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#erva-dos-carpinteiros
rochadomarcio · 3 months
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EM BUSCA DA “TERRA SEM MALES”
“Na ilha imaginária de Morus, Utopia ganharia uma versão indígena-cristã em terras paraguaias no início do século XVII. A Yvi Marã Ey, a “Terra sem Males” dos guaranis, parecia estar sendo construída com um futuro próspero” (128).
Os índios, orientados pelos jesuítas, viviam em casas coletivas, que eles próprios construíam, trabalhando para si e para o grupo, obedecendo aos caciques e missionários; num estilo comunitário de vida, cuidavam das lavouras familiares e das terras destinadas aos velhos, aos órfãos, dos administradores e dos padres. Não havia moeda. As mercadorias eram trocadas dentro da comunidade; exportaram erva-mate e couro em troca de vidros e tecidos da Europa.
Sob o comando dos missionários, a República Guarani chegou a ter 130 mil índios em 30 povos, com uma intensa atividade econômica. Criavam gado, exportavam erva-mate, comercializavam trigo e arroz, produziam esculturas de apurada técnica e excelente qualidade artística, ferramentas, cerâmicas e instrumentos musicais, muitos despachados para os centros europeus. Os missionários jesuítas treinaram carpinteiros, pintores, alfaiates, ourives, relojoeiros e até tipógrafos. Os lucros dos negócios eram repartidos entre todos — e uma porcentagem (10%) era reservada para o fundo comunitário. Velhos, viúvos e órfãos tinham amparo da comunidade. Essa nação guarani poderia ser hoje um exemplo latino-americano de justiça e sucesso, não fosse a ganância e a carnificina promovida por pessoas gananciosas do poder colonizador.
“Ficaram para a história incontáveis documentos, preciosas obras de arte. Ficaram, sobretudo, as ruínas das missões na região dos Trinta Povos Guaranis, nas proximidades dos rios Paraná e Uruguai, num território que era 100% paraguaio e hoje se reparte entre Paraguai, Brasil e Argentina. O pedaço de terra que é hoje o oeste do RS foi arrancado a sangue dos guaranis”.
História Secreta do Brasil - 4a. edição - CLÁUDIA BERNHARDT DE SOUZA PACHECO
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theodoreangelos · 4 years
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Achillea millefolium yarrow – Schafgarbe – achillée millefeuille – тысячелистник обыкновенный (порезная трава) – деревій звичайний – рываўнік лекавы – közönséges cickafark – navadni rman – řebříček obecný – rebríček obyčajný – krwawnik pospolity – milenrama (perejil bravío, flor de la plum) – achillea millefoglie – milefólio (milenrama, erva-dos-carpinteiros, feiteirinha, mil-folhas)
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dilofilho · 4 years
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💞Leia direitinho para você entender os dias certinhos de cada Força da Natureza, de cada Orixá, de cada Santo, de Cada Guia Espiritual, de Cada Raio Divino e de Cada Arcanjo e Anjo Guardião!!! Saiba sempre que VOCÊ é um TEMPLO DIVINO!!! DEUS e a ESPIRITUALIDADE estão em VOCÊ!!! Confie!!! Tenha fé em Deus, na Espiritualidade, e em Você mesmo!!!💞
☉Domingo - Bom para rezar para Pai Oxalá e São Cosme e São Damião, para Ibejis, para Erês, para os Anjos Guardiões, e para o 1° Raio Divino da Chama Azul do Arcanjo Miguel e do Mestre El Morya, Elohin Hercules e Jorge de Cristo, na regência do Sol, de Mercúrio, e de Marte - virtudes de Fé, Segurança, Vontade, Poder, Proteção, Libertação, Luz Divina e Leis Divinas!!!☉
☉Segunda-feira - Dia bom para rezar para Santo Antônio e para os Guardiões e as Guardiãs Exus e Pombogiras, para as Santas Almas, para Omolu, Obaluaê e Nanã Boruquê, São Lázaro, São Roque e Santa Ana, para os Pretos Velhos e Pretas Velhas, para o Povo Indiano, e para o 2° Raio Divino da Chama Dourada do Arcanjo Jofiel e dos Mestres Sananda Yeshua ( Jesus de Nazaré ), Kuthumy ( Budha, João Evangelista, São Francisco de Assis e Pai Seta Branca ), Lanto ( Confúcio e Lao - Tsé ) e Ramatís, na regência do Sol e da Lua - virtudes de Sabedoria, Conhecimento, Discernimento, Paz Interior e Ascenção!!!☉
☉Terça-feira - Dia bom para rezar para OGUM GUERREIRO, para São Jorge Guerreiro, para Firmar a Porteira em nome de OGUM SENHOR DOS PORTAIS, para Oxumaré, para São Bartolomeu, para o Povo Baiano, e para o 3° Raio Divino da Chama Rosa do Arcanjo Samuel/Samael, e da Virgem Maria, e das Mestra Rowenna ( Santa Bárbara ), na regência de Marte, da Lua e de Vênus - virtudes de Amor Incondicional, Misericórdia, Compaixão, Prosperidade, Firmeza, Proteção e Leis Divinas!!!☉
☉Quarta-feira - Dia bom para rezar para Xangô que é São João Batista, São Jerônimo e São Pedro e para Yansã / Oyá que é Santa Bárbara, para os Ministros de Xangô, para o Povo do Oriente, e para o 4° Raio da Chama Branca do Arcanjo Gabriel do Mestre Serapis Bein ( Rei Davi ) e Eloins Esperança, Vitória, Conquista e Justiça, e também para o Divino Espírito Santo, na regência de Júpiter e de Saturno - virtudes de Justiça, Conquista, Vitória, Cura, Saúde, Livramento, Prosperidade e Paz Interior!!!☉
☉Quinta-feira - dia bom para rezar para Oxóssi, para o Povo das Matas Virgens, para São Sebastião, para os Índios, para os Caboclos e para as Caboclas, para os Caciques, para os Pajés, para as Nações Indígenas e Povos Indígenas, para o Xamanismo, e para o 5° Raio da Chama Verde Esmeralda do Arcanjo Rafael e do Mestre Hilaryon ( Rei Salomão, Apóstolo Paulo e Martinho Lutero ) e para Maria Santíssima, assim também para os Médicos de Cura do Astral Superior, na regência de Saturno, de Vênus, de Mercúrio e da Lua - virtudes de Prosperidade, Intelectualidade, Sabedoria, Conhecimento, Cura, Saúde, Prosperidade, Fartura, Misericórdia e Esperança!!!☉
☉Sexta-feira - Dia bom para rezar para Pai Oxalá que é Nosso Senhor Jesus Cristo, Nosso Senhor do Bonfim, Bom Jesus da Lapa, Senhor dos Passos, Cristo Curador e Bom Pastor, para TODOS OS SANTOS, GUIAS E ORIXÁS, para TODAS AS LINHAS, para o POVO CIGANO, para Santa Sara Kali, para os Guardiões e Guardiãs Exus e Pombogiras, e para o 6° Raio Divino da Chama Rubi, Vermelha e Púrpura do Arcanjo Uriel e da Mestra NADA ( Maria Magdalena, seguidora, discípula, e alma gêmea na Espiritualidade de Jesus de Nazaré ), na regência do Sol, da Lua, de Urano e de Plutão - virtudes de Amor Verdadeiro, Amor Próprio, Bem-Estar, Paixão, Vitalidade, Chamas Gêmeas, Almas Gêmeas, Firmeza, Proteção e Paz Interior!!!☉
☉Sábado - Dia ótimo para rezar para o Sagrado Feminino, para as Yabás ( Orixás Femininos ), para Mãe Yemanjá, para Mamãe Oxum, para Mãe Oyá/Yansã e para Vovó Nanã Boruquê, para o Povo das Águas, para as Sereias, para as Princesas das Águas, para os Marinheiros, Marujos, Piratas, Vikings, Grandes Navegadores, e Grandes Conquistadores e Descobridores, para Virgem Maria Santíssima, para Nossa Senhora da Glória, para Nossa Senhora da Imaculada Conceição, para Nossa Senhora Aparecida, para Nossa Senhora dos Navegantes, para Nossa Senhora de Fátima, etc, e para as Sete Linhas, para os Sete Raios, para o Príncipe e Arcanjo METRATON, e para o 7° Raio Divino da Chama Violeta, Roxa e Lilás do Arcanjo Zadkiel / Ezequiel, e do Mestre Saint Germain ( São José Carpinteiro, esposo da Virgem Maria, pai de Jesus de Nazaré ), dos Médicos de Cura do Oriente e do Astral Superior, do Mestre Afra, da Mestra Kuan Yn, de Santa Ametista, Orixá Nanã, Mestre Djwal Kul que é São Lázaro, Orixá Omolu, para os Médicos de Cura do Astral Superior, e para os Hindus e Povo Indiano, para Yorimá, na regência da Lua, de Vênus, de Saturno e de todos os Astros - virtudes de Cura, de Saúde, de Sabedoria, de Compreensão, de Conhecimento, de Discernimento, de Despertar Espiritual, de Elevação Espiritual, de Evolução, de Harmonia, de Equilíbrio, de Luz Divina, de Ascensão e de Paz Interior!!!☉
☉ANALOGIA ENTRE MESTRES ASCENSOS, ORIXÁS E PLANETAS☉
Compartilhei uma sequência de mensagens esclarecendo sobre os Orixás e suas filiações. Observei grande confusão quanto aos entendimentos sobre os seguimentos da Umbanda e consequentemente em todos os seguimentos ligados as religiões que tem maior cunho espiritual.
Bem, o que nós os brasileiros necessitamos de compreender é que tanto o catolicismo, como a umbanda ou candomblé, assim como o xamanismo, vieram de outro povo, de outra cultura, de outra atmosfera de convívio diverso do brasileiro. Então, muito ainda há para ser observado e desvendado sobre esse complexo mundo das crenças e religiões.
O Brasil não tem uma religião própria, todo seguimento religioso ao qual nós os brasileiros somos adeptos ou professamos foi trazido por outro povo, no caso, os europeus e os africanos. Os europeus como conquistadores impunham sua cultura e religião às terras conquistadas, e africanos subjugados pelos europeus começaram a cultuar os santos da religião dos europeus, fazendo uma analogia entre os santos católicos com os orixás ou Deuses africanos, porém, as terras brasileiras já eram habitadas pelos os índios. Os índios receberam o nome de nativos e se viram forçados a absorver as religiões trazidas por estes dois povos. Os nativos-índios encontram mais semelhança à cultura africana que tinha em comum os cultos a natureza, o uso de ervas e benzições, conhecida entre os indígenas de pajelança. Dessa forma nasce a figura dos Caboclos.
Foi dessa forma que nós os brasileiros tivermos contato com as crenças africanas e europeias, e como tudo que advém de outra nação, de outra cultura ou crença, sofreu várias alterações e adaptações para atender a população brasileira.
Abordei essa diversidade cultural brasileira para trazer-lhes esclarecimento sobre as nossas elucidações sobre os segmentos religiosos do Oriente, da Umbanda e do Catolicismo, que no Brasil se misturou e criaram-se diferentes doutrinas e filosofias religiosas.
Muitos leitores me questionaram sobre minha forma de falar sobre as religiões afrodescendentes. Quero deixar claro que respeito todos os seguimentos e filosofias que sincretizam essas crenças, porém, abordo de maneira diversa de muitos orientadores, pai de santo, ou astrólogos e etc.. Por ser um canal onde os mestres e os outros seres de luz, passam seus conhecimentos em linhas mais profundas e unificadas, pois no Cosmo tudo já vibra em termos de energia. No Cosmo, não é permitido à separação de linhas filosóficas ou religiosas, pois lá tudo já é Uno.
A energia produz as chamas que vibram e são transmitidas através de ondas pelo ar. Assim, temos sete chamas, ou sete raios, que são dirigidos pelos sete mestres ascensos. Cada Mestre Ascenso coordena uma energia que corresponde a um dos dias da semana e que por sua vez, emite uma cor, assim como as cores do arco-íris. A energia de cada mestre também é associada às energias de um planeta e no seguimento espírita da Umbanda, cada mestre corresponde a um orixá.
Então vamos a analogias entre os Mestres Ascensos, Orixás e Planetas:
☉O 1º raio é da cor azul-prateado, regido pelo mestre El Morya. Este mestre comanda mais de uma energia e mais de um astro, e consequentemente mais de um dia da semana. Vou esclarece melhor essa afirmação. No catolicismo este mestre é sincretizado como São Miguel Arcanjo e São Jorge e na Umbanda é o orixá Ogum, porém, nas energias de domingo, ele está coordenando as energias do “Orixá Maior” que é sincretizado na umbanda como Jesus ou Oxalufã, que tem suas energias ligadas ao Sol, e também por Mercúrio, na luz dos Ibejis e na pureza dos Erês e das Crianças. Por ser a 1ª chama, então essa representa a vontade divina. A chama azul-prateada nos ajuda na vibração da elevação da fé, da força, da coragem, do poder, na decisão. É a energia que afasta a negatividade, que traz fé, proteção, segurança, coragem e libertação!!!☉
☉O 2º raio é o dourado, dirigido pelo mestre Sananda que é Jesus de Nazaré, e o mestre Kuthumi sincretizado na religião católica como São Francisco de Assis. Na Umbanda esse mestre coordena as energias de Yemanjá e Obaluaê, além da falange dos Pretos Velhos e Santas Almaa das giras da segunda-feira. Na astrologia o astro regente dessa energia é o sol e a lua. Este raio sofre a fragmentação da seguinte forma, sendo assessorado por mais três mestres, Lanto, Confúcio e Budha. Na umbanda as vibrações dessas energias são de sabedoria, conhecimento, discernimento, limpeza, esclarecimento, de clareamento nas situações!!!☉
☉O 3º raio é a cor rosa, dirigido pela mestra Rowena. O dia de atuação deste raio é na terça-feira. Essa mestra é sincretizada na religião católica como a Virgem Maria e na Umbanda como o orixá Yemanjá que divide a vibração desse dia com Ogum, que na umbanda é orixá comandante da terça-feira. Na terça há várias frequências vibratórias, pois há a junção das energias de Arcanjo Miguel, Ogum e Virgem Maria. Também tem ligação com Santa Bárbara. Como são as energias de Ogum que atuam com mais intensidade na terça então essas energias na astrologia são regidas pelo planeta Marte. Também há regência de Vênus e da Lua, na umbanda as vibrações dessas energias são de força, coragem, determinação e fé, Misericórdia, Compaixão e Amor Incondicional!!!☉
☉O 4º raio é o branco, dirigido pelo mestre Serapis Bey, no catolicismo este mestre é sincretizado como Rei Davi e como São João Batista, e na Umbanda é o orixá Xangô. Na astrologia o planeta regente dessa energia é Júpiter e Saturno. O dia de atuação dessa energia é a quarta-feira. Essa energia na umbanda irá vibrar no rito do Povo do Oriente, de Xangô e de Oyá e do Divino Espírito Santo, regência do Juízo e da Justiça, da Conquista, da Vitória e da Pureza!!!☉
☉O 5º raio é a chama verde, dirigida pelo mestre Hilarion. Este mestre na religião católica é sincretizado como Rei Salomão e São Sebastião, e na Umbanda é o orixá OXÓSSI. Na astrologia, o planeta regente dessa energia é Saturno e Vênus. Nessa sintonia, nos ritos da Umbanda, temos o culto aos Caboclos e Caboclas, ao Xamanismo, e também aos Médicos de Cura do Astral Superior, com Força de Sabedoria, Conhecimento, Razão, Intelectualidade, Cura e Prosperidade, e com o amor da Virgem Maria, que nos traz Amor Incondicional, Misericórdia, Compaixão e Esperança, na sintonia da Lua!!!☉
☉O 6º raio é a chama rubi, dirigida pela mestra Nada, o seu dia de atuação é na sexta-feira. Essa amada mestra é sincretizada na religião católica como Nossa Srª das Dores e principalmente também como Maria Magdalena, e na Umbanda como a Orixá Oxum ou Nanã. Na astrologia, essa energia é regida pelo planeta Urano e Vênus. Esta chama representa a piedade, a caridade, a misericórdia, a compaixão e o amor em todas suas vertentes, o incondicional e verdadeiro. Devemos utilizar esta chama nas enfermidades e nas situações que necessitamos de amor, da compaixão e misericórdia divina. Nesta força temos a Luz de Pai Oxalá, que na Umbanda é Nosso Senhor Jesus Cristo, regido pelo Sol, e a luz de todos os Santos, Guias e Orixás!!!☉
☉O 7º raio é a cor violeta, dirigido pelo mestre Saint Germainn, que no catolicismo é sincretizado como São José, esposo da Virgem Maria e Pai do Menino Jesus. O dia de atuação dessa chama é o sábado. O mestre Saint Germainn é auxiliado por mais três mestres ascensos que sustentam essa chama, as mestras Kuan Yin, Pótia e o mestre Djwal Kul que no catolicismo e sincretizado como São Lázaro. Na umbanda o mestre Djwal Kul é sincretizado como orixá Omolu que tem como sua versão feminina com o orixá Nanã. As vibrações do orixá Omolu são a misericórdia, a transmutação das energias negativas, a cura e a compaixão divina. Traz Yorimá, que é a Corrente dos Pretos Velhos, e dos Médicos de Cura do Astral Superior. Na astrologia as energias desse orixá são regidas pelo planeta Saturno. O mestre Djwal Kul é o mensageiro celeste dos mestres Ascensos. Muito ligado também ao Mestre Afra, da Chama Trina. Esse amado mestre trabalha no anonimato, é o mestre mais difícil de conectar, pois este trabalha em todos os demais raios. Influência do Sagrado Feminino, das Yabás, de Yemanjá, de Oxum, de Oyá e de Nanã, com Força da Lua, de Vênus e de todos os Astros!!!☉
💞Bem, podemos utilizar estas energias em qualquer dia ou hora que nos for necessário. Há mais mestres além dos sete citados que atuam nos raios, mas aqui estou apenas fazendo um breve resumo destas energias que podem nos socorrer nas aflições diárias. Espero que gostem e deixe nos comentários suas dúvidas!!!💞
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piratadelamor · 4 years
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Poema do Menino Jesus
Num meio-dia de fim de Primavera Tive um sonho como uma fotografia. Vi Jesus Cristo descer à terra. Veio pela encosta de um monte Tornado outra vez menino, A correr e a rolar-se pela erva E a arrancar flores para as deitar fora E a rir de modo a ouvir-se de longe.
