ficou analisando todos os detalhes do bolo.
— Vou fazer oito cupcakes para ela como presente, aí você entrega amanhã. — A mesma pegou as formas com a massa já pronta e começou a enfeitar cada cupcake. — Sobrou massa, aí eu fiz uns 10. Pega um, filho.
Ele pegou um que sua mãe havia acabado de confeitar e comeu. — Valeu.
Durante a tarde, Eunhoo continuou com sua mãe, ajudando-a a fazer os cupcakes para Hankyeom e também com outros doces que eram para entrega. Eles não ficaram muito tempo juntos, mas foi o suficiente para se aproximarem mais como mãe e filho. Começou a anoitecer, e ao terminar de ajudar Jiyoon a organizar todas as entregas que precisava fazer e também os pedidos feitos por seus clientes fiéis, ele percebeu que já era hora de buscar Seunghyun no aeroporto e desejar que tudo desse certo no dia seguinte. A mãe do protagonista chamou seu melhor motorista particular para levá-lo ao aeroporto e depois para casa com seu melhor amigo. Eles se despediram, o motorista chegou o mais rápido que pôde e o jovem avisou seu amigo que já estava a caminho.
Não demorou muito para que Eunhoo chegasse ao aeroporto, o que o deixou mais tranquilo em relação ao plano que ele estava organizando junto com Seunghyun. No meio da multidão, ele ficou esperando por seu melhor amigo, os olhos procurando em cada canto. De longe, ele viu Seunghyun correndo enquanto um sorriso genuíno e cheio de alegria surgia em seu rosto; ao aproximar-se de Eun, ele o abraçou o mais forte que pôde, mesmo sabendo que Hoo não era muito bom com abraços.
— Que saudade de você! — disse Seunghyun, abraçando-o com toda a sua força.
— Eu também senti a sua falta. — Sem jeito, Eunhoo esforçou-se um pouco para abraçá-lo. — Eu estava ansioso para ver você.
— É sério? Eu também. Na verdade, estou ansioso para colocar o plano em prática com você. — O mais novo soltou o corpo de seu melhor amigo e continuou a sorrir, completamente empolgado. — Vamos?
Eunhoo ficou em silêncio, pegou uma das malas de Seunghyun e virou-se para a saída. Os dois caminharam em direção ao carro, e o mais novo ficou falando sobre como foi viajar de avião novamente e também sobre o que aconteceu nos dias anteriores. Dentro do carro, eles começaram a conversar sobre a festa surpresa da melhor amiga deles.
— Estou pensando em irmos para lá na hora do almoço. Sabe por quê? A Hankyeom vai para a academia de balé por volta das 9:30, então deve voltar à tarde. Não vai ter ninguém além dos funcionários da mansão, então vai ser fácil de entrar lá. — Seunghyun olhou para o mais velho e depois para seu celular, avisando suas amigas que já havia chegado em Seul.
— Boa ideia. Os seguranças dela também são bem legais, então acho difícil eles nos atrapalharem em alguma coisa. — respondeu Eunhoo, enquanto olhava as ruas pela janela do carro.
— Estava até pensando em contratar uma Rapunzel para alegrar a festa, mas acho que vai ser muita coisa para uma festinha simples. — Seunghyun desligou a tela do celular e o guardou na bolsa.
— Realmente. Não precisa gastar muito dinheiro, só tem a gente de convidados. — Eun deu uma leve risada e olhou para ele. — Ah, o que a gente não faz por ela, né?
— É. Eu quero chegar na sua casa logo, tomar um banho, pegar as decorações para a festa e dormir. — Hyun deitou sua cabeça no ombro do mais velho, mas quando ele se afastou, revirou os olhos. — Chato.
Eles chegaram ao destino, levaram as malas com a ajuda do motorista, e Seunghyun foi direto para o banho depois de se despedir do homem que o levou para a casa de seu melhor amigo. Com preguiça de preparar algo para comer, Eunhoo pediu comida de um restaurante que não ficava muito longe de onde morava e ficou sentado no sofá prestando atenção ao som da rua. Seu melhor amigo saiu do banho com sua roupa de dormir já no corpo, sentou ao lado do mais alto mexendo no celular e mostrando alguns vídeos do Instagram. As amigas de Seunghyun chegaram antes da comida, então os dois pegaram as decorações para o aniversário de Hankyeom e colocaram no canto da sala.
— Nem acredito que isso realmente vai dar certo. — O mais novo falou sorrindo, pensando em como vai ficar a festa surpresa dela.
— E você acha que eu acredito? A gente literalmente preparou tudo isso de última hora. — O mais velho riu e sentou no sofá.
No instante em que sentou no sofá, a buzina de uma moto começou a tocar sem parar do lado de fora da casa. Com preguiça de levantar, ele pediu educadamente para que seu melhor amigo fosse lá fora buscar a comida que havia pedido para os dois. Seunghyun pegou a janta só por causa da educação de Eunhoo, mas a verdade é que ele não queria ter que fazer aquilo, mesmo que fosse simples. Eles foram para a sala de jantar, sentaram-se à mesa e jantaram juntos enquanto conversavam sobre a vida pessoal de cada um; uma conversa que não tinham há muito tempo.
🗓️𓈒ㅤㅤㅤㅤ゙ㅤㅤㅤ— 24/06/2021.
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ayumutextos · 5 months
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Nove círculos: LIMBO
Primeiro conto de “Nove círculos”
MERDA!
Mais uma noite perdida, mais um dia passado e o tempo parece congelado. Congelado em dor e sofrimento, a sensação de vazio pune - o vazio é tanto, que nem compreendo o porque de estar assim. 
Depressão.
Vivo cada dia lembrando de como minha vida era lá pelos meus 14 anos: felicidade. Não tinha muitas condições, não conhecia muito do mundo. Mas as poucas coisas que eu tinha, o pouco que acontecia; tudo parecia carregar certa magia. Mas isso acaba um dia. Não devia mas acaba. Logo vem a responsabilidade maior, os amigos crescem e por mais que você não queira você tem que acompanhá-los. Não há mais tempo para brincar com uma peteca nos fundos de casa. Não há mais alegria nem vontade de passar horas na frente da televisão jogando o velho console de oito bits. Não há mais brilho em recrutar a turma de porta em porta montados em bicicletas. Uma época sem celulares ou mesmo telefones fixos nas casas de pessoas como nós, de vida simples. Nada de mensagens instantâneas; as distâncias seriam quebradas com cartas e isso levaria dias. Para alguém que tenha 14 anos hoje talvez minha época soe monótona, sem graça. Talvez aqui meus devaneios se pareçam com o discurso de um velho dizendo “no meu tempo…” - enfim, cada coração cuida das lembranças que carrega.
