#estigmatizar
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la trataban de tarada a una gurisa en Twitter por querer vivir en un barrio lindo, si obvio que vas a pagar seis mil pesos menos de alquiler en nuevo París que en la blanqueada pero es por algo capo
#Sisi para que me mudo a dos horas de la facultad y de todos mis seres queridos#bueno perdon a los de Nuevo París no quiero estigmatizar como feo al barrio
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GUILLERMO GUIJARRO @remerikos
Si JAVIER CHICOTE y @todoesmentiratv no saben que el Juez Peinado rechazó citar a declarar al alcalde @AlmeidaPP_, acu sado de preva ricación, por no estigmatizar y da ñar su imagen, ya que sólo buscaban su foto en los juzgados, no están haciendo bien su trabajo
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Llevo haciéndolo desde que tengo uso de razón y claro que creo actividad. ¿Cómo no hacerlo? Al manejar más personajes, (sí, yo soy de tener multicuentas) no dejo ni un libre que responder si tengo un personaje a mano. // Nunca encontré coherente que en un foro de rol, solo hagan valida la actividad que haces con otra persona en un post, no es valido el rol corto, ni los autoconclusivos, nada... Pero al final todo mueve el foro y atrae usuarios.
Pero por otra parte no les culpo, porque el que viene aquí a lucir graficos, acaparar fisicos y rolear cada luna llena porque lo último que quiere es escribir, se psicosea pensando que todos son iguales a el y por por ende competencia.
Sabes Cubo? Tengo 35 cuentas y tengo vida afuera con una agenda que a veces colapsa. Con mis compañeros de rol ya hay una confianza y rutina, así que no nos preocupamos por nada. Desde hace unos años ya no entiendo esta comunidad, no me gusta lo que se hace, ni como se castiga la creatividad en un foro que ni siquiera tiene ambientacion... O en el lado contrario de la moneda, se adueñan de ideas de carácter público porque no pueden crear nada. ¿Cómo han logrado retorcer lo que significa el rol?
Me harté e hice mi propio lugar. Tengo mis 5 usuarios, roleamos lo que queremos, tenemos las cuentas que queremos y soy el primero en escribir. Ya no me siento juzgado ni limitado. No hay problemas, solo rol y con cada trama avanza la historia del foro... Pero fluye con tanta naturalidad que no salgo de mi asombro. No es perfecto, no predica serlo, solo aspira a permitirnos rolear absolutamente cualquier cosa sin ser un foro libre... Y para mi, es todo lo que siempre quise. Está tan lleno de información que ahuyenta a toda esta generación de idiotas, mis reglas no permiten tonterías, así que no tengo que hacer nada más que disfrutar de mi sitio.
Si no tienen foros para sentir esto ¿Entonces para qué? He visto staff llorar, quejarse del trabajo... Yo soy libre en mi propio foro. Dios, si ustedes no están cómodos en otros foros, háganse el suyo. Osea ni siquiera vengan al mio jaja, hagan el suyo, a su medida, a sus anchas. Hagan su sitio ideal joder porque SÍ existe!!!!
Realmente no es difícil de entender, anon. Cuando se mira con disgusto las multicuentas y estas no se cuentan como actividad es simple y llanamente porque lo que importa no son los personajes, sino las personas tras ellos. Es decir, que se deja el rol en segundo o tercer plano porque lo que en realidad quieren es un lugar en que socializar.
Y oye, es una postura que disto de compartir, pero que tampoco hay por qué estigmatizar: cada uno tiene que hacer lo que le guste. El problemilla viene cuando no se es sincero del todo, ni con uno mismo ni con los demás, respecto a lo que se quiere.
Pero eso ya es otro tema que me viene grande y no estoy aquí para hacer de psicólogo de las masas.
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AVISO DE GATILHO: Gordofobia, transtornos alimentares, dismorfia corporal e todos os assuntos relacionados a esse tópico.
Olá a todes! Eu gostaria de introduzir esse texto falando que houve demanda para que eu o escrevesse, mas infelizmente o que eu tenho a dizer é que eu simplesmente estava pensando sobre esse tópico e achei que seria interessante dar os meus dois centavos sobre isso
Considerações iniciais:
"Ah, mas obesidade é doença!" Sabemos, Jorginho. Não é meu intuito aqui negar as consequências seríssimas da obesidade para seres humanos, tendo influência no desenvolvimento de diabetes, doenças cardiovasculares, alguns tipos de câncer, entre outros. Qualquer pessoa tem essas informações em mãos, e o único contexto razoável para palpitar sobre a saúde de uma pessoa que não seja você mesmo é caso a outra pessoa seja uma criança/adolescente e você seja o responsável por essa criança/adolescente.
Nisso, é importante salientar que livros de ficção não são cartilhas do ministério da saúde e pessoas gordas fazem parte de um grupo cada vez mais numeroso, crescente, e negligenciado por todas as esferas sociais. Além disso, pessoas gordas estão extremamente suscetíveis a desenvolver doenças como depressão e ansiedade em virtude da maneira como são tratadas socialmente, e, devo salientar, saúde mental também diz respeito a saúde, e é tão importante quanto a saúde física.
Se, ainda assim, você não estiver convencido de que sua opinião sobre o quanto a obesidade não deve ser "romantizada" na ficção não é interessante, gostaria de saber se você implica com personagens fumantes, ou com cenas de sexo sem camisinha, ou com personagens usuários de drogas... Suponho que não. Nesse caso, guarde sua insignificância para si mesmo, e nos poupe de ouvir seus comentários que, mascarados de uma falsa preocupação com a saúde de pessoas gordas, são apenas preconceituosos.
Ademais, devo aqui também fornecer algum contexto: No atual período da minha vida, estou com 24 anos, e passei a maior parte da minha existência sendo gorda. Já fui todos os tipos de gorda, desde a gorda que se odeia, a gorda que tenta desesperadamente emagrecer e não consegue, a gorda que tem maus hábitos alimentares e é sedentária e hoje sou a gorda que não se importa com a maneira como meu peso muda minha aparência, mas tenta emagrecer por motivos de saúde. Certamente não sou a representante eleita para falar por esse grupo tão heterogêneo e numeroso, mas posso falar um pouco sobre as minhas experiências pessoais enquanto pessoa gorda e que tipo de representação eu gostaria de ver mais frequentemente em livros de ficção.
Estamos acostumados a ver pessoas gordas em posições de chacota e alívio cômico (como, por exemplo, o Duda Dursley, de Harry Potter), onde o tempo todo é reiterado o quanto essa pessoa come, o quanto ela ocupa espaço, o quanto ela é desajeitada. Em alguns casos, vemos também pessoas gordas em posições de vilania, no intuito de torná-las "monstruosas" (como, por exemplo, Úrsula, de "A Pequena Sereia"... Ou o Duda Dursley de Harry Potter). Estas posições são desumanizantes, porque servem para estigmatizar a pessoa gorda e demonizar o seu corpo.
Mas... É errado ter um gordo vilão ou alívio cômico?
Não. É claro que não. Sou partidária da ideia de que estereótipos não são sumariamente proibidos, porque existem pessoas que se encaixam neles. Existem pessoas gordas engraçadas ou pessoas gordas que são simplesmente ruins, assim como qualquer outra pessoa pode ser ruim também.
No entanto, caso você queira retratar esse tipo de personagem gordo, eu recomendo que você tome alguns cuidados.
O Gordo Vilão:
Esse daí acima é Francisco Ferreira, um dos personagens do meu livro em andamento "No Seu Ritmo 1", e provavelmente a pessoa mais desprezível de toda a história. Ele é uma pessoa ruim: Maltrata a enteada, bate no filho, humilhava a esposa que já está morta, tem relações sexuais com menores de idade sendo um cinquentão...
E ele é gordo.
