anandagron
A vida e outras fantasias
20 posts
Blog onde a autora Ananda Gron pode passar seu tempo com aleatoriedades, como dicas de roteiro e escrita, indicações de obras brasileiras ou qualquer treco que dê na telha xD | Ler Lua vermelha
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anandagron · 3 years ago
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Etapa 4 - Registro da obra
O livro foi revisado, preparado, diagramado e tem uma bela capa. Bora publicar? NÃO 🧐. Ainda falta um passo antes da publicação: registrar a obra.
Quais são os registros essenciais para a publicação impressa?
ISBN É um número único de identificação do livro, como um CPF. O livro físico não pode compartilhar o ISBN com sua versão em e-book e a cada “modelo” de livro é necessário um ISBN diferente; por exemplo, se houver alteração na capa, diagramação, dimensões, número de páginas ou formato, um novo ISBN terá que ser registrado. O ISBN ajuda a diferenciar diferentes edições e modelos que podem existir da obra. Se pensar em um livro que tenha várias edições diferentes (como capa dura, colecionador, simples etc), o ISBN é a maneira perfeita para encontrar o volume exato que procura.
Código de barras Pode-se gerar um código de barras do ISBN para ser colocado na capa do livro.
Ficha catalográfica É uma ficha com dados do livro gerada por um bibliotecário com autoridade para tal. Normalmente pode ser colocada nas primeiras páginas no livro.
Qual o registro não-essencial?
Registro de direito autoral Esse registro serve para comprovar a sua autoria do livro (basicamente, é o que evitará uma dor de cabeça caso a obra seja plagiada). Ele apenas irá atestar a existência da obra, provando que ela “existe” a partir do dia em que o registro foi solicitado.
Por que coloquei esse registro como “não-essencial”? Não existe um impeditivo legal para a publicação do livro físico sem o registro autoral, apesar de ele ser muito importante (sério, faça, não estou brincando: REGISTRE O DIREITO AUTORAL. É a sua principal defesa em caso de plágio).
Onde/como fazer esses registros?
Todos esses registros podem ser feitos no site da CBL (Câmara Brasileira do Livro), mas também em outros lugares (apenas se atente quanto à competência do órgão escolhido: tenha certeza de que ele tem a autoridade para fazer esses registros). Na CBL é possível requisitar a imagem do código de barras do ISBN; apesar de que existem sites que podem gerar o código sem custo, porém, cá entre nós, gosto da formatação do código de barras da CBL.
O registro autoral pode ser feito em vários outros sites além da CBL. Eu gosto de usar o serviço do Avctoris para registrar a obra assim que finalizo a escrita (antes de passar para qualquer profissional) e, depois que todas as etapas até aqui foram cumpridas, registro na CBL.
Agora sim! Com a obra devidamente registrada, podemos partir para a publicação 🤩
PS: Caso alguém se interesse pelo Avctoris
O certificado da Avctoris é atrelado a uma “hash” (um código com números e letras) que é gerada pelo seu arquivo enviado a eles. Se uma única vírgula desse arquivo for alterada, a “hash” gerada será diferente, ou seja, o certificado vai indicar que pertence à obra com o “hash” X, mas o seu arquivo agora gera a “hash” Y.
Portanto, se for registrar na Avctoris, faça uma cópia do arquivo do seu livro, envie essa cópia para eles e NUNCA MAIS altere esse arquivo (a cópia). Aconselho a guardar essa cópia em uma pasta junto com o certificado e criar vários backups dela, porque esses são os arquivos que provam a anterioridade e a Avctoris não ficará com eles (estarão em suas mãos e serão sua responsabilidade), mas calma rs... uma vez que você tiver vários backups (enviados por e-mail, na nuvem, em HD externo, celular, emoldurado em um quadro etc) não precisará temer esse método 😊
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anandagron · 3 years ago
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.meu livro: O Começo
Meu livro sequer tinha nome quando comecei a trabalhar no design da capa. Sendo sincera, não tinha nem mesmo história direito. Havia uma ideia e um desejo de escrever. Apenas. E foi contrariando expectativas, o universo e as leis da física que nasceu minha maior aventura batizada como Crônicas e Cartas para o Céu.
No entanto, meu primogênito tristemente fracassou. Não por falta de esforços ou bloqueio criativo, mas devido a uma tentativa de passar a carroça na frente dos bois — fato que seria menos trágico se não houvesse tantos carroceiros-escritores péssimos como eu. Ocorre que muitos de nós caímos no canto da sereia e começamos a edificação do livro pela capa, menosprezando roteiros e pormenores desinteressantes. Isso porque a capa dá um vislumbre imediato de como a história será. Sobretudo, dá um rosto para chamar de “minha obra” e uma sensação de ânimo súbita, fazendo com que o propósito da história representado ali seja quase tangível. 
Porém, um livro é independente. Por mais que você tente podá-lo, ele crescerá e se mostrará diferente do planejamento ainda que nos detalhes mais sutis. Será único e irreverente. E não há o que comentar para livros que crescem ao ar livre com sol e adubo abundantes, esses serão uma surpresa até mesmo para o próprio escritor. Nesse sentido, uma capa pensada num determinado momento dificilmente trará identidade para a obra finalizada. 
Contudo, há escritores e escritores, cada qual com sua maneira de escrever. Pessoalmente, apesar da cilada tentadora e justamente pelo efeito que ela causa, acredito ser muito importante se pensar uma capa logo nos primeiros passos dessa extensa jornada. Mas com ênfase no plural. Há diversos passos importantes, sendo que o roteiro e os pormenores desinteressantes são necessários ainda que se feitos com pouca atenção e capricho. É a noção de partida e de chegada que nos oferece a segurança narrativa ausente no conjunto da obra, representado nesse caso pela capa. E esse foi meu erro, ter me baseado apenas na capa para construir minha história. 
Aprendi com Crônicas e Cartas para o Céu a importância da capa como fonte de ânimo e também a importância de se ter um planejamento e uma noção de caminho a ser percorrido. Foi o meu primeiro fracasso, mas considero de todos aquele que me ensinou a essência fundamental no exercício da escrita, perseverança. 
