#comprar botas
Explore tagged Tumblr posts
Text
Listo, farmacity y libreria Kel saqueadas
#recomiendenme alguna libreria linda independiente para comprar algunos en español <3#LAS BOTAS DE CUERO X DIOS NO PUEDE SER QUE SALGAN TAN BARATAS
1 note
·
View note
Text
Busco material de otros SKINHEADS , SCALLY BIKERS, GEAR, MILITAR, para comprar y utilizar con mi perro.
En concreto busco Botas rangers 12 o 14 onzas, zapas nike air max leathers, shox NZ, rivalty, adidas country n° 42, material Nazi , ALPHAS Con parche o bordado SKINHEADS, trajes militares etc.
Podriamos montar mercadillos segunda mano..
145 notes
·
View notes
Text
🎃 kinktober - day five: breath play com agustín pardella.
— aviso: um pouco de age kink, enforcamento, sexo desprotegido, agustín!dom, creampie.
— word count: 2,5k.
— nota: um smut bem lana del rey coded. aconselho ouvirem cherry e cola da diva ao ler essa putariazinha <3.
seus olhos brilhavam de pura luxúria por detrás dos olhos em formato de coração. as botas estilo cowgirl brincavam com o chão terroso do local em que se encontrava. sua amiga divagava sobre um assunto que há muito você havia já não sabia do que se tratava. seu foco estava todo nele.
o motoqueiro bonito escorado na Harley-Davidson vintage era de tirar o fôlego. tinha cabelos cacheados, usava uma regata branca que exibia todos os músculos que realmente importavam e os braços e ombros eram ornados de tatuagens com traços grosseiros. segurava uma garrafa de cerveja e sorria brincalhão com os amigos mal-encarados. a jaqueta de couro jogada sobre o banco da moto exibia um bordado ostensivo de rosas vermelhas e caveiras assustadoras, além de algo escrito, que você presumiu ser o nome dele. como queria chegar perto para ler...
tinha aceitado sem maiores hesitações quando a sua amiga a convidara para o encontro anual de motos de Buenos Aires. o evento era em um grande terreno baldio onde diversos motoqueiros exibiam os seus modelos distintos de motocicletas. haviam stands e mais stands de cervejarias e alguns show de rock de bandas locais. e claro, muito homens gostosos.
alguns deles tinham idade suficiente para ser o seu pai, mas você não se importava. era aquilo que os deixava mais interessante, para falar a verdade. os homens mais velhos tratavam mulheres com muito mais devoção do que os garotos mais novos. nos anos anteriores, a maioria das suas cervejas tinham sido pagas por eles. e no final, você sempre ganhava uma carona para casa.
"para quem você está olhando?" sua amiga quis saber quando percebeu que falava sozinha pelos últimos minutos. você mostrou o anjinho de cabelos cacheados. "que gato. por que a gente não vai conhecê-lo? ele tem um amigo bem gostosinho..."
você não se opôs. estava um pouco altinha e a coragem líquida que corria por suas veias fazia aquela ideia parecer maravilhosa. deixou que uma risada arteira escapasse os seus lábios enquanto a amiga lhe puxava entre motocicletas e motoqueiros.
ajeitou a mini saia jeans e o top pequeno que usava. ao passo que se aproximava do motoqueiro de olhos bonitos e cabelos cacheados, os seus olhares se encontraram. ele observou atentamente enquanto você se aproximava, não ousando desviar o olhar. abriu um sorriso que fez as suas pernas tremerem, mas continuou a desfilar como se ele não o afetasse.
"oi... eu e a minha amiga queríamos saber qual é o modelo da moto de vocês." a sua amiga falou, abrindo um sorriso para o amigo que acompanhava o seu alvo. "a gente é doida pra comprar uma moto, sabia?"
enquanto o homem grande e barbudo saía com sua amiga para mostrar a sua moto, você permaneceu onde estava. o homem te olhava com olhos curiosos, embora o sorriso que exibia fosse tranquilo. você se aproximou, timidamente, puxando os óculos escuros para cima da sua cabeça. suas mãos percorreram o guidão metálico antes que tomasse coragem para falar.
"então, qual modelo é a sua?"
"é uma Harley-Davidson Fat Boy 2001." ele disse e você concordou como se estivesse realmente interessada naquela bobagem. prestou mais atenção na voz gostosa e roufenha que a fizera arrepiar do que na mensagem em si.
"ela é muito bonita." você se aproximou um pouquinho mais. suas mãos pousaram no tanque de gasolina enquanto você mantinha seus olhos fixos no dele. ele tinha um cheirinho de cigarro e perfume amadeirado. "é boa de pilotar?"
"muito boa." ele deslizou pelo assento para que pudesse ficar mais próximo de você. "você sabe pilotar?"
um sorriso tímido pintou os seus lábios. não conseguia mentir, então fez que não com a cabeça. sentia-se boba por ser pega em sua mentira, mas ele não parecia se importar.
"eu posso te ensinar." ele ofereceu, um tom solícito escapando dos lábios.
"sério?" seus olhos saltaram das órbitas, ansiosos. "eu adoraria!"
"então sobe." ele deixou dois tapinhas no banco de couro. você encarou como se ele fosse louco, mas ele manteve o rosto sério.
"eu nem sei o seu nome... e se você me sequestrar?"
ele deixou uma gargalhada escapar dos lábios. você sorriu. ele tinha uma risada tão gostosa que você o faria rir durante o dia todo se fosse capaz.
"meu nome é Agustín." Agustín. soaria tão bonito quando você gemesse. "eu não vou te sequestrar, embora me sinta muito tentado. vai subir ou não?"
ele estendeu a mão direita para você e então, você soube que ele estava falando a verdade. deu de ombros, passando por ele para que pudesse subir no estofado de couro. antes, pegou a jaqueta de couro disposta sobre o assento e a vestiu. exibia "Pardella" bordado em letras bonitas. não se importou da saia ter subido alguns centímetros quando você se sentou. com sorte, ele teria visto a calcinha preta que você usava e quisesse lhe ensinar como pilotar ele.
o motoqueiro subiu na moto em seguida, logo atrás de você. você se sentia pequena entre os braços dele, os corpos tão colados que era capaz sentir os batimentos cardíacos dele nas suas costas.
as mãos dele pegaram as suas com gentileza. primeiro, ele colocou as suas mãos sobre o guidão esquerdo e fez você apertar uma das alavancas. "aqui fica a embreagem." ao colocar a sua mão do lado direito, ele explicou que ali estavam o acelerador e o freio da frente. além disso, explicou o que cada pedal significava. prometeu que te ajudaria com o mais difícil, mas deixaria todo o resto por sua conta.
as mãos dele permaneceram no guidão, junto das suas. ele assumiu a posição nos pedais e você ficou responsável por acelerar e frear. quando Agustín permitiu que você desse partida, você acelerou a moto timidamente dentre as diversas fileiras de motocicletas.
o vento correu pelos seus cabelos. só percebeu que não usava um capacete quando já pilotava há bons minutos. embora estivesse desprotegida, não sentia-se em perigo. os braços que a envolviam mantinham o seu corpo estável e seguro. ele a encorajava a medida que vocês avançavam, sussurrando "boa garota" vez ou outra rente a sua audição.
seu coração palpitava descontroladamente dentro da sua caixa torácica. as mãos estavam suadas e um arrepio corria por toda a coluna. o sorriso de satisfação não deixava os seus lábios. adrenalina pura corria pelas suas veias enquanto você acelerava ainda mais, deixando o evento para trás à toda velocidade.
adentraram a profundeza do terreno baldio, as luzes se tornando mais distantes à medida que avançavam. Agustín pediu para que você freasse e você o obedeceu. "agora você vai virar de frente para mim." ele ordenou. você não ousou desobedecer, girando o seu corpo para trás e acomodando as pernas sobre as coxas grossas dele.
apesar da meia-luz, conseguia ver a feição de satisfação do homem. gostou do jeito em que você o obedeceu tão facilmente. gostou ainda mais de ver os seus mamilos rijos através da camiseta fina. você não estava usando sutiã e depois de toda aquela adrenalina, seu corpo dava sinais de excitação.
Agustín não fez nada além de voltar a pilotar a moto, arrancando com uma velocidade assustadora. você prendeu as pernas ao redor dele e segurou os ombros alheios com força para se equilibrar. ele ainda mantinha os olhos nos seus e sorriu como se aquilo fosse muito divertido.
você o mirou. viu todo o evento atrás dele com suas luzes exuberantes e com a música alta. acima de vocês, as estrelas brilhavam com mais intensidade uma vez que estavam longe de toda a poluição visual da festa.
ao se certificar de que suas pernas estavam presas o suficiente, você inclinou o corpo para trás, deixando que a coluna tomasse a curvatura perfeita para que pudesse se encaixar no tanque de gasolina. sua cabeça descansou no guidão, à poucos centímetros das mãos bonitas de Agustín. você mirou o céu acima de vocês e abriu um sorriso, erguendo as suas mãos para cima.
Pardella assistiu tudo como se acontecesse em câmera lenta. a parte de baixo dos seus seios escapavam da camiseta pequena, deixando pouco para a imaginação. suas coxas o prendiam com força, causando uma bagunça dentro do jeans que ele usava. seu sorriso arrepiava os cabelos da nuca dele. suas mãos delicadas o faziam pensar em como elas ficariam bonitas segurando o pau dele.
deixou que você aproveitasse daquela sensação por alguns minutos até que decidiu estacionar a moto debaixo de um olmo volumoso. você já estava sentada novamente com um sorriso bonito nos lábios.
"o que você vai me ensinar agora?" você perguntou, se aproximando ainda mais. sentou-se no colo do homem sem pudor algum, sorrindo ao sentir a ereção dele roçar a sua coxa.
"posso te ensinar muitas coisas." Agustín abraçou a sua cintura com força, deixando que os lábios encontrassem o seu caminho até o seu pescoço. "todas elas envolvem você sem roupa."
"que sorte a minha." o tom manhoso dançou na ponta da língua. os lábios dele eram cálidos e gentis, embora as mãos fossem grosseiras e rudes. deixou que ele a apertasse, que a puxasse para mais perto dele, que fizesse o seu sexo roçar contra a ereção, como se você fosse uma boneca de pano. "faz o que quiser comigo, Agustín. eu deixo."
ele riu, como se não precisasse da sua autorização para ter você ao dispor dele. os dedos ligeiros subiram pela lateral do corpo até chegar na camiseta curta que você usava, a puxando para cima para que os seios ficassem expostos. Agustín suspirou baixinho ao vê-los, descendo os lábios até o mamilo esquerdo. o sugou com força, antes de mordê-lo levemente. você gemeu baixinho, rebolando o quadril conforme ele guiava.
o interior das suas coxas estavam queimando de calor e a calcinha já se embolava em uma bagunça úmida. o seu corpo arqueava a medida que ele lhe dava tanto carinho. suas pernas ainda envolviam a cintura dele com força.
a boca deslizou para o mamilo direito, o sugando com mais força que o anterior. um gemido baixo escapou dos seus lábios, o que serviu como estímulo para que ele fizesse de novo. e de novo, e de novo... até que você não aguentasse esperar por um contato maior.
"Agustín, por favor..." você gemeu baixinho, roçando a sua intimidade contra o sexo dele mais uma vez. um rosnado baixo escapou dos lábios dele enquanto as mãos foram até o botão da calça, o desabotoando. desceu o zíper da braguilha e puxou o pau ereto para fora da peça de roupa apertada.
seus olhos brilharam ao vê-lo. mesmo com a falta de luz, conseguia ver como era grosso. a cabecinha era rosada, bem desenhada, arrebitada. o membro era levemente curvo para direita, o que fez você sorrir. não era tão grande como era grosso, mas a largura compensava o comprimento.
Agustín rasgou a sua calcinha de renda com uma facilidade admirável. não queria nenhuma peça de roupa entre ou ao redor dele quando ele estivesse metendo em você. a cabecinha roçou dentre seus lábios, circulando no seu clitóris antes de voltar para a sua entrada. o argentino empurrou tudo de uma vez, não se importando com os gemidos altos que saíam da sua boca. suas unhas se afundaram nos braços dele devido a dor repentina de ter sido invadida, mas não ousou reclamar. mordeu o lábio inferior enquanto a sensação de formigamento se dissipava.
apreciando a sua obediência mais uma vez, ele começou a movimentar o seu quadril com as mãos. deixou que você quicasse e rebolasse no colo dele, enquanto ele focava em equilibrar a moto para que vocês dois não caíssem. você ficou mais vocal com o passar do tempo, gemendo alto e xingando obscenidades enquanto rebolava no pau dele com muita vontade.
"shh... você fica mais bonitinha calada." Agustín ordenou, tampando a sua boca com uma das mãos grosseiras. você sentiu o cheiro de nicotina entre os dedos, fechando os olhos para aproveitar aquela essência enquanto ele puxava o seu quadril com força. os barulhos de pelve se chocando era a única coisa restante. ele não era muito de gemer.
a mão deixou a sua boca quando confiou de que você ficaria calada, mas como que para se certificar, tomaram o seu pescoço em um aperto forte, roubando o ar dos seus pulmões. sua cabeça latejava e rodopiava, sentindo a falta do oxigênio afetar os seus sentidos lentamente.
estranhamente, aquilo era um ótimo estímulo junto do prazer que lhe era dado. seu corpo ficava entrava em estado de fuga e luta. desesperada para empurrar Agustín de si, para que pudesse respirar novamente, enquanto não queria que ele se retirasse do meio das suas pernas. que continuasse empurrando a sua cintura para frente e para trás, empurrando o membro desajeitadamente grosso entre seu canal apertado.
quando ele percebeu o sangue esvaindo das suas bochechas e os seus olhos se encherem de lágrimas, desesperados por um pouco de oxigênio, ele a largou. a marca dos dedos continuava ali, avermelhada, exibindo vergões na sua pele.
"faz isso de novo." você pediu, um pouco débil por estar se recuperando da privação anterior. Agustín sorriu, mais satisfeito com sua subserviência do que nunca.
"antes, quero que você vire para frente de novo." ele ordenou. quando saiu de dentro de você, você sentiu-se vazia. permitiu que ele a ajudasse a se virar, com as pernas trêmulas e sensíveis.
quando ele empurrou o seu corpo para frente para ter uma visão melhor da sua buceta, você sentiu o corpo se arrepiar pela ansiedade de ser enforcada novamente. Agustín empurrou tudo para dentro de uma só vez, assim como tinha feito antes. ele gemeu baixinho enquanto as estocadas se tornavam mais e mais violentas, mais e mais necessitadas.
a puxou pelo cabelo para que colasse o seu tronco ao dele, retirando a sua blusa de uma vez por todas. o que veio em seguida a fez agradecer por ele estar equilibrando a motocicleta. se fosse por você, vocês dois estariam no chão há tempos.
um dos braços dele rodeou o seu pescoço, enquanto o outro permanecia na parte de trás da sua nuca. ele estava te dando um mata-leão enquanto te fodia com toda a força que possuía. seus olhos se fecharam para aproveitar a sensação mais uma vez. seu coração estava acelerado, seu corpo lutando para obter o mínimo de ar que fosse. sua cabeça doía e implorava por oxigênio para que pudesse voltar a raciocinar.
seu interior se contraía violentamente, cada vez mais molhado, cada vez mais quente. ao pé do ventre, você era uma bagunça. suas coxas apertavam o metal gelado da motocicleta enquanto ele a invadia sem parcimônia. o seu ápice se aproximava em alarde, fazendo o seu corpo estremecer e suas mãos se fecharem ao redor dos braços dele.
você sentia a visão ficar turva, quase como se fosse colapsar, quando Agustín lhe soltou. uma golfada de ar invadiu os seus pulmões e você tossiu desesperadamente, aproveitando a sensação ardente de respirar novamente. seu corpo caiu sobre o tanque de gasolina e só quando a visão voltou a normalizar, conseguiu ouvir o homem xingando palavrões e gemendo baixinho enquanto deixava o seu interior.
"você fica linda caladinha." ele a puxou pelo cabelo mais uma vez, deixando um selar no seu pescoço quando você se aproximou. "mas fica mais linda quando está prestes a desmaiar."
96 notes
·
View notes
Note
juju do tumblr, como que você acha que seria a reação dos meninos do cast vendo a leitora usando uma daquelas camisas de "i love my boyfriend" com a carinha deles estampada ali?
agus lain: o mais ciumentinho de todos. ele ADORA. vai te mandar um monto de fotos dele e diz que é pra você fazer sete camisas pra usar nos sete dias da semana. e também vai comprar pra ele também, adora fazer uma breguice e sair combinando assim. pra ele é a coisa mais linda do mundo
enzo: o maior pesadelo da vida dele é você sair usando uma coisa dessas na rua. vai dizer que achou uma gracinha (ele solta uma risada genuína), mas que fica melhor dentro de casa mesmo. e se, por algum acaso, um amigo de vocês descobre sobre a existência da camisa, o enzo sente vontade de se enfiar em um buraco
agustín pardella: ele vai achar um puta tesão, principalmente se você comprar uma camisa grandona que fica parecendo um vestido. te pede pra dar um voltinha, assobia e acaba te fodendo em cima da bancada da cozinha mesmo
jerónimo: é claro que ele gosta, principalmente porque tem a cara dele estampada ali. e ainda tem a pachorra de te pedir pra fazer outra camisa, mas com uma foto dele sem camisa
esteban e fernando: os dois reagem de um jeito muito parecido, ficam meio bobinhos, meio envergonhados, porque é a cara deles ali e você tá usando como se fosse a estampa mais bonita do mundo. o esteban ainda age daquele jeitinho de homem de 30 anos com mente de 60, porque fica todo curioso pra saber como você fez aquilo. e o fernando te pede uma igual também, mas usa no sigilo, dentro de casa
simón: o ego dele vai lá nas alturas e não é à toa, né. vai te provocar dizendo que você tem sorte demais de namorar com ele e pergunta se não tem medo de alguém acabar se apaixonando por ele na rua. mas como o simón é um puto, você vai dar uma camisa com a sua foto pra ele também e, minhas amigas, esse homem vai usar a roupa pra ir até na esquina comprar um maço de cigarro de tão pau mandado que é
pipe: parece que você acabou de pedir ele em casamento, porque o pipe só falta chorar de emoção. acha que é a coisa mais linda do mundo que alguém já fez pra ele e fica todo bobo admirando, a maior felicidade dele é quando vocês saem juntos na rua e você está usando a camisa. eventualmente, também acaba fazendo uma igual com a tua foto
blas: é do tipo que no mesmo dia que ganha a camisa posta uma foto no ig todo orgulhoso e ainda bota um "tenho dona" na legenda, porque ele é gado SIM!!
#papo de divas 𐙚#agustin lain#enzo vogrincic#agustin pardella#jeronimo bosia#esteban kukuriczka#fernando contigiani#simon hempe#felipe otaño#matias recalt#blas polidori#lsdln cast#lsdln headcanon
75 notes
·
View notes
Text
LÁGRIMAS DE MADRE (1/2)
Pairing: Sihtric Kjartansson x fem!reader
Sinopsis: el hijo de ambos se pone enfermo en el peor momento que podría ser para ellos.
Warning: abuso verbal, niño enfermo, relación complicada, angst, infidelidad.
La noche que Sihtric se marchó de casa se sintió como una de las peores tormentas que en sus años hubo vivido. Que en la pequeña aldea de Coochkam se hubiera pasado y arrasado... El agua caía del cielo como la Biblia narraba el Diluvio que Noe y sus seguidores sobrevivieron, encarchando los suelos desnudos en barro y obligando a los habitantes de la aldea a refugiarse en sus hogares. Ni siquiera recordaba lo que estaba haciendo con su esposo, que momento antes la había despedido teniendo que atender unos asuntos con sus amigos en la muralla de madera y sobre cómo repararla, apareció goteando agua y con el barro en las botas. Los dos estaban en la diminuta cocina haciendo la cena, con velas encendidas por toda la casa. Su hijo, de cinco años, jugaba con una de las espadas de juguete en la zona más alejada, simulando que se enfrentaba a un oponente, cuando Sihtric entró en la casa colando el frío en la casa.
