#cronos e kairós
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ummontedecerebro · 1 year ago
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kairós
levo tempo.
sei que sou impulsiva e impaciente pra algumas coisas, mas é que pra tudo eu levo tempo e mais tempo do que as outras pessoas costumam levar.
e esse tempo é tão gostoso de viver pra mim, sabe? eu fico: “mas é tão bom ir devagarinho. porque tempo é estrutura e eu preciso dele pra me acostumar”.
demoro pra tudo. até sossegar, sinto que sapateio. não amarro meu barquinho em portos bambos. adoro quem conforta as longas horas que eu demoro pra me dar.
a vida já me cobra tanto o tempo dela que eu tenho direito de ter o meu também.
de sumir. de reaparecer. de estar aqui sem me expressar. de me expressar Pra UM CaRALHO.
demoro pra me acostumar, essa é a verdade. pra me habituar com a presença do outro, pra confiar que ele vai respeitar o tempo que eu levo pra ser eu.
vou devagarinho. sem pressa.
quanto mais demora, mais me abro. quanto mais cronos corre, mais converso com kairós. e é ele quem me diz: tudo bem porque tempo não é só relógio, é sobre o que você constrói no meio desse caminho.
eu só posso entregar pro outro se tiver a mim. e eu preciso de mais algumas horas.
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superparacelso · 10 months ago
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2024 = 8= Equilíbrio=Infinito
**O texto está além de ideologias, crenças.
Só pode ser entendido com olhar holístico e sistêmico***
Se o ler a partir de suas crenças não vai entender***
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O tempo tem seu lado positivo, pois organiza, no entanto produz também medos, incertezas, dores.
No entanto, os gregos tinham mais duas palavras para defini-lo;
Kairós e Aeon
São " tempos" dentro do tempo.
Kairós é o tempo certo, o instante ,o ponto de virada. São oportunidades que aparecem apenas uma vez e podem mudar sua vida para o bem ou para o mal.
Mas é preciso estar atento!
Aeon é o tempo da sabedoria, da eternidade.
Esses dois tempos dentro do tempo, podem amenizar a frieza de Cronos.
Justiça, cura , doenças são carregados de ubiquidade .
Não são apenas o que significam, ou seja ,transcendem nossa visão dualista.
A Justiça pode se tornar injustiça, a cura doença e a doença cura.
O 8 exigirá essa observação , o equilíbrio, quatro e quatro, levando- nos em seu bojo, a um infinito de possibilidades, ampliando nosso pequeno mundo de percepções.
O que nos leva ao emaranhamento, ao salto, ao função de colapso de onda.
No fim de tudo, não EXISTE nada DEFINIDO, apenas um MAR DE POSSIBILIDADES.
2024 alarga- se, expanse- se mostra suas primeiras nuances, no Horizonte.
O mar quântico de probabilidades. Devir, vir a ser.
Não é.
Está na casca, no útero, na terra.
É você, seu olhar, sua vontade que fará o colapso da onda acontecer.
DÊ O SALTO, não nas ondas do mar, o salto comum .
Mergulhe no
SALTO QUÂNTICO.
Isso não é Mistucismo!
Feliz 2024!!!!!
Eu lírico.
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cheetara-3 · 2 years ago
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A certeza da finitude me faz aproveitar o Kairós e eventualmente esquecer o Cronos. Ser finito, ser-para-morte. Marcada por saber-se. Em outros momentos observa-se as possibilidades e se conclui que nada nos determina.
Alguns existenciais… Temporalidade, Finitude e Possibilidade.
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valordafelicidade · 2 years ago
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O TEMPO DO RELÓGIO E O TEMPO DO CORAÇÃO
O TEMPO DO RELÓGIO E O TEMPO DO CORAÇÃO
Vivemos numa divergência entre o tempo de Cronos e o tempo de kairós. Que combinado com o avanço da tecnologia provocou uma supervalorização do imediatismo gerando um descompasso entre esses dois tempos. Trazendo às pessoas dilemas e conflitos internos levando-as, falsamente, a pensarem que são incapazes e incompetentes. (more…)
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breathingpoetry-chaos · 4 years ago
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Cronofobia
perseguida pela névoa dos dias de outono a luz do sol não mais derreteria minhas asas. a era de Ícaro custou a ter seu fim.
a batalha incessante entre kairós e cronos. anos, meses ou dias nossa percepção de tempo supera a angústia de todos os sentimentos que não podem perdurar para sempre mas de alguma forma, sempre serão substituídos involuntariamente.
o medo do tempo é algo inevitável a nós seres humanos somos devorados por ele em todos os aspectos possíveis nenhuma relação humana poderia escapar das garras deste desgraçado nem mesmo os amantes com toda sua furia e ideais. a efemeridade atinge amores que vem e vão, cronos cortará as asas do cupido. até mesmo o universo será devorado e tudo o que somos.
não há misericórdia neste deus voraz e impiedoso não há absolutamente nada que esteja a salvo. tamanha complexidade está fora de alcance até mesmo dos mais sábios!
admiro a coragem daqueles que vivem fazendo juras sem sequer temer a voracidade das forças maiores. é a tolice inevitável e inerte a todos nós seres humanos. desde o princípio de tudo, o fim é a nossa única certeza tentar fugir dele é a maior de todas as ruínas.
apesar do caos e da inconstância, não há fuga para meus sonhos mora em meu peito a vontade de eternizar a minha poesia mora em mim, o desejo de eternizar meu amor e todos os sentimentos bons que a existência nos proporciona.
aceito com pesar essa angústia pois é através dela que surge a minha arte... nem sempre compreendida mas apesar de tudo, viva.
