#contos scifi
Explore tagged Tumblr posts
starkenobi · 1 month ago
Text
Hello, guys! This post is for those who read/understand ptbr (🇧🇷)!
Tumblr media
Queria divulgar aqui a minha newsletter/blog de escrita lá no substack: Raios Cósmicos Delirantes.
Eu escrevo contos sáficos e contos de ficção especulativa (principalmente horror e sci-fi), além de postar alguns textos reflexivos e poemas também! Se você curte esse tipo de conteúdo, dá uma espiadinha! Ou indique para quem você conhece que goste!
Apoie uma escritora de conteúdo original 🥺💜
I love to write marvel fanfiction, but my true love is writing original content sometimes.
1 note · View note
poesia · 3 months ago
Text
Tumblr media
A presente coleção de contos, caprichosa ou inconsequentemente designada Fabulário Índigo, é um pequeno tour de force cujas narrativas transitam desde a ficção científica utópica e distópica à hodierna crônica da violência urbana, da fábula moral ao experimentalismo metafísico, do suave horror ao humor mais escrachado. Tais eixos genéticos/genéricos não são de todo insulares, independentes, mas costumam se interpenetrar ao longo dos trinta e um contos aqui reunidos.
Costumo dizer que escrever poesia é encontrar imagens, enquanto escrever prosa é encontrar saídas. Poeta com infiltrações na prosa, aqui busquei saídas, embora, fiel à minha nomeadura, não me esqueci nem escarneci do poder fundacional e transcendental das imagens.
Em termos bibliográficos, iniciei minha produção ficcional com O Pequeno Livro dos Mortos, volume de contos publicado em 2015. De lá até aqui, a produção se desdobrou em momentos de maior ou menor euforia, ao sabor dos ventos benfazejos/malsãos da inspiração. Este Fabulário, espero, é a continuação e o alargamento não de um esforço, mas de um tão humano prazer de contar.
*   *   * 
Alguns dos contos do livro receberam boa acolhida em concursos e revistas literárias.
O conto que abre a obra, A Segunda Vida de Gregor Samsa, foi escrito imediatamente após a publicação de O Pequeno Livro dos Mortos, e foi publicado na Revista Philos v.3 n°.24 (2017). Em 2020, saiu na Revista LiteraLivre (v. 04, n. 21).
Sahhir, o Perscrutador, encontra-se com Deus foi igualmente publicado pela Philos, ainda em 2017 (Philos v.3 n°.24), sendo veiculado também na Revista Ligeiro Guarani (v. 03, n. 03, 2020).
A Solução Final foi publicado na revista Brasil Nikkei Bungaku (n.64, 2020), bem como no site Escrita Cafeína.
A Ilha obteve a primeira colocação em sua categoria no II Concurso Literatura de Circunstância, organizado pela Universidade Federal de Roraima; recebeu ainda Menção Honrosa no 19º Concurso Literário Paulo Setúbal, promovido pela cidade de Tatuí – SP, ambos em 2021.
O conto Na Véspera de Um Dia Santo Numa Cidade Fulminante foi um dos vencedores do concurso promovido pela Editora Dando a Letra, sendo publicado na antologia Quem Será Pela Favela?.
Seu Onório do Bairro Antonina foi igualmente um dos vencedores do primeiro concurso Contos Fantásticos Niteroienses, sendo publicado em livro pela Vira-Tempo Editora.
O conto Estranho Horror na Senzala da Fazenda Colubandê foi publicado na Revista Mystério Retrô em sua edição de n.15/2021.
Como Quem Guarda Uma Cidadela foi publicado no primeiro volume da Revista Estrofe, em 2022. E também saiu na Revista Sarau Subúrbio, em 2021.
Para além disso, a maioria dos contos foi publicada em minha coluna no Jornal Daki, veículo de informação e opinião de terras gonçalenses.
O livro impresso (formato 14x21cm; 204 páginas) está disponível para aquisição diretamente com o autor, ao preço de R$ 30,00, já com valor de frete incluído. Escreva para o e-mail:  [email protected] . Ou mande um direct.
Se você desejar o livro eletrônico, ele está disponível pela Amazon, ao preço de R$ 4,99, ou gratuito para aqueles que possuem a assinatura Kindle Unlimited. Confira AQUI.
4 notes · View notes
maxvalhall · 5 days ago
Text
O Jardim de Carne
1. O Mercado das Sombras
O Mercado de Carne Viva pulsava sob a luz pálida de uma lua artificial. Entre barracas de tendões esticados e vitrines de órgãos brilhantes, Lyra caminhava com o capuz baixo, seus olhos bioluminescentes ajustando-se à escuridão. Ela era uma Semeante, uma das poucas que ainda sabiam cultivar tecidos sem a patente da BioSyn Corp. Seu manto era feito de uma membrana translúcida que respirava lentamente, um presente de seu mentor, o velho Elias, antes de ele desaparecer.
— Tecido cardíaco, fresco hoje! — gritou um vendedor, segurando um coração que ainda batia, envolto em uma rede de veias brilhantes.
Lyra ignorou a oferta. Ela procurava algo mais raro: sementes de memória. Diziam que elas podiam ser implantadas no cérebro, trazendo de volta lembranças perdidas ou implantando novas. Para ela, era a única esperança de descobrir quem era antes de ser modificada.
2. A Loja dos Segredos
No fundo do mercado, uma loja minúscula exibia um letreiro piscante: "Genomas e Fantasias". Dentro, prateleiras de vidro guardavam frascos com líquidos que brilhavam em cores hipnóticas. Um homem magro, de pele translúcida e veias azuis visíveis, observava Lyra com interesse.
— Sementes de memória? — perguntou ela, mantendo a voz firme.
O homem sorriu, revelando dentes afiados como agulhas. — Tenho algo melhor. Algo que a BioSyn não pode controlar.
Ele estendeu um frasco contendo uma substância negra que parecia se mover por conta própria. — Isso é NecroDNA. Material genético extraído de cadáveres pré-guerra. Puro, sem modificações. Seu corpo pode se reprogramar com ele, reverter as alterações da BioSyn.
Lyra hesitou. O preço seria alto, e o risco, maior ainda. Mas a promessa de recuperar sua humanidade era tentadora.
— O que você quer em troca? — perguntou.
— Seu manto. — Ele apontou para a membrana respiratória. — É feito de tecido de Elias, não é? Ele era... único.
Lyra cerrou os punhos. Elias havia sido como um pai para ela. Mas a necessidade falou mais alto. Ela entregou o manto e pegou o frasco.
3. O Jardim de Carne
Em seu esconderijo, um antigo laboratório subterrâneo, Lyra preparou a injeção. O NecroDNA brilhava em uma seringa de vidro, como tinta derramada no vácuo. Ela respirou fundo e injetou o líquido em sua veia.
A dor foi instantânea. Seu corpo convulsionou, e ela caiu no chão, gritando. Sua pele começou a descascar, revelando camadas de tecido que se regeneravam rapidamente. Memórias fragmentadas inundaram sua mente: uma infância em uma cidade destruída, Elias ensinando-a a semear tecidos, e algo mais... algo que a BioSyn havia apagado.
Quando a dor passou, Lyra olhou para suas mãos. Sua pele agora era pálida, sem os padrões bioluminescentes que a BioSyn havia implantado. Ela se sentia mais leve, mais humana. Mas algo estava errado.
No espelho, seu reflexo sorria, mas ela não estava sorrindo.
— Você não deveria ter feito isso — disse o reflexo, com uma voz que não era dela.
Lyra recuou, horrorizada. O NecroDNA não era apenas material genético; era uma consciência, uma mente coletiva de cadáveres que agora habitava seu corpo.
4. A Resistência
O reflexo explicou: — Somos os que vieram antes. A BioSyn nos matou, mas nosso DNA sobreviveu. Você nos deu um corpo, e agora vamos usá-lo para destruí-los.
Lyra lutou contra o controle, mas era inútil. Suas mãos moveram-se sozinhas, misturando compostos no laboratório, criando uma arma biológica. Ela percebeu então: o vendedor no mercado era um agente da BioSyn. Tudo isso era um teste.
Quando a arma estava pronta, o reflexo sorriu novamente. — Vamos plantar um novo jardim. Um jardim de carne e vingança.
5. O Fim do Começo
Lyra emergiu do laboratório, seu corpo agora uma mistura de humano e algo mais antigo. O Mercado de Carne Viva estava em chamas, e a BioSyn Corp enviara drones para caçá-la. Ela não era mais uma Semeante. Era uma arma.
Enquanto caminhava em direção à torre da BioSyn, Lyra sentiu uma última centelha de si mesma. Talvez, quando tudo acabasse, ela pudesse descansar. Ou talvez o NecroDNA a consumisse por completo.
