#difamação de lésbicas
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Pride é baseado em uma história real, o filme retrata um grupo de ativistas gays e lésbicas que arrecadaram dinheiro para ajudar famílias afetadas pela greve dos mineiros britânicos em 1984, no início do que se tornaria a campanha Lésbicas e Gays de Apoio aos Mineiros . A aliança era diferente de qualquer outra vista e acabou sendo bem sucedida. O ativista gay Mark Ashton assiste às notícias sobre a greve dos mineiros , antes de partir para a Parada Gay em Londres . Joe Cooper, um estudante de 20 anos de Bromley que está explorando sua própria homossexualidade, vai assistir à Parada do Orgulho Gay, mas antes que ele perceba, ele está envolvido com o pequeno grupo de ativistas gays e lésbicas liderados por Mark. O grupo planeja seus protestos e ações de Gay's the Word, uma livraria, administrada pelo casal gay Gethin e Jonathan. Marcos explica que a comunidade gay não é tão assediada pela polícia nos últimos dias, porque a polícia encontrou um novo alvo: todos os dias, os mineiros colidem violentamente com a polícia e muitos mineiros são presos e espancados. E assim como a comunidade gay, eles são tratados com hostilidade do público e do governo, e são objeto de uma campanha de difamação dos tablóides. Mark anuncia a formação das " Lésbicas e Gays Apoiar os Mineiros""para ajudar a levantar dinheiro. Muitos ativistas no entanto se recusam a participar devido a experiências anteriores com discriminação e agressão de mineiros contra a comunidade gay. O LGSM consiste em" seis gays e um dique "que começam a levantar dinheiro imediatamente; fotógrafo Suas ações provam ser um sucesso. Recomendação: All Over Me(A1997) IMDb
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A hipocrisia da difamação contra lésbicas visíveis: A intoxicação do feminismo pela feminilidade
A hipocrisia da difamação contra lésbicas visíveis: A intoxicação do feminismo pela feminilidade
Por raposa
Achamos que o backlash não poderia ser mais intenso no que tange à onda do pensamento pós-moderno e queer como mecanismos de um sistema patriarcal neoliberalista, anti-lésbicas, racista, misógino… e triturador de qualquer sinal de revolução radical. Porém, ao que parece, as políticas desonestas das liberais que se clamam feministas – pessoas que eu, particularmente, não reconheço…
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Descobertas centenas de cartas solidárias com novela lésbica censurada
Um livro do início do século XX sobre uma relação lésbica por uma autora lésbica foi alvo de uma campanha de difamação em Inglaterra. Uma nova investigação aos seus arquivos mostra a dimensão das respostas de solidariedade para com a autora.
O livro “O Poço da Solidão” de Radclyffe Hall foi objeto de escândalo. Lançado em 1928, foi alvo de uma campanha por parte do jornal Sunday Express que conseguiu que este fosse censurado no Reino Unido por ser “obsceno”. O editor do jornal, James Douglas, queria “prevenir a contaminação e corrupção da ficção inglesa” e “tornar impossível que qualquer outro novelista repita este ultraje.”
O livro retratava uma relação entre duas mulheres. A heroína, Stephen Gordon, cedo toma consciência que se sente atraída por mulheres, veste roupas masculinas e apaixona-se por uma mulher. As descrições do envolvimento não primam pela ousadia: um beijo nos lábios ou uma noite “em que elas não estiveram divididas”.
As investigações entretanto feitas pelo Harry Ransom Center da Universidade do Texas nos arquivos da autora mostram o outro lado desta campanha: centenas de cartas agradeciam à autora pelo que escreveu. “Fez-me querer continuar a viver e continuar… Descobri-me em Paris e temia esta coisa que achava ser anormal”, pode ler-se numa dessas cartas. Muitas delas são de mulheres que se assumem como lésbicas mas também há cartas de pessoas que dizem ter mudado de perspetiva sobre a questão “ao início sentia repulsa e nojo mas depois o pathos e a beleza tomaram conta de mim.”
O responsável por esta pesquisa, Steven Macnamara, conclui “as cartas demonstram a consciência das pessoas de que “O Poço da Solidão” não era uma novela obscena e de que Hall tinha sido tratada injustamente pelo governo e pelos media.”
Em curso está a digitalização de mais de 38,500 papéis da autora que estarão disponíveis online em janeiro de 2021.
Hall tinha como intenção expressa “colocar a sua caneta ao serviço de algumas das pessoas mais incompreendidas do mundo.”
Fonte: https://www.esquerda.net/artigo/descobertas-centenas-de-cartas-solidarias-com-novela-lesbica-censurada/59003
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17 mulheres negras que são prova de luta e resistência para você se inspirar
Constatar que uma das formas de violência mais comuns na sociedade ocorre dentro do próprio lar parece um absurdo, mas é a realidade. A violência doméstica abrange índices alarmantes, sendo as mulheres as maiores vítimas desta situação.
Como uma das melhores armas contra qualquer tipo de violência é a informação, entrevistamos um psicólogo e um advogado especialistas no assunto para tirar todas as suas dúvidas.
O que é violência doméstica?
Lei n. 11.340/2006, Capítulo I, Art. 5º – […] configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial […]
O advogado Danilo Pontes (OAB/RJ nº 217.078) define a violência doméstica como todo tipo de violência que é praticada entre os membros que habitam um ambiente familiar comum, podendo acontecer entre pessoas com laços de sangue (como pais e filhos) ou unidas de forma civil (como marido e esposa ou genro e sogra).
Já o psicólogo Fillipe Lucas de Souza (CRP/RJ nº 05/53.781) destaca que a violência doméstica pode ir além do convívio familiar, abrangendo também a vizinhança, por exemplo. Ele também afirma que o agressor é, normalmente, pessoa que se coloca em posição superior, aproveitando dessa situação para provocar o abuso.
Tipos de violência doméstica
iStock
A violência doméstica abrange não somente a agressão física. A Lei Maria da Penha prevê cinco tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial (capítulo II, art. 7º, incisos I, II, III, IV e V).
Leia também: Podcasts feitos por mulheres: 10 obras empoderadas para conhecer 297127
Violência psicológica: é aquela subjetiva e difícil de ser detectada de primeira pela sociedade. Nesse tipo de violência, o agressor maltrata a vítima por meio de constrangimentos, ameaças, manipulações, ataques de ciúmes… Como resultado, tem-se a diminuição da autoestima da vítima, podendo causar doenças emocionais como depressão, ansiedade e síndrome do pânico.
Violência física: é a forma mais visível e conhecida de violência. Costuma ocorrer como o estopim do acúmulo de uma série de agressões psicológicas.
Violência sexual: ocorre quando o agressor pratica relações sexuais sem o consentimento da vítima. Representa bastante as questões de gênero por, normalmente, envolver a agressão do homem para com a mulher. O abuso sexual infantil, infelizmente, também é uma forma de violência sexual corriqueira dentro dos lares, justamente pela relação de superioridade entre agressor e vítima.
Violência patrimonial: caracteriza-se pela proibição do acesso aos bens, direitos e recursos financeiros da própria pessoa. Embora seja mais conhecida em relações afetivas, esse tipo de violência também costuma ocorrer bastante com idosos.
Violência moral: diz respeito a agressão sobre a integridade e conduta da vítima. Pode envolver calúnia, atos de difamação, exposição e injúria.
Se você identificar algum desses acontecimentos nas suas relações, fique atenta e procure ajuda. A violência doméstica pode ter várias faces e é essencial percebermos os sinais para denunciar (ligue 180), sair de um relacionamento violento, ou ainda, ajudar outras pessoas nessa situação.
Ciclo da violência doméstica
A psicóloga e pesquisadora norte-americana, Leonor Walker, identificou que a violência doméstica acontece de forma cíclica. A partir dessa sistematização é possível entender os comportamentos do agressor, mesmo aqueles que aparentam ser positivos. Acompanhe a explicação retirada do site Instituto Maria da Penha:
1. Fase da tensão
“Nesse primeiro momento, o agressor mostra-se tenso e irritado por coisas insignificantes, chegando a ter acessos de raiva. Ele também humilha a vítima, faz ameaças e destrói objetos.
A mulher tenta acalmar o agressor, fica aflita e evita qualquer conduta que possa ‘provocá-lo’. As sensações são muitas: tristeza, angústia, ansiedade, medo e desilusão são apenas algumas.
