Tumgik
#cshqs:episodes
celia-pierce · 3 years
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TÍTULO DO EPISÓDIO: Bittersweet Emotions
MÚSICA DO EPISÓDIO: TAKE ON ME — A-HA / SWEET EMOTION - AEROSMITH
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FADE IN
EXT. DIA — REINO DOS DOCES (FLASHBACK)
(As imagens de flashback são em preto e branco, com pouca saturação e um brilho fosco semelhante ao de câmeras antigas.) O reino dos doces começa a ganhar vida e de repente surge nele a FADA SUGAR PLUM, acompanhada por uma CRIANÇA. Ela olha para o local, parecendo maravilhada.
SUGAR PLUM: Marie! Esse lugar é incrível, é tudo o que eu sempre quis! E é todo nosso! (a entonação da fada é meio infantil e ela rodopia pelo lugar enquanto fala)
EXT. NOITE — TERRA DOS FLOCOS DE NEVE (FLASHBACK)
FADA SUGAR PLUM e MARIE STAHLBAUM visitam o reino dos flocos de neve e vêem todo o cenário natalino, com neve encantada, árvores brilhantes e luzes por todo lado. SUGAR PLUM segura na mão de SHIVER e os dois guiam MARIE pelo reino.
EXT. NOITE — CASA DE CELIA (PRESENTE)
(As cenas no presente são em imagem colorida normal, em resolução HD) CELIA vai até a varanda de sua casa e olha o mar. O vento agita seus cabelos e ela volta para dentro, tornando possível que seja vista a sala repleta de decorações natalinas.
INT. NOITE — QUARTO DE CELIA (PRESENTE)
CELIA abre um embrulho e vê o presente que lhe foi dado por SAYID, uma pulseira. Ela coloca a jóia no pulso e a olha com um certo encantamento.
INT. NOITE — QUARTO DE CELIA (PRESENTE)
CELIA aparece vestida com o vestido que ganhou de ANDRESSA. Ela usa a pulseira dada por SAYID e outras jóias de sua coleção pessoal, além de sapatos luxuosos e brilhantes.
EXT. DIA — FEIRA DE NATAL (PRESENTE)
CELIA anda apressada pela feira, parecendo preocupada. Ela então vê GWENDOLYN perto do palco.
CELIA: Gwen! Você esqueceu seu almoço!
CELIA entrega um embrulho cuidadosamente embalado para GWENDOLYN. Ela então abraça a garota e lhe dá um beijo na testa.
CELIA: boa sorte no show hoje, ok?
EXT. DIA — REINO DOS DOCES (FLASHBACK)
SUGAR PLUM aparece novamente, andando animada pelo reino, encantando cada flor feita de açúcar.
SUGAR PLUM: É natal! Hoje Marie deve aparecer, precisamos deixar tudo pronto!
Uma sequência de cenas é mostrada: SUGAR PLUM anda pelo reino dos doces vazio e se encontra com GINGER, HAWTHORNE e SHIVER. Todos estão sozinhos em seus reinos. Várias cenas dos três são mostradas, os três demais não parecem abalados com a espera, mas SUGAR PLUM aparenta tristeza.
Outra sequência é mostrada, dessa vez apenas de SUGAR PLUM. Ao som de TAKE ON ME (MUSIC BOX VER.), vários cortes aparecem na tela, mostrando o reino dos doces vazio por muitos anos. A cada novo take, o lugar parece menos encantado e SUGAR PLUM usa vestidos menos alegres, com cores mais neutras. Ela também parece infeliz e raivosa.
EXT. DIA — STORYBROOKE (PRESENTE)
CELIA está fazendo suas compras de natal e de longe vê VICTORIA. Ela tem um rápido flashback e enxerga a mulher como criança, a CLARA STAHLBAUM que ela conhecia.
INT. MADRUGADA — CASA DE CELIA (PRESENTE)
Ao som de TAKE ON ME (ACOUSTIC VER) a imagem segue os pés de CELIA enquanto ela se levanta de sua cama e anda pela casa. A câmera sobe por seu corpo enquanto ela caminha, até chegar em seu rosto. Ela para na porta do quarto de GWENDOLYN. Ela olha a jovem dormindo enquanto a música continua tocando ao fundo.
CELIA encosta a cabeça no portal da porta aberta e fecha os olhos. Quando os abre novamente uma montagem de suas lembranças de MARIE e CLARA passam na tela. Ela lembra também das memórias que formou com GWENDOLYN nesse tempo em que estiveram morando juntas.
CELIA continua olhando para GWENDOLYN que continua dormindo tranquila. CELIA chora silenciosamente.
INT. DIA — CASA DE PIERRE DAGGERS
CELIA aguarda pelo Dark One em uma sala de espera. Ela anda de um lado pro outro, inquieta até ele aparecer. Quando PIERRE DAGGERS finalmente chega, ela já começa a falar.
CELIA: é só uma questão de tempo até Morgana ceder e me contar tudo o que sabe. Eu vou te trazer Merlin, mas saiba que vou querer coisas em troca. Nutcracker será minha e nunca mais uma Stahlbaum pisará no meu mundo. Já perdi tudo uma vez, Rumpelstiltskin. Não vou perder mais nada.
A imagem foca no rosto de CELIA, parcialmente encoberto pelas costas de PIERRE. Seu olhar continua firme enquanto ela ouve a resposta dele, embora essa não possa ser ouvida.
EXT. NOITE — RUA DE STORYBROOKE (PRESENTE)
CELIA sai da casa de PIERRE andando firme. Enquanto ela segue para a Vila dos Elfos, sua mente a faz se recordar das pessoas por quem ela tem afeição. Ela se lembra de GWENDOLYN, SAYID, JACKSON, ASABI, ANDRESSA, entre outras pessoas. Também relembra momentos na ROLL UP!, Cenas de si mesma rodopiando pela pista de patinação, atendendo as pessoas, organizando o local com os funcionários.
INT. FLORESTA ENCANTADA (FLASHBACK)
SUGAR PLUM está sozinha na floresta encantada, sem suas asas de fada. Ela tenta usar seus poderes e não consegue, então escorrega em um galho no chão irregular e cai sobre as raízes de uma árvore, rasgando a saia de seu vestido delicado de tule e machucando a palma de sua mão quando ao que ela tenta segurar em um galho.
EXT. NOITE — RUA DE STORYBROOKE (PRESENTE)
A imagem foca na silhueta de CELIA enquanto ela anda pela rua. Um close-up em sua mão mostra a cicatriz no palmo e a canção SWEET EMOTION da banda AEROSMITH começa a tocar.
CELIA se aproxima de GWENDOLYN na Vila dos Elfos. Mais uma vez a jovem está se aprontando para tocar.
CELIA: Você está linda, dearest! E poderosa... Acho que todos aqui bão conseguir ver o quanto você está incrível. Nada como uma boa dose de poder para fazer a gente se sentir invencível, não é?
CELIA sorri ao abraçar GWENDOLYN, as duas trocam algumas palavras que não podem ser ouvidas e a imagem foca no rosto de CELIA enquanto ela anda de volta para a plateia. Seu olhar já não está mais tão doce, carregado de uma determinação que não estava ali antes. Ela pega um drink em uma banca próxima e quando volta a olhar para GWENDOLYN, a cena faz uma transição sutil para o preto e branco e mostra SUGAR PLUM olhando para CLARA STAHLBAUM em Nutcracker. Seu olhar não é mais doce e maternal, mas sim vingativo e raivoso.
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FADE OUT.
Os créditos do episódio passam na tela preta, ainda ao som da canção do AEROSMITH.
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cwrdelia · 3 years
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IF I LOSE IT ALL, AT LEAST I’LL BE FREE, an episode about AQUATA TRITON. 
MÚSICA DO EPISÓDIO: What’s Up?, 4 Non Blondes.
              And so I cry sometimes when I'm lying in bed                   Just to get it all out what's in my head                      And I, I am feeling a little peculiar.
FLASHBACK
Aquata Triton tinha todos os motivos do mundo para ser uma pessoa amargurada. Ela era a terceira filha do Rei Tritão e dentre as irmãs, não era a que recebia muita atenção ou a que o Rei mais se importava, pelo menos esse era seu ponto de vista. 
Mas ao contrário do que era esperado, Aquata não se revoltou, na verdade ela soube muito bem aproveitar a falta de atenção que recebia ou no caso, não recebia. Ser deixada de lado permitiu que a sereia visitasse uma grande quantidade de reinos na Floresta Encantada, e por isso ela seria eternamente grata porque sabia que as responsabilidades e atribuições de uma princesa muitas vezes eram cansativas e exaustivas, principalmente porque do seu ponto de vista envolviam ficar presa no reino grande parte do tempo, algo que ela não conseguia nem cogitar, pois preferia morrer do que ficar em um único lugar pelo resto da sua vida. 
A sereia havia conhecido muitas pessoas em suas viagens, fez amigos, aliados, conheceu fadas e feiticeiros, conheceu lugares incríveis e reinos deslumbrantes, lugares que fizeram ela se questionar se não valeria a pena tentar uma nova vida longe de seu próprio reino, mas ela sempre se desfazia desses pensamentos porque sabia que Tritão provavelmente acabaria a achando de alguma forma. Apesar de amar a vida que levava e não se importar em ser perseguida pelos guardas de seu pai algumas vezes por quase sempre sair sem maiores explicações, havia um buraco em seu peito que ela não sabia explicar, mas eu, caro leitor, explico: Aquata Triton podia agir e fingir que era independente e que não ligava para a ausência de seu pai, mas no fundo, isso a deixava triste. Porém, orgulhosa como era, nunca falaria isso em voz alta, nunca admitiria que sentia falta de quando era criança e recebia a atenção do Rei. Ao invés disso, ela fugiu desse sentimento, fugiu pelos mares, fugiu de tudo o que a deixava mal e de fato, isso ocupou bastante a cabeça de Aquata, o que para ela era suficiente.
STORYBROOKE
Era tarde e Cordelia teve todo o cuidado do mundo girar a maçaneta, mas nem toda cautela do universo teria tirado a Waller da situação que estava prestes a ser colocada. O pai das Wallers estava sentado em sua poltrona na sala, no escuro, acendendo o abajur assim que Cordelia pisou em casa e ela logo virou-se, dando de cara com um homem que claramente não estava feliz. Se aquela cena não estivesse acontecendo diante de seus olhos, ela com certeza acharia que havia sido sugada para algum filme hollywoodiano. 