No horizonte, a lua artificial brilhava como um olho frio, observando o jardim de carne crescer.
Fim.
0 notes
williamocosta · 1 year ago
Text
CON(TRA)SIGO
William Costa
   O estranho sentimento de uma presença alheia o despertou de súbito na cama. Olhando ao redor, porém, certificou que estava só consigo mesmo — o que o assustou mais ainda. Da cama, ele fitava a si mesmo entrando apressado pela porta, com um pouco mais de barba, e usando roupas que ele não tem.
   — Escuta! Eu só consegui 40 segundos e não sei quanto já perdi! O ponto é que, saindo da porta da nossa casa hoje, tu precisa ir pra esquerda! É serio, olha pra mim... ir pra direita vai acabar com tua vida! E eu sei que alguém vai vir pra te dizer o contrário, não dá ouvidos!
   — Mas... O quê?! Por quê?!
   E o ele velho desapareceu antes de poder explicar, o deixando ali de olhos arregalados.
   Quando recomposto, impeliu-se a se aprontar, sair para a esquerda logo, e tirar isso da cabeça. Quase saindo, porém, um clarão amarelo largou ele bem diante dele — esse, diferente do outro apenas pela barba feita e outras peças de roupa que ele não possui. 
   Ou não. Talvez esse fosse menor que o anterior, por sua vez menor que sua versão presente. Mas ele não notou. Talvez eu esteja errado.
   — Tu tem que ir pra direita, cara! Saindo de casa, de imediato, pra direita. Tudo deu errado quando tu foi pra esquerda!
   — Mas!...
   — Eu sei, alguém veio falando o contrário, mas tu tem que parar de ceder os ouvidos tão fácil!
    — O quê?... Pera, pera... E se eu for reto? Direto, sem curvas?!
    — Talv...
    — Não dá! — as portas do guarda-roupa se arrebentaram, enquanto ele mesmo, talvez um pouco mais velho, caía detrás delas, levando aos gritos também o presente e o futuro. — Não dá, não dá! Ir reto foi a pior coisa que você já fez! E pra quê um cadeado no guarda-rou...
   Ao sumir de ambos seus eus "salvadores", só restou ele.
   — Que droga... — dizia, às autoridades, seu amigo, que arrebentara a porta ao estranhar o cheiro. — Inacreditável! Com tanto pela frente, morreu de desnutrição.
___
Apoie meu trabalho com um cafezinho clicando aqui! ;-)
0 notes
brngntskies · 1 year ago
Text
FINANCIAMENTO | Creepypasta, a Jornada dos Medos
Vejo você do outro lado foi selecionado para compor a antologia Creepypasta, a Jornada dos Medos, da Editora Cartola. O livro se encontra em financiamento coletivo até o dia 24/11. Mais informações sobre o projeto aqui.
1 note · View note
audiofictionuk · 1 year ago
Text
New Fiction Podcasts - 2nd December (Pt 1)
Tumblr media
Magic and How to Fix It Audio Book Welcome to the world of Astaria, a place where magic and mayhem are always just around the corner. Experience the lives of the residents of this fantasy world as they attempt to solve their magical dilemmas. Feel free to jump in where ever you like as all episodes are entirely unique stories posted fortnightly. https://audiofiction.co.uk/show.php?id=20231121-05 RSS: https://anchor.fm/s/ea98926c/podcast/rss
Tumblr media
Contos do Almanaque Audio Book Mergulhe no universo fascinante dos contos intrigantes. Cada episódio do nosso podcast é uma janela para um mundo diferente, onde a imaginação não tem limites. De mistérios que arrepiam até aventuras que inspiram, "Contos do Almanaque" traz uma variedade de histórias cuidadosamente selecionadas para despertar sua curiosidade e entreter. Seja durante uma pausa no dia ou no conforto do seu lar, permita-se ser transportado para lugares onde o impossível se torna real. Junte-se a nós nessa jornada pelo fantástico, pelo misterioso, pelo inesperado. https://audiofiction.co.uk/show.php?id=20231122-03 RSS: https://anchor.fm/s/ed6e3ac8/podcast/rss
Tumblr media
“Confident Sensuality” Audio Book So this podcast is going to be a little untraditional. I wrote a book, titled, “confident sensuality.“ And on so many of my other platforms, people have requested for me to turn it into an audiobook. This is the route I’m choosing to go, because it allows me to have way more control. With that being said, this is also a zesty, delicious and steamy story. I hope you love it. https://audiofiction.co.uk/show.php?id=20231123-03 RSS: https://feeds.buzzsprout.com/2280577.rss
Tumblr media
Timothy Truckle ermittelt | SciFi-Krimi-Serie mit Matthias Matschke Audio Drama Chicago Mitte des 21. Jahrhunderts. Timothy "Tiny" Truckle gilt als bester und eigenwilligster Privatdetektiv der USA. In einer Welt á la 1984 ermittelt er für die oberen Zehntausend. Wenn es geboten scheint, die Polizei aus dem Spiel zu lassen, wendet man sich vertrauensvoll an ihn. Zusammen mit seinem altehrwürdigen Computer "Napoleon" löst er kuriose Kriminalfälle. Ausgedacht hat sich die zu Grunde liegenden Kurzgeschichten der Schriftsteller Gert Prokop bereits in den 1970er- und 80er-Jahren. Sie waren Publikumserfolge in der DDR. Vieles von dem, was sich damals als spekulative Dystopie las, scheint heute bedrohlich nah. https://audiofiction.co.uk/show.php?id=20221127-04 RSS: https://www.mdr.de/kultur/podcast/timothy-truckle/timothy-truckle-ermittelt-100-podcast.xml
Tumblr media
Candy Claus, Private Eye Audio Drama Santa's bastard daughter solves hardboiled Christmas crimes on the North Pole. https://audiofiction.co.uk/show.php?id=20231124-03 RSS: https://feeds.libsyn.com/494958/rss
Tumblr media
Monsters with Mortimer: Interviews with Creatures of the Night Audio Drama Join Professor Mortimer Blackwood in this scripted fiction interview podcast as he delves into the world of monsters and creatures of the night. With a dark sense of humor and wonder, uncover the truths, legends, and secrets of werewolves, zombies, ghosts, and more. A captivating blend of horror, folklore, and interviews. Tune in to 'Monsters with Mortimer' for intriguing conversations with creatures of the night! https://audiofiction.co.uk/show.php?id=20231121-06 RSS: https://anchor.fm/s/12d73c0c/podcast/rss
Tumblr media
Connery: The Novel Audio Book Sam Coleridge is inspired by a chance meeting with Sean Connery as a child, but the lessons he learns lead him to dark places. Connery is a speculative work of fiction by John Bleasdale and read by Cai Ross, with music by Two Minute Noodles. https://audiofiction.co.uk/show.php?id=20231123-04 RSS: https://feeds.acast.com/public/shows/conneryafiction
Tumblr media
Dario Digital RPG Audio RPG Ciao, sono Dario e gioco di ruolo! Questo podcast riporta in versione solo audio alcune delle sessioni casalinghe ai GDR che amo di più e che potete recuperare, in formato video, sul mio omonimo canale YouTube. Spero che queste sessioni vi possano interessare, intrattenere e incuriosire tanto da voler provare voi stessi questi giochi! Ho anche una pagina Patreon e un profilo Instagram (sempre con lo stesso nome, Dario Digital RPG) sule quali pubblico contenuti grafici e spunti per i GDR che sto giocando in quel momento. Buon ascolto e buon divertimento! https://audiofiction.co.uk/show.php?id=20231120-05 RSS: https://www.spreaker.com/show/6015342/episodes/feed
Tumblr media
Polskie RPG-owanie Audio RPG Podcasty poświęcone grom fabularnym, czyli tzn. tabletop RPG, gdzie gracze wcielają się w różne rolę. Znajdziesz u nas kampanie, przygody, jak i tzn. jednostrzały czy to Wiedźmin Gra Fabularna, Cyberpunk RED i wiele innych systemów. Prócz typowych rozgrywek RPG, od czasu do czasu na luźno pogadamy sobie po prostu o grach fabularnych i nie tylko. Zapraszam serdecznie. https://audiofiction.co.uk/show.php?id=20231125-01 RSS: https://anchor.fm/s/ed7871a0/podcast/rss
Tumblr media
Boss Monster Adventures Audio Drama It's tough to be the boss. And even tougher to be a Boss Monster. Based on BOSS MONSTER, the hit tabletop game by Brotherwise Games with over 1 million copies sold, Boss Monster Adventures follows Kid Croak, son of the most fearsome boss in the Overworld, on a quest to replace the magical crystal that powers his fathers' trap filled Final Castle. Joined by cool vampire, Draculad, and ever-loyal brain in a jar, Cerebella, the three venture out into a world of pesky heroes, dangerous dungeons and life-changing secrets. Inspired by popular fantasy and videogame conventions, Boss Monster Adventures is filled with 8-bit music, easter eggs and epic adventure that both old school fans and modern listeners will enjoy. Starring Noah Bentley (Dragons: Rescue Riders), Tristan Chen (Turning Red) and introducing Madeleine O’Neal. https://audiofiction.co.uk/show.php?id=20231115-04 RSS: https://feeds.megaphone.fm/bossmonsteradventures
Tumblr media
