#despertar do prazer
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qereceitas · 9 months ago
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Monte Sua Cesta de Café da Manhã Perfeita!
Está pensando em surpreender alguém especial com um delicioso café da manhã? Montar uma cesta de café da manhã encantadora e personalizada pode ser a opção perfeita para tornar esse momento ainda mais especial. Nesta seção, vamos ensinar como montar uma cesta de café da manhã única, com todas as dicas e sugestões necessárias. Principais pontos deste artigo: Como montar uma cesta de café da…
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hansolsticio · 22 days ago
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✦ — "pirralho". ᯓ p. jisung.
— park jisung × leitora. — 𝗰𝗮𝘁𝗲𝗴𝗼𝗿𝗶𝗮: sugestivo. — 𝘄𝗼𝗿𝗱 𝗰𝗼𝘂𝗻𝘁: 3814. — 𝗮𝘃𝗶𝘀𝗼𝘀: age gap curtinho (o ji tem 19 e a pp uns 24), linguagem imprópria, fluxo de consciência (?), insinuação de sexo, o hyuck e o nana aparecem, size difference, pegação & "noona". — 𝗻𝗼𝘁𝗮𝘀: essa fic é top #1 acontecimentos imprevisíveis
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Batidas distantes misturadas a algo que parecia ser o seu nome te fizeram despertar. Não sabe quando caiu no sono e muito menos o que fazia antes de adormecer, mas respondeu por puro reflexo.
"Hm?"
"Tá viva? 'Tô tentando te acordar faz tempo.", era abafado, mas a voz da sua colega de apartamento era inconfundível. "Não vai se arrumar? Não quero chegar atrasada."
"Me arrumar?"
"O evento da atlética, criatura. Já esqueceu?", a menção te acordou de vez, ainda que tenha levado um tempinho para processar uma resposta. Sendo simplista, eventos da atlética significavam um monte de universitários gostosos reunidos num lugar só. E por "universitário gostoso" sua cabecinha só processava uma coisa: Jisung.
É... péssima ideia.
"Não sei se quero ir..."
"Ah, não! 'Cê prometeu que ia comigo, poxa...", a mulher choramingou. "Os meninos vão também.", a observação tinha a única função de te convencer, porém ela não exergara ainda que esse era exatamente o problema. "Eu já servi de acompanhante até pro batizado da sua priminha, _____. Qual é...", e, novamente, você seria vencida pela culpa.
O dilema aqui era: você nunca havia questionado tanto os seus próprios valores como nos últimos dias. Se perguntava se considerar uma diferença de idade tão minúscula quanto a que existia entre você e Jisung um obstáculo era exagero da sua parte. A parte mais antiquada da sua personalidade não apreciava estar questionando isso, porém era o que mais fazia ultimamente. Não sabe dizer o momento exato no qual "a chave virou" na sua cabeça, mas misteriosamente o interesse explícito que o mais novo tem em você deixou de ser uma piadinha e virou uma pedra no seu sapato.
De repente, a diferença de altura notável entre vocês dois se tornou algo intimidador. De repente, a voz caracteristicamente grave começou a te dar arrepios e o jeito que sua mão ficava minúscula perto da dele te incitava a ter pensamentos sujos demais. De repente, você se via cada vez mais tentada a revisitar todos os stories que o homem postava — desde os recorrentes surtos pelo Real Madrid até as malditas selfies pós-treino.
Era um sofrimento que somente o século vinte e um seria capaz de te proporcionar. Você podia bloquear Jisung? Claro que sim! Mas como iria fazer cessar a coceira na sua pele toda vez que cogitava a possibilidade de dar de cara com mais uma foto do rostinho avermelhado e todo molhadinho de suor? Isso para não falar do inferno da camiseta que ele sempre deixava em um dos ombros — um lembrete sugestivo de que não havia mais nada impedindo a visão do próprio corpo.
Entretanto, não era tão masoquista assim. Tanto que há muito tempo evitava acompanhar sua colega de apartamento nos treinos só para não acabar esbarrando em um Jisung gostoso 'pra caralho correndo feito louco atrás de uma bola. Na realidade, sequer se viam pessoalmente, mas nas raras ocasiões em que tinha o (des)prazer de estar na companhia de Jisung você se sentia contra a parede.
O Park não era invasivo, não fazia o tipo dele. Porém nunca foi como se precisasse. Os olhinhos fofos demais para um homem daquele tamanho e todos os "Noona's" arrastadinhos te diziam tudo o que você precisava saber. De certa forma, te quebrava ter quer pisar na confiança dele em todas as ocasiões possíveis — na sua cabeça, era a única solução plausível para o "problema".
Só que havia algo errado: você não era capaz de identificar o porquê dele estar tão atrevido nos últimos tempos, a confiança dele parecia crescer de uma maneira estupidamente rápida a cada encontro entre vocês. Era complicado. Talvez fosse culpa sua. Talvez você estivesse deixando muito óbvio o seu nervosismo perto do mais novo — era o que você pensava.
Você poderia perguntar a opinião da sua colega de apartamento e aspirante à melhor amiga Maya? Sim. Mas, nesse caso... não. Por mais detestável que soasse, você já havia tentado. Inclusive, o tom de inconformidade com o fato de Jisung ser, na sua visão, um pirralho, não foi suficiente para fazê-la dar outra solução que não fosse: "Você quer. Então pega.". E isso era exatamente o que você não queria ouvir! Ou queria?
Quase arrancava os próprios cabelos por não achar ninguém que estivesse de acordo com as suas convicções e nada parecia fazer muito sentido. Você temia estar enlouquecendo, pois não sabia responder para si própria em que momento começou a ver Jisung como um homem.
[...]
Antes mesmo de sair de casa já havia planejado exatamente como agir. Irredutível, iria manter o teatrinho de rejeição. Considerava-se madura demais para deixar um moleque ficar ditando seus pensamentos, poxa... era isso. Precisava manter Jisung longe. Era o único jeito de dar fim a essa história.
E por um tempo funcionou. Funcionou de forma excepcional. Você arrisca que seja pelo fato de sequer ter cruzado com Jisung nas duas primeiras horas que ficou dentro do recinto. Na verdade, não sabia se sentia felicidade ou desapontamento. Se o homem não estava presente, significava que você não precisaria quebrar a cabeça com ele — mas, droga, queria vê-lo... mesmo odiando admitir.
Só que você tinha que ter cuidado com o que desejava. Acabou por encontrar Jisung e se arrependeu imediatamente de estar ali. Mas não pelos motivos que havia imaginado. Diferente do rostinho carente que implora por sua atenção sempre que você está por perto, Jisung parecia confortável até demais. O semblante animadinho deixava explícito que ele deveria ter tomado três ou quatro copos de alguma coisa.
A animação dele passou a contrastar com o seu desgosto ao perceber que o homem tinha companhia. Companhia essa que estava perto demais e se sentia muito habituada em sussurrar seja lá o que fosse perto da orelha do garoto. Você já havia a visto algumas vezes, sabia que ela era da mesma turma de Jisung ou algo do tipo. Cada detalhe da interação capturava os seus olhos de um jeito nada agradável. Mas, ei! Isso não era da sua conta, era?
Não havia problema nenhum. Era isso que você queria, não? Sim, sim. Era sim. Jisung tinha mesmo era que flertar com gente da idade dele. Claro. Claro que sim. Mas por quê você ainda 'tava olhando? Isso é coisa de gente esquisita. Deveria parar de encarar. Okay... Jaemin! Isso, Jaemin. Fazia tanto tempo que vocês não se divertiam juntos, certo? Calma, mas o quê ele acabou de sussurrar no ouvido dela? Porra, e esse sorrisinho? Espera... você ainda estava olhando?
"Nana...", ofegou como uma pobre donzela aos pés de seu salvador. O problema é que seu salvador possuía uma única latinha de cerveja como arma e parecia não ter a mínima pretensão de te resgatar dessa fera inominável — o 'ciúmes'. Jaemin precisou de uma olhadinha de canto para achar Jisung e cinco segundos de análise às suas feições para te dar um veredito:
"Ihh, nessa história eu não me meto, _____.", balançou o indicador no ar, rindo em completa descrença. "Tô fora de problema.", deu um gole generoso na bebida, como quem tenta remediar o próprio riso.
"Não tem história nenhuma, Nana. Só quero dançar contigo.", mentir já foi uma das suas maiores habilidades, mas no momento sentia-se uma amadora.
"Não se faz de sonsa, vai...", entortou o rosto. Foi o suficiente para te estressar, detestava ser contrariada.
"Porra, até você?!"
"Até eu sim! 'Cê não 'tá sendo meio babaca , não?", nada seria capaz de ferir tanto seu ego quanto a realidade.
"Tô sendo coisa nenhuma. Vocês que ficam colocando pressão.", desconversou, já tentava sair dessa conversa tão rápido quanto entrou. Estava exausta de ouvir sempre as mesmas coisas de todo mundo dentro do seu ciclo — a visão que seus amigos sustentavam da 'situação' entre você e Jisung parecia ser a mesma, um consenso.
"A gente?!", exclamou. A partir daqui você estava certa que havia procurado ajuda no pior lugar possível, Jaemin era especialista em levar as coisas pro pessoal. "Você que é indecisa 'pra caralho! Dá fora no garoto até não aguentar mais, mas também não sabe largar a porra do osso.", soou genuinamente bravo, seus ouvidos até zuniram. "Se decide, _____.", aqui foram esgotados seus argumentos.
Sequer esforçou-se para dar um fim ao debate com Nana, já sentia a cabeça doer. Simplesmente se virou, sumindo entre os demais — precisava pensar. Mas, poxa, havia algo a ser pensado? Mesmo você, que era orgulhosa demais para admitir estar errada, já enxergava toda a tempestade que estava fazendo em algo relativamente simples: era sim ou não.
Enfiou-se no primeiro cômodo vazio que encontrou. Era uma espécie de adega que armazenava todo tipo de bebida quente possível, parecia ser bem cuidado, mas a iluminação era pouca. Ficou feliz só de não ter esbarrado em nenhum casal se comendo dentro da salinha. Recostou-se numa das bancadas mais ao canto, aproveitando o silêncio para checar o celular. Porém, ainda que ignorasse o elefante no meio da sala, não conseguia evitar de pensar em Jisung e na estupidez que circundava toda essa situação.
Era difícil calcular quanto tempo você fingiu estar entretida no próprio telefone. Divagava. Voltava a Jisung e em como ele parecia malditamente próximo da garota. A boca amargava em pensar na maneira com a qual as mãos grandes ficaram perto demais da cintura feminina. Porra. Não, não, não... não era certo. Deveria ser você. Jisung te queria, não queria?
Droga, parecia uma criança. Cismava com um brinquedinho que sequer estava dando atenção só por ter visto outro alguém se interessar por ele. Infantil, muito infantil. Jaemin tinha razão, não tinha? Detestava admitir.
A porta se abriu.
Maya?
Era a única resposta plausível. Não precisava de nenhum estranho te enchendo o saco no momento, não queria ninguém piorando a situação. Mas o corpo esguio que surgiu por detrás da fresta te mostrou que a situação podia sim piorar.
Jisung.
Quis rir, era inacreditável — digno de cinema, não? Quer dizer, era tão óbvio que chegava a ser ridículo acontecer. Entretanto, fazia sentido que acontecesse. Não era como se Jisung não estivesse te seguindo com os olhos desde que você presenciou a ceninha dele com a garota.
"A gente pode conversar?", essa pergunta nunca poderia ter um bom desfecho. Sua primeira atitude foi adotar uma postura arrogante. Sempre era assim quando se tratava dele, não era?
"Sobre?"
"Nós dois.", murmurou cuidadoso. Você não ouviu de início, mas a afirmação te fez soltar uma risadinha em escárnio assim que assimilou o que ele havia dito.
"E desde quando existe um 'nós', Jisung?", rebateu amarga, assistindo-o se calar. Jisung te encarou em silêncio, parecia ensaiar muita coisa na própria cabeça — ainda que os olhos parecessem meio vazios. A tensão de estar acorrentada ao olhar dele sem ter onde se esconder fazia você tremer por dentro. O homem finalmente suspirou, coçando a própria nuca com impaciência. "Que foi? Volta 'pra sua namoradinha.", arrependeu-se antes mesmo de falar, a atitude era resultado do nervosismo que sentia.
"Quê?", o Park franziu a testa.
"Não sei. Me diz você. Cansou de uma e veio atrás da outra? É coisa de moleque, Jisung."
"Não tenho nada com mulher nenhuma. 'Cê sabe muito bem quem eu quero.", explicou-se, ainda que não devesse nada a você. Começava a se exaltar — detestava ser tratado como criança.
"Não sei porra nenhuma, Jisung.", cuspiu as palavras. Assistiu-o suspirar exasperado.
"Você 'tá me cansando, noona...", pontuou, os braços se cruzando.
"Você que continua nessa palhaçada sozinho.", não se lembra de nenhuma ocasião da sua vida na qual foi tão imediata com as respostas. "Já te falei que gosto de homem. Homem de verdade.", o acréscimo fez Jisung levantar as sobrancelhas, um sorriso ofendido despontando nos lábios.