Como siempre, Sigbjörn iba a saludar a su padre y le preguntaba si al día siguiente irían a pescar al río que guiaba el camino a la entrada de la aldea. Eso siempre le hacia levantar una sonrisa porque conocía las intenciones que llevaba con eso. Pasar tiempo juntos. Aunque fuera solo un niño. Pero ese día Sihtric simplemente le dio un golpecito en la cabeza a modo de saludo y le mandó que fuera a guardar sus juguetes.
-Tenemos que hablar -le dijo, en voz baja, con cierto cuidado antes que alterar la presencia de Sigbjörn.
-Dime entonces.
Incluso había dejado la cocina haciéndose para hablar. Lo demás... No recordaba más que reproches y gritos, maldiciones lanzadas al aire y algo rompiéndose que la había hecho apartarse. Pareciera que la tormenta había entrado por las ventanas aseguradas. Luego, él salió de nuevo a la tormenta sin perder el tiempo, gritando una última maldición. Sigbjörn salió del dormitorio corriendo y preguntando por qué habían gritado y su padre marchado. Los dedos de ella solo pudieron acariciarle la cabeza, la revuelta melena pelirroja que herederaba de ella sin ninguna duda, y besado su cabeza asegurándole que regresaría. No mencionó nada de lo ocurrido por su temprana edad y entendimiento. Un niño no tendría que soportar los actos de los adultos. Así comieron, los dos juntos, y a la hora de marcharse a la cama, el amor de una madre lo arropó.
Sihtric no regresó esa noche ni a la mañana siguiente.
Sigbjörn jugaba con los demás niños de la aldea en la plaza, o en lo que tendría que ser. Con el gobierno de Uthred como hombre de confianza del rey, aquella aldea había pasado de ser cristiana a una residencia para ambas religiones enemigas. Se había levantado una iglesia de piedra con la abadesa Hild de representante de la cristiandad. Mentiría si aun estando casada con un danés buscaba consuelo en los brazos de Dios. Al lado, la residencia del gobernador de la ciudad, ahora Uthred, se levantaba en madera y era el centro de la aldea. Los niños adoraban jugar ahí porque el terreno de delante era espacioso y nunca estaba lleno de obstáculos ni gente pasando con los animales de un lado a otro.
Ese día Hild estaba fuera aconsejado a unas monjas que entraban y salían a comprar. Ambas habían hablado sobre los adornos de la festividad que se acercaba y los problemas que podrían suponer en caso de que hubiese mucho alcohol y fuego de por medio.
-Cierto es que a Siggy le hace ilusión asistir. Me ha pedido que le haga una corona.
-Un buen muchacho, entonces -corroboró. Había sido ella la que atendió el parto cuando la comadrona poco podía hacer con la escasa ayuda-. No pide más de lo que un niño querría.
Milly asintió.
De repente, la pesadez se instauró en su pecho. Hild torció la cabeza, en señal de curiosidad por lo que le pasaba por la cabeza, y le puso la mano en el brazo con suavidad.
-¿Ocurre algo?
-Sihtric no ha dormido en casa.
-Ayer tuvieron que arreglar la muralla en medio de la tormenta. Se entretendrían para ponerla recta -dijo ella-. Podríais haber dormido en la iglesia con nosotros si lo pasasteis mal.
Milly cabeceó recordando la discusión. Los insultos y maldiciones. Lo que él le recriminaba haber hecho sin pruebas. Lo poco que había dormido había sido por culpa de esas palabras y al recordar su rostro furioso. Como no había dormido en casa, pensaba que habría regresado a la muralla o dormido en la casa de Osferth dado que era el único que no le molestaría. Pero cuando se lo había encontrado y dicho lo contrario acabó de darle otro sentido a lo que su mente maquinaba y, al mismo tiempo, amenazaba en crear escenarios.
-No ha vuelto esta mañana. Siggy me ha preguntado por él y piensa que se ha marchado de alguna aventura con los demás.
-Pero no lo ha hecho. Ingrith y Finan están aquí. Hoy han entrado a rezar unas horas.
-Explícale eso a un niño -respondió, acariciándose el estómago que comenzaba a revolverse-. Pienso... Qué tal vez la tormenta fuera a peor.
Hild respiró con fuerza, como si buscase inspiración en sus pensamientos. Ojalá ella pudiera hacer lo mismo.
-La iglesia siempre estará abierta para vosotros. Y estoy segura de que ese hombre tuyo puede ser...diferente a otros hombres.
Y tanto que lo era. Pagano, por mucho que intentase engañar a su mente. Pero ella también era diferente, siendo cristiana y todavía practicando mucho de sus ritos con algunas de las personas de su misma religión de la aldea. Ciertamente podría haber optado a otra persona llegado el momento, para establecer una alianza que beneficiase a su padre y consolidara el poder de la casa real a ka que pertenecía con un matrimonio beneficioso. Pero tras las consecuencias del asedio a Wessex por los daneses, su padre había declarado que su presencia bajo la protección de Lady Aethelflaed dentro de Mercia con los hombres de confianza de Uthred había sido más un lastre que una ventaja para los britanos de Gales. Su virtud puesta en duda, y un matrimonio arreglado con el hombre que había aceptado como su esposo y antes un amante. Lo cierto era que su historia se remontaba sin conocerse a cuando era una niña sin darse cuenta. Pero era un matrimonio mejor que vivir en un castillo encerrada pariendo y rodeada de infidelidades y criados.
Milly apretó suavemente la mano de Hild. Sus labios se elevaron en una sonrisa triste, pero no perdió la esperanza. Todavía podía ser que aquella discusión fuweaa producto de un estado de embriaguez, que tampoco sería extraño dada la facilidad para celebrar que los hombres tenían cuando conseguían una pequeña victoria.
-No quiero que Siggy piense que su padre desaparece siempre que puede. No es... No es como antes.
Porque ahora había paz. Una tregua entre daneses y cristianos. Una que se mantenía fuerte y resistía. Tampoco había amenaza alguna. Hild sonrió con cierta burla, pero tampoco fue mala.
-Parece que no conoces a esos muchachos, niña. Pero mantengo mi palabra. Si tienes duda alguna, preguntale a Uthred.
Ella asintió con razón. Lo cierta era que podía hacerlo, preguntarle si estaba ahí. O dónde podía estar. Quizás lo hiciese.
-Gracias, Hild.
-Que dios vaya contigo.
Sigbjörn regresó corriendo de su juego. Tenía barro en los pantalones y su cara estaba igual de roja que la de una hoja en otoño. Sus cortos brazos rodearon su cintura como pudo, sonriendo y con el pelo pegado en la frente. La suave llovizna lo hacía parecer un perro mojado, pero no oler como tal. Milly le dio la mano con efecto, mirándolo.
-¿Ya tienes hambre?
-Madre, tengo calor.
Hild se inclinó hacia él, el rostro blanco y sonrojado. Sus ojos claros lo miraron atentamente como si examinara uno de los tomos que llegaban a la iglesia todos los días.
-Parece acalorado.
-Qué voy a hacer yo con este niño. ¿Te encuentras mal?
El niño negó con la cabeza.
-¿Padre va a enseñarme a pescar?
-Preocupate más porque terminemos hoy de comprar lo necesario para la comida. Si te portas bien puede que te enseñe.
La promesa no fue en vano. Sihtric era un padre cariñoso, prometiendo al nacimiento de Siggy que sería mejor hombre que el hombre que lo había criado como su hijo bastardo -ni siquiera lo llamaba padre, algo que jamás se había considerado- y educarlo con el respeto y honor de un guerrero danés. Ella esperaba educarlo en valores cristianos sin presionarlo, algo que ambos habían prometido hacer para no forzarlo a elegir... Pero a él le hacia ilusión enseñarle el valor de los daneses, de su cultura y costumbres, para educarlo como un buen guerrero llegado el momento. Las noches en vela contando sus aventuras antes de conocerlos no faltaba, con los tres tirados en la cama de matrimonio y Sigbjörn quedándose dormido con ellas. Así desde que había sido un recién nacido, frágil y dependiente de su madre.
El resto del día hicieron la compra en el mercado de la plaza, comprando verduras y carne recién trabajada del exterior. Lo que sobrase serviría para la cena y tal vez para la comida del día siguiente. Sigbjörn se quejaba a cada puesto que caminaban, sujetando su mano y cargando la cesta de la verdura más ligera. Aún era un niño, pensaba viendo sus ojos claros, piel suave y regordeta en las mejillas, un bebé a sus ojos, pero dentro de unos años tendría que prepararse para la batalla en caso de que llegase. Cuando cumpliese la edad suficiente. Le habría instigado a aprender el estilo de combate de sus parientes en Gales, pero dada la lejanía de la aldea con el reino vecino del oeste... Era casi un milagro que casi se conocieran abuelo y nieto. El día llegaría, y ella tendría que separarse de su niño, su bebé, el niño enfermizo que había salido de ella y reclamado su atención los primeros meses.
Hicieron la comida y comieron, nuevamente solos. A la hora de recoger, Sigbjörn volvió a salir tras recoger sus cosas y se fue a la casa de la mujer de al lado reclamando que era hora de volver a jugar. Milly sonrió a través del cristal de la ventana al verlo hablar con uno de los niños, sonrojados ambos por el frío de fuera. Se le encogió el corazón de felicidad. Era un niño que adoraba estar con gente. Con el niño fuera, recogió lo que quedaba por ordenar de la cocina y se sentó en una silla al lado del dormitorio, sacando de una cesta de paja la tela blanca en la que llevaba trabajando meses. La costura no era una de sus pasiones, pero era cierto que sus bordados eran de los mejores y Siggy necesitaba ropa de invierno adecuada para lo que se avecinaba. Le había pedido a Ingrith lana a cambio de unas telas que sobraban de la última costura para forrar el chaleco interior. Lo que sobrase de la lana podía ir a parar al forro interior de alguno de sus vestidos.
Al poco de empezar, la puerta se abrió y entró una persona. Milly dejó de tararear y de trabajar alzando la cabeza. Sihtric estaba ahí parado, con el pelo rizado por los hombros y la barba incipiente de los últimos días. La aguja se detuvo a mitad del trayecto, cuando ella contuvo la respiración.
-Tienes la comida en la mesa, si no has comido fuera...
Sihtric pasó por su lado, haciendo un esfuerzo por no mirarla, rápidamente. De un momento a otro, ya estaba entrando y saliendo del dormitorio.
-¿Y Sigbjörn?
Casi nunca llamaba por su nombre completo a Siggy. Solo cuando se portaba mal o era algo serio. Vio la primera alarma.
-En la casa de la vecina. Iban a buscar piedras cerca del río... -no acabó la oración, puesto que él había regresado al dormitorio y ya se escuchaba la madera sonar.
Milly se levantó y lo siguió. Dentro, la escena era decadente. No venía a descansar como Hild habría aconsejado de una larga noche y día trabajando en la muralla... Estaba recogiendo algo de ropa y metiéndola en una bolsa de cuero. Todo muy rápido.
-¿Uthred os ha llamado para iros? Habría llevado las armas al herrero.
No hubo respuesta. Su corazón se apretó, y tiró de las mangas de su vestido. Milly dio un paso al frente.
-Aunque para eso tiene que ser de repente. Puede que el rey lo necesite, no sé -murmuró, tragándose el manojo de nervios que aumentaba en su pecho a medida que él sacaba más ropa del baúl. Sihtric no se atrevía a mirarla, concentrado en su trabajo-. ¿Para cuándo volverás? Siggy quiere que le enseñes a pescar.
Sihtric se levantó, entonces, echándose la bolsa de cuero al hombro una vez cerrada. Parecía pesada, pero conociendo su fuerza dudaba que eso lo echase para atrás. No llevaba ningún armas. Aquello solo significaba una cosa: no iba a marcharse de misión con Uthred, Finan y Osferth. Pero sí que se marchaba, y por toda la ropa que se llevaba... Iba para largo. Entonces, Sihtric se quedó en pie quieto.
-No voy a enseñarle a pescar -dijo, firme y seco, sin dar más explicaciones-. Iba enserio.
-No puedes decirlo enserio -habló, entonces, cerca de alzar la voz por tremenda ofensa. Se refería a la discusión de la noche de antes, de lo que había escuchado antes de regresar a casa y el motivo por el que no había dormido con ellos. Milly apretó los labios, al ver que los ojos de Sihtric no se atrevían a posarse sobre ella. Como si fuera la vergüenza lo que le negase esa fuerza de voluntad, no la timidez-. Que te creas esa...farsa de borrachos a medianoche.
-Sería traición si lo hubiese dicho estando borracho.
Milly apartó la cabeza.
-¿De verdad lo crees, que te he sido infiel y Siggy no es tu hijo? Míralo a los ojos, sois idénticos. No te he engañado, eres el único hombre con el que he estado.
Encima de verdad.
-Es muy pelirrojo.
Pelirrojo. Esa era su escusa.
-¿Te tengo que explicar que toda mi familia es pelirroja aunque solo uno de mis padres lo sea? Pareces un necio por creerte esa mentira.
Por un momento, vio la tensión que se acumulaba en la base de su cuello, en la fuerza de voluntad que estaba haciendo en mantener esa conversación con ella. A Milly fue lo que más le dolió, que no confiase en ella después de cinco años juntos y con un hijo al que había cuidado ahora con falsas promesas. Un mentiroso. Era un mentiroso que se apoyaba en sus propios miedos por lo que le había pasado con su anterior esposa. Aquella mujer con la que había estado varios años, antes de conocerse, y de la que había descubierto que le era infiel cada vez que se marchaba de casa. A Sihtric le había dolido, sobre todo el enterarse que los dos hijos a los que había visto crecer y criado en el poco tiempo que pasaba por cada no era realmente suyos, sino de sus antiguos clientes al haber sido prostituta.
Milly nunca había hablado de ella porque era un tema delicado que todavía le hacía daño, el haberse enterado de la peor manera y en un momento poco idóneo. Y ahora le estaba haciendo lo mismo a ella, culpándola de una posible infidelidad e intentando llamar al hijo de ambos como bastardo. El miedo que siempre le había rodeado a él por el tipo de infancia y adolescencia que tuvo. Se mordió el labio, sabiendo que era imposible demostrarle más allá de los hechos ocurridos hace cinco años si era realmente su hijo o el hijo de un hombre cualquiera. Así pensaba de ella. Una embustera con falsas promesas de fidelidad y lealtad hacia su matrimonio.
-No te he sido infiel.
No hubo respuesta. Como era de esperarse. Sihtric pasó por su lado, evitando tocar su hombro cubierto por la tela gruesa del vestido. Su olor lo acompañó hasta la puerta, el olor de la nieve, el cuero y el bosque. Los rizos a sus espaldas chorreaban como si acabara de bañarse.
-Al menos ten la decencia de decírselo tú a Siggy, ¿no?
Pero él ya se había marchado.
Y a ella dejado sola, en las sombras que la luz no llegaba a tocar en una casa pequeña de madera que necesitaba la presencia de un hombre.
Pasaron dos días en los que Sihtric no volvió a casa ni supo nada de él. Ni siquiera un susurro en la aldea. Esos días, había pasado el tiempo hablando con Hild en la iglesia, las veces que dejaba a Siggy al cargo de Ingrith que encantada lo dejaba entrar a ayudarla a trabajar la lana, y buscaba consuelo en la casa de Dios como se le había aconsejado. Puede que encontrase algo de paz en sentarse de rodillas y rezar oraciones en silencio, a la vieja usanza cuando era una princesa britana y muy religiosa. Hild la acompañaba, y la abrazaba cuando se le escapaba alguna lágrima recordando lo que le tocaba vivir ahora con un esposo que la repudiaba. Y que no estaba por la aldea.
También pasaba tiempo con las mujeres del pueblo, ayudándolas en los recados y en lo necesario para la festividad que se acercaba. Tantos días pasaron que estaban a las puertas de darle la bienvenida a esa festividad pagana. A Siggy le hacía más ilusión que a cualquiera, correteando de un lado a otro y preguntándole si estaba lista su ropa. Se refería a la ropa que necesitaba un arreglo, de la más formal para ese tipo de festividades.
-Mami -escuchó un día desde el dormitorio. Ella estaba trabajando lo que quedaba de carne para la comida de mañana, habiéndolo acostado hacía rato creyendo que ya se habría dormido.
Milly fue corriendo al dormitorio, extrañada de que estuviera despierto y la llamase. Normalmente se levantaba e iba él, a no ser que estuviera muy cansado de jugar. Cuando lo vio tumbado en la cama, arropado tal y y como lo había dejado, pero con la frente empapada de sudor, el estómago de Milly se revolvió recordando los días en los que había estado enfermo de más pequeño.
-Me duele la tripa -sollozaba, apretando los ojos, o incapaz de abrirlos. Milly se acercó con una vela a la cama, posando la mano sobre su frente empapada el sudor...caliente. Estaba ardiendo-. Mami, me duele mucho.
Hizo lo que pudo la primera hora. Mojó varios paños en el agua de la palangana que usaban para lavarse las manos, y se la ponía en la frente para bajarle la temperatura y limpiarle el sudor. Apartó la pieles de la cama, haciendo a un lado las más gruesas y dejando una de las más finas que lo protegiera contra el frío. Los deditos de Siggy buscaron los suyos en cierto momento, solo para descubrir que también ardían y toda su mano estaba roja. A Milly se le cayó el corazón al suelo, al ver que la temperatura no le bajaba y la luna estaba en lo más alto. Volvía a llover, pero no con la misma rabia que la última vez, ahora solo unas cuantas gotas de seguido. Había gente pasando por delante de la ventana de la cocina, por lo que no todos estaban en la cama. Seguro que algunos estarían en la la taberna disfrutando de la noche antes de acostarse.
Para Milly eso era otra realidad. En otra ocasión significaría tener que esperar a que Sihtric llegase o ir a buscarlo directamente para avisarlo de lo que sucedía. Pero esta vez estaba sola, con un hijo enfermo que iba empeorando. Solo le quedaban unas opciones. Milly maldijo, pero se apretó los lazos del vestido antes de asegurarse las botas y caminar nuevamente hacia la cama. Ahí, agarró algunas de las pieles más ligeras y cogió en brazos a Siggy, cubriéndolo antes de salir de la casa en busca de ayuda. Había una curandera además de Eadith, que ahora residía cerca de la casa del gobernador de la aldea por petición de Uthred. Pero quedaba más lejos que la mujer que había ayudado a su hijo a nacer hacía cinco años, cuando el parto se complicó y la fiebre del recién nacido subía en sus primeros días. Siggy sollozaba en su cuello, ocultando el rostro ahí, con una respiración entrecortada que solo hacía que le pesase más el corazón cada vez. El sudor no tardó en mojarle el hombro, o la lluvia sobre sus cabezas, o ambas cosas.
La cabaña de madera, con un pequeño patio donde habían plantadas unas flores medicinales, seguramente, estaba a unas pocas de la suya. La vieja madera estaba oscura, pero además de eso estaba bien cuidada. La curandera era una chica que había enviudado al poco de casarse, sin hijos, su esposo víctima de la enfermedad que asoló Mercia y se desplazó hacia el norte al mismo tiempo que el rey merciano fallecía. A Milly siempre se le ponían los pelos de punta cuando cruzaba la casi caída cerca, puesto que recordaba los aullidos de dolor que la mujer había dado
-Señora, es muy tarde -anunció. Tenía el pelo revuelto, y debajo de una vieja manta un camisón blanco que se esforzaba por ocultar-. ¿Qué ocurre?
-Es Siggy -le acarició la espalda debajo de la manta, atenuando sus llantos-. Tiene fiebre y se quejaba del estómago. Creo...creo que tiene algo.
-Siempre ha sido un niño enfermizo -apuntó sin maldad alguna, y asomó la cabeza para verlo...de lejos. Las mejillas de la mujer se pusieron rojas-. Me temo que no puedo atenderlo ahora. Tal vez Eadith pueda, estaba despierta cuando Lord Uthred ha regresado.
Milly apretó los brazos abrazando a Siggy. El niño se revolvió, temblando e intentando esconderse con más profundidad en su cuello delgado.
-Oh -balanceó a Siggy como si lo meciera, intentando dormirlo aunque el dolor y la fiebre se lo impidieran.