Eu não sei exatamente quais foram os motivos que me fizeram enxergá-lo como um homem gordo na criação de seu personagem, mas isso não é importante, realmente, porque a sua personalidade cruel não orbita o fato dele ser gordo. No entanto, são frequentes as menções à sua falta de higiene e o quanto ele se alimenta mal, que são características do personagem, e isso poderia ser uma caricatura gordofóbica. É claro que poderia ser.
Esse daí é João Lucas Ferreira, um dos personagens de "No Seu Ritmo 1", que se torna mais importante em "No Seu Ritmo 2". No segundo livro, ele também é um homem gordo.
Ele é amoroso, tímido, tem problemas de autoconfiança, estuda engenharia mecânica, gosta de cães, assiste animes, se dá bem com família e amigos...
Ele é uma pessoa completamente diferente do Francisco, que é alguém horrível.
É importante que exista esse contraste entre João e Francisco porque a crueldade de Francisco não está atrelada ao seu peso. Meu objetivo com um personagem com Francisco Ferreira não é demonizar o corpo gordo para fazê-lo monstruoso; meu objetivo é apenas inserir características ruins em pessoas que são humanas.
Quando o único personagem gordo do seu livro é um vilão, isso pode ser um problema. No entanto, não há problema em fazer um gordo ser vilão, já que existem pessoas ruins com todos os tipos de corpos.
O que você quer dizer quando faz do seu personagem uma pessoa gorda? É importante se perguntar sobre isso também. Às vezes você tem interesse em criar um vilão gordo apenas para criar a pessoa mais "feia" e consequentemente menos gostável possível, e aí é um problema.
Ou você pode simplesmente criar vilões gordos porque... Pessoas são diferentes, oras bolas!
(João não é o único personagem gordo "legal" da duologia No Seu Ritmo, mas ele provavelmente é o mais importante)
Dito isso, vamos ao segundo tópico.
2. O Gordo "alívio cômico"
Confesso que esse estereótipo me incomoda bem mais que o acima, porque eu o considero bem mais desumanizante. Basicamente você usa o corpo do personagem como forma de aliviar a tensão da narrativa, gerando algumas cenas cômicas aqui e ali, como, por exemplo, quando um bruxo coloca um RABO DE PORCO no seu personagem gordo. Bom dia, J. K. Rowling!
Eu também não considero esse estereótipo algo proibido, mas precisa haver algum cuidado quando estiver escrevendo um personagem assim. É verdade que existem pessoas gordas que são palhacinhas (assim como pessoas de todos os corpos), mas caso os corpos delas sejam utilizados como forma de descontração... Não. Só não.
Um bom exemplo também é o personagem Leitão, do livro Jantar Secreto, escrito por Raphael Montes. Esse personagem é uma caricatura muito gordofóbica (a começar pelo nome, né? Com certeza o autor deve ter achado o trocadilho hilário) e frequentemente o narrador tenta extrair uma descontração na tensão da narrativa, que trata de um assunto bem denso, falando sobre o quanto ele come, sobre o quanto a barriga dele é protuberante ou sobre o quanto as roupas dele são grandes.
(Eu gosto desse livro, a propósito. Dá pra gostar das coisas de forma crítica)
Mas e se meu personagem gordo for do tipo que faz piada com o próprio peso? Bom... Essas pessoas existem. Eu nunca fui esse tipo de pessoa, mas eu conheci algumas na minha vida.
Todas essas pessoas, sem exceção, eram assim para escapar do bullying, piadas e zoação. Explico: Antes mesmo que alguém fale o quanto sua bunda não cabe na cadeira, ou o quanto você está parecendo um balão com essa roupa, ou te compare com um elefante... Você mesmo faz.
Isso é muito violento, mas é uma forma de ser aceito. É uma forma de usar de algo que você sabe que será usado contra você como forma de gerar descontração, conquistar as pessoas pelo humor. Não é menos desumanizante porque é você quem faz, mas quando vem de você, você tem o controle da narrativa.
Eu gostaria muito de ver esse tipo de situação sendo trabalhada na psique de uma pessoa gorda, porque não é algo tão simples. Não é simplesmente "hahaha, ele é piadista!". Não. É uma forma de desrespeito, a gente sabe disso.
Por que o seu personagem gordo é tão cruel consigo mesmo? Por que ele naturaliza microagressões a ponto de praticá-las e naturalizá-las? Você está pronto para explorar esse lado do psicológico do seu personagem?
É óbvio que você pode simplesmente criar um personagem que faz piada do quanto ele parece uma baleia e do quanto ele ocupa espaço porque ele é engraçadão, divertido, daora. Um cara que não liga se você fala que ele come demais, que as roupas dele são do tamanho de uma lona de circo, que quando ele pula, gera um terremoto. Não sou eu quem vai te proibir. Mas essa, na minha opinião, não é uma boa representação, e não é algo que eu gostaria de ler.
Além desses dois tipos de personagem gordo, podemos falar de um terceiro, que pode ou não vir em conjunto com os outros dois acima
3. O personagem gordo que come muito/come mal
Novamente repetindo: Não sou contra você criar personagens que representam pessoas que existem.
Existem MUITAS pessoas que são gordas porque comem muito e comem mal (presente!). Existem pessoas que são gordas porque almoçam cup noodles, jantam x-frango e são sedentárias (bom dia, essa era eu em 2022). Mas existe uma nuance nesse ponto que eu vejo poucas pessoas explorando:
Pouquíssimas pessoas se alimentam mal e são sedentárias porque escolheram isso.
Normalmente, a alimentação da pessoa gorda entra na história somente como alívio cômico (voltamos ao ponto do gordo engraçadão) e pra fazer uma caricatura dele. Ele não se importa com o que come, é bonachão, espalhafatoso, manda pra dentro um monte de fritura, sorvete e refrigerante...
Na vida real, as pessoas não estão felizes em jantar McDonald's todo dia, não só porque isso te torna, bem... Gordo, mas também porque as implicações desse tipo de alimentação para a sua saúde não são boas.
E aí você pode argumentar que é uma questão de motivação, de perseverança e disciplina (assim como aqueles coaches de academia falam, mas enfim)
E, claro, algumas pessoas estão mais determinadas a se alimentar corretamente e praticar exercícios do que outras. No entanto, alguns pontos seríssimos estão sendo desconsiderados quando as pessoas afirmam que é questão de "querer": Dinheiro, tempo e, sobretudo, saúde mental.
Sim, eu cheguei aos 110kg comendo cup noodles porque minha saúde mental estava uma merda. Eu tinha crises de ansiedade, minha depressão não me permitia me dedicar a um esporte...
Muitas vezes, a má alimentação é causada por transtornos alimentares relacionados a transtornos que envolvem dismorfia corporal.
E aí, você está disposto a trabalhar com isso? A desenvolver o gordo que se alimenta mal, que é sedentário, e trabalhar com as implicações psicológicas que levam ele a ser assim?
Mas e se eu quiser fazer um gordo que se alimenta mal porque gosta, que não está nem aí para a própria saúde física, que não tem problemas de saúde mental, dinheiro e tempo que o levam a se alimentar mal e ser sedentário? Você pode fazer absolutamente tudo, eu não sou seu pai e nem presidente da Associação dos Leitores Gordos Brasileiros (ALGB), não tenho poder nenhum pra te impedir de fazer algo. Mas, se quer a minha opinião (e se você ainda está lendo esse texto, é porque você quer), essa é uma representação rasa de pessoa com maus hábitos de saúde. Ninguém adquire maus hábitos de saúde porque quer, porque é "preguiçoso". As coisas são mais complexas do que isso.
A decisão, no entanto, é e sempre será sua.