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anandagron · 3 years ago
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Nessa semana, finalmente chegou o meu dia de vacinar! 🎉
E uma coisa que me chamou a atenção foi em como a vacinação virou um evento comemorativo — como terminar a escola ou conseguir um emprego (ou até um aniversário, porque "o grande dia chegou!").
Não só isso, esse evento me deu a ideia de contar um pouco sobre como funciona a vacinação no "mundo futurístico" de Lua vermelha.
Os leitores já devem conhecer o code: um chip instalado em todas as pessoas, responsável pelo diagnóstico, recuperação e controle de outras funções fisiológicas.
O code foi ganhando funções com o passar dos anos, mas a primeira — a razão de sua criação — foi conter pandemias que aconteciam simultaneamente e ameaçavam os humanos de extinção.
Conectado à internet e utilizando "ingredientes" da comida sintética oferecida às pessoas, o code recebe, em uma atualização, a "receita" para combater um novo vírus e a utiliza quando é necessário criar os anticorpos.
Explicando de uma forma bem simples, funciona de maneira parecida com a tecnologia de RNA mensageiro utilizada pela Pfizer, porém, ao invés de uma vacina, tudo acontece pela transmissão do code, o que permite que toda a população do mundo seja imunizada em questão de minutos 😮
A continuação de Lua vermelha abordará várias outras funcionalidades do code e como afetam a vida dos personagens, além de deixar mais nítido o que significa ser um uncoded.
Mas... como não temos uma imunização em escala global de forma instantânea, dependemos da colaboração de todos para a vacinação e controle do vírus... Então, se também chegou o seu grande dia... bora vacinar? 💉
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anandagron · 4 years ago
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Comemorando que Lua vermelha entrou na lista de melhores do ano elegidos pelos embaixadores do Wattpad! 🎉🥰
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anandagron · 4 years ago
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Etapa 3 - Diagramação (livro físico)
Agora que o seu texto retornou da revisão, é hora da diagramação!
Desta vez eu não contratei um profissional e fiz a diagramação do meu livro, portanto, não trarei aqui o preço médio de um diagramador, mas darei dicas para fazer uma diagramação bem simples.
Utilizarei o Microsoft Word para fazer o minitutorial. Alguns diagramadores costumam usar programas de design, como o InDesign, mas vamos nos ater ao simples. Caso não tenha o Word, existem softwares livres com o mesmo objetivo, embora algumas opções possam ser diferentes. Recomendo o LibreOffice ou o WPS Office (meu preferido entre os dois).
Então, começando com uma leve explicação: afinal de contas, o que é a diagramação? De forma simplória, é a organização do conteúdo do texto, ou como ele ficará ao ser impresso.
Layout do livro
O primeiro passo é definir qual será o tamanho do livro. Existem vários modelos padronizados, mas optei pelo tamanho 14 x 21cm por ser o mais econômico da plataforma em que publiquei. Já vou avisando que adotei configurações que barateassem o livro (ocupando o mínimo de páginas possível), mas que mantivessem um conforto na leitura.
As configurações base do arquivo podem ser modificadas em “Layout”, clicando no botãozinho pequeno no cantinho do bloco “Configurar Página” (vide imagem abaixo).
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Na guia “Margens”, deixei 1cm de margem superior, 1,5cm de inferior (lembrando que precisamos de um espaço para a paginação) e 1,2cm nas margens interna e externa. Também coloquei 0,75cm na “Medianiz” — esta medida é uma margem extra entre o conteúdo e a margem interna, para que, em livros grossos, o leitor não precise “destruir” o livro para conseguir ler as palavras próximas da lombada.
Na opção “Páginas”, selecionei “Margens espelho” para que a medianiz fosse aplicada corretamente nas páginas ao imprimir o livro.
Repare na “Visualização”, que mostra uma prévia do espaçamento das margens e da medianiz.
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Na guia “Papel”, coloquei as medidas de largura e altura respectivamente com 14cm e 21cm (mas pode utilizar o tamanho de sua preferência).
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Na guia “Layout”, deixei a borda do cabeçalho com 0,9cm e o rodapé com 0,4cm.
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Fonte
Muito cuidado ao escolher a fonte do livro! Lembre-se de escolher uma fonte de fácil leitura e livre de direitos autorais (ou não, caso opte por comprar). Recomendo não utilizar mais do que duas fontes para o texto. Usei as fontes Garamond para o corpo do texto e Georgia para os títulos. O tamanho recomendável é de 11 e 12 (com exceção do título).
Título
É importante utilizar títulos nos capítulos para facilitar a criação do sumário do livro. Defina o estilo do título na guia “Página Inicial”, bloco “Estilo”. É possível criar um estilo ou modificar um dos pré-existentes. Eu troquei os estilos do Título 1 e Subtítulo (uma frase que coloquei abaixo da cada título de capítulo) clicando com o botão direito nesses itens e selecionando a opção “Modificar”.
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Quebra de seção
A quebra de seção é uma ferramenta indispensável para evitar uma dor de cabeça ao criar a paginação. Ela serve para dizer, por exemplo, onde um estilo de página termina e outro começa.
Ao longo do tutorial, indicarei quando deve ser feita a quebra de seção — e ela está disponível na guia “Layout“, bloco “Configurar Página“, opção “Quebras“, item “Próxima Página“ (exemplo na imagem abaixo).
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Primeira folha
Para a primeira página, coloquei o título do livro e meu pseudônimo com as mesmas fontes da capa. Caso queira deixar o texto centralizado na tela na vertical, clique na guia “Layout”, depois, no quadrinho “Configurar página”, clique no botãozinho no canto direito inferior (mesmo exemplo do item “Layout do livro”), selecione a guia “Layout” e altere o campo “Alinhamento vertical” para “Centralizado”.
