#dissonância cognitiva
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mondovr · 5 months ago
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A Jornada de Clara para a Autonomia
Como Clara se livrou dos esquerdopatas.
Era uma vez… Clara era uma jovem inteligente e criativa que sempre se destacou na escola. Quando entrou na universidade, ela se juntou a um grupo popular que tinha ideias e comportamentos bem definidos sobre política, cultura e estilo de vida. O grupo, conhecido como “Os Vanguardistas”, era altamente respeitado no campus por sua abordagem radical e suas ações coletivas em prol de diversas…
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01298283 · 3 months ago
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O Frágil Império do Ego: A Insegurança Oculta por Trás da Arrogância dos Algozes
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Abordo sobre temas críticos e complexidades,trazendo reflexões e questionando dinâmicas sem filtros, desmascarando hipocrisias e revelando a realidade por trás das aparências. Meu canal:
Conteúdo direcionado principalmente às vítimas de abusos e vítimas do sistema,estudo conteúdos que englobam filosofia,psicologia,política e sociologia e exponho no geral como algozes agem e como suas mentes funcionam,alertando e ajudando vítimas. Se você teve alguma experiência sobre,pode enviar uma DM e caso deseje,podemos compartilhar.
O ego do algoz está frequentemente enraizado em uma profunda necessidade de controle e superioridade. Psicologicamente,o algoz costuma possuir um senso exacerbado de importância e um sentimento de direito de impor sua vontade sobre os outros. Esse egocentrismo não é apenas uma característica, mas uma estrutura psicológica complexa que alimenta suas ações e manipulações. O algoz precisa sentir que é admirado,temido ou respeitado,e para isso utiliza diferentes mecanismos de controle,incluindo a violência física e psicológica.
A mitomania,ou a tendência patológica para mentir,é uma ferramenta central nesse processo. Para o algoz,a mentira não é apenas um desvio de conduta,mas um mecanismo de autopreservação e uma extensão de seu ego inflado. Quando o algoz mente,ele não apenas protege sua imagem pública,mas também cria uma narrativa interna que reafirma sua posição de poder e justifica suas ações. Essas mentiras não são apenas destinadas a enganar os outros, mas também a si mesmo. Ele precisa crer em suas próprias distorções para manter sua identidade intacta e livre de culpa.
É interessante notar que muitos algozes acreditam de fato em suas próprias mentiras,o que revela uma relação simbiótica entre o ego e a mitomania. A construção de uma falsa identidade social e emocional é uma forma de autoengano que,psicologicamente,reforça a visão grandiosa de si mesmo. Outro aspecto crucial é como essa distorção da realidade afeta o comportamento relacional do algoz. Psicopatas,narcisistas e outros perfis que podem coincidir com o de um algoz tendem a usar a mitomania para manipular e criar uma dissonância cognitiva nas vítimas e naqueles ao seu redor. Em muitos casos,o algoz manipula as vítimas a ponto de elas começarem a questionar suas próprias percepções e memórias,um fenômeno conhecido como "gaslighting". Nesse contexto,a mitomania é uma ferramenta de poder e destruição da realidade alheia.
O ego do algoz e sua propensão à mitomania são sintomas de uma falta de empatia e uma recusa consciente de se responsabilizar. Ele usa a manipulação e a mentira para manter a percepção de ser imune a falhas ou culpas,o que revela não apenas um caráter egocêntrico, mas uma estrutura psicológica de defesa rígida e narcisista.
Manipulação Emocional e Gaslighting
O gaslighting é uma técnica onde o algoz distorce informações ou faz a vítima questionar sua própria sanidade e memória. Ele utiliza de mentiras sutis,omissões ou manipulação de fatos para criar uma realidade alternativa. Ao fazer isso,o algoz insere dúvidas na mente da vítima sobre suas percepções e até mesmo sobre sua moralidade. Em muitos casos,ele apresenta seu comportamento abusivo como uma consequência direta das ações ou fraquezas da própria vítima,invertendo os papéis e se posicionando como o verdadeiro sofredor.
Provocações Deliberadas
As provocações são uma tática clássica para desgastar emocionalmente e mentalmente a vítima. O algoz sabe como e quando apertar as feridas mais dolorosas da vítima,o que pode incluir comentários sarcásticos,desdém, humilhações veladas,insultos indiretos ou críticas disfarçadas de conselhos. O objetivo é desencadear uma reação emocional desproporcional na vítima,levando-a a uma explosão emocional que,então,pode ser usada para validar a narrativa de que ela é instável ou irracional. Essa técnica cria um ciclo de auto-culpabilização na vítima e alimenta o ego do algoz,que se vê como capaz de manipular suas emoções à vontade.
Inversão de Papéis
Uma tática central para os algozes é a inversão de papéis,onde eles se apresentam como vítimas das circunstâncias,de injustiças ou até mesmo da própria vítima. Ao se colocarem em uma posição de vulnerabilidade aparente, conseguem gerar empatia, piedade ou apoio de terceiros. Isso não apenas reforça sua narrativa de inocência,mas também isola a verdadeira vítima,que começa a ser vista como agressora ou causadora de problemas. O algoz pode criar uma narrativa de perseguição, alegando que é constantemente incompreendido,injustiçado ou alvo de difamação.
Controle através de uma Máscara Social
Algozes que atuam em posições de poder social,profissional ou religioso,como líderes religiosos,advogados,ou figuras de autoridade, frequentemente constroem uma "máscara" social de benevolência,bondade ou sucesso. Essa máscara é cuidadosamente projetada para atrair confiança e criar um contraste marcante entre a percepção pública e suas ações privadas. Através desse mecanismo,eles garantem o apoio de pessoas influentes e estabelecem uma barreira de credibilidade contra qualquer acusação. Psicologicamente, a imagem externa de moralidade ou virtude serve como uma defesa contra a culpa interna e uma maneira de fortalecer seu narcisismo.
Mentiras e Reescrita de Histórias
Por fim,há a tática da reescrita da história,que envolve a construção de uma versão paralela da verdade,na qual o algoz é sempre visto sob uma luz favorável. Ele mente abertamente sobre os eventos passados, distorce conversas,inventa histórias e convence terceiros de sua versão. Essa reescrita narrativa é central para sua autopercepção e validação social,pois ele precisa manter um certo controle sobre a verdade para sustentar a máscara que construiu. Psicologicamente,essa tática também permite ao algoz evitar confrontar a realidade e suas próprias falhas, projetando a culpa nos outros.
Em resumo,essas táticas refletem um complexo jogo psicológico que se baseia em manipulação, controle e construção de narrativas favoráveis ao algoz. As provocações,mentiras e inversões de papéis são utilizadas para minar a confiança da vítima,moldar a percepção dos outros e proteger a imagem pública do algoz. No fundo, essas táticas são formas de preservar um ego frágil e narcisista,que depende da subjugação dos outros para se afirmar como poderoso e irrepreensível.
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haileybieberbrs · 6 months ago
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Hailey Bieber discute gravidez, maternidade e como enfrenta seus medos em entrevista à W Magazine.
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Após uma carreira bem-sucedida como modelo e empreendedora, enquanto protege ferozmente sua privacidade, Bieber se prepara para um novo papel transformador sob os holofotes.
Quando Hailey Bieber começa uma declaração com “a internet é um lugar assustador para uma mulher grávida”, você não pode ter certeza do que virá a seguir. Será que ela detalhará a dissonância cognitiva criada quando a rolagem apocalíptica se colide com a gravidez? Ou revelará os medos que tem sobre trazer uma criança para o intenso brilho da fama, como fez a modelo e empreendedora de 27 anos há apenas um ano, quando brincou dizendo que esse prospecto a fazia chorar “o tempo todo”?
Acontece que não é uma preocupação global nem hiper-pessoal que faz Bieber hesitar quando está tentada a ir online. É um problema da era digital que acaba sendo profundamente identificável: cibernocondria, também conhecida como a ansiedade ou “resultado negativo da busca por informações de saúde online”, de acordo com um periódico científico.
