#e outra vez a encher chouriços
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o que é que o roberto martinez está a falar do Quendinha, do Pote e do Trincão no isto é gozar com quem trabalha
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O Filho de Odin, cap. 3, “Yojimbo e os Centauros”
Antevisão: no qual Jonatã CONTINUA a combater a entropia existencial que é um valente par de mamas, vai às compras em BADAJOZ e não BARCELONA só que eu não estou a prestar atenção nenhuma, e combate um ninja assassino de elite com a sua melhor arma: estereótipos raciais.
_____________________
Antes de começarmos, amigos, eu quero que saibam que a minha intenção com isto é, acima de tudo, e além de nos rirmos todos um bocadinho, proporcionar uma possibilidade de olharmos para algo fascinantemente mau, compreendermos o PORQUÊ de ser mau, e eu também dar umas dicas, tendo em conta isso mesmo, para vos ajudar a a) ler melhor e serem também mais críticos, e b) escrever melhor, se for a vossa cena.
Não sei muito da vida, mas sei algumas coisas.
Quando queremos escrever, é mesmo muito importante lermos não só o bom e o que nos inspira, mas as coisas más, porque quando elas são estrondosamente más, é sempre útil aprendermos porquê, e fazermos o trabalho mental de tentar dar a volta à situação, perceber como é que seria a forma correcta de fazer (ou uma das) e como é que vocês fariam. É um óptimo exercício (para a malta que está com writer’s block) pegar em cenas terríveis e reescrevê-las à vossa maneira, é uma óptima maneira de praticar, de vos forçar a sair da zona de conforto e de manter o foco no erro para não o repetirmos.
Afundemo-nos então neste desastre juntos.
O capítulo começa, num whiplash de incoerência, com o tempo verbal do presente, explicando que o poder de Drácula aumenta com a sua galopante conquista. A lista de povos subjugados-barra-dizimados é a seguinte: turcos (ai já não são especiais???), jugoslavos, macedónios, búlgaros, croatas, bósnios e albaneses. A Grécia continua intocada apenas graças ao seu Deus.
O Castelo de Drácula agora tem um (outro) nome, e é Bran. Aparece o detalhe de que o “céu nocturno enche-se de nuvens cinzentas; entre elas, uma acastanhada surge do nada”, que é... Loki. E aparece nestes preparos:
um homem com pele de urso vestida, chapéu viking de cornos e uma bola de cristal negra à volta do pescoço.
A este ponto eu ROGO que alguém faça uma rendição artística disto.
Eu vou deixar este excerto falar por si:
-- Vlad, há quanto tempo! Já passaram trezentos e oitenta e seis anos! E tu não envelheceste nem um...
-- Sim, o tempo passa rápido quando se está a dormir, ou melhor...morto.
Os dois riram-se da piada seca de Drácula.
Pondo de parte o facto de ser, resumidamente, mau, vou aproveitar aqui o momento para uma nova lição.
É preciso ter muito cuidado com o discurso do narrador. Existem três tipos de narrador (e tive e ir ao google porque sinceramente já não sabia o nome em português, mas não digam a ninguém): o autodiegético, o homodiegético e heterodiegético. Para entender melhor, ‘diegese’ quer dizer história. ‘Homo’ refere-se a igual, ‘hetero’ diferente e ‘auto’ voltado para si mesmo. Ou seja autodiegético o que de certa forma narra a sua própria história, homodiegético insere-se na história, mas não é protagonista, antes podem vê-lo como alguém que se encontra em pé de igualdade com a narrativa mas não o protagonista, e heterodiegético aquele que se exclui do universo da narrativa.
Ou seja, o primeiro e o segundo são participativos, e portanto, estão presentes no universo da narrativa, logo: escrito na primeira pessoa. Isto significa que o seu conhecimento dos eventos narrativos e da história são limitados, e que a sua visão vai ser influenciada pelo seu carácter. Tendencialmente, são os chamados narradores parciais ou que não se pode confiar. Um excelente caso de narrador autodiegético não confiável é o Lolita, e um de um narrador homodiegético enquanto narrador-personagem mas não protagonista é um livro chamado Stargirl de Jerry Spinelli (Menina das Estrelas em português).
O último é não-participativo e pode ser omnisciente ou não. Quando é omnisciente, isto quer dizer que ele tem um conhecimento da totalidade da narrativa. É o Deus da história. Consegue fazer uma coisa, que em inglês se chama head-hopping, sem grandes dificuldades: saltar do olhar de uma personagem para outra (um exemplo MUITO BEM FEITO é o The Little Friend, de Donna Tartt). Quando não é omnisciente, é “limitado”, interno ou externo, duas expressões que dizem respeito ao modo como o narrador aborda a personagem, mas o que faz, essencialmente, é narrar a história através do olhar de uma personagem só, mesmo que tenhamos já tido a visão de outro que está ali presente (como G.R.R. Martin faz com A Song of Ice and Fire).