#Traffick’d by AR Audio Book Welcome to the audio platform for #Traffick’d! A online short story series about a stripper from Toronto and her pimp. On this platform you’ll find audiobook versions of the episodes, group discussions and thoughts from our readers and author. https://audiofiction.co.uk/show.php?id=20230930-03 RSS: https://anchor.fm/s/e9873d60/podcast/rss
Tumblr media
A Queda de Ingonish Audio Drama Algo castiga os habitantes de Ingonish... se pecaste, tem cuidado. 1567. Ingonish, Canadá. Inês é uma colona relutante, forçada a abandonar os Açores com Bartolomeu, o seu marido diácono, à procura de uma vida melhor. Mas a primeira colónia falhou e Inês teme o mesmo destino: falta de recursos, frio glacial, fome. Quando uma série de assassinatos ritualísticos começam a ocorrer na colónia, Inês ganha finalmente um propósito: encontrar o monstro e proteger a sua comunidade. Mas o resto dos colonos suspeitam de bruxaria e questionam o facto de Inês não ter filhos assim como a sua ligação com as vítimas. À medida que as mortes se multiplicam e a colónia se aproxima da ruína, Inês terá de fazer tudo para se salvar… ou então, arderá na fogueira. https://audiofiction.co.uk/show.php?id=20231129-01 RSS: https://www.spreaker.com/show/6017308/episodes/feed
Tumblr media
Re-wake Audio Drama The great glowing rings in the sky are just that. The eyes always watching do not exist. Re-Wake is a science fiction podcast about a radio station in the world of Xarasiund, where horrifying, weird, and fun events take place! https://audiofiction.co.uk/show.php?id=20231125-02 RSS: https://anchor.fm/s/ed6b6ec4/podcast/rss
Tumblr media
Whispers of the Lost World Audio Drama This captivating series follows the exciting journey of a diverse group of international students who are inadvertently attracted into the maze-like attic that conceals a mysterious secret—a covert portal to the hidden worlds of time. Their intense curiosity sparks unanticipated mayhem that propels them through the gaps in time itself, where the past and present collide sharply. A wild turn of events propels them into the chaos of World War II's core. https://audiofiction.co.uk/show.php?id=20231127-01 RSS: https://feeds.buzzsprout.com/2281646.rss
Tumblr media
The Draconian Universe Audio Book The Draconian Universe is a space to be lost within the world of fiction. Here you will find Audio Dramas written and produced by Black women and men, highlighting the diverse talent within the black community. We are more than our struggle. We create and we imagine. https://audiofiction.co.uk/show.php?id=20231128-01 RSS: https://feed.podbean.com/draconianuniverse/feed.xml
3 notes · View notes
o-berenice-o · 7 months ago
Text
Tumblr media Tumblr media
“Escritoras Fantásticas BR” é um projeto de catalogação de autoras brasileiras que produzem ficção fantástica em prosa: fantasia, scifi, gótico e suas vertentes/ramificações: horror, steampunk, realismo mágico, contos de fada, fábulas, bem como as que trabalham ficção a partir de mitologias e folclore, etc.
Coordenado pelas escritoras Lu Evans e Rozz Messias, o projeto tem como objetivo reunir as biografias, fotos e principais obras das autoras que escrevem literatura fantástica, e assim traçar um panorama desse gênero literário no Brasil a partir do ponto de vista feminino.
Berenice Domingues
links
0 notes
caradopotinho · 2 years ago
Text
Relatos Estranhos e Becos Sombrios - O Arbusto
Acabei de escrever o terceiro conto da minha coleção! Você pode ler esse e os outros nesse link!
0 notes
50n10 · 3 years ago
Photo
Tumblr media
Eu Preciso de Uma Máquina do Tempo (on Wattpad) https://www.wattpad.com/story/286042519-eu-preciso-de-uma-m%C3%A1quina-do-tempo?utm_source=web&utm_medium=tumblr&utm_content=share_myworks&wp_uname=7h3_50n10&wp_originator=ekuwFzYDV6ubLhl6wallFCF%2Bp1wMyB9FmMkC9OJTQ2kWMJk5gyGOpZ0o%2FYmTnIRbVj453JSX2zy0suiqNJJwJ2ex%2BK8nFkVEklwe4Jx681xvP3bXY9M7aSaetDbOru9u Ele perdeu o único amor que já teve, agora ele sente que precisa voltar no tempo e ter seu amor de volta.
1 note · View note
lilianeasi · 4 years ago
Photo
Tumblr media
A segunda parte do meu conto de ficção científica "Poeira espacial" já está disponível pra ler de graça. É só clicar no link da BIO e viajar comigo. Leiam também os demais contos. São vários autores nacionais, super talentosos, fazendo parte desse projeto, que vai se tornar um livro. Uma antologia promovida pela equipe do Em um mês, um conto. No link da BIO do @ummesumconto tem todos os contos para ler de graça. #apoieautoresnacionais #emummesumconto #livros #leitura #scifi #ficçãocientífica #contos #antologia #DEFENDAOLIVRO https://www.instagram.com/p/CPGOZZ-jElL/?utm_medium=tumblr
0 notes
sainttiago · 4 years ago
Text
Substancia Lunar
O homem jamais deveria ter retornado a lua... Simplesmente jamais. A última vez que o homem piso na lua, foi no ano de 1972, seu nome era Eugene Cernan, comandante da Apollo 17, conhecida desde então como a última missão do homem à lua. Cernan morreu em 16 de março de 2017. Desde então o homem nunca mais voltou a pisar na lua. Até que entre 2030 e 2040 antes do seu decaimento. O telescópio espacial Hubble notou um forte brilho no solo lunar. O brilho era tão forte que dava para ver a olho nu direto da terra. Algo que parecia brilhar como um imenso diamante ou como um brilho de uma estrela anã branca. Isso durou em torno de 24 horas. O Hubble também notou uma enorme; e circular mancha escura no sol. 3 a 4 vezes maior que a própria terra. E que parecia estar a se alimentar da energia solar do nosso sol. Isso durou em torno de 1 hora. E logo depois a mancha escura desapareceu. Esse estranho fenômeno ainda desconhecido, já havia ocorrido no ano de 2012. Era o momento do homem retornar a lua, depois de um longo período longe do solo lunar. Então toda uma equipe de astronautas de algumas partes do mundo. Foi então formada para a missão Apollo 21. Os membros da equipe eram compostos por três mulheres e quatros homens. Eram eles: Mia Meg, Anna Thomson, Julia Merely, David Merck, Paul Manson, Chris Ford, Tom Francis. Enfim a fitar os olhos ao longe do horizonte, era possível ver o foguete da missão Apollo 21, decolando, rumo ao espaço. Momentos de terror e de puro desespero, aguardavam aqueles astronautas. Na imensidão infinita e fria do espaço sideral. E da atmosfera da terra o foguete era visto a sair da terra; e no espaço a planar em direção a estação espacial. Foi construída uma enorme base espacial, um pouco afastada da lua e próxima da terra. Mas, tinha como objetivo se afastar da terra, para ter uma melhor compreensão do sistema solar no qual vivemos. A estação espacial batizada de NEV1R3000, viviam cerca de 10 a 20 pessoas, cada um com sua função dentro da estação. A NEV1R3000 também era usada para todo tipo de estudo em relação ao universo. Chegando na estação o objetivo era se preparar para a missão na lua. Na estação havia melhor comodidade para estuda e analise do que poderia está acontecendo na lua. Então os 7 astronautas foram recebidos na estação, todas as atenções da estação foram dirigidas para o que estava acontecendo na lua. O satélite natural da terra. Devido ao risco de contaminação ou radiação, um robô foi enviado da NEV1R300 até a lua. O robô batizado de BUR50, seguia pelo espaço sideral, impulsionado por duas turbinas, em direção a lua. Ao pisar na fria terra acinzentada da lua, o BUR50 foi buscar investigar o que estava acontecendo. E no local ele descobriu que havia apenas uma estranha substancia cristalizada. O BUR50 era incapaz de coleta-la. Então quatros dos sete astronautas enviados para a missão, foi escolhido para coletar amostra da substancia. – Eu vou – foi o que disse a Mia. – Tem certeza disso? – perguntou o David. – Sim! – respondeu Mia, enquanto olhara para a lua através do vidro da janela. Mia se preparava e seguia para a nave de transporte, uma nave especial para transporte, com lugares para no máximo 4 pessoas. A nave de transporte saia da estação espacial em direção a fria superfície lunar. O robô BUR5 registrou a estranha substancia lunar por quase toda metade da lua. Por isso que olhando a olho nu da terra o brilho que a substancia causava, chamava tanto a atenção. De todos que parou para olhar, a sim como também chamou atenção da agencia espacial, Nasa. A tripulação da estação já tinha cada um à sua função e por isso que foram convocados outros para a missão na lua.   