Tinha fugido do céu. Era nosso demais para fingir De segunda pessoa da Trindade. No céu tudo era falso, tudo em desacordo Com flores e árvores e pedras. No céu tinha que estar sempre sério E de vez em quando de se tornar outra vez homem E subir para a cruz, e estar sempre a morrer Com uma coroa toda à roda de espinhos E os pés espetados por um prego com cabeça, E até com um trapo à roda da cintura Como os pretos nas ilustrações. Nem sequer o deixavam ter pai e mãe Como as outras crianças. O seu pai era duas pessoas - Um velho chamado José, que era carpinteiro, E que não era pai dele; E o outro pai era uma pomba estúpida, A única pomba feia do mundo Porque nem era do mundo nem era pomba. E a sua mãe não tinha amado antes de o ter. Não era mulher: era uma mala Em que ele tinha vindo do céu. E queriam que ele, que só nascera da mãe, E que nunca tivera pai para amar com respeito, Pregasse a bondade e a justiça!
Um dia que Deus estava a dormir E o Espírito Santo andava a voar, Ele foi à caixa dos milagres e roubou três. Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido. Com o segundo criou-se eternamente humano e menino. Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz E deixou-o pregado na cruz que há no céu E serve de modelo às outras. Depois fugiu para o Sol E desceu no primeiro raio que apanhou. Hoje vive na minha aldeia comigo. É uma criança bonita de riso e natural. Limpa o nariz ao braço direito, Chapinha nas poças de água, Colhe as flores e gosta delas e esquece-as. Atira pedras aos burros, Rouba a fruta dos pomares E foge a chorar e a gritar dos cães. E, porque sabe que elas não gostam E que toda a gente acha graça, Corre atrás das raparigas Que vão em ranchos pelas estradas Com as bilhas às cabeças E levanta-lhes as saias.
A mim ensinou-me tudo. Ensinou-me a olhar para as coisas. Aponta-me todas as coisas que há nas flores. Mostra-me como as pedras são engraçadas Quando a gente as tem na mão E olha devagar para elas.
Diz-me muito mal de Deus. Diz que ele é um velho estúpido e doente, Sempre a escarrar para o chão E a dizer indecências. A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia. E o Espírito Santo coça-se com o bico E empoleira-se nas cadeiras e suja-as. Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica. Diz-me que Deus não percebe nada Das coisas que criou - "Se é que ele as criou, do que duvido." - "Ele diz por exemplo, que os seres cantam a sua glória, Mas os seres não cantam nada. Se cantassem seriam cantores. Os seres existem e mais nada, E por isso se chamam seres." E depois, cansado de dizer mal de Deus, O Menino Jesus adormece nos meus braços E eu levo-o ao colo para casa.
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Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro. Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava. Ele é o humano que é natural. Ele é o divino que sorri e que brinca. E por isso é que eu sei com toda a certeza Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.
E a criança tão humana que é divina É esta minha quotidiana vida de poeta, E é por que ele anda sempre comigo que eu sou poeta sempre. E que o meu mínimo olhar Me enche de sensação, E o mais pequeno som, seja do que for, Parece falar comigo.
A Criança Nova que habita onde vivo Dá-me uma mão a mim E outra a tudo que existe E assim vamos os três pelo caminho que houver, Saltando e cantando e rindo E gozando o nosso segredo comum Que é saber por toda a parte Que não há mistério no mundo E que tudo vale a pena.
A Criança Eterna acompanha-me sempre. A direcção do meu olhar é o seu dedo apontado. O meu ouvido atento alegremente a todos os sons São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas.
Damo-nos tão bem um com o outro Na companhia de tudo Que nunca pensamos um no outro, Mas vivemos juntos e dois Com um acordo íntimo Como a mão direita e a esquerda.
Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas No degrau da porta de casa, Graves como convém a um deus e a um poeta, E como se cada pedra Fosse todo o universo E fosse por isso um grande perigo para ela Deixá-la cair no chão.
Depois eu conto-lhe histórias das coisas só dos homens E ele sorri porque tudo é incrível. Ri dos reis e dos que não são reis, E tem pena de ouvir falar das guerras, E dos comércios, e dos navios Que ficam fumo no ar dos altos mares. Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade Que uma flor tem ao florescer E que anda com a luz do Sol A variar os montes e os vales E a fazer doer aos olhos dos muros caiados.
Depois ele adormece e eu deito-o. Levo-o ao colo para dentro de casa E deito-o, despindo-o lentamente E como seguindo um ritual muito limpo E todo materno até ele estar nu.
Ele dorme dentro da minha alma E às vezes acorda de noite E brinca com os meus sonhos. Vira uns de pernas para o ar, Põe uns em cima dos outros E bate palmas sozinho Sorrindo para o meu sono.
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Quando eu morrer, filhinho, Seja eu a criança, o mais pequeno. Pega-me tu ao colo E leva-me para dentro da tua casa. Despe o meu ser cansado e humano E deita-me na tua cama. E conta-me histórias, caso eu acorde, Para eu tornar a adormecer. E dá-me sonhos teus para eu brincar Até que nasça qualquer dia Que tu sabes qual é.
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Esta é a história do meu Menino Jesus. Por que razão que se perceba Não há-de ser ela mais verdadeira Que tudo quanto os filósofos pensam E tudo quanto as religiões ensinam ?
                         Alberto Caeiro
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cangacosa · 4 years
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Zé Baiano
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Mané Moreno, Zé Baiano e Zé Sereno (FOTO)
Zé Baiano - José Aleixo Ribeiro da Silva - foi um dos cangaceiros mais famosos, mas também um dos menos estudados. As histórias e referências a seu respeito são repetidas por muitos autores sem a devida reflexão e sem preocupação com a verdade.
Seu nome era José Aleixo Ribeiro da Silva. Pertencia à família dos Engrácia, nome de sua avó – família Ribeiro da Silva. Era sobrinho de Cirilo e Antônio de Engrácia, e primo de Zé Sereno, Mané Moreno, Antônio de Seu Naro, Sabonete e vários outros cabras, em torno de quinze. Zé Baiano era um rapaz comunicativo, mas não falador. Estava sempre tranquilo, alegre. Usava óculos de grau. Foi um dos cabras mais fiéis a seu chefe, obediente ao código do cangaço, tanto assim que quando os parentes romperam com Lampião Zé Baiano ficou com ele.
Além dos grandes fazendeiros da região, ele mantinha contatos com figuras poderosas da política estadual, usineiros da Cotinguiba e grandes comerciantes de Aracaju, aos quais emprestava elevadas somas a juros. Certo dia, surpreendeu o poderoso Otoniel Dória (Dorinha), chefe político de Itabaiana, em sua fazenda São João, município de Carira. Trocaram cumprimentos. O fazendeiro convidou-o para jantar, e a partir daí firmaram uma profunda amizade.
Infância e primeiros passos no cangaço
Zé Aleixo – o Zé Baiano – nasceu nas Areias, acima de São Saité, na zona de Feira do Pau (atual Macururé). Era filho de Teodora e Faustino Ribeiro da Silva (Faustino Mão de Onça), irmão de Antônio e Cirilo de Engrácia. Criou-se ajudando o pai no manejo de bodes e ovelhas entre as Areias, Lagoa do Esquixique, Lagoa das Vacas e Baixa do Ribeiro. Quando as lagoas e cacimbas secavam, o último recurso eram os poços do Riacho Grande. Tinha jeito para carpinteiro e pedreiro – naquele tempo as casas de pobres eram feitas de madeira trançada e barro, com cobertura de palha, e as dos mais remediados eram de adobe, cobertas de telha.
 Quando o tio Antônio de Engrácia cometeu o primeiro crime, em 1925, toda a família se viu envolvida, pois a vítima era um homem de posses. Os Engrácia pediram proteção inicialmente a Inácio Grande, o maior fazendeiro de Chorrochó. Depois foram viver sob a proteção de Gregório da Pedra da Chica, no outro lado do São Francisco, em Pernambuco. Foi nessa ocasião que José Aleixo recebeu o apelido de Zé Baiano, para se distinguir de outros José. Juntou-se ao bando de Lampião pela primeira vez em setembro de 1926, desligando-se dois meses depois, após a Batalha da Serra Grande. Reincorporou-se ao bando definitivamente em julho de 1929.
Ferração em Canindé
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Balbina da Silva (FOTO)
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Maria Marques (FOTO)
Isso aconteceu em Canindé, em janeiro de 1932, quando ele, por vingança, ferrou de uma só vez três mulheres ligadas a soldados que haviam espancado sua mãe. A história dessa ferração é a seguinte:
 Um soldado chamado Vicente Marques – da família Marques, de Santa Brígida, Marancó e Canindé – certa vez espancou a mãe de Zé Baiano para obrigá-la a informar o paradeiro do filho e dos parentes cangaceiros. A velha ficou irreconhecível, tantas foram as coronhadas de fuzil que recebeu no rosto.
 Quando Lampião esteve em Canindé, em janeiro de 1932, onde moravam pessoas da família Marques, Zé Baiano recebeu carta branca de Lampião para vingar-se do que fizeram com sua mãe. Ao prender Maria Marques, irmã do soldado que supliciara sua mãe, Zé Baiano decidiu deixá-la marcada para sempre e mandou que um morador chamado Zé Rosa fosse buscar um ferro de marcar gado. Zé Rosa tinha sido vaqueiro do finado coronel João Brito (João Fernandes de Brito). Trouxe o primeiro ferro que encontrou, o ferro utilizado no passado para marcar os bois de seu falecido patrão, que tinha as letras “J-B”, de João Brito. Além de Maria Marques, foram ferradas no mesmo dia outras duas mulheres, ambas ligadas também a soldados por casamento ou mancebia.
Por fim, quando observaram que as letras do ferro – “J-B” – eram as letras do seu nome, o cangaceiro decidiu levar o ferro como recordação de sua vingança, porém não há nenhum relato de fonte segura de que o tivesse utilizado outras vezes. Na área que lhe foi reservada, compreendendo terras de Ribeirópolis, Frei Paulo, Macambira, Pedra Mole, Pinhão e Carira, nunca se soube que ali Zé Baiano tivesse ferrado ninguém, seja homem ou mulher.
 A principal atuação de Zé Baiano ocorreu no povoamento de Alagadiço, local onde Lampião realizara alguns ataques, assaltando moradores. A região foi invadida pela primeira vez em 1930, quando descobriram que a cidade era perfeita para o bando passar alguns dias em liberdade.
 Além de ser um local estratégico e protegido, — sem grandes contatos com áreas maiores—, não tinha uma estrutura policial forte, estando aberta a atuações criminosas.
 Numa das últimas visitas do cangaceiro a Alagadiço, em 1934, o líder bandoleiro deixou Zé Baiano como administrador local dos saques, ou seja, um comandante regional sob o nome do capitão. Ele passou a realizar patrulhas junto aos companheiros Chico Peste, Acelino e Demudado, com quem realizava roubos e abusava de sua autoridade concedida pelo Rei do Sertão.
 Cidades como Frei Paulo, Alagadiço e arredores passaram a viver na lei de Zé Baiano, em que quase tudo se resolvia no facão e balas. As poucas passagens locais da polícia, que vivia perseguindo o bando de Lampião, eram inúteis. Os cangaceiros se escondiam em casas de fazendeiros e  matas locais. Ao mesmo tempo, ele também roubava de locais para emprestar dinheiro a comerciantes e lucrar com juros.
 Ganhou o apelido de Pantera Negra dos Sertões — por sua pele escura — e Ferrador de Gente, por um hábito infeliz: usava um ferro com as iniciais JB escaldante, pois era esquentado na brasa, para marcar a pele do rosto ou do púbis de moças dos quais os hábitos ele discordava.
 Um coiteiro regional, chamado Antonio de Chiquinho, costumava estar entre os procurados pela polícia. Isso porque era o informante de Lampião sobre a posição das volantes que o perseguiam. Porém, com o tempo, cansado da vida de fuga e da violência dos cabras, o cúmplice dos cangaceiros decidiu livrar a cidade de Zé Baiano.
 Ele montou uma emboscada contra o comandante regional e seus aliados, na cidade de Frei Paulo (Sergipe). Zé e mais três companheiros iriam receber alimentos na cidade quando Antonio e mais cinco homens iniciaram o ataque, os baleando naquele 7 de julho de 1936, numa luta sangrenta.