Paro para pensar e vejo que já se passaram mais de 20 anos. Então, há pelo menos 20 anos eu penso em voltar no tempo e congelar as coisas como eram? Será que minha vida estes anos todos tem sido vagar pelo escuro almejando minha vida como era? Sou uma alma vagando pelo Limbo - mas não me recordo de ter morrido, o que em dias como hoje, me soaria como uma grande sorte.
Limbo
Dante escreveu que este seria o primeiro círculo do inferno, destinado aos pagãos e àqueles anteriores a vinda de Cristo à Terra; um imenso vazio, tomado pela escuridão e por onde estas almas estariam condenadas a vagar pela eternidade. Não é diferente da mente depressiva - não mesmo. Os dias vividos encarcerado pela depressão, são como o Limbo: vazio, escuridão. Muita gente acredita que o oposto da depressão seja a alegria mas não é - é a vitalidade. Não existe vitalidade naquele que vive sob este mal. Alegria seria consequência de algo que alguém que está deprimido não tem: vida - tal qual uma alma vagando na escuridão.
Por mais um dia me pego sentado no chão, abraçado em meus joelhos enquanto me balanço para frente e para trás involuntariamente. Nesses momentos a sensação de vazio faz companhia à minha mente vivenciando momentos de uma vida que nem parece ser a minha. Nem tudo era perfeito, mas sempre parece que era; sempre parece que jamais será tão bom novamente. Eu queria poder fugir - queria eu poder convencer-me de que tudo ficará bem. 
Mas não posso!
Lembro-me de ter abandonado minha mente livre de “adultices” lá pelos meus 15 anos. Os primeiros meses trabalhando foram ótimos, consumindo meus salários para bancar meus prazeres de infância sem agora precisar pedir dinheiro aos meus pais. Não me obrigava a ter a responsabilidade de um adulto no trabalho; nem queria isso. O tempo livre ainda era gasto no meu bom e velho quarto, com aquele velho videogame de oito bits. Ainda haviam alguns amigos para se recrutar a bordo da bicicleta, mas o tempo foi passando e eles passaram a trocar as manhãs de domingo pedalando pelas noites de sábado bebendo. Eu não me encaixava (até hoje não me encaixo), mas me lembro de me colocar em uma posição onde deveria trancafiar essa minha vida “perfeita” em uma caixa e deixá-la para trás. Era hora de me tornar um “homenzinho” e seguir os padrões que a sociedade impunha. Era o momento de deixar o velho console de lado, trocar as madrugadas vendo filmes de terror pelas madrugadas “curtindo com a galera”, os domingos agora seriam para dormir e não mais para brincar, as noites de sábado tomando a vitalidade do domingo para si.
Era chegada a hora de convencer-se de que você não estaria bem sozinho, você precisa de uma garota - você não está completo sem uma. Mas quem disse isso? Porque isso é tão importante e porque nos convencemos disso como verdade absoluta de uma hora para outra? Tudo ficou para trás: as risadas com piadas bobas, as respostas infantis dadas constantemente em discussões ainda mais infantis entre os “moleques”. Conheça alguém, centralize sua vida nela. Seus amigos estão fazendo o mesmo, agora todos fadados a vivem cada qual em um mundo onde cabem apenas duas pessoas. E você está feliz. Você pensa a todo momento estar feliz. Mas não quando olhar para trás 20 anos depois.
Você vê cada uma daquelas almas que te acompanhavam vagando pelo mesmo escuro e vazio Limbo. Almas vivas mas sem vida. Você pensa: e se eu pudesse voltar lá e contar para todos o que estávamos fazendo? Será que todas as almas vagantes nesse breu tem a consciência que eu tenho agora, ou será que continuam sob a hipnose de que a vida segue um único fluxo e precisamos apenas subsistir dentro de dois pontos? Vida e morte: uma linha reta onde só nos cabe crescer, ter alguém, gerar alguém, viver uma repetição de dias entre acordar, trabalhar e dormir e repetir cada um destes momentos até chegar ao ponto onde tudo acaba.
Limbo
Traçar uma linha reta entre a primeira e última luz vista, nada mais é que vagar pela escuridão, ciente do vazio de sua alma, certo de sua impotência diante de uma existência extremamente comum. Viver esta vida é vagar no Limbo. É morrer sem ter nascido, é estar morto sem ter morrido - só há o vazio.
Depressão
Ela parece ser a escuridão ainda mais escura, que faz você enxergar dentro de você o que a escuridão que te cerca tem a mostrar. Infelizmente nada de bom. Nada restou de você, você pensa. Mas você ainda está lá, vazio. Algo em você deseja lá no fundo te resgatar, mas você mesmo, um você ainda mais forte o impede de seguir adiante. 
Cada dia é um passo e parece nunca importar se para a frente ou para trás; a escuridão não deixa ver se algo há de diferente avançando ou retornando. Não parece haver como ir para a esquerda ou para a direita, você sente haver abismos em ambos os lados. Cada dia é um passo; avançando ou retrocedendo a única coisa que muda é que a pequena fagulha de esperança se torna cada vez menor, levando consigo os resquícios de vitalidade que mesmo que não percebamos, ainda está lá.
Não há vontade de viver, não há alegria ou mesmo tristeza. Só o vazio.Mais uma alma vagando pelo Limbo. 
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xxisucks · 5 months
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Alguns vazios são eternos, e eu não sei lidar com a presença deles. Acho que no fundo ainda sou criança e essas feridas nada mais são do que joelhos ralados — mas nenhuma brincadeira jamais me deixou tão dolorida.
Desde que eles chegaram assim, de repente, minha vida tem se assemelhado em muito a um placebo. A contagem dos minutos se mistura com a dos dias e de repente passei uma vida em frente a tela do celular.
E o vazio daqui jamais vai embora.
Pra lidar com a sua chegada encarei a visita como a tempestade que antecede um amadurecimento ensolarado batendo em minha porta.
Mas até agora chove por aqui.
Me recuso a acreditar que crescer é usar guarda chuva para sempre. Vou passar o resto da vida desviando de respingos só por que minha mãe nunca me deixou tomar banho de chuva?
lu
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supergentlemensalad · 6 months
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- quarta semana -
Apresentação
Feedback dos dias
Feedback Geral
Progressão de Peso
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1. Apresentação
Meus amores, tenho que me redimir! Estou ficando ansiosa com os acontecimentos da minha vida pessoal, e isso está refletindo na comida. Vou começar a me exercitar mais, fazer Yoga e meditação essa semana, para que diminua o cortisol no meu corpo!
A dieta dessa semana é conhecida como "Diet For Angels"! Um ótimo jeito de começar a semana, não? 😁
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2. Feedback dos dias
25/03/24
Sinceramente, estou com medo dessa dieta me engordar! Normalmente não como tantas calorias quando estou de dieta, então me preocupa. Não quero jamais voltar ao peso que estava antes, e quero emagrecer bastante mês que vem. Preocupações! Mas bati as calorias!