En la cama había una persona, un hombre. No le daba la cara, solo podía verse su espalda bien formada y ancha, probablemente un hombre de su edad o cercano a su edad. Iba sin camisa, y estaba tapado de cintura para abajo por unas pieles que lo protegían. Milly apartó la vista de esa imagen. Hasta que vio los rizos que dejaban al descubierto un tatuaje oscuro que recorría su cuello y ascendía por la curva del centro de los hombros hasta la nuca de nuevo a la cabeza. Intrincados patrones que reconocía a simple vista.
Milly lo reconocía. Lo reconocía por haber pasado los dedos por él, por haber trazado su forma siempre que podía. La sombra de un significado clavado en la piel blanca de un hombre. Cuando hacía sus trenzas, cuando le cortaba el pelo que acababa por molestarle en la cara y se hartaba de las trenzas o las coletas. Fue a tragar saliva, pero se encontró en que su cuerpo no respondía. Peor hubiese sido montar un escenario cuando su hijo estaba más que enfermo. La curandera tuvo que darse cuenta de lo que ella había alcanzado a ver, y acercó más la puerta en un intento de ocultarlo. Su rostro no mostraba emoción alguna más que con la que había abierto.
-Puedo intentar algo, pero no... -extendió la mano para retirarle el pelo de la frente, pero ella fue más rápida al esquivarla. La mano se quedó en el aire, la sombra de un buen acto intentando ocultar un pecado.
-No, eh, No. No lo toques.
A Milly no le importó que la falda se le manchase de barro y lluvia, ni que las botas se le apretaran en los dedos con la fuerza con la que los apretó. Lo que más le importaba era salir de ahí, olvidar esa imagen y poner a salvo a su hijo. Sin dejarla acabar, se dirigió al segundo lugar seguro que podía refugiarlos a ella y su pequeño niño, y caminó hacia él con el rostro empapado de lluvia y sal.
Cuando la puerta de madera oscura de la casa de Ingrith se abrió, el rostro de Milly estaba igual de rojo que el de Siggy temblando en sus brazos por la fiebre.
La fiebre de Siggy no disminuyó aunque se pasase las horas rezando mientras Ingrith y Eadith hacían todo lo posible para bajarle la fiebre . El dolor de vientre al menos disminuyó tomando unas hierbas purgatorio, que lo ayudarían si las continuaba tomando cada ciertas horas. Hild apareció al escuchar la noticia de labios de Finan, que obedecía a todo lo que Eadith le pedía de ayuda e incluso había ido a despertar a Osferth para que moviera el culo y ayudase, según dijo cuando apareció con el pelo pegado a la frente y ojeras bajo los ojos.
Ella solo podía rezar. Y mirar cómo el niño que había salido de ella sufría y lloraba cuando se despertaba alucinando por la gravedad de la fiebre. No... No estaba preparada para eso, para verlo sufrir. Si fuera por ella, tomaría todo su dolor y se lo pondría encima siempre y cuando su pequeño estuviera libre de todo mal. Si el padre Beocca siguiera vivo, le hubiese pedido unas oraciones y consejo. Pero estaba Hild, que había sido aconsejada tantas veces por él que se la podía considerar un segundo padre Beocca.
-¿Qué le ocurre, Eadith?
-Seguramente sea un resfriado. Si es un niño enfermizo es probable que siempre sea lo mismo.
-¿Enfermizo? El condenado tiene mejor salud que todos nosotros y muerde como un perro -ladrón Finan desde el otro lado, ganándose un golpe de su mujer.
Osferth dejó de cortar con una cuchilla los tallos de una raíz para pasar por su lado. Milly acarició suavemente los rizos por el sudor que se formaban tras las orejas de su hijo, con tanta delicadeza que temía que el hacerlo más fuerte lo rompería en pedacitos.
-Decía que le dolía la tripa.
-Y ya hemos solucionado eso, pero la fiebre... Eso es lo que me preocupa ahora.
Solo era un niño, se dijo en sus pensamientos conteniendo las lágrimas. Las que no había derramado ni en el peor momento de su familia y que contenía con tanta fuerza que le pesaba la cabeza. Un niño alegre y enérgico capaz de hacerse amigo hasta de su peor enemigo, y sólo con cinco años. Había dejado de ser el niño enfermizo cuando superó los dos años, como si Dios hubiese escuchado sus plegarias para volverlo un jovencito fuerte para el mundo en el que vivían.
Milly y Finan se quedaron solos. Los demas fueron a buscar cada uno por su cuenta; Ingrith al río a por agua, Osferth acompañado a Eadith a por mas hierbas de su casa. Sin embargo, ninguno dijo nada. Se quedaron en silencio, con la suave respiración de Siggy de fondo. Por la ventana entraban los primeros rayos de sol, del amanecer. Se pasó la lengua por los labios. Llevaban toda la noche despiertos cuidando de él y no mejoraba, solo habiendo conseguido solucionar uno de los pocos problemas
-¿Y el condenado de su padre?
-Por ahi -respondió secamente, acariciando la mejilla regordete de Siggy.
Ni lo sabía ni quería hacerlo. Aunque conociéndolo continuaría en la cama de aquella mujer mientras su hijo luchaba contra la muerte. Su falso hijo, ahora. Él lo llamaría así para olvidarse el compromiso que tenía con ellos, la promesa de protección que les había dado desde el primer momento que supieron que estaba en camino.
-Le traeré de los pelos como lo encuentre -lo escuchó bufar-. Su hijo aquí...
-Dijo que no lo consideraba su hijo por ser muy pelirrojo -escupió, tensando loa lavios por la brusquedad con las que salieron sus palabras-. Si él lo considera así, entonces no quiero volver qaverlo, Finan.
Vio la sorpresa cruzarle el rostro, que en algún momento habría sido joven y disfrutado de la buena vida por las arrugas que comenzaban a formarse en las comisuras de sus ojos y en la frente. La sorpresa se convirtió en enojo, y el enojo en rabia que apareció en la forma con la que agarraba la empuñadura de la daga y la fogata en sus ojos.
-Comadreja. Ahora como lo pille te prometo que le castraré. Hablarle así a su esposa, a su hijo pequeño, sabandija. Cuando lo vea...
-Gracias. Pero ahora prefiero asegurarme de que Siggy esté bien. Es lo más importante.
-Deberías descansar -aconsejó Eadith de buena gana-. Siggy está en buenas manos, señora.
Señora. Era un apelativo que no escuchaba en mucho tiempo y que se refería a su antiguo estatus. Descansaba esentada en frente de una mesa con comida que Ingrith amablemente le había dado. Ahora, casada con un pegano, lo habría perdido a ojos de cualquier cristiano. Y más en Wessex. Aunque continuaba teniendo la sangre de Hywel, del rey más querido de Gales. Y ahora que probablemente Sihtric la repudiaba como su esposa, buscando otra que realmente le compensara todo el daño recibido de las anteriores, podría regresar a... No, eso no podría ser.
-Siggy quería ir a la fiesta. Le dije que se lavara los días de antes, para tener buen aspecto... ¿Es mi culpa que esté enfermo? ¿Por qué ha cogido frío al salir del agua? Los niños son muy delicados.
-Él es fuerte. Nunca se habría resfriado por eso teniendo una salud tan fuerte... -Eadith sonrió como pudo, sin mucha fuerza pero tampoco como si le diera pena que una madre derramara penas y se echara la culpa del estado de su hijo-. A veces los niños se ponen enfermos. Eso que dijo Finan de que era duro es cierto, señora. Lucha como un guerrero.
Lo sabía. Lo sabía demasiado bien. En lo profundo de su corazón conocía los comportamientos de los enfermos, de los curanderos cuando sabían que se acercaba el final de la vida. Y que Dios los tuviera en su gloria después de eso.
-Él... Se puso enfermo al poco de nacer. Ingrith lo cuidaba mientras yo me recuperaba del parto, pero aun así sabía que podía morir. Era tan pequeño, tan delicado... -su voz perdió fuerza, con el recuerdo de las incontables noches sin dormir y su lento proceso de recuperación. Cuántas veces se había despertado con los llantos de su hijo recién nacido, de la ayuda que Ingrith le había brindado y de las recomendaciones del curandero cuando creían que iba a morir. El cómo ya desde pequeño habría tenido que trabajar en la manta de la sepultura... y cómo se había recuperado y recobrado las fuerzas-. Las madres lloramos la muerte de nuestros hijos antes de tiempo.
Recordó la tela blanca en la que llevaba semanas trabajando, en cómo decorarla y en qué podrían usarla más que en una manta para decorar la cama. Entonces se le vino a la cabeza que podría ser parte de un anticipo a lo que ocurriría, en lo que decoraría a Siggy y estaría con él en la otra vida. Ojalá lo hubiese bautizado, pues ahora se arriesgaba a dejar el alma de su pequeño hijo vagando por la eternidad. Nunca volverían a estar juntos, ni en la otra vida ni en ningún lado. Si Siggy moría...entonces ella moriría de pena. Estaba sola, estaría sola sin marido y sin hijo.
-Me hubiese dado cuenta antes. Siempre estoy con él, pero ahora... Los dos estamos solos en un mundo de crueldades, Eadith. Tu lo sabes más que nadie, me temo.
-Así es.
Y si le había molestado decirlo tan airadamente, no replicó con nada y solo se sentó con ella al lado de la cama donde el niño respiraba con dificultad. Como si su propio cuerpo estuviera en una lucha contra él mismo. Tenía las mejillas sonrojadas, casi rojas, y sabía con solo verlo que estaba sufriendo. Milly titubeó al principio, pero al final se inclinó sobre la cama y agarró la mano sudorosa de su pequeño hijo, sintiendo la suave presión de su carne y deditos cuando notó su presencia. Casi la hizo sonreír, el ver que su hijo era el doble de fuerte por ambos.
Entonces, retiró la mano a regañadientes, torciendo el gesto mientras se apartaba las lágrimas que amenazaban por derramarse. Eadith se levantó para dejarle espacio al salir del pequeño dormitorio.
Tenía que escribir una carta.
-Asegúrate de que llegue pronto, por favor.
El hombre cabeceó una respuesta, confirmando que se daría la mayor prisa posible desde el primer momento. A Milly no le quedó otra que confiar en él, y en el peso que llevaba en sus manos. Eadith se marchó para recoger unas cosas más que pudieran aplacar la fiebre en crecimiento de Siggy, así que la dejó marchar. Y fue en ese momento en el que se dio cuenta de que estaba sola con su hijo después de varios días
Entonces, en ese momento privada de compañía, Milly se permitió un lujo. Un pequeño lujo que solo una madre en ese momento, ese pequeño momento que tenía para ella, se permitió reconocer. Su corazón se oprimió con tanta fuerza al dejar las lágrimas salir
Vio el anillo. El dichoso y hermoso anillo que todavía significaba algo para ella y para la institución que ofició su boda. Un matrimonio. Una lealtad. Una promesa. Algo que en esos momentos ya no existía y a la que maldecía internamente como el responsable de todo lo que ambos estaban sufriendo. Porque en esos días había aprendido una cosa: los hombres solo se preocupaban por ellos mismo, y por confirmar sus sospechas. Sihtric había tomado su decisión, así que era el momento de que ella tomase la suya. Sin más preámbulos, Milly se sacó el anillo que decoraba su dedo anular, el dedo de las promesa ahora convertidas en cenizas, y lo aplastó de un golpe en la mesa. El anillo brilló, un objeto muy valioso ahora convertido en un tormento que le pesaba en el alma.
El de una atadura que la consumía. Que maldecia sus acciones.
-Sabía que estaríais solos -escuchó la puerta abrirse, el sonido de las bisagras crujiendo. Ahí estaba Ingrith, con una cesta seguramente con más comida. ¿Cuánto había pasado? No dormía ni comía, no desde que su hijo estaba enfermo. Él tampoco, y lo poco que comía era cuando despertaba-. He visto a Eadith salir al bosque a por plantas.
-Hola.
Ingrith dirigió su atención al anillo que ahora estaba al otro lado de la mesa, con una mirada intrigada, pero no dijo nada y se acercó a ella. Si también vio el rastro de lágrimas secas en su cara, tampoco lo comentó. Ella entró y cerró al puerta tras de sí. Dejó una cesta
-Te vendría bien comer algo.
-Ya he comido. Antes, pero a Siggy le ha vuelto a subir y...
-Por eso más que nunca deberías hacerlo.
Hubo un silencio entre ellas que podría cortarse con un cuchillo, pero no de tensión. Escuchó un suspiro escapar de los labios de la mujer rubia.
-Finan me ha dicho que Sihtric no ha estado con vosotros y...me he hecho una idea de lo que ocurría. De lo que podía pasar. Lo lamento mucho, que él resulte ser u desgraciado.
-Él se fue y no ha vuelto -quiso dejar clara su posición, y lo que ella consideraba adecuado-. Ha dejado claro que ya no le importamos, así que soy la única que se preocupa por Siggy.
Ingrith se alisó la falda sentándose a su lado. La silla crujió por el peso, pero más parecía por la pesadez de los recuerdos de aquella casa que en algún momento hubo sido un hogar feliz.
-Antes he visto que le dabas una carta a uno de los guardias.
-Ah, sí -dijo ella-. Le he pedido que lleve la carta a la capital, directamente a Aldelmo, que él sabría qué hacer con ella. Confío en Eadith y en sus remedios, pero mi hijo... Si sobrevive no quiero seguir viviendo aquí, arriesgándome a que se pueda volver a poner enfermo y estemos solos. No, no podría.
El peso en su pecho no se aligeró ni cuando lo dijo, lo que había escrito en la carta que llegaría directamente a Aldelmo, y a partir de ahí directamente a la fortaleza de su hermano cerca de la frontera con los mercianos. Él sabría que hacer, al ser el primero que quería sacar a su hermana de ese territorio impío gobernado por paganos y que el rey se lo permitía. Él ayudaría. Confiaba en ello.
-Y de todas formas, quiero que Siggy sea bautizado. Me niego a verlo morir sabiendo que su alma vagará sin rumbo sin poder ir al Cielo, a no verlo nunca más -tras decirlo, sus dedos pasaron por la ropa que todavía quedaba por arreglar de Siggy. La que hubiese llevado... Su amiga cabeceó un asentimiento, sabiendo a que lo que se refería con ello. También era cristiana, aunque dejase de lado muchas veces su religión y se lo tomase a la ligera.
-Sihtric se enfadará -respondió Ingrith, suavemente, pero dándole la mano en un gesto de apoyo.
Le dieron ganas de burlarse, pero el decoro se lo impidió.
-Para cuando nos marchemos ya no importará. Me dijo tantas cosas esa noche, y al día siguiente no pudo ni mirarme a los ojos para preguntarme si Siggy era realmente su hijo. ¿Y sabes cuál fue su excusa? Que se parecía demasiado a mí. Es la primera vez que lo he odiado. Pero ahora me temo que lo desprecio y lamento.
Ingrith se mordió el labio inferior, como si intentase no preguntar lo obvio. El resultado de la discusión. Le dio una mirada más al anillo. Juró que de poder hacerlo, lo hubiese fundido en ese momento.
-Estaba en la cama con otra persona antes de que llamase a vuestra puerta -agachó la cabeza avergonzada, de los actos de él y de lo que estaba siendo soportar tantas cosas al mismo tiempo. No sé atrevió a mirarla, aunque supiera que el corazón de Ingrith era amable y abogaba por la paz y el bienestar. Los ojos volvieron a picarle-. Pero yo soy la infiel, la que ha parido a un bastardo.
Los ojos de Ingrith volvieron a posarse en el anillo, y luego en ella. En ellos vio la duda, la confusión, el misterio que todavía quedaba en el aire y los motivos por los que Sihtric había tenido la lengua suelta de insultarle de aquella manera.
-Tal vez hablarlo sea bueno. Él también ha sido parte de la vida de Siggy.
-Siggy no sabe lo que ha pasado. No ha tenido el valor de hablar con él -su voz flanqueada. En algún momento su corazón tuvo que romperse y su resistencia con ella, porque se había echado a llorar-. Y ahora mi niño se muere y no soy capaz de hacer nada mas que pedirle ayuda a mis hermanos.
Ingrith se marchó tras asegurarse de que comiera y estuviera bien. Le prometió que estaría la noche en vela cuidando de Siggy mientras ella intentaba descansar, pero una vez se fue Milly hizo otra cosa. No podía estar con su hijo, así que lo único que podía hacer por él era trabajar por su cuenta en algo para él. Recogió sus juguetes del suelo, intentando no echarse a llorar cada vez que encontraba uno que todavía guardase su olor. Su ropita, pequeña, aún tenía su olor. Rebuscando en el armario encontró la manta que lo había tapado cuando era solo un bebé recién nacido, en la que había trabajado durante los meses de embarazo para envolverlo nada más naciera. La miró unos minutos, inspirando cerca de ella el olor que todavía guardaba de cuando solo era un bebé, su olor natural y la leche.
Encontró alguno de sus antiguos juguetes también. Los animales de madera tallados por su padre antes de nacer, un regalo que quería que tuviera al estilo de los niños daneses. Algunos llevaban talladas runas, que en su momento le habían disgustado pero con el tiempo acostumbrado como simples decoraciones a su parecer. Tocó una, maldición el momento en el que había dejado que se hijo se mezclara con la otra parte de su herencia. Sin un bautizo, estaba perdido. Pero ya no se le podía sumergir, era demasiado grande y estaba demasiado enfermo como para ponerlo en el seno de Dios. Peor aunque quisiera culpar a su padre... no podía hacerlo, en parte porque ella se lo había permitido. Miró a los caballos de madera, a los animales de caza, y al que se suponía que era un hombrecillo cazando con una espada en la mano diestra. Luego, a la mantita de recién nacido y su pequeña ropa doblada en el baúl. Todavía quedaban algunas prendas de Sihtric, pero a esas no les hizo caso. Si eso ya las quemaría para hacer el fuego.
Al final, se levantó recogiendose las faldas y cogió su kit de costura. Todavía le quedaban hilo y lana, las agujas estaban afiladas y sobraba tela de sus trabajos anteriores. Se sentó en la silla al lado del dormitorio, bajo la luz de una vela encendida, y comenzó a trabajar en la tela de la mantita descosiendo algunos puntos mal dados y corrigiendolos con otros más correctos.
Entonces, en el momento de mayor concentración, la puerta de la casa se abrió y entró una persona. No la había cerrado, tal vez tendría que haberlo hecho, pero incluso en eso había fallado. De haber estado Siggy y ella solos...
-Pensaba que no habría nadie -fue lo primero que dijo, lo primero que escuchó en días en los que añoraba su voz aunque fuera a gritos. Estaba como la última vez, con el pelo trenzado había atrás, los mechones de en medio liberados, y la barba incipiente ahí. Se la habría cuidado donde estuvo... O lo que fuera que hubiese hecho con esa mujer. Ya no importaba.
-Pensaste mal -respondió, y tras unos segundos volvió a trabajar en la tela. Falló en una de las puntadas y tuvo que volver al punto donde había errado.
No era como la noche de la tormenta pero podría haber sido igual de haber estado la casa caliente y hubiese ruido de fondo, la voz de su hijo y el sonido de los cuchillos de la cocina. Ahora solo estaban los dos, tan diferentes entre ellos, y una manta.
-Quería ver si estabais bien.
-Ni siquiera tendrías que estar aquí -respondió ella conteniéndose a discutir. La mala mirada hacia la manta no faltó, por supuesto-. Estamos...bien.
-Eres mi mujer -le dijo-. Y él mi hijo.
-Ahora es tu hijo -se burló, apartandose. Cogió otra vez la tela blanca poniéndola en su regazo, volviendo a trabajar en ella. No quería verle.
Lo escuchó caminar. No hacía ella, sino hacia el dormitorio. Como la última vez, entró y salió en cuestión de segundos. Le había dado tiempo a pasar la aguja con el hilo rojo a través de la suave tela.
-¿Y Siggy?
Sus dedos acariciaron la tela de la superficie, apretando en la zona que correspondía con lo que quería crear. Una flor, como las que crecían en las murallas del castillo de su padre, donde le hubiese gustado llevar a Siggy algún día para que conociera la historia de sus antepasados. Al menos en la otra vida podría tenerlas cerca, arropado por el cariño incondicional de su madre. Pasó la aguja, dos veces más, siguiendo las puntadas con cuidado por la parte de debajo.
Más pasos. Esta vez hacia donde estaba ella sentada.
-¿Dónde está el niño?
-No debería ni decírtelo.
-Eres cruel, mujer.