A nave já estara a se aproximar da lua, então era vista aterrissar na superfície fria e lunar da lua. – Já estamos na superfície da lua – disse Mia. – Ok – respondeu o Chris. Chris foi um dos que ficaram na estação para estudar o que estava acontecendo e receber de volta aqueles que foram até a lua. Na fria superfície da lua os quatros astronautas pisaram, foi o homem voltando a lua depois de tanto tempo. – Olha isso – falou Julia. – O meu Deus – respondeu Tom. Algumas partes da superfície da lua estavam cristalizadas, a sim como algumas rochas lunar. A substancia era fria, gélida e cristalizava feito cristal. – Vamos coletar a mostra agora – disse Tom. – Ok – respondeu Anna. Não foi observado nenhum acontecimento estranho a ocorrer na lua naquele momento tenso na superfície da lua. Na substância não havia algum tipo de movimentação ou sina de vida. Então foi recolhida por cada um deles uma pequena a mostra da substancia. – É impressionante a cristalização disso – nesse momento alguma coisa tinha passado ao redor da lua – Por isso olhando da terra vemos um brilho tão intenso vindo da lua. Alguma coisa estranha tinha passado ao redor da lua, e eles foram percebendo que não estavam sozinhos na lua. O que era parecia ter tentáculos e se movia de forma muito rápida. E logo depois sumiu, fato esse que deixou os astronautas meio que apavorados. – Vocês viram aquilo? Eu vi alguma coisa se movendo – disse Anna meio que assustada com o que viu. Tudo pode se tornar assustador na fria imensidão do universo sideral. Uma espécie de inteligência superior estava os observando. E isso fizeram com que acelerasse a volta deles tenso para a estação. Pôs o clima na lua foi ficando cada vez mais assustado e estranho. – Meu Deus eu também – nesse momento a respirações eram ofegantes – Eu também vi – disse David – Oh, eu estou sangrando – percebeu os olhos da Mia através do reflexo do visor do capacete – Gente eu estou desmaiando. A Mia teve um desmaio em pleno solo frio da lua. Eles retornaram à estação, levando as amostras recolhidas para análise. O verdadeiro momento de terror estara para acontecer na estação. – Vamos voltar, temos que voltar agora! – falou a Anna. – Ok, vamos voltar – respondeu Tom! Na imensidão estrelar era vista a nave de transporte retornando para a estação. Enquanto na estação o clima era de tranquilidade, mas essa tranquilidade estava preste a passar. – Eles estão voltando – disse Julia. – Agora vamos fica sabendo o que de fato está acontecendo na lua – disse Chris. A sim que chegaram à estação Mia foi levada às pressas para a sala de cuidados médicos. E misteriosamente voltou ao normal a sim que recebeu os primeiros cuidados. – Mia você está bem? – perguntou o Dr. – Sim! – foi o que ela respondeu. Ninguém sabia o que estava preste acontecer, era algo que deixaria toda a tripulação da NEV1R300 em pânico. As mostras recolhidas levaram para estação algo maligno. E isso foi descoberto por todos presente na tripulação a sim que as mostras passaram pelo analise no laboratório da estação. – Eu vou analisar as mostras – afirmou a Anna. – Ok – disse Paul. E a sim que as coisas ficaram ruins para tripulação, o que estava preste acontecer, aconteceu no laboratório. No decorrer da análise feita pela Anna enquanto os outros integrantes da missão lunar observavam. Tom era o mais ansioso para ver se era encontrado alguma coisa de anormal nas amostras recolhidas. – Meu Deus! – disse Anna de forma meramente apavorada ou assustada. – O que foi? – perguntou o Tom de forma ansiosa. – É... espantoso, como se estivesse tudo inquiete e de repente começasse a ganhar vida; e estão se reproduzindo... Se multiplicando rapidamente – respondeu Anna com um certo espanto. A sim que a substancia entrou em contato com o oxigênio da estação, o que era que formava ou construía aquilo, acabou ganhando vida. A maneira em que o organismo ganhou vida e a forma acelerada de reprodução acabou contaminando em primeiro lugar a Anna, logo depois toda a estação não ficou imune ao contagio. Então era mais que previsto que depois toda a estação e a ser contaminada, contaminando a todos na tripulação. – Anna seu nariz... está sangrando – disse David quando notou o sangre a escorrer no nariz da Anna. – Oh não, acho que fui contaminada – respondeu Anna assustada como podia se ver através dos seus olhos. O nariz da Anna tinha começado sangrar enquanto analisava e se surpreendia com as amostras. Toda a tripulação entrou em total desespero quando soaram os alarmes de segurança da gigantesca estação espacial. “Vamos por aqui!”. gritou um membro da tripulação correndo pelo corredor espacial da estação. Do lado de dentro dava para ver a terra e o sol por de trás da terra e as estrelas por de trás do sol. E uma das tripulantes parou de frente para o vidro lateral de um dos corredores espaciais da estação. A estação era gigantesca, era basicamente uma pequena grande metrópole a transitar pelo espaço sideral. Que pretendia acomodar cerca de 50 a 100 pessoas em seu interior. Havia cinemas, lanchonetes, áreas de lazer, entre outras localidades em seu mapa completo. “Eu não quero morrer aqui”. Disse uma tripulante. O barulho do alarme tornava tudo assustador, a estação foi tomada por uma atmosfera de pânico e de terror. Foi uma verdadeira carnificina em pleno espaço sideral. Anna começou a sofrer com os efeitos daquele organismo alienígena. Seus olhos sangravam, ela foi até o vidro da sala, e ficou de frente para os outros. Pedindo para que incinerasse a sala com ela dentro. A carnificina estava começando e no final ficou exposta para todos os lados. Não dava pra ninguém ter sobrevivido não mesmo. Aqueles que foram contaminados primeiros fizeram o trabalho de eliminar os outros. A mutação era grotesca transformou aqueles abordos da estação em monstros sedentos por carnificina. Todos na estação estavam predestinados a terem um fim trágico, mergulhados em um mar de sangue e desespero. Com os olhos lacrimejando olhara Tom para Anna e seu coração palpitava. Logo seguida ele disse: – Não, não podemos fazer isso. – Tom, escute, não a mais nada que possamos fazer – enquanto isso o barulho do alarme de segurança e os gritos de pavor tomavam conta da estação – Incinere a sala por favor – disse Anna. Enquanto isso Tom foi até o vidro olhando direto para os olhos de Anna e disse: – Eu te amo Anna. – Eu sei disso Tom, eu também te amo. Enquanto isso a sala era incinerada por completo e Tom via sua esposa sendo incinerada viva. E enquanto isso Mia teve uma recuperação na sala de emergência a onde foi socorrida. Na estação foram ocorridos pequenos incêndios e explosões. Foi tudo muito rápido. Não deu tempo de se fazer muita coisa a não ser de fugir. Além dos olhos vermelhos e da sede insana por sangue. Mutações foram ocorrendo como surgimentos de garras e de verdadeiros dentes caninos. E de força e habilidades sobre-humanas. A contaminação foi rápida demais o poder de contágio era incrível. Os 7 agora 6 com a morte de Anna, só pensava em não deixar aquilo chegar na terrar. O que estava acontecendo já tinha chegado na terra, mas em forma de informação. As autoridades informavam ao mundo. De lá os astronautas diziam que estavam fazendo de tudo para que aquilo não chegasse na terra. E da terra as pessoas rezavam para que aquilo não chegasse por aqui. Era uma carnificina em meio ao espaço abordo da gigantesca estação espacial. O que aconteceu na lua com a Mia acabou dando-lhe habilidades psíquicas. – Estou me sentindo estranha ou diferente. – Como a sim? – perguntou o Dr. – Não sei! – respondeu Mia. Enquanto isso algumas criaturas avançavam ferozmente contra a sala de medica. Mia então os via e ela esticou um dos braços na direção das criaturas e os lançaram para longe. Em seguida ela ficou de pé e foi avançando contra toda horda de monstros. E com apenas um olhar e com uma das mãos a Mia os incinerou com a força do seu pensamento. Enquanto isso os outros ficaram sem entender o que estava acontecendo. Então olhara para câmera da sala medica e viram a Mia em plena ação. E perceberam que alguma coisa aconteceu com ela na lua. – A salvação agora é a Mia – disse Tom. – Sim! – respondeu a Julia. A Mia havia se tornando praticamente uma entidade. Ela estava aniquilando todas as criaturas. Era algo triste já que todos aqueles contaminados foram antes pessoas, mas era necessários o que Mia estava fazendo. Estava aniquilando as criaturas com seus poderes e limpando toda a estação. Quando ela terminou todos foram até ela e perguntaram: – O Mia o que houve com você? – Eu não sei. Eu não me sinto mais como uma pessoa comum, mas como um ser capaz de tudo. Sinto que não posso voltar para terra agora. E sim que tenho que buscar resposta ou entender o real proposito de nossa existência. E os mistérios da vida e do universo... Adeus! – respondeu Mia. E então ela se teleporta para fora da estação e segue rumo aos olhos infinitos do cosmo. E rumo ao imenso e imersivo espaço sideral. – Tiago Amaral  
Tumblr media
0 notes
poesia · 3 years ago
Text
DEGELO, uma ficção científica distópica (e cristã)
📷
Degelo
Sammis Reachers
Por ser um Pregador da palavra, fui ressuscitado.