"E eu sou o quê? Me diz.", afastou-se da porta, caminhando em passos vagarosos na sua direção. Ele não sabia, mas estava quebrando a confiança que só a distância era capaz de te oferecer. Com a proximidade aumentando, seu rostinho teve que se erguer para acompanhar as feições do homem. Você já apertava as bordas da madeira atrás do seu quadril, inerte com o aroma de perfume masculino que te roubou o ar.
"Você...", virou o rosto, buscando algum tipo de resposta nas garrafas de whisky da estante do canto.
"Não. Fala olhando 'pra mim.", aproximou-se mais, o suficiente para ser a única coisa no seu campo de visão — não importa para onde resolvesse olhar. A respiração quente te embriagou, tanto pela tensão quanto pelo notável cheiro do álcool.
"Você bebeu, Jisung.", a constatação saiu meio engasgada. Sentia a pele arder, o ventre se apertar.
"Você também. Isso é desculpa?", por um momento o homem pareceu roubar o seu papel. Era afiado, parecia ter total noção de como te desmontar — Jisung, em ocasião alguma, agia dessa maneira. "Diz, _____. Por que eu não sou homem o suficiente 'pra você?", cada questionamento esgotava mais seu repertório de respostas, ainda que você não usasse nenhuma das poucas disponíveis. As mãos dele se apoiaram em cada lado do móvel atrás do seu corpo, te encurralando. E era quente, porra, muito quente. "O que falta em mim, hm?", abaixou-se, o rostinho se inclinando para acompanhar cada movimento dos seus olhos. Te intimidava.
"Não faz assim, Ji...", balbuciou. A boca seca... onde havia deixado seu copo? Não se lembrava de mais nada.
"Deixa eu provar.", a mudança de energia que acompanhou o pedido te lançou numa espiral. Agora era enfraquecido, arrastava-se pela garganta. "Deixa eu ser seu homem, noona.", uma súplica dengosa até demais — te balançou, você mal foi capaz de esconder. Não impediu o narizinho roçando contra sua bochecha, preocupada em sanar o frio na barriga. Sentia o corpo inteiro amolecendo, o jeitinho devoto que Jisung te olhava só piorava a situação. "Por favor...", a expressão lamuriosa exterminou qualquer possibilidade de negá-lo — droga, ele parecia querer tanto... seria crueldade não dar uma chance.
Cedeu e nunca sentiu tanto alívio. Aceitar a boquinha gostosa contra a sua foi como tirar um peso enorme das suas costas, peso esse que, na verdade, foi substituído por muito maior: perceber o quão intensa era a vontade que você tinha de Jisung — ia mais longe do que o seu discernimento te deixava ver. Sentia seu corpo inteiro ferver pelo homem. O beijo lascivo e meio desesperado fazia sua carne tremer, puxava-o como se dependesse daquilo, como se precisasse do peso dele em cima de você.
Estavam febris, os estalinhos molhados faziam vocês buscarem por mais da sensação gostosa. O encaixe do beijo deixava suas pernas moles e o jeito que Jisung gemia contra sua boca te fazia ter certeza de que ele sentia o mesmo. A língua tímida resvalando na sua fez seus olhos revirarem por trás das pálpebras — delícia, droga, uma delícia. Tomou as rédeas, sugando o músculo quentinho para dentro da boca, o homem firmou-se ainda mais contra o seu corpo.
Jisung era sensível, se esticava inteiro só para ter tudo de você. Cansou-se, as palmas envolveram a parte traseira da sua coxa, te levando pro colo dele num solavanco. Nem percebeu quando foi colocada em cima da bancada, ocupada demais em enfeitar o pescoço leitoso. Sentia que precisava marcá-lo, queria evitar que sequer olhassem na direção dele pelo resto da noite. Era seu, podia marcar o quanto quisesse. Precisava disso.
O corpo inteiro escorria num calor infernal. O homem te bebia sem hesitar, também estava sedento. Havia se tornado uma batalha estranha, Jisung te agarrava pela nuca para conseguir sorver a boquinha inchada e você constantemente se afastava para lamber o pescoço cheirosinho. Estavam agindo de uma forma patética, mas quem poderia julgar? Passaram tanto tempo desejando isso, porra... sentiam um tesão do caralho um no outro, não dava para segurar.
As mãos fortes pela sua cintura faziam seu corpo reagir por conta própria, rebolava meio contida, desejando ter algo embaixo de você. O rostinho se movia dengoso, quase ronronava contra a boca de Jisung. Sentiria vergonha de admitir o quanto estava pulsando, mas não conseguia fazer cessar a sensação. Droga, precisava...
Os dedinhos ágeis acharam o caminho para a barra da calça de Jisung, brincou com o botão insinuando abri-lo. O homem ondulou o quadril contra as suas mãos, mas contraditoriamente te agarrou pelo pulso, impedindo a ação.
"Espera...", ofegava, o rosto vermelhinho era decorado por algumas gotas de suor. "Eu nunca...", hesitou. Ainda embriagada com o momento você demorou tempo demais para assimilar.
"Quer dizer... nunca mesmo?", tentou ser casual.
"Nunca."
"Nem...?", mas falhou.
"Não. Nada."
Isso mudava muita coisa. Claro que mudava. Você seria a primeira de Jisung? Cacete...
"Com outra pessoa não...", ele acrescentou, mas foi possível ver o arrependimento acertá-lo em cheio. "Espera, pra quê eu falei isso?", desesperou-se. Você quis rir do jeitinho fofo, mas não queria deixá-lo mais encabulado.
"Relaxa, não tem problema.", assegurou, selando a bochecha rubra. "A gente não precisa.", beijou o cantinho da boca, arrastando os carinhos até a orelha sensível.
"Mas eu quero...", a confissão te fez tremer. Não podia, não nessas circunstâncias. "Me ensina...", o sussurro saiu em tom de súplica, a respiração quente contra sua orelha não fez um bom trabalho em te deixar pensar. "Prometo que aprendo rápido.", assegurou. Os olhos minavam uma ingenuidade estupidamente excitante.
"Tá louco?! Aqui não, Ji.", tentou dispensar a proposta de um jeito casual, rindo meio nervosa.
"Me leva 'pra sua casa então...", ele rebateu quase que no mesmo instante, as palmas avantajadas fechando o aperto na sua cintura.
"O quanto você bebeu?"
"Eu quero você.", ele se curvou de um jeito meio desconfortável, o rosto vermelhinho se enfiou no seu pescoço. Porra, Jisung era adorável e isso te deixava tão quente. "Por favor, noona.", a voz grave agora era pura manha. Você precisou apertar os olhos e respirar muito fundo para ser capaz de raciocinar outra coisa que não o homem no meio das suas pernas de um jeito tão gostoso.
"Tem gente demais aqui, Jisung.", argumentou num fio de voz. Sentia-o te puxar para a borda do balcão, as perninhas se abrindo ainda mais por reflexo.
"Ninguém vai ver. Eu te escondo.", um tanto desesperado, pareceu querer demonstrar a ideia. Arrumou a postura, os braços te cercando enquanto usava o próprio tamanho para ocultar seu corpinho. Voltou a te olhar de cima, as orbes entrando no decote da sua blusinha sem pudor algum. "Cê é tão pequenininha, porra...", murmurou, admirando a diferença explícita entre vocês dois.
O ar ficou preso dentro dos pulmões quando ele agarrou um dos seus pulsos, a mãozinha tornando-se inofensiva perto da de Jisung. Guiou sua palma para debaixo da própria camiseta, a pele firme do abdômen esquentando sua mão. Não conseguiu resistir, arrastou as unhas por ali — ainda que meio receosa. A reação física foi imediata, o ventre do Park se apertou embaixo dos seus dedos. O rostinho sedento te deixou igualmente desorientada.
Cacete. Jisung fazia você se sentir doente.
O aperto que circundava seu pulso timidamente te levou mais baixo. Não conseguiu parar de encará-lo, mesmo quando a aspereza do cinto que ele usava arranhou a sua pele. Seu estômago repuxava em expectativa. Estava claramente passando dos limites, porém esse pensamento não te impediu de envolver o volume pesadinho com a palma da mão. A mente ferveu sob o olhar do mais novo que te apertou com mais força, empurrando o próprio quadril contra sua palma.
"Porra..."
"É tão grande, Sungie...", arfou, deixando-o usar aquela parte do seu corpo como bem quisesse. Foi inevitável perder-se em todo tipo de pensamento sujo envolvendo Jisung e sobre como ele tinha a total capacidade de te arruinar, mas mal parecia ter noção disso. "E esse é o problema.", pontuou, rindo da expressão confusa do homem acima de você. "Você vai entender.", tentou assegurar. "Mas é por isso que a gente não pode fazer nada aqui, Ji...", o tom condescendente que você fez uso foi insuficiente para impedir o biquinho dengoso nas feições do homem. A característica adorável contrastava muito bem com o jeitinho imoral com o qual ele ainda estocava contra sua mão.
"Eu não aguento mais esperar, noona...", choramingou em tom de confissão. Sendo sincera, você admitia que já havia castigado Jisung por tempo demais. Porém, estava prestes a ser malvada com ele só mais um pouquinho.
"Volta pra lá, vai...", afastou a mão do íntimo do homem, ganhando um grunhido desapontado. "Se ficar quietinho até mais tarde, eu dou um jeito de te levar pro meu carro.", era o melhor que você conseguia oferecer no momento. E a proposta era tentadora, tanto que foi capaz de enxergar a expectativa no fundo dos olhinhos masculinos — Jisung era adorável.
"Mas vai demorar?", bufou impaciente.
"Você sobrevive."
"A gente não pode nem brincar um pouquinho?", acompanhando a sugestão os dedos que serpentearam até o interior das suas coxas te fizeram soltar um risinho contrariado. Quis abrir mais as perninhas, se insinuar contra as mãos dele... mas se conteve.
"Brincar?", o questionamento era pura ironia. Jisung paraceu não se importar, concordando com a cabeça e te roubando um selinho carente. "E você por acaso sabe fazer isso?"
"Não...", balbuciou, a baixa luz ainda te permitia ver o rostinho alvo enrubrescendo. "Mas eu-"
"Jisung?", o timbre soou atrás da porta e foi como se você já esperasse por isso, tanto que a primeira reação foi rir baixinho.
"Te falei.", você sussurrou, dando de ombros.
"Já saio!", ele esbravejou virando o rosto em direção à porta, os dedos pressionaram suas coxas por reflexo. A testa franzida e o maxilar proeminente demonstravam o quão irritado ele havia ficado com a interrupção. "Noona...", choramingou baixinho, o semblante mudando como mágica. As sobrancelhas agora apertavam-se de um jeitinho manhoso, a testa colando contra a sua. Sentiu suas pernas ficarem fracas novamente — queria explodir esse garoto.
"Espera mais um pouco, Sungie...", tentou consolá-lo num beijinho de esquimó lentinho. Jisung te apertou contra o próprio corpo, você mais uma vez sumiu dentro do abraço dele. "Comportadinho." sussurrou, selando o biquinho do homem que parecia não querer te soltar.
[...]
"Puta merda, apanhou lá dentro?", a questão veio em tom de zombaria e referia-se a todas as marcas avermelhadas nos braços e pescoço do Park.
Ainda dava para ouvir os dois conversando enquanto você esperava dentro da adega — coisa que, inclusive, só fez para não tornar tudo esquisito saindo junto com Jisung.
"Sossega, Hyuck.", ele rebateu, enfezado.
"Tá até falando mais grosso. Meu Deus, eles crescem tão rápido...", o homem mais velho dramatizou, até mesmo fingiu um choro falso. "Quem vê não diz que você era dessa altura uns dois anos atrás.", demonstrou esticando um dos braços lá em cima de um jeito comicamente elevado. "Nem vou contar pro hyung que 'cê finalmente perdeu o cabaço, é capaz dele cho- Ai, porra!", o som estalado antes da exclamação poderia ser interpretado como um tapa. "Eu nem falei alto..."
— 𝗻𝗼𝘁𝗮𝘀²: sim, vai ter uma parte dois.
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# — © 2024 hansolsticio ᯓ★ masterlist.
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allebasimaianunes · 1 month ago
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Oração
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sinopse: Padre Charlie Mayhew vive um conflito interno ao se apaixonar por Maria, uma mulher que, apesar de ser sua perdição, também representa a sua salvação. Entre momentos de prazer e dor, a relação deles desafia os votos e as responsabilidades de Charlie como sacerdote.
Tudo muda quando Maria, o amor de sua vida, se afasta, deixando Charlie devastado e perdido. Contudo, o destino, impiedoso, o puxa para uma realidade ainda mais cruel, desafiando suas crenças e sua fé. Agora, ele precisa confrontar não apenas o amor que perdeu, mas também os próprios demônios internos e os desígnios de um Deus que parece testar sua alma a cada passo.
Oração é uma história de amor proibido, pecado e redenção, onde as fronteiras entre o desejo e a moralidade se confundem.
nota da autora: SEM REVISÃO.
aviso de conteúdo: culpa (católica) e remorso & tesão e muito angst.
idioma: português (Brasil) | pt-br
contagem de palavras (no total): 2680 palavras
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"sangue do sangue"
PARTE III
Logo cedo de manhã, mal tendo aberto seus olhos e dissipando o sono de seu corpo, Charlie recebeu uma mensagem de Maria, lhe pedindo um momento para eles conversarem. Deixando bem específico que a conversa deveria ser em contexto privado, o homem não pensou duas vezes em chamá-la para tomar um café na casa paroquial – sem segundas intenções, o que era surpreendente para um espírito tão maculado quanto o dele. Porém naquela manhã desta quinta-feira ordinária, Padre Charlie Mayhew acordou com um amargo na boca e uma sensação ruim no estômago que lhe anunciou não ser um dia comum. 
