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✨ A jornada de um artista ✨
capítulo seis - os olhos do artista
Nesse capítulo abordarei o meu assunto preferido de todos no que tangencia arte: o diário do artista.
Olá, caras e caros leitores! Espero que todos se encontrem bem e se sintam confortáveis em mais uma de nossas trocas de cartinhas artísticas, que pegue sua bebida quente e o seu cobertor e tenha uma boa leitura!
Sketchbook, journal, caderno de arte, caderno de artista, diário gráfico... Esse item um tanto subestimado recebe várias nomenclaturas, mas aqui chamarei de diário, porque também escrevo nele. Meu TCC foi exclusivamente sobre essa querida ferramenta que uso desde criança, então creio que tenho boa propriedade para falar sobre.
Antes de se preocupar com que material começar a usar na sua prática, digo que o primeiro e mais importante item que um artista deve adquirir/fazer é um diário. O diário de um artista poderia facilmente ser chamado de "os olhos do artista". E você nem precisa desenhar, pode ser que você seja da dança ou da música, ou só queira viver de forma mais criativa. O diário é de ótima serventia para refletir sobre a sua prática. Imagine um lugar onde você compila todas as suas referências, tanto internas quanto externas, pode avaliar seus desenhos em ordem cronológica e ainda, de lambuja, pode levar para qualquer lugar, como se você tivesse um ateliê no seu bolso.
Um dos meus maiores arrependimentos é não ter registrado tanto em fotos meu processo de crescimento como artista, de cada trabalho feito, mas então lembro que tenho registros nos meus diários! Penso num profissional da dança, escrevendo sobre seus desafios, sobre sua prática diária. De um arquiteto saindo por aí desenhando as estruturas que mais o interessam na sua cidade. As possibilidades são inúmeras. E se você é multimídia então, é ainda mais interessante o quanto se pode mesclar todas as áreas e isso te ajudará a criar algo único.
Não tem problema que a sua arte se perca no meio dos seus pensamentos cotidianos, escritas, listas, textos despretensiosos; na verdade acredito que essa é a melhor parte. Leu um poema e gostou? Um papel de bala que achou bonito? Enfim, tudo pode virar material para o seu diário, ele é um filtro entre o que você vê, sente, e o que sai de você.
Além disso, o fato de ser analógico o torna uma ótima ferramenta para quem busca se desconectar um pouco. Ele te traz o benefício de se fazer presente e se tornar observador das coisas ao seu redor.
Os cadernos de tamanho pequeno talvez não sejam uma boa escolha para quem desenha e é muito detalhista, mas são ótimos para serem levados para qualquer lugar. Os cadernos de tamanho médio são meus favoritos, pois permitem um bom uso e ainda assim podemos transitar com eles com alguma facilidade. Já os cadernos grandes, prefiro para quando me desafio a fazer alguma peça grande, já que eles são os mais chatinhos de carregar por aí.
Quanto à gramatura da folha, tudo depende da sua intenção. Se você é mais da escrita do que do desenho, um caderno de gramatura até 100 faz um ótimo papel. Mas se você quer testar vários materiais, pensa em trabalhar com tinta, recomendo gramatura acima de 180. Existem cadernos com folhas coloridas, com linha, sem linha, texturas diferentes, enfim, tudo vai da sua intenção! Se você tiver a possibilidade de fazer/montar um caderno, essa personalização fica ainda mais especial, já que se pode escolher folha por folha.
Sou muito suspeita para falar, pois dediquei uma pesquisa acadêmica inteira à estes queridos, mas realmente acredito que se todas as pessoas tivessem um diário, independente da sua profissão, nos tornaríamos muito mais conscientes do que absorvemos, do que sentimos e do que vemos.
Espero que tenha gostado dessa carta endereçada a você 💓 até a próxima!
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Crônica de Primavera
Comecei este texto muito técnico com pouca alma… mas é porque sou teimosa… uma alma ainda não formada que leu “Paixão Segundo G.H”. Pelos meus olhos as letras pareciam estar se cruzando por vias inexistentes, uma nova criação, na verdade uma imagem que Lispector reflete ao seu leitor. Embora… minha teimosia, acho que minha inquietação interna foi maior que minha alma imatura. É irônico o início do romance, afinal, G.H possui uma alma ainda não formada, uma alma que explica no início que precisa imaginar uma mão invisível para tomar coragem…
“Coragem”, uma palavra que não costumo usar no cotidiano,ou nos meus textos. Acho que é porque não tenho coragem, mas tenho raiva. Muita raiva. Só que na maioria das vezes, tenho medo do que os outros pensarão quando imponho limites, quando os mando embora da minha vida, e isso é uma luta que faço diariamente. Preciso criar. Eu preciso de pessoas que me alimentem espiritualmente, e não de figuras opacas, sem cor, sem vibração. E… confesso que me tranquilizei quando li “Talvez desilusão seja o medo de não pertencer mais a um sistema”. É nesse momento… de fato, fui escrita por Lispector…
A grande questão da ausência de coragem na minha escrita é a constante sensação de fracasso. Fracasso como filha. Fracasso como irmã. Fracasso como tia. Fracasso como amiga. Fracasso como amante. Fracasso como poeta, porque a poeta nunca falha até o momento em que… para de criar…A frustração, a derrota, são o roubo dos meus sonhos que nunca aconteceram… acreditei que as coisas das quais eu procurava não me importavam como antes… então falhei…
Só que a chuva veio e bateu na sola dos meus pés e num instante tenho de volta todos os meus sonhos repetidos, os quais eu amo (re)sonhar… Com a chuva vem destruição. E assim, relembro a frase de Donnie Darko: “A destruição é uma forma de criação”, a qual me pega sempre pensando, sempre procurando um sentido além da premonição do personagem principal. Mas num sentido prático da vida humana…Talvez o início dos grandes ciclos, dos mais importantes, venha justamente da destruição. Quebrar totalmente a estrutura de uma porta para que se faça uma de maior qualidade, ou… uma mais cativante. E desde então… torci para que a destruição me atingisse para que eu vivesse o meu ciclo mais importante, e assim aconteceu…
Chuva. Precisei sentir uma chuva do dia 08 de abril para sentir Ira e não raiva… e tentar recuperar o que é meu! Recuperei… Ira… recomendo para aqueles que querem formar suas almas entenderem o que de fato é Ira, o que de fato é raiva… senti raiva sobre os ladrões que me atacaram, mas só com a Ira que eu os expulsei da minha vida… Vou ser direta… Ira é só para os fortes, porque os fracos não compreendem o que é Ira, e pratica no fim a vingança. Deitam-se no chão, abanam um jornal impacientes a farfalhar em seus íntimos quartos…
Digo que, nós, aqueles que criamos, vamos parar de criar quando estivermos na presença de ladrões. Ladrões que roubam nosso interesse pela vida nos fazendo acreditar que estamos vivendo um sonho… eu terminei, eu risquei um ladrão, dois, cinco, setenta… todos nós devemos riscar… Só que em diversos momentos acreditei que eu não gostava de ter companhia… porque para mim nada era real, nem mesmo a minha família poderia ser real… Afinal, estava perdendo o interesse pela vida, eu não queria (re)sonhar, eu não queria a vida que mereço ter… mas em algum momento correr na chuva, e se permitir molhar, permitir todo o cabelo molhar, as roupas, com pessoas certas… isso reanima a alma, isso alimenta o interesse pela vida, isso cria algo totalmente novo…
Sei, sempre soube… Talvez finjo não saber, talvez me convenci de que estava errada, de que sou exagerada , mas lá no fundo, sei. O corpo dá sinais, o espírito se inquieta. Há algo, uma fagulha de desconforto, que me diz quem não deveria estar. É uma intuição, um saber que não se explica. Mas ignoro. Aceito as desculpas, os gestos falsos, as palavras que não se sustentam. E, nesse aceitar, perdi um pouco de mim. Porque as pessoas erradas não roubam apenas o tempo – elas roubam partes da alma. Contudo, mesmo quando escolho fechar os olhos, eu sei. Sei quem são, desde o início. E é apenas quando finalmente risco, ou risquei, esses nomes do meu coração que voltei a respirar.
Eu voltei a respirar em 1º de outubro, mas só tive coragem para voltar para chuva em 11 de outubro.
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O ápice da angústia passa? Eu vou suportar até l��? Quanto tempo vai durar? Quando as coisas vão melhorar? Tenho certeza de que você já se fez algumas dessas perguntas algumas vezes na vida. Às vezes parece que a vida é uma sucessão de provações. Que é só luta. E dor. E que os momentos de alívio são escassos. E o cansaço pesa. A impotência diante das lutas pesa. O medo pesa. Não saber o que fazer pesa. Tudo é peso, cansaço e dor. Nessas horas, uma camada cinza parece cobrir o brilho dos dias.
A esperança encolhe-se num cantinho fragilizado do peito. E a alma chora enquanto você dorme. Mas é justamente nessas horas, em que nossas estruturas internas desmoronam, que se percebe a mão de Deus como sustentáculo. E é nessas horas que você precisa lutar contra um dos maiores inimigos em meio aos ventos fortes das vicissitudes: sua própria mente. Afastar os pensamentos negativos que lhe colocam ainda mais para baixo, afastar a excessiva e impiedosa autocrítica e a vontade de desistir é imperioso e fundamental. Eu sei que nessas horas é difícil acreditar quando falam que Deus não dá um fardo maior do que você pode carregar. Mas se você olhar para trás, perceberá essa verdade ao lembrar o que já venceu, o quanto evoluiu e o tanto de caminho que já trilhou. Só não se compara a ninguém, seu caminho é seu, seus processos são seus e sua fé lhe guiará nos piores momentos. Não estou dizendo que é fácil. Estou falando que é necessário. Por favor, fica aqui, segue tua jornada. Chora o tanto que precisar. Ora o tanto que conseguir. Mas eleva teus pensamentos aos céus quando pensar em desistir. Olha para o alto, que é de onde o socorro vem. Quando o aniquilamento emocional ameaçar tua existência, acolha-se como der, recue no que precisar, procure ajuda profissional se achar que precisa, não pensa no que os outros pensam a teu respeito, lembra que você é mais do que a opinião alheia. E nem todo mundo vai entender seus processos e lutas. E muitos não querem se dar ao trabalho. Então, resguarde-se das falas de quem não está nas trincheiras com você, de quem não te ama. Valorize-se justamente nas horas difíceis. E trate-se com o carinho que você dá às pessoas. Respeite-se como você respeita os outros. Pense, insistentemente, que você merece esse cuidado. Seu autocuidado.
Só continua tentando. O furacão passa, depois a reconstrução do que sobrou acontece, lindamente.