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Resultado:
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No verso da folha, coloquei o nome das pessoas que trabalharam no livro com a revisão e a capa, o copyright, ano, pseudônimo, número da edição e site do livro. Aqui pode ser colocada a ficha catalográfica e ISBN também. Insira uma quebra de seção para a próxima folha.
Segunda folha
A segunda folha deixei em branco. É nela que escrevo os autógrafos. Não esqueça de quebrar a seção caso decida pular esta página também.
Terceira folha
Aqui já coloquei a epígrafe, mas se o livro tiver uma dedicatória, deve ficar em outra folha antes da epígrafe. Usei a fonte Georgia em itálico (uma das duas fontes que escolhi para o livro) e alinhei o texto à direita, na base da folha (o alinhamento vertical pode ser alterado da mesma forma que na epígrafe). Ao final, quebre a seção.
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Quarta folha
Foi onde coloquei o sumário, mas, antes dele, podem vir o prefácio, os agradecimentos e a introdução.
Para criar o sumário, a paginação precisa estar configurada, portanto, retomarei este tópico no fim do post.
Por enquanto, pule esta página inserindo uma nova seção.
Quinta folha
Eu poderia começar o primeiro capítulo aqui, porém é necessário que o livro tenha um total de páginas que seja divisível por quatro. Para atingir este número, deixei uma folha branca aqui, caso contrário eu precisaria sacrificar a folha do autógrafo. Insira mais uma quebra de seção.
Sexta folha
E, finalmente, temos o conteúdo principal do livro! Lembre-se de configurar a fonte, espaçamento entre linhas, alinhamento e recuo do parágrafo. Essas configurações podem ser ajustadas na guia “Página inicial”, na setinha no canto inferior direito do bloco “Parágrafo”.
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Não se esqueça de “quebrar a página” para separar os capítulos! A “quebra de página” é diferente da “quebra de seção”. Ela pode ser feita rapidamente na guia “Inserir”, bloco “Páginas” e opção “Quebra de Página”; ou no mesmo menu da “quebra de seção“, no item “Página“ ao invés de “Próxima Página“.
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Sumário
Depois que todos os títulos de capítulos foram formatados com o estilo de um título e finalizados com uma “quebra de página“, podemos fazer o sumário.
Clique na folha que foi reservada para este fim, selecione a guia “Referências” e opção “Sumário”. Escolha um dos sumários automáticos.
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Sempre que precisar atualizar o sumário, acesse os mesmos guia e bloco, e clique em “Atualizar Sumário”. A opção “Atualizar apenas os números de página” só irá atualizar o número de cada capítulo, enquanto a opção “Atualizar o índice inteiro” atualizará os capítulos, acrescentando os faltantes e removendo aqueles que foram retirados do conteúdo.
Agora, com o sumário listando os capítulos e números das páginas, precisamos mostrar esses números para que o sumário tenha sentido, então passamos para o próximo passo: a...
Paginação
Clique na guia “Inserir”, bloco “Cabeçalho e Rodapé”, opção “Número de Página” e escolha o modelo da paginação em um dos itens: “Início da Página” ou “Fim da Página” (o qual escolhi foi “Fim da Página”).
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A paginação deve ter aparecido em todas as páginas, mas não é isso o que queremos; ela deve iniciar no primeiro capítulo (ou prólogo, se existir). Para apagar os números das páginas anteriores, clique na página em que o número deve ser retirado, depois na guia “Design”, bloco “Opções” e marque a opção “Primeira Página Diferente”. Se as seções foram criadas corretamente, basta fazer o mesmo procedimento em todas as páginas anteriores ao primeiro capítulo.
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Caso o número mostrado no primeiro capítulo esteja errado, clique na página, depois na guia “Design”, bloco “Cabeçalho e Rodapé”, opção “Número de Página” e item “Formatar Números de Página”. Na opção “Numeração da página”, selecione a opção “Iniciar em”, coloque o número correto e clique em “OK”.
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Se tiver dificuldade com algum número de paginação que esteja aparecendo em um lugar indevido, existe uma pequena gambiarra para resolver o problema: colocar um quadradinho branco em cima do número (rs).
Para isso, com o rodapé fechado, clique em “Inserir”, “Formas”, selecione um quadrado e desenhe-o em cima do número.
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Não esqueça de configurar o preenchimento e o contorno com a cor branca para que o quadrado se camufle na cor da página. Essas opções estão na guia “Formatar”, bloco “Estilos de Forma”.
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Páginas finais
Terminei o conteúdo com um epílogo, adicionei uma última folha e, no verso dela, coloquei a imagem de um Qrcode do site do livro. Depois do epílogo, também podem ser colocados o posfácio, agradecimentos e índice.
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Links de referência:
https://www.wellingtondemelo.com.br/site/2013/02/10/diagramando-livros-no-word-parte-1/?fbclid=IwAR3C192dPGjYyUbxLFE5L4LQ3RrwyhHiKarFcWmuwcBoyIVEtj_oOP9iWkk
https://f7paraescrever.wordpress.com/2018/04/11/a-estrutura-de-um-livro/
Espero que este minitutorial seja útil na publicação do seu livro, mas devo lembrar que é preferível contratar um diagramador (só não foi o meu caso porque o livro é extenso e eu queria “enxugar” as páginas ao máximo, excluindo qualquer espaço estético que diagramador usaria).
Próximo post será sobre as plataformas de publicação independente de livros físicos os registros necessários para a publicação de um livro impresso 😊
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anandagron · 4 years ago
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.tema 0: Personagem e Ambientação | Mulan, 2020
Ver, pensar e concluir é um processo contínuo e um caminho para nos aprimorar. Nesse sentido, uma obra vista com cuidado nos ajuda a escrever melhor, pois o questionamento inicia a reflexão crítica a respeito daquilo que estamos consumindo de modo que possamos também aplicar ao que escrevemos. 
E quando falo em obra, refiro-me ao termo genérico. Afinal, como escritores, não precisamos nos ater apenas a livros, certo? 