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Carbo.: 89,2g | Gord.: 27,3g | Proteína: 57,8g
26/03/24
Eu gosto da Faculdade, do horário e do meu curso. A única coisa que não sou chegada é que de noite, quando eu chego em casa, meus pais sempre querem que eu coma algo, e é sempre muito tarde. Fico chateada, mas não quero ter problemas com a confiança deles. Então amanhã vou me esfolar de estudar e fazer exercícios físicos!
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Carbo.: 99,8g | Gord.: 21,7g | Proteína: 31,9g
27/03/24
Estou feliz, porquê mesmo que eu tenha ficado o dia inteira deslizando a tela do celular, e não tenha estudado nada, eu malhei! Um passo de cada vez, eu chego no meu objetivo!
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Carbo.: 119,8g | Gord.: 26,3g | Proteína: 34,9g
28/03/24
Não gosto quando acabo comendo doces, além de serem muito calóricos, sempre penso: "podia estar comendo algo com mais proteína! Ou comendo uma fruta que me daria saciedade". Porém, eu comi, então não ha o que fazer agora!
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Carbo.: 89,3g | Gord.: 34,9g | Proteína: 19,3g
29/03/24
Sinceramente, eu esperava comer somente uma refeição para ficar abaixo das calorias permitida hoje, pois acordei mega inchada, e era dia de BC. Tirei o bendito BC, e apartir daí quis chorar o dia inteiro, não consegui estudar direito, me achando horrorosa, gorda e burra. Eu vi certa mudança desde o último BC, mas esperava ver mais diferença. Parece que 6kg não são nada, parece que não emagreci! Agora eu entendo porquê nenhum garoto chega em mim, estou um balão. Passei das calorias para fechar o dia. Dói muito, dói!
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Carbo.: 87,3g | Gord.: 26,2g | Proteína: 36,2g
30/03/24
Quase o último dia! Ontem a noite, passei tão mal que implorei aos céus que as dores passassem, depois de tomar um remédio, consegui adormecer! Eu acordei muito tarde hoje, e quase não vi o sol, mas amanhã é Páscoa, então vai ter o almoço aqui em casa - tanta coisa gostosa! Vou me manter dentro das calorias! Hoje, não teve muitas novidades, mas comi menos que as calorias permitidas! 🤭
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Carbo.: 47,5g | Gord.: 14,7g | Proteína: 19,3g
31/03/24
No final do dia, tenho o sentimento que não fui tão boa quanto eu esperava. Que perdi tempo com coisas inúteis, que teria feito melhor se tivesse desligado o celular no momento certo. Sempre tento manter o pensamento positivo! A vida é incrível e bela! A situação passa! Tudo passa! Dias bons, dias ruins...ah, hoje é o último dia! Foi bom! Mas podia ser melhor! Mais um passo! Somente mais um passo!
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Carbo.: 74,6g | Gord.: 14g | Proteína: 25,1g
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3. Feedback Geral
A dieta promete - 2kg, mas como tive um dia que passei as calorias, não consigo lhe dizer se a dieta está errada ou eu 😪
Não perdi 2kg! Queria começar o desafio de abril com 65kg, mas não consegui...além de acordar com 300g a mais.
Ah, não é divertido ser obsecada por algo! Vamos juntos, por favor! Mais uma vez!
Rumo ao desafio de abril♡
4. Progressão de Peso
P.I.: 67kg. IMC: 26,8
P.A.: 66,8kg. IMC: 26,8
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web-series · 1 year
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Rainha do Verão
Yago chega em sua mansão e invade o quarto de Yalle.
[Yago]- DEVOLVE MEU CELULAR AGORA, YALLE!
[Yalle]- quê isso, cara? Respeita meu sono, pô.
[Yago]- me dá meu celular, porra! 
Irritado, Yale tira o celular de Yago de um dos bolsos da sua calça no chão e entrega-o para o irmão.
[Yago]- velho...sério, por que você deixou que eu fizesse o que fiz?
[Yalle]- ah, não começa com esse drama que eu não coloquei nenhuma faca no seu pescoço, Yago, que frescura!
[Yago]- você sabe que...eu sou fraco com bebidas.
[Yalle]- é sério que você vai me culpar por um erro seu?
Yago fica em silêncio e sai do quarto. Do lado de fora, ele tenta ligar pra Clara, que do outro lado, se recusa a atendê-lo.
[Clara]- aff, ninguém merece! Já tá o Yago ligando DE NOVO.
[Felipe]- atende, ué. Uma hora ou outra você vai ter que fazer isso.
João conta para Estela e Dalila que matou Pedro em legítima defesa.
[João]- gente, eu juro que não queria, sério. Mas também não dava pra deixar aquele velho fazer o que quisesse de mim, né.
[Estela]- eu tô super do seu lado, amigo.
[Dalila]- mas ninguém te viu, não, né? Tem que fazer como eu, sair de fininho.
[João]- espero que não. Mas também, foda-se, ele que começou.
[Dalila]- essa noite foi babado, viu. Puta que pariu.
[João]- ah, gatinha, vocês pensam que acabou? Segurem porque tem mais e isso pode te interessar muito, Dalila.
[Dalila]- então conta, bicha, desembola!
A chegada de Taty ao local interrompe o assunto.
[Taty]- bom dia, meninas. Preciso de um minuto da atenção de vocês, por favor.
Alan vai até a casa de Bianca, que segue sofrendo pelo roubo do seu salão.
[Alan]- colé, neguinha.
[Bianca]- nossa, mas finalmente você reaparece, hein! Eu tô tentando fazer contato com você há não sei quantos dias, que porra é essa?
[Alan]- velho, foi mal, eu tava...
[Bianca]- tava nos corres, né. Claro. São mais importantes do que eu. Tudo tá sendo mais importante do que eu.
[Alan]- aff, mano, não começa!
[Bianca]- começo sim, Alan! Começo, porque não tenho dinheiro nem pra comer e tô passando a água e cigarro desde que TODA a minha grana foi levada naquele maldito assalto! Eu não tenho com quem contar, tá ligado? Não tenho família, meus amigos são tão fodidos quanto eu, como quer que eu fique? Tranquila? Nem dormir eu tô conseguindo, pra você ter uma ideia!
[Alan]- eu vou te ajudar. Nem que seja a última coisa que eu faça.
Arrasada, Bianca dá um abraço em Alan e começa a chorar.
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confissoesdesilva · 2 years
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Uma senhora em meu quarto
Era por volta das 3h da manhã, quando costumeiramente me deitava para dormir. Naquela noite, porém, após apagar a luz e virar-me na cama, senti uma presença que me observava na porta do quarto. Como estava sozinho, logo pensei em uma possível invasão.