Em geral, a vítima tende a negar que isso está acontecendo com ela, esconde os fatos das demais pessoas e, muitas vezes, acha que fez algo de errado para justificar o comportamento violento do agressor ou que ‘ele teve um dia ruim no trabalho’, por exemplo. Essa tensão pode durar dias ou anos, mas como ela aumenta cada vez mais, é muito provável que a situação levará à Fase 2.”
2. Fase da agressão
“Esta fase corresponde à explosão do agressor, ou seja, a falta de controle chega ao limite e leva ao ato violento. Aqui, toda a tensão acumulada na Fase 1 se materializa em violência verbal, física, psicológica, moral ou patrimonial.
Leia também: Violência doméstica: entenda o que é, os sinais e como sair desta situação 297127
Mesmo tendo consciência de que o agressor está fora de controle e tem um poder destrutivo grande em relação à sua vida, o sentimento da mulher é de paralisia e impossibilidade de reação. Aqui, ela sofre de uma tensão psicológica severa (insônia, perda de peso, fadiga constante, ansiedade) e sente medo, ódio, solidão, pena de si mesma, vergonha, confusão e dor.
Nesse momento, ela também pode tomar decisões − as mais comuns são: buscar ajuda, denunciar, esconder-se na casa de amigos e parentes, pedir a separação e até mesmo suicidar-se. Geralmente, há um distanciamento do agressor.”
3. Fase do arrependimento
“Também conhecida como ‘lua de mel’, esta fase se caracteriza pelo arrependimento do agressor, que se torna amável para conseguir a reconciliação. A mulher se sente confusa e pressionada a manter o seu relacionamento diante da sociedade, sobretudo quando o casal tem filhos. Em outras palavras: ela abre mão de seus direitos e recursos, enquanto ele diz que ‘vai mudar’.
Há um período relativamente calmo, em que a mulher se sente feliz por constatar os esforços e as mudanças de atitude, lembrando também os momentos bons que tiveram juntos. Como há a demonstração de remorso, ela se sente responsável por ele, o que estreita a relação de dependência entre vítima e agressor.
Um misto de medo, confusão, culpa e ilusão fazem parte dos sentimentos da mulher. Por fim, a tensão volta e, com ela, as agressões da Fase 1.”
Leia também: Desigualdade de gênero: o que é, onde se manifesta e como combatê-la 297127
Atente-se para perceber que tais atos configuram um ciclo vicioso que precisa ser quebrado. E novamente, busque ajuda, seja de familiares, profissionais especializadas ou serviços de apoio e denúncia!
Violência doméstica no Brasil
Dicas de Mulher
Os índices de violência doméstica no Brasil, infelizmente, são bem altos. No período 2011-2013, estima-se que ocorreram, em média, 5.860 mortes de mulheres por agressões a cada ano, 488 a cada mês, dezesseis a cada dia, ou uma a cada uma hora e trinta minutos (Análise sobre Mortalidade de Mulheres de 2016).
Em 2018, a porcentagem de mulheres que afirmaram ter sofrido ao menos algum tipo de violência foi de 27,4%, o que equivale a 16 milhões de mulheres. A maioria dos casos acontece dentro de casa (42%), e apenas 10% das mulheres afirmam ter procurado ajuda após o incidente mais violento que viveram no último ano (Relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pública de 2019).
Vale lembrar que ainda há casos de violência doméstica não computados devido à vergonha, coação e medo que as vítimas têm em denunciar.
Com isso, o importante é ficar sempre alerta com os relacionamentos à sua volta. Tendo base nas pesquisas, analise o tratamento que os seus amigos, familiares e conhecidos têm uns com os outros, e estabeleça medidas protetivas caso seja necessário.
Como denunciar a violência doméstica
iStock
Por meio do Disque 180 e/ou delegacias de polícia. Assim que as denúncias são feitas por esses meios, elas passam pelo Ministério Público, seguido dos órgãos municipais (CRAS e CREAS), que são responsáveis por averiguar os fatos. Então, é feita uma investigação, incluindo visita domiciliar e acompanhamento familiar.
Leia também: Empoderamento feminino: princípios básicos para aplicá-lo no dia a dia 297127
Caso você tenha se identificado com algum tipo de violência doméstica, saiba que a denúncia pelo Disque 180 pode ser anônima.
Leis e punições para a violência doméstica
De acordo com Danilo Pontes, há vários dispositivos legais que protegem a mulher contra a violência doméstica, contudo, o mais veiculado é a Lei 11.340/06, também conhecida como Lei Maria da Penha – leia na íntegra.
Algumas das penas que a lei abrange são: descumprimento de medidas protetivas de urgência (detenção de 3 meses a 2 anos), lesão corporal (detenção de 3 meses a 12 anos, dependendo do grau da lesão) e violência psicológica (detenção de 6 meses a 1 ano).
É importante ressaltar que a Lei Maria da Penha também protege as mulheres trans, travestis e lésbicas.
O Código Penal Brasileiro também prevê penalidades para crimes de violência contra mulheres, como maus-tratos, ameaça, constrangimento, exploração sexual, lesão corporal, entre outros.
Além desse amparo legal, existem serviços e institutos que podem servir como fonte de apoio e informação, como o Portal Compromisso e Atitude, o Instituto Patrícia Galvão, o próprio Instituto Maria da Penha e as Secretarias da Mulher.
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17 mulheres negras que são prova de luta e resistência para você se inspirar
Constatar que uma das formas de violência mais comuns na sociedade ocorre dentro do próprio lar parece um absurdo, mas é a realidade. A violência doméstica abrange índices alarmantes, sendo as mulheres as maiores vítimas desta situação.
Como uma das melhores armas contra qualquer tipo de violência é a informação, entrevistamos um psicólogo e um advogado especialistas no assunto para tirar todas as suas dúvidas.
O que é violência doméstica?
Lei n. 11.340/2006, Capítulo I, Art. 5º – […] configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial […]
O advogado Danilo Pontes (OAB/RJ nº 217.078) define a violência doméstica como todo tipo de violência que é praticada entre os membros que habitam um ambiente familiar comum, podendo acontecer entre pessoas com laços de sangue (como pais e filhos) ou unidas de forma civil (como marido e esposa ou genro e sogra).
Já o psicólogo Fillipe Lucas de Souza (CRP/RJ nº 05/53.781) destaca que a violência doméstica pode ir além do convívio familiar, abrangendo também a vizinhança, por exemplo. Ele também afirma que o agressor é, normalmente, pessoa que se coloca em posição superior, aproveitando dessa situação para provocar o abuso.
Tipos de violência doméstica
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A violência doméstica abrange não somente a agressão física. A Lei Maria da Penha prevê cinco tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial (capítulo II, art. 7º, incisos I, II, III, IV e V).
Leia também: Podcasts feitos por mulheres: 10 obras empoderadas para conhecer 297127
Violência psicológica: é aquela subjetiva e difícil de ser detectada de primeira pela sociedade. Nesse tipo de violência, o agressor maltrata a vítima por meio de constrangimentos, ameaças, manipulações, ataques de ciúmes… Como resultado, tem-se a diminuição da autoestima da vítima, podendo causar doenças emocionais como depressão, ansiedade e síndrome do pânico.
Violência física: é a forma mais visível e conhecida de violência. Costuma ocorrer como o estopim do acúmulo de uma série de agressões psicológicas.
Violência sexual: ocorre quando o agressor pratica relações sexuais sem o consentimento da vítima. Representa bastante as questões de gênero por, normalmente, envolver a agressão do homem para com a mulher. O abuso sexual infantil, infelizmente, também é uma forma de violência sexual corriqueira dentro dos lares, justamente pela relação de superioridade entre agressor e vítima.
Violência patrimonial: caracteriza-se pela proibição do acesso aos bens, direitos e recursos financeiros da própria pessoa. Embora seja mais conhecida em relações afetivas, esse tipo de violência também costuma ocorrer bastante com idosos.
Violência moral: diz respeito a agressão sobre a integridade e conduta da vítima. Pode envolver calúnia, atos de difamação, exposição e injúria.
Se você identificar algum desses acontecimentos nas suas relações, fique atenta e procure ajuda. A violência doméstica pode ter várias faces e é essencial percebermos os sinais para denunciar (ligue 180), sair de um relacionamento violento, ou ainda, ajudar outras pessoas nessa situação.