 Zé Baiano foi esfaqueado, baleado e, então, decapitado por Antonio. Porém, o fato gerou grande temor ao coiteiro e à população local: se imaginava que Lampião voltaria à cidade em busca de vingança. Então, mantiveram-se em silêncio por dias sobre o episódio, até que a informação fosse divulgada acidentalmente numa Festa de São João.
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Zé Baiano (FOTO)
Nunca houve represálias do Rei do Cangaço. Isso porque foi convencido por Maria Bonita que uma vingança não valeria a pena, dado que a cidade ainda tinha um canhão para a defesa local e que Zé Baiano era um homem com uma imagem manchada por ter enriquecido com o dinheiro da população. A polícia do estado, porém, ao descobrir o fato, rumou à cidade de Frei Paulo, onde desenterraram os corpos e os analisaram, identificando os cangaceiros.
Os cadáveres, enterrados num formigueiro, estavam em estado avançado de putrefação. Os três aliados de Zé — e a cabeça decapitada do bandido — foram fotografados e seus corpos foram novamente enterrados no local.
Lídia: amor e desdita
No segundo semestre de 1931, depois de uma viagem por Alagoas e Pernambuco para se reabastecer de munição, Lampião havia escondido a munição excedente na fazenda Maranduba, perto da Serra Negra, indo descansar nas imediações do povoado Poços, na entrada do Raso da Catarina. Ele conseguira também com seus amigos em Pernambuco algumas armas, porém a maior parte apresentava defeitos. Decidiu então levá-las para o seu amigo Venâncio Teixeira, residente em Olhos d’Água do Sousa, nas imediações de Santo Antônio da Glória – Venâncio era muito bom nesse negócio de armas velhas, deixava-as novinhas em folha.
No caminho, Zé Baiano começou a sentir dor de cabeça. Tinha febre. Tremia de frio em pleno meio-dia. Estava saindo um caroço no pescoço. Não suportava nem o chapéu na cabeça.
Lampião conhecia um velho chamado Luís Pereira, que morava no Salgadinho, ao lado da Serra do Padre. A mulher dele, Maria Rosa (dona Baló), era costureira e já havia feito muitas roupas para os cangaceiros. Lampião pediu ao velho que cuidasse do doente, enquanto o resto do bando prosseguia a viagem.
A casa de Luís Pereira tinha uma sala ampla, 3 quartos, cozinha espaçosa, e no fundo ficava o chiqueiro dos bodes, pegado a um tanque. Zé Baiano passou uns 15 dias ali. O tumor era tratado com remédios dos matos – chás e emplastros de ervas. Era bem cuidado por todos, inclusive pela filha caçula de Luís Pereira, chamada Lídia, uma linda garota de 15 anos. Quando ficou bom, o cangaceiro fugiu com a menina.
Lídia não foi propriamente raptada, mas, muito jovem, não sabia o que estava fazendo, e no mesmo dia, ao perceber a vida que teria pela frente, tendo de dormir nos matos e viver se escondendo como bicho, se arrependeu de ter saído de casa. Mas aí já era tarde.
Zé Baiano fazia de tudo para agradá-la. Cobria-a de presentes. Quando iam comer, ele reservava os melhores pedaços de carne para ela, cortava a carne em pedacinhos e punha-os na boca de sua beldade. Só tinha olhos para ela.
Nada, porém, era capaz de tirar da mente da garota a mágoa por ter sido arrancada do convívio de sua família. Não escondia de ninguém a revolta com o seu destino. No fundo, odiava Zé Baiano, o causador de sua desgraça.
Havia no bando um cangaceiro chamado Ademórcio, que Lídia conhecia desde criança, nascido e criado no Arrastapé. No bando, ele recebera o apelido de Bentevi. Aquele era o rapaz com quem ela gostaria de viver, e se ambos não tivessem sido arrastados para o cangaço poderiam, quem sabe, ter casado, pois seus pais eram amigos. Com o tempo, Lídia e Bentevi passaram a corresponder-se.
Encontravam-se às escondidas sempre que Zé Baiano estava viajando.
Lídia Pereira de Sousa foi possivelmente a mais bonita das mulheres que participaram do cangaço. Era uma morena cor de canela, de cabelo liso, rosto bem delineado, lábios carnudos, olhos negros, com uma dentadura que parecia um colar de pérolas.
Um cangaceiro chamado Coqueiro apaixonou-se por ela. Vivia seguindo-lhe os passos. Certo dia, viu-a mantendo relações sexuais com Bentevi. Coqueiro deixou que os dois terminassem o ato. Bentevi vestiu-se, foi embora. Lídia ficou só. Então, Coqueiro apresentou-se, dizendo:
 – Eu vi tudo, do cumeço até o fim. E eu quero tamém...
 Lídia refugou:
– Vai-te pros inferno, cabra nojento! Nun tá veno qui eu nun me passo pra um canaia da tua marca? Nun seja besta!
– Ou resorve ou vou contá tudo a Zé Baiano... E tem qui sê agora...
– Pode ir contá até pro diabo! Eu já diche qui não, e pronto!
Isto foi na segunda semana de julho de 1934. O bando estava acoitado perto de Poço Redondo, nas Pias das Panelas, junto ao Riacho do Quatarvo, em terras da fazenda Paus Pretos do coronel Antônio Caixeiro. Lampião tinha chegado de Alagadiço, onde havia matado um filho de Cazuza Paulo. Zé Baiano havia ficado por lá para fazer umas “cobranças” junto a fazendeiros daquela região. Quando ele chegou às Pias das Panelas, Coqueiro decidiu contar o que tinha visto. À noite, os cangaceiros estavam sentados no chão, uns vinte ou trinta, inclusive as mulheres, em volta do fogo onde assavam carne de bode. O delator expôs o que viu, omitindo, porém, a parte que o comprometia. Zé Baiano franziu a testa, os olhos arregalados, como se não estivesse escutado direito, e rosnou para a companheira:
 – O qui esse sujeito tá dizeno é verdade, Lida?
– É verdade, Zé – sustentou Lídia, com voz firme. – Só qui esse canaia nun diche a histora toda... Ele dexou de dizê o preço qui izigiu pelo segredo. Ele quiria qui eu desse a ele tamém, pra nun lhe contá. Se eu tenho qui morrê, qui morra, mais um cabra safado desse nun me come!
Um silêncio de chumbo caiu sobre o acampamento. Zé Baiano ficou olhando para Lampião, aguardando ordens.
Lampião levantou-se, andou de um lado para outro, remoendo o terrível problema. Depois, sentenciou:
 – O causo dela aí o cumpade Zé Baiano é qui resorve. Ela é dele, faça o qui achá qui deve fazê.
 Fez uma pausa, ajeitou os óculos, e continuou:
 – Agora, Coquero e Bentevi é cum a gente mermo. Gato, mate esses cabra!
Gato puxou o parabelo, aproximou-se de Coqueiro e deu-lhe um tiro na cabeça. Coqueiro, colhido de surpresa, não esboçou nenhuma reação. Não teve tempo sequer de pedir clemência.
Chegada a vez de Bentevi, percebeu-se que ele havia fugido. Os cabras queriam ir procurá-lo, mas Lampião mandou que tivessem calma:
– Deixem ele. Bentevi é subordinado a cumpade Virgínio, qui nun tá presente. Vou dexá qui ele dicida a sorte desse fio dũa égua.
Zé Baiano mandou que Demudado amarrasse Lídia num pé de imburana. Ele, que já supliciara tantos homens e mulheres com a sua palmatória de baraúna, de repente estava sem saber o que fazer. Lídia era tudo para ele. Passou o resto da noite acordado, sem falar com ninguém. Quando o dia amanheceu, pegou um cacete, foi até o pé de imburana, desamarrou a mulher e matou-a a pauladas, quebrando-lhe vários ossos. Lídia não emitiu uma palavra sequer, não gritou, nem ao menos gemeu. Como arremate, Zé Baiano esmagou a sua cabeça, como se faz com uma cobra. Sangue e massa cefálica esguicharam pela boca, narinas, olhos e ouvidos.
Depois, sem pedir ajuda a ninguém, o cangaceiro cavou uma cova rasa, enterrou-a e, não suportando mais, chorou. 
Junto ao pé de imburana, no sangue coagulado, começou a juntar formigas.
A Morte de Zé Baiano
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Pedro Guedes, Toinho, Birindin, Dedé,
Antonio de Chiquinho e Pedro de Nica (FOTO)
A rotina era essa: Zé Baiano extorquia dinheiro de uns para emprestar a outros, a juros.
Na região de Alagadiço, quem mais devia a Zé Baiano era Ioiozinho Capitinga, dono da fazenda Jiboia. Havia poucos dias, o cangaceiro tinha-lhe emprestado 20 contos de réis.
Antônio de Chiquinho também devia dinheiro a Zé Baiano. Não se sabe quanto. Segundo Alcino Costa, estes empréstimos geraram a suspeita de que a traição do coiteiro tivesse sido motivada por interesses de seus devedores, entre eles Ioiozinho Capitinga e o próprio Antônio de Chiquinho. “O que se sabe de real e verdadeiro” – escreveu Alcino Costa – “é que a morte do cangaceiro chega no momento em que Ioiozinho, por exemplo, mais que depressa se desfaz de seus burros e compra a maior loja de tecidos de Frei Paulo; tudo fazendo crer que o dinheiro de Zé Baiano o empurra para o caminho da riqueza. Muda-se para a capital, Aracaju, aumentando a sua grande fortuna com os lucros obtidos com a Casa da Seda. Tempos depois, vende a loja de Frei Paulo ao empregado Justiniano Batista de Oliveira e deixa Sergipe, indo residir no oeste da Bahia com o ramo da pecuária.”
Alcino Costa prossegue dizendo que Antônio de Chiquinho, que era o homem da maior confiança de Zé Baiano, fazia de tudo para agradá-lo, promovia bailes e festas em sua casa. “As reuniões são quase todas na fazenda Baixio; pode-se dizer que eram festas familiares, tão grande era a afinidade e a intimidade dos bandidos com aquele povo”. Depois de falar da forma bárbara como o cangaceiro havia matado sua mulher, Lídia, passando dias amargurado, pois sem dúvida era apaixonado pela morta, a mais bonita de todas as cangaceiras, o autor prossegue: “Mas agora o seu coração de homem estava amando. Amava e queria justamente uma das filhas do amigo Antônio. Moça também bonita, amorenada, alta e esbelta, cabelos grandes e pele macia. O cangaceiro a cada dia mais deseja aquela mulher”.
Felipe de Castro vai além, afirmando que Zé Baiano se amancebou com uma filha de Antônio de Chiquinho, chamada Zefa.
Sujeito destemido, conceituado, Antônio de Chiquinho vivia incomodado com o futuro de sua filha, uma menina, que corria o risco de ser arrastada para a perdição sem volta. Juntando tudo, o coiteiro concluiu que matando Zé Baiano se resolviam três questões: seu problema com a polícia, a confusão com sua filha e a quitação das dívidas.
Há exageros e equívocos nessas informações. Antônio de Chiquinho não tinha nenhuma filha chamada Zefa. As filhas de Antônio de Chiquinho chamavam-se Lindinalva (Lindô), Luísa, Salvelina (Salva) e Avilete. A mais velha era Lindô, e a mais bonita era Luísa. O interesse do cangaceiro seria por Luísa. Porém os antigos moradores de Alagadiço não confirmam nada que desabone aquelas moças. O que havia era muito fuxico, e talvez inveja, pois Zé Baiano era rico e muitas jovens eram loucas para se arranjar com ele.
Quanto às insinuações envolvendo dinheiro, não se tem notícia se Ioiozinho Capitinga, Antônio Franco e os grandes devedores ofereceram ou deram alguma vantagem pecuniária ao coiteiro pelo seu “trabalho”.
Seja como for, uma série de fatores contribuiu para que Antônio de Chiquinho tomasse a decisão que tomou. Ele vinha sendo vigiado e perseguido pela polícia. Depois de ser preso duas vezes, ele passou uns tempos escondido na fazenda de Totonho do Mulungu (Antônio Joaquim de Andrade), foi para a Usina Central e em seguida para a Usina São José, na Cotinguiba. Quando voltou ao Alagadiço, foi preso novamente pela volante de Zé Rufino e levado para Carira, dizendo o comandante que ia enviá-lo para Jeremoabo, na Bahia. Donana, a esposa de Antônio de Chiquinho, viajou para Laranjeiras a fim de pedir a Zezé do Pinheiro para interceder pelo marido junto ao governador do Estado. Zezé do Pinheiro e o coronel Antônio Franco, poderosos usineiros da Cotinguiba, conseguiram barrar a ida do coiteiro para a Bahia – no último minuto, chegou a Carira um telegrama do interventor federal ordenando a liberação do preso.
Consta que o plano de eliminação de Zé Baiano foi combinado por Antônio Conrado com o tenente Afonso Antônio da Mota, que era o comandante das forças volantes sergipanas. O tenente queria envolver a polícia no plano, mas Antônio de Chiquinho não concordou – não confiava em macaco.
Antônio de Chiquinho tinha um pequeno comércio e era marchante. Havia sido preso pela terceira vez em abril de 1936. Ao ser solto, ele voltou a Alagadiço disposto a matar Zé Baiano, de acordo com o plano traçado por Antônio Conrado.
O mais difícil era a escolha de outras pessoas para ajudá-lo, pois Zé Baiano nunca andava sozinho. Antônio precisava procurar uns quatro ou cinco amigos da maior confiança, e estes teriam de ser cabras dispostos, que não fossem se acovardar na hora da verdade. Primeiro pensou em Pedro de Nica, um sujeito valentão, temido naquelas paragens – ninguém sabe como já não tinha se tornado cangaceiro. Pensou também em Pedro Guedes, um rapagão enorme, de 24 anos.
A seleção foi mais fácil do que Antônio esperava. Pedro de Nica e Pedro Guedes disseram que topavam. Os outros escolhidos eram empregados de Antônio de Chiquinho: Toinho (Antônio de Júlia) e Dedé de Lola, que trabalhavam em sua fazenda, e Birindim, seu ajudante de marchante.
Escolhidos os companheiros, passou-se a aguardar uma oportunidade propícia.
Zé Baiano tinha uma grande e respeitosa estima pela professora Prazeres, que lecionava na fazenda Altamira, de Antônio de Inês. Ele costumava acoitar nessa fazenda.
No início de junho, Antônio de Chiquinho soube que a Festa de São João na Altamira ia ser um sucesso.
Na zona do Guedes e das Pias só se falava então no baile da professora. Com certeza Zé Baiano estaria lá. Antônio de Chiquinho pensou em surpreender Zé Baiano durante a festa. O problema é que nessas festas costumavam aparecer também os grupos de cangaceiros chefiados por Zé Sereno e Canário. Não ia dar certo. A coisa teria de ser feita ou antes ou depois.
Foi quando, no dia 3 de junho de 1936, quarta-feira, Antônio recebeu um recado de Zé Baiano dizendo que estava precisando de mantimentos, os de costume – jabá, feijão, farinha, café, sal, açúcar, fumo, rapadura, querosene...
Antônio de Chiquinho decidiu que era chegada a hora. Mas precisava saber quantos cangaceiros estavam com Zé Baiano. Para verificar isso, enviou Dedé, numa missão aparentemente inocente: Dedé iria dizer ao cangaceiro que Antônio de Chiquinho estava custando a levar a encomenda porque vinha sendo vigiado pela polícia, mas no domingo à tarde, depois da feira, a encomenda seria entregue, sem falta.