“Onde você estava?” O tom do Waller não era nada amigável, na verdade, era quase que inquisitivo. Cordelia nunca foi a filha que cedia fácil, que se curvava para o pai; o respeitava, claro, mas não respondia bem a ameaças ou tons de voz mais grosseiros, por isso que ela não conseguiu deixar de revirar os olhos e cruzar os braços quando ouviu a pergunta ao olhá-lo. “Você sabe. Não sei nem porque ainda pergunta.” Disse, respondendo o pai de maneira seca. Era sábado e felizmente nos últimos sábados Cordelia havia conseguido se apresentar em alguns bares pela cidade. Mas o fato de querer seguir uma carreira na música incomodava o homem, e ela sabia disso, mas novamente, a morena não tinha medo de seu pai, especialmente se envolvia fazer o que ela realmente queria. “Cordelia, minha filha, por quê você continua insistindo nesta ideia? Você sabe que seu verdadeiro talento é o surf! Você tinha uma carreira linda e poderia continuar, inclusive, se quisesse retomar agora, eu faria todas as ligações e...” Antes que seu pai pudesse falar mais uma palavra que fosse a desencorajar de seguir o caminho que havia escolhido, Cordelia se aproximou do pai, balançando a cabeça negativamente e o interrompendo. “Para, agora! Por favor. Eu não aguento mais andar em círculos com o senhor. Eu não sou a filha que você queria e nem a que você vai projetar seus sonhos, e eu sinto muito por isso, juro que assim que eu puder, eu saio até da cidade, mas até isso acontecer, o senhor precisa parar porque eu não tenho mais qualquer força pra continuar discutindo isso de novo e de novo. Eu vou deitar, dormir e fingir que tenho um pai que me apoia, então, com licença.” Cordelia não esperou qualquer resposta do Waller porque não queria discutir, não ali e não naquele horário, onde poderia acordar suas irmãs que moravam ali. Então ela apenas subiu as escadas em direção ao seu quarto, deixando a mochila que levava para o trabalho no pé de sua cama e indo para o banheiro logo em seguida. De baixo do chuveiro, a água se misturava com as lágrimas que insistiam em cair pelo rosto da morena e mesmo que desejasse um pai que a apoiasse, agora acima de tudo, ela queria ser livre e lutaria por isso.
FLASHBACK
“Aquata, você não pode ficar saindo assim! Sumindo e sem ao menos avisar ninguém! O mar é um lugar perigoso e...” A sereia tinha os braços cruzados enquanto ouvia mais um bronca de Tritão. Infelizmente, para Aquata aqueles pareciam que ser os únicos momentos que ela tinha a completa atenção de seu pai. “E o quê você espera que eu faça? Fique aqui sentada ao seu lado sendo só mais um rostinho bonito, vendo você escolher um marido pra cada uma de nós por causa de seus acordos?” Perguntou, não conseguindo deixar de aumentar um pouco mais o tom de voz. “Eu sei que a Arista já conversou milhares de vezes sobre isso com o senhor, e obviamente não teve nenhum efeito.” Disse, dando de ombros e foi ali que Tritão se exaltou e como um furacão nadou para perto da filha. “Aquata Triton! Você não tem o direito de falar assim comigo, eu sou seu pai!” A sereia não recuou nem um centímetro ou ao menos demonstrou qualquer sinal de medo com o fato de Tritão ter aumentado seu tom de voz. Muito pelo contrário, sua postura continuava impecável e seus olhos estavam fixos nos de seu pai. Ele mesmo havia lhe ensinado que nunca se recuava de uma discussão, e ela estava fazendo exatamente isso. “E eu sou sua filha! Isso não significa nada pra você? Eu não posso escolher a minha felicidade? A minha liberdade? Vou ter que me casar com alguém que eu não amo e além disso ainda estou fadada a viver e morrer aqui?” Aqueles pensamentos assustavam Aquata mais do que qualquer tom de voz exaltado de seu pai. Ela não abaixaria a cabeça e ela sabia que essa teimosia era um traço do próprio Tritão. Ele poderia ser o Rei do Sete Mares, mas isso pouco importava, ela não tinha medo, porque seu desejo de liberdade era maior do que qualquer medo que pudesse ter. “Chega! Essa conversa acabou, Aquata! Você não vai mais sair desse reino por um bom tempo! Isso está decidido até segunda ordem!” Aquata tentou de imediato falar algo e contestá-lo, mas Tritão apenas deu as costas para a filha, a deixando sozinha somente com suas lágrimas. A sereia desamarrou seu cabelo, deixando os fios negros caírem pelos ombros, enquanto segurava fortemente seu prendedor de pérolas que lhe tinha sido dado quando ainda era pequena pelo próprio pai. Aquele pequeno objeto lhe trazia certa calma, mas ao mesmo tempo, as lembranças de sua infância a atingiam como um furacão. Ela tinha que sair dali e Aquata sabia que daria um jeito, além disso, também tinha questões pendentes em outro lugar. Não iria e não podia ficar ali. 
STORYBROOKE
No sonho, Cordelia estava em pé no meio de seu quarto. Tudo estava muito escuro e ela estava sozinha. A Waller se sentia assustada, com medo, mas logo um cristal havia se materializado em sua frente iluminando todo o quarto. Cordelia andava em círculos ao redor do cristal flutuante, tentando notar algo diferente ou alguma pista que lhe dissesse como que aquele objeto havia parado ali e porquê. Mesmo com muitas dúvidas, ela tocou no cristal esperando surtir algum efeito e foi naquele momento que todos os seus pensamentos tinham um único direcionamento: um pequeno prendedor de cabelo feito de pérolas. 
Cordelia acordou um pouco assustada e com a respiração descompassada. Esse sonho havia sido diferente dos que vinha tendo nos últimos tempos e o mais importante: por quê ela sentia que já havia visto aquele prendedor em algum lugar? A Waller levantou de sua cama e desceu as escadas em direção a cozinha. Ela abriu a geladeira, retirando uma pequena jarra de água, despejando um pouco num copo. Cordelia sentou-se em cima da bancada enquanto tentava aquietar seus pensamentos, mas parecia impossível. O quê era aquele cristal? Aquele prendedor era seu? E onde estava? Ela não sabia responder nenhuma dessas perguntas. Mas uma coisa parecia muito certa: ela queria encontrar aquele prendedor. Não, ela tinha que encontrar. Mas por onde começar? Cordelia nem tinha certeza se aquele objeto era realmente seu, mesmo que sentisse uma sensação extremamente familiar. Deveria começar agora? Não, estava muito tarde. Mas amanhã começaria e o primeiro lugar que procuraria era seu quarto, mesmo que não tivesse nenhuma lembrança daquele prendedor no meio de suas coisas. Mas e se não estivesse em sua casa? Não importava, ela ia achar. De um jeito ou de outro, nem que tivesse que sair de Storybrooke para isso, uma coisa era certa: ela ia encontrar. 
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thebexwaller · 3 years
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I’m a name that you’ll remember I am more thant just a thrill I am gonna be the greatest ever now
                             TÍTULO DO EPISÓDIO: I'll be more than just a fable
                                     MÚSICA DO EPISÓDIO: Glory, The Score
Trigger warning: +18 o episódio a seguir apresenta temas que podem ser considerados sensíveis então não continue caso se sinta desconfortável.
FLASHBACK
Andrina Triton não era a filha mais velha nem a mais nova, sendo assim, nenhuma grande responsabilidade havia sido posta em suas mãos: ela era somente mais uma no meio de tantas outras princesas que ali habitavam. Estar no meio daquela linhagem às vezes podia ter suas vantagens, a final de contas, ela não precisou cuidar de todas as outras irmãs, pois isso era tarefa da mais velha delas, mas também, nunca era vista pelos demais uma vez que a atenção sempre recaía na mais nova... Ariel. Poderia ser errado sentir ciúmes da própria irmã, mas na verdade o que a incomodava mesmo eram os cuidados dedicados a mais nova, deixando-a de lado como se nem existisse. Após a morte da mãe, o Rei Tritão também havia se isolado, mas nem mesmo disso sentia falta, pois em sua opinião, era melhor se manter distante do que ouvir as broncas das quais ele sempre parecia ter na ponta da língua. Nada do que fazia seria bom o suficiente para ser reconhecida ou até mesmo... amada. E foi assim que dia após dia, o coração de Andrina Triton se tornou amargurado, insensível para qualquer gesto que pudesse vir a fazer parte das reuniões em família.
Se alguém lhe perguntasse, ela diria que não sabia de onde exatamente tinha surgido a força de vontade para por um fim nisso tudo e se aliar ao terrível plano da maldição, mas a razão estava ali, cravada em suas memórias e ao mesmo tempo empurradas para um lugar tão distante que havia até mesmo esquecido. Foi em uma tarde, ao resolver se aventurar um pouco mais longe de onde estava acostumada a navegar que encontrou um navio exatamente igual ao das histórias das quais crescera ouvindo carregando uma bandeira preta com uma caveira estampada nele: piratas. O pavor de encontrar o seu fim ali mesmo a fez fugir o mais rápido possível e Andrina conseguiu abrir uma boa distância entre os piratas. O que não esperava era ficar presa nos escombros de uma antiga embarcação durante o processo e para sair dali lhe custou uns bons arranhões, as escamas da cauda ficando prejudicadas, tornando o retorno até o castelo mais difícil do que imaginou. (...) Manter-se afastada já havia se tornado habitual para ela e a família já nem notava mais a sua ausência. Recuperou-se com a ajuda de alguns funcionários, mas pediu segredo a todos que puseram os olhos nela naquele estado.
Cada pequeno gesto que via como rejeição alimentava ainda mais as mágoas da sereia e ela começou a elaborar formas de sair dali e trilhar seu próprio caminho, um que fosse digno o bastante de ser lembrado. Logo após o Rei Tritão ter aceitado tão bem o romance de Ariel com um humano, Andrina se viu pensando que se fosse ela a filha a levar um humano para a família conhecer seria completamente rechaçada. Não foi surpresa nenhuma quando resolveu ajudar Úrsula a roubar o tridente do rei para lançar uma maldição nos reinos encantadas, afinal de contas o que poderia dar errado, não é mesmo? Ali estava a sua grande chance de começar tudo do zero e se tornar alguém importante.   
STORYBROOKE
Caminhar em terra firme sobre duas pernas. Isso por si só já era muita coisa a se assimilar, mas pelos sete mares! Como Andrina, ou melhor, Bexley Mae Waller estava amando tudo aquilo. Haviam as mídias sociais e as pessoas pareciam pela primeira vez na vida amá-las de verdade. Quando ficava um dia sem publicar algo, lhe enviavam directs perguntando se ela estava bem. Receber atenção era tudo o que havia pedido e não demorou muito para perceber que poderia ganhar alguma coisa com aquilo. Uma das irmãs tinha inclusive virado Youtuber, mas ela não queria seguir os passos de alguém e ser lembrada como a irmã que copiou a outra. Não, ela faria algo que sabia que nenhuma outra Waller teria coragem de fazer. Não foi difícil se exibir online, ainda mais usando acessórios que lhe cobriam uma parte do rosto e lhe garantiam certo anonimato. Muitos podiam repudiar tal coisa, afinal, haviam espectadores ali bem mais velhos do que ela, mas normalmente eles eram os que pagavam melhor.
Ser admirada. Era o que sempre sonhou e o que recebia pela primeira vez na vida. Naturalmente manteve-se afastada da família, pois julgou que sua presença, assim como em Atlântica não faria tanta falta. É claro que o medo de ter o seu sonho despedaçado foi uma constante desde o primeiro dia naquela realidade: será que descobririam sua traição? E como reagiriam? Vez ou outra, um leve remorso acometia o seu coração, mas preferiu acreditar que se fosse o contrário, não iriam se sentir mal por ela, ninguém nunca havia parado para se questionar se a atitude sempre ofensiva não havia uma razão por trás, então não começariam a fazer isso agora. Salvo por algumas exceções, percebeu que no final do dia, não se encaixava nas prioridade de ninguém, então decidiu de vez que seria a sua única prioridade.