O mais difícil de conseguir é, a meu ver, omnisciente, porque o narrador omnisciente tem de ser totalmente ausente da história (a menos que estejam a escrever da perspectiva de Deus, tipo Good Omens?). O que acontece quando este narrador—supostamente ausente—deixa escapar “opiniões” é que ficamos à espera que seja revelado quem é que está a contar.
Então, como é que contamos uma história omnisciente sem quebrar essa distânica? Linguagem e observação. Mostrar e nunca dizer. Atenção que este narrador pode (e deve) entrar na mente das personagens e revelar os seus pensamentos, mas tem de estar BEM ASSENTE que aquele pensamento ou opinião ou o que for é do personagem. E isto MOSTRA-SE não se DIZ (em inglês diz-se: tell feelings, show emotions; diz os sentimentos, mostra as emoções)
Porque é que eu trago isto ao de cima neste instante em particular? Porque o que o Zuzarte fez ao dizer “piada seca” foi dar uma voz a mais ao narrador—uma voz que não devia existir. E digo isto porque é uma coisa que ele faz constantemente (relembrem-se do que falei sobre o estalajadeiro do capítulo anterior), muitas vezes numa tentativa de ter piada. E não resulta porque o narrador, que eu ACHO que está a tentar ser ausente, está basicamente a manifestar opiniões. Isto é sketchy porque ele não é consistente com este tipo de linguagens: recorre ao discurso indirecto livre quando não existe necessidade dele, diz-nos que algo é mas não mostra nas personagens porque é que é. E o facto é que ele diz tanto que as vozes dos personagens e do narrador misturam-se, e não conseguimos dizer quem é que está, no fundo, a pensar aquilo.
Aqui, e novamente estamos a ver isto a título de exemplo, o que se passa é que os dois riram, e o narrador diz que é de uma piada seca. ISTO é uma constatação, não é mostrar. O que ele deveria ter feito era mostrar a reacção a essa piada num dos interlocutores através de comportamentos, expressões, até pensamentos (ele tenta com as duas personagens que estão a ouvir esta conversa só para encher chouriço, Vhan e Kalthazad, mas não resulta porque entretanto já foi constatado o facto, e o diálogo serve só para mostrar que Loki é MaAaU..). NÓS, LEITORES é que temos de compreender que a piada é, efectivamente, seca—sem ninguém nos dizer. Temos de ver. (Até porque cabe a nós decidirmos se ela é seca ou não...)
Prosseguindo.
Loki diz que se dirigiu ali para alertá-lo de algo, e pega na sua bola (vou tentar tornar isto o mais constrangedor possível) e na sua imensa e pesada BOLA reflecte o rosto de Jonatã. Vlad chama Loki de Mestre, o que pelos vistos implica que lhe é súbdito, embora nada até aqui tivesse dado a entender isso. Loki pede-lhe que o mate, e Vlad pergunta como, se os deuses são imortais, e Loki diz que
a única maneira de matar um deus é surpreendê-lo enquanto está na sua forma de humano ou animal.
Ok.
O objectivo, parece, é Loki tomar o seu lugar como rei dos deuses o que... não é explicado de qualquer maneira. Simplesmente nos é dito, e tipo—não haverá aqui alguma burocracia? Tipo, de certeza que só lá vais pelas gajas, a comida e o ouro? Porquê? Qual é a motivação para o Loki querer ser o rei dos deuses (e que deuses: gregos, romanos, nórdicos, todos???) além de “ele é o deus do mal e do fogo” ou como é que foi que ele lhe chamou? Tipo, que outra motivação existe aqui além de “ele é trapaceiro”? Nada? Vai cobrar impostos, nacionalizar o sistema de água--o quê? Que mais existe, qual é a cena dele?
Chegámos àquele ponto da história em que o bom é bom porque o narrador diz que sim, e o mau é mau porque o narrador também diz que sim. Novamente: o narrador está a tomar as decisões por nós, que deveríamos ser capazes de depreender isto através do acto de mostrar.
Voltamos a Badajoz e o pedaço mais atroz de literatura aparece-nos à frente, sobre o qual Zuzarte decide largar um valente cagalhão nas de regras de sintase e de bom senso na literatura:
-- [Jonatã]... estás acordado?
-- Agora estou. O que é que queres? – ripostou depois de soltar um autêntico grunhido.
-- Eu não consigo dormir, importas-te que durma... contigo... na tua cama? – pediu ela num tom tímido.
-- Grunf... claro que podes... [bocejo], mas não me voltes a acordar – respondeu-lhe, virando-se para o outro lado.
Ai manos, eu sinto que envelheci 20 anos.
Primeiro: outra vez as putas das onomatopeias. Se eu estivesse a ler em inglês, eu não questionava o que era “grunf” aqui. Mas estou a ler em português.
Segundo: [bocejo]? Mas esta merda de repente tornou-se um guião de TV? Se não sabes, nessa cabecinha cheia de ideias, como dar uma indicação sonora e visual no meio de um diálogo, então abandona o ofício, Zuzarte. Literalmente das coisas mais simples. O que é que custa fazer “-- Claro que podes, -- disse, com um bocejo.” Custa muito?