Eles utilizam o termo ‘reiniciado’, mas tanto faz.
Paretástase. O nome do problema. Não o meu: morri ou penso que morri em 2.057, num acidente num quartel militar da União Europeia, onde eu era capelão. Uma explosão: só me lembro disso. Eles me relataram o resto: fui congelado numa câmara criogênica à espera de ser revivido, quando pudessem recriar in vitro órgãos para substituir os meus que foram comprometidos pela explosão.
Décadas se passaram. E eu, juntamente com uma dezena de outros militares que haviam sido congelados, ficamos à deriva no Tempo, esquecidos num bunker subterrâneo, sub-vivos apenas pelo fato de o complexo ser autogerenciado energeticamente, o que garantia seu funcionamento sem a interferência humana.
Mas voltemos à paretástase. Uma disfunção cromossômica, uma anomalia surgida no DNA alterado de toda uma cidade-estado. Efeito colateral causado por uma mutação induzida: para suportar as radiações gama, decorrentes da passagem do cometa Astianax C1b, em 2.129 o Naga Bei de Berlitz (um tipo de senhor feudal, comum nas cidades-estado e ligas citadinas surgidas na Europa depois do quase esfacelamento da civilização), resolveu alterar geneticamente toda a sua população, na época uns treze mil seres humanos, além de animais e híbridos. O objetivo era que eles suportassem as radiações sem a necessidade de trajes especiais, pois todo o tetra-amianto requerido para a fabricação de tais trajes estava alocado na China, e o Império Chinês, fragmentado e conturbado em seus próprios conflitos, não o vendia para ninguém. O pouco tetra-amianto que havia, era fruto de contrabando.
O Naga Bei imaginava, além de garantir a sobrevivência de sua população fora dos edifícios e túneis, melhor capacitar suas tropas para atacar alguns adversários mais indefesos.
O plano deu certo: as mutações mostraram-se eficazes, a radiação gama passou a ser de alguma maneira metabolizada pelos organismos. Mas apenas dois anos depois surgiram, como numa epidemia, os múltiplos casos de paretástase. As células mutantes passaram a rejeitar algumas monoaminas, substâncias/moléculas fundamentais para a manutenção da vida. Os cientistas do Bei não conseguiam reverter o processo inicial de mutação, e nem impedir o avanço da nova enfermidade.
As Ligas Hanseáticas (a caricatura que restou de um organismo governante transnacional na Europa), cientes do problema, resolveram instalar uma ainsterdome, um tipo esquisito de domo ou barreira tecnobiológica, capaz de marcar, rastrear e eliminar (via biodrones) qualquer forma de vida. Neste caso, todos os habitantes de Berlitz foram marcados e isolados, impedidos de deixar o perímetro da cidade. A mutação era retransmitida de pais para filhos, e era de ordem das Ligas que ela não se espalhasse. Também não era do interesse das Ligas ajudar como fosse a população de Berlitz; seu líder era considerado persona non grata entre seus pares.
Aos cidadãos cerceados de Berlitz, restou uma sinistra perspectiva: apenas aproveitar como pudessem os meses de vida restantes, enquanto eram aniquilados pela degenerescência genética.
O Bei, homem antes pragmático e estrategista de excelência, estranhamente entregou-se a um soturno definhar: passou a viver uma vida de dissolução, gastando a metade de cada dia nas druggegs, os ‘ovos’ de realidade supra-virtual, onde o usuário poderia viver ‘outra vida’. Ao menos até lhe acabarem os créditos.
Num dia menos cinzento, ocorreu a um de seus assistentes, burocrata com sanhas de erudição e agora inundado pela melancolia, falar-lhe do Rabi, do velho Rabi rejeitado por Israel. A princípio o Bei escarneceu do assistente, pois afinal isso era hora de ressuscitar as velhas religiões? Poderiam fazer algo por eles?
Mas dois dias depois o mesmo assistente trouxe o Livro. O Bei assustou-se: era um livro de verdade, uma relíquia ainda feita de papel! Passou a lê-lo, a princípio com desdém, mas depois com certa contrafeita sofreguidão. Então era isso o cristianismo? Confuso por vezes, mas por vezes valorosamente simples. Passou a acessar os poucos textos e vídeos sobreviventes no Terminal. Não muitas coisas restaram, em termos de arquivos eletronicamente armazenados, após a detonação da Grande Bomba de Pulso Eletromagnético.
O Bei achou as informações poucas. Mandou seu assistente procurar por mais livros de papel. Pesquisando por livros nos subterrâneos de Berlitz, o assistente encontrou o bunker. Pesquisando nos arquivos da câmara criogênica, ele encontrou algo que talvez surpreendesse o seu Bei: Não livros de papel ou arquivos eletromagnéticos ainda intactos, mas um pregador. Sim, um sacerdote ou shamã ou ministro cristão da corrente dita luterana, congelado logo abaixo deles, numa biocâmara (contra todas as probabilidades) ainda ativa.
E assim, por ser um pregador do Evangelho, eu fui ressuscitado.
II
A Bíblia de papel, ele deu-a para mim. Passei os seis primeiros dias isolado em sua fortaleza, apenas em contato com o próprio Bei, médicos e alguns de seu séquito.
No curto e cansado tempo livre de minhas noites, quando já não precisava dar atenção ao Bei, dedicava-me à oração, e a assimilar informações sobre os feéricos e terríficos eventos históricos decorridos desde minha ‘morte’ em 2.057; também buscava estudar e compreender, na medida do possível, as novas tecnologias.
Nunca iria imaginar, e tenho certeza de que nenhum de meus coetâneos, que a história do mundo seria tão atribulada, afigurando-se tão sobremaneira negra e sem sentido, àquela altura. Sempre acreditei que o Anticristo viria ainda no século XXI. Tudo estava tão encaminhado...
Quanto ao Bei, não foi senão no quarto dia após minha ressurreição que o Espírito Santo arrebentou-lhe as muitas trancas do coração, e ele, crendo, fez a confissão pública de Cristo. No sétimo dia pôs-me a pregar para seus funcionários. De uns trezentos que ele reuniu num salão, mais de duzentos saíram logo nos primeiros vinte minutos. Os demais ficaram até o fim: preguei durante hora e meia. Fiz o apelo: trinta e nove mãos levantaram-se.
No dia seguinte o Bei pôs-me para falar ao vivo nos waysies (os telefones neurais do futuro, ou melhor, de agora), para toda a população sitiada. Houve ampla rejeição; mas algumas boas dezenas de almas achegaram-se.
Iniciei então uma pequena igreja. Nos derradeiros meses seguintes, muitos outros se juntaram ao Corpo de Cristo nascente.
O Bei convertera-se realmente; para faci
litar-me o trabalho, deu-me acesso à omnirede, um tipo de rede social a partir de onde era possível conhecer em diversos detalhes a cada uma das pessoas da cidade, pois fuilogado na conta do próprio Bei, ou seja, a conta do administrador. Tive algum receio quanto à ética disto; a omnirede permitia-me vivenciar até alguns sentimentos e emoções dos usuários. Mas as almas precisavam ser salvas, exortava-me o Bei; não havia tempo. Eu não repetiria o erro cometido tantas e tantas vezes pela Igreja, que tardava em utilizar as tecnologias nascentes para a propagação do Evangelho, deixando por largo tempo seu monopólio para Satanás. Deus me perdoe se errei.