O universo, porém, costuma pregar algumas peças. Coisas que a Waller diria serem “ironias do destino”. Mas isso é uma história que fica para outro episódio.
To be continued...
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xbornvillainx · 3 years
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Havia uma movimentação estranha em Pixie Hollow naquele dia: as árvores e plantas tremulavam de uma maneira diferente. Os ventos modorravam de maneira quase silenciosa agora. Os rios corriam num movimento mudo, fazendo-se pouco audíveis enquanto suas águas corriam, já que as fadas responsáveis por aquelas funções encontravam-se ocupadas com outras coisas. Nada que Nox tivesse reparado, entretanto, já que vivia como vivia: pregando peças por aí, tentando se encaixar entre suas semelhantes mesmo quando havia nascido de uma forma diferente. Entretida com suas raras companhias, entretendo-se com suas únicas amigas enquanto sobrevoavam parte do lugar com o intuito de se divertirem um pouco enquanto riam e se provocavam. Nada tão fora do comum assim para a Fada Negra, que, mesmo com todos aqueles empecilhos, conseguira encontrar alguma inspiração em sua própria sobrevivência num lugar que lhe era tão precito simplesmente por não ser feita de luz ou alegria como todas as outras; um lugar que a tratava como um ser tão extraviado e indesejado, quando tudo o que ela desejava era ter a mesma importância que aquelas que conhecia e com quem convivia em seu dia a dia.
O problema só deu indícios de que estava mesmo chegando a cavalo, em uma demora medonha, quando a guarda de Pixie Hollow apareceu, imponente, próxima de um arbusto onde Nox e Flora estavam brincando de se esconder, após terem alcançado algumas frutas e flores para estudar e examinar. A escuridão da fada tenebrosa pareceu perceber o que aconteceria ali, muito antes dela, já que em alguns instantes, o ambiente ao redor das duas e daquelas quatro fadas guardiãs, tornou-se um pouco mais escuro, algo com o qual teria sido complicado lidar se uma das enviadas até ali não tivesse usado seus próprios poderes para dissipar a escuridão que se formava sobre todos os pequenos e voadores corpos.
“Clarion quer vê-la, Nox.” Foi tudo o que ela ouviu, de modo que as instruções usadas também como um ato imperativo, serviram para deixar a mesma bastante confusa. Por que ela queria vê-la? Não havia feito nada demais, ora essa! Talvez assustado um pouco Vidia (@thefastestxvega)?  Só porque havia importunado um pouquinho só Iridessa ou pregado uma peça ou outra em Rani? Nah, não deveria ser por isso! Não era possível que fosse por isso.
Certo?
Foi escoltada até o Salão das Fadas como se tivesse, de fato, cometido um crime. Algo que a assombrou pelos curtos instantes em que sobrevoaram Pixie Hollow até chegar ao ponto em questão, onde o Conselho das Fadas e a Rainha esperavam pela chegada de Nox. E foi ali que ela percebeu que, de fato, boa parte das fadas encontrava-se ali dentro, olhando atentamente para algo que parecia significar que alguma coisa estava acontecendo e que só a própria Nox não havia notado; ou suas poucas amigas que haviam chegado voando logo atrás de si e daquela muralha de outras fadas guardiãs que se mantiveram ao lado da Fada Negra durante todo o tempo.
“Qual a novidade? Uma festa para a qual eu não fui convidada!” Seu tom era risonho, divertido, fazendo mais daquelas trevas oscilarem a seu redor, demonstrando como seu espírito era realmente divertido e travesso. Não maldoso. Não cruel. Nem nada do tipo. Apenas mais brincalhão e com a ausência da luz que todas as outras fadas partilhavam; a exemplo de como suas pequenas asas pretas, escuras, cintilavam de uma maneira diferente, tal qual o manto negro da noite sobre o mundo que repousava, enquanto as das outras alternavam entre cores vivas, incríveis, brilhantes a ponto de emanarem mais um pouco do brilho que se assimilaria muito facilmente ao do sol em um dia muito ensolarado e o qual as pessoas normalmente aproveitariam para se refrescar em algum lago ou rio.
“Nox, não é o momento para isso.” Clarion mantinha o tom de voz baixo, pouco comovido com a animosidade que a fada diante de si demonstrava. Ela nunca havia ido com a cara da Fada Negra e, somente após tudo o que aconteceria dali a alguns instantes, é que Nox perceberia o nível a que essa antipatia e medo poderia chegar.
“Ah, me desculpe, Rainha! Eu deveria treinar reverências. São todos tão classudos desse lado claro de Pixie Hollow, né?” Um riso nasal, soprado, debochado, mas que servia como autodefesa enquanto Nox se referia ao fato de morar em uma parte bem afastada do resto. Costumava ser sempre mais escuro por lá, um caminho meio tortuoso que poderia impressionar as fadas mais medrosas e assombradas, de modo que fora difícil até mesmo para Nox convencer Flora, sua namorada à época, de ir vê-la, tendo de garantir inúmeras vezes que nada aconteceria com ela no trajeto. “Desculpa, eu tinha esquecido disso.”
“Continua tão insolente quanto sempre foi.” Ela ouviu a Ministra do Inverno dizer, num tom que, apesar de gentil, tocava em feridas profundas da fada da escuridão.
“Não sejam tão duras com ela...” Foi um pouco difícil devido a agitação das outras e alguns comentários ao redor do salão, mas Nox imediatamente reconheceu se tratar da voz da Ministra do Verão; uma boa amiga, alguém por quem ela nutria muito apreço, a ponto de sentir-se muito estranha quando chegavam minimamente perto uma da outra. Talvez porque Pririsa (@ofsvmmer) fosse o próprio Sol, enquanto Nox era a melhor definição de escuridão e caos que poderia haver? O distúrbio na força de Pixie Hollow, por mais que detestasse admitir isso para quem quer que fosse. Ou talvez porque ela tivesse se deixado cativar pela forma como Priri parecia uma das únicas naquele lugar realmente interessada em tratá-la de igual para igual, sem julgamentos ou juízos de valor sobre algo que ela não podia controlar. “Nox, nós precisamos te falar algo. O Conselho...”
Neste mesmo instante, a pequena espinha mágica dela tornou-se praticamente congelada. Suas asas pararam de se mover, fazendo com que ela pousasse sutilmente no chão perfeitamente decorado daquela parte belíssima do Salão das Fadas; tal qual qualquer outra parte de Pixie Hollow ou da Terra do Nunca, que já havia investigado uma vez ou outra junto de Flora (@felicty) e Rani (@kirammwn). De fato, uma das poucas que haviam se prontificado a ficar junto de Nox mesmo com todo aquele rebuliço que ela causava em Pixie Hollow desde seu nascimento, ainda que algo remexesse em seu interior como se quisesse avisá-la de que as duas não poderiam ajudá-la naquele instante que se aproximava.
Até que o baque veio.
“Após inúmeras discussões, algumas delas tendo sido discutidas com você, acabamos finalizando uma votação entre todas nós do Conselho.” Clarion retomou sua fala. O tom baixo, quase afável, nunca havia enganado Nox; na verdade, ele a assombrava, já que só ela sabia como Clarion era uma das primeiras fadas a subjugá-la ou estereotipá-la de alguma forma. “Não podemos mais permitir que uma fada da escuridão continue vagando livremente pelo nosso mundo. Seus poderes estão cada vez mais descontrolados e isso coloca nossa comunidade em risco. Sentimos muito, mas não enxergamos outra alternativa que não seja o exílio.”
A princípio, Nox não se moveu nem por um único centímetro. Estava desnorteada demais para reagir, a bem da verdade: tudo parecia tão surreal, que ela acreditou estar tendo um daqueles pesadelos lúcidos que lhe eram tão familiares. Algo que a assombrava apenas por assombrar mesmo, fruto de todas suas inseguranças em relação à forma como vivia entre as outras fadas, que a tratavam com tanto desdém e preconceito como faziam. Todavia, ao correr as irises acastanhadas pelas outras Ministras e, por um instante, ter virado parte de seu corpo para fitar as outras fadas dispostas pelo salão, ela entendeu que não era um sonho ruim; que não se tratava de uma piada, como normalmente poderia ser se fosse ela a fazer aquela reunião toda, já que era assim que vivia, divertindo-se com os poucos recursos que lhe sobravam quando não tinha lá muita companhia para passar seus dias, que não fossem os comentários egocêntricos de Flora, o instinto aventureiro de Rani, a gentileza partilhada de @fawncyx para com os animais e, novamente, o carinho e o cuidado que Pririsa demonstrava para com ela mesmo com todas as dificuldades enfrentadas pelos comentários que ambas recebiam quando alguém do nível da Ministra do Verão se dispunha a passar tardes com Nox, ela em um canto e a Fada Negra em outro, já que a energia de ambas tendia a se anular quando se aproximavam demais.
Até que o choque momentâneo passou e Nox foi tomada pela mais pura e absoluta euforia, transformada em uma gargalhada alta, como se alguém, de fato, tivesse feito o comentário mais engraçado do qual ela tinha conhecimento em toda sua vivência. Mais um demonstrativo de como ela estava desacreditando daquela situação toda, tendo cessado apenas quando começou a chorar de tanto rir compulsivamente, recebendo novos olhares julgadores das fadas à sua frente. Quando isso aconteceu, Nox respirou o mais fundo que pôde, até receber mais algum comentário reforçando como ela estava oficialmente expulsa de Pixie Hollow; a partir daí, todo aquele tom risonho converteu-se em copiosas lágrimas que imediatamente passaram a rolar por seu rosto, acompanhadas de soluços altos e um novo tremular de asas que indicava que ela estava pronta para voar para longe dali, como se isso pudesse resultar em uma fuga da realidade a que estava sendo submetida, também.
Contudo, sequer chegou a alçar voo; a guarda prontificada ali tratou de segurá-la pelos braços. O gesto doía devido à pressão dos toques, de todas aquelas mãos tentando escoltá-la para cima, na direção dos portões e portais de Pixie Hollow. O incômodo fez com que mais lágrimas tomassem conta de seus olhos, além de gritos que começavam a deixar sua garganta. Estava profundamente desolada, definitivamente desacreditada de tudo o que estava se sucedendo.
“POR QUÊ?!”
Ela indagou uma vez.
“POR QUE ESTÃO FAZENDO ISSO COMIGO?”
Ainda não havia uma resposta em meio aos novos burburinhos de agitação naquele salão. Sua voz começava a ecoar pelo espaço, gerando alguma comoção em parte de outras fadas também, sendo que o nome de algumas delas foi imediatamente chamado numa tentativa vã de Nox, de conseguir algum apoio naquele momento tão complicado para si, onde não parecia haver ninguém capaz de acolhê-la como ela definitivamente precisava ser acolhida agora. Infelizmente.