@bren_meira
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mireoceu · 4 years ago
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Bora falar de mitologia grega. Eu amo pacas... . Na Grécia antiga existia dois deuses que comandavam o modo de ver o tempo, Cronos e Kairós. O tempo de Cronos era cronológico, dava para ser medido, é linear e previsível. Continha segundos, minutos, horas, tempos... O tempo de Kairós, diferentemente, era o tempo do coração que não podia ser medido. O tempo oportuno das coisas acontecerem, o tempo necessário, o tempo de receber graças. Contudo, para esse tempo chegar, era necessário ao homem ação, vontade e conhecimento. . Hoje, estamos muito focados no tempo cronológico, talvez por ser o que mais "pressiona" a gente. Temos tempo para tudo, ou usamos desculpa para não o termos. Tem que marcar horário, esperar, essas paradas todas que as vezes são bem chatas. Principalmente quando não dá para organizar e usamos o velho "preciso de mais horas no dia". . Que tal fazer o tempo passar por um processo de conversão? Do cronológico para o... kairoslógico. Do cronograma para o kairosgrama. Ou pelo menos tentar equilibrar os dois tempos. Não se trata de deixar acontecer naturalmente, na doida. Se trata de agir com vontade e conhecimento. . Quando você encontrar um como agir, una com a intensidade de sua vontade e acrescente o que sabe para fazer as coisas acontecerem. Para tornar as coisas possíveis. Faça com que, no seu tempo, as coisas sejam no tempo do coração, no tempo oportuno, no tempo da graça necessária. E você não precisa recorrer aos deuses gregos que nem existem. . Deus é Senhor do tempo. Entregue a Ele seu tempo, sua rotina, e peça a graça de que todo o organizado seja tempo de Kairós. "Existe um tempo para cada coisa abaixo do Céu" e existem ação, vontade e conhecimento que Deus nos dá para fazer tudo acontecer. . #Tempo #kairos #tempooportuno #tempoparatudo #organização #Deus #quotes #catholic #Pax https://www.instagram.com/p/CFZ1n7ajMas/?igshid=147pn5ylz5rvx
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astrologiasingular · 4 years ago
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O recôncavo vasto e seguro de Capricórnio regido por Saturno, Anúbis, Omulu, Cronos e Bowie
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Foto: Edward Bell, 1980
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Uma das missões da Astrologia Singular, além de contextualizar que tudo é um só (planetas, zodíaco, deuses, etc), é apresentar signos a partir de sua mitologia e dissociá-los de estigmas criados pelos seres humanos. Existe um abismo entre a herança ancestral de um ente zodiacal e o oportunismo egóico de pessoas que divagam sobre signos e suas representações. Com isso alinhado, falemos hoje sobre Capricórnio, fascinante, extenso a partir da dualidade (ou Lei da Polaridade) seu DNA e severamente incompreendido.
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I - A gênese astral
Vigente de 22 de dezembro até 20 de janeiro, Capricórnio é signo cardinal, isto é, de movimento/concretização, representante da Casa 10 -  sobre carreira e imagem social - nos mapas astrais. Filho do planeta Saturno, absorve da referência paterna a estabilidade, a solidez de caráter, a criação de limites (a si e aos outros), a reflexão sobre lições aprendidas e o silêncio. O décimo signo do zodíaco integra o eixo Câncer x Capricórnio, ligação conhecida como os senhores do karma. Não por acaso, a pandemia deflagrou-se pelo mundo no eclipse solar de 26 de dezembro de 2019 ao se ancorar na dupla mencionada há pouco. 
Saturno, único integrante do sistema solar envolto em anéis afiados, se faz a joia da galáxia tanto por sua beleza quanto por seu viés indômito, uma vez que os aros ao seu redor também se fazem barreira intransponível para que território do planeta não seja acessado. Recluso e gradual, Saturno tem translação (giro ao redor do sol) de quase 30 anos, originando - assim - a crise dos 30 para que pessoas atinjam (de fato) a vida adulta. Por esse motivo, a relação com o tempo é um dos pilares de Capricórnio. 
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II - A ancestralidade 
Na mitologia egípcia, o signo de Terra tem em Anúbis (Deus guardião das almas do mundo material ao espiritual) e Bastet (Deusa da fertilidade e dos eclipses solares). Morte e vida. Fim e recomeço. Tempo e felicidade. Capricórnio é representado por um duo. Um casal. A referência inicial de que o signo carrega os sagrados masculino e feminino equilibrados em si. Não obstante, Anúbis leva o cetro na mão direita e a chave da vida na mão esquerda, instrumentos que apresentam Capricórnio não apenas como signo, mas como mago de si.
Na mitologia romana, capricornianos têm sua ancestralidade em Saturno, Deus da abundância, da austeridade e das renovações dos ciclos (os karmas e dharmas). Morte e vida. Fim e recomeço. Tempo e felicidade. Era no Templo de Saturno, na Roma antiga, em que o festival de Saturnália acontecia entre 17 e 25 de dezembro, durante o solstício de inverno (Yule), sendo que as celebrações contavam com integrantes do clero, homens ricos e escravos equiparados igualitariamente frente aos banquetes e orgias públicas. São tais festividades, aliás, que inspiraram o Carnaval como o conhecemos hoje.
Já na mitologia hindu, Saturno (o planeta, no caso) surge na figura de Shiva, Deus da abundância, da austeridade e das renovações dos ciclos (os karmas e dharmas). Morte e vida. Fim e recomeço. Tempo e felicidade. No mesmo ensejo, Capricórnio se apresenta em Makara, criatura mitológica com rosto de crocodilo, corpo de peixe e associação à Deusa Lakshmi alinhada com Kundalini (serpente que trazemos enrolada em nossa espinha e que rege nosso desejo). Há um dado importante no corpo de peixe por ele se repetir em outras manifestações capricornianas: embora muito mental por ser feito de Terra, o herdeiro saturnino tem as emoções profundas e fluidas da água (fazendo valer as águas cancerianas do eixo ao qual pertence).
Na Grécia antiga, Capricórnio aparece como Aegipan, ou melhor, Pã, antepassado que lutou ao lado de Zeus contra os titãs, instaurando panikos em seus oponentes. Era irmão da ninfa Amalteia, sendo ela agraciada pelo chefe do Olimpo com a constelação de Capricornus no cosmo. Novamente, um duo. A repetição de que Capricórnio carrega os sagrados masculino e feminino - assim como morte e vida - equilibrados em si. Ainda entre os gregos, Héstia, Deusa do inverno e guardiã das lareiras, também representa tanto Capricórnio quanto a Kundalini, ou seja, a sexualidade (lareira = fogo interno) pungente do signo de Terra. Como nem tudo é feito de calor e acolhimento, Cronos, Deus grego do tempo, que devorava seus familiares com pavor (panikos) de ser destronado, contextualiza o isolamento ao qual Capricórnio se força para só depois entender a partilha da vida não o ameaça. Héstia e Cronos formam mais um duo representante de Capricórnio. Morte e vida. Fim e recomeço. Tempo e felicidade. Ah, e um primeiro adendo importante: Kronia era a equivalente grega para a Saturnália (com os mesmos moldes de banquetes e orgias públicas durante dias seguidos, sem distinções classistas). Como segundo bônus, a antiguidade ainda contou com Kairós, filho que Cronos não conseguiu devorar, Deus da oportuno e das estações e, ainda, herdeiro que salvava o povo da impiedade paterna. Um novo tempo para ensinar ao capricorniano sobre instantes decisivos (que não podem ter a lentidão do retorno de Saturno).   
