Tumgik
#discos 2020
gabrielpardal · 4 years
Text
Discos favoritos de 2020
O ano ainda não acabou (mas tá quase, tá quase), então óbvio que essa não é uma lista definitiva de lançamentos preferidos de 2020. Mesmo porque de "definitivo" eu não acredito que exista nada nessa vida.
Ainda sou uma pessoa dos tempos antigos. Tenho costume de ouvir um disco inteiro, de querer conhecer o trabalho completo do início ao fim.
Listei aqui alguns dos álbuns lançados em vinte e vinte que mais tocaram nos meus fones nos últimos meses. Ouvi outros além desses? Ouvi, claro, pois continuo ouvindo mais música velha do que as lançadas agora.
Uma coisa que só fui perceber depois de ter feito essa lista é a dominância de músicas em inglês. Até mesmo a única presença nacional aqui são letras em inglês. É curioso pois não tem isso de que só escuto gringos, eu escuto muita música brasileira, só que são obras lançadas em outros tempos e por isso não entram nesta lista. "Mas quer dizer que no Brasil ninguém lançou nada neste ano?" Mermão, não me encha o saco.
Outra coisa: a ordem apresentada aqui é aleatória, não corresponde a preferência ou músicas mais tocadas.
Escolha o seu tocador de preferência e experimente esses sons.
How I`m Feeling Now — Charli XCX
Quem me conhece sabe que sou ignorante no que está acontecendo no universo do pop. Existem aquelas cinco bandas que gosto e acompanho seus lançamentos e o resto são coisas antigas de bandas mortas. Mas um dia, circulando pela internet acabei seduzido pela capa do novo disco da Charli XCX. Uma capa sincera, desprovida do lugar comum que se tornou o uso carregado de design ou de uma imponente pose sexy. Apenas ela à vontade em uma cama checando imagens em uma câmera como fazemos o dia todo com o celular. E quando fui ouvir fui surpreendido pelas batidas e ritmo. O disco foi composto e gravado enquanto Charli estava trancada em casa durante a quarentena. Daí a capa do álbum representar bem o momento. Vem daí a melancolia dos versos: letras ora intimistas, ora libertadoras, são fruto das inquietações provocadas pelo confinamento. O disco é sexy, e bom para ouvir e criar gatilhos.
Preferidas: Claws, 7 years, Detonate
Mutable Sets — Blake Mills
Sou fã do Blake Mills desde o seu primeiro disco. Este é o seu quarto disco de estúdio, é uma obra marcada pelo minimalismo, uma sequência lógica da quebra musical que foi seu trabalho anterior. Se o disco da Charli é cheio de efeitos e batidas e intensões de te fazer mexer, esse aqui é o oposto, despido de excessos, os arranjos certeiros fazem cada sonzinho ser indispensável. É um disco despretensioso e lindo que ficou no repeat por muitos dias.
Preferidas: May Later, Summer All Over, Mirror Box
Beginners — Christian Lee Hutson
Outro disco que desconhecia o autor mas fui pego pela capa. Aquela coisa cidade do interior americana, estética vintage, com a tipografia do título que lembra as usadas em livros dessa época. Acontece que o som do Christian também me cativou. Beginners soa como algo que você provavelmente já ouviu uma dezena de vezes. Canções baseadas em voz e violão, com uso delicado da voz e letras caprichadas. O que marca para mim nesse disco são os encaminhamentos da melodia, confortável de ouvir e sentir-se relaxado.
Preferidas: Northsiders, Unforgivable
The Fine Line Between Loneliness and Solitude — Gustavo Bertoni
Nunca tinha ouvido falar do Gustavo Bertoni até um amigo me mandar a música Be Here Now do seu disco anterior (Where Lights Pours In) que me fez lembrar imediatamente da música The Bell Tolls Five. Então fui ouvir o disco inteiro desde o início e fui seduzido pelo talento do Gustavo em criar melodias tão bonitas e tristes, ou tristes por serem bonitas ou bonitas por serem tristes. Passei uma semana ouvindo esse disco até passar para o álbum que ele lançou neste ano, The Fine Line Between Loneliness and Solitude. Este trabalho recente dá sequência à beleza do disco anterior, produzindo uma obra muito coesa, com canções e baladas que pegam certo. Gustavo canta em um inglês impecável, mais bem pronunciado do que o de muitos americanos. E sua voz e afinação são de provocar inveja. É moderno, bem produzido, muito bonito.
Preferidas: Waves, White Roses, Midnight Sun, Patience.
The Last Of Us Part 2 — Gustavo Santaolalla
A trilha sonora do The Last of Us exerce um papel essencial, quase como um personagem à parte ao jogo. O responsável pela sonoridade é o compositor argentino Gustavo Santaolalla, que é também autor da trilha da Parte 1 do jogo e de uma porção de filmes como Babel, 21 Gramas, Diários de Motocicleta, entre outros. Se dá para ouvir a trilha sem ter o jogado? Olha, o que te digo é que eu ouvia a trilha do primeiro antes de começar a jogá-lo, e era uma excelente companhia para ler, escrever ou simplesmente não fazer nada. Santaolalla tem um estilo marcante que torna possível reconhecer seu trabalho em qualquer coisa que faça. Isso porque ele carrega consigo sonoridades folclóricas da américa latina, mais especificamente da região sul, que é a sua origem.