-Y tu patético. Al menos espero que tengas la decencia de llevarte el resto de tus cosas.
Tranquilamente, Milly se levantó con la tela que trabajaba y se acercó a la mesa donde la extendió. Los pétalos comenzaban a tomar forma, el rojo inundando la tela y el marrón siguiendo lo que en algún momento será el emblema de la familia a la que Siggy pertenecía por su lado, la monarquía britana de Gales. Su herencia. Un miembro activo que merecía ser enterrado con sus símbolos. Dado que nunca había podido conocer a ninguno de ellos. Acarició una de las florituras del borde, la primera que había hecho para la mantita y que significaba cariño incondicional.
-¿Y tu anillo?
-Debería venderlo para pagar a Eadith. Tal vez lo haga.
Acarició los pétalos, bajando los dedos hacia la mayúscula inicial del nombre de su hijo. Tendría que bordar todo su nombre, el completo, en vez del apodo para que se reconociera en la otra vida. Pensaba hacerlo en medio del emblema y de las flores.
-¿El crío está con Eadith?
Milly torció la cabeza hacia él, solo para encontrarse con la confusión en unos ojos que en algún otro momento la habrían atraído a su juego. Solo que aquello no era un juego, nunca lo había sido. Y cuando vio la confusión, sorpresa y rabia que pasaba por sus ojos verdes oscuros... Supo que Sihtric no se estaba quedando con ella ni estaba siendo cruel. Estaba preguntando de verdad dónde estaba Siggy, preocupándose por él y sorprendido de que estuviera con la curandera con la que no había pasado la noche. Milly vio todo eso, e instantáneamente la tristeza y el miedo que la habían inundado todos esos días salió a flote a modo de la rabia pura de una madre.
-¿Tanto tiempo has pasado en casa de otra persona que no sabes lo que ha pasado? Y te haces llamar padre.
-Yo no...
Intentó acercarse a ella, pero la rabia corría por sus venas en el momento que le empujó el brazo lejos de ella y golpeó el pecho. No fue suficiente para moverlo, pero tuvo su impacto.
-¡Basta ya, mujer! Dime por qué Eadith está con Sigbjörn.
-¡Eres un puto bastardo, nuestro hijo muriéndose y tu tirándote a la primera que ves por el pueblo!
Algo en su mirada bailó, aunque mantuviera el gesto duro e intentase detener los golpes que ella le daba en el pecho. Milly sintió que iba a echarse a llorar de nuevo en ese mismo momento, a medida que aumentaba la fuerza de sus golpes.
-¡Se muere! Mi niño se muere y tu mientras tanto fuera perdiendo el tiempo en tus propias interpretaciones. ¿Dónde estabas? ¿Dónde se supone que estabas, eh? Te vi, maldito bastardo. Te vi tumbado en esa cama el mismo día que Siggy se puso enfermo.
Sihtric apretó los labios, lo vio, pero no se atrevió a decir nada cuando ella le recriminaba lo ocurrido. Porque efectivamente era su culpa el no saberlo. Su culpa el no interesarse. Su culpa el haberlos dejado en esa situación y que ella sufriera el doble que una familia normal. El rey Alfredo había abogado y defendido la paz entre ambos pueblos, aunque fueran enemigos, y ella en su momento había confiado en esa promesa del futuro. De una tierra unida. Su padre, incluso, tan devoto como era, pensaba que la unidad era lo más importante. Ella, sin embargo, empezaba a detestar esa visión, ese concepto, ese futuro.
Y todo porque su marido era incapaz de mantener la polla dentro de los pantalones. De confiar en las palabras de un desconocido sobre la herencia del hijo de ambos, a quien llevaba criando con el mismo cariño que un lobo a su cachorro. Cachorro. Así lo había llamado varias veces cuando estaba en su vientre creciendo. ¿Y para qué? Para abandonarlos en el momento más importante. Y ahora hacerse el inocente, la víctima... Lo odiaba. A sus ojos ya no era el valiente guerrero danés que los había salvado a Aelfwynn, Aethelstan y ella de los hombres cuando el rey de Mercia falleció.
-¿Dónde has estado mientras él preguntaba por ti y esperaba a que llegases? En casa de otra pasando el rato. Escuchándote a ti mismo con que estaba bien, que era lo justo, porque yo habría hecho lo mismo.
Milly le dio un último empujón, que lo hizo golpear la pared en un ruido seco. No hizo gesto alguno de que le hubiese dolido, pero tampoco se contentó con aquello. Ella solo pensaba en una cosa, por otro lado, lo más cruel que se le podía ocurrir y escapar tan a la ligera.
-No eres tan distinto haciendo esto que tu padre, Sihtric.
-Yo no soy ese hombre -dijo él, claramente dolido-. No hables de él tan a la ligera.
Pensó en Siggy, y en las miles de conversaciones que habían tenido sobre el hombre que había sido el padre de Sihtric cuando estaba vivo. El tipo que en teoría era el abuelo de su hijo y el peso que tendría que llevar. Sintió que su estómago iba a darle un vuelco, que iba a vomitar todo lo poco que había comido. Sihtric había hablado de él lo justo para dejarle claro que todavía era un tema delicado, algo con lo que tendría que lidiar incluso en un próximo futuro. Aunque hubiesen pasado varios años. Los rumores sobre Kjartan el Cruel eran abundantes y la presencia de su hijo legítimo también, con el daño que habían dejado en la vida de los hombres más recientes, tanto sajones como ingleses. No era como si Sihtric fuera gritando su parentesco, pero Siggy... Él decía que había algo en su mirada que le recordaba a él, que incluso lo asustaba.
-No lo digo por hacerte daño. Sabes lo que es ser un bastardo, y aún así piensas que Siggy lo es y yo te he sido infiel. ¿Cuándo? Sigue pensando en ello. Estoy...cansada de pensar en ti mientras nuestro hijo se muere -dijo, y suspiró con pesadez al final. El pecho se le apretó, pero de alguna manera se sintió más ligero que antes.
Le dio una última mirada. Una con cuidado. Y otra a la mantita que arreglaba. Sus dedos pasaron una última vez por el patrón de las flores, antes de recoger el trozo de tela y abrazarlo contra su pecho.
-No puedo pensar en lo nuestro mientras pasa esto. No puedo. Si quieres el divorcio o lo que sea hazlo, romperemos nuestros votos. Pero Siggy y yo nos iremos de aquí de rosas maneras.
Caminó hacia la puerta ignorando los pares de ojos que la taladraban desde detrás. Hacia frío a través de la madera. El corazón le dolió, de verdad, frente a la impotencia que su cuerpo sentía. Rompía algo para arreglar lo otro, aunque me costase todo.
-Siggy es más importante ahora mismo. Y eso lo entiendes si has venido a buscarlo.
Incluso su matrimonio.
#Sihtric kjartansson x reader#Sihtric kjartansson#Sihtric#Sihtric x reader#Sihtric x you#lastkingdom
17 notes
·
View notes
Note
Achei bem bosta seus textos, você parece ser uma bostileira nata. Que só sabe reclamar de coisas fúteis " ainda tive que comprar ração da minha gata ". Tem autismo ? Deve ser ... Sai um pouco da caverna e agradeça mais .
Não entendi nada do que tu falou aí filhão, bota a cara pra falar, nem sabe o que eu que falei, deve ter lido o texto de trás pra frente só pode
4 notes
·
View notes
Text
O Peso das Botas e a Leveza dos Sonhos 16/10/2023
Pensei em começar essa história contando tudo o que me trouxe até aqui o que daria uma grande história de muitos e muitos capítulos, mas não, hoje vou começar pelo início.
Uma chuva torrencial caia em Porto Alegre naquele dia, (o que deu um ar melancólico de despedidas como nos filmes, porém foi tudo bem real) o que dificultou tudo: tinha que limpar o apartamento para entregar, ir almoçar com uma amiga, ainda comprar o que faltava para viagem além de ir para rodoviária. Já comecei com um erro de principiante: deixar para arrumar a mochila no dia da viagem, ok, eu já tinha separado o que iria levar, mas na hora foi coisa demais e desisti da maioria, inclusive da minha bota, como senti falta dela no início, era peso demais para carregar nas costas e hoje penso que esse peso não era só sobre as botas, muitos sentimentos também ficaram.
Lembro que antes de apagar as luzes olhei pela última vez o apartamento aonde fui muito feliz, e aonde fui muito triste, sentindo um misto de emoções ao trancar a porta e entrar pela última vez no elevador e me despedir do ap 402 do 14° andar.
Minha melhor amiga na época me acompanhou até a rodoviária, o que deixou tudo mais leve, e me fez sentir acolhida, não me senti sozinha apesar de seguir sozinha. Entrei no ônibus, ri dela me dando tchau pela janela, coloquei meu fone de ouvido, meu inseparável fone de ouvido e segui viagem, chorei pelo início do caminho ao me dar conta que estava realizando um sonho, as lágrimas também eram de medo, medo do desconhecido, de incertezas do caminho, da saudade, mas acima de tudo de felicidade.
3 notes
·
View notes
Text
Microhistoria de la chica que amo
2021
10, Noviembre del 2021: Le tomo la primera foto con mi celular
2022
13, Abril del 2022: Nuestra primera foto juntos
3, Agosto del 2022: Primer beso
31, Agosto del 2022: After (Pre-cita)
8, Septiembre del 2022: Primer Te quiero
20, Septiembre del 2022: Novios por 2 días.
1, Octubre del 2022: Dedicar Octuber day.
5, Octubre del 2022: Primera cita.
6, Octubre del 2022: Terminamos las macetitas.
25, Octubre del 2022: Viajo para verme <3.
10, Noviembre del 2022: Beso en Iglesia / Museo.
6, Diciembre del 2022: 1er concierto juntos en el Bicentenario
7, Diciembre del 2022: 00:44 Me dedica la primera canción, me dedica En la inmensidad de Verde 70
16, Diciembre del 2022: Fuimos a ver Avatar al cine
22, Diciembre del 2022: Primera cena de Navidad
23, Diciembre del 2022: Llega Lotso.
30, Diciembre del 2022: Vemos la película del gato con botas
2023
16, Enero del 2023:
11, Febrero del 2023: Visitamos el Museo de Van Gooh.
14, Febrero del 2023: Dedicar Secret Valentine// Blackbear.
20, Febrero del 2023: Me dice TE AMO con piedritas.
4, Abril del 2023: Fuimos a mi mejor restaurante de pizza juntos a comer, pero ahora ya no existe, tenía temática de Van Gooh.
11, Abril del 2023: Llegamos a Pelileo a trabajar juntitos.
12, Abril del 2023: Visitamos Patate juntos.
19, Abril del 2023: Llegamos a Baños de viaje y visitamos muchos lugares.
20, Abril del 2023: Subo fotito de nuestras naricitas.
28, Junio del 2023: Le fue muy bien en su Expo de Inmunología, mi preciosa es muy inteligente, estoy muy orgulloso.
22, Julio del 2023: Vemos Barbie en el cine.
31, Julio del 2023: Vemos La noche del demonio en el cine.
17, Septiembre del 2023: Visitamos la Carolina y nos subimos a unos botecitos.
9, Octubre del 2023: Desearía que pudieras ver lo orgullosos que estamos todos de la chica que eres, y claro que tu mami está ya muy orgullosa de ti. Me gusta mucho ese lado sentimental, que recuerda su época de colegio, el sufrimiento de su mami y como valoras lo que ella hizo y hace por ella.
15, Octubre del 2023: Le dedico Scary Love - The NBHD
18, Octubre del 2023: Vamos a patinar por primera vez, ella me invitó y yo le invite un heladito y jugo de Coco en el Quicentro Sur
20, Octubre del 2023: Catamos muchas guaguas de pan.
27, Octubre del 2023: Primer pack que le envío por chat
21, Diciembre del 2023: Me visita en el hospital y conoce a mi tía
2024
14, Febrero del 2024: Ella organizó un video y una cita con comidita, es mi mejor 14 de febrero https://drive.google.com/file/d/1e7ED-l9QVlOiK3DTqAKnL84e9F2rOGg9/view?usp=drivesdk
26, Febrero del 2024: Vimos una peli "Damon Slayer" en la noche.
4, Marzo del 2024: Nuestra primera vez comiendo en el hornero.
20, Marzo del 2024: Me escape a comprar un miniLotsito para ella y le gustó mucho.
12, Mayo del 2024: Vamos al Paccari de la Floresta.
9, Junio del 2024: Fiestita con temática de Lotso.
19, Julio del 2024: Estoy viajando a gye, hoy sentí muy feo, sentí como sería un día sin Deni, sentí mucho miedo y me demore mucho en parar de llorar, no puedo buscarla porque debo aprender a no depender de ella.
27, Julio del 2024: Viajo a Latacunga y vemos Deadpool.
22, Noviembre del 2024: Hablamos después de mucho tiempo.
30, Noviembre del 2024: Visitamos el parque metropolitano.
2, Diciembre del 2024: Zanguito hecho por mi mami y por mi.
3, Diciembre del 2024: Me menciona que ya no hay una posibilidad de un futuro juntos. FIN
*Durante mucho tiempo nos escapamos de la cotidianidad, compartimos días lluviosos, noches estrelladas y el sonido de los pájaros por la mañana, tantos momentos y recuerdos que no caben en una lista*
4 notes
·
View notes
Note
Olá Ana, não estou a encontrar o post de quando andavas à procura de bom calçado agora estou eu nessa situação (à procura de botas em específico). lembras-te do que foi recomendado? o que acabaste por comprar?
Nao sei do post mas a recomendação que me deram e que segui e da qual NÃO ME ARREPENDO é a Fly London. Custou me 130€ mais ou menos se não me engano mas as botas que tenho estão em otimo estado, meto a pata na poça e a meia fica sequinha, e em geral excelente, nem me lembro quem foi a pessoa que me sugeriu mas é um santo/a
3 notes
·
View notes
Text
Vacaciones en Camboya (Vol. 4)
Enriqueta desea mover la patita, así que acato nomás. Estuca su caracho con medio kilo de cal para disimular los morenos rasgos picunches verse más linda, se chanta encima un breve vestido de cuerete y calza sendas botas con plataforma, pese a que es pleno verano y de seguro las patas le transpirarán con el intenso dancing. Arriba de esos zancos, por cierto, le llego más o menos hasta el ombligo.
Con mi ordinario bluyín gastado, no me veo lo suficientemente gótico: para no avergonzarla, mi novia dark decide maquillarme los ojos, tortura a la que accedo en silencio con tal de que no se enoje. Al mirarme al espejo, no puedo evitar sentir cierto desdén hacia mi sometida persona embetunada en rimmel.
A medianoche partimos en búsqueda de una improbable micro que nos lleve al otro extremo de Santiago. Tras una larga hora de espera -durante la cual mi amorcito comienza a impacientarse y poner cara de culo- decidimos que mejor rompemos el chanchito. Algo mosqueados abordamos entonces un mugriento colectivo, el que tipín 1:30 AM nos deposita en la puerta del afamado maracódromo desde donde el SIDA, el chancro y una pandemia de enfermedades de transmisión sexual se ha diseminado por Chile: la Blondie.
Obviamente no es primera vez que estamos ahí; de hecho, pasamos todos los putos fines de semana en ese calabozo infernal, desde donde emergemos cada madrugada todos transpirados con el obvio riesgo de contraer pulmonía. Dentro de la Blondie he sido acusado por la celosa Enriqueta de mirarle el poto a docenas de chiquillas, con los consiguientes escándalos, charchazos, gritos, reconciliaciones forzosas y huevadas del estilo. Por tal razón, desde hace un buen tiempo he decidido bailar mirando el suelo, ir al baño mirando el suelo, comprar cerveza mirando el suelo y salir a la calle mirando el pavimento
Así que en eso estoy, comprando encorvado la maldita entrada para disfrutar de la Noche de Vampiros. Tras cancelar el ticket le doy un cariñoso beso a Enriqueta, feliz por haber llegado de una puta vez al lugar donde nuestro amor ha vivido tantas jornadas inolvidables. Ella, de vuelta, responde mordiéndome la lengua con tal entusiasmo que arranca un pedacito de carne que yo procedo a escupir en medio de alaridos de dolor. “¡Ahí tenís, maricón culiaoooooaaaaagh!”, me informa.
Mi novia, en algún momento que jamás percibí, ha visto algún gesto equívoco que interpreta como potencial infidelidad. Enfurecida, ha decidido que un buen castigo sería masticarme la jeta y, en efecto, lo hace: heme ahí, sentado en la escalera, escupiendo sangre mientras la medieval concurrencia a la discoteca me mira con cara de estar presenciando una performance sadomasoquista.
Huelga decir que esa noche no bailo música ochentera (ni, por cierto, puedo recuperar el importe de la entrada). Media hora después, tras un horripilante viaje en taxi, estoy desparramado sobre una camilla de la Clínica Las Lilas, donde el doctor me coloca dos dolorosos puntos en mi lengüita amputada. A sus espaldas, dos enfermeros y la recepcionista me contemplan entre carcajadas, pues de alguna manera han averiguado cómo chucha sufrí tan extraña herida.
#chilegram#cuentos#escritos#frases#chile tumblr#chilensis#tumblr chilenito#tumblr chilensis#chilean#andateala.com#instachile#chilenita#chileno#chile#artists on tumblr#tumblr chile#chilephoto#humor negro#escrituras#pensamientos
3 notes
·
View notes
Text
Dundi
Hoy por la mañana estaba haciendo fila para comprar una docena de tamales. Por lo menos había siete personas delante de mí. El local es pequeño y siempre está repleto porque los tamales están sabrosos y te los sirven calientitos. Así que la cola la hacíamos afuera del local. Ahora bien, están remodelando la plaza donde está el localito y por eso los puestos contiguos lucen a medio construir y rodeados de escombros, bultos de cemento, varillas, dos o tres instalaciones de arte contemporáneo [pilas de barro bloques] y mucha arena. Aunque nada de eso nos detuvo a nosotros los cazadores mañaneros de tamales. Ahí estaban también los albañiles haciendo mezcla, alambrando castillos y entonces uno de ellos volteó una carretilla que estaba bocabajo y de ese abajo salió una rata gorda y negra que, cuando vio que el albañil alzó una pala para darle un palazo, se fue andando a brinquitos y muy quitada de la pena justo directo a la fila de los tamales. Una señora gritó ay, y otra vio la rata y se metió corriendo a la tienda, y el señor norteño de pantalones wrangler que esperaba frente a mí, se quedó quieto, sobrio y valiente, presumiéndonos a todos los ahí presentes su sangre gélida y sus nervios de acero galvanizado. Yo tampoco me moví y no porque no quisiera salir huyendo, sino porque mi cuerpa de más de cuarenta no tuvo los reflejos para reaccionar, y por eso pude ver en primera fila de la fila cómo la ratota negra caminó ella muy tranquila por encima de las botas amarillas de avestruz del Cocodrilo Dundi de la Lindavista. El don vio la mancha negra gordísma que reptaba por sus botas y sólo se chupó los dientes y alcanzó a sacudir levemente su pie izquierdo para espantar al animal. La rata siguió su camino de brinquitos y se alejó de la fila y se refugió debajo de una escalera en obra gris. El viejón Dundi, al parecer estaba consciente de su hazaña, y, cuando la fila volvió a formarse se volteó hacia mí y con una voz increíblemente grave y rasposa, me dijo: las ratas no hacen nada; nos tienen más miedo a nosotros, que nosotros a ellas. Ah, sí, pues sí; le dije al vaquero sólo porque realmente no supe bien qué decir ante su afirmación. Primero, porque a mí sí me dio un chingo de miedo que el animal me mordiera y, segundo, porque cuando todos volvimos a nuestro lugar, volteé a inspeccionar debajo de la escalera y allí estaba: su cabeza picuda, sus ojitos perfectamente negros, profundos y redondos, sus orejas alzadas, su hocico peludo y sus dos dientones herrumbrosos. Allí estaba la rata asomando su cabezota y observándonos desde una grieta entre unos bloques. Y sí, es verdad que yo no soy un zoólogo especialista en leer las emociones de las ratas, pero ella nos observaba a cada uno de los que estaba en esa fila y lo que había en esos ojos vacíos, inhumanos, podría ser cualquier cosa, pero miedo, -no lo sé Mr. Dundi- lo que se dice miedo, definitivamente no lo era.