Josy Maria
Código do texto: T7653355
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Se você está à procura de um novo notebook que ofereça tanto desempenho quanto estilo, você veio ao lugar certo. Neste post, vamos compartilhar nossa experiência com o Notebook ASUS X515MA, um verdadeiro companheiro para o dia-a-dia, seja para trabalho ou lazer. Com seu design elegante em tom Slate Gray, este notebook oferece um desempenho impressionante e uma experiência visual cativante. A tela NanoEdge do ASUS X515MA possui bordas ultrafinas e um revestimento fosco antirreflexo, proporcionando uma imersão realmente envolvente. Além disso, com armazenamento SSD de 128GB, este notebook oferece velocidade, segurança e leveza, garantindo que você possa trabalhar sem preocupações, mesmo em movimento. O chassi reforçado do ASUS X515MA melhora a digitação e proporciona uma sensação de suavidade ao abrir e fechar a tampa. Com uma estrutura de suporte em metal sob o teclado, este notebook oferece uma plataforma estável para digitar e usar o touchpad. Além disso, a proteção física e a segurança dos seus dados são prioridades, com o armazenamento SSD que protege seus dados de impactos e solavancos. Com um processador Intel Celeron Dual Core, 4GB de memória RAM e até 256GB de armazenamento, o ASUS X515MA oferece um desempenho excepcional, seja para multitarefa, navegação na web ou streaming de conteúdo. Além disso, com portas USB Tipo-C 3.2, USB Tipo-A 3.2 e 2.0, e saída HDMI, conectar seus dispositivos e periféricos é fácil e conveniente. Leve, compacto e fino, o ASUS X515MA pesa apenas 1,8kg e possui uma espessura de 19,9mm, tornando-o ideal para levar com você onde quer que vá. Com carregamento rápido que oferece 60% de carga em apenas 49 minutos, você nunca ficará sem bateria quando precisar. o Notebook ASUS X515MA é a combinação perfeita de estilo, desempenho e praticidade, permitindo que você seja produtivo onde quer que esteja. Aproveite a leitura e descubra mais sobre este incrível dispositivo!Visão Geral do Notebook ASUS X515MA e Nossa Experiência Ao explorarmos as funcionalidades do notebook, nos impressionamos com a tela NanoEdge, que traz bordas incrivelmente finas e um revestimento antirreflexo. Essa combinação proporciona uma experiência visual imersiva, ideal para entretenimento e trabalho. A estrutura interna reforçada em metal não apenas nos deu uma sensação de robustez, mas também garantiu uma digitação mais estável e eficiente. O design compacto, com peso de apenas 1,8 kg e espessura de 19,9 mm, fez com que fosse fácil transportá-lo, garantindo que a produtividade estivesse sempre ao nosso alcance, mesmo fora de casa. A velocidade do armazenamento SSD contribui enormemente para a performance do aparelho, tornando-o mais leve e seguro. Notamos a facilidade de conectar periféricos, graças às portas USB Tipo-C e HDMI, que também suportam transferências de dados muito rápidas. Outro ponto que nos chamou a atenção foi a tecnologia de carregamento rápido, que permite que a bateria atinja 60% de carga em apenas 49 minutos, o que é extremamente útil para quem vive em movimento. Em nossa experiência, esse recurso, combinado com a durabilidade física do dispositivo, garantiu não apenas nossa produtividade, mas também a proteção dos dados armazenados, tornando o uso diário muito mais tranquilo. Confira mais detalhes e adquira o seu!Destaques que Chamam a Atenção no Desempenho e Design O que mais nos impressiona no novo modelo da ASUS é a tela NanoEdge, que oferece uma experiência visual imersiva com suas bordas incrivelmente finas. Essa tela com revestimento anti-reflexo não apenas proporciona uma visualização clara em diversos ambientes, mas também confere ao notebook um aspecto moderno e elegante. Além disso, a estrutura interna reforçada em metal garante uma plataforma de digitação estável, permitindo que o uso do touchpad e do teclado seja mais confortável e eficiente, mesmo durante longos períodos de trabalho ou lazer.
Outra característica intrigante que destaca este notebook é sua mobilidade extraordinária. Com apenas 1,8 kg e 19,9 mm de espessura, ele se torna um companheiro ideal para quem está sempre em movimento, equilibrando produtividade e portabilidade de forma impressionante. A tecnologia de carregamento rápido é um bônus, permitindo alcançar 60% da carga em apenas 49 minutos, o que proporciona maior liberdade para trabalharmos sem interrupções. Para complementar essa eficiência, a presença de múltiplas portas, incluindo USB Tipo-C 3.2, assegura uma conectividade rápida e fácil com todos os nossos dispositivos. Confira mais detalhes e adquira o seu notebook neste link.Análise Detalhada: O Que Esperar do Celeron Dual Core e SSD 128GB Quando analisamos o desempenho do processador Intel Celeron Dual Core em conjunto com o armazenamento SSD de 128GB, ficamos impressionados com a fluidez que ele oferece nas tarefas do dia a dia. Para trabalhos do cotidiano, como navegação na web, edição de documentos e streaming de mídia, o Celeron proporciona um funcionamento eficiente, sem travamentos. A combinação do SSD não só acelera o tempo de inicialização, mas também torna o carregamento de aplicativos muito mais rápido em comparação aos discos rígidos tradicionais. Entre as vantagens, podemos destacar: Desempenho Ágil: Ideal para atividades simples e multitarefa leve. No Stress com Dados: O SSD previne perda de dados, mesmo em deslocamentos. Custo-Benefício: Excelente para usuários que buscam um equipamento acessível e eficiente. Além disso, o modelo se destaca pela estrutura robusta, com chassis reforçado que proporciona uma experiência mais estável durante o uso. A tela de 15,6" com bordas finas e revestimento anti-reflexo contribui para uma visualização confortável, essencial tanto para trabalho quanto para entretenimento. Com apenas 1,8Kg e 19,9mm de espessura, sua portabilidade é um grande atrativo, permitindo que o levemos a qualquer lugar com facilidade. Vale também mencionar a integração com portas USB Tipo-C e HDMI, que oferecem conectividade rápida e prática para nossos periféricos. Para garantir o máximo desempenho em movimento, o carregamento rápido é um bônus significativo. Veja abaixo um resumo das especificações: Especificação Descrição Processador Intel Celeron Dual Core Memória RAM 4GB Storage SSD 128GB Peso 1,8Kg Espessura 19,9mm Tela 15,6" Led-Backlit Anti-Glare Se você busca um notebook que equilibre performance e portabilidade, não deixe de conferir [este modelo na Amazon](https://amazon.com.br/dp/B0CK8P6RVH?tag=comprarnamazo-20).Nossas Recomendações: Vale a Pena Investir no X515MA? Considerando o uso cotidiano, seja para trabalho ou entretenimento, o dispositivo se destaca por apresentar uma série de funcionalidades que o tornam uma excelente opção. Entre suas principais vantagens, podemos listar: Tela NanoEdge: Proporciona imagens imersivas com bordas finas e revestimento antirreflexo. Armazenamento SSD: Garantia de velocidade e segurança aos dados, além de trazer leveza ao equipamento. Design compacto: Apesar do display de 15,6 polegadas, é fácil de transportar, pesando apenas 1,8 kg e com 19,9 mm de espessura. Carregamento rápido: A bateria alcança 60% de carga em apenas 49 minutos, ideal para quem está sempre em movimento. A estrutura robusta do modelo, com suporte em metal sob o teclado, eleva a estabilidade durante o uso e a proteção dos componentes internos. As portas USB do tipo C 3.2 garantem transferências ágeis de dados, enquanto o processador Intel Celeron Dual Core, juntamente com os 4GB de RAM, oferece um desempenho equilibrado para tarefas diárias. Com todas essas características, é fácil perceber que
o investimento neste notebook pode trazer um excelente retorno, especialmente para usuários que buscam um equilíbrio entre portabilidade e eficiência. Saiba mais sobre o produto e considere essa compra! Unleash Your True PotentialE assim, chegamos ao final da nossa avaliação do Notebook ASUS X515MA. Este equipamento se destaca por sua combinação perfeita de desempenho, portabilidade e uma experiência visual envolvente. Seja para as tarefas diárias ou momentos de lazer, o ASUS X515MA é um companheiro que se adapta às nossas necessidades, proporcionando tudo o que precisamos na palma da mão. Sua estrutura reforçada, armazenamento SSD e design compacto fazem dele uma escolha inteligente para todos que valorizam eficiência e praticidade. Se você está em busca de um notebook que acompanhe seu ritmo acelerado de vida, o ASUS X515MA é definitivamente uma opção que não pode ser ignorada. Lembre-se: um bom desempenho não precisa vir em um formato volumoso. Com um toque de elegância e tecnologia de ponta, o ASUS está prontíssimo para se tornar o seu próximo aliado. E para facilitar ainda mais sua decisão, convidamos você a conferir mais detalhes e garantir o seu clicando aqui. Não perca a chance de transformar seu dia a dia com esse notebook excepcional!
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Mar Revolto, Romã
Daniela Eorendjian Torrente
O FONTE inaugura no dia 21 de setembro a mostra “Mar Revolto, Romã”, segunda individual da artista Daniela Eorendjian Torrente apresentando trabalhos realizados ao longo dos últimos sete anos. A forma carregada de sentimentos ao mostrar a arte confere a Daniela, neta de sobreviventes, um papel fundamental na representação da construção das identidades das famílias vítimas do Genocídio Armênio (caracterizado por deportações em massa, massacres e outras formas brutais de violência) ao chegarem ao Brasil, assim como de seus descentes. A curadoria é de Nino Cais e o texto crítico da artista visual e escritora Cassiana de Haroutiounian.
Movida pelas lembranças e ciente da importância dos retratos no resgate à história, Daniela propõe uma reflexão sobre o papel feminino, enquanto pilar de estrutura da família armênia, na guarda e propagação da memória e cultura deste povo. Questões como a interrupção da vida cotidiana, o impacto na vida das mulheres em situação de refúgio e suas descendentes, expandindo para temas como a construção da identidade, o apagamento, o preconceito, a opressão, a fé religiosa, a reorganização social e o não pertencimento constituem vertentes importantes em sua pesquisa.
A mostra conta com fotografias, pinturas, costuras, instalações e vídeo, discute o papel importante dessas mulheres dentro do processo de partida e chegada em uma nova terra, em suas diversas regiões, e de sua construção interna e busca pelas suas raízes. “Cresci ouvindo as histórias da guerra e como a família conseguiu fugir, quem ficou no caminho, como se separaram para sobreviver e como se reuniram para vir para o Brasil. Depois de escutar histórias das mulheres da família e da comunidade, no Brasil e na Argentina, tantos relatos parecidos, identifico em mim memórias reais e memórias construídas, todas igualmente válidas e potentes.”, afirma Daniela Torrente.
Mar revolto, Romã Daniela Eorendjian Torrente
Curadoria Nino Cais
Texto crítico Cassiana Der Haroutiounian
Abertura Sábado, 21/09 Das 14h às 19h
Dj Set Mayra Maldjian Às 16h30
Visitação até 12/10 Quintas e sextas das 14h às 19h Sábados, das 11h às 17h
Fonte Rua Mourato Coelho, 751 Vila Madalena São Paulo - SP
Mar Revolto, Romã
Texto de Cassiana Der Haroutiounian
"A experiência é algo que (nos) acontece e que às vezes treme, ou vibra, algo que nos faz pensar, algo que nos faz sofrer ou gozar, algo que luta pela expressão, e que às vezes, algumas vezes, quando cai em mãos de alguém capaz de dar forma a esse tremor, então, somente então, se converte em canto. E esse canto atravessa o tempo e o espaço. E ressoa em outras experiências e em outros tremores e em outros cantos."