Dedé encontrou Zé Baiano na fazenda Preá. Deu o recado. Notou que ele estava com apenas dois cangaceiros, Demudado e Chico Peste.
Ao saber que Zé Baiano estava somente com dois cabras, Antônio de Chiquinho animou-se. Ia ser fácil.
No domingo, 7 de junho de 1936, Zé Baiano, acompanhado de Demudado, Chico Peste e um cangaceiro novato chamado Acilino, passou de manhã pela fazenda Altamira para saber como iam os preparativos para a festa. A professora Prazeres o recebeu com alegria, disse que ele não poderia faltar e mandasse chamar também os primos de Poço Redondo. Zé Baiano disse que viria, com certeza, e ia mandar chamar Zé Sereno e Manoel Moreno. Zé Baiano tinha encomendado presentes para algumas moças. Só pelo feitio de um vestido tinha pagado 30 mil-réis. Despediu-se da professora e foi para a fazenda Baixio, do amigo Antônio de Chiquinho.
Antônio de Chiquinho não se encontrava na fazenda porque, sendo domingo, dia de feira no povoado, ele estava ocupado, pois era marchante. Porém, ao dar meio-dia, Zé Baiano começou a ficar desconfiado da demora do coiteiro, pois a feira de Alagadiço terminava antes do meio-dia, Antônio de Chiquinho só matava um carneiro e um porco, e portanto já devia estar na fazenda. Zé Baiano deixou um recado para que Antônio de Chiquinho fosse encontrá-lo na fazenda Lagoa Nova – a Lagoa Nova pertencia justamente a Pedro de Nica, um dos homens que Antônio de Chiquinho tinha convidado para a melindrosa empreitada.
Antônio de Chiquinho e os companheiros chegaram ao Baixio logo depois com as encomendas. Ao tomarem conhecimento de que os cangaceiros tinham ido para a Lagoa Nova, rumaram para lá. Conheciam o esconderijo, que ficava não muito longe da estrada, a meia légua do Baixio.
Antônio ia um pouco apreensivo. Desde que fora preso, nunca mais tinha se encontrado com Zé Baiano.
Além dos mantimentos, os coiteiros levavam também uma pá e uma picareta. Perto da Lagoa Nova, esconderam as ferramentas no mato. Apenas Antônio de Chiquinho ia armado – portava um parabelo. Dedé levava um facão metido na bainha, preso na cintura.
Deixaram a estrada e seguiram por uma vereda do gado. Logo adiante, avistaram os cangaceiros, sentados no chão, debaixo de umas baraúnas. Zé Baiano e seu cangaceiro de confiança, Demudado, vieram ao encontro dos coiteiros. Zé Baiano estava aborrecido com a demora. Antônio justificou-se explicando que seus passos estavam sendo vigiados, tinha sido preso...
– Não, Antonho, você nun tem discupa, andou munto má!
Demudado emendou:
– Cuma é qui você fais nóis isperá nun sei quantos dia? Tá pensano o quê? E pere aí: pur qui é qui aquele cabra tá cum um facão?
Dito isto, Demudado tomou o facão de Dedé e deu-lhe uns safanões, segurando-o pela abertura da camisa, chegando a rasgar a jabiraca que o coiteiro usava no pescoço. Zé Baiano também queria saber para que Dedé queria o facão.
Dedé explicou que era carreiro e precisava tirar uns paus a fim de fazer uns canzis e fueiros para o carro de bois. A resposta não convenceu Demudado, que objetou:
 – Mais qui mintira é essa, cabra? Hoje é dumingo... Ninguém trabaia no dumingo! Nun é pecado?
– Cortá ũas varinha nun é trabaio... – justificou-se Dedé.
Antônio de Chiquinho contemporizou:
 – Voceis tão fazeno ũa tempestade num copo d’água. Pra qui diabo serve um facão? Acho qui Demudado nun pricisava dismoralizá o meu carrero...
– Nóis nun gosta de vê coitero armado! – disse Zé Baiano.
– Apois eu tou armado – avisou Antônio de Chiquinho. – Tou cum meu parabelo.
– Ora, Antonho, você é meu amigo! Você pode! Agora, me diga ũa coisa: qui diabo tá haveno hoje, Antonho? Pur que você veio cum tantos home?
– Oxente! E cuma era qui eu pudia trazê essas coisa toda sozim? Eu nun sou jegue não... Eles viero pra me ajudá...
– Hum! Já vi você sozim carregá munto mais coisas, Antonho!
– É qui eu tou ficano véio... – brincou Antônio de Chiquinho.
 Todos riram. Zé Baiano conformou-se. Estava entre amigos. Conhecia Pedro Guedes, Toinho e Birindim. Só nunca tinha visto Pedro de Nica. Perguntou quem era. Antônio de Chiquinho respondeu que Pedro de Nica era justamente o dono daquele lugar onde eles estavam, e era gente de confiança, tinha vindo para ajudar. Zé Baiano comentou:
 – É... cabra forte... dava um bom cangacero...
 Antônio de Chiquinho aproveitou a oportunidade e observou, meio desinteressadamente:
 – Tou notano qui você tá cum um cabra novo. Eu só cunheço Demudado e Chico Peste. Quem é o outo?
Zé Baiano respondeu que o novato se chamava Acilino. Era da fazenda Pulgas, ao lado das Cotias, na zona do Gameleiro. Tinha ingressado no bando no dia anterior. Parente de Chico Peste, nascido e criado no Bandeira.
Passados aqueles momentos de tensão, todos relaxaram. Antônio de Chiquinho mandou que os companheiros acendessem o fogo, pois ele tinha trazido uma buchada de carneiro já pronta, bastava esquentar. Tinha trazido também três litros de conhaque.
O plano era este: embriagar os cangaceiros para facilitar o ataque; Antônio de Chiquinho seguraria Zé Baiano, Toinho e Birindim pegariam Demudado, e Dedé de Lola ficaria com Chico Peste; bastava agarrá-los, para que Pedro Guedes e Pedro de Nica, que ficavam sobrando, pudessem matá-los. O problema é que encontraram um cangaceiro a mais. Enquanto acendiam o fogo, numa trempe de pedras, Antônio de Chiquinho falou baixo para os companheiros:
– Tem nada não. Pedo Guede ajuda Toinho, e Birindim fica cum o discunhicido. Pedo de Nica mata tudo sozim.
Alegando que estava fazendo muito calor, Antônio de Chiquinho tirou a jabiraca do pescoço e depois a camisa. Lutar sem camisa era mais fácil. Tirou também o parabelo e colocou-o ao pé de uma árvore. Como haviam combinado, os companheiros também se queixaram do calor e tiraram suas camisas.
Antônio de Chiquinho abriu um litro de conhaque e foi o primeiro a tomar um trago, para mostrar que a bebida não tinha veneno. A garrafa foi passando de mão em mão, cada um despejando a bebida na boca diretamente do gargalo, pois não havia copos ou canecos.
Só Zé Baiano não bebeu:
– Quero não. Bibida é coisa de gente rũim...
Quando a buchada começou a ferver, Antônio de Chiquinho tirou a panela do fogo, preparou o pirão e fez um molho com bastante pimenta. Cada homem encheu o seu prato. Sentaram-se nas sombras das árvores e foram comer. A essa altura, já estavam no segundo ou terceiro litro de conhaque. A bebida aumentava o apetite. Comiam com ganância, mastigando forte, como bichos. E haja conhaque.
O fato de Zé Baiano se manter sóbrio não era problema para Antônio de Chiquinho, porque, apesar de Zé Baiano ser um homem grandalhão e corpulento, não tinha força no braço direito, em virtude de um ferimento recebido tempos atrás.
Quando terminaram de comer, alguns se deitaram no chão para dormir. Outros continuaram sentados, proseando, contando lambanças, como era de costume. Zé Baiano mostrou a Antônio de Chiquinho um lindo punhal com incrustações de ouro, sendo o cabo e a bainha de prata, uma verdadeira obra de arte, presente de Lampião.
Conversa vai, conversa vem, Antônio de Chiquinho começou a cantar uma musiquinha que estava na moda, cuja letra tinha um trecho mais ou menos assim: “Ajoelha, Marica! / Mulher comprida / De cabeça seca. / Já soube / que estou nos braços de Marinete?”. Tinha sido combinado que esta seria a senha para o ataque. Antônio de Chiquinho pôs-se de pé e continuou cantando a musiquinha meio desafinado. Chico Peste, completamente bêbado, esparramou-se debaixo de um pé de esporão-de-galo e fechou os olhos. Os coiteiros aguardavam impacientes o momento em que seriam cantados os versos da senha combinada. No ponto certo, Antônio de Chiquinho caprichou na letra:
– Ajueia, Marica, muié cumprida, de cabeça seca, já soube qui tou nos braço de Marinete?
E aí o mundo fechou. Antônio de Chiquinho e Pedro de Nica voaram em cima de Zé Baiano, ao tempo em que Pedro Guedes e Toinho se atracavam com Demudado, enquanto Birindim se engalfinhava com Acilino, e Dedé pegava Chico Peste.
Parecia uma briga de touros. Tendo ajudado Pedro Guedes a dominar Demudado, Toinho deu uma cacetada em Chico Peste, que conseguira desvencilhar-se de Dedé. Dedé correu para pegar o facão, e Chico Peste precipitou-se atrás dele, com o punhal na mão. Toinho gritou:
– Coidado, Dedé!
Dedé voltou-se, brandiu o facão, golpeando o cangaceiro no pescoço. Chico Peste caiu, e Dedé deu-lhe mais três facãozadas, acabando de matá-lo. Correu em seguida para socorrer Birindim, que estava atracado no chão com Acilino, e enfiou o punhal no cabra, à altura do tórax.
Toinho e Pedro Guedes estavam tendo dificuldades com Demudado. Pedro de Nica deixou Zé Baiano com Antônio de Chiquinho e foi socorrer os companheiros. Toinho aplicou quatro punhaladas em Demudado. Pedro Guedes deu um empurrão, e Demudado caiu, se estrebuchando, arrastando-se, tentando alcançar o fuzil. Pedro de Nica acabou de matá-lo, enfiando-lhe o punhal bem na veia do pescoço.
Antônio de Chiquinho havia dominado por completo Zé Baiano, já que o cabra só tinha força no braço esquerdo, pois o direito só servia para manejar o fuzil, era meio dormente. O cangaceiro esbatia-se no chão, esperneava-se, urrando como uma fera no laço, com Antônio de Chiquinho montado sobre ele, ajudado agora pelos companheiros. A camisa de Zé Baiano estava toda rasgada. A luta tinha sido terrível, e o cangaceiro, cansado, aflito, molhado de suor, aos berros, subjugado pelos coiteiros, implorava que o soltassem, prometendo que nada de mal faria a eles, lhes daria o tudo o que tinha.
– Cadê o seu dinhero?! – perguntou Antônio de Chiquinho.
– Tá tudo nos meus bolso. Tem uns seis conto e pouco.
– Só? E o resto? Onde tá o resto?!
– Nun tenho mais aqui purque meus dinhero tão imprestado.
– Deixem ele ficá im pé – disse Antônio de Chiquinho aos companheiros. – Vamo fazê um trato, Zé Baiano. Se você diché os nome de todo mundo pra quem você imprestou dinhero e quanto imprestou a cada um nóis lhe sorta.
– Eu imprestei esta sumana vinte conto a Ioiozinho Capitinga e mais vinte a outos fazendero.
– Diga os nome – ordenou Antônio de Chiquinho –. Eu quero qui você diga o nome de um pur um, e quanto foi qui imprestou.
O cangaceiro passou a citar nomes e valores. Era muita gente. Uma fortuna.
Antônio de Chiquinho fez uma proposta aos companheiros:
– Vamo prendê ele num quarto bem fechado qui eu tenho na mĩa casa, nóis fais ele ficá sem roupa e obriga ele a iscrevê ũas carta pros fazendero, e daqui uns vinte ou trinta dia nóis mata ele...
Pedro de Nica deu sinal de que concordava com a proposta. Zé Baiano viu ali uma forma de ganhar tempo. Prometeu:
– Amanhã vou recebê setenta conto e dou tudo a voceis. Me sortem!... Me sortem!... Pelo amô de Nossa Sinhora, me sortem!...
Então Pedro Guedes se postou na frente do cabra e disse:
– Ô seu peste, cê tá lembrado da morte de Moisés, fio de Cazuza Paulo? Cê teve pena dele, quando sangrou o rapais sem nĩhum mutivo?
– Eu tenho munto dinhero! Dou tudo a voceis! Vou dexá voceis rico! Eu prometo qui vou simbora daqui pra bem longe, dexo o cangaço! Antonho, pelo amô de Nossa Sinhora, me sarve! Se alembre de nossa amizade! Quano foi qui eu lhe fartei cum a palava? Pelo amô de Deus, Antonho, nun me mate!...
Antônio de Chiquinho era um homem bom. Seu coração amoleceu ante os rogos do amigo. Estava propenso a soltá-lo. Ponderou:
– Nóis pudia dexá esse cabra ir simbora...
– Nada disso! – gritou Pedro Guedes.
E, antes que Antônio de Chiquinho tomasse qualquer atitude maluca, Pedro Guedes aplicou uma punhalada no cangaceiro, e Birindim, outra, ambas na clavícula. Zé Baiano, ao cair, gemeu, dizendo: 
– Matou-me agora...
O cangaceiro tentou levantar-se, mas Pedro de Nica e Dedé o seguraram pelas pernas e o atiraram de novo ao chão, enquanto Birindim lhe aplicava várias punhaladas no peito. Em seus estertores, ofegando, de olhos esbugalhados, Zé Baiano murmurou:
 – Se acabou-se o home de Segipe...
Foram estas suas últimas palavras, pois logo em seguida recebeu mais duas punhaladas de Birindim. Pedro Guedes pegou o facão de Dedé e cortou o pescoço do cangaceiro.
A luta durara cerca de 5 minutos. Em toda parte, a terra estava revolvida, o mato estava amassado, e sentia-se um cheiro de sangue insuportável.
 Eram 4 horas da tarde do dia 7 de junho de 1936.
Os matadores diziam que em dinheiro só encontraram nos bolsos de Zé Baiano pouco mais de seis contos, informação esta pouco confiável. Além do dinheiro, eles recolheram 3 rifles, vários punhais, sendo um com cabo e bainha de prata, um parabelo e outras pistolas e revólveres, muita munição e diversos artefatos de ouro. Porém isto é o que foi declarado oficialmente. 
Falta muita coisa nessa relação. A bandoleira do fuzil de Zé Baiano era toda enfeitada de moedas de ouro. Seu chapéu tinha 65 medalhas de ouro na testeira e duas alianças na barbela. Isso tudo sumiu. Na relação dos bens apresentados às autoridades não constam os bornais dos cangaceiros. Ora, era nos bornais que os cangaceiros carregavam seus pertences de valor, especialmente dinheiro. Cada cangaceiro costumava portar quatro bornais. Falou-se que em vez dos 6 contos e quebrados que foram declarados, somente de Zé Baiano os matadores se apossaram de mais de 25 contos de réis.
Os quatro corpos foram enterrados num formigueiro, onde a terra era fácil de ser cavada.
Terminado tudo, sujos de barro e sangue, os coiteiros limparam-se com o que sobrou do conhaque. A caminho do povoado, passaram por um tanque e se lavaram bem. Só à noite voltaram para casa. Os objetos dos cangaceiros foram guardados na casa da mãe de Birindim.