Têm reparado que eu escrevo sempre Jonatã, mesmo em citações directas, e quando é o caso, meto entre parêntesis rectos. Isto é uma regra de citação e indicação bibliográfica (da norma portuguesa, atenção): quando estamos a citar algo mas ou queremos acrescentar uma indicação (por exemplo, uma palavra de que o autor original se esqueceu, ou o nome de um interlocutor que está omitido--acontece muito em entrevistas) colocamos em parêntesis rectos para o leitor saber que aquele pedaço não se encontra no texto original. Logo estão a ver a confusão que isto cria.
Terceiro:
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...ainda estamos neste toca-e-foge, portanto. Ok.
Jonatã sonha que está numa pradaria com gente feliz, quando aparece um vulto negro. É um lobo gigante que uiva e, de repente, o céu torna-se “cor-de-laranja-avermelhado e as nuvens ficaram amarelas”.
Eu gosto imenso quando ele tenta realmente mostrar porque mostra potencial, tipo: conseguem perceber o que é que isto significa? O que será que esta mescla de cores está aqui a representar?
YA, É FOGO. CHAMAS. A ALDEIA TÁ A ARDER. BOA, ZUZARTE. AGORA MANTÉM.
Jonatã podia ouvir os gritos de pânico e de dor de pessoas a morrer.
EU DISSE MANTÉM O RITMO!
O lobo revela-se como sendo Drácula, e afirma que um dia ele vai dominar o mundo (não era o Loki?, ou o Loki fica com o duplex lá de cima e o Drácula com o andar de baixo com quintal, é desse tipo de arranjo?).
E de repente:
-- Morguel idiota, tu não pensaste que um simples humano seria capaz de matar o senhor das trevas, pois não? Eu sei quem tu és...VIDAR, FILHO DE ODIN!
A acompanhar esta exclamação, Drácula fez aparecer uma onda de chamas que consumiu [Jonatã] e o arremessou para o vácuo. Este acordou de supetão, pegou na espada e começou a bradi-la no ar; depois, acalmou-se e respirou fundo.
Eu genuinamente escangalhei-me a rir com “a acompanhar esta exclamação” porque temos o senhor das trevas a falar com tanta maiúscula que na minha cabeça tem aquela Voz Gutural típica, mas depois começa a frase seguinte com “a acompanhar” como se o Drácula fosse o prato principal e a onda de chamas o acompanhamento, com cumprimentos do chef Olivier.
Opa, estão a ver porque é que linguagem é importante?
Mas esperem lá... DE SUPETÃO! Foda-se, que ele anda a comer dicionários! Aliás, é tão inesperado apanhar esta merda aqui que me sinto tentada a dizer que “de sobressalto” teria sido mais do que apropriado porque isto faz totalmente quebrar a suspensão da descrença (se é que eu ainda tinha alguma).
SIM, ZUZARTE, O TIPO DE LINGUAGEM QUE USAS TEM DE SER CONSISTENTE.
Então, começou a ouvir uma rapariga a cantar --, era Iori que se estava a lavar, preparando-se para se arranjar, enquanto ele se vestia. Mas a cantoria não o incomodou.
Raios de sol atravessaram os pequenos buracos da janela de madeira. [Jonatã] abriu-a e viu que as ruas estavam cheias de gente. Humanos, elfos, anões, gnomos, centauros, todos se passeavam por ali. De dia, as ruas de Badajoz têm uma vida muito diferente.
Amigos eu agora é que percebi que acho que chamei a isto Barcelona mas... Confundi... LMAOO CONFUNDI BADAJOZ COM BARCELONA. LI BADAJOZ E O MEU SUBCONSCIENTE DISSE “NÉPIA, O GAJO VAI A BADAJOZ FAZER O QUÊ, COMPRAR CARAMELOS? VAI MAS É PRA BARCELONA”
Enfim, o que queria dizer era que este pedaço é: embora isto ainda não seja publish-material a meu ver, há qualquer coisa ali. Ele quando quer, tenta e até está lá próximo, mas o gajo é preguiçoso.
Jonatã pondera sobre como há-de sobreviver à viagem.
E segue-se este monólogo:
“Quando sairmos daqui, faremos escala em Toledo. O meu tio Boeürn, o paladino, oferece-nos cama para passarmos a noite. Estou um pouco apreensivo sobre o modo como iremos passar os Pirinéus, os sucessivos ataques dos gigantes preocupam-me um bocado. Espero conseguir fazer esta missão de que os deuses me encarregaram. Odin deseja-me boa sorte.”
1. “O meu tio Bjorn (desculpem mas não vou andar à procura do trema a toda a hora), o paladino” -- isto é exposição. É dizer. Ele podia perfeitamente referir apenas o tio e apresentar o paladino quando lá chegasse, ou sair do monólogo e introduzir, via narrador, a história do tio (mas parece que o narrador sabe tanto como eu).