Tremores: Escritos sobre experiência - Jorge Larrosa
Um corpo sólido que carrega tantos ventres de tempos longínquos e atuais. Uma pele atravessada por outras mulheres, outras histórias, outras dores e uma mesma resiliência. Será mesmo essa a palavra? Um corpo? Ou um território? Daniela habita esse corpo-território há 48 anos, entre vestígios e provas de uma história contada e uma mesma história imaginada. Seu transitar pelo mundo reverencia o passado de um grito silenciado. As vozes de 1915 ecoam em sua obra.
Este corpo que se movimenta pela terra através dos hiatos, vazios, rupturas e memórias de uma diáspora plural. A memória escreve no corpo ancestral, registra a unicidade de cada vivência e sopra além das montanhas.
Ser-armênia está em sua corrente sanguínea e atravessa todo seu tremor no mundo. Uma erupção intermitente ao respirar de cada dia.
Daniela canta seu próprio canto através das imagens que cria e, por meio de fotografias e instalações múltiplas, reage ao mundo como um corpo em diáspora. Sim, em uma contínua diáspora que se prolonga, se reafirma e se reinventa a cada trabalho em que coloca a história de sua avó, de sua mãe, de seu povo-origem. Com a morte de mais de 1.5 milhão de armênios em 1915 em um genocídio cometido pelos turcos, seus ventres passados tiveram que remapear suas vidas. Traçar uma nova geografia e atravessar fronteiras porosas em cantos de dor, de lamento e violentados. Através de histórias próximas, dá voz a toda uma imensidão de corpos que atravessaram desertos, montanhas, em travessia até mesmo por outros corpos e ausências. Avistaram o mar por urgência; partiram por ele por desespero.
A artista é um corpo-território que transita por reminiscências potencializadas pela escuta atenta e se deixa transmutar em continente e conteúdo, ouvindo o pulsar individual e coletivo. Abre-se para cavidades profundas de seus ancestrais e para esse acúmulo de temporalidades.
Quem chegou de lá? Quem ficou e se juntou à terra? Quem chega e quem fica?
Parte de alguns micro-passados experimentados por outras para trazer o passado-macro, de uma história que precisa ser contada.
É preciso coragem para dar voz ao que precisa ser ouvido e não se escuta. É preciso falar sobre o genocídio de há mais de 100 anos; é preciso falar sobre o deslocamento de tantos corpos em guerra. É preciso coragem para abrir as camadas da pele para um corpo tão longe e tão perto. E com essa vida vivida de outros tempos em carne-viva, a artista traz a terra do Cáucaso para sua morada, em um discurso profundo e cheio de atravessamentos. Com sua obra, conecta o concerto do mundo à fantasia do mundo.
Tem no corpo o mapa de sua mãe desenhado ao seu e talvez o de tantas outras mulheres que atravessaram desertos e mares para te deixar cantar e fabular esta Armênia que precisa ser olhada, venerada e experimentada. Um contínuo ser e devir de uma terra chamada Corpo-presente.
"Poder ser na ancestralidade é poder ser na sacralidade de tudo que nos envolve."
Performances do tempo espiralar, Leda Maria Martins
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Você já ouviu falar da Teoria da Desconstrução? 🤔
A teoria da desconstrução de Derrida é uma abordagem crítica que analisa a linguagem, conceitos e estruturas de pensamento, revelando suas complexidades e contradições internas. Embora a desconstrução seja amplamente associada à análise de grandes textos filosóficos e literários, ela também pode ser aplicada a conceitos menores, palavras, e até letras individuais.
Aplicação da Desconstrução em Conceitos Menores e Palavras
Conceitos Menores: A desconstrução pode ser aplicada a conceitos aparentemente simples, como "amizade" ou "justiça". Derrida mostraria como esses conceitos, apesar de parecerem diretos, contêm tensões internas, como a linha tênue entre amizade e inimizade, ou como a justiça pode variar conforme o contexto cultural ou social. A desconstrução revela que esses conceitos não têm significados fixos, mas são sempre contestáveis e em movimento.
Palavras e Letras: Derrida argumenta que cada palavra está envolta em uma rede de significados e que não há um sentido único ou estável para qualquer palavra. A desconstrução aplicada a palavras envolve explorar como o significado de uma palavra muda com o contexto, ou como uma única alteração de letra pode criar novos significados. Por exemplo, Derrida utiliza a palavra "différance", onde a troca da letra "e" por "a" (em "différence") cria um conceito novo que questiona as dicotomias tradicionais.
Troca de Palavras e Jogos de Linguagem
Trocar palavras ou alterar sua ordem pode ser uma técnica relacionada à desconstrução. Embora isso não seja exatamente desconstrução, essas práticas podem destacar a instabilidade do significado. Por exemplo, alterar a frase "A verdade é absoluta" para "Absoluta é a verdade" muda a ênfase e pode sugerir novas interpretações. A desconstrução, no entanto, vai além, questionando as premissas subjacentes que sustentam essas palavras e frases.
Relação com a Teoria da Linguagem de Lacan
Derrida e Lacan compartilham a visão de que a linguagem é uma estrutura instável e que o significado é sempre incompleto. Enquanto Lacan vê o inconsciente como estruturado como uma linguagem, onde o desejo é marcado pela falta e pela impossibilidade de realização completa, Derrida foca na ideia de que o significado está sempre diferido, nunca fixo, através do conceito de "différance". Ambos questionam a noção de um sujeito estável e uma identidade fixa, mostrando que tanto o sujeito quanto o significado estão sempre em processo, nunca plenamente definidos.
Conclusão
A desconstrução de Derrida é uma ferramenta poderosa que pode ser aplicada desde grandes sistemas filosóficos até as menores unidades da linguagem, como palavras e letras. Ao trocar palavras ou explorar jogos de linguagem, podemos revelar a instabilidade e a fluidez dos significados, alinhando-nos aos princípios da desconstrução, que busca questionar as certezas e expor as complexidades ocultas nas estruturas de pensamento.
Um leigo que aplica princípios da desconstrução no dia a dia não deve ser visto como louco, embora isso possa parecer estranho, já que poucos conhecem esse conceito. A desconstrução é uma abordagem crítica e filosófica que examina como significados são construídos e como podem ser questionados. Aplicar essa abordagem envolve curiosidade e pensamento crítico, desafiando normas e aceitando a ambiguidade dos significados. Em vez de sinalizar loucura, essa prática reflete um desejo de entender e engajar-se de maneira mais profunda com o mundo e a comunicação. Questionar convenções e explorar significados pode enriquecer a compreensão e melhorar a interação com a realidade ao nosso redor.
Em casos de problemas mentais, a desconstrução pode ser uma ferramenta útil para organizar e reestruturar sinapses. Problemas como transtornos de ansiedade, depressão ou transtornos obsessivo-compulsivos muitas vezes envolvem padrões de pensamento disfuncionais e rigidez cognitiva. A desconstrução, nesse contexto, pode ajudar a desafiar e revisar esses padrões, permitindo uma reorganização mais saudável das conexões neurais.
Ao questionar e reavaliar crenças e pensamentos automáticos, um indivíduo pode começar a reconhecer e mudar esquemas mentais prejudiciais. Esse processo pode facilitar uma reorganização mais adaptativa das sinapses, promovendo novos caminhos cognitivos e comportamentais. A terapia cognitivo-comportamental, por exemplo, utiliza técnicas semelhantes à desconstrução para ajudar os pacientes a identificar e modificar padrões de pensamento disfuncionais, contribuindo para a melhora da saúde mental.
Assim, em vez de ver a desconstrução como uma abordagem exclusivamente filosófica, pode-se reconhecê-la também como uma prática útil na psicoterapia para reorganizar e melhorar a saúde mental.
Atualmente, vivemos um período de "desconstrução", onde normas e estruturas tradicionais estão sendo reavaliadas e desafiadas em diversos aspectos da sociedade. Esse processo, refletido na teoria da modernidade líquida de Zygmunt Bauman, destaca como as certezas e os padrões estabelecidos estão cada vez mais fluidos e instáveis. Isso inclui a revisão de conceitos sociais e culturais relacionados a identidade, gênero e raça; mudanças nas práticas políticas em busca de maior justiça e transparência; transformações no sistema educacional para torná-lo mais inclusivo; e novas abordagens econômicas focadas em sustentabilidade e equidade. Embora essa reavaliação possa gerar debates e desafios, ela visa promover avanços em direção a uma sociedade mais justa e inclusiva, adaptando-se a um mundo em constante mudança e incerteza.
Acreditamos que somos de uma determinada forma, mas a desconstrução dos nossos padrões de pensamento, à luz da teoria de Derrida, revela que essa identidade é sempre uma construção instável. Embora o processo de desconstruir possa parecer estranho, é um exercício contínuo que nos permite reimaginar nossas verdades e abrir espaço para novas interpretações. Com prática, podemos transformar esses padrões e expandir nossa compreensão de nós mesmos.
“Para construir algo novo, é necessário desconstruir não apenas normas externas, mas também padrões pessoais que já não servem mais.”
