Tumgik
#e fiquei tão animada que sonhei com isso
a-fogarias · 2 months
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Fiquei meio triste pela série turca mas compreendo seus gostos hahah, espero que um dia algo no seu coração diga pra você assistir, porque é definitivamente maravilhosa. Me perdoe pela demora meu bem, essa semana foi muito corrida mesmo, fui pra casa dos meus pais duas vezes na semana, mais uma pra Curitiba e outra fui só até Irati, gastei até o que não pude com gasolina. Ah, falando nisso, tô bem mais solta pra dirigir, mas ainda não consigo pegar o carro sozinha aqui, só lá mesmo, aliás dirigi até o carro da Ana esses dias lá kkkk.
Preciso de contar que sonhei com você a noite passada, depois de ler teu texto onde disse que mora em um cubículo, eu realmente sonhei que você estava morando em um cubículo e me convidou pra ir lá, pasme mas pra chegar lá a gente tinha que passar por um corredor enorme acrocado kkkkk (viajei muito), mas foi muito legal, namoramos umas boas horas no teu quarto de um metro e meio quadrado. Tenho certeza que está se virando muito bem mesmo, e confesso que também não abriria mão da minha liberdade, se olhar pelos lados positivos é muito bom morar sozinha e ser ‘independente’. Ah, eu não acharia ruim você morar sozinho porque eu amo morar sozinha, mas por outro lado é triste não ter companhia né. Falando onde mora, ano passado minha prima Mariliane me ofertou uma quitinete que ficava em um apartamento perto da tua faculdade, ela disse que ficava perto do estacionamento algo assim, a referência era perto/embaixo de uma escada, e aparentemente o aluguel era bem bom, fico pensando “vai que é o mesmo apartamento que o seu” hahaha, e melhor, imagina só se eu tivesse alugado. Simm, ainda estou a procura, justamente por ser perto da igreja, eu tô lá quase todos os finais de semana e pra mim compensaria muito, mas pelo visto vou morar em vilas mesmo, mais perto do centro é um absurdo de caro.
Isso, por favor me avisa, vou tentar ficar mais esperta por aqui. Eu sempre passo na frente da sua faculdade, inclusive semana passada passei dois dias por lá e tava cheio de gente na frente, fico te procurando mas nunca te vi. Como fui bastante pra casa dos meus pais semana passada, acho que vou ir pra lá só em setembro provavelmente, mas espero te encontrar nos ônibus ainda.
Sobre ter jogado meu celular na parede rsrs, eu estava tendo um surto de choro e raiva e acabei jogando, se te falar mais que isso você vai me achar uma completa idiota kkkk, desculpa. Também preciso trocar o meu, mas zero chances por enquanto.
Tenho uma novidade muito boa, comecei a fazer academia acredita? Hahah. Fui três dias já e parece que um trator passou por cima de mim, dói absolutamente cada parte do meu corpo, me sinto uma idosa a cada vez que tento levantar ou andar rápido. Mas, estou adorando ir, apesar do horário ser meio cedo demais eu acordo animada pra ir fazer uns exercícios ou correr na esteira (é o meu preferido até agora). Tive que começar academia porque engordei uns malditos três quilos, e se depender de ir correr no lago, você sabe, eu falho miseravelmente.
Aí que coisa boa saber disso, eu imagino como deve ser legal trabalhar em um lugar assim, e mais ainda se eles te recepcionaram bem. Uauu, amei saber da quarta feira, que incrível, são poucas as empresas que fazem algo tão legal assim, eu acho que se fosse comigo iria morrer de vergonha de contar minhas histórias de infância, ou ia abrir a boca de chorar kkkk. Quando for sua vez de levar a comida e contar uma história eu vou adorar saber de tudo. Eu sinto muito por isso, entendo bem como é a ansiedade e nervosismo por pensar em coisas como essas, se a gente vai conseguir alcançar o objetivo ou aprender as coisas novas, e tá tudo bem, a gente sempre vai passar por algo assim na vida, infelizmente mais de uma vez. Sei que vai dar o melhor de si pra se sair bem, e independente dos resultados não carregue o peso de pensar que estará decepcionando alguém, você está começando algo novo, não precisa se sobrecarregar com nada do que os outros pensam, faça o que puder por você, mas cuide do teu psicológico também. Ah que pena, me diz que que deu certo de pagar o boleto agora? Espero que suas notícias sejam boas, to torcendo muito muito por você, e tenho passado todos os dias por frente do prédio onde está, aliás me tira uma dúvida bem chula kkk, qual andar você trabalha?
Que horário puxadinho em, espero que um dia dê certo de nos esbarrarmos, um dia desses vou tentar sair mais tarde.
Que bom que vai fazer, fico feliz. Tenho certeza que consegue desconto, mas vai por mim, tenta o que puder pra conseguir o prouni, e dependendo da tua nota claro, dar uma choradinha pros 100% quase sempre dá boa. Quando levei minha nota do enem com os negócios do prouni na faculdade, consegui 50%, mas a moça disse que se eu quisesse era pra entrar no site novamente e tentar os 100%, mas achei perigoso demais pra mim kkk.
Fui em uma consulta com minha mãe em Curitiba, do estômago dessa vez, e aparentemente as dores que ela sente é somente nervosismo, tirando isso ela tá melhorzinha.
Quando escreveu esse texto, disse que iria voltar na segunda cedo, por coincidência eu também voltei, fiquei de butuca nos carros que via pra ver se estava. Fica tranquilo, eu entendo que agora sua rotina vai ficar bem mais corrida, e prometo estar sempre aqui por você. Espero muito que tua semana tenha sido boa, aguardo tuas notícias.
Pois é kkk, dona Ana me puxou pra beber novamente, e ainda me deu o carro dela pra dirigir, a muie é louca mesmo hahah. Colocamos as fofocas em dia e enchemos o caneco, o bom é que dessa vez não ficamos tão mal igual da última. Foi tão rápido que nem planejei um convite especial pra você kkk, mas que não seja por isso, da próxima eu faço de tudo pra te chamar.
Se cuida por aí viu, fisicamente estou do outro lado da cidade, mas meu coração sempre estará com você. Beijos na bunda meu churi kkkkkkk (não acredito que lembra, eu chamo a Pink disso até hoje por causa de você kkkk). Fica bem.
-eu te escolheria novamente em todas as minhas vidas
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garota-das-antigas · 1 year
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Olha que está de volta! A outra mulher…
Faz meses que ando sumida, acho que o remédio fez efeito, estava mais feliz, animada, ganhei até o apelido de “Alegria”, por um momento eu senti que as pessoas a minha volta invejavam eu estar aparentemente sempre feliz. E não era fingimento, não estava vivendo no meu mundinho de mentirosa compulsiva, estava sendo eu mesma, com meus vestidos em tons pastéis, minhas maquiagens coloridas, meus sapatos estranhos do século passado, eu estava verdadeiramente feliz. Me afastei de tudo que aparentemente me fazia mal, seu estava tão bem…
Feliz de verdade depois de tantos anos…
Então tudo voltou, é mais forte do que eu imaginava.
Me vi apaixonada novamente, e dessa vez parecia o tal conto de fadas que eu tanto sonhei, não precisaria mais ser uma mentirosa compulsiva, pois coisas inimagináveis estavam acontecendo comigo, e dessa vez não eram parte da minha imaginação.
Um verdadeiro príncipe. Abria a porta para eu entrar no carro, me ouvia tagarelar por horas, conversas sem sentido, anormalidades da vida, e ele parecia interessado em cada palavra boba e sem qualquer razão eu falava, é isso me assustou.
Fui tão acostumada a só receber migalhas, que quando alguém apareceu sendo mais, me causou uma crise, eu quis ser perfeita, por que na minha cabeça deturpada eu precisava ser para que ele continuasse interessado em mim, ser eu mesmo nunca foi o bastante antes, por que agora seria?
Mas como minha vida é mais forrada de espinhos que de rosas, os problemas começaram, minha família parecia não gostar de me ver feliz, sempre que eu chegava animada contando como o dia tinha sido incrível com ele, todos ficavam mexendo a cara, mandando tomar cuidado, dizendo que ele só estava interessado em mim por ser Virgem, que assim que isso acaba-se, ele não estaria mais interessado, e eu tentava rebater, dizer que sabia me cuidar e que ele não era assim, mas como não escutar quando todos dizem o mesmo?
Hoje recebi uma ligação que quebrou meu coraçãozinho em mil pedaços, e olha que eu pensei que isso nem poderia acontecer mais, minha mãe ligou enquanto eu estava no trabalho pedindo para eu ter calma, fiquei sem entender, então ela soltou a bomba.
Minhas tias estavam dizendo que eu estava com um demônio de promiscuidade em mim. Isso me deixou perplexa, sempre tive medo do desconhecido, então fiquei apavorada, mas o que eu tinha feito de ruim? Segundo elas, uma moça direita não sai com rapazes e vão ao seu apartamento , que isso seria atitude de biscate, então o que sobrava do meu coração estava acabado.
Fui a garota perfeita.
Notas medianas
Ia a igreja
Engajada em projetos
Sempre elogiada por ser educada e gentil
Nunca fui parar na boca de ninguém por ser quieta
E agora, só por estar seguindo um caminho diferente do que era planejado para mim, me torno uma coisa ruim assim? Todas as coisas boas que eu fiz serão jogadas fora e somente as que elas acreditam ser ruins serão lembradas?
Agora estou trancada no meu quarto, como a mesma garota que eu pensei que tinha superado, chorando e ouvindo cover’s antigos do Glee, duvidando da minha própria sanidade, se elas estão certas, se ele está verdadeiramente interessado em mim, ou se só quer o que todos os outros queriam.
Por que tanta importância em uma membrana gelatinosa?
Bom, pouco importa, tomei dois comprimidos para me acalmar e já estou sem conseguir racionalizar, cenas do próximos capítulos eu espero
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pacinosgf · 2 years
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AN ARTIST IN EXILE: THE ODD HOPEFULNESS OF DELILAH LAWRENCE.
we spent a week visiting delilah lawrence's cottage daily, following her painting routine as she discussed her work.
It's been 45 years since Delilah Lawrence's debut work, Eraserhead, was released. At 24 years old, Lawrence wasn't afraid of displaying her talent and getting the message (the dangers of motherhood and a passionate hatred for industrial conglomerates) across, even if she had to it by herself: Lawrence is listed not only as the director, but also as writer, editor producer, designer, composer and head of art direction. "No one wanted to finance me. My oldest brother is listed as a producer because I had to ask him for money. As I had no help, I had to learn everything alone. Now I am thankful for the experience, though I feel that no aspiring artist should go through that."
Born in early 1953, Delilah Lawrence was raised in a middle-class black family. Her father worked for the government, which caused the family to move around constantly, living almost always next to mysterious and misty woods. She describes her childhood as a wonderful moment which she feels no nostalgia for. "Something weird was always happening at those woods. Me and my siblings used to challenge each other to go there and spend at least a minute alone before coming back. I was a very obedient child, so my parents freely talked about the things that happened there in front of me, sure that I wouldn't mind. That's where most of my inspiration for Twin Peaks came from, I think." Originally broadcasted in 1990, the TV show is her most commercialy famous work to the date.
She welcomes us into her house, a kind of cottage far from the civilization (the nearest house is 30 minutes away by car), on a Wednesday morning. It's barely 9 A.M. For someone that suffers from chronic insomnia, she is wide awake. It's an unusual day for her, and she adresses it right as everyone is properly seated. "I don't think any press has come here, even when I was working. Unfortunely for you, the living room is the only thing that you will see." Retired and living in a self-imposed exile since 2005, when she released her last movie, Paris, Texas, Lawrence has always been an introverted figure. Her life has been mostly adressed only in her works, and good luck trying to connect the pieces and understand what is fiction and what is not. In the universe created by Delilah, anything can be true, just as easily as anything can be a fabricated lie. Don't try to understand. Just appreciate it is a logic commonly linked to her work, and as well to her personal life. Let her be, and go along for the ride.
Originally a painter, Lawrence never planned to be a director. Even after so many film accolades, painting is still a habit that she holds close to her heart: the walls are full of abstract paintings, and through her movies you can spot some of her works. Her first serious experience with the art of filmmaking came from working as the head of the art design departament of indie movies in the 70s, when she decided that she could do more and become the one behind the cameras. She personally supervised the art and cinematography of all her movies.
The walls are filled not only with paintings, but portraits of family and long-time friends. Some are turned back to the wall (we will get more into that later), but she happily introduces us to some of the people exhibited there: the crew she works with since the 80s, beloved friends and relatives. Among the portraits we are allowed to see, a particular person is featured the most: the actress Amèlie Bergstein. They have been close friends since early 1978, when Delilah moved to New York to work as a crew member for big film studios, so she could pay back her brother for helping her with Eraserhead. At the time, Amèlie was only 19 and a rising star, acting primarly for television. "She was so young! She was forced to grow up too fast, but you could see how repressed she was. Later, after the first episode of Twin Peaks aired, she called me, like the big narcissistic she is, and said 'did you base Laura Palmer on me?' I said no to annoy her, it was just a deeply interesting coincidence. But maybe. I was always keeping an eye on her, out of fear."
It's no surprise that she uses elements from her personal life as inspiration for her art. Twin Peaks comes from a mix of her childhood fears and the concept of darkness within goodness, a common theme in her works. Eraserhead comes from a detachment from the tradicional mother role and an interest for horror movies. Mulholland Drive, her most controversial production, seems to come from her relationship with former lover and business partner, Vivian Scott, and the truth behind the world of appearances that is Hollywood.
Her break-up with the actress was difficult, highly publicized and, after almost two decades, remains a sensitive topic: as soon as we contacted her assistants, we were told that we were not allowed to ask about Vivian Scott. For a situation where she came out as a villan (it's rumored that the constant exposition of their relationship on movies was a major factor for the break-up), Lawrence seems to miss it, even after saying that she feels no nostalgia for her past. In every story she tells, there is a hidden she, someone who goes unnamed but she considers to be the true protagonist. Their story together may be finished by now, but Delilah delicately reminisces about it. Her mind is far away, remembering the old days, while her body is with us.
After the first day, she welcomes the team every morning with breakfast, no rush to start working. She talks about some of the renovations she did on the house in the last years (those include two new rooms for Amèlie Bergstein's twin daughters, whom Delilah claims as her nieces), asks about our lives, congratulates one of us for her engagement, gets thrilled when someone else ask about the production of her movies. She considers herself a film lover before being a filmmaker, and "loves talking about it with people who have no malice", on her own words. Her aversion to the film industry is recognized, and most of her work related to it now goes to the project she made to help young filmmakers. "Obviously there are directors that live extraordinarily, but I have no wish to be one of them. Besides making sure that my crew is doing fine and buying gifts to Audrey and Lizzie [Bergstein's twins], I don't really use my money. That must go to do something helpful." Besides financing young directors, she donates to projects related to pro LGBTQ rights, against famine and, unsurprisingly, people who suffer with chronic insomnia.
On the fifth day, she asked if she could take pictures of the team. While talking about the wonders of her little digital camera (a gift by a nephew), Delilah made sure to photograph and film all of us, grateful for leaving the spot of subject for a while and becoming once again the interviewer. "I see that people usually talk about my work on a very depressing tone, but I try to make clear my fascination for people's live and our existences, no matter in what conditions. Blue Velvet, Fallen Angels, Twin Peaks, may come off as a disdain for the future of humanity, but it's not my purpose. In the end of the day, I am, more than anything, a hopeful person, and an observer. While there's life, there's hope. [...]"
@materialgwrl
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sextaventura · 4 years
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Entrevista com a roteirista Jaqueline Souza
Sabe quando você tá conversando com uma pessoa e aquilo faz muito muito sentido? E você quer dizer "Nossa, adorei isso que você disse! Me faz pensar que ta ra ra e tan tan tan...”? Eu senti falta disso nessa entrevista! Por escrito não dá pra dizer na hora o que a gente sente ou pensa. Senti falta disso em todas as entrevistas que fiz até agora, mas só me dei conta disso lendo as respostas da Jaque. 
Jaqueline Souza é roteirista, já fez curtas, escreveu longas, trabalhou em séries e criou o Tertúlia Narrativa que, eu acho, é a maior fonte de informações online sobre roteiro na língua portuguesa. Foi uma surpresa muito boa saber que ela é uma das pessoas por trás disso e poder agradecer virtualmente, que por agora é o novo pessoalmente. 
Jaque, ouvir a sua história me deu arrepio de plot twist e olhos quentes de emoção. Quando eu crescer, quero ser que nem você! Obrigada por compartilhar mais uma vez.
Agora vamos lá, entrevista. 
***
Quero começar dizendo que tava muito animada pra essa conversa. E quero muito saber da sua história roteirística! Como foi que você encontrou essa função? Como descobriu que gostava?
Jaqueline Souza: Que massa!! Muito feliz também com a conversa, sempre bom poder conhecer, trocar e conversar com uma mina preta, pensando em roteiro, que é uma das coisas que mais gosto no mundo!!  
Começando bem do começo, eu nunca sonhei com uma profissão que não fosse nas artes. Logo muito cedo já sabia que queria trabalhar com cinema - provavelmente muito por conta do programa Zoom da Tv Cultura.  E quando descobri que tinha alguém que fazia escrita em cinema, eu soube que queria fazer isso. Acho muito raro ouvir isso, as pessoas sempre parecem ter sido levadas a roteiro e pra mim, não. Foi uma busca. E eu sempre digo, que só foi possível porque quando eu disse pra minha mãe, ela não riu da minha cara, porque era algo completamente fora da nossa realidade. E eu não fazia ideia de como chegar lá, mas na ingenuidade, eu achava que só precisava fazer uma faculdade e pronto. Minha mãe era metalurgica, ninguém na minha família tinha feito faculdade até então. Fiz curso técnico profissionalizante em comunicação visual porque gostava de desenhar e achava que podia me dar uma base pra qualquer coisa que tivesse a ver com cinema. Na faculdade, passei primeiro em um curso de Letras, que eu não conclui, e só depois consegui entrar em Cinema.  Lá tive bons professores, mas nada que aprofundasse em roteiro. Na faculdade, eu conheci o Marcos, meu parceiro, marido e sócio. Juntos escrevemos roteiros de curtas, dirigimos, mas por eu ter um perfil muito proativo para tentar fazer as coisas acontecerem, acabei caindo em produção. Passei por várias funções dentro do cinema, mas fiquei em produção por alguns anos. A gente abriu nossa produtora e também fizemos de tudo, institucional, casamento, etc. Mas sempre com aquela voz dentro da gente, dizendo que queria trabalhar com roteiro. A partir daí minha trajetória se confunde com a da Tertúlia. Os nossos estudos, muito autodidata mesmo, fundaram os primeiros passos com o site e no tentar migrar profissionalmente para o roteiro. Foi aos poucos. Daí rolou uma seleção de um argumento meu em um edital do Ministério da Cultura e as pessoas começaram a ficar de olho. O chute na porta foi quando o roteiro desse mesmo projeto foi selecionado para o Novas Histórias, que é nosso laboratório mais tradicional de roteiro. Eu era a primeira mulher negra entrando no laboratório e sai dele com uma bolsa de desenvolvimento do Projeto Paradiso, na época recém lançado. A busca continua, mas foi um momento decisivo para minha carreira.
Como é a sua rotina de estudos? E o que você faz pra se manter atualizada nessa área?
Jaqueline Souza: Eu sou uma pessoa que racionaliza muito processo, então escrevo, depois analiso, leio materiais que possam servir de inspiração. Também gosto muito de assistir referências e estudá-las, enquanto estou escrevendo. O que mais gosto é de fazer isso entre um tratamento e outro, porque tem um distanciamento que permite mergulhar com olhos frescos, entender as lacunas, os desejos do que você queria alcançar. Hoje meio que meus estudos são integrados ao próprio processo de escrita.
Qual é o seu gênero preferido de escrever? O que você curte nele?
Jaqueline Souza: Não sei se tenho um gênero favorito, mas eu adoro gênero em si. Mergulhei no terror há alguns anos por conta de um projeto específico, Incubo, que foi esse roteiro que me abriu portas no mercado. Começou como um estudo de gênero mesmo, eu tinha uma ideia antiga e depois do Corra!, entendi que aquele argumento era um filme de terror! O filme tem produção da Joelma Gonzaga Oliveira e será dirigido pela Renata Martins, que é uma diretora que eu admiro muito, e que também tem pensado sobre o terror como forma de versar sobre algumas experiências raciais. O terror é um gênero que me interessa muito, porque permite falar de sentimentos muito internos, porém de uma forma física. Mas eu também gosto de thriller e tenho estado cada vez mais apaixonada pelo fantástico. Amo comédias. E curiosamente, se eu fizesse uma lista dos meus filmes favoritos da vida, a maior parte deles seriam romances, mas ainda não me aventurei pelo gênero e adoraria.