2. Não percebi se a última frase é um desejo, uma prece... Porque eu entendi como uma declaração, só que como declaração é bem estranha? O contexto também não me ajuda em nada. O Zuzarte, já sabemos, não sabe meter vírgulas, mas: se é uma prece ou a expressão de um desejo, por amor de deus, separem o vocativo por uma vírgula.
3. O que eu disse acima acerca da consitência de linguagem? O tipo de linguagem aqui é completamente desconexo. Quando escrevemos monólogos interiores ou solilóquios, tem que se ter em atenção essa nuance. Não é que eu duvide que este paspalho fale assim na vida real, porque tem todo o pacote para ser absolutamente detestável e é da terra onde se tratam os filhos por você, mas viram que a reacção foi quebrar totalmente a suspensão da descrença? Porque eu senti que estava a ler o noticiário. Enfim, estamos novamente a falar do que o Zuzarte não tem: consistência. Porque o Jonatã usa calão--já o vimos usar. Temos portanto de nos questionar porque raio não usa em monólogos interiores.
Já agora, querem um truque para saber se o discurso directo e/ou monólogo funciona na vossa escrita? Leiam em voz alta. Lembrem-se que, no discurso directo, vale tudo, podem dizer o que vos apetece porque é uma citação directa da boca do personagem. Portanto, leiam em voz alta. Se soar natural, top. Se não, é altura de repensar.
(Ok a linha a seguir diz-me que isto na verdade era ele a falar alto.. oh que caralho.)
[Jonatã] virou-se e viu que Iori continuava completamente nua. Tapou os olhos e voltou-se para a janela.
-- O que foi? Nunca viste uma mulher nua? -- insinuou a rapariga.
-- Assim tão nua não.
Zuzarte, eu acho que “insinuar” não singifica o que estás a pensar que significa.
-- Achas que preciso de perder peso? Não sou do teu agrado? -- questionou ela enquanto olhava para o seu corpo.
-- Não, o teu corpo é perfeito, o problema é esse
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Finalmente, ele convence a Iori a vestir-se e
-- [...] É hábito as japonesas andarem nuas por aí? -- perguntou.
-- Não, eu é que gosto de andar à vontade -- disse ela, soltando uns risinhos.
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Quanto hentai viste tu, Jesus Cristo Nosso Senhor...
Os dois saem para o Jonatã comprar armas e a Iori comprar roupas... sim. Não há estereótpio que lhe falhe. O miúdo viu todos os filmes do Adam Sandler.
Jonatã cruza-se com dois anões que discursam sobre buracos nas ceroulas e do preço exorbitante dos machados, a indicar que foram ludibriados pela loja, e Jonatã tece uma piadola que não me toca.
À porta, está um pedinte nestes preparos:
Vestia uma roupa estranha toda preta, mas tinha a cabeça descoberta, o cabelo frisado, e uma ligadura vermelha com um dragão amarelo a tapar-lhe os olhos.
Usava também uma camisa preta aberta, que deixava antever uma camisola interior amarela com um dragão vermelho bordado. Calçava umas sandálias japonesas negras e estava munido de uma catana.
Vá, digam-me lá que personagem de anime é esta lmao ok eu fui pesquisar e pelos vistos é mesmo um gajo de Samurai X, e vocês pensam “mas oh Ana, ele nem se parece com a descrição” esperem até chegarem ao fim do capítulo... (não se esqueçam que isto foi escrito para aí entre 2005 e 2008)
(Esta mania de usar “deixava antever” quando descreve roupa é-me familiar. Isto é uma merda que ele pegou de um escritor qualquer e cheira-me a gajo do século XIX)
Há um momento de homoerotismo subreptício e Jonatã leva Iori a comprar roupinhas lá dentro. Jonatã começa a ver as armaduras e destaca que “aqueles anões estavam bem enganados, estes materiais são excelentes.” Porque ele é que sabe, caso ainda não tenham compreendido que tipo, à volta dele, TODOS são burros. Jesus, quanta falta de carinho tens tu para compensar, Zuzarte?
Fica todo fascinado por uma armadura de Mithril e pergunta quando custa.
-- Mil pesetas.
-- Bem...MIL PESETAS POR UMA ARMADURA? -- escandalizou-se [Jonatã].
-- Sim, porquê?
-- Por nada por nada...er...bom preço! Fico com ela.
Aparentemente, este puto anda com mil pesetas nos bolsos, assim.
Iori revela-se nestes preparos:
Trazia uma roupa negra com botas de cabedal e usava uma espada curta extremamente afiada e um broquel com o rebordo cortante e um espigão no meio. Tinha também a capacidade de disparar o escudo devido a um mecanismo que se encontrava no local da pega. Era também capaz de puxá-lo de volta a uma velocidade muito rápida, como se fosse uma cana de pesca a puxar um peixe para fora de água.
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Portanto, ele começa com uma descrição física dela, que se fica por botas pretas de cabedal e abstractamente “uma roupa preta”, prossegue com uma explicação exaustiva da merda do broquel que, afinal, é só o escudo do Capitão América, e termina com a única forma que o Zuzarte encontra de dar alguma imagem a esta depressão: com uma comparação.