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SAÚDE DE QUALIDADE Prefeitura de Porto Velho entrega grande revitalização e ampliação do Centro Especializado em Reabilitação (CER)
Um dos serviços é a construção de cinco novas salas para atendimento na unidade Quem precisa de serviço de reabilitação física ou intelectual agora conta com um espaço completamente revitalizado e ampliado. A estrutura do Centro Especializado em Reabilitação (CER) foi entregue para a comunidade em uma solenidade realizada pela Prefeitura de Porto Velho, através da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa). Presente no ato de entrega, o Prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, destacou que essa é mais uma das obras de melhorias realizadas pelo município. “Nós temos trabalhado muito para proporcionar uma saúde de qualidade à população de Porto Velho. A entrega dessa unidade completamente revitalizada, reforçará os atendimentos aqui e possibilitará um serviço mais acolhedor aos nossos usuários”, destacou o prefeito. Secretária da Semusa, Eliana Pasini, pontuou que a entrega da unidade revitalizada e ampliada, com novas salas de atendimento, vai beneficiar os usuários do local. “Essa obra de revitalização e ampliação do CER é um ganho para a nossa população. Aqui, trata-se pessoas com deficiência física e intelectual e essas pessoas precisam de um atendimento mais humanizado e acolhedor, foi por isso que investimos aqui para trazer qualidade a nossa população”, destaca Eliana. Antigamente o CER era apenas um serviço de fisioterapia dentro do Pronto Atendimento Ana Adelaide. Depois de um tempo se tornou unidade e, nesta gestão, passou por essa obra de revitalização e ampliação, com investimentos próprios da Prefeitura de Porto Velho, no valor de R$ 285 mil. Os serviços realizados compõem revisão da cobertura, limpeza externa, recuperação de calçadas, recuperação e manutenção de pintura interna e externa e também a criação cinco novas salas para atender os pacientes, sendo elas: • sala de atividade de vida prática • sala de estimulação precoce • sala de reunião • sala de atendimento terapêutico em grupo adulto • sala de atendimento terapêutico infantil Dona Dalila Ximenes é atendida na unidade há mais de três anos. Ela conta que a revitalização e ampliação da unidade chega como uma contribuição fundamental para quem utiliza o serviço do CER. “Eu faço acompanhamento aqui desde 2021 e eu não tenho o que reclamar do CER, mas sim dizer coisas boas do atendimento recebido aqui. Todos as profissionais que me atenderam são de ponta e acolhedoras. Agora com a unidade toda revitalizada, bonita, a gente se sente até mais acolhida aqui”, relatou a paciente. CER O Centro Especializado em Reabilitação é uma unidade custeada com recursos próprios da Prefeitura, que oferta serviços para pessoas com deficiência física e intelectual. Em média, são mais de 60 mil atendimentos por ano, segundo dados do Departamento de Média e Alta Complexidade (DMAC). Com o objetivo de ampliar paulatinamente mais, recentemente a Semusa recebeu uma comissão técnica do Ministério da Saúde para avaliar a estrutura e os serviços oferecidos, a fim de credenciar a unidade junto ao MS. Com essa habilitação, o município passa a receber recursos próprios do Governo Federal. Esse processo está tramitando e aguarda aprovação. Como funciona o atendimento no CER? De acordo com a diretora do DMAC, Francisca Nery, a unidade funciona através da Central de Regulação da Semusa, ou seja, o paciente que necessita desse atendimento dá entrada na unidade básica de saúde, é avaliado pelo médico e, com encaminhamento médico, passa a ser direcionado ao CER, caso necessário. Os serviços oferecidos no Centro Especializado em Reabilitação são: ortopedia, psiquiatria, fonoterapia, pediatria, fisioterapia, psicologia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, enfermagem, entre outros. Texto: João Muniz Foto: Wesley Pontes Superintendência Municipal de Comunicação (SMC) Fonte: Prefeitura de Porto Velho - RO Read the full article
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Polícias ameaçam com protestos se Governo não mostrar “boa-fé” sobre subsídio de risco
A plataforma dos sindicatos da PSP e associações da GNR ameaçou avançar de “forma expressiva e dinâmica” para protestos se o Governo “não mostrar um sinal claro e de boa-fé” nas negociações do subsídio de risco.
Em comunicado divulgado na noite de sexta-feira, aquela estrutura, que congrega 11 sindicatos da PSP e associações da GNR, acusa o Governo de ter uma “postura intransigente” e de se “recusar a valorizar de forma justa a condição policial” da PSP e da GNR ao apresentar como proposta final um valor de subsídio de risco que “fica muito aquém” daquele considerado “mínimo de dignidade” por aquela plataforma.
Na sexta-feira, os elementos da plataforma reuniram-se no Porto para “analisar e reagir à última reunião” com a ministra da Administração Interna, que teve lugar na terça-feira, e na qual Margarida Blasco apresentou uma proposta de subsidio de risco “que não vai além dos 300 euros”, a pagar até 2026.
Aquela proposta, segundo a plataforma, materializa-se “numa valorização inferior à de um assistente-operacional da Policia Judiciária (PJ), bem como, originando de forma prática que um guarda ou agente aufira um valor de suplemento pela sua condição policial, inferior a um segurança da PJ, funcionário que não é órgão de Polícia Criminal, nem tão pouco um agente de autoridade”.
Face ao proposto pelo Governo, os membros daquela plataforma deliberaram “não poder aceitar qualquer valorização da sua componente do risco, em valor inferior aos 400 euros, somados aos 100 euros que já possuem na atualidade”.
Esta tomada de posição, refere o texto, foi dada a conhecer a Margarida Blasco que, diz a plataforma, ficou “ciente que não havendo um sinal claro de boa-fé da parte do Governo, um sinal inequívoco de respeito pelas funções e pelo risco policial, e, em concreto, não restará à Plataforma (…) avançar de forma expressiva e dinâmica para ações de protesto em todo o país”.
Os sindicatos da PSP e associações da GNR recusam que o “único argumento” do executivo seja “uma cega contingência orçamental” e acusam o primeiro-ministro, Luis Montenegro, de estar a “faltar ao compromisso que assumiu” com a plataforma em fevereiro, “data na qual afirmou que iria “reparar” a injustiça criada face aos colegas da PJ”.
Segundo o texto, Luis Montenegro “não deu ainda qualquer passo para o concretizar, estando apenas a introduzir uma atenuação ligeira face à enorme desigualdade que foi concretizada”.
A plataforma deixa, por isso, um apelo “tendo em vista uma convergência que amplamente se almeja” para “que se faça um último esforço no sentido de atingir, mais do que um valor de aumento histórico, um valor que seja historicamente digno”.
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Estratégias de pontuação
As estratégias de pontuação desempenham um papel fundamental na comunicação escrita, ajudando a transmitir significados precisos e claros. A pontuação adequada pode fazer a diferença entre uma frase bem compreendida e uma mal interpretada. Aqui estão algumas estratégias importantes de pontuação que podem melhorar a clareza e a eficácia da sua escrita:
Uso de Vírgulas: As vírgulas são usadas para separar elementos em uma frase, como itens em uma lista, orações independentes e elementos introdutórios. Elas ajudam a evitar ambiguidades e a destacar a estrutura da frase.
Ponto Final: O ponto final marca o fim de uma frase completa. Ele é essencial para indicar quando uma ideia termina e outra começa, garantindo a clareza do texto.
Ponto e Vírgula: O ponto e vírgula é utilizado para separar ideias relacionadas ou itens em uma lista quando estes já contêm vírgulas internas. Ele ajuda a evitar a confusão entre diferentes elementos.
Dois Pontos: Os dois pontos são usados para introduzir uma lista, uma explicação, uma citação ou uma conclusão. Eles sinalizam que algo importante seguirá a introdução.
Ponto de Exclamação e Interrogação: Esses pontos são usados para indicar entusiasmo, surpresa, ênfase (exclamação) ou para fazer uma pergunta (interrogação). É importante usá-los com moderação para evitar excesso de ênfase ou ambiguidade.
Aspas: As aspas são usadas para indicar citações diretas, para destacar palavras ou frases específicas, ou para expressar ironia. Elas ajudam a diferenciar o texto citado do restante da frase.
Ao dominar essas estratégias de pontuação, você pode melhorar significativamente a clareza, a coesão e a eficácia da sua escrita, garantindo que suas mensagens sejam transmitidas de forma precisa e compreensível.
Táticas de otimização de ganhos
Táticas de Otimização de Ganhos: Maximizando seu Potencial Financeiro
Quando se trata de alcançar seus objetivos financeiros, é fundamental adotar estratégias inteligentes para otimizar seus ganhos. Seja você um empreendedor, um investidor ou um trabalhador assalariado, existem várias táticas que podem ajudá-lo a aumentar seus rendimentos e alcançar maior estabilidade financeira. Aqui estão algumas estratégias eficazes de otimização de ganhos:
Diversificação de fontes de renda: Uma das melhores maneiras de maximizar seus ganhos é diversificar suas fontes de renda. Isso pode incluir investir em diferentes tipos de ativos, iniciar um negócio paralelo ou buscar oportunidades de renda passiva, como aluguel de imóveis ou investimentos em dividendos.
Aprimoramento de habilidades: Investir em seu próprio desenvolvimento profissional e aprimorar suas habilidades pode abrir portas para oportunidades de aumento salarial, promoções ou até mesmo iniciar seu próprio negócio. Esteja sempre atualizado com as tendências do mercado e busque constantemente aprender e se aprimorar.
Redução de despesas desnecessárias: Uma maneira muitas vezes negligenciada de otimizar seus ganhos é reduzir despesas desnecessárias. Faça uma análise detalhada de seus gastos mensais e identifique áreas onde você pode cortar ou economizar dinheiro. Isso pode liberar mais recursos para investir em oportunidades que gerem retorno financeiro.
Investimento inteligente: Em vez de deixar seu dinheiro parado em uma conta bancária com baixos rendimentos, considere investir em ativos que ofereçam potencial de retorno mais elevado, como ações, títulos ou fundos de investimento. No entanto, lembre-se sempre de realizar uma análise cuidadosa e diversificar seus investimentos para reduzir o risco.
Ao implementar essas táticas de otimização de ganhos em sua vida financeira, você estará posicionando-se para alcançar maior prosperidade e segurança financeira a longo prazo. Lembre-se de que o sucesso financeiro não acontece da noite para o dia, mas com disciplina, planejamento e perseverança, você pode alcançar seus objetivos financeiros.
Métodos para maximizar os prêmios
Claro, aqui está o artigo:
Maximizar os prêmios em qualquer área da vida requer estratégia e dedicação. Quando se trata de concursos, sorteios ou competições, a busca pela maximização dos prêmios pode ser ainda mais intensa. Felizmente, existem diversos métodos que podem ser empregados para aumentar suas chances de sair vitorioso e garantir os melhores prêmios disponíveis.
Uma das estratégias mais básicas, porém eficazes, é a pesquisa. Conhecer detalhadamente as regras e regulamentos de cada concurso é fundamental para se destacar. Além disso, entender o perfil dos organizadores e do público-alvo pode fornecer insights valiosos sobre o que pode chamar mais atenção e aumentar suas chances de sucesso.
Outro método importante é a participação ativa. Não basta apenas se inscrever e esperar pelo melhor. É necessário engajar-se ativamente nas atividades propostas, seja por meio de interações nas redes sociais, compartilhamento de conteúdo ou participação em eventos relacionados ao concurso. Quanto mais visível e envolvido você estiver, maiores serão suas chances de ser notado pelos organizadores e ganhar prêmios.
Além disso, é essencial explorar todas as oportunidades disponíveis. Isso inclui participar de múltiplos concursos simultaneamente, desde que seja possível gerenciar adequadamente o tempo e os recursos. Diversificar suas opções aumenta suas chances de sucesso e permite que você aproveite ao máximo as oportunidades disponíveis.
Por fim, não subestime o poder da persistência. Nem sempre se ganha na primeira tentativa, mas perseverar e continuar tentando pode eventualmente render os resultados desejados. Mantenha-se motivado, aprenda com suas experiências passadas e esteja sempre aberto a novas oportunidades.
Em suma, maximizar os prêmios requer uma combinação de pesquisa, participação ativa, exploração de oportunidades e persistência. Ao seguir esses métodos, você estará no caminho certo para alcançar o sucesso em concursos e garantir os melhores prêmios possíveis.
Abordagens vencedoras no Mystery Plinko 2
O Mystery Plinko 2 é um jogo de sorte e habilidade que atrai jogadores com sua emoção e potencial de grandes prêmios. Para alcançar o sucesso neste jogo, é essencial adotar abordagens estratégicas que maximizem suas chances de ganhar.
Uma abordagem vencedora no Mystery Plinko 2 é entender profundamente o funcionamento do jogo. Isso inclui compreender como as peças caem e quais são os padrões de distribuição dos prêmios. Ao ter uma compreensão sólida desses aspectos, os jogadores podem tomar decisões mais informadas sobre onde deixar cair suas fichas.