“FLORA, FALA PRA ELES! RANI...” Os nomes que lhe eram tão familiares foram morrendo aos poucos conforme ela gritava a plenos pulmões; sobretudo porque chegou a ver, de relance, a expressão de algo como indiferença no rosto da primeira; e um pavor genuíno, um sofrimento verdadeiro, no da segunda, piorando a situação de Nox diante da forma como estava sendo conduzida após ter demonstrado resistência. “NÓS SOMOS AMIGAS! FALA PRA ELES! RANI, POR FAVOR!”
Nenhum retorno. Até que ela conseguiu se desvencilhar, após muito se debater, tratando de voar em direção à sua última alternativa: Pririsa. A Ministra do Verão que a havia aceitado mais do que qualquer outra fada ali dentro, tendo se empenhado em demonstrar a Nox que ela não era um monstro como ela sentia ser, ou faziam parecer. A fada a quem aquele pequeno corpo consumido pela escuridão, se agarrou, por mais que sentisse suas mãos ameaçando queimar diante do contato com a fada cujo poder implicava necessariamente no sol, em seu nascer e se pôr. Algo que poderia tê-la ferido seriamente, por ter se aproximado mais do que nunca havia feito até então, se seu desespero por não ser levada, não fosse maior do que a sensação de desconforto que o contato trazia, consolidando-se naquela cena lamentável de uma fada tão poderosa, mas tão temida, apegada à barra do vestido da dona do verbo veranear; tomada por um pavor que nem mesmo ela sabia que era capaz de sentir, enquanto novamente sentia todas aquelas mãos a arrastando, até ter de ser contida por um campo de força de tamanho considerável quando, mais uma vez, sua escuridão começou a se manifestar.
“PRIRI... NÃO DEIXE QUE ME LEVEM!” O grito não parecia ser alto o bastante enquanto ela continuava se debatendo dentro daquela bolha que fora forjada. Assustada, ainda sem entender como havia chegado até aquela situação, de modo que, aos poucos, comprimidas naquele espaço, as sombras que sondavam Nox a consumiram lá dentro, transformando tudo em um borrão de fumaça escura, mas ainda agitado. Gritos ainda podiam ser ouvidos, além de pedidos de ajuda e mais algumas súplicas para que não fizessem aquilo com ela. “POR QUE VOCÊ DEIXOU QUE FIZESSEM ISSO COMIGO?!”
Ela prometia que seria melhor.
Que seria mais boazinha.
Que não se aproximaria de mais nenhuma outra fada...
Contudo, estas promessas não foram o suficiente, tendo se perdido no exato momento em que ela foi definitivamente colocada para fora de Pixie Hollow para todo o sempre, levando mais algumas boas eras para compreender o motivo daquela decisão tão arbitrária de todas que, apesar dos pesares, ela ainda considerava como parte de sua família.
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rileylivs · 3 years
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𝐓𝐄𝐌𝐏𝐓𝐀𝐓𝐈𝐎𝐍 𝐁𝐑𝐄𝐀𝐊𝐒 𝐏𝐄𝐑𝐅𝐄𝐂𝐓𝐈𝐎𝐍
she just wants to be               beautiful
                               she goes             unnoticed
she knows                              no limits
                     she craves                  attention
she praises                    an image
             she prays to be                          sculpted by the sculptor
soundtrack: scars to your beautiful - alessia cara
special appearance: edmund (storybrooke), derek (floresta encantada)
Floresta Encantada ; tw: morte de familiar
Odette tinha lágrimas nos olhos inchados. O pequeno corpo da garotinha de dez anos se encolhia ao lado da mãe sobre a cama. O carinho que a mulher fazia era tão suave, mas tão suave. Ela sabia muito bem o que estava acontecendo: ela estava morrendo. Estava tomando diversos chás, diversas poções tentando melhorar. O reino inteiro estava na expectativa de que ela melhorasse. Mas algo em Odette lhe dizia que não, aquilo não aconteceria. Ela tinha um pressentimento de que aquele era um dos últimos carinhos que receberia de sua mãe. “Você é linda, Odette” a rainha murmurou, deixando o beijo frouxo sobre a testa da pequena princesa. Ela derramou mais e mais lágrimas, se encolhendo para mais perto da mãe. “Vai ser a princesa mais linda de todas. E mais que isso, vai ser a mais gentil. A mais corajosa. E a mais inteligente.” Ela murmurou e acabou tossindo, fraquejando “Nunca esqueça quem é. E do que é capaz. Nunca deixe que duvidem de você. Não perca esse fogo que há dentro de você.” ela tossiu mais uma vez. Parou de fazer carinho e levou a mão até a testa, massageando o local com cuidado. “Vou estar sempre com você. Independente do que acontecer” foi então que a princesa percebeu que ela também sabia. Também sabia que iria morrer. “Eu te amo, mãe. Pra sempre”
Storybrooke ; tw: câncer, morte de familiar
Riley não pode se despedir de sua mãe. A UTI do hospital de Storybrooke não permitia visitas de menores de idade, portanto ela e Edmund simplesmente não podiam entrar lá. Seu pai gravou alguns vídeos deles acenando e dizendo que tudo ficaria bem com ela. Que eles a esperariam com café da manhã na cama e muito carinho. Mas esse momento nunca chegou. A mulher havia morrido de câncer de mama e não havia nada que podia ser feito. Assistir o caixão ser enterrado era devastador. As mãos pesadas de seu pai repousavam uma sobre seu ombro e uma sobre o ombro de seu irmão. Sentia o corpo todo falho. Sentia-se fraca, sentia-se incompleta. Não sabia como proceder, como viveria sem ela? Não fazia a menor ideia. O coração apertava de dor. Os olhos apertavam pelas lágrimas. Não pudera dizer o quanto a amava, não pudera ouvir o quanto era amada. Nada, não tivera nada. Estava se sentindo mais fria por dentro do que nunca.
Floresta Encantada ; 
Dançar. Dançar. Dançar.
Era naquilo que ela tinha grandes habilidades e era ali que iria provar seu valor. Sua mãe havia lhe dito para alcançar seus sonhos e provar seu valor e ela faria. Sua aparência? Sabia que era bonita e não se preocupava em manter isso. Focava completamente em provar-se mais do que isso. Seu pai? Observava-a de longe incentivando-a como podia. A verdade era que a personalidade forte de Odette o assustava um pouco. Ele tentava controlá-la, tentava. Mas não conseguia. E quando ela se colocava contra ele, como várias vezes acontecera ao longo dos anos, ele era incapaz de contraria-la. Era sua menininha, afinal. Ele queria fazer tudo que ela quisesse.
Bom, desde que isso não fosse contra seus grandes planos. Odette poderia fazer o que quisesse, achar que era quem quisesse. Mas não deveria ir contra as decisões de futuro que ele havia planejado para ela. Como naquele dia.
Saiu dos aposentos de seu pai batendo as portas, gritando alto de forma extremamente mimada. Não queria aquilo. Não aceitaria. “Eu não vou me casar com Derek, ele é um inferno! Você vê como ele me trata desde que somos crianças, eu não vou casar com ele. Você não entende que eu tenho um namorado? Eu quero me casar com o meu namorado. Você não pode escolher com quem eu me caso, porque você não pode escolher quem meu coração vai amar! Só porque você perdeu a mamãe e nunca se apaixonou de novo, você não tem o direito de me controlar dessa forma!” Impulsiva e determinada, as palavras da mãe tinham efeito em toda sua vida. Ela fazia o que queria. Mostrava seu valor. Deixava claro quem era, o que queria, e quem pretendia ser. “Você é a princesa, Odette, você tem que fazer jus ao seu reino, você tem que fazer o que lhe é esperado. Vai casar com príncipe Derek.” Odette gritou mais uma vez, mimada como sempre fora, jogando um vaso no chão “Eu te odeio!”
Storybrooke ;
Controle. Foi tudo que aprendeu a ter ao longo dos anos. Sabia que precisava se controlar, uma vez que emoções poderiam ser problemáticas. Todas as vezes que ela se soltava, algum problema acontecia. Sob as rédeas rígidas de seu pai, ela precisava ser perfeita. E o que levava à perfeição era o controle. Precisava do controle para ser perfeita. Era sempre simpática. Era sempre cuidadosa. Era sempre gentil. Era organizada, racional. Pensava muito antes de fazer. E isso se aplicava em todas as esferas de sua vida. Tanto que, muitas vezes, lhe faltava paixão. Era a crítica que sempre ouvia no ballet. O espetáculo daquele ano? Romeu e Julieta. E é claro que ela queria conseguir o seu primeiro papel como principal, queria ser a Julieta. 
Passava um curativo sobre o hálux direito que estava machucado desde a semana passada. Um erro de pisada e os dedos foram comprometidos sobre a ponta alta. O sangue sob a unha havia resultado em uma dor forte, mas aquele era apenas um dos preços de ser uma bailarina. Ali, uma semana depois, a dor não era mais tão intensa, não incomodava Riley. Ela estava acostumada com a dor, toda bailarina estava. Viviam com a dor, afinal. Todo dia, a todo instante, uma verdadeira companheira. Mas não podia reclamar, até que estava melhor do que há um tempo atrás. A dor no quadril estava quase completamente nula. E aquilo já era grande coisa.
Respirou fundo e vestiu a sapatilha. Amarrou-a perfeitamente, de modo a evitar qualquer machucado idiota. Se levantou e tirou o cardigan que vestia. Quando o coreógrafo famoso entrou no estúdio, ao lado de seu professor, a coluna de Riley se endireitou. Ela estava pronta para mostrar seu melhor. E logo, foi escolhida para fazer uma breve mostra do que era capaz. “Fique no centro, vou mostrar a primeira coreografia” disse baixo, observando a garota engolindo em seco. Pesando a respiração, Riley se virou para o resto da classe, se perguntando por um segundo por que havia sido escolhida. O coração batia muito forte. Deu alguns passos, pousando no centro da sala, se observando no espelho. E logo, o coreógrafo começou a ditar a coreografia, quando o som começou a tocar. Tinha o dedo indicador levantado, enquanto Parker seguia cada uma das palavras dele.
“Brisé volé. Tendu cuisse. Sissonne. Sissonne. Trois. Pas de bourrée. Trois. Pas de bourrée. Chassé en dans. Pas de chat e pas de bourrée.” Se movia lateralmente, se olhando no espelho, enquanto dançava cada palavra que saia de sua boca. Uma das mãos erguidas, as pernas alternavam entre movimentos em plano baixo e plano médio, entre pequenos saltos e piruetas simples. “Não, está atrasada, mais rápido. De novo. Mais intensidade, não está me dando nada. De novo” Um arrepio correu pela coluna da loira. Era difícil ser o centro das atenções daquele coreógrafo. Sentia o coração bater tão forte, que quase podia ouvi-lo nos ouvidos. E ele repetiu. “Brisé volé. Tendu cuisse. Sissonne. Sissonne. Trois. Pas de bourrée. Trois. Pas de bourrée. Chassé en dans. Pas de chat e pas de bourrée.” Riley tentou fazer a dança mais rápido, mais intensamente. Mas ela nem terminou. “Pare, pare” ele disse baixo, balançando a cabeça “Você dança como uma virgem” ele deu uma risada fraca, de deboche “Você precisa buscar o que coloca seu corpo em chamas, só assim vai atingir o que eu quero. Pode parar” ele falou balançando as mãos pedindo para que ela voltasse pra onde estava antes. “Com Romeu e Julieta, queremos um espetáculo intenso, com fogo, que conquiste todos ao redor com o drama mais épico de todos os tempos. E não vai ser assim,” ele apontou para Riley “que vamos conseguir isso.” ela ficou em silêncio, é claro. Não havia o que dizer. Ela não era boa o suficiente, não era entregue o suficiente. No fim da aula, ele se aproximou de seu ouvido para sussurrar “Você tem que ceder um pouco às tentações, sabia?”