Virei-me para pegar o celular, mas antes que o alcançasse, vi de relance… Havia uma senhora na porta do quarto. De aparência frágil e - certamente - com muitos anos sobre os ombros, ela me olhava com certa ternura, mas seu olhar era estranhamente gélido. Seus cabelos longos eram brancos, seus olhos negros como a noite e sobre o corpo lhe caía um longo vestido preto fabricado com finas sedas.
Aparentando, portanto, não representar nenhum perigo imediato, ainda assustado, perguntei o que fazia em minha casa tão estranha figura. Após um silêncio incômodo, sua voz trêmula então ecoou e em breve discurso explicou-me:
“Venho dos confins do tempo. Fui gerada pelo homem e por ele me mantenho viva. Fui pensada antes da criação, mas nasci nela pelos pecados de seus antepassados. Carrego pelas mãos os cansados, cujas missões se completaram. Busco no presente aqueles que não tem futuro.”
- “Será uma pegadinha?”, pensei rapidamente. Mas quem estaria filmando? E como teriam entrado em minha casa? Não satisfeito tornei a perguntar quem era. Afinal, o enigma não havia respondido claramente a questão.
A voz estremecida e rouca completou:
“Sou aquela que aplaca as dores do corpo e encaminho para o destino final as almas dos aflitos.”
Era a morte. Agora eu havia compreendido. Após anos de sofrimento, angústia e dor causadas pelas doenças da carne, chegava o momento do descanso.
Sempre achei que teria medo da morte quando chegasse a hora. Mas é realmente como dizem: quando estamos preparados é como ver o descanso tão merecido se aproximando. A senhora em meu quarto agora parecia simpática com suas mãos enrugadas estendidas para mim.
Sua simpatia era porque eu sabia que tantos outros que amei já tinham segurado suas mãos para partir ao descanso. E, finalmente, após tanto clamar pelo fim do sofrimento, era chegada a minha vez.
Levantei-me da cama, e em lembrança me despedi da estrada que deixei e das relações que construí, segurei as mãos da Morte, abracei-a como uma velha amiga e, como iguais, partimos dessa vida.
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escritordecontos · 2 years
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"Olhamos a passagem das coisas para esquecer que elas nos estão olhando morrer" -- Bosquet
por que vemos pessoas interessantes em momentos e lugares que não é possível nenhum tipo de contato? hoje fui almoçar com minha mãe num restaurante bem movimentado e havia comensais bem interessantes, se bem que alguns não pareciam chegados em comer; okay, um trocadilho infame; já na chegada vi um corpo apetecível, uma bunda comível, estava com o que parecia ser a família, mas havia uma outra bunda mais comível, ainda que o primeiro corpo fosse muito interessante, o conjunto da obra me agradou mais, o caríssimo leitor entende ao que me refiro, o segundo, da bunda mais chamativa, estava numa mesa próxima e por um momento ficou em pé e se afastou da mesa para falar ao celular; depois entraram dois, com um deles valeria a pena perder um tempo, esses dois me olharam quando entraram, o primeiro deu olhada quando saiu e o segundo, da melhor bunda, depois eu perdi, saiu do meu radar, e por fim, nada, fui embora com a imagem desses corpos estampadas na minha memória e agora transfiro para este post
a citação acima está em De Fato e De Ficção, de Gore Vidal, está no ensaio Letras Francesas: Teorias do Novo Romance
Luan Santana - 15 Anos de Carreira -- e eu lembro há 15 anos atrás num domingo de manhã zappeando com o controle na mão e lá estava um rapazinho bonitinho cantando música sertaneja num canal qualquer, eu não sou apreciador da matéria, me refiro à música sertaneja, rapazinhos eu aprecio, e como se fosse ontem lembro que guardei o nome dele para procurar no Google (que também não era tão popular como é hoje) alguma foto para postar aqui no blog (sim, o Escritor de Contos já existia, o blog tem quase 20 anos), acho que não achei nada ou quase nada do rapazinho bonitinho; e o rapaz ficou famoso e bonito, ainda que não seja o meu tipo; chegou até a morar em Londrina, eu já morava mais lá; sem dúvida é um grande artista, vira e mexe precisa falar sobre sua sexualidade e negar os rumores que é gay
ontem vi o porteiro da noite do condomínio que a minha mãe mora, um que é bem interessante, já havia notado ele outras vezes, mas não sei como fazer para passar uma cantada no porteiro da noite, acho que perdi a mão, por mão me refiro a arte de passar cantadas, afinal, predadores são bons nisso; talvez não seja de bom tom passar cantada em porteiro, não, não é de bom tom, certamente
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shield-o-futuro · 3 years
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Conto #44 — Megan & Mason Banner
O Central Park era sempre muito bonito no inverno. Coberto de neve e com atividades especiais em certos pontos que atraiam tanto Nova-Iorquinos quanto turistas de todos os lugares, o parque era sempre um lugar ótimo para se visitar no fim do ano.
Megan Banner, no entanto, atravessava o parque sem prestar a mínima atenção na paisagem que havia à sua volta, pois sua mente estava repleta de outras coisas. Ela não era uma turista e nem estava de férias. Megan estava, na verdade, atolada de coisas para fazer e se preocupar. 
Estava em sua semana mais importante na faculdade, cheia de trabalhos e provas finais para fazer antes do recesso de fim de ano. Além disso, ela estava apreensiva esperando por uma resposta sobre um possível estágio na Hogarth & Associados, que poderia transformar um de seus sonhos em realidade.
Podia-se dizer que Megan estava estressada. E por mais que soubesse que Banners e estresse não combinavam, ela não parecia conseguir relaxar. 
Ou era o que ela pensava.
Seus pensamentos e preocupações foram interrompidos abruptamente quando sentiu algo lhe atingir as costas. Algo gelado. Megan se virou para encarar o irmão gêmeo, que olhava para os lados tentando fingir distração e inocência, como se não tivesse feito absolutamente nada.
— Você jogou uma bola de neve em mim?
Depois que ela fez a pergunta, Mason finalmente a olhou.
— O que, eu? Não!  — E como quem não quer nada, tirou a mão de trás das costas, revelando uma nova bola de neve, que ele logo jogou em sua direção. — Eu comecei uma guerra. É diferente.
Megan limpou um pouco de neve de seu casaco, e olhou um tanto irritada para o gêmeo.
— Mason, você sabe que hoje eu não tenho tempo pra….
Outra bola lhe atingiu.
— Olha só, já são três pontos pra mim, e zero para você, Maggie.
— Mason! — Ela tentou chamar sua atenção. — Meus amigos provavelmente já estão me esperando para nosso grupo de estudos, Eu vou me atrasar e…
Sua fala foi cortada por outra bola, que dessa vez lhe atingiu no rosto. Isso foi o suficiente para faze-la ceder e revidar. 