Ciclo da violência doméstica
A psicóloga e pesquisadora norte-americana, Leonor Walker, identificou que a violência doméstica acontece de forma cíclica. A partir dessa sistematização é possível entender os comportamentos do agressor, mesmo aqueles que aparentam ser positivos. Acompanhe a explicação retirada do site Instituto Maria da Penha:
1. Fase da tensão
“Nesse primeiro momento, o agressor mostra-se tenso e irritado por coisas insignificantes, chegando a ter acessos de raiva. Ele também humilha a vítima, faz ameaças e destrói objetos.
A mulher tenta acalmar o agressor, fica aflita e evita qualquer conduta que possa ‘provocá-lo’. As sensações são muitas: tristeza, angústia, ansiedade, medo e desilusão são apenas algumas.
Em geral, a vítima tende a negar que isso está acontecendo com ela, esconde os fatos das demais pessoas e, muitas vezes, acha que fez algo de errado para justificar o comportamento violento do agressor ou que ‘ele teve um dia ruim no trabalho’, por exemplo. Essa tensão pode durar dias ou anos, mas como ela aumenta cada vez mais, é muito provável que a situação levará à Fase 2.”
2. Fase da agressão
“Esta fase corresponde à explosão do agressor, ou seja, a falta de controle chega ao limite e leva ao ato violento. Aqui, toda a tensão acumulada na Fase 1 se materializa em violência verbal, física, psicológica, moral ou patrimonial.
Leia também: Violência doméstica: entenda o que é, os sinais e como sair desta situação 297127
Mesmo tendo consciência de que o agressor está fora de controle e tem um poder destrutivo grande em relação à sua vida, o sentimento da mulher é de paralisia e impossibilidade de reação. Aqui, ela sofre de uma tensão psicológica severa (insônia, perda de peso, fadiga constante, ansiedade) e sente medo, ódio, solidão, pena de si mesma, vergonha, confusão e dor.
Nesse momento, ela também pode tomar decisões − as mais comuns são: buscar ajuda, denunciar, esconder-se na casa de amigos e parentes, pedir a separação e até mesmo suicidar-se. Geralmente, há um distanciamento do agressor.”
3. Fase do arrependimento
“Também conhecida como ‘lua de mel’, esta fase se caracteriza pelo arrependimento do agressor, que se torna amável para conseguir a reconciliação. A mulher se sente confusa e pressionada a manter o seu relacionamento diante da sociedade, sobretudo quando o casal tem filhos. Em outras palavras: ela abre mão de seus direitos e recursos, enquanto ele diz que ‘vai mudar’.
Há um período relativamente calmo, em que a mulher se sente feliz por constatar os esforços e as mudanças de atitude, lembrando também os momentos bons que tiveram juntos. Como há a demonstração de remorso, ela se sente responsável por ele, o que estreita a relação de dependência entre vítima e agressor.
Um misto de medo, confusão, culpa e ilusão fazem parte dos sentimentos da mulher. Por fim, a tensão volta e, com ela, as agressões da Fase 1.”
Leia também: Desigualdade de gênero: o que é, onde se manifesta e como combatê-la 297127
Atente-se para perceber que tais atos configuram um ciclo vicioso que precisa ser quebrado. E novamente, busque ajuda, seja de familiares, profissionais especializadas ou serviços de apoio e denúncia!
Violência doméstica no Brasil
Dicas de Mulher
Os índices de violência doméstica no Brasil, infelizmente, são bem altos. No período 2011-2013, estima-se que ocorreram, em média, 5.860 mortes de mulheres por agressões a cada ano, 488 a cada mês, dezesseis a cada dia, ou uma a cada uma hora e trinta minutos (Análise sobre Mortalidade de Mulheres de 2016).
Em 2018, a porcentagem de mulheres que afirmaram ter sofrido ao menos algum tipo de violência foi de 27,4%, o que equivale a 16 milhões de mulheres. A maioria dos casos acontece dentro de casa (42%), e apenas 10% das mulheres afirmam ter procurado ajuda após o incidente mais violento que viveram no último ano (Relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pública de 2019).
Vale lembrar que ainda há casos de violência doméstica não computados devido à vergonha, coação e medo que as vítimas têm em denunciar.
Com isso, o importante é ficar sempre alerta com os relacionamentos à sua volta. Tendo base nas pesquisas, analise o tratamento que os seus amigos, familiares e conhecidos têm uns com os outros, e estabeleça medidas protetivas caso seja necessário.
Como denunciar a violência doméstica
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Por meio do Disque 180 e/ou delegacias de pol��cia. Assim que as denúncias são feitas por esses meios, elas passam pelo Ministério Público, seguido dos órgãos municipais (CRAS e CREAS), que são responsáveis por averiguar os fatos. Então, é feita uma investigação, incluindo visita domiciliar e acompanhamento familiar.
Leia também: Empoderamento feminino: princípios básicos para aplicá-lo no dia a dia 297127
Caso você tenha se identificado com algum tipo de violência doméstica, saiba que a denúncia pelo Disque 180 pode ser anônima.
Leis e punições para a violência doméstica
De acordo com Danilo Pontes, há vários dispositivos legais que protegem a mulher contra a violência doméstica, contudo, o mais veiculado é a Lei 11.340/06, também conhecida como Lei Maria da Penha – leia na íntegra.
Algumas das penas que a lei abrange são: descumprimento de medidas protetivas de urgência (detenção de 3 meses a 2 anos), lesão corporal (detenção de 3 meses a 12 anos, dependendo do grau da lesão) e violência psicológica (detenção de 6 meses a 1 ano).
É importante ressaltar que a Lei Maria da Penha também protege as mulheres trans, travestis e lésbicas.
O Código Penal Brasileiro também prevê penalidades para crimes de violência contra mulheres, como maus-tratos, ameaça, constrangimento, exploração sexual, lesão corporal, entre outros.
Além desse amparo legal, existem serviços e institutos que podem servir como fonte de apoio e informação, como o Portal Compromisso e Atitude, o Instituto Patrícia Galvão, o próprio Instituto Maria da Penha e as Secretarias da Mulher.
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Kellogg fez parceria com grupo homossexualista para lançar cereal All Together (Tudo Junto), mas os consumidores não ficaram felizes
Kellogg fez parceria com grupo homossexualista para lançar cereal All Together (Tudo Junto), mas os consumidores não ficaram felizes
Julio Severo
A Kellogg fez uma parceria com a Aliança Gay e Lésbica Contra a Difamação (cuja sigla em inglês é GLAAD) para reunir todos os seus cereais icônicos em uma mesma caixa pela primeira vez e se posicionar contra o “bullying” — uma frase publicitária para avançar a ideologia gay.
A Kellogg lançou em outubro de 2019 um pacote variado de edição limitada que inclui Corn Flakes, Froot Loops,…
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Jean Willys desafia cristãos e diz que o 2019 será regido por “Exu e Xangô”
O deputado federal Jean Willys (PSOL-RJ) fez uma publicação em suas redes sociais, alegando que o ano de 2019 será regido por Exu, Xangô e Iansã, orixás considerados deuses africanos.
Ele também aproveitou para mandar uma indireta ao pastor Silas Malafaia, ao citar que este ano, a justiça chegará aos “vendilhões do templo” que usam a igreja para lavar dinheiro sujo. Esse trecho estaria associado ao fato do pastor Silas Malafaia ter sido vítima de boatos, que o acusaram de ter usado a igreja para lavar dinheiro.
Leia a postagem do deputado na íntegra:
Desde muito cedo em minha vida, ainda muito menino mesmo, soube que mistérios existem e continuarão a existir, mesmo que seja próprio do ser pensante que a maioria de nós é tentar desvendar os mistérios que insistem em desafiar nossa consciência e razão. Sou, portanto, dos mistérios e eles me fascinam. Este ano, 2019, será regido por Exu, Xangô e Iansã. Quando soube disso, disse aos meus amigos mais íntimos e próximos: “Preparem-se: transformações profundas virão para alguns, estagnação completa para outros; a comunicação estabelecerá sólidas pontes em que muitos de nós atravessaremos, mas outros tantos se perderão no ruído que impede qualquer diálogo; tempestades reais e simbólicas vão arruinar velhas estruturas e não deixarão inteiros os deuses com pés de barro; e, sobretudo, os injustos e hipócritas pagarão caro por suas injustiças, cairão envergonhados diante de tribunais reais ou simbólicos – e desta justiça não escaparão nem mesmo os que se encarregam da justiça dos homens, mas não a respeitam” O ano mal começou. E um “mito” e sua quadrilha já começam a sucumbir. Ladrões do erário, propagadores de ódio e de difamação, estão recebendo o troco por todo o mal que fizeram até aqui. E mesmo que a legião de imbecis que lhes segue queira se enganar, não há volta: a justiça prosseguirá. O que restará a essa gente odiosa, para que seja minimamente coerente, é rever seu slogan preferido – “Bandido bom é bandido morto!” – caso desejem ver os escombros que restarão dos bandidos de colarinho branco e apologistas da tortura vivos!