Combinaram guardar segredo, porque temiam o que poderia vir a acontecer quando Lampião soubesse do fato. Não só Lampião, mas também, e principalmente, Zé Sereno e Manoel Moreno, primos de Zé Baiano.
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mercurionaveia · 5 years
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The Nativity with Donors and Saints Jerome and Leonardca. 1510–15
Gerard David  (Netherlandish, Oudewater ca. 1455–1523 Bruges)
Oil on canvas, transferred from wood
Dimensions:Central panel 35 1/2 x 28 in. (90.2 x 71.1 cm); each wing 35 1/2 x 12 3/8 in. (90.2 x 31.4 cm)
The Jules Bache Collection, 1949
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Alberto Caeiro 
VIII - Num meio-dia de fim de Primavera
VIII
Num meio-dia de fim de Primavera
Tive um sonho como uma fotografia.
Vi Jesus Cristo descer à terra.
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe.
Tinha fugido do céu.
Era nosso demais para fingir
De segunda pessoa da Trindade.
No céu era tudo falso, tudo em desacordo
Com flores e árvores e pedras.
No céu tinha que estar sempre sério
E de vez em quando de se tornar outra vez homem
E subir para a cruz, e estar sempre a morrer
Com uma coroa toda à roda de espinhos
E os pés espetados por um prego com cabeça,
E até com um trapo à roda da cintura
Como os pretos nas ilustrações.
Nem sequer o deixavam ter pai e mãe
Como as outras crianças.
O seu pai era duas pessoas —
Um velho chamado José, que era carpinteiro,
E que não era pai dele;
E o outro pai era uma pomba estúpida,
A única pomba feia do mundo
Porque não era do mundo nem era pomba.
E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.
Não era mulher: era uma mala
Em que ele tinha vindo do céu.
E queriam que ele, que só nascera da mãe,
E nunca tivera pai para amar com respeito,
Pregasse a bondade e a justiça!
Um dia que Deus estava a dormir
E o Espírito Santo andava a voar,
Ele foi à caixa dos milagres e roubou três.
Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido.
Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.
Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz
E deixou-o pregado na cruz que há no céu
E serve de modelo às outras.
Depois fugiu para o Sol
E desceu pelo primeiro raio que apanhou.
Hoje vive na minha aldeia comigo.
É uma criança bonita de riso e natural.
Limpa o nariz ao braço direito,
Chapinha nas poças de água,
Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.
Atira pedras aos burros,
Rouba a fruta dos pomares
E foge a chorar e a gritar dos cães.
E, porque sabe que elas não gostam
E que toda a gente acha graça,
Corre atrás das raparigas
Que vão em ranchos pelas estradas
Com as bilhas às cabeças
E levanta-lhes as saias.
A mim ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as coisas.
Aponta-me todas as coisas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando a gente as tem na mão
E olha devagar para elas.
Diz-me muito mal de Deus.
Diz que ele é um velho estúpido e doente,
Sempre a escarrar no chão
E a dizer indecências.
A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia.
E o Espírito Santo coça-se com o bico
E empoleira-se nas cadeiras e suja-as.
Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica.
Diz-me que Deus não percebe nada
Das coisas que criou —
«Se é que ele as criou, do que duvido.» —
«Ele diz, por exemplo, que os seres cantam a sua glória,
Mas os seres não cantam nada.
Se cantassem seriam cantores.
Os seres existem e mais nada,
E por isso se chamam seres.»
E depois, cansado de dizer mal de Deus,
O Menino Jesus adormece nos meus braços
E eu levo-o ao colo para casa.
Via MERCURIONAVEIA
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celialemos · 4 years
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BOA NOITE, QUERIDOS... Leiam e emocionem-se ... POEMA DO MENINO JESUS Num meio-dia de fim de Primavera Tive um sonho como uma fotografia. Vi Jesus Cristo descer à terra. Veio pela encosta de um monte Tornado outra vez menino, A correr e a rolar-se pela erva E a arrancar flores para as deitar fora E a rir de modo a ouvir-se de longe. Tinha fugido do céu. Era nosso demais para fingir De segunda pessoa da Trindade. No céu era tudo falso, tudo em desacordo Com flores e árvores e pedras. No céu tinha que estar sempre sério E de vez em quando de se tornar outra vez homem E subir para a cruz, e estar sempre a morrer Com uma coroa toda à roda de espinhos E os pés espetados por um prego com cabeça, E até com um trapo a roda da cintura Como os pretos nas ilustrações. Nem sequer o deixavam ter pai e mãe Como as outras crianças. O seu pai era duas pessoas - Um velho chamado José, que era carpinteiro, E que não era pai dele; E o outro pai era uma pomba estúpida, A única pomba feia do mundo Porque não era do mundo nem era pomba. E a sua mãe não tinha amado antes de o ter. Não era mulher: era uma mala Em que ele tinha vindo do céu. E queriam que ele, que só nascera da mãe, E nunca tivera pai para amar com respeito, Pregasse a bondade e a justiça! Um dia que Deus estava a dormir E o Espírito Santo andava a voar, Ele foi à caixa dos milagres e roubou três. Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido. Com o segundo criou-se eternamente humano e menino. Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz E deixou-o pregado na cruz que há no céu E serve de modelo às outras. Depois fugiu para o Sol E desceu pelo primeiro raio que apanhou. Hoje vive na minha aldeia comigo. É uma criança bonita de riso e natural. Limpa o nariz ao braço direito, Chapinha nas poças de água, Colhe as flores e gosta delas e esquece-as. Atira pedras aos burros, Rouba a fruta dos pomares E foge a chorar e a gritar dos cães. E, porque sabe que elas não gostam E que toda a gente acha graça, Corre atrás das raparigas Que vão em ranchos pelas estradas Com as bilhas às cabeças E levanta-lhes as saias. A mim ensinou-me tudo. En https://www.instagram.com/p/CLQaBOWnmSW/?igshid=1ryckoausvpmh
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Mais de 50 000 mulheres foram assassinadas na Europa e América do Norte pela acusação de bruxaria. A morte poderia ser por afogamento ou enforcamento, mas a maioria era queimada na fogueira porque essa era a forma mais dolorosa. Listei alguns motivos que levaram mulheres a serem consideradas bruxas que mereciam a morte: • Inúmeras porque eram curandeiras e sabiam lidar com a medicinas das ervas • Inúmeras porque eram velhas, feias, teimosas, irreverentes, esquisitas, solitárias, resmungonas ou de mau gênio. Dentre essas, uma de 80 anos foi para a fogueira porque tinha uma perna só e muitas verrugas, que é óbvio sinal do demônio • Inúmeras porque desagradaram alguma autoridade. Num caso, uma mulher foi queimada porque ganhou uma ação judicial contra um grupo de carpinteiros, desagradando à Igreja que viu isso como evidente bruxaria Alguns casos específicos de mulheres que foram queimadas como bruxas porque: • Engravidou quando já era “velha demais” para isso • Tinha uma filha com epilepsia, que era uma doença do demônio • Ficou viúva de três maridos • Contou à vizinha que teve contato com o espirito de uma garota falecida • O país (no caso Dinamarca) estava passando por muitas tempestades, obviamente causada pelas bruxas; daí várias mulheres foram torturadas e uma confessou ter enviado demônios para o mar para provocar as tempestades. O sacrifico e sofrimento dessas mulheres não foi em vão. Elas são nossas ancestrais e de certa forma continuam em cada mulher que tenta fazer seu próprio caminho. Por Bia Picchia. Não se deixe queimar na ignorância e no preconceito que impera nos dias de hoje, sejamos mais luz e menos hipocrisia. ( Transição Evolutiva ) (em Ilê Axé Odé Ofá Ominderé) https://www.instagram.com/p/B4Pf72RnkCZ/?igshid=kekj9kg1m0m1
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Fanfic: Pinturas e fotografias (Prucan Week 2019)
Link da fanfic: https://www.spiritfanfiction.com/historia/pinturas-e-fotografias-17660842
Sinopse: Gilbert tinha sido a única pessoa/coisa/situação que Matthew conseguiu pintar e fotografar. Gilbert dizia que isso acontecia, porque "ele era incrível', mas talvez o motivo fosse algo diferente.
Fandom: Hetalia Axis Powers
Casal (Pairing): Prussia & Canada
Prompt: Dia 7 (12/10): Fate/Soul Mates | Yarrow (Destino/Almas Gêmeas | Erva de carpinteiro)
Idioma: Portugues
Author Note: Dia 7, nossa chegamos aaaaaaaaa Sempre acho q a semana prucan sempre passa mt rápido, sei lá. Foi meu segundo ano participando e foi mt legal, espero poder fazer isso ano q vem :)
Essa flor aqui no Brasil é conhecido por vários nomes, entre eles milefólio e erva de carpinteiro, q eu escolhi pra usar pq achei mt simpática. Segundo o site indicado pela prucanweek, milefólio/erva de carpinteiro significa amor eterno. Pesquisei no google, tbm pode significar cura.
Capítulo único
Matthew dava os últimos retoques na sua mais nova pintura, o quarto usando Gilbert como modelo. A partir do segundo, ele pensou que seria uma boa ideia fazer uma exposição com o tema anjos. No quadro, o anjo Gilbert estava de costas, mas olhava por cima dos ombros. Sua expressão era enigmática, talvez julgando o espectador, talvez o olhando com piedade. Suas assas estavam semiabertas, brancas como todo o corpo, exceto por uma vermelhidão na pele, por onde o osso da assa saia:
— Lindo, né? — o modelo apareceu atrás de Matthew, com duas canecas fumegantes de café.
— É lindo por que você é o modelo, ou por que fui eu que fiz? — ele se virou com um sorriso maroto nos lábios, recebendo a sua caneca após largar o pincel que usava num copo de água na mesa ao lado.
— Os dois — Gilbert deu de ombros, tomando o seu café.
Gilbert ainda usava a coroa de erva-dos-carpinteiros, um dos únicos elementos coloridos do quadro — junto com seus olhos vermelhos sangue intenso —, e sem camisa que Matthew pensava que isso era proposital:
— Chegou as fotos — o albino anunciou, dando as costas para sair do quarto-ateliê. — Tá na cozinha.
Matthew suspirou ao ter a visão das costas nuas de Gilbert. Ele via aquela tatuagem a mais de um ano, e sempre era a mesma reação, Matthew sentia seus dedos formigando, louco para traça-los sobre o desenho bonito. A tatuagem era um desenho confuso de galhos e raízes com folhas de bordô nas pontas, de cor vermelho terra, que cobria toda as costas do albino vazando para os ombros. Era uma visão bem tentadora, quando Gilbert usava regata. E Gilbert adorava falar o quanto a sua tatuagem ficava quente, quando estava modelando.
O universo das tatuagens de alma gêmea era bem simples; nem todas as pessoas tinham e nem sempre se conhecia a sua "alma correspondente", como se denominava os pares de alma gêmea. As tatuagens refletiam a alma do seu companheiro, quando mais quente mais feliz, mais frio mais triste, e se não sentia nada a pessoa morreu.
Matthew também tinha uma tatuagem, era uma espada teutônica no meio do tórax, que ia do estomago a barriga, com assas negras abertas que cobriam as suas costelas. Ele sempre se perguntou, que tipo de pessoa tinha uma alma assim. Apesar de se conhecerem, e se tornarem amigos a algum tempo, Matthew nunca contou sobre a sua tatuagem — ou como ela ficava quente enquanto pintava ou fotografava Gilbert —, afinal quando se conheceram, a ideia era só o albino modelar para um quadro, e depois nunca mais se verem. Matthew só sabia da tatuagem de Gilbert, porque ele sempre modelava sem camisa.
Gilbert tinha sido a única pessoa/coisa/situação que Matthew conseguiu pintar e fotografar. Com ele era pintar ou fotografar, não por que Matthew queria, mas porque saía muito ruim. Porém tanto as pinturas quanto as fotos que Gilbert posava saiam incríveis, mesmo as fotos tiradas no celular durante uma festa, era inacreditável. Gilbert dizia que isso acontecia, porque "ele era incrível”:
— Eu sou espetacular, não sou? — Gilbert sorriu convencido quase debruçado sobre o álbum na mesa da cozinha,
Matthew sentado ao lado, não sabia se olhava o álbum, com fotos de Gilbert demônio, ou a tatuagem dele. Seus dedos agarrando a caneca, tentando aliviar a tenção, mas na sua cabeça uma vozinha irritante gritava o tempo todo "toque":
— Você tá bem, Mattie? — ele o encarou. — Alguma coisa errada?
— Não, eu só estou um pouco cansado — Matthew deu um sorriso educado.
— Tudo bem, eu vou embora então — o modelo se endireitou na cadeira.
— Não — ele gritou, sua mão indo direto para a tatuagem do amigo.
Matthew mau percebeu quando seus dedos deslizaram pelas raízes, galhos e folhas de bordô. Os dois se encararam, seus olhos arregalados, tomados por um alto consciência:
— Mattie, você... — Gilbert sussurrou.
— Tenho — Matthew suspirou em resposta.
Matthew se endireitou na cadeira e pegou na barra da velha camiseta, coberta de tinta a óleo. As mãos de Gilbert o acompanharam, levantando a camiseta até o peito e lá estava a tatuagem. Gilbert traçou com os dedos a lâmina, o contorno das assas, admirado pelas cores predominantemente cinza e preto. Matthew suspirou, esticando a mão até o ombro do albino, para fazer o mesmo. Se enchendo de satisfação, finalmente traçando os malditos galhos, que o torturaram por muito tempo:
— Então é você, em? — Gilbert murmurou, se inclinando e beijando a tatuagem em seguida. — Eu sempre soube.
— Sim, sempre soube — ele zombou, suspirando após receber mais um beijo na tatuagem.
— Eu to falando sério — o albino sorriu. — Minha tatuagem sempre ficava tão quente quando você me pintava ou fotografava, e você passava a mão na barriga as vezes. Sabia que tinha alguma coisa aí — ele esfregou o lugar. — E eu também percebia os seus olhos compridos nas minhas costas.
— Sabia que você ficava assim de proposito — Matthew resmungou, vermelho de vergonha.
— Fico aliviado de saber que é você a minha alma correspondente — Gilbert continuou com a mão na barriga de Matthew, acariciando os traços bonitos. — Porque seria muito estranho, aparecer um desconhecido falando que é minha alma correspondente. Nós íamos acabando sendo amantes.
— Amantes? — Matthew exclamou divertido, recebendo um beijo no rosto.
— Bem, os artistas costumam ter inúmeros amantes — a essa altura, a mão de Gilbert estava por debaixo da camisa vermelha, e os dedos de Matthew deslizavam pelas suas costas.
— Não se preocupe, eu não quero nenhum amante — ele sussurrou no seu ouvido. — Só você.
Pra disfarçar a timidez, Gilbert puxou Matthew para um beijo doce e sensual, aproveitando o sentimento quente de suas tatuagens proporcionavam. Seus corações batiam tão forte, que eles tinham certeza de que eram feitos um para o outro, e que queriam viver alegrias e tristezas, até morrerem velhinhos, um do lado do outro:
— Droga Mattie, eu deveria ter puxado a sua blusa antes.
