#FDO3
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O Filho de Odin, cap. 3, “Yojimbo e os Centauros”
Antevisão: no qual Jonatã CONTINUA a combater a entropia existencial que é um valente par de mamas, vai às compras em BADAJOZ e não BARCELONA só que eu não estou a prestar atenção nenhuma, e combate um ninja assassino de elite com a sua melhor arma: estereótipos raciais.
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Antes de começarmos, amigos, eu quero que saibam que a minha intenção com isto é, acima de tudo, e além de nos rirmos todos um bocadinho, proporcionar uma possibilidade de olharmos para algo fascinantemente mau, compreendermos o PORQUÊ de ser mau, e eu também dar umas dicas, tendo em conta isso mesmo, para vos ajudar a a) ler melhor e serem também mais críticos, e b) escrever melhor, se for a vossa cena.
Não sei muito da vida, mas sei algumas coisas.
Quando queremos escrever, é mesmo muito importante lermos não só o bom e o que nos inspira, mas as coisas más, porque quando elas são estrondosamente más, é sempre útil aprendermos porquê, e fazermos o trabalho mental de tentar dar a volta à situação, perceber como é que seria a forma correcta de fazer (ou uma das) e como é que vocês fariam. É um óptimo exercício (para a malta que está com writer’s block) pegar em cenas terríveis e reescrevê-las à vossa maneira, é uma óptima maneira de praticar, de vos forçar a sair da zona de conforto e de manter o foco no erro para não o repetirmos.
Afundemo-nos então neste desastre juntos.
O capítulo começa, num whiplash de incoerência, com o tempo verbal do presente, explicando que o poder de Drácula aumenta com a sua galopante conquista. A lista de povos subjugados-barra-dizimados é a seguinte: turcos (ai já não são especiais???), jugoslavos, macedónios, búlgaros, croatas, bósnios e albaneses. A Grécia continua intocada apenas graças ao seu Deus.
O Castelo de Drácula agora tem um (outro) nome, e é Bran. Aparece o detalhe de que o “céu nocturno enche-se de nuvens cinzentas; entre elas, uma acastanhada surge do nada”, que é... Loki. E aparece nestes preparos:
um homem com pele de urso vestida, chapéu viking de cornos e uma bola de cristal negra à volta do pescoço.
A este ponto eu ROGO que alguém faça uma rendição artística disto.
Eu vou deixar este excerto falar por si:
-- Vlad, há quanto tempo! Já passaram trezentos e oitenta e seis anos! E tu não envelheceste nem um...
-- Sim, o tempo passa rápido quando se está a dormir, ou melhor...morto.
Os dois riram-se da piada seca de Drácula.
Pondo de parte o facto de ser, resumidamente, mau, vou aproveitar aqui o momento para uma nova lição.
É preciso ter muito cuidado com o discurso do narrador. Existem três tipos de narrador (e tive e ir ao google porque sinceramente já não sabia o nome em português, mas não digam a ninguém): o autodiegético, o homodiegético e heterodiegético. Para entender melhor, ‘diegese’ quer dizer história. ‘Homo’ refere-se a igual, ‘hetero’ diferente e ‘auto’ voltado para si mesmo. Ou seja autodiegético o que de certa forma narra a sua própria história, homodiegético insere-se na história, mas não é protagonista, antes podem vê-lo como alguém que se encontra em pé de igualdade com a narrativa mas não o protagonista, e heterodiegético aquele que se exclui do universo da narrativa.
Ou seja, o primeiro e o segundo são participativos, e portanto, estão presentes no universo da narrativa, logo: escrito na primeira pessoa. Isto significa que o seu conhecimento dos eventos narrativos e da história são limitados, e que a sua visão vai ser influenciada pelo seu carácter. Tendencialmente, são os chamados narradores parciais ou que não se pode confiar. Um excelente caso de narrador autodiegético não confiável é o Lolita, e um de um narrador homodiegético enquanto narrador-personagem mas não protagonista é um livro chamado Stargirl de Jerry Spinelli (Menina das Estrelas em português).
O último é não-participativo e pode ser omnisciente ou não. Quando é omnisciente, isto quer dizer que ele tem um conhecimento da totalidade da narrativa. É o Deus da história. Consegue fazer uma coisa, que em inglês se chama head-hopping, sem grandes dificuldades: saltar do olhar de uma personagem para outra (um exemplo MUITO BEM FEITO é o The Little Friend, de Donna Tartt). Quando não é omnisciente, é “limitado”, interno ou externo, duas expressões que dizem respeito ao modo como o narrador aborda a personagem, mas o que faz, essencialmente, é narrar a história através do olhar de uma personagem só, mesmo que tenhamos já tido a visão de outro que está ali presente (como G.R.R. Martin faz com A Song of Ice and Fire).
O mais difícil de conseguir é, a meu ver, omnisciente, porque o narrador omnisciente tem de ser totalmente ausente da história (a menos que estejam a escrever da perspectiva de Deus, tipo Good Omens?). O que acontece quando este narrador—supostamente ausente—deixa escapar “opiniões” é que ficamos à espera que seja revelado quem é que está a contar.
Então, como é que contamos uma história omnisciente sem quebrar essa distânica? Linguagem e observação. Mostrar e nunca dizer. Atenção que este narrador pode (e deve) entrar na mente das personagens e revelar os seus pensamentos, mas tem de estar BEM ASSENTE que aquele pensamento ou opinião ou o que for é do personagem. E isto MOSTRA-SE não se DIZ (em inglês diz-se: tell feelings, show emotions; diz os sentimentos, mostra as emoções)
Porque é que eu trago isto ao de cima neste instante em particular? Porque o que o Zuzarte fez ao dizer “piada seca” foi dar uma voz a mais ao narrador—uma voz que não devia existir. E digo isto porque é uma coisa que ele faz constantemente (relembrem-se do que falei sobre o estalajadeiro do capítulo anterior), muitas vezes numa tentativa de ter piada. E não resulta porque o narrador, que eu ACHO que está a tentar ser ausente, está basicamente a manifestar opiniões. Isto é sketchy porque ele não é consistente com este tipo de linguagens: recorre ao discurso indirecto livre quando não existe necessidade dele, diz-nos que algo é mas não mostra nas personagens porque é que é. E o facto é que ele diz tanto que as vozes dos personagens e do narrador misturam-se, e não conseguimos dizer quem é que está, no fundo, a pensar aquilo.
Aqui, e novamente estamos a ver isto a título de exemplo, o que se passa é que os dois riram, e o narrador diz que é de uma piada seca. ISTO é uma constatação, não é mostrar. O que ele deveria ter feito era mostrar a reacção a essa piada num dos interlocutores através de comportamentos, expressões, até pensamentos (ele tenta com as duas personagens que estão a ouvir esta conversa só para encher chouriço, Vhan e Kalthazad, mas não resulta porque entretanto já foi constatado o facto, e o diálogo serve só para mostrar que Loki é MaAaU..). NÓS, LEITORES é que temos de compreender que a piada é, efectivamente, seca—sem ninguém nos dizer. Temos de ver. (Até porque cabe a nós decidirmos se ela é seca ou não...)
Prosseguindo.
Loki diz que se dirigiu ali para alertá-lo de algo, e pega na sua bola (vou tentar tornar isto o mais constrangedor possível) e na sua imensa e pesada BOLA reflecte o rosto de Jonatã. Vlad chama Loki de Mestre, o que pelos vistos implica que lhe é súbdito, embora nada até aqui tivesse dado a entender isso. Loki pede-lhe que o mate, e Vlad pergunta como, se os deuses são imortais, e Loki diz que
a única maneira de matar um deus é surpreendê-lo enquanto está na sua forma de humano ou animal.
Ok.