Qual foi o primeiro roteiro que você escreveu?
Jaqueline Souza: Quando eu era adolescente, escrevi dois longas. Longa mesmo. Um deles era um filme coral, imitando Magnólia, que eu amava. Imitando mesmo. Tinha até uma sequência em que todas as histórias suspendiam e os personagem cantavam uma mesma música. Fiz até tentando formatar, fui atrás de roteiros de filmes que gostava pra ler. Tenho uma cópia dos roteiros até hoje. Apesar da qualidade naturalmente questionável, eu realmente considero que foram minhas primeiras experiências. O Cartier-Bresson dizia que suas primeiras dez mil fotos são as piores. E muito do nosso trabalho escrevendo é jogar fora, ideais, cenas, roteiros inteiros, mas pra jogar a gente tem que escrever. São nossas dez mil primeiras fotos.  Depois, eu escrevi alguns curtas. Quando começamos a Tertúlia, eu e o Marcos tínhamos o hábito de desenvolver ideias, e disso, escrevemos juntos mais dois projetos de longa. Eu sempre falo que o Incubo é meu primeiro roteiro de longa escrito, mas antes dele, já tinha escrito muito, ele só foi o primeiro a emplacar.
Pelo que eu vi, você teve a experiência de criar roteiros sozinha e em equipe. O que você vê de prós e contras nessas duas experiências?
Jaqueline Souza: Sim! Tenho projetos solo, mas também trabalho muito em dupla e tenho experiência em salas de roteiro. Cada um desses formatos de trabalho, é completamente diferente do outro como metodologia, abordagem, estilo. Projetos solo são realmente um mergulho em você próprio. É onde seu estilo mais se materializa e se molda. É onde você mais aprende sobre você mesmo e isso é ótimo. Mas também é um processo muito solitário e no geral, mais lento…
Com trabalhos em dupla, eu tenho dois tipos de experiência, um mais pessoal e outro por demanda. Nesse primeiro, em geral, trabalho com o Marcos, que é meu parceiro de escrita oficial. A gente escreve juntos há anos, conhecemos o estilo um do outro e apesar de existir uma simbiose no jeito que escrevemos e pensamos, somos muito diferentes e isso sempre vem pra escrita de uma forma surpreendente. Recentemente tenho desenvolvido projetos pessoais com outras parcerias, pessoas que tenho uma boa relação e admiro o trabalho e também tem sido uma experiência ótima.
Agora outro formato é fazer trabalhos em dupla, em projetos por encomenda, em geral, com alguém que você não trabalhou antes. Também faço muito isso e acredito ter certa facilidade pra trabalhar assim. Sou muito flexível, gosto de conhecer o outro através do próprio processo e gosto acima de tudo de boas histórias, então não tenho vaidades a respeito de de quem é a ideia, mas sim se ela é boa ou não. Se a outra pessoa também é assim, ótimo, o processo é facilitado por que todo mundo tá indo pro mesmo lado. Ainda assim é difícil adequar a metodologia. Cada roteirista desenvolve um método de criação e trabalho para si e encontrar esse lugar que seja confortável para duas pessoas que mal se conhecem é complexo.
Sala de roteiro é um método coletivo mesmo de trabalho. É difícil dizer o que é cada uma das pessoas, porque tudo vira uma amálgama de todos.  E existe dois processos em sala, que pra mim, são completamente diferentes. Um é a sala em si, outra é a escrita dos episódios. A voz que mais prevalece é a do chefe de sala. Aquele processo de refletir muito sobre o que vai escrever ( ou já escreveu),  chegar a conclusões que algo não funciona e o porquê não funciona, que você passa ao longo de meses em um trabalho solo, em uma sala acontece na hora. É  imediato. É um processo acelerado de criação.
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Site Tertúlia Narrativa, na área dos artigos. Recomendo!
A Tertúlia Narrativa é um site fantástico! Aprendo muito com ele e fico feliz de saber que ainda tem vários assuntos pra fuçar por lá. Obrigada por ter criado tudo isso. Como foi que surgiu a ideia? E como tem sido pra você essa experiência do site? O que tem aprendido com ele?
Jaqueline Souza: Que lindo!! Muito obrigada! Pra gente é muito gratificante conhecer as pessoas e ver que de alguma forma influenciamos o aprendizado e o pensamento sobre roteiro pra tanta gente.
Pra gente, as coisas surgiram com advento do Kindle e dos livros virtuais. Tivemos acesso a livros de roteiro, resgatando nosso interesse da faculdade e que tínhamos tido tão poucas chances de estudar. Como não tínhamos dinheiro para fazer cursos de roteiro (e nem existiam muitos na época), nós baixamos a bibliografia de cursos e começamos a ler os livros que eram recomendados. 
Em 2014, abriu o primeiro edital de Núcleos Criativos da Ancine.  Nós juntamos um grupo de profissionais e propusemos um núcleo, que se alternava em suas atividades entre o desenvolvimentos das séries e estudos de roteiro. Chamamos o Núcleo de Tertúlia Narrativa. Fomos até a final do processo de seleção, mas não fomos contemplados. Um pouco depois, eu e o Marcos, estávamos bem quebrados financeiramente, fazendo trabalhos que pouco tinham a ver com o que gostávamos. E depois de uma crise de depressão, decidimos que precisamos fazer algo pela gente. Algo que gostássemos, que fosse nosso, um aceno pro futuro. A solução dentro das nossas possibilidades na época era criar um site, cristalizando nosso interesse por roteiro e pensando que isso poderia gerar frutos profissionalmente. Passamos uns 30 dias montando o site e os textos iniciais, junto com o Cipriano Wisky, nosso amigo de faculdade e também roteirista. E esse foi o começo de tudo.  Pra gente, a Tertúlia é um projeto de vida.  É uma extensão do nosso trabalho em formação, que tivemos durante anos voltados a oficinas de cinema e animação para jovens das periferias da Grande Curitiba. Só é em outro formato. Nosso maior aprendizado é que a troca é a forma mais eficiente de aprender algo.  E que o saber precisa ser compartilhado, é uma ferramenta e tem que estar na mão de todos, democraticamente.
Você foi roteirista na série Boca a Boca, que vai estrear na Netflix esse ano! Como foi a experiência dessa sala de roteiro?
Jaqueline Souza: Meu sonho era participar de uma sala, eu sabia que estava pronta e tinha a capacidade para isso. Quando o Esmir me convidou, foi tudo muito rápido. E é um outro tipo de escrita, de processo. Foi minha primeira sala. A Shonda Rhimes compara uma série com um trem que não pode parar. Em um longa, você consegue parar e entender o processo, refletir sobre ele, fazer escolhas e daí voltar para escrever. Em sala, não. O ritmo não é seu, então você precisa entender e ir escrevendo no processo. Quando digo entender, não é trama. É o processo mesmo. Depois que você passa por esse processo mental de entender o funcionamento de uma sala e como você funciona dentro de uma, as coisas começam a tomar forma.  Em cada projeto novo, ainda rola a descoberta sobre aquela sala em específico- porque cada sala é completamente diferente uma da outra.
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Essa é a imagem que aparece quando a gente procura Boca a Boca na Netflix. Ainda tá bem misterioso, mas a gente pode clicar em “lembrar”, pra ser avisado quando a série estrear. 
Quais são os livros, filmes ou séries que foram importantes para você como roteirista?
Jaqueline Souza: Minha formação é uma colagem gigante de coisas de lugares completamente diferentes. Acho que não lemos muito pouco sobre dramaturgia, em geral, a maioria dos jovens roteiristas lê direto livros sobre roteiro, e quando comecei a ler sobre dramaturgia foi onde o estalo realmente deu pra mim. Dentro disso, vou citar o Introdução à Dramaturgia da Renata Pallottini. E no lugar de filmes, vou falar de roteiros mesmo. Eu comecei a ler roteiro muito cedo e muitos deles foram muito importantes pra mim: o primeiro roteiro que li, o primeiro brasileiro, roteiros que influenciaram minha forma de escrever, etc. Vou destacar Shame do Steve McQueen e da Abi Morgan, porque foi o primeiro roteiro que li sem ter visto o filme antes. E só aí entendi o roteiro também como uma experiência de leitura.
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Jaque, obrigada por ter topado! Foi muito bom ter lido isso e eu espero que tenha sido bom pra você também. :)
Essa entrevista também foi um oferecimento da Mariana Tesch, que me indicou a Jaque! E Nina Kopko, que também indicou a Jaque. Everybody Loves Jaque.
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cieluvie · 6 years
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Born to be a Fairy
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Eu finalmente saí de casa. Estava tão frio... mas eu precisava enfrentar aquilo que tanto me afligia: a minha flor estava completamente descuidada. Aqui no nosso mundo funciona assim, cada um tem uma flor e precisamos cuidar dela pois nossas almas estão conectadas, se acontecer qualquer coisa com a flor a nossa alma é diretamente atingida, sendo assim, perecemos junto. Mas se morrermos de causas naturais a nossa flor morre também, desaparecendo completamente. Cada flor é única. E a minha estava sozinha, largada, pois eu não tinha vontade de viver. Comparada com as outras flores, ela era pequena, feia e sem nada de especial, nem parecia uma flor, mas eu acordei achando injusto uma flor morrer por minha causa, mesmo eu sabendo que já não teria mais o que fazer, por que eu tinha certeza que quando chegasse até lá seria tarde demais. Eu estava muito enganada. Chegando na floresta a minha flor estava mais brilhante do que nunca. Estava mais bonita do que nunca e eu me assustei, como ela estava desse jeito? Por que ela brilhava? Eu não iria até ja lá fazia dias. E então eu escutei uma voz e rapidamente olhei para cima — Está bonita, não é? — era uma fada. O ser mais bonito que eu já havia visto. Os olhos eram verdes e o cabelo rosa, asas enormes brilhantes parecidas com a de uma borboleta e o tamanho de um ser humano normal. Eu fiquei totalmente paralisada, encantada com a minha visão. — Ela estava aí sozinha e morrendo aos poucos — ela fez uma expressão triste — então eu resolvi protege-la, eu sabia que a conectada com ela iria aparecer — ela fez uma expressão séria olhando para mim — Você não sabe falar? — logo as palavras conseguiram sair — Muito obrigada... Eu só estava meio, sabe... Surpresa — dei um sorriso tímido e ela sorriu de volta. — Meu nome é Chorong e como você pode ver, eu sou uma fada, suponho que nunca tenha visto uma de perto. — eu sorri sem jeito e assenti — De vez em quando eu venho visitar o mundo dos humanos — ela continuou — E qual é o seu nome? — eu demorei um pouco pra responder, eu não estava acreditando que estava vendo uma fada de verdade na minha frente. — O meu nome é Bomi e eu agradeço muito por ter cuidado da minha flor, ela teria morrido se não fosse por você... — nesse momento as lágrimas vieram nos meus olhos por lembrar do que eu fiz, se ela tivesse morrido eu jamais estaria ali de frente pra uma fada. — Ei, Bomi, não se sinta triste. Todos temos momentos ruins, certo? Não há nada de errado em se sentir triste. Venha, eu quero lhe mostrar algo.  — ela saiu voando mas logo começou a andar pra ficar mais fácil pra mim acompanha-la. Eu segui ela sem hesitar, eu sempre sonhei em ver uma fada e ela tinha cuidado da minha flor por mim, era uma fada mas também parecia um anjo. Eu estava animada, uma animação que eu não sentia fazia anos e isso deixava meu coração acelerado e os olhos brilhando. Eu queria saber pra onde estávamos indo e a cada passo a animação crescia dentro de mim. Ela estava andando na minha frente muito calma, e eu confesso que era estranho o jeito que ela caminhava, eu imagino que seja porque não estava acostumada a andar, mas de certa forma isso só a deixava mais graciosa. Será que alguns de nós humanos damos tantos passos errados, caímos e nos machucamos porque nascemos pra voar mas não temos asas? Essa ideia me pareceu meio cruel, mas pra mim fez sentido. Caminhamos mais um pouco e eu já estava ficando cansada e repentinamente ela parou, quase bati a minha cabeça nas asas dela — Chegamos, Bomi — ela disse feliz, e então tocou no colar que ela carregava, lindo demais, se não era de diamante deveria ser de uma pedra jamais vista no mundo humano, era tão brilhante que estava difícil olhar então fechei os olhos e quando eu abri estava em um jardim, existia milhares, talvez milhões de flores e era interminável. Todas eram diferentes, tamanhos, cores, perfumes, formatos... Eram únicas e eu estava tão maravilhada com tudo aquilo, as flores brilhavam e eu queria olhar cada uma delas, eu queria saber a história de cada uma e logo veio uma enxurrada de perguntas que não pude deixar de lado — Chorong, que lugar é esse? Por que essas flores estão juntas? La no mundo humano elas ficam separadas, cada um no seu cantinho, senão podemos acabar ferindo a flor ao lado... Esse jardim tem fim? Essa é a sua casa? — ela sorriu e disse — Eu vou te explicar tudo, mas primeiro quero te apresentar as minhas amigas. — Quando ela disse isso chegou várias fadas de todos os lados, todas lindas e elas conversaram comigo e me trataram bem, sem se importar com a minha aparência, afinal eu não tinha asas e elas sabiam que eu era uma simples humana. Mas elas me trataram como se eu fosse mais uma fada. Todas me fizeram sorrir várias vezes, todo momento elas “discutiam” uma com a outra e isso era muito engraçado. Teve um momento que eu fiquei apenas observando elas, era estranho mas eu sentia que elas eram minhas amigas mesmo só as conhecendo a poucas horas. Eu já não queria voltar pra casa pois lá eu estaria sozinha. Quem me faria sorrir? O Sol já estava se pondo e a Chorong estava sentada em um gramado um pouco distante das outras fadas, vi que ela queria falar comigo e fui até ela, quando sentei ao seu lado eu senti o perfume dela. Eu nunca vou esquecer. Era mais uma prova de que eu não estava sonhando. — Bomi — disse ela tranquila — Eu vou responder as suas perguntas enquanto olhamos pras estrelas. — eu comecei a olhar pro céu e era uma das coisas mais lindas do mundo. A lua estava enorme, como se ela estivesse muito próxima dali e novamente eu fiquei encantada. Ela continuou falando — Esse jardim é o que denominamos céu, paraíso, mundo mágico... Ele é tudo que você quiser que ele seja. E sim, ele é a minha casa. Aqui não tem somente o jardim, existem criaturas mágicas assim como eu e minhas amigas, unicórnios, dragões, grifos. Aqui só existe a paz. As estrelas que estamos observando nesse momento podem ser anjos. Eles amam iluminar a escuridão e eles que trazem essas flores aqui pro Jardim. — eu fiquei surpresa, não estava entendendo direito — As flores estão juntas pois o sofrimentos delas acabou, não precisam mais ficar separadas — ela disse olhando pra uma que estava na mão dela. O mundo humano separa almas que foram destinadas a ficarem juntas, mas aqui, não existe nada que impede isso. E o Jardim... bem, eu não sei se ele tem fim, afinal sempre que alguma flor retorna chega outra e entra no lugar dela. — Mas como assim? Por que somem? — eu perguntei curiosa — Elas ficam aqui um tempo e depois retornam pra lá. Até não precisarem mais voltar... Bomi, quando uma flor morre no mundo humano ela não desaparece pra sempre como vocês pensam, o mesmo acontece com vocês... Vocês ficam aqui um tempo, se reencontram e voltam numa nova missão e quando a flor de vocês não tem como ficar mais bonita, então não precisam mais voltar pra lá e podem ficar aqui para sempre — Eu comecei a pensar sobre aquilo e falei — Então por que cuidou da minha flor? Por que não deixou ela “morrer”? Eu estaria aqui com ela e nunca mais me sentiria sozinha. Eu poderia ficar aqui com você e com as outras fadas pra sempre e jamais me sentiria triste outra vez — as lágrimas começaram a escorrer sem parar. — Por que você ainda não terminou a sua missão. Se eu tivesse deixado a sua flor no estado que estava... Nós levariamos muito tempo pra poder cura-la novamente. Eu precisaria de muita energia e eu também tenho meus problemas... — ela me mostrou seu braço e tinha algumas cicatrizes — Hoje elas apenas servem pra me mostrar que eu venci no mundo humano e que não virei uma fada da noite pro dia. Eu era assim, parecida com você, não queria mais viver, não encontrava sentido em nada. Até que encontrei minhas amigas e elas me mostraram o caminho. Depois de ter passado por tudo que eu tinha que passar eu vim pra cá, ajudar outras pessoas. Bomi, eu só te trouxe até aqui para você ver que não está sozinha. Que as pessoas que você ama que já partiram estão aqui e a prova que eu te dei é que as flores delas estão aqui. Está tudo bem aqui. Então você precisa seguir em frente assim como eles estão fazendo, assim como eu fiz... Mesmo depois de tudo que eu passei, tendo momentos de total desesperança hoje eu sou uma fada. Você pode ser também. Basta você lutar pra isso! — eu estava tão emocionada depois dessas palavras, então não é o fim? Então eu tenho chance de ser algo a mais na minha vida? — Agora vamos, tem muita gente que precisa de você nesse momento no seu mundo. E não se esqueça, eu sempre vou estar aqui com você, quando se sentir triste ou sozinha pode me chamar, pensar em mim e a sua dor vai diminuir. Vou sempre protege-la então proteja quem precisa também! — e segundos depois ela desapareceu junto com o jardim e eu estava de frente pra minha flor novamente. Teria sido tudo um sonho? Ou eu imaginei? Mas quando eu olhei pra flor ela estava lá, linda brilhando assim como a minha alma naquele momento. Eu fui embora pra casa irradiando alegria. Mas acabei sonhando com a Chorong e ela não tinha asas, ela estava triste, chorando e logo depois eu vi ela cuidando da flor dela e logo depois vi uma imagem tão linda, ela e a flor viraram uma só e foi assim que ela se transformou numa fada. Ela e a flor viraram uma só. Sendo assim não havia nada mais precioso no mundo pra ela do que seu próprio coração. Ela amava aquela flor e ela não queria machuca-la de forma alguma. Assim que eu acordei eu escrevi uma carta, fui até a minha flor e deixei uma cartinha pra ela lá. Eu sabia que ela iria voltar pra ver se minha flor estava bem. As palavras que escrevi eram essas:
“Obrigada por ter me salvado, obrigada por me tratar bem, obrigada por me proteger e conhecer meu coração melhor do que eu mesma. Você vai ser sempre minha fada Chorong, e eu sei que um dia vamos nos reencontrar. Eu também quero te dizer que se sentir triste, sozinha ou tiver vontade de se machucar outra vez, venha falar comigo. Você é a minha amiga. A minha amiga fada e é o meu tesouro mais precioso.  Você me deu um sentido na vida. Você me devolveu a esperança. Eu te amo muito!”
Chorong nasceu pra ser uma fada. 
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matheushipolito · 6 years
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A troca e a tarefa - Lygia Bojunga
Eu tinha nove anos, quando a gente se encontrou: o Ciúme e eu.
Era verão. Eu dormia no mesmo quarto que minha irmã. A janela estava aberta. De repente, sem nem saber direito se eu estava acordada ou dormindo, eu senti direitinho que ele estava ali: entre a cama da minha irmã e a minha. A noite não tinha nem lua nem estrela; e quando eu fui estender o braço pra acender mais a luz, ele não quis: Me deixa no escuro.
Que medo que me deu. Senti ele chegando cada vez mais perto. Fui me encolhendo. "Pega a minha irmã" - eu falei – "Ali ó, na outra cama. Eu sou pequena e ela já tem 14 anos, pega ela! Ela é bonita e eu sou feia; o meu pai, a minha mãe, a minha tia, todo o mundo prefere ela: por que você não prefere também?" Mas o Ciúme não queria saber da minha irmã, e eu já estava tão espremida no canto (a minha cama era contra a parede) que eu não tinha mais para onde fugir, então eu pedia e pedia de novo:
– Ela é a primeira da turma e eu tenho horror de estudar, olha, ela ta logo aí; e ela é tão inteligente pra conversar! Ela diz poesia, ela sabe dançar, o meu pai tá ensinando inglês e francês pra ela e diz que pra mim não vale a pena porque eu não presto atenção, então você pensa que eu não vejo o jeito que o meu pai olha pra ela quando todo mundo diz que encanto de moça que é a sua filha mais velha? Pega, pega, PEGA ela!