“Você vê tantas histórias—histórias traumáticas de parto, experiências traumáticas—e eu sei que isso é muito real”, ela diz, descansando suas mãos com as unhas pintadas de rosa gentilmente sobre a barriga. “Mas eu não quero me assustar.”
Quando nos encontramos, já se passou um mês desde o anúncio da gravidez de Hailey e Justin Bieber, e ela parece o oposto de apreensiva. Enrolada em um extremo de um sofá de couro no estúdio em Hollywood onde filma sua série no YouTube (“Who Is In My Bathroom?” e “What Is In My Kitchen?”), Bieber está vestida com uma camiseta branca cropped e jeans Helsa pretos de cintura baixa que abraçam seu ventre exposto como se fossem projetados exclusivamente para vestuário de gestantes. (A cultuada marca de Los Angeles não é na verdade destinada a futuras mamães, mas Bieber tem o dom de fazer qualquer tendência parecer invenção dela.) Seu rosto está quase sem maquiagem, revelando uma leve cobertura de sardas ao longo do nariz e das bochechas, que estão coradas pelo blush da sua marca de skincare, Rhode.
Após um primeiro trimestre marcado por náuseas matinais agudas—“Eu não sei por que chamam assim, porque dura o dia todo; precisamos mudar o nome”, ela diz, com um sorriso irritado—Bieber chegou à reta final se sentindo bem, graças a treinos de força e uma dieta rica em proteínas composta por “muitos ovos, frango e bife.” Seu publicitário trouxe várias sacolas de alimentos preparados de Erewhon e uma seleção de água e kombucha. Mas a principal orientação alimentar de Bieber durante a gravidez? “Eu apenas ouço o que o bebê quer. Se o bebê quiser pizza um dia, vamos comer pizza.”
Uma autoproclamada amante da comida, ela permitiu-se um luxo durante a gravidez: contratar um chef particular para preparar os jantares em casa, algo que ela admite prontamente, quase timidamente, ser um “grande luxo.” Bieber adota um comportamento semelhante quando pergunto sobre o novo anel de diamantes desenhado por Lorraine Schwartz que ela está usando no dedo do anel de noivado, e ela é rápida em dissipar rumores de tabloides de que o novo anel é mais de dez quilates maior que o antigo anel de noivado.
“Na verdade, esse é apenas um quilate maior. É só alongado.”, ela diz, antes de puxar as mãos de volta e dobrar os dedos sobre o colo para escondê-los. “Eles estão inventando suas próprias histórias sobre isso. Eu não gosto. Eu não queria falar sobre isso.”, ela diz, mantendo a polidez, mas com reserva.
Não querer falar, explicar ou se desculpar por cada detalhe de sua vida privada foi uma das motivações para esconder sua gravidez por seis meses. A outra foi um produto do acaso. “Eu consegui manter em segredo porque fiquei pequena por um longo tempo”, ela diz. “Eu não tinha barriga, na verdade, até eu estar com seis meses de gravidez, quando eu anunciei. Eu consegui usar casacos grandes e coisas assim.”
Ainda assim, buscar privacidade pode cobrar seu preço. “Eu provavelmente poderia ter escondido até o final”, ela diz. “Mas eu não gostei do estresse de não poder desfrutar minha gravidez externamente. Eu sentia como se estivesse escondendo um grande segredo, e não era bom. Eu queria a liberdade de sair e viver minha vida.”
O desejo de viver sua vida aparece várias vezes ao longo da nossa entrevista, um sinal claro de quão difícil tem sido fazer isso desde que ela se tornou Sra. Bieber há seis anos. Embora tenha trabalhado com um terapeuta para, em suas próprias palavras, “compartimentalizar” a escrutínio negativo que recebe diariamente, há certos aspectos de sua experiência com a mega-fama que são mais difíceis de esconder.
“As pessoas me fizeram sentir tão mal sobre meu relacionamento desde o primeiro dia. ‘Oh, eles estão se separando. Eles se odeiam. Eles estão se divorciando.’ É como se as pessoas não quisessem acreditar que estamos felizes” ela diz. “Eu costumava tentar agir como se doesse cada vez menos. Eu tentei pensar que você se acostuma com isso em algum momento, que é isso que vai ser dito e é assim que as pessoas vão ser. Mas eu percebo que na verdade nunca dói menos.”
Pessoalmente, Bieber parece mais jovem, com traços mais delicados e menor do que suas aparições no tapete vermelho ou sua mais recente campanha da Saint Laurent fariam você acreditar. A Hailey que o público conhece projeta a confiança de uma girlboss original, uma mulher de carreira poderosa que acabou de sair de um pôster de Patrick Nagel. Isso a tornou a embaixadora ideal para Tiffany & Co., Jimmy Choo, Calvin Klein e Versace, marcas onde a força feminina e o luxo fazem uma combinação excelente. Mas esse estereótipo—dura, com um certo desapego emocional—tende a eclipsar a pessoa que vive além dessas imagens brilhantes. A verdadeira Hailey sorri facilmente, fala com as mãos (frequentemente adornadas com algum tipo de arte nas unhas), enruga o nariz quando ri, faz desafios engraçados como arranjar flores rapidamente com convidados em seus shows no YouTube e é, no final das contas, uma jovem na casa dos 20 anos, ainda tentando entender tudo.
Nascida em Tucson, Arizona, filha do ator Stephen Baldwin e sua esposa, a designer gráfica Kennya Deodato Baldwin, e criada em Nyack, Nova York, Bieber descreve seus primeiros anos como felizes. “Eu tive uma infância bastante normal. Obviamente, venho da família de onde venho, e sempre reconheci que isso era diferente”, a filha mais nova de duas filhas reconhece. “Não estou super próxima da minha família neste ponto da minha vida porque sinto que sou muito independente. Sou uma pessoa individual agora, e construí minha própria família. Mas quando olho para trás na minha infância e como cresci, tenho memórias muito queridas e bonitas.”
Bieber assinou com a Ford Models aos 17 anos e se mudou para Nova York, onde, ela diz, um tanto obliquamente, que se viu de repente cercada por “muitas pessoas adultas fazendo coisas muito adultas.”
“Eu comecei a viajar pelo mundo, ganhando meu próprio dinheiro”, ela se lembra. “Consegui meu próprio apartamento e tive que aprender a viver sozinha e pagar contas. Isso me empurrou para a vida adulta meio que rapidamente, quando a maioria dos meus amigos estava apenas saindo para a faculdade.”
A surfista profissional e nativa do Havai Kelia Moniz, uma amiga próxima daqueles dias formativos em Nova York, confirma que a melhor amiga com quem ela tem mantido contato quase uma década sempre teve um espírito aventureiro. “Nós costumávamos ir a Montauk com frequência porque a família do meu marido tem uma casa lá”, diz Moniz, referindo-se ao fotógrafo Joe Termini, que a apresentou a Hailey e Justin. “A primeira vez que levei Hailey para surfar com a prancha, foi uma ideia realmente estúpida, honestamente. Ela sempre teve um pouco de medo da água. Mas eu disse, ‘Hailey, eu prometo que faremos isso juntas.’ Estamos ambas na mesma prancha de surfe. Ela está deitada na frente de mim, e eu estou segurando a corda. Quando Joe arranca com o barco, eu me levanto primeiro, e depois puxo ela de volta do traje de neoprene e”—Moniz interrompe sua própria história, rindo—“ela tinha essas perninhas longas e tentava se levantar na prancha de surfe, e parecia um cervo depois de nascer, tentando encontrar seus pés. Foi a pior ideia, porque foi a maneira mais difícil para ela aprender a surfar. Mas nos divertimos muito.” Apesar das condições subótimas naquele dia em Montauk, Bieber não hesitou em subir em uma prancha novamente com Moniz. “Nós fizemos isso certo da segunda vez e surfamos juntas em Waikiki. É o melhor lugar do mundo para aprender", diz Moniz, uma duas vezes campeã mundial de longboard feminino da ASP cuja família possui uma escola de surfe em Honolulu e é considerada realeza do surfe. “Acho que as pessoas não esperariam que ela fosse surfar, mas ela sempre está disposta.”