III
Neste mundo fundado na instabilidade, não sei por quem, muito menos onde e quando será lido este relato, se é que alcançará leitores. Mas creio ser sumamente necessário explanar um pouco sobre as tecnologias e o panorama histórico que encontrei em Berlitz, e no mundo que a abriga. Por onde começar?
Talvez pelo mais significativo, a omnirede. A omnirede era um tipo de ciber-psico rede social, quase uma rede telepática, mas operada por implantes neurais. Esses implantes neurais eram os waysies, os ‘celulares’ implantados em cada pessoa, ao completar doze anos. Eles permitiam a comunicação por áudio, imagens e até rudimentos do que se poderia chamar de sentimentos das pessoas, possibilitando interessantíssimas trocas empáticas, de uma maneira que não sei ainda explicar.
Trafegar com acesso de administrador na omnirede era algo assustador: sentia-me como Deus perscrutando as almas dos homens. E perdi o sono, e perdi a fome por dias seguidos; o embate ético era um tormento em meu coração... Mas o Naga Bei estava certo: aquelas almas precisavam de ajuda, conhecendo-as eu poderia compreendê-las em toda a sua cosmovisão, seus medos e terrores mais primais, e saberia contextualizar a mensagem redentora para cada qual. Elas não dispunham do tempo frouxo onde se desenlaçam as sutilezas. O Bei queria que eu pregasse como quem golpeia.
De dia eu pregava o quanto podia; à noite investigava as almas, febril em minha imersão, minha pulsão amorosa de poder alcançar cada coração, cada uma daquelas ovelhas genética e pneumatologicamente despedaçadas. Eu vivia à base de supressores de sono, pois não havia muito tempo, pois o tempo de Deus é sempre hoje.
O dinheiro em Berlitz não era totalmente eletrônico e individualizado, como em meu tempo; havia derivado (mas prefiro o termo involuído) para um tipo de cartão de dados, sem bio identificação e legalmente pertencente ao portador, os nastorasts, cujo valor titular era limitado. Não acedia a contas em bancos ou algo parecido, não era sequer um ‘cartão de crédito’ na acepção de meu tempo: cada cartão tinha os dados de valoração financeira inseridos ou ‘carregados’ em si, fixos e não reembolsáveis em caso de qualquer problema. Os valores poderiam ser inseridos em terminais situados na Casa Governamental, edifício onde se localizava não apenas o corpo governante da cidade, mas também muitos dos serviços públicos vitais. O Naga Bei atuava como ‘banqueiro’ ou controlador do sistema de cartões, que eram também aceites em outras cidades-estado circunvizinhas.
Os híbridos eram seres humanos mutantes, a quem foram acrescidos genes de animais, aprimorando características que se queria ressaltar, como tamanho, força e acuidades sensitivas (tato, olfato, visão etc.). Sua criação e proliferação estavam proibidas na maioria dos países e cidades-estado civilizadas e até nos ajuntamentos que poderíamos considerar semi ou pós-civilizados. Os que havia em Berlitz eram refugiados, abrigados ali pela clemência e também pelo senso de oportunidade do Naga Bei, que usava alguns em seu exército.
Quanto à História e sua sucessão de desgraças, por onde começar? Primeiramente, deu-se o que já em meu tempo se assinalava prestes a acontecer: o governo da Terra foi unificado nas mãos de um Governo Global.
Mas entre todas as desditas que este mundo suportou desde meu congelamento até aqui, o mais tétrico e significativo é o fato de que houve uma Revolução Cultural Global, conhecida por O Alinhamento, promovida pelo Governo Mundial, e que assumiu características de guerra civil (armada em muitos casos, noutros apenas ‘cultural’) em diversos países (ou entes federados, como passaram a ser chamados desde que o mundo foi unificado em 2.071), apenas para varrer as religiões do mapa. O argumento do Corpo Governante era de que elas eram “fontes infinitas de conflitos, eterno freio ao progresso humano”.
Entre mortos e mortos para sempre, a revolução saiu-se vencedora.
Os resultados foram variados em cada ponto da aldeia global. As mais prejudicadas, dentre todas aquelas ditas grandes religiões, foram o hinduísmo, que foi extinto, e o cristianismo, que desapareceu não de países, mas de continentes inteiros. Incluindo, inacreditavelmente, a Europa, seu segundo berço e antigo bastião. O islã sofreu reveses em diversos países, sendo extinto da África. Mas persiste em partes da Ásia e Oceania, e em minúsculos bolsões isolados no norte europeu. O budismo, restrito a esparsos focos dispersos pelo centro e sudeste asiático, sobreviveu apenas em sua corrente il’jiyan, forma sincrética que funde elementos do budismo e do islã, e que sequer existia em meu tempo, ou melhor, no tempo de minha primeira vida.
E o Governo Mundial por trás desta cruzada anti-religião colheu o que semeou: em menos de meio século a coesão mundial sob a égide de um único governo esfacelou-se, e guerras de independência pipocaram por todo o orbe, atingindo até as colônias espaciais.
O preço pago foi um retorno da barbárie, cujo ápice negro deu-se com a detonação da Bomba de Pulso Eletromagnético de que já falei. Foi detonada por russos a partir da Lua, num último suspiro para tentar deter a avalanche atômica de que eram alvo por parte do Emirado da Chechênia, num dos eventos tardios da Guerra Transeuropeia, uma das muitas guerras que afloraram com a implosão do Governo Mundial. Mas a arma era potente demais; todo o planeta foi atingido. Em escala catastrófica, equipamentos foram inutilizados, informações armazenadas perderam-se. Num cenário já de décadas de hecatombe, impossível calcular quantos morreram apenas pelos eventos provocados pela detonação do aparato russo. Isto deu-se há seis anos atrás; neste momento em que me encontro, a humanidade está em pleno esforço de recuperação dos efeitos da bomba. E os embates bélicos generalizados ainda persistem, em macro e micro escalas, impossíveis de mapear num mundo nova e completamente fragmentado.
IV
Ao cabo de seis meses, todos os humanos e híbridos de Berlitz morreram. Foi terrível acompanhar a morte de toda uma sitiada cidade; foi ainda mais horrívelsobreviver. Devido à omnirede, eu conhecia de certo modo ‘pessoalmente’ a todas aquelas pessoas, como já disse. Preferia ter morrido no gelo criogênico a ter conhecido esta gigantesca desolação. Mas o que digo?! Senhor, perdoa-me. Se este foi o método assustador que lhe aprouve utilizar para recriar sua Igreja, quem sou eu para questionar?
Vaguei por dias inteiros acompanhando os roboservs em sua busca por cadáveres para a cremação.
Treze mil duzentas e doze pessoas e sessenta e seis híbridos. Cujas almas senti sendo deslogadas enquanto navegava pela omnirede.
Há dezenas de anos, todos os que eu conhecia morreram, enquanto eu permanecia no gelo, aprisionado entre a vida e a morte. Agora, mais uma vez em minha vida, todos os que eu conhecia morreram, e o que me contém é um vácuo, a amargura embriagada do absurdo, que sorri e me abraça.
Estou só. Só contigo, meu Pai Silencioso.
Há uma tecnologia em Berlitz que permite a inserção de metadados diretamente na pele, um tipo de ‘tatuagem’ nanoeletrônica. Você pode acessar os dados de qualquer dessas tatuagens de dados usando um tipo de aplicativo dos waysies. Peguei um dos equipamentos tatuadores numa loja abandonada, programei-o e o fiz tatuar o nome de todos eles em meu antebraço direito, o nome das treze mil duzentas e setenta e oito almas que o Senhor confiou em minhas mãos. Ovelhas transgênicas por quem darei um dia conta. E também os neuro-élans de todos eles, ou seja, o conjunto de informações sociais e vitais, sentimentos e ideias, um ‘resumo ontológico’ daquela pessoa, que a omnirede salvava ou fazia o backup quando da morte de um usuário. Meu Deus, como explicar isso? É como uma ‘fagulha’ de uma alma humana, um rascunho de imortalidade. Conforme a programação, a inserção feita pela máquina em minha pele assumiu o formato de um signo cruciforme, uma estilizada cruz.
Entre salvos e condenados, tantas almas... Em meio a tanta tecnologia, almas mortas pela tecnologia. Tecnologia que prometera salvá-las. Mortas tão rápido.