Além disso, é importante gerenciar cuidadosamente suas fichas. Isso significa distribuir suas apostas de forma inteligente e não colocar todas as suas fichas em uma única área do tabuleiro. Diversificar suas apostas pode aumentar suas chances de acertar um grande prêmio.
Outra abordagem eficaz é observar atentamente o jogo e identificar padrões ou tendências. Embora o Mystery Plinko 2 seja em grande parte um jogo de sorte, muitas vezes existem padrões sutis que os jogadores podem detectar e aproveitar a seu favor.
Além disso, é fundamental manter uma atitude positiva e paciente. Nem todas as tentativas resultarão em grandes prêmios, mas perseverar e continuar jogando com confiança pode eventualmente levar a uma grande vitória.
Em resumo, as abordagens vencedoras no Mystery Plinko 2 envolvem compreender o jogo, gerenciar suas apostas com sabedoria, observar padrões e manter uma atitude positiva. Ao adotar essas estratégias, os jogadores podem aumentar significativamente suas chances de sucesso e desfrutar ao máximo da emoção deste jogo emocionante.
Técnicas avançadas de lucratividade
Técnicas Avançadas de Lucratividade: Impulsionando Seus Ganhos
Em um mundo onde a concorrência é acirrada e os mercados estão sempre em fluxo, é essencial adotar técnicas avançadas para maximizar a lucratividade de um negócio. Seja você um empreendedor iniciante ou um veterano no mundo dos negócios, conhecer e aplicar estratégias avançadas pode ser a chave para o sucesso financeiro.
Uma das técnicas mais eficazes para impulsionar os ganhos é a segmentação de mercado. Em vez de tentar atingir todos os clientes indiscriminadamente, concentre-se nos segmentos que são mais lucrativos para o seu negócio. Isso envolve uma análise detalhada do comportamento do consumidor e a personalização de produtos e serviços para atender às necessidades específicas de cada segmento.
Outra técnica fundamental é a otimização de processos. Automatizar tarefas rotineiras e eliminar desperdícios de tempo e recursos pode aumentar significativamente a eficiência operacional de uma empresa, permitindo que ela cresça de forma mais rápida e lucrativa.
Além disso, não subestime o poder do marketing digital. Investir em estratégias de SEO, marketing de conteúdo e mídia social pode ajudar a atrair mais clientes e aumentar as vendas de forma exponencial.
Por fim, nunca deixe de lado a inovação. Esteja sempre atento às últimas tendências do mercado e às novas tecnologias que podem oferecer oportunidades de crescimento. Seja flexível e adaptável às mudanças, e esteja disposto a experimentar e aprender com os erros.
Em resumo, ao adotar técnicas avançadas de lucratividade, você pode não apenas aumentar os ganhos do seu negócio, mas também garantir sua sustentabilidade e crescimento a longo prazo. Esteja sempre um passo à frente da concorrência e nunca pare de buscar maneiras de melhorar e evoluir.
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EXPERIÊNCIA VISIONÁRIA COM AYAHUASCA / SHAMBALA O SOL CENTRAL ( DMT '' A molécula do Espírito '' ) (Parte 1) ( Parte 2 )
Shambhala significa, em sânscrito, "um lugar de paz, felicidade, tranquilidade", e acredita-se que seus habitantes sejam todos iluminados. A linha Tantra afirma que um dos reis de Shambhala, Suchandra, recebeu de Buda o Kalachakra Tantra, e que esse ensinamento é lá preservado.
A grande esfera que é o Planeta Terra, está descrita como uma esfera oca, com duas entradas principais e feitas pela natureza, uma no Polo Norte e outra no Polo Sul. Assim os portais naturais de comunicação entre os dois mundos situam-se em uma grande área do Polo Norte e também existe uma pequena entrada no Polo Sul. Existem também outras entradas, através de cavernas e passagens cavernosas, situadas em vários pontos do planeta, como uma caverna existente nos Estados Unidos, no Parque Nacional Caverna de Mammoth no estado do Kentucky. Mais abaixo, do lado esquerdo da ilustração, vemos mais três entradas, sendo as três em território brasileiro. A primeira situando-se em Manaus, outra situando-se em Mato Grosso, na Serra do Roncador, e uma terceira nas grandes cataratas de Foz do Iguaçu. Entretantohá quem conteste a precisão de alguns pontos dessa teoria, e afirme que existe um quarto portal de entrada no Brasil, exatamente no Rio de Janeiro, na Pedra da Gávea. O desenho representa o Planeta Terra como se tivesse sido cortado ao meio. Assim, vemos em corte a representação das camadas internas da terra e os portais de entrada que ligam a Terra exterior e a interior. Vemos também a representação dos mares e continentes em terra.
No mapa, é vista a área de terra continental da civilização mais avançada ou desenvolvida, chamada Agartha, cuja capital é Shamballah. Vemos também em outra parte, a Cidade das Cavernas, ocupada por civilizações menos desenvolvidas. Nessa teoria, pode-se notar que existe um sol no centro da Terra Interior que ilumina todo esse mundo e proporcionando uma vida praticamente igual à existente na superfície exterior da Terra.
O mais estranho dessa teoria é quanto ao centro de gravidade da Terra, que, ao invés de ser pontual, ou concentrado no centro da Terra, o centro de gravidade, na verdade, situa-se distribuído na superfície de uma hipotética esfera, cuja superfície situa-se a uma distância de 400 milhas, tanto da face exterior como da face interior da Terra.
Essa esfera com superfície gravitacional, e cujo centro geométrico se encontra no centro da Terra, faz com que a força da gravidade se aplique com igual intensidade em cada face da Terra.
Deve-se lembrar também que existiria uma outra força, que deve ser considerada nessa teoria, força essa que também faria com que as pessoas e demais objetos soltos ficassem sobre a superfície da terra interior e não saíssem voando. A outra força que teria que ser considerada é a força centrifuga, proveniente do movimento de rotação da Terra, que também produziria uma força em direção ao exterior.
Shambala, em sânscrito, significa "lugar de paz", que é uma localidade mítica, habitada por uma comunidade de seres perfeitos e semi perfeitos, que, em silêncio e segredo, são os guias da evolução da humanidade. Segundo a lenda, somente os puros de coração podem viver em Shamballa. Ali desfrutam de completo bem-estar e felicidade em uma existência sem sofrimento, sem angústia de desejos, sem doença ou velhice. Não há injustiças; as pessoas são belas e possuem faculdades metafísicas, psíquicas ou extra-sensoriais. São altamente avançados sob todos os aspectos, do espiritual ao tecnológico, do artístico ao científico.
Os textos religiosos tibetanos descrevem a natureza física de Shambhalla com detalhes, com sua estrutura semelhante ao lótus de oito pétalas, ali, oito regiões aparecem cercadas de montanhas. A capital é Kalapa. Os palácios são ornamentados com ouro, diamantes, corais e outras gemas preciosas. Cercado de picos recobertos de gelo, o conjunto, montanhas e palácios, são como uma joia arquitetônica, refletindo uma luz cristalina.
Uma tecnologia avançada é usada em Shambhalla; um palácio possui claraboias cristalinas que polarizam a luz e são como lentes de "telescópios" que servem também para estudar o Cosmos e a vida noutros mundos. Há milênios que os habitantes de Shambhalla usam veículos-naves que circulam nos subterrâneos através de um sistema complexo de túneis, alguns saindo para a superfície, tendo sido observados no céu em várias partes do Mundo. Os Shambhallens possuem faculdades telepáticas e clarividência e o poder da levitação, podendo também projetar seu corpo astral para qualquer lugar, tendo a habilidade de se materializar ou desmaterializar perante o olhar comum dos humanos.
Nicholas Roerich descreve Shambhalla como estando "no meio de colossais montanhas perenemente nevadas, com vales luxuriantes e fontes de água quente...” Quanto ao seu acesso, Roerich refere que “nos contrafortes dos Himalaias existem muitas grutas que vão até grandes distâncias, sob o Kinchinjunga”, falando inclusive da “porta de pedra” mítica que nunca foi aberta porque ainda não chegou o tempo. Essas profundas passagens conduzem a Shambhalla – o vale maravilhoso".
Rhenan Carvalho
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Começam as escavações que darão origem ao Memorial DOI-CODI em São Paulo
As escavações arqueológicas no antigo endereço do Destacamento de Operações de Informação - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) - órgão que era subordinado ao Exército e foi local de tortura e assassinatos de opositores da ditadura militar - já têm data para que sejam executadas: de 2 a 14 de agosto deste ano.