13 notes
·
View notes
Text
coisas que saí para comprar hoje:
sabonete e uma palmilha para minhas botas. que depois de 6 meses usando tênis acolchoados calcei um sapato normal e quis morrer imediatamente. a idade bateu.
coisas que comprei hoje:
4 tipos diferentes de comida de gato (paladar exigente). shampoo. 6 abacates. meia-calça. uma caixa com 50 minidoces de halloween QUE COMEREI SOZINHA porque criança nenhuma vem pedir doce aqui, e inclusive se vier eu saio correndo porque só pode ser assombração. uma pantufa.
zero sabonetes &
zero palmilhas
:˜)
3 notes
·
View notes
Text
OH SHIT I ALMOST FORGOT
this is another one bout my boy Mark
again, be warned cus this is an old one, i have proofread it and the quality is abysmal. and is also very long? for some reason
anyways good readings for ya
Sentado próximo à fogueira, debaixo de um posto de gasolina, e com sua moto recém-abastecida estacionada não muito longe de si, Ødemark comia o último pão que tinha na sua mochila, com sua mente inquieta e, como sempre, infestada por inseguranças. Um pensamento, entretanto, confortava-o: se a fome o consumisse de vez, pelo menos visitaria sua família, para nunca mais retornar.
Matador de Leões
Quinze de junho de dois mil e quinze era mais uma noite fria para Ødemark Shikari. As estrelas e a lua minguante pintavam um céu escuro, e a fogueira improvisada pelo jovem o mantinha aquecido, e espantava todo tipo de mal e escuridão para longe. Ele vestia uma camisa apertada, já rasgando, uma jaqueta de couro igualmente pequena (pelo menos para ele), calças jeans muito rasgadas e calçava botas dois pés menores. Já estava com um metro e noventa de altura e cento e dez quilogramas de massa.
Sua mente logo livrou-se dessas distrações e voltou à terra quando o telefone começou a tocar. Ødemark atendeu-o, e timidamente perguntou:
— Alô?
— Sou eu, seu Informante. — O homem de meses atrás disse. — Tenho mais um trabalho pra você. Eu vi que você é forte e tudo, então... Dei algo mais difícil pra você. Algo que me atormenta faz um tempo.
— Eu consigo. — Ødemark respondeu.
— Bom saber. Enfim... — Ele limpou a garganta. — Tem uma cidadezinha perto de onde você está agora. "Leijonakaupunki". É só seguir reto. Tem... Um homem bem grande, bem forte também. O nome dele é Leo Nymann. Ele tá aterrorizando o pessoal junto dos capangas dele. Ele deve tá altamente protegido, porque eu já mandei cinco atrás dele, e... Quatro morreram. Um deles desistiu no caminho. Leva uma arma.
— Eu tenho uma arma.
— Ótimo. Você sabe o resto do procedimento, né?
— Sei.
— Perfeito. Vá ao amanhecer, mas o melhor horário para lidar com ele é ao fim da tarde. Ciao. — O Informante desligou.
Faziam três meses que Ødemark trabalhava para aquele homem. Os alvos eram fáceis, e ele nunca matava-os, já que eles eram quase sempre muito fracos e medrosos. O dinheiro, até aquele momento, era apenas o suficiente para comprar roupas, comprar comida e pôr a gasolina da moto. Para Ødemark, que mal deixava de ser uma criança, era tudo que ele precisava.
Depois de mais algum tempo pensativo, o sono veio. Ødemark apagou a fogueira, entrou na barraca, tirou a jaqueta e fechou seus olhos, para então dormir.
Quando acordou, imediatamente olhou o antigo relógio de Björn e viu que eram cinco da manhã, então o pôs no pulso. Piscou os olhos, bebeu água da sua garrafa e saiu da barraca, ainda sonolento, entrando na loja de conveniência daquele posto de gasolina. Tinha apenas um funcionário no balcão, com olheiras grossas e olhos semicerrados.
— Bom dia... — murmurou. — Meu nome é Ødemark.
O funcionário resmungou, já irritado. Ødemark, ignorando essa reação, pegou uma sacola com pão francês e duas embalagens com frango congelado e levou-as até o balcão, tirando o dinheiro da carteira e entregando para o funcionário, que letargicamente pegou o dinheiro, passou as compras no leitor de código de barras e entregou-as para o garoto. Entretanto, faltava alguma coisa.
— Tem café, senhor? — Ele perguntou, com voz baixa, abrindo a sacola de pão.
O trabalhador cansado tirou uma garrafa de café prateada de debaixo do balcão e encheu uma caneca com ela, então bebeu-a inteira e encheu-a novamente, entregando-a para aquele cliente. Ødemark pegou a caneca, banhou o pão no café e comeu-o, mastigando e engolindo rapidamente. Finalmente, bebeu o café inteiro e pôs a caneca de volta no balcão.
— Obrigado. — Ele disse, com um sorriso no rosto.
Ele saiu da loja, com uma mão no bolso da calça e a outra segurando as suas compras, e aproximou-se da sua barraca. Desarmou-a, dobrou-a e deu um jeito de encaixá-la na sua mochila, junto da comida. Vestiu sua jaqueta, pôs a mochila nas costas, respirou fundo e subiu na sua moto.
— Tchau, posto de gasolina! — Ele gritou, girando a chave da moto e dirigindo em direção ao seu alvo.
O vento matinal soprava nos curtos cabelos brancos de Ødemark. Apesar de nunca cortá-los, eles cresciam muito devagar, enquanto seus braços, pernas e torsos pareciam crescer muito rápido. A moto ainda aguentava o peso e rodava normalmente, mas por muito pouco.
Aquele vento frio refrescava aquela alma atormentada. Por mais que sua vida seja difícil, e por mais que seu passado o pertube toda noite, Ødemark sentia que não trocaria momentos como aquele por nada. Apenas ele, a moto, a neve, as árvores, o vento, a estrada e os carros que passavam no seu caminho. Sentia-se sozinho, mas não solitário. Sempre tinha a sensação de que, onde quer que estivessem, Björn, Mika, Knut e Olly estavam observando-o e cuidando dele, como os anjos da guarda que Björn dizia que eles eram.
Às oito, finalmente chegou no seu destino. Decidiu rodar com menos velocidade, para procurar algum lugar para ficar. Procurava principalmente as maiores casas, porque eram elas que podiam acomodá-lo. Viu uma casa de dois andares, estacionou sua moto, desceu e tocou a campainha.
— Tem gente? — Ødemark gritou, com as mãos nas alças da mochila.
Um homem tão grande quanto ele, talvez até maior, atendeu a porta. Ele tinha a pele clara e cabelos loiros dourados, olhos azuis e um corpo muito mais definido que o de Ødemark. Vestia uma camiseta preta e uma cueca box azul-escura.
Ele observou aquele garoto da cabeça aos pés, com seus olhos semicerrados, e perguntou grosseiramente:
— O que cê quer aqui?
— Eu só quero passar a noite, senhor.
— Cai fora, não tô aceitando mendigos.
— Eu faço qualquer coisa.
— Não tô querendo um faz-tudo também. Vai embora.
O dono da casa bateu a porta, e Ødemark suspirou, novamente procurando na sua moto alguma casa para se hospedar, pelo menos aquela noite. Ele só encontrou a segunda casa quando o Sol já estava próximo do seu zênite, ao meio-dia. Mais uma casa de dois andares. Novamente estacionou a moto e novamente tocou a campainha.
— Tem gente?
Um senhor, muito mais baixo que o jovem, compartilhando com ele apenas a palidez e os cabelos brancos, atendeu a porta. Seu rosto era marcado e enrugado, alguns pelos brancos no seu rosto avermelhavam a sua pele, e um de seus olhos já estava completamente cinza, enquanto o outro era verde. Ele vestia apenas uma bermuda preta e um suéter estampado. Apoiava-se em uma bengala de madeira.
— Pai! — Um homem resmungou no fundo.
— Shh! — O idoso respondeu, acenando para o homem. — É só uma criança. O que faz aqui, jovem?
— Preciso passar a noite aqui, senhor. Só essa noite.
— Tudo bem. Pode entrar.
— Muito obrigado!
Ødemark apertou a mão do idoso, com um grande sorriso no rosto. O último ria, olhando para o homem dentro de casa, que Ødemark viu ser um homem magro, parecidíssimo com o idoso. Seus cabelos eram castanhos e seus olhos eram verdes, e seu rosto já começava a apresentar algumas das rugas do idoso. Vestia apenas uma bermuda preta igual a ele, também.
— Tá... — Ele resmungou. — Bem-vindo. Quem é você?
— Meu nome é Ødemark, senhor. — Ele respondeu
— Ødemark do quê?
Ele não soube responder.
— Ok, então. Meu nome é Arto Virtanen. Esse senhor é Ismo Virtanen, meu pai.
— Oras, eu sei falar, não precisa falar por mim! Ismo riu novamente. — Está com fome, jovem Ødemark?
— Pai!
— Estou, sim... — Ødemark respondeu, sentando-se na poltrona e deixando a bolsa no chão.
— Arto, faça uma comida para esse jovem, por favor!
— Tá, eu vou...
Arto levantou-se do sofá e foi para a cozinha, resmungando. Ismo sentou-se no sofá e olhou para Ødemark. Logo quebrou aquele curto silêncio, e perguntou:
— Você tem quantos anos, meu querido?
— Catorze.
Ismo riu.
— Eu soube pela insegurança. Você é grande, mas todo jovem da sua idade é desse jeito hoje em dia. Eles tem medo de falar com os mais velhos...
— Eu não tenho medo de nada.
— Ah, é?
Ismo gritou e avançou seus braços contra Ødemark. Ele segurou o peito e fingiu susto, enquanto o velho fechou os olhos e riu novamente.
— Você é engraçado, Ødemark!
— Sou?
— É, é sim! — Ismo parou de rir e respirou fundo. — Talvez não seja tão chato quanto minha neta.
— Hm?
— Minha neta, Lotta! Você não viu ela porque ela tá o dia inteiro no quarto, naquele computador. — Resmungou. — Mas uma hora ela vai ter que te ver, de qualquer jeito.
— Não, ela não precisa...
— Oras, você vai dormir no quarto dela, claro que ela vai te ver! — Riu novamente, mas menos que da última vez.
— A comida tá pronta! — Arto gritou da cozinha.
— Mas já? Menino, foi muito rápido! Vá comer, vá, Mark.
Ele levantou-se da poltrona e sentou-se à mesa, de frente para um prato cheio de carne e batatas cozidas.
— Muito obrigado. — Ele disse, pegando o garfo e a faca.
Ødemark amava a comida que lhe faziam quando se hospedava em algum lugar. Era sempre melhor que o pão com carne assado na fogueira. Aquela batata cozida derretia na boca dele, ainda quente, e aquela carne tinha uma textura parecida com frango, mas um gosto perceptivelmente superior. Ele não se segurou, e teve que perguntar, ainda com a boca cheia:
— Senhor, que carne é essa?
— Pato. — Arto respondeu, seco.
— Tá muito bom!
— Que bom que gostou...
Arto discretamente sorriu, enquanto Ødemark deliciava-se com aquela comida, comendo devagar, para apreciar cada segundo de sabor que sentia naquela boca. Também estava de olhos fechados, com foco total no seu paladar e olfato. Quando terminou, abriu os olhos e sorriu para Arto, sentado do outro lado da mesa.
— Muito obrigado. — Disse novamente, levantando-se da mesa e andando até a pia.
— Deixa que eu lavo a louça. — Arto levantou-se também, indo na mesma direção.
— Não, eu insisto.
— Tá... — Arto afastou-se da cozinha enquanto Ødemark lavava o prato e os talheres.
Lavar a louça depois de comer na casa de outras pessoas foi um hábito criado por Björn em todos os outros quatro. Sempre evitava ser visto como um selvagem quando recebia asilo, pois se fosse, dormiria fora daquela casa, como fazia sempre. Os outros aprenderam aquela lição rapidamente, quando esse exato caso ocorreu.
Depois de lavar a louça, Ødemark andou até a sala, para fazer uma pergunta:
— Onde é o quarto da sua filha, "Lotta"?
— Lá em cima. — Arto respondeu, sem desviar os olhos da televisão. — Você vai saber quando ver.
Então ele pegou a sua bolsa do chão e subiu as escadas, dando de cara em um corredor com algumas portas, uma delas com vários adesivos. Ødemark bateu na porta enfeitada, sem dizer nada. Uma voz feminina perguntou:
— Quem é?
— Ødemark.
Lotta atende a porta. Era uma menina magra e baixa, de longos cabelos loiros-claros, pele mais pálida que a do pai e a do avô e olhos verdes, arregalados com a grande presença de Ødemark. Seu rosto também tinha algumas espinhas. Ela vestia uma camisa preta maior que ela, parecendo um vestido. Usava um óculos de grau com armação fina e arredondada.
— Entra. — Ela disse, abaixando o tom de voz.
Ødemark entrou no quarto, olhando ao redor. A primeira coisa que viu foi a grande quantidade de pôsteres e outras decorações naquele quarto. Havia também uma guitarra pendurada na parede, e um quadro com quatro pessoas ao seu lado. A cama era de beliche, e perto dela tinha uma pequena almofada jogada no chão. Perto da janela estava uma escrivaninha com vários livros e um computador.
Ødemark, vendo todo aquele quarto, sentou-se na almofada, enquanto ela fechou a porta e sentou-se na cama.
— Lotta, né?
— Charlotta. Pode me chamar de Lotta, sim.
— Tá. Tem quantos anos?
— Treze. E você?
— Catorze.
— Catorze?! Mas você é tão grande! Parece um adulto!
— É, eu não sou muito normal.
— Isso dá pra ver. Nome estranho, corpo grande... Você é de onde?
— Não sei. Meu... — Ele ficou em silêncio, pensando, antes de falar. — Meu pai me disse que eu nasci em outro lugar. Mas eu sempre me considerei finlandês.
— Ah, sim. Bacana...
O silêncio era vergonhoso. O único barulho presente era o do ventilador do quarto, girando para o nada e para os dois adolescentes. Enquanto Ødemark olhava para a janela, e às vezes para o relógio, Lotta olhava fixamente para aquele garoto, com estranheza, curiosidade e admiração, enquanto pensava em algo para falar. Então, finalmente, perguntou:
— Gosta de black metal?
— Hm? — Ødemark olhou para ela, confuso, e também viu que ela desviou o olhar. — O que é isso?
— Música. Aqui, escuta.
Ela se levantou da cama e entregou-o um celular e um fone de ouvido, aparelhos que ele já viu antes, mas não frequentemente. Ele enfiou os fones nas suas orelhas e entregou o celular a ela. E, subitamente, uma enxurrada de sons começou. Um barulho infernal, formando uma melodia sombria, junto de curtas batidas graves e agudas. Essa instrumentação veio acompanhada de gritos, recitando o sofrimento de almas atormentadas como a dele. Era estranhamente calmante. Ødemark balançava a cabeça ao rítmo da música, lentamente, ainda estranhando aquilo tudo, até fechar os seus olhos e sorrir. Então, a música acabou, e ele tirou os fones de ouvido.
— Gostei.
— Tava esperando pra dar isso pra alguém.
Ela entregou-o, um dispositivo que ele nunca tinha visto na vida. Parecia um celular branco, mas ao invés de um teclado ou de apenas uma tela, ele tinha um disco.
— É um iPod. Tem várias músicas que nem essa aí. Pode ficar com os fones também, eu tenho outros.
— Obrigado, Lotta.
— De nada.
Ela sorriu, e ele guardou os fones de ouvido brancos e o iPod dentro do bolso. Ele sorriu de volta para ela.
Os dois conversaram mais um pouco, até o final da tarde.
— Ei, Lotta, eu vou sair de casa rapidinho.
— Hm? Por quê?
— Eu não vim pra cá à toa. Vim resolver a situação com um tal de Leo Nymann.
— Mentira.
— É verdade... Eu tenho que ir. Te vejo depois, Lotta.
Ele saiu do quarto dela, sem dizer mais uma palavra, e foi em direção ao centro da cidade.
Antes de encontrar-se com Nymann, porém, Ødemark se despediu dos anfitriões.
— Vou passear um pouco, volto já! — Gritou, saindo de casa.
Perto da sua moto, o finlandês olhou para cima. O céu tinha um tom alaranjado, lentamente avermelhando-se num tom mais claro que sangue, e o Sol já não estava mais presente para guiá-lo. As nuvens já estavam escuras, como se preparassem suas lágrimas. O vento sibilava no seu ouvido, como se dissesse: "Tome cuidado, garoto, pois um grande perigo lhe aguarda."
Tirando a cabeça das nuvens, Ødemark guardou todos os seus pertences e procurou uma arma no fundo da mochila e, com a sua grande mão direita, tirou-a. Uma pistola, junto do seu coldre, ambos herdados de Knut, o maior atirador que ele já viu. Nunca errava o alvo, mas nunca atirava para matar. Nunca o viu fazer isso. Também ensinou-o tudo que sabe sobre atirar. A pistola tinha uma foto dos cinco no cabo, incluindo ele com sete anos, e o atirador segurando seu rifle. O rifle, infelizmente, perdeu-se dois dias antes da morte do seu dono.
Ødemark guardou a pistola no coldre e andou até o centro da cidade, ignorando todos os avisos do céu, e seguindo apenas suas obrigações contratuais. Lá, encontrou uma praça, com uma estátua de um homem de cabelos longos carregando um rifle, e uma grande igreja, aos moldes góticos, com um sino negro no topo. Primeiro, tocou, com a mão direita, sua testa, sua barriga, seu ombro esquerdo e então o direito, como Olly dizia para eles fazerem quando viam uma igreja. Sabia que "papai do céu" não gostava dele, mas talvez assim ele o desse alguma bênção...
Então, começou a subir as paredes do templo. As suas roupas apertadas dificultavam muito aquela tarefa, mas ele sempre tinha onde segurar. Lentamente aproximava-se do sino, com a total intenção de tocá-lo. Chamá-los para um confronto seria a melhor maneira de acabar com Nymann, seus capangas e sua influência.
Ødemark, depois de minutos de escalada, chegou ao topo da igreja. Ao lado do sino, ele viu o pôr do Sol no horizonte. O céu estava completamente avermelhado. Um trovão soou, distante, mas o raio não foi visto por ninguém. As nuvens choravam.
Ødemark tocou o sino pela primeira vez
— Leo Nymann! — Gritou, em alta voz, para toda a cidade escutar.
Ødemark tocou o sino pela segunda vez.
— Leo Nymann, eu te desafio! — Gritou novamente, com lágrimas tentando escapar dos seus olhos.
Ødemark tocou o sino pela terceira e última vez. A chuva aumentou sua força, o céu estava escuro e o vento estava silencioso. Um grupo de dez motoqueiros veio ao encontro do garoto, todos carregando armas consigo. Um deles não usava capacete e nem jaqueta, revelando seus longos cabelos loiros e seus braços fortes.
— Desce, agora! — Ele gritou de volta, apontando sua arma para o garoto.
Ødemark pulou do topo da igreja, caindo de pés no chão, ileso. Ele tirou a sua jaqueta e a sua camisa, facilitando o movimento dos braços.
— Você está impune por tempo demais, Leo Nymann. — Ødemark disse, grave, com uma mão no coldre.
— E quem é você, hm? Quem? Mais uma criança enviada por aquele maldito italiano. Eu cansei de vocês. Eu sou Leo Nymann, caralho! Eu sou dono dessa cidade por direito! Sabe quem é esse, na estátua?! É MEU AVÔ! PODE VIR QUALQUER MALDITO SE ACHANDO O PREFEITO, MAS ESSA CIDADE É MINHA POR DIREITO! — Ele respirou fundo, olhou para os lados e abaixou a arma. — Homens, acabem com esse moleque!
Ødemark sacou a arma primeiro e disparou três tiros no peito de um dos capangas, derrubando-o no chão. Enquanto ainda hesitavam, ele deu mais quatro tiros em dois homens, e quando começaram a atirar, ele correu para dentro da igreja. Leo perseguiu-o, gritando:
— Atrás dele!