No paganismo, Capricórnio é o Deus Cernuno, da fertilidade e prosperidade, que se casa com Hécate, a Deusa da abertura de caminhos. É dessa união de amor e sexualidade que nascem os frutos/flores que nutrem/aquecem pessoas/animais da antiguidade. Cernuno tem seu pênis/falo destacado na maior parte das artes pagãs por serem de suas sementes (sêmen), isto é, da libido de sua Kundalini, que nasce o mundo. Cernuno e Hécate, um outro duo. Morte e vida. Fim e recomeço. Tempo e felicidade. A referência de que o Capricórnio carrega os sagrados masculino e feminino equilibrados em si.
Entre os celtas, o filho de Saturno é representado por Scâthach, Deusa da fertilidade e do sexo que governa com imenso poder. Na umbanda, Capricórnio aparece na figura de Omulu, orixá da transmutação, da maturidade e da introspecção sábia. Morte e vida. Fim e recomeço. Tempo e felicidade. 
No oráculo do I-Ching, capricornianos são retratados pelo hexagrama de número 52 - A Quietude ou A Montanha -,  que versa sobre silenciarmos a alma para refletirmos e não nos contaminarmos pelas negatividades (internas e externas). No Tarot de Marselha, Capricórnio aparece nos arcanos d'o Diabo (o materialismo, a luxúria, o poder, os excessos, o ego e o descuido com a espiritualidade) e d'o Julgamento (a retomada de consciência, o pesar dos atos, o repensar da vida, a colheita sobre o que foi plantada e o karma/dharma). 
Na mitologia cristã, Capricórnio foi representado em "A Última Ceia" de Da Vinci como o apóstolo André, um administrador enérgico. No sincretismo católico, Omulu, aliás, é representado como São Lázaro, santo cujo dia é celebrado em 17 de dezembro, mesma data em que a Saturnália acontecia. A ocasião é proposital, assim como o nascimento de Jesus, em 25 de dezembro, período em que os festejos romanos acabavam, para punir a carnalidade (os banquetes, o sexo, a música) com a própria expiação da carne de um Lázaro leproso e, mais ainda, um Cristo se ofereceu em sacrifício para salvar a humanidade. Ambas as celebrações - de São Lázaro e Jesus - acontecem sob Yule, o solstício de inverno no Hemisfério Norte, sendo que o comportamento frio é apenas outra lenda erroneamente associada aos capricornianos.  
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III - A psique de Capricórnio
O terceiro, último e mais forte dos signos de Terra tem na figura da montanha uma de suas primeiras representações. Alta, isolada, perto do céu, composta por solidez e enrijecimento. Em contato com a natureza selvagem, com todo o tempo do mundo para refletir - valendo-se de ser herdeiro de Cronos - e fazendo do silêncio parte indelével de sua alma. Olhar para divagar, construindo ideias, opiniões e concepções gradualmente, pautados no que é concreto e digno. Capricornianos falam pouco. Gostam mais de observar. Assimilam tudo o que é diferente de si tão lentamente quanto o retorno de Saturno. Apreciam o que lhes parece fisicamente administrável - dinheiro, contratos, compras e vendas, itens colecionáveis caros, cargos de chefia, palestras sobre gestão, roupas, equipamentos, idas a restaurantes, compras de supermercado, receitas elaboradas, vinhos e carros - por virem da solidez terrena. Gostam de conforto, planejamento, rotinas e de tudo que conseguem condicionar, controlar e antever. 
São conservadores, dedicados, leais e discretos. São trabalhadores incansáveis, dedicados e exemplares. Admiram cores e trajes sóbrios, hierarquias, tradições, apaixonam-se lentamente (amam cortejar quem os encanta), têm demonstrações de afeto minimalistas (especialmente em público) e, por evitarem conflitos a qualquer custo, não tomam partido do que lhes parecem rompantes alheios. Capricornianos são a personificação da neutralidade. Se mantém sempre do seu alto montanhês observando a todos, fazendo notas mentais e guardando-as para si. Por prezarem status e temerem arranhar sua reputação, não compram a briga de quem lhes parece passional por não entenderem como o coração rege ações. São educados e comedidos. Não gastam dinheiro à toa, sabem poupar e investir, mas não se privam de pequenos luxos revestidos de boa qualidade. 
Por vezes, em particular, corrigem de forma austera pessoas com quem têm intimidade, fazendo valer o arcano d'O Julgamento em seu viés sombrio: sentenciar os outros sem olhar para si. Nem sempre digerem a espontaneidade de terceiros (tentando - eventualmente - reprimi-la com a austeridade de Saturno), embora adorem a ideia de serem tão soltos quanto as pessoas que lhes causa estranheza. Todo julgamento é uma confissão, afinal. Calculam gestos e palavras, sabendo entrar e sair de qualquer ambiente, sendo agradáveis, sem contarem muito sobre si. Não é por acaso que Saturno se protege com uma barreira de anéis cortantes, ora. É fazendo-se inacessível - seja como montanha, planeta ou senhor do tempo - que Capricórnio não tem suas lâminas ultrapassadas e, mais ainda, não se desconstrói quando confrontado por sua severidade. Se o sistema solar fosse de brinquedo, aliás, e qualquer pessoa tentasse alcançar Saturno, ele lhes cortaria os dedos, no entanto, se a palma de uma mão humana lhe fosse oferecida, o planeta - após muito observar - repousaria nela com tranquilidade. No mesmo ensejo, suas representações mitológicas associadas a animais selvagens (Anúbis e o rosto de chacal, Makara e a face de crocodilo, Pã e Cernunos com formas de cabra montanhesa e, ainda, Cronos devorando seus herdeiros) são apenas mais um artifício afugentar quem se engana pelas aparências. Para quem vê além e através, no entanto, Capricórnio baixa suas defesas - com a sensibilidade da água - e se permite abraçar.