Os trabalhos serão realizados por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Eles avaliam que os prédios do antigo DOI-Codi/SP são um marco físico que documenta um período brutal da história brasileira, sob permanente disputa. Com as escavações (a serem realizadas na rua Tutóia, 921, no Paraíso, bairro da capital paulista, onde hoje ainda funciona uma delegacia de polícia), os pesquisadores pretendem explorar os vestígios encontrados no local, objetos, estruturas arquitetônicas e registros documentais, a fim de buscar esclarecimentos sobre o passado e contribuir para a compreensão dos eventos ocorridos durante o período. “Resultado de um trabalho coletivo desenvolvido no âmbito do Grupo de Trabalho Memorial DOI-Codi em 2018, o objetivo dessas escavações é utilizar as pesquisas arqueológica e histórica para compreender os vestígios materiais e a memória associada a esse importante local de violações de direitos”, disse, em nota, o grupo responsável pelo trabalho. Espaço de memória Acrescentou que busca estabelecer uma base sólida para a criação de um espaço de memória do estado de São Paulo, permitindo que diversos grupos da sociedade possam acessar informações e interpretações sobre o passado. “A investigação rigorosa, o diálogo contínuo com a sociedade e a aliança entre ciência e direitos humanos é um dos caminhos para o conhecimento do nosso passado, visando o fortalecimento da democracia e da construção de políticas públicas efetivas para a consolidação da cidadania”, diz a nota. Haverá ainda visitas guiadas às escavações, oficinas com estudantes e professores, além de mesas e debates com ex-presos, pesquisadores e defensores dos direitos humanos. Breve relato feito por quem passou pelas celas do DOI-CODI Em 12 de junho de 2021, o jornal Correio Braziliense publicava um texto do jornalista Moacyr Oliveira Filho, preso pelo DOI-CODI em 8 de maio de 1972. Como colaborador voluntário da Comissão Nacional da Verdade, em 2012/2013, ele participou de quatro diligências no endereço onde serão feitas as escavações, ajudando a reconstituir sua arquitetura original, descaracterizada por várias reformas. Reproduzimos a seguir parte do referido texto. Também reproduzimos imagem do local que ilustrou a matéria, para melhor compreensão do que Oliveira Filho relata. A Operação Bandeirantes (OBAN) foi criada em 2 de julho de 1969. Instalou-se, inicialmente, no quartel do 2º Batalhão de Reconhecimento Mecanizado da Polícia do Exército, na Rua Abílio Soares, mas logo depois foi transferida para o complexo de prédios, entre as ruas Tutóia, 921, Thomaz Carvalhal, 1030, e Coronel Paulino Carlos, no bairro do Paraíso, pertencentes ao Governo do Estado de São Paulo, nos fundos da 36ª DP, que funciona até hoje na Rua Tutóia. Em setembro de 1970 passou a se chamar, oficialmente, Destacamento de Operações Internas — Comando de Operações Internas (DOI-CODI). O DOI-CODI funcionou ali até 1984, quando foi transferido, inicialmente para o 4º Batalhão de Infantaria, conhecido como Quartel de Quitaúna, em Osasco, e depois para uma área no Hospital do Exército, no Cambuci, onde ficou até a sua desativação, por uma Portaria do Ministério do Exército, de 18 de janeiro de 1982, que criou em seu lugar, nas 2ª Seções das unidades militares, as Subseções de Operações (SOp), para realizar as operações de informações e contra-informações. Quando dessa transferência, alguns dos seus principais torturadores deixaram o órgão, retornando para as Polícias Militar, Civil ou Federal. Um deles foi o delegado Laertes Aparecido Calandra, que usava o codinome de Capitão Ubirajara, que voltou para a Polícia Federal, levando consigo a maior parte dos arquivos do DOI-CODI. Os documentos mais sensíveis foram queimados. O que escapou está hoje no Arquivo Público do Estado de São Paulo, podendo ser consultado na pasta 50 – Z – 9 do Fundo Deops. Em junho de 1991, o complexo arquitetônico da Rua Tutóia é oficialmente devolvido pelo Exército ao Governo do Estado de São Paulo. Em 2014 foi tombado pelo CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado. Até hoje funcionam ali a 36ª Delegacia Policial e diversos outros órgãos da Secretaria de Segurança Pública. A reivindicação dos movimentos de direitos humanos, Tortura Nunca Mais e familiares de mortos e desaparecidos é de que esse complexo arquitetônico, depois de tombado, seja transformado num Memorial, para preservar a memória desse lugar. Essa reivindicação consta, também, das recomendações do Relatório Final da Comissão Nacional da Verdade. Mas isso até agora não saiu do papel. Antes do tombamento, várias reformas realizadas no prédio principal, onde funciona a Delegacia e ficavam, desde 1970, as salas de tortura e as celas do DOI-CODI, descaracterizaram completamente esses espaços. O outro prédio, onde as torturas eram realizadas em 1969, está inalterado, mas totalmente abandonado. Em 2013, diligências da Comissão Nacional da Verdade, com a participação de ex-presos políticos que ali estiveram (eu participei de 4 visitas ao local), reconstituíram a arquitetura original do DOI-CODI. Esse trabalho está no Relatório Final da Comissão Nacional da Verdade, com os respectivos croquis, nas páginas 755 a 757. O DOI-CODI atuou intensamente na repressão política até 1976, quando ocorreu sua última grande operação — a Chacina da Lapa, como ficou conhecido o episódio em que membros do DOI-CODI invadiram a casa que ficava na Rua Pio XI, 767, no bairro da Lapa, São Paulo, que servia de sede para o Comitê Central do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Na operação, Angelo Arroyo e Pedro Pomar foram assassinados pelos agentes do DOI-CODI e sete integrantes do PCdoB — João Batista Drummond, Elza Monnerat, Aldo Arantes, Haroldo Lima, Wladimir Pomar, Joaquim Celso de Lima e Maria Trindade – foram presos e levados ao prédio da Tutóia. João Batista Drummond foi assassinado nas dependências do DOI.
36º Distrito da Policia Civil, antiga sede do DOI-CODI em São paulo - (crédito: Cadu Gomes/CB/D.A Press) Considerado o mais violento e emblemático órgão de repressão da ditadura militar, segundo dados de uma monografia do tenente-coronel Freddie Perdigão Pereira, apresentada à Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, em 1977 – O Destacamento de Operações de Informações (DOI) – Histórico Papel no Combate à Subversão – Situação Atual e Perspectivas, de 1969 a 1977, 2.541 pessoas foram presas pelo DOI-CODI, 914 foram encaminhadas para lá por outros órgãos, 3.442 prestaram declarações e foram liberadas e 54 foram mortas ou desaparecidas, depois de presas ali. Já o jornalista Marcelo Godoy, em seu livro A Casa da Vovó, lista 79 mortos por agentes do DOI ou depois de presos em suas operações, incluindo aí os que foram mortos em operações de rua ou em outros centros clandestinos, como o Sítio 31 de Março e a Casa de Itapevi, conhecida como Boate, utilizada a partir de 1974. O DOI-CODI operava com três Seções — Interrogatório, responsável pela coleta de informações, interrogatórios e torturas; Busca e Apreensão, responsável pela prisão e estouro de aparelhos; e Investigação e Análise, responsável pela investigação, análise e cruzamento dos depoimentos e informações obtidas nos interrogatórios e aparelhos, que orientava os torturadores nos novos interrogatórios. Cada uma dessas Seções operava com 3 equipes — A, B e C, que trabalhavam em revezamento de 24 por 48 horas. As equipes de interrogatório tinham um chefe, normalmente um delegado da Polícia Civil ou Federal, e cerca de 4 interrogadores/torturadores e um carcereiro — oficiais da PM, agentes da Polícia Federal ou Civil e militares de médio escalão. Todos os torturadores usavam codinomes, de forma invertida, para dificultar a sua identificação. Assim, os policiais civis ou federais usavam codinomes de patentes militares – Capitão Ubirajara, Tenente Ramiro, etc, e os militares usavam codinomes civis — Dr. José, Dr. Jorge, Dr. Tibiriçá, etc. Seu primeiro comandante foi o então major Waldyr Coelho, de 1969 a setembro de 1970, quando foi substituído pelo então major Carlos Alberto Brilhante Ustra, que usava o codinome de Doutor Tibiriçá, o maior símbolo da tortura no Brasil, que chefiou o órgão de 29 de setembro de 1970 a janeiro de 1974. Outros comandantes foram o então major Audir Santos Maciel (1974/1976) e os tenentes-coronéis Paulo Rufino Alves (1976/1978), Carlos Alberto de Castro (1979), Dalmo Lúcio Muniz Cyrillo (1980/1982) e Alfredo Lima do Carmo (1982/1985). Nos primeiros meses de seu funcionamento, entre julho de 1969 e setembro de 1970, o esquema era precário. As torturas ocorriam no prédio de dois andares (à direita da foto, onde tem umas Kombis estacionadas) de forma meio improvisada. Mais de uma pessoa era torturada numa mesma sala, usando-se lençóis ou placas de madeirite para separar os ambientes, de modo que um preso podia ouvir a tortura e o interrogatório do outro. Foi a partir de setembro de 1970, quando assumiu o comando o então major Carlos Alberto Brilhante Ustra, que o DOI-CODI passou a funcionar de forma mais organizada, com as torturas e as celas funcionando nos fundos do prédio principal, onde funcionava a 36ª DP (à esquerda da foto, onde tem 3 carros estacionados), inclusive com revestimento acústico da sala principal de tortura, que ficava no térreo, ao lado da carceragem. Portanto, os companheiros que foram presos entre 1969 e 1970 têm uma visão diferente da dos que foram presos depois de 1970. Nessa época, a entrada das viaturas que nos conduziam, as temíveis C-14, era feita pelo portão de ferro da Rua Thomaz Carvalhal, 1030, nunca pela 36ª DP. No térreo do prédio principal, onde funciona a Delegacia, ficava a carceragem, que tinha 7 celas, separadas por um muro. De um lado, a solitária (X0) e outras 3 celas (X1, X2 e X3). Do outro lado, mais 3 celas (X4, X5 e X6, que era a cela especial das mulheres). A carceragem era separada dos demais ambientes por uma porta de ferro. Ao lado direito dessa porta de ferro havia uma mesa onde ficavam os carcereiros. No teto do pátio, havia uma abertura, uma espécie de clarabóia. Saindo da carceragem pela porta de ferro, à direita ficava a sala principal de tortura, com isolamento acústico e onde eram instalados o pau-de-arara e a cadeira do dragão. Uma escada levava para as salas de interrogatório do primeiro andar, onde ficavam, também, as salas do comandante e da equipe de análise. Hoje, com as reformas, iniciadas no final do primeiro governo de Geraldo Alckmin e no de Cláudio Lembo, em 2006, depois que a carceragem da Delegacia foi desativada, as celas não existem mais. No seu lugar foram construídas salas, onde funciona parte do Departamento de Polícia Judiciária da Capital – DECAP. A solitária virou um almoxarifado e a sala principal de tortura um depósito de material. Essas áreas estão isoladas do resto do prédio por uma parede de drywall. O espaço aberto no teto do pátio, uma espécie de clarabóia, foi reformado e tem, hoje, uma cobertura de acrílico. A liminar da Justiça, na ação civil pública proposta pelo Ministério Público de São Paulo, ainda que parcial, é uma vitória importante e um primeiro passo para que o sonho de que esses prédios se transformem num Memorial vire realidade. Para que não se esqueça! Para que nunca mais aconteça! (*) Com informações da Agência Brasil e pesquisa da Agência PáginaUm de Notícias. Read the full article
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Publicado em 2002, I Giorni dell'Abbandono é um romance da aclamada escritora italiana Elena Ferrante que tem como argumento principal o fim de um relacionamento. No entanto, essa não é simplesmente uma história sobre um casal que não deu certo – é a história de uma mulher abruptamente abandonada pelo marido que vê toda a estrutura sobre a qual tinha construído sua vida ruir.
Olga é uma mulher de trinta e tantos anos, mãe de duas crianças, dona de casa e escritora de sucesso moderado. Se casara com Mario e passara a acompanhá-lo pelo mundo enquanto ele se dedicava a sua carreira de engenheiro. A um certo ponto, a família decidiu estabelecer-se na cidade de Turim, onde passaram a conviver com uma colega de Mario e sua filha adolescente. Olga, que narra o livro em primeira pessoa, nos conta que esse foi o momento em que o primeiro conflito sério no relacionamento surgiu, causado por uma atração entre Mario e a adolescente. Contudo, tudo logo se resolveu por meio de uma conversa entre o casal e uma decisão de cortar relações com mãe e filha.
Dessa forma, quando o marido anunciou anos depois que queria deixá-la, Olga foi pega de surpresa. Eram um casal feliz, sem grandes conflitos, com um relacionamento estável e sossegado. Aquele anúncio veio sem nenhum tipo de contenda prévia que o justificasse, e tão rápido quanto ele foi a partida de Mario, que retirou-se na mesma noite, sem oferecer explicações ou sequer um telefone de contato. Olga se viu de repente transformada em uma mulher abandonada com seus dois filhos pequenos.
Aquele choque tirou a mulher de seu eixo. Tudo o que havia de palpável na sua vida, os alicerces mais básicos da sua existência, começaram a perder seus contornos. A própria identidade de Olga enquanto ser humano (e enquanto mulher) parecia se dissolver. Ela passa, então, a vasculhar obsessivamente o seu passado, buscando encontrar um motivo para aquilo que lhe ocorrera, procurando algo que colocasse ordem no caos em que se vira presa da noite para o dia.