– Não. Eu quero é você.
E o Ciúme disse aquilo com uma voz tão calma que eu fui me acalmando. E o medo foi passando. – Bom, – eu acabei suspirando – pelo menos tem alguém que gosta de mim mais do que dela. E aí, o vento do mar entrou pela janela, soprou no Ciúme e apagou ele feito vela. Fui crescendo. E cada ano que passava, o Ciúme aparecia mais vezes pra me ver. Eu não precisava nem olhar: de repente eu sentia que ele estava lá. E bastava ele chegar perto, pra eu começar a sentir um peso dentro de mim. Feito coisa que eu carregava uma pedra no peito. O peso só aliviava quando o Ciúme ia embora. Mas cada vez, ele demorava mais. Acabou morando lá em casa. Aí eu quis me mudar. Mas eu ainda ia fazer 13 anos: onde é que eu ia morar? Resolvi ir pra um colégio interno. A minha mãe não gostou muito da ideia: "vai custar muito caro". Mas o meu pai achou ótimo –– Lá ela vai aprender a estudar direito feito a irmã dela (Ah, que depressa que o Ciúme apareceu quando o meu pai falou assim.) Eu fui pro internato. Fiquei vivendo separada da minha família, só ia pra casa nas férias. Lá no colégio, o Ciúme aparecia pouco; era nas férias que ele não me largava; quando eu voltava pra casa e encontrava todo mundo fascinado pela minha irmã.
Um dia (era férias) em frente da nossa casa, veio morar um rapaz chamado Omar. Eu ficava horas na janela esperando ele chegar. Pra ver aquele pouquinho só: chegando, tirando a chave do bols e entrando. Quando eu soube que o nome dele era Omar eu fui pro quarto e escrevi uma poesia chamada O mar. Foi a primeira coisa que eu escrevi. Aquela poesia pro Omar. E eu me senti tão feliz.
Eu nunca tinha me sentido assim feliz; fiquei pensando que era por causa do Omar (nem pensei que podia ser por causa da poesia). E quando eu vi as férias já tinham acabado. De tanto que o tempo passou depressa comigo lá, esperando o Omar chegar, parar na porta, procurar a chave; entrar. E no dia seguinte, esperar de novo o Omar chegar. Pra namorar ele mais um pouco só de olhar.
No dia em que as férias acabar em, na hora do Omar pegar a chave pra entrar, ele se virou e olhou pra janela. E ficou muito, muito tempo olhando. Mas não era pra minha janela: era pra outra: a da sala: onde estava minha irmã. Lá no colégio eu não tinha mais tempo pra nada, nem pra estudar, nem pra fazer o dever, eu não tinha mais tempo pra ver o Ciúme, de tanto que eu passava o meu tempo pensando só no Omar. Mas não era bom pensar no Omar, como eu gostava de pensar, que eu nunca pensei nele como eu não queria pensar, quer dizer, olhando pra outra janela. Um dia chegou uma carta da minha mãe dizendo assim: "... da mesma maneira que eu dei uma festa pra festejar os 15 anos da tua irmã, quero comemorar os teus 15 anos. Mas desta vez, a festa vai ser dupla: a tua irmã ficou noiva, e então quero festejar junto duas grandes datas. Já avisei à diretora que você vai sair no sábado de manhã."
Foi só ler a notícia do noivado que eu pensei na outra janela e o Ciúme apareceu logo: e se o noivo fosse o Omar? Fiquei doida pra chegar logo em casa e saber de tudo. Mas ao mesmo tempo eu tinha tanto medo de saber que eu comecei a querer um pretexto pra não ir: quem sabe eu ficava doente? Na noite de sexta pra sábado eu nem dormi: ia pra casa ou ficava doente? Mas a curiosidade foi mais forte, e eram três e meia da tarde quando eu entrei em casa.
Que bonito que estava tudo, quanta rosa, quanto cravo enfeitando cada canto, é só fechar o olho que o perfume ainda chega aqui; e tinha uma agitação que só vendo, a minha mãe, o meu pai, minha irmã, todo mundo se arrumando, se enfeitando que nem a casa. "Anda, menina, anda!" (era minha mãe dizendo), "vai tirar esse uniforme, o teu vestido já está passado em cima da cama, olha que daqui a pouco os convidados já estão chegando." A mesa na sala de jantar estava de toalha bordada (a toalha que a minha vó tinha bordado pro casamento da minha mãe), e quanto doce, quanta coisa gostosa, e que lindo que era o bolo com as velas que eu ia soprar.
Eu andava devagar pela casa, olhando pra tudo em volta, mas só pensando uma coisa: é o Omar? É ele? É com ele que ela vai se casar? Mas em vez de perguntar eu não perguntava. Só pra continuar esperando que o noivo que ia chegar fosse outro, qualquer outro! Mas não o Omar. Foi chegando gente. Família. Amigo. Presente. E a sala já estava cheia quando o Omar chegou.
Eu e minha irmã vimos ele entrando na mesma hora. Ela correu. Eu me escondi. Pra ninguém ver o que eu estava vendo: o jeito que eles se olhavam, se davam a mão, se abraçavam, o jeito igualzinho que eu tinha pensado tantas vezes que ele ia me abraçar. Nem precisava olhar pra ver: era o Ciúme que estava outra vez do meu lado, me dizendo no ouvido, não vou mais te largar.
Que vontade de chorar. Peguei a vontade e a virei ela num soprão: apaguei as 15 velas de uma vez. Tocaram música. O Omar me pegou para dançar. Falando comigo feito eu fosse criança. Que vontade de gritar. A minha irmã estava tão feliz que nunca ela tinha sido assim tão bonita; e ainda por cima, era ela que tinha feito o bolo dos meus 15 anos e que delícia! todo o mundo dizia na hora de provar. Ah. Que vontade de morrer. Já tinha ficado de noite, a festa estava animada, todo mundo dançando, até meu pai tão sério sempre. Corri pro quarto. Me tranquei. Queria matar a vontade de chorar, de gritar, de morrer. Nem acendi a luz. E nem deu tempo de correr pra cama: o choro saiu ali mesmo, de cara encostada na porta; o grito saiu lá mesmo, e a música abafou; pulei a janela e corri pro mar.
Lá na praia tinha pouca estrela, barulho manso de onda e a lua era quarto minguante. Já ia entrando no mar. Mas senti medo. Dei pra trás. Me deitei na areia, e fiquei lá tanto tempo que acabei dormindo. Sonhei um sonho que mudou minha vida. Era um sonho muito bonito, todo acontecido em azul; tinha azul pra qualquer gosto, do mais fraquinho ao mais forte. Eu estava lá mesmo, deitada na praia. E era de madrugada. Na minha frente tinha uma parede tapando o mar. Vi duas janelas na parede. Me levantei pra ir olhar. Numa estava escrito A TROCA; na outra A TAREFA. Uma estava fechada; espiei pelo vidro fosco, mas não enxerguei nada do outro lado. Bati no vidro, bati, bati com força. Mas só ouvi o barulho do mar. Fui pra outra janela. Também fechada. E o vidro também: não me deixando ver o outro lado. Bati.
– Que é? Até que me espantei de ouvir a voz perguntando.
–Abre
– eu respondi. – Eu quero ver o outro lado. A janela continuou fechada. Mas a voz falou:
– Eu te livro desse amor, desse peso.
– O quê? Esse amor que você está sofrendo, essa vontade que você está sentindo de morrer: eu te livro disso.
– De que jeito?!
– Quando a história estiver pronta você vai ver.
– História? Que história? A voz falou mais baixo: Escreve a história dessa dor e eu te livro dela. É uma troca: eu te prometo
– O quê? fala mais alto, eu quase que só escuto o mar.
– O mar. Lembra da poesia que você escreveu?
– Foi tão bom! Aí a voz se confundiu com o barulho do mar. Eu acordei. A noite já ia virando dia; o céu era meio vermelho e a praia estava muito bonita. Dentro de mim tinha uma curiosidade nascendo: será que eu ia conseguir fazer uma história da dor que eu estava sentindo?
Voltei pro internato. Cada hora de recreio, cada domingo inteiro, cada hora-de-fazer-dever eu escrevia a história da minha vontade de morrer. E eu fui achando tão difícil de fazer, que em vez de sentir vontade de morrer eu só pensava como é que se fazia a história de uma vontade de morrer; em vez de sentir a dor do amor, eu só sentia a força que eu fazia pra contar a dor. Então, quando um dia a história ficou pronta, a vontade de morrer tinha sumido; o amor pelo Omar também: no lugar deles agora só tinha a história deles.
Fiz que nem na poesia: transformei o Omar no mar. Um mar tão bom de olhar. E inventei uma ilha pra botar nele: uma ilha pra eu ir lá morar: de praia de areia fininha, onde o mar chegava toda hora. E fui inventando uma porção de coisas pra acontecer na ilha. A história ficou tão grande. Acabou virando um livro. Foi o meu primeiro livro. Se chamou "Do outro lado da ilha".
Minha irmã tinha se casado. Mas a minha mãe, o meu pai, todo mundo não parava de pensar nela; e seu eu fazia alguma bobagem tinha sempre alguém me dizendo: tua irmã não faz assim. Bastava isso e pronto: o Ciúme já aparecia outra vez. Então um dia eu pensei: quem sabe a troca que eu sonhei no sonho serve pro Ciúme também? E resolvi transformar o Ciúme em história. Só pra ver se acontecia a mesma coisa: se fazendo a história do Ciúme eu me livrava dele e ficava com a história. O Omar eu tinha transformado em mar. E o Ciúme? no que eu iria virar? Eu achava ele tão feio. Resolvi virar ele numa coisa pra gostar de olhar. Transformei ele num pássaro lindo! Bem grande; de peito amarelo e penacho vermelho na cabeça. E pra ele não poder mais entrar na minha vida eu prendi ele numa gaiola. Tudo que o Ciúme tinha feito eu sofrer eu transformei em aventuras que aconteciam com aquele pássaro. Quando um dia eu cheguei no fim da história a troca tinha acontecido de novo: no lugar do Ciúme eu agora tinha um livro. Um livro que eu chamei de "A Gaiola".
Achei tão bom poder transformar o que eu sentia em história que eu resolvi que era assim que eu queria viver: transformando. Foi por isso que eu me virei em escritora. Os anos foram passando. E eu não parei mais de transformar: tinha me acostumado com aquilo. Levantava (levantava cedo), tomava café (com leite), escovava os dentes (já pensando o que que eu ia escrever), fechava a porta (não sei transformar de porta aberta), e começava: pegava a lembrança de uma amiga de infância que eu nunca mais tinha visto, imaginava a vida que ela tinha levado, virava ela num personagem principal; pegava o quarto de um hotel em que eu tinha ficado numa viagem, e virava ele num capítulo; pegava a vontade que eu tinha tido aos 10 anos de ser astronauta e transformava ela numa viagem espacial em 200 páginas; pegava a saudade da minha mãe que tinha morrido (ela se chamava Violeta) e transformava a saudade num buquê que o herói do meu último livro ia dar para a namorada. Fui me sentindo tão poderosa de poder transformar tudo assim! Quando acabava um livro, mal descansava: já começava outro. Eu não queria mais descansar: eu só queria ficar assim: virando, escrevendo: aqui: na minha mesa de trabalho. Cada ano que passava eu ficava mais e mais horas aqui.
Eu conheço essa mesa mais do que qualquer outra coisa. Cada pedacinho dela. Sei de cor onde a madeira é mais clara, mais escura; se tem racha, arranhão, se tem mancha, de olhos fechados eu boto o meu dedo em cima: é aqui! Tudo tem lugar certo na minha mesa, o papel, o lápis,o apontador, a borracha. Não sei transformar com máquina, só sei virar à mão: apagando, rabiscando, sentindo o cheiro do lápis (na hora de fazer a ponta então!). A lâmpada também: está sempre no mesmo lugar. Bem aqui do meu lado esquerdo. E eu me habituei a ficar tantas horas nessa mesa, que a lâmpada ficava muito, muito tempo acessa. Um dia eu dei pra transformar coisa curta: transformava uma dor em vírgula; virava um alívio em ponto de exclamação; transformava uma esperança em interrogação. Gostei. Me senti meio feiticeira. Escrevi 26 livros. Mas quando eu estava escrevendo o último capítulo do vigésimo sete livro, o sonho voltou!! O mesmo. O mesmo sonho que eu tinha tido na noite dos meus 15 anos. Todo sonhado em azul.
Começava igualzinho: eu estava deitada na praia; e o azul da areia era esbranquiçado. A parede na minha frente também esbranquiçada. E na parede as duas janelas: A TROCA e a TAREFA escritas em azul bem forte. Me levantei. Sabendo que uma janela tinha respondido, mas a outra ainda não. Eu queria a resposta! Bati com força no vidro, e a janela se escancarou: na minha frente estava o mar! Toda vida: azul-turquesa e de calmaria. No peitoril da janela, tinha um bilhete azul clarinho dizendo assim: "No dia que você acabar a tarde, tua vida acabará também!" Tarefa? que tarde, eu pensei. Virei o papel. Feito me respondendo, o bilhete dizia assim do outro lado: "A tarefa está desenhada na areia, na parte da areia que fica mais junto do mar."Pulei a janela. E logo ali, entre o mar e a praia, bem junto de onde a onda chegava, a tarefa toda desenhada.
Tinha 27 livros desenhados na areia. Eu fui andando. Olhando pra cada desenho. Reconhecendo cada um dos meus livros. Lembrando de cada história. De cada personagem. Sentindo saudade de fazer cada um. Fui passando por todos, até chegar no último livro. Cada um dos 27 livros tinha sido desenhado na areia chegando sempre um pouco pra perto do mar. O último ficou tão perto, que quando a onda vinha bater na areia, apagava um pouco dele. Me ajoelhei na areia, querendo riscar de novo o que a água tinha desmanchado.
Mas a onda veio de novo e apagou. Meu dedo riscou outra vez. A onda desmanchou. O dedo desenhou. O mar apagou. E eu comecei a sentir medo. Um medo que eu nunca tinha sentido. E aí eu ouvi a mesma voz que tinha me falado na hora da troca. A voz me disse assim:
- Cada um tem uma tarefa na vida. A tua é escrever 27 livros. Na hora que você botar o ponto final no vigésimo sétimo livro a tua tarefa vai estar acabada e a tua vida vai terminar. E me repetiu o aviso, e me repetiu de novo. Tapei o ouvido não querendo escutar mais.
Ficou de noite, o azul de tudo tão marinho! E eu acordei (tinha dormido aqui mesmo na mesa, debruçada no último capítulo do meu 27º livro). Olhei pro papel: e agora? Da mesma maneira que tinha sido verdade o aviso da troca, agora eu sabia que ia ser verdade o aviso da tarefa. Empurrei o papel. Lápis, borracha, empurrei tudo pra lá: era só eu não acabar o 27º livro que a minha tarefa não se acabava, e a minha vida também não. Apaguei a lâmpada. Não transformei mais nada. Mais nada. Nada.
O último capítulo do meu livro, o lápis, o apontador – ficou tudo como eu deixei a cinco anos atrás. Continuo paralisada: acabando a tarefa a minha vida se acaba também, eu sei. Vivi desesperada esses cinco anos. Um dia, pra ver se sossegava um pouco essa agonia de não poder mais terminar um livro, eu quis transformar de outras maneiras. Por exemplo: experimentei virar o meu desespero num boneco, num cavalinho, num cavalinho, numa figura qualquer de barro. Mas a minha mão não se grudava na massa, me dava tanta aflição mexer com aquilo, era só enterrar os meus dedos no barro que eles ainda ficavam com mais saudades da maneira enxuta do lápis. Experimentei transformar usando nota musical. Mas que o quê! - Eu não me ligo em sons. Experimentei pintar uma aquarela; pintar com tinta a óleo eu também quis; pintar de qualquer jeito, mas quem diz? Tentei, tentei, cansei; não sei mesmo como é que se vira uma coisa com tinta, eu só sei, eu só quero é virar com letra.
Tempos atrás eu comecei a escrever essas anotações. Mas parei logo. Achei que minhas lembranças do passado estavam com jeito de história. É preciso muito cuidado. Não quero que ninguém, NINGUÉM, possa pensar que eu estou transformando as minhas lembranças em livro. Há seis meses que eu não abria esse caderno, não pegava um lápis. Um dia (em agosto, eu me lembro) não aguentei mais: desatei a escrever cartas pros amigos. Mas eles me disseram que eu não escrevia cartas, escrevia histórias, e que eles estavam juntando elas todas pro meu editor publicar. Que medo! Que aflição de recolher tudo correndo: qualquer livro publicado vai ser meu vigésimo sétimo livro. Parei de novo com as anotações. Que nem eu parei com as cartas. Eu não ando me sentindo bem. Tenho ido ao médico. Ele disse que eu estou emagrecendo muito. Pediu uns exames. Se eu não tivesse me apaixonado por essa mania de transformar a vida em livro eu não ia me importar de morrer. Mas estou sempre achando que vou me esquecer do aviso, que eu vou acabar a minha história, que vou fazer outras, que – ah!! vai ser feito ressuscitar. Tenho ido todas as semanas ao médico. O médico hoje veio aqui: não tive mais força pra sair de casa. Ele disse que não sabe que doença é essa que eu tenho: os exames não acusam nada. Estou me sentindo cada vez mais fraca. Não saiu mais aqui da mesa. Essa noite nem fui pra cama: botei a minha cabeça num papel branco e dormi. Hoje eu e um papel branco ficamos nos olhando tanto tempo que a minha vista doeu. Na hora que eu pensei que era um cisco no olho; fui no espelho ver. Que susto quando eu dei de cara comigo (nunca mais tinha me olhado no espelho): eu devo estar mesmo muito doente. E os médicos só fazem é pedir mais exames. Mais exames. Hoje, finalmente, eu tomei a decisão de acabar o meu livro. O aviso não me interessa mais. Tenho que transformar de novo: o resto não me interessa mais. Se essa é minha paix...*
* Nota de Lygia Bojunga: A escritora morreu sem acabar a frase. Deram com ela debruçada na mesa, a ponta do lápis fincada na paixão.
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a-cordesaturno · 6 years
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01. Ácido Lisérgico
 Eu não queria sair na noite passada, foi sábado. 
 Estava dormindo e meus amigos me mandaram uma mensagem, eu queria muito fumar um cigarro mas não queria fumar na janela, então aceitei sair com um deles, e no meio do caminho encontramos subitamente com o outro amigo, o que foi bem legal, apenas olhar pra cima e ver ele no telhado da casa dele, sim, no telhado.
 Nós subimos no telhado e fumamos maconha, não fiquei tão chapada quanto eu gostaria, e como era a primeira vez dos meus dois amigos se conhecendo, eles começaram a trocar ideias sobre a vida e experiências, até que chegaram na conclusão de que precisavam me apresentar uma certa bebida feita com licor barato e cerveja.
 Nós fomos comprar as bebidas e a madrugada se iniciava, até que resolvemos preparar ali mesmo a bebida-mistério, e eu estava tão feliz porque gostei do gosto, mas um cara passou e derrubou metade do copo da minha bebida em mim. Certeza que se eu fosse um homem ele me daria um soco na cara, mas sinceramente ele já estava tão trincado de cocaína que se assustou muito, muito com toda a situação, dei de ombros. 
 Dessa vez, demorou até que eu ficasse bêbada o suficiente. Ventava muito, e na metade do meu segundo copo, o vento derrubou com toda força o conteúdo docinho-azedo da minha noite. 
Depois disso, não quis mais misturar com cerveja, e foi aí que começaram os virotes - um, dois, seis, onze, eu sozinha.
 Eu sempre soube que as drogas teriam uma forte influência em mim, principalmente aquelas que mudam a triagem da minha mente, que por sinal eu já não suporto mais. 
 Chegou o momento onde um deles decidiu que era hora de me levar pra casa. Eu fiquei umas meia hora falando de como o Stephen King e o Kubrick são os meus favoritos e como eu realmente amo o cinema e a escrita, chorei. Papo de bêbada. 
 Fui dormir, e os sonhos são melhores quando estamos chapados. 
 Dizem que o cérebro nos prega peças e se sonhamos com determinada pessoa, por mais que não estejamos pensando nela durante o dia, significa que o nosso subconsciente pensa muito nela, até mais do que deveria, e é por essa razão que certas pessoas visitam nossos sonhos. 
Nesse sonho em especial, sonhei com o último cara por quem me apaixonei. 