Tomou seu usual banho gelado matinal para despertar o corpo, escovou os dentes e cuidou da pele como forma de manter-se em boa aparência, já que seu corpo nada mais era que uma habitação de sua alma, então havia a necessidade de mantê-lo sempre no seu melhor estado: limpo, firme e impecável. Enquanto escovava os dentes, se encarando profundamente no espelho meio embaçado do banheiro, ficou refletindo sobre as suas últimas decisões… O dia que foi nomeado para a diocese até o momento que cruzou os olhos e deixou-se levar pelos desejos mundanos ao se deitar com uma mulher, tudo havia se tornado uma fina linha áspera que o dividia entre os deveres do sacerdócio para com seus próprios desejos carnais. Havia uma dor que transpassava seus ossos e sua carne para sua alma que o feria feito um ferro sendo derretido em cima dele: uma sensação pesada e melada o queimando todos os dias, um eterno martírio do espírito que já não era mais santo.
Ele nunca foi. Cuspiu a espuma esbranquiçada na pia, curvando-se para enxaguar a boca, sentindo que aquele ato breve de limpeza e frescor o suspendeu um pouco da constante sensação de imundície que ele se encontrava. Estava impregnado na carne já. Era difícil de arrancar aqueles pecados profanos de si. Respirou fundo rezando um Pai-Nosso enquanto lembranças impetuosas dos momentos de prazer irrigavam todo seu sangue da sua cabeça até seu pau. Bendito seja feito a Sua vontade!  
Deslizou descalço até seu quarto onde se sentou na beirada da cama, coberta de lã branca limpa, cheirando a sabão em pó e amaciante concentrado que adretavam seu olfato o fazendo se recordar de casa. A mãe preparando café da manhã enquanto o pai sentado à mesa, antes de ir trabalhar, folheava o jornal do dia. Bons tempos onde a inocência reinava e o protegia das malícias do mundo. Com controle, deixou as mãos no colo, o membro íntimo ainda rígido sobre o toque, engoliu o gemido da sua fraqueza e ao invés de se tocar para aliviar o desejo que cresceu no meio das pernas, optou por se manter firme nos seus princípios, rezando extenuante até a mente cansar e aquelas imagens se tornarem borrões vagos no meio de recordações onde ele exercia seu dom: o de ministrar a Santa Palavra de Deus, vestido com sua batina preta, o colarinho branco na garganta, os cabelos penteados para trás e a voz inspiradora se tornando um eco sagrado na igreja. 
Ele deveria ser forte, um verdadeiro soldado de Deus naqueles momentos de tempestade, e usar com sabedoria o verbo da palavra para agir conforme seus últimos esclarecimentos. Naquela noite estranha de sonhos desconexos, sozinho em seu aposento, ele recebeu uma mensagem que julgou vir diretamente de Deus. A imagem era de da Mãe de Deus em sua túnica vermelha, chorando com a expressão de desalento, encarando-o de cima e carregando nas mãos um bebê. Obviamente Charlie tomou aquilo como uma mensagem divina que ele era responsável pelo Filho de Deus e cabia a ele segurá-lo em mãos e mantê-lo vivo e presente entre a comunidade. 
Simples.
Terminado suas preces, se trocou com sua usual roupa do dia-a-dia: a camisa social de algodão preta, a calça de alfaiataria da mesma cor, o conjunto de botas de couro carmim. No dedo anelar da mão esquerda seu anel de São Miguel Arcanjo, para lhe proteger das batalhas mais cruéis contra os demônios. No peito uma incerteza em rever o rosto de Maria. Realizou sistematicamente seus afazeres até o horário que eles iriam se reunir: ajudou as Irmãs na horta, rezou um terço, preparou sua homilia para a missa da sexta, foi na padaria para comprar algumas quitandas que sabia serem as preferidas de Maria. Quando o ponteiro do relógio da sala da casa paroquial indicou que faltavam quinze minutos para o horário combinado – e tendo em mente a pontualidade da mulher, Charlie foi fazer o café à moda tradicional, fervendo a água, jogando o pó que foi moído naquele dia no coador, coando e passando para a garrafa térmica. O cheirinho de café inundou a cozinha, o deixando mais relaxado. 
Arrumou a mesa com o que havia trago da padaria, o bolo de chocolate e os pãezinhos doce com recheio cremoso em pratinhos. As xícaras na mesa e as colheres nos pires para o açúcar retratavam um quadro casual e íntimo demais que o deixou com uma leve vergonha de si mesmo. 
A campainha tocou, anunciando a chegada de Maria. 
Santa seja, Rainha Imaculada!, proferiu baixinho antes de abrir a porta, se deparando com a mulher da sua vida, alma do seu corpo, pecado dos pecados, parada vestida com seu vestido longo de seda, alça finas, naquele profundo azul-carbono, cabelos soltos e expressão tensa a sua porta. Charlie engoliu os maldizeres que irromperam sua mente, olhou brevemente para os lados querendo encontrar algum bisbilhoteiro mas foi interrompido com a pressa dela de entrar na casa, soltando com a voz afobada:
— Ninguém tá lá fora, pode ficar tranquilo! 
Seu aroma floral o entorpeceu assim como a presença dela que preencheu o espaço todo da sala. Ele rapidamente fechou e trancou a porta, conferindo mais uma vez na janela ao lado se realmente estavam seguros. A rua estava vazia, reflexo da normalidade tediosa daquele lugar. As poucas irmãs que moravam com ele, mais para ajudá-lo com alguns afazeres, estavam passando a temporada no convento principal, que ficava a algumas ruas a frente da casa paroquial, o permitindo ter acesso a elas quando quisesse e precisasse e também uma privacidade para si mesmo. Por isso que as noites e madrugadas adentro soterrado no prazer da carne de Maria eram tão fáceis: ele praticamente ficava a maior parte dos dias e noites sozinhos, era quase como se elas permitissem que ele vivesse tal qual um homem no auge dos vinte e tantos anos de idade normalmente, esquecendo de seu posto como sacerdote. Maria conhecia a casa paroquial como a palma de sua mão: a sala principal com a bicicleta ergométrica que Padre Charlie usava em seus treinos, o corredor que levava até um dos banheiros e a um quartinho embaixo da escada, a escada que subia para um corredor que conectava quartos vazios, janelas abertas com cortinas rendadas que balançavam, o banheiro principal onde ambos já se banharam e fuderam bastante, e lógico… o abençoado quarto dele que dispensava lembranças. 
Ela olhou para ele com um ar inquieto, Charlie sorriu cavalheiro apontando com as mãos sua direita, onde havia um pequeno degrau de dois lances que descia para a copa e a cozinha.
— Venha, vamos tomar o café! Acabei de passar… — Maria confirmou com a cabeça, indo na frente dele. Os olhos do homem seguiram a forma dos quadris dela, a suavidade dos ombros e a forma como ela segurava uma bolsa pequena – que ele acabou de notar sua presença – entre os dedos de unhas pintadas de preto. Ela calçava uma sandália trançada nos tornozelos cor palha seca, expondo na canela direita a tornozeleira fininha com um crucifixo em prata pura que Charlie lhe deu de presente. Ela usava aquela maldita peça só em momentos bens específicos – como na noite do aniversário dele, no casamento da irmã mais velha, no batismo do filho de um amigo dela. 
Haveria uma grande anunciação naquele dia. 
Maria entrou na cozinha, familiarizada com as paredes amareladas e os armários brancos, a mesa com uma toalha de bordas rendadas alva, a garrafa térmica preta. Ele de fato preparou um café da tarde para eles. Sorrindo envergonhado, Charlie tinha ambas as mãos na cintura esperando alguma reação positiva, uma afirmação boa vindo dela com seu café posto à mesa. Recebeu uma jogada de ombros, uma mão brusca puxando a cadeira pesada de madeira na outra ponta da mesa quadrada, encostada na parede à sua esquerda, sentado, encarando-o com o olhar carregado de contestações. 
— Que o café esteja do seu agrado! — Sua voz saiu rasgando com desgosto, sentando na outra ponta enquanto cruzava as pernas, encarando-a com aquele ferro líquido que queimava sua alma, pesado, metálico. Maria pegou sua xícara e se serviu com o café, bebericando lentamente sob o olhar cortante de Charlie. Sua demora para desocupar sua boca o deixando doido. Limpou sua garganta, o pomo de Adão descendo e subindo com a frase que estava estagnada na sua garganta:
— A que devo a honra de sua visita em plena quinta-feira à tarde?
A pergunta ficou suspensa entre os dois, pingando seu veneno entre a suposta causalidade em que eles se encontravam, manchando-os com toda aquela carga de culpa cristã que rasgava suas almas. Era hora de expurgar os pecados. Maria abaixou lentamente a xícara até encostá-la na mesa com um ruído ínfimo. Charlie se encostou na cadeira, cruzando os dedos, aguardando sua resposta. Ela molhou os lábios para facilitar a passagem daquelas palavras tão rígidas:
— Precisamos parar com o que temos… Isso já escalonou num nível insuportável para mim, eu não consigo — ela parou, segurando o choro dentro de seu peito: — eu simplesmente não consigo mais suportar tudo isso. Não é certo.
Charlie ficou estático, cético com o que acabou de ouvir. O que era uma hipocrisia vinda dele mesmo já que as palavras que saíram dos lábios de Maria eram exatamente o que ele iria falar. Mas aquilo vindo dela… Soava como uma traição. Eva mordendo do fruto proibido, levando Adão a ruína. Sansão sendo seduzido e traído por Dalila. Ele se sentia um Pedro traíndo Jesus Cristo naqueles momentos de luxúria, negando-o repetidas vezes enquanto se perdia naquela Madalena. Um ódio estranho tomou conta de si, o coração pesado e sangrento tomou conta de sua ações:
— Quem você pensa que é para simplesmente vir até minha casa e depois de me seduzir, querer acabar com tudo como se isso fosse o suficiente para todo o estrago que me provocou? Madalena! Prostituta do Diabo! Eu te condeno! — Cuspiu com ódio. Lágrimas transbordavam no rosto angelical de Maria, a expressão de deslocamento tomando conta dos olhos que caíram, perderam o brilho, enquanto levava as mãos até o coração. Charlie se levantou num pulo, os punhos fechados sustentando seu enorme corpo que vertia para a frente, ameaçador:
— Maria, eu te ofereci um ombro amigo e você me devorou o corpo inteiro! Eu quis ser seu pastor mas você queria que eu fosse seu esposo! Você me tentou, seduziu… Me fez pecar! Isso é heresia, sabia? E sabe o que é pior nisso tudo? Eu te amei feito um louco. Confiei em você como um cão. E em troca recebo espinhos das rosas que pensei ter colhido…
— Mentiroso. 
— O que disse? 
— Mentiroso. — Repetiu a palavra entre lágrimas, sustentando o mesmo olhar de rancor que ele. Charlie engoliu a ira fortemente, os ombros tensos despencaram assim como seu próprio corpo na cadeira, o suspiro pesado escapou lento pelo nariz. Ela tinha razão. No final das contas ele não passava de um covarde mentiroso. Maria enxugou as lágrimas com as mãos trêmulas:
— Eu não vou carregar o fardo da culpa sozinha, se é isso que você pensa e quer Charlie… Não mesmo! Durante todo esse tempo eu acreditei e acredito que tudo o que vivemos, mesmo que escondidos, foi completamente recíproco. Então não me venha apontar agora os dedos, me acusando de ser uma… uma… prostituta ou o que quer que seja, porque se eu sou uma pecadora, você é tão mais pecador do que eu. 
O silêncio sepulcral ornamentou o sepultamento do relacionamento deles. 
Maria ergueu os ombros, ajustou a postura, levantou-se e caminhou para sair quando sentiu seu pulso ser agarrado. Olhou para o lado, a cabeça levemente abaixada, com o olhar de desprezo e lábios cujo cantinhos tentavam segurar a angústia. Charlie tinha os olhos escuros brilhosos – lágrimas inquietas que queriam escapar. Sussurrou em súplica:
— Por favor, não me deixe. 
A mulher ergueu os olhos para cima, o teto branco, a luz natural, Deus observando-os de cima. Murmurou algo incompreensível, sua voz sibilando em chiado nos ouvidos de Charlie, então o voltou a encarar, com um pesar que contorcia seus olhos entre a dor da separação e o amor enorme que sentia por ela.
— Se eu não te deixar agora Charlie, eu estaria abrindo mão de viver toda a vida que mereço viver. Infelizmente você não entende isso. 
Ele apertou o pulso dela, porém ela foi mais forte desenroscando-o e tirando sua mão com um puxão brusco. Charlie voltou estático para a frente, os olhos vazios focando em um ponto qualquer, uma moça posando no bolo intocado que ele comprou para a ocasião. Quando ouviu a porta principal sendo destrancada e aberta, sua vontade foi de levantar e correr até ela, se agachar diante Maria, rezar por ela, fazê-la ficar com ele por toda uma eternidade… O baque da porta se fechando e o silêncio absoluto da casa o trouxe para a realidade.