Inteligente e que admira o brilhantismo de quem o cerca, Capricórnio é quem aplaude de pé o sucesso alheio e por ver na evolução do outro um norte inspirador. Ambicioso, está sempre em movimento (é signo cardinal, afinal) para consolidar seus próximos passos. Valoriza o silêncio, mas por ter o isolamento das montanhas em seu DNA, no entanto, aprecia na mesma medida as boas conversas - por horas a fio - sobre ideias brilhantes e projetos futuros. Capricórnio gosta de quem afia sua mente com novos conceitos, no entanto, não joga conversa fora falando sobre a vida dos outros. Seu humor é sagaz e ácido, uma vez que aos filhos da Terra as vezes falta um pouco de traquejo com a sutileza.  Não obstante, o filho de Saturno, ao se relacionar, ama de forma séria e inteira, depositando afeto em pequenos gestos e encontrando soluções para as preocupações de seu parceiro (por isso a apreciação da inteligência). De tanto amarem o movimento, encontram em viagens formas de se reinventar, substituindo ideias engessadoras pela amabilidade para uma nova vida. Mas nem só de autocontrole é feito Capricórnio, uma vez que seu ser é regido por metades equilibradas. Masculino e feminino. Morte e vida. Fim e recomeço. Tempo e felicidade. Seriedade e intempestividade.
Carl Jung, pai da psicologia analítica, predisse a porção insurgente do arquétipo capricorniano da seguinte maneira:
6 - O Rebelde 
Lema: As regras são feitas para serem quebradas;
Desejo central: Vingança ou revolução;
Objetivo: Derrubar o que não está funcionando;
Maior medo: Ser impotente ou ineficaz;
Estratégia: Interromper, destruir ou chocar;
Fraqueza: Cruzar para o lado negro do crime;
Talento: Ousadia, liberdade radical;
O rebelde também é conhecido como: O ilegal, o revolucionário, o homem selvagem, o desajustado, o iconoclasta.
Capricórnio nasce velho e morre criança, é o que diz um ditado popular. É o precursor que antevê e dita tendências, tecnologias e novas searas profissionais e intelectuais. Sedimentado no passado/dogmatismo e vivendo de acordo com costumes conservadores e até sufocantes (a Terra é estática, ora), o filho de Saturno - em dado momento de sua vida - começa a manifestar seu outro viés e, assim, desencadeia sua disruptividade. Provocativo, Capricórnio decide abraçar as catarses do mundo (renegadas até então). Deixa de ser sisudo e sóbrio para se embevecer fazendo somente o que quer. Os prazeres da Saturnália ancestral ganham vazão nos capricornianos recentemente despertos, tornando-os subitamente expansivos e até volúveis/inconsequentes. Suas amarras internas viram justificativa para lastrear seus descompassos e excessos, sendo eles a perfeita representação do arcano d’o Diabo. A espontaneidade que Capricórnio admira secretamente nos outros se faz seu objeto de desejo em si. Ser indulgente consigo, perder o freio social, se deixar levar, ser incoerente e se permitir banhar nas águas da condescendência particular. Naturalmente autocentrado (a Terra é sólida), Capricórnio vislumbra uma boemia que não lhe é habitual por repelir o que lhe fazia inerte. A chave que equilibra suas metades gira rápido demais e o desequilíbrio se instaura como se o capricorniano quisesse compensar algum tempo que lhe pareceu perdido. Entediado, agressivo e reativo, o filho de Saturno ganha senso de urgência para viver em alta velocidade. Assim, qualquer situação que lhe varra do marasmo e ofereça até uma dosagem de risco se faz convidativa. Instável, soterrado nos deleites do ego, Capricórnio - que já demora naturalmente para despertar espiritualmente - renega a necessidade de elevação por causa dos devaneios da carne. A gratidão - sentimento que o capricorniano custa a entender por pensar que tudo só acontece por seu exclusivo esforço/mérito - fica ainda mais distante no horizonte da compreensão. Torpor, truculência e procrastinação vindos do cavalheiro à moda antiga do zodíaco. O entendimento lento de que doar-se proporcionalmente a quem lhe acolhe não priva sua liberdade porque nada é excludente. Caos, panikos, teimosia e lascívia, uma vez que - se abandonar hábitos estáticos já era um desafio - ressignificar turbulências convidativas também se faz um problema. 
Elemento Terra, a solidez de caráter, o reinado seguro e a dificuldade com as palavras. Os sagrados masculino, de ação e pragmatismo, e feminino, de sensibilidade e contemplação. Saturno e seus anéis farpados que o blindam de eventuais mudanças.  Anúbis e sua ânsia por transformação. Shiva, o karma e o dharma. Pã e o ímpeto vital. Héstia, o fogo interno e a Kundalini. Cernuno, Hécate e o semear do mundo. A quietude da montanha, O Diabo e seus tropeços, O Julgamento e suas colheitas obrigatórias. As chagas - físicas, mentais e, acima de tudo, espirituais - de São Lázaro e a cura tão, tão sábia proposta por Omulu. 
Capricórnio é o universo mais vasto do zodíaco que não cabe em luzes e sombras por ter sua gênese na dualidade. Mais ainda: Capricórnio é o signo mais incompreendido do cosmo e, por esse motivo, sua necessidade de privacidade e reclusão se faz natural para evitar o julgamento.
Por rejuvenescerem ao longo da vida, aprendendo com acertos, erros e transmutações, Capricórnio passa a perceber como funciona a harmonia das metades que o constituem. Agindo individualmente, sem considerar como as ações de uma esfera afetam a outra (e também têm efeitos sobre as pessoas ao seu redor), o capricorniano incorre em uma de suas principais Nêmesis: as tomadas de decisão unilaterais (com a austeridade de Saturno) e que empatizam somente consigo. O prevalecer do ego e o distanciamento da maturidade espiritual (presente em desprendimento, perdão, autoperdão e gratidão, por exemplo). No mesmo ensejo, Capricórnio, agora mais leve pelo início do reequilíbrio, também entende que traumas e decepções podem de fato ficar no passado, uma vez que o território - quando partido, desgastado ou descuidado - ganha nova vida com o irrigamento de águas doces e pacíficas, repletas de emoções fluidas e restauradoras. 