4. O gordo que possui ótimos hábitos de saúde
Essa é uma opinião extremamente pessoal minha e eu não sei se outras pessoas gordas vão concordar comigo, porque eu nunca conversei sobre. No entanto, algo que acontece com relativa frequência quando uma pessoa magra decide escrever sobre pessoas gorda é subverter o estereótipo do gordo preguiçoso totalmente, fazendo assim um gordo que se alimenta extremamente bem, se exercita com regularidade e ainda assim é gordo.
Isso é, sem dúvidas, uma opção melhor do que criar um Duda Dursley da vida, mas eu ainda acho um pouco... Desumanizante.
Vamos para a questão prática do negócio: É possível que uma pessoa com excelentes hábitos de saúde seja gorda? Sim (Lembrete que uma pessoa gorda é diferente de uma pessoa que não é magra, uma pessoa que não é sarada, uma pessoa que não possui um corpo de modelo. Muitas pessoas se consideram gordas simplesmente porque não cabem num jeans 38, mas a realidade tá longe de ser essa). No entanto, sejamos francos: É um pouco improvável. É claro que seu metabolismo tem um papel importante no emagrecer/engordar, mas a menos que você possua uma síndrome metabólica séria, é um pouco difícil uma pessoa que só come alface, frango grelhado, vai à academia 6x por semana e faz isso com certa regularidade ser efetivamente gorda.
Mas não é verossimilhança o que me incomoda aqui, de fato. Esses dias eu li um livro em que um cara montava num dragão. Dragões existem? Bom, naquele livro existe. Por que não pode existir, num livro de ficção, uma pessoa gorda com hábitos de saúde impecáveis?
O que incomoda a MINHA pessoa, EU, Lírio, nesse tipo de representação, é que parece que você está querendo fazer a pessoa compensar por ser gorda.
Ela é gorda, tadinha... Mas não é por culpa dela, porque olha só, ela se alimenta sempre certinho e faz exercício! Ela é gorda porque o corpo dela a castigou. Olha só, gente, ela tem o direito de ser gorda, porque está se esforçando para não ser!
É complicado. Por mais que pessoas como Alexandrismos digam o contrário, a maioria de nós não tem hábitos de saúde impecáveis. Isso não é nossa culpa, porque, como eu comentei, existem outras questões envolvidas, mas é fato que hábitos alimentares e sedentarismo estão envolvidos no emagrecer/engordar.
Aliás, sejamos francos: A grande maioria das pessoas (gorda ou magra) não é 100% responsável com sua dieta e condicionamento físico.
Nós somos humanos. Às vezes comemos alface com frango, às vezes comemos uma coxinha. Tem dias que a gente vai pra academia, dias que a gente não tá afim. Tomar refrigerante é muito bom, sim, mas pode ser que hoje eu queira uma água gelada. Existe um enorme espaço entre os extremos.
Mas, então, o que eu devo fazer?
Olha, o que eu acredito que seja a melhor opção (e essa é somente a minha opinião, você não é obrigade a concordar e tudo mais, muito menos a seguir o que eu estou falando) é... Não comentar sobre hábitos alimentares de personagens gordos.
Você faz isso com os seus personagens magros? Por que caralhos está preocupado em deixar explícito no seu livro se o seu personagem gordo se alimenta bem ou mal, se ele faz exercícios ou não? Isso é relevante para o plot dele?
Dá pra desenvolver outras coisas que não envolvam responder se o seu personagem é gordo por má alimentação e sedentarismo ou simplesmente genética. Quem se importa pelo motivo pelo qual ele é gordo, afinal?
5. O fato do meu personagem ser gordo deve afetar o seu plot?
Eu tenho sempre essa dúvida quando eu vou escrever personagens de minorias as quais eu não pertenço. Escrever um personagem negro que não sofre racismo na trama é apagamento ou é evitar o que a gente chama de "pornô de sofrimento"? De que forma o personagem ser de minoria impacta o seu desenvolvimento na trama (ou não impacta)?
A resposta, como sempre, é depende.
Esta é Aya. Ela é uma das protagonistas de Caos e Sangue, e faz uma aparição importante em Inflamável. Ela é enfermeira, gosta de plantas, é carinhosa, vaidosa, vive com seu pai... E é gorda.
Na verdade, o fato dela ser gorda afeta pouquíssimo o plot dela. Isso porque Caos e Sangue se passa no ano de 1884, em um país chamado Carmerrum, que não existe. Há pressão para que as mulheres de determinados grupos sociais se encaixem em padrões de beleza, mas não é o caso de Aya, uma enfermeira que vive com o suficiente necessário para manter um ser humano, longe de ser parte das elites ou de uma das famílias tradicionais do país.
Ela possui problemas maiores (e aqui não estou falando que autoestima não é um problema grande, estou falando que dentro do contexto da história, Aya se preocupa com outras coisas). O fato da sua mãe ter sido morta pelos poderosos, por exemplo, ou simplesmente não ter certeza se terá o suficiente para viver com dignidade no mês seguinte. É muito bem resolvida com o próprio corpo e gosta de si mesma, fato que é reforçado pelas pessoas com quem ela se relaciona.
É correto dizer que o fato de Aya ser gorda não é relevante do seu plot, sendo apenas uma característica que o leitor sabe porque é mencionada a fins descritivos.
Essa, por outro lado, é Isabella. Ela é uma das protagonistas de Borboletas & Furacões. É formada em medicina pela UNESP de Botucatu, especializada em psiquiatria, gosta de comédias românticas, livros melosos e cores pastéis. Ela também é gorda.
Ela e Aya se dariam muito bem, eu penso. Infelizmente isso não é possível, porque Aya vive em Carmerrum no ano de 1884 e Isabella vive em São Paulo, no ano de 2017.
Há uma diferença gritante entre Aya e Isabella, porque Isabella é extremamente afetada com o próprio peso e imagem, algo que não afeta Aya.
Mas por que isso acontece?
Claro que o fato de serem duas personagens diferentes implica duas personalidades diferentes, e as pessoas reagem às adversidades da vida de forma diferente das outras. Mas acredito que a maneira que determina a diferença entre autopercepção de ambas essas mulheres está em: Contexto social/histórico e backstory.
(Perdão, eu sou paulista, não consegui não enfiar uma palavra em inglês no meio do texto)
Bom, em primeiro lugar, não preciso dizer que os conceitos sociais de beleza em uma sociedade que não existe (Carmerrum) serão diferentes daqueles em uma sociedade que existe (São Paulo), uma vez que, ao ambientar meu livro em Carmerrum, eu faço as regras. Ao ambientar em São Paulo, não faço tanto as regras assim. Mas o período temporal é importante também, sobretudo se estamos falando das regras de uma sociedade ocidental (e, sim, alguém aqui vai me falar que o Brasil não faz tecnicamente parte do ocidente, e sim do sul global. Quando eu quero dizer "sociedade ocidental" eu quero dizer que nosso conceito de beleza é diferente do conceito dos indianos, por exemplo, ou do conceito dos povos da Mauritânia. Querendo ou não, o Brasil segue mais ou menos o mesmo padrão de beleza que os estadunidenses e europeus). A imposição de um corpo magro ocorreu à partir do século XX, com a indústria do consumo, em que os alimentos de alto valor calórico se tornaram mais acessíveis e a propaganda midiática se tornou mais difundida também. Dessa forma, o corpo gordo parou de ser sinônimo de beleza e começou a ser reprovado, sendo assim perseguido cada vez mais um ideal de magreza extrema.
Ao entrarmos no século XXI, isso se intensificou ainda mais (e eu posso dizer isso com propriedade, porque eu estava viva no início do século XXI e fui afetada pelos ideais de magreza inalcançável que eram bombardeados para nós através das supermodelos que figuravam as telas da TV), e ainda hoje o nosso padrão de beleza é predominantemente magro.
Estou dizendo isso tudo para explicar que, em qualquer sociedade do mundo, o padrão de beleza em 1884 e em 2017 será diferente, e consequentemente afetará pessoas que viveram nesses respectivos anos de formas distintas.