Págnas 3. Palavras 976
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passosemvolta · 7 years
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VIII - Num Meio-Dia de Fim de Primavera
Num meio-dia de fim de primavera Tive um sonho como uma fotografia. Vi Jesus Cristo descer à terra. Veio pela encosta de um monte Tornado outra vez menino, A correr e a rolar-se pela erva E a arrancar flores para as deitar fora E a rir de modo a ouvir-se de longe.
Tinha fugido do céu. Era nosso demais para fingir De segunda pessoa da Trindade. No céu era tudo falso, tudo em desacordo Com flores e árvores e pedras. No céu tinha que estar sempre sério E de vez em quando de se tornar outra vez homem E subir para a cruz, e estar sempre a morrer Com uma coroa toda à roda de espinhos E os pés espetados por um prego com cabeça, E até com um trapo à roda da cintura Como os pretos nas ilustrações. Nem sequer o deixavam ter pai e mãe Como as outras crianças. O seu pai era duas pessoas Um velho chamado José, que era carpinteiro, E que não era pai dele; E o outro pai era uma pomba estúpida, A única pomba feia do mundo Porque não era do mundo nem era pomba. E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.
    Não era mulher: era uma mala     Em que ele tinha vindo do céu.     E queriam que ele, que só nascera da mãe,     E nunca tivera pai para amar com respeito,     Pregasse a bondade e a justiça!
    Um dia que Deus estava a dormir     E o Espírito Santo andava a voar,     Ele foi à caixa dos milagres e roubou três.     Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido.     Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.     Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz     E deixou-o pregado na cruz que há no céu     E serve de modelo às outras.     Depois fugiu para o sol     E desceu pelo primeiro raio que apanhou.
    Hoje vive na minha aldeia comigo.     É uma criança bonita de riso e natural.       Limpa o nariz ao braço direito,     Chapinha nas poças de água,     Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.       Atira pedras aos burros,     Rouba a fruta dos pomares     E foge a chorar e a gritar dos cães.     E, porque sabe que elas não gostam     E que toda a gente acha graça,     Corre atrás das raparigas pelas estradas     Que vão em ranchos pela estradas     com as bilhas às cabeças     E levanta-lhes as saias.
    A mim ensinou-me tudo.     Ensinou-me a olhar para as cousas.     Aponta-me todas as cousas que há nas flores.     Mostra-me como as pedras são engraçadas     Quando a gente as tem na mão     E olha devagar para elas.
    Diz-me muito mal de Deus.     Diz que ele é um velho estúpido e doente,     Sempre a escarrar no chão     E a dizer indecências.     A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia.     E o Espírito Santo coça-se com o bico     E empoleira-se nas cadeiras e suja-as.     Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica.     Diz-me que Deus não percebe nada     Das coisas que criou —     "Se é que ele as criou, do que duvido" —     "Ele diz, por exemplo, que os seres cantam a sua glória,     Mas os seres não cantam nada.     Se cantassem seriam cantores.     Os seres existem e mais nada,     E por isso se chamam seres."     E depois, cansados de dizer mal de Deus,     O Menino Jesus adormece nos meus braços     e eu levo-o ao colo para casa.     .............................................................................     Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.     Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava.     Ele é o humano que é natural,     Ele é o divino que sorri e que brinca.     E por isso é que eu sei com toda a certeza     Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.
    E a criança tão humana que é divina     É esta minha quotidiana vida de poeta,     E é porque ele anda sempre comigo que eu sou poeta sempre,     E que o meu mínimo olhar     Me enche de sensação,     E o mais pequeno som, seja do que for,     Parece falar comigo.
    A Criança Nova que habita onde vivo     Dá-me uma mão a mim     E a outra a tudo que existe     E assim vamos os três pelo caminho que houver,     Saltando e cantando e rindo     E gozando o nosso segredo comum     Que é o de saber por toda a parte     Que não há mistério no mundo     E que tudo vale a pena.
    A Criança Eterna acompanha-me sempre.     A direção do meu olhar é o seu dedo apontando.     O meu ouvido atento alegremente a todos os sons     São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas.
    Damo-nos tão bem um com o outro     Na companhia de tudo     Que nunca pensamos um no outro,     Mas vivemos juntos e dois     Com um acordo íntimo     Como a mão direita e a esquerda.
    Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas     No degrau da porta de casa,     Graves como convém a um deus e a um poeta,     E como se cada pedra     Fosse todo um universo     E fosse por isso um grande perigo para ela     Deixá-la cair no chão.
    Depois eu conto-lhe histórias das cousas só dos homens     E ele sorri, porque tudo é incrível.     Ri dos reis e dos que não são reis,     E tem pena de ouvir falar das guerras,     E dos comércios, e dos navios     Que ficam fumo no ar dos altos-mares.     Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade     Que uma flor tem ao florescer     E que anda com a luz do sol     A variar os montes e os vales,     E a fazer doer nos olhos os muros caiados.
    Depois ele adormece e eu deito-o.     Levo-o ao colo para dentro de casa     E deito-o, despindo-o lentamente     E como seguindo um ritual muito limpo     E todo materno até ele estar nu.
    Ele dorme dentro da minha alma     E às vezes acorda de noite     E brinca com os meus sonhos.     Vira uns de pernas para o ar,     Põe uns em cima dos outros     E bate as palmas sozinho     Sorrindo para o meu sono.     ......................................................................     Quando eu morrer, filhinho,     Seja eu a criança, o mais pequeno.     Pega-me tu ao colo     E leva-me para dentro da tua casa.     Despe o meu ser cansado e humano     E deita-me na tua cama.     E conta-me histórias, caso eu acorde,     Para eu tornar a adormecer.     E dá-me sonhos teus para eu brincar     Até que nasça qualquer dia     Que tu sabes qual é.     .....................................................................     Esta é a história do meu Menino Jesus.     Por que razão que se perceba     Não há de ser ela mais verdadeira     Que tudo quanto os filósofos pensam     E tudo quanto as religiões ensinam?
/ alberto caeiro
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eliseumachado11 · 7 years
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O Senhor Deus e os ídolos
"1. Agora, pois, ouve, ó Jacó, servo meu, e tu, ó Israel, a quem escolhi.
2. Assim diz o Senhor que te criou e te formou desde o ventre, e que te ajudará: Não temas, ó Jacó, servo meu, e tu, Jesurum, a quem escolhi.
3. Porque derramarei água sobre o sedento, e rios sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade, e a minha bênção sobre os teus descendentes.
4. E brotarão como a erva, como salgueiros junto aos ribeiros das águas.
5. Este dirá: Eu sou do Senhor; e aquele se chamará do nome de Jacó; e aquele outro escreverá com a sua mão ao Senhor, e por sobrenome tomará o nome de Israel.
6. Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus.
7. E quem proclamará como eu, e anunciará isto, e o porá em ordem perante mim, desde que ordenei um povo eterno? E anuncie-lhes as coisas vindouras, e as que ainda hão de vir.
8. Não vos assombreis, nem temais; porventura desde então não vo-lo fiz ouvir, e não vo-lo anunciei? Porque vós sois as minhas testemunhas. Porventura há outro Deus fora de mim? Não, não há outra Rocha que eu conheça.
9. Todos os artífices de imagens de escultura são vaidade, e as suas coisas mais desejáveis são de nenhum préstimo; e suas próprias testemunhas, nada vêem nem entendem para que sejam envergonhados.
10. Quem forma um deus, e funde uma imagem de escultura, que é de nenhum préstimo?
11. Eis que todos os seus companheiros ficarão confundidos, pois os mesmos artífices não passam de homens; ajuntem-se todos, e levantem-se; assombrar-se-ão, e serão juntamente confundidos.
12. O ferreiro, com a tenaz, trabalha nas brasas, e o forma com martelos, e o lavra com a força do seu braço; ele tem fome e a sua força enfraquece, e não bebe água, e desfalece.
13. O carpinteiro estende a régua, desenha-o com uma linha, aplaina-o com a plaina, e traça-o com o compasso; e o faz à semelhança de um homem, segundo a forma de um homem, para ficar em casa.
14. Quando corta para si cedros, toma, também, o cipreste e o carvalho; assim escolhe dentre as árvores do bosque; planta um olmeiro, e a chuva o faz crescer.
15. Então serve ao homem para queimar; e toma deles, e se aquenta, e os acende, e coze o pão; também faz um deus, e se prostra diante dele; também fabrica uma imagem de escultura, e ajoelha-se diante dela.
16. Metade dele queima no fogo, com a outra metade prepara a carne para comer, assa-a e farta-se dela; também se aquenta, e diz: Ora já me aquentei, já vi o fogo.
17. Então do resto faz um deus, uma imagem de escultura; ajoelha-se diante dela, e se inclina, e roga-lhe, e diz: Livra-me, porquanto tu és o meu deus.
18. Nada sabem, nem entendem; porque tapou os olhos para que não vejam, e os seus corações para que não entendam.
19. E nenhum deles cai em si, e já não têm conhecimento nem entendimento para dizer: Metade queimei no fogo, e cozi pão sobre as suas brasas, assei sobre elas carne, e a comi; e faria eu do resto uma abominação? Ajoelhar-me-ei ao que saiu de uma árvore?
20. Apascenta-se de cinza; o seu coração enganado o desviou, de maneira que já não pode livrar a sua alma, nem dizer: Porventura não há uma mentira na minha mão direita?
21. Lembra-te destas coisas, ó Jacó, e Israel, porquanto és meu servo; eu te formei, meu servo és, ó Israel, não me esquecerei de ti.
22. Apaguei as tuas transgressões como a névoa, e os teus pecados como a nuvem; torna-te para mim, porque eu te remi.
23. Cantai alegres, vós, ó céus, porque o Senhor o fez; exultai vós, as partes mais baixas da terra; vós, montes, retumbai com júbilo; também vós, bosques, e todas as suas árvores; porque o Senhor remiu a Jacó, e glorificou-se em Israel.
24. Assim diz o Senhor, teu redentor, e que te formou desde o ventre: Eu sou o Senhor que faço tudo, que sozinho estendo os céus, e espraio a terra por mim mesmo;
25. Que desfaço os sinais dos inventores de mentiras, e enlouqueço os adivinhos; que faço tornar atrás os sábios, e converto em loucura o conhecimento deles;
26. Que confirmo a palavra do seu servo, e cumpro o conselho dos seus mensageiros; que digo a Jerusalém: Tu serás habitada, e às cidades de Judá: Sereis edificadas, e eu levantarei as suas ruínas;
27. Que digo à profundeza: Seca-te, e eu secarei os teus rios.
28. Que digo de Ciro: É meu pastor, e cumprirá tudo o que me apraz, dizendo também a Jerusalém: Tu serás edificada; e ao templo: Tu serás fundado."
- Isaías 44:1-28
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empregospatrocinio · 4 years
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Vagas de empregos em Patrocínio MG 01/06/2020
Essas são as 88 vagas de empregos em Patrocínio MG referentes ao dia 01/06/2020 e que estão disponíveis no SINE Patrocínio.
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Para consultar e participar dos processos seletivos dessas vagas de emprego do SINE Patrocínio, é obrigatória a apresentação dos documentos abaixo:
Carteira de Trabalho
CPF
Carteira de identidade
Comprovante do PIS/PASEP
Carteira de habilitação para candidatos às vagas que exigem carteira de motorista
Currículo (para entrevista com empregador)
Horário de atendimento do SINE Patrocínio: das 08 às 17, de Segunda a Sexta-feira. Avenida Rui Barbosa, 706 (Sala 29) Centro – Patrocínio/MG.
88 vagas de empregos no SINE de Patrocínio MG
AUXILIAR DE AGRICULTURA (1 VAGA): CNH A; Curso técnico em agropecuária; conhecimento em distribuir e monitorar as atividades no campo e regulagem de maquinário de uso da atividade. Salário: R$ 1.381,00
BALANCEADOR (1 VAGA): CNH B; experiência comprovada em carteira; alinhador e balanceador de pneus; montagem e desmontagem de pneu e alinhamento; reparar câmara de ar e balancear conjunto de roda e pneu. Salário: R$ 1.567,50
BALANCEIRO (1 VAGA): Experiência comprovada em carteira, recepcionar e pesar as mercadorias para embarque e desembarque, lançar as entradas e pesos das mercadorias no sistema, conferir a amostras de saídas e entradas. Salário: R$ 1.246,00 Benefícios: Assistência médica, Ticket alimentação, Condução/Vale-Transporte, Seguro de vida
CARPINTEIRO (5 VAGAS): Experiência comprovada em carteira; planejar trabalhos de carpintaria, preparar canteiro de obras e montar fôrmas metálicas. Confeccionar fôrmas de madeira e forro de laje (painéis), andaimes e proteção de madeira e estruturas de madeira para telhado. Escorar lajes de pontes, viadutos e grandes vãos. Montar portas e esquadrias. Finalizar serviços tais como desmonte de andaimes, limpeza e lubrificação de fôrmas metálicas, seleção de materiais reutilizáveis, armazenamento de peças e equipamentos. Salário: R$ 1.366,20
CONSULTOR DE VENDAS (1 VAGA): Experiência comprovada em carteira em promover a venda de mercadorias, demonstrando seu conhecionamento, oferecendo-as para degustação, informar sobre suas qualidades e vantagens de aquisição, expõem mercadorias de forma atrativa, em pontos estratégicos de vendas, prestar serviços aos clientes, tais como: estudo do que melhor convêm ao cliente e troca de mercadorias que não se adequam. Salário: R$ 1.045,00
ELETRICISTA (1 VAGA) Eletricista de manutenção predial/industrial com experiência comprovada em carteira; desejável nr-10 válido, manutenção de serviços elétricos gerias, montagens e desmontagens de infraestrutura elétrica, interpretação de projetos, reparos em cabos e conexões de rede, circuitos elétricos e componentes, luminárias, troca de lâmpadas, aterramento. Salário: R$ 1.705,00 Benefícios: Seguro de vida, Condução/Vale-Transporte, Refeição diária na empresa, Adicional periculosidade.
ELETRICISTA DE INSTALAÇÕES (VEÍCULOS AUTOMOTORES E MÁQUINAS OPERATRIZES, EXCETO AERONAVES E EMBARCAÇÕES) (1 VAGA) Experiência comprovada em carteira em instalar, montar e reparar as instalações e equipamentos uxiliares de veículos automotores e veículos de maquinas imperatrizes, automóveis, caminhões, trens e outros similares, orientando-se por plantas, esquemas e especificações utilizando ferramentas comuns e especiais aparelhos de medição e outros utensílios, para atender a implantação e conservação de instalação e manutenção elétrica destes veículos. Salário: R$ 2.000,00 Benefícios: Seguro de vida, Cesta básica, Adicional periculosidade, Refeição em viagens.
EMPREGADO DOMÉSTICO NOS SERVIÇOS GERAIS (1 VAGA): Experiência comprovada em carteira, com três referencias válidas em patrocínio, lavar passar cozinhar. Salário: R$ 1.045,00 Benefícios: vale transporte
ENCARREGADO DE OBRAS (1 VAGA): Experiência comprovada em carteira; acompanhar a execução dos serviços, orientar a equipe quanto as atividades a serem executadas, inspecionar serviços executados, dar tratamento imediato a não conformidades relativas aos serviços executados, supervisionar trabalhadores no canteiro de obras, fiscalizar a utilização de epi's e procedimentos de segurança do trabalho. Salário: R$ 2.500,00 Benefícios: Vale-Transporte.