Estávamos juntos nesse bar gigante e noventista, e ele usava uma camiseta do Joy Division enquando eu usava uma do Pink Floyd, o que é estranho, pois ele não gosta de Joy Division a ponto de vestir uma camiseta, e eu de Pink Floyd muitíssimo menos. 
 O bar tinha essa espécie de socidade onde todos éramos amigos, e quem estivesse de bobeira ou entediado, poderia ser garçom ou atendente por uma noite, todos se conheciam, era maravilhoso. 
 O nosso amigo americano disse que tinha chegado essa semana no bar um chiclete feito de papelão, ele nos mostrou e era roliço e redondo, marrom, se assemelhava muito a maconha prensada, e o meu até então namorado ficou animado como se fosse uma criança, louco para experimentar enquanto eu ria da atitude infantil e drogada que ele estava tendo naquele momento. 
 Foi quando olhei pro lado e na sinuca eu vi dois caras novos na nossa área, na casa dos 30 anos, talvez 36 cada um, um deles era loiro e tinha o cabelo ondulado até o ombro, um pouco calvo, prendia suas mechas em um rabo de cavalo baixo, usava uma camiseta azul celeste com uma estampa de Beavis and Butt-Head, um óculos baixo de lentes vermelhas, enquanto o outro que jogava com ele, que aparentava ser talvez um irmão gêmeo, vestia uma camiseta vermelha com uma estampa da qual eu estava muito chapada para lembrar (não sei mais se estava chapada de um jeito fictício pelo sonho, ou se era só o meu cérebro tentando processar a Indica que fumei horas antes), ele usava um óculos da mesma linhagem do irmão, dessa vez com lentes verdes fluorescentes, eles eram provavelmente as pessoas mais animadas e caricatas do bar naquela tarde, ventava muito, e enquanto eu e ele conversávamos com nosso amigo americano, o menino já estava tão chapado que olhava pra mim perguntando de tempos em tempos: "Linda, como é que eu falo isso em inglês?" eu respondia em inglês palavras básicas que eu sabia que ele sabia, mas que tinha esquecido por estar bêbado, e ele respondia pro nosso amigo americano, que falava português estupidamente bem, mas gostava de tirar com a nossa cara conversando seu inglês nativo, mas que entendia perfeitamente o nosso. 
 Eu ria tanto.
 Eu era tão feliz naquele momento.
 Eu era a mulher mais leve do bar. 
Eu olhava nos olhos dele e eu sabia que eu era a mulher mais amada da cidade inteira, e que eu não precisaria me preocupar com absolutamente nada, pois todas as certezas que eu desejava ter, eu já tinha. 
 "Você é linda demais." 
 Eu odeio acordar de manhã quando os meus sonhos são melhores do que a minha realidade, tanto em sensação quanto em experiências, momentos. 
Acordei ansiosa, nervosa. 
Não gosto de acordar e acatar responsabilidades que não são minhas. 
 Hoje é domingo, vou beber comigo.
09/12/2018
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pocrix · 2 years
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Sexta-feira, 22 de julho de 2022
Tenho algumas coisas pra contar, e algumas para refletir ao mesmo tempo, já que se eu só pensar sobre não resolve. Parece que só escrevendo é que consigo colocar os pensamentos em ordem.
Primeiro de tudo, essa semana sonhei com o Natan (sim, de novo). Não lembro direito o que era porque não escrevi no dia então com o passar dos dias fui esquecendo. Só lembro de ter a Clara envolvida e eu me sentir tão insegura quanto eu me sentia naquela época. Queria MUITO entender o porque eu fico sonhando com ele o tempo todo. Tem que ter alguma explicação psicológica pra isso, literalmente Freud explica, mas pra ser sincera não sei se quero saber a resposta.
Segunda coisa, tive a sessão com a psicóloga na segunda já que ela não pode me atender no sábado, conversamos bastante sobre a menina do trabalho que parou de falar comigo e como isso diz literalmente mais sobre ela do que sobre mim, até porque foi muito mais um lance de sensibilidade dela do que eu ter feito algo de errado mesmo. Falamos também sobre a minha relação com mamai e como é muito instável. Ela pediu pra eu escrever uma carta pra ela (longe de eufemismos, moral e derivados) e percebi que não tenho muita coisa pra falar pra ela. Não algo que fosse vale a pena. Me deu uma certa crise ser confrontada com isso mas é sobre isso. Talvez eu pense em algo pra falar sobre isso.
Uma outra coisa, que preciso conversar com a psicóloga sobre é: fui no psiquiatra ontem e por conta do meu intestino preso do efeito colateral do antidepressivo ele me passou orlistate já que eu engordei 3kg de um mês pro outro. Falou que ajuda muito no intestino preso já que o remédio faz com que você não processe nenhum tipo de gordura. É literalmente comeu, saiu. Vi muitas pessoas falarem que perderam não sei quantos kgs com isso. Vi também uma médica falando que é um bom método mas que tem que manter um acompanhamento com médicos por conta das vitaminas e tudo mais. Tem o efeito negativo que é que você vive praticamente com uma diarreia constante, mas eu sinceramente não liguei, porque só a ideia de emagrecer me deixou extremamente animada para começar logo, não fiquei feliz nem por nossa, intestino funcionando, e sim pela ideia de emagrecer (que nesse caso seria o efeito colateral). Racionalmente pensando, sei que não deveria tão animada com essa ideia e talvez tenha um teco de problema com comida/peso porém... foi só o que eu consegui pensar.
No trabalho ironicamente está tudo bem, estou tentando abater minhas horas extras então semana que vem vou sair 2 dias mais cedo, e é isso ai.
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sonhoeu · 3 years
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29-09-21
Achando capacetes de cristal
Sonho 1- Sonhei que estava cavando um monte de areia e achando muitos cristais, cristais que pareciam globos de luz, peguei dois muito lindos, enormes tão grandes que dava pra colocar na cabeça, botei um na cabeça e fiquei usando como um capacete.
Na verdade havia tido um acidente na estrada da fazenda, desmoronou muita terra, eu estava na estrada e tive que sair correndo porque muita pedra redonda vinha rolando em minha direção, corri até o barzinho e as pedras rolaram até lá fechando toda a estrada com pedras enormes e redondas de todos os tamanhos, fiquei querendo catar mais cristais em meio a bagunça de pedras mas minhas mãos estavam cheias, fui voltando o caminho vendo os estragos até chegar na fazenda, deixei os capacetes lá e vi que havia uma multidão de gente chegando pra ver a destruição, fiquei ancioso porque queria catar mais cristais mas uma hora dessas com tanta gente já deveria ter acabado, Jailton apareceu me chamando pra ir até o local que começou o desmoronamento.
Sendo roubado
Sonho 2- Sonhei que chegava na casa de Luiz Alan com Hortência, eu tava doido pra fazer cocô, então fui no banheiro do fundo da casa, no quintal, era uma dispensa que estavam todas as coisas dele, tinha muitos armários com muitas coisas dentro, havia uma cristaleira com umas galinhas lindas de cerâmica, Hortência comentou que eu deveria fazer umas parecidas e eu pensei em fazer o molde. Fui no vazo, Chacal e Sol estavam comigo aprontando como sempre. Algum momento alguém chegou na porta e Hortência foi atender enquanto eu estava no vazo. Aí eu terminei achei um papel higiênico, em meio a bagunça do local, enquanto isso ouvia a pessoa que chegou perguntando coisas, parecia que queria saber quem estava entrando ali dentro, Chacal e Sol queriam ir la ver e eu mandei eles esperarem, depois fui ver quem havia chegado, era uma mulher que eu sabia que eu conhecia mas não sabia de onde, ela perguntou se eu estava morando ali e eu disse que sim, ela queria alugar a casa, perguntou quanto era e eu falei que era 50 mil o aluguel, ela se mostrou interessada e eu fiquei do tipo sem acreditar que ela pagaria esse preço em aluguel, ela estava acompanhada por Roberta Guimarães, sentamos no sofá e ela começou a fazer uma pesquisa comigo sobre a casa, senti que ela era repórter da prefeitura, Chacal tava toda animada e eu pedindo pra ela ficar quieta, Roberta estava fora do meu campo de visão e eu não consegui ver ela em momento nenhum, a garota parecia familiar perguntei de onde a gente se conhecia e ela disse que não sabia... Depois de fazer muitas perguntas elas foram embora, levantaram pegando almofadas do sofá e colocando na bolsa, fiquei sem acreditar no que tava vendo, quando elas sairam comentei com Hortência que elas haviam roubado a casa, fui olhar as coisas e tinha sumido algumas como as galinhas da cristaleira, fiquei sem saber o que fazer, pensando como eu iria falar pra Elizanete.
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Um vampiro brasileiro - fantasia
Mais um dia lutando contra o sol, pois não posso pegar muito ou meu corpo começa a sofrer uma desidratação absurda e isso me fará parar no hospital para tomar soro na veia.
Mas ainda bem que eu lembrei de passar protetor solar, sem esse produto maravilhoso eu não teria como sair ileso de cada saída de casa, afinal, eu moro no Brasil e em qualquer lugar tem sol no verão.
— Você não precisa pegar um sol? Desse jeito vai faltar vitamina D, jovem. — Uma pessoa que eu nem conheço falando isso de mim, só pode ser piada. Se bem que eu ouço isso todos os dias, como se eu não soubesse disso desde sempre.
E sim, eu sou mesmo bem branco, minha pele parece a da Branca de Neve de tão branca. Alguns nem acreditam que eu nasci mesmo nas terras brasileiras, como se todo brasileiro tivesse pele mais escura.
— Vitor! Vai para onde? Eu preciso ir no mercado, quer ir comigo?
— Posso ir, mas me garante que eu não vou ter que passar por alho? — Sou alérgico a alho, até ao cheiro do alimento, então eu preciso correr dele como nunca.
— Garanto. — Nós fomos andando até o local, porém não demorou muito para alguém passar com comida cheia do ingrediente, só pode ser brincadeira.
Acabei caindo ao chão depois de sentir o cheiro e meu amigo teve que me acordar, é cada uma que eu passo tendo problemas com alergia. Ainda bem que ele conseguiu e nós pudemos voltar ao nosso caminho de ida ao local das compras.
Quando chegamos lá fiquei na área das carnes para aproveitar o cheiro ótimo que inala da região, é algo que aumenta a minha quantidade de ferro no sangue e isso me ajuda muito.
— Suas presas estão aparecendo.
— Perdão! — É para isso que serve ter amigos, eles sempre ajudam muito quando eu sem querer deixo minhas características muito evidentes.
Nós fomos também para a área das frutas, já que eu preciso de banana para sobreviver ou eu vou ter problemas de saúde. As vezes eu só queria ser um humano, contudo a vida não me deu essa oportunidade, fazendo-me nascer um vampiro.
— Terminei, não comprei alho. Agora, quer que eu vá para a sua casa? Vou ficar sem ter o que fazer por agora e posso cozinhar, sabe como eu amo cozinhar.
— Só vai se quiser. Ainda preciso comprar meu suplemento de vitamina D, sem ele eu vou ter que pegar sol e sabe bem o que acontece.
— Posso comprar para você, assim eu já penso na receita enquanto vou caminhando.
— Obrigado. Pegue o dinheiro e vá. — Dei nas mãos dele e fui dormir um pouco para recarregar as minhas energias, odeio fazer exercícios.
Tirei minhas roupas pretas e deitei meu corpo para descansar. Quando meus olhos fecharam ouvi um barulho vindo da porta e fiquei atento, visto que poderia ser alguém tentando roubar a minha linda casa.
Peguei minha frigideira e fiquei esperando para ver o que poderia ocorrer, dessa forma se fosse mesmo um ladrão já teria como me defender e claro, defender meus pertences.
— Calma, não pediu para que eu comprasse? Sabe que a farmácia é logo ali, enfim, espere que o almoço vai sair. E se cuida, vai dormir de vez antes que desmaie de sono.
— Obrigado e desculpa, achei mesmo que fosse um bandido.
— Normal, eu nem avisei que tinha chegado. — Pude finalmente descansar meu corpo. Fechei mais uma vez meus olhos e não demorou muito para que eu entrasse nos meus sonhos.
Parecia até a vida real, em que eu precisava sair de casa e tomar sol, que pesadelo. Foi quando eu vi uma pessoa muito bonita, seus cabelos volumosos e cheios de cachos, sua pele negra, seus lindos olhos castanhos e um batom rosa que combina com seu vestido da mesma cor.
— Qual seu nome? — Respondi e no mesmo instante senti meu coração acelerar com muita força, isso é novo para mim. — Legal, meu nome é Aline, prazer.
— Prazer. — Voltei a andar e ela continuou no mesmo sentido que eu, me fazendo ficar nervoso por ter uma companhia desconhecida, até que ela parou na praia e nós trocamos nossos números de celular.
E assim que essa cena ocorreu, ouvi meu celular tocando e fiquei sem reação alguma, até porque era apenas um sonho, não?
Achei esquisito até demais, porque era mesmo ela e até a voz era igual a do sonho, não sei mais o que pensar depois disso.
— Vitor, quanto tempo. Acho que você nem lembra mais de mim, mesmo assim achei legal te ligar. Você era um amigo tão legal, pena que depois que eu descobri sobre seu outro lado decidiu não falar mais comigo.
— Eu sonhei com você hoje, estava usando um batom rosa que combinava com seu vestido rosa. Por algum motivo meu coração acelerou e não demorou muito para me ligar.
— Que legal! E sabe, você pode não ser um humano, mas nem por isso eu quero que saia da minha vida, pelo contrário, quero que continue comigo por mais tempo, bem mais tempo. — Era normal ficar sem nenhum tipo de reação? Não tinha ideia nem do que pensar.
É a primeira vez que um humano faz isso comigo, até porque normalmente eu fico recluso dentro de casa para impedir que alguém fique perto de mim, não gosto de contato físico por ser bem incômodo na maioria das vezes.
Sei que morar em um país que a cultura é de abraçar, beijar, acaba me trazendo momentos do tipo, mesmo assim isso me deixa bem desconfortável e por mim eu nem teria que cumprimentar dessa maneira.
— Vejo que está sem ser capaz de continuar essa conversa, se quiser, posso ficar com você agora e isso pode criar uma alternativa para o seu problema. — Meu coração acelerou ainda mais e eu não tinha ideia de como manter tudo isso como deveria acontecer.
— Pode aparecer, aproveita que o almoço vai sair logo mais! — Não acredito que Antonio pegou meu celular da minha mão e respondeu ela, ele não tem um pingo de noção? Enfim, é melhor do que eu ficar empacado por horas.
Após isso coloquei a minha roupa habitual, uma capa preta com o fundo vermelho, além de uma camiseta branca e uma calça preta. Ou pelo menos era o que eu lia em histórias sobre a minha espécie, mas no Brasil isso se torna insuportável, me obrigando a usar uma camiseta bem larga ainda branca e uma bermuda larga preta. Não tem como usar a famosa capa, se eu fizer isso vou derreter.
Tentei deixar minhas presas bem escondidas, senão ela poderia temer a minha presença e achar que eu iria sugar seu sangue para a minha refeição do dia. Prefiro mil vezes mais cheirar uma carne ou sugar o sangue de uma carne recém comprada no açougue.
Inclusive, não demorou muito para eu ouvir uma campainha e quase cair tentando chegar à porta por conta da minha falta de equilíbrio absurda.
— Nossa, a sua casa é enorme! Parece até uma mansão! E por que não abre um pouco as cortinas? Desse jeito a casa não vai arejar.
— Eu até poderia, mas ai precisaria usar protetor solar em casa e não quero ter que fazer isso.
— Esqueci que era um vampiro, pelo menos nas lendas se eles tomam sol viram pó.
— Bem, não é meu caso, eu só preciso tomar soro. Agora, quer esperar a comida? Ele tá quase terminando, logo mais vai servir o seu almoço delicioso. — Aline deve ter ficado sem jeito, é difícil ficar calmo na casa de outra pessoa, ainda mais alguém que se tem pouco contato. Agora que eu pensei, nem ofereci um pouco de água.
Notei que ela estava pensativa, parecia que não tinha nenhum plano do que fazer no momento, então peguei meu celular e coloquei vídeos que eu assistiria se estivesse sozinho.
Seu rosto ficou corado e eu fiquei nervoso, será normal dos humanos? Será que eu fiz algo de errado? Só sei que ela continua olhando muito para mim e está quase tocando na minha mão.
— Perdão, não foi a intenção te deixar desconfortável. — Meus caninos começaram a ficar mais evidentes e eu comecei a sentir medo de ela se distanciar de mim por isso.
— Não, está tudo bem. O importante é que não está se sentindo mal por ficar comigo, aliás, ele já chegou com a comida.
— Hoje foi um dia especial, não se acostume com isso, Vitor. E espero que goste da minha comida, eu fiz com muito amor e carinho. — Ela ficou bem animada e assim que colocou o primeiro garfo com comida dentro da boca ficou com os olhos brilhando.
— Isso é ótimo! Fico agradecida que tenha feito para mim também! — Peguei minha comida também e era perfeito como sempre, ele nunca erra nas receitas.
Assim que terminamos, tomamos um suco e continuamos um perto do outro, não sei se amigos se comportam desse jeito em todos os momentos, mas eu gosto que isso esteja acontecendo comigo
Esperamos um tempo e fomos escovar nossos dentes, não queremos que eles fiquem sujos por um descuido. Saímos do banheiro e não demorou muito para o meu amigo decidir voltar ao seu lar, deixando nós dois sozinhos.
— E agora? O que que fazer? — Comecei a suar e a olhar apenas para baixo, agora era apenas eu por eu mesmo.
— Não sei, eu nunca tive uma relação assim com um humano, perdão. — Ela me abraçou e eu retribui, fazendo-me sentir seu corpo colado ao meu, tendo o calor compartilhado entre nós.
Por mais que eu seja bem comportado, já que muita coisa escrita nas lendas é mentira, o medo nunca deixa de existir, eu sempre penso no que pode acontecer se eu aceitar meus instintos e virar um vampiro cruel.
— Vai ficar tudo bem, você não é cruel e nunca vai ser, eu confio em você. — Ouvir essas palavras me confortavam muito, a ponto de lágrimas começarem a cair, algo que acontece poucas vezes comigo.
Nós começamos a assistir outros vídeos para que nosso tempo valesse a pena e foi ótimo. Eu amo poder ouvir suas risadas, amo ver seus olhos brilhando e tudo isso por coisas que aconteceram por minha causa.
Não sei se ela entenderia isso, afinal, nós nos conhecemos a um tempo bem curto, contudo ela é maravilhosa, uma das melhores pessoas que eu já conheci.
Agora que eu lembrei, naquele dia eu ia comprar mais vitamina D, até que eu errei o caminho e ela apareceu perto de mim. Nós iniciamos uma conversa e ela me guiou até o local necessário, por isso foi comigo até o final do caminho.
Quando chegou a um ponto que era apenas seguir reto, ela decidiu me deixar e foi para a sua vida cotidiana, como deveria ter sido desde o começo se eu não tivesse cometido um erro.
— É incrível pensar que se eu não tivesse me perdido, você nunca teria aparecido na minha vida.
— É verdade, ainda mais um dia que foi tão fora do usual, eu nem deveria estar lá. Era meu dia de folga e eu aproveitei para conhecer a praia, pois mesmo morando há anos nunca pude conhecê-la.
— E eu nunca poderei ficar por muito tempo, se isso acontecer terei que acabar em uma ambulância e não será nada bom. Mas o que importa é que nós somos amigos hoje em dia e espero que nada me tire de você.
— Também espero. — Vê-la dizer isso com um sorriso no rosto me deu ainda mais vontade de ficar ao seu lado, é uma pena que eu seja tão travado a ponto de mal criar chances de falar com uma beldade como ela.
Ela foi se aproximando de mim e o nosso contraste começou a aumentar cada vez mais, sua pele negra com a minha pele bem branca, seus olhos castanhos com meus olhos claros, seus cabelos volumosos com os meus quase sem volume.
Foi quando nossos lábios foram selados e eu havia tido meu primeiro beijo, talvez o mais especial que eu vou ter em muito tempo.
— Não foi a intenção! Eu acabei fazendo isso sem querer!
— Tudo bem, sendo você não tem problema. — Ela ficou ainda mais corada e nós decidimos ficar apenas de mãos dadas, assim nenhum de nós dois se sentiria nervoso de novo.
Mesmo eu sabendo que o nosso acordo era de ficar apenas com as mãos juntas, eu não conseguia parar de pensar em como era uma sensação incrível ter os lábios dela em cima dos meus.
Para que ela não descobrisse meus desejos resolvi colocar outro vídeo, um com um gatinho marrom que está aprendendo a deixar seu dono cortar suas unhas e escovar seus dentes.