— Então você quer guerra. — Ela se abaixou rapidamente, juntou um pouco de neve em suas mãos e jogou no irmão, que para sua infelicidade, desviou sem problemas.
— Nossa, você é péssima nisso. — Mason disse rindo. Outra bola voou em direção a Megan, que por pouco não conseguiu escapar dela.  — Há! Eu, por outro lado… sou muito bom. Ou talvez você esteja precisando trabalhar mais no seu reflexo.
— Cala a boca. — Ela o atacou mais uma vez, e antes que pudesse notar, os dois estavam se atacando sem parar com bolas e mais bolas de neve.
Pela primeira vez em duas semanas, Megan se permitiu não pensar em nada além de cobrir Mason com neve. Os dois riam e se divertiam, sem se importar com os poucos pedestres que passavam por eles. Sem se importar com muita coisa, na verdade. 
De repente, depois de alguns minutos, Mason acabou tropeçando em seus próprios pés depois de levar uma bolada na cara, e caiu no chão, rindo de si mesmo.
— Acho que temos uma vencedora. — Ele declara, ainda no chão.
Megan se aproxima e estende o braço para ajudar o irmão a se levantar.
— Não devia ter começado uma guerra contra mim, Mason. Sabe que no fim, eu sempre ganho.
— Sempre é um pouco exagerado…mas vou deixar passar. 
Ela olhou para ele, enquanto Mason fazia o possível para limpar a roupa, que agora estava um pouco molhada devido à neve, e sorriu.
— Obrigada. — Disse por fim. — Você sabe, pela distração.
Mason deu de ombros, também sorrindo.
— Senti que você estava um pouco tensa. É bom espairecer, mesmo que por alguns minutos.
Antes que ela pudesse dizer qualquer outra coisa, seu celular começou a vibrar várias vezes seguidas, avisando a chegada de várias mensagens. Ela pegou o aparelho nas mãos. Agora ela estava mesmo atrasada para se encontrar com seus amigos para estudar, mas parte dela não se arrependia de ter aceitado o convite de Mason para uma guerra de bolas de neve.
Ela suspirou, guardando o celular no bolso outra vez, antes de olhar para Mason.
— O pessoal já está no café.  
— Então acho que é aqui que nos separamos. — Ele arrumava seu cachecol. Ela concordou com a cabeça.
— Vai almoçar com o Connor?
— Aham. E depois vou para a Oscorp. — Mason sorriu mais uma vez, colocando as mãos nos bolsos de seu casaco. — Nos encontramos na base mais tarde?
Megan pensou por um momento.
— Acho que hoje não. 
— Nos vemos em casa então. — E com isso, os dois se abraçaram, se despedindo um do outro, antes que cada um fosse para um lado do parque. Antes que estivessem muito longe um do outro, no entanto, Megan ouviu a voz do irmão.  — Ei Maggie?
— O que?
— Eu vou querer uma revanche. Eu sou melhor que você na guerra de bolas de neve, nós dois sabemos disso.
Em resposta, Megan apenas riu. Ele podia não ser o melhor em guerras de bolas de neve, mas certamente era o melhor irmão que ela poderia pedir.
NOTA: E aqui estou eu, surpreendendo a mim mesma com mais um conto ! ashuasuasu eu realmente não tinha planos de postar mais nenhum conto esse ano mas, literalmente do nada, essa ideia surgiu ( não é de nenhuma lista nem nada ) e em meia hora o conto tava pronto. Ficou bem simplesinho, mas aproveitem heheheh
Quase que esse foi um conto da Megan com a Scarlett, mas se tornou um dela com o Mason porque faz tempo que não tem nada só deles por aqui e eu estava com saudades <3 Quero muito desenvolver mais os gêmeos então já tem algumas informações novas sobre eles no conto que serão usadas mais vezes 👀
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sousentimento · 3 years
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Os piores dias...
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Desde que ele partiu todos os dias são piores, não há um dia sequer em que a dor não esteja aqui.
Mas os piores dos piores dias são as sextas-feiras, sábados, domingos e feriados.
Sextas não tem mais bifão com pasta de alho, encontro dele com os amigos.
Sábados não tem pescaria, aventuras ou passeios.
Domingos não tem mais cinema em casa, churrasco.
Ele sempre foi a pessoa que planejava as aventuras, dava as ideias de passeios, atividades com as crianças (que ficavam alucinadas), coisas diferentes pra comer (minha mãe sempre embarcava nas sugestões)... Sempre foi a pessoa que gostava de ver as pessoas unidas, se divertindo.
Agora não tem mais arrumação de material de pesca na sexta à noite. Eu nem me lembro mais como empatar um anzol ou preparar um chicote. Ele sempre me ensinava com paciência e adorava quando fazíamos juntos e dificilmente se irritava quando as crianças se ofereciam para "ajudar".
Não tem mais eventos com toda a família... a família agora não é mais toda, nunca mais será. Ele era o pilar forte, o elo, o referencial. Era o nosso norte, o meu norte.
Me pego a toda hora esperando mensagens no celular, preocupada com ele dirigindo o dia todo pela cidade, aguardo a chegada dele, dizendo que estava cansado porque tinha trabalhado muito, que ainda tinha muita coisa para resolver do prédio onde também trabalhava como síndico ou que estava me esperando terminar o trabalho pra falar de alguma coisa, ir a algum lugar...
Claro que nada são sempre flores! Mas ríamos de nós mesmos, nos dávamos apelidos, brincávamos, falávamos sério, batíamos boca, tomávamos decisões e voltávamos a rir de nós mesmos. Sempre houve felicidade nas pequenas coisas que eram celebradas como se fossem imensas.
Que saudades da voz rouca dele, da risada dele, do abraço dele, de ver ele dormindo (ele não sabia mas desde sempre eu adorava ver a paz do sono dele, que ele estava ali), de cobrir ele de madrugada, dos olhos dele (sempre amei os olhos dele)... são só saudades, imensas e doloridas.
É tão surreal! Por muitas vezes por dia tenho que dizer pra mim que ele morreu, que ele não vai mais voltar, que toda aquela luz que ele emanava se apagou aqui nesse lar pelo qual ele sempre lutou, sempre viveu com tanto amor e em tanto amor. Todos os dias parece que ele vai chegar e meu coração queria muito que fosse possível.
Quando sonho com ele é tão real. Acordo e por um milésimo de segundo sou feliz como antes. Então a consciência me acorda com a verdade e me bate com a realidade usando toda a sua força.
Naquele milésimo de segundo eu vivi aquele sonho. Naquele milésimo de segundo eu fui feliz como antes.