Atenção: a trilha sonora conta também com composições de Mac Quayle. É totalmente outra coisa. Quayle ficou responsável pelas músicas das cenas de suspense e ação do jogo, enquanto Santaolalla fez o tema principal e cenas dramáticas.
Preferidas: Unbound, Longing, Beyond Desolation
A Quickening — Orlando Weeks
Segundo disco solo do vocalista do The Maccabees, Orlando Weeks traz músicas escritas sobre sua experiência como pai desde o nascimento do seu filho em 2018. Combinando um lirismo sincero com musicalidade espacial, criou um disco tocante, calmo e profundo. A produção eletrônica lembra o Radiohead do A Moon Shaped Pool e The King of Limbs. Não sei quantas vezes repeti a música Moon's Opera.
Preferidas: Moon's Opera, Summer Clothes
Empty — Nils Frahm
Não existe nada como Nils Frahm. Sua música me transporta para uma outra dimensão. Empty é seu oitavo disco e foi lançado no dia mundial do piano (28 de março). As faixas foram originalmente compostas para um curta-metragem que ele fez junto com o amigo Benoit Toulemonde. Assim como os trabalhos anteriores, suas composições são feitas de texturas e paisagens sonoras, climões transcendentes, que faz muito sentido com o recado que ele mandou junto com o disco: "Achei que seria um bom momento de compartilhar essas canções de ninar com vocês. Espero que lhes dêem força e calma nestes dias de solidão — apesar das adversidades, podemos descobrir a introspecção e a reflexão inesperadamente. Quem sabe para que serve a música?"
Preferidas: A Shine, A Shimmer
The New Abnormal — The Strokes
De todos os discos dessa lista esse foi definitivamente o que eu mais ouvi em 2020. Dei o primeiro play no dia do lançamento, ouvi tudo do início ao fim, embasbacado, e quando acabou voltei pro início e dei play de novo.
Sete anos sem vir com um trabalho novo e quase vinte anos após aquele primeiro disco que todos nós lembramos, os "salvadores do rock" voltaram com tudo. Finalmente. Um disco que faz ressignificar, inclusive, os três anteriores. Sim, porque esse álbum me fez voltar a ouvir a discografia da banda e dar uma nova chance para aqueles que eu não gostei de jeito nenhum e quer saber?, agora penso diferente. Todos são uma parte do caminho, do processo, do percurso de uma banda que foi lançada como uma das mais importantes do mundo, formada por garotos de vinte e poucos anos que tiveram que se virar com essa pressão dia após dia, show após show, disco após disco.
Quando os Strokes surgiram, eu estava lá. Quero dizer, eu estava aqui, mas estava ligado lá. Na época ainda existia a MTV e foi assim que vimos centenas de vezes o clipe de Last Nite. E foi assim que esperamos os próximos. Room On Fire era um disco tão bom quanto o primeiro; First Impressions of Earth tinha seus momentos mas trazia novidades que soavam estranhas; Angles não parecia mais os Strokes, pelo menos não aquele que a gente conhecia; Comedown Machine manteve essa impressão; e então anos depois eles mandam The New Abnormal, uma evolução com um som diferente mas conectado ao estilo que fez a gente se apaixonar. Todos da banda estão tocando o seu melhor, com destaque para Julian e seu talento como vocalista que facilmente o coloca como uma das melhores vozes do rock.
Com The New Abnormal eles oferecem algo melhor do que os jovens que os seguiam poderiam esperar. Estrelas de rock finalmente velhas o suficiente para poder refletir sobre aqueles bons velhos tempos — e sábios o suficiente para nos dar a trilha sonora que esses novos tempos merecem. Enfim o amadurecimento. Por isso que os trabalhos anteriores acabam ressignificados, porque fica evidente que fazem parte do processo de chegar onde eles agora estão.
Preferidas: Todas.
0 notes
mi-xin · 1 year
Text
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
Revachol 2020
⚠️MAJOR SPOILER AHEAD⚠️
Tumblr media
676 notes · View notes
haveyouheardthisband · 8 months
Text
Tumblr media
183 notes · View notes
phonographica · 5 months
Text
Tumblr media
System Olympia – Delta Of Venus (2020)
132 notes · View notes
rubbish78 · 2 years
Photo
Tumblr media Tumblr media Tumblr media
i can’t believe Ryan Ross cursed us all back in 2019
373 notes · View notes
Tumblr media
Tracklist:
Psycho Killer • Header • Thank You for Sending Me an Angel • Found a Job • Slippery People • Cities • Burning Down The House • Life During Wartime • Making Flippy Floppy • Swamp • What A Day That Was • This Must Be the Place (Naïve Melody) • Once In A Lifetime • Big Business / I Zimbra • Genius Of Love • Girlfriend Is Better • Take Me To The River • Crosseyed and Painless
Spotify ♪ YouTube
45 notes · View notes
greyedian · 22 days
Text
uh oh besties, it might be time for my (almost) annual Dishonored replay again
10 notes · View notes
binomech · 20 days
Text
someone in my notes saying visually impaired kim kitsuragi is always on their mind and i'm just gripping the armrests so tight to keep myself from taking the bait
11 notes · View notes
sminkus · 4 months
Text
i want him to drive me like his kineema.