Sejam todos bem-vindos ao primeiro post do .tema 0, série de análise. E o assunto de hoje é Mulan, 2020. Isso mesmo, o filme. Trouxe essa obra pois ela se difere tanto da animação que muitos de nós conhecemos, mas também dos filmes com os quais estamos acostumados. Exatamente por isso, é perfeita para analisar personagem e ambientação em suas diversas nuances — e, claro, fazendo uma crítica a como isso é feito. 
Ficou curioso?
Segue o fio!
Sumário
0.0.: Sinopse 0.1.: Diferenças 0.2.: Ambientação 0.3.: Interação 0.4.: Foco 0.5.: Crítica
[ A T E N Ç Ã O ] O artigo contém spoilers a respeito do filme. 
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anandagron · 4 years ago
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Etapa 2 - Capa (e marcadores)
Então, seu texto agora está em revisão. Enquanto isso, que tal definir a capa?
O mesmo conselho que dei no post anterior sobre "caçar" profissionais cabe aqui também. Escolhi minha capista com base em um concurso internacional de capas no Wattpad (que ela venceu) e encontrá-la foi fácil, pois ela também participava dos mesmos grupos do Facebook que eu.
Na época, meu objetivo era apenas ter o e-book do livro, portanto a capa foi feita com as configurações de um e-book.
Mais tarde, quando implantaram na minha cabeça a ideia de fazer a versão impressa do livro, pedi a ajuda de um amigo para "expandir" a arte da capa e alterar as configurações para um livro físico.
Já vou começar dizendo aqui que a impressão nem sempre sairá idêntica ao arquivo da arte (seja por configurações da impressora, qualidade da tinta ou até a marca desta). Então, o ideal é realizar testes em gráficas (deixando claro que é um teste de uma capa de livro para que imprimam com as configurações corretas; nem toda gráfica faz esse tipo de impressão).
Além da capa, também pedi a esse mesmo amigo meu que fizesse marcadores de página, que também testei em uma gráfica.
Abaixo, fotos dos testes:
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As cores estavam muito escuras, então tentamos clareá-las, mas sem perder os detalhes da lua. Também foram feitas algumas alterações para que o pássaro e a lua chamassem mais atenção. A capa final é a primeira de cima, da esquerda para a direita.
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Nos marcadores, note que o primeiro continha erros no arquivo (a sombra do pássaro estava torta e as letras "estouraram"; imagine se eu tivesse imprimido em lote sem testar 😱). O segundo marcador foi o teste com as correções, enquanto o terceiro é o marcador já pronto, impresso pela gráfica onde comprei o lote. Dá para perceber que, como foi imprimido em duas gráficas diferentes, houve alterações na cor.
A gráfica que usei para imprimir os marcadores foi a Atual Card (https://www.atualcard.com.br). Como foi minha primeira experiência de impressão em lote, escolhi as configurações mais simples. O tamanho do marcador vai depender do lugar que você contratar; no caso da Atual Card, por exemplo, é disponibilizado o download do molde.
Voltando a falar da capa do livro, antes de testar as cores da capa, pedi um protótipo na plataforma onde imprimo o livro (que falarei sobre em outro post) e, assim como o primeiro teste de capa, as cores saíram muito escuras (e por este motivo indico testar até ficar satisfeito com o resultado). Além disso, o trabalho com a capa não termina aqui; dependendo da plataforma ou gráfica que escolher imprimir o livro, é essencial ter o código de barras na arte final (também contarei em outro post sobre o processo de solicitar o código de barras).
Compare abaixo o primeiro protótipo do livro com a versão final (protótipo do lado esquerdo e versão final do lado direito).
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E as diferenças das orelhas:
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Agora que deixei clara a importância de testar a capa, vamos para o…
Preço
O preço da capa pode variar muito dependendo das características; pode ir de R$ 200,00 até mais de R$ 1.000,00. Mas, caso queira usar o recurso do "faça você mesmo", existem alguns aplicativos e programas específicos que você pode usar (como o Canva, por exemplo), além disso, algumas plataformas de autopublicação oferecem ferramentas para a criação da capa. Só é preciso se atentar a usar apenas imagens livres de direitos autorais.
Deixarei alguns sites de banco de imagens livres:
https://unsplash.com
https://pixabay.com/pt/
https://www.freeimages.com/pt
Concluída a etapa da capa, falarei sobre a diagramação no próximo post. Até lá!
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anandagron · 4 years ago
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Etapa 1 - Revisão, Leitura Crítica e Copidesque
Seguindo minha promessa de falar sobre o processo de publicação independente, vamos começar com o que considero ser o primeiro passo depois que a sua obra foi finalizada: procurar um profissional para aprontar seu texto para a publicação.
Primeiro é preciso definir o que são esses três itens do título.
Revisão
O texto é corrigido para se adequar às regras gramaticais e ortográficas da língua portuguesa.
Leitura crítica
É uma análise que vai além do “texto bruto”, pois foca no conteúdo e na forma que este é apresentado. São identificados problemas estruturais do texto e furos de roteiro, além de verificar o desenvolvimento da trama e dos personagens, a narração e mostrar para o autor os pontos fortes e fracos da obra. Resumindo: é a opinião do profissional sobre o conteúdo da obra.
Copidesque
Pode-se dizer que o objetivo do copidesque é deixar o texto pronto para ser publicado. Além da revisão, o profissional fará a leitura crítica aplicando as alterações no texto, mas com o cuidado de manter o estilo do autor. No copidesque, a obra será literalmente editada com acréscimos, alterações e cortes de trechos (talvez até de cenas, se o profissional achar necessário).
O ideal é contratar o serviço de copidesque para a publicação, porém, justamente por ser a tarefa mais complexa dentre os itens, costuma ser, também, a mais cara.
Caso não queira o copidesque para o seu texto, recomendo, pelo menos, contratar a revisão (os leitores são mais exigentes com as obras que compram, então é necessário um certo nível de qualidade, caso contrário, seu livro pode ganhar comentários negativos que poderiam ser evitados com uma simples revisão).