Floresta Encantada ;
Sentia raiva. Não acreditava que depois de semanas trocando cartas com Derek e, finalmente sentindo alguma aproximação dele, ele fazia aquilo. No meio do baile. Na frente de todos. Como se ela fosse apenas um troféu bonito para seu ego enorme. Ela não era nada além de bonita. Ele deixara aquilo bem claro. E Odette estava cansada disso. Cansada de ser apenas uma peça de manipulação de todos. Ela podia ter voz. Ela podia ter ousadia. Ela podia ter foco, objetivos e ser bem decidida quanto ao que queria, ao que faria e ao que pensava. Mas isso não fazia dela menos controlada. Pois outras pessoas teimavam em a controlar. Não aguentava mais, estava em seu limite. Se Derek não via nenhuma qualidade nela que não fosse a beleza? Ótimo, ela não estava nem ai. Não queria sua presença. Não queria seu noivado, não queria suas malditas cartas. Naquela noite, Odette não tentou se manter forte e determinada. Deixou que seu lado mais frágil viesse a tona. 
Se sentou na própria cama e abraçou as pernas, sentindo o coração apertar. Não bastasse ter o coração partido uma vez, ao não poder escolher com quem se casaria. Tinha que ter o coração partido duas vezes, pois quando estava se apaixonando por quem deveria percebia que ele não a via como mais que um rosto bonito. Isso havia acontecido a vida toda. Estava falhando. Falhando consigo, com a sua mãe. Não estava chegando a lugar algum, não estava escrevendo sua própria história. Não estava fazendo nada. 
Storybrooke ; 
Saiu do estúdio arrasada. E percebeu que se queria ser diferente, ser mais, ela precisava sair da sua zona de conforto, ser corajosa. 
Coragem. 
Riley sabia que precisava ir ao hospital. Estava com vinte e quatro anos e vinha sendo alertada há tempos de que precisava fazer alguns exames. Sua mãe havia morrido de câncer de mama, e havia chance de que ela tivesse herdado algum gene que lhe desse pré disposição a ter a doença também. E ela vinha adiando e adiando. O medo de sua vida ganhar um prazo de validade era assustador. Mas não havia mais espaço para medo. Ela foi de uma vez. 
A máquina que apertava seus seios era gelada como neve, e lhe causava arrepios do pior tipo. Ela estava tremendo. Mas estava fazendo, que era o necessário, certo? Ela precisava ter coragem, precisava vencer seus medos, precisava enfrentar. Riley precisava ir além do que se sentia confortável, não é? Quando finalmente pode colocar sua roupa de novo, o médico que fizera o exame se aproximou. “Enviaremos o resultado por email, ok? Sua médica deve te ligar quando os resultados estiverem certos para explicar o que significa cada coisa.” A espera lhe causaria uma ansiedade de outro mundo, ela já sabia disso. 
Floresta Encantada ; 
“Case comigo, Odette.” por quê? Mais uma pessoa queria casar com ela por interesses além dos dela. Rothbart era um feiticeiro poderoso que havia a prendido em Swan Lake e a transformado em um cisne. E mesmo assim. Mesmo na situação mais absurda e injusta, ele pedia para que ela se casasse com ele. Por quê? Não porque ele a achava uma pessoa incrível, mas porque ele sabia que poderia assumir um reino inteiro, uma vez que o rei estava morto. E ela não aguentava mais ser vista como um prêmio para homens que apenas a queriam de seu lado por motivos idiotas. Sentia-se patética. Será que, em algum momento, alguém realmente iria querê-la de verdade? Será que, em algum momento, ela poderia ser mais do que apenas a princesa bonita de Alarch? Não sabia. Talvez aquela fosse sua existência afinal. Talvez fosse reduzido àquilo. “Nunca.” ela respondeu, sentindo o coração pesar “Eu prefiro morrer aqui, sozinha, do que deixar que homens decidam e controlem a minha vida de novo.”
Storybrooke ; tw: câncer
Estava entrando em seu turno no Playful Hearts mais cedo naquele dia. Estava no banheiro, vestindo o uniforme curto demais, quando ouviu o telefone tocando. Dra. Mitchell. Era o que estava na tela do celular. O coração palpitou. O que ela traria? Boas notícias? Más notícias? Não sabia. Atendeu ao telefone. “Alô?” e logo a resposta veio, em um tom carinhoso e suave “Boa noite, querida, aqui é a Doutora Mitchell, estou atrapalhando? Vim falar um pouco do resultado dos seus exames. Detectamos a mutação do gene BCRA 1 e 2. Eu queria explicar um pouco o que isso significa.” naquele ponto, Riley já estava sentada sobre a tampa do vaso sanitário, em silêncio, desolada. “Bom, você não tem o câncer propriamente dito, mas ter os genes mutados acaba sendo um indicativo de um aumento na chance de isso acontecer um dia. Não vai mudar em nada em sua vida atualmente, só é necessário que você tenha mais cautela. Faça os exames todo semestre, para que tenhamos o controle da situação.” Controle. Ela sabia muito bem que era impossível ter o controle daquela situação. Tentara ao longo de toda a vida ter controle sobre cada uma de suas decisões, mas lá estava ela, diante da situação com menos controle que já vivera. Sentia-se impotente. No auge de seus vinte e quatro anos, quase vinte e cinco, você se sente invencível. Como se nada pudesse te parar. O mundo é seu, o futuro é seu. Mas em um único telefone, Riley sentiu o chão sair sob seus pés. “É importante fazer o teste do toque todas as semanas, e ficar atenta a quaisquer sinais e-,” Riley a interrompeu “Obrigada, doutora. Acho que eu... Entendi a situação. Eu... preciso ir, porque estou no meu horário de trabalho. Mas eu... te ligo de volta. Para... marcarmos uma consulta, tudo bem? Muito obrigada.” ela disse baixo, enquanto o coração se apertava mais e mais. 
Riley apoiou a cabeça na porta do banheiro do Playful Hearts e, sem nem conseguir evitar, caiu em um choro alto. “Eu tô com medo” ela disse para si mesma, tremendo, sem conseguir parar de chorar. “Não quero morrer cedo.”
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THE FALLEN ONE, an episode about THE WIZARD OF OZ.
Músicas do episódio: 
“Danke Schoen” - Performed by Wayne Newton < https://www.youtube.com/watch?v=10_j4ZYduIs >
“Wonderful" - Performed by Annaleigh Ashford | WICKED the Musical < https://www.youtube.com/watch?v=AltwLBARHTc >
Oscar era um garoto comum, com ideias a frente de seu tempo. Tudo mudou quando uma de suas invenções, seu grande balão, o levou para uma terra mágica. Com todos o chamando de O Grande Mágico, Oscar aceita a jornada.
TW: morte, sangue.
Como eu me excedi um pouquinho na quantidade de texto, aqui segue o link para o docs da task:
https://docs.google.com/document/d/1HpAbWVxapWJrfAzuBME4WVqdkJ0xuXL4EiHnnBrMe0I/edit?usp=sharing
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mcleficents · 3 years
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                                    TÍTULO DO EPISÓDIO: Exilada e perseguida.
                                    MÚSICA DO EPISÓDIO: Monster, Skillet.
                             It's scratching on the walls, in the closet, in the halls                                         It comes awake and I can't control it                                   Hiding under the bed, in my body, in my head                    Why won't somebody come and save me from this, make it end?
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Era estranho ter a crença de que após a morte do rei Stefan, Malévola seria capaz de em algum momento acabar estando ali naquele castelo por mais uma vez. A Rainha dos Moors estar pisando em solo humano novamente era algo que não só os seus súditos achavam estranho como também odiava ver que os humanos tinham medo de si. Claro que os chifres pareciam ajudar naquela situação, assim como as asas, mas aquilo era ela e a fada jamais mudaria por alguém que parecia não entender sua essência. Ao menos tinha Diaval ao seu lado para ajudar-lhe antes que pudesse lançar, no mínimo, uma outra maldição naqueles humanos nojentos. — Quanto mais vejo isso tudo, mais acredito que estamos à beira de uma enrascada, querido. — Ela disse à medida que encarava o companheiro ao compasso que caminhavam pelo enorme jardim em direção as estruturas enormes daquele castelo tão bem cuidado. — Vai ficar tudo bem, senhora. Sabe que nela podemos confiar. — Ainda que houvesse a voz dele ali, algo dizia para a fada que nada estaria bem. Algo lhe dizia que a garota estava prestes a fazer algo consigo.
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Vanessa já se encontrava em seu auge de espirros. Não aguentava que cada passo que dava parecia que algo como uma alergia parecia ter se apoderado de si e por instantes desejou não ter mexido naqueles malditos materiais do trabalho. Quem diria que logo ela que um dia havia sido a mais poderosa de todas estava ali tendo de mexer com papéis para ver se acusaria certos humanos ou não de seus fiascos. E o que mais lhe deixava puta era o fato de que precisava acusar uma em específico e não por vontade sua e sim de Pierre. Acusar Hope Swan vinha com uma ameaça a qual Vanessa não sabia como lidar naquele momento. Era a garota ou seu cajado e os deuses sabiam o quanto ela precisava do objeto para ter seus poderes totais de volta. Ela necessitava. Ela precisava daquilo mais do que qualquer coisa no mundo e quase sentia mal por deixar Diaval de lado em um momento como aquele, mas seria algo para proteger os dois dos ataques de qualquer pessoa. De qualquer um que ousasse tocar neles novamente.
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Um jantar não deveria ser nada demais, mas ali sentada naquela cadeira com aquela quantidade de guardas dentro daquela suposta sala de jantar não lhe deixava menos tensa ou menos propícia a querer matar um. Ainda que Diaval lhe segurasse a mão vez ou outra em uma tentativa clara de tentar lhe acalmar, os ombros tensos entregavam que aquilo não era nada fácil. Que não seria. Os talheres de prata rente à si lhe faziam a pele formigar ainda que não tivesse tido nenhum contato direto com eles. A cada segundo podia sentir que alguém poderia lhe voar nas costas ou em seu pescoço com a premissa de que ela tinha tentado atacar a agora nova rainha. Já tinha se livrado da mãe de Phillip poderia fazer isso facilmente com qualquer um dos outros ali existentes. — Então... Por que estamos aqui nessa situação peculiar? — Questionou encarando a loira diretamente. — Porque eu queria mostrar à todos que os Moors e os humanos podem conviver pacificamente, madr--- Malévola. — Perceber que a palavra havia morrido na garganta da loira quase a fez rir. Sabia que não poderia ser chamada daquilo novamente, principalmente porque Malévola sabia que nunca havia feito jus aquele título se levado em consideração que apenas tinha cuidado dela para ter certeza de que a maldição aconteceria de acordo com seu plano. — Se acredita tanto nisso... Por que então tantos guardas e tantos talheres de prata. Sabe o que isso significa para mim e ainda quer que eu caia nessa ladainha de que podemos nos dar bem mais uma vez?