O objectivo, parece, é Loki tomar o seu lugar como rei dos deuses o que... não é explicado de qualquer maneira. Simplesmente nos é dito, e tipo—não haverá aqui alguma burocracia? Tipo, de certeza que só lá vais pelas gajas, a comida e o ouro? Porquê? Qual é a motivação para o Loki querer ser o rei dos deuses (e que deuses: gregos, romanos, nórdicos, todos???) além de “ele é o deus do mal e do fogo” ou como é que foi que ele lhe chamou? Tipo, que outra motivação existe aqui além de “ele é trapaceiro”? Nada? Vai cobrar impostos, nacionalizar o sistema de água--o quê? Que mais existe, qual é a cena dele?
Chegámos àquele ponto da história em que o bom é bom porque o narrador diz que sim, e o mau é mau porque o narrador também diz que sim. Novamente: o narrador está a tomar as decisões por nós, que deveríamos ser capazes de depreender isto através do acto de mostrar.
Voltamos a Badajoz e o pedaço mais atroz de literatura aparece-nos à frente, sobre o qual Zuzarte decide largar um valente cagalhão nas de regras de sintase e de bom senso na literatura:
-- [Jonatã]... estás acordado?
-- Agora estou. O que é que queres? – ripostou depois de soltar um autêntico grunhido.
-- Eu não consigo dormir, importas-te que durma... contigo... na tua cama? – pediu ela num tom tímido.
-- Grunf... claro que podes... [bocejo], mas não me voltes a acordar – respondeu-lhe, virando-se para o outro lado.
Ai manos, eu sinto que envelheci 20 anos.
Primeiro: outra vez as putas das onomatopeias. Se eu estivesse a ler em inglês, eu não questionava o que era “grunf” aqui. Mas estou a ler em português.
Segundo: [bocejo]? Mas esta merda de repente tornou-se um guião de TV? Se não sabes, nessa cabecinha cheia de ideias, como dar uma indicação sonora e visual no meio de um diálogo, então abandona o ofício, Zuzarte. Literalmente das coisas mais simples. O que é que custa fazer “-- Claro que podes, -- disse, com um bocejo.” Custa muito?
Têm reparado que eu escrevo sempre Jonatã, mesmo em citações directas, e quando é o caso, meto entre parêntesis rectos. Isto é uma regra de citação e indicação bibliográfica (da norma portuguesa, atenção): quando estamos a citar algo mas ou queremos acrescentar uma indicação (por exemplo, uma palavra de que o autor original se esqueceu, ou o nome de um interlocutor que está omitido--acontece muito em entrevistas) colocamos em parêntesis rectos para o leitor saber que aquele pedaço não se encontra no texto original. Logo estão a ver a confusão que isto cria.
Terceiro:
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...ainda estamos neste toca-e-foge, portanto. Ok.
Jonatã sonha que está numa pradaria com gente feliz, quando aparece um vulto negro. É um lobo gigante que uiva e, de repente, o céu torna-se “cor-de-laranja-avermelhado e as nuvens ficaram amarelas”.
Eu gosto imenso quando ele tenta realmente mostrar porque mostra potencial, tipo: conseguem perceber o que é que isto significa? O que será que esta mescla de cores está aqui a representar?
YA, É FOGO. CHAMAS. A ALDEIA TÁ A ARDER. BOA, ZUZARTE. AGORA MANTÉM.
Jonatã podia ouvir os gritos de pânico e de dor de pessoas a morrer.
EU DISSE MANTÉM O RITMO!
O lobo revela-se como sendo Drácula, e afirma que um dia ele vai dominar o mundo (não era o Loki?, ou o Loki fica com o duplex lá de cima e o Drácula com o andar de baixo com quintal, é desse tipo de arranjo?).
E de repente:
-- Morguel idiota, tu não pensaste que um simples humano seria capaz de matar o senhor das trevas, pois não? Eu sei quem tu és...VIDAR, FILHO DE ODIN!
A acompanhar esta exclamação, Drácula fez aparecer uma onda de chamas que consumiu [Jonatã] e o arremessou para o vácuo. Este acordou de supetão, pegou na espada e começou a bradi-la no ar; depois, acalmou-se e respirou fundo.
Eu genuinamente escangalhei-me a rir com “a acompanhar esta exclamação” porque temos o senhor das trevas a falar com tanta maiúscula que na minha cabeça tem aquela Voz Gutural típica, mas depois começa a frase seguinte com “a acompanhar” como se o Drácula fosse o prato principal e a onda de chamas o acompanhamento, com cumprimentos do chef Olivier.
Opa, estão a ver porque é que linguagem é importante?
Mas esperem lá... DE SUPETÃO! Foda-se, que ele anda a comer dicionários! Aliás, é tão inesperado apanhar esta merda aqui que me sinto tentada a dizer que “de sobressalto” teria sido mais do que apropriado porque isto faz totalmente quebrar a suspensão da descrença (se é que eu ainda tinha alguma).
SIM, ZUZARTE, O TIPO DE LINGUAGEM QUE USAS TEM DE SER CONSISTENTE.
Então, começou a ouvir uma rapariga a cantar --, era Iori que se estava a lavar, preparando-se para se arranjar, enquanto ele se vestia. Mas a cantoria não o incomodou.
Raios de sol atravessaram os pequenos buracos da janela de madeira. [Jonatã] abriu-a e viu que as ruas estavam cheias de gente. Humanos, elfos, anões, gnomos, centauros, todos se passeavam por ali. De dia, as ruas de Badajoz têm uma vida muito diferente.
Amigos eu agora é que percebi que acho que chamei a isto Barcelona mas... Confundi... LMAOO CONFUNDI BADAJOZ COM BARCELONA. LI BADAJOZ E O MEU SUBCONSCIENTE DISSE “NÉPIA, O GAJO VAI A BADAJOZ FAZER O QUÊ, COMPRAR CARAMELOS? VAI MAS É PRA BARCELONA”
Enfim, o que queria dizer era que este pedaço é: embora isto ainda não seja publish-material a meu ver, há qualquer coisa ali. Ele quando quer, tenta e até está lá próximo, mas o gajo é preguiçoso.
Jonatã pondera sobre como há-de sobreviver à viagem.
E segue-se este monólogo:
“Quando sairmos daqui, faremos escala em Toledo. O meu tio Boeürn, o paladino, oferece-nos cama para passarmos a noite. Estou um pouco apreensivo sobre o modo como iremos passar os Pirinéus, os sucessivos ataques dos gigantes preocupam-me um bocado. Espero conseguir fazer esta missão de que os deuses me encarregaram. Odin deseja-me boa sorte.”
1. “O meu tio Bjorn (desculpem mas não vou andar à procura do trema a toda a hora), o paladino” -- isto é exposição. É dizer. Ele podia perfeitamente referir apenas o tio e apresentar o paladino quando lá chegasse, ou sair do monólogo e introduzir, via narrador, a história do tio (mas parece que o narrador sabe tanto como eu).
2. Não percebi se a última frase é um desejo, uma prece... Porque eu entendi como uma declaração, só que como declaração é bem estranha? O contexto também não me ajuda em nada. O Zuzarte, já sabemos, não sabe meter vírgulas, mas: se é uma prece ou a expressão de um desejo, por amor de deus, separem o vocativo por uma vírgula.
3. O que eu disse acima acerca da consitência de linguagem? O tipo de linguagem aqui é completamente desconexo. Quando escrevemos monólogos interiores ou solilóquios, tem que se ter em atenção essa nuance. Não é que eu duvide que este paspalho fale assim na vida real, porque tem todo o pacote para ser absolutamente detestável e é da terra onde se tratam os filhos por você, mas viram que a reacção foi quebrar totalmente a suspensão da descrença? Porque eu senti que estava a ler o noticiário. Enfim, estamos novamente a falar do que o Zuzarte não tem: consistência. Porque o Jonatã usa calão--já o vimos usar. Temos portanto de nos questionar porque raio não usa em monólogos interiores.
Já agora, querem um truque para saber se o discurso directo e/ou monólogo funciona na vossa escrita? Leiam em voz alta. Lembrem-se que, no discurso directo, vale tudo, podem dizer o que vos apetece porque é uma citação directa da boca do personagem. Portanto, leiam em voz alta. Se soar natural, top. Se não, é altura de repensar.