Além do copidesque, se decidir não contratar uma leitura crítica, encontre leitores beta (leitores dispostos a ler sua obra e dar uma opinião crítica sobre ela sem custo); de preferência, tenha mais de um leitor beta.
Quais critérios usar quando escolher um profissional?
Para responder esta pergunta, prefiro contar sobre a minha experiência de “caçar” um profissional.
Participando de grupos para escritores no facebook, foi fácil encontrar profissionais de revisão, leitura crítica e copidesque. Para o meu livro, fiquei de olho naqueles que divulgavam seus serviços nesses grupos. Segui o perfil dos profissionais, vi opiniões de clientes, comparei preços e, o que considero essencial: levei em conta quais gêneros literários eram especialidade do profissional. Sendo assim, escolhi um profissional com especialidade em ficção científica.
Preço
É um pouco complicado falar de preço. Cada serviço tem um custo e cada obra tem uma quantidade de laudas diferente. Pesquisar e comparar é a chave aqui. Como referência, direi que o valor somado desses três serviços para o meu livro foi de aproximadamente R$ 2.000,00, sendo que o total de palavras da obra é de mais ou menos 155.000.
Acho que isso é tudo o que eu tinha a dizer sobre o conteúdo do livro. Caso tenha alguma dúvida, fique à vontade para perguntar. E não perca o próximo post, que será sobre a capa.
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anandagron · 4 years ago
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Um passeio pela publicação independente
Agora que o processo de publicação do meu livro foi finalizado, estou planejando alguns posts para contar sobre cada detalhe, opções e escolhas que fiz ao longo do caminho. Da capa até as plataformas de autopublicação, pretendo falar sobre cada item que considero essencial para a publicação e que talvez possa ajudar outros autores.
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anandagron · 4 years ago
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Como conseguir terminar um livro?
Nos grupos de autores em redes sociais — e rodinhas de conhecidos —, vejo que uma das maiores dificuldades está em terminar de escrever um livro. Então resolvi, hoje, destrinchar alguns dos motivos por que isso acontece e algumas dicas específicas que funcionam comigo (técnicas e dicas existem aos milhares, mas cada um precisa descobrir o que funciona para si).
Começarei com o surgimento da ideia do livro. Quando a ideia da obra "aparece", geralmente vem acompanhada de uma ou mais cenas específicas. Já conheci diversos autores que têm uma ânsia em chegar logo a essas cenas e, quando chegam, param de escrever. A ânsia pela escrita se apaga, a vontade de continuar míngua enquanto o bloqueio criativo aumenta e, depois de tentativas frustadas de continuar, o autor desiste da obra.
Por que isso acontece? Aqui vem minha resposta de psicologia barata: porque eles já atingiram o objetivo. Iniciaram a obra com o ânimo de mostrar uma cena e, depois que mostraram, por qual motivo continuariam?
Então vamos à primeira dica: não faça a escrita do seu livro ser uma corrida para uma cena. Pense em outras cenas posteriores e anteriores (caso a "cena de surgimento da ideia" não seja no começo da história). O que eu faço para "descobrir" novas cenas: escuto músicas e tento encaixá-las no contexto da história. Mas você pode encontrar sua própria fonte de inspiração, que pode vir de livros e filmes/séries do mesmo gênero da sua obra, jogos, lazer e até de tarefas domésticas (quem nunca teve uma ideia enquanto lavava a louça? 🤣).
Roteiro
Certo, temos as cenas. E agora? Vamos "amarrá-las". Desenhe (literalmente) uma linha e situe as cenas nela demarcando pontos. Descreva de forma bem simples (com umas duas linhas, no máximo) os atos dos personagens e cenas menores que serão utilizados para chegar à "cena-especial-que-precisa-acontecer". Eu costumo dividir o roteiro em "temporadas". Planejo os detalhes da primeira e segunda temporadas, escrevo a primeira, depois planejo a terceira e escrevo a segunda, e assim vai. Isso me permite uma liberdade de adaptar o rumo da história aos personagens e ainda assim saber onde devo chegar.
Personagens
Assim como os detalhes entre as cenas, faça uma descrição superficial dos primeiros personagens da obra, apenas as características físicas e psicológicas marcantes (que, inclusive, podem mudar no decorrer da trama).
A escrita
As duas pequenas preparações de cenas e personagens foram feitas somente para chegar a este processo mais rápido. Não escreva muitos detalhes, não perca tempo pensando em nomes (dica: se não tiver ideia de como chamar um lugar/personagem, escreva o nome de um animal e anote para depois alterá-lo — use sempre o mesmo animal para o mesmo lugar/personagem) e NÃO DEMORE. Seu objetivo aqui é escrever o rascunho capenga e cheio de erros do esqueleto da obra. Definitivamente, NÃO SEJA PERFECCIONISTA. Escreva como se estivesse competindo em uma corrida e corra sem olhar para trás, sem revisar/arrumar. Você precisa chegar ao ponto final A QUALQUER CUSTO! (Neste caso, o custo é a qualidade).
Mas não deixe de aproveitar a história. Curta as cenas, escreva as falas, mas sem usar muitos detalhes de ações e descrições de cenário. Conheça seus personagens aos poucos e se atente a qualquer nova ideia, já planejando o que será alterado depois (lembra daquela linha com os acontecimentos pontuados? Anote as mudanças ali).
Se necessário, planeje novamente as cenas futuras e modifique-as conforme os novos rumos que o roteiro tomar.
Terminando esta fase, o pior já terá passado. A parte mais difícil, que é finalizar a história, estará concluída.
A reescrita
Quando chegar ao final, assimile toda as mudanças que deseja fazer na história, todas as novas ideias que pedem alterações e correções nos primeiros capítulos para terem sentido. Aconselho reescrever logo para aproveitar enquanto o roteiro ainda está "fresco" na memória.