A dúvida aqui é: como é que ele sabe que o broquel é capaz daquilo tudo? Ela explicou-lhe, ou esta é uma daquelas tiradas de Excelsa Iluminação do nosso protagonista com um só olhar?
Se se questionam o que é um broquel, é bem menos impressionante do que o que o Zuzarte faz parecer.
E já agora, tenho de fazer uma interrupção...
Vocês recordam-se que esta merda se passa em 1862, certo? E a gaja tá a usar botas de cabedal em meados do século XIX? Só há duas possibilidades de como ela deveria estar vestida: se por acaso adoptou roupas ocidentais, seria mais ou menos assim, se manteve a tradição japonesa POSSIVELMENTE assim, mas não confiem em mim neste aspecto. E isto é, assumindo que ela segue os standards do género. O Zuzarte lista o Van Helsing como uma das suas maiores inspirações (hisss) e no entanto, o filme ofereceu-nos um traje muito original do século XIX com influências romenas em que a mulher usa roupa prática (pela mão da grande Gabriella Pescucci).
E no entanto, decide fazer cosplay de Ebony Dark’ness Dementia Raven Way. Ok.
Jonatã, no seu habitual tom pedante, diz a Iori que é “melhor pegares também em qualquer alma de longo alcance, é perigoso sair de uma cidade desarmado”. Ela... não está desarmada? Wtf?
Jonatã inquire o velhote dono da loja sobre o pedinte à porta e este diz-lhe que se trata de um “mercenário do clã ninja da região de Iga, um clã de assassinos implacáveis e sem piedade. Também disse que aquele rapaz podia ser tão perigoso ou mais do que um ninja adulto, tal foi a sua educação em artes marciais.”
E... nem uma explicação de porque é que ele está nas ruas pedir? Literalmente a única coisa que me interessa saber é o que não dizes?
Jonatã tenta segui-lo mas ele esgueira-se pelo telhado e foge.
O mal destes escritores projectarem a sua hipermacheza é que, inevitavelmente, fica com subtexto homoerótico.
A Iori agarra num arco e aljava com flechas, que, neste capítulo, não volta a pegar.
Jonatã paga e quando sai vem aí uma manada de centauros. Mas... não havia centauros a passear nas ruas? Agora são inimigos? São um secto? O que é que se passa?
E... isto acontece, eu tenho de transcrever porque inventado não chegava lá. Relembrem-se que isto é imediatamente a seguir a VER os centauros:
[Jonatã] desembainhou a espada, matou uma quantidade significativa de centauros, mas eles não paravam de se multiplicar, cada vez maior em número.
Isso aconteceu-me uma vez uma no Witcher 3, eu percebo.
As forças para matar mais centauros esgotavam-se. Um dos hominídeos levantou as lanças para o trespassar, Iori tapou os olhos e [Jonatã] olhou para ele, sem forças para fugir. E quando tudo já parecia perdido, uma shuriken atingiu a cabeça do centauro; o sangue jorrou em catadupas da cabeça do homem-animal, e este tombou, morto.
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...em catadupas, tá.
O estranho que se sentava à porta da loja de armas apareceu vindo de um dos telhados e dembainhou a sua catana, que mostrava os olhos de um dragão a brilhar, e cuja lâmina foi tomando gradualmente a cor avermelhada. A seguir, tirou a camisola e ostentou outro dragão vermelho, cujos olhos também brilhavam, na pele das costas.
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Tenho que fazer aqui uma interrupção.
Já referi que o Zuzarte não mantém consistência de tempo verbal--pois este é exemplo de como isso o trai.
É importante manter consistência porque o tempo verbal diz-nos que voz e que narrador é que estão a ser utilizados (atenção contudo a uma coisa: é comum as pessoas introduzirem a meio da narrativa o presente quando até então tinham estado a utilizar o pretérito perfeito. O Sapkowski, por exemplo, muda para o presente quando é um sonho ou quando se trata de uma situação de sofrimento em que realidade e imaginação se misturam. É apenas uma questão de saber fazê-lo. De todo o caso aqui).
Quando utilizamos o pretérito perfeito, vamos sempre oscilar entre perfeito e imperfeito. Imperfeito refere-se a uma acção continuada, perfeito ao passado. Ou seja: Jonatã olhou (perfeito) para o ninja, que lutava (imperfeito) do seu lado. “Olhou” desempenha a função narrativa de nos dizer o que aconteceu, “lutava” diz-nos que esta é a acção que estava a decorrer quando ele olhou.
Mas quando queremos referir-nos a uma acção interrompida ou mais anterior ainda, ou seja, também ela situada no passado, mudamos para mais-que-perfeito. Ou seja, andamos sempre a oscilar entre os três.
Portanto: Jonatã olhou (perfeito) para o ninja que se sentara (MQP) à porta, enquanto este lutava (imperfeito) do seu lado. (E esta nem era a forma como eu faria, mas é correcta).