— Você não deveria estar olhando para o vídeo? Ou quer alguma outra coisa que ainda não me contou? — Sua voz me fazia querer tomar a atitude do jeito, contudo não era certo realizar algo sem a sua permissão.
— Eu preciso que os nossos lábios fiquem juntos de novo, por favor, faça isso acontecer mais uma vez. — Ela sorriu e segurou meu rosto, beijando-me daquele mesmo jeito perfeito.
— Era isso? Se sim, não precisa hesitar de forma alguma. — Antes que eu pudesse retribuir com outro ato, fui interrompido pela sua fala — Mas infelizmente eu preciso trabalhar agora, se quiser, posso voltar mais tarde para ficar com você.
— Se puder eu ficaria agradecido. Meu amigo trabalha a noite, então eu acabo ficando bem isolado, só não garanto fazer uma comida boa.
— Não precisa, eu trago algo para nós comermos ou a gente pede, ainda é começo de mês, então eu posso bancar. — Concordei com a ideia e após isso passei protetor solar, assim poderia abrir a porta para Aline.
Nós fomos até a porta e eu a abracei antes de sair da minha casa, é uma pena que agora eu não tenha mais a sua presença, porém eu sei que ela vai voltar depois.
Aproveitei para lavar a louça, senão seria outra semana usando a esponja de maneira excessiva nos meus pratos, talheres e copos. Ontem mesmo eu fiquei um bom tempo tentando diminuir a quantidade absurda que eu acumulei por falta de disposição.
Enfim, só de ter menos já me ajuda muito, agora é só acabar com isso e deixar a casa apresentável para quando Aline voltar. Peguei meus fones para ouvir uma música deliciosa enquanto eu acabava com a sujeira impregnada nesse imóvel enorme.
Para impedir que os vizinhos possam me ouvir, coloquei uma camada que impede que o barulho saia da minha casa, só assim para não ouvir reclamações todos os dias pela minha voz ruim na cantoria.
Pratos limpos, copos limpos e talheres lindos, agora é hora de passar uma vassoura no chão e por fim, um pano. Também vou trocar o lençol e as fronhas, e claro, um banho.
Passados vários minutos terminei e no mesmo instante ouvi meu celular tocar bem alto.
— Vitor? Eu vou chegar às 18:00, só te liguei para avisar mesmo. Não quero que fique preocupado caso eu não chegue na hora que imaginava.
— Sem problemas, o importante é você me ver de novo. — Ela desligou e no mesmo instante criei um despertador para que eu pudesse dormir e ainda acordar antes de ela chegar.
Fiquei um tempo na cama até que ouvi o som me avisando do horário, nisso escovei os dentes e arrumei meu cabelo para não parecer um desajeitado com a aparência.
Com tudo feito, a campainha tocou e fui correndo atender, afinal, é indelicado deixar as visitas esperando. E que visita, ela é mesmo linda, tudo nela se encaixa perfeitamente, até mesmo a forma com que anda, fala, sorri, tudo mesmo.
Só queria poder mostrar a ela meus sentimentos de uma maneira melhor, sem que ela precisasse tomar sempre um passo a frente.
— Está lindo hoje, pelo visto se arrumou apenas para a minha presença.
— Sim, eu queria ficar bem bonito para você. — Seus olhos brilharam com ainda mais intensidade, causando-me uma aceleração incrível no meu coração, além de uma felicidade de outro mundo.
As vezes acham que para conquistar alguém precisam de muito, mas só da outra pessoa, ou vampiro, se arrumar para quem ama, limpar a casa, pedir comida em conjunto, só isso já é um ótimo jeito de conquistar um coração.
Talvez a gente não tenha conversado tanto ainda, mas nem sempre só a conversa é o caminho para entender o coração do outro, principalmente quando uma das partes não sabe socializar direito. E sim, a parte sou eu.
— Nunca tinham feito algo assim por mim, se bem que eu nunca fui vista para algo que não um ato sexual.
— Isso é cruel, não deveriam fazer isso com uma mulher tão maravilhosa.
— Mulher? — Ela começou a rir muito — Não sou uma mulher, mas imagino que você não se importe com isso, não é?
— Jamais, para mim o que importa é você estar comigo. — Abracei seu corpo bem forte e logo a levei para a minha cama para assistirmos outros vídeos.
— Aliás, a gente não ia pedir comida? Se sim, é bom pensarmos nisso agora, porque é nesse momento que boa parte dos restaurantes abrem e aí podemos ser os primeiros a pedir.
— Vamos sim, é só me dizer o que come e ai nós começamos a pensar o quanto antes. — Nossa conversa demorou bastante para terminar, mas o importante é que não passaremos fome.
Eu até faria uma refeição, no entanto não conheço seus gostos o suficiente para termos algo gostoso para comer ou pelo menos algo comestível, dado que eu não sei tanto de culinária quanto o Antonio.
Abrimos o aplicativo e pegamos o nome para procurarmos o número do local, dessa forma daríamos o dinheiro diretamente a eles e não a pessoas que já são ricas para uma vida toda. Não deveria nem existir dinheiro para começo de conversa, porém é algo que herdamos dos nossos colonizadores e vai ficar para sempre conosco.
Por mais que eu não seja o padrão brasileiro, eu fico mal de ver como a gente não saiu das mãos de outros países até hoje, é só ver como a nossa relação com os Estados Unidos continua de predador e presa.
Enfim, depois de tanta coisa que eu pontuei, vi que ela já tinha escolhido o que iríamos comer e como era comida brasileira precisávamos pedir que o alho fosse tirado. Só assim evitaríamos um problema enorme, até porque não quero ir ao hospital logo hoje.
— Por que você se atraiu por mim? Existiam várias pessoas mais legais e bonitas, mas apitou logo para mim
— Ninguém, que não meu amigo, tinha me tratado como você me tratou. E você sabia que eu não era humano, não só pela minha cor de pele, mas também por ter visto meus caninos já na nossa segunda chamada de vídeo. É claro que eu não deveria ser tão fácil assim, mas quando se é acostumado com as pessoas te julgando, ter alguém que te vê como um amigo é maravilhoso.
— Você é tão legal quanto um humano, então por que eu te trataria mal? Aliás, um ser incrível como você não deveria se sentir inferior, mas sim se sentir sensacional por conseguir ter uma vida boa aqui.
— Olha quem fala, tudo isso só começou porque você se inferiorizou. Enfim, o que quer fazer enquanto a comida não chega? — Ela me olhou e ficou um tempo sem falar uma palavra sequer, apenas me encarando bastante.
Olhei para a casa inteira procurando uma diversão que pudesse agradar os dois, mas não achei nada. Até encontrar um livro bem antigo que parecia divertido, nisso o abri e após ser soterrado de pó, descobri que era mais um falando sobre como eu deveria me comportar como vampiro.
— Vampiros não tem problemas com cruxificos? Minha vida foi uma mentira?
— Foi sim, porque a gente não liga para isso. Inclusive, alguns de nós são cristãos, evangélicos, enfim, é algo bem mais simples do que pregam nos filmes.
— Espera, você não se sente irritado com a sua representação na ficção? Isso não cria algo irreal que pode levar ao preconceito?
— Não fico irritado, mas amaria ver algo melhor sendo feito sobre a minha espécie. É aquilo, se a pessoa confia tanto na ficção, ela provavelmente não está apta para sobreviver na vida real, visto que confiar em algo que foge da realidade e levar para a vida toda, é pedir para sofrer as consequências no futuro.
— Tem razão, não tinha pensado por esse lado. — Nossa conversa durou mais um tempo até ouvirmos o barulho da moto com o nosso pedido.
Fui junto com ela, até para evitar quaisquer problemas que pudessem ocorrer pelo horário. Não devo confiar em nada e ninguém de noite, é pedir para não encontrar mais minha amada.
Ao menos tudo aconteceu como deveria, nós pagamos, ele entregou o pedido e voltamos para casa. Pegamos nossos talheres e começamos a nossa última refeição do dia.
Estava uma delícia, agora entendi como eles possuíam uma avaliação tão alta no aplicativo. Bem, eu não passei mal, logo eles devem ter retirado o alho do preparo, ainda bem.
Assim que terminamos, lavei a louça e aproveitei o resto do tempo que ainda tinha com ela. Se bem que eu não sei se ela vai dormir aqui, não chegamos a tocar nesse assunto ainda.
— É verdade que vocês são imortais? Se sim, como fazem isso?
— Não somos, apenas vivemos mais do que a média dos humanos. É só ver que tem alguns com mais de 100 anos e nem por isso são chamados de imortais. O vampiro mais velho que eu já conheci tinha 150 anos, até que ele se descuidou e tomou o sol do meio dia sem protetor solar.
— 150 anos é muita coisa, a pessoa ou o vampiro viu de tudo, nem se surpreende mais com o presente. Mas você acha que é possível alguém viver 200 anos? Ou até mais do que isso?
— Acho bem difícil, teria que ter uma vida muito regrada e olhe lá, as vezes nem isso é o suficiente. A pessoa também teria que ter condições de fazer consultas regularmente, além de ter os exames em dia, isso sem contar na alimentação, nos exercícios físicos, enfim, muita coisa não é?
— É sim, nunca tinha pensado por esse lado, mas faz muito sentido.
É sempre bom desmentir os boatos sobre nós, só desse modo os humanos vão entender que não somos tão diferentes, apenas não seguimos os mesmos padrões. Ter os caninos maiores, não poder pegar sol, ter alergia a alho, usar suplemento de vitamina D, tudo isso pode ocorrer em pessoas e nem por isso são vistas como uma ameaça.
Há também o fator envolvendo a nossa cor de pele, já que não temos tanta melanina quanto uma pessoa teria. Capaz de existirem vampiros que possuem uma pele mais escura, contudo é algo bem raro de acontecer.
Fico pensando se meu parente vai voltar um dia como vampiro ou como humano, se ele vai ter a chance de passar da sua primeira idade ou se continuará na casa dos 150 anos.
Bem, saindo da minha mente um pouco, notei que ela me olhava muito, como se estivesse tentando entender algo que acontece comigo e isso me deixou bem intrigado.
— Se tem morcegos que gostam de frutas, tem vampiros que são assim também?
— Sim, é bem mais comum do que os que gostam de sangue. Eu mesmo sou o único da minha família que gosta de chupar o sangue dos animais,
— Mas você também come frutas ou vive apenas de sangue?
— Não tem como viver só de sangue, então eu preciso de frutas também ou eu posso acabar tendo anemia a longo prazo. É por isso que eu tenho tanta banana em casa, elas são grandes aliadas contra a anemia pela sua grande quantidade de ferro.
Fico pensando como foi para os meus pais descobrirem que eu não era igual a eles, deve ter sido um gasto a mais na família e claro, um susto por não ter herdado suas características mais fortes. Só não foi mais esquisito, porque eu ainda nasci da mesma espécie, mas se eu tivesse nascido humano seria um choque.
Não que seja impossível de acontecer, contudo é muito raro e normalmente se ocorre é por conta de uma parte humana na própria herança genética, como um dos avós ser humano.
— Falamos tanto de mim, agora é hora de falarmos sobre você. Você me disse que não era uma mulher, mas você também não é um homem ou é?
— Não sou nem um, nem outro. Se tiver interessado em conversar sobre, posso te instruir sobre isso. — Acenei de maneira positiva e ela começou a me explicar sobre tudo isso, é mesmo fascinante como o gênero funciona.
Depois de trocarmos nossos conhecimentos ficamos por um bom tempo procurando algo para assistirmos na internet, pena que todos os vídeos pareciam repetidos.
— Que difícil! Não aparece nada diferente! E se a gente aproveitasse de outras formas? — Imediatamente fiquei com o coração ainda mais acelerado — Espera, eu não disse que seria sobre isso! Quer procurar mais livros ignorados na sua casa? Quem sabe não criamos mais assuntos para a gente discutir?
— Boa ideia! E desculpa por ter imaginado coisas com duplo sentido.
— Que isso, eu que dei essa margem para isso acontecer. — Nós rimos e fomos atrás dos livros perdidos.
Achei um que eu jamais imaginaria existir dentro da minha casa, pelo menos não com um título tão esquisito. Enfim, agora é hora de ser enterrado pela quantidade exagerada de pó.
É uma pena que ela tenha sido afetada pela poeira igual eu fui, vai espirrar até a próxima eternidade.
— Você tem antialérgico? Se tiver seria muito bom, eu tenho rinite alérgica.
— Posso te providenciar, vou pedir para o meu amigo trazer.
— Obrigada. — Liguei imediatamente e ele veio na maior velocidade possível, parecia que estava correndo para uma maratona.
— Cheguei! Aqui o remédio, donzela. — Eu e Aline rimos ainda mais, se bem que não tinha como ser diferente, é sempre assim.
Peguei a água e ela tomou bem rápido. Por sorte não era um que dava sono, dessa forma não teria como ela cair no sono durante o nosso momento em conjunto.
— Agora vou voltar ao meu lar, não quero atrapalhar os pombinhos. Se é que posso falar isso, já que nem para pombo ele serve.
— Antonio! — Ela gargalhou muito, tanto que precisou ir ao banheiro para que nada acontecesse.
Notei que ela estava demorando bem mais do que o normal e isso me deixou intrigado, então resolvi verificar o que estava acontecendo para ter certeza de que ela não tinha algum problema.
— Aline, está tudo bem? — O cheiro era muito bom, muito melhor do que o normal, ou seja, ela não deve estar bem.
— Fica longe de mim! Eu não quero ser sua presa!
— O que está acontecendo?! Eu não vou te atacar independente do que está passando agora! — Abri a porta, pois ela não tinha trancado, e percebi que a calcinha dela não estava na cor ideal, espera, é sangue menstrual?!
— Você não deveria ter entrado! Espera, você não me atacou? Sangue menstrual não te atrai?
— Me atrai, mas não tanto. Mesmo assim, quer um oral? Quanto mais sangue para mim é melhor. — Ela olhou para baixo, e acenou positivo com a cabeça.
A levei para cama e lhe dei prazer, dando-me uma quantidade maravilhosa de sangue, se bem que não sei se isso é normal para uma pessoa que menstrua.
— Por favor, eu preciso de mais. — Sua voz meiga me dava ainda mais vontade de continuar, mas eu precisava ter a certeza de que ela não desmaiaria de tanto prazer.
— Prepare-se, minha amada, agora vou tirar ainda mais sangue menstrual seu, obrigado pela refeição. — Coloquei a minha língua lá dentro e cada vez mais líquido vermelho saia do órgão sexual dela, dando-me a oportunidade de ficar satisfeito por um bom tempo.
Ao ter um orgasmo mais uma vez, expeliu uma quantidade maravilhosa da minha última refeição do dia. E com o adicional de coágulos, que mesmo sendo feios, são bem apetitosos.
— Obrigada, foi sensacional. Já havia feito isso antes?
— Por mais incrível que isso pareça, foi a minha primeira vez, eu só fui me guiando conforme o seu prazer, Aline. — Ela ficou sem jeito, no entanto resolveu colocar a sua calcinha de volta e pegou um pano para usar como uma alternativa para a falta de absorvente.
Se eu soubesse que isso poderia acontecer, teria comprado absorvente ou um coletor menstrual, quem sabe não teria dado bem menos problemas para nós. Não que eu não fosse me aproveitar da situação, até porque eu sou um vampiro.
— Não imaginava que seria tão bom fazer algo menstruada, mas você me mostrou que é possível. Enfim, nem sei como agradecer a isso, se é que tem alguma forma de agradecer.
— Pode ficar tranquila, já me agradeceu por meio da sua refeição incrível. — Minha voz começou a sair meio esquisita, como se eu não estivesse mais conseguindo raciocinar da maneira correta, dava a impressão de um bêbado e eu não havia ingerido bebidas alcoólicas para que isso acontecesse no meu organismo.
A não ser que aquilo tenha me feito ficar assim, logo um dos mais gostosos que eu já havia tomado, ao menos é vários efeitos em um, o de ser servido e o de ficar bêbado.
— Vitor?! Por favor, beba água! — Ela me obrigou a beber vários copos de água e isso fez meu organismo voltar ao normal aos poucos, ainda que não da maneira que eu desejava.
Além disso, ela fez um chá adocicado com mel, já que o mel tem efeitos que ajudam nisso, ou pelo menos acho que sim.
— Pronto, vai melhorar logo mais. Bem, acho que vou dormir aqui mesmo, quero que você fique bem e para isso terei que ficar aqui até amanhã, como não é longe do meu serviço é uma ótima forma de tudo dar certo.
— Tem certeza? — Dizia ainda com a minha voz em um tom bem estranho.
— Tenho. — Ela abraçou meu corpo e eu fiquei muito feliz por poder estar ao seu lado.
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stigmabr · 7 years
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[TRADUÇÃO] Entrevista do BTS para a revista japonesa Non-no
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JUNGKOOK
Seu emprego dos sonhos quando criança?
Ser um jogador de badminton, quando eu estava no fundamental. Depois disso meus pais me compraram um computador, então me viciei em jogos e queria trabalhar com algo relacionado a isso.
Como os membros comemoraram seu aniversário em 2017? Nós estávamos todos praticando dança e canto, quando as luzes se apagaram do nada, então a porta foi aberta e, Jimin e V apareceram segurando um bolo.
Quando você sentiu que tinha se tornado um adulto? Eu fiz 20 anos, na idade japonesa, em setembro! Mas, na verdade, eu ainda sou uma criança de coração, então honestamente, eu não sinto realmente que me tornei um adulto.
Em que momento você sente como se ainda fosse uma criança ? Quando eu vejo ou penso sobre um vídeo ou uma entrevista, por exemplo. Quando eu leio os comentários das pessoas sinto como se, mesmo que seja a mesma pergunta, eles pensam de um ponto de vista muito mais abrangente que o meu. É quando eu penso que talvez ainda me falte profundidade.
Uma obra que mexeu com você ultimamente? "Simplesmente acontece". Foi tocante, pois é uma história de amor doce e triste.
O tipo de música que está planejando compor? Músicas com estilos como Future Bass e Chillstep, que eu escuto e gosto bastante.
Sobremesa favorita? O doce japonês Kinako Mochi. Eu gosto porque derrete na boca e é tão fofo. Além disso, eu comi torta-queijo antes da sessão de fotos <non-no>. Estava delicioso também.
Como você cuida da sua linda voz? Eu não tenho um cuidado particular com ela... Tipo, eu só canto com minha voz normal, que eu tenho desde que nasci.
Alguma mania? Cobrir meu nariz quando eu bocejo. Não a boca, mas o nariz, de alguma forma (Risos). E eu deixo meu cabelo de uma forma infantil, inconscientemente. Eu sei dessas coisas porque as fãs me contaram.
A música mais animada do BTS? O ritmo de "Wings".  E a música em japonês "Crystal Snow" que será lançada em dezembro! Quando eu escutei pela primeira vez, senti como se minhas emoções se encaixassem muito bem.
Se você pudesse ir em uma viagem com os membros para onde iria? Se eu tiver tempo, quero viajar para o Japão. Quero visitar as ruas de Tokyo calmamente.
Algo que você está fazendo muito ultimamente? Como sempre, compondo.
Uma habilidade que você pode dizer "Eu também sou bom nisso"? De agora em diante eu quero ser bom em composição, japonês e aprendizagem. Eu quero poder falar japonês mais fluentemente!
Se você fosse o Papai Noel, que presente daria para cada membro? Para RM, J-Hope, Jimin e V, eu quero escolher roupas que combinem com eles. Talvez equipamento de composição seria legal para o Suga. E para o Jin, que está criando Sugar Gliders, coisas para os animais.
V
Número favorito?
85. A música 'DNA' que nós lançamos na Coréia em setembro ficou na posição 85 no Billboard Hot 100. Daquele dia em diante é meu número favorito.
Bebida Favorita? Refrigerante de limão. Ele é indispensável quando estou comendo ou fazendo uma pausa. Eu não sou de beber álcool ou café.
Gênero favorito de filme? Qualquer um que não seja de terror! Um filme que eu gostei de assistir recentemente foi "Midnight Runners".
Algo que te fez sentir muito empolgado recentemente? Na verdade, estou planejando presentear meus pais com um carro, como um presente surpresa. Só pensar nisso me deixa animado.
Música mais triste do BTS? A faixa secreta, "Sea", de "Love Yourself 'HER". A letra é sobre o caminho que percorremos, então meu coração dói sempre que eu a escuto.
Uma foto que tirou recentemente? Fotos de paisagens. Eu gosto de pôr meus pensamentos nas minhas fotos. Eu venho salvando todas as fotos que tirei até agora, então espero que um dia eu possa mostrar para vocês em algum lugar.