E os seis restantes seguiram, vendo Ødemark já no altar. O garoto, vendo eles entrarem, primeiro desperdiçou dois tiros em Leo, porque as balas ricochetearam de sua cabeça e não lhe deram nenhum dano. O Nymann riu e gastou todo o seu cartucho na direção de Ødemark, mesmo após ele se esconder atrás da sagrada mesa. Quando ele parou, Ødemark saiu da sua cobertura para atirar em mais dois dos capangas, acertando três tiros em um, acertando um em outro, e errando a última bala completamente. Só tinha quatro balas, e restavam cinco homens, escondidos nos bancos da igreja.
Um dos capangas levantou-se, e vendo Ødemark de pé, descoberto, atirou na sua direção, mas errou todos os tiros pelo nervosismo. O garoto gastou as últimas quatro balas nele e jogou a arma em Leo, fechando os punhos.
— Chega disso! — Ødemark gritou. — Vem se é homem mesmo!
— Com todo prazer!
Enquanto seus capangas recuavam, ou pelo menos era o que parecia, Leo também jogou a sua arma fora e andou até o centro da igreja, com os punhos fechados e protegendo a cabeça. Mas Ødemark não tinha tanta decência, nem mesmo a paciência. Ele correu na direção do homem, como selvagem, e pulou em cima dele, agarrando-se nele com suas mãos e suas pernas.
— Desgraçado!
Leo desequilibrou-se e caiu de costas no tapete da igreja, e Ødemark encheu seu rosto de socos, segurando seu pescoço com uma das mãos, imobilizando-o. O tapete e os olhos de Ødemark sujavam-se de sangue, e Leo gritava, tentando escapar das mãos daquele garoto. Mas a resistência dele só levaria-o até certo ponto.
Os seus homens, então, ajudaram Nymann, disparando repetidamente contra Ødemark, que eventualmente caiu, sangrando.
Leo saiu de debaixo do caçador de recompensas, ofegante, e jogou seu corpo para longe. Aparentemente, aquele desafiante estava morto.
— Mais um dia de trabalho... — Leo disse, limpando o sangue do rosto com a mão e rindo. — Que menino imbecil.
Então, pegou sua arma de volta e pisou em cima daquele corpo, passando por cima dele para sair da igreja. A chuva não havia passado ainda. O céu não escondia a grande Lua cheia que vinha, iluminando a escuridão.
Os cinco sobreviventes, desses incluindo Leo Nymann, ouviram um grunhido vindo da igreja.
Ødemark lentamente levantava-se. O seu corpo estava banhado por um líquido negro como piche, mas as feridas das costas não estavam presentes, substituídas por pequenas marcas, como cicatrizes. Suas mãos estavam relaxadas, lentamente fechando-se. Ele, que estava de costas para Leo, virou-se, revelando seu rosto, sem expressão, olhando-o de baixo para cima, com a boca aberta. Então, começou a gritar – não, rugir como um leão.
Leo correu, acovardado por ver aquele imortal, o mais rápido que conseguia. Os outros quatro espalharam-se pela praça, rapidamente saindo do seu foco, pois Ødemark corria atrás apenas de Leo. Ele rapidamente alcançou o seu alvo com um pulo, agarrando seu pescoço com seu braço, e sua cintura com as pernas. Leo perdeu novamente o equilíbrio e caiu com o rosto no chão, enquanto Ødemark continuava enforcando-o. Poucos segundos depois, ele ouviu um estalo e saiu de cima do cadáver.
Leo Nymann estava morto. A chuva limpava o sangue das costas de Ødemark, mas nunca limparia a memória do forasteiro que matou seu algoz.
Ødemark, aproveitando aquela situação, tirou as roupas de Leo, para vestí-las depois. Era como tirar a pele do animal que caçou. Ele sentou-se em cima do cadáver e ligou para o Informante.
— Alô? — Ele disse.
— Sou eu, o Ødemark. — Suspirou. — Matei o Leo.
— Ótimo. Um dos meus já está na cidade. Espere onde está. Aproveitando a situação... Você precisa ir para o Canadá. Hoje, de preferência.
— Por quê?
— O seu próximo alvo está lá. Agora vá dormir.
Poucos minutos depois de desligar, o capanga do Informante veio. Ødemark saiu de cima do corpo nu e deixou o enviado levá-lo, andando para a casa de Ismo, Arto e Lotta.
Chegando lá, Ødemark tirou a bolsa do lado de fora, deixou-a na porta do quarto de Lotta e foi à cozinha, ao encontro de Arto.
— Senhor Arto. — Ele disse, timidamente.
— Sim? — Arto respondeu, sem tirar os olhos da louça que lavava.
— Pode secar essas roupas para mim?
— Deixe aqui na pia que eu já levo elas. Onde conseguiu elas, inclusive?
— Eu... Resolvi a situação com o Nymann.
— Resolveu, foi? Como?
— Matei ele...
Arto olhou Ødemark nos olhos.
— Muito obrigado. Vou avisar meu pai depois. Vá tomar um banho, pode dormir no quarto da minha filha.
— Obrigado.
Ødemark foi ao banheiro e tomou seu banho. Depois disso, enrolado em uma toalha, vestiu a sua cueca reserva, deixou as roupas dobradas perto dela e bateu na porta do quarto.
— Mark? — Lotta perguntou.
— Sou eu. — Ele respondeu.
— Entra.
Ødemark pegou sua mochila, abriu a porta, entrou e fechou-a. Lotta cobriu os olhos e rapidamente subiu na cama de cima, perguntando desesperadamente:
— Porque você tá só de cueca?!
— Minhas roupas molharam. — Ele deitou-se na cama de baixo. Eu só tenho essa cueca.
— É sério?
— É.
— Tá... Mas você vai ficar até quando?
— Vou sair amanhã de manhã. Eu já resolvi o que tinha que resolver aqui, Lotta.
— Poxa... Espera, você matou mesmo o Leo?
— Uhum.
— Como você sobreviveu?
— Por muito pouco.
Os dois riram e conversaram um pouco mais, até Ødemark pedir para dormir, e assim fazer.
Na manhã do dia seguinte, Ødemark acordou às cinco, como costuma fazer. Lotta ainda dormia. Ele se levantou da cama, beijou a testa dela, como Mika fazia com ele, e viu as antigas roupas que ele vestia e as de Leo Nymann em cima da sua escrivaninha. Então, vestiu "a pele da sua caça". As roupas eram um pouco folgadas, mas Ødemark certamente cresceria nelas.
Então, tirou um pão e um pedaço de frango na sua bolsa, cortou o pão com uma faca, pôs a carne dentro e foi à cozinha. A casa inteira estava dormindo. Colocou o pão dentro do microondas e observou-o girar. Depois de alguns minutos, tirou o pão e comeu-o, sem café. Voltou ao quarto e acariciou os cabelos de Lotta.
— Ei, Lotta... — sussurrou.
— Que é...? — resmungou.
— Eu vou embora agora.
Lotta abriu os olhos e esfregou-os, tirando a mão de Ødemark e sentando-se na cama.
— É sério?
— É. Tenho que ir.
— Tá... Espera...
Ela desceu da cama e abraçou-o.
— Tchau, Mark... Você foi a coisa mais próxima de um amigo que eu já tive.
— Você também, Lotta.
Então, ele arrumou suas coisas, pegou a bolsa e saiu da casa novamente. Subiu na moto e girou a chave, mas antes, pôs os fones de ouvido nas orelhas e ligou a música. Então, deu a partida, afastando-se da casa daqueles que receberam-no.
— Tchau, Virtanens! — Ele gritou, acenando.
O vento matinal acariciava os cabelos de Ødemark, congratulando-o por realizar seu trabalho mais difícil até então. O céu estava azul, ainda escuro, pois o Sol ainda acordava no horizonte, preguiçoso.
Ødemark estava certo de que Björn, Mika, Knut e Olly observavam-no de cima, sorrindo, orgulhosos do homem que ele se tornou. Aquele pensamento acalmava-o, deixando um sorriso no seu rosto, e dando-lhe uma direção clara. Apesar de não poder ver aqueles que ama, poderá fazer a diferença no mundo por eles. Esse era o seu novo objetivo.
2 notes
·
View notes
Text
La heredera del Infierno
Aviso: En este capítulo, también tuve que usar diálogos del videojuego doblado al español latino, pero cuando haga la versión de ingles (en algún momento) usaré los diálogos originales. También, varios lugares que describo son verídicos.
El local La Casa del Chocolate y se encuentra en la Av. Corrientes 1479. Por otro lado, Mercedes es un pueblo de Provincia de Buenos Aires y una de sus festividades populares es la "Fiesta del Salame".
El Mundo Exterior.
–¿Qué debería ponerme para ir al Mundo Exterior? –preguntó Daniela, mientras sostenía su mejor ropa– Eh, Ade, despertate.
La chica salió de sus pensamientos y volvió a la realidad.
–Perdón ¿qué estabas diciendo?
–¿Qué me pongo para ir el Mundo Exterior? –volvió a preguntar–. Estoy entre el vestido azul, el top con la pollera blanca o jean y remera blanca.
–Vamos a ver a una emperatriz y a sus hijas, creo que el top o el vestido no va a estar bien para presenciar a la familia real. Te van a tachar de algo peor, quizás en la fiesta podés usarlo. –respondió Adelina, mientras observaba los conjuntos de ropa–. Podrías usar la remera rosa claro, el jean negro y sandalias, seguramente nos va a tocar caminar.
–Ay me gusta, pero me voy a poner otro par de sandalias que combinen.
–Como quieras.
–¿Qué estabas pensando? –cuestionó Daniela con una sonrisa mientras se arreglaba.
–Nada.
Había pasado una semana desde el sueño, y lo recordaba como si lo hubiera tenido la noche anterior. Despertó sudando, sintiendo las manos de los muertos por todo el cuerpo y tuvo que hacer un esfuerzo titánico para no gritar en plena madrugada. Necesitaba respuestas sobre Hela.
Después de darse una ducha, Adelina observó su mejor ropa. Optó por un vestido negro con decoraciones de enredaderas, mangas caídas, suelto en la falda por arriba de las rodillas y sandalias de taco bajo. Cepilló su larga cabellera negra haciéndose una media colita y se aplicó un poco de su mejor perfume.
Luego, tomó la paleta de sombras y al abrirla, sus ojos heterocromáticos se reflejaron en el pequeño espejo. Puso en sus párpados sombras de color negro y se pasó lapis labial rojo. Tras terminar, admiró momentáneamente su rostro pecoso y guardó todos los elementos en su bolso pequeño.
Al salir de su habitación, vio a Mariano con una remera de One Piece. un traje negro y pantalones elegantes del mismo color. La muchacha intentaba tener autocontrol de no matarlo a la primera oportunidad que tuviera.
–¿Cuántas veces te dije que te pusieras camisa y no una remera? –preguntó Adelina.
–Agradece que no me puse una de Megadeth –defendió el chico, ajustando su saco–. Es elegante y moderno.
–Hace lo que quieras, si nos miran mal te mato.
–Le vamos a sobornar con comida. Vamos a estar medianamente bien.
En esos siete días, el trío quiso buscar unos regalos a la emperatriz Sindel. Fueron a Argentina a comprar comidas típicas de su patria. Liu Kang les había dicho que no era necesario, pero aun así Adelina, Mariano y Daniela hicieron los regalos.
La chica suspiró aceptando la derrota y salió del complejo con Mariano, Raiden, Kung Lao y Kenshi. Raiden llevaba un atuendo formal chino de color blanco con un cinturón de tela, pantalones azul oscuro y botas del color de la nieve. En cambio, Kung Lao vestía con una camisa china de manga corta negra y roja, en su cabeza, tenía su sombrero con cuchillas, pantalones negros y botas del mismo color. Por último, Kenshi llevaba una camisa roja, un saco gris, pantalones del mismo color y zapatos de color negro.
Mientras esperaban a Johnny y Daniela, Adelina se dio cuenta de que los tres hombres miraban curiosamente el tatuaje de la muchacha.
–¿Qué te ocurrió en el brazo? –preguntó Kung Lao analizando el brazo derecho de la chica.
–Una estupidez –dijo Adelina tratando de no explicar demás, pero ante las miradas curiosas de Raiden, Kung Lao y Kenshi siguió–. Aposté a que aguantaría un tatuaje completo, pero solamente soporté el brazo.
–No te veo haciendo eso –dijo Kenshi.
–Lo hice cuando tuve 18 –mintió Adelina–. En ese tiempo, hice cosas tontas.
Pasaron varios minutos mientras esperaban a los otros luchadores. Kung Lao no podía contener su emoción en conseguir la victoria en el Mundo Exterior y presumir al campeón de la Tierra.
–Por favor Raiden, cuídalo. Ya veo que nos va a dar problemas y nos hará quedar mal –dijo la muchacha.
–Haré mi mejor esfuerzo –dijo Raiden con una risa.
–Tenemos que presumir a nuestro campeón, Adelina, sino qué imagen va a tener el Mundo Exterior de nosotros –dijo Kung Lao palmeando ambos hombros de Raiden.
–Vamos a tener la imagen de unos imbéciles, por eso no tenemos que presumir de más –dijo Adelina y Mariano rio.
–Adelina tiene razón, presumir nos haría quedar mal –dijo Kenshi–. Hablando de presumir ¿dónde están Johnny y Daniela?
–Dame un segundo –dijo Adelina acercándose a los pasillos–. ¡Che, ustedes dos! ¡Agilicen el trámite ya tenemos que irnos!
–¡Ya va! –gritó Daniela.
La muchacha fue la primera en salir, llevando una remera rosa claro decorada con alitas de ángel doradas, jean negro y sandalias. En sus manos, tenía las bolsas de regalos y Adelina tomó una. Detrás suyo, Johnny apareció con una camisa negra sedosa, pantalones del mismo color y zapatos.
–¿Qué es lo llevan en esas bolsas de regalo? –preguntó Kung Lao viendo las bolsas detrás del trío.
–Liu Kang nos dejó ir a Argentina a comprar regalos para la emperatriz Sindel –dijo Daniela con una sonrisa alzando las bolsas con orgullo.
–Trajimos los mejores chocolates de La Casa del Chocolate –dijo Mariano.
–Salame quintero de Mercedes. El mejor de todos –dijo Adelina–. También, vino.
–No era necesario hacer eso –dijo Johnny riendo ante las cosas que mostraron.
–La mejor forma de caerle bien a desconocidos es con comida –contrarrestó Daniela–, y estas son de las más exquisitas de nuestra patria. Además de las más caras, tuvimos que poner plata y dolió como el carajo a nuestras billeteras.
Los demás luchadores se miraron entre ellos y dejaron que el trío hiciera sus cosas. Se encaminaron al gran jardín donde Liu Kang los esperaba y lo siguieron hacia unas columnas chinas rojas con decoraciones moviéndose con el viento y algunos dragones orientales como relieves.
–El Mundo Exterior puede ser extraño y embriagante para los habitantes de la Tierra –de las manos del dios emergieron flamas naranjas y azules formando un portal–. Que no les afecte. Enfóquense en la tarea que tienen.
Adelina vislumbró que Johnny grababa las acciones de Liu Kang para su futura película. Los demás revolearon los ojos, resignándose a las actitudes del actor. Luego de formar el portal de fuego, el dios pasó a través de las llamas naranjas, siguiéndolo Raiden, Kung Lao y detrás, los otros luchadores.
Antes de atravesar, Adelina aspiró hondo y pasó por las flamas ocasionándole cosquilleos y mareos como cuando las atravesó para llegar a la Academia Wu Shi. Las flamas naranjas y azules se transformaron en oleajes violetas y lilas. Sin darse cuenta, la chica pudo tomar aire y abrió los ojos para encontrar un paisaje soleado.
Enfrente del portal, había dos estatuas de criaturas a los costados. Alrededor de la arquitectura de mármol blanco, había diferentes tipos de árboles, flores y banderas. Bajando las escaleras blancas, había una alfombra violeta que llevaban a otras escaleras de mármol blanco, con columnas decorativas y detrás árboles con flores rosas.
–Toto, creo que ya no estamos en Kansas –exclamó Johnny mientras seguía grabando todo el paisaje.
En las escaleras había un grupo de mujeres paradas en fila. Dos de ellas eran muy distintivas, llevaban ropas rosas y azul claro. Las demás vestían de uniforme amarillo, pantalones ajustados grises y zapatos del mismo color. También, estaban armadas con escudo y lanza.
–Vaya –exclamó Johnny al ver que las dos jóvenes de rosa y azul claro–. ¿Esas son…?
–Las hijas de la emperatriz Sindel, sí –dijo Liu Kang y el actor apagó su celular.
–No decepcionan.
Le dio la razón al dios sobre la belleza que poseía el Mundo Exterior. En esa hipnosis, tuvo que tener el control de evitar caerse y a la vez vigilar que Mariano y Daniela no les pasara lo mismo. El calor abrazador del lugar la agobió y agradeció llevar vestido.
–Somos los embajadores de la Tierra, Johnny. Les mostraremos respeto…–dijo Raiden solemnemente– no una atención indeseada.
–Tené por sentado que va a ser lo mismo que estuvo haciendo con nosotras todo el tiempo –habló Daniela sonriente–. Solo que, en vez de recibir una mala contestación, va a ser la cabeza empalada y su cuerpo dado de comer a los animales.
–Una linda imagen –dijo Adelina.
El grupo se acercaba a las hijas de la emperatriz, unieron el puño con su palma y se inclinaron.
–Lord Liu Kang, bienvenido –habló la hija vestida de rosa.
–Gracias, princesa Mileena.
–¿Recuerdas a mi hermana? –preguntó la noble haciéndose a un lado.
–Claro que sí –respondió Liu Kang–. Princesa Kitana.
Ambos se hicieron un pequeño gesto de saludo. El dios prosiguió a presentar a los luchadores y al campeón. Las princesas miraron apenas al resto de luchadores y Kitana enfocó su mirada sobre el granjero.
–Espero que estés preparado, Raiden –dijo orgullosamente–. Nuestros campeones están decididos a ganar.
–Nadie más que yo. Llevamos mucho tiempo sin conseguir la victoria –espetó la princesa Mileena.
–Princesa Mileena… –habló una de las chicas vestida de amarillo. Una morena con un peinado de rastas–, hay que ponernos en marcha. La emperatriz Sindel nos espera.
–Gracias, Tanya –dijo Mileena–. Síganme, por favor.
Las princesas llevaron a los luchadores por las escaleras hacia un pasillo externo de mármol blanco y dorado, donde más guardias estaban en postura recta y en fila. Al final, había carruajes llevados por criaturas extrañas, cubiertos en la cima con telas exquisitas de colores violetas y lilas, sus ruedas tenían partes doradas y dentro se hallaban cómodos almohadones.
Luego de que los invitados subieran, los carruajes empezaron avanzar hacia el palacio. Poco a poco, el paisaje verde fue convirtiéndose en pequeñas casas que mostraban detrás suyos edificios arquitectónicos orientales más grandes. Había faroles encendidos y se escuchaba el sonido de la música. Aparecían lentamente todas las civilizaciones del Mundo Exterior, celebrando la llegada de los habitantes de la Tierra.
Adelina, Mariano y Daniela estuvieron sorprendidos por la belleza del sitio y cada vez que surgía algo nuevo, sus rostros se volvían como el de unos niños. Adelina esperaba que los demás estuvieran igual de impactados que ella.
–¿Soy yo, o creo que los del Mundo Exterior están más competitivos que nosotros en el mundial? –cuestionó Mariano.
–Al parecer, sí –contestó Daniela volviendo en sí para luego cambar de tema–. Si la entrada del Mundo Exterior está re linda, imagínense lo que será el palacio y habrá más ropa linda.
–Fiesta y comida –unió Mariano soñadoramente.
–También podré entrevistar a la emperatriz o a sus hijas. –divagó Daniela–. Me encantó el top de la princesa Kitana y esta noche, voy a usar el mío.
–No creo que eso ocurra, Dan-Dan –dijo Adelina con una sonrisa–. Y sí, la ropa es muy linda.
–Valdrá la pena el intento.
Los habitantes aplaudían sin cesar y saludaban a todos los luchadores. La música se escuchaba por toda la calle, los tambores invadían los oídos de Adelina que le fascinaba. Vio diversos puestos de comida repletos de personas sonrientes compartiendo con sus compañeros, niños corrían de un lado al otro con risas alrededor.
–Las descripciones que tuvimos sobre los seres no tienen comparación en la vida real –dijo Adelina sorprendida–. Me siento, por primera vez, una verdadera turista.