Sob o olhar de sua autocobrança, uma vez que não há peso maior que sua própria consciência densa feito a Terra, Capricórnio resplandece sua beleza genuinamente cálida, que protege e zela por quem ama, trabalha com afinco e se destaca por merecimento, ascenciona espiritualmente - tornando-se o melhor conselheiro para quem a ele recorre -, desprende-se das cicatrizes mentais, celebra os prazeres da vida equilibradamente, assim como também compreende a parcimônia da engrenagem comunicar/silenciar sem desgaste nela causar. O capricorniano abraça a natureza de ser o sábio da tribo, fazendo de tal doação um exercício leve, divertido e agregador. As ressalvas para que sua privacidade não seja devassada serão perpetuamente mantidas, uma vez que qualquer excesso cometido anteriormente deixou como sobreaviso a necessidade de discrição. O mesmo cuidado pode ser atribuído em questões de saúde, envolvendo memória e hormônios, sendo que o acúmulo de pensamentos/referências passadas sobrecarregam a mente capricorniana, assim como as oscilações internas às vezes geram descompasso hormonal de tireóide e melatonina. 
Assim como Anúbis, seu cetro e a chave da vida, Capricórnio equilibrado em sua dualidade se torna mago de si e capaz de orquestrar uma das sinfonias mais ricas do zodíaco, fazendo jus aos preciosos anéis de Saturno. Não obstante, Kairós, o Deus do tempo oportuno, facilita o caminho e suaviza a jornada do irmão capricorniano, trazendo trajetos tranquilos e ares curativos.
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III - A personificação exemplar 
Nascido em 8 de janeiro de de 1947, David Bowie ficou com os olhos ímpares após entrar em uma briga por uma garota. Rebelde, questionador, inconformado, precursor, iconoclasta, paradigmático e genial, tinha no olhar — um com a pupila regular e outro com a bolinha dilatada — a dualidade orgânica de seu signo.
Uma porção do artista era discreta, centrada e reclusa. A outra o fez camaleônico, andrógino e repleta de alter egos que expressavam sua constante sensação de não-pertencimento (ideia recorrente em capricornianos, aliás). Bowie também era Ziggy Stardust, Aladdin Sane, The Thin White Duke, The Goblin King e, como última criação, The Blind Prophet.
A cada faceta, como se o artista conclamasse uma parte de sua ancestralidade, um novo experimento musical e visual surgia, assim como eram lançadas mais provocações intelectuais para que os dogmas da época (e do próprio Bowie) fossem ressignificados. No lugar de um capricorniano sisudo, David surgia sempre sorridente, distribuindo abraços, respostas engenhosas, parcerias agregadoras e a sabedoria suprema de ancião da tribo.
Foi compositor, cantor, ator, produtor, instrumentista e até semideus. Voou alto, levando seu clã consigo, agradecendo por seus acertos, se redimindo de seus equívocos e harmonizando os sagrados que habitavam em si sem precisar escolher qual deles prevaleceria. Falava baixo, mas era um monstro no palco. É filho de uma Londres cinzenta, assim como os tons sóbrios que os filhos de Saturno tanto adoram, mas preferiu as cores flúor de uma Nova Iorque insone para conduzir seus passos.
Viveu catarses e criou em meio ao seu próprio panikos, até intuir o momento de seu desencarne. Como despedida, lançou, em 17 de dezembro de 2015, o single Lazarus, no dia de São Lázaro, em que — ao personificar The Blind Prophet, seu último alter ego — saudou a cada um de seus ouvintes e honrou sua árvore da vida. Morreu em 10 de janeiro de 2016, dois dias após seu aniversário, mesma ocasião em que lançou Blackstar, último disco permeado por Lazarus e mais seis faixas (sete canções, isto é, o número mágico). Não obstante, o álbum tem duração de 41:14, sendo tal número atribuído aos processos de vida e morte, começo e fim, adoecer e transmutar.
Bowie fez seu próprio tempo ao se alinhar com Kairós. Riu de Cronos, aceitou as joias de Saturno, trocou acenos com Anúbis, reverenciou sua Kundalini e, ao fim, encontrou-se com Omulu. É a personificação perfeita de Capricórnio, iluminando — como o farol que sempre será — irmãos zodiacais, como Susan Sontag (e sua mecha branca de cabelo, enaltecendo dualidade capricorniana), Patti Smith, Basquiat e Lemmy Kilmister. David Bowie é um universo, assim como o recôncavo vasto e seguro de Capricórnio. Assim é. Amém, axé.
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heraclito71 · 6 years ago
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Tres niveles de cambio.
El cambio tiene lugar a través del conocimiento y la elección consciente. El cambio se genera, en primera instancia, en los niveles mental, emocional, intuitivo y espiritual, y más tarde se manifiesta en lo físico. Existen tres formas de cambiar: traducción, transformación y trascendencia. Cada una se asocia a un cambio en la percepción.
1)Traducción:
Cuando un experto lingüista traduce un poema o un texto de un idioma a otro, cambia la forma, pero la esencia se conserva intacta. Los mismos sentimientos que expresa un poema escrito en español, se expresan tambíen en cualquier otro idioma cuando se traduce.
Esta manera de cambiar es la preferida de la personalidad porque es somática. No es un verdadero cambio porque la elección sigue atada al pasado, por lo tanto, es un cambio sujeto al tiempo (Cronos) y a la ley en rigor, es decir, al karma. La elección irremediablemente tendrá consecuencias en el futuro. Un ejemplo:
Cuando un hombre sale a dar un paseo para sofocar la ira que siente por su jefe, traduce sus sentimientos de enfado en acción. Sin embargo, la causa originaria que produce la irritación no ha cambiado. Lo que sí ha hecho es traducir el lenguaje de las emociones y pensamientos al lenguaje físico.
El cambio de la percepción de que el vaso está medio vacío a la percepción de que el vaso está medio lleno es un ejemplo de este cambio por traducción, puesto que la cantidad de agua (nivel de conocimento consciente) que hay en el vaso sigue siendo la misma. La traducción precede a la transformación cuando se traduce un síntoma y se descubre la intención positiva.