Além desse ponto, também é importante salientar que a nossa autopercepção é moldada de acordo com as experiências individuais de cada um.
Aya não foi afetada por ideais de beleza inatingíveis. Ela tinha um sonho simples: Ser bem sucedida como enfermeira (a profissão de sua mãe) e fazer com que aqueles que a mataram pagassem por isso. Só. As motivações dela são outras, e nada em seu passado indica problemas de autoimagem a respeito do próprio peso.
Isabella, por outro lado, possui uma motivação completamente diferente na narrativa.
A história já começa nos transportando para 2007, o último ano do ensino médio de Isabella, onde nos é revelado que ela sofre bullying por causa de seu corpo. Isso foi algo que Aya não teve que passar. Isso é algo que deixa marcas permanentes no nosso psicológico.
Além disso, devo dizer que o bullying não foi o único (embora seja o mais relevante) dos problemas que Isabella viveu devido ao seu peso.
(E, sim, ela também é lésbica, o que gera OUTRO problema de autoaceitação. Mas vamos focar no tópico aqui).
Isso é importante porque nossa imagem sobre nós mesmas é criada a partir de nossas experiências passadas. É bem provável que alguém cuja existência enquanto pessoa gorda foi moldada por bullying na adolescência tenha uma visão sobre o próprio corpo diferente de alguém que não tem essa violência como marcador.
E aí, caímos, como sempre, na famosa construção de personagem. Cada personagem é único. Quais os fatores que você quer que se sobressaiam em sua existência?
(Acho que cabe aqui um parêntesis: Pouquíssimas pessoas gordas que vivem no século XXI seriam 0% afetadas psicologicamente pela gordofobia. É importante explorar como ser gordo afeta a vivência do seu personagem, mesmo que não seja algo muito importante em sua personalidade. Vivemos em uma sociedade gordofóbica, afinal.)
6. Autoestima x Pessoas gordas
Falei um pouco sobre isso no tópico anterior, mas acho importante separar um pedaço do texto pra falar especificamente sobre isso.
Eu não vou aqui explorar as infinitas possibilidades de construção de um personagem gordo, como a possibilidade de você estar escrevendo ele numa história ambientada no período renascentista, onde ser gordo era incontestavelmente o padrão de beleza, ou a possibilidade de você estar construindo o seu personagem numa sociedade que não existe, ou numa sociedade cujos padrões de beleza são muito diferentes daqueles que a gente reproduz na sociedade atual.
Vou aqui falar de histórias que se passam em sociedades parecidas com a nossa, num período histórico recente.
É possível que o seu personagem não se afete com imposições midiáticas de beleza? É possível. É provável? Bom...
Não estou aqui te impedindo de escrever um personagem gordo que nunca teve problemas de autoestima, eu não estou aqui para te impedir de escrever nada. Algumas pessoas talvez prefiram essa representação. Eu, pessoalmente, acho bem pouco crível, e se você conversar com as pessoas gordas ao seu redor (mesmo aquelas que não tem grandes conflitos com seus corpos, como eu), verá que essa está longe de ser a realidade.
Meu personagem gordo precisa se odiar, então?
Não. Na verdade, eu não recomendo que você crie um personagem gordo que sente um ódio feroz e paralisante de si mesmo a menos que estude bastante sobre isso (nem mesmo se você tiver passado por essa fase), porque é algo muito complexo e delicado, além de poder reforçar umas ideias não tão legais se não for feito com responsabilidade. Nem mesmo a minha personagem citada anteriormente, a Isabella, sente esse tipo de ódio intenso e cruel de si mesma: Ela tem uma vida para além disso.
O que eu estou dizendo é que faz parte da construção do personagem trabalhar o quanto a gordofobia o afeta. Porque a gordofobia existe, certo? E como o seu personagem reage a isso?
Eu gosto muito desse trecho, porque ele mostra como dois personagens diferentes reagem ao fato de ser gordo. João e Helena são irmãos de mãe, ambos aparecem em No Seu Ritmo 1 (sendo Helena uma das protagonistas, e João um coadjuvante), mas em No Seu Ritmo 2 ambos os personagens tem papéis importantes e ambos são descritos como pessoas gordas.
Perceba que nenhuma das duas existências é proibida: Nem a de João, que sente vergonha do próprio corpo, nem a de Helena, que se sente bem consigo mesma. Só que isso implica alguns questionamentos: O que faz João se odiar? O que faz Helena gostar de si mesma? Qual será o tratamento dado a João para si mesmo ao longo da narrativa? Ele pretende mudar essa visão sobre si? É interessante que ele mude, mas não obrigatório. Livros não precisam ter lição de moral, mas eu ficaria mais satisfeita em ler uma história onde uma pessoa gorda que não gosta de si mesma aprende a se sentir bem no próprio corpo ao longo dos acontecimentos.
Também há um ponto que deve ser levado em consideração aqui: Ainda que Helena seja bem resolvida consigo mesma, ela não está imune dos julgamentos de uma sociedade gordofóbica. Ao longo da história ela fala mais de uma vez como ela dribla esse tipo de problema e como ele o afetou logo que ela começou a ganhar peso, e vemos que não foi algo instantâneo. Não existe pessoa separada de sua sociedade.
(Existem também alguns pontos que normalmente afetam mais o seu personagem do que outros, como esse personagem ser uma mulher ou um homem GBT. No caso, Helena é mulher, e João é um homem gay. Para um homem cis hétero, essa percepção acerca do próprio corpo seria diferente. Mas aí são outros 500)
Eu pessoalmente acho um pouco... Artificial o personagem gordo que se ama o tempo todo. Ninguém é assim, nem pessoas magras são assim. Eu aposto que até a Virgínia (que eu não acho bonita sob nenhum ângulo, a propósito) tem seus problemas de autoestima. Ajudaria o seu personagem a ser mais real caso você inserisse esses pequenos momentos de autoestima flutuante ao longo de sua vida.
(E a Thais Carla? Bom, a Thais Carla é, assim como TODOS os influencers, um personagem. Ela mostra para seu público o que ela quer. Eu duvido que não haja um mísero dia em que ela acorde se sentindo mal)
Por outro lado, a pessoa que se odeia o tempo todo também não é um tipo de personagem que eu goste. Sei lá, me faz ter a impressão de não há nada de bom em ser gordo, que tudo na sua vida gira em torno do seu corpo. Existem pessoas que pensam assim, e isso é uma distorção cognitiva (você pode abordar isso caso queira pesquisar bastante), mas eu não acho que a maioria das pessoas saiba trabalhar com essa situação.
Busque sempre um ponto de equilíbrio entre extremos, para não pender nem para a pessoa que se odeia imensamente e nem a pessoa que nunca se sente mal.
7. A pessoa gorda que emagrece ao longo da trama
Como eu falei, isso aqui não é um index librorum prohibitorum da representatividade gorda. Você pode escrever o que quiser, sem sombra de dúvidas, e eu não estou aqui para te cancelar ou te proibir de fazer algo.
Mas eu, pessoalmente, ODEIO esse tipo de plot. Não entendo muito qual o sentido de escrever um personagem gordo se ele está lá pra emagrecer e passar a mensagem de que tem algo de errado com o corpo inicial dele.
Existem exceções? Claro que existem. Você pode escrever esse plot como uma crítica. Você pode explicar o quanto os padrões de beleza afetam a saúde mental da pessoa gorda. Você pode também inserir isso como condicional a outra situação que não seja "Emagreceu porque quis perseguir um corpo melhor e isso é bom". Por exemplo, em Inflamável (Spoiler!), continuação de Caos e Sangue, a personagem Aya passa meses em um calabouço, se alimentando mal e tendo pouco acesso a questões básicas de sobrevivência para um ser humano. Isso faz parte do plot dela, é necessário para o desenvolvimento da história, e eu achei que seria simplesmente incongruente colocar uma personagem para lidar com essas questões desumanas e manter ela gorda.
