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#Astrologia Percepções astrológicas – 12/04/2017
Hoje a Lua, ainda na fase cheia, está em Escorpião, começando o dia em oposição com Mercúrio Rx, mas em trígono com Netuno durante a maior parte do dia, com o Sol ainda na quadratura em T com Plutão e Júpiter Rx, se aproximando ainda mais de uma perfeita conjunção com Urano, e Vênus Rx, em perfeita quadratura com Saturno, enquanto também se aproxima de uma perfeita conjunção com Quíron.
Os processos de decepção são consequência da quantidade de expectativa e fantasias que colocamos sobre tudo que vivemos, e isto se faz presente, ainda mais estando sob a influência da fase lunar ligada à Libra, que tanto pode ser a beleza que colocamos na vida para harmonizá-la, quanto, também, podem ser nossas camadas de conceitos sobre as coisas, a distinção entre o “belo” e o “feio”, entre o “elevado” e o “pueril”, “sagrado” e “profano”, e esta pode ser uma das últimas dualidades a serem vencidas, que nos jogam nas tentações mais sutis e difíceis de serem identificadas – a tentação netuniana da vaidade. Sim, o desejo de se sentir superior, elevado, detentor de um conhecimento superior, que nos distingue dos demais. Mesmo aos mais aparentemente bondosos, quando, um dia, jamais surgiu um pensamento do tipo: “nossa, coitado daquele ali que não sabe aquilo que eu sei e, portanto, está tão perdido”. Ou quando ficamos doentes – a primeira coisa que ouvimos são coisas do tipo “tome isso e você vai ficar bom logo”, “fique bom logo”, “melhoras”, ou ainda, para os mais ligados às linguagens espirituais, “o que será que ele fez ou está pensando de tão ‘negativo’ para estar deste jeito...”
Isto me faz lembrar de dois filósofos que são fundamentais à minha vida: o primeiro é Michel Foucault, em sua “História da Loucura”, fala de como os conceitos de doença, saúde coletiva-pública e cuidado de si foram sendo criados com uma forma normatizadora dos corpos, para estarem adequados às exigências da escravidão do trabalho capitalista, de distinguir entre o “doente e o saudável”, ou o que precisa e não precisa da abusiva intervenção médica. Este, o médico, passou a ser um dos grandes poderes do Estado, o que seleciona, intervem, diagnostica e vigia e determina costumes. E, com isso, o ser humano foi se afastando ou sendo afastado de suas próprias avaliações sobre si mesmo, sobre as decisões sobre seu próprio corpo, sobre uma maneira própria de funcionar e que, de certa forma, colocaria em xeque nossos conceitos atuais sobre “doença” e saúde”. O que é “estar saudável” para poder servir a uma “sociedade doente” e que tem a doença como sua grande condição de existência? Será que nosso corpo, ao “escolher estar doente”, não está tentando nos dar um sinal de que outra doença, muito mais profunda e perigosa está acabando conosco, e está tentando nos retirar deste mar poluído que é nosso sistema de vida como um todo? E, principalmente: quem é que faz o conceito de “saudável” e “doente”? Por exemplo, a opção que uma pessoa faz porque está satisfeita em ser gorda não é um direito de ter um prazer em si mesma, e arcar com todos os seus ônus? Ou ela tem que ser perseguida e proscrita porque, na verdade, ela precisa se adequar a um mundo cujo mercado se volta apenas para o consumo do que é “saudável” ou “belo aos olhos”, como roupas feitas para magros, academias, vitaminas, etc? E o mercado é tão perverso que oferece, ao mesmo tempo, todas as oportunidades para que as pessoas se tornem “doentes” - comidas de péssima qualidade, lavagens cerebrais constantes do marketing, exploração constante da natureza, do trabalho servil, etc.
Será que o conceito de saúde não deveria ser mediatizado com cada um? Será que, dentro do possível, cada um poderia viver com um padrão seu, sem ser culpabilizado por isso? O que seria de um Van Gogh se não fosse um maníaco-depressivo? De uma Clarisse Lispector? Quem seriam, por exemplo, Jimi Hendrix ou Janis Joplin hoje, se tivessem deixado de usar drogas e vivido até hoje? Velhos chatos? Cada “doença” molda seus talentos ou cria suas prisões de culpa e inadequação, e talvez seja isso que o complexos Vênus-Quíron-Saturno e Sol-Urano nos trazem, e devíamos ser mais compreensivos ao tempo que cada um tem neste mundo, em vez de, no fundo, expressar nossa frustração no desdém de classificá-los como “tolos”. Em qual loucura ou perda de normalidade poderíamos alçar voo, correndo riscos, claro, em vez de viver numa superfície morna e morta em vida? Doente, no meu ver, é quem não sabe correr riscos, quem não dança na beira do abismo com os olhos vendados, que adoece por tentar se adequar ao controle de quem sequer sabemos quem está por trás dele.