2) Transformación:
La transformación es un movimiento a un nivel de conciencia donde somos conscientes no sólo de aquellas cosas que deseamos cambiar, sino también de la causa originaria que sostiene esa circunstancia. Al conocer esa causa originaria, ampliamos nuestra conciencia porque da lugar al autoconocimiento.
La transformación es un movimiento hacia un nuevo nivel de conciencia dentro del cual se dan una mayor voluntad y capacidad de conocer la verdad acerca de uno mismo. Los paradigmas que provocan problemas nos mantienen sujetos a unas pautas específicas. Cuando se abandonan esos modelos, somos libres de acceder a nuevos niveles de conciencia, y a una mayor percepción de las causa que provocaron el problema.
El cambio por transformación es el predilecto del alma (psique). El cambio por trnasformación casi siempre es doloroso porque es a futuro e implica esfuerzo, razón por la cual muchas personas claudican. Esta forma de cambiar también está sujeta al tiempo (Cronos) y al karma.
3) Trascendencia.
A través de la trascendencia experimentamos un cambio de conciencia en la que integramos y armonizamos con la esencia de un modelo determinado. Primero se integra ese modelo o forma, y luego se armoniza con su esencia para llegar más allá de la dualidad del paradigma. Ahora, todas las formas que adopte esa esencia pueden sernos conocidas y pueden liberarse y usarse como queramos.
Tanto en la transformación como en la trascendencia se produce siempre una muerte de la forma vieja. En la transformación se genera una forma nueva y más evoluciónada, capaz de liberar o absorber más energía. En la trascendencia, la consciencia escapa fuera del mundo de la forma, el tiempo y la ley en rigor. No hay karma porque hay Kairós.
Kairós es un concepto de la filosofía griega que representa un lapso indeterminado en que algo importante sucede. Su significado literal es "oprtunidad" o "momento oportuno" y en la teología cristiana se lo asocia con el "tiempo de Dios".
Cronos es de naturaleza cuantitativa, mientras Kairós es de naturaleza cualitativa. Como dios, Kairós era poco conocido, mientras que Cronos era la divinidad por excelencia. Por mucho que sea un mito, quienes hacen la elección correcta en el momento oportuno tienen que reconocer que algo mágico ocurre en sus vidas: eso es Kairós.
En la trasacendencia, nuestro vaso permanece vacío porque profundizamos en el océano que es la fuente de todo conocimiento. De eso se llena quien hace la correcta elección en el momento oportuno.
Este texto esta basado en Las Tres "T" del cambio del Dr. Leonard Laskow.
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ailunicto · 6 years ago
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Apresentando Músicas de A até Z + Bônus + アジア語のボヌース
Começou no tópico incrível que o cara fez.
Daniel Peixoto - Aura Negra
Lekhaina - O Arquiteto do Tempo
INK - Beija-Flores
AAA - BLOOD on Fire
Folhas de Outono - Cronos e Kairós (acústica)
Ákia - Conforto de Suas Cinzas
Versalle & Dona Cislene - Coração De Merda
BTS - DNA
La Oreja de Vang Gogh - Dulce Locura
Dulce Maria - Extranjera
La Oreja de Van Gogh - La Esperanza Debida
Cefa - Ensaio Sobre a Tempestade
Daniel Peixoto - A Fish Alone
Mr. Squirrel - (song No.2) Goodbye my friend
BTS - I Need U
LOVG - Irreversible
She Past Away - Katarsis
Demi Lovato - Lionheart
Amen Jr - Luz 
Yui - Last Train 
Jesse & Joy - Mi Sol 
Jesse & Joy - My Love Has Green Lips
Ronnie Von - Meu Mundo Azul
Flavor - Milkshake
RBD - No Pares 
AAA - Next Stage
RBD - Olvidar
原田ひとみ - Pilgrim ~運命の光~ |Hitomi Harada - Pilgrim|
Ruan Magnus - Paraíso das Acácias
RBD - Quiero Poder
Theoria de Aliice - Rodovia 146
D - Snow White
Gabriela Carvalho - Sangue Carmesim
Onda Vaselina - Suave Desliz
Gil Kafka - Vampiros
AAA - WakeUp‼ 
アケボシ - Wind
Sky Hi - 愛ブルーム
Porno Graffitti - 音のない森
影山ヒロノブ - 運命の日 ~魂 v. 魂~ (Hironobu Kageyama - Spirit)
D - 鳥籠御殿 ~L'Oiseau bleu~ 
春奈るな │ Luna Haruna │ 空は高く風は歌う
AAA - 風に薫る��の記憶
AAA - ぼくの憂鬱と不機嫌
AAA - ダイジナコト
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gohanegg · 2 years ago
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Nem mesmo Afrodite, em seus mais belos dias de beleza, adoração e esplendor se comparam a ti, o brilho de seus olhos provém das estrelas, até mesmo lúcifer outrora o anjo mais belo e lindo da criação se apaixonou por sua beleza, você não está no meu cronos, mas no mais perfeito kairós que Deus poderia me revelar.
#poesia #love #paixao
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constantly-intense · 5 years ago
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Se estou falando, que eu fale então sobre ti, para que meu coração se lembre dos teus olhos em cada piscadela dos meus. Eu te amo Jesus, de um jeito estrondoso e por sua infinita graça, também maravilhoso. Sua voz não tem se apartado dos meus ouvidos e os meus olhos te vêem. Sua presença é clara e flui dentro de mim e para fora do meu corpo, quase como um sopro. Mas não um sopro leve e instável e sim como um vento veemente e impetuoso. Ainda não conheço teus caminhos ou teus caminhos para minha vida de maneira concreta, mas tudo que eu sei é que estou disposta a passar a vida os descobrindo e levando pessoas a descobri-los junto comigo. Espero que não se cale em meus lábios a tua voz, de maneira que nem mesmo quando eu estiver dormindo se aparte de mim a sua presença e suas palavras. Faz-me sonhar contigo, acordar se preciso, mas deixe-me ouvi-lo. Quando eu não compreendê-lo, incomode-me com aquilo. Não quero descanso, somente teu auxílio. O espírito de Deus me revelará. Mas peço-te, meu amado, não me deixe descansar, não me deixe sequer parar de buscar tua presença, tua voz e teus caminhos todos os dias da minha vida. Quero viver no teu tempo kairós, distanciando o cronos.
Marcela N.