Sozinho, ele chorou. 
Dias se passaram.
Semanas dobraram na esquina.
Meses se tornaram meras páginas de um calendário sendo removidas.
O ano terminou e recomeçou como sempre, trazendo esperança e desejos renovados de uma vida melhor. A memória era só mais um punhado estranho de imagens que vez ou outra passavam na sua mente. 
Padre Charlie Mayhew estava sentado na sua cadeira, aguardando o coro finalizar o louvor, uma mão apoiada no braço do seu trono, a mão segurando seu queixo, analisando com um olhar preguiçoso as pessoas que compareceram a missa, enquanto a outra mão batia ritmadamente contra a madeira da cadeira. Quando a luz voltou a focar nele, um borrão alaranjado contra seu rosto, Charlie pode observar melhor as pessoas que estavam nas primeiras fileiras de bancos, os olhos casualmente esbarrando em um rosto conhecido que fez falta durante todo aquele tempo. O coração congelou e a respiração se tornou desenfreada, irritante para seus próprios ouvidos. Ela não estava sozinha: ao seu lado um homem esguio, alto, pele bronzeada, cabelos e olhos castanhos claros, vestido com uma camisa social branca, tinha uma mão no colo dela. Charlie engoliu a inveja, se levantando para ir para o púlpito começar a oração. 
O resto da missa foi um martírio. Ao menos eles não comungam com ele. 
Ao final, enquanto todos se levantaram para sair, Charlie focou seu olhar em Maria que o ignorou, levantando e segurando a mão do homem – alianças douradas reluziram em seus dedos. Foi quando o homem percebeu que aquele garotinho ao lado do homem não era só neto da senhorinha que estava na ponta do banco. Era filho de Maria, branco com os cabelos escuros, o nariz fino e arrebitado, olhos escuros que observavam tudo ao redor. Ele ficou o tempo todo no colo da senhora, mas no final da missa quem o pegou nos braços foi Maria, agradecendo a senhora por tomar conta dele, enquanto o homem ao lado brincava com o menininho. 
Sangue de seu sangue, fruto de sua semente. Cuidará daquele filho que carrega sua herança enquanto erguerás da Casa de Deus. 
A voz daquele sonho estranho o perturbou, a lembrança cruel o arrebatando. O pecado se tornou carne viva, sangue que escorria dele para um outro, sua alma se tornando duplicada de si mesmo. E então ele se encontrou num despenhadeiro de si mesmo e assim como aquele fatídico dia, sua alma chorou dentro de si.  
"Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16
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jinxfae · 2 months ago
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(  feminino  •  ela/dela  •  pansexual ) — não é nenhuma surpresa ver NARKISSAS JINX andando pelas ruas de arcanum, afinal, a FAERIE DA FORTUNA DOS GRITOS precisa ganhar dinheiro como GERENTE DO SORTILÉGIO DA GANÂNCIA. mesmo não tendo me convidado para sua festa de TREZENTOS E SETENTA E OITO ANOS  (1646), ainda lhe acho ASTUTA e PERSUASIVA, mas entendo quem lhe vê apenas como MANIPULADORA e EGOCÊNTRICA. vivendo na cidade há DUZENTOS E OITENTA E UM (1753) anos, JINX cansa de ouvir que se parece com EVA DE DOMINICI.
resumo
tw: sequestros, morte, sangue, violência, tráfico feérico.
jinx é uma faerie complexa, com um histórico de vida do qual ela não se orgulha tanto. sequestrada na primeira coorte em que nasceu, para ser leiloada em um ponto de tráfico de sangue feérico, calhou de ser comprada por asmodeus. durante seu serviço, foi manipulada por uma bruxa para que abandonasse o demônio e se retornasse para se vingar da sua antiga coorte, que deu pouca importância para seu desaparecimento. o peso de ser responsável pela morte de algumas dezenas de fadas fez com que narkissas enlouquecesse, precisando ter suas memórias manipuladas e confinadas num espaço conhecido como "the vault". a sensação de ter perdido algo, entretanto, fez com que ao despertar fosse lentamente atraída para arcanum, até finalmente entrar. na cidade, foi inicialmente uma das fundadoras da coorte da fortuna, mas o assassinato de uma faerie anos depois foi uma das peças chave para que memórias escapassem do vault. assim, ela retornou para suas configurações iniciais, e assumiu sua insanidade. foi expulsa da fortuna e passou para a coorte dos gritos. não muito depois, passou a trabalhar como gerente no sortilégio da ganância.
antes de arcanum
tw: sequestros, morte, sangue, violência, tráfico feérico.
em seu início, a faerie que conhecemos hoje era chamada como narkissas. oriunda de uma pequena coorte nos alpes, pode-se dizer que seu desenvolvimento não foi nada do ordinário. a coorte em que nascera era isolada das demais da mesma espécie, após a desarticulação de uma antiga coorte predominante em toda a itália. ali reuniam-se fadas que tinham sido expulsas de seus antigos reinos em todo o mundo. um conglomerado mentes solitárias, inquietas, ou até vis e cruéis, que esculpiram a criança de olhos azul e lilás. havia sido abandonada não muito depois de seu nascimento, e nunca em seus séculos de vida buscou compreender quem eram seus pais. orgulhosa desde que nascera, a criança esperta soube criar seu caminho em meio a miséria, destacando-se em meio a coorte pela lábia e o carisma que exibia ainda em tenra idade. essas mesmas características fizeram se misturar entre a elite, participar ativamente dos conselhos, e estas também foram as responsáveis pelo início das rachaduras na personalidade da faerie.
narkissas era influente o suficiente para estar presente em reuniões de relevância na comunidade, mas não o suficiente para que sua ausência fosse notada. era verdade que por meses, a coorte notava desaparecimentos inexplicados pelos arredores do reino. incapazes de atuar sobre, a morena tornou-se logo mais um nome em meio papéis, sem ser dada a devida importância. seu sequestro havia sido especialmente encomendado, a necessidade de suprir bancos de sangue feérico para os sanguessugas com gosto mais refinado. e era sortuda, como era. pois calhou de não ser comprada por um vampiro, mas por um demônio. e não qualquer um, mas um príncipe do inferno. asmodeus a comprou na intenção única de que aquela lhe prestasse serviços. e ao contrário de tudo que imaginara de demônios antes de seu primeiro encontro, a experiência fora extremamente satisfatória. 
conviver com o príncipe da luxúria era uma montanha russa, e fundamentou uma parte essencial de sua personalidade: o amor pelos prazeres da terra. rapidamente descobrira que fadas e demônios poderiam ser bastante similares, e flexibilizou a relação construída com seu “dono”. era quase que uma amizade perigosa, contabilizando-se os limites de uma relação contratual. o mal fora fazer com que tivesse direito de ir e vir… numa das indas, identificara a sua maior fraqueza. bruxas. e não por qualquer razão de força, jamais, a pobre fada só não conseguia conter seu coração acostumado com a luxúria de um demônio. 
a beleza etérea, os cabelos e olhos escuros, o andar que somava-se com as sombras e penumbras. nunca soubera seu nome real. e sua pequena lábia, carisma, nada eram perto daquela bruxa. essa manipulava multidões com um breve farfalhar de dedos, desdobrava ilusões profundas com um fixar de olhos. nem oferecera resistência, fora levada antes que seu dono original pudesse suspeitar de algo. foram duas décadas que a faerie passou sobre o domínio da feiticeira. esta ensinando-lhe seus ofícios, como manipular mentes, sustentar ilusões, enquanto pouco a pouco alimentava qualquer ódio que ela sentisse pela sua antiga coorte. nem lembrava-se da origem dos sentimentos, mas uma inconformação com a pouca relevância em seu desaparecimento foi tornando-se uma grande mágoa, cujo ódio tornava-se insustentável. agora ela precisava se vingar.
não sabia do efeito da bruxa por trás. demorara a raciocinar que fora manipulada no lugar de manipular. quando conseguiu por fim distinguir seus sentimentos dos infundidos em sua mente, era tarde demais. suas mãos estavam completamente sujas do sangue das faeries de sua coorte. a mente engenhosa utilizada para o mal, arquitetando um plano de destruição sem escapatória. do lugar não sobraram nem as ruínas, tampouco as histórias. tudo aquilo fora suficiente para empurrar a fada para a completa insanidade, processo assistido de perto pela bruxa. narkissas a odiava, mas se odiava mais. o processo autodestrutivo previsto pela autora de todo aquele crime justificou uma última manipulação. antes de ir embora, a feiticeira tratou de trancar todas aquelas memórias em um canto do inconsciente da faerie. conhecido como the vault. tudo aquilo que assolava a mente da fada foi guardado, trancafiado fundo em sua mente. nada de asmodeus, ou mesmo de sua bruxa.
começando do zero, narkissas acordou em meio uma cidadezinha da itália rural. sem ideia de muito mais que seu próprio nome, de onde viera, a insanidade dera lugar para um vazio existencial. a essência permanecia, se divertia enganando humanos e se passando por um poltergeist, mas a ciência de que havia algo estranho consigo não permitia que relaxasse. a tentativa de encontrar o que havia perdido fez com que fosse parar em arcanum, atraída pela cidade na falsa esperança de recuperar fragmentos de seu passado.
arcanum
narkissas chegou durante a formação de arcanum como se conhece hoje. ainda uma jovem (não tinha mais que seus cento e dois anos). desde que nascera, sempre tivera uma tendência natural a ceder ao caos. olhos que brilhavam ao confundir e enganar, empolgação ao fazer discretas crueldades no mundo humano. e mesmo assim, entenda que era diferente. extremamente perspicaz, astuta, era uma época onde acreditava poder viver o melhor dos dois mundos. equilibrar pequenas insanidades com atos de benevolência. foi sua principal motivação para estar do lado da coorte da fortuna. 
entretanto, é em 1799, com a morte de uma fae da coorte das conchas, uma insatisfação com a maneira como as regras eram ditadas por ali começou a ser alimentada. o desdobramento ocasionou uma série de instabilidades em sua mente que permitiu que algumas memórias escapassem do vault. e a insanidade se manifestava. pequenas pegadinhas e distrações começaram a transformar em explosões, caos generalizado e ilusões coletivas em dias aleatórios. o agravamento dessas situações, ao longo dos anos, fez que não muito depois de 1805, fosse expulsa da coorte da fortuna. ou melhor, ela prefere dizer que saiu por livre e espontânea vontade.
o acolhimento pela coorte dos gritos foi quase que imediato, dando a agora jinx a característica particular de olhos azul e lilás junto de um discreto par de chifres em sua cabeça. jinx é conhecida pela sua capacidade de modular sentimentos. perto dela, conforme seu desejo, sentimentos pré-existentes podem ser potencializados ou diminuídos, tudo para que o verdadeiro show de manipulação possa dar lugar. então é normal se sentar de seu lado, e a voz aveludada ir fazendo se sentir cada vez mais calmo até a inebriação. ou então sentir uma raiva particular, quase que inexplicável, nascida de uma pequena irritação em seu âmago. 
mas jinx só foi feliz de verdade em arcanum após iniciar como gerente do sortilégio da vingança. informação, negociação, estar a par de futuras malignidades das quais pode ou não participar… isso é um privilégio sem igual. pois a morena permeia entre esses grupos com naturalidade, sendo conhecida também pelos perigosos acordos que oferece por aqui e ali… são bons acordos, mas cuidado! ela cumpre com o que promete, mas apenas exatamente o que prometeu. faça seu pedido com cuidado, e se atente ao valor cobrado! não existe almoço de graça.
desde a chegada de lucifer, tem ficado muito claro o seu alinhamento, ainda mais com suas relações atuais. ela é uma das dançarinas convidadas do oitavo pecado.
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wolvesland · 1 year ago
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─── 𝐋𝐄𝐒𝐒 𝐓𝐇𝐀𝐍 𝐏𝐄𝐑𝐅𝐄𝐂𝐓 ֪
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→ Ji Changmin x Leitora plus size
→ Palavras: 1.4K
→ Sinopse: se apaixonar por changmin no meio de um apocalipse zumbi não era o que você esperava, mas lá estavam os dois.
AVISOS: apenas uma história fofa no meio de um apocalipse zumbi.
📌 masterlist
© all rights reserved by @kyufessions
© tradução (pt/br) by @wolvesland
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Olhos pesados fitaram a escuridão ofuscante, o silêncio preenchendo a atmosfera quando uma pequena brisa bateu em seu rosto para despertá-la do sono ameaçador. Espalhando-se por um rápido segundo enquanto observava as ruas noturnas, uma leve cutucada em seu lado a fez voltar a se concentrar na tarefa em questão, mas não antes de se voltar para o homem à sua esquerda, murmurando um pedido de desculpas enquanto ele apenas sorria para você cansado.
— Está tudo bem, eu entendo. – Respondeu ele, abrindo o refrigerador sobre o qual suas pernas estavam esparramadas.
Seus olhos se iluminaram ao ver o produto, pegando-o das mãos dele e agradecendo-lhe profusamente.
— Como você conseguiu isso? Quando você conseguiu isso? Você é o meu salva-vidas, Ji Changmin. – Você abriu a tampa com cuidado, esperando que o produto não jorrasse magicamente em seu rosto.
