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Leonor Telles before the corpse of Count Andeiro by Alfredo Roque Gameiro
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Fernão Lopes e o seu legado: as suas crónicas
Agora que conhecemos o contexto histórico em que se situam os textos que iremos desenvolver em breve, podemos conhecer o autor e os seus textos, precursores do Humanismo em Portugal.
O mais importante antes de ler um texto é conhecer o seu escritor, assim teremos um largo espetro dos seus conhecimentos e crenças para escrever e, assim, poderemos compreender a forma como escreveu. Por isso, começaremos por uma pequena biografia de Fernão Lopes e, depois, descreveremos resumidamente os aspectos mais importantes das suas crónicas.
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Fernão Lopes foi um escrivão e cronista oficial da monarquia portuguesa, mais concretamente da dinastia de Avis. Pouco se sabe sobre a sua vida ou infância até ser declarado guardião da Torre do Tombo do Arquivo Régio em 1418, o edifício mais importante de Lisboa que guarda todos os documentos legais importantes do governo.
A partir dessa altura, inicia também o seu trabalho como escrivão oficial do rei D. João I, que também o encarregou de escrever crónicas sobre a monarquia portuguesa. Estabeleceu-se assim como o maior cronista do país.
Escreveu também desde os acontecimentos da dinastia Afonsina até à dinastia de Avis, pelo que se diz que escreveu mais de três crónicas. No entanto, as que sobreviveram à passagem do tempo foram as crónicas de D. Pedro I, D. Fernando I e D. João I.
Crónicas que marcaram também o início do Humanismo em Portugal, um movimento artístico que perdurou por mais de 100 anos na nação.
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Crónica de D. Pedro I
Segundo estas crónicas, D. Pedro I tinha a reputação de ser simultaneamente justo e cruel. Quando subiu ao trono, confessou ter casado secretamente com Inês de Castro e quis legitimar os filhos que teve com ela, e foi também revelado que nunca quis casar depois dela, mas teve um filho bastardo, que se chamou João I, com D. Teresa Lourenço, o qual seria o primer rei da dinastia de Avis.
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Crónica de D. Fernando I
Nas crónicas de Fernando Lopes, o rei D. Fernando I, conhecido como "O Formoso", não é apresentado de forma muito agradável, pois foi um rei muito turbulento que causou muitos conflitos políticos com Castela. Quis casar com Leonor Teles e o povo não quis permitir porque ela era má e feiticeira, pelo que o rei fugiu e anos mais tarde deram a sua primeira filha, Beatriz, para casar com João I de Castela. Assim, o rei morre e o povo fica descontente e numa disputa entre Castela e Portugal pelo novo reino.
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Crónica de D. João I
Apresentado como um filho bastardo, nas crónicas de Fernando Lopes, terá sido uma peça fundamental no recomeço da monarquia portuguesa. A começar pelo assassinato do que se dizia ser o amante de Leonor Teles, o Conde Andeiro, pelas mãos do próprio D. João I de Portugal. O povo dividiu-se, pois uns estavam do lado de Leonor e outros do lado do Mestre de Avis, ele estava a dar-lhes uma identidade nacional. Um ano depois, D. João I tentou tomar o reino de Portugal, mas após meses de guerra voltou a partir. Ao mesmo tempo, o povo português não tardou a elegê-lo como o seu rei.
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Glossário
Precursores: a primeira pessoa a apresentar uma ideia, moção ou coisa.
Humanismo: movimiento literário de transição entre a Idade Média e o Renascimento; filosofia moral que coloca os seres humanos como os principais numa escala de importância no centro do mundo.
Espetro: conjunto de informações sobre a mesma coisa.
Crenças: opinião ou opiniões duma pessoa.
Crónica: um texto literário de natureza cronológica.
Reputação: fama duma pessoa ou coisa.
Turbulento: uma situação de agitação.
Bastardo: pessoa não nascida sob o casamento.
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Referências bibliográficas
EBiografia. (n.d.). Biografia de Fernão Lopes. https://www.ebiografia.com/fernao_lopes/
Isabella Monteiro. (2020, July 16). FERNÃO LOPES - BIOGRAFIA DETALHADA SOBRE O HUMANISTA. YouTube. https://www.youtube.com/watch?v=eoNL8m3MCV4
RTP Ensina. (2010). As Crónicas de Fernão Lopes. https://ensina.rtp.pt/artigo/as-cronicas-de-fernao-lopes/
Daniel Soares. (2015, October 17). Revolução e Interregno em Portugal(1383/1385). YouTube. https://www.youtube.com/watch?v=7oQXfKDp1C8
Lopes, F., Cordeiro, L., & Fisher - University of Toronto. (1895). Chronica de el-Rei D. Pedro I. In Internet Archive. Lisboa : Escriptorio. https://archive.org/details/chronicadeelreid00lope/mode/2up
Lopes, F., & Robarts - University of Toronto. (1895). Chronica de el-rei D. Fernando. In Internet Archive. Lisboa Escriptorio. https://archive.org/details/chronicadeelfern00lope
Lopes, F., Zurara, G. E. de, Cordeiro, L., & Robarts - University of Toronto. (1897). Chronica de el-rei D. João I. In Internet Archive. Lisboa Escriptorio. https://archive.org/details/chronicadeelreid0103lopeuoft
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FERNÃO LOPES
Cronista histórico lusitano com a maior influência na história da literatura portuguesa, nomeado Guarda-Mor da Torre do Tombo – sendo assim responsável pela preservação do tombo (arquivo) real -, tabelião geral do reino e cronista dos grandes reis de Portugal como: D. João I e D. Duarte, assim como também de D. Fernando.