Na frase “O estranho que se sentava à porta da loja de armas”, o que nos dá a entender, é que o ninja AINDA ESTAVA sentado à porta da loja quando se aproximou do herói. E nós sabemos QUE NÃO É O CASO, porque imediatamente a seguir, o narrador diz que “apareceu vindo de um dos telhados”.
NOVAMENTE, COISAS QUE UM EDITOR TERIA REPARADO.
-- Olhem! -- exclamou um dos centauros. -- Um dos humanos está com pressa de morrer.
-- Mil daranos (moeda dos centauros) por aquele que trouxer a cabeça dele a Hanrak.
Eu quero que saibam que, de acordo com as regras de sintase e morfológicas, o centauro em questão disse em voz alta “moeda dos centauros”. Porque o Zuzarte não sabe escrever.
E todos carregaram sobre o estranho.
-- Grande erro... MORRAM! -- gritou ele e começou a dizimá-los a uma velocidade estonteante.
Eu normalmente queixo-me dos americanos que são obcecados com a regra do “nunca se usa advérbios” porque obviamente não é bem assim, mas eu estou a começar a concordar com eles porque isto já é demais. Eh pá, dá-me qualquer coisa pra visualizar, foda-se. Peço-te.
E já agora, quem é que o disse?
Matou cerca de otenta. Todos eles levaram cortes fatais no tronco mas, em vez de caírem, ficaram imóveis. Quando acabou com a vida do octogésimo centauro, voltou a embainhar a catana, primeiro muito lentamente e depois de uma só vez. Assim que o cabo da lâmina tocou na bainha, todos os centauros morreram de uma vez.
Portanto, ou viste Bleach ou Samurai X.
(Se o gajo fizer a cena anime-glasses mando um shot)
Já agora:
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O que terá “tocado” na bainha não foi o cabo, mas a guarda. Só chamo a atenção a isto porque eu também escrevo sobre pessoal com espadas e alguns de vocês se calhar até vos faz jeito esta terminologia que é um pouco mais complexa do que parece (e que o Zuzarte nem se designou a aprender).
Não sei se perceberam porque é que eu tenho estado a fazer um levantamento de todas as armas e superpoderes que o herói acumula---é que eles tornam-se todos completamente obsoletos.
Lembram-se que ele tinha visão super poderosa? Inútil.
Lembram-se que ele tem arco mágico? Inútil.
Lembram-se que a Iori também tem um arco? Inútil.
Outros dois centauros com arcos apareceram e dispararam sobre o estranho. Este defendeu-se das flechas com shurikens e atirou-as aos dois centauros, eliminando-os.
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Tudo corria bem até que o khan (khan em centauro quer dizer rei ou líder) dos centauros apareceu.
Empunhava uma lança pesada e carregou sobre o estranho. Mas antes que pudesse trespassá-lo, foi atingido por uma flecha disparada por [Jonatã].
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ELE LEMBROU-SE DO ARCO!
O khan ficou congelado a meio de um salto e partiu-se em mil pedacinhos assim que tocou no chão. Os que restavam do grupo fugiram para as planícies, para evitarem mais confrontos com os dois guerreiros.
Dois guerreiros? O Jonatã não fez um peido. Congelou UM gajo e matou uma “quantidade considerável” de centauros, que tanto quanto sei, pode ter sido 3.
-- Tu lutas mesmo bem!!! -- elogiou.
-- O mesmo digo de ti, Lusitano! -- respondeu com uma voz um pouco rouca.
ELE NÃO FEZ UM CARALHO
-- Posso saber [...] como sabes que sou português? -- contrapôs [Jonatã].
-- O teu estilo de luta é único, só um soldado português, com destreza suficiente para manejar tão mal a espada como tu, seria capaz de matar tão poucos centauros... e procuro um tal [Jonatã] Strongheart. Tu, por acaso, não o conheces?
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Gosto deste gajo.
Jonatã, de trombas, diz que é ele, e o moço fica surpreendido por ser um moçoilo ainda mais jovem e
-- Tu vê lá, ó olhos em bico, este rapaz é capaz de muita coisa! E já agora, para quê essa fita? Tens medo de ver o teu aspecto logo de manhã ao acordar? Isso não me admira nada.
Iori apanha este duelo de pilas a meio e diz a Jonatã que não só o outro puto é mais experiente como vem mesmo de uma elite de gajos que lhe dão cabo do couro em três tempos e Jonatã, que odeia que lhe toquem na virildade desta forma, adopta aquela carapaça de indiferença. If he dies, he dies. Jonatã não quer saber que Iori está quase em lágrimas e manda-a apostar no inimigo, e aí vai ele que nem uma maluca.
[Jonatã] aproximou-se do inimigo; este desembainhava a catana, mas ela não reflectia a cor vermelha.
-- Curioso -- comentou. -- A Yojimbo-Masamune brilha quando ela detecta a energia diabólica ou o mal. É estranho que, no teu caso, ela permaneça normal. Mas não me vai impedir de lutar -- depois apontou a sua espada. -- Prepara-te, Lusitano, pois eu não terei misericórdia.