Ele se ajeitou no assento, sentindo a bunda ficar dormente por causa do tempo que os dois ficaram vigiando.
— Encontrei alguns no supermercado mais cedo. Peguei todos eles, o resto está na geladeira lá embaixo para quando você precisar deles.
Você tomou um gole do refrigerante, soltando um suspiro silencioso de alívio ao sentir que começava a despertar. Changmin observou enquanto você tomava a bebida com cafeína em uma hora imprópria, sorrindo para si mesmo por ter conseguido captar seu prazer culpado no grande mercado que ele esvaziou mais cedo naquele dia com Jaehyun, Younghoon e Sunwoo.
— Se eu tiver alguma espinha, a culpa é sua. – Provocou, fechando a tampa e colocando o refrigerante na grade de madeira da varanda à sua direita.
Ele revirou os olhos, voltando a olhar para a frente quando você o pegou olhando.
— As espinhas devem ser a menor de suas preocupações, sn. Além disso, você ainda estaria mais bonita do que nunca.
Em qualquer outro universo vocês já teriam se recompensado com um beijo um do outro, mas estar presa no meio de um apocalipse zumbi não era o ideal, nem era o momento de se envolver romanticamente com alguém que você conheceu há apenas dez meses, quando tudo isso começou.
Você estava examinando um CVS local, certificando-se de que não havia nenhum pedestre na loja e tendo que matar alguns. Quando a costa estava livre para finalmente sentar e relaxar por alguns minutos, você começou a empilhar itens na frente da porta para sinalizar quando alguém, ou alguma coisa, tentasse entrar em sua nova e humilde residência. Enquanto você estava sentada, comendo alguns balinhas azedas e bebendo um pouco de refrigerante para se manter acordada, um som alto irrompeu da frente da loja. Você pegou sua faca e um revólver aleatório que encontrou ao longo de sua jornada, se esgueirando silenciosamente até a frente e segurando a arma para se preparar para o que quer que estivesse à sua frente.
Quando você foi para a frente da loja, notou um grupo de cinco garotos pegando alimentos das prateleiras e colocando-os em grandes sacolas de ginástica. Eles se viraram para você quando ouviram passos, facas sendo retiradas dos bolsos traseiros e olhos arregalados de medo. Quando a viram ali, baixaram as facas lentamente para indicar que não eram uma ameaça. Você baixou a arma quando eles guardaram as facas nos bolsos, soltando um leve suspiro de alívio.
Até agora, tudo parecia estar indo perfeitamente bem nesse novo lar seguro. Todos os aparelhos pareciam estar funcionando, e é claro que algumas pessoas tinham que dividir camas às vezes ou até mesmo dormir no sofá, mas no geral, era um bom lugar para ficar até que, de repente, se tornasse o oposto e você tivesse que fugir mais uma vez.
— Você também é bonito. – Murmurou, roçando o metal da arma que estava em seu colo.
Olhou de relance para o quarto atrás de você, vendo as horas. Estava quase amanhecendo, o que significava que você conseguiria dormir logo antes que você e Changmin trocassem de posição com Chanhee e Sangyeon.
Changmin olhou para você, com um sorriso tímido nos lábios.
— Você não entende, não é?
Você olhou para ele corando com o contato visual mais suave.
— Eu quero, mas não é o momento certo, Changmin...
— Não me importo com isso. – Interrompeu ele, sentando-se completamente na poltrona para que o corpo dele ficasse de frente para você. — Nós nos conhecemos por um motivo e estou cansado de ignorar a tensão entre nós. Merecemos estar um com o outro, apesar das circunstâncias.
— Estamos no meio de um apocalipse, Changmin. E se deus não permitir que um de nós acabe, você sabe, se transformando de alguma forma.
Ele balançou a cabeça, aproximando a mão e colocando-a sobre a que estava em seu colo.
— Não diga isso, não pense assim. Isso não vai acontecer e eu posso lhe prometer isso.
Você retirou sua mão da dele quando a porta do quarto se abriu, com um Sangyeon já alerta chegando para seu turno de vigia. Atrás dele estava um Chanhee de aparência um tanto cansada, com o cabelo rosa desbotado, bagunçado e cada vez mais comprido. Vocês dois se levantaram, agradecendo a eles e informando-os sobre tudo o que viram, que não foi absolutamente nada, graças a deus.
Você e Changmin entraram no quarto vazio, com uma atmosfera um pouco estranha por causa da conversa anterior. Você calçou os chinelos enquanto terminava de beber o último refrigerante. Changmin a observava com admiração, adorando como tudo o que você fazia era etéreo para ele.
Você levantou uma sobrancelha curiosa e olhou para o homem de cabelos platinado enquanto ele estendia o dedo mindinho para você pegar.
— O que é isso?
— Prometo de mindinho que nunca deixarei nada acontecer com você, não importa o que aconteça. – O sorriso dele era reconfortante quando aparecia, fazendo seu coração dar cambalhotas.
Você soltou uma risada exausta, juntando o mindinho dele com o seu e depositando um beijo suave no dedo dele.
— Então, eu prometo o mesmo.
Ele pegou a mão livre e segurou sua bochecha, fazendo com que você se derretesse ao toque dele. As mãos dele eram mais frias do que as suas, mas ainda assim eram reconfortantes.
— Vamos para a cama, sim? Podemos conversar pela manhã, se você quiser.
Você assentiu, fazendo com que Changmin a envolvesse em seus braços, se deitando na cama. Você se ajustou nos braços dele, certificando-se de que ele se sentisse confortável ao seu lado na cama king size.
— Mas já é de manhã. – Você boceja quando o relógio marca cinco horas e quinze minutos, e uma risada suave escapa dos lábios de Changmin.
Você se sentiu adormecer enquanto os dedos dele roçavam as estrias em seus ombros, algo que ele sempre parecia gostar de fazer. Como você é maior, nunca pensou que encontraria alguém tão carinhoso quanto Changmin. E ele amava tudo em você, seu peso nunca o incomodou nem um pouco, ele não a via diferente de qualquer outra pessoa com quem já tivesse interagido. Na verdade, isso é mentira, ele a via sob uma luz mais romântica, sentindo como se tivesse se apaixonado à primeira vista.
Você se virou para encontrar uma posição mais confortável, com seus rostos agora a apenas alguns centímetros de distância. Você observou como os olhos dele estavam ligeiramente abertos, mas sua respiração estava em um ritmo constante.
— Está dormindo? – Você sussurrou levando a mão ao cabelo dele e tirando alguns fios dos olhos. — Acho que estou me apaixonando por você, Ji Changmin.
— Acho que também estou me apaixonando por você. – Ele sussurrou, depois sorriu quando você ofegou com o jeito brincalhão dele.
Apesar de estar em uma situação muito inferior à perfeita, você estava disposta a correr o risco. Esse homem parecia valer a pena e estava pronto para provar isso a você de todas as formas possíveis.
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chupa-essa-buceta · 1 day ago
Note
Uma manhã dessas queria ter o privilégio de observá-la dormindo, deitada de bruços, as pernas assim meio abertas, shortinho enterrado, fazendo par com a blusinha do pijama, cuja alcinha desliza pelo ombro quando, devido a um sonho intranquilo que não a desperta, mas a obriga a procurar uma posição mais confortável, você acomoda o corpo à cama como um quebra-cabeça, por fim respirando fundo nos braços de Orfeu.
Lá estaria eu, feito um esfomeado, água na boca, desfrutando como que da entrada de um banquete, ansiando o prato principal. Sobre os cotovelos, tomaria todo cuidado para não despertá-la, afundando o corpo entre suas pernas, a dois palmos do shortinho agora frouxo, dando a ver uma nesga de pele, fresca e saborosa, cujo aroma aspiro sob efeito de feitiço, embalado como um aventureiro em busca da Terra Prometida. Cheiro de buceta pela manhã, assim temperado, não tem coisa melhor.
E foi inconsequente o meu gesto, esse de afastar o pano do short com o dedo, pra chegar mais perto e cheirá-la direto na fonte, a pontinha do nariz resvalando pelos lábios sequinhos, como desvendasse o segredo de um tesouro nunca encontrado. Qual não foi minha surpresa ao vê-la reagir então, ainda sonolenta, à minha investida, procurando nova posição com a qual pudesse acomodar os sonhos que a mantinham presa noutro estado de consciência. Dessa vez, sem se mexer tanto, você encontrara a posição perfeita para nós, permitindo tanto o sono quanto minha incursão.
Talvez tivesse mesmo descoberto algum mistério com o nariz curioso, ou quem sabe realidade e sonho se sobrepuseram: o corpo indicando ao inconsciente qual passo a ser dado em seguida. Sei que me preparava pra continuar, a ponta da língua pra fora, feito cobra atrás da caça, arrepiando-me inteiro ao primeiro contato, resistindo a forrar com a língua inteira pele, lábios, pelos, tomado que fui pela lascívia ao recender em minha boca o sabor do seu corpo.
Quem sabe com medo de acordá-la antes da hora, dediquei-me ao exercício comedido de quem vela o sono, afastando todos os infortúnios que poderiam incomodá-la. E lá estava eu, afeito apicultor, colhendo-lhe com esmero o tímido mel, tomando-a nas mãos como a uma flor, sem apressá-la o desabrochar, mas, ao mesmo tempo, desenhando com os polegares toda a extensão de seus lábios, mapeando com destreza o melhor jeito de decifrá-la. Promessa de prazeres sem fim.
E vem vindo fininho, lá do fundo, maturado, o visgo a saciar minha sede, escorrendo cada vez mais abundante conforme minha língua mergulha entre seus lábios, subindo e descendo, por vezes desviando-se do caminho e indo desbravar outros segredos, também com suas próprias intemperanças e cheiros, os quais incendeiam o corpo com vigor renovado, acrescendo à fome inicial um misto de fúria e lasciva, a que meu pau mal se aguenta de tanto tesão, preso sob a cueca, a cabecinha toda babada. Que cuzinho delicioso, tão bom que nem sei onde me demorar mais, então revezo, subo, desço, a língua preguiçosa se alongando por todo caminho, do grelinho ao cuzinho, parando às vezes à entrada da buceta, penetrando-a tão fundo quanto conseguisse, pra em seguida retomar ao cuzinho e rodeá-lo com delicadeza.
Então você começa a despertar, meio sonolenta, empinando a bunda por instinto, enquanto solta um gemido moroso, e eu, faceiro, aproveitando-me da ocasião, acaricio seu grelinho e meto os dedos na sua buceta a um só tempo, e minha língua lá, enterrada no cuzinho, fazendo festa. Daí não demorou muito, eu sei que esse é seu ponto fraco, e veio como onda crescente, teu corpo chacoalhando feito maremoto interminável, enfraquecendo apenas pra retomar mais uma vez o abalo sísmico, um gozo que não cessa, acumulado, desses que extinguem a vida por minutos a fio, sem fim, até não aguentar mais e, em desespero, se debate pra desvencilhar minha boca e meus dedos de você, pra então amanhecer mais um dia já tendo morrido — de tanto gozar.
E essa é a delícia de acordar te mamando. Mesmo que não obtivesse êxito, me condenaria à eternidade a este ofício, sem o qual não saberia viver, não apenas pelo prazer de fazê-la gozar, mas, sobretudo, pelo ardente olhar que me lança ao despertar com minha boca em você.
wow!! que semana inspiradora estou amando os textinhos continuem... eu gosto de saber que vocês ficam latejando por minha causa .
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xolilith · 4 months ago
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Qual livro iremos ler no clube do livro rios de prosa?
Observação: eu irei disponibilizar a obra escolhida em PDF!
1. Carmilla
autor: Sheridan Le Fanu
Cerca de quinze anos antes de Drácula, um livro sobre vampiros marcou a literatura gótica e estabeleceu-se entre os clássicos de horror: Carmilla, de Joseph Sheridan Le Fanu. Aliás, não um livro sobre vampiros, sobre “a vampira”.
A lasciva personagem que dá título ao conto tornou-se uma das mais impactantes figuras do imaginário vampiresco na história.
A obra é narrada por Laura, jovem que vive isolada com o pai em um castelo na Estíria – região do antigo império austro-húngaro.
Uma hóspede inesperada, entretanto, despertará os sentimentos amorosos da jovem Laura, ao mesmo tempo que lhe causará certo terror ao trazer de volta antigos pesadelos da infância.
Carmilla é um conto sobre sedução e horror, criaturas ancestrais e o despertar da maturidade, amor e repulsa.
Um clássico excitante para os amantes do gênero.
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2. O nome da rosa
Autor: Umberto Eco
Itália,1327. O frei Guilherme de Baskerville recebe a missão de investigar a ocorrência de heresias em um mosteiro beneditino. Porém a morte de sete monges em sete dias, em circunstâncias insólitas, muda o rumo da investigação. Primeiro romance do autor, publicado em 1980 tornou-se um sucesso de vendas, fazendo com que o italiano, conceituado professor de semiótica, alcançasse prestigio internacional como romancista. Marcada pela ironia de Eco, a narrativa é repleta de mistérios com símbolos secretos e manuscritos codificados.