Havia tanto ainda pra dizer, pra fazer, brigar, lutar, criar, perder, ganhar, encontrar,... pra viver.
Queria dizer que hoje estou mais forte do que ontem, que o tempo tem me ensinado a lidar com a dor, que encontrei algum conforto,... mas não sei mentir.
.
Sou Saudade.
Sou Sentimento
"How can I go on From day to day Who can make me strong in every way Where can I be safe Where can I belong In this great big world of sadness How can I forget Those beautiful dreams that we shared They're lost and they're nowhere to be found"
Freddie Mercury
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lufisher · 3 years
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SOU NATUREZA
álbum musical lançado nas plataformas digitais
SOU NATUREZA é um álbum com 13 músicas inéditas de minha autoria, em estilo MPB, que traz uma mistura de sonoridades, com elementos da música latina, da música nordestina, do jazz, da bossa, e da música erudita, com referências de compositores que ouço desde criança, como Tom Jobim, Ivan Lins, Milton Nascimento, Guinga, Villa-Lobos e muitos outros. Foi produzido com recursos da Lei Aldir Blanc, pela SECTUR de Campo Grande, MS.
O álbum foi produzido por três grandes músicos, Swami Jr., Itamar Assiere e Antônio Porto.  Também tive a oportunidade de trabalhar com o maravilhoso preparador vocal Felipe Abreu, do Rio de Janeiro/RJ, que é meu professor de canto, o que também foi um diferencial neste trabalho. Felipe Abreu participou não só da preparação vocal, mas da concepção do disco, atuando inclusive na construção da forma das músicas, na revisão das letras, na escolha do repertório, da capa do álbum, elevando, dessa forma, o nível de qualidade do trabalho.
Participaram das gravações os músicos Marcelo Mariano, JPsax, Junior Galante, Renato Oliveira, Renan Nonato, Néio de Jesus e Marcus Loyola. Foi gravado Anderson Rocha, Claudio Baeta, em home studios de alguns músicos. Mixado por Anderson Rocha e masterizado por Homero Lotito. A arte da capa feita por Venise Melo
Já está nas plataformas digitais (spotify, youtube music), e na minha página do instagram e do facebook.
https://open.spotify.com/album/4uXCURxIHoG1tgfV8OKXUh?si=3obZvsH-RGmntm2it6SHjQ&dl_branch=1
https://www.youtube.com/watch?v=IIPyJ3vI5W8&list=OLAK5uy_k0kYfn1QD3b5RBz9bz1cS2-OFylEA5tvg
https://heyl.ink/IlzJv
O pano de fundo do álbum SOU NATUREZA é o ciclo, o renascimento e a diversidade, e procurei trazer nas letras reflexões sobre o modo como paramos de olhar para a natureza, de sentir a natureza, pois estamos sempre com pressa, envolvidos com nossos aparelhos celulares, neste mundo artificial, perdendo a conexão que é tão importante com a natureza. Também abordo o tema da mulher, do negro, dos povos originários, das pessoas que ainda são excluídas na nossa sociedade, que ainda são discriminadas.
A primeira música é a música tema, SOU NATUREZA, produzida por Itamar Assiere. Eu a compus para o Sarau dos Habitantes da Terra, promovido pelo coletivo Ágora Brasil – uma live feita para uma campanha pela vacina da covid 19 sem patente. Depois que a compus, veio a ideia de produzir este álbum e explorar este tema tão importante e urgente que é a valorização e preservação da natureza. Nela eu falo sobre a importância da natureza, de SER NATUREZA, do CICLO DA NATUREZA e do CICLO DA VIDA. Precisamos estar atentos para que esse ciclo não pare! A natureza nos ensina o tempo todo, ela sente, ela pulsa, e o homem a está destruindo, pois não está devolvendo para a natureza o que tira dela. Para ilustrar esse pensamento de ciclo, minhas filhas de 10 e 7 anos, Helena e Clara, cantaram junto comigo. Foi um momento muito lindo, muito delicado, que foi favorecido pelo arranjo orquestral de Itamar Assiere, que conferiu grandiosidade à música e a elevou a um patamar quase erudito, juntamente com os solos precisos e belos de JPsax, na flauta, e de Júnior Galante, no flugelforn.
A segunda faixa, CORIXINHO, produzida por Swami Jr., fala da riqueza da fauna e da flora brasileiras, o que faz do Brasil a maior biodiversidade do mundo. Essa música homenageia, também, nossas espécies de plantas e aves, os rios e, principalmente, nossas origens indígenas que nomeiam grande parte disso tudo! Enquanto a letra traz palavras tão sonoras e, algumas delas, desconhecidas do grande público (saguaragi, capixingui, curimbatá, entre outras), a melodia bastante complexa passeia entre graves e agudos buscando imitar a sonoridade da natureza e, principalmente, dos pássaros representados na letra. O arranjo maravilhoso de Swami Jr. traz um diálogo entre o violão 7 cordas e o piano de Itamar Assiere, que ora passeiam juntos pela harmonia, ora se desprendem formando uma atmosfera rica em sonoridades, num cenário típico de Tom Jobim ou Villa-Lobos. Os sons se misturam com a percussão de Néio de Jesus, que traz à música a ambiência de florestas e o ritmo marcante e misterioso ao mesmo tempo.
DE OUTRA MANEIRA, terceira faixa do álbum, foi produzida por Itamar Assiere. A música fala de atitude perante desafios e sofrimentos e da busca pelo acolhimento na natureza. O mar é um tema recorrente em meu trabalho, uma preferência que me acompanha há muito tempo, por ser uma fonte rica de inspiração e de criação de metáforas. Sinto uma forte identificação com o mar e sua imagem, o movimento das ondas, assim como o som me confortam a alma. A música foi feita em compasso de cinco tempos, como uma forma de representar a dificuldade, algo que está fora do ritmo natural. Porém, toda dificuldade pode nos levar adiante, nos fazer crescer e nos libertar, para sermos livres e leves como o pássaro. O arranjo de Itamar Assiere para piano, contrabaixo, bateria e acordeon beira o jazz, mas com a brasilidade do acordeon de Renan Nonato, um instrumento de tradição popular brasileira, que torna a música muito contemporânea, e que acerta a alma com seu solo inspirado e ao mesmo tempo rico em harmonia. O contrabaixo acústico também contribui para a sonoridade jazzística e para a sofisticação do arranjo, que é enriquecido pela bateria de Marcus Loyola, de extrema precisão e requinte.