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marianamolinos · 6 years ago
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Residência artística “Cronos Kairós” na Casa das Caldeiras, SP (2016)
Felipe Teixeira e Mariana Molinos.
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grupocasulo · 6 years ago
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Como lidar com saudades, perdas e luto nessa época do ano 
Com o ambiente maciçamente festivo de dezembro, é quase obrigatório estar esbanjando alegria. No entanto, as festas de fim de ano também podem significar tristeza e luto: um ente querido que se foi há pouco tempo, um casamento desfeito, a perda de um grande amor. 
A data pode até coincidir com o aniversário de um evento especialmente triste. Ou provocar um sentimento negativo por remeter a uma época mais feliz, de família reunida – sem divórcios, brigas ou mortes. Os motivos variam, assim como o gatilho para a sensação de dor ou desconforto: montar a árvore de Natal, a decoração e as músicas natalinas, um prato de rabanadas... 
É quase como andar num campo minado, reconhece a psicóloga, psicanalista e especialista em gerontologia Eloisa Adler, membro do conselho consultivo pleno da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia seção RJ: “quando há uma perda, que pode ser uma separação, ou uma morte, não há como negar que as primeiras datas são muito duras, porque a pessoa ainda está tateando em busca de ressignificações na nova configuração da sua vida”. 
Entretanto, ela ensina que esse luto, que não precisa necessariamente estar ligado à morte física, e sim a qualquer tipo de perda, não pode ser negado: “a gente acompanha a cicatrização de um ferimento no corpo e sabe que ela não se dá de um dia para o outro. O mesmo se aplica a uma ferida na alma. Décadas atrás, as pessoas se vestiam de preto e se recolhiam para demonstrar que estavam vivendo o processo de luto, mas parece que roubamos esse direito dos indivíduos na sociedade contemporânea”. 
Eloisa propõe o que chama de um “acordo com o tempo”: “não devemos pensar tanto no tempo do calendário, o chamado cronos. Temos que aprender a viver também o kairós, que não é a dimensão do relógio, e sim o tempo subjetivo de cada um, do inconsciente. Dessa forma, os sentimentos encontram um ambiente mais fluido e palatável de apaziguamento, de acordo com o ritmo de cada um”. E faz um alerta contra a “obrigatoriedade” de ser feliz, ainda mais nesta época do ano: “essa ditadura da felicidade é nociva. Vivemos numa era na qual rejeitamos a qualquer custo o sofrimento. Quem não se encaixa no padrão acaba apelando para a farmacologia para estar ‘adequado’. É preciso repensar isso o quanto antes”.
Por Mariza Tavares
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abruxapaga · 7 years ago
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DOIS TEMPOS: CHRONOS E KAIRÓS
Há alguns dias, em meus estudos sobre a mitologia grega, deparei-me com o mito do tempo envolvendo dois grande Deuses. Com cede de conhecimento, em minhas pesquisas, acabei me deparando com este texto escrito por Alexandre Rampin que, embora não conte o mito de forma histórica e aprofundada, nos apresenta de maneira simples e objetiva sua perspectiva sobre tempo e a maneira como vivemos nele.
A wicca reverencia a natureza na forma da Deusa e do Deus. A natureza em si é misteriosa e engloba um amplo espectro de estados mentais, espirituais e físicos que muitas vezes ignoramos ou não compreendemos. Como religião, ela nos auxilia a compreender e entender o universo e nosso lugar nele. De nada adianta rituais, orações e cânticos, se não possuímos conhecimentos sobre nós mesmos, sobre os Deuses ou como vemos o mundo.
No mito, somos apresentados ao Tempo Chronos, cronológico, que não perdoa e nos devora; E ao Tempo Kairós que diz respeito ao tempo contemplativo, ao momento oportuno. Um mito que nos ilumina sobre o funcionamento do universo e  traz um ensinamento para aqueles que conseguem ver.
Cada civilização teve sua própria experiência com o tempo. Os gregos, por exemplo, nos transmitiram essa experiência por meio do mito de Chronos (ou Cronos) e Kairós, deuses do tempo. O mito é uma história que, longe de ser fantasiosa, pretende explicar o mundo e o homem por meio de imagens simbólicas que escondem uma realidade profunda. Por isso, antes de ser inteligido, o mito precisa ser sentido. Para compreendê-lo é necessário transcender as aparências e buscar a verdade que nele se esconde. A história de Chronos e Kairós, narrada antes da Era Cristã, é capaz de elucidar sobre como nos relacionamos com o tempo na atualidade.
           Chronos é o deus do tempo quantificado, que se pode medir. É o tempo corrente, rotineiro, ordenado pelo relógio, onde um minuto é igual ao outro, onde às horas sucedem-se os dias e a estes os meses e os anos. Representado como um velho tirano e cheio de crueldade, Chronos controlava o tempo desde o nascimento até a morte. Ele ditava aos mortais o que deveria ser realizado. Do nome desse deus se deriva a palavra cronômetro que designa o instrumento para se medir o tempo. Portanto, quando falamos de Chronos estamos fazendo menção ao tempo cronológico, do calendário.
           No mito, Chronos emasculou o próprio pai com a intenção de se apoderar do mundo. Mais tarde, como Senhor do Tempo, ele devora seus próprios filhos para continuar soberano. Tal imagem nos sugere que o tempo cronológico passa sem que possamos detê-lo e que ele aniquila tudo o que produz. Nada dura para sempre no mundo, nada se pode conservar e a única permanência é a impermanência. Assim, tudo o que é conquistado no tempo Chronos não tem valor eterno.
           Na contemporaneidade facilmente percebemos o quanto Chronos amedronta e impera, implacável. Muitos são escravizados por esse deus e acabam devorados. Vivem sob o julgo das datas, dos prazos, da idade que avança impiedosamente, experimentando ascensões e declínios. Tentam dominar Chronos, mas acabam dominados por ele. Mais “mecanizados” buscam cumprir ritmos e metas para além da condição humana e invariavelmente se infelicitam.