Aliás, estou aguardando da ignorante e excessivamente maquiada Rachel Sheherazade um pronunciamento no mínimo tão contundente quanto o proferido contra o adolescente negro por ter supostamente roubado um celular e, por isso, ter sido linchado em plena luz do dia e atado, sangrando, a um poste por uma trava de bicicleta.
A justiça também não tardará aos vendilhões do templo que usam igrejas para lavar dinheiro sujo e, com o propósito de esconder tal ilícito, propagam discurso de ódio contra gays, lésbicas e transexuais que seduzem até mesmo bichas, travestis e sapatões racistas e que conservam ódio de classe.
O post Jean Willys desafia cristãos e diz que o 2019 será regido por “Exu e Xangô” apareceu primeiro em Gospel Geral.
Jean Willys desafia cristãos e diz que o 2019 será regido por “Exu e Xangô” publicado primeiro em https://www.gospelgeral.com.br
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Ator pornô afirma que os fãs de conteúdo homoeróticos aumentaram
Ator pornô afirma que os fãs de conteúdo homoeróticos aumentaram
Antes reprimidos e renegados, hoje os personagens e os profissionais LGBT+ estão cada vez mais em evidência. Dos 110 filmes dos sete maiores estúdios de Hollywood em 2018, 20 contaram com personagens LGBT.
O número é um avanço em relação a 2017 (14 de 109) em prol da representatividade. Os dados são do instituto norte-americano GLAAD (Aliança de Gays e Lésbicas contra a Difamação) que, há sete…
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GLAAD Media Awards | Sense8, Will & Grace e The Handmaid’s Tale estão entre os indicados
Prêmio reconhece produções que fazem um retrato inclusivo da comunidade LGBT The Handmaid’s Tale, Sense8 e Star Trek: Discovery estão concorrendo entre si a um dos principais prêmios da 29ª edição de GLAAD Media Awards, prêmio da Aliança Gay e Lésbica contra a Difamação que reconhece anualmente as produções que retratam a comunidade LGBT de modo inclusivo. Confira a lista de indicados nas…
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Problematizando o termo “lésbica agressora”
Um equívoco heterocentrado e lesbofóbico
Quando você expôe uma lésbica como agressora você só reforça estereotipos heteros preconceituosos sobre nós. Estereótipos históricos depreciativos como lésbica predadora, molestadora, afims. O que permite o debate feito nesses termos é a colonização heterossexual da qual sofre a mentalidade de muitas lésbicas – somente lésbicas heterocentradas podem depreciar lésbicas desta forma, deixar de ter empatia com lésbicas a esse ponto. Lésbicas e feministas heterocentradas sem compromisso político e ético com as lésbicas como povo, como as comprometidas com as políticas queer por exemplo, ou as feministas de internet que vivem num universo sem fim de hostilidade e julgamento excessivo em torno a outras mulheres. Tratar lésbicas como ‘agressoras’ e outros termos graves somente deprecia nossa comunidade e isola ainda mais as lésbicas que já sofrem solidão lésbica. Essa ladainha de ‘lésbica agressora’ é pós-modernismo, que não cuida com as palavras e seus reais agentes: os homens. É um pseudo-debate feito de forma irresponsável e ignorante, sem levar em conta questões diferenciais para com relacionamentos heterossexuais, abordando de forma punitivista e destrutiva, principalmente com o recurso da exposição. O feminismo liberal/interseccional tem paciência de ensinar feminismo para homens, agressores convictos, mas considera certo ostracizar e estigmatizar lésbicas sem cuidado qualquer, sem levar em conta a opressão que as construiu, as questões emocionais que possui, ou qualquer outra coisa que não leve relacionamentos lésbicos a serem perfeitos num heteropatriarcado, e sem buscar saber realmente o que aconteceu antes de julgar a partir de rumores ou exposição irresponsável. Comecem por mudar os termos com que abordam as questões lésbicas, tenham responsabilidade política. Guardem os termos clássicos para nomear a violência masculina para os homens, e parem de aplicar a mulheres, mulheres não são opressores estruturais, esse debate é uma distração bem típida das políticas identitárias, que não sabem mais alvejar o inimigo e sim ficar em problematizações obcessivas em cima de oprimidos. Parece com queer que fica falando “Agressorxs não são bem vindxs” em eventos, o que se trata de uma reversão: é bom lembrar que mulher não pode ser agressora de homem, e relacionamentos lésbicos exigem outra abordagem, nossa vivência não tem nada haver com a de heterossexuais. Tenham consideração pelas lésbicas e acabem com a cultura de difamação entre mulheres, rumores, parar com o punivitismo e abordagem penais e cristãs que remontam a justiça patriarcal estabelecida desde o evento da queima histórica das bruxas como pecaminosas, bodes expiatórios. Tenhamos consideração com lésbicas e busquemos uma abordagem mais profunda dos relacionamentos lésbicos e suas dificuldades, que é parte das dificuldades que lésbicas vivem como povo. A destruição psicológica de uma lésbica com exposição não contribui em nada para o debate sobre violência entre lésbicas. A questão da violência entre lésbicas é resolvida com trabalho e abordagens profundas, teóricas, práticas, nas nossas comunidades. Com debates, conversas, oficinas, acolhimento de nossa complexidade, com interesse genuíno pelo entendimento das subjetividades lésbicas. Exposição, trashing e o escracho mal utilizado, ostracismo excludente com pessoas que já são socialmente excluídas de toda realidade heterossexual e patriarcal, realizado de forma irresponsável e punitivista, não resolvem esse problema.
#feminismo lésbico#relacionamentos lésbicos#violência entre lésbicas#punitivismo#bullying#violência virtual#trashing#rivalidade feminina#misoginia#lesbofobia#lesbianismo radical#resolução de conflitos#movimento de mulheres#movimento lésbico
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A hipocrisia da difama��ão contra lésbicas visíveis - intoxicação do feminismo pela feminilidade
Achamos que o backlash não poderia ser mais intenso no que tange à onda do pensamento pós-moderno e queer como mecanismos de um sistema patriarcal neoliberalista, anti-lésbicas, racista, misógino... e triturador de qualquer sinal de revolução radical. Porém, ao que parece, as políticas desonestas das liberais que se clamam feministas - pessoas que eu, particularmente, não reconheço como feministas, pois esse feminismo cheio de mutações ideológicas para mim não representa nem um pouco o movimento de libertação das mulheres, pois corrobora com a opressão e o estado de submissão à lógica da supremacia masculina – tem realmente passado dos limites ao ponto de intoxicar e implodir práticas feministas através dos mecanismos da feminilidade.
Com certeza eu não estou apontando apenas um grupo específico de mulheres, porque TODAS as práticas que se clamam feministas, todos os coletivos com os quais eu já tive contato, já sofreram introjeção dessa lógica ridícula de competitividade feminina. Até mesmo radicais e lésbicas tem atuado desta maneira contra outras iguais. Estamos em um estado de emergência dentro do feminismo. É preciso quebrar o silêncio, sempre, sobre todo e qualquer tipo de mecanismo que force as lésbicas e as mulheres à domesticidade e à inexistência política.
Quero enfatizar, nesse texto, a questão da difamação, que é embebida de gaslighting e, inclusive, de crimes virtuais, através da invasão do campo privado das pessoas por meio de distorções que geram calúnias gravíssimas nas quais aquelas que são coniventes com esse tipo de prática acabam acreditando sem questionar. Textos no facebook, fotos por aí nas plataformas, denúncias no tumblr, twitter, enfim, em diversos sites populares que contém uma interface designada a práticas consumistas e superficiais. Isso é feito sob a máxima “o pessoal é político”, e o feminismo radical lésbico enfatiza também que o sexual é político.