Eco retratou um episódio fictício, que ocorre durante a Idade Média, em que o riso é dado como proibido. O enredo d'O Nome da Rosa gira em torno das investigações de uma série de crimes misteriosos, cometidos dentro de uma abadia medieval. Com ares de Sherlock Holmes, o investigador, o frade franciscano Guilherme de Baskerville, assessorado pelo noviço Adso de Melk, vai a fundo em suas investigações, apesar da resistência de alguns dos religiosos do local. Até que então desvenda as causas dos crimes, estando ligadas à manutenção de uma biblioteca que mantém em segredo obras apócrifas, obras que não seriam aceitas em consenso pela igreja cristã da Idade Média, como é a obra risonha criada por Eco e atribuída romantescamente a Aristóteles. A aventura de Guilherme de Baskerville é desta forma uma aventura quase quixotesca.
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3. O perigo de estar lúcida
Autora: Rosa Montero
Com base na sua experiência pessoal e na leitura de inúmeros livros sobre psicologia, neurociência, literatura e memórias de grandes escritores, pensadores e artistas, Rosa Montero nos oferece um estudo fascinante sobre as ligações entre criatividade e instabilidade mental. O leitor descobrirá nestas páginas a teoria da “tempestade perfeita” — aquela que prega que na explosão criativa são postos em cena fatores químicos e situacionais irrepetíveis — e presenciará o processo de surgimento de ideias que a autora, desfrutando de suas vivências, habitou diretamente, e durante anos, um território nas vizinhanças da loucura.
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4. O prazer do texto
Autor: Roland Barthes
Quem suporta sem nenhuma vergonha a contradição? Ora, este contra-herói existe: é o leitor de texto; no momento em que se entrega a seu prazer. Então o velho mito bíblico se inverte, a confusão das línguas não é mais uma punição, o sujeito chega à fruição pela coabitação das linguagens, que trabalham lado a lado: o texto de prazer é Babel feliz". Em um escrito caleidoscópico, quase um bloco de anotações, Barthes analisa o prazer sensual do texto para quem lê ou escreve.
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calymuses · 1 month ago
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( masculino cisgênero • ele/dele • pansexual ) — Não é nenhuma surpresa ver Tymotheos Corvinus andando pelas ruas de Arcanum, afinal, o híbrido lobisomem-vampiro precisa ganhar dinheiro como mecânico e mercenário. Mesmo não tendo me convidado para sua festa de trinta e nove anos, ainda lhe acho engenhoso e vigoroso, mas entendo quem lhe vê apenas como instável e suspeitoso. Vivendo na cidade desde há alguns meses, tiny cansa de ouvir que se parece com alan ritchson.
Resumo:
tymotheos corvinus. esse hídrido lobizome-vampnhac é temperamental, bom de briga, sem escrúpulos, assassino e homem cheio de fases. o apelido é tiny porque ele é um amorzinho, do tipo que sorri feito o meme do seagal porque o lobo é amaldiçoado com resting bitch face. ele é mecânico, tem uma oficina massa e faz serviços de faz tudo (porque quer entrar na sua casa sem problemas de convite). resumindo, o bicho tem um humor ondulante, um físico invejável e facilidade para entrar na pilha (70% ok).
When it talks to you like you don't belong
🐺🩸 background.
Quem não conhece os Corvinus, por gentileza, atualizar-se na história do mundo. Mentira, não é pra tanto! A família é conhecida pela versatilidade de atuação no mundo capitalista, associada às atividades mais brutas e de força motora. Construção, principalmente. Grandes edifícios, controladas demolições, estruturas de suporte confiáveis. Corvinus é o nome, mas Lycoons & Cia é a marca registrada. Seus proprietários, aqueles no topo dentro de salas refrigeradas, carregam a genética pura de uma linhagem licantropa. Os demais, sangue diluído com humanos e outros lobisomens de estirpes mais baixas.
Porém, há um núcleo familiar voltado para outras atividades. Habilidades menos aprovadas pelas leis de 'boa vizinhança'. Alguns com o lado selvagem mais aflorado (e abraçados à causa) dedicam seus talentos para eliminar a competição e garantir os melhores recursos. Tymotheos encaixa-se perfeitamente ali e, oh boy, como ele cresceu nesse novo estilo de vida.
A contagem de crimes não chega a gabaritar o código penal, mas a frequência superar em número de leis existentes. O crescimento físico, a potência do seu lobo, com a tendência suspeita de seu temperamento... Bem, deixavam-no uma arma bem letal. Sem escrúpulos, morais duvidosas, força física implacável. E uma mordida que só piorava na lua cheia. Tymotheos é um alfa, veja bem, e o lobisomem uivava de prazer para a lua bem alta no céu.
A confiança exagerada, combinada com uma sucessão de vitórias fáceis, facilitou a captura do lobisomem. Perguntas de quem era, o que queriam, por que o faziam, se perdendo na tortura ininterrupta e cruel. Tymotheos não falou uma única palavra sobre nada quando todas as suas habilidades curativas eram abusadas ao máximo. Nada, nada, nada. Segredo completo da história de sua matilha, de sua família, de sua vida. Ele percebeu que perdia quando o sangue vampiro antigo era derramado na boca e fazia tudo arder.
Não houve sucesso para seus captores e, pela frustração, espancaram o licantropo até a morte. Ou eles acharam que sim. O sangue do vampiro ainda estava vivo e o sangue Corvinus logo se mostrou tão intricado. O corpo aceitou a mudança, lobisomem e vampiro numa dança complexa e intensa, torcendo e quebrando e mudando o corpo de Tymotheos ao que ele é hoje.
O trauma bloqueou a mente das lembranças e memórias, assim como as transformações incertas e sedes intensas dos dias seguintes ao despertar. Tymotheos selou seu destino ao sangrar um acampamento de cinco pessoas e viu o quão terrível podia ser na primeira lua cheia. Não podia voltar para casa, não podia vagar sem um rumo. O que faria?
Por alguns meses ele evitou qualquer contato. Estudando a si mesmo, entendendo sua nova condição, preparando-se para a vida entre seres vivos. Só que... Por mais que tentasse, aquela voz o chamava para mais adiante. E, sem querer, Tymotheos passava pela barreira dessa cidade abençoada; ainda meio perdido sobre tudo.
Or tells you you're in the wrong field
🐺🩸personalidade.
Se antes da segunda transformação era volúvel, agora sua personalidade tinha a velocidade de mudança de deixar qualquer um tonto. Veja a fase da lua e você saberá a resposta, sabe? Lua nova, o lobo é manso e bonachão. Cheio de sorrisos, olhos abertos, expressão forçada para parecer simpático. Nesses momentos ele é atraente, uma boa companhia. Lua crescente? As coisas complicam um pouco. O que era motivo de piada, passa a ser levado como ofensa. Coisa mais básica, sabe? Facilmente dispensada com um deixa pra lá num revirar de olhos. Nos dias de lua cheia, saia de perto. Apenas isso. E nos dias seguintes, melancolia com uma pitada soturna. De reclamações físicas e empurrões sem necessidade.
Agora, essas quatro personalidades se misturam e coexistentes. Uma verdadeira roleta russa determinada pelo fator mais aguçado de seus sentidos: o olfato.
I get all high when I think I've smelled the scent
🐺🩸miscellaneous.
Sofredor injustiçado de resting bitch face.
Ninguém mediu quanto ele tem de altura, mas é maior que 2 metros.
Usou dinheiro roubado para comprar o prédio que transformou em mecânica.
Desaparece nas noites de lua cheia e fica dois dias completamente incomunicável.
Tem diversas pedras de comunicação porque sempre quebra (a força ó).
É faz-tudo menos de chuveiros. Ele não cabe nos boxes.
Ama aquele cházinho de fim da tarde numa cafeteria aesthetic.
Cultiva wolfsbane e verbena em casa para emergências. E tem muitas, muitas, correntes.
Era muito pequeno quando mais novo, por isso o apelido de tiny.
Signo de escorpião de 1° de novembro, se serve de alguma coisa.
Aqui são só camisetas de banda e de memes, com calças cargo e botas militares.
Ganhou uma havaiana branca de presente, sua posse mais preciosa.
I'm a lover. A fight lover.
Late de brincadeira, uiva de flerte e morde com consentimento.
Usa oclinhos Harry Potter para disfarce. Dizem que fica mais acessível, menos assassino.
O Faz-tudo, como vocês podem perceber, é uma estratégia de convite para não ter problemas no futuro. Esperto, huh?
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Noite enigmática, onde encontro o simples deleite na solitude e no silêncio. Quando ela vem, contemplo o renascer da criatividade e o anseio por desvendar mistérios me invade. Pensamentos, intensidade e prazer parecem despertar quando a noite surge na cidade. Dizem para fugir dos perigos da noite, mas é nela que encontro refúgio para a minha arte.
autoria: @thevalleyswhereflowersgrow
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unknotbrain · 1 month ago
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Acordei pensando como a realidade pode ser um alívio muitas vezes. Como o ser humano fantasia, com certa frequência, com coisas que levam à autodestruição.
Sonhar com aquele trabalho que vai acabar com a sua saúde, com aquele relacionamento que você sabe que vai despertar o pior em ti, com a morte do outro. Pintar uma vida miserável nas telas dos pensamentos.
É muito louco pensar que um ser que está sempre na busca de satisfazer prazeres seja tão cruel consigo próprio. Parece que somos viciados em sofrer. Ao contrário do imaginário social, a dor e sofrimento podem sim ser fonte de prazer e até mesmo um desejo, por pior que seja admitir.
O quanto eu já apostei em planos que sabia que iam me dizimar por dentro e por fora? Muito. Ainda bem que perdi na loteria. Para o meu bem. Mas sempre fica a dúvida, e se eu tivesse me rendido à loucura? Será que eu me sentiria mais satisfeita hoje em dia saboreando a infelicidade e violência pelas quais eu desejei?
Devo estar com essas coisas na cabeça porque apesar de estar no lugar que sempre sonhei, sinto que preciso de mais. E mais. E mais. É incessante essa busca por preencher uma falta impossível de ser preenchida. O "nada" parece mais confortável do que o "quase tudo".
O caos impulsiona mais do que a paz, isso é fato. E eu preciso desse movimento, dessa insegurança de que nada é garantido. A lógica por trás disso? Não tem. Nada tá fazendo muito sentido por aqui hoje, e justamente por isso, eu posso construir sentidos infinitos. Talvez essa seja a graça da vida, essa constante construção e demolição.
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eulembrodelemuria · 8 months ago
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"O caminho da verdadeira espiritualidade é para os inteligentes. O difícil. Aqueles que não desistem de nada dia após dia para alcançar seu objetivo de cura e expansão de consciência. Aqueles que conseguem se desligar de tudo nesta existência ilusória. E amar de verdade. Aqueles que são capazes de simplesmente ser.
Através do portal de coração aberto para o Amor Supremo, todos os resquícios dos traços de seu caráter que causaram qualquer tipo de carma são liberados. Seja sofrimento aparente ou apego que traz prazer temporário. Somente através deste portal você encontrará a união com sua verdadeira natureza.
Não há necessidade de se sentir investido em uma missão. Não há necessidade de ouvir o ego que só traz separação. Ordinário. Comum. Familiar. Natural. Humilde. Normal. Ser divino é normal. É a sua natureza. É através do cotidiano comum que você ganha acesso ao sagrado extraordinário.
Seja comum. Seja natural. O que poderia ser mais comum do que o ser que você é? Somos todos iguais. Somos todos filhos de Deus. Semelhante. Familiar. Aceite ser comum. Aceite não ter nada a provar. Para voltarmos ao caminho da Unidade. Na confiança do Ser que sabe.
Apesar das aparências, o futuro da humanidade é brilhante. O que é hoje deve desaparecer. Esta mudança do ego para a Consciência é o plano de Deus. Despertar da divindade nos seres humanos. Não mais reservado para poucos, será a norma. Assim como as lagartas se transformam em borboletas quando chega a hora.
Como prisioneiro do seu próprio ego, você pensa que sabe. Na realidade, ninguém sabe. Cada um de nós é um elo na corrente desta verdade infinita. Isso nos escapa totalmente. Pare de se identificar. Saia deste sonho. Entenda que seu personagem não é real. Permita que a realidade dentro de você emerja."
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void--whispers · 1 day ago
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Atração Vermelha
Em uma noite fria e enluarada, em um partamento isolado na cidade, vivia um casal cujas preferências iam além do comum. Lara e Vicente compartilhavam mais que apenas uma paixão avassaladora; eles dividiam um desejo insaciável pelo perigo e pela dor
Tudo começou com uma conversa casual sobre as obscuridades da vida. Com o passar do tempo, essas conversas se tornaram confissões e, eventualmente, transformaram-se em atos intensos de prazer. A dor e o prazer, para eles, eram indissociáveis. Cada marca em seus corpos era uma prova do amor visceral que sentiam um pelo outro.
Em uma das noites mais intensa: a tensão entre eles alcançou um ponto de ebulição. Lara, vestida apenas com uma lingerie preta rendada, sentiu o coração acelerar ao ver Vicente se aproximar lentamente, seu olhar predatório fixo nela. Sem palavras, ele agarrou-a pelo cabelo, inclinando sua cabeça para trás, expondo o pescoço delicado. Seus dentes roçaram a pele causando uma mistura de arrepios e dor que fez com que ela se arqueasse de prazer.
A sala estava iluminada apenas pela luz rala da lua que entrava pela janela, criando sombras dançantes nas paredes. som de respirações pesadas e suspiros preenchiam o ar, misturado com o estalar ocasional de pele contra pele.