Entrar corajosamente no desconhecido pode ser a marca de uma mulher moderna, mas também é a qualidade que levou Bieber a tomar a decisão decididamente antiquada de se casar aos 21 anos, que era a norma para as mulheres há cerca de 50 anos. Embora ela mantenha que se casar jovem foi a decisão certa para ela, Bieber aponta um dedo rosa para uma cadeira vazia oposta ao sofá em que estamos sentados e diz, “Eu não diria a uma jovem de 21 anos sentada ali, ‘Acho que você deveria se casar.’ É realmente a experiência de cada indivíduo.” À medida que ela e Justin se aproximam da realidade de uma família ampliada, Bieber está aproveitando ao máximo o tempo que os dois têm restantes como um casal sem filhos.
“No começo [da gravidez], foi super emocional para mim. Tipo, ‘Eu amo tanto esse ser humano [Justin]. Como posso trazer outra pessoa para isso?’ ” ela diz. “Estou tentando absorver esses dias de ser apenas eu e Justin, apenas nós dois.”
Outro marco que Bieber alcançou antes de muitos de seus pares é construir sua própria empresa, a linha de skincare Rhode, que ela lançou em 2022. “Eu sabia que não ia ficar no mundo da moda para sempre, e sempre quis transformar isso em algo mais. Por um tempo, não sabia o que era, até eu começar a Rhode, e então eu pensei, ‘Oh, isso é o que eu devo estar fazendo. É aqui que eu me sinto confiante e autêntica.’ ”
Sua autoconsciência entra em cena assim que ela termina esse pensamento, como se estivesse antecipando um revirar de olhos. “Eu sabia que era um espaço realmente saturado e que todo mundo estava cansado das marcas de celebridades”, ela diz. “Então eu queria entrar com um ponto de vista diferente. O mais importante é a eficácia do produto, o que está dentro do frasco. Mas não só isso, eu queria que fosse chique. Eu queria que fosse legal.”
A filosofia da Rhode é centrada em trazer o brilho úmido e o polimento minimalista característicos da fundadora para as massas, sem que nenhum produto exceda o limite de $30.
“Eu olhei para isso do meu ponto de vista de estilo. Tipo, quais são os itens essenciais que você precisa ter no seu guarda-roupa? A jaqueta de couro perfeita, o par de jeans perfeito, a camiseta branca perfeita. Então, caiu na pergunta: Quais são os seus itens indispensáveis que compõem o seu guarda-roupa de skincare? Você não precisa ter uma rotina de nove etapas para ter uma pele ótima. Não precisa ser complicado.”
Embora seus críticos mais duros tenham há muito descartado as conquistas de Bieber como produto de nepotismo—algo que ela mostrou senso de humor ao usar uma camiseta de “nepo baby” quando foi fotografada pelos paparazzi—o sucesso que sua empresa alcançou em dois curtos anos é inegável.
O primeiro lançamento da Rhode consistiu em três produtos de skincare, e um deles, o Peptide Glazing Fluid, esgotou imediatamente e gerou uma lista de espera de 100.000 pessoas. Um cleanser de abacaxi e dois produtos de beleza—um tratamento labial disponível em versões sem cor e com cor, e o Pocket Blush—seguiram e foram recebidos com igual fervor. Logo após o lançamento da marca, Bieber foi aclamada na capa da edição 30 Under 30 da Forbes como uma “modelo que virou magnata”; no ano seguinte, foi homenageada como membro da “próxima geração de liderança” na revista Time.
Em fevereiro passado, a Rhode anunciou um novo CEO, Nick Vlahos, o executivo que levou a Honest Company de Jessica Alba a uma avaliação de IPO de $1,44 bilhões, sugerindo que Bieber tem movimentos maiores em mente para sua pequena marca de beleza. Mas não espere que a influenciadora da Geração Z se torne uma executiva corporativa tão cedo. Um dos produtos mais esperados da Rhode é sua capa de silicone para iPhone, projetada com um slot para segurar seu popular Lip Tint. É ao mesmo tempo um produto divertido e prático. Quando pergunto como isso surgiu, ela diz, “Estávamos em uma reunião um dia, e eu tinha um daqueles adesivos na parte de trás do meu telefone”, ela diz, pegando seu iPhone, que está envolto na cor ‘shortcake’ da Rhode. “Estávamos conversando, e eu estava colando a tintura labial na parte de trás do telefone. E coletivamente, todos ficaram tipo, ‘hã?’ Então eu disse, ‘Espera. Podemos fazer isso? Podemos criar algo que possa segurar isso no seu telefone? Alguém pode pesquisar se isso existe?’ ” ela diz, com a voz crescendo em excitação. “E não existia.”
A lendária maquiadora Pat McGrath, que comanda sua própria marca de beleza bilionária e que conhece Bieber desde que ela era uma modelo iniciante, credita o sucesso da Rhode ao envolvimento íntimo da fundadora em seu desenvolvimento. “O que sempre vai diferenciar a Rhode é que é verdadeiramente uma extensão de Hailey e seu compromisso em criar produtos que reflitam sua própria filosofia de beleza—simples, eficaz e divertida”, diz McGrath. “Ela tem uma compreensão profunda do que os consumidores de hoje querem, e está entregando isso com autenticidade e paixão.”
Até a revista Wired, cujo público leitor é predominantemente masculino e de meia-idade, deu à Lip Case o devido reconhecimento, escrevendo, “Esta simples e curva capa para hidratante labial destacou o fato de que existe um universo inteiro de acessórios que ainda não existe—especialmente para mulheres.”
Tanto a Porsche quanto a Heinz ketchup capitalizaram o apelo viral da capa de telefone lançando anúncios que promovem designs semelhantes para segurar chaves de carro e um pacote de ketchup. (Nenhuma das empresas produziu esses estojos. O anúncio da Porsche foi uma piada de 1º de abril, e o da Heinz foi destinado a uma promoção de sorteio.) Um comentário no reel do Instagram da Porsche resumiu sucintamente o que já estava claro: “De ketchup a carros de luxo, o que Hailey Bieber faz, todos seguem.”
Apesar de ter mais de 52 milhões de seguidores no Instagram, Bieber ainda se surpreende com a vastidão de seu alcance. “O maior elogio para mim é se eu estiver em algum lugar e alguém acenar com seu Lip Treatment para mim. É a sensação mais surreal”, ela diz. “Eu não consigo acreditar que essa pessoa foi lá e comprou.”
A assessora de Bieber põe a cabeça na sala para avisar que ela está em risco de perder seu voo e ajuda a embalar as sobras do Erewhon. Eu pergunto para onde ela está indo. Idaho, me diz Bieber, onde ela e Justin têm uma casa. E será que será apenas os dois para uma última lua de mel? Ela acena com a cabeça. “Ele já está lá,” ela diz, “esperando por mim.”