Reescreva seu rascunho ajustando as cenas, inserindo alguns novos detalhes e removendo o que for necessário. Este processo serve apenas para corrigir os furos de roteiro, dar maior profundidade às cenas e, agora que conhece melhor seus personagens, deixar as falas e ações deles transmitirem a personalidade com palavras e gestos característicos. NÃO se importe ainda com a estética do texto (palavras usadas, repetidas e construções de frases), mas aproveite para corrigir os erros gramaticais.
A segunda reescrita
Terminou a reescrita? Ótimo. Inicie a segunda reescrita. Nesta parte do processo, com o roteiro prontíssimo, preocupe-se com os detalhes e estética do texto. Desenhe o que está em volta dos personagens e brinque com as palavras.
A revisão
Seguindo a receita, deixe o texto em banho-maria por um tempo antes de revisá-lo (eu costumo deixar de duas semanas a dois meses); precisa ser tempo suficiente para esquecer os detalhes da história. Só então revise. Tente ler como um leitor faria, como se a leitura fosse uma descoberta. Corrija os erros ortográficos e identifique trechos que pareçam confusos para uma primeira leitura (não deixe faltar as informações necessárias, mas somente as realmente necessárias; nada de infodump u.u).
A revisão — parte 2
Um longo tempo se passou. O escritor retorna para sua nova missão. Depois de esquecer os eventos ocorridos na escrita, é seu dever revisar uma última vez ("provável" última vez).
E fim… talvez... Existe a chance de a revisão se tornar uma trilogia, saga ou série u.u.
Mas parabéns! Você agora já tem uma obra completa e pode partir para a próxima!
Tumblr media
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anandagron · 4 years ago
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Desabafo de apoio aos autores de ficção científica
Está difícil colocar em palavras os sentimentos que me impulsionaram a criar este post, então contarei desde o início o que aconteceu:
Dentre as plataformas livres em que eu publico minhas obras, o Wattpad é o meu queridinho (o recurso único de permitir comentários em cada parágrafo é o que mais me prende à plataforma, além das qualidades dela como rede social).
Quando comecei a publicar no Wattpad, como a maioria dos começos da maioria das crianças em uma escolinha nova, levei um tempo para encontrar meu lugar e fazer amiguinhos. E mesmo não tendo uma amizade com todos os colegas, tive apreço por eles.
Estou falando sobre os “autores de nicho” como eu, especificamente, os de ficção científica. Com essa necessidade natural de pertencer, usei as buscas "incoerentes" do Wattpad e os concursos para conhecer obras de outros novatos de ficção científica. Encontrei histórias sobre astronautas, aliens, engenharia genética, distopias, androides e muitas outras (inclusive algumas delas se passavam no Brasil, o que me deixava mais animada). Vi potencial em todas essas histórias!
Tumblr media
Obras de autores que começaram a publicar mais ou menos na mesma época que eu! Que participavam dos mesmos concursos de usuários e até acompanhavam as histórias uns dos outros, e alguns deles se tornaram meus amigos.
Passou um ano. Terminei meu livro. Passou outro ano. Estou escrevendo o próximo. Enquanto isso, sigo lendo os livros guardados na minha lista de leitura.
Eis que, hoje, ao passear pela lista, me dei conta de algumas obras desses autores que ainda estão lá… incompletas. E parei para refletir quantos cruzaram a linha de chegada comigo: muito poucos, posso contar nos dedos de uma mão e nem precisaria de todos eles.
Isso meio que me deixou pra baixo.
Ver histórias, com tanto potencial, abandonadas...
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Não estou culpando os autores. Alguns deles tentaram retomá-las, e todos devem ter seus motivos para não continuar. É só que... fantasia e ficção científica são gêneros que eu amo e gostaria de ver crescer no meu país. E tenho conhecimento de que algumas dessas obras morreram pela inexperiência dos autores (ninguém nasce sabendo, gente 😅).
Então eu queria fazer um apelo e dar um conselho: se você escreve ficção científica, não aposte todas as suas fichas em um único livro, muito menos no primeiro deles. NÃO DESISTA na sua primeira obra! Experiência só se consegue com prática, e praticar a escrita exige estudo e escrever muito. Sendo assim, é incoerente pensar que a primeira obra de um autor será sua obra-prima (salvo exceções rs, porque de fato existem, mas são raríssimos).
Persista! Escreva o que você ama e não tenha medo das críticas. Resista! Conquiste o seu sucesso com um passinho de cada vez. Continue perseguindo seus sonhos, por mais desanimadoras que sejam as adversidades. Comemore cada capítulo finalizado, cada leitor novo, cada crítica construtiva e pedido de continuação.
Bora, gente! Vamos mostrar do que a imaginação dos brasileiros é capaz! O mundo que você criou, as palavras que você escreveu, merecem tomar vida!
Escrito das 5h30 às 6h40 (pelo menos não foi às 2h desta vez 😅).
Seguirei aqui com a minha melancolia, mas espero, mesmo, do fundo do coração, que este texto consiga ser um raiozinho de estímulo a você que está pensando em desistir da sua obra. Fique tranquilo, não se cobre demais e relaxe; eu sei que você tem a capacidade para concluir sua obra, seja hoje, amanhã, ou quando se sentir preparado ^-^.
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anandagron · 4 years ago
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003: Personagens | Como Moldar Protagonistas Fortes pt.1
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Olá, seja bem-vinda ou bem-vindo a mais um post da série “Como Começar um Livro”. Nesse artigo, atacaremos a raiz de uma, senão a maior, de todas as dificuldades na escrita de um livro. Isso mesmo, o assunto da vez é sobre “Como Moldar Protagonistas Fortes”. 
Antes de começarmos, vale lembrar que a base para todos os artigos relacionados ao tema “personagens” está nos ensinamentos do post passado, “Personagens | Descontrução de Conceitos”. Ainda não leu e ficou curioso? Confira aqui.
Vamos lá?
Sumário
O que é “força”?