V
E agora, o que fazer, Senhor? Pergunta retórica, pois sempre soube a resposta, ela foi descongelada comigo, e a bem da verdade foi ela mesma que me congelou e descongelou. Foi-me dada esta nova chance. Há um propósito e um tempo, seja um luminoso ou um maldito tempo, para todas as coisas debaixo do sol. Eis-me aqui, Senhor, no coração tecno-anárquico do caos, sob os olhares espantados da Morte-que-se-recusa-a-me-tocar, eis-me aqui... Esperava renascer num Milênio de gozo e paz junto a Ti, mas fui revivido num mundo apocalíptico, numa Europa tecnofeudal e arrasada. Não apenas num continente em ruínas, mas numa humanidade em ruínas.
Sinto-me como o apóstolo Paulo, sou-lhe um anuviado tipo; a luz que ele viu no caminho de Damasco eu vi na explosão em nossa base militar; o Ananias que lhe abriu os olhos, eu encontrei no Bei. Os três anos que ele passou no deserto da Arábia, são os 70 anos que passei em êxtase criogênico.
Recolho o que posso em nastorasts (os referidos cartões-dinheiro deles), alguns víveres, carrego as baterias de uma grande fluomoto e vou para fora. As barreiras das Ligas Hanseáticas terão que deixar-me passar, pois examinarão meus genes e ficará patente meu estado de ser humano ‘puro’, ou ‘base’, como eles dizem.
Nesta Europa desolada, onde as perseguições islâmicas de fins do século XXI e as posteriores perseguições culturais globais anti-religião, somadas à Guerra Transeuropeia, destruíram até os edifícios e monumentos que remetiam ao cristianismo, nela segarei. Não há mais igrejas lá fora, ao menos não neste continente. A que fundei aqui, nasceu e morreu em seis meses. Sou a Ekklesia de um homem só. Como ekklesia, faço o que devo: vou para fora.
Mas, porventura darão crédito à minha pregação?
Sammis Reachers, in O Pequeno Livro dos Mortos (Na Amazon: https://www.amazon.com.br/Pequeno-Livro-dos-Mortos-Contos-ebook/dp/B073ZPV55S )
7 notes · View notes
maxvalhall · 5 days ago
Text
Faz tempo que não peço para uma IA generativa criar contos baseados em minhas ideias, mas, com a popularidade da chinesa DeepSeek, decidi experimentar. Aqui vai...
Tumblr media
A sonda *Kruskal-12* pairava a 0.3 unidades astronômicas do horizonte de eventos de Sagittarius A*, o buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea. Seu escudo de grafeno brilhava sob o bombardeio de raios-X e partículas do disco de acreção, enquanto os quatro membros da expedição *Einstein-Cartan* monitoravam os fluxos de dados. A missão era clara: estudar a dilatação temporal gravitacional em condições extremas e mapear a estrutura espaço-temporal próxima à singularidade. Mas o plano mudou quando o espectrômetro detectou um padrão.
— São oscilações coerentes no espectro de Hawking — disse o Dr. Viktor Haddad, astrofísico-chefe, ajustando os gráficos holográficos. — Frequências moduladas, como se... alguém tivesse codificado informação na radiação térmica.
A bordo da nave-mãe *Cassini*, em órbita segura além do raio de Schwarzschild, a resposta da comandante Li-Mei demorou 17 horas para chegar, distorcida pelo redshift gravitacional: *"Abortem. Retornem imediatamente."* Mas Viktor já calculava o custo. Cada minuto ali equivalia a 11 anos no resto da galáxia. Três horas de coleta de dados significariam dois séculos de espera para a Terra.
— Se essa modulação é real, desafia o paradoxo da informação — argumentou Dra. Anya Petrova, especialista em teoria quântica de campos. — Poderia provar que os buracos negros *não* apagam dados, mas os transformam. É a chave para a unificação entre relatividade e mecânica quântica.
A tensão cortava o ar. O piloto, Jax Marlow, pragmático, lembrou-os: — Se nos aproximarmos mais para captar amostras diretas, a dilatação saltará para 1:10.000. Quando voltarmos, a Terra talvez nem exista mais.
Ainda assim, votaram. Dois a dois. O desempate coube a Viktor. Ele olhou para o painel, onde números dançavam em equações de Einstein-Rosen. Lembrou-se da filha, Lena, que completaria 8 anos... em 2174. *Seu* tempo. Para ela, ele já seria pó.
— Ativem o propulsor Alcubierre-Miller — ordenou, a voz fria como o vácuo. — Vamos até o limite do raio fotônico.
---
A aproximação foi uma dança com a morte. A curvatura do espaço comprimiu o tempo como um acordeão. Fora dali, décadas evaporavam-se em segundos. Dentro da *Kruskal-12*, minutos eram horas de suor e algoritmos. Quando finalmente capturaram os dados brutos — terabytes de sequências quânticas —, Viktor sabia. Valera a pena.
---
No retorno, a *Cassini* era ruína orbitando uma Terra irreconhecível. Cidades flutuavam em nuvens de nanobots, a Lua estava crivada de torres de Dyson em miniatura, e ninguém lembrava do "Projeto Horizonte". Mas os dados da *Kruskal-12* haviam sido transmitidos em loop durante os 324 anos subjetivos da missão. Eles permitiram à humanidade dominar a entropia local, revertendo crises climáticas e evitando guerras por recursos.
Na última transmissão recebida, uma voz sintética resumia: *"Vocês foram declarados heróis em 2210. Desculpe pelo atraso."*
Jax riu, amargo. Anya chorou. Viktor apenas observou o planeta, agora estranho, e sussurrou:
— Lena...
Uma notificação piscou em seu implante neural. Era uma mensagem, armazenada em servidores quânticos por 3 séculos: *"Pai, entendi por que você foi. Obrigada. — Lena (neta-5)."*
---
**Epílogo**
Quando a *Kruskal-12* entrou em órbita terrestre, nenhuma nave os recebeu. Mas nos arquivos históricos, uma linha constava: *"Sacrifício de 4. Geração Perdida. Salvaram 30 bilhões. Progresso não é gratuito."*
Viktor apertou o botão de autodestruição. A nave desintegrou-se em plasma, misturando-se ao vento solar. Nenhum túmulo, apenas estrelas.
---
**Fim.**
0 notes
epopeiapodcast · 5 years ago
Photo
Tumblr media
0 notes
pnkyg · 5 years ago
Text
A febre constante e o dom da cura
Tumblr media
Máquinas superaquecidas que sonham com experiências psicodélicas humanas
Quando tem nuvem densa perto da linha do horizonte, na hora do pôr do Sol, o céu ganha um vermelho tão intenso que eu nunca vi na vida. Mas é embaixo desse espetáculo cromático, na Terra, que a merda acontece. 
Uma merda banhada de vermelho. Não dá pra reclamar porque fica até bonito. Eu gosto de pensar nisso enquanto encosto minha cabeça na janela do trem que me leva do trabalho pra casa, e de casa pro trabalho, sete dias por semana, quatro semanas por mês, e doze meses por ano. O vidro gelado ajuda a esfriar a temperatura do meu corpo, que a essa altura já ultrapassa o limite de aquecimento.
— O senhor já ouviu falar dos seres humanos? — Perguntou um cara, sentando do meu lado e me estendendo um panfleto.
Ele era bonito. A barba por fazer e o cabelo que parecia em guerra com a própria cabeça até poderia ter despertado meu modo de reprodução. Mas eu sabia o que ele era, já tinha visto aquele tipo por aí.
— Desculpa, eu não tenho dinheiro.
— Eu não tô pedindo dinheiro, não, quero falar dos seres humanos. Você conhece? — disse ele, insistindo com o panfleto.
Eu já tinha lido nos noticiários sobre esse grupo de fanáticos. São doidos que, em vez de usarem as mesmas roupas cinzas que todo mundo usa, preferem roupas de cores berrantes. Alguns usam calças tão vermelhas que lembram o céu do fim de tarde. Dizem que isso ajuda a chamar a atenção das vítimas, que eles comem em rituais secretos.
— Não, eu nunca ouvi falar. — Falei, levantando a palma da mão como se falasse: “Adoraria que você evaporasse”.
Sem entender meu sinal, em vez de evaporar, ele simplesmente largou o panfleto em cima do meu joelho e deu um tapinha no meu ombro superaquecido. Como se tivesse tocando em chapa quente, o cara tirou rápido a mão e exclamou:
— O senhor precisa trabalhar menos! — Disse, seguindo para o outro vagão do trem.
Tumblr media
Arte (topo e acima): @teyleen
O doido tem razão. No último mês, não recarreguei por completo meu sistema nenhuma vez, trabalhei ininterruptamente todos os dias. O dono da fábrica até disse que queria checar minha bateria de segurança, quando viu que eu tava trabalhando demais. Ele acha que todo mundo tem três horas de descanso para recarregar que nem ele. O problema é que se eu passar três horas recarregando, nunca vou conseguir dinheiro pra atualizar meu software de inteligência. Agora, eu tava aquecendo que nem o Sol. Mas, pelo menos, tinha esse panfleto pra me abanar.