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sobreiromecanico · 6 months ago
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Domingo de cinema
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Há uns dias conversava no escritório com uma colega de trabalho sobre as dificuldades de se viver hoje em dia em Lisboa (a habitação é um sarilho). Sei que continuo a viver no centro da cidade a prazo; mais dia menos dia quererei uma casa um pouco maior, preferencialmente minha (ou, com mais rigor, do banco até eu morrer ou pagar o crédito, o que quer que aconteça primeiro), e aí terei de abandonar a cidade onde vivo faz em Setembro 19 anos. Nem tudo é mau em viver na periferia, imagino: será decerto uma vivência mais calma, se bem que a famosa confusão da capital sempre tenha parecido um fenómeno algo exagerado. É claro que há inúmeras e óbvias vantagens de se viver no centro de uma cidade grande, e também por isso é mais caro (a pergunta que importa colocar é se devia ser tão caro); e depois há as pequenas vantagens, os benefícios discretos de que só nos apercebemos mesmo quando deixamos de os ter à mão. Por exemplo, sair de casa a meio da manhã e em pouco mais de dez minutos estar a entrar no cinema para ver a sessão das 11:00 de O Sétimo Selo, agora em reposição no contexto da grande retrospectiva de Ingmar Bergmam que tem decorrido no Cinema Nimas, um dos dois tesouros cinéfilos de Lisboa (o outro é a Cinemteca, evidentemente). Há anos que andava para ver este filme de 1957, e ter tido a oportunidade de vê-lo numa boa sala de cinema é um pequeno luxo: O Sétimo Selo é de facto um filme espantoso, com um Max Von Sidow jovem e magnético no papel de Antonius Block, um cavaleiro que regressa desencantado das Cruzadas e desafia a Morte para uma partida de xadrez que lhe poupe a vida, ou que pelo menos lhe dê tempo suficiente para encontrar um propósito para a sua breve passagem pela luz. E é durante essa partida que vagueia com o seu escudeiro, Jöns, por uma Suécia devastada pela peste negra e por um fervor religioso quase-apocalíptico, encontrando nos entretantos da partida de xadrez todo um conjunto de personagens que o vão acompanhando. Ver agora O Sétimo Selo lembra-me de quando vi, salvo erro em 2020, Os Sete Samurais e A Fortaleza Escondida de Akira Kurosawa (por sinal todos filmes dos anos 50 - e também num excelente ciclo do Nimas): é descobrir as pedras angulares do cinema moderno, as origens de inúmeras alusões, referências, piscares de olhos e até paródias de tantos e tantos filmes que se lhes seguiram, e que à sua maneira se tornaram icónicos. Enfim, é um grande filme, sem dúvida um dos grandes filmes, que vem reforçar uma convicção crescente: é bem possível que a década de 50 tenha sido a grande década do cinema. Ou não fosse a década que também nos deu, para além dos títulos já referidos, obras como The Night of the Hunter, Paths of Glory, Vertigo, Forbidden Planet, ou The Day the Earth Stood Still.
Claro que passar de uma sessão de O Sétimo Selo antes de almoço para ir ver durante a tarde (e apenas a uma estação de metro de distância) Deadpool & Wolverine será (foi) um exercício surreal de... sei lá, dissonância cognitiva? Não pretendo manifestar aqui o espírito de um dos críticos de cinema do Ípsilon (cruzes canhoto), mas será necessária muita generosidade para designar Deadpool & Wolverine como um filme: na melhor das hipóteses estará mais próximo de um sketch de duas horas e sete minutos que consiste em pouco mais do que referências internas aos últimos 26 anos de filmes de super-heróis da Marvel e de segmentos de humor cru com referências musicais irónicas (na definição moderna de ironia). Se quisermos desenvolver um pouco mais: é uma espécie de Ready Player One hiper-centrado nas versões cinematográficas de personagens da Marvel, com sangue, tripas e calão suficiente para justificarem a classificação R, e que vive apenas das piadas assentes nas referências, na violência, no innuendo e no constante diálogo com o espectador que se tornou imagem de marca de Deadpool. Resultou bastante bem no primeiro filme em 2016, quando o contraste com a restante oferta do Marvel Cinematic Universe trouxe algo de novo (até porque o MCU estava a ficar cada vez mais maçador), mas ao fim de três filmes a própria irreverência já se tornou formulaica, sendo embalada e servida ao público tal como o público a quer. Nada contra: eu também me ri em vários momentos (é preciso ser-se muito sisudo para resistir a 127 minutos de humor juvenil), achei a piada em redor de Chris Evans muitíssimo bem conseguida, e diria até que apanhei a esmagadora maioria das referências. Mas como filme, como objecto cinematográfico, é, passe a citação política, muito poucochinho.
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kuronekonerochan · 1 year ago
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Rant gigantesco sobre Portugal, políticas, e parafraseando mal de propósito o nosso Salgueiro Maia, o estado a que esta merda chegou.
Como o pessoal tuga online sabe há um certo subreddit tuga conhecido, dito de maneira simpática, pela sua afinidade pela ala direita do espectro político, pela sua crítica à imigração (apesar de terem familiares emigrados pela Europa fora, América, etc, alguns estarem eles próprios emigrados fora do país, e uma grande percentagem estarem constantemente a falar sobre terem que emigrar eles próprios...e também uma percentagem não tão insignificante assim de bolsonaristas que se esqueceram que são eles próprios imigrantes em Portugal), críticas às políticas sociais e apoios como subsídios de desemprego e rendimento social de inserção (das quais muitos se descaem e acabam por confessar sem se aperceberem que são beneficiários destas mesmas políticas sociais).
Como disse, estava a ser simpática. Se for objectiva, é um antro de racismo e xenofobia que me deixa envergonhada de ser compatriota desta gente. E é também claramente uma comunidade de extrema direita de indivíduos delirantes que acha que ainda vai ser rico, se ao menos lhes baixassem um bocadinho os impostos, em vez da realidade de que lhes bastava 3 meses de desemprego ou doença para ficarem endividados na penúria, e que sem o estado social que tanto criticam seria menos de um mês. Claramente também não têm conexão entre o tico e o teco naquelas cabecinhas (ver a dissonância cognitiva relativa à e/imigração acima).
Indivíduos para os quais as sanguessugas do sistema são sempre os outros, nunca eles, aqueles que nunca vão ficar doentes, nunca vão ficar desempregados, que quando emigrarem porque "este país é uma merda e só vai piorar" vão ser bons imigrantes para onde forem, não é como os outros imigrantes "que para aqui vêm dar cabo do nosso país". Porque são sempre os outros que são uma merda, por eles "fazia-se uma limpeza e este país andava para a frente".
Porque é que estou neste sub? Porque não quero ficar confinada à minha bolha ideológica e deixar-me enganar a pensar que no meu país todos pensam como eu. Também para me obrigar a contactar com outras ideologias e ver as críticas que fazem às minhas, ver também se me identifico com alguma parte de outra ideologia. No fundo para me forçar a manter pensamento crítico, a tentar perceber a realidade de forma mais objetiva no seu todo e não cair no conforto do meu subjectivo, não me deixar tão exposta ao mesmo loop de opiniões que acabe por ser indoctrinada numa versão da "realidade" que não é de facto real. Confesso no entanto que quanto mais contacto com "o outro lado" mais segura estou que, mesmo que eu não esteja certa, eles estão definitivamente errados. Empatia, simpatia, compaixão e preocupação com o próximo parecem conceitos alienígenas naquele sub. Não saio porque acho que é mesmo importante saber que quando saio de casa, uma parte significativa das pessoas com quem interajo pensa assim. No entanto é tóxico, ptt como todos os venenos, limito a minha exposição ao mínimo necessário.
Atenção que não estou aqui a criticar diferentes opiniões políticas, pelo menos as moderadas. É legítimo ter opiniões diferentes sobre carga fiscal, alocação e aplicação dos fundos do estado, etc. É o que significa viver em democracia, poder discordar mas ainda assim respeitar a opinião dos outros.
E para o pessoal do "não ligo a política", tudo nas nossas vidas É política. E a política É o que tem o poder para mudar as nossas vidas, quer para melhor quer para pior. "Ai mas não muda nada". Pode haver áreas em que os cidadãos consigam ter mais voz direta que noutras, é verdade, mas também é verdade que quantos mais há do "não ligo, não percebo, não vale a pena", pior as nossas vidas vão ficando. A minha avó de 85 anos de iniciativa própria e com muitos problemas de saúde vai votar, não há desculpa para adultos saudáveis não se darem a esse trabalho. Não são crianças, já deviam ter passado a fase da birra do "não gosto, não faço". Já são crescidinhos e sabem ler, usem essa faculdade, da qual muitos dos nossos antepassados infelizmente não gozaram, para ler nem que seja na diagonal o programa dos partidos. Façam o mínimo do dever cívico.