Vicente deslizou as mãos pelo corpo de Lara, suas unhas deixando marcas vermelhas e arranhões ao longo do caminho. Cada arranhão era profundo o suficiente para gerar pequenas gotas de sangue, que Vicente lambia avidamente, como se fosse um néctar proibido. Enquanto ela se contorcia de dor, ele a segurava com mais força, os olhos faiscando com a luxúria que apenas ela conseguia despertar. Lara, em um movimento ousado ergueu a mão ensanguentada e passou os dedos pelos labios dele, saboreando a intensidade do momento.
Eles continuaram em um frénésie carnal, cada mordida e arranhão alimentando o desejo selvagem que compartilhavam. Para eles, o sangue era um simbolo de devoção, um pacto silencioso de que nada os separaria. Naquele momento, em meio ao caos e à dor, cada movimento e ato violento gerava novas marcas e mais sangue, intensificando ainda mais a experiência.
Vicente cravou os dentes nos ombros de Lara, arrancando gemidos de dor e prazer. O sangue escorria lentamente pelas mordidas, misturando-se ao suor que cobria seus corpos. Lara, por sua vez arranhava as costas de Vicente com força, suas unhas rasgando a pele e deixando trilhas vermelhas que se destacavam contra a palidez dele.
Na manhã seguinte, o sol iluminou os corpos marcados e cansados de Lara e Vicente, que se abraçavam em meio ao caos deixado para trás. Sabiam que o amor deles era perigoso e incompreensível para mundo, mas, para eles, era o que os mantinha vivos. E assim, continuaram a explorar os limites de sua paixão, perdidos em um ciclo interminável de dor, marcas e sangue, encontrando na violencia o ápice de sua ligação única.
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edsonseven · 8 days ago
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"O teu toque, suave como uma promessa, é o único que me faz sentir inteira. Sinto falta dele, da forma como as tuas mãos percorriam cada curva do meu corpo, com uma suavidade que me fazia perder o rumo. Era como se o simples toque fosse capaz de despertar em mim uma intensidade que só tu sabes provocar. Cada vez que me lembro do calor do teu corpo contra o meu, do jeito como o teu toque me fazia sentir inteira, meu coração acelera. Eu aguardo por ti, ansiosa, com a certeza de que, quando finalmente te tiver perto de novo, o tempo vai parar. O meu corpo clama por ti, pela tua presença, pelo prazer de sentir a tua pele contra a minha. A saudade é forte, mas a expectativa de te reencontrar, de sentir o teu toque mais uma vez, faz-me ter a certeza de que a espera vale a pena." .
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nawaokantsuryuk · 9 months ago
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Leitor female/feminino; goddess/deusa × Poseidon.
Gênero: hot.
Aviso: contém hot e uso de afrodisíaco, mas a relação é consensual.
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As orbes azuis de Poseidon a encaram, nebulosas por entre o entusiasmo, uma vez que todo o corpo vibra de precipitação. Um gole do vinho doce a molhar os lábios, mas a sede não se abate quando Poseidon a estuda por cada curva e detalhe, admiração cravejando os olhos anuviados, perdidos no deslumbramento de como o longo vestido vermelho a acolhe como se moldado à escultura de Ayla, para ressaltar cada pedacinho de beleza nela esculpido.
Quando os lábios dela se deleitam com o vinho, Poseidon examina o olhar tragado de luxúria e pertinência nas íris de um roxo profundo que o destrincha a razão, levando-o a desejar e ansiar somente pela mulher à sua frente, a que lhe desprende de quaisquer ideais e o faz esquecer das próprias afirmações. A pulsação acelera quando bebe outro gole do vinho e o põe por cima da mesinha com ouro entalhada.
─ Majestade… ─ A voz de Ayla soa como um doce despertar de devaneios ao deus, que murmura para sinalizar a atenção lhe entregue. Um sorriso estende-se pela face avermelhada da deusa. ─ Me diga se este vinho é do seu gosto, eu o escolhi especialmente para você.
Ele sabe dos presentes que a bela mulher tem tendência em lhe trazer em todas as vindas, por mais que não seja ela a anfitriã. Poseidon ainda tem o gosto doce e marcante do vinho na boca, mas algo mais se infiltra no sabor, algo que ele sabe reconhecer quando a própria empolgação se desdobra por cada centímetros da pele em um ímpeto irrefreável.
Afrodisíaco.
A respiração engata e a palpitação perde o ritmo quando ele sente as bochechas esquentarem, bem como a própria luxúria imperar na alma. O som à frente de si parece alto e a visão desfoca um pouco, até Ayla aparecer em sua visão com os dedos longos e lisos provocam-no arrepios ao descer por seu traje.
Não resiste a fechar os olhos enquanto se foca nas sensações desorientadas a agitarem dentro de si, uma ânsia se instala no baixo ventre no minuto que um arrepio encontra a pele quando a mão firme de Ayla engancha na parte saliente ao meio das pernas de Poseidon. Ao som da risada despreocupada da mulher que lhe entrega um olhar divertido, Poseidon sofre um solavanco agitado por antecedência quando se esquece de respirar por um segundo sob as mão pretensiosa a rastejar por cima do pano na região mais sensível de seu corpo.
─ Quer que eu... lhe dê prazer, não quer? ─ Ayla dá um sorriso sedutor com os lábios lisos pelo gloss. ─ Pois eu farei, majestade.
Poseidon sente aquelas mãos brincarem com seu corpo, o calor lhe arrebatando qualquer sanidade e o fazendo desejar nada mais do toque de Ayla, ofegando nas mãos da mulher que lhe desnorteia. Sabe que cada segundo desta brincadeira satisfaz a gula dela, ele sabe que se submeter a alguém não combina consigo, mas agora Poseidon deseja tanto o maldito prazer que não há importância na sua dignidade que lhe faça tomar as rédeas da situação.
Cada carícia trabalha para atordoar seus sentidos e arrebatá-lo sons promíscuos, as mãos divinas da deusa arrancam-lhe seus princípios e, ainda assim neste momento, importar-se com algo, além deles dois, é impossível. Quando a frieza arrepia a pele de Poseidon, a risada da mulher lhe agracia os ouvidos antes de um gemido gutural rasgar-lhe a garganta, deliciando-se com a boca faminta que o envolve.
As unhas de Poseidon cravam nos apoios do banco quando a respiração se desespera. O pomo de Adão sobe e desce sem parar com o suor encharcando a pele. A sensação divina que lhe destrói qualquer raciocínio é impulsionada quando ela suga, impaciente, sua ponta. Poseidon joga a cabeça para trás, a respiração custando a sair quando parece querer desmanchar nas mãos ardilosas da hábil deusa em lhe fazer se entregar.
Gemidos e arfadas baixos enchem o ambiente, o aperto de Ayla nas coxas de Poseidon quando ela aprofunda a ereção na garganta macia e quente, lentamente no propósito de o provocar, fazê-lo delirar. Poseidon murmura sobre a insolência, a mão apanha um punhado do cabelo escuro da Deusa no topo da cabeça quando empurra a cabeça dela mais rápido, conduzindo movimentos com o instinto a gritar por mais deste deleite a imbuí-lo com a língua de Ayla.
Poseidon geme, sôfrego, ao jogar a cabeça para trás quando uma mão de Ayla lhe agracia com toques velozes onde a boca não alcança. Os cantos dos olhos de Poseidon ardem com as lágrimas a surgirem. O fôlego se desfaz por entredentes, o pulmão a queimar quando a respiração se descontrola mais conforme Ayla suga com mais gula, ansiosa demais por sua semente enquanto tem a garganta abusada.
O formigar que se forma no baixo-ventre de Poseidon indica a proximidade da sensação que apenas ela é capaz de lhe proporcionar de forma tão deliciosa. Esguincha o viscoso líquido branco na garganta da mulher ao som do gemido gutural estendido, choroso, escorrendo de Poseidon quando aperta os apoios do banco.
Observa Ayla engolir toda sua porra, lambendo os filetes que descem pelos cantos da boca. Poseidon ofega, o suor gruda as mechas loiras próximo aos olhos semicerrados, dotados de emoções devassas sacolejando as morais e perseverantes em gravar a memória saborosa que detém a situação promíscua em que se afogam.
Um sorriso orgulhoso se forma nos lábios de Ayla quando ela se levanta sob a vigorosa atenção de Poseidon. Tira os saltos, mas deixa as meias arrastão ressaltando as coxas grossas. Lentamente, começa a descer as mangas do vestido, revelando os seios fartos nos sutiãs de renda. Quando termina de se despir do vestido, mãos fortes e duras lhe envolvem por cima da cinta-liga, na cintura firme.
Inclina-se contra Poseidon, aproximando-se de seu ouvido quando sussurra baixo, com uma voz provocante mesclado ao mais tentador mel:
─ Gostaria de levar isso para cama, milorde?
Levanta-se Poseidon, com passos pesados quando não digeriu completamente o afrodisíaco de seu sistema. Tira a veste restante do corpo quando se senta na cama macia. O brilho perverso que habita nos olhos violáceos de Ayla basta para naufragar qualquer princípio que pudesse fazê-lo conter-se.
Poseidon puxa ela para com uma mão e com a outra, massageia o seio que lhe enche a palma. Sabe bem como a estimular, ele provoca o mamilo por cima do tecido e arranca um som erótico dos lábios borrados de vermelho de Ayla. Ainda que contenha a alegria que lhe invade com um controle invejável, Poseidon não consegue conter a própria empolgação de se dilatar no calor de seu corpo.
Um suspiro exasperado despede-se dos lábios de Poseidon quando Ayla se acomoda em seu colo, destruindo-o com o sofrimento causado pela separação das peles pela fina renda da calcinha dela.
─ Majestade, não tenha pressa... ─ Ayla esfrega a intimidade molhada contra ele, sorrindo quando o aperto na cintura se fortifica impiedosamente de modo que, certamente, trará hematomas.
A rigidez por sob si lhe arranca suspiros sôfregos quando Poseidon a faz se movimentar com força ao encontro de sua pele. Tem de se amparar com as mãos fincadas aos ombros largos de Poseidon para recompor-se em arfares fundos.
Com um olhar fervorosa em que emoções atordoantes disparam a morar com a palpitação desregular no peito, Poseidon fita Ayla, com um resquício de um sorriso desdenhoso, satisfeito quando um mero toque de seus dedos no lugar mais sensível do corpo dela consegue fazê-la vibrar em seu colo.
─ Não me provoque ─ Poseidon esfrega mais os dedos na renda encharcada da calcinha da mulher, a voz retumbando no peito quando ele não perde tempo, almejando o contato sem separações, em deitá-la na cama com sua agilidade. Um sorriso promíscuo, como se visse uma presa que finalmente o satisfará. ─ Sabe bem que não sou tão compassivo...
A visão afortunada que lhe cabe nesta posição privilegia tanto Poseidon que até sua razão se cai de vez, ecoando em seu peito nada além da pulsação acelerada quando se deslumbra com a deplorável e belíssima situação da mulher que está por baixo de si.
Olhos arregalados de um roxo de uma jóia polida que nem mesmo os mais nobres poderiam jamais ostentar. A beleza dos lábios inchados de Ayla aumentam a fome insaciável de Poseidon, que não resiste a tomá-las, voraz como uma fera imparável a arrancar para sua presa e degustá-la. Uma grande mão cobre a bochecha suada de Ayla, choramingos necessitados esgueirando pelo choque das bocas que desejam impetuosamente uma à outra.
A outra mão de Poseidon se incumbe de a satisfazer, esfregando por cima do tecido o ponto que mais a desperta prazer e chorosos sons tão desesperados. As pernas delgadas tão pálidas, como nem o mais puro dos flocos poderia ser, se engacham em torno de Poseidon.
O êxtase que consome Ayla por um instante em um gemido agudo e longo quando ela arqueia as costas contra a cama e lágrimas lhe despontam dos olhos desencadeiam a ânsia por Poseidon de ver novamente essa face tão decadente, de um sublime prazer a se evidenciar nas bochechas avermelhadas pelo sangue agitado nas veias de Ayla.
Quando ela busca a respiração, tão exasperada pelo ar que lhe falta os pulmões, e mesmo assim não consegue evitar se contorcer para encontrar mais do toque dos hábeis dedos de Poseidon. Não é somente a perfeita visão que se enquadra nas características mais proeminente de tal formosura, também, no entanto, a honra de ser a única que faz Poseidon desalgemar o que o impediu de, até agora, reivindicar sua mulher.
Iria se afastar dela para a preparar, mas Ayla lhe impede com uma mão fraca a forçar-se no seu ombro. Ele encara com olhos nublados pela perversão que, cada vez mais faminta, deseja-a tão intensamente.
─ Majestade... Eu já estou pronta ─ Ayla choraminga pela mão não distanciada de seu ponto mais sensível, maravilhando-a com sensações indescritíveis. ─ Eu quero você me fodendo. Agora.
O pedido não demora a ser realizado quando Poseidon rasga a calcinha de Ayla e segura com firmeza as pernas separadas com o aperto que causará manchas escuras na pele tão bonita. Reluz nos olhos azuis mais entusiasmo, quase uma satisfação, pela viscosidade que transborda de Ayla e molha o colchão.