O outro filósofo se chama Friedrich Nietzsche, que em seu livro “Ecce Homo”, relata sobre os longos períodos em que ficou doente, e que era exatamente nestes momentos em que ele se tornava mais produtivo, pois dois motivos: um, por se recusar a ficar em uma indigna posição de autopiedade; outro, porque o desejo de ficar curado o impelia a produzir mais e, o estado de ficar doente, para ele, representava muito um estado de normalidade do que quando ele estava “saudável”. E ele ainda dizia: o que pode ser saudável para uma pessoa, pode não o ser para outra, e cada um opera dentro de um padrão em que funciona melhor. Ou veríamos um próprio Nietzsche sem sífilis ou depressão? Ou teríamos um Foucault não alcoólatra, heterossexual, pudico, que morreria dentro de uma sala de aula?
Sim, meus queridos: quanto mais próximo se dança na beira do abismo, mas se é capaz de desabrochar para o mundo. Muitos que experimentaram a morte de perto, voltam de lá transformados, a experiência de perda e de esgotamento de tempo são verdadeiros remédios para os que ainda perdem tempo em micharias estéticas, em adequações ideológicas, morais, para receber, em troca, esmolas financeiras, afetivas, pagas em moeda falsa. Vamos, dance com a morte, com as trevas, como se fosse sua última dança. Boa quarta-feira a todos.
¹ FOUCAULT, Michel. História da loucura na Idade Clássica. São Paulo: Ed. Perspectiva, 1978.
² NIETZSCHE, Friedrich. Ecce Homo: como alguém se torna o que é. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
#cividanes#joaomarcoscividanes#cividanesastrologia#astrology#astros#astrologia#astral#astrologer#iloveastrology#mooninscorpio
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Pedro Martín receives the captain of the frigate 'Santa María'
Pedro Martín receives the captain of the frigate ‘Santa María’
Pedro Martín receives the captain of the frigate ‘Santa María’ | DE The president of the Cabildo de Tenerife, Pedro Martín, received yesterday at the Insular Palace the protocol visit on the occasion of the stopover of the Navy frigate Santa María (F-81) in the Port of Santa Cruz de Tenerife. Pedro Martín received the frigate captain Alfonso Moreno Cividanes, accompanied by the naval commander…
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El Igape aportará 16 millones de euros para los proyectos de la Ciudad de las TIC
Tras tomar posesión de la antigua Industria de Armas, la Universidad continúa delante con el plan de la Ciudad de las Tecnologías de la Información y la Comunicación. En el que asimismo están implicados el Ayuntamiento, la Xunta, y el Clúster TIC Galicia. Durante una peña radiofónica de la Radiocoruña, el director del Instituto Galego de Promoción Económica (Igape), Juan Manuel Cividanes, señaló explicó que destinarán 16 millones en tres abriles para apoyar los mejores proyectos que se gesten en este nuevo parque empresarial.
Cividanes recordó que l plan pretende organizar el sector tecnológico a través de la innovación y la dotación de infraestructuras para ser un “polo de atracción del talento” y ya está muy reformista. La convocatoria de los proyectos para acoger los fondos de la Xunta finaliza el nueve de marzo. “Nosotros siempre apoyaremos aquellas propuestas que respondan mejor a la convocatoria”, prometió.
Euros por metropolitano cuadrado
Antonio Rodríguez del Corral, presidente del Clúster, señaló que son muchas las empresas que se han mostrado muy interesadas en instalarse en la antigua planta de fabricación de armas de Pedralonga. “Estamos en fase de ofrecerles euros por metro cuadrado”, explicó, al tiempo que adelantaba que la asociación que preside se reunirá muy pronto para especificar las condiciones de la ofrecimiento final de ámbito para los postulantes.
Por supuesto, serán las grandes empresas las que más ámbito ocupan, pero Rodríguez advirtió: “No solo son grandes empresas, porque los que salen ganando son las medianas y pequeñas al situarse allí, en un centro de conocimiento”. El presidente del Clúster se negó a dar nombres, porque “hasta que no les cuentas donde van a estar los metros cuadrados o cómo se va a solucionar el transporte de los empleados, no se puede hacer una vinculación definitiva”.
from La Crónica Coruña https://lacronicacoruna.com/el-igape-aportara-16-millones-de-euros-para-los-proyectos-de-la-ciudad-de-las-tic/ from La Crónica Coruña https://lacronicacoruna.tumblr.com/post/190996435832
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El Igape aportará 16 millones de euros para los proyectos de la Ciudad de las TIC
Tras tomar posesión de la antigua Industria de Armas, la Universidad continúa delante con el plan de la Ciudad de las Tecnologías de la Información y la Comunicación. En el que asimismo están implicados el Ayuntamiento, la Xunta, y el Clúster TIC Galicia. Durante una peña radiofónica de la Radiocoruña, el director del Instituto Galego de Promoción Económica (Igape), Juan Manuel Cividanes, señaló explicó que destinarán 16 millones en tres abriles para apoyar los mejores proyectos que se gesten en este nuevo parque empresarial.