Por isso, e somente por isso, ao final de Inflamável, Aya está magra. Mas isso não busca trazer lição de moral sobre o corpo de pessoas gordas, é simplesmente ser fiel à realidade de que ser exposta a uma privação extrema de nutrientes vai te emagrecer (de forma não saudável, aliás).
No geral eu diria pra você evitar esse tipo de desfecho. Não é algo que pessoas gordas curtem ler, e definitivamente não é algo que eu gostaria de ler (A menos que esteja num dos dois casos anteriores citados). Se for pra colocar um personagem cujo objetivo dele é ficar magro ao longo da narrativa, simplesmente insira um personagem magro de uma vez.
8. Personagens gordos x parceiros afetivos
É, bem, eu provavelmente sou a pior pessoa pra falar desse tópico, porque apesar de ser possivelmente arromântica, eu gosto de dar parceiros afetivos para os meus personagens. Romance é mais divertido quando é entre pessoas que não existem, e eu tenho o controle de todas as variáveis.
Mas eu não acho que exista algum problema no seu personagem gordo terminar a narrativa sem uma pessoa amada, desde que a motivação para esse fato não seja ele ser gordo.
É claro que a gente sabe que há um preterimento afetivo muito grande de pessoas gordas na nossa sociedade, e que uma pessoa gorda possivelmente terá mais dificuldades para encontrar parceiros do que uma pessoa padrão. Mas é um pouco... Cruel você condenar alguém gordo à solidão afetiva pelo fato da pessoa ser gorda, e também não é verdade que é impossível ou altamente improvável que pessoas gordas encontrem parceires que as amem e as respeitem.
No entanto, o seu personagem gordo pode ficar sozinho por outros motivos. Ele pode ser aroace, como o Isaac de heartstopper (eu odeio essa obra, a propósito, mas eu não acho que essa crítica ao personagem gordo não ter par afetivo seja coerente). Ele pode ser uma pessoa ruim. Ou ele pode simplesmente não querer relacionamentos no momento.
Inclusive, você pode explorar como a nossa sociedade sempre espera que todo mundo tenha interesse em relacionamentos afetivos, mas isso não corresponde à totalidade das pessoas. Seria interessante.
Eu penso que seria, assim, de bom tom, se o seu personagem gordo solteirão não fosse o único personagem gordo ou o único personagem solteirão da obra. Seria interessante também inserir um personagem gordo que se relaciona afetivamente com alguém ou um personagem magro que acaba sem relacionamentos ao final da trama. Mas isso é apenas algo que eu penso que seria de bom tom, não é uma regra, e nem faz da sua obra automaticamente desrespeitosa.
Meu personagem gordo pode/deve ficar necessariamente com outra pessoa gorda?
Esse questionamento me veio à mente enquanto eu estava digitando esse texto, e eu acabei percebendo que nenhum dos meus personagens gordos se envolve afetivamente com outra pessoa gorda.
Mas, olha... Seria interessante. Muito se reclama que há muitas obras (entenda "muitas" como algo nichado, porque a gente sabe que a maioria esmagadora das obras trata apenas de personagens padrão) com mulheres gordas que se relacionam com homens sarados, o que por um lado é uma boa representatividade para as mulheres gordas, mas os homens gordos continuam sendo jogados para escanteio. Eu mesma tenho um único personagem homem gordo "bacana", digamos assim, que é o João Lucas (e ele é gay). Nunca vi um casal gordocentrado e, para ser sincera, eu gostaria de ver.
Mas, claro, não é obrigação. Como eu falei, nem eu mesma faço isso. Não é errado unir uma pessoa gorda com uma pessoa magra em um casal, de forma alguma.
(Cabe aqui a ressalva: Esses parágrafos foram redigidos sob uma lógica monogâmica de relacionamentos. Em uma lógica não monogâmica, as regras são outras, e aí depende do que você quer para o seu personagem. Mas eu acho um pouco difícil alguém que se relaciona não monogamicamente ter apenas afetos gordos, justamente pela não delimitação que esse tipo de relacionamento traz. No entanto, é possível, claro)
9. Pornô de sofrimento
Eu achei importante colocar um tópico sobre isso aqui. A gente chama de pornô de sofrimento qualquer história que dramatize excessivamente as mazelas que acometeram determinados grupos sociais, no intuito de gerar comoção às pessoas que não fazem parte desses grupos, mas acaba sendo algo extremamente desconfortável para as pessoas que fazem.
Esse termo é geralmente utilizado para grupos que sofreram genocídio, como pessoas pretas ou judeus. Não sei se é o mais adequado usar ele para pessoas gordas, uma vez que nunca existiu um "genocídio gordo", então, em todo caso, eu peço perdão caso uma pessoa preta ou um judeu se ofenda pelo emprego do termo. Basta um pedido em qualquer uma das minhas redes sociais que eu irei retirá-lo e trocar por outra coisa.
No entanto, acho pertinente falar de uma situação parecida que acontece com demais grupos sociais marginalizados, e penso que esse termo ilustra bem o que quero dizer. É quando em, algum produto de mídia, uma pessoa insere uma pessoa de uma minoria social apenas para fazê-la sofrer, no intuito de gerar comoção.
Mas você acabou de dizer que não podemos ignorar as marcas da gordofobia na sociedade, Lírio! É, eu disse. No entanto, há um salto gigantesco entre isso e expor excessivamente uma pessoa que não existe a uma violência que acomete pessoas reais e causa mal estar nessas pessoas.
Você não precisa colocar um personagem sofrendo um bullying pesado para mostrar que a gordofobia existe. Você não precisa colocar um personagem sofrendo sucessivas rejeições das pessoas por quem ele é apaixonado, com mensagens cruéis e humilhantes, para mostrar que gordofobia existe. Você também não precisa colocar cenas e mais cenas da pessoa não cabendo nas roupas e quebrando as cadeiras quando senta.
Nós temos uma vida para além de sermos gordos. Nos podemos viver outras coisas. Eu sou farmacêutica, escritora, gosto de ler e amo gatos. Eu tenho amigos, saio com eles às vezes (introvertida sofre) e gosto de conversar sobre assuntos diversos. Eu não sou apenas a gordofobia que eu sofro.
Seu personagem pode sofrer gordofobia, mas evite transformar isso no ponto central do plot dele.
Mas é proibido? Mais uma vez, você não está proibido de fazer nada. Eu não sou sua mãe, não sou o presidente da ABL, não fui eleita pelos gordos falantes de português™️ para representá-los. Apenas seria algo que não me faria confortável de ler e também não faria a maioria das pessoas gordas que eu conheço confortável.
Você quer representar um grupo que não vai se sentir confortável ao ler sua história?
10. Como descrever um personagem gordo?
Ah, sim, eu sei que você estava esperando por esse tópico. Eu deixei ele por último, porque normalmente as pessoas só se importam com ele, como se todo o resto fosse desimportante. Eu na verdade acho ele o menos importante possível, porque a resposta é um grande depende
Vale aqui lembrar que o narrador não é o autor. O seu narrador (principalmente se for em primeira pessoa) pode ser gordofóbico. O personagem Dante, narrador de Jantar Secreto, frequentemente descreve o personagem Leitão de maneira gordofóbica, porque ele é gordofóbico. Não é obrigatório, nada é obrigatório, mas seria interessante se você, autor, desse ao longo da narrativa sinais de que a forma como esse narrador está se comportando não é legal (Infelizmente o Raphael Montes falha bastante nesse aspecto, e eu não encontrei esses sinais ao longo do romance. Mas enfim).
Mas caso você não queira criar um narrador intencionamente gordofóbico, aqui estão algumas dicas que eu pessoalmente acho que você poderia fazer.