–Es la mejor decisión que tomamos en venir a acompañarte al torneo –dijo Daniela.
En un momento, se escuchó un silbato y el carruaje del trío se detuvo. Los chicos estaban confudidos y miraron afuera. Personas con las manos atadas a la espalda en fila avanzaban y una figura femenina los escoltaba. Del primer carruaje salió la princesa Mileena, comenzó a gritarle algo que Adelina no pudo entender y por los gestos que hacían, las dos mujeres parecían contenerse bastante. Después de la pequeña discusión, la princesa volvió a su carruaje y siguieron su curso.
–¿Escucharon algo de lo que decían? No entendí ni tres hectáreas –habló Adelina.
–Lo único que escuché fue que debían despejar la ruta o algo así –dijo Mariano.
–Pueden pasar esas cosas –dijo Daniela.
Tras pasar por la festiva Sun Do y su muchedumbre, los carruajes llegaron lentamente a un área decorada por la realeza. Poco a poco, Adelina y sus amigos pudieron ver el palacio delante de grandes montañas. Estaba decorado por diversos arbustos de los cuales tenían flores violetas y rosas, telas adornaban parte de las escaleras y balcones y cascadas se encontraban al costado de las escaleras principales. En las cimas del palacio, había banderines violetas moviéndose por el constante viento.
El grupo bajó de los carruajes y las princesas los guiaron entre los confusos y largos pasillos del palacio. Llegaron a un gran salón donde abundaba la luz solar y el suelo formaba figuras con los azulejos. Candelabros de diferentes diseños colgados en telas de seda y puertas dirigiéndose a los bastos jardines o a los pasillos más recónditos del palacio. Enfrente de donde estaban, había tres tronos de almohadones violetas y decoraciones onduladas detrás de estos. También, en una de las paredes del salón, un gran mural de un retrato de la emperatriz y su esposo se extendía, decorado con diversas ofrendas y velas encendidas.
Miembros de la realeza charlaban en diversos grupos, mientras que los representantes de la Tierra se encontraban en el centro del salón. Adelina vio a Raiden nervioso, incluso la propia chica lo estaba. Notó algunos nobles miraban su brazo tatuado con la anatomía del esqueleto y la incomodaba cada par de minutos.
–Preocuparse es una pérdida de energía sin sentido, Raiden –habló el dios dándose cuenta del estado de Raiden.
–Pero el torneo… Si perdiera –espetó el chico ansioso y angustiado.
–Enfócate en tus acciones, no en el resultado –afirmó Liu Kang–. Solo eso está en tus manos.
–Si te sirve de consuelo Raiden –se acercó Daniela y apoyó su brazo en el hombro del hombre–, Ade, Mariano y yo también estamos nerviosos.
–¿De enserio? –cuestionó el chico.
–Sí, los tres tenemos que entregar los regalos a la emperatriz –dijo Mariano con una sonrisa–. Si las hijas mostraron su amabilidad y competencia al mismo tiempo, ¿cómo va a ser la emperatriz?
–Mieeeeerda –soltó Adelina en voz baja y con los dientes apretados–. ¿Quién es el primero de nosotros en ir?
Mariano y Daniela se quedaron asustados ante esa duda, entonces los tres hicieron una ronda intentando decidir. En su conversación, Johnny habló:
–Alerta roja. Se aproxima un villano típico.
Era una figura casi humana, pero no tenía cabello, solamente unos cuernos gigantescos y peculiares. Poseía orejas puntiagudas, uñas afiladas, ojos rojos como la sangre y piel bronceada con algunas escamas. Estaba armada con un equipo diferente al de las mujeres de amarillo, tenía una armadura roja y plateada. El peto plateado, mostraba en su centro la silueta de un toro y en su cinturón había un cuchillo de caza.
–No dejes que…–susurró Liu Kang cerca del campeón y que también lo pudieran escuchar los otros luchadores– el general Shao te provoque.
–¿El campeón de la Tierra está más flacucho de lo habitual o es mi impresión? –cuestionó el general con una risa y superioridad en su tono.
–¡¿Quieres poner a prueba su fuerza?! –estalló Kung Lao–. Raiden va…
Adelina se tapó los ojos con una mano por la vergüenza y las ganas de abofetear a su compañero.
–Va a probar pronto su valía –dijo Liu Kang salvando la situación y con un gesto de su mano calló al guerrero, poniéndose frente a frente con el general.
–¿Aún no les contaste a los habitantes de la Tierra que el Mundo Exterior existe?
–Es más seguro así, general –argumentó el dios.
–Supongo que sí –dijo el general acercando su rostro amenazador al dios–. Las mentes frágiles de tu gente no podrían lidiar con la verdad.
–¿Crees que son débiles, general? –preguntó Liu Kang con un sarcasmo apenas visible–. ¿En serio? ¿Tras tantas veces que han ganado este torneo?
–Destruiremos a tu campeón, Liu Kang –espetó el general–. No saboreará la victoria.
Se marchó en ese instante dejando a todos en un silencio mortal, luego Adelina se puso frente a Kung Lao y lo miró con una sonrisa asesina.
–Kung Lao, ¿recordás que te dije algo específicamente antes de venir acá? –cuestionó la joven y su sonrisa se convirtió en una mueca de enojo–. Que no hicieras nada estúpido o vergonzoso.
Con cada palabra, la chica le dio un golpe con el pequeño bolso negro que tenía colgando en su hombro. Después, Adelina se reunió con Mariano y Daniela para poder volver a ver quién se acercaría primero a la emperatriz.
Decidieron usar piedra, papel o tijera y la primera en ganar fue Daniela. Sonrió al ser la última en dar su regalo y observó cómo sus amigos continuaban con el pequeño juego. Mariano y Adelina sacaron varias veces los mismos movimientos hasta que pudieron desempatar con la chica ganando. El muchacho casi iba alzarle el dedo medio, pero se contuvo al escuchar las trompetas.
El sonido anunció la llegada de la emperatriz y sus hijas. La gobernante avanzaba en un entero violeta y plateado, sandalias con taco, el cabello blanco y negro en una media colita. Sus ojos eran el color del chocolate y sus manos poseía diferentes anillos y pulseras. Todos los presentes las dejaron pasar para que se acercaran a sus respectivos tronos.
–Saludos, miembros de la casa real –dijo la emperatriz viendo los presentes–. Saludos, visitantes de la Tierra. Nos reunimos una vez más para honrar el legado de mi difunto esposo y dar continuidad al torneo que creó junto a Lord Liu Kang con el objetivo de fomentar la paz entre los reinos. Que el alma de Jerrod nos proteja con orgullo desde el Bosque Viviente, donde descansa. Lord Liu Kang.
–Emperatriz Sindel –saludó el dios mientras se acercaba–. Me complace ser tu invitado una vez más. Antes de dar el inicio el torneo majestad, tres habitantes de la Tierra decidieron darle unos obsequios en señal de buena voluntad.
El chico volteó un poco la cabeza y sus amigas le sonrieron, su rostro reflejó sus nervios, pero retomó su camino hacia el trono de la emperatriz.
–Majestad, estos regalos son de nuestra bella y amada patria, Argentina –habló Mariano solemnemente–. Mi regalo es uno de los mejores vinos, Trapiche.
El joven se inclinó ante la gobernante y volvió con los demás luchadores. Adelina escuchó como Mariano soltaba el aire contenido, mientras se acercaba al trono
–Emperatriz Sindel, mi regalo son bombones y chocolates –la chica se inclinó alzando las cajas y exhibiendo su interior–. Provienen de uno de nuestros mejores locales, La Casa del Chocolate. Tiene diversas variedades con las que compartir y disfrutar.
La chica se retiró y se posicionó al lado de Mariano. Daniela se aproximó con su regalo y sacó su mejor sonrisa.
–Emperatriz, mi regalo proviene de Provincia de Buenos Aires y es su salame, los mejores de nuetro país. El lugar hace una festividad llamada la “Fiesta del Salame” –dijo Danela mostrando el alimento–. También entrego nuestros mejores quesos para que pueda disfrutar. Le advierto que el salame es picante y tiene aroma fuerte, pero no le quita que es una delicia.
La chica se retiró de los ojos de la emperatriz dirigiéndose hacia donde estaban Adelina y Mariano.
–Agradezco su generoso gesto. Liu Kang, aquí siempre serás bienvenido –respondió la gobernante, mientras extendía sus manos en forma de bienvenida y cruzó sus piernas–. Ahora. Conozcamos a tu campeón.
–El campeón de la Tierra es Raiden, majestad –presentó la deidad–. Se ganó su lugar por encarnar las mejores cualidades de los habitantes de la Tierra.
–Pareces que estás nervioso, joven.
–Soy un extraño en una tierra desconocida. Vine a competir contra tus mejores hombres –habló Raiden con valor y un rojo en el rostro–. Sí, estoy nervioso.
–Haces bien. Te espera un duro camino –la emperatriz se puso de pie–. ¡Ya comenzó!
Entre los miembros de la corte hubo ligeros tonos de sorpresa, Adelina y los demás luchadores miraron curiosos cuando apareció de entre los pasillos una chica pelinegra. Portaba un uniforme gris con fucsia oscuro, sus manos estaban envueltas en antebrazos de los mismos colores. Llevaba una cola de caballo, pero tenía algunos mechones sueltos y sus tacones repiqueteaban en el suelo de piedra.
–Como exige la tradición, la primera competidora del Mundo Exterior será la primera oficial de Sun Do, Li Mei –prosiguió la emperatriz–. Que defienda la gloria de nuestro reino como preserva el orden de nuestra capital.
La primera oficial se acercó al trono de la emperatriz quedándose enfrente de esta y su puño se pegó hacia donde estaba su corazón.
–Majestad. Con mi combate, honraré tanto a la casa real como al Mundo Exterior.
–Si eso ocurre, superarás mis expectativas. –la emperatriz Sindel posó su mano en el hombro de la primera oficial–. Recuerda… que no estarías aquí si no fuera por la tradición de Jerrod.
La gobernante volvió a su trono, Li Mei se dio la vuelta y caminó hacia el centro del salón donde estaban Raiden y Liu Kang. El dios apoyó una mano en el hombro de su campeón y habló:
–Solo debes dar lo mejor de ti. El resto ocurrirá por inercia.
–Sí, Lord Liu Kang.
–Veamos qué puedes hacer –dijo Li Mei con desdén.
–Ojalá que esta sea la primera de muchas victorias.
–Triunfaré, habitante de la Tierra –afirmó Li Mei furiosamente–. Para mí, esta pelea es más importante de lo que podrías imaginarte.
Li Mei atacó con una patada giratoria y de esta emergieron chispas violetas, Raiden esquivó el ataque y usó su medallón. Los rayos aparecieron y desintegraron las chispas. Luego, la primera oficial usó sus puños y el granjero no se pudo defender haciendo que cayera al suelo. Se puso de pie y contratacó con un rayo, pero Li Mei saltó sobre este y le dio un rodillazo en las costillas.
Luego, de las manos de la primera oficial salió un halo violeta con chispas y formaron la cabeza de lo que parecía un tigre. Cuando iba a lanzar a Raiden a la boca de la criatura, invocó rayos sobre Li Mei haciendo que gritara por el cortocircuito y cayera. Al levantarse, Raiden volvió a emplear sus rayos y la alejó dándole un golpe en el pecho haciendo que concluyera el combate.
–Gracias por la pelea, primera oficial –dijo Raiden.
Li Mei se puso de pie y Adelina pudo ver en su rostro, decepción. A pesar de eso, se inclinó respetuosamente ante Raiden y marchó lentamente entre los murmullos de los nobles hasta desaparecer de la vista de Adelina.
–Te felicito, Raiden. Diste una buena pelea. Veremos cómo te va en la próxima –dijo Sindel solemnemente y luego alzó la voz–. General Shao ¿A quién elegiste para que compita a continuación?
–Majestad, elegí a Reiko, mi segundo al mando –exclamó el general con orgullo y malicia. En ese instante, apareció un joven–. Reiko quedó huérfano de niño, durante la Guerra de Kafallah. Aunque fue capturado, su espíritu permaneció intacto. A pura garra, sobrevivió. Después de la guerra, lo acogí y lo convertí en el soldado perfecto. Pocos están tan versados en el arte de la guerra como él.
Tenía los ojos pintados con hombreras rojas y plateadas con púas pequeñas unidas en su pecho y antebrazos. En su cinturón colgaba un cuchillo de cazador, su pantalón era gris oscuro y botas rojas. Usaba una pequeña cola de caballo y la cabeza rapada a los costados. Su mirada era de enojo y destilaba guerra.
Reiko se acercó y mostró sus destrezas mediante un combo de ataques sin tocar al campeón. Raiden permaneció pacífico ante la demostración y Reiko lo enfrentó:
–¿En qué ejército serviste? ¿En qué guerras luchaste?
–Sobrevivimos en Argentina, pibe. Es un campo de batalla sin igual –susurró Mariano y Daniela se rio silenciosamente, mientras que Adelina mostró una sonrisa cómplice.
–Yo no hice nada –espetó Raiden.
–Entonces, te falta preparación, habitante de la Tierra –espetó Reiko señalándolo con el dedo–. Este será tu último campo de batalla.
Un halo rojo se apropió de Reiko, le asestó a Raiden un rodillazo en las costillas y rápidamente le dio una patada frontal. El campeón se abalanzó como un tigre con rayos haciendo que Reiko retrocediera y volviera a su postura defensiva. El guerrero volvió atacar al granjero usando su halo desde su posición y Raiden lo esquivó.
Reiko corrió empleando su aura roja y tacleó a Raiden, pero antes de que el habitante del Mundo Exterior rematara al campeón de la Tierra, este se alejó de la zona de ataque. Luego, Raiden desestabilizó a Reiko para usar sus rayos en sus manos, las estampó en las orejas y saltó para darle una patada área. Al pisar fuertemente el suelo, rayos aparecieron en el suelo que llegaron a Reiko dándole electrocución. El soldado cayó al suelo terminando el combate.
–Te derrotó un simple granjero –Raiden volteó hacia la emperatriz–. Estoy listo para el siguiente oponente, majestad. ¿A quién me enfrentaré?
–Paciencia, joven. –dijo la emperatriz calmadamente y se puso de pie–. Haremos un receso hasta mañana a primera hora. Espero verlos a todos en el banquete de esta noche.
Todos los presentes se inclinaron ante la emperatriz y sus hijas, mientras se retiraban del salón. Poco a poco, los miembros de la realeza se retiraron y solamente quedaron los luchadores de la Tierra. Adelina pudo escuchar a los lejos la creciente música de la capital, Sun Do.
–Luchaste bien, Raiden –elogió Liu Kang.
–Gracias, Lord Liu Kang.
–No fue tan malo como creí que sería –dijo Mariano de forma alegre–. De enserio, pensé que la emperatriz nos iba a matar con su mirada. Da miedo.
–Peor es el general Shao –dijo Daniela.
–Lo importante es que logramos impresionar en el combate –dijo Kenshi.
–No intenten caer en sus provocaciones–dijo Liu Kang y juntó sus manos vendadas–. Así podremos tener una sana convivencia con el Mundo Exterior. Ahora, traten de disfrutar de la tarde y prepárense para el banquete.
En ese instante, sirvientes aparecieron para guiar a los habitantes de la Tierra a sus aposentos. Pasaron por diferentes pasillos con alfombras, antigüedades, armas y diversos retratos. La habitación de Adelina se encontraba enfrente de la de Kenshi, a la izquierda se encontraba la de Mariano y a la derecha la de Daniela.
La sirvienta le abrió las dos puertas de sus aposentos y se maravilló con su interior. Tenía un gran balcón del que se veían árboles, cascadas y la capital del imperio. Las cortinas de seda lila, se movían con el leve viento. Había diversas mesas por doquier y encima tenían velas aromatizadas y diferentes artículos. Enfrente de Adelina, vio la cama más grande que había visto, con decoraciones y sábanas más exquisitas y en sus extremos poseía dos mesitas de luz. En una puerta aparte, la sirvienta le mostró un baño realmente gigantesco con diferentes aromatizantes y sales de baño.
Tras agradecerle a la sirvienta, Adelina se recostó en la cómoda cama asimilando el inmenso espacio. Luego, fue hacia el gran balcón donde pudo ver el jardín y a lo lejos los edificios más altos de Sun Do. La chica volvió a entrar para mirar los diferentes muebles como si fuera una niña pequeña. El ropero estaba repleto de vestimenta del Mundo Exterior que la enamoró y vio todos los conjuntos.
–¡Esto es genial! –exclamó Daniela acercándose con grandes zancadas. Adelina no se había percatado de que su amiga abrió la puerta.
–Lo sé.
–Me siento como un político estando en estas habitaciones –siguió Daniela mirando todo su alrededor–. ¡También tengo balcón!
Las chicas no pararon de charlar hasta por los codos y en un momento, se quedaron dormidas en el espacioso colchón.
Las dos niñas, Adelina y Daniela, se volvieron inseparables tras ese breve momento de charla en el patio. La pasaban el tiempo juntas y lo soportaban todo. Pero la burla de los niños se volvía cada vez más frecuente hacia la pequeña Adelina por su peculiaridad en los ojos. Esas burlas llegaron a un límite.
La joven le había asestado una golpiza a uno de los tantos niños y este se la devolvió aún peor. La pequeña riña pasó a peores cuando Adelina lo empujó haciendo que el niño cayera rompiéndose varios dientes y la nariz. La niña lo golpeó repetidas veces en la cara y el pequeño no pudo defenderse.
Por el alboroto, los superiores separaron a los dos y los castigaron de una forma horrible, enviándolos a cuartos donde pasaron hambre por una semana. Pero en las noches, Daniela iba y le daba un poco de comida a Adelina.
Las burlas y defensas se repitieron de diferentes formas, haciendo que los castigos fueran diversos. Golpes en el cuerpo, días sin comer, maltrato verbal.
–No lo soporto más Dan-Dan –dijo Adelina y sus lágrimas caían por sus mejillas–. ¿Por qué no nací con un solo color en mis ojos?
–Tenemos que aguantar un poco más.
–Me quiero ir de aquí –hipó la niña–. Quiero ir a capital.
–Lo vamos hacer, Adelina –dijo Daniela seriamente.
–¿Cómo? –cuestionó Adelina sacándose los mocos–. Los superiores lo sabrán.
–No les importamos –espetó la chica–. Si lo hicieran, no nos tratarían mal. Busquemos boletos de colectivo y marchemos a CABA, Rosario no nos trajo nada bueno.
Pasaron varios meses tras esa propuesta tan descabellada, pero las chicas lograron comprar boletos de colectivo y falsificar permisos para viajar solas. Cuando se apagó la última luz del orfanato, las niñas de siete años tomaron sus pertenencias y salieron sigilosamente. Bajaron usando las sábanas de sus camas y corrieron hacia la verja evitando las luces de seguridad.
Luego de trepar dificultosamente, corrieron lo más rápido posible hasta llegar a la terminal de colectivos. Mostraron a los conductores sus boletos y permisos y les dejaron entrar.
Tras varias horas donde las chicas se durmieron y despertaron cuando el sol iluminaba su ventana. Se maravillaron ante los grandes edificios de la capital, las rutas con sus giros y embotellamientos, repletos de autos, camiones y motocicletas.
Las pequeñas caminaron bastante. Lo suficiente para que la elegancia de los edificios se transformara en casas pequeñas descoloridas o mostrando los ladrillos. En su gran caminata, Adelina y Daniela compartieron la comida que prepararon en el orfanato y solamente, quedaban unas sobras.
Llegó el atardecer, y las niñas no sabían dónde pasar la noche en Ciudad Autónoma de Buenos Aires. Veían miradas curiosas de algunos adultos y les dio incentivo para aumentar el paso. Adelina pudo escuchar pisadas fuertes y al voltearse, un hombre extraño las seguía. Las pequeñas se apresuraron hasta llegar a lo que parecía la entrada de un galpón. Se quedaron contra el portón de chapa, el extraño tiró del brazo de Daniela haciendo que gritara y Adelina jalaba de su brazo para evitar que se la llevara. De repente se escuchó un disparo.
–Flaco, ándate de mi casa –un anciano sacó el casquillo del rifle y recargó–. Dejá en paz a las nenas.
–Son mis sobrinas.