(Ok a linha a seguir diz-me que isto na verdade era ele a falar alto.. oh que caralho.)
[Jonatã] virou-se e viu que Iori continuava completamente nua. Tapou os olhos e voltou-se para a janela.
-- O que foi? Nunca viste uma mulher nua? -- insinuou a rapariga.
-- Assim tão nua não.
Zuzarte, eu acho que “insinuar” não singifica o que estás a pensar que significa.
-- Achas que preciso de perder peso? Não sou do teu agrado? -- questionou ela enquanto olhava para o seu corpo.
-- Não, o teu corpo é perfeito, o problema é esse
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Finalmente, ele convence a Iori a vestir-se e
-- [...] É hábito as japonesas andarem nuas por aí? -- perguntou.
-- Não, eu é que gosto de andar à vontade -- disse ela, soltando uns risinhos.
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Quanto hentai viste tu, Jesus Cristo Nosso Senhor...
Os dois saem para o Jonatã comprar armas e a Iori comprar roupas... sim. Não há estereótpio que lhe falhe. O miúdo viu todos os filmes do Adam Sandler.
Jonatã cruza-se com dois anões que discursam sobre buracos nas ceroulas e do preço exorbitante dos machados, a indicar que foram ludibriados pela loja, e Jonatã tece uma piadola que não me toca.
À porta, está um pedinte nestes preparos:
Vestia uma roupa estranha toda preta, mas tinha a cabeça descoberta, o cabelo frisado, e uma ligadura vermelha com um dragão amarelo a tapar-lhe os olhos.
Usava também uma camisa preta aberta, que deixava antever uma camisola interior amarela com um dragão vermelho bordado. Calçava umas sandálias japonesas negras e estava munido de uma catana.
Vá, digam-me lá que personagem de anime é esta lmao ok eu fui pesquisar e pelos vistos é mesmo um gajo de Samurai X, e vocês pensam “mas oh Ana, ele nem se parece com a descrição” esperem até chegarem ao fim do capítulo... (não se esqueçam que isto foi escrito para aí entre 2005 e 2008)
(Esta mania de usar “deixava antever” quando descreve roupa é-me familiar. Isto é uma merda que ele pegou de um escritor qualquer e cheira-me a gajo do século XIX)
Há um momento de homoerotismo subreptício e Jonatã leva Iori a comprar roupinhas lá dentro. Jonatã começa a ver as armaduras e destaca que “aqueles anões estavam bem enganados, estes materiais são excelentes.” Porque ele é que sabe, caso ainda não tenham compreendido que tipo, à volta dele, TODOS são burros. Jesus, quanta falta de carinho tens tu para compensar, Zuzarte?
Fica todo fascinado por uma armadura de Mithril e pergunta quando custa.
-- Mil pesetas.
-- Bem...MIL PESETAS POR UMA ARMADURA? -- escandalizou-se [Jonatã].
-- Sim, porquê?
-- Por nada por nada...er...bom preço! Fico com ela.
Aparentemente, este puto anda com mil pesetas nos bolsos, assim.
Iori revela-se nestes preparos:
Trazia uma roupa negra com botas de cabedal e usava uma espada curta extremamente afiada e um broquel com o rebordo cortante e um espigão no meio. Tinha também a capacidade de disparar o escudo devido a um mecanismo que se encontrava no local da pega. Era também capaz de puxá-lo de volta a uma velocidade muito rápida, como se fosse uma cana de pesca a puxar um peixe para fora de água.
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Portanto, ele começa com uma descrição física dela, que se fica por botas pretas de cabedal e abstractamente “uma roupa preta”, prossegue com uma explicação exaustiva da merda do broquel que, afinal, é só o escudo do Capitão América, e termina com a única forma que o Zuzarte encontra de dar alguma imagem a esta depressão: com uma comparação.
A dúvida aqui é: como é que ele sabe que o broquel é capaz daquilo tudo? Ela explicou-lhe, ou esta é uma daquelas tiradas de Excelsa Iluminação do nosso protagonista com um só olhar?
Se se questionam o que é um broquel, é bem menos impressionante do que o que o Zuzarte faz parecer.
E já agora, tenho de fazer uma interrupção...
Vocês recordam-se que esta merda se passa em 1862, certo? E a gaja tá a usar botas de cabedal em meados do século XIX? Só há duas possibilidades de como ela deveria estar vestida: se por acaso adoptou roupas ocidentais, seria mais ou menos assim, se manteve a tradição japonesa POSSIVELMENTE assim, mas não confiem em mim neste aspecto. E isto é, assumindo que ela segue os standards do género. O Zuzarte lista o Van Helsing como uma das suas maiores inspirações (hisss) e no entanto, o filme ofereceu-nos um traje muito original do século XIX com influências romenas em que a mulher usa roupa prática (pela mão da grande Gabriella Pescucci).
E no entanto, decide fazer cosplay de Ebony Dark’ness Dementia Raven Way. Ok.
Jonatã, no seu habitual tom pedante, diz a Iori que é “melhor pegares também em qualquer alma de longo alcance, é perigoso sair de uma cidade desarmado”. Ela... não está desarmada? Wtf?
Jonatã inquire o velhote dono da loja sobre o pedinte à porta e este diz-lhe que se trata de um “mercenário do clã ninja da região de Iga, um clã de assassinos implacáveis e sem piedade. Também disse que aquele rapaz podia ser tão perigoso ou mais do que um ninja adulto, tal foi a sua educação em artes marciais.”
E... nem uma explicação de porque é que ele está nas ruas pedir? Literalmente a única coisa que me interessa saber é o que não dizes?
Jonatã tenta segui-lo mas ele esgueira-se pelo telhado e foge.
O mal destes escritores projectarem a sua hipermacheza é que, inevitavelmente, fica com subtexto homoerótico.
A Iori agarra num arco e aljava com flechas, que, neste capítulo, não volta a pegar.
Jonatã paga e quando sai vem aí uma manada de centauros. Mas... não havia centauros a passear nas ruas? Agora são inimigos? São um secto? O que é que se passa?
E... isto acontece, eu tenho de transcrever porque inventado não chegava lá. Relembrem-se que isto é imediatamente a seguir a VER os centauros:
[Jonatã] desembainhou a espada, matou uma quantidade significativa de centauros, mas eles não paravam de se multiplicar, cada vez maior em número.
Isso aconteceu-me uma vez uma no Witcher 3, eu percebo.
As forças para matar mais centauros esgotavam-se. Um dos hominídeos levantou as lanças para o trespassar, Iori tapou os olhos e [Jonatã] olhou para ele, sem forças para fugir. E quando tudo já parecia perdido, uma shuriken atingiu a cabeça do centauro; o sangue jorrou em catadupas da cabeça do homem-animal, e este tombou, morto.
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...em catadupas, tá.
O estranho que se sentava à porta da loja de armas apareceu vindo de um dos telhados e dembainhou a sua catana, que mostrava os olhos de um dragão a brilhar, e cuja lâmina foi tomando gradualmente a cor avermelhada. A seguir, tirou a camisola e ostentou outro dragão vermelho, cujos olhos também brilhavam, na pele das costas.
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Tenho que fazer aqui uma interrupção.
Já referi que o Zuzarte não mantém consistência de tempo verbal--pois este é exemplo de como isso o trai.
É importante manter consistência porque o tempo verbal diz-nos que voz e que narrador é que estão a ser utilizados (atenção contudo a uma coisa: é comum as pessoas introduzirem a meio da narrativa o presente quando até então tinham estado a utilizar o pretérito perfeito. O Sapkowski, por exemplo, muda para o presente quando é um sonho ou quando se trata de uma situação de sofrimento em que realidade e imaginação se misturam. É apenas uma questão de saber fazê-lo. De todo o caso aqui).
Quando utilizamos o pretérito perfeito, vamos sempre oscilar entre perfeito e imperfeito. Imperfeito refere-se a uma acção continuada, perfeito ao passado. Ou seja: Jonatã olhou (perfeito) para o ninja, que lutava (imperfeito) do seu lado. “Olhou” desempenha a função narrativa de nos dizer o que aconteceu, “lutava” diz-nos que esta é a acção que estava a decorrer quando ele olhou.