Se pudesse se tornar um fotógrafo, que estilos de fotos iria querer fazer? Paisagismo claro. Eu faria um photobook de fotos de paisagens com duas versões: coloridas e preto e branco. Pessoalmente eu gosto de fotos em preto e branco, mas acho que fotos coloridas tem um poder fascinante de tocar o coração, então quem sabe isso dobraria o encanto.
Algo que faz em relação ao cuidado de beleza? Eu uso máscara facial e loção facial dez minutos antes de dormir toda noite. Para as mãos eu só uso creme de mãos(?)
Como você se anima quando se sente pra baixo? Eu penso "그므시라꼬" ("Não é grande coisa"). É algo que meu pai me disse um tempo atrás, levanta meu ânimo!
Uma pessoa que quer encontrar agora? A tia da protagonista de "The full-time wife escapist". Ishida Yuriko atuando é extremamente talentosa e charmosa.
Um acontecimento no seu aniversário que te fez sentir muito emocionado? Quando minha família e pessoas próximas se reuniram para comemorar meu aniversário antes de eu ir para o ensino médio. Ainda tenho a foto que tiramos juntos aquela vez.
Evento favorito durante o ano? O aniversário do meu pai que me criou. Eu tenho vivido longe dele agora, então não consigo comemorar apropriadamente, mas eu quero convidá-lo para vir a Seoul um dia desses e dar uma grande festa para ele.
Dicas para aprender Japonês? Eu tentei me lembrar de palavras ou expressões comumente usadas antes, mas agora eu vejo dramas e filmes japoneses e, se tem alguma palavra que eu não sei, eu pauso o vídeo para procurar o significado. Um filme que assisti recentemente foi "Drowning Love".
Algo que os membros lhe disseram recentemente que te deixou feliz? "Bonito". Isso é constrangedor, mas me deixou feliz. (risos)
JIN
A música mais empolgante do BTS?
"Fire". A melodia e a letra trazem um sentimento bom e ela é muito animada e, também, muitas pessoas conhecem o BTS graças a essa música. Ela mudou nossas vidas, então sempre que eu escuto, fico feliz pensando naquela época!
Uma música que você tocou no violão recentemente. Minhas habilidades ainda são poucas, mas eu queria tocar a trilha sonora de um jogo que eu acabei ouvindo em um vídeo de prática de violão, então eu estou trabalhando nisso nesse momento.
A primeira imagem que vem a sua cabeça se tratando de "inverno"? Eu penso na área coberta de neve de um jogo de RPG que eu costumava gostar quando era mais novo.
Algo que faz todos os dias, sem se esquecer? Alimentar Odeng e Eomuk. Sugar Gliders são pequenos e fofos!
Uma comida que você cozinha bem? Mistura de Búzio maduro (salada de Búzio), é uma sopa com bolo de arroz. Eu fiz isso para os membros no dia do Ano Novo e eles amaram. Me agradeceram por cozinhar isso porque eles não podem ir muito às suas casas. Eu sou muito gentil, não sou? (Risos)
Uma comida japonesa que te faz se emocionar? Arroz com enguia grelhada, tem um caldo de dashi, então é delicioso.
Item que não pode faltar na sua geladeira? Pasta de pimenta, ssamjang (molho para carne), kimchi. Eu como muita carne em casa, então tenho muitos condimentos para carne.
Lugar favorito do seu quarto? Eu gosto do cômodo inteiro, então é difícil escolher um. Eu fico feliz quando brinco com meus bichinhos, jogo ou só fico largado.
Os membros para quem conta suas preocupações? Eu não tenho tantas preocupações. Eu tendo a resolver tudo sozinho antes que meus pensamentos se tornem preocupações.
Em que momento você acha que brilha mais? Minha existência por si só é brilhante, então deveria ser "sempre", não só "momentâneo"! (Risos)
Memórias sobre o Billboard Music Awards? Quando chegamos na avenida em Las Vegas, tinha em painel que dizia "Billboard", eu eu os membros ficamos tipo "Então isso é a Billboard",  e estávamos tão emocionados, nós nem conseguíamos acreditar.
Uma surpresa pessoal privada? Eu me presenteei com Odeng e Eomuk! E nós comemoramos o aniversário do Jungkook em setembro com uma festa surpresa.
Um membro do qual você vem dependendo ultimamente? Jimin. Quando nós fomos para um show de variedades ele me deu espaço para falar e eu fiquei do seu lado quando foi sua vez de falar, ele confiou em mim.
Uma conquista que quer atingir em 2017? Me aproximar de Odeng e Eomuk e fazer com que eles venham até mim sem que eu não tenha que fazer nada. Eu estou praticando para que eles escalem meus braços quando coloco iogurte na minha mão, mas não faz muito tempo que morderam meu dedo com o iogurte... Acho que isso vai levar certo tempo. (Risos)
JIMIN
Qual sua estação preferida?
Eu gosto do inverno, já que eu nasci em Busan e não há muita neve lá. Quando eu tinha 6, talvez 7 anos, houve uma neve fora do normal no inverno. O cenário que eu vi do lado de fora da minha janela foi memorável. Eu me lembro de brincar lá fora com minha família e amigos.
O que você mais quer ter agora?
Tempo para viajar. Para o Japão! Eu ouvi que o Halloween no Japão é muito grande. Eu quero me disfarçar para ninguém me reconhecer.
Matéria na qual era bom na escola?
Educação física, artes, ciência e matemática. Eu, mais especificamente, gostava de jogar bola na ed. física.
Algo que faz quando está tentando se manter em forma.
Eu apenas ajusto minhas porções de comida, dependendo do tempo. Eu não malho. Até eu vejo que estou magro quando visto determinadas roupas. Tão triste... (risos)
Rua favorita na Coréia?
Gangnam. É onde eu encontrei os membros depois de vir para Seul e também onde e vou para jogar sinuca ou boliche com meus amigos. Gangnam, sem dúvidas!
Item de moda que você quer testar nesse inverno.
Estou planejando fazer compras e pensar nas roupas de inverno a partir de agora. Estou pensando em procurar casacos legais e roupa de lã.
O que você fez antes de dormir ontem?
Assim que cheguei em casa, me deitei na cama depois de acabar a gravação para um programa de variedades. Eu dormi na mesma hora. (risos)
Com o que você sonhou noite passada?
Sonhei que estava continuando o programa que gravei. (risos) Se eu pudesse escolher meu sonho, escolheria voar até o céu.
Algo que o fez rir recentemente.
Jin-san disse algo muito brega que eu ri bastante. Mas já que era tão brega, infelizmente não consigo me lembrar o que era. (risos)
Estilo de cabelo que você quer tentar.
Um cabelo com impacto… Não sei se combina comigo, mas talvez um cabelo penteado para tras.
Se uma máquina do tempo existisse?
Eu costumava pensar que seria divertido voltar no tempo e começar tudo de novo ou, secretamente, ir encontrar comigo mesmo no futuro. Mas agora eu não quero ir a lugar nenhum. Eu decidi não apagar tudo o que eu já vi, e viver e apreciar cada momento.
Palavras favoritas.
"Obrigado”, apenas ouvir isso me dá forças.
Memórias da turnê no Japão de 2017.
Essa turnê me fez sentir novamente como é divertido fazer shows.! Com o fim dela se aproximando, minha gratidão pelos membros cresceu, e eu acho que essa é uma chance boa para eu voltar o olhar para mim mesmo.
Em que momento você acha que os seus membros são legais?
J-hope dança incrivelmente bem! Especialmente na nossa apresentação de “MIC Drop”, um dos nosso singles lançados. Então, por favor, prestem bastante atenção nele.
SUGA
Se você fosse uma cor, qual seria ?
Azul. Eu gosto dela a um bom tempo e acho que combina comigo também. Ela faz com que as pessoas se sintam brilhantes e purificadas, então quero ser a cor azul.
Quando está tentando contatar alguém, você liga ou manda mensagem?
Eu não gosto muito de ligações, então não faço muitas. Eu simplesmente mando mensagens.
Você prefere comer sua comida favorita primeiro ou guardar para depois?
Eu nunca pensei nisso enquanto comia (risos). 
A primeira música que fez?
Eu compus pela primeira vez por auto-aprendizagem quando tinha 13 anos, acho que foi uma música de hip hop.
Parte favorita do dia?
Quando eu adormeço. Eu caio no sono muito facilmente e meu coração flutua um pouco antes de deitar a cabeça no travesseiro.
Como você se refresca quando está compondo?
Eu jogo jogos de computador, de celular ou bebo meu café favorito.
Você tem seu próprio jeito de beber café?
Eu não gosto muito de coisas doces, então, primeiramente, eu não coloco açúcar. E já que eu gosto do cheiro dos grãos de café, eu prefiro puro, sem nada a mais. Especialmente, gosto de beber café no meu estúdio (risos). Ah, e vocês não se sentem estranhos e engraçados ao beber café depois de escovar os dentes? (risos)
O cabelo que mais gostou dentre todos que já provou?
Falando de cores, eu acho… que eu gosto mais de preto… (risos). Eu gosto da minha cor natural de cabelo.
Letra favorita nas músicas do BTS?
Eu me identifico com “It’s okay to lose” (em “Fire”)
Seu próprio tesouro?
O equipamento de fazer música no meu estúdio. E o relógio que estou usando bem agora. É o que eu planejei comprar no ensino fundamental, que eu trabalharia duro no caminho musical e o compraria depois, então eu iria usá-lo enquanto faço músicas para me lembrar da minha mentalidade inicial.
Vez mais recente em que chorou?
Eu não choro por ser emocional mas… Uhm… Eu bocejei 10 minutos atrás e lágrimas vieram aos meus olhos! (risos)
Se você tivesse um dia para si mesmo no Japão?
Eu quero uma destilaria de whisky! Ouvi falar que meu escritor favorito, Murakami Haruki, gosta de whisky e até já escreveu diário de viagem com o tema de whisky, então me interessei por isso.
Em que momento você sente sua amizade com os membros?
Quando nos juntamos e jogamos durante um tempo, sem compromissos. Eu não sou muito bom com jogos então gosto de brincar com várias pessoas.
O membro que você acha que tem sido mais fofo recentemente?
Jungkook. Acho engraçado como ele é o mais novo mas está lentamente se tornando um adulto. Quando conheci o Jungkook ele estava na escola secundária, costumava não se organizar com o que queria dizer durante as entrevistas, mas ver quão bem ele responde agora faz eu me sentir melhor.
J-HOPE
A música do BTS com a melhor coreografia?
“Save Me” e “DNA”. Os movimentos de house em “Save Me” no dance break é muito legal e minha irmã também disse “Aquela dança é a melhor” (risos). Para “DNA” eu acho que é uma das poucas coreografias perfeitas.
No que presta atenção durante uma apresentação?
Expressão facial, dinamismo nos movimentos. Me prendo aos detalhes para expressar a vibe da música.
Uma música que te faz querer sair dançando?
Post Malone ft. 21 Savage -“Rockstar”.
Um lugar onde quer visitar novamente?
Sapporo, eu estive lá algumas vezes para performar, mas meu sonho é um dia viajar para lá em uma viagem pessoal e sentir a primavera quente cercada pela paisagem de neve!
Como passa o tempo durante os vôos?
Às vezes eu só durmo, às vezes assisto filmes, depende. Na ida e volta da Coréia para o Japão de Maio para Julho, eu escrevi melodias e letras no avião. 
Comida que não deixa de comer ao vir para o Japão?
Ramen e carne. E gosto muito de arroz com enguia grelhada!
Segredo do seu sorriso maravilhoso?
Escutar isso me deixa constrangido (risos). Basicamente, o melhor é aproveitar e ser positivo. Acredito que quando sorrimos nos tornamos mais felizes, então talvez isso apareça no meu rosto?
Sapatos favoritos no momento?
Eu gosto de sapatos, então eu comprei vários pares de tênis recentemente. Entre eles, tinha um par feito de vários materiais e cores, eu me apaixonei por ele à primeira vista!
Fragrância favorita ultimamente?
Aroma fresco, no momento estou usando sabão de menta para as mãos.
Um membro que você acha legal?
RM e V, que tem um interesse especial por moda. Mas os outros membros também têm seus próprios estilos, então eles também são legais.
Esporte favorito?
Tênis, eu jogava do 4° ao 6° ano do fundamental. A razão para eu começar a jogar tênis foi um pouco especial… Quando o professor ficou de frente para a turma é perguntou “Alguém que queira jogar tênis?”, eu acabei me espreguiçando na hora. O professor entendeu errado, como se eu tivesse me candidatado, então eu entrei no time (risos). Eu comecei a jogar tênis novamente esse verão e é muito refrescante e divertido!
Meta pessoal para 2018?
Lançar a mixtape que estou preparando. E aperfeiçoar o japonês.
Se pudesse experimentar outro emprego por um dia, qual seria?
Jogador de Tênis. Eu não era muito bom, mesmo quando praticava na escola, então eu considero que entrar para o campeonato Wimbledon seja um sonho de um sonho (risos).
Um membro em especial que considera que tenha crescido ultimamente?
O rosto do Jungkook tem se tornado mais marcante/acentuado desde que ele completou 20 anos. Quando eu vi pela primeira vez o MV de “DNA”  lançado na Coréia, eu fiquei chocado em ver como ele estava bonito!
RM 
Um lugar em que nunca esteve mas que gostaria de viajar para?
Quero ir para Kyoto! Um amigo meu que viajou para o Japão me convidou para ir para lá.
Item que sempre carrega consigo com o propósito de relaxamento quando vai para o exterior?
DVD de prática de Pilates. Eu assisto e me alongo antes de dormir no quarto de hotel.
Mania quando está falando?
“Na verdade”. Acho que eu digo isso para ganhar tempo e arrumar meus pensamentos. É tipo “Ano” (a palavra que ele costuma falar) em Japonês?
Uma recente preocupação ou dúvida banal?
Os webtoons (webcomics) são tão bons que eu acabo passando a noite toda acordado com o celular na mão. E dúvidas sobre Jungkook e V! Jungkook muda de hobby todo mês. A seleção de palavras do V é um pouco peculiar, é incrível. Às vezes ele me surpreende com o uso de novas expressões (risos).
Uma matéria em que não ia bem na escola?
Matemática e inglês. As únicas matérias que eu tive que fazer reforço foram essas duas. Lentamente me familiarizei com Inglês, mas não tive nenhum progresso com matemática até hoje (risos).
Algo pessoal que te deixou muito feliz recentemente?
Eu andei de bicicleta ao redor do Rio Han, foi um dia bom. Me senti muito feliz aproveitando o vento e andando de bicicleta.
Comida que mais pede quando sai para comer fora?
Carne! Quer dizer carne-nim*! (Risos). Eu gosto de carne em fatias bem finas tipo cortada e depois grelhada.
Uma palavra japonesa que aprendeu recentemente e quer usar?
“木漏れ日” ( Luz do Sol raiando através das árvores). Eu acho muito interessante como é a luz do sol, mas não brilha intensamente mas sim amigavelmente.
Algo que quer aprender no momento?
Violão acústico! Tendo em conta como cria um som natural, é um instrumento simples e honesto.
Se pudesse levar somente uma pessoa para uma ilha deserta, quem seria?
V. Ele não é muito responsável… O que eu deveria dizer… Se o V estiver lá eu definitivamente não ficarei entediado (risos). E chinelos (bi-san = sandália de praia/chinelo ou V-san, pronúncia similar) são legais também, desde que a areia da praia pode estar quente.
Uma pessoa que respeita?
Meu pai. Nunca vi meus pais brigando na minha frente. Quando eu contei que queria fazer música, eles me apoiaram e me disseram para ir atrás disso.
Memória de aniversário de 2017?
Nós fomos chamados como convidados para o concerto do The Chainsmokers em Seul com quem colaboramos na música “Best of Me”. Eu estava cercado de pessoas que eu aprecio então me senti como no maior aniversário da minha vida.
Música mais memorável do BTS?
“Danger” que foi lançada na Coréia em 2014. Foi quando nós estávamos desesperadamente tentando como um grupo. Tem uma dança muito legal então, por favor, assistam!
Algo que aprecia muito como um líder?
As memórias com os membros. Pois passamos por todas as dificuldades juntos, então nós podemos pensar uns nos outros e seguir em frente agora.
BTS
Lembrança mais memorável de Natal?
RM: Eu Lembro que quando eu tinha 6 anos, eu ouvi que a nossa família viajaria no Natal e eu perguntei “O papai Noel vai poder ir?” Já que iríamos viajar a outro país, eu estava preocupado. (Risos)
SUGA:  Quando eu era pequeno, nossa família se reunia e tinha uma refeição junto. Depois que eu passei a viver longe deles, comecei a sentir de verdade essa memória maravilhosa.
JIN: Quando eu fui ao resort de ski com meus pais e meu irmão. Era nossa viagem usual de Natal quando eu estava no ensino fundamental.
J-HOPE: Teve um ano que nevou muito no Natal. O Natal branco que eu tanto desejava! Eu lembro de fazer boneco de neve com a minha família, rir e conversar.
JIMIN: Quero ter um Natal memorável no futuro. A neve é memorável! É muito legal brincar no resort de ski e acabar por ver a paisagem noturna.
V: Acho que muitas pessoas passam o Natal em casais mas eu estou sempre sozinho desde que nasci (risos). Quando eu estava na escola, eu ia para a sala de computação com meus amigos e ficávamos jogando ou comia miojo. Eu fingia ser durão tipo “Sala de computação para o Natal” (risos).
JUNGKOOK:  Um ano no natal eu estava dormindo com o meu irmão e quando eu abri meus olhos levemente, eu vi um avô com a barba branca! Eu pensei “ Papai Noel realmente veio” e adormeci muito feliz.
O que querem alcançar, como grupo em 2018?
RM: Nos apresentarmos nas maiores palcos de cada país!
SUGA: Nós temos conquistado muitas de nossas metas. Mas nós não vamos cismar com nossas metas no próximo ano e esperamos que apenas aproveitar nossas músicas favoritas e ter um bom tempo com nossos fãs.
JIN: Eu gostaria de fazer uma música que todos amassem. Pessoalmente, eu quero jogar e me divertir com os fogos de artifício e os membros (risos).
J-HOPE: Minha meta e sonho é estar em um palco mundial e apresentar uma performance que irá chocar a todos.
JIMIN: Eu não sou obstinado por recordes. Pois nossos fãs fazem eles acontecerem. Mas sempre que eles batem recordes por nós eu fico muito agradecido. Eu desejo que 2018 se torne um ano em que possamos passar mais tempo com nossos fãs.
V:  Eu vejo muitas pessoas em paisagens bonitas no campo quando vejo filmes japoneses. Eu quero me apresentar em outras cidades, não somente nas grandes, e ver essas paisagens com meus próprios olhos. Eu quero conhecer mais fãs!
JUNGKOOK: Fazer músicas por mim mesmo que possam ser postas nos álbuns do BTS! Vou continuar tentando fazer isso acontecer.
Fonte: Ktaebwi
Tradução: STIGMA BRASIL. Não retire nada sem os devidos créditos!
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tsushimarp · 4 years
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Conheça mais de tsu_sayaka!
NOME: Tomioka Sayaka. USER DO TWITTER: tsu_sayaka DATA DE NASCIMENTO / IDADE: 16 de setembro de 1996 / 23 anos. GÊNERO: Feminino. NACIONALIDADE: Japão. ETNIA: Japonês. OCUPAÇÃO: Influencer e Analista de Redes Sociais.
Residente em Chitose até 2014 e Turista desde Junho de 2020.
PERSONALIDADE Minhas amigas costumam me descrever de muitas formas. Yumeno, por exemplo, uma vez me perguntou como consigo ser tão animada sem me importar muito com o que os outros pensam. Ao contrário de Junko que insinuou por diversas vezes que sou desnecessária - isso só porque eu falo demais? Qual o problema? Pessoas que conversam bastante são incríveis, e eu tento mostrar isso a ela há anos! Sakura também parece não gostar muito desse meu jeito meio extravagante, mas fazer o quê? É a minha essência. Ainda assim, me acho bastante companheira, otimista, e sempre digo que nunca é tarde para aproveitar a vida - ela guarda segredos maravilhosos! Gosto de manter esse bom astral até mesmo para continuar sendo um bom exemplo para a minha irmã mais nova.