           Mas ao lado de Chronos está Kairós, o deus da oportunidade, do momento adequado, oportuno. Retratado como um jovem calvo com apenas um cacho de cabelos na testa, ele tinha uma agilidade sem igual, possuindo asas nos ombros e calcanhares. Kairós corria rapidamente e só era possível detê-lo agarrando-o pelos cabelos, encarando-o de frente. Porém, depois que ele passava, era impossível trazê-lo de volta. Devido à sua agilidade podia não ser percebido pelo observador desatento. Isso quer dizer que quando Kairós surge diante de cada um de nós como a ocasião adequada de fazer o que é certo na hora certa, devemos agarrar e trabalhar essa oportunidade - pois caso ela nos escape - não voltará. Dessa forma, precisamos nos tornar atentos observadores das oportunidades cotidianas.
           Kairós é o tempo que não pertence a Chronos, portanto, não pode ser cronometrado. Ele simplesmente acontece, sem previsibilidade ou hora marcada. São aqueles momentos que se tornam eternos em nossa vida, mesmo que tenham sido breves. Um tempo interno e essencial que deixa uma impressão forte e única, para sempre, e que sustenta nossos passos na estrada existencial. Em Kairós somos humanos, vivemos e não apenas sobrevivemos!
           Os gregos tinham convicção de que com Kairós podiam enfrentar Chronos. Ao vivermos em Kairós as oportunidades em nossa vida aumentam, pois não nos deixamos tiranizar por Chronos: temos a consciência do momento presente, sem os fardos do passado ou a antecipação do futuro, quando podemos ver a oportunidade e agarrá-la, nos posicionando por meio da melhor ação possível no momento. E, de acordo com Anselm Grün, “a maior oportunidade é a vida mesma, pela qual passamos quando tão somente planejamos e pensamos, em vez de vivermos”.
           O tempo Kairós nos convida ao despojamento da exagerada e doentia cronologicidade para vivermos com mais leveza e autenticidade. É fato que não podemos nos desvincular completamente de Chronos, afinal, o tempo cronológico organiza a vida, mas devemos buscar um equilíbrio entre Chronos e Kairós, conforme destaca Grün: “Ambos os deuses, Chronos e Kairós, no relacionamento correto, pertencem a uma vida plena. Sem planejamento e sem regulamentações temporais não pode surgir nenhuma cultura. A convivência na vida profissional, bem como social e religiosa, está ligada ao tempo mensurável, matemático. Este deveria estar numa sadia relação de tensão com a vida no instante, com o experimentar, o usufruir, o reconhecer oportunidades e ocasiões”.
           Absolutamente nada acontece no passado ou no futuro. Tudo se dá no presente, no agora, nesse fugaz instante. Cada momento é pleno de vida, trazendo a possibilidade de compreensão, crescimento e amadurecimento. Experimentamos Kairós quando estamos em harmonia conosco mesmos, sem o peso exagerado de Chronos, na medida certa, cadenciando com a vida como ela é.
O TEMPO FINITO E O ESSENCIAL DA VIDA - Não estamos livres de Chronos. Tudo acaba um dia. Nossa vida é finita e curta.
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bettertogether2006 · 4 years ago
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Notas imaginativas
Piloto
E finalmente a hora mais esperada, chegou! Depois de sete meses distante, nos reencontramos e fizemos o que sabemos fazer melhor: dar abraços.
- Preciso guardar essas coisas antes, ok? - diz enquanto caminhava em direção a cozinha da casa de trás.
- Sem problemas! - responde enquanto a seguia em direção ao mesmo ambiente.
As coisas são guardadas e em um milésimo de segundo o que seria uma ação rotineira, torna-se um momento de tensão.
As duas se olham.
Uma delas passa seu braço esquerdo em volta das costas e encaixa sua mão na cintura, apertando levemente o local. O braço direito, por sua vez, é passado por cima do ombro esquerdo e a mão pousa nas costas, assim como grandes amigas fazem.
A outra pessoa, encaixando-se no famigerado abraço, coloca a mão direita no pescoço e a mão esquerda na costas da outra, enquanto faz um carinho leve, simples e cativante nos cabelos da companheira.
O que seria uma ação rotineira, se torna um momento de tensão. De tensão sexual.
Kairós
O tempo de Cronos parou para que o de Kairós agisse.
Naquele momento as duas encontravam-se extasiadas e a ação que tomaram ativou uma forte pulsação em seus corações.
A garota que estava com a mão na cintura da outra, resolveu subí-la para a nuca e assim ter mais estabilidade para o que viria acontecer.
O abraço foi substituído por um beijo. Mas não foi um beijo qualquer, foi um beijo lento, com troca de carícias e apertos cada vez mais excitantes na cintura. O carinho no cabelo foi substituído por leves puxões que deixavam o clima entre elas cada vez mais quente. Enquanto tudo isso acontecia, quase que involuntariamente, elas se direcionaram para a parede mais próxima, e agora, com a força aplicada contra a parede, elas encontravam-se tão coladas uma a outra que até mesmo Newton repensaria uma de suas leis.
O primeiro beijo realizado por essa dupla de garotas, estava ficando mais e mais afrodisíaco e foi finalizado com uma leve mordida no lábio inferior que era liberado lentamente, enquanto elas encaravam vorazmente a boca uma da outra.
Após o fim da união dos lábios, as duas sorriram com os olhos e a ação que tomaram ativou uma forte pulsação, mas dessa vez numa outra parte do corpo.
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distribuidoramaga10 · 6 years ago
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#Repost @simonesampaio • • • • • • . . “Kairós era filho de Cronos, deus do tempo e das estações, e que, ao contrário de seu pai, expressava uma ideia considerada metafórica do tempo, ou seja, não-linear e que não se pode determinar ou medir, uma oportunidade ou mesmo a ocasião certa para determinada coisa. Pode-se entender que o chamado "kairós" é um momento oportuno único, que pode estar presente dentro do espaço de um tempo físico, determinado por Cronos, segundo a mitologia grega. Em outras palavras, kairós seria o período ideal para a realização de uma coisa específica, que pode ser um objeto, processo ou contexto.” Para mim; O tempo espiritual o Temp o em que o universo sempre conspira a favor! . ⏳O Agora Tempo de Amor❤️Gratidão . #tempodeserfeliz. . #fantasy #dragon #steampunk #rainhadebateria #queen #gold #luxury #samba #carnaval #video #tempo #simonesampaio #love #dance #music (em São Paulo, Brazil) https://www.instagram.com/p/Bu3ZTSLHgeqcgu1wY9XqdzAV0H7xBQRWaPOrp00/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=5tmti3xp6x7c
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