Mas quando queremos referir-nos a uma acção interrompida ou mais anterior ainda, ou seja, também ela situada no passado, mudamos para mais-que-perfeito. Ou seja, andamos sempre a oscilar entre os três.
Portanto: Jonatã olhou (perfeito) para o ninja que se sentara (MQP) à porta, enquanto este lutava (imperfeito) do seu lado. (E esta nem era a forma como eu faria, mas é correcta).
Na frase “O estranho que se sentava à porta da loja de armas”, o que nos dá a entender, é que o ninja AINDA ESTAVA sentado à porta da loja quando se aproximou do herói. E nós sabemos QUE NÃO É O CASO, porque imediatamente a seguir, o narrador diz que “apareceu vindo de um dos telhados”.
NOVAMENTE, COISAS QUE UM EDITOR TERIA REPARADO.
-- Olhem! -- exclamou um dos centauros. -- Um dos humanos está com pressa de morrer.
-- Mil daranos (moeda dos centauros) por aquele que trouxer a cabeça dele a Hanrak.
Eu quero que saibam que, de acordo com as regras de sintase e morfológicas, o centauro em questão disse em voz alta “moeda dos centauros”. Porque o Zuzarte não sabe escrever.
E todos carregaram sobre o estranho.
-- Grande erro... MORRAM! -- gritou ele e começou a dizimá-los a uma velocidade estonteante.
Eu normalmente queixo-me dos americanos que são obcecados com a regra do “nunca se usa advérbios” porque obviamente não é bem assim, mas eu estou a começar a concordar com eles porque isto já é demais. Eh pá, dá-me qualquer coisa pra visualizar, foda-se. Peço-te.
E já agora, quem é que o disse?
Matou cerca de otenta. Todos eles levaram cortes fatais no tronco mas, em vez de caírem, ficaram imóveis. Quando acabou com a vida do octogésimo centauro, voltou a embainhar a catana, primeiro muito lentamente e depois de uma só vez. Assim que o cabo da lâmina tocou na bainha, todos os centauros morreram de uma vez.
Portanto, ou viste Bleach ou Samurai X.
(Se o gajo fizer a cena anime-glasses mando um shot)
Já agora:
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O que terá “tocado” na bainha não foi o cabo, mas a guarda. Só chamo a atenção a isto porque eu também escrevo sobre pessoal com espadas e alguns de vocês se calhar até vos faz jeito esta terminologia que é um pouco mais complexa do que parece (e que o Zuzarte nem se designou a aprender).
Não sei se perceberam porque é que eu tenho estado a fazer um levantamento de todas as armas e superpoderes que o herói acumula---é que eles tornam-se todos completamente obsoletos.
Lembram-se que ele tinha visão super poderosa? Inútil.
Lembram-se que ele tem arco mágico? Inútil.
Lembram-se que a Iori também tem um arco? Inútil.
Outros dois centauros com arcos apareceram e dispararam sobre o estranho. Este defendeu-se das flechas com shurikens e atirou-as aos dois centauros, eliminando-os.
![Tumblr media](https://64.media.tumblr.com/aeb45deefa9aa622eb5131cb37c6b722/6734748ddb3e1cf4-3e/s540x810/ba16758b25271d3d038a2d4615025da3255d24d4.jpg)
Tudo corria bem até que o khan (khan em centauro quer dizer rei ou líder) dos centauros apareceu.
Empunhava uma lança pesada e carregou sobre o estranho. Mas antes que pudesse trespassá-lo, foi atingido por uma flecha disparada por [Jonatã].
![Tumblr media](https://64.media.tumblr.com/d62d2c29141c6b4bbac1b351d23c0ee4/6734748ddb3e1cf4-9f/s540x810/e184b01ea7cbd09a0c625472788d3bacbae199e2.jpg)
ELE LEMBROU-SE DO ARCO!
O khan ficou congelado a meio de um salto e partiu-se em mil pedacinhos assim que tocou no chão. Os que restavam do grupo fugiram para as planícies, para evitarem mais confrontos com os dois guerreiros.
Dois guerreiros? O Jonatã não fez um peido. Congelou UM gajo e matou uma “quantidade considerável” de centauros, que tanto quanto sei, pode ter sido 3.
-- Tu lutas mesmo bem!!! -- elogiou.
-- O mesmo digo de ti, Lusitano! -- respondeu com uma voz um pouco rouca.
ELE NÃO FEZ UM CARALHO
-- Posso saber [...] como sabes que sou português? -- contrapôs [Jonatã].
-- O teu estilo de luta é único, só um soldado português, com destreza suficiente para manejar tão mal a espada como tu, seria capaz de matar tão poucos centauros... e procuro um tal [Jonatã] Strongheart. Tu, por acaso, não o conheces?
![Tumblr media](https://64.media.tumblr.com/e3b2dca4b88d7e3dc5d4bd7080817f26/6734748ddb3e1cf4-ae/s540x810/56b48f009fac0592698c56a309267eb53d137ac1.jpg)
Gosto deste gajo.
Jonatã, de trombas, diz que é ele, e o moço fica surpreendido por ser um moçoilo ainda mais jovem e
-- Tu vê lá, ó olhos em bico, este rapaz é capaz de muita coisa! E já agora, para quê essa fita? Tens medo de ver o teu aspecto logo de manhã ao acordar? Isso não me admira nada.
Iori apanha este duelo de pilas a meio e diz a Jonatã que não só o outro puto é mais experiente como vem mesmo de uma elite de gajos que lhe dão cabo do couro em três tempos e Jonatã, que odeia que lhe toquem na virildade desta forma, adopta aquela carapaça de indiferença. If he dies, he dies. Jonatã não quer saber que Iori está quase em lágrimas e manda-a apostar no inimigo, e aí vai ele que nem uma maluca.
[Jonatã] aproximou-se do inimigo; este desembainhava a catana, mas ela não reflectia a cor vermelha.
-- Curioso -- comentou. -- A Yojimbo-Masamune brilha quando ela detecta a energia diabólica ou o mal. É estranho que, no teu caso, ela permaneça normal. Mas não me vai impedir de lutar -- depois apontou a sua espada. -- Prepara-te, Lusitano, pois eu não terei misericórdia.
Estão a ver o que quero dizer com definir o espectro moral do protagonista por meio de clichés que repetidamente insistem que, sim senhora, o Jonatã é bonzinho? Embora nada nos diga que ele seja o epítome da santidade católica (até se tem vindo a comportar como um merdas até agora), tudo à sua volta constantemente nos diz que ele é bom.
Já agora, eu só percebi que quem estava a falar era o Japonês quando ele disse “Lusitano”. Até então, e como o Zuzarte não deu qualquer indicação de quem estava a falar, eu achava que era o Jonatã. Quando o texto imediatamente anterior à fala seguinte se refere a OUTRA personagem que não a que vai falar, devem sempre indicar QUEM está a falar na linha de diálogo, caso contrário, causa confusão. Principalmente se há mais que uma personagem presente.
[Jonatã] olhava para o céu, mostrando o seu desprezo, e comentou:
-- Aquela nuvem é muito branca, não é?
As pessoas riram-se e o assassino começou a enervar-se.
-- [JONATÃ]! ESTÁS A GOZAR COMIGO? -- berrou ele, colérico.
![Tumblr media](https://64.media.tumblr.com/tumblr_mdybx4nEFw1qfuc8s.jpg)
-- Porque é que havia de estar? Tás prà’i a falar de coisas sem sentido... Volto a perguntar; porque raio é que tens essa fita à volta dos olhos?
-- Assim consigo detectar melhor a energia produzida pelos demónios.
-- Sim, claro...hum...vocês na vossa aldeia deve ser mesmo feios para tu teres de andar com essa fita à volta da cara -- ripostou o rapaz, sorrindo.