Expandindo o conceito de “força”
A base para o protagonista forte
Personalidade
Enredo
Reatividade
Fundamentando o carisma: questionário
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anandagron · 4 years ago
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Dica de dica de escrita
Hoje quero compartilhar algo que aprendi com a música e que me ajudou na escrita. Sendo mais específica, foi uma lição que recebi da minha antiga professora de piano e que pode ser aplicada a qualquer assunto: treino.
Mas não vou só jogar essa palavra e sair correndo: "Treine! Tchau!". Esta é uma resposta genérica que recebemos e aconselhamos sem pensar muito nos detalhes: "Treinar? Como? Repetir a mesma ação? Qual ação?".
Não, a intenção não é repetir os mesmos atos até decorá-los, mas sim exercitá-los para melhorar uma habilidade.
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Voltando à comparação com a música, você já viu uma partitura? Ela é composta por compassos musicais, como "trechos" de notas que informam ao musicista como a música deve ser tocada.
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Já deve estar se perguntando onde eu quero chegar com isso, não? Vamos lá:
É complicado tocar uma música com maestria na primeira leitura da partitura, ainda mais sendo um iniciante cujos dedos não estão acostumados a alguns movimentos. Da mesma forma, pode ser complexo para um autor escrever um tipo de cena a que não está habituado.
Quando eu "enroscava" em um trecho da música, minha professora aconselhava a tocar aquele trecho até o movimento se tornar automático, mas só isso não bastava: depois de dominar o movimento, era preciso "juntá-lo" aos anteriores e posteriores para que o som saísse harmônico e sem interrupções. Cada trecho se ligava para formar a música, e no fim, a música em si se tornava algo completo, como se ela inteira fosse um único trecho sem separações.
Assim devem ser as histórias. Mesmo divididas em cenas, elas precisam apresentar uma harmonia entre si. Um equilíbrio entre descrições, diálogos, personagens e desenvolvimento. Cada um desses pontos deve ser exercitado para que a obra não fique com uma cena destoante das demais.
Estou chegando ao ponto? Sim (me perdoem pelas voltas de ciranda que eu dou enquanto explico um contexto 😅).
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Digamos que você encontrou dificuldade para escrever uma determinada cena (ou reconhece um ponto fraco na sua escrita que precisa ser melhorada), minha dica é: não escreva a cena. Treine com um textinho curto que exija a mesma habilidade demandada na cena. Pense de que forma você pode expandir essa habilidade, repita com várias cenas diferentes, e só então volte ao livro.
Por exemplo: se está com dificuldade em um diálogo, achando que seus personagens falam de maneira mec��nica, treine com uma cena curta entre eles onde somente as falas serão escritas sem ações ou declarações que reconheçam o dono dela; assim, você se obriga a criar uma personalidade nas palavras e forma de falar do personagem. Se o diálogo não tem nada que indique quem está falando, só será possível descobrir se cada fala tiver alguma nuance para diferenciá-la.
Mas (outro exemplo), se a sua dificuldade é com descrições do ambiente, que tal escrever uma cena em que os personagens estão em um jogo de detetive onde precisam encontrar itens escondidos em móveis? Para achar uma pista, eles precisam vasculhar cada detalhe de um quarto, desde uma pequena mancha em um tapete originada de uma gota de vinho, mas que causa morbidez por lembrar sangue, até a parte interna da moldura oval de um daqueles quadros em preto e branco de um casal de antepassados que encara os visitantes com desgosto.
Ou a dificuldade pode estar em diferenciar dois narradores em primeira pessoa que participam no mesmo livro. Neste caso, o que acha de escrever um pequeno diário para cada um deles, enfatizando suas opiniões sobre um mesmo evento? Ou sobre eventos diferentes, mas que foram importantes para a formação deles? O segredo aqui é ser capaz de evidenciar cada um deles somente pela narração, sem nomes, descrevendo os detalhes de acordo com a atenção que cada personagem dá a eles.
E como saber onde precisa melhorar? Se você não sente a dificuldade em nenhuma parte ou não sabe no que precisa melhorar, peça a opinião de um leitor beta. Use e abuse de críticas e usufrua da imaginação para construir seus próprios desafios de melhoria.
Treine! Mas treine com cenas aleatórias e fora da história principal; deixe para o livro apenas o resultado do seu esforço 😉. Garanto que as críticas irão diminuir e as cenas ficarão cada vez mais fáceis de serem escritas. Para sentir-se satisfeito com um projeto, nada melhor do que se preparar para executá-lo com maior confiança.
Bom, texto meio incoerente (deve ser porque estou mantendo a tradição de escrever de madrugada, e ainda no escuro porque neste exato momento caiu a energia elétrica aqui 😅🙄), mas espero que possa ajudar alguém.
Se não conseguir pensar em um desafio de melhoria, peça ajuda nos comentários (ficarei feliz em poder ajudar 🥰).
Bom soninho procê! E pra mim 🤣.
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anandagron · 4 years ago
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Pequeno aviso e (talvez) uma divulgaçãozinha
Minha ideia era de fazer postagens semanais sobre dicas de escrita e outros assuntos, mas falhei na semana passada.
No entanto! O motivo foi um projeto que exigiu muito a minha intenção: a publicação do meu original em e-book na Amazon e no Google Livros!
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O processo foi trabalhoso, e eu — perfeccionista que sou —, demorei para me contentar com o resultado, o que só me trouxe mais atraso 😅.
Futuramente, pretendo postar aqui sobre essa experiência. Então, se você planeja publicar em uma dessas plataformas e tiver alguma dúvida, pode perguntar nos comentários que tentarei responder (e talvez, se for uma pergunta comum, darei mais detalhes sobre o assunto em um post específico).
As postagens de dicas serão normalizadas logo (na próxima semana, espero x-x).
E agora, sem mais delongas, apresento-lhe Lua vermelha e sua sinopse!