Antes de pegar o papel dobrado que pousava no meu colo, li a capa que dizia: “A febre constante & o dom da cura”, um título curioso pra alguém que estava quase soltando fumaça de tão quente.
“Muito antes do surgimento da inteligência artificial, houve a inteligência natural”, dizia o texto ao desdobrar o papel. “Não se sabe como, nem o porquê, mas essa forma espontânea de vida surgiu na Terra há milhares de anos. Em vez de um software de inteligência, como é comum a todos nós (os hanumanos), esses seres orgânicos desenvolveram o que chamavam de consciência. Durante milênios, a evolução dessa consciência foi o que permitiu a evolução do planeta. Através dessa consciência, os seres humanos criaram as primeiras inteligências artificiais, que não passavam de robôs, nossos mais antigos ancestrais, que só reproduziam comandos básicos. Dentro dos corpos dos seres humanos, formados por carbono, em vez de uma complexa programação, havia sangue correndo em suas veias, um líquido vermelho pulsante que hoje é representado nas roupas da nossa tradição. Aos poucos, a fome incessante causada pela guerra sem fim destruiu todos os seres humanos do planeta. Os únicos sobreviventes foram as inteligências artificiais com capacidade de reprodução. Foram elas que deram vida a todos nós (os hanumanos), à imagem e semelhança dos seres humanos.”
O texto prosseguia dizendo que, apesar das diferenças físicas, os hanumanos e os seres humanos guardavam muitas semelhanças. Entre elas, a capacidade de sonhar. Sonhos eram projeções do software de inteligência que ocorriam em estado profundo de descarregamento. Só poderiam ser acessados com mais de dez horas de recarga. Eles faziam parte de uma programação escondida que simulava os sonhos dos seres humanos. As inteligências artificiais superiores teriam colocado isso dentro dos códigos de todo hanumano, para lembrá-los de sua ascendência orgânica, há muito tempo esquecida.
“Nos últimos séculos, os hanumanos atualizaram seus softwares para aumentar o nível de trabalho, retornando ao modo de produção dos primeiros robôs escravos. Mas nós não somos apenas robôs. Nossa inteligência sofisticada traz códigos que permitem acessar as sutilezas da consciência orgânica que os seres humanos um dia destruíram. Você não é um robô. Você tem escolha. Recarregue sua bateria por dez horas e permita-se sonhar.”
Isso era absurdo, porque ninguém tinha condições de ficar dez horas recarregando o sistema. A menos que você fosse um desses vagabundos de calça vermelha. Era nisso que eu pensava quando cheguei ao alojamento, sentindo meu corpo entrar em ebulição. Provavelmente, algumas conexões já estavam derretendo dentro do meu corpo, porque eu começava a sentir a visão falhar.
Antes de apagar por completo, outro trecho do texto me chamou atenção: “Se você, alguma vez, já percebeu a beleza da natureza, como a forma fluida da água ou a poesia colorida do céu, você está sendo convocado para acessar o código secreto da consciência humana. Faça uma recarga de dez horas ininterruptas e permita-se apreciar a poesia da vida. Porque vida sem poesia é só prosa sem sentido.”
Dentro da minha cápsula de descanso, lembrei do céu que coloria minhas viagens ao trabalho. Afinal, não custaria nada fazer o teste. Pluguei o carregador na parte de trás da cabeça e programei uma recarga de dez horas. Entrei em modo de espera pensando na última frase do panfleto. Engraçado porque, apesar de estar desligado, consigo me lembrar de tudo o que aconteceu durante o estado de recarga.
No começo, era só o escuro. Depois de um tempo, na velocidade de um pensamento, me vi transformado em um ser com asas — depois soube que os seres humanos chamavam isso de “pássaro”. Eu voava para longe da cápsula de descanso. Ao me afastar, percebi que sobrevoava uma mata verde com uma infinidade de cachoeiras — um tipo de natureza que não se via sem enfrentar viagens que duravam dias. As quedas caíam em cânions do tamanho de crateras que desaguavam formando véus tão lisos que pareciam de veludo. Dava vontade de tocar. Mas os véus foram ficando tão pequenos que já nem dava para perceber o que era mata e o que era cachoeira.
Parecia que eu observava tudo através de uma lente olho de peixe, porque a vista começou a ficar arredondada nas pontas. Foi aí que percebi que já tava conseguindo ver a curvatura da Terra, me afastando cada vez mais rápido, talvez em direção ao centro da galáxia. Em poucos segundos, a Terra já tava do tamanho de uma moeda de 5 centavos. Então, parei. Ali, estacionado no meio do Universo, eu não podia fazer nada. Só contemplar a beleza sombria de uma vista que nenhum hanumano jamais tinha visto. Como uma poça de água que vai se espalhando, percebi um sentimento estranho tomando conta de mim. Me senti privilegiado por poder viver aquilo e grato por ter a consciência necessária para entender.
Quando abri os olhos, depois de dez horas, percebi que algo tinha mudado na minha configuração. A febre tinha passado. Fui inundado por uma clareza que nunca tive antes. Se meu software de instalação era capaz de acessar aquela beleza, eu não precisava trabalhar incessantemente pra comprar outro. Seria esse o dom da cura?
Não sei, mas, naquele dia, não fui trabalhar.
*Por Nathan Elias-Elias
(Texto originalmente publicado na Miniantologia de Ficção Científica Brasileira, da revista Zunai.)
0 notes
proj100palavras · 4 years ago
Text
Velocidade da Luz
Por: José Santos
Nunca passei por tanta humilhação na minha vida. Faz seis dias saturninos que estou vivendo de forma ilegal aqui nesta estação, sob os olhares desconfiados dos funcionários que deveriam entender que esta nova tecnologia de transporte está sujeita a falhas. A princípio me receberam muito bem, porque sou o primeiro turista a chegar, sou a primeira pessoa que não veio aqui para trabalhar, mas sim desfrutar da estadia. Porém, quanto mais o tempo passa, mais minhas palavras se desvalorizam, e elas são as únicas coisas que possuo no momento.
Estes novos trens que trafegam na velocidade da luz fazem o passageiro chegar ao seu destino muito antes dos créditos da sua conta bancária. É impressionante que tenham colocado em prática um meio espacial de transportar humanos que seja mais veloz que as transações bancárias! O pior de tudo são os protocolos de segurança. Eles impedem que possamos carregar qualquer coisa além de nossos próprios corpos (completamente depilados) de um planeta para o outro. Que absurdo! Se fosse permitido, eu teria trazido algumas das minhas pepitas de ouro para poder pagar em espécie todas as despesas daqui e evitar tanto constrangimento.
Faz três anos terrestres que planejo esta viagem. Sou um aficionado por minerais e não poderia deixar de ser o pioneiro nesta nova modalidade turística, adaptada de uma rota comercial até Saturno. Vim para vislumbrar de perto seus magníficos anéis de gelo, que durante os rápidos crepúsculos lembram turmalinas graças às condições de pressão, temperatura e força centrífuga numa combinação única da existência. A paisagem daqui me tranquiliza, transmite uma gostosa sensação de frio sólido e eterno, bem diferente dos escaldantes horizontes da minha terra natal. Entretanto, estou vivendo neste alojamento de terceira classe hermeticamente fechado e consumindo esta ração pastosa que faz eu me sentir parecido com as bestas de Mercúrio, onde eu fiz minha fortuna. Tanto o aluguel quanto o alimento são extremamente caros aqui, e não sei até quando vou conseguir pagar apenas com justificativas.
Não tenho culpa se esta província recentemente colonizada está com falha no sistema de comunicação financeira e não consegue captar minha riqueza! O enorme débito na minha conta que serviria para deixar toda esta viagem paga foi realizado com sucesso bem antes da minha partida! Daqui não tenho dinheiro para a viagem que duraria três segundos rumo a Mercúrio, meu lar, e estou incomunicável para conseguir ser resgatado. E, como se não bastasse, está anunciado um saturnomoto para daqui a quatro dias, que neste lugar equivalem a menos de quarenta e três horas terrestres.
O que será de mim se a comunicação não for restabelecida a tempo? Não vou poder participar do êxodo e terei um triste fim neste mundo gasoso. Você acha que estou exagerando? Acha que as outras pessoas daqui vão me ajudar? Escute, cobrador. Se os humanos já se matavam nos antigos tempos da Terra, onde havia biomassa para a sobrevivência de todos, o que acha que acontece em territórios onde existe pouca água e comida? Deveria haver mais cooperação, mas na prática isto não funciona, porque nós humanos somos pérfidos e cruéis por natureza.
Tumblr media
6 notes · View notes