Voltando ao infame sub, bora lá dar um rant gigantesco e desorganizado sobre um dos temas preferidos...
"O imigrante que não quer trabalhar e vem para cá arruinar o país e abusar do nosso sistema que isto é só direitos e subsídios."
Não me dou ao trabalho de debater isto nos comentários lá. Primeiro porque pessoas sem o mínimo de consideração e compaixão pelo próximo que acham que o mundo gira em redor deles, xenófobos, racistas, homofóbicos, retrógrados não merecem sequer resposta. Segundo porque isto aqui é mais um desabafo, ventilação emocional das respostas a estas falácias que sei como responderia e tenho opinião formada sobre o assunto, apesar de preferir ser mosca na parede, infiltrada e invisível naquele covil.
Ok, é agora, juro:
Através das políticas dos sucessivos governos nas últimas décadas, uma grande parte dos portugueses de gerações mais novas foi forçado a emigrar e ao contrário das gerações anteriores, não vão voltar. Por isso a emigração é necessária porque precisamos de trabalhadores jovens a descontar e até de crianças que eventualmente cresçam cá e ajudem a renovar a população activa e assim contribuindo para as pensões dos portugueses mais idosos (vamos todos chegar a velhos, se tivermos essa sorte, embora muitos pareçam esquecer-se disso). A culpa de os portugueses jovens terem emigrado não é dos imigrantes. Quanto muito é de outros portugueses com poder de decisão. A questão da imigração poder estar descontrolada também não é dos imigrantes, é dos políticos portugueses.
Side rant: A título pessoal e fora deste argumento, tenho a dizer que acho que todas as pessoas têm o direito a procurar melhores condições de vida e a questão da legalidade da emigração é uma hipocrisia em si mesma. Da mesma forma que considero que todos os seres humanos têm direito à saúde e a proteção na doença, à habitação, à educação, direito a comida, água, paz, liberdade religiosa, sexual e de expressão (que termina quando põe em causa todos estes direitos do outro). No fundo todos temos o direito de vivermos com dignidade.
No entanto, isto é um mundo cão que, até atingirmos um nível civilizacional mais próximo do utópico, há de facto considerações que exigem que haja controlo de migrações. Os factores económicos não são a razão disto (a economia são pessoas, não é um fenómeno aleatório e imprevisível natural e portanto os problemas económicos são problemas causados por pessoas). São apenas a condicionante que impõe questões de segurança, saúde pública e gestão de recursos limitados que no final põe em causa a dignidade humana por infelizmente não ser possível dar uma vida digna, com direito a tudo o que já disse, a todos os que migram em busca disso. Por isso é importante haver políticas de imigração que prejudiquem o menos possível as pessoas, quer as naturais de um local, quer os imigrantes. Mesma perspectiva sobre acesso à saude. Tem de ser gratuita e é um direito humano, quer uma pessoa esteja no seu país de origem quer seja estrangeiro, no entanto, fundos limitados, incapacidade de atender a todos, dignidade humana, etc. Isto no abstracto. Na saúde não consigo nem quero mudar a minha opinião de que quem precisa de cuidados de saúde tem de os ter e não pode haver qq consideração financeira. Se não pode pagar, não paga, não tem de ficar endividado por doença e tem é de ser tratado. Nisto somos todos iguais. Pode parecer uma contradição depois de dizer que o sistema não aguenta, mas felizmente não me cabe a mim tomar decisões administrativas em saúde.
Agora, de volta à falácia de que falei, em que o imigrante vem trabalhar o mínimo para ter direito ao subsídio de desemprego e depois sai.
Isto só é assim se se for despedido e não se se despedir.
E de facto, ser despedido se uma pessoa quiser não é difícil. É só fazer mal o trabalho de propósito, ou não o fazer e dar prejuízo ao patrão. Mas este aproveitamento do sistema não tem nada a ver com ser imigrante ou português. Há portugueses a fazer o mesmo. Circuito trabalhar o mínimo para assegurar o subsídio de desemprego, que implica inscrição no centro de emprego, obrigam a fazer umas formações (se não quiserem chateiam os médicos para passar uma baixa curta a justificar as faltas), recusam as primeiras propostas até serem obrigados a aceitar ou perdem o subsídio, e volta ao início...
Mas sinceramente, e sei que estou na minoria nesta questão, mesmo na companhia de pessoas moderadas ou de esquerda, nada disto me incomoda assim por aí além porque tirando a parte da ética e moral de ser injusto e desonesto, o dinheiro que levam com isto é uma ninharia que mal dá para uma subsistência básica, só para sobreviver (nem o salário mínimo dá, quanto mais estes apoios).
A alternativa a estes mecanismos não existirem é forçar as pessoas ao desespero completo e levar ao aumento da criminalidade e depois gastar muito mais com reforço de policiamento e armamento e meus amigos, eu prefiro estar a pagar para que outras pessoas sobrevivam do que estar a pagar para que morram e matem em conflitos policiais, com a agravante de ter de sair do emprego e ir a correr refugiar-me em casa porque depois do pôr do sol corro o risco de morrer durante um assalto.
Portanto, pagar para outros poderem sobreviver e com isso poder de vez em quando jantar fora e andar a pé na rua de noite em relativa segurança não me parece o fim do mundo.
Sobretudo porque o que eu pago em impostos para isso são migalhas comparado com o que pago para resgatar bancos dos quais não sou cliente (se esses bancos caíssem a lei garante o pagamento aos clientes de dinheiro à ordem e nas poupanças, excluindo investimento de risco, até um valor máximo bastante superior às poupanças dos portugueses comuns), joguinhos de privatização, nacionalização, e volta atrás de empresas do estado e negócios onde o estado vende empresas a meter mais milhões nelas para poderem ser vendidas, fuga ao fisco de gajos milionários que se pagassem a p*ta dos impostos todos certinhos, continuavam podres de ricos (Salgado, Berardo, o Vieira, etc), pacotes de despedimento milionários de gestores (o gajo da PT aqui há uns anos, a Alexandra Vieira e a outra francesa da TAP), desvio de dinheiro e derrapagem nas obras públicas...enfim tudo exemplos em que apenas um destes casos daria para pagar anos do total de subsídios atribuidos pelo estado de proteção social aos mais pobres.
Uma pessoa sem rendimentos manipular o sistema para não morrer de fome nas ruas, mesmo que seja por não querer trabalhar, não me dá mais que um ligeiro incómodo, até porque o "não quer trabalhar" num país como o nosso com o SNS a arder e zero de investimento em saúde mental é muito provável que seja na verdade problemas psiquiátricos não diagnosticados nem tratados porque a pessoa é demasiado pobre para ir a um psiquiatra privado e a menos que tenha um surto sério pode nunca ir parar à psiquiatria no SNS.
Consulta no médico de família (se o tiver sequer) sem motivo de doença aguda são meses de espera. Juntar a isto ter o azar de não ter apoio de família/amigos nem a capacidade de se aperceber que não está bem psicologicamente e temos pessoas com sérios problemas de saúde mental que as impedem de manter empregos e que vão passar anos (ou a vida inteira) sem diagnóstico, tratamento ou acompanhamento necessários, o que resulta em ficar depende a longo prazo destes subsídios para sobreviver.