Concordo, absolutamente, com isso, porém é preciso haver consciência de que existe o pessoal e o privado, e a vida privada das lésbicas deveria ser tratada com maior respeito. É necessário percebermos que, para quebrar a rivalidade, a hostilidade e violência entre mulheres construída via abuso sexual, estupro corretivo, pornografia, cultura da prostituição, lesbofobia, nós precisamos entender que num relacionamento afetivo entre mulheres não existem lugares tão fixos onde há agredida X agressora. Isso é real simplesmente pelo fato de que não existe uma hierarquia estrutural de poder entre mulheres tão r��gida e evidente quanto há em vínculos heterossexuais.
O mais louco de tudo isso é que as denúncias desse teor que tem maior repercussão no meio feminista são sempre contra lésbicas visíveis, sapatonas butch. Desde criança, nós que somos butch (eu não manti minha lesbiandade a vida inteira, era uma criança lésbica e visível, porém as torturas sexuais e a lesbofobia pelas quais passei durante a infância e a minha adolescência enfraqueceram minha convicção e tornei-me uma lésbica interrompida. Só com 20 anos saí do armário definitivamente. Futuramente escreverei um texto sobre esse assunto), somos hostilizadas sempre de modo a sermos equiparadas a homens agressores. Sim, a lésbica visível sempre é vista, no imaginário das pessoas, sem esforço nenhum, muitas vezes sem nem abrir a boca, como uma figura agressiva. É aquele estereótipo da “mulher-macho”. E isso não diz respeito apenas à aparência, mas também a atitudes assertivas.
Mulheres, e especialmente lésbicas que ousam demonstrar eloquência na fala, espírito de liderança, inteligência, que tem conhecimento teórico profundo, que se tornam autodidatas (muitas vezes justamente pela solidão gerada pela violência empregada contra nós), e que são assertivas, dizem o que pensam sem fazer rodeios e não temem cometer erros, preferem assumir a possibilidade de falhar na prática feminista do que criar uma mitologia sobre si mesma de que se é perfeita e se deve agradar a todo o resto o tempo inteiro, são reconhecidas automaticamente pela maioria das pessoas como figuras ameaçadoras, que bancam as “sabe-tudo”, que “silenciam” e querem “comandar” outras mulheres, como manipuladoras, e o pior de tudo: como agressoras sexuais.
Sim. Como se já não houvesse criminalização suficiente da sexualidade lésbica no mundo em que vivemos, não? É incrível como o patriarcado consegue ter policiazinha trabalhando de graça pro sistema dentro do próprio feminismo radical e lésbico, por lésbicas que no discurso supostamente quebram com a feminilidade, postam fotos por aí afirmando sua visibilidade lésbica, porém nas atitudes são tão femme que quase não dá pra acreditar. O pensamento heterossexual infelizmente permeia muito o ativismo, e essa rivalidade, a vitimização e a manipulação através do uso oportunista dos conceitos teóricos radicais são as armas perfeitas que usam para agir de forma desonesta com outras lésbicas. É um desfavor total a prática do rumor e da difamação contra lésbicas. É claro que esse ‘shaming’ é cometido ainda mais violentamente dentro das práticas queer, pós-modernas, os ditos anarcos e os ditos comunas, os good vibes e por aí vai. Nenhum movimento social tem escapado disso, basicamente.... não que eu considere o queer e o good vibes movimentos sociais, já que pra essa gente a subjetividade governa tanto quanto O’Brien, o torturador da estória de George Orwell em 1984, também acredita.
E ainda há uma realidade mais curiosa ainda sobre esse fenômeno. Já percebeu que, geralmente, as denúncias contra homens abusivos, agressores e abandônicos - que são aqueles que sustentam a pornografia e a prostituição, que são aqueles que abusam das próprias filhas, irmãs, primas, netas, namoradas, colegas, que são aqueles que causaram situações de coação que muitas de nós já passamos e temos passado, que minam a saúde física e psicológica das mulheres, que nos expõem a um risco altíssimo de contaminação por DST’s por conta da naturalização e banalização da violência do intercurso (penetração peniana), que nos causam risco de vida ou morte, dentre tantas outras coisas – não chegam a ter nem a metade da repercussão dessa palhaçada de escracho lesbofóbico? Pois é.
Eu não vi praticamente NENHUMA feminista desse tipo que estão envolvidas em “denúncia” (difamação, na realidade) contra lésbicas, colaborar em merda nenhuma quando eu escrevi a denúncia contra o anarcopunk que fodeu com a minha vida tanto psicológica quanto sexualmente no ano retrasado. Isso foi antes de eu sair do armário e foi um dos relacionamentos mais abusivos que eu já tive (todos os meus relacionamentos com homens foram permeados de estupro e abuso psicológico e emocional). Eu me assumi lésbica no meio desse relacionamento e cortei a intimidade e aquela afetividade de antes e, a partir daí, comecei a sofrer uma lesbofobia atrás da outra, uma ameaça atrás da outra. O cara era o mestre do gaslighting e eu estava sozinha, fui ameaçada por ele e um bando de punks retrógrados em São Paulo, fui negligenciada por aquela galera hipócrita do Ouvidor 63 e, mais uma vez, a ocupação havia vomitado uma lésbica pra rua, coisa que já aconteceu antes por lá.
Os punkaiada me perseguiram em manifestação, ao invés de atentarem-se ao risco da violência policial. O cara me difamou, criou várias calúnias sobre mim, como a de que eu estava com ciúmes dele e surtei, e pra outros amigos ele disse que eu o agredi também. E sabe qual o suporte que eu tive dessas feministas? Absolutamente nenhum. Minha denúncia, que eu tive um esforço emocional gigantesco e doloroso pra escrever, não teve repercussão NE-NHU-MA, e inclusive as pessoas aqui da minha região continuaram recebendo ele na roda como se nada tivesse acontecido. Eu até vi feministas e lésbicas confirmarem presença em eventos e oficinas do Ouvidor, soube de minas que até frequentaram aquela merda de lugar e cederam energia criativa a essa galera escrota, misógina e lesbofóbica.
Quando a dor é real e é nossa, das lésbicas visíveis, e quando a violência é concreta, quando há uma relação de poder nítida, as pessoas não reagem. O mesmo aconteceu em relação ao abuso sexual que sofri de meu pai. Eu o confrontei, enfrentei frente a frente sozinha para questionar o estupro que ele cometeu contra mim. Não vejo nenhuma dessas feministas compartilharem nunca, por exemplo, meu material sobre abuso sexual na infância e estupro corretivo contra meninas lésbicas, não vejo essa gente se preocupar com o que realmente importa. Sinceramente o que eu vejo é um festival de purpurina repleto de atitudes inerentes à feminilidade, esse conjunto de comportamentos pelo qual, sinceramente, tenho profunda aversão, pois, no fim, com a chantagem emocional e manipulação através de vitimismo, muitas dessas garotas conseguem realmente convencer todo o mundo que o nosso lugar, o de lésbicas butch, vai continuar sempre sendo o mesmo, e vão continuar repetindo a lógica da Inquisição e da Caça às Bruxas, e esse lugar é o estereótipo da Lésbica Agressora.
Enfim, acho que tudo isso é uma questão de profunda imaturidade. Acho que essa gente ainda não entendeu o que é revolução e o que é o pensamento radical. Tanto quanto galerinha partidária também não entendeu merda nenhuma do que Marx quis dizer. Pois é, é exatamente isso que eu estou dizendo: vocês são um bando de pelegas desonestas e infantis. Eu tô realmente enojada com esse Feminismo Beverly Hills que permeia o facebook e a internet, onde é muito fácil sentar a bunda na cadeira e falar qualquer merda, afinal o difícil mesmo é você ir até a mina pela qual você tem críticas e falar na cara dela o que você pensa, ser assertiva. Isso só indica que vocês continuam se colocando, afinal, no mesmo lugar que é a categoria mulher patriarcal, e fica se escondendo atrás do rumor, do não-dito e do sadismo passivo-agressivo. É, isso é exatamente o que eu penso, me odeiem se quiserem, eu já não sou muito querida por aí mesmo.
É imaturidade porque essas garotas não compreendem o impacto violento que a difamação tem sobre a vida emocional, psicológica, afetiva, política e até mesmo econômica de uma lésbica. Nós já somos fodidas nesse mundo, já temos dificuldade com todos esses aspectos, já sofremos um isolamento enorme e uma solidão política enorme, já temos dificuldade de nos encontrarmos com outras iguais a nós, de ter relacionamentos, e ainda por cima temos que ser isoladas propositadamente porque algumas minas que gostam de seguir essa lógica da patricinha QUISERAM. Se você incomoda esse tipo de gente, mostra-se assertiva, você passa por um momento meio como se você fosse do elenco de Meninas Malvadas e enfrentasse assertivamente a Regina George. É, é bem por aí. Eu sofri difamação aqui na minha região, não por lésbicas, mas por pessoas em geral que são liberais pra caralho travestidas de revolução, entende? Mas por conta disso eu sei o que é as pessoas em geral acharem que você é louca e agressiva.