Tás a resvalar o racismo, agora, amigo.
Já agora... que... contracção é aquela que ele para ali fez, que transformou num hieróglifo bizarro? P’raí. Assim basta. Porquê o acento grave?
Eu... não consigo resumir isto.
os dois cruzaram as espadas e mediram forças com as lâminas aguçadas. [Jonatã] empurrou-o e este foi obrigado a dar um passo para trás, duplamente impulsionado por um valente pontapé. Com o impacto, voou, literalmente, uns três metros.
Usar “literalmente” enquanto narrador de um LIVRO é o pleonasmo mais esquisito que já li.
Por esta altura, [Jonatã] sacou do seu arco e disparou duas flechas, mas tal como antes, o inimigo defendeu-se usando a lâmina da espada como escudo. Depois correu na direcção do rapaz, com as duas mãos a segurar no cabo da espada, arrastando a lâmina no chão pelo lado direito, fazendo nova tentativa para atacá-lo.
LMAOOO RETIRADÍSSIMO DE SAMURAI X
Só que [Jonatã] previra a reacção e contra-atacou com um golpe na diagonal, a partir da esquerda desviando-se para a direita e arremetendo uma valente cotovelada.
Mas eu tou a assistir a anime agora?
Enquanto o assassino estava atordoado pelo golpe, [Jonatã] passou-lhe uma rasteira, e, no instante em que ele caía, agarrou-lhe o braço e arremessou-o contra uma parede.
Embora muito zonzo, o asiático não queria mostrar-se derrotado e fez uma última tentativa: investiu contra o outro, que só se limitou a esticar o punho deixando que ele batesse com a cara na sua mão fechada.
Zuzarte, dá-me a tua morada, só quero conversar.
O derrotado, humilhado pelo deus ex literário que lhe deu uma sova, implora que o mate, MAS JONATÃ, QUE É O EPÍTOME DA MISERICÓRDIA CRISTÃ, espeta a espada no chão (que me cheira que é de pedra, e portanto impossível) e proporciona-nos com um novo monólogo:
-- Eu não quero matar-te. Nunca quis. Além disso, o que é que lucramos com isso? Se eu ganhar, fico igual a ti e continuo a minha viagem. Se tu ganhares, esperas pelo próximo ataque de centauros ou continuas à procura de um tal [Jonatã] Strongheart -- que está mesmo à tua frente. Nós não ganhamos nada com isto! -- Pergou na Glam e embainhou-a. -- Vou dar-te a escolher uma de duas hipóteses: ou regressas ao Japão e contas aos teus tribais o que aconteceu, ou acompanhas-me na minha viagem. A escolha é tua.
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Portanto... se o Jonatã ganhar, fica igual a ele? Porque... o matou? Porque lhe chegou aos calcanhares? E se o outro ganhar, fica ali na sua vida de pedinte a arrear em centauros?
Porque é que ele andava à procura do Jonatã, logo à partida? Estava sozinho e ouviu falar do boneco?
E porque é que ele haveria de contar aos seus conhecidos o que se passou tipo.. o que é que ganha ou perde com isso? Sim, eu sei que tem a ver com a questão da honra japonesa, mas não só o Zuzarte conta com o facto de eu saber isso e se recusa a explicar a importância da derrota para um guerreiro japonês---que ainda não percebi se é ninja ou samurai, mas cheira-me que o Zuzarte não sabe a diferença entre um e outro---como se está a fiar em estereótipos pre-definidos para estabelecer uma coisa com base em pré-conceitos. Enfim.
E porquê expulsá-lo dali? Quem és tu, polícia? Aposto que ao pessoal de Badajoz até lhe faz jeito! O man não vive à largueirão, não rouba, só pede, não se mete com ninguém e ainda lhes limpa a cidade de centauros, fdse tá aí um contrato do crl. Alguém consultou a malta de Badajoz?
E por fim... “tribais”? Really? O Japão no século XIX era só cabanas?
Mas eu percebo, Zuzarte. É super fixe esse confronto até à morte que resulta em misericórdia para conseguires um companheiro novo na tua viagem.
Todos nós recrutámos o Zevran assim, também.
O assassino levantou-se e olhou para ele.
-- Tu és mesmo [Jonatã] Strongheart, filho de Uther “Mão Prateada” Strongheart! -- disse, estendendo a mão. -- Kenchi Yojimbo, às tuas ordens.
O YOJIMBO DO TÍTULO É O GAJO? FODA-SE
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Já agora, eu tenho a dizer que, neste capítulo, fiz um balanço:
Em 82 linhas de diálogo, o Zuzarte usou quatro (4) vezes a palavra “disse”.
QUATRO.
__________________________________
Balanço final:
Sistemas de overpowering:
- Supervisão.
- Lobisomem ??
Armas em sua posse:
- Trompa de guerra
- Arco mágico
- Armadura de Mithral
________________________________
Anteriores:
—- Capítulo 1.
—- Capítulo 2.
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WHEN LOVE ISN'T ENOUGH! Emotionally I am dead with no hope of resurrection...physically living with a smile of deceit, lost with nowhere to turn. How did I let myself get this way? All because of a mere human being who has his own #destiny and his own karmic debts. A man who has lost his way with an elastic string, a #bond that brought me with him. He is a prisoner of the state for which now I am a prisoner of his state. Misplaced in society; kept in solitary confinement within these 4 walls of my mind. I don’t belong to myself anymore. Letters, phone calls, visits; the distance is slowly killing me. As he took a life, he took his life which took my life I called this a murder suicide…in memory of LOVE, R.I.P! When you think about spending nearly half of your lifetime with one person, often times we daydream of all of the good times to come. But the reality is that life happens; things fall apart....from infidelity to prison, untruths and heartache–prison relationships grows deeper and more complex with every question. It makes you wonder– if true love can be this complicating, maybe we’re all handling it better than we give ourselves credit. And if old wounds can feel so fresh, maybe we need to work on forgiving more than distancing. But what if forgiveness has run out? What do you do then? Do we just give up and go on with our lives? Or do we just sit and let life flow and let the universe handle things in accordance to Gods divine plan. This is Part 2 of Prison Wives Diary: LEMONADE..this is not for the sensitive, nor is it motivational (in a sense)...not every relationship with someone incarcerated turns out sweet. NOW ON #amazon #prisonwifelife #prisonwives #prison #inmatelove #lifesentence #bookstagram #ebook #incarcerated #womenempowerment #supportyourfriends #authorsofinstagram #bloggers #helpme #reading #goodreads #bookworms #avengers #lemonade (at Twin Soul Connections) https://www.instagram.com/p/Bwu54L-Fdo3/?igshid=5rg0sgpsvry5
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Guerras de Midgard, Cap. 1: Maré de Trevas
No ano passado, vendi a minha dignidade ao diabo fazendo uma análise capítulo a capítulo do monte de esterco que é a primeiríssima obra literária de João Zuzarte Reis Piedade, também conhecido como Zuzas. Para quem é novo aqui, e esta coisa de eu andar a ler merda e a fazer análises é nova, o índice completo d’O Filho de Odin encontra-se aqui (ou podem pesquisar a tag Ana Le o Filho de Odin, ou ainda as siglas FDO seguido do número do capítulo, tipo: FDO3).
Para grande infelicidade da raça humana, e ainda mais infortúnio dos portugueses, Zuzarte não ficou satisfeito com a sua primeira empreitada no universo literário, e depois de encher o ego não sei bem como porque se pesquisarem no google este livro é genuinamente o livro tuga mais mal falado pela blogoesfera, ele decidiu publicar a sequela, chamada Guerras de Midgard.
E eu, porque não tenho amor próprio, decidi prosseguir no martírio e fazer o mesmo. Alerta: este livro é maior que o anterior. Aceito envio de álcool para recobro.
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Rezem por mim.
Antes de entrar no capítulo, quero apenas deixar-vos com a delícia que é 1) a dedicatória do Zuzas, e 2) a nota do autor.
Dedicatória:
Dedicado àqueles que na escuridão amam e, que de volta, são amados.