GARÇOM (1 VAGA): Experiência comprovada em carteira no manuseio de alimentos e atendimento ao público em geral. Salário: R$ 1.050,00
INSTALADOR DE SISTEMAS ELETROELETRÔNICOS DE SEGURANÇA (1 VAGA): CNH B; auxiliar de instalador de sistemas eletroeletrônicos de segurança; experiência comprovada em instalações de concertinas, alarmes monitorados, motor de portão eletrônico, instalação de interfones, câmeras e outros. Salário: R$ 1.055,37
JARDINEIRO (1 VAGA): Experiência comprovada em carteira em TRATOR, ROÇADEIRA E preparar a terra, escavando, adubando, irrigando e efetuando outros tratos necessários para proceder ao plantio de flores, árvores, arbustos e outras plantas ornamentais, podar plantas, plantar sementes e muda, preparar novos jardins, canteiros e gramados, erradicando ervas daninhas e procedendo a limpeza dos mesmos com enxada e outras ferramentas. Salário: R$ 1.700,00
LAVADOR DE VEÍCULOS (1 VAGA): cnh b; com experiência; lavar peças e automóveis em geral. Salário: R$ 1.045,00
LUBRIFICADOR DE MÁQUINAS (2 VAGAS): Disponibilidade de horários; experiência comprovada em carteira de motorista/mecânica/lubrificação; motorista de comboio; CNH D; certificado de curso MOOP válido; trabalhar com caminhão de lubrificação, abastecimento, troca de óleo, engraxamento, borracharia e lavagem de equipamentos. Salário: R$ 2.008,00
MECÂNICO (1 VAGA): Experiência comprovada em carteira; curso técnico em mecânica; disponibilidade de horário; executar serviços de manutenção mecânica, montando e desmontando maquinas e equipamentos reparando ou substituindo partes e peças, visando o perfeito funcionamento prolongando sua vida útil, conforme programações preestabelecidas, emergenciais e procedimentos internos e normas de segurança vigentes. Salário: R$ 1.504,56 Benefícios: Ticket alimentação, Condução/Vale-Transporte, Assistência médica, odontológica, Refeição diária na empresa.
MECÂNICO (1 VAGA): Experiência comprovada em carteira, em suspensão de veículos leves. Salário: R$ 1.567,50
MECÂNICO DE MANUTENÇÃO DE MÁQUINA INDUSTRIAL (1 VAGA): CNH A/B; disponibilidade de horário; experiência comprovada em carteira em realizar manutenção em equipamentos e máquinas industriais; planejar atividades de manutenção; avaliar condições de funcionamento e desempenho de máquinas e equipamentos; lubrificar máquinas, componentes e ferramentas. Documentar informações técnicas; realizar ações de qualidade e preservação ambiental e trabalhar segundo normas de segurança. Salário: R$ 1.813,00
5376710 MECÂNICO DE MANUTENÇÃO DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS (3 VAGAS): CNH B; disponibilidade para viagens; experiência comprovada em montagem de máquinas e equipamentos cafeeiros. Salário: R$ 1.777,25
MECÂNICO DE MANUTENÇÃO DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS (4 VAGAS): Disponibilidade de horários; experiência comprovada em carteira em mecânica em máquinas e equipamentos agrícolas, colheitadeiras, recolhedores tratores etc. Salário: R$ 1.813,00
MECÂNICO DE MANUTENÇÃO DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS (1 VAGA): Experiência comprovada em carteira, executar a manutenção preventiva e corretiva de motores diesel que acionam grupos eletrógenos , maquinaria de construção, maquinas agrícolas e outros equipamentos mecânicos fixos e móveis, reparando ou substituindo peças e fazendo os ajustes, lubrificação e regulagem convenientes, utilizando instrumentos de medição, chaves comuns e especiais e aparelhos para testes, para assegurar ao motor condições de funcionamentos regular e eficiente. Salário: R$ 2.777,00 Benefícios: Cesta básica, Seguro de vida
MENSAGEIRO (1 VAGA): Disponibilidade de horários; experiência em serviço de mensagens e recepcionista de hotel que consiste em vistoria em apartamentos, e área física externa do hotel, manutenção, check in e check out, emissão de nota fiscal, atendimento ao público em geral. Salário: R$ 1.195,00
MONTADOR DE ESTRUTURAS METÁLICAS (3 VAGAS): Experiência comprovada em carteira, em montagem e cobertura de galpão em estrutura metálica, cortes e solda em geral. Salário: R$ 1.700,00
MONTADOR DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS (2 VAGAS): CNH B; disponibilidade para viagens; experiência comprovada em montagens de maquinas e equipamentos cafeeiro. Salário: R$ 1.458,60
MOTORISTA DE CAMINHÃO (1 VAGA): Experiência comprovada em carteira em caminhão/ônibus; CNH E; conduzir, manobrar e realizar verificações e manutenções básicas do veículo e utilizar equipamentos e dispositivos especiais. Salário: R$ 1.500,00
MOTORISTA ENTREGADOR (1 VAGA): CNH A/B; experiência comprovada em carteira, em entregas de moto e carro em geral e atendimento e vendas no balcão. Salário: R$ 1.055,37 + adicional periculosidade
OPERADOR DE CAIXA (1 VAGA): Experiência comprovada em carteira; recebem valores de vendas de produtos e serviços, controlam numerário e valores, fechamento diário do caixa, emissão de nota fiscal, atendimento ao cliente, cobranças. Salário: R$ 1.045,00
OPERADOR DE CAIXA (1 VAGA): Experiência comprovada em carteira em receber valores de vendas de produtos em geral, controle de numerário recebidos e a pagar. Salário: R$ 1.080,00
OPERADOR DE COLHEITADEIRA (1 VAGA): Experiência comprovada em carteira em operar, ajustar e preparar máquinas e implementos agrícolas; realizar manutenção em primeiro nível de máquinas e implementos. Empregar medidas de segurança e auxiliam em planejamento de plantio. Salário: R$ 2.000,00
OPERADOR DE COLHEITADEIRA (1 VAGA): Residir com a família em propriedade a 60 km de patrocínio, sentido patos de minas (br365), com experiência comprovada em carteira e curso em colheitadeira jacto para café, apresentar 03 referencias válidas em patrocínio. Salário: R$ 2.200,00
OPERADOR DE EMPILHADEIRA (1 VAGA): Experiência comprovada em carteira; CNH B; operar empilhadeira e desempilhadeira provida de forquilha ou plataforma elevadora, manejando os comandos de marchas, direção e elevação, para transformar empilhar e posicionar materiais, matérias primas, caixas, fardos e cargas similares em depósitos, armazéns, pátios e outros locais. Salário: R$ 1.360,00 Benefícios: Seguro de vida, Cesta básica, Adicional periculosidade.
OPERADOR DE EMPILHADEIRA (1 VAGA): Experiência comprovada em carteira; dirigir e manobrar de maneira segura fazer retirada e movimentar mercadoria nos maquinários, despejos para locais determinados para estoque, carga e descarga de caminhões, carretas e outros, realizar vistorias dos itens de segurança básica. Salário: R$ 1.166,00 Benefícios: Seguro de vida, Condução/Vale-Transporte, Assistência médica, odontológica Ticket alimentação.
OPERADOR DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA E EFLUENTES (1 VAGA): Experiência comprovada; curso nr-12 válido; CNH B; executar as atividades referentes ao depósito de resíduos, limpando e organizando, acompanhando, auxiliando no carregamento e armazenamento de resíduo no depósito, de acordo com os procedimentos internos e normas de segurança e ambientais vigentes. Salário: R$ 1.287,92 Benefícios: Assistência médica, odontológica, Condução/Vale-Transporte, Ticket alimentação, Refeição diária na empresa.
OPERADOR DE MÁQUINAS FIXAS, EM GERAL (1 VAGA): Experiência comprovada em carteira, em operação de sala de maquinas, controlando todos os sistemas de refrigeração acionados por válvulas automáticas ou manuais, equipamentos e quadro de comandos, mantendo a temperatura nos setores produtivos, conforme padrão de qualidade, de acordo com procedimentos internos, normas de segurança e ambientais vigentes, visando o cumprimento dos objetivos definidos pela empresa. Salário: R$ 1.579,44 Benefícios: Ticket alimentação, Assistência odontológica, médica, Condução/Vale-Transporte, Refeição diária na empresa.
OPERADOR DE RETRO-ESCAVADEIRA (1 VAGA): Experiência comprovada em carteira e certificado de curso de operador de máquina retroescavadeira em obras, realizar demolições, escavações, carregamento de caçambas e terraplenagem em solos, verifica condições dos acessórios e funcionamento do sistema hidráulico e elétrico. Salário: R$ 2.186,24 Benefícios: Cesta básica, Refeição diária na empresa.
PEDREIRO (2 VAGAS): Experiência comprovada em carteira, organizar e preparar o local de trabalho na obra; constroem fundações e estruturas de alvenaria. Aplicar revestimentos e contra pisos. Salário: R$ 1.460,43 Benefícios: Cesta básica
PEDREIRO (3 VAGAS): Experiência comprovada em carteira; assentamento de tijolos, chapisco, concretagem, revestimento interno/externo, avaliar a qualidade dos serviços executados e informar qualquer anormalidade ao superior. Salário: R$ 1.705,00 Benefícios: Vale transporte.
PINTOR DE ALVENARIA (10 VAGAS): Experiência comprovada em carteira em serviços de pintura e amaciamento de parede da obra. Salário: R$ 1.705,00 Benefícios: Condução/Vale-Transporte.
SOLDADOR (1 VAGA): Experiência comprovada em carteira, em unir e cortar peças de ligas metálicas usando processos de soldagem e corte, tais como, eletrodo revestido, tig, mig, mag, oxigás, arco submerso, brasagem e plasma; preparar equipamentos, acessórios, consumíveis de soldagem e corte de peças a serem soldadas; aplicar estritas normas de segurança e meio ambiente. Salário: R$ 2.147,00 Benefícios: Cesta básica, Seguro de vida
TORNEIRO MECÂNICO (1 VAGA): Experiência comprovada em carteira, em operar torno mecânico para confeccionar, reparar peças e partes de equipamentos diversos, aparelhando, regulando e manejando o torno, atuando nos comandos de partida, parada, rotação da peça e avanço da ferramenta, utilizando instrumentos de medição e controle, para desbastar, alisar, cortar e outras operações de torneamento em peças de metal. Salário: R$ 3.000,00 Benefícios: Cesta básica, Seguro de vida, Adicional insalubridade, Refeição em viagens.
TRABALHADOR RURAL (2 VAGAS): Experiência comprovada em carteira, disponibilidade de horário e para morar em alojamento na fazenda, trabalhador rural safrista, auxiliar nas atividades de terreirão e parte do beneficiamento. Salário: R$ 1.143,00 Benefícios: Refeição diária na empresa, Adicional noturno.
TRATORISTA AGRÍCOLA (22 VAGAS): Disponibilidade de horários; com certificado de curso de tratorista; experiência comprovada em trator cafeeiro. Salário: R$ 1.171,00 Benefícios: Bônus por produção
TRATORISTA AGRÍCOLA (2 VAGAS): Experiência comprovada em carteira; operar, ajustar e preparar máquinas e implementos agrícolas. Realizar manutenção em primeiro nível de máquinas e implementos. Salário: R$ 1.400,00
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engenheiragabi · 6 years
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Bicho geográfico: causas, sintomas e tratamentos
O bicho geográfico (Larvas migrans) é uma infecção parasitária da pele causada por larvas de ancilostomídeos que geralmente infesta gatos, cães e outros animais.
Os seres humanos podem ser infectados com as larvas andando descalços em praias arenosas ou em contato com solo úmido e macio que foi contaminado com fezes de animais.
É também conhecida como erupção rasteira, pois, uma vez infectadas, as larvas migram sob a superfície da pele e provocam comichão nas linhas ou faixas vermelhas.
O que causa o bicho geográfico?
Muitos tipos de ancilostomíase podem causar a doença. No entanto, os mais comuns e prováveis são:
Ankylostoma braziliense: ancilostomídeos de gatos e cães selvagens e domésticos encontrados no centro e sul dos EUA, América Central e do Sul e Caribe;
Ankylostoma caninum: ancilostomose canina encontrada na Austrália;
Uncinaria stenocephala: ancilostomídeo encontrado na Europa;
Bunostomum phlebotomum: ancilostomídeo bovino.
Quem está em risco de contrair o bicho geográfico?
Pessoas de todas as idades, sexos e raças podem ser afetadas pelo bicho geográfico se foram expostos à larvas ancilostomíase. É mais comumente encontrado em localizações geográficas tropicais ou subtropicais. Grupos em risco incluem aqueles com ocupações ou hobbies que os colocam em contato com o solo quente, úmido e arenoso. Estes podem incluir:
Salva-vidas descalços e banhistas;
Crianças descalças;
Agricultores;
Jardineiros;
Encanadores;
Caçadores;
Eletricistas;
Carpinteiros;
Exterminadores de pragas.
Como ocorre a infecção por pelas larvas migrans?
Ovos de parasitas são passados ​​nas fezes de animais infestados para solo quente, úmido e arenoso, onde as larvas eclodem. Em contato com a pele humana, as larvas podem penetrar através de cabelo folículos, rachaduras ou até mesmo a pele intacta para infectar o hospedeiro humano.
Entre alguns dias e alguns meses após a infecção inicial, as larvas migram para baixo da pele. Em um hospedeiro animal, são capazes de penetrar nas camadas mais profundas da pele (a derme ) e infectar o sangue e o sistema linfático.
Uma vez no intestino, amadurecem sexualmente para criar mais ovos excretados no intuito de iniciar o ciclo novamente. No entanto, em um hospedeiro humano, as larvas são incapazes de penetrar na membrana basal para invadir a derme. Então a doença permanece confinada às camadas externas da pele.
Quais são os sintomas apresentados pelo bicho geográfico?
Uma erupção não específica ocorre no local de penetração das larvas de ancilostomídeos. Pode haver uma sensação de formigamento dentro de 30 minutos após a infecção.
As larvas tendem a ficar adormecidas por semanas, meses ou imediatamente começar a atividade de rastejamento. Seus movimentos criam trilhas de 2 a 3 mm de largura, semelhantes a cobras, estendendo de 3 a 4 cm do local de penetração.
Estes são ligeiramente levantados, cor de carne ou rosa e causam coceira intensa. As trilhas avançam alguns milímetros a alguns centímetros por dia e, se muitas larvas estiverem envolvidas, uma série desorganizada de alças e faixas tortuosas podem se formar.
Os locais mais comumente afetados por bicho geográfico são os pés, espaços entre os dedos, mãos, joelhos e nádegas.
Qual tratamento está disponível para o bicho geográfico?
O bicho geográfico é autolimitado. Os seres humanos são um hospedeiro acidental e “sem saída”, de modo que as larvas dos ancilóstomos acabam morrendo.
A duração natural da doença varia consideravelmente dependendo da espécie envolvida. Na grande maioria dos casos, as lesões desaparecem sem maiores cuidados em 4 a 8 semanas.
No entanto, o tratamento eficaz está disponível para encurtar o curso da doença.
Anti-helmínticos como o tiabendazol, o albendazol, o mebendazol e a ivermectina são usados. O tiabendazol tópico é considerado no tratamento de lesões precoces e localizadas.
Já o tratamento oral é dado quando a larva migrans é generalizada ou o tratamento tópico falhou. O prurido é consideravelmente reduzido em 24 a 48 horas após iniciado o tratamento anti-helmíntico. Em 1 semana a maioria das lesões são resolvidas.