Ainda com muitas especulações sobre sua data de nascimento – entre 1378 e 1383 – ou a origem de sua família, pouco se sabe sobre Fernão Lopes, porém que precisamos saber são suas obras e como elas influenciaram a literatura portuguesa. Hoje em dia, podemos encontrar apenas três crônicas realmente significativas dele: Crônica de el-rei D. Pedro, Crônica de el-rei D. Fernando e Crônica de el-rei D. João.
Crônica de el-rei D. Pedro
A Crônica inicia - se com o retrato do rei, descrevendo os seus gostosparticulares, como a caça, e centrando-se no seu zelo, por vezes, excessivo, naexecução da justiça. A narração detém-se com mais demora no relato davingança e glorificação de Inês de Castro, lembrando o cronista que o rei, aopunir os algozes que jurara perdoar diante de seu pai, perdeu muito da boafama de que gozava junto do povo. Já nesta Crônica, o povo surge comopersonagem coletiva que, na transmissão de histórias que ilustram ocomportamento do rei, julga a ação governativa do soberano. Ao mesmotempo, uma outra linha de leitura prepara o triunfo posterior de D. João I,como, por exemplo, no sonho em que D. Pedro auspicia que o seu filho D. Joãorealizaria grandes feitos. Os materiais que esta Crônica aproveitou atestam aescassez de fontes de que o autor dispunha relativamente ao reinado de D.Pedro e, por consequência, a habilidade do historiador na organização defragmentos documentais diversos, que vão desde as histórias semilendáriasque se avolumaram em torno da conceção de justiça do soberano, até aoslivros de chancelaria régia, atas, cartas, e até alguns períodos de Pero López deAyala na Crônica del Rey Don Pedro.
Crônica de el-rei D. Fernando
O cronista relata na sua ordem cronológica os factos mais destacáveis do reinadoe vida de D. Fernando, compondo um balanço antitético da sua açãogovernativa, no que diz respeito à política governativa interna e externa, e aostraços contraditórios da sua personalidade. Assim, o relato das três guerrascom Castela, que ocupa grande parte da Crônica, merece um juízo desfavorávelpelas consequências económicas que produziu enquanto aventuras bélicas nãoplenamente justificadas. Por outro lado, as medidas tomadas pelo rei, noâmbito da administração interna, são enaltecidas pelo narrador, como, porexemplo, "a proveitosa ordenação de mandar que as terras do reino fossemtodas lavradas e aproveitadas" ou os privilégios que concedeu "aos quecomprassem ou fizessem naus". Mas é nos aspetos da vida pessoal que oponto de vista do cronista é mais condenatório, nomeadamente na sua relaçãoe casamento com D. Leonor Teles, cujas manobras permitem de resto ao autorcompor um dos mais ricos retratos da sua galeria de personagens históricas. Areprovação dos "povos de Lisboa" face a um casamento que não honrava o seurei e a recusa do monarca em ouvir a voz do povo, que na perspetiva docronista é a voz da razão, é decisiva para uma condenação de D. Fernando,sobretudo quanto às consequências nefastas desse ato irrefletido durante ointerregno, ao colocar em perigo a integridade do reino e ao lançar o paísnuma profunda crise nacional.
Crônica de el-rei João
É no prólogo da Crônica de D. João I que o cronista expõe o seu objetivo emétodo de historiar inovador. O seu desejo é "em esta obra escrever verdadesem outra mistura", para o que faz concorrer toda a gama de documentospossível, desde narrativas a documentos oficiais, confrontando-os entre si paraassegurar a veracidade dos registos existentes. Ao mesmo tempo, esta Crônicaestabelece, de certa forma, o ponto de chegada das duas crônicas precedentes, na medida em que estas preparam os acontecimentos queculminam com a sublevação popular e consequentemente, com a entronizaçãode D. João I. A primeira parte da crónica descreve a insurreição de Lisboa na narração céleredos episódios quase simultâneos do assassinato do conde Andeiro, doalvoroço da multidão que acorre a defender o Mestre e da morte do bispo deLisboa. Ao longo dos capítulos, fundamenta-se a legitimidade da eleição doMestre, consumada nas cortes de Coimbra, na sequência da argumentação dodoutor João das Regras, enquanto desfecho inevitável imposto pela vontadeda população. Nesta primeira parte, o talento do cronista na animação deretratos individuais, como os de D. Leonor Teles ou D. João I, excede-se nacomposição de uma personagem coletiva, o povo, verdadeiro protagonista queinflui sobre o devir dos acontecimentos históricos. Na segunda parte, o ritmo narrativo diminui, tratando-se agora de reconhecero rei saído das cortes, e é de novo pela ação do povo que a glorificação domonarca é transmitida, como, por exemplo, no modo como o acolhe a cidadedo Porto. Um outro momento de maior relevo é consagrado, nesta parte, a narrativa da Batalha de Aljubarrota, embora aí não ecoe o mesmo tom deexaltação com que, na primeira parte, colocara em cena o movimento da massapopular.
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