PASSADO Nunca imaginei que um dia precisaria preencher uma ficha contando minha história, mas aqui estou, empolgada e confiante. Quero começar citando que nasci e cresci em Tsushima, e... Minha infância foi absolutamente normal? Nunca aconteceu nada de muito extraordinário, o que me deixava completamente no tédio. E a falta do que fazer era taaanta que decidi por mim mesma pintar uma parede de azul e amarelo, isso aos meus dois anos, pensando que estava fazendo a obra de arte mais revolucionária do mundo. Lembro da cara de espanto da minha mãe por ver a parede, antes branca, completamente colorida — inclusive, essa é a lembrança mais antiga que eu tenho.
Isso significa que desde cedo sempre fui entrosada nas artes, sendo que inicialmente meu plano era me tornar desenhista. Cresci, isso passou; quis ser atriz, fotógrafa, designer, programadora e até modelo. Tudo passou pela minha cabeça, mas eu sempre sonhei demais. Sempre senti que Tsushima, embora maravilhosa, não fosse o meu lugar.
E foi por isso que, ao me formar no ensino médio, eu decidi que viajaria; não, eu não queria ir para a Europa ou Estados Unidos como muitos de meus amigos almejavam. Eu queria um pouquinho mais além — quem sabe um país tropical? O Brasil era minha maior e única opção desde os meus 14 anos, quando precisei fazer um trabalho cultural sobre o mesmo e minha paixão foi instantânea. Fiquei tão impressionada que foi ainda nessa época que comecei a pesquisar sobre o lugar, estudar o idioma e acompanhar algumas de suas celebridades, mesmo que a internet não costumasse colaborar.
Meus pais sempre apoiaram meus sonhos loucos, então o dinheiro que juntei durante o ensino médio para me mudar foi completado por economias que eles mesmos tinham. Lembro da euforia quando consegui uma vaga em uma universidade no Brasil, a correria com os documentos, o dia da partida, os olhares tristes de despedida dos meus pais e da minha irmãzinha mais nova...
Naquele momento eu quase voltei atrás, mas Kotori não deixou. Ela sempre me incentivou tanto a realizar os meus sonhos, então respirei fundo e fui. Eu cresceria lá no Brasil e traria bons frutos para casa, para meus pais e minha irmã que sempre estiveram comigo.
PRESENTE Pode parecer loucura, mas eu ingressei na Universidade de São Paulo como intercambista e o começo foi muito difícil. Entrei em Publicidade e Propaganda, e na época tive crise de ansiedade, chorei, me descabelei e pensei por muitas vezes voltar pra casa, porque estar sozinha em um país desconhecido é assustador. Eu tinha de fingir para os meus pais que estava tudo bem, e essa era a parte mais difícil... Só fui me adaptar mais ou menos depois de um ano lá, e sigo apaixonada pelo lugar.
Usei tudo o que eu aprendi na faculdade para engajar minhas redes sociais, porque sabe, existem muitos patrocinadores brasileiros dispostos a divulgarem suas marcas! Ao decorrer dos anos eu consegui visibilidade suficiente para começar a pagar minhas próprias coisas, sem mais precisar da ajuda financeira dos meus pais. Estudar integralmente não me dava oportunidade de trabalhar fixa em alguma empresa, mas, por sorte, já estou formada e com a vida aparentemente encaminhada.
Hoje, voltei para Tsushima para passar minhas férias aqui. Há quase seis anos em outro país fez com que a saudade de casa apertasse, e eu precisava sentir novamente o abraço de Kotori.
FUTURO Não saber o que esperar do futuro é estar muito perdida? Sabe, não sou do tipo realmente famosa nas redes sociais, mas não sei se quero investir nisso. Gosto de publicidade, de marketing, de vender, de quebrar a cabeça pensando em divulgações... Sei que é disso que eu gosto, então só deixo “a vida me levar”. O futuro a Deus pertence, como dizem alguns amigos meus!
ORIENTAÇÃO SEXUAL: Bissexual. TEMAS DE INTERESSE: Crack; Fluff; General. FACECLAIM: Miyu Ikeda.
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eudofuturo · 4 years
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04/05/2020 05:32
Bom dia.
Estou aqui querendo dizer que me sinto meio perdida. Eu não sei por onde ir ou como chegar. Sequer sei onde eu quero chegar. Mas tudo bem, a gente releva. Porque se a gente não relevar a gente nunca chega em lugar nenhum, e isso é pior do que chegar e não saber o que fazer.
Acordei esse horário com um pouco de dor. Eu me levantei e meu peito doeu. Well não era nada demais porque parou rapidinho também. Acordei também com vontade de ir ao banheiro e com fome. Tão logo me lembrei que hoje vou começar minha dieta nova. Nada de glúten, açúcar ou lactose. Não que seja uma dueta difícil, mas estou preocupada ao quanto isso vai me deixar quase sem opções para comer. Ando procurando todos os tipos de receitas pra trocar minha alimentação para o mais proximo ao que eu já me alimento mas com todos os produtos saudáveis.
Bem, andei pensando sobre escrever e cheguei à conclusão de que eu realmente deveria voltar a fazer isso, mas com um porém. Sem me deixar levar pelas minhas auto críticas e escrever para mim, não pra postar em algum lugar.
Outra coisa que andei pensando foi sobre o meu quebra cabeça. Se ele é meu então eu deveria estar montando ele, não minha mãe. Eu sinto uma espécie de nervoso quando chego perto dele, preciso me acostumar a isso e enfrentar ele e meus medos.
Outra coisa de diferente que aconteceu, é que duas pessoas me seguiram e eu fiquei animada, ao mesmo tempo fiquei pensando “por que alguém seguiria o diário de uma pessoa que nem eu” bem, esse sentimento passou e agora me resta o de querer fazer amizade com essas pessoas. Acontece que eu tenho vergonha de chamar, espero que eles leiam isso e me chamem kkk.
Sonhei com uma coisa bem horrível. Estava na minha casa organizando algumas coisa e então eu comecei a sangrar muito e “lavei” uns materiais cirúrgicos com meu sangue. Foi bem doido, eu sempre costumo ter sonhos doidos, mas esse em especial me deixou com nojo e preocupada com seu significado. Minha mãe diz que tudo em sonhos são para nos e que são mensagens que nosso subconsciente da. Não necessariamente previsões de futuro, e sim coisas que estão lá no fundo e que não conseguimos acessar no nosso subconsciente.
Minha barriga tá roncando de novo haha. Eu to com muita fome mas não posso comer ainda. Tenho que tomar água com limão e florais e então fazer algum exercício. A preguiça me pegou, tentei escapar não consegui.
Tá bastante frio hoje e eu sinto que vou acabar pegando um resfriado, não sei porque. Por sorte a gente sabe se automedicar embora seja errado. Não seria nada bom ter que ir no médico em meio a esse caos.
Eu ando jogando muito the sims 4 e estou criando diversas famílias. Não é necessariamente um problema mas sinto que isso tá me tirando um pouco da realidade, já que não consigo escrever nem conversar com mais ninguém de fora.
Coloquei uma musica nesse post e é sobre ela que eu queria falar. Estou me sentindo solitária e queria namorar alguém pra poder mimar a pessoa. Acontece que algo em mim me afasta de todos e não consigo manter um relacionamento por muito tempo. As pessoas se afastam de mim por alguns motivos incluindo esse e eu não me sinto à vontade de namorar alguém que só saiba falar sobre sexo também. Eu sou assexual ou demissexual ainda não me encontrei direito, panromantica e gender fluid. Nunca que existe alguém que me aceita como eu sou. Aiai...
Meu ouvido começou a apitar e me deu um leve desespero em pensar que eu poderia ficar sem ele agora. Não sei porque eu sinto desespero nessas coisas, se nem viver mais eu queria. Me lembro até hoje do dia que eu senti que ia desmaiar porque eu perdi muito sangue depois que me cortei (hoje em dia eu não me corto mais) e aí abri a janela pra respirar. Se eu queria tanto assim morrer, por que diabos eu abri a janela? Bom, coisas a parte, hoje em dia me sinto bem melhor em relação a isso, embora ainda esteja perdida, querendo me encontrar e sem saber quem eu sou...
Acho que por hora é isso, quando eu tiver mais o que contar eu volto.
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caelestis1989 · 7 years
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Review: Arrow 6x06 “Promises Kept”
Nem acredito,acabei de ver aqui as fotos promocionais do crossover. Agora vai ser difícil de me concentrar na review que tenho que escrever sobre o episódio de ontem. Eu quase morri de emoção quando vi fotos da Felicity e o Oliver X. Até tomei um copo de água pra acalmar minhas emoções. Fiquei com uma leve impressão que o Oliver X pode ser também um herói na Terra X. Vai saber,é por isso que prefiro deixar pra tirar minhas conclusões depois de assistir o episódio. Agora uma opinião impopular,eu estou muita animada pra esse crossover. 
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Eu sabia que depois de ver aquelas fotos eu ia acabar perdendo o foco do 6x06. Também não ajuda que a história dramática entre Slade e seu filho não fosse interessante pra mim,é acredito que pra muita gente nesse fandom,a não ser os fãs do Slade. Estava muito mais interessada em como o John ia lidar com a situação da droga ilícita que ele está usando e como seria a reação da Lyla que o drama A maçã não caí muito longe da árvore. 
E é claro que a parte que eu mais gostei desse episódio foi quando Oliver chegou em casa e encontrou sua família esperando por ele. 
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Então vamos começar...
Eu estou me apressando aqui, mas ainda estou sob efeitos de Olicity.
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E sim,isso foi um trocadilho intencional com a questão das drogas desse episódio. Seja com o mirakuru ou a droga que o John estava usando para tratar seus tremores,em consequência do dano nervoso que ele sofreu depois das explosões de Lian Yu. E esse novo começo pra série tinha que ter alguma ligação com Lian Yu. Eu peguei isso!
Slade e Joe
Fiquei confusa agora com os flashbacks,logo depois que ele foi resgatado da ilha pela inteligência australiana. Por quê Slade precisou de cuidados médicos para se curar do ferimento no olho (presente do Oliver) se ele tinha mirakuru no corpo? Não é exatamente a cura, uma das características do mirakuru,além da super força?
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Inacreditável que o Slade tenha ficado durante 2 anos sem os efeitos do mirakuru,e do nada depois de alguns flashbacks da época que ele ensinou o Oliver à lutar,mais as alucinações com a Shado despertou a droga dentro dele. Os escritores estão burlando as próprias histórias que já foram contadas. Não faz nenhum sentido isso,a não ser que a desculpa seja que o mirakuru não seja tão milagroso já que um dos soldados do Slade na segunda temporada morreu depois de vários escombros terem caído em cima dele. Eu posso até engolir a coisa dos cuidados médicos imediatos mas não consigo acreditar que essa droga ficou adormecida durante 2 anos. Que merda é essa? ele estava em remissão por acaso?
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Slade foi um pai de merda! Ele preferiu manter uma promessa que fez a uma alucinação de Shado que manter a promessa que fez ao filho,de ficar por perto e começar a ser um pai de verdade. Pra ele era muito mais importante vingar a morte de uma versão torcida da Shado que salvar o relacionamento dele com o filho. Essa raiva que o Slade sentia pelo Oliver sobre a morte da Shado nem fazia muito sentido,outra coisa que não fazia sentido era esse conexão toda que ele achava que sentia pela Shado. Eu entendo que ele gostava dela mas como disse antes,esse sentimento não era recíproco. Os dois nunca tiveram um relacionamento pra ele ter surtado dessa maneira. Ele quase destruiu uma cidade inteira em nome de alguém que com certeza nunca iria aceitar um ato monstruoso como esse. Isso me faz lembrar da esposa falecida do Malcom. A diferença é que existia um relacionamento amoroso entre os dois,o que não é o caso entre Slade e Shado nos flashbacks das duas primeiras temporadas.
Joe ou Kane (tanto faz) também não é muito diferente do pai. Nada justifica ele ter se transformado nisso. Não vou ser leviana ao dizer que não foi traumatizante para o garoto ver o pai matando pela primeira vez há 12 anos atrás em Milford Sound,quando era pra ser só um momento de lazer entre pai e filho,mas isso não explica porque querer se tornar alguém parecido com o pai. Pelos acontecimentos imagino que toda essa raiva tenha nascido depois do resgate do pai,quando Slade feriu todos e ainda ameaçou o filho dizendo pra ele não entrar no caminho dele porque ele tinha que honrar com suas promessas. Ainda não entendo porque a memória torcida de Shado era mais importante que o próprio filho. Talvez no fundo a maior questão ali não era a Shado e sim o Oliver. Quer dizer,você precisa se importar muito para dedicar anos da sua vida e seu precioso tempo em busca de vingança. Oliver não merecia essa vingança e muito menos a família e amigos dele,menos ainda a cidade onde ele mora. 
Como disse na review anterior,Joe sente ciúmes de Oliver e ele se sentiu mais uma vez traído pelo pai quando ele poupou a vida de Oliver,mesmo Joe oferecendo Oliver de bandeja pra ele finalizar essa tal vingança. Esse ato foi como um tapa na cara de Joe. Até onde ele sabe (por intermédio de Slade) Oliver deixou ele lá para morrer depois de cegá-lo de um olho,imagino que Slade também tenha falado sobre a morte de Shado. Nesse período de 2 anos não era para o Slade perceber que o Oliver não tinha culpa pelo que aconteceu com a Shado e entender que fazia todo sentido o Oliver ter largado ele lá? Não era pra ele lembrar que era ele que tava tentando matar o Oliver quando isso aconteceu? Essa coisa de ligar e desligar o mirakuru continua não fazendo sentido. Digo isso porque lembro muito bem do quão perturbado o Slade tava quando falou com o Oliver no 5x23,falando que todas aquelas coisas horrívieis que ele fez parecia um pesadelo.
Essa família Wilson é problemática demais. E é por isso que foi uma péssima idéia o Oliver falar sobre o filho na frente do primogênito de Slade. Enquanto Oliver estava preso naquela cadeira com um Slade na frente dele com uma espada na mão eu ouvi muito bem quando o Joe disse que faria ele sofrer também,tenho certeza que ele estava falando do filho do Oliver. No momento em que Oliver persistiu tanto em ajudar Slade à atrapalhar os planos do filho,ele se colocou na mira de Joe/Kane. Os sinos de perigo na minha cabeça soaram e deveriam soar também nos ouvidos de Oliver. Minhas apostas para o vilão da próxima temporada estão em Joe Wilson. 
Joe: “Como pôde perdoar Oliver Queen,depois do que ele te fez?” 
Meu pensamento: Fez o quê,cara pálida? O Slade quase destruiu a vida inteira do Oliver por causa de uma obsessão que ele tinha pela Shado.
Slade: “Porque ele me perdoou por muito pior...um pecado que levarei para o túmulo...(Rip: Moira Queen) uma maldição que não queria te passar. Toda essa raiva e ressentimento... É hora de pôr um fim nisso,garoto.” 
Joe: “Não. Isso é só o começo.”
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Não acho que esses dois episódios centrados em Slade e seu filho sejam aleatórios. Ficou óbvio que esses dois ainda vão voltar,é questão de tempo. Foi perturbador quando Joe diz para o pai que a mãe dele não queria que o irmão dele (Grant) estivesse nesse mundo e depois de 6 meses (quando viu seu pai matar alguém pela primeira vez) fez o mesmo com outra pessoa,fiquei com a maior impressão que ele falou sobre o irmão. Essa parte foi perturbadora e confusa. Tenho certeza que qualquer empatia por esse filho caçula do Slade vai ter uma morte rápida porque sei que no episódio de LOT 1x06 Star City 2046 esse bastardo cortou o braço do Oliver e ainda sitiou a cidade. Quer saber,já odeio esse garoto. Esse maldito matou o John. Felicity teve que ir embora,talvez achando que Oliver estivesse morto. Ele fragmentou OTA.
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Família Queen
A melhor parte do episódio! Confesso que fiquei horas à fio acordada quando deveria estar dormindo pensando nesta cena.
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É como se os escritores escutassem nossos desejos (ou pelo menos os meus). Certeza que eles verificam o tumblr diariamente. 
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Eu sonhei com esse momento,mas não imaginava que um dia veríamos esses dois nerds adoráveis jogando juntos. É claro que Felicity quer revanche,a garota é muito competitiva. Posso entender o sentimento,eu também odeio perder.
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Aposto que Felicity gostaria de um amigo assim na época de escola. Por tudo o que ela falou da infância,ela devia ser uma garota solitária,uma criança inteligentemente incompreendida no meio de outras crianças que só queriam brincar. Imagino que ela tinha que praticamente se virar sozinha até em casa,até porque a única pessoa que ajudava na renda dentro de casa era Donna e ela era uma garçonete e precisava trabalhar muitas horas para sustentar a filha. Felicity até deixou escapar em um dos seus balbucios que Donna se esquecia de pegá-la na escola,quanto mais levar um lanche pra ela.
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É tão emocionante ver esses três juntos. Imagino todo o tipo de emoção borbulhando dentro do Oliver quando ele entrou em casa e viu suas duas pessoas favoritas juntas. Essa é a melhor forma de dizer Bem Vindo!
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Oliver quer saber o que ele perdeu enquanto estava fora. Raisa fez William arrumar seu quarto. Provavelmente William estava saturado das granolas de Raisa e chamou reforços. Eles tiveram sorvete para o jantar.
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A troca de olhares mais fofa vista pela humanidade. Hilariante por parte do Oliver e adoravelmente fofa por parte da Felicity.
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Oliver parece esquecer da falta de habilidades culinárias de Felicity. Não olhe assim,senhor Queen! Poderia ser pior se ela tentasse cozinhar,uma intoxicação alimentar por exemplo. Eles correriam o risco até de colocar fogo no apartamento.
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Felicity pergunta se está tudo bem com ele, ela estar ali. Garota,você está brincando comigo? Por quê você acha que esse homem te deu a chave do apartamento dele? Aquilo foi como uma nova versão de Oliver Queen sobre como pedir a mulher que ama em casamento. Já até perdi as contas de quantas vezes ele fez isso na quarta temporada.
E Felicity começa a balbuciar... (Quando vamos ver Raisa novamente?)
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Oliver sabe a melhor maneira de lidar com isso... 
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Aposto que era dessa forma que ele gostaria de calar os balbucios de Felicity nas primeiras temporadas. Esse homem deve se sentir afortunado agora que pode fazer isso. É claro que esse idiota está feliz ao vê-la ali. Ela sempre trouxe felicidade pra vida dele. Sempre!
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Ela foi seu primeiro sorriso genuíno,depois de anos no purgatório.
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O beijo é interrompido por William,que está louco pra mostrar seu projeto de ciências nota A. Não estou duvidando da habilidade do garoto mas gosto de pensar que ele pediu a ajuda da Felicity nesse projeto.
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Sério que eles colocaram o foguete para funcionar no meio da chuva? 
Mas essa não foi a primeira coisa que me veio a cabeça quando vi essa cena pela primeira vez. Me impressionei pela naturalidade com que William reagiu ao ver seu pai beijando Felicity na sala de estar. É como se fosse algo corriqueiro. Não é à toa que daqui há duas semanas esses dois idiotas apaixonados irão se casar. Para a nossa alegria!
Incrivelmente doce que os dois esperaram ela responder a mensagem no celular.
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Essa cena ainda me emociona,mesmo quase 24 horas depois.
John Diggle || Dyla
Os efeitos da droga que John está aplicando em si mesmo é de curta duração.
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Ele precisa constantemente usar essa droga para parar os tremores. O traficante dele é alguém que trabalha para Ricardo Diaz,codinome: Dragão. Ricardo Diaz é o vilão da semana,John fica entre a cruz e a espada quando precisa decidir qual decisão tomar. Acabar com o laboratório que produz a droga que ele precisa,fazendo o certo para a cidade como Green Arrow,interrompendo também a matança do vilão ou fazer vistas grossas sobre o problema. O duro é perceber que John hesitou sobre a decisão,ele cogitou a idéia de deixar Diaz continuar com suas atividades criminosas,mesmo sabendo que os homens dele estavam matando pessoas inocentes pra isso. 
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Esse não é o Diggle que conhecemos e é isso que Lyla fala para o marido quando ele diz pensar na possibilidade até a A.R.G.U.S conseguir fabricar algo que possa resolver seus problemas nos nervos. Lyla fica chocada e diz que ele é o homem mais honesto que ela conhece e não esperava algo assim dele,ainda mais depois de todas as vezes em que ele criticou ela por algumas atitudes que ele considerava muito parecidas com Amanda Waller. 