Desde criança, quando eu era bem visível na infância, eu sei como é uma pessoa te odiar sem nem ao menos te conhecer, simplesmente porque ouviu falar alguma coisa. Lembro-me de quando eu estava caminhando na rua uma vez e ouvi a voz de uma garota dizendo: “Nossa, como eu O-D-E-I-O essa menina!”, quando eu olhei pra trás, percebi que nunca havia visto aquela garota na minha vida. Moro no interior, em cidade pequena e esse tipo de situação se repetiu muito durante a minha história. E o que presencio hoje dentro do feminismo? Lésbicas isoladas e sofrendo um processo intenso de autoculpabilização, de autopunição, confusão mental e psicológica, solidão e até mesmo vontade de desaparecer da face da Terra. Sei lá meu, vocês nunca viram aqueles filmes norte-americanos da garota que é difamada virtualmente e acaba se suicidando depois? Essa atitude de vocês mostra que vocês agem feito patricinhas idiotas, na moral. Não tem o mínimo cuidado nem o mínimo compromisso com a lesbiandade e com a radicalidade. Parece até que vocês não são politizadas e não entendem o fenômeno generalizado do adoecimento e enlouquecimento de lésbicas. Acordem pra vida, vocês são feministas ou o quê? Assumam duma vez que só querem ibope e não fazer política.
Afinal, eu tô bem ligada que era esse tipo de garota que me zoava e me batia na infância por ser sapatão na escola. Bem ligada mesmo, e de saco cheio também só de ver essa palhaçada.
Parem.
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Violência doméstica: entenda o que é, os sinais e como sair desta situação
Constatar que uma das formas de violência mais comuns na sociedade ocorre dentro do próprio lar parece um absurdo, mas é a realidade. A violência doméstica abrange índices alarmantes, sendo as mulheres as maiores vítimas desta situação.
Como uma das melhores armas contra qualquer tipo de violência é a informação, entrevistamos um psicólogo e um advogado especialistas no assunto para tirar todas as suas dúvidas.
O que é violência doméstica?
Lei n. 11.340/2006, Capítulo I, Art. 5º – […] configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial […]
O advogado Danilo Pontes (OAB/RJ nº 217.078) define a violência doméstica como todo tipo de violência que é praticada entre os membros que habitam um ambiente familiar comum, podendo acontecer entre pessoas com laços de sangue (como pais e filhos) ou unidas de forma civil (como marido e esposa ou genro e sogra).
Já o psicólogo Fillipe Lucas de Souza (CRP/RJ nº 05/53.781) destaca que a violência doméstica pode ir além do convívio familiar, abrangendo também a vizinhança, por exemplo. Ele também afirma que o agressor é, normalmente, pessoa que se coloca em posição superior, aproveitando dessa situação para provocar o abuso.
Tipos de violência doméstica
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A violência doméstica abrange não somente a agressão física. A Lei Maria da Penha prevê cinco tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial (capítulo II, art. 7º, incisos I, II, III, IV e V).
Violência psicológica: é aquela subjetiva e difícil de ser detectada de primeira pela sociedade. Nesse tipo de violência, o agressor maltrata a vítima por meio de constrangimentos, ameaças, manipulações, ataques de ciúmes… Como resultado, tem-se a diminuição da autoestima da vítima, podendo causar doenças emocionais como depressão, ansiedade e síndrome do pânico.
Violência física: é a forma mais visível e conhecida de violência. Costuma ocorrer como o estopim do acúmulo de uma série de agressões psicológicas.
Violência sexual: ocorre quando o agressor pratica relações sexuais sem o consentimento da vítima. Representa bastante as questões de gênero por, normalmente, envolver a agressão do homem para com a mulher. O abuso sexual infantil, infelizmente, também é uma forma de violência sexual corriqueira dentro dos lares, justamente pela relação de superioridade entre agressor e vítima.
Violência patrimonial: caracteriza-se pela proibição do acesso aos bens, direitos e recursos financeiros da própria pessoa. Embora seja mais conhecida em relações afetivas, esse tipo de violência também costuma ocorrer bastante com idosos.
Violência moral: diz respeito a agressão sobre a integridade e conduta da vítima. Pode envolver calúnia, atos de difamação, exposição e injúria.
Se você identificar algum desses acontecimentos nas suas relações, fique atenta e procure ajuda. A violência doméstica pode ter várias faces e é essencial percebermos os sinais para denunciar (ligue 180), sair de um relacionamento violento, ou ainda, ajudar outras pessoas nessa situação.
Ciclo da violência doméstica
A psicóloga e pesquisadora norte-americana, Leonor Walker, identificou que a violência doméstica acontece de forma cíclica. A partir dessa sistematização é possível entender os comportamentos do agressor, mesmo aqueles que aparentam ser positivos. Acompanhe a explicação retirada do site Instituto Maria da Penha:
1. Fase da tensão
“Nesse primeiro momento, o agressor mostra-se tenso e irritado por coisas insignificantes, chegando a ter acessos de raiva. Ele também humilha a vítima, faz ameaças e destrói objetos.
A mulher tenta acalmar o agressor, fica aflita e evita qualquer conduta que possa ‘provocá-lo’. As sensações são muitas: tristeza, angústia, ansiedade, medo e desilusão são apenas algumas.
Em geral, a vítima tende a negar que isso está acontecendo com ela, esconde os fatos das demais pessoas e, muitas vezes, acha que fez algo de errado para justificar o comportamento violento do agressor ou que ‘ele teve um dia ruim no trabalho’, por exemplo. Essa tensão pode durar dias ou anos, mas como ela aumenta cada vez mais, é muito provável que a situação levará à Fase 2.”
2. Fase da agressão
“Esta fase corresponde à explosão do agressor, ou seja, a falta de controle chega ao limite e leva ao ato violento. Aqui, toda a tensão acumulada na Fase 1 se materializa em violência verbal, física, psicológica, moral ou patrimonial.
Mesmo tendo consciência de que o agressor está fora de controle e tem um poder destrutivo grande em relação à sua vida, o sentimento da mulher é de paralisia e impossibilidade de reação. Aqui, ela sofre de uma tensão psicológica severa (insônia, perda de peso, fadiga constante, ansiedade) e sente medo, ódio, solidão, pena de si mesma, vergonha, confusão e dor.
Nesse momento, ela também pode tomar decisões − as mais comuns são: buscar ajuda, denunciar, esconder-se na casa de amigos e parentes, pedir a separação e até mesmo suicidar-se. Geralmente, há um distanciamento do agressor.”
3. Fase do arrependimento
“Também conhecida como ‘lua de mel’, esta fase se caracteriza pelo arrependimento do agressor, que se torna amável para conseguir a reconciliação. A mulher se sente confusa e pressionada a manter o seu relacionamento diante da sociedade, sobretudo quando o casal tem filhos. Em outras palavras: ela abre mão de seus direitos e recursos, enquanto ele diz que ‘vai mudar’.
Há um período relativamente calmo, em que a mulher se sente feliz por constatar os esforços e as mudanças de atitude, lembrando também os momentos bons que tiveram juntos. Como há a demonstração de remorso, ela se sente responsável por ele, o que estreita a relação de dependência entre vítima e agressor.
Um misto de medo, confusão, culpa e ilusão fazem parte dos sentimentos da mulher. Por fim, a tensão volta e, com ela, as agressões da Fase 1.”
Atente-se para perceber que tais atos configuram um ciclo vicioso que precisa ser quebrado. E novamente, busque ajuda, seja de familiares, profissionais especializadas ou serviços de apoio e denúncia!
Violência doméstica no Brasil
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Os índices de violência doméstica no Brasil, infelizmente, são bem altos. No período 2011-2013, estima-se que ocorreram, em média, 5.860 mortes de mulheres por agressões a cada ano, 488 a cada mês, dezesseis a cada dia, ou uma a cada uma hora e trinta minutos (Análise sobre Mortalidade de Mulheres de 2016).