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Liderada pelo biólogo Elias Crow, uma equipe de cientistas trabalha em uma pesquisa singular: a domesticação de harmínions, uma raça tão inteligente quanto os seres humanos, porém incompreendida e tratada como animais selvagens. Elliot, a única cobaia do projeto, vive uma rotina diária de treinamentos e exames, com sua liberdade delimitada pelos muros da mansão do Dr. Crow. Sonhando com o dia em que poderá respirar o ar livre, ele se esforça para conquistar o direito de pertencer à sociedade como o humano que deve ser. Quando um incidente ocorre e as decisões individuais da equipe são colocadas à prova, uma sombra se levanta em meio a segredos abomináveis. Em quem confiar quando o lobo veste a carcaça do cordeiro?
Link com informações de onde ler a obra: https://www.luavermelha.com.br/ler-7
Por hoje é só isso mesmo 😊
Boa noite!
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PS: Preciso desvendar o motivo de eu sempre preparar a postagem momentos antes de dormir 🤔.
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anandagron · 4 years ago
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003: Personagens | Como Moldar Protagonistas Fortes pt.1
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Olá, seja bem-vinda ou bem-vindo a mais um post da série “Como Começar um Livro”. Nesse artigo, atacaremos a raiz de uma, senão a maior, de todas as dificuldades na escrita de um livro. Isso mesmo, o assunto da vez é sobre “Como Moldar Protagonistas Fortes”. 
Antes de começarmos, vale lembrar que a base para todos os artigos relacionados ao tema “personagens” está nos ensinamentos do post passado, “Personagens | Descontrução de Conceitos”. Ainda não leu e ficou curioso? Confira aqui.
Vamos lá?
Sumário
O que é “força”?
Expandindo o conceito de “força”
A base para o protagonista forte
Personalidade
Enredo
Reatividade
Fundamentando o carisma: questionário
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anandagron · 4 years ago
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Prólogo: usar ou evitar?
Em minhas andanças pelos grupos de escritores no Facebook, vez ou outra me deparo com um autor iniciante (de fantasia, geralmente) questionando o que os outros escreveram em seus prólogos, porque não sabe o que deve colocar ali. Minha reação:
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O prólogo não é uma etapa obrigatória em um livro que deve ser preenchida a qualquer custo. É um texto separado, antes do primeiro capítulo da trama principal, e cuja informação é essencial para o leitor iniciar sua aventura na obra. Não se deve pensar: "o que eu preciso colocar no prólogo?", mas sim: "eu preciso de um prólogo?".
Antes de responder essa última questão, quero explicar dois tipos de apresentação do prólogo: existe a ação, onde um cenário e personagens são apresentados com alguma interação (diálogos, ações ou pensamentos) e a narrativa explicativa de eventos e personagens.
Na ação, encontramos uma cena que revela uma informação ao leitor ou desperta a curiosidade; pode ser uma cena que não contém um desfecho e caberá ao leitor "juntar as peças" no decorrer da trama (não quero classificar mais do que isso porque o conteúdo do prólogo vai da criatividade de cada autor, embora existam certas "receitas" ou clichês, como o clássico: "uma cena que se passa anos antes da trama").
No outro tipo, narração explicativa, é narrada, como se fosse contada, eventos que expliquem detalhes da obra, seja a vida do personagem, as regras daquele mundo, uma lógica aplicada àquele universo ou os fatos anteriores à trama (bem ao estilo Star Wars).
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Qual o problema desse tipo de prólogo? O infodump: informações atiradas ao leitor que precisa aprender ou decorar o máximo que conseguir para não se perder na trama. Abaixo, imagem ilustrando um leitor tentando reter alguma informação em meio a um ataque de infodump:
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Também não é muito diferente daquele livro de ciências que você precisa estudar para uma prova que acontecerá em cinco minutos. Mas uma obra de ficção costuma ter o intuito de entreter, não exigir a mesma atenção necessária para o estudo (não que eu tenha algo contra aqueles que gostam de estudar como forma de entretenimento 😅).
Na maioria das vezes, essas informações não são essenciais no início e podem ser "diluídas" no decorrer da trama e introduzidas como ação, fala ou uma descrição marota que ensina enquanto entretém.
Se ainda assim considerar que um prólogo explicativo é necessário, tente deixá-lo o mais simples possível, apenas com o minimamente mínimo do que é de suma importância (menos é mais) e o mais curto que puder.
De preferência, não importa como for o prólogo, o ideal é que não seja maior do que um dos capítulos do livro.
Agora acho que finalmente podemos responder a pergunta: "eu preciso de um prólogo?". E a resposta é: NÃO, até que se faça necessário. Quando se faz necessário? Quando a experiência que você quer passar ao leitor não seria a mesma sem o prólogo; pois ele tem diversos poderes como: enganar o leitor, mostrar um evento marcante ou misterioso que instigue o leitor a encaixá-lo na trama, explicar algo ocorrido antes (ou depois) da história, apresentar uma visão de mundo diferente da que será abordada no enredo, e muitos outros mais que só dependem das suas ideias 😉.
Espero ter ajudado nessa questão tão corriqueira entre os novos escritores! Até a próxima e durma bem!
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(post escrito entre 3:00 e 4:30 da madrugada x-x)
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anandagron · 5 years ago
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Sobre | Onde Habitam?
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Nunca falei sobre nós, eu e o blog. Em parte, por ser complicado discorrer sobre o eu, e também porque me julguei incapaz de fazê-lo sem acertar num belo monólogo. Mas não podemos fugir de quem somos. Não por muito tempo. 
Quando há silêncio, conseguimos ouvir o eco da nossa voz. Nesse momento, é preciso ter coragem para continuar firme e não se perder nele. E está tudo bem sentir medo ou ansiedade — está tudo bem! Quero que você, caríssimo leitor, saiba disso. 
O momento de crise que estamos vivendo e os desdobramentos da pandemia, sobretudo o isolamento social, são surreais. É um contexto digno de todos os seus ecos, a raiva, a tristeza, a solidão, todos eles. Mas não se deixe afundar. Converse com alguém. 
Converse.
Caso queira conversar com um estranho, a ask e o privado estão abertos. Vou te ouvir. Mas não se esqueça, você não está sozinho!
Agora, um pouco sobre mim.
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