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John escuta sua esposa e toma a decisão certa de acabar com as atividades de Ricardo Diaz. Mas por um momento John se sente tentado em salvar caixas da droga. Eu não consigo imaginar como ele faria isso sem acabar se ferindo naquele fogo. John mais tarde quando confessa para o team arrow sobre tudo,diz que aquele foi o fundo do poço pra ele. Ele quase se matou por causa daquela droga. Rene,Dinah e Curtis apoiam ele,finalmente ele contou a verdade. O primeiro passo para resolver um problema é falando sobre ele. Só que Curtis se sente um pouco ofendido porque John não pediu sua ajuda. Curtis fez uma mulher voltar a andar,acho que não vai dar tanto trabalho pra ele criar uma cura para o problema do John. Dinah enfatiza essa questão quando ela diz que ele estava procurando ajuda no lugar errado. Ele não precisa procurar uma cura num beco escuro,um lugar mais apropriado para criminosos. Ele tem uma equipe de pessoas talentosas que fariam de tudo para ajudá-lo. 
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Ele tem uma família em quem se apoiar. Tanto para a família Diggle quanto para a família que ele conquistou ao longo dessa jornada.
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Finalmente Lyla apareceu,já estava cansativo todas aquelas cenas repetitivas entre John e Dinah. Quando ele vai se desculpar com Dinah por ter mentido pra ela,ele promete que nunca mais vai mentir pra ela.  Eu não sei porque o John se acha muito na obrigação de fazer essa promessa a Dinah,eu entendo que como eles fazem parte da mesma equipe,confiança é algo vital pra fazer funcionar mas eu acho que essa promessa se encaixaria muito melhor se ele fizesse a esposa. Não uma pessoa que ele conheceu há menos de um ano,que ainda não contou sobre o seu ex-namorado Vincent,quando ela deixou ele fugir por duas vezes no episódio anterior.
As coisas pareceram muito fáceis com os novatos. Aposto que ele não terá a mesma facilidade com Oliver e Felicity. Felicity já está desconfiada que alguma coisa está acontecendo com John,só não sei o quanto ela sabe.
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Ainda mais depois que ele chegou lá com um papel com o endereço do laboratório do Ricardo Diaz. Rene perguntou como ele conseguiu isso e John disse que foi de um contato e não disse mais nada. Ao sair Felicity olhou pra ele como se tivesse dizendo: “Eu sei que você está escondendo algo de mim”.
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E sabemos que Oliver vai vir com a linha de que em todos esses anos nunca se sentiu tão decepcionado com John,no próximo episódio. Oliver não esperava esse tipo de atitude de um homem que durante esses 5 anos foi sua bússola moral.
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Amor de outras vidas-capitulo 15
1- Aff...(fazendo caretas) nojentas! 2- Vamos cara...(saindo) Realmente os dois não passavam de meros babacas, vi a hora que os mesmos saíram mas não ousei parar o beijo, beijo esse que eu tinha a sensação de já conhecer, infelizmente uma hora o ar acaba, e tivemos que parar por ali. A principio nenhuma de nós duas disse nada, brava eu sabia que ela não havia ficado pois correspondeu, então resolvi quebrar o silêncio, afinal eu havia tomado a atitude. Van: Clara eu...bem...me des... Clara: Não precisa...(sorrindo)não se beija alguém e ped Van: Não?(sem graça) Clara: Não...(sorrindo) foi um baita beijo. Van: Eu não queria...(sem graça) quero dizer. Clara: Ah não?(divertida)  Van: Não foi isso que eu quis dizer, é que..sei la. Clara: Beijo tão mal assim.?(rindo) Van: Não!(se enrolando) não quis dizer isso... Clara: Eu sei Vanessa.(rindo) eu to brincando com você. Van: Sei la, vai que não gostou... Clara: Eu não gostei.(sorrindo) eu amei! Seria louca se não gostasse. Van: Que bom que gostou então...(sorrindo) Resolvemos voltar, mais uma vez passamos do horário, mas eu não estava me importando com isso, estava pensando no que havia acontecido, eu havia beijado Clara, agora sim os sonhos fariam sentido uajsiasj. O beijo de Clara me arremeteu ao beijo da Skull, aliás, não sei por qual motivo, mas via grande semelhança nas duas, elas tatuagens, pela voz, e agora pelo beijo, a levei até a frente do seu prédio, lhe dei um beijo, mas deixem de ser pervertidas, não foi na boca. Clara: Tem certeza que não quer subir?(sorrindo) Van: Tenho sim...(sorrindo) já está tarde. Clara: Tem certeza que vai voltar correndo?(O.o) Van: Tenho sim, moro perto daqui, já estou acostumada. Clara: Então quando chegar, você me manda uma mensagem, sei la, ta tarde Vanessa pra voltar a pé.(preocupada) Van: To começando a achar que você tem razão.(olhando em volta) Clara me acompanhou até o ponto de taxi que tinha ali perto, estar ao lado dela era extremamente agradável, parecia que tinha uma força, ou até mesmo uma necessidade de estar próxima dela. Taxista: Taxi moças...(simpático) boa noite. Clara: Boa noite!(simpática) Van: Vou nesse...(sorrindo)então... Clara: Então...(lhe dando um selinho) até amanhã! Van: (sorrindo) até amanhã, boa noite! Fui para casa e fiquei lembrando do beijo, naquela noite se eu sonhasse com ela, não seria tão estranho como das outras vezes, lhe mandei uma mensagem que logo foi respondida, conversamos mais um pouco, mas não prolongamos o assunto. Tive uma noite de sono tranquila, comparada as outras,dessa vez não sonhei com Clara, mas não conseguia parar de pensar na mesma. Thais: Bom dia..(animada) Não é possível? Van: Que foi?(O.o) Thais: Você acordada...(apontando para o relógio) teve aqueles sonhos estranho de novo? Van: Não!(suspirando) nem lembro o que sonhei. Thais: E acordou cedo porque?(desconfiada) tem haver com a sua saidinha noturna? Van: Você estava acordada?(surpresa) Thais: Sim e não, eu estava sonolenta.(pensativa) mas a preguiça foi maior que a curiosidade por isso não lhe esperei chegar. Van: Fui dar uma volta.(se levantando) Thais: Sei....(desconfiada) ultimamente se tem ido dar muitas voltas noturnas. Van: Vai começar.(revirando os olhos) Thais: Só um comentário.(levantando as mãos)é a Fernanda de novo? Van: Não! (suspirando) já superei essa fase. Thais: Ótimo, porque aquela garota tem um caráter duvidoso...
Thais: Van sobre o projeto...(pensativa) É muito difícil? Tipo se o grupo ganhar.. Van: Nada que seja um bicho de sete cabeças, pra carreira deles será ótimo! Thais: Você acha que eles ganham? Van: Grandes chances, mas as outras propostas são boas também. Thais: Um projeto de sustentabilidade não pode ter mais mérito que um projeto de inclusão. Van: Os dois são bons Thais! Thais: Junior tem uma boa vantagem..(sorrindo) ta no grupo onde tem a crush da chefe. Van: Como?(surpresa) Thais: Ah Vanessa acha que eu sou cega?(semicerrando os olhos) eu vi o jeito que falou com ela, olhou pra ela, SORRIU pra ela... Van: Que? (Incrédula) claro que não! Thais: Sei...(desconfiada) eu te conheço muito bem dona Mesquita... Van: Pelo jeito não hein...(divertida)  Thais: Só vi você com esse sorriso no rosto, quando tava pegando a Fernandinha oferecida. Van: Ai que horror...(suspirando) a Clara é diferente... Thais: Ta vendooo...(animada) você finge não saber mas na verdade você sabe que tá com crush na garota. Van:Ai Thais...(sem graça) não viaja... Thais: Eu apoio hahahahaha Van: Eu vou tomar meu banho.(revirando os olhos) Lu e eu acabamos perdendo o horário, o que nos fez perder a primeira aula, acabamos optando por não ir a faculdade aquele dia, mas mesmo assim levei Max até a sua escola, no caminho aproveitei para ligar para o Edu, não nos falávamos a algumas semanas. Edu: Clarinhaaaa.....(animado) Clara: Oi Edu...(animada) como você esta? Edu: Estaria melhor se a senhorita não tivesse me abandonado. Clara: Não abandonei Edu..(rindo) Edu: Me contaa, como ta o caso da skull?(curioso) Clara: Não esta Edu...(suspirando)não estou mais na boate. Edu: Mas viado, saiu por causa dela? Clara: Sim Edu...(sorrindo) mas ontem... Edu: Ai meu Deus o que teve ontem?(rindo) Clara: Nós nos beijamos...(rindo) Edu: Viado...(animado) contaaaaa... Clara: Ah Edu...(rindo) sei lá, rolou. Edu: Mas você não havia me dito que estava encontrando ela fora da empresa. Clara: Porque quando nos falamos, não estávamos. Edu: Nossa gente...(rindo) mas me conta como foi? Contei para Edu tudo o que havia acontecido entre Vanessa e eu, na verdade eu não sabia direito o que se passava entre a gente, havia sido apenas uma beijo, mas não foi um simples beijo, ao menos não para mim, eu senti algo tão diferente, era como se, eu estivesse sentindo uma atração, atração a primeira vista, se é que isso existe. Edu: Não sei não hein... Clara: Para Edu, é só isso mesmo.( revirando os olhos)nada mais... Edu: Vocês se beijaram antes, e você disse o mesmo. Clara: Mas isso não tem nada a ver.(suspirando)ela é uma pessoa agradável. Edu: Na minha terra esses elogios espontâneos se chama outra coisa...(rindo) Clara: Não é isso Edu...(revirando os olhos) Edu: Amor...não é crime estar gostando de alguém. Clara: Eduardo..(sem graça)não é nada disso. Edu: Clara, já é o terceiro... Clara :Edu nada haver ,não viaja.(envergonhada) tenho quer ir  depois nos falamos. Edu:viadaaaaa não me esquece nesse fim de mundo . Clara :para de drama viado,sabe que te amo . Edu:se cuida ta minha loira. Clara :pode deixar, e se cuida também.(desligando) Fiquei pensando no que o Edu disse,estava tudo tão confuso.Como vai ser na empresa ,não vou ter coragem de falar com ela.Será que conto da skull?(o.O).OH dúvida cruel,mas não posso esquecer do beijo ,de como me sinto bem ao lado dela,sinto coisas que jamais senti na vida por alguém só de está na presença dela,parece algo surreal...nossa viajei legal agora. Na empresa  Van :Bom dia Paulinha... Paula: Bom dia Van!(sorrindo) Van: Tudo bem? Paula: Comigo sim...(sorrindo) e por aqui está tudo certo também. Van: Que ótimo, olha vou pra minha sala, e quando os acionistas chegar você me avisa. Está noite fiquei pensando em como as coisas estavam se desdobrando, antes eu somente sonhava com Clara, e ontem estávamos nos beijando, pensei se deveria voltar até Eli, não, não, eu não daria o braço a torcer, esse tipo de coisa não existe, isso foi uma mera coincidência, e os sonhos já não estavam vindo mais. Clara: Boa tarde Lu.(entrando)  Lu:E ai gatinha, vai pra empresa? Clara: Sim, vou me arrumar.(indo para o quarto) Lu: Se arrumar para a Vanessa?(rindo) Clara: Que?(surpresa) ta doida? Lu:Acha que me engana e Clara ,eu vi você conversando com ela ontem a noite no portão do prédio. Clara: Sim, disse bem, estávamos conversando.(sorrindo) e foi apenas isso.. Lu: E esse sorriso ai...(se aproximando) teve beijo? Clara: Não!(envergonhada) quer dizer, teve, mas foi porque tivemos um problema. Lu: Essa é nova.(rindo) alguém beijar outro por ter um "problema. Clara: Ah Luana, vai ficar me zoando?(sem graça)uns caras veio encher o nosso saco ontem, ai ela me deu um beijo, quer dizer, nós demos.
Lu: É uma bela desculpa...(rindo) contou pra ela sobre a Skull? Clara: Ainda não...(suspirando) Lu: Então eu posso deduzir que depois desse terceiro beijo, vocês duas ja podem se considerar um casinho?(rindo) Clara: Idiota...(rindo) vou tomar banho, tchau! Lu: Você formar um casal bonito...(rindo) Clara: Tchau Luana.(revirando os olhos) Lu: Se tiver matrimonio eu quero ser madrinha.(gritando do lado de fora) Não éramos um casal, e não sei se chegaríamos a ser, Vanessa não parecia ser do tipo de pessoa que se apaixona fácil pela primeira que vê, depois de ontem, não nos falamos mais, então eu não iria criar esperanças nisso, mas isso não quer dizer que não estava pensando no mesmo. (Na empresa) Clara :Boa tarde Paulinha?(apressada) Paula:Boa tarde! Clarinha espera um pouco.(indo até ela) Clara: Aconteceu algo Paulinha?(preocupada) Paula: Não, nada de mais, é que a Van pediu para que você fosse até a sala dela quando chegasse. Clara: Agora? Paula: Espera um pouco deixa eu perguntar a ela.(pegando o telefone) Fiquei um pouco nervosa e envergonhada, na empresa tudo era diferente, tanto eu como ela, tínhamos atitudes diferentes quando estávamos ali, talvez ela me pediria pra esquecer o que aconteceu ou talvez ela nem estava me chamando para falar disso. Entrei na sala e assim que me viu, ela sorriu, não hesitei em corresponder o sorriso, mesmo estando sem graça. Clara: Com licença...(sem jeito) Van: Como está?(sorrindo) Clara: Estou bem...(envergonhada) ér...e você. Van: Ótima!(sorrindo) Clara: Aconteceu alguma coisa?(impaciente) Van: Não...(pensativa) quer dizer, aconteceu sim. Clara: Fiz alguma coisa de errado?(espantada) Van: Clara, acalme-se.(rindo) posso falar? Clara: Desculpa...(suspirando) Van: Achei que já tínhamos superado esse estágio de pedir tantas desculpas.(divertida) Clara: Ér...(sem graça) sei lá, é costume. Van: Tudo bem...(sorrindo) olha só isso aqui, vem cá. Clara: Nossa é incrível, o que é?(admirada) Van: Esse é o seu projeto em 3D.(sorrindo) Clara: Ta brincando?(afoita) não acredito...Van, ficou incrível. Van: Sabia que iria gostar...(sorrindo) Clara: Nossa eu preciso mostrar isso pro resto do pessoal.(sorrindo) Van: Vocês fizeram um trabalho incrível em apenas uma semana, estão de parabéns.(sorrindo) mas não foi só para isso que eu chamei você aqui. Clara: Não?(O.o) Van: E você não vai precisar mostrar esse projeto somente para o seu grupo.(fazendo suspense) Clara: Não entendi..(confusa) Van: Clara...(se levantando)O pessoal não teve duvidas entre o projeto de vocês e o da outra equipe, vocês foram escolhidos. Clara: Ta brincando?(surpresa) Van: Não...(rindo)o projeto de vocês representará a nossa empresa. Clara: Ai meu Deus?(incrédula) você ta falando sério mesmo? Van: Estou...(rindo)  Clara: Eu não acredito.(a abraçando) obrigada! Eu estava tão feliz que em um impulso a abracei, tínhamos conseguido o que foi considerado por todos os impossível, Vanessa ria da minha cara de idiota provavelmente, mas além de abraça-la, eu acabei exagerando no impulso e lhe dei um beijo. (No Ap de May) ~Interfone~ Lu: Oi? Porteiro: Lu, tem um senhor aqui embaixo pedindo para subir. Lu: Quem?(O.o) Porteiro: Qual o nome do senhor mesmo? XXXX: Alejandro.(impaciente) Porteiro: Alejandro dona Luana. Lu: Manda subir...(revirando os olhos) 5 minutos depois... Alejandro: Filha...(sorrindo) Lu: Oi pai...(séria) Alejandro: Como você está linda.(indo até ela) não vai me dar um abraço? A 25 anos atrás.... (Flashback) Alejandro: Eu preciso voltar até minha cidade, para ver a minha filha.(pensativo)mas eu prometo que voltarei. Rose: Eu sei que volta...(sorrindo)  Alejandro: Iremos nos casar, estou disposto a deixar tudo para trás, por vocês. Rose: Ela pode nascer a qualquer momento...(animada) Alejandro: Talvez nasça antes de eu voltar.(beijando sua barriga)mas preciso ver a minha pequenina... Rose: Eu entendo, irá contar para a irmazinha dela?
Alejandro: Preciso ir...(a beijando) não quero demorar a voltar. Rose: Alejandro...(pensativa) caso ela nasça antes de você voltar, qual nome devo dar a nossa menina? Alejandro: Clara...(sorrindo)ela será o nosso brilho. Rose: Tudo bem...(sorrindo) Alejandro: Se cuida, e cuide da nossa pequena..(sorrindo) eu te amo! 1 mês depois.... Vó: Você foi enganada por esse homem Rosângela. Rose: Mãe, ele não me abandonaria com uma criança pequena... Vó: Já abandonou.(inconformada) como pode ser tão burra a esse ponto? a menina ja ta com um mês de vida, e nem uma carta ele mandou. Rose: Talvez ele teve problemas com a esposa dele mãe, ele também tem uma filha com ela. Vó: E essa que está em seu colo, é a bastarda. Rose: Isso não é verdade.(lacrimejando os olhos)  Vó: Minha filha...(sentando ao seu lado) você terá que parar de se iludir, essa criança crescerá sem o pai. Rose: Ele não faria is... Vó: Faria sim, e fez...(irritada) ficou rico, ja levou todo o dinheiro que conquistou, e o que te sobrou foi essa criança. (Fim do flashback)
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jjdreamsjj · 5 years
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História de como perdi o amor da minha vida Parte 2
Mais tarde quando eu já tinha uma idade favorável ( quinze para dezesseis anos) eu , já não morava mais na mesma cidade . Minha mãe havia vendido nossa casa que era perto da dele , e eu já tinha certeza de que nunca mais nos veríamos . Eu estudava em uma escola diferente mas tinha feito muitos amigos e modéstia parte , tinha vários pretendentes . Eu havia esquecido completamente o rapaz de minha rua e eu estava vivendo bem até aí . Digo , TEM UMA INFORMAÇÃO MUITO IMPORTANTE QUE EU VOU LHES DIZER AGORA . Muitos vão pensar que é mentira , mas é verdade. Até os meus quinze e dezesseis anos eu nunca havia beijado ou ficado com alguém em toda minha vida . Assim passou até os meus dezessete e eu posso jurar que nunca troquei saliva com ninguém . Sempre sonhei com um beijo de cinema , com direto a momento especial e tudo mais . E mesmo que as vezes eu quisesse , nunca tive coragem. Sempre fui e sou até hoje muito insegura. Eu começava a imagina a cena e morria de vergonha . E quando eu dei meu primeiro e único beijo ( Até hoje gente , é sério, atualmente tenho vinte e um anos) , eu me arrependi completamente. Foi de forma forçada , já que fiquei sem graça de ter aceitado todos os "chamegos" e ter dado o mínimo de esperança para o cara. Eu beijei e não foi nada como quiz. Eu gostava do cara até , mas eu não senti nada do que eu sempre sonhei . Um tempo depois de eu ter dado um "fora" no rapaz do meu primeiro beijo , estava eu mexendo no celular com umas amigas e vi uma foto de uma amiga antiga de onde eu morava . Aquilo me fez relembrar de toda minha infância . E uma das coisas mais vivas em minha memória , sim , era aquele garoto que como eu , era então um adolescente . Eu como de automático fui até o perfil dessa amiga antiga e procurei entre os amigos , e lá , de cara ... Quase sem nenhuma mudança , estava ele . Lindo . Olhos claros e bonito. Meu coração bateu forte . Eu não sabia o que fazer , meu corpo estava então agindo por vontade própria e mandou mensagem para a minha amiga antiga e peguei o número dele . Mandei mensagem e foi tão rápido que eu me assusto e me envergonho só de pensar em como foi minha abordagem. Eu mandei ele trabalha pra colocar internet e falar comigo . Kkkk eu não consigo não rir ao me lembrar disso . Ele era grosso , frio e chato . Me chamava de folgada o tempo todo e eu aparentemente o irritava o tempo todo . Não o julgava . Mas também , ele me deixava no vácuo e me ignorava demais . Eu tentava puxar assunto mas ele era totalmente desprovido de ideias . Eu sempre fui agitada e animada , feliz e toda boba . Ele era sério e grosso , tinhas seus picos bem difíceis que demonstrava alguma fofura e também conseguia me irritar sempre que agia indiferente . Ele não tava nem aí e eu mesmo assim , gostava de falar com ele . Não era paixão , talvez um gostar beeeeeem pequeno . Mas a sensação era boa. Tirando as vezes que ele me trocava para assistir ou se encontrar com seus colegas e dizia isso normalmente . Aquilo me deixava brava, e como deixava.
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