Não há nada de ofensivo em usar a palavra gordo. Ela é descritiva, não ofensiva. Fulano de tal era gordo, ponto. Eu evitaria eufemismos como "cheinha, fofinha, acima do peso" porque parece que você está tentando amenizar o fato da pessoa ser gorda. Existem exceções: Leonardo, de No Seu Ritmo 2, frequentemente descreve a Helena como "cheinha" ou "gordinha", porque ele é marido dela. É uma forma carinhosa de se referir à mulher que ele ama, algo que não faria sentido algum se o narrador (terceira pessoa onisciente) ou uma pessoa completamente estranha chamasse a personagem dessa forma.
Agora, descrevendo com mais precisão: Existem inúmeras formas de corpos gordos, principalmente em corpos predominantemente estrogenados (pessoas AFAB que não tomam testosterona ou pessoas AMAB em TH). Existem pessoas com barrigas maiores, seios maiores, braços maiores, glúteos maiores... É um pouco complicado descrever sem cair na caricaturização ou na hipersexualização, então eu costumo não gastar muitas linhas falando dos corpos de pessoas gordas numa apresentação inicial e trago essa informação em outros momentos mais oportunos. Helena, de No Seu Ritmo 2, é uma gorda com o formato de corpo mais "violão". João, por outro lado, possui uma barriga proeminente. Quando o momento pede, tais descrições são fornecidas. Num momento inicial, eu digo que a pessoa é gorda, e só isso basta. Por vezes, pode ser necessário dizer que um pessoa é gorda maior ou gorda menor, principalmente em caso comparativo; João, por exemplo, é maior que Helena. Mas quem deve determinar isso é você.
Esse é um trecho onde João fala com Benjamin, seu par afetivo, sobre as suas inseguranças, e nele podemos enxergar qual o formato de seu corpo.
Caso não exista oportunidade para descrever se o seu personagem tem mais peito, bunda, barriga ou braço, provavelmente é porque não é relevante para a narrativa. Se for, em algum momento essa oportunidade irá surgir, e será feita de forma natural.
O que eu recomendo que você evite: Comparar pessoas gordas com animais, como baleias e elefantes (eu sei que isso é óbvio, mas às vezes o óbvio precisa ser dito) e ficar reforçando o tempo todo o quanto ela é grande, e as roupas dela são grandes, e o quanto ela ocupa espaço. Não é o tipo de descrição que eu curtiria. (E, mais uma vez, você não está proibido de fazer NADA, estou apenas dizendo que eu não iria achar legal).
11. Gatilhos
Eu achei que tinha acabado, mas achei importante inserir esse parêntesis aqui.
Frequentemente tramas que tratam de minorias sociais trazem algum gatilho. Com pessoas gordas, é bem possível que a sua trama engatilhe alguém, principalmente devido à forma como você irá abordar o tema.
É um pouco difícil dizer o que irá engatilhar alguém ou não, e eu também não penso que seja proibido ou desaconselhável fazer uma obra que desperte gatilhos em alguém (desde que você avise antes). Minhas obras provavelmente despertariam gatilhos em alguém. Borboletas & Furacões já começa com uma pessoa gorda sofrendo bullying!
Mas, se for do seu interesse criar uma obra mais leve, eu recomendo que você não faça seu personagem passar por situações estressantes, não crie um personagem que se odeia e aborde a gordofobia de forma leve e sutil (talvez até ambientando essa história numa sociedade que não existe, por exemplo, e onde a gordofobia não é tão forte). Isso irá minimizar ao máximo o fator estressante contido no seu livro.
12. Peso e altura
Voltei aqui rapidinho pra fazer um adendo rápido.
Muita gente acha que falar peso e altura de personagem gordo é uma forma respeitosa de mostrar que ele é gordo mesmo, canonizar esse fato. Mas se eu pudesse dar meus dois centavos sobre isso, eu diria para você não fazer isso, primeiro porque não quer dizer muita coisa efetivamente (já que IMC desconsidera vários fatores, como a quantidade de massa magra) e segundo porque isso atrai T.A como açúcar atrai formiga. A menos que seja extremamente necessário e faça um sentido absurdo, evite citar peso e altura de personagem. (Na minha humilde opinião etc você pode fazer o que quiser, só não é algo que eu aconselharia você a fazer)
Abraços, espero que esse texto tenha ajudado e qualquer discordância/dúvida/sugestão/adendo, sintam-se livres para me procurar em qualquer rede social!
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Sé que lleva poco y tiempo y el hype siempre puede, pero ¿Qué tal hasta ahora el ambiente de Wicked hearts? // Respondiendo a tu pregunta y desde mi punto de vista -no quiero generalizar- los foros omegaverse con la etiqueta +18 siempre van orientados al follirol|| Dejen de decir cosas negativas!! La gente de all�� está roleando en paz sin molestar a nadie!! Cada quien puede hacer lo que quiera con su personaje!! Si no te afecta, no es necesario estigmatizar. Vive y deja vivir.
Hakuna matata. Efectivamente.
Ahri ❤️
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O.O Astro Notas
Advertencia: Basado en observaciones personales que no pretenden generalizar ni estigmatizar, ni sustituyen una orientación profesional.
Serie del SOL
Aries: Poseen mucho calor corporal, son propensos a sudar durante la noche, a tener el síndrome de las piernas inquietas y a moverse constantemente al dormir. Su energía no puede ser contenida ni por el sopor del sueño.
Tauro: Sibarita que cuando prueba un bocado delicioso no puede evitar cerrar los ojos y dejar escapar una exclamación de deleite. Saben disfrutar de un festín como nadie.
Géminis: Los más propenso a caer en Mutismo cuando viven una situación traumática terriblemente abrumadora, pueden dejar de hablar por días, meses, años o por el resto de la vida.
Cáncer: Su mordacidad supera a la de Escorpión con creces, porque no deja ir jamás. Como los cangrejos que prefieren perder una tenaza que abrirla y soltar a su presa. "Hasta la muerte" es una frase para Cáncer.
Leo: Tienen una luz propia inigualable, pero si por alguna razón se dejan eclipsar o no pueden evitar que alguien lo haga, se retraen y vuelven taciturnos, fríos y avaros. Se vuelven irreconocibles.
Virgo: El verdadero Rey Midas, lo que toca lo vuelve oro. Entiende los ciclos y las condiciones que favorecen y no favorecen el crecimiento. Destreza para hacer crecer todo tipo de plantas, incluso el dinero (cual papel obtenido de los árboles).
Libra: Poner límites es su reto de vida más grande. Límites a los demás e incluso a ellos mismos. Por ello deben cuidarse de enfermedades crónicas y degenerativas, en general de todo aquello que implique una dispersión incontrolada. Fumar es altamente nocivo para ellos.
Escorpión: Exudan a algún personaje (o varios) de Tim Burton o fantasean con hacerlo. Tienen ese toque obscuro, combinado con cierta inocencia (a veces aparente, a veces real) y un heroísmo nato, que simplemente atrae a los demás tanto con fascinación como con morbo. Solo los privilegiados de conocer su interior conocen cuán frágil y tierno es.
Sagitario: Corren el riesgo de apagar su fuego alrededor de demasiada rudeza. Y la mejor manera de identificar esta amenaza es cuando ellos mismos se vuelven rudos y sin tacto. Cuando Sagitario cuida su fuego interno, es aún más diplomático y encantador que Leo y Libra juntos y más asertivo que Aries.
Capricornio: Anhelan ser conquistados, no por vanidad ni por inseguridad o pereza, sino porque valoran mejor que nadie lo que implica la ambición y la tenacidad de ir por lo que quieres. Este signo se deja elegir únicamente por quien haya probado ser digno de conquistarlo.