A confusão interna e psicológica somada à pressão externa e concreta de adaptar a sua realidade àquela mudança brusca fazem com que Olga comece a perder o controle de sua vida. Ela traça paralelos entre si e uma mulher da vizinhança de sua infância que, também abandonada pelo marido, enlouqueceu e suicidou-se; passa a questionar se, nesses 15 anos de relacionamento, estivera apenas interpretando um papel, sem ao menos dar-se conta disso, e não consegue mais saber quem é; passa a ter atitudes agressivas e pensamentos violentos e perturbadores; começa até mesmo a negligenciar os filhos.
Essa crise existencial chega ao seu estopim em um dia em que Olga se vê em uma situação claustrofóbica digna de um thriller psicológico. A narração de Elena Ferrante faz com que o leitor sinta todo o sufocamento e a ansiedade da protagonista, além de incitar uma forte curiosidade a respeito de seu destino e de como sairá daquela situação. Esse acaba por ser um ponto de virada na vida pós-abandono de Olga.
I Giorni dell'Abbandono é um bom livro, de escrita fluida e forte, típica de Elena Ferrante, além de trazer temáticas e elementos muito proeminentes em outras obras da autora. Contudo, devo dizer que, dentre todos os seus livros que li até o momento, este é o que menos gostei. Continua sendo bom, continua sendo Elena Ferrante, mas não achei tão impactante e bem desenvolvido quanto a tetralogia napolitana e A Vida Mentirosa dos Adultos. Tive alguns problemas com a escrita, que em alguns momentos me pareceu confusa, o que de início atribuí à minha falta de familiaridade com o italiano, uma língua que ainda estou aprendendo. No entanto, ao consultar a tradução para o português, também encontrei esse problema ali. Em geral, achei o texto não tão bem-acabado e maduro quanto os outros da autora, apesar de apresentar alguns momentos de particular força e beleza.
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I Giorni dell'Abbandono (Dias de Abandono) de Elena Ferrante
Publicado em 2002, I Giorni dell'Abbandono é um romance da aclamada escritora italiana Elena Ferrante que tem como argumento principal o fim de um relacionamento. No entanto, essa não é simplesmente uma história sobre um casal que não deu certo – é a história de uma mulher abruptamente abandonada pelo marido que vê toda a estrutura sobre a qual tinha construído sua vida ruir.
Olga é uma mulher de trinta e tantos anos, mãe de duas crianças, dona de casa e escritora de sucesso moderado. Se casara com Mario e passara a acompanhá-lo pelo mundo enquanto ele se dedicava a sua carreira de engenheiro. A um certo ponto, a família decidiu estabelecer-se na cidade de Turim, onde passaram a conviver com uma colega de Mario e sua filha adolescente. Olga, que narra o livro em primeira pessoa, nos conta que esse foi o momento em que o primeiro conflito sério no relacionamento surgiu, causado por uma atração entre Mario e a adolescente. Contudo, tudo logo se resolveu por meio de uma conversa entre o casal e uma decisão de cortar relações com mãe e filha.
Dessa forma, quando o marido anunciou anos depois que queria deixá-la, Olga foi pega de surpresa. Eram um casal feliz, sem grandes conflitos, com um relacionamento estável e sossegado. Aquele anúncio veio sem nenhum tipo de contenda prévia que o justificasse, e tão rápido quanto ele foi a partida de Mario, que retirou-se na mesma noite, sem oferecer explicações ou sequer um telefone de contato. Olga se viu de repente transformada em uma mulher abandonada com seus dois filhos pequenos.
Aquele choque tirou a mulher de seu eixo. Tudo o que havia de palpável na sua vida, os alicerces mais básicos da sua existência, começaram a perder seus contornos. A própria identidade de Olga enquanto ser humano (e enquanto mulher) parecia se dissolver. Ela passa, então, a vasculhar obsessivamente o seu passado, buscando encontrar um motivo para aquilo que lhe ocorrera, procurando algo que colocasse ordem no caos em que se vira presa da noite para o dia.
A confusão interna e psicológica somada à pressão externa e concreta de adaptar a sua realidade àquela mudança brusca fazem com que Olga comece a perder o controle de sua vida. Ela traça paralelos entre si e uma mulher da vizinhança de sua infância que, também abandonada pelo marido, enlouqueceu e suicidou-se; passa a questionar se, nesses 15 anos de relacionamento, estivera apenas interpretando um papel, sem ao menos dar-se conta disso, e não consegue mais saber quem é; passa a ter atitudes agressivas e pensamentos violentos e perturbadores; começa até mesmo a negligenciar os filhos.
Essa crise existencial chega ao seu estopim em um dia em que Olga se vê em uma situação claustrofóbica digna de um thriller psicológico. A narração de Elena Ferrante faz com que o leitor sinta todo o sufocamento e a ansiedade da protagonista, além de incitar uma forte curiosidade a respeito de seu destino e de como sairá daquela situação. Esse acaba por ser um ponto de virada na vida pós-abandono de Olga.
I Giorni dell'Abbandono é um bom livro, de escrita fluida e forte, típica de Elena Ferrante, além de trazer temáticas e elementos muito proeminentes em outras obras da autora. Contudo, devo dizer que, dentre todos os seus livros que li até o momento, este é o que menos gostei. Continua sendo bom, continua sendo Elena Ferrante, mas não achei tão impactante e bem desenvolvido quanto a tetralogia napolitana e A Vida Mentirosa dos Adultos. Tive alguns problemas com a escrita, que em alguns momentos me pareceu confusa, o que de início atribuí à minha falta de familiaridade com o italiano, uma língua que ainda estou aprendendo. No entanto, ao consultar a tradução para o português, também encontrei esse problema ali. Em geral, achei o texto não tão bem-acabado e maduro quanto os outros da autora, apesar de apresentar alguns momentos de particular força e beleza.
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A história das etnografias raramente se apresenta como uma história de adições sucessivas, em que cada nova etnografia teria por objetivo exclusivo retomar e melhorar a antecessora em um esquema linear e evolutivo; na verdade, quando duas etnografias se detêm sobre um mesmo tema em sequência, muitas vezes a relação entre as duas adquire os contornos de uma subtração deliberada e efetiva, em que a nova descrição etnográfica suspende ou subtrai categorias que a antecessora julgava imprescindíveis.
Tudo se passa como se a história da antropologia fosse o oposto de um acúmulo de massa crítica, uma vez que, dispostas em série, as etnografias se perfilariam como bonecas russas: só seria possível vislumbrar a emergência de uma nova etnografia sob a condição de quebrar a anterior ao meio, até que no curso de infindáveis partições e subtrações, a mais nova etnografia fosse o último exemplar de uma enorme contração. Então, a própria duplicação das etnografias poderia ser refigurada, vez após vez, como divisão ou partição ao meio de uma só e mesma etnografia até o limite. Onde haveria uma relação dual externa, conseguiríamos encontrar uma relação dual interna.
Por exemplo, quando Manuela Carneiro da Cunha e Eduardo Viveiros de Castro retomam as crônicas quinhentistas e seiscentistas sobre os antigos Tupinambá da Costa, eles não sugerem em momento algum uma descrição mais completa do que aquela apresentada nos trabalhos seminais de Florestan Fernandes; pelo contrário, o movimento retrospectivo dos dois justamente subtrair determinadas categorias que, sob o pretexto de melhor organizar o material etnográfico, impediam o surgimento de outras relações inteligíveis. Isto é, a questão proposta pelos dois é: o que acontece com os fatos etnográfico da vingança tupinambá se refreamos a necessidade, colocada como central por Florestan, de um “sistema organizatório” em que o culto aos antepassados funcionaria como um culto durkheimiano da Sociedade a si mesma? A partir desse gesto de subtração, subitamente já não falamos mais de uma guerra tupinambá que existe para desfazer o rombo criado no interior do grupo pela morte de um dos membros (guerra como engrenagem de reprodução social), mas sim de uma guerra que existe tão-somente para replicar a si mesma em uma temporalidade auto-suficiente (uma sociedade que existe para a guerra).
Seguindo a mesma lógica subtrativa, Tânia Lima retoma um problema etnográfico colocado inicialmente por Lévi-Strauss em um artigo de 1952. O texto se refere ao que o antropólogo francês julgava então ser um conjunto de anomalias presentes em algumas sociedades do Brasil Central. O problema não é simples, e é exposto por Lévi-Strauss como uma série de desvios em relação ao esquema de trocas matrimoniais proposto em Estruturas Elementares do Parentesco: entre os Xerente, embora haja metades patrilineares exogâmicas, nem o vocabulário nem as regras de casamento coincidem com uma organização dualista exogâmica; ademais, a reciprocidade de serviços entre sobrinho e tio materno, que caracterizaria a relação entre metades em regimes dualistas, devendo se estender para além da troca matrimonial, não encontra tração, e parece perder importância para uma outra relação diádica, entre marido e tio materno da noiva, que no entanto pertencem à mesma metade. Lá onde deveria haver trocas reiteradas entre-metades, encontra-se uma rivalidade marcada intra-metade, entre tio materno da noiva e o seu marido. Lévi-Strauss nos diz que “Se o sistema de metades tivesse realmente valor funcional, o tio materno da noiva seria um pai classificatório do noivo” e que, portanto, se não o é, deve existir um outra código sociológico que determinaria a relação. Ainda à procura de algoritmos de morfologia social, Lévi-Strauss vai se pautar pelas regras de descendência para encontrar um outro princípio que não fosse a reciprocidade e dirá que será necessário “ao menos três linhagens distintas: a de Ego, a da mulher de Ego, e a da mão da mulher de Ego, o que é incompatível com um sistema puro de metades”. Se não há igualdade na pertença a um grupo decisivo (metade), deve então existir uma diferença na pertença a um grupo secundário (linhagem), o que justificaria a rivalidade.
Contudo, essa hipótese pode ser revista subtraindo o pressuposto de uma adequação ao esquema de troca restrita e subtraindo o pressuposto de delimitação linhageira dos grupos -- o que justamente é feito por Tânia Lima. Lima sugere que “a anomalia xerente também poderia ser interpretada como expressão de um deslocamento da perspectiva de um Ego masculino para um Ego feminino (a sobrinha), isto é, de uma relação same-sex para uma cross-sex”. No lugar de um encadeamento de relações diádicas entre homens (same-sex), definidas ora por esquemas de troca matrimonial, ora por regras de descendência unilinear, Lima propõe uma fórmula ego-centrada em que as relações com homens se matizam à volta de um Ego feminino (cross-sex) como círculos ao redor de um centro. Em outro momento, Lévi-Strauss resolvia uma aparente anomalia na sociedade bororo recorrendo a um princípio surpreendentemente perspectivista, dizendo que era sempre possível que as respectivas metades exogâmicas dos Bororo se imaginassem por vezes como um esquema dualista diametral, por vezes como um esquema dualista concêntrico. Se o etnógrafo empregava a moldura do esquema diametral, a anomalia se impunha; todavia, se empregava a moldura do esquema concêntrico, ela desaparecia. Com efeito, Lima parece executar um procedimento similar na sua reformulação do problema xerente: assim como as metades bororo manejam a perspectiva diametral e concêntrica, os diferentes Egos nas relações de parentesco xerente manejariam imagens sócio-centradas e ego-centradas. Isto é, ao nos fiarmos na visualização consagrada pelos estudos de parentesco das relações sociais a partir de eixos diádicos, a rivalidade entre tio materno da noiva e marido surge, de fato, como um problema, pois se recortamos as relações a partir das metades matrimoniais, ela não faz sentido, e se recortamos as relações a partir das linhagens, ela faz sentido sob o custo de uma solução excessivamente complicada. Contudo, ao nos fiarmos em uma visualização concêntrica a partir de Ego feminino, a rivalidade entre tio materno e marido se apresenta, de direito, como um dualismo interno à metade. Ao que se segue à pergunta: como, de fato, essa rivalidade vai encontrar expressão? O fenômeno de nominação xerente apresenta uma configuração única na medida em que ela se sucede entre metades alternas; isto é, a nominação de meninas se dá pelos seus tios maternos, e a nominação de meninos se dá pelos tios paternos; porém, curiosamente, embora a a nominação das meninas seja responsabilidade da metade oposto à sua, isso ocasiona uma troca cerimonial entre os seus tios maternos e os membros da mesma metade destes. Aqui, já está colocada a relação difícil entre tio materno e futuro marido a partir da triangulação com um Ego feminino.