Se estes não estiverem disponíveis, tratamentos físicos como a crioterapia com nitrogênio líquido ou o laser de dióxido de carbono podem ser utilizados ​​para destruir as larvas.
Anti – histamínicos e corticosteróides tópicos também podem ser associados ​​com anti-helmínticos para proporcionar alívio sintomático da coceira. A infecção bacteriana secundária pode requerer tratamento com antibióticos apropriados.
Remédios caseiros para tratar o bicho geográfico
Embora seja difícil saber quando você se infectou, é possível obter alívio considerável dos sintomas, seguindo certos remédios caseiros que são muito eficazes tratamento de ancilostomídeos, tais como:
Romãs: Moer a casca da árvore frutífera ou a casca da romã em um pó fino. Ele contém uma substância química chamada punitiva, que é veneno para os vermes intestinais. Tome 3 a 5 gramas deste pó com água e açúcar, uma ou duas vezes por dia;
Manjericão doce: Essa é uma cura antiga e eficaz para vermes intestinais. Faça uma mistura das folhas ou o pó de sementes para eliminar ancilostomídeos no intestino;
Mamão: Uma enzima chamada papaína é encontrada no mamão. É uma mistura potente para banir a larva migrans. Extraia o suco de uma colher de chá de mamão verde. Misture com uma quantidade igual de água e mel. Beba uma vez por dia por dois dias. Uma hora depois de consumir o suco, beba uma colher de chá de óleo de mamona misturado em um copo de leite. Ele age como um purgante e as larvas são eliminadas junto com as fezes.
Absinto: A erva absinto é uma maneira extremamente eficaz de se livrar de ancilostomídeos. Este remédio tem sido usado desde tempos imemoriais para eliminar quase todos os tipos de vermes.
Alho:  Aparentemente inócuo, o alho é, na verdade, uma dádiva de Deus, já que tem muitos benefícios. Os dentes frescos atuam como agentes antivirais, antifúngicos e antibacterianos. São frequentemente usados ​​por praticantes de medicina alternativa para tratar vermes ou outros distúrbios parasitários. A alicina, o potente composto ativo do alho, é usada para curar giárdia, vermes, lombrigas, tênias e ancilostomídeos.
Sementes de abóbora: Elas são particularmente eficazes em matar lombrigas e tênias. Consuma as sementes de abóbora levemente tostadas ou assadas em um forno para remover quaisquer contaminantes possíveis que podem conter nelas. E, de preferência, com o estômago vazio.
Cenouras: As cenouras contêm um óleo essencial que destrói as lombrigas e vermes. Para essa finalidade, as cenouras raladas funcionam melhor. Certifique-se de comê-las com o estômago vazio várias vezes ao longo do dia.
Conhecendo um pouco mais sobre o bicho geográfico, você poderá tomar os devidos cuidados para prevenir a contaminação. Também conseguirá adiantar a eliminação total da doença com os remédios apresentados. Contudo, em caso de qualquer suspeita de larvas no organismo, consulte imediatamente um médico.
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po-l-i-s-i-po · 7 years
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O guardador de rebanhos - VIII [213] Num meio dia de fim de primavera Tive um sonho como uma fotografia Vi Jesus Cristo descer à terra, Veio pela encosta de um monte Tornado outra vez menino, A correr e a rolar-se pela erva E a arrancar flores para as deitar fora E a rir de modo a ouvir-se de longe. Tinha fugido do céu, Era nosso demais para fingir De segunda pessoa da Trindade. No céu era tudo falso, tudo em desacordo Com flores e árvores e pedras, No céu tinha que estar sempre sério E de vez em quando de se tornar outra vez homem E subir para a cruz, e estar sempre a morrer Com uma coroa toda à roda de espinhos E os pés espetados por um prego com cabeça, E até com um trapo à roda da cintura Como os pretos nas ilustrações. Nem sequer o deixavam ter pai e mãe Como as outras crianças. O seu pai era duas pessoas - Um velho chamado José, que era carpinteiro, E que não era pai dele; E o outro pai era uma pomba estúpida, A única pomba feia do mundo Porque não era do mundo nem era pomba. E a sua mãe não tinha amado antes de o ter. Não era mulher: era uma mala Em que ele tinha vindo do céu. E queriam que ele, que só nascera da mãe, E nunca tivera pai para amar com respeito, Pregasse a bondade e a justiça! Um dia que Deus estava a dormir E o Espírito Santo andava a voar, Ele foi à caixa dos milagres e roubou três, Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido. Com o segundo criou-se eternamente humano e menino. Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz E deixou-o pregado na cruz que há no céu E serve de modelo às outras. Depois fugiu para o sol E desceu pelo primeiro raio que apanhou. Hoje vive na minha aldeia comigo. É uma criança bonita de riso e natural. Limpa o nariz no braço direito, Chapinha nas poças de água, Colhe as flores e gosta delas e esquece-as. Atira pedras nos burros, Rouba as frutas dos pomares E foge a chorar e a gritar dos cães. E, porque sabe que elas não gostam E que toda a gente acha graça, Corre atrás das raparigas Que vão em ranchos pelas estradas Com as bilhas às cabeças E levanta-lhes as saias. A mim ensinou-me tudo. Ensinou-me a olhar para as cousas, Aponta-me todas as cousas que há nas flores. Mostra-me como as pedras são engraçadas Quando a gente as tem na mão E olha devagar para elas. Diz-me muito mal de Deus, Diz que ele é um velho estúpido e doente, Sempre a escarrar no chão E a dizer indecências. A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia, E o Espírito Santo coça-se com o bico E empoleira-se nas cadeiras e suja-as. Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica. Diz-me que Deus não percebe nada Das coisas que criou - "Se é que as criou, do que duvido" - "Ele diz, por exemplo, que os seres cantam a sua glória, mas os seres não cantam nada, se cantassem seriam cantores. Os seres existem e mais nada, E por isso se chamam seres". E depois, cansado de dizer mal de Deus, O Menino Jesus adormece nos meus braços E eu levo-o ao colo para casa. .......................................................................... Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro. Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava. Ele é o humano que é natural, Ele é o divino que sorri e que brinca. E por isso é que eu sei com toda a certeza Que ele é o Menino Jesus verdadeiro. E a criança tão humana que é divina É esta minha quotidiana vida de poeta, E é porque ele anda sempre comigo que eu sou poeta sempre, E que o meu mínimo olhar Me enche de sensação, E o mais pequeno som, seja do que for, Parece falar comigo. A Criança Nova que habita onde vivo Dá-me uma mão a mim E a outra a tudo que existe E assim vamos os três pelo caminho que houver, Saltando e cantando e rindo E gozando o nosso segredo comum Que é o de saber por toda a parte Que não há mistério no mundo E que tudo vale a pena. A Criança Eterna acompanha-me sempre. A direção do meu olhar é o seu dedo apontando. O meu ouvido atento alegremente a todos os sons São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas. Damo-nos tão bem um com o outro Na companhia de tudo Que nunca pensamos um no outro, Mas vivemos juntos a dois Com um acordo íntimo Como a mão direita e a esquerda. Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas No degrau da porta de casa, Graves como convém a um deus e a um poeta, E como se cada pedra Fosse todo o universo E fosse por isso um grande perigo para ela Deixá-la cair no chão. Depois eu conto-lhe histórias das cousas só dos homens E ele sorri, porque tudo é incrível. Ri dos reis e dos que não são reis, E tem pena de ouvir falar das guerras, E dos comércios, e dos navios Que ficam fumo no ar dos altos-mares. Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade Que uma flor tem ao florescer E que anda com a luz do sol A variar os montes e os vales, E a fazer doer aos olhos os muros caiados. Depois ele adormece e eu deito-o Levo-o ao colo para dentro de casa E deito-o, despindo-o lentamente E como seguindo um ritual muito limpo E todo materno até ele estar nu. Ele dorme dentro da minha alma E às vezes acorda de noite E brinca com os meus sonhos, Vira uns de pernas para o ar, Põe uns em cima dos outros E bate as palmas sozinho Sorrindo para o meu sono. ................................................................................. Quando eu morrer, filhinho, Seja eu a criança, o mais pequeno. Pega-me tu no colo E leva-me para dentro da tua casa. Despe o meu ser cansado e humano E deita-me na tua cama. E conta-me histórias, caso eu acorde, Para eu tornar a adormecer. E dá-me sonhos teus para eu brincar Até que nasça qualquer dia Que tu sabes qual é. .................................................................................... Esta é a história do meu Menino Jesus, Por que razão que se perceba Não há de ser ela mais verdadeira Que tudo quanto os filósofos pensam E tudo quanto as religiões ensinam? 08-03-1914
Fernando Pessoa (Alberto Caeiro)
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osanecif · 7 years
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Opinião: Falar com os candidatos a Presidente da Câmara – Através da imagem ou presencial
Norberto Canha
Recomendou-se num dos últimos artigos que o Presidente da Câmara devia percorrer os arredores em transporte público para ouvir, ver, observar, interrogar e pensar. Sucede que um dos candidatos – por sinal, pessoa de craveira intelectual, até porque terminou recentemente as funções de Bastonário da Ordem dos Médicos – encontrámo-nos na apresentação do livro Coimbra Centro, estudo efectuado pela Gulbenkian e por sugestão e incitamento do Professor Canotilho. Cumprimenta-me de fugida e a sorrir disse-me: “Já passei a andar a pé pela rua e a falar com as pessoas”. Quanto ao outro candidato – igualmente pessoa de referência, até porque já exerceu múltiplas funções, como deputado e Presidente da Câmara de Miranda do Corvo, onde desenvolveu uma acção assistencial notável – encontrámo-nos por imagem, ao ver um grande cartaz, virado para a Praça da República, colocado à frente do Jardim da Sereia, em que ele, nesse cartaz se apresenta sorridente, rodeado por uma juventude alegre, onde não se vê uma pessoa de meia idade ou velho; querendo significar uma de duas coisas ou ambas: que conta com a juventude para ser eleito, mas acredite, sem o apoio da juventude de todas as idades, nunca conseguirá sê-lo.
Estado actual de Coimbra Coimbra está em agonia em todos os seus aspectos. Se têm utilizado os transportes públicos que irradiam para fora da cidade, teriam tido tempo de ouvir os queixumes de quem sofre, a dificuldade dos velhos para se deslocarem, e a irreverência da juventude, que embora venha a ser licenciada, mal sabe o que a espera… Teria verificado que não se vê uma ave, raras são as hortas e muito raros os animais. São mais os cães e os gatos que se vêem nas povoações do que cabras, ovelhas, vacas ou até galináceos… As hortas estão invadidas pelas ervas. As laranjas caídas sem ninguém as apanhar. Os licenciados saem aos milhares todos os anos das universidades e institutos, mas não há um mecânico, um electricista, um carpinteiro, um torneiro,… Encontrei uma senhora minha amiga na paragem do transporte público e disse-me que está a reparar uma casa e que um carpinteiro lhe pediu 170 euros por hora. É que não há carpinteiros… Em dez horas de trabalho cobrava o vencimento que recebe um licenciado. Senhores candidatos, embora sejam pessoas inteligentes e informadas, têm que arranjar um grupo de conselheiros, cujos conhecimentos não sejam teóricos, de todas as classes profissionais; e não se devem limitar a entrar e sair do gabinete e receber só quem lhes convém, mas ser os primeiros a levantar-se, percorrerem a cidade para ver o que se passa, o que há a fazer, para não estarem apenas presentes em acontecimentos públicos para serem fotografados e saírem nos jornais. Ponho-vos uma questão, donde a necessidade dos conselheiros: Suponha que há uma calamidade física, química ou biológica, desencadeada pelo homem ou pela natureza. Pelo Homem, uma guerra ou aumentarem as dívidas, diminuírem as receitas, já não haver que vender. Como nos alimentar? Passamos a ser um castelo cercado, a sujeitarmo-nos aos caprichos de quem nos cerca, dado que se importa 85% do que consumimos, não há emprego. Os nossos herdeiros, se são um valor acrescentado, partem para países estrangeiros, fora da União Europeia. Assim, a agricultura e a electricidade são as primeiras prioridades. Criei a melhor agricultura do meu conselho, Alfândega da Fé. Digo, para exemplificar, que tinha 165 colmeias. As abelhas morreram com varroa. A última colheita foi de 1200 kg de mel. Ainda hoje o como e sabe tão bem!… Não deveria ser o Estado a pagar o prejuízo e a indemnização? Não se vê hoje uma abelha a fecundar uma flor!… Para ilustrar este artigo conto a seguinte história. O meu amigo Sigur Kheim, norueguês de nascimento, pergunta-me: “Sabe o que é que a minha família comeu só durante a Segunda Guerra Mundial?”. Respondo peixe, dado o mar e os fiordes. Resposta pronta: “Só batatas, porque tivemos a sorte de ter um quintal, passámos a fazer as necessidades no quintal, e sobre cada montículo plantámos uma batata.” Hoje, as necessidades vão poluir os rios e os oceanos e são a seiva da terra. Para elucidação, um metro quadrado de terra pode dar 12kg de batatas, se bem estrumada e regada.
Opinião: Falar com os candidatos a Presidente da Câmara – Através da imagem ou presencial
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celialemos · 4 years
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BOA NOITE, QUERIDOS... Leiam e emocionem-se ... POEMA DO MENINO JESUS Num meio-dia de fim de Primavera Tive um sonho como uma fotografia. Vi Jesus Cristo descer à terra. Veio pela encosta de um monte Tornado outra vez menino, A correr e a rolar-se pela erva E a arrancar flores para as deitar fora E a rir de modo a ouvir-se de longe. Tinha fugido do céu. Era nosso demais para fingir De segunda pessoa da Trindade. No céu era tudo falso, tudo em desacordo Com flores e árvores e pedras. No céu tinha que estar sempre sério E de vez em quando de se tornar outra vez homem E subir para a cruz, e estar sempre a morrer Com uma coroa toda à roda de espinhos E os pés espetados por um prego com cabeça, E até com um trapo a roda da cintura Como os pretos nas ilustrações. Nem sequer o deixavam ter pai e mãe Como as outras crianças. O seu pai era duas pessoas - Um velho chamado José, que era carpinteiro, E que não era pai dele; E o outro pai era uma pomba estúpida, A única pomba feia do mundo Porque não era do mundo nem era pomba. E a sua mãe não tinha amado antes de o ter. Não era mulher: era uma mala Em que ele tinha vindo do céu. E queriam que ele, que só nascera da mãe, E nunca tivera pai para amar com respeito, Pregasse a bondade e a justiça! Um dia que Deus estava a dormir E o Espírito Santo andava a voar, Ele foi à caixa dos milagres e roubou três. Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido. Com o segundo criou-se eternamente humano e menino. Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz E deixou-o pregado na cruz que há no céu E serve de modelo às outras. Depois fugiu para o Sol E desceu pelo primeiro raio que apanhou. Hoje vive na minha aldeia comigo. É uma criança bonita de riso e natural. Limpa o nariz ao braço direito, Chapinha nas poças de água, Colhe as flores e gosta delas e esquece-as. Atira pedras aos burros, Rouba a fruta dos pomares E foge a chorar e a gritar dos cães. E, porque sabe que elas não gostam E que toda a gente acha graça, Corre atrás das raparigas Que vão em ranchos pelas estradas Com as bilhas às cabeças E levanta-lhes as saias. A mim ensinou-me tudo. En https://www.instagram.com/p/CLQaBOWnmSW/?igshid=1ryckoausvpmh
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