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E quanto à nota de autor, vou apenas deixá-la aqui para vossa apreciação:
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Recosto-me na minha cadeira IKEA e rio-me. Zuzarte, com todo o meu mais íntimo respeito e admiração, vai-te foder. Com toda a minha admirável persistência e respeitando ainda a tua perserverança, peço-te que enfies a tua falsa modéstia bem pelo cu acima, e faz dela um clister de sabedoria, porque me recuso---absolutamente RECUSO---a acreditar que tu 1) escreveste esta merda aos 12 anos, 2) não foste plagiar, seja WoW seja o que for, e olha que eu, da última vez, apanhei-te com a boca na botija contra os Wizards of the Coast.
Não me vou dar ao trabalho de pesquisar porque caralhos me fodam, mas isto é super inconsistente: eu lembro-me de várias entrevistas onde todos se gabavam do menino ter escrito isto aos 14 anos. Inclusive, na contra-capa do original, esse facto é gabado por não menos que o Pedro Granger. E eu sei que tu tinhas 14 anos em 2004 e não 2002 porque, tal como eu, nasceste em 1989. Aliás, o livro foi publicado em 2006, o que se entrepusermos o período de edição (que de certeza absoluta não existiu) e paginação, que eu vou reduzir para 6 meses ao invés do processo natural de um MÍNIMO de um ano, já que o livro deve ter sido revisto por um macaco epiléptico a bater com a testa num teclado, não há qualquer chance deste estrume ter sido escrito na sua forma final antes de 2004. E sim, o livro dá todas as provas de ter sido apressado (relembrem-se que apanhei mais do que um erro).
Se calhar queres dizer que o first draft é de 2002, ou que tiveste a ideia em 2002. Mas convenientemente, jogaste umas coisinhas porreiras, das quais te gabas agora por seres nível 70 e o caralho, mas continuas a nível 2 na escrita, n00b.
“As empresas de videojogos não se inspirem tanto no meu trabalho! He!He!!”
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Quanta insegurança não acrescentaste aí nessa falta de coluna dorsal a que tu chamas ego de Cascais para te dares ao trabalho de escrever este colhão, e mandar logo gralhas horripilantes NA PRIMEIR PÁGINA, ANTES SEQUER DA HISTÓRIA COMEÇAR.
Como é que foi, Zuzarte? Como é que foi os teus papás comprarem a tua publicação na Gailivro, financiarem por meio de cunha o teu sonho molhado de adolescente, ter a Caras e a VIP e o caralho a fazerem passadeira vermelha para ti enquanto os amigos do papá te afagam o piço---só para, de repente, dares por ti e seres a punchline da literatura portuguesa?
Quantas noites choraste tu nos peitos da mamã apresentadora de TV porque foste alvo de chacota de virtualmente toda a gente? Como é que é ainda hoje ires ao goodreads e não encontrares uma única crítica positiva do cagalhão coalhado que tu chamas livro que os teus pais publicaram por cunha? Quão traumatizante foi para ti perceber que o dinheiro não compra talento, mas sim uma oportunidade de te pôr na ribalta, que por sua vez apenas proporciona às pessoas uma oportunidade de te fazerem ver que além de escritor de merda, és também pessoa de merda, para teres de escrever esta infeliz abertura onde inclusive mentes com todos os teus dentes?
Pelo menos respondeste à pergunta que eu tinha no primeiro livro, e vejo que eu não estava enganada: escreveste um guião, não livro, só que não para filme. Para jogo. O que tipo
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pqp
Cá vamos...
A história começa em 1914, 52 anos depois de Drácula ir com o boda, e o autor diz-nos que foi “um período conturbado e negro” mas “essa paz parece não durar muito tempo” porque “paira no ar uma sombra de mudança”.
Em Skeidharársandur, na Islândia, humanos e anões são amigos até que os dragões das neves começam arrear neles e quando a coisa fica mesmo feia, a aliança começa a fraquejar. A solução é construir uma torre de vigia. Só, nem tipo melhor estruturas ou ir às cidades vizinhas pedir auxílio. Só construir uma puta duma torre, e anda com ela. Os anões, que são os obreiros da mitologia, partem pedra, enquanto os humanos defendem a cidade.
O problema é que o tempo passa e eu sinceramente não percebi se a obra nunca foi começada ou se se está a arrastar por demasiado tempo, mas seja como for, os anões vão ao sindicato e pedem aos humanos que os ajudem para despachar esta merda. E encontramos a primeira pérola:
A Aliança encontrava-se numa situação crítica: sem os artesãos necessários para o fabrico de armas, os Islandeses falharam, mais parecendo um grupo de crianças a atacar um tanque de guerra com bolas de neve.
Se isto vos parece confuso porque, embora explicado o problema do tempo, até agora não houve menção de armas, é porque o Zuzarte, nos 2 ou 4 anos que teve para crescer de um livro para o outro, aprendeu 0, e deu-nos zero de explicação.
A informação é largada aqui sem um contexto, e compete a nós desfragmentá-la, basicamente. Segundo: porque é que os islandeses falharam? Só existe uma cidade na Islândia? E atenção, isto é 1914. Metam-se na puta dum avião, um barco a vapor, uma prancha de surf, e vão à Irlanda, ou à Noruega, ou ao caralho, pedir auxílio.
Sentindo-se como que inútil, Jarl ordenou que todos os artesãos largassem o seu ofício e se concentrassem somente na construção da torre.
1. Somos forçados a subentender que o que isto quer dizer é: a aliança encontra um momento crítico porque os artesãos OU trabalham nas armas OU na construção da torre, embora o Zuzas não tenha dito isso.
2. 4 anos após o Filho de Odin, e o Zuzarte encontrou “como que” para substituição da sua expressão favorita: espécie de, lmao
3. Para quem não sabe, “Jarl” é um título, tipo lorde de chefia militar, comummente líder da cidade/freguesia/sei lá. Logo, deveria ser “o Jarl” e não “Jarl” sem artigo definido. Isto induz quem não sabe em erro: pensa que Jarl é um nome.
Os anos passam e a puta da torre não pára de construir, tanto assim que o pessoal começa a ter problemas a levar calhau lá para cima.
Quando parecia não haver mais esperança, um grupo de seres muito pequenos, envoltos em capas, ofereceu a sua ajuda.
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Tenho a certeza que não são nada sketchy.
Os bichos estranhos pedem apenas uma coisa que o narrador afirma ser considerada por humanos e anões como “tão insignificante que a Aliança acedeu ao pedido, sem hesitações”.
O pedido?
Construir um altar a um deus que eles desconhecem com runas na puta da torre.
“O que é que eles querem?”
“Desenhar uns hieróglifos esquisitos nas nossas paredes e erguer uma estátua em honra de um deus qualquer, acho que não é nada de mais.”
“Mas Jarl, não está estabelecido neste universo que a magia é um dado adquirido, e que a possibilidade de ela ser extraída de forças divinas torna-a ainda mais poderosa, quiçá mesmo perigosa?”
“Está sim.”
“Então não achas isso um bocado trolha?”
“Claro que não, aposto que isto é tipo Quinta da Regaleira, toda a gente diz que é místico mas é porque nunca viu um poço na vida!”
A torre é construída bué da rápido e um dia as nuvens “destaparam os céus” (SIM, a inconsistência de tempos verbais do livro anterior mantém-se, o Zuzas aprendeu zero em 4 anos) e revelaram a torre que “parecia uma lança inquebrável que quase tocava o céu”, já terminada.
Mas o que ninguém sabia era que o verdadeiro pesadelo estava para vir...
GARANTO-TE QUE EU SEI, CARALHO. JÁ PASSEI POR ISTO UMA VEZ, JÁ TENHO ESTOFO.
Eu tenho para mim que construir UMA (1) torre para defender de dragões é um bocado estúpido, mas enfim.