A redescrição proposta por T. Lima subtrai dois princípios da descrição de Lévi-Strauss (troca matrimonial, e descendência unilinear), e torna aparentemente a descrição menor: em vez de grupos se relacionando entre si, vemos relações matizadas a partir de uma divisão entre gêneros com um Ego no centro. Contudo, longe de haver empobrecimento, o que é possível visualizar agora é um enriquecimento da própria noção de estrutura, que já não mais se apresenta como uma totalidade teórica externa aos agentes e suas práticas, mas como um processo de totalização interno às práticas dos agentes, que se figuram a todo momento em um todo -- mas não na forma esperada pelo etnógrafo. Mais importante, as partes aqui também funcionam sob o mesmo princípio de organização do todo: assim como a sociedade xerente se apresenta como metades, as relações de parentesco não cessam de repartir igualmente em metades.
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Etapa 3 - Diagramação (livro físico)
Agora que o seu texto retornou da revisão, é hora da diagramação!
Desta vez eu não contratei um profissional e fiz a diagramação do meu livro, portanto, não trarei aqui o preço médio de um diagramador, mas darei dicas para fazer uma diagramação bem simples.
Utilizarei o Microsoft Word para fazer o minitutorial. Alguns diagramadores costumam usar programas de design, como o InDesign, mas vamos nos ater ao simples. Caso não tenha o Word, existem softwares livres com o mesmo objetivo, embora algumas opções possam ser diferentes. Recomendo o LibreOffice ou o WPS Office (meu preferido entre os dois).
Então, começando com uma leve explicação: afinal de contas, o que é a diagramação? De forma simplória, é a organização do conteúdo do texto, ou como ele ficará ao ser impresso.
Layout do livro
O primeiro passo é definir qual será o tamanho do livro. Existem vários modelos padronizados, mas optei pelo tamanho 14 x 21cm por ser o mais econômico da plataforma em que publiquei. Já vou avisando que adotei configurações que barateassem o livro (ocupando o mínimo de páginas possível), mas que mantivessem um conforto na leitura.
As configurações base do arquivo podem ser modificadas em “Layout”, clicando no botãozinho pequeno no cantinho do bloco “Configurar Página” (vide imagem abaixo).
Na guia “Margens”, deixei 1cm de margem superior, 1,5cm de inferior (lembrando que precisamos de um espaço para a paginação) e 1,2cm nas margens interna e externa. Também coloquei 0,75cm na “Medianiz” — esta medida é uma margem extra entre o conteúdo e a margem interna, para que, em livros grossos, o leitor não precise “destruir” o livro para conseguir ler as palavras próximas da lombada.
Na opção “Páginas”, selecionei “Margens espelho” para que a medianiz fosse aplicada corretamente nas páginas ao imprimir o livro.
Repare na “Visualização”, que mostra uma prévia do espaçamento das margens e da medianiz.
Na guia “Papel”, coloquei as medidas de largura e altura respectivamente com 14cm e 21cm (mas pode utilizar o tamanho de sua preferência).
Na guia “Layout”, deixei a borda do cabeçalho com 0,9cm e o rodapé com 0,4cm.
Fonte
Muito cuidado ao escolher a fonte do livro! Lembre-se de escolher uma fonte de fácil leitura e livre de direitos autorais (ou não, caso opte por comprar). Recomendo não utilizar mais do que duas fontes para o texto. Usei as fontes Garamond para o corpo do texto e Georgia para os títulos. O tamanho recomendável é de 11 e 12 (com exceção do título).
Título
É importante utilizar títulos nos capítulos para facilitar a criação do sumário do livro. Defina o estilo do título na guia “Página Inicial”, bloco “Estilo”. É possível criar um estilo ou modificar um dos pré-existentes. Eu troquei os estilos do Título 1 e Subtítulo (uma frase que coloquei abaixo da cada título de capítulo) clicando com o botão direito nesses itens e selecionando a opção “Modificar”.
Quebra de seção
A quebra de seção é uma ferramenta indispensável para evitar uma dor de cabeça ao criar a paginação. Ela serve para dizer, por exemplo, onde um estilo de página termina e outro começa.
Ao longo do tutorial, indicarei quando deve ser feita a quebra de seção — e ela está disponível na guia “Layout“, bloco “Configurar Página“, opção “Quebras“, item “Próxima Página“ (exemplo na imagem abaixo).
Primeira folha
Para a primeira página, coloquei o título do livro e meu pseudônimo com as mesmas fontes da capa. Caso queira deixar o texto centralizado na tela na vertical, clique na guia “Layout”, depois, no quadrinho “Configurar página”, clique no botãozinho no canto direito inferior (mesmo exemplo do item “Layout do livro”), selecione a guia “Layout” e altere o campo “Alinhamento vertical” para “Centralizado”.
Resultado:
No verso da folha, coloquei o nome das pessoas que trabalharam no livro com a revisão e a capa, o copyright, ano, pseudônimo, número da edição e site do livro. Aqui pode ser colocada a ficha catalográfica e ISBN também. Insira uma quebra de seção para a próxima folha.
Segunda folha
A segunda folha deixei em branco. É nela que escrevo os autógrafos. Não esqueça de quebrar a seção caso decida pular esta página também.
Terceira folha
Aqui já coloquei a epígrafe, mas se o livro tiver uma dedicatória, deve ficar em outra folha antes da epígrafe. Usei a fonte Georgia em itálico (uma das duas fontes que escolhi para o livro) e alinhei o texto à direita, na base da folha (o alinhamento vertical pode ser alterado da mesma forma que na epígrafe). Ao final, quebre a seção.
Quarta folha
Foi onde coloquei o sumário, mas, antes dele, podem vir o prefácio, os agradecimentos e a introdução.
Para criar o sumário, a paginação precisa estar configurada, portanto, retomarei este tópico no fim do post.
Por enquanto, pule esta página inserindo uma nova seção.
Quinta folha
Eu poderia começar o primeiro capítulo aqui, porém é necessário que o livro tenha um total de páginas que seja divisível por quatro. Para atingir este número, deixei uma folha branca aqui, caso contrário eu precisaria sacrificar a folha do autógrafo. Insira mais uma quebra de seção.
Sexta folha
E, finalmente, temos o conteúdo principal do livro! Lembre-se de configurar a fonte, espaçamento entre linhas, alinhamento e recuo do parágrafo. Essas configurações podem ser ajustadas na guia “Página inicial”, na setinha no canto inferior direito do bloco “Parágrafo”.
Não se esqueça de “quebrar a página” para separar os capítulos! A “quebra de página” é diferente da “quebra de seção”. Ela pode ser feita rapidamente na guia “Inserir”, bloco “Páginas” e opção “Quebra de Página”; ou no mesmo menu da “quebra de seção“, no item “Página“ ao invés de “Próxima Página“.
Sumário
Depois que todos os títulos de capítulos foram formatados com o estilo de um título e finalizados com uma “quebra de página“, podemos fazer o sumário.
Clique na folha que foi reservada para este fim, selecione a guia “Referências” e opção “Sumário”. Escolha um dos sumários automáticos.
Sempre que precisar atualizar o sumário, acesse os mesmos guia e bloco, e clique em “Atualizar Sumário”. A opção “Atualizar apenas os números de página” só irá atualizar o número de cada capítulo, enquanto a opção “Atualizar o índice inteiro” atualizará os capítulos, acrescentando os faltantes e removendo aqueles que foram retirados do conteúdo.
Agora, com o sumário listando os capítulos e números das páginas, precisamos mostrar esses números para que o sumário tenha sentido, então passamos para o próximo passo: a...
Paginação
Clique na guia “Inserir”, bloco “Cabeçalho e Rodapé”, opção “Número de Página” e escolha o modelo da paginação em um dos itens: “Início da Página” ou “Fim da Página” (o qual escolhi foi “Fim da Página”).
A paginação deve ter aparecido em todas as páginas, mas não é isso o que queremos; ela deve iniciar no primeiro capítulo (ou prólogo, se existir). Para apagar os números das páginas anteriores, clique na página em que o número deve ser retirado, depois na guia “Design”, bloco “Opções” e marque a opção “Primeira Página Diferente”. Se as seções foram criadas corretamente, basta fazer o mesmo procedimento em todas as páginas anteriores ao primeiro capítulo.
Caso o número mostrado no primeiro capítulo esteja errado, clique na página, depois na guia “Design”, bloco “Cabeçalho e Rodapé”, opção “Número de Página” e item “Formatar Números de Página”. Na opção “Numeração da página”, selecione a opção “Iniciar em”, coloque o número correto e clique em “OK”.
Se tiver dificuldade com algum número de paginação que esteja aparecendo em um lugar indevido, existe uma pequena gambiarra para resolver o problema: colocar um quadradinho branco em cima do número (rs).
Para isso, com o rodapé fechado, clique em “Inserir”, “Formas”, selecione um quadrado e desenhe-o em cima do número.
Não esqueça de configurar o preenchimento e o contorno com a cor branca para que o quadrado se camufle na cor da página. Essas opções estão na guia “Formatar”, bloco “Estilos de Forma”.
Páginas finais
Terminei o conteúdo com um epílogo, adicionei uma última folha e, no verso dela, coloquei a imagem de um Qrcode do site do livro. Depois do epílogo, também podem ser colocados o posfácio, agradecimentos e índice.
Links de referência:
https://www.wellingtondemelo.com.br/site/2013/02/10/diagramando-livros-no-word-parte-1/?fbclid=IwAR3C192dPGjYyUbxLFE5L4LQ3RrwyhHiKarFcWmuwcBoyIVEtj_oOP9iWkk
https://f7paraescrever.wordpress.com/2018/04/11/a-estrutura-de-um-livro/
Espero que este minitutorial seja útil na publicação do seu livro, mas devo lembrar que é preferível contratar um diagramador (só não foi o meu caso porque o livro é extenso e eu queria “enxugar” as páginas ao máximo, excluindo qualquer espaço estético que diagramador usaria).
Próximo post será sobre as plataformas de publicação independente de livros físicos os registros necessários para a publicação de um livro impresso 😊
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