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— Diaval, querido! — O chamou à medida que adentrava em sua sala da diretoria do hospital. Estranhamente achava aquilo sexy da parte dele, de ter escolhido um cargo alto se levado em consideração que toda a vida deles até então ele não tinha passado de seu companheiro e alguém que fazia as coisas para si. No fundo, admitia o medo que tinha de perdê-lo porque no fundo era a única coisa que lhe importava mais do que qualquer cajado ou poder no mundo. — Eu preciso que a gente saia para beber ou ir lá para casa beber antes que eventualmente eu faça algo que certamente irá me repreender pela ousadia. — Com aquilo ela queria dizer arranjar alguma briga com alguém à ponto dela poder utilizar do seu poder de juíza para mandar a pessoa para a cadeia e ainda se sentir completamente bem por aquilo. — Dizer não, não é uma opção. Então arrume essas bolsas malditas e vamos embora.
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Uma vez havia confiado nos humanos e Malévola sabia que não poderia fazê-lo novamente, porém, também chegava a ser irônico o fato de que o único suposto humanoide que confiava era Diaval ali ao seu lado. — Claro que sim! Olha só pra isso! Aceitou vir aqui ainda que as pessoas lá fora temam você. — Uma risada soprada escapou da fada. — Isso é apenas um fato Aurora. Você também teve medo de mim da primeira vez. A diferença é que comigo elas verdadeiramente tem um motivo. A história da fada que lançou a maldição em sua rainha e que ainda tem a audácia de visitá-la como se fossem velhas amigas. Ou você é muito burra ou pretende fazer com que seu reinado acabe antes do previsto.
Recebeu uma cotovelada de Diaval que apenas recebeu dela um olhar de lado antes de voltar-se para a loira e seu príncipe ao seu lado. Ou deveria dizer rei? Aqueles títulos eram desnecessários para si. — Não fale assim dela! Ela é uma ótima rainha e só pensa no melhor pro seu povo. — A interferência do outro a fez rir. — Então pense em seu povo e deixe o meu. Não pretendo compactuar com vocês, porque sei que tudo o que querem é saber do meu poder e não faço questão de emprestá-lo para vocês. 
— Você é só poder. Ainda bem que sabe disso.
A sobrancelha dela se arqueou ao que ouviu a voz de um guarda atrás de si que parecia que tinha passado todo o tempo pronto para ter uma oportunidade de falar. — Porque não passa de uma mulher fraca que só quer poder pisar nos outros na primeira oportunidade, sem seus poderes não seria nada. 
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Em casa, ela jogou as coisas no sofá e foi em passos rápidos para o barzinho que havia feito questão de construir para um momento como aquele. Para quando quisesse beber sem se preocupar com o mundo lá fora ou com ela mesma. Era só ela e o álcool no sangue. Bom, dessa vez ao menos era ela e seu querido companheiro. — O que pretende fazer agora com a ameaça de Pierre? — Ela pegava uma garrafa de Whisky quando Diaval falou. — Isso é fácil de resolver. Eu só preciso daquela irmãzinha maldita dele para o plano dar certo. Ele a mantem presa e em algum momento o passarinho vai querer sair da gaiola e é aí que nós entramos. — Sabia que Audrey talvez fosse alguém difícil de lidar, mas não impossível de se manipular. — E mesmo que eu não use você para isso, querido. Eu tenho a pessoa perfeita para a missão. — Concluiu ao que colocava duas doses em cada copo e entregava ao outro. — Eu posso estar sem poderes agora, mas eu me sinto mais poderosa do que nunca e o Dark One mal pode esperar pelo que vem para ele.
E se tudo desse certo. Ela queria acreditar que poderia ser sua morte.
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mcmacitc · 3 years
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                                   O Despertar das Flores
Avisos:
A música utilizada na Task é Bad Dreams da Faouzia e é esta mesma música que é tocada na no início da cena 8. Optei por fazer nesse formato porque achei que se adaptava melhor com a temática do episódio e na minha falha tentativa de não fazer algo muito grande, pois meus P.O.V são enormes na maioria das vezes. Agradeço a todos que me permitiram serem citados aqui, são amorezinhos! E eu não achei nenhum trigger, mas peço desculpa caso haja algum e peço que me alertem de imediato para que eu possa colocá-lo.
Aqui está o link por que ficou um pouquinho grande demais. https://docs.google.com/document/d/1V3USHD4WaRAPOqXDAoRAvXn0etfX1sC6prwLRvOaYLY/edit?usp=sharing
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TÍTULO DO EPISÓDIO: A Dream of Summer
MÚSICA DO EPISÓDIO: This Mountain - Faouzia
FLASHBACK:
Olaf acordou. 
Ele não tinha dormido de verdade, só cochilado. Não importava muito. Quando a luz do dia chegasse, ele já não seria ele mesmo. Ou melhor, ele voltaria ser quem ele era antes. 3 meses, era o gosto que ele podia ter da vida real, da vida humana. E então, de volta para o próprio corpo. 
Ele deslizou com cuidado para fora da própria cama, no próprio quarto, delicadamente afastando os braços de Anna dele, desviando de Elsa, que tinha a cabeça deitada na cama. Kristoff provavelmente já tinha saído para trabalhar, mas ele tinha ficado aqui até a longa madrugada. Seu último dia como humano pelos próximos nove meses. Ele tinha ficado feliz de ter passado com os amigos. 
E não é como se ele fosse morrer. Ele retornaria naquele dia mesmo - só que… menos. Menor, menos foco, menos vontades grandes e sentimentos confusos. Ao colocar o casaco para se dirigir para fora, ele parou ao lado da cômoda, encarando a pequena medalha dourada sobre a madeira. Para todo mundo saber, Elsa tinha dito. Que você é parte da nossa família. Que você ajudou a salvar o nosso reino. 
Ele pegou a medalha delicadamente e pressionou sua superfície gelada sobre a mão, fechando os olhos com o pequeno arrepio que o percorreu. Era quase hora. 
STORYBROOKE:
Orson acordou. 
Ele ofegou, encontrando-se no escuro, tateando pela cama até achar a luminária. Era cedo. Tão cedo que Terrence e sua mãe ainda não tinham acordado para trabalhar. Orson se levantou, tremendo, e encarou a própria cama na casa do amigo. Lama e neve, de novo. A parte dos pesadelos que ele ainda não conseguia explicar, que ele não conseguia contar a nenhum dos amigos. 
Às vezes eles sangravam para a vida real. 
Ele começou a recolher as pontas do lençol, tirando-o da cama antes que molhasse demais o colchão. Seu irmão tinha ficado tão assustado… Ele tinha achado que Orson estava fazendo de propósito, que estava destruindo seu quarto em surtos. 
Marshall não quis acreditar quando Orson tentou explicar. 
Então ele não explicaria mais. O que era um pouco de neve nas mãos de manhã, a sensação do frio nos pés, água na boca de neve derretida, como se tivesse vindo do seu interior? 
Ele cuidadosamente levou toda a neve e a lama para o banheiro, ligando o chuveiro e começando a limpar a roupa de cama. Os donos da casa pensavam que ele só gostava de banhos longos, e por mais que se sentisse mal preferia que eles pensassem isso. 
Em breve seria verão e os sonhos eram sempre melhores no verão. 
FLASHBACK:
Olaf acordou. 
O terror dos momentos anteriores ainda estava lá, mas abafado, como se uma camada de neve tivesse se assentado sobre ele. Segundos antes, seus pulmões tinham se tornado neve, seu estômago tinha se enchido de gelo, seus músculos se atrofiaram e congelaram. Tinha sido doloroso, aterrorizante, não por mais do que um segundo - mas esse segundo se estendeu para sempre. A primeira vez não tinha sido muito diferente, mas a fada madrinha estava lá na ocasião. 
Agora havia só o vento no castelo de gelo e os olhos escuros de Marshmallow observando-o. O gigante estendeu a mão congelada e Olaf colocou a própria mão de madeira sobre ele. Ele pegou a própria medalha, tentando sentir o frio do metal novamente, mas ele não veio. Olaf piscou algumas vezes, mas sorriu. 
Tudo seria melhor quando o verão voltasse. 
tw: vômito
STORYBROOKE:
Orson acordou. 
Ele sentia que mal tinha deitado a cabeça no travesseiro quando se levantou de súbito, o coração batendo nos ouvidos, as mãos agarrando a primeira coisa que pudessem encontrar. 
Ele estava em casa, no seu quarto. Soubera que o irmão ia pegar o turno da noite na noite do casamento e aproveitara para passar depois da festa para pegar algumas coisas importantes. Em alguns passos ele estava na janela, se agarrando no batente, vomitando na lata de lixo. Uma sensação de queimação subiu pela sua garganta enquanto ele abria os olhos e olhava para baixo, para a lata. 
Neve. Era sempre neve. Mas nunca tinha estado tão ruim. Ele ainda a sentia dentro de si, cristais de gelo derretendo. Tremendo, ele apoiou as costas contra a parede, fechando os olhos, apoiando a cabeça no frio da janela. Lá fora, os sons das  pessoas retornando do casamento ainda soavam, alegres. Orson sentiu um aperto no estômago, uma restrição no peito porque sabia que nenhuma dessas pessoas tinha esse tipo de problema no meio da noite. 
Orson abriu a mão que antes mantinha em punho. Parecia que faltava algo nela, algo redondo. O que… Ele sonhara novamente com aquele lugar, com aquelas pessoas. Com Emily, Astrid e Rowan. No sonho, ele tinha uma moeda. Era uma moeda? Não, era maior… Uma medalha. 
Antes que ele possa evitar, ele se levanta, revirando suas gavetas já vazias, olhando sob a cama nas caixas em que escondia seus tesouros. Quando ele retomou consciência de si, fez-se balançar a cabeça. Não, isso estava errado. Claro que estava. Aquilo não existia. Tinha sonhado. Nunca tinha visto aquelas coisas na vida, assim como nunca tinha estado naquele lugar. Tinha que ser. 
Ele pensou em outras lembranças falsas, outros sonhos vazios: o das ruas, do frio do inverno, de invadir a escola para dormir perto da caldeira, de se encolher debaixo de marquises para se proteger da neve; o das meninas, das irmãs, com pedaços faltando, com aberrações terríveis, sem rosto, sem paredes, sem céu senão uma nuvem escura e roxa. Porque todas elas pareciam tão reais quando o círculo frio na sua palma? Como era possível que ele tivesse estado em um hospital psiquiátrico crente de que não deveria estar lá e no momento em que saiu tivesse cada dia mais certeza de que não deveria ter saído?