Acuario: Su vanidad es menos evidente que la de Leo pero más intensa y profunda. Acuario es proclive a probar tratamientos nuevos poco conocidos, incluso a participar en pruebas experimentales. El anhelo de trascendencia lo hace desear la verdadera inmortalidad, no solo lucir joven. En general, rompe los límites de lo conocido, especialmente en su persona.
Piscis: Ojos grandes. Y es que, como decía el lobo de Caperucita, son "para ver mejor". Piscis ve más y ve mejor. y para ello suelen estar agraciados con unos hermosos ojos, grandes, apropiados para cumplir con su tarea de ver.
#astrology observations#astrologia#sol en los signos#sun in the signs#astro notas#astro notes#ojos onix
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Pecado
Cuando dejaremos de estigmatizar esta palabra tan mal utilizada por tanto tiempo para darnos cuenta que indica que estamos desacertando, simplemente haciendo algo que no nos conviene, que nos va a hacer daño, que no traerá buenas consecuencias.
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Milei terrorista de estado
Como la dictadura, los pervertidos de la Casa Rosada utilizan los recursos estatales para perseguir y estigmatizar a los trabajadores. La aplicación Mi Argentina y carteles en vía pública incitan a la violencia contra sindicalistas. El gobierno difundió un mensaje contra el paro de transporte a través de la app Mi Argentina “Los sindicalistas no te dejan trabajar”. Apuntando a Pablo Moyano y…
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INMIGRANTES "PORTO-CROUILLES" :
"Un neologismo espontáneo que crea una imágen, que por sí solo resume toda la evolución de la inmigración y engloba en el mismo desprecio a toda la mano de obra extranjera. Esta reducción a los portugueses (designados a partir de un término genérico, inspirado en el nombre de un producto conocido, emblema de Portugal: el Porto-Cruz) y a los árabes (que en argot también son denominados 'crouillas')".
— "La representación social: fenómenos, concepto y teoria" - Denise Jodelet (P; 471).
> Vamos por partes, dijo Jack el destripador <
> Este término era utilizado en francia para referirse a ciertos grupos de inmigrantes, principalmente portugueses y árabes (como indica la cita anterior). Esta era una forma de estigmatizar y denigrar a esas comunidades, reduciendolas a un estereotipo negativo y generalizado.
(duda: ¿el neologismo hace al lunfardo?)...
> Este término o mejor dicho: neologismo. Servía para crear una identidad colectiva negativa, agrupar a diferentes comunidades bajo un mismo estereotipo y justificar la discriminación.
> Entre el siglo XIX y XX (como indican las dos tapas de revistas que encontré buscando información sobre esto) en Francia (y también otros países... pero bueno, no vienen al caso... por ahora), se experimentaban diversos flujos migratorios en el que llegaban personas en busca de mejores oportunidades laborales (entre otras). Aquel término despectivo surgió en un contexto (histórico y social) marcado por la xenofobia y el racismo, donde los inmigrantes eran vistos con desconfianza y eran objeto de discriminación. (Que triste y horrible me resulta pensar actualmente no hay ninguna diferencia. "Tanta tecnología y avances para qué?" diría mi tata).
> El mismo término despectivo era usado a menudo en el discurso político y mediático para alimentar prejuicios y dividir a la sociedad. (De nuevo, y lamentablemente, en tanto a este tema, nada nos aleja de aquellos años pasados). Esa etiqueta los excluía socialmente dificultando su integración en la sociedad.
Estudiar y prestar atención a este tipo de sucesos sirve para analizar los procesos de construcción de identidades sociales y reflexionar sobre las consecuencias del le guaje en la construcción de realidades sociales. Cito al profesor Lentini: "¿Qué nos pasa a nosotros con las diferencias?".
#Psicología#Psicologia Social#Pensamiento y vida social#Representación social#fenómenos#conceptos#Teorías#Interesante#Denise JODELET#neologismos#en tu orbita#frases#escritos#citas#textos#realidad#palabras#pensamientos#emociones#sentir#eternizado#notas#frases en español#recuerdos#latinoversos#amor#desapego#frases en fotos#blackpaper#postdeamor
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Governo disponível para ajustar proposta sobre nova unidade na PSP e controlo de fronteiras
O Governo manifestou esta sexta-feira abertura para alterar ou ajustar a proposta de lei que cria a unidade de estrangeiros e fronteiras na PSP, altera o regime de retorno e regula o novo sistema de entrada e saída nas fronteiras.
"Estamos com toda a abertura para que na especialidade se encontre uma solução que funcione, ajustando ou alterando essa autorização", disse o ministro da Presidência na apresentação da proposta do Governo no parlamento, num debate que ficou marcado por críticas à nova unidade da PSP, apelidada por alguns partidos da oposição como de "mini SEF", e ao fim das manifestações de interesse.
Este diploma do Governo, que cria a Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras na Polícia de Segurança Pública, altera o regime de retorno e regula o novo sistema de entrada e saída para o reforço do controlo das fronteiras externas, vai ser discutido agora na especialidade em sede de comissão parlamentar, tendo baixado à comissão sem votação.
Durante o debate, António Leitão Amaro questionou os deputados: "Querem ou não um regime mais favorável de entrada dos cidadãos da CPLP [Comunidade de Países de Língua Portuguesa], devem ser tratados ou não os cidadãos de língua portuguesa de forma diferente de outros imigrantes sem deixarem de cumprir as regras, se sim apoiem esta lei".
Esta proposta estabelece a passagem para o ordenamento jurídico português da entrada em funcionamento do Sistema de Entrada/Saída (SES), sistema informático automatizado de registo das entradas e saídas de cidadãos fora do espaço Schengen.
Sobre este sistema de controlo de fronteiras externas, Leitão Amaro disse que Portugal está a investir 25 milhões de euros e está "obrigado pelos compromissos europeus a ter esse registo de dados biométricos".
"Precisamos desta lei para cumprir as obrigações europeias para que dia 10 de novembro não estejamos fora do espaço Shengen", precisou, realçando que esta lei vai premir "ter um sistema que faz um controlo efetivo".
O ministro afirmou que anteriormente os imigrantes "não eram recebidos com humanismo" e "Portugal tinha uma situação de imigração descontrolada".
Sobre o fim das manifestações de interesse, uma figura que permitia a regularização de estrangeiros que chegassem a Portugal com visto de turismo e começassem a trabalhar, Leitão Amaro sublinhou: "É evidente a discussão e divisão em acabar com a manifestação de interesse".
"Continuo a achar que não fazia sentido ter um regime que tornava a entrada ilegal em legal pela passagem do tempo e de um pagamento e que permitia antes, mas já não permite, e isso acabou".
Em resposta ao presidente do Chega, André Ventura, esclareceu que também acabou o visto de turismo que permitia ao fim de um ano uma autorização de residência a quem pagasse.
Em defesa da proposta do Governo, o ministro realçou que a imigração tem "de ser regulada, com regras efetivas de entrada, com forças e meios públicos adequados".
"Em Portugal precisamos de imigrantes, mas precisamos de ordem e regras para que consigamos receber com humanismo", disse, considerando que "as políticas praticadas nos últimos sete anos criaram um problema e trouxeram desordem à imigração" em que "se escancarou a porta com manifestação de interesse".
Pedro Delgado Alves, do PS, apontou "divergências quanto às soluções apresentadas" nesta proposta, considerando que se corre "o risco de voltar a estigmatizar" e "não resolve alguns problemas".
O deputado socialista questionou sobre esta nova unidada da PSP e sobre a falta de efetivos, tendo ainda admitido que esta alteração legislatura "é inconstitucional".
Esta nova unidade a criar na PSP vai assumir "responsabilidades no controlo de fronteiras aéreas, inspeção e fiscalização de permanência e atividade de estrangeiros em território nacional, decisão e execução das ações de retorno, gestão dos espaços de instalação temporária e equiparados e, ainda, a segurança aeroportuária e de fronteiras".