Estão a ver o que quero dizer com definir o espectro moral do protagonista por meio de clichés que repetidamente insistem que, sim senhora, o Jonatã é bonzinho? Embora nada nos diga que ele seja o epítome da santidade católica (até se tem vindo a comportar como um merdas até agora), tudo à sua volta constantemente nos diz que ele é bom.
Já agora, eu só percebi que quem estava a falar era o Japonês quando ele disse “Lusitano”. Até então, e como o Zuzarte não deu qualquer indicação de quem estava a falar, eu achava que era o Jonatã. Quando o texto imediatamente anterior à fala seguinte se refere a OUTRA personagem que não a que vai falar, devem sempre indicar QUEM está a falar na linha de diálogo, caso contrário, causa confusão. Principalmente se há mais que uma personagem presente.
[Jonatã] olhava para o céu, mostrando o seu desprezo, e comentou:
-- Aquela nuvem é muito branca, não é?
As pessoas riram-se e o assassino começou a enervar-se.
-- [JONATÃ]! ESTÁS A GOZAR COMIGO? -- berrou ele, colérico.
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-- Porque é que havia de estar? Tás prà’i a falar de coisas sem sentido... Volto a perguntar; porque raio é que tens essa fita à volta dos olhos?
-- Assim consigo detectar melhor a energia produzida pelos demónios.
-- Sim, claro...hum...vocês na vossa aldeia deve ser mesmo feios para tu teres de andar com essa fita à volta da cara -- ripostou o rapaz, sorrindo.
Tás a resvalar o racismo, agora, amigo.
Já agora... que... contracção é aquela que ele para ali fez, que transformou num hieróglifo bizarro? P’raí. Assim basta. Porquê o acento grave?
Eu... não consigo resumir isto.
os dois cruzaram as espadas e mediram forças com as lâminas aguçadas. [Jonatã] empurrou-o e este foi obrigado a dar um passo para trás, duplamente impulsionado por um valente pontapé. Com o impacto, voou, literalmente, uns três metros.
Usar “literalmente” enquanto narrador de um LIVRO é o pleonasmo mais esquisito que já li.
Por esta altura, [Jonatã] sacou do seu arco e disparou duas flechas, mas tal como antes, o inimigo defendeu-se usando a lâmina da espada como escudo. Depois correu na direcção do rapaz, com as duas mãos a segurar no cabo da espada, arrastando a lâmina no chão pelo lado direito, fazendo nova tentativa para atacá-lo.
LMAOOO RETIRADÍSSIMO DE SAMURAI X
Só que [Jonatã] previra a reacção e contra-atacou com um golpe na diagonal, a partir da esquerda desviando-se para a direita e arremetendo uma valente cotovelada.
Mas eu tou a assistir a anime agora?
Enquanto o assassino estava atordoado pelo golpe, [Jonatã] passou-lhe uma rasteira, e, no instante em que ele caía, agarrou-lhe o braço e arremessou-o contra uma parede.
Embora muito zonzo, o asiático não queria mostrar-se derrotado e fez uma última tentativa: investiu contra o outro, que só se limitou a esticar o punho deixando que ele batesse com a cara na sua mão fechada.
Zuzarte, dá-me a tua morada, só quero conversar.
O derrotado, humilhado pelo deus ex literário que lhe deu uma sova, implora que o mate, MAS JONATÃ, QUE É O EPÍTOME DA MISERICÓRDIA CRISTÃ, espeta a espada no chão (que me cheira que é de pedra, e portanto impossível) e proporciona-nos com um novo monólogo:
-- Eu não quero matar-te. Nunca quis. Além disso, o que é que lucramos com isso? Se eu ganhar, fico igual a ti e continuo a minha viagem. Se tu ganhares, esperas pelo próximo ataque de centauros ou continuas à procura de um tal [Jonatã] Strongheart -- que está mesmo à tua frente. Nós não ganhamos nada com isto! -- Pergou na Glam e embainhou-a. -- Vou dar-te a escolher uma de duas hipóteses: ou regressas ao Japão e contas aos teus tribais o que aconteceu, ou acompanhas-me na minha viagem. A escolha é tua.
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Portanto... se o Jonatã ganhar, fica igual a ele? Porque... o matou? Porque lhe chegou aos calcanhares? E se o outro ganhar, fica ali na sua vida de pedinte a arrear em centauros?
Porque é que ele andava à procura do Jonatã, logo à partida? Estava sozinho e ouviu falar do boneco?
E porque é que ele haveria de contar aos seus conhecidos o que se passou tipo.. o que é que ganha ou perde com isso? Sim, eu sei que tem a ver com a questão da honra japonesa, mas não só o Zuzarte conta com o facto de eu saber isso e se recusa a explicar a importância da derrota para um guerreiro japonês---que ainda não percebi se é ninja ou samurai, mas cheira-me que o Zuzarte não sabe a diferença entre um e outro---como se está a fiar em estereótipos pre-definidos para estabelecer uma coisa com base em pré-conceitos. Enfim.