Em 2018, a porcentagem de mulheres que afirmaram ter sofrido ao menos algum tipo de violência foi de 27,4%, o que equivale a 16 milhões de mulheres. A maioria dos casos acontece dentro de casa (42%), e apenas 10% das mulheres afirmam ter procurado ajuda após o incidente mais violento que viveram no último ano (Relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pública de 2019).
Vale lembrar que ainda há casos de violência doméstica não computados devido à vergonha, coação e medo que as vítimas têm em denunciar.
Com isso, o importante é ficar sempre alerta com os relacionamentos à sua volta. Tendo base nas pesquisas, analise o tratamento que os seus amigos, familiares e conhecidos têm uns com os outros, e estabeleça medidas protetivas caso seja necessário.
Como denunciar a violência doméstica
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Por meio do Disque 180 e/ou delegacias de polícia. Assim que as denúncias são feitas por esses meios, elas passam pelo Ministério Público, seguido dos órgãos municipais (CRAS e CREAS), que são responsáveis por averiguar os fatos. Então, é feita uma investigação, incluindo visita domiciliar e acompanhamento familiar.
Caso você tenha se identificado com algum tipo de violência doméstica, saiba que a denúncia pelo Disque 180 pode ser anônima.
Leis e punições para a violência doméstica
De acordo com Danilo Pontes, há vários dispositivos legais que protegem a mulher contra a violência doméstica, contudo, o mais veiculado é a Lei 11.340/06, também conhecida como Lei Maria da Penha – leia na íntegra.
Algumas das penas que a lei abrange são: descumprimento de medidas protetivas de urgência (detenção de 3 meses a 2 anos), lesão corporal (detenção de 3 meses a 12 anos, dependendo do grau da lesão) e violência psicológica (detenção de 6 meses a 1 ano).
É importante ressaltar que a Lei Maria da Penha também protege as mulheres trans, travestis e lésbicas.
O Código Penal Brasileiro também prevê penalidades para crimes de violência contra mulheres, como maus-tratos, ameaça, constrangimento, exploração sexual, lesão corporal, entre outros.
Além desse amparo legal, existem serviços e institutos que podem servir como fonte de apoio e informação, como o Portal Compromisso e Atitude, o Instituto Patrícia Galvão, o próprio Instituto Maria da Penha e as Secretarias da Mulher.
O post Violência doméstica: entenda o que é, os sinais e como sair desta situação apareceu primeiro em Dicas de Mulher.
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Violência doméstica: entenda o que é, os sinais e como sair desta situação
Constatar que uma das formas de violência mais comuns na sociedade ocorre dentro do próprio lar parece um absurdo, mas é a realidade. A violência doméstica abrange índices alarmantes, sendo as mulheres as maiores vítimas desta situação.
Como uma das melhores armas contra qualquer tipo de violência é a informação, entrevistamos um psicólogo e um advogado especialistas no assunto para tirar todas as suas dúvidas.
O que é violência doméstica?
Lei n. 11.340/2006, Capítulo I, Art. 5º – […] configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial […]
O advogado Danilo Pontes (OAB/RJ nº 217.078) define a violência doméstica como todo tipo de violência que é praticada entre os membros que habitam um ambiente familiar comum, podendo acontecer entre pessoas com laços de sangue (como pais e filhos) ou unidas de forma civil (como marido e esposa ou genro e sogra).
Já o psicólogo Fillipe Lucas de Souza (CRP/RJ nº 05/53.781) destaca que a violência doméstica pode ir além do convívio familiar, abrangendo também a vizinhança, por exemplo. Ele também afirma que o agressor é, normalmente, pessoa que se coloca em posição superior, aproveitando dessa situação para provocar o abuso.
Tipos de violência doméstica
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A violência doméstica abrange não somente a agressão física. A Lei Maria da Penha prevê cinco tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial (capítulo II, art. 7º, incisos I, II, III, IV e V).
Violência psicológica: é aquela subjetiva e difícil de ser detectada de primeira pela sociedade. Nesse tipo de violência, o agressor maltrata a vítima por meio de constrangimentos, ameaças, manipulações, ataques de ciúmes… Como resultado, tem-se a diminuição da autoestima da vítima, podendo causar doenças emocionais como depressão, ansiedade e síndrome do pânico.
Violência física: é a forma mais visível e conhecida de violência. Costuma ocorrer como o estopim do acúmulo de uma série de agressões psicológicas.
Violência sexual: ocorre quando o agressor pratica relações sexuais sem o consentimento da vítima. Representa bastante as questões de gênero por, normalmente, envolver a agressão do homem para com a mulher. O abuso sexual infantil, infelizmente, também é uma forma de violência sexual corriqueira dentro dos lares, justamente pela relação de superioridade entre agressor e vítima.
Violência patrimonial: caracteriza-se pela proibição do acesso aos bens, direitos e recursos financeiros da própria pessoa. Embora seja mais conhecida em relações afetivas, esse tipo de violência também costuma ocorrer bastante com idosos.
Violência moral: diz respeito a agressão sobre a integridade e conduta da vítima. Pode envolver calúnia, atos de difamação, exposição e injúria.
Se você identificar algum desses acontecimentos nas suas relações, fique atenta e procure ajuda. A violência doméstica pode ter várias faces e é essencial percebermos os sinais para denunciar (ligue 180), sair de um relacionamento violento, ou ainda, ajudar outras pessoas nessa situação.
Ciclo da violência doméstica
A psicóloga e pesquisadora norte-americana, Leonor Walker, identificou que a violência doméstica acontece de forma cíclica. A partir dessa sistematização é possível entender os comportamentos do agressor, mesmo aqueles que aparentam ser positivos. Acompanhe a explicação retirada do site Instituto Maria da Penha:
1. Fase da tensão
“Nesse primeiro momento, o agressor mostra-se tenso e irritado por coisas insignificantes, chegando a ter acessos de raiva. Ele também humilha a vítima, faz ameaças e destrói objetos.
A mulher tenta acalmar o agressor, fica aflita e evita qualquer conduta que possa ‘provocá-lo’. As sensações são muitas: tristeza, angústia, ansiedade, medo e desilusão são apenas algumas.
Em geral, a vítima tende a negar que isso está acontecendo com ela, esconde os fatos das demais pessoas e, muitas vezes, acha que fez algo de errado para justificar o comportamento violento do agressor ou que ‘ele teve um dia ruim no trabalho’, por exemplo. Essa tensão pode durar dias ou anos, mas como ela aumenta cada vez mais, é muito provável que a situação levará à Fase 2.”
2. Fase da agressão
“Esta fase corresponde à explosão do agressor, ou seja, a falta de controle chega ao limite e leva ao ato violento. Aqui, toda a tensão acumulada na Fase 1 se materializa em violência verbal, física, psicológica, moral ou patrimonial.
Mesmo tendo consciência de que o agressor está fora de controle e tem um poder destrutivo grande em relação à sua vida, o sentimento da mulher é de paralisia e impossibilidade de reação. Aqui, ela sofre de uma tensão psicológica severa (insônia, perda de peso, fadiga constante, ansiedade) e sente medo, ódio, solidão, pena de si mesma, vergonha, confusão e dor.
Nesse momento, ela também pode tomar decisões − as mais comuns são: buscar ajuda, denunciar, esconder-se na casa de amigos e parentes, pedir a separação e até mesmo suicidar-se. Geralmente, há um distanciamento do agressor.”
3. Fase do arrependimento
“Também conhecida como ‘lua de mel’, esta fase se caracteriza pelo arrependimento do agressor, que se torna amável para conseguir a reconciliação. A mulher se sente confusa e pressionada a manter o seu relacionamento diante da sociedade, sobretudo quando o casal tem filhos. Em outras palavras: ela abre mão de seus direitos e recursos, enquanto ele diz que ‘vai mudar’.
Há um período relativamente calmo, em que a mulher se sente feliz por constatar os esforços e as mudanças de atitude, lembrando também os momentos bons que tiveram juntos. Como há a demonstração de remorso, ela se sente responsável por ele, o que estreita a relação de dependência entre vítima e agressor.
Um misto de medo, confusão, culpa e ilusão fazem parte dos sentimentos da mulher. Por fim, a tensão volta e, com ela, as agressões da Fase 1.”
Atente-se para perceber que tais atos configuram um ciclo vicioso que precisa ser quebrado. E novamente, busque ajuda, seja de familiares, profissionais especializadas ou serviços de apoio e denúncia!