Sobre esta nova unidade, o líder do Chega, André Ventura, considerou que se "vai ter polícias a fazer o mesmo trabalho que o SEF fazia com a condição de ganhar muito menos do que os inspetores do SEF ganhavam".
Por sua vez, Fabian Figueiredo, do BE, afirmou que Governo apresentou "hoje uma unidade da PSP errada", frisando: "Ressuscitar uma polícia de estrangeiros é uma ideia errada, discriminatória, cria desconfiança e entende que os imigrantes possam a ser uma ameaça à segurança, quando não o são".
Também António Filipe, do PCP, considerou que esta proposta "recria o SEF dentro da PSP", sem se perceber como vai funcionar e com vai articular-se com a Unidade de Coordenação de Fronteiras e Estrangeiros existente no Sistema de Segurança Interna.
O deputado do Livre Paulo Muacho sustentou que a AIMA "não está a funcionar" e o Governo "em vez de dar meios à AIMA cria uma nova unidade da PSP", que também "não tem meios", frisando que "este mini SEF vai criar problemas".
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Viruela del mono: informar sin estigmatizar.
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Como habitantes de la tierra, las mujeres sabias (o brujas como las catalogo el cristianismo) se regían por 3 situaciones importantes para realizar cualquier clase de ritual/hechizo, la rotación de la tierra alrededor del Sol, la influencia Lunar que gira en torno a la tierra cada 28 dias, y las horas de luz o oscuridad en los hemisferios.
Entendemos entonces que la relación, Tierra, Luna y Sol, producirán un efecto que conocemos actualmente como las estaciones del año, y de acuerdo, con estas secuencias de la naturaleza, las cuales debemos conocer perfectamente, tendremos la base firme para el nacimiento m��gico de los rituales. Así que, en esta dualidad tendremos 12 horas de Luz y 12 horas de Oscuridad. Así que debemos tener muy claro que el mismo poder tiene las horas de la Luz y el mismo poder lo tiene las horas de la Oscuridad, y bajo estos dos principios debemos aprender que no existe la magia blanca o la magia negra, ya que al momento de efectuar alguna clase de hechizo no hablamos de colores.
Al dejar esto claro, debemos hablar que clase de rituales debemos realizar en horas de la Luz, y, los rituales que podemos realizar en las horas de la oscuridad, sin enfatizar si son buenos o malos ya que el el mundo de las horas se pueden realizar rituales destructivos en las horas de la luz (1 de la tarde) por que al igual se puede realizar un ritual de magia benéfico en las horas de la oscuridad ( 1 de la mañana) y con esto debemos reafirmar que la magia es solo una, todo en si depende de la intención, con que yo actúe, la hora en la que yo ejecute la magia, de la estación en la que me encuentro en este momento y la fase lunar en la que se realice la petición.
Así que hablaremos de las horas de la Luz comprendidas de la 6 de la mañana a las 6 de la tarde, y las horas de la oscuridad irán dirigidas de 6 de la tarde a 6 de la mañana. Algunos hechizos/rituales necesitan de la luz solar y otros de la Luz de la luna, en su mayor o menor esplendor. Esto nos ayuda a que nuestro trabajo mágico tenga un fin exitoso, junto con las demás correspondencias.
Desde la creación, mas allá de los tiempos, el amanecer, el atardecer y el anochecer, traen consigo una serie de rituales que han sido parte fundamental de diversas culturas y tradiciones. Estos rituales han ganado una nueva relevancia como herramienta para potenciar la productividad y mejorar el bienestar personal en la era de la inmediatez en la que nos encontramos.
A través de la cultura y relatos mágicos se suele hablar y estigmatizar la hora de las 3 am como “La hora de las brujas” o la hora que se usa para hacer daño (vinculada a los satanistas) y de las 3 pm como la hora de la magia blanca (vinculada a los cristianos).Con este artículo no pretendo desestimar esas creencias, acá se respetan todas las religiones, simplemente me gustaría dar una visión más amplia, sobre todo para los paganos. Considero que cada hora tiene un poder especial y hay que aprovecharlo, SIN JUSGAR, Da el primer paso y descubre cómo puedes cambiar tu vida.
Descubre la magia que habita en ti, conviértete en una mujer sabia y poderosa ✨✨ ¡Materializa tus sueños y alcanza tu máximo potencial! 👩
¿Listas para empoderarse juntas? 💪 ¡Únete a nuestra comunidad de mujeres valientes enhttps://artesanasdespiertas.wixsite.com/website/post/horario-magico-del-dia-para-trabajar-en-mi
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Cláudia Lucas Chéu | Ode triumphal à cona
A obra em questão nos coloca diante de um paradoxo intrinsecamente contraditório, que evidencia as profundas tensões latentes em nossa cultura.
Foto de Vitorino Coragem, in https://vcoragem.com/portfolio-item/claudia-lucas-cheu/ A obra em questão nos coloca diante de um paradoxo intrinsecamente contraditório, que evidencia as profundas tensões latentes em nossa cultura. De um lado, testemunhamos uma tendência pervasiva de reprimir e estigmatizar a sexualidade, relegando-a frequentemente a uma dimensão privada e socialmente inaceitável.…
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Estigmatizar a la prensa, la nueva censura
En el gobierno de AMLO no persigue a periodistas para encarcelarlos, pero lo que sí hace la 4T es intentar dinamitar su credibilidad y la confianza que las audiencias tienen en algunos colegas Miguel Camacho @mcamachoocampo Hace unas semanas la periodista Peniley Ramírez reveló que la Unidad de Inteligencia Financiera investigaba a Latinus, a Carlos Loret de Mola y a su esposa Berenice Yaber,…
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La tristeza es una de las emociones más universales y humanas que podemos experimentar. Sin embargo, en muchas culturas y sociedades, existe una tendencia a minimizar, evitar o incluso estigmatizar esta emoción. La importancia de honrar la tristeza radica en su papel fundamental en el proceso de sanación, crecimiento personal y conexión humana
PARTE INTEGRAL DE LA EXPERIENCIA HUMANA
La tristeza es una respuesta natural a la pérdida, el dolor, el fracaso y otras situaciones difíciles. Nos recuerda nuestra humanidad y nuestra capacidad para amar, soñar y aspirar. Sin la tristeza, no podríamos apreciar plenamente la alegría y la felicidad.
PROCESAMIENTO EMOCIONAL Y SANACIÓN
Honrar la tristeza implica darle espacio y tiempo para ser sentida y procesada. Reprimir o ignorar esta emoción puede llevar a consecuencias negativas a largo plazo, como la ansiedad, la depresión y otros problemas de salud mental. Permitirnos sentir tristeza nos ayuda a procesar eventos dolorosos y a avanzar hacia la sanación.
CRECIMIENTO PERSONAL
La tristeza, aunque dolorosa, puede ser una maestra poderosa. Nos invita a reflexionar sobre nuestras vidas, nuestras relaciones y nuestros valores. A través de la tristeza, podemos aprender lecciones importantes sobre nosotros mismos y sobre el mundo que nos rodea. Esta introspección puede conducir a un mayor autoconocimiento, resiliencia y madurez emocional.
CONEXIÓN Y EMPATÍA
La tristeza también puede servir como un puente para la conexión humana. Cuando compartimos nuestra tristeza con otros, creamos un espacio para la empatía y la compasión. Al honrar la tristeza en nosotros mismos y en los demás, reconocemos nuestra interdependencia y la importancia de estar allí para los demás en tiempos difíciles.
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Estigmatizar vacinas causa sérias consequências, disse Sinovac após campanha secreta antivax dos EUA contra a China revelada
Por
Hu Yuwei e Bai YunyiPublicado: Jun 16, 2024 12:40 Atualizado: Jun 16, 2024 10:56 PM
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