O que me deixa lixada são os muito ricos que não têm necessidade nenhuma de desfalcar o estado para levarem uma vida com as mordomias todas e só o fazem por pura ganância. Isso e a corrupção toda que em Portugal compensa porque nunca ninguém, mesmo condenado, leva com pena de prisão de jeito e o crime compensa. Mas se um pobre roubar umas latas de atum ao Continente, grupo multimilionário Sonae que chegou a meter caixas de vinil com alarme em bens essenciais baratos para não serem roubados (por aqui se vê o bem q pagam aos funcionários se os obrigam a gastar o seu tempo remunerado a "proteger" alimentos de menos de 3 euros 1 a 1), sujeita-se a ficar com a vida estragada.
Voltando ao ponto inicial de fazer de propósito para ser despedido e ir ganhar subsídio durante uns meses, um trabalhador a ganhar salário mínimo e a ser explorado (por vezes até vítima de bullying por superiores) a fazer isso não me incomoda por aí além, se for a comparar com pessoal com dinheiro a entrar com cunhas para cargos de gestores públicos em que independentemente de fazerem bem o seu trabalho ou não saem sempre a ganhar. Se ficarem no cargo, ganham balurdios em bónus que atribuem a si próprios, enquanto cortam os salários dos seus trabalhadores e despedem outros, e se fizerem porcaria suficiente para chamarem a atenção da comunicação social, saem com pacotes de despedimento de milhões que estavam contratualizados (os nossos contratos de trabalho não são assim infelizmente), e por vezes ainda mais milhões porque por terem saído ficam impedidos pelas leis da concorrência de trabalhar no seu sector durante uns tempos, portanto levam quantias surreais para ir gastar nas Maldivas enquanto estão "impedidos de trabalhar". Passado esse período, já há outro tacho à espera deles. Mais uma vez, quantos rendimentos sociais de inserção e subsídios de desemprego a quantos milhares de pessoas seriam precisos para igualar o bónus de rescisão de um só destes tipos? Isto tudo pago também com os nossos impostos.
A questão para mim é que atirar as culpas das contas do país para o cidadão comum que só está a tentar sobreviver de mês a mês, quer estejam a manipular o sistema ou não, é populismo barato, quando o dinheiro a sério está a ser desviado das contas do estado por malta que mesmo sem falcatruas teria dinheiro suficiente para viver como um rei até ao fim dos seus dias e sustentar ainda as vidas inteiras das próximas duas gerações. Pagar impostos para pagar a conta de supermercado de outra pessoa, quer mereça ou não, não me tira o sono. Contribuir para o terceiro Porsche de um gajo que só tem em seu nome uma garagem em cascos de rolha (coitadinho), mas que a mulher, a ex, os filhos, o amigo, o motorista e o periquito têm todos património equivalente ao rei de Inglaterra (hipérbole), enquanto tenho de esperar horas com pulseira laranja a contorcer-me de dores para que um médico exausto me consiga ver porque "o estado não tem dinheiro para investir no SNS", isso sim deixa-me doente.
Disclaimer final obrigatório no final deste post (e sobretudo se se escrever no tal subreddit):
NÃO VOTO, NÃO VOU VOTAR, NEM NUNCA VOTEI PS, EXCEPTO UMA VEZ PARA A JUNTA DE FREGUESIA, EM QUE SE VOTA PELA PESSOA E NÃO PELO PARTIDO.
Portanto malta, ó pá, votem! Votem à esquerda, ao centro, à direita, votem PS, votem o que quiserem (sim, mesmo nos tais partidos que não devem ser mencionados... mas aí tenham a decência de admitir isso em público e não só no computador, anónimos, porque eu quero saber com quem não quero conviver)...é isso que significa democracia.
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psicoonline · 2 years ago
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Nesta ilustração, pessoas (arqueólogos?) escavando se deparam com uma cena intrigante: a ossada de um #dinossauro tiranossauro mordendo um disco voador. A reação dos estudiosos é de perplexidade, ao afirmarem que "isso complica as coisas". Isso nos remete a um fenômeno conhecido como "dissonância cognitiva", que é a sensação de desconforto psicológico que ocorre qdo nossas crenças ou atitudes entram em conflito com as informações que recebemos. É um dilema no link daquilo que já construímos como verdades. No caso dos estudiosos, a descoberta vai contra a teoria #científica predominante sobre a #extinção dos dinossauros e a existência de seres extraterrestres. Além disso, a imagem também ilustra a ideia de que nossas #percepções e interpretações da #realidade são influenciadas por nossas #expectativas e #crenças prévias. Eles estavam provavelmente procurando por evidências que confirmassem suas hipóteses, e a descoberta inesperada da ossada do dinossauro mordendo o disco voador desafia essas expectativas. Outro aspecto que podemos identificar nessa cena é o "viés de confirmação", que é a #tendência que temos de buscar evidências que confirmem nossas crenças e ignorem aquelas que as contradizem. Nesse caso, os #estudiosos podem estar tentando justificar ou explicar a descoberta de alguma maneira que não desafie sua teoria científica "e isso complica as coisas"... Por fim, é interessante notar como a figura do dinossauro tiranossauro Rex, um animal temido e poderoso, se torna ainda mais enigmática e #misteriosa diante da descoberta do disco voador #fossilizado em sua boca. Isso nos lembra que a #ciência muitas vezes nos apresenta mistérios e desafios que ainda não podemos compreender completamente. E se, nesse assunto "tão distante" da nossa realidade isso pode acontecer, imagina no nosso dia a dia. Será que vc cai em dissonâncias cognitivas? Como vc reage a elas? Será que algumas lutas suas são viés de confirmação? Acho que na #terapia dá para buscar essas respostas... E estamos aqui. Só acessar o https://psico.online e agendar suas sessões. #CognitivoDissonância #Expectativas #ViésDeConfirmação #dissonanciacognitiva #psicoonline (em Praticando a Teoria) https://www.instagram.com/p/CpXy5PBLYsk/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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7-charles-7 · 2 months ago
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o STF deixou de fazer justiça para se tornar um braço do PT... ou seja... vivemos um GOLPE.... SE VOCÊ NÃO ENTENDE ISSO, ÉS CEGO, TEM DISSONÂNCIA COGNITIVA, OU ÉS APENAS UM IDIOTA! ATÉ QUANDO VEREMOS TANTOS ABSURDOS CRIMINOSOS???
#JáSomosVenezuela
#STFPuxadinhoPT
#AEsquerdaDeuOGolpe
#VivemosOGolpeDaEsquerda
#BrasilVirouDitadura
(Cordaro)
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bunkerblogwebradio · 7 months ago
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A verdadeira cultura por um fio
É mesmo surpreendente – e funesto – como as pessoas foram se acostumando com o desastre, a escuridão, a mentira e a liquidação da cultura ocidental. É, de fato, espantoso como elas se anestesiaram frente aos acontecimentos negativos na vida econômica e social.
Eu diria que elas renunciaram à lógica e à realidade objetiva. Doutrinação, enganação, cansaço, e/ou falta de alternativas podem ser elementos explicativos.
Certo que os apologistas da ideologia do fracasso estão por todas as partes e em grande número. A dissonância cognitiva não os deixa realizar que são meras peças de manobra no grande tabuleiro dos interesses de uma (des)elite que só pensa naquilo: mais poder. Parece não adiantar argumentar validamente sobre a “verdade verdadeira”; conversa-se com surdos.
Nesse jogo sujo, ineptos e iludidos rezam diariamente pelo Estado grande, o “salvador” de suas pobres vidas – o propagador do câncer incurável do intervencionismo corrupto.
A construção é lenta e penosa, a destruição é rápida como um piscar de olhos. Como líderes psicopatas e perversos conseguiram converter jovens mimados e revoltados em guerreiros da destruição dos valores civilizacionais virtuosos? Como lograram cancelar a cultura “de verdade”, embasada nos valores judaico-cristãos, em prol do imediatismo de viver segundo seus desejos e sentimentos, desconectados dos valores civilizacionais basilares e sustentados nas areias movediças das crenças, das falácias e da vitimização?