O rapaz pressionou os pulsos sobre os olhos, apertando até que parassem de lacrimejar. Se forçou a respirar fundo, a pensar no sol que nasceria em breve. A primavera já estava quase além da sua metade. O verão viria em breve. 
E quando o verão chegasse ele não estaria mais ali. Ele mesmo faria as coisas melhores em outro lugar.
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cinderlline · 3 years
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                                TÍTULO DO EPISÓDIO: Lovely Shoes.
                               MÚSICA DO EPISÓDIO: Maps, Maroon 5.
                                         But I wonder, where were you?                                When I was at my worst down on my knees                        And you said you had my back, so I wonder, where were you?                                When all the roads you took came back to me                                      So I'm following the map that leads to you
tw: acidente de carro, sangue.
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Aquilo tudo parecia ser uma utopia a qual nunca achou que fosse capaz de ser realizada. Nem em seus maiores sonhos Ella acreditou que seria a plebeia que estaria ali no meio do salão dançando com o Príncipe Kit como se aquilo fosse algo predestinado a acontecer. Deveria agradecer à sua fada madrinha por toda sua vida, porque se não fosse por ela, jamais estaria se sentindo a pessoa mais sortuda do mundo. Os passos cadenciados com ele, os toques sutis que as mãos faziam, os toques leves e gentis em sua cintura em momentos mais lentos, mais unidos. Ella sentia que poderia morrer ali mesmo que se sentiria definitivamente a mulher mais feliz de todo Castle of Dreams.
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Eva acordou com um sorriso nos lábios. Nunca imaginaria que sonhar dançando em um baile seria algo tão gostoso como tinha sido ali naquele momento, mas da mesma forma que seu sonho tinha lhe guiado para aquela sensação tão boa de dança. Ela não podia deixar de pensar sobre os sapatinhos que seu sonho tinha feito questão de lhe mostrar. De cristal eram eles. E pareciam encaixar tão perfeitamente em seus pés que ela não poderia deixar de pensar na sensação boa que deveria ser usar eles e da necessidade crescente que tinha agora tê-los para si. Porém, queria acreditar que se tratava apenas de uma vontade sua, quase como uma criança birrenta que deveria ter algo à todo custo. E ela teria.
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As mãos tremiam, o coração estava disparado e ainda Ella não deixava de sorrir com a presença do príncipe, como se aquilo fosse a única coisa capaz de lhe manter viva naquele instante. Porque não haviam maiores preocupações em sua vida, era como se o mundo lá fora tivesse desaparecido e fosse apenas eles dois e um pequeno mundo que havia sido criado para eles. Ali naquele pequeno jardim, próximo a fonte de água, a jovem sorria ao que encarava a água. “Posso saber seu nome?” Ele questionou e o olhar dela se voltou à ele. “Não acho que meu nome seja algo tão pertinente assim, majestade.” Sem se desfazer do sorriso ela continuou a olhá-lo até mesmo de maneira amável. Sabia que ele ter conhecimento de seu nome poderia fazê-lo procurar por ela, se assim ele desejasse, mas não era como se fosse memorável à ponto de alguém de alto escalão ir atrás de si. “Sua estratégia é me deixar curioso?” Ella riu soprado. “Não que seja majestade, mas não é a primeira vez que o deixo assim.” Se referindo ao primeiro encontro na floresta, um sorriso adornou-lhe os lábios. “Mas meu nome é E---” Quase como se estivesse prevendo que ela revelaria seu nome, o relógio soou o início da meia noite. O findar de seus sonhos. “Eu preciso ir, me perdoe, majestade... Eu...” Saindo de perto dele em passos rápidos ela gritou. “Espero encontrá-lo novamente.”
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Ainda havia a sensação dentro de Eva de quem precisava encontrar aquele sapatinho. Deveria ser algo que teria se mantido em seu sonho, havia passado o dia todo pensando naquilo. Nem havia feito nada direito em casa porque não saía de sua cabeça e muito menos de seu coração a vontade de achar aquele sapatinho onde quer que fosse. Tinha deixado um bilhete para Riley e Alaska para avisar de sua saída em busca do sapato. E havia rodado todas as possíveis lojas de Storybrooke atrás de algo que parecia agora ser apenas alguma coisa de sua cabeça. Até na bbibbidi ela jurou que poderia ter afinal de contas Callie sempre detinhas as melhores coisas em sua loja e nem lá sua esperança parecia ter alguma chance de ser real. Então Eva decidiu que estava na hora de sair da cidade para achar aquilo que tanto lhe afligia. 
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Corria quase desesperada pelos arredores do castelo para poder chegar em sua carruagem, mas havia se perdido por um instante antes de finalmente achar a enorme escadaria que lhe daria a chance de sair dali. Mesmo com o medo dos guardas lhe pegarem ou até mesmo cair da escada enorme, Ella correu o mais rápido que pode e foi nessa corrida que seu sapatinho saiu de seu pé. Parou no meio da escada, o olhar entre o sapatinho e os guardas acima da escadaria. O coração batendo rápido, a respiração acelerada, chegou até a correr para tentar voltar a pegá-lo, o dedo chegou a recostar na pontinha do mesmo, mas sequer conseguiu pegá-lo porque seu instinto de sair correndo dali havia sido mais forte do que se sacrificar pelo sapato. Torcendo para que aquilo funcionasse como uma lembrança sua para o príncipe. Ella então chegou na carruagem, entrando tão rápido quanto um raio, o cocheiro correndo desesperado com o cavalo, os guardas vindo atrás de si. Gritos para que fossem mais rápido. 
No desfiladeiro a carruagem chegou a deslizar pelo chão de barro quase lhe dando o susto de quem cairia dali. A vida lhe passando pelos olhos rapidamente. Se segurou com força na porta para não cair, se puxando para dentro com uma força a qual nem sabia de onde tinha saído. Conseguiram despistar os guardas e quando finalmente o fizeram, a carruagem começou a voltar a sua forma de abóbora. Tudo se desmoronou, os animais voltaram a ser quem eram, o vestido tinha sumido dando lugar ao seu esfarrapado por suas irmãs, mas nada foi capaz de lhe tirar o único sapatinho que tinha lhe restado. Sua única lembrança da melhor noite de sua vida.
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“É sério, Riley.” Começou em meio a um suspiro pesado de quem nem queria começar uma suposta discussão daquilo. “Eu preciso achar esse sapato antes que eu tenha um troço e quero que vá comigo.” Eva a encarava com um olhar de quem parecia implorar por sua vida ou por algo que havia se tornado uma necessidade maior que qualquer coisa. “Eu vou, okay? Me deixa só arrumar umas coisas.” Claro que ambas sabiam que seria uma viagem praticamente desnecessária para outra cidade para que pudessem encontrar um par de sapatos que Eva viu em um sonho, mas para quem nunca mais tinha corrido atrás de qualquer coisa, era um milagre para ela pensar daquela forma.
Estava terminando de arrumar uma mochila no quarto quando Riley apareceu. Podia ver na expressão cabisbaixa da melhor amiga que alguma coisa tinha acontecido e que provavelmente acabaria indo sozinha. “Eu queria ir, Eva, mas meu pai ligou e eu tenho que ir. Eu sinto muito.” Desacreditada nas palavras alheias, a morena apenas deixou um suspiro lhe escapar dos lábios, ainda que soubesse o quão inconveniente o pai de Riley poderia ser. “Eu me viro. Talvez volte amanhã ou talvez outro dia, não me espere.” Disse por fim antes de colocar a mochila nas costas pegar as chaves do carro e sair.
As lágrimas caíam um pouco de seus olhos porque pela primeira vez ela não queria estar sozinha para buscar seus sonhos, mas estaria sempre destinada àquilo não é? Estar sem alguém que pudesse lhe apoiar e ser a única acreditar em si própria, mas estava acostumada. Sua vida era desse jeito. Sempre seria.
Dirigia até mesmo rápido porque o quanto mais rápido saísse dali, mais rápido alcançaria aqueles malditos sapatos e se livraria da angustia e do que crescia dentro de si. Em que momento um cervo apareceu à sua frente, ela não soube dizer, mas foi questão de apenas pisar no freio e tentar desviar do animal e quando viu o carro havia batido de frente em uma árvore. Eva só sentiu o solavanco, o corpo ir para frente e para trás. O airbag sequer tinha funcionado. Abriu os olhos lentamente, os quais sequer tinha notado que havia fechado. Ela sentia gosto de sangue na boca, sentia algo quente escorrendo em seu rosto. 
Não via o cervo por perto. Não via mais nada. Porque agora era tudo escuridão para si.
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ladyliesel · 3 years
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TÍTULO DO EPISÓDIO: Out There
MÚSICA DO EPISÓDIO: Breakaway - Kelly Clarkson
FLASHBACK: 
O que era realmente necessário para uma vida na floresta? 
Nada, era o que Robin dizia. Mas certamente teriam que ser algumas coisas… Parecia um desperdício deixar para trás quando ela podia levá-las com ela. Mas cada coisa que colocava no alforje de viagem parecia pesado demais e fútil demais. Poderiam ser rastreados de volta para ela se ela tentasse vendê-los. Ela contentou-se com roupas - as mais simples, mais práticas. Incluiu até mesmo calças. Ah, como seus pais ficariam furiosos. 
Marian ergueu seu colchão e retirou sua adaga. Robin a tinha dado para ela. Era uma beleza: prateada, equilibrada, discreta. Brilha como o seu sorriso. Uma promessa da vida que viveriam. Ela sorriu e guardou a arma na bainha, guardando-a em um dos bolsos do vestido. Só por via das dúvidas. 
Ela pegou o alforge e respirou fundo. Deu um passo na direção do corredor e então outro. Amanhã… Lady Marian seria outra pessoa. 
STORYBROOKE: 
Um convento. Ela tinha que estar brincando. De todas as coisas mais estúpidas, das coisas mais incrivelmente terríveis que sua avó tinha tinha dito, essa tinha que estar em um dos primeiros lugares. E ela tinha dito muitas coisas péssimas. 
Como se tudo que ela tivesse feito, todo o esforço, todo o voluntariado, todo o treinamento musical… Nada disso a convenceu de que ela seria boa se pudesse ter um pouco do mundo real. Um pouco de… Não sei, contato humano. 
Liesel cuidadosamente começou a juntar seus pertences em uma mala. De vez em quando ela ouvia os passos tensos da avó passando pela porta, observando-a. Ela demonstrava total calma, perfeitamente composta. Ela terminou de arrumar a mala e a levou para o andar de baixo. E invés de esperar pela avó descer as escadas, ela saiu pela porta e não parou de andar. 
A moça andou debaixo do sol de verão pelo centro da cidade, sua expressão ainda tão normal que ninguém suspeitaria o que estava acontecendo. Ela mesma não poderia dizer o que estava sentindo naquele momento. Não havia nada dentro de si. Só o próximo passo e o próximo. 
Todos sabiam onde ficava a fronteira do município. Todos sabiam que não havia ônibus e os táxis não levavam para fora da cidade. Mas se ela continuasse andando, alguma hora ela encontraria outro lugar. Ela caminhou, além das lojas e dos apartamentos, das casas com quintal e das mansões nos limites da cidade. Ela finalmente parou em frente à placa que anunciava que ela estava deixando Storybrooke. 