VENTO DE PARTIR, faixa 4, foi produzida por Itamar Assiere, que fez arranjo para piano solo. A letra fala de separação, de relacionamento que terminou há tempo, mas faltava coragem para tomar uma atitude e concretizar o fim. Fala sobre readaptação, autoconhecimento, valorização da mulher e sobre coragem para expor os sentimentos e dar um passo adiante, mesmo sem saber ao certo para onde ir. A natureza está presente, de forma metafórica, na ideia de ciclo, de recomeço, de mudança. A melodia, bastante complexa, pois exige grande extensão vocal e expressividade, reproduz a dinâmica própria dos sentimentos, dos altos e baixos, da agudez das crises, e da gravidade da depressão. Ao piano, Itamar Assiere evidencia sua excelência musical, com harmonia sofisticada e expressividade na interpretação. Com certeza, uma de minhas composições mais sofisticadas e difíceis.
MELHOR CAMINHO, faixa 5, foi produzida por Antônio Porto, e traz os elementos da música nordestina de que gosto muito. Ela foi concebida primeiramente como baião, mas Porto abriu suas fronteiras para a Word Music, com misturas de sopros, vocais e com a levada mais voltada para o forró. A letra fala do amor sem preconceito, da casa aberta, do contato com a natureza, do prazer nas coisas simples, da paciência e do ciclo da vida. Antônio Porto, mostrou toda a sua musicalidade no arranjo e na execução de baixo, violões, vocais e na programação. O arranjo conta ainda com o caloroso solo de acordeon de Renan Nonato, que trouxe lindamente o Nordeste para a música, juntamente com a percussão swingada de Néio de Jesus, que demonstra toda sua experiência em ritmos brasileiros, com excelência na execução. É uma música alegre, feita para cantar e dançar junto, para agradecer a vida e a natureza, e celebrar o amor.
A sexta faixa, REPENSE, foi inspirada no “repente” nordestino e fala sobre o mundo artificial em que vivemos, sobre o pós-humano, o “homem-máquina” que perdeu a conexão com a natureza, com o sensível. Fala das “fake News”, da sociedade do espetáculo. Um convite para reaprender a olhar, a sentir os cheiros das coisas, a viver em sintonia com a natureza. Antonio Porto, que produziu a música, viajou do nordeste ao Caribe e deu à música um ar de “world music”, quebrando fronteiras com sua musicalidade que mistura elementos de várias culturas, enriquecendo a música com os vocais que são muito próprios de seu estilo de fazer música. Renan Nonato dá o tom do nordeste com o acordeon, que começa com um lamento e logo entra no ritmo fazendo o riff da introdução, já entregando o caráter dançante da música. Néio de Jesus pôs a alma em sua percussão, deixando o arranjo pulsante, ao oposto do ritmo mecânico da vida contemporânea. O jeito de cantar a música é mais vibrante, com ressonâncias mais metálicas, lembrando as cantoras nordestinas que priorizam a nasalidade na voz. Novos tempos de Sonhar!
PREAMAR, faixa 7 do álbum, foi produzida por Itamar Assiere. Nesta música falo da mulher como força da natureza, vida, luz! Mulher que é dona do que é seu, que é transformação, continuação! Mulher que vai aonde quiser e inspira todos à sua volta! Preamar significa maré alta, ou seja, um bom momento para pescar. A mulher, nessa metáfora, seria aquela que alimenta o mundo, que amamenta, que é vida. A mitologia também aparece na letra, para destacar os dons femininos recebidos dos deuses. Itamar Assiere traz a sonoridade latina, com a bateria e percussão de bossa com sabor latino, gravadas por Marcus Loyola e Néio de Jesus, com execução impecável e swingada. No baixo elétrico, o renomado músico Marcelo Mariano, que abrilhantou a canção e sustentou a harmonia com sua musicalidade ímpar. Arranjo rico e com referências de João Donato, Ivan Lins, entre outros.
ABYA YALA, faixa 8, foi produzida pelo incrível Swami Jr., que gravou violão 7 cordas, requinto, baixo e fez a programação. Nesta música, falo do pensamento decolonial, da busca pelo direito às diferenças, à pluralidade de caminhos. Abya Yala, assim como Tawantissuyu e Anáhuac, era um dos nomes originários da América, antes da chegada dos colonizadores, e significa Terra Madura na língua do povo Kuna. A expressão Abya Yala vem sendo cada vez mais usada com o objetivo de se construir um sentimento de unidade e pertencimento pelos povos originários do continente. Swami Jr. genialmente construiu o arranjo para que se preservasse o caráter latino da música, com a percussão inspirada na música indígena, executada por Néio de Jesus, com o requinto e a zampoña que Swami Jr. acrescentou ao arranjo, dissolvendo fronteiras musicais e provocando uma mistura de estilos e sonoridades que são, inclusive, o ponto forte da letra quando falo das “ideas intercambiadas”, da “vida en comunion”, da importância da diversidade cultural. Tive ajuda de algumas pessoas maravilhosas, como meu pai, Elcio Oliveira, que me ajudou na tradução da letra para o espanhol; de Samuel Chaia, que revisou a letra em espanhol; da querida Ethel Marina Batres Moreno, ilustre educadora musical da Guatemala, que me ajudou com a pronúncia; da incrível Magda Pucci, do Mawaca, que é autoridade em música indígena e deu vários toques com relação à pronúncia, às palavras que poderia ou não usar, indicando o site ISA PIB, onde constam todos os povos originários brasileiros; ao meu queridíssimo preparador vocal Felipe Abreu que, além dos cuidados com a voz, apontou os problemas de métrica, dicção, e também revisou a letra, com sugestões à altura de seu vasto conhecimento e experiência. Enfim, uma música que foge um pouco dos padrões, mas que traz a força da natureza, das nossas origens, da nossa identidade.
LÁGRIMA, faixa 9, foi produzida por Antônio Porto. Nesta música eu falo sobre a natureza da lágrima, como ela é feita e como pode transportar tanto sentimento. Ela escorre por um pequeno orifício, encapsulada, e segue seu caminho, seu destino. Ela purifica a alma e desagua em algum lugar distante, fazendo evaporar sofrimento e dor. A música é intimista, conduzida pelo violão plangente de Renato Oliveira, cuja sonoridade toca a alma. O acordeon também chora e dialoga com o violão, num lamento que traz profundidade à música. A percussão de Néio de Jesus trouxe o ritmo da caminhada, lenta e sentida. Antônio Porto, que é multi-instrumentista, fez o arranjo e a programação e gravou baixo e violão. A música segue um “crescendo”, enquanto a percussão e o baixo marcam a marcha até a última lágrima secar, com uma parada para o solo que na verdade é um silencio, representando um sentimento de alívio que permanece e fica “no ar”.