Sob o “véu da ignorância”, disfarçados de nobreza, diversidade e inclusão, assumiram o protagonismo dos valores virtuosos a ser cultuados. Quem diverge transforma-se num herege, negacionista.
Não há mais fronteiras lógicas para o crescimento do engodo e da vitimização. Parecem não existir instrumentos para desarmar a névoa da ilusão e das paixões sectárias.
Os donos do mundo e das retóricas e falácias são agentes estatais, políticos e outros políticos vestindo togas negras, disfarçados de juízes. Esses só se preocupam, narrativamente, com o povo, concedendo privilégios e mais (des)direitos absurdos, que, a despeito de proclamarem o bem-estar geral, hipotecam o futuro da nação tupiniquim.
As migalhas regaladas no presente são o veneno para um futuro alvissareiro. As pessoas parecem ter terceirizado o ato de pensar para outros de suas tribos, evidente, que não pensam. Assumiu o volante transloucado a escassez de racionalidade. Sumiu a capacidade de pensar logicamente a fim de se fugir das contradições. É a lógica que permite que se identifiquem falácias e o que nos faz tomar decisões embasadas em evidências. Sem ela, mandam os preconceitos cognitivos.
Evidências estão nos fatos da realidade, não em suposições, achismos e/ou crenças. Programas de mais direitos, menos deveres, tornaram-se incontestáveis. Retrocessos populistas estão sempre à mesa, tais como política industrial, estatais para compadres, políticas identitárias descabidas, enfim, tudo para o voto e/ou ganhar um quinhão.
Nada das evidências vencedoras. Nada de desregulamentação econômica, corte de impostos, redução da máquina estatal e a não intromissão do Estado em nossas vidas. Não me contento com esse “admirável mundo novo”. É seguro que é necessário preservar a verdade e aquilo que deu e dá certo.
Evidente que necessitamos estar abertos para aprender e rever, a partir de novas informações e fatos, não em embustes, falácias e crenças despropositadas. A boa notícia é que a verdade, timidamente, aparece aqui e ali – do lado.
Contudo, a má notícia é que, depois de viver muito tempo no escuro das cavernas progressistas, uns já eram dotados da cegueira, outros podem ficar cegos pela luz da verdade. Veremos.
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apocalipticax · 7 months ago
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me adapto bem às correntes dos nervos e artérias
lógica e amor são a mesma coisa para mim
a lógica esfria o sangue e o amor o inflama
a inconsistência é a verdadeira nêmesis de qualquer emoção
Eu abro o espaço do meu coração para entender
Eu sofro quando meu corpo é enganado por outros
minha confiança é dada livre e generosamente
e eu realmente me culpo quando
Eu faço escolhas erradas (e faço isso com frequência)
seria ótimo se pudéssemos descobrir
onde cada um de nós estará o mais rápido possível
a dissonância cognitiva cresce como mofo preto
Eu me recupero rapidamente, mesmo que eu não queira
Eu esqueço de lembrar o que é melhor para mim
minhas esperanças são sempre destrutivas
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puravibenamastes-blog · 9 months ago
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Dissonância cognitiva: por que às vezes agimos de maneira contrária ao que pensamos
Em 1954, o mundo enfrentava uma crise existencial. Pelo menos era isso que afirma Dorothy Martin, a líder carismática do culto The Seekers de Chicago, nos Estados Unidos. Leia mais (04/15/2024 – 19h05) Artigo Folha de S.Paulo – Equilíbrio e Saúde – Principal Pulicado em https://ift.tt/XlZinqh
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psicoispa · 10 months ago
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Psicologia Social - Atitudes
Atitudes: Conceito, Estrutura, Funções, Mensuração, Formação e Mudança
O que são atitudes?
Atitudes são predisposições mentais que influenciam como os indivíduos pensam, sentem e se comportam em relação a objetos, pessoas ou eventos. Elas são compostas por três componentes:
Componente cognitivo: Crenças e pensamentos sobre o objeto de atitude.
Componente afetivo: Sentimentos e emoções em relação ao objeto de atitude.
Componente comportamental: Intenção de agir de determinada maneira em relação ao objeto de atitude.
Funções das atitudes:
Função adaptativa: Ajudam os indivíduos a se adaptarem ao ambiente social.
Função utilitária: Permitem que os indivíduos tomem decisões rápidas e eficientes.
Função expressiva: Expressam valores e identidade social.
Função de defesa do ego: Protegem o ego de ameaças e ansiedades.
Mensuração de atitudes:
Existem diversas escalas e técnicas para mensurar atitudes, como:
Escala Likert: Os indivíduos indicam seu nível de concordância ou discordância com uma série de afirmações.
Escala de diferencial semântico: Os indivíduos avaliam o objeto de atitude em uma série de dimensões bipolares.
Técnicas projetivas: Os indivíduos são apresentados com estímulos ambíguos e suas respostas são interpretadas em relação ao objeto de atitude.
Formação de atitudes:
As atitudes são formadas através de diversos fatores, como:
Experiência pessoal: Contato direto com o objeto de atitude.
Influência social: Aprendizagem com outras pessoas e grupos sociais.
Mídia: Exposição a mensagens sobre o objeto de atitude.
Teoria da dissonância cognitiva:
Esta teoria explica como as pessoas tendem a reduzir a dissonância (inconsistência) entre suas atitudes e comportamentos. Quando há dissonância, as pessoas podem:
Mudar seu comportamento para torná-lo consistente com suas atitudes.
Mudar suas atitudes para torná-las consistentes com seu comportamento.
Justificar seu comportamento para reduzir a dissonância.
Persuasão e mudança de atitude:
A persuasão é o processo de influenciar as atitudes e comportamentos de outras pessoas. Diversos fatores podem influenciar a persuasão, como:
Características da fonte: Credibilidade, atratividade e poder da fonte da mensagem.
Características da mensagem: Clareza, organização e apelo emocional da mensagem.
Características do receptor: Suscetibilidade à persuasão, conhecimento sobre o tema e interesse na mensagem.
Modelo ELM (Elaboration Likelihood Model):
Este modelo explica como as pessoas processam mensagens persuasivas. O modelo propõe que a persuasão depende de dois fatores:
Rota central: As pessoas processam a mensagem cuidadosamente e seus pensamentos e crenças são influenciados.
Rota periférica: As pessoas processam a mensagem superficialmente e são influenciadas por fatores periféricos, como a atratividade da fonte.
Artigos sobre persuasão:
https://www.scielo.br/j/pcp/a/3zyVFfWs4zPzstfXXpwLdTv/
https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=4906736
Conclusão:
As atitudes são complexas e influenciam diversos aspectos do nosso comportamento. Diversas técnicas podem ser utilizadas para mensurar, formar e mudar atitudes. A persuasão é um processo importante para influenciar as atitudes e comportamentos de outras pessoas.
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abgltorgbr · 11 months ago
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Estudo da USP Revela Complexidade e Radicalização na Manifestação Pró-Bolsonaro: Um Olhar Profundo Sobre a Dissonância Cognitiva
Em um meticuloso estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP) sobre os participantes da manifestação pró-Bolsonaro no último domingo (25), surgem nuances surpreendentes que revelam a polarização e a dissonância cognitiva presentes no cenário político brasileiro. Perfil e Posicionamentos Extremos O levantamento expõe que mais de 40% dos manifestantes entrevistados defendem medidas…
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zacefronportugal · 1 year ago
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Crítica de ‘The Iron Claw’: Zac Efron, animado e inspirado, lidera um drama absorvente da vida real sobre uma dinastia pró-wrestling
Review/crítica da Variety, por Owen Gleiberman.
Jeremy Allen White co-estrela o filme de Sean Durkin sobre os Von Erichs, uma família de lutadores do final dos anos 70 e 80 que iria obedecer à vontade do seu pai, mesmo que isso os matasse.