Liesel respirou fundo, fechando os olhos. Ela tentou se imaginar caminhando por dias, dormindo na beira da estrada, pegando uma carona. Ela tentou se ver conseguindo um emprego, tocando piano por gorjetas, ensinando crianças a tocar, distante e esquecida da avó. 
E descobriu que não conseguia imaginar. Algo invisível e impossível de cortar a puxava de volta. A sensação de que por mais que tentasse não podia interromper sua vida ali, pelo menos não ainda. Aquela pessoa terrível na sua casa também tinha sido a pessoa a lhe dar música, a pessoa a lhe dar tudo. E havia uma possibilidade de liberdade, pelo menos por alguns anos. 
Ela respirou fundo e apertou sua mão ao redor da alça da bolsa antes de dar um passo para trás e depois outro. Por fim, ela se virou e começou sua caminhada até o convento. 
FLASHBACK: 
Marian sentiu-se um pouco insultada quando nenhum dos guardas nem sequer suspeitou que fosse ela saindo da propriedade de seu pai, vestindo roupas de criada. Algo dentro dela pulsava com energia, com animação. Quando seus pés alcançaram a floresta, ela tinha vontade de correr, soltar o cabelo, gritar. Ela podia fazer essas coisas agora. Ela era uma mulher livre. Não tinha que fica se curvando a dramas de cortes, à papéis que ela nunca se encaixava, a nada que ela não quisesse. 
Ela olhou para o céu, buscando a posição do sol como Little John tinha mostrado a ela. Ela virou-se no caminho certo, quando a luz acima desapareceu. Marian ergueu os olhos, a mão buscando a adaga. Acima dela, uma nuvem escura se espalhava pelo céu. Só precisava de um olhar para saber: aquilo não era tempestade nenhuma. 
Marian começou a correr, tropeçando em galhos, em raízes, em pedras. De alguma maneira, ela se manteve em pé, os pés doendo dos tropeços. Algo ruim estava prestes acontecer e ali estava ela, sozinha. Ela correu e correu, mas sabia que ainda estava longe. A mulher começou a ver com o canto dos seus olhos o movimento de nuvens escuras, perto do chão, como uma terrível névoa se espalhando pelas árvores, que estalavam antes de desaparecer na escuridão. 
Não, não, não. Ela sentiu quando a névoa se espalhou, primeiro nas suas costas, paralisando-a com o frio, e então por tudo. Ela olhou a floresta que planejava viver lentamente desaparecer e fechou os olhos, deixando uma lágrima escorrer. Robin, ela pensou. Seu maior arrependimento é de que não tiveram tido mais tempo. 
STORYBROOKE: 
Liesel dificilmente encontrava-se com tempo nas mãos. Sozinha na casa que costumava pertencer à avó, sozinha com os próprios pensamentos. Nada a fazer para o orfanato, nada a fazer para os seus voluntariados. 
Era normalmente então que ela se sentava ao piano, erguendo a tampa. Seus dedos encontravam os lugares familiares, pressionando as teclas de marfim, tirando uma melodia. Seus instintos eram tocar as melodias conhecidas, sua vontade de compor enterrada junto com a criança que ela tinha sido, curiosa, animada. O sol bateu sobre as janelas grandes da casa, sobre ela. 
Liesel se lembrou o dia que tinha chegado no convento, o quão perto tinha chego de ir embora, de viver outra vida. Ela sempre se perguntava se deveria ter ido embora quando a avó morreu, se tinha imaginado aquele puxão todos aqueles anos atrás. Mas então, ela o sentia novamente. Uma fisgada no peito, uma sensação. Ela abriu os olhos. 
Não… O puxão não tinha ido a lugar algum.
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hughiewantsout · 3 years
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TÍTULO DO EPISÓDIO: Great Spirits
MÚSICA DO EPISÓDIO: Trouble de Valerie Broussard
FLASHBACK: 
Merida nunca ia parar de falar disso. 
Enquanto os pais andavam de um lugar para outro, olhando para as figuras enormes de Hubert e Hamish, ela estava largada sobre um sofá, rindo tanto que suas mãos seguravam o próprio estômago. Fergus obviamente estava segurando o riso, por mais que houvessem sombras de preocupação nos seus olhos. Elinor, porém, estava possessa. 
“Porque algum de vocês achou que isso era uma boa ideia? Estamos preocupados com uma batalha, não temos tempo de ficar resolvendo bruxarias!” A mãe dizia, as pesadas mangas se movendo a medida que ela gesticulava em preocupação. 
Hamish tentou dizer alguma coisa, mas as palavras saíram como um rugido baixo. Isso enviou mais um ataque de risos à primogênita de Dunbroch. Hubert manteve os olhos no chão. Abaixo dele, duas patas escuras. Tinha sido estranho, sim, mas também tinha parecido familiar. Como se, debaixo da pele, o urso que ele tinha sido quando mais jovem tivesse crescido com ele, como se sempre tivesse sido parte dele. 
As chances pareciam ruins para Dunbroch no dia seguinte. Ele e o irmão concordaram que, se Merida podia encontrar uma bruxa para ajudá-la a sair de um mero casamento, eles podiam encontrá-la para salvar o próprio reino. Harris tinha detestado a ideia e tentado caguetar. Eles o prenderam em um armário e partiram para o meio da floresta. Agora mesmo, o irmão estava sentado em uma poltrona perto do fogo, ainda humano, com os braços cruzados, sem olhar para os dois. 
Talvez eles pudessem ter pensado melhor, sim. A bruxa tinha resolvido todos os seus problemas com ursos no passado, e dessa vez não foi diferente. Ainda assim, pensava Hubert… Ele se sentia mais confiante tendo dois ursos no exército de Dunbroch. Ele só podia pensar nos soldados do outro lado, vendo as criaturas se moverem com toda aquela força na direção deles. 
Elinor parou de frente para ele, tomando a sua cabeçorra entre as mãos pequenas. 
“O que é que vocês foram fazer?” 
STORYBROOKE: 
Não era incomum encontrar um dos caçulas dos Duncan no jardim da frente - embora tivesse sido uma visão incomum nos últimos tempos. Ele raramente parecia ficar em casa, compromissos misteriosos surgindo a torto e a direito. Hoje, porém, ele parecia empenhado em replantar o jardim todo, a pá entrando fundo na terra escura do jardim. 
“Hmm…” Ele murmurava baixo toda vez que puxava um bolo de terra do solo. Algo dentro dele dizia toque na terra. Ele tocava, os dedos buscando encontrar alguma coisa. Mas o que ele possivelmente poderia querer que estivesse enterrado no jardim? A resposta estava na ponta da língua. Ele saberia quando achasse. No meio tempo, não achava que fazia mal plantar algumas hortênsias novas. 
FLASHBACK: 
A batalha foi vencida. 
Foi por um triz e no último momento. Grande parte se devia aos grandes ursos pretos que tinham devastado linhas inimigas, as patas gigantes derrubando generais de cavalos, quebrando catapultas e esmigalhando armas. 
Ela tinha se estendido por mais do que eles esperavam, porém. O amanhecer do terceiro dia estava se aproximando, mas os meninos haviam se recusado a sair em busca da reversão da maldição. Parecia um tanto inútil. Não havia nenhuma tapeçaria para se remendar. Sua esperança era que vencer a batalha resolveria o feitiço, mas ali permaneciam eles, observando o retorno das tropas para casa. 
Fergus se aproximou, sentando entre eles. Mesmo seu tamanho enorme parecia pequeno perto dos filhos. Relutantemente, ele tocou o pelo de cada um deles. 
“Tudo bem,  garotos. Nós vamos dar um jeito nisso. Mas, no meio tempo, eu arranjei uma coisa para vocês.” O homem tirou dois amuletos do alforge que ele trazia. Se assemelhavam a moedas, entalhadas com detalhes mínimos. “Era um desses que minha mãe fazia quando precisava proteger alguém. Fiz um para cada. Assim dá para diferenciar vocês. Está ainda mais difícil com vocês assim do que antes.” 
Hamish soltou um bufo divertido, mas Hubert observou o amuleto, que vinha amarrado em um longo cordão, provavelmente para amarrar ao redor do seu grande pescoço. 
“Uma águia para o Hubert, porque ele é o mais inteligente.” Fergus não perguntou qual dos dois era, apesar da alegada dificuldade. Ele equilibrou a moeda sobre o focinho do filho, que apertou os olhos para ele. “Um lobo para o Hamish, porque ele é o mais corajoso.” 
Quando a moeda tocou o outro rapaz, uma luz repentina iluminou a colina. Os soldados lá embaixo mais tarde contariam para suas famílias que Dunbroch tinha sido abençoada na sua vitória, que o sol brilhara só para eles naquela manhã. Quando a luz se foi, lá se encontravam os dois meninos, humanos novamente, rindo da própria nudez e abraçando o pai que tentava fingir vergonha embora seu sorriso confuso fosse inegável. 
STORYBROOKE: 
Hugh mais de uma vez pegou o celular e digitou para a família no grupo: “Alguém viu…” Ele não conseguia exatamente terminar. Era uma moeda? Deveria ser. Parecia uma moeda nas suas memórias. Mas não exatamente. Não estivera no jardim, embora ele não tivesse exatamente escavado tudo. Ele ainda não sabia porque estaria no jardim. 
Por fim, ele decidiu perguntar: “A gente já colecionou moedas alguma vez?” Talvez fosse alguma lembrança de infância, alguma coisa que ele tivesse esquecido. A resposta chegou do pai primeiro. “Não que eu me lembre, Henry.” 
Hugh sorriu e balançou a cabeça. Não tinha mais tempo de procurar por coisas antigas. Tinha que pegar suas coisas e partir para o treino. 
FLASHBACK:
Os monarcas de Dunbroch viriam a descobrir, mais tarde, que os amuletos não funcionaram tão bem quanto a tapeçaria no passado. 
Quando os rapazes tiraram os amuletos para se lavar, eles encontraram-se novamente ursos diante da pequena banheira. Ao colocar os amuletos novamente, a maldição os retrocedia novamente para humanos. 
Isso não era um grande problema para eles, embora preocupasse os pais. Hubert não poderia explicar, não em palavras, mas a sensação ainda permanecia, de que aquele corpo de urso lhe pertencia. De que era aquilo que ele tinha sido destinado a ser, a viver, desde o momento que tinha comido aquela tortinha tantos anos no passado. 
Agora era comum que ele, Hamish e Merida se encontrassem nos portões. Ela montada, os dois a pé. Ela corria na frente, em Angus. Eles esperavam, trocavam um olhar, arrancavam os medalhões, deixando-os cair sobre a terra. Suas patas pesadas faziam tremer o chão. Seus rugidos acordavam os residentes, que agora se sentiam seguros, protegidos, perto dos ursos. 
Naquela manhã, eles nunca chegaram a finalizar os jogos que faziam. Eles pararam no meio do caminho, os olhos dos três irmãos subindo para o céu. Uma nuvem escura se espalhava no horizonte. Eles correram para casa, Hubert pensando no seu amuleto, ainda na terra em frente ao castelo. 
Eles nunca chegaram.  
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