E porquê expulsá-lo dali? Quem és tu, polícia? Aposto que ao pessoal de Badajoz até lhe faz jeito! O man não vive à largueirão, não rouba, só pede, não se mete com ninguém e ainda lhes limpa a cidade de centauros, fdse tá aí um contrato do crl. Alguém consultou a malta de Badajoz?
E por fim... “tribais”? Really? O Japão no século XIX era só cabanas?
Mas eu percebo, Zuzarte. É super fixe esse confronto até à morte que resulta em misericórdia para conseguires um companheiro novo na tua viagem.
Todos nós recrutámos o Zevran assim, também.
O assassino levantou-se e olhou para ele.
-- Tu és mesmo [Jonatã] Strongheart, filho de Uther “Mão Prateada” Strongheart! -- disse, estendendo a mão. -- Kenchi Yojimbo, às tuas ordens.
O YOJIMBO DO TÍTULO É O GAJO? FODA-SE
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Já agora, eu tenho a dizer que, neste capítulo, fiz um balanço:
Em 82 linhas de diálogo, o Zuzarte usou quatro (4) vezes a palavra “disse”.
QUATRO.
__________________________________
Balanço final:
Sistemas de overpowering:
- Supervisão.
- Lobisomem ??
Armas em sua posse:
- Trompa de guerra
- Arco mágico
- Armadura de Mithral
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Anteriores:
—- Capítulo 1.
—- Capítulo 2.
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Opinião: Festivais de verão, retratos do país real!
Gil Patrão
Em tempo de férias, Portugal resplandece! Por todo o país há festas diárias para todos os gostos, animadas ao som de bandas, filarmónicas, conjuntos e cantores que abundam entre nós. E como estes já nem chegam para as encomendas, importamos durante os verões escaldantes,“DJ´s, rock & rap stars” de maior ou menor nomeada, que ajudam a encher de público, das mais diversas idades, tantos dos pavilhões e campos de futebol desocupados que há um pouco por todo o lado. As cálidas noites estivais animam um país que sempre teve forte pendor para feiras e romarias, mostrando que o dito gaulês “comme les portugais sont gais” sintetiza uma das caraterísticas distintivas de uma nação cuja cultura popular continua arreigada aos seus valores tradicionais mais profundos. Nestas festas, a receita é simples, mas muito eficaz! Além da música, têm de haver distrações que ajudem a compor as finanças das autarquias com as mais diversas taxas e taxinhas, e tascas e tasquinhas que vendam farturas, petiscos e modernaça “street-food & shots”, cervejolas, ginjinhas e tudo o mais que antes, durante e depois das mais gritantes e entusiásticas atuações de todo o tipo de artistas, dispõem ainda melhor um povo bom, e que já por si é alegre. Animam-se os arraiais, enchendo-se o interior ostracizado de uma balbúrdia que faz lembrar o país de outrora, em que pão e chouriço faziam companhia à broa com sardinhas e tinto do pipo, enquanto os bolinhos de bacalhau sempre acompanharam melhor com um branco adamado ou um verde fresquinho, acabadinho de tirar, borbulhante, do tonel, com a ajuda de um funil. Nesse tempo, ainda não havia “asais” que fizessem os comerciantes ambulantes darem “ais” de dor, pelas coimas que hoje em dia enchem um pouco mais os cofres vazios do ministro das finanças! Mas se dantes as festas eram locais, hoje a animação tem foros internacionais, vindo os foliões nos mais reluzentes automóveis e soberbas motas. Claro que, nas festas de maior nomeada, para estacionar não chegam os parques improvisados, pelo que ruas e estradas ficam bordejadas das mais diversas viaturas, vindas de tão estranhos lugares que as placas de matrícula permitem perceber, no mais recôndito lugar deste tão belo país, a vera e vasta dimensão da diáspora lusa… Mas é quando entramos nos recintos das festas e dos festivais que se vê o seu encanto, e a razão de atraírem tantos visitantes. Se o barulho dos carrosséis, e de tantas outras diversões populares, é audível muito ao longe, só ao perto é que se sente o imenso poder que têm os mais descontrolados decibéis, debitados por potentes altifalantes que fazem os corpos vibrar ao som bem compassado de músicas, pimba ou não, mas que todas elas encantam quem tem a felicidade de se alegrar com espetáculos simples, que avivam o caráter afável do nosso bom povo lusitano. Este ano, o país evidencia um bem-estar e uma afetividade como há muito não se viam, apesar das desgraças havidas, que mostraram facetas marcantes dos portugueses, como o altruísmo e o espírito de entreajuda, e que mobilizaram a nação em prol dos que sofrem na pele as perdas de bens e vidas. Se a capacidade de mobilização deste povo é exemplar, é a sua capacidade de dar que mostra o que de melhor tem a alma lusa. Um povo que ri, canta e dança com alegria, mas que quando é mais necessário, é solidário! Há outros povos que podem ser até mais “evoluídos”, mas que não sentem a dor dos outros, como se fosse sua. Talvez seja por isso, que Portugal está na moda, num mundo que é cada vez mais igual, na desigualdade que nos separa uns dos outros!
Opinião: Festivais de verão, retratos do país real!
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