Violência doméstica no Brasil
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Os índices de violência doméstica no Brasil, infelizmente, são bem altos. No período 2011-2013, estima-se que ocorreram, em média, 5.860 mortes de mulheres por agressões a cada ano, 488 a cada mês, dezesseis a cada dia, ou uma a cada uma hora e trinta minutos (Análise sobre Mortalidade de Mulheres de 2016).
Em 2018, a porcentagem de mulheres que afirmaram ter sofrido ao menos algum tipo de violência foi de 27,4%, o que equivale a 16 milhões de mulheres. A maioria dos casos acontece dentro de casa (42%), e apenas 10% das mulheres afirmam ter procurado ajuda após o incidente mais violento que viveram no último ano (Relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pública de 2019).
Vale lembrar que ainda há casos de violência doméstica não computados devido à vergonha, coação e medo que as vítimas têm em denunciar.
Com isso, o importante é ficar sempre alerta com os relacionamentos à sua volta. Tendo base nas pesquisas, analise o tratamento que os seus amigos, familiares e conhecidos têm uns com os outros, e estabeleça medidas protetivas caso seja necessário.
Como denunciar a violência doméstica
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Por meio do Disque 180 e/ou delegacias de polícia. Assim que as denúncias são feitas por esses meios, elas passam pelo Ministério Público, seguido dos órgãos municipais (CRAS e CREAS), que são responsáveis por averiguar os fatos. Então, é feita uma investigação, incluindo visita domiciliar e acompanhamento familiar.
Caso você tenha se identificado com algum tipo de violência doméstica, saiba que a denúncia pelo Disque 180 pode ser anônima.
Leis e punições para a violência doméstica
De acordo com Danilo Pontes, há vários dispositivos legais que protegem a mulher contra a violência doméstica, contudo, o mais veiculado é a Lei 11.340/06, também conhecida como Lei Maria da Penha – leia na íntegra.
Algumas das penas que a lei abrange são: descumprimento de medidas protetivas de urgência (detenção de 3 meses a 2 anos), lesão corporal (detenção de 3 meses a 12 anos, dependendo do grau da lesão) e violência psicológica (detenção de 6 meses a 1 ano).
É importante ressaltar que a Lei Maria da Penha também protege as mulheres trans, travestis e lésbicas.
O Código Penal Brasileiro também prevê penalidades para crimes de violência contra mulheres, como maus-tratos, ameaça, constrangimento, exploração sexual, lesão corporal, entre outros.
Além desse amparo legal, existem serviços e institutos que podem servir como fonte de apoio e informação, como o Portal Compromisso e Atitude, o Instituto Patrícia Galvão, o próprio Instituto Maria da Penha e as Secretarias da Mulher.
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Jean Willys desafia cristãos e diz que o 2019 será regido por “Exu e Xangô”
O deputado federal Jean Willys (PSOL-RJ) fez uma publicação em suas redes sociais, alegando que o ano de 2019 será regido por Exu, Xangô e Iansã, orixás considerados deuses africanos.
Ele também aproveitou para mandar uma indireta ao pastor Silas Malafaia, ao citar que este ano, a justiça chegará aos “vendilhões do templo” que usam a igreja para lavar dinheiro sujo. Esse trecho estaria associado ao fato do pastor Silas Malafaia ter sido vítima de boatos, que o acusaram de ter usado a igreja para lavar dinheiro.
Leia a postagem do deputado na íntegra:
Desde muito cedo em minha vida, ainda muito menino mesmo, soube que mistérios existem e continuarão a existir, mesmo que seja próprio do ser pensante que a maioria de nós é tentar desvendar os mistérios que insistem em desafiar nossa consciência e razão. Sou, portanto, dos mistérios e eles me fascinam. Este ano, 2019, será regido por Exu, Xangô e Iansã. Quando soube disso, disse aos meus amigos mais íntimos e próximos: “Preparem-se: transformações profundas virão para alguns, estagnação completa para outros; a comunicação estabelecerá sólidas pontes em que muitos de nós atravessaremos, mas outros tantos se perderão no ruído que impede qualquer diálogo; tempestades reais e simbólicas vão arruinar velhas estruturas e não deixarão inteiros os deuses com pés de barro; e, sobretudo, os injustos e hipócritas pagarão caro por suas injustiças, cairão envergonhados diante de tribunais reais ou simbólicos – e desta justiça não escaparão nem mesmo os que se encarregam da justiça dos homens, mas não a respeitam” O ano mal começou. E um “mito” e sua quadrilha já começam a sucumbir. Ladrões do erário, propagadores de ódio e de difamação, estão recebendo o troco por todo o mal que fizeram até aqui. E mesmo que a legião de imbecis que lhes segue queira se enganar, não há volta: a justiça prosseguirá. O que restará a essa gente odiosa, para que seja minimamente coerente, é rever seu slogan preferido – “Bandido bom é bandido morto!” – caso desejem ver os escombros que restarão dos bandidos de colarinho branco e apologistas da tortura vivos!
Aliás, estou aguardando da ignorante e excessivamente maquiada Rachel Sheherazade um pronunciamento no mínimo tão contundente quanto o proferido contra o adolescente negro por ter supostamente roubado um celular e, por isso, ter sido linchado em plena luz do dia e atado, sangrando, a um poste por uma trava de bicicleta.
A justiça também não tardará aos vendilhões do templo que usam igrejas para lavar dinheiro sujo e, com o propósito de esconder tal ilícito, propagam discurso de ódio contra gays, lésbicas e transexuais que seduzem até mesmo bichas, travestis e sapatões racistas e que conservam ódio de classe.
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Jean Willys desafia cristãos e diz que o 2019 será regido por “Exu e Xangô” e o castigo veio
O deputado federal Jean Willys (PSOL-RJ) fez uma publicação em suas redes sociais, alegando que o ano de 2019 será regido por Exu, Xangô e Iansã, orixás considerados deuses africanos.
Ele também aproveitou para mandar uma indireta ao pastor Silas Malafaia, ao citar que este ano, a justiça chegará aos “vendilhões do templo” que usam a igreja para lavar dinheiro sujo. Esse trecho estaria associado ao fato do pastor Silas Malafaia ter sido vítima de boatos, que o acusaram de ter usado a igreja para lavar dinheiro.
Leia a postagem do deputado na íntegra:
Desde muito cedo em minha vida, ainda muito menino mesmo, soube que mistérios existem e continuarão a existir, mesmo que seja próprio do ser pensante que a maioria de nós é tentar desvendar os mistérios que insistem em desafiar nossa consciência e razão. Sou, portanto, dos mistérios e eles me fascinam. Este ano, 2019, será regido por Exu, Xangô e Iansã. Quando soube disso, disse aos meus amigos mais íntimos e próximos: “Preparem-se: transformações profundas virão para alguns, estagnação completa para outros; a comunicação estabelecerá sólidas pontes em que muitos de nós atravessaremos, mas outros tantos se perderão no ruído que impede qualquer diálogo; tempestades reais e simbólicas vão arruinar velhas estruturas e não deixarão inteiros os deuses com pés de barro; e, sobretudo, os injustos e hipócritas pagarão caro por suas injustiças, cairão envergonhados diante de tribunais reais ou simbólicos – e desta justiça não escaparão nem mesmo os que se encarregam da justiça dos homens, mas não a respeitam” O ano mal começou. E um “mito” e sua quadrilha já começam a sucumbir. Ladrões do erário, propagadores de ódio e de difamação, estão recebendo o troco por todo o mal que fizeram até aqui. E mesmo que a legião de imbecis que lhes segue queira se enganar, não há volta: a justiça prosseguirá. O que restará a essa gente odiosa, para que seja minimamente coerente, é rever seu slogan preferido – “Bandido bom é bandido morto!” – caso desejem ver os escombros que restarão dos bandidos de colarinho branco e apologistas da tortura vivos!
Aliás, estou aguardando da ignorante e excessivamente maquiada Rachel Sheherazade um pronunciamento no mínimo tão contundente quanto o proferido contra o adolescente negro por ter supostamente roubado um celular e, por isso, ter sido linchado em plena luz do dia e atado, sangrando, a um poste por uma trava de bicicleta.
A justiça também não tardará aos vendilhões do templo que usam igrejas para lavar dinheiro sujo e, com o propósito de esconder tal ilícito, propagam discurso de ódio contra gays, lésbicas e transexuais que seduzem até mesmo bichas, travestis e sapatões racistas e que conservam ódio de classe.
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