Graças ao Falo Anti-Dragões, este local passa a ser conhecido como “Eterna Sentinela” e, atenção, os bichos estranhos pediram ainda que se instalasse um sino para alertar a população sempre que viesse aí merda, o que está certo.
mal os seus homens chegaram junto da porta, o sino gigante começou a tocar. Uma...duas... três vezes. Lentamente, o som propagou-se pela cidade. Quatro... cinco... seis vezes tocou o sino como se fosse o batimento cardíaco de um gigante de ferro. Sete... oito... nove, a intensidade aumentava a cada a badalada (sic) e os membros da Aliança afastavam-se cada vez mais da porta da torre, tapando os ouvidos com as mãos. Dez... onze... doze. À décima segunda badalada, desencadeou-se uma forte tempestade de relâmpagos e a porta abriu-se.
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Vamos já adereçar o elefante na sala: sim, o Zuzarte melhorou a sua capacidade descritiva. É publishing material? Não para mim. É bom, bom? Não acho. Mas está melhor, acima de tudo num aspecto que foi, para mim, daqueles em que ele mais cagou n’O Filho de Odin: não é tanto uma questão de a linguagem estar bonita ou não, mas que está claramente pensada para público alvo. Ya, “como se fosse o batimento cardíaco de um gigante de ferro” é foleiro, mas também é exactamente o tipo de comparações que encontramos em literatura infanto-juvenil.
Segundo, props à intenção de criar ritmo por fim a gerar suspense. A contagem crescente é uma coisa que costuma funcionar muito bem em literatura infanto-juvenil, por isso, embora eu não goste, não se trata do meu gosto pessoal, mas que funciona.
Estou para ver se esta merda descarrila.
Numa raríssima e totalmente inovadora tentativa de de facto DEIXAR A NARRATIVA PROGREDIR AO SEU RITMO EM VEZ DE APRESSAR, Zuzarte indica que os homens entram.... lentamente... para dentro da torre, e de lá saem “uma hora de ratazanas em decomposição” que ele chama de “pequenos vis roedores” (lol) e depois, “surgiu algo pior: pareciam vários ratos gigantes, bípedes com a altura de dois homens” e já caímos nas contradições porque um bípede é um animal que se apoia em 2 patas---que não é bem o que um rato é, a menos que os ratos de Cascais sejam uma estirpe à parte, MAS é precisamente o que vem a seguir: “homens-ratazanas (...) guinchando e rosnando”.
O narrador diz-nos, então, que isto revela a verdadeira natureza destes bichos que construíram a torre (mas não deixa claro se o povo percebeu): não são nem anões nem gnomos, mas sim “Skorfs” que a nota de roda-pé (TINHAM SAUDADES?) indica ser um nome oriundo de “scorfa, duendes em latim” e DING DING o meu pedantismo volta porque 1) verifiquei em 2 dicionários de latim, e scorfa não existe, e 2) “duende” é na realidade de origem galaico-portuguesa (E NÃO IRLANDESA), é uma contracção evolutiva de duen de casa (”dono de casa”) por isso tipo. Why. Se inventas um nome pra uma merda, não tens de dar explicações a ninguém A MENOS que seja relevante. É relevante quando, por exemplo, involve uma língua nova---neste caso é latim, caralho. Deixa o pedantismo bem no fundo do esfíncter e dedica-te à pesca, meu.
Mas acham que o Zuzas perdeu o hábito de verborreia educativa??? CLARO QUE NÃO:
Skorfs, uma espécie híbrida, metade duende, metade roedores, cheios de verminoses, vindos do quinto dos nove Círculos do Inferno.
CHEIOS DE VERMINOSES
A nota de roda-pé para o Círculo dos Infernos é de cagar a rir porque está QUASE como trabalho académico:
Vide A Divina Comédia -- Dante Alighieri.
Suponho que o Zuzas tenha escolhido a sua nova obra clássica preferida para plagiar depois de passar a sua fase Van Helsing/Bram Stoker.
Estas criaturas, que mais parecem ratazanas raivosas e em decomposição, medem pouco mais de um metro e a sua pele, por vezes revestida com penugem, mostra cicatrizes provenientes dos vários combates tidos com Anões, Gnomos, Duendes ou mesmo os da sua própria espécie [?]. Alguns possuem pelagem cinzenta, preta ou castanha, mas os mais horrendos são os que não apresentam pelagem. Têm dentes afiados, amarelos. Um skorf orgulha-se dos seus dentes, pois a sua horrenda cor e o seu formato são sinais de superioridade em relação a outros skorfs. Os dentes, além de prestígio que conferem, são importantes armas mortíferas ao transmitirem vírus letais a quem é mordido.
Literalmente não mudaste nada em 4 anos. Metade desta informação é-me inútil, a menos que a cor do pêlo se torne relevante por que razão for. Já para não falar que temos o habituar: o tempo verbal muda drasticamente para falarmos no presente só para o narrador nos dar uma chapada de pedantismo.
Chupa, plebeu.
Este bandalho de ratazanas é tão fodido que não deixa UM SOBRIVIVENTE
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UM!
...excepto Hugin, “o Primeiro, um dos Corvos de Odin” que andava por lá a passear portanto nem sequer tem nada a ver com esta merda, e dá as más novas aos deuses, e portanto chega a Midgard a notícia de que a Islândia INTEIRA foi com o boda.
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INTEIRA, MANOS!
E depois de um parágrafo largo para dar a ideia de que agora estamos a fala de outra coisa:
o mesmo se começou a verificar na Alemanha: alterações sociais contribuíram para que o seu período de paz parecesse chegar ao fim.
Isto é uma maneira muito interessante de se referir ao absurdo da origem da primeira guerra mundial e toda a situação do Franz Ferdinand.
Na zona Sul deste país, na Floresta Negra, domínio dos Elfos Negros ou Drows,
eu vou ser sincera: achei muito estranho n’O Filho de Odin o Zuzas não ter chamado aos elfos negros Drows, já que ele plagious merdas de DnD à cara podre, mas estou a ver que em 4 anos ele perdeu a vergonha. E acrescento ainda que Drow tem uma nota de roda pé que diz “Palavra utilizada pelas outras raças de Elfos para designar os Elfos Negros, que os vêem mais como demónios e que se recusam a considerá-los como autênticos Elfos”. Hmm, bom racismo mitológico.
E é claro que os drows vivem na floresta negra, não podiam viver na baviera ou o caralho, a floresta negra nem tem nada de negro, só mesmo o bolo
...e, foda-se, resto da frase é literalmente impronunciável:
o reino de Dëren’Thürn é governado pelo sucessor do Rei Nürnen Durthang I, o príncipe Kaleth “Angïll” Durthangs II.
O apelido, portanto, mudou de pai para filho.
Eu detesto esta merda de morte em fantasia. Não sei porque é que os autores de fantasia acham perfeitamente aceitável deixar o gato passear pelo teclado e clicar no trema umas quantas vezes porque dois pontinhos ficam fixes ali, e depois bota uns apóstrofos porque é assim que se faz, né? Eu sei que querem inventar línguas, mas ao menos ajudem-me na pronúncia, e se estamos na alemanha, eu vou puxar da leitura alemã. Mas isto é pet peeve meu.
Agora, deliro ali com o “Angïll” porque se está entre aspas significa que é ou um cognome, ou uma alcunha, que nunca nos é explicada. Fixe.
Enfim, este Kaleth sobre ao trono com 750 anos (”que equivale a dezassete anos nos Humanos” lol) e é considerado um dos “monarcas mais influentes”. E porque é que é influente? Porque comete genocídio contra os não-drows, através de umas “escassas dezenas de guerreiros” e alguns pózinhos de “magia negra”! Uma ideia casualmente reforçada no parágrafo seguinte depois de laudar este méne:
A maldade e os crimes hediondos não tinha limites.
Um bocado a contradizer ali o epitáfio de “gajos mais influente e respeitado”. Ao menos podias ter esclarecido “PELOS DA SUA RAÇA”.