Um sorriso impróprio se desponta nos lábios um pouco inchados de Poseidon ao a vislumbrar no melhor estado. Alinha-se, empurrando lentamente quando as pernas lhe apertam os quadris.
Por mais que tenham feito isso várias vezes, por mais que tenha moldado cada pedacinho de seu íntimo para ele, Ayla se contorce pelo quão cheia ela fica. Pelo quão grande é o que adentra ela, abrindo-a para se encaixar em suas entranhas. O calor que a abrange afugenta qualquer pequena célula de inteligência, moendo a pó qualquer coisa diferente do deleite genuíno que a faz querer esse contato com mais avidez.
Mesmo quando Ayla respira pesadamente e aperta os lençóis com as unhas vermelhas, mesmo quando seu cabelo escuro gruda no pescoço e na testa pelo suor que tanto desponta de si. Ainda assim, mesmo que esteja a custar se acostumar com a grandeza que lhe afunda na carne, cobiça mais e mais, desesperada para senti-lo.
Quando Poseidon a atrai o olhar com a boca a envolver seu mamilo e a outra a firmá-la no lugar, sem a dar chance de recuar, Ayla não contém os gemidos sôfregos e suspiros profundos do ato profano irreparável que faziam. Ela aperta o cabelo de Poseidon e o empurra contra sua própria carne. O tratamento em seu corpo a faz se tornar mais gananciosa e suas mãos se abrigam nos ombros largos de Poseidon, fincando na carne com as unhas vermelhas.
Os movimentos lentos chocam-se ao corpo vulnerável de Ayla, ela arquear as costas com o furacão desorientado de sensações abruptas que lhe desconstrói a razão. As palavras se tornam gemidos desconexos que motivam Poseidon, que empurra mais na carne molhada e apertada de Ayla. Ela lhe arranha as costas, chorando e gemendo, sentindo-se perdida na turbulência de deleite injetado no corpo quando as investidas não são mais para acostumá-la, mas para fazê-la delirar.
Sons molhados despedem-se do atrito forte dos corpos. Poseidon deixa o seio da mulher e lhe apossa os lábios, faminto pela maciez, e sorri quando a vê com dificuldades de lhe retribuir o simples contato pela bagunça de gemidos que se tornou em segundos. De alguma forma, isso basta para o aperto dele se fortificar no quadril e os impulsos desatarem com a força sobrehumana de sua divindade.
Os gemidos tornam-se gritos sem sentido, uma vez que a razão despencara pelo deleite que afoga Ayla. Poseidon, porém, não desacelera os ímpetos fortes que se chocam no corpo frágil. Um sorriso orgulhoso por ver a deusa tão composta e posturada abaixo de si gemendo.
─ Tão bonita ─ Poseidon arfa e coloca as pernas dela nos ombros, sem vacilar o sorriso orgulhoso com olhos imersos em uma gula imensurável. ─ Tão perfeita...
Mais impulsos de um corpo ao outro se sucedem, Poseidon a puxa, como se cada vez quisesse alcançar mais fundo nela. Os gemidos exasperados e os olhos arregalados de Ayla quando ela arqueia as costas e crava as unhas profundamente nas costas de Poseidon são as respostas esperadas quando ele alcança o ponto mais sensível do corpo dela.
Outra vez, e outra vez Poseidon continua a estimulá-la até ela molhá-lo com o fluído viscoso. Ele sorri para a estrutura trêmula e fraca da mulher, cujas pernas são incapazes de não titubear e o peito desespera-se pelo ar. As lágrimas a despontar dos olhos roxos lhe atiçam chamas, especialmente por ver a ganância insaciável que nela também há entranhada por ele.
Pode ter fraquejado em seu ritmo para a contemplar, mas ao se recompor, Ayla se assusta, agarrando-se a ele.
─ E-espera!
Investidas tornam novamente a destroçar a pouca razão recuperada pela deusa. As súplicas se tornam choramingos barulhentos e murmúrios incoerentes despejados da boca vermelha aberta, em que filetes de saliva deixam os cantos.
Em busca de seu próprio ápice, Poseidon respira fundo e avassala o corpo destruído por suas mãos com avanços impetuosos. Grunhe quando ela o aperta dentro de si com as paredes molhadas ao puxá-lo, ainda atordoada, para o beijar pela ordem a cumprir do próprio corpo, uma vez que Ayla se viciou na maldita e deliciosa droga que Poseidon é, corrompendo-a tão bem.
Perdera as contas de quantas vezes impulsiona-se nela para finalmente sentir o formigamento conhecido no baixo ventre. Poseidon coloca as pernas de Ayla no peito para conseguir lhe atingir melhor e sabe do quão bem faz pelos gemidos soluçantes que ela grita no quarto.
O ardor que se abriga no sangue de Poseidon apenas o faz ansiar por mais, pelo desejo que lhe percorre e se ata à sua alma obscura, sedenta somente por Ayla e por devorá-la até não conseguir se mover mais. Ele continua até enchê-la de seu esperma espesso, até escorrer para fora dela e ver a barriga inchada com uma evidente protuberância, a qual ele toca com um grande e sombrio sorriso.
A noite não tinha acabado para eles ainda, é claro. E, pelo olhar incentivador da mulher que lhe agarra para um outro beijo, movendo-se contra si, Poseidon sabe que ela também quer mais.
O beijo cheio de emoção, cuja moradia de sentimentos, que tentam arduamente velar desta relação, se aflora. Poseidon sabe que o que tem não deveria passar de algo casual, bem como Ayla, mas em algum momento não houve mais volta.
Não é casual, não é sem sentimentos. Poseidon sabe que essa mulher, não, essa deusa é quem faz seu coração disparar e o faz lembrar da vivacidade que traz a paixão real. Da luxúria que se enraíza em sua carne e de como ela consegue fazê-lo encalidecer pelo olhar, fazê-lo a desejar, mesmo quando não há intenções, mesmo quando devem priorizar as aparências e a distância.
Poseidon já foi pego, capturado pela beleza e audácia encantadoras que faz moradia na mulher. Foi sentenciado pela âncora de seu navio preso a ela e, de fato, não pretende se distanciar desta divindade lhe entregue pelos fios do destino sábio em juntá-los pelas marés calmas e ondas agitadas.
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Na manhã seguinte, Poseidon ajeita alguns relatórios, vezes ou outra, olhando o retrato de apenas seu filho, Tritão, e si mesmo. Embora aqueça o coração quando imagina como ficaria a pintura com Ayla junto deles.
Permite-se um sorriso ao suspirar, carinhosamente fitando a moldura na mesa quando ajeita os papéis. Logo, porém, volta a inexpressividade no rosto de Poseidon quando alguém bate na porta.
─ Sou eu, pai.
Quando Poseidon murmura, Tritão entra vestido com roupas elegantes que lhe agraciam a figura jovial. Mesmo que tentasse esconder o que queria com os olhos ao chão, senta-se diante de Poseidon sem estremecer, acostumado com a figura estóica deste.
─ O que quer, Tritão? ─ Há um toque de ternura na voz de Poseidon quando um sorriso mínimo aparece. Quando vê os olhos azuis intrigados de seu filho focarem em si, Poseidon larga os papéis e entrelaça os dedos. ─ O que foi? Seu tridente quebrou de novo?
─ Pai... ─ Tritão lhe encara firmemente com as mãos fechadas no colo, sem despregar qualquer atenção de Poseidon, encabulado. ─ O que foram aqueles sons de ontem à noite?
Petrificado, Poseidon arregala os olhos e perde as palavras. A língua parece adormecer quando Poseidon é imperado por algum senso de preservação da pureza do dono dos olhinhos azuis límpidos como o mar. Puxa a gola do terno e pigarreia.
─ Pergunte ao seu tio sobre isso, certamente ele é melhor que eu para te explicar sobre isso.
─ Tudo bem... ─ Tritão suspira, conformado com a resistência de seu pai.
Um suspiro aliviado sai dos lábios de Poseidon quando observa a figura de seu filho balançando as perninhas. Não há como essa criaturinha pura ter sido a razão do divórcio problemático do Anfitrite, uma vez que ela não soube como dar atenção a ele e queria somente sair com outras deusas para orgulhar-se da própria posição, conquistada pelo casamento dentre eles.
Foi, de fato, a melhor decisão separar-se daquela mulher. Agora, ele consegue ver com clareza que o que tiveram pode ter sido um infortúnio, mas trouxe a benção de seu filho, o qual jamais será abandonado por ele, independentemente do quanto possa ser teimoso às vezes.
Acaricia o cabelo dourado de sua mini cópia, que lhe encara com dúvidas ao sorrir pela carícia. Poseidon ri baixinho.
─ Não é nada.
Este garoto sorri tão mais vezes quando Ayla vem o visitar. Talvez Ayla deva se tornar parte de sua família, afinal.
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nocaminhodosdeuses · 11 months ago
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Kamadeva, o Cupido Hindu
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Kamadeva é o deus hindu do amor, ele tem vários nomes e cada um mostra um pouco de quem ele é.
Seus nomes :
Ragavrinta (ramo de paixão)
Ananga (incorpóreo)
Kandarpa (deus do amor)
Manmatha (batedor de corações)
Manosij (aquele que sobe da mente)
Madana (intoxicante)
Ratikānta (senhor das estações)
Pushpavān ou Pushpadhanva (aquele com o arco de flores)
Kāma (desejo)
Assim como o Cupido, Kamadeva tinha a missão de fazer as pessoas se apaixonarem, para isso ele fazia uso de um arco e flecha, seu arco era feito de Cana de açúcar, a corda era feito de mel de abelha, suas flechas eram decoradas com flores.
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(Arte de Cristian Huerta)
Ele tinha o papagaio como sua montaria, como seus companheiros tinha o Cuco, Abelhas, a personificação da primavera e a brisa suave.
Sua esposa era Rati a deusa do prazer sexual.
Sua história :
Shiva entrou em estado de profunda meditação, porém essa atitude desequilibrou o universo, os deuses preocupados pediram que Kamadeva resolvesse essa situação.
O deus do amor atirou uma de suas flechas em Shiva, fazendo se apaixonar perdidamente por Parvati e retomar suas funções divinas, porém mesmo apaixonado a atitude de Kamadeva enfureceu Shiva, que abriu seu terceiro olho e fulminou Kamadeva, que morreu instantaneamente.
Rati (esposa de Kamadeva) implorava a Shiva para trazer seu marido de volta, só após muito tempo que Shiva permitiu o retorno do deus do amor, após perceber que o amor tinha desaparecido do mundo, porém ele não teria um corpo material, e somente sua esposa poderia vê-lo, assim Kamadeva recebeu o nome de Ananga (incorpóreo).
Kamadeva trabalharia a magia das flores, primavera, amor e desejo, tudo com o objetivo de despertar o amor no coração das pessoas.
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caffezinho · 1 year ago
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Querida, há uma barreira invisível entre nós
Você está tão perto. Tão perto. Basta levantar a palma da mão para poder sentir a maciez da tua pele contra a minha. Não há nada entre nós dois que possa impedir tal contato. Aqui, neste lugar, só tem eu e você, mais nada.
Então, por que parece existir algo entre a gente? Algo que me mantém afastado de ti, algo que está no nosso meio mesmo quando estamos em união. Esta barreira - visível somente aos olhos do coração - se alojou em nossa relação. O inimigo invisível a olhos nus nos controla a seu bel-prazer, certamente comemorando cada vez que sofremos uma ruptura.
"Amor, já chega. Você tá ficando paranóico. Não há nada de errado no nosso namoro."
Suas palavras estão gravadas em minha mente desde que decidi compartilhar meus pensamentos contigo. Elas me incomodam. Me assombram constantemente. Sinto que a qualquer instante meus medos se tornarão realidade, e você acabará distante de mim. Isso me enlouquece! Detesto imaginar um futuro que você não exista, um futuro onde você conhecerá uma pessoa melhor do que eu e decidirá partir com ela.
Um futuro que consigo ver se concretizando.
Um futuro que preciso impedir a qualquer custo.
Balanço a cabeça num rápido movimento, dispersando todos os pensamentos invasivos. Baixo meu olhar do filme para focar em você, minha adorável namorada - em breve noiva - dormindo em meus braços. Como posso pensar em coisas tão tristes em sua presença, logo quando você está imersa em um sono sereno? Me perdoe, querida. Isso não irá se repetir. Deposito um beijo carinhoso em sua bochecha esquerda, provando assim o sabor da pipoca doce que você havia feito para comermos durante o filme. Ah, o filme! Como pude me esquecer do filme! Irei vê-lo mais tarde. Com muito cuidado, a levo para o quarto. Meu quarto. Em breve ele também será seu. A coloco na cama, e deito ao seu lado. Observo seu rosto adormecido por um longo tempo. Só noto isso ao ouvir o bip irritante do despertador soar. Me apresso em silenciá-lo. Não quero te acordar. Te conheço bem o suficiente para saber que você irá para seu apartamento assim que despertar completamente. Você odeia ser um incômodo para os outros.
"Não se preocupe com nada. Vou estar ao teu lado quando você acordar. Prometo não soltar tua mão. Juro que vou destruir a barreira que tenta nos separar." Pronuncio as palavras como se fosse uma oração. "Nada irá nos separar."
Com um último beijo casto na bochecha, não demoro a me juntar a você no reino dos sonhos.
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