Gladiadores, loucos pela dor, brutos, palhaços, verdadeiros atletas, falsos competidores: as estrelas do wrestling profissional são todas essas coisas. E na década de 1980, quando o wrestling estava a atingir o seu apogeu cultural, quase parecia que era possível dividir o mundo entre aqueles que levavam o wrestling ao nível e aqueles que a consideravam uma piada de mau gosto vulgar e exagerada.
No entanto, nunca foi tão simples. Mesmo que visses através da natureza fingida do wrestling, tu ainda poderias entrar no teatro como um espetáculo de desenho animado. E muitos fãs radicais de wrestling participaram da piada. Eles sabiam, em algum nível, que estavam a assistir a palhaçadas encenadas, mas isso não os impediu de vivenciar tudo como “real”. Se estás a perguntar-te como funciona esse tipo de dissonância cognitiva, bem-vindo à América que o wrestling profissional ajudou a inaugurar - uma América na qual Donald Trump, que usou o wrestling profissional para aumentar a sua própria celebridade, poderia construir as suas aspirações presidenciais na falsidade e ainda ser “acreditado” por pessoas que não se importam que ele as esteja a enganar.
Tudo isso faz de “The Iron Claw”, uma saga de wrestling da vida real ambientada no final dos anos 70 e início dos anos 80, com um elenco composto por Zac Efron e Jeremy Allen White, um filme perfeito para este momento. O roteirista e diretor Sean Durkin (que fez o arrepiante drama cult “Martha Marcy May Marlene” há doze anos e depois passou despercebido), conta a história da família Von Erich, uma dinastia de lutadores do Texas que ganhou campeonatos, encontraram enorme popularidade e deixaram a sua marca num desporto que só então estava a estabelecer a sua marca grandiosa. Alguns os chamavam de Kennedys do wrestling, e os Von Erichs também tinham uma “maldição” familiar, uma lendária série de catástrofes pessoais.
Nos momentos iniciais, filmados em preto e branco empoeirado, conhecemos o patriarca que começou tudo, Fritz Von Erich (Holt McCallany), quando ele era um lutador de wrestling nos anos 60, a tentar  ganhar a vida para sustentar a sua família. esposa e dois filhos (com outro a caminho). Para a época, ele era um cão bastante louco. No ringue, vemos ele executar o seu movimento característico, a Garra de Ferro (Iron Claw), que consiste em manter a mão erguida, os dedos curvados e tensos, e usá-la para arrancar o rosto do oponente. É tudo fingimento, claro, mas naquela época a natureza sintética do wrestling era menos grandiosa.
Fora do ringue, Fritz é um homem de família profundamente conservador que cria o seu clã como algo saído dos anos 1950. Mas é mais fácil falar do que fazer, já que o filme avança para 1979, onde conhecemos os filhos de Von Erich, que são modelos desgrenhados do estado vermelho pós-contracultura da América. A figura central do filme, Kevin Von Erich, é interpretado por Efron, que passou por uma transformação física quase tão dramática quanto a de De Niro em “Raging Bull”. Vimos dezenas de atores animarem-se, mas o corpo de Kevin é uma massa de músculos esteróides que ele usa como uma segunda pele, e sob a sua franja agitada, ele é bonito e musculoso. Efron, com olhos pesados, lembra David Cassidy cruzado com o Hulk. Kevin é uma estrela em ascensão no circuito de wrestling, mas ele parece ser um jovem envolto nos seus sonhos.
Kevin e os seus irmãos, que em breve serão atraídos para o ringue junto com ele, consideram-se atletas puros e simples. Eles nunca consideram o wrestling uma piada, nem o filme, que atinge um tom de sinceridade séria e trágica. “The Iron Claw” mostra-nos exatamente como funciona o wrestling e, ao mesmo tempo, como as suas estrelas podem se levar tão a sério quanto o fazem. Pouco antes de uma luta de duplas, observamos os quatro lutadores a planearem a coreografia; os movimentos e bits estão todos traçados. Mas há espaço para improvisação, e o que nunca pode ser encenado é a bravura da estrela. Subir e ser premiado com uma disputa de título significa executar saltos, batidas e golpes com perfeição violenta, transformando tudo num teatro fascinante e fazendo com que a multidão goste de ti.
Estamos a torcer para que Kevin suba essa escada, para subir das competições no Sportatorium local até a chance de ser campeão da National Wrestling Association. Mas há concorrência. Vem dos seus irmãos, que o seu pai não apenas treina – ele os classifica, colocando-os uns contra os outros para que todos compitam pelo seu amor e aprovação.
Há David (Harris Dickinson), um brincalhão maduro, loiro e com cabelos de anjo que é atraído para o ringue quase sem querer. Há Kerry (Jeremy Allen White, do "The Bear", no seu primeiro papel de destaque no cinema), um temperamental e taciturno aspirante a lançador de disco olímpico que volta ao wrestling depois que o presidente Jimmy Carter decide fazer com que os Estados Unidos boicotem os Jogos Olímpicos de Verão de 1980 em Moscovo. (Fritz olha para este anúncio na TV como se Carter estivesse a queimar a bandeira.) E há Mike (Stanley Simons), moderado e pouco atlético, que não tem interesse em wrestling - a sua paixão é liderar uma banda de rock - e que achamos que poderia possivelmente não competir no ringue. Mas ele também permite que o seu pai o transforme num terrível lutador de circo.
Qual é a maldição de Von Erich? Tudo começou com a morte, décadas antes, do filho mais velho, e vemos o primeiro indício disso quando David vomita sangue antes de partir numa turnê pela Europa. Mas realmente, não existe maldição. A única maldição é que Fritz Von Erich é um maníaco por agressão que dirige a sua família como o Grande Santini cruzado com um diretor de prisão. Ele construiu a dinastia como um negócio (a família detém uma parte dos lucros através de um contrato de TV) e quer que pelo menos um dos seus filhos leve para casa o cinturão do campeonato, mesmo que tenham que morrer para isso.
Um filme com uma mensagem que diz “Um pai não deve governar a sua família como um sádico homicida passivo” pode parecer um pouco fora de moda. No entanto, Holt McCallany interpreta este ditador doméstico com garras de ferro (irow-clawed = Jogo de palavras com The Iron Claw, título do filme) em escala humana; ele mostra-nos o amor entrelaçado com a impiedade. E embora o filme seja uma crítica à agressão masculina hipercompetitiva, a sua visão de como isso pode se tornar tóxico está enraizada na hipérbole do showbiz do wrestling profissional. Talvez se os Von Erich adorassem um ideal de força masculina que fosse construído menos na fantasia, eles não teriam perdido o rumo.
“The Iron Claw” tem uma atmosfera de época mais convincente do que “The Holdovers”, mostra a teatralidade da media de luta contra uma estranha inocência não irónica, e todo o elenco é excelente. O papel de White é um pouco subscrito, mas ele usa a sua beleza desamparada para sugerir demónios abafados. Harris Dickinson, que interpretou o modelo/influenciador em “Triangle of Sadness”, é um hippie texano tão convincente quanto qualquer outro em “Dazed and Confused”, e Lily James, como a namorada com quem Kevin se casa, é a alma da devoção teimosa. Mas no final é o filme de Zac Efron. Ele interpreta Kevin como um simplório em movimento com profundezas ocultas, um sujeito de tal decência que a única coisa que ele não fará é desobedecer. Ele é o "Cringing Bull" (o touro) do filme.
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infinitividades · 1 year ago
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omeliorista · 1 year ago
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Definição: Dissonância Cognitiva
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danillotavares · 1 year ago
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Dissonância cognitiva
View this post on Instagram A post shared by Danillo Tavares (@danillotavares.psi) Diante de uma cena imaginária, encontramo-nos perante uma encruzilhada na estrada da vida, onde duas opções distintas se desdobram diante de nós. De um lado, está o caminho que reflete nossas convicções mais profundas, nossos valores intrínsecos e os sonhos que acalentamos em nosso âmago. No outro lado, surge a…
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