10 notes · View notes
prfm-multiverse · 7 months
Text
Tumblr media Tumblr media Tumblr media
18 notes · View notes
haveyouheardthisband · 5 months
Text
Tumblr media
101 notes · View notes
phonographica · 5 months
Text
Tumblr media
Kennedy & Jahn Solo - Into The Night (2020)
47 notes · View notes
my-chaos-radio · 2 days
Text
youtube
Tumblr media
Release: February 22, 2024
Lyrics:
Qu'est-ce que je vais te nommer?
Je vais te nommer, "L'amour"
"L'amour tendre"
Wait 'til I turn my love on
Wait 'til, wait 'til
Wait 'til I turn my love on
I'm no cheap thrill
I'm a rollercoaster ride, baby, jump on
Come on, come on
'Cause, baby, if you can't tell ('Cause, baby, if you can't tell)
You're what I wanna love on, oh
This doesn't have to be some sort of mathematical equation
Slip off your jeans, slide in the sheets
Screaming "Yes!" in quotations
Clock in, baby, get to work
Night shift, but with all the perks
Timestampin' when you fell in lovе
Time can't mess with us
(Ooh)
If you think about fallin'
Got you coverеd like garments
(Ooh)
I deserve an applause for
Keeping you up late 'til you can't see straight, just wait, woo
Wait 'til I turn my love on
Wait 'til, wait 'til
Wait 'til I turn my love on (Wait 'til I turn my love on)
I'm no cheap thrill
I'm a rollercoaster ride, baby, jump on
Come on, come on
'Cause, baby, if you can't tell (Baby, if you can't tell)
You're what I wanna love on, oh
Wait 'til I turn my love on (Wait 'til I turn my love on)
Wait 'til, wait 'til
Wait 'til I turn my love on (Wait 'til I turn my love on)
You'll get your thrill
Just promise you'll be patient with the outcome
Oh, come on
'Cause, baby, if you can't tell (Baby, if you can't tell)
You're what I wanna love on, oh
Why we conversin' over this steak tartare when we could be
Somewhere other than here
Makin' out in the back of a car
Or in the back of a bar?
Or we could make a memoir, yeah
On the back wall of the last stall
In the bathroom at The Bazaar
[Pre-Chorus]
(Ooh)
If you think about fallin'
Got you covered like garments (I got you covered)
(Ooh)
I deserve an applause for
Keeping you up late 'til you can't see straight, just wait, woo
Wait 'til I turn my love on
Wait 'til, wait 'til
Wait 'til I turn my love on (Wait 'til I turn my love on)
I'm no cheap thrill
I'm a rollercoaster ride, baby, jump on
Come on, come on
'Cause, baby, if you can't tell (Baby, if you can't tell)
You're what I wanna love on, oh
Wait 'til I turn my love on (Wait 'til I turn my love on)
Wait 'til, wait 'til
Wait 'til I turn my love on (Wait 'til I turn my love on)
You'll get your thrill
Just promise you'll be patient with the outcome
Oh, come on
'Cause, baby, if you can't tell (Baby, if you can't tell)
You're what I wanna love on, oh
Songwriter:
Wait 'til I, oh, yeah
Wait 'til I
Baby, if you can't tell
You're what I wanna love on, oh
Selena Gomez / Isaiah Tejada / Jordan K. Johnson / Julia Michaels / Michael Pollack / Stefan Johnson
SongFacts:
👉📖
Homepage:
Selena Gomez
2 notes · View notes
Text
Throwback: Happy 77th Birthday, Barry Gibb!
Throwback: Happy 77th Birthday, Barry Gibb! @BeeGees @GibbBarry
I’m currently in Rouyn-Noranda, Québec to cover the 22nd FME. Although I’ll be very busy over the course of the next five days or so, the show must continue as best as we can, right? September is a busy month in music history, too. The Bee Gees‘ Barry Gibb celebrates his 77th birthday today. Gibb is behind some of the most beloved, oft-covered and weirdly oft-hated songs ever written and…
Tumblr media
View On WordPress
3 notes · View notes
Tumblr media
Tracklist:
Viva Las Vengeance
Middle of a Breakup
Don't Let the Light Go Out
Local God
Star Spangled Banger
God Killed Rock and Roll
Say It Louder
Sugar Soaker
Something About Maggie
Sad Clown
All by Yourself
Do It to Death
Spotify | YouTube
40 notes · View notes
fryknave · 26 days
Text
it turns out that when u finally play the game everyones been telling u to play for the past 3 years said game is actually fun and awesome and cool who knew
3 notes · View notes