Este monarca costumava liquidar os prisioneiros
caralho tou me a rir, “liquidar” é uma palavra tão bizarra para usar neste contexto porque parece que o man fez liquidação total nos prisioneiros de guerra durante a rebaixa de verão
Enfim, ele gosta de torturar mans, usando um artefacto bonitamente chamado de “Luva de Loki” que consiste numa
luva metálica forjada nas fornalhas de Dëren’Thür com o único objectivo de matar a sangue frio e perfurar as armaduras dos seus inimigos, arrancando-lhes o corações e outros órgãos internos.
depende do dia da semana, às vezes é um rim, outras um pulmão, é como lhe apetecer. Aliás, diz o narrador que às vezes lhe arranca o cérebro para oferecer de refeição ao seu dragão negro de estimação, Kkaelar “Karath” Haelörst.
voltamos à linguagem infanto-juvenil habitual, portanto LMAO
Este gajo vive debaixo da terra, e a cidade dele tem 10 níveis. Os primeiros 9 são cidadãos e soldados e o último é do rei e a sua corte, e é também onde está o templo para os necromantes “invocarem os poderes demoníacos que ajudaram os seus soldados em váras campanhas pela sua magnífica cidade de ónix” ok.
Eu queria evitar isto mas tem de ser:
Embora a disciplina seja constante e os Elfos, curiosamente, sejam educados e extremamente sedutores [LOL], a maldade paira pesadamente no ar como fumo de um incêndio junto às chamas. Os homens [envergam] armaduras de escamas negras, exibindo alabardas, semelhantes a foices com uma espécie de gancho grande e afiado o suficiente para que além de trespassar armaduras agarrava pela parte de trás os capacetes e perfurava-os.
Que puta de atrocidade que vai nesta última frase, isto é tipo fazer necromancia para reerguer o Camões e o D. Dinis só para lhes espetar um chuto no escroto tão forte que os mata outra vez. E mais fascinante de tudo é que ele fala tanto e diz nada.
Já tinha saudades dos semelhantes a e espécies de, seguidos de uma descrição que faz puto de sentido. Façam só como eu, e vão ao google. Isto são alabardas:
![Tumblr media](https://64.media.tumblr.com/5da53e98697d7d1e0ed2209d9aac73a6/1c390edd9fec8527-b4/s540x810/964ca1462ede418c51c764732e7f830f9dbadb3e.jpg)
pronto.
As mulheres pertencem ao “Culto de Hel”, uma organização de bruxas com o único objectivo de adorar Hel e sacrificar seres vivos em sua honra.
Segue-se uma puta duma descrição do quanto nEgRo tudo é, o quanto MáZoNAs estas pessoas são, e o primeiro nome pseudo-latino (metal Niddhog, que é Dracos Nifelheimus, que nem sequer faz sentido caralho, que aneurisma andas tu a ter). É tudo horrível. A estátua está no meio de um caldeirão. Todas as mulheres compulsivamente veneram “fanaticamente” Hel. Se a traírem, são sacrificadas por meio de desmembramento e estripamento, ok. coisa pouca. Ah e o coração é arrancado e oferecido a Hel na dita roda onde fica o caldeirão que é tipo o local onde... se faz metal...? Sei lá caralho. Isto é ritual de purificação, diz ele. Ya.
Por mais demoníaca que a descrição dos Elfos Negros seja, esta não é a pior parte.
![Tumblr media](https://64.media.tumblr.com/eebc269afd7d9d94abcf314fadfe01cd/1c390edd9fec8527-71/s540x810/599fce918b1e7ca5920d37b59eda341abfb69216.jpg)
Porque é que não é a pior parte? Porque tudo é negro, bem negro. A sociedade está “envolvida num tumulto de eterna e imensa escuridão”. As crianças “brincam às guerras e à destruição”. Os rapazes fingem ser Krig’Logh que a nota de rodapé diz ser “Guerreiro, em Elfo Negro, derivado do alemão “Krieg” e de Logh de Loge, o nome germânico de Loki” (krieg em alemão é guerra, não guerreiro, quando muito seria kriegerin), e é o gajo que nos vai escravizar a todos em nome de Kaleth. As raparigas “abrem as suas bonecas, dizendo que, no futuro, oferecerão um verdadeiro coração a Hel” (quem nunca praticou o ocasional ritual satânico, meninas, vá lá). Os pais acham isto educativo e “por vezes, trazem prisioneiros de guerra para casa para que jovens treinem todas as atrocidades”.
![Tumblr media](https://64.media.tumblr.com/428edce79ae070c236ae1a59cf55cc0e/1c390edd9fec8527-06/s540x810/0b7d36f43a0cf4a79ba985db29d7a36900446c43.jpg)
“JOÃOZINHO, TROUXE-TE UM ESPANHOL P’RA ESVENTRARES, VAI LÁ MOSTRAR À TUA IRMÃ COMO É QUE O GIRALDO SEM MEDO FAZIA, MAS NÃO ME ESTRAGUES A SEGURELHA”
Opa isto é tão COMICAMENTE VILÃO caralho FODA-SE. Todas as teclas que o miúdo não bateu n’O Filho de Odin, é tipo o chaval aumentou o nível de vilania e deu-nos esta MERDA. QUE MAIS, ZUZARTE? TAMBÉM SE VESTE EM CABEDAL NEGRO E BOTAS DE CHUMBO? FAZEM ORGIAS BANHADOS EM SANGUE? NÃO CONHECES OUTRO ESPECTRO MORAL QUE NÃO MAU = NEGRO, BOM = BRANCO, A SÉRIO?
Este império élfico encontra-se no seu auge. A única coisa que se opõe a estes seres imortais do mal é o Império Austro-Húngaro, governado pelo Arquiduque Francisco Fernando, e a Alemanha governada pelo Kaiser Wilhelm.
O plano é simples, e aposto que vocês já sabem o que é: causar fricção. Ora Zuzarte, que quer MESMO esporrar sabedoria por todos nós, leigos energúmenos, explica que o monarca drow faz uma série de magia para fazer whiteface ao seu melhor assassino, leva-o ao cabeleireiro, e quando sai ninguém é capaz de dizer que o bicho não é humano, e ganha a aparência “dos humanos originários da Sérvia: bigode, cabelo castanho, jaqueta e boina de couro.”
Não é por nada, Zuzas, mas ele soa mais a um transmontano.
Depois de dissimulado, o assassino foi enviado para a capital do império Austro-Húngaro e matou o Arquiduque no dia 28 de Junho.
...se ao menos tivesse sido tão eficaz assim e não uma autêntica trapalhada que parece saído directo dos Batanetes.
E boom, deu-se a primeira guerra mundial, inconsciente de que foi tudo um plano arquitectado por um Drow sofredor de reserve-racism e superioridade mitológico-racial, que se aliou aos alemãos só para arrear nos bifes.
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O plano do rei é basicamente deixar o pessoal à bulha e quando estiverem fragilizados “os Elfos Negros planeavam virar-se contra os antigos aliados, traindo o Kaizer, e atacavam uma Europa exausta e fragilizada”.
O que me deixa duas questões:
1) Os alemães sabem da sua existência? E coadunam com esta merda? O Kaiser sabe que existem elfos negros a viver debaixo dos pés com criancinhas a esventrar pessoal no pátio da escola e rituais satânicos de gajas colectivamente a defenestrar corações e está perfeitamente tranquilo com isto?
2) Estes idiotas vão combater numa guerra na qual não têm interesse só para ver os humanos a desgastarem-se e depois aproveitarem-se disso?
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Soa tudo muito bem mas parece-me que não têm gente suficiente. Tipo, não é uma merda à Hitler que convenceu brancos aquém e além mar que eram superiores e estendeu-se até outras penínsulas, além de ter um considerável número de gente sob sua alçada. Isto é literalmente tipo, uma mão cheia de milhares de drows que o narrador já referiu como sendo apenas “umas escassas dezenas”---e querem impôr superioridade racial?
...oh diabo. Oh filho da puta. Tu... tu queres ver que vais fazer um reverse-Hitler?
Os primeiros disparos deram-se em Sarajevo, mas onde seriam os últimos?
No meu cérebro.
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