Na música UM ANO DE SOLIDÃO, faixa 10, produzida por Antônio Porto, falo sobre a pandemia da covid 19. Começo falando da espera: a espera pela vacina, pela cura, pela liberdade de ir e vir, para poder encontrar as pessoas, os familiares. Então falo da agonia, da solidão, da privação de contato físico, de calor humano. Momento em que só podemos olhar, não mais tocar o outro. Há uma sensação de que o tempo está passando e estamos parados, esperando por uma eternidade a ocasião em que tudo vai voltar a ser como antes, mesmo acreditando que nunca mais será igual. Nosso mundo em confinamento se restringiu a memórias, e a uma rotina em que nos tornamos pais-professores, e temos que trabalhar ao mesmo tempo em que cuidamos de tudo, da casa, dos filhos, e os filhos perdendo a infância dentro de casa. A pandemia chegou de surpresa, pois ninguém esperava por isso e nem estava preparado para isso. Então, tivemos que parar, reaprender, nos readaptar a essa nova realidade, e exercitar o cuidar do outro, proteger o outro com o nosso isolamento, com as medidas necessárias para o vírus não se espalhar ainda mais. Meu marido, minhas filhas e eu tivemos covid em dezembro de 2020 e pudemos vivenciar um momento terrível de pânico, desespero e solidão, pois é uma doença muito solitária, já que exige o distanciamento social - um momento realmente muito solitário. No final da música, falo da esperança de que o verdadeiro amor renasça desse sofrimento, o amor ao próximo, fraternal, sem máscaras de nenhuma espécie. Trago alguns termos típicos da pandemia, como “desmascarados”, “mãos lavadas”, mas em outro contexto. Antônio Porto concebeu o arranjo de forma mais “pop”, uma balada com pegada de blues. Antônio Porto, que é multi-instrumentista, gravou baixo, teclado e fez a programação, com espaço para o surpreendente solo de piano de Itamar Assiere, e para a percussão incrível de Néio de Jesus, na dose correta. Anderson Rocha acrescentou o efeito de temporal no início da música, de forma a criar o ambiente tempestuoso da pandemia.
O SENTIDO, faixa 11, foi produzida por Swami Jr., que gravou violão 7 cordas. Nesta música trago uma reflexão sobre a importância da autotranscendência e do autoconhecimento para se encontrar o sentido da vida. A letra foi inspirada na Logoterapia e Análise Existencial de Víktor Frankl, neuropsiquiatra austríaco que viveu quatro anos em campos de concentração nazistas. Frankl afirmava que o sentido da vida pode ser encontrado até mesmo nas situações mais miseráveis da vida, como a vivenciada por ele no holocausto. De acordo com essa teoria, buscamos preencher o vazio existencial com coisas materiais, com o consumismo exagerado, e não damos conta de que o sentido está no outro e naquilo que fazemos pelo outro, na vivência com a família e amigos, na atitude perante o sofrimento e naquilo que criamos e deixamos para o mundo. A natureza aparece na metáfora da montanha, sendo o corpo algo que devemos escalar para olhar de cima, adiante, e ver além de nós mesmos. Swami Jr. trouxe à música a riqueza de seu violão 7 cordas, num arranjo que, apesar de minimalista – coerente com a mensagem que a letra quer passar – é muito acolhedor e com levada determinada e forte que conduz a música para frente. Uma música diferente, curta, leve e profunda ao mesmo tempo.
O AMOR EM MIM, faixa 12, foi produzida por Itamar Assiere, com arranjo para voz e piano. Nela falo sobre o amor Ágape, aquele amor que se caracteriza por uma conexão com a natureza, com o universo, com a humanidade; o amor maior, que é a essência de tudo e que tudo pode curar. O amor é como o mar, infinito, e sempre que suas ondas quebram na areia da praia ele leva de volta consigo todas as impurezas, transformando tudo em mar, ao mesmo tempo em que traz as impurezas em suas ondas, para nos mostrar nossos erros e imperfeições. Assim é o amor Ágape (ágape é amor em grego), que tudo transforma e onde há entrega genuína, pois é o amor espiritual, ao contrário dos outros dois tipos de amor, o Eros, que é mais voltado à atração física e desejos, e o Philos, que diz respeito à afinidade mental e cultural. A melodia imita as ondas do mar, com saltos melódicos difíceis que foram propositalmente construídos para que fossem envolventes como o mar. As resoluções, às vezes dissonantes, demonstram que o amor é sempre uma construção, que nunca resolve e se acomoda, mas sempre continua buscando algo para amar. O piano de Itamar Assiere é algo extraordinário, incrivelmente inspirado, que também representa, em vários trechos, as ondas do mar. O solo visita tonalidades diferentes e abre a harmonia como se quisesse chegar em lugares escondidos, como o amor Ágape, que é invencível e possui o dom da ubiquidade. Tom Jobim é lembrado na música, por ser uma inspiração. A letra é reveladora no final, quando o piano se desprende do ritmo marcante e se solta no mar de notas e possibilidades, evaporando no ar, se unindo ao universo, até que a última onda do som se perdesse no infinito.
RIOS FLUTUANTES, única música instrumental e última faixa do álbum, de número 13, foi produzida por Itamar Assiere. Fiz essa música inspirada no fenômeno maravilhoso chamado Rios Flutuantes, ou Rios Voadores, que são correntes de ar invisíveis que passam em cima de nossas cabeças carregando umidade da Bacia Amazônica para o Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. Em condições propícias, essa umidade se transforma em chuva. Uma enorme quantidade de vapor de água, equivalente às vazões dos maiores rios do mundo, é transportada pelas correntes aéreas causando impacto significante em nossas vidas. A floresta amazônica é como uma bomba d’água que puxa para dentro do continente a umidade evaporada pelo oceano Atlântico e carregada pelos ventos alíseos, caindo terra adentro como chuva sobre a floresta. Depois ela devolve a chuva para a atmosfera na forma de vapor de água. Itamar Assiere concebeu o arranjo com levada mais jazzística, com solos de trompete e sax tenor, que foram interpretados com maestria por Júnior Galante e JPsax, com improviso sob o tema. O contrabaixo, que traz um riff marcante em toda a música, foi gravado por Marcelo Mariano, que executou com perfeição e com timbre de baixo maravilhoso. Na bateria, Marcus Loyola acompanhou os demais instrumentos com precisão rítmica e criatividade nas dinâmicas e padrões. Por último, gravei os vocalises acompanhando o solo dos sopros, em uníssono, com abertura harmônica no final, para manter a concepção de álbum musical com voz cantada.
Este é meu terceiro álbum musical. Gravei Todos os Lugares, um CD autoral com 10 músicas em etilo pop, Ternário, um CD com músicas regionais de Mato Grosso do Sul, sendo 2 canções autorais (Mi Silencio e Ternário) e as demais de compositores do Estado de MS. Gravei com Itamar Assiere, em 2020, um single da música Eu te Amo, de Caetano Veloso, numa interpretação para piano e voz. No álbum Sou Natureza, me sinto mais madura como cantora e compositora e acredito que consegui produzir um álbum autoral com a autêntica MPB.
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