–Seguro, degenerado –el anciano apuntó nuevamente–. Andate de mi casa y deja en paz a las nenas o te lleno de balas la cabeza.
El extraño salió despavorido del portón y se perdió en las calles. Las niñas miraron al anciano que cargaba el rifle y temblaron ante la presencia el señor. Cuando intentaron correr del lugar el señor les habló:
–Nenas, ¿de dónde son?
Adelina y Daniela no contestaron y escucharon el portón abrirse con el rostro de un niño de su misma edad con un casco en su cabeza.
–¿Quiénes son Viejo Mario? –preguntó el niño.
–Adentro, Mariano.
El chico obedeció y el anciano se agachó a la altura de las pequeñas.
–Veo desde acá que tienen hambre –habló el anciano y colocó el rifle a su costado–. ¿Les parece si comen algo y me comentan que hacen por acá en Lugano?
Las niñas se miraron entre ellas y asintieron al anciano. Abrió el portón permitiéndoles entrar, mientras las ayudaba a cargar sus pertenencias. En la puerta de su casa, el niño con el casco, Mariano, las observaba con curiosidad.
Adelina despertó cuando el sol se ponía, dejando naranjas y rosas intensos en el cielo. Le costó reconocer que estaba en el Mundo Exterior. Vio a Daniela con la boca abierta emitiendo pequeños ronquidos y trató de despertarla, mientras se quitaba el sueño, Adelina vio el paisaje que le ofrecía el balcón. Se maravilló ante las flores que aparecieron tras los primeros pasos del atardecer y algunos sirvientes y guardias yendo de aquí y allá en el basto jardín.
Escuchó los golpes en la puerta y se aproximó para ver quien era. Al abrirla, una sirvienta se inclinó y le informó sobre el gran banquete que haría la emperatriz ocurriría dentro de un par de horas. Esta le ofreció sus servicios de limpieza e iluminar la habitación. Adelina la dejó entrar y Daniela se marchó a sus aposentos a prepararse para el banquete real.
Adelina fue hacia el baño y calentó el agua. Había pétalos que decoraban la superficie haciendo que desplegara diferentes aromas, acompañadas por las sales de baño. La chica se relajó ante esa comodidad, pasó el jabón por todos lados y se enjuagó el cabello. Disfrutó esa tranquilidad y al mismo tiempo, admiró el tatuaje de su brazo y abdomen. Necesitaba encontrar respuestas rápido acerca de Hela y su daga, esperaba tenerlas con la emperatriz Sindel está noche.
Adelina salió de la ducha, se puso ropa más cómoda y buscó entre sus pertenencias algo para el banquete. Eligió una pollera negra con cola hasta los tobillos, musculosa de mangas finas acompañada por una camisa blanca transparente con pequeñas cadenas doradas en sus hombros y muñecas y sandalias de taco negras. Se maquilló con sombras de color negro sobre los párpados y se pintó los labios con labial negro.
Al salir, en el pasillo vio salir a Kenshi, después Daniela y Mariano. Kenshi llevaba una camisa roja, arriba un saco de color negro, pantalones del mismo color y zapatos de vestir. En cambio, Daniela vestía con un top estilo corsé de color azul, jeans blancos y zapatos blancos con taco. Por último, Mariano tenía puesto una de color gris, saco azul oscuro, pantalones del mismo color y zapatillas de color blanco.
Tras ver que los demás salieron de sus cuartos, varios sirvientes los guiaron a un jardín pequeño. Estaba iluminado por velas y faroles de tantos colores y las diferentes plantas adornaban los alrededores. Luciérnagas destellaban de un color rosa sobre los alrededores. Guardias se ubicaban en las entradas y sirvientes corrían para arreglar los últimos detalles antes de la llegada de la emperatriz y sus hijas.
Poco a poco, llegaron miembros de la realeza agrupándose a un costado del jardín. Luego, llegaron el general Shao y Reiko mostrando hostilidad hacia los habitantes de la Tierra. Por último, ingresaron la emperatriz Sindel con sus hijas. La gobernante se quedó en una mesa aparte y las princesas acompañaron a los luchadores y miembros de la realeza.
Los presentes se inclinaron hacia la emperatriz y sus hijas y dio comienzo la velada. Aparecieron músicos alegrando la hermosa noche, mientras esperaban la comida. Adelina vio que Johnny se acercaba más y más a la princesa Kitana tratando de coquetear con ella. También, en varias ocasiones, vislumbró am general Shao y Reiko mirando con desdén a los invitados.
Tras esperar, varios sirvientes trajeron diferentes platillos. Carnes con un aroma exquisito, ensaladas de tantas peculiaridades, aderezos y vinos de los más extraños. Colocaron los alimentos en las mesas y el banquete dio inicio.
La chica eligió carne acompañada con ensalada y se permitió disfrutar esos manjares en su paladar. Los sirvientes corrían de un lado al otro en las mesas tratando de servir más vino y comida en las vastas mesas, mientras la música seguía su curso.
Durante la velada, Adelina observó como Kung Lao, Mariano y Daniela comían como unos dementes, bebiendo hasta el cansancio y tomar pedazos de carne cada vez más grande que el anterior. La chica se sintió avergonzada ante esa situación y más cuando Mariano emitió un pequeño eructo.
–¡Te dije miles de veces que no eructaras en la mesa, la concha de la lora! –reprendió la chica dándole un golpe detrás de la cabeza–. ¡Puerco!
–Está muy rico –dijo Mariano con una sonrisa y siguió en su maratón de comida.
–No me importa. No lo hagas enfrente de extraños.
Adelina vio que tanto Reiko como el general Shao los miraban con desagrado y odio. Resignados a compartir la mesa.
–Kenshi –dijo Adelina–. ¿Me prestas tu katana?
–¿Para qué?
–Para matarme. Estos tres me hacen que quiera tirarme de un barranco –dijo la muchacha y el asiático se rio–. Mira que se los dije. Les dije que no hicieran nada estúpido y lo hacen. Me quiero matar.
Hubo unas risas compartidas entre ellos y continuaron con el banquete. Adelina siguió comiendo un poco más. Observó que Raiden y Liu Kang estaban metidos en una conversación en la mesa de frente y cada tanto fijaban su mirada a un hombre encapuchado y de piel bronceada.
Vislumbró a la princesa Mileena retorciéndose de dolor y luego se acercó la misma guardia de las de piel morena y rastas en el cabello que estuvo en la llegada. Gracias a las explicaciones de Liu Kang, descubrió que se llamaban Umbgadi. Estuvieron susurrándose entre ellas, por un breve momento, y se separaron. Tras esto, el dios y el campeón continuaron hablando.
En un momento, la música se detuvo y todos voltearon hacia la gran mesa de la emperatriz Sindel. Se puso de pie sosteniendo su copa de vino.
–Mi marido Jerrod creía que nuestros reinos tenían un destino en común –habló mientras miraba a los invitados –. Comprometámonos a dialogar más y no permitamos que los secretos rompan nuestros lazos. Además, agradezco a los tres habitantes de la Tierra por sus bellos regalos. Las comidas de sus tierras son bastante exquisitas.
Ante esas palabras, Adelina, Mariano y Daniela se sonrieron entre sí. Todos se pusieron de pie alzando sus copas de vino y el general Shao fue el único que no lo hizo.
–Majestad, es un honor estar aquí y conocer a tu gente –dijo Raiden con amabilidad–. Me doy cuenta de que es más lo que nos une de lo que nos divide.
Una queja de frustración salió de la boca del general y habló poniéndose de pie:
–Nuestros pueblos no podrían ser más distintas, campeón.
–Por favor, que no arruine la noche –susurró Mariano y las chicas lo callaron.
–¿Perdón? –preguntó Raiden.
–Ya me oíste. Los habitantes de la Tierra carecen de…
–Suficiente, general –espetó la gobernante cortante.
–Mis disculpas, majestad –dijo el general falsamente–. Creo que ya disfruté demasiado de este excelente vino. Si me lo permites…
–Puedes irte –dijo Sindel.
El general Shao se volteó y se perdió entre la oscuridad del pasillo junto a su segundo al mando. Tras el momento incómodo, la velada siguió unos minutos y la emperatriz le puso fin. Los miembros de la casa real marcharon por una dirección diferente a la de los luchadores de la Tierra.
–Arruinó la noche –dijo Mariano mientras caminaban a sus aposentos–. Quería bailar y quedarme hasta tarde, pero no.
–Yo quería una entrevista –suspiró Daniela.
–El general Shao tiene sus frustraciones –dijo Liu Kang calmadamente–. Posee una visión cerrada sobre la Tierra que la emperatriz Sindel, pero debe atenerse a sus órdenes.
–Tiene mucho ego –habló Johnny.
–Mira quién habla –dijo Daniela sarcásticamente–. El que no paró de presumir sobre hacer una película durante toda la academia.
–Coincido con ella –dijo Kenshi.
–El general, no sabrá lo que es capaz nuestro Raiden –exclamó Kung Lao y pasó el brazo por el cuello de su amigo–. Derrotará a todos sus oponentes.
–No hay que adelantarse y cantar victoria precipitadamente, Kung Lao –dijo Adelina con una sonrisa y los brazos cruzados–. Los del Mundo Exterior tienen diversos dones y, eso, facilita el ataque sorpresa. Peor, si te toca luchar con el general. Porque si es así, como decía el Viejo Mario…
–“Te van a meter los dedos en el orto” –dijeron Adelina, Mariano y Daniela al mismo tiempo.
Llegaron a sus habitaciones y se despidieron. El frescor en la habitación invadió a Adelina y apresuró a cerrar las grandes puertas que conducían al balcón. Luego, se preparó para dormir, con su remera holgada de Tomie y pantalones blancos cortos. Se dejó absorber por el cómodo colchón, sus lujosas sabanas y colchas.
Esa noche, soñó con Hela. Sus muertos, lobos y un recién nacido que lloraba sin cesar hasta desvanecerse.
#mk x reader#tomas vrbada x reader#smoke x reader#tomas x reader#mk1 x reader#heredera del infierno#liu kang mk1#kitana#mortal kombat 1#mortal kombat#mk1#sindel#kitana mk#liu kang#general shao#shao kahn#mk reiko#mk1 reiko#mk1 2023#mk1 kenshi#kung lao#raiden mk1#raiden#mk x oc
6 notes
·
View notes
Text
hay unas botas hermo que me quiero comprar pero no se si me da la cara para ir y gastar plata en esta situación (no me pagan)
2 notes
·
View notes
Text
um dos residentes do apartamento B4 da torre TWILIGHT é o YANG NASEON, que tem VINTE E NOVE anos e é APOSENTADO por invalidez acidentária pela *warflor.
nascido em rason, coreia do norte. 10/07, canceriano. ex-soldado da *flotilha de guerra especial da marinha. bissexual, poliamoroso e gray/demirromântico. namorando dois daniel e seu roommate jihan. pai afetivo de hangyu, de 10 anos, bonhwa, de 9 meses, e 4 gatinhos. tem uma harley-davidson.
ㅤ•ㅤQUAL O MOTIVO DE ESTAR EM HANEUL COMPLEX HÁ QUATRO ANOSㅤ?
pela localização perto dos pais, pelo valor e pelo tamanho já que moraria sozinho. recentemente entretanto se mudou de torre e para o apartamento do vizinho jihan já que sua permanência na casa do mesmo, inicialmente apenas nas tarde para tomar conta de seu filho hangyu, foi aumentando gradualmente até que parecia que já morava ali então porque não oficializar as coisas? agora está juntando dinheiro na poupança, além de para emergências, para conseguir comprar uma casa maior e mais confortável para as crianças e conseguirem morar junto também com daniel.
ㅤ•ㅤE COMO É A DESCRIÇÃO DA SUA APARÊNCIAㅤ?
olhos castanhos, seu cabelo era virgem até um pouco mais de um ano quando sua mãe com tantos fios brancos decidiu que queria ficar loira e convenceu o marido e filho a ficarem também mas acabou não durando, mas a experiencia fez com que naseon se arriscasse um pouco mais com seu visual então atualmente ele se encontra tingido entre um tom de castanho acobreado beirando a um ruivo natural, se vai mudar de cor de novo só os deuses sabem. 170cm de altura e apesar de ser relativamente baixinho não recomendo irrita-lo apesar de não estar tão em forma como no passado ele ainda consegue derrubar facilmente alguém com o dobro do seu tamanho ou carregar no colo seus dois boys mesmo eles sendo mais altos. possui algumas cicatrizes geradas dos anos como soldado sendo as piores do acidente que sofreu e o fez se aposentar, estas em especial acabou cobrindo com tatuagens em uma forma de não só esconde-las ou se sentir inseguro mas dar um significado diferente para algo que o marco de forma tão negativa e devido a localização elas raramente ficam a mostra ( costas - a linha cervical contém as fases da lua com um efeito que parece que está molhada; final da lombar - um desenho de ondas agitadas; acima do cotovelo esquerdo - illecebra, palavra em latim que significa tentação, sedução ou encanto ; acima do cotovelo direito - arcanus, palavra em latim que significa secreto, misterioso, enigmático ; atrás das orelhas - em uma tem devil angel 악마 que significa demônio e na outra 천사 anjo, um trocadilho com "um demônio em um ombro e um anjo no outro"; pulso direito - a uma fileira de gatinhos de cores diferentes em homenagem a seus 4 gatos ; parte lateral do dedo indicador direito - 정 que significa afeto ou amor em suas diversas formas e o fato de estar no dedo indicador é que o desejo de naseon é conseguir construir laços afetivos; lado esquerdo da costela - um desenho com flores de seu nascimento, campanula punctata, que representa gratidão como um desejo pessoal de naseon de se sentir grato por sua vida apesar de tudo, inicialmente ela possuía integrado os nomes de seus pais camuflados entre as folhas e pétalas mas hoje em dia também possui os nomes de jihan, daniel, hangyu e bonhwa, pois eles são a razão de sua gratidão por estar vivo e também por ama-los a localização ser perto do coração ) calças de alfaiataria, camisas socais, suéters, moletons, sobretudos, camisetas, regatas, jaquetas de couro, botas, jeans, tênis, gola alta, boinas, tons neutros, muitas joias.
ㅤ•ㅤE É VERDADE O QUE DIZEM POR AÍ SOBRE SUA PERSONALIDADEㅤ?
sempre foi uma pessoa caseira e reclusa, não era comum vê-lo em festas ou ter amigos um reflexo de seus traumas de infância ( ele sofreu bastante bullying por ser norte coreano ) e não só por ser antissocial, ainda assim sempre aproveitou a vida como dava com doses de álcool mais maços de cigarro e relações casuais. depois do acidente ele tentou mudar um pouco isso mas foi ainda mais difícil. não possui muito tato com pessoas num geral então é prov��vel que não seja alguém muito agradável de primeira ou que consiga manter uma conversa longa ( se sóbrio ). mas sempre existem exceções e é com elas que acaba se abrindo e mostrando um lado desconhecido, deixando a imagem de sério demais de lado para sorrisos frouxos. é extremamente protetor com as pessoas que ama e costuma mima-las mesmo entre os puxões de orelha. é um babão por gatos e crianças, em especial seus filhos ( filhos de seu namorado mas que ele não pode evitar se ver como pai também ). tem uma longa lista de hobbys em especial dois que descobriu gostar muito é dançar ( tendo até um tiktok ) e tricô ( ele sempre aparece com algo feito por ele mesmo como presente pra quem ele gosta ). é péssimo na cozinha então apenas conte com ele como ajudante e de ordens claras. gosta de musicas calmas e melancólicas, uma mistura entre clássicos, R&B e pop. não tem preferências por séries e filmes, assiste de tudo. ainda bebe e fuma ( cigarros ) esporadicamente pois corta os efeitos dos remédios que precisa tomar todos os dias. possui gatilhos com afogamento e brigas.
ㅤ•ㅤE O QUE SE SABE SOBRE SEU PASSADOㅤ?
filho de desertores norte coreanos, seus pais conseguiram fugir pra china e depois se mudar para a coreia do sul, onde se estabeleceram desde então. todo o processo até que pudessem ter uma vida tranquila envolvia militares de forma que para naseon, que era muito novo, a figura militar se tornou uma referência pra ele, fazendo com que desenvolvesse o sonho de conseguir se tornar como eles quando se tornasse adulto e assim pudesse ajudar outras famílias como a dele. então quando completou 18 anos não foi uma surpresa o alistamento militar voluntário na base da marinha almejando fazer parte das forças especiais de guerra coreana. dessa forma, desde que se entende por gente ele serve ao país, era algo que ele amava fazer mesmo que fosse extremamente perigoso de tantas formas. o risco era algo que parecia precisar que existisse em sua vida e o qual nem ele entendia o porque, mas eram apenas reflexos do passado conturbado.
quase dez anos servindo ao exército até que foi obrigado a se aposentar, o que é normal de acontecer cedo com soldados da warflot ( flotilha de guerra especial da marinha da república da coreia ) por ser uma profissão de alto risco sendo exatamente esse o problema. a aposentadoria veio com um preço alto. naseon sofreu um grave acidente em uma das missões, por sorte não morreu e nem obteve danos físicos graves além de precisar fazer fisioterapia pelo resto da vida, o que ele seria capaz de conviver com isso. o problema era o estado psicológico, a adaptação com à nova vida pacata e com isso os primeiros anos daquele processo foi árduo. conseguiu recuperar a mobilidade e voltou a conseguir se manter fisicamente ativo e saudável, passou a fazer terapia para lidar com o trauma e a ideia de não poder mais fazer o que ele amava. tudo garantido pelo governo.
entretanto não era um dinheiro tão alto que recebia, apenas o suficiente para arcar com os danos causados pelo trabalho e viver meramente confortável. mas naseon tinha pais, também aposentados e ao qual não recebiam auxílio do governo, era ele que arcava com as despesas no asilo e devido a idade avançada havia uma grande frequência que precisavam ir fazer exames no hospital. por isso optou pelo haneul mesmo com as péssimas condições do prédio, pois não valeria morar em um melhor que fosse tão longe dos pais e os demais prédios pertos estava fora de cogitação pelo alto preço, além da maioria ser grandes demais para alguém que moraria sozinho. então apesar do complexo não ter as melhores condições naseon conseguiu reformar o apartamento na medida do possível para viver bem e sem muitas preocupações com a pensão que recebia.
seu maior problema estava longe de ser o mofo ou as goteiras mas sim lidar com não saber mais quem era ou quem queria ser. eventualmente acabou se estabelecendo e se encontrando de novo, tendo uma vida normal como merecia. com o dinheiro que acabava sobrando passou a explorar as mais diversas coisas como estudar outros idiomas ou ir a museus e aprender sobre artes ou aprender a fazer tricô e costura, aprender esportes de baixo impacto como golfe e tênis, adotou gatinhos abandonados e se tornou pai de pet. além disso tudo também conseguiu fazer amigos e até se envolver sério com alguém, ou melhor duas pessoas, o que foi realmente uma surpresa quando sempre se viu tão acostumado com a solidão, mas uma ótima surpresa e uma que o ajudou não só parar de estranhar a calmaria em sua vida mas apreciá-la. seus pais com certeza estão felizes por vê-lo finalmente construir uma família além deles.
ㅤ•ㅤE COMO É MAIS OU MENOS O SEU APARTAMENTOㅤ?
coming soon.
#ㅤ•ㅤ𝘿𝙀𝙑𝙀𝙇𝙊𝙋𝙈𝙀𝙉𝙏ㅤ.#ㅤ•ㅤ𝙄𝙉𝙏𝙀𝙍𝘼𝘾𝙏𝙄𝙊𝙉ㅤ.#ㅤ•ㅤ𝙎𝙈𝙎ㅤ.#ㅤ•ㅤ𝘼𝙀𝙎𝙏𝙃𝙀𝙏𝙄𝘾ㅤ.#ㅤ•ㅤ𝙑𝙄𝙎𝘼𝙂𝙀ㅤ.#ㅤ•ㅤ𝙈𝙐𝙎𝙄𝙉𝙂ㅤ.#ㅤ•ㅤ𝙋𝙇𝘼𝙔𝙇𝙄𝙎𝙏ㅤ.#ㅤ•ㅤ𝙂𝘼𝙈𝙀ㅤ.#ㅤ•ㅤ𝙀𝙓𝙏𝙍𝘼ㅤ.
3 notes
·
View notes