Cividanes recordó que l plan pretende organizar el sector tecnológico a través de la innovación y la dotación de infraestructuras para ser un “polo de atracción del talento” y ya está muy reformista. La convocatoria de los proyectos para acoger los fondos de la Xunta finaliza el nueve de marzo. “Nosotros siempre apoyaremos aquellas propuestas que respondan mejor a la convocatoria”, prometió.
Euros por metropolitano cuadrado
Antonio Rodríguez del Corral, presidente del Clúster, señaló que son muchas las empresas que se han mostrado muy interesadas en instalarse en la antigua planta de fabricación de armas de Pedralonga. “Estamos en fase de ofrecerles euros por metro cuadrado”, explicó, al tiempo que adelantaba que la asociación que preside se reunirá muy pronto para especificar las condiciones de la ofrecimiento final de ámbito para los postulantes.
Por supuesto, serán las grandes empresas las que más ámbito ocupan, pero Rodríguez advirtió: “No solo son grandes empresas, porque los que salen ganando son las medianas y pequeñas al situarse allí, en un centro de conocimiento”. El presidente del Clúster se negó a dar nombres, porque “hasta que no les cuentas donde van a estar los metros cuadrados o cómo se va a solucionar el transporte de los empleados, no se puede hacer una vinculación definitiva”.
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El Igape aportará 16 millones de euros para los proyectos de la Ciudad de las TIC
Tras tomar posesión de la antigua Industria de Armas, la Universidad continúa delante con el plan de la Ciudad de las Tecnologías de la Información y la Comunicación. En el que asimismo están implicados el Ayuntamiento, la Xunta, y el Clúster TIC Galicia. Durante una peña radiofónica de la Radiocoruña, el director del Instituto Galego de Promoción Económica (Igape), Juan Manuel Cividanes, señaló explicó que destinarán 16 millones en tres abriles para apoyar los mejores proyectos que se gesten en este nuevo parque empresarial.
Cividanes recordó que l plan pretende organizar el sector tecnológico a través de la innovación y la dotación de infraestructuras para ser un “polo de atracción del talento” y ya está muy reformista. La convocatoria de los proyectos para acoger los fondos de la Xunta finaliza el nueve de marzo. “Nosotros siempre apoyaremos aquellas propuestas que respondan mejor a la convocatoria”, prometió.
Euros por metropolitano cuadrado
Antonio Rodríguez del Corral, presidente del Clúster, señaló que son muchas las empresas que se han mostrado muy interesadas en instalarse en la antigua planta de fabricación de armas de Pedralonga. “Estamos en fase de ofrecerles euros por metro cuadrado”, explicó, al tiempo que adelantaba que la asociación que preside se reunirá muy pronto para especificar las condiciones de la ofrecimiento final de ámbito para los postulantes.
Por supuesto, serán las grandes empresas las que más ámbito ocupan, pero Rodríguez advirtió: “No solo son grandes empresas, porque los que salen ganando son las medianas y pequeñas al situarse allí, en un centro de conocimiento”. El presidente del Clúster se negó a dar nombres, porque “hasta que no les cuentas donde van a estar los metros cuadrados o cómo se va a solucionar el transporte de los empleados, no se puede hacer una vinculación definitiva”.
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Fiber One tiene nueva imagen y 70 calorias
Fiber One tiene nueva imagen y 70 calorias
Recientemente nutriólogos y “health coaches” del patio se unieron en una velada para celebrar el relanzamiento de la nueva fórmula de la reconocida marca Fiber One acompañados de una charla de Alimentación Holística por la Dra. Zorelis López Cividanes, M.D. La rediseñada receta contiene 70 calorías netas, 5 gramos netos de carbohidratos y 2 gramos de azúcar.
El nuevo Fiber One fue diseñado…
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Nesse sábado vamos participar da 3+8 Feira de Arte e Impressos - ED.III
A 3+8 é uma feira de arte e impressos que entra neste ano em sua terceira edição, com realização da revista Antro Positivo e Centro da Terra, e idealização e curadoria de Patrícia Cividanes.
A feira acontece no Centro da Terra dia 5 de outubro de 2019, das 14h às 21h
3+8 Feira de Arte e Impressos - ED.III
Centro da Terra
Rua Piracuama, 19 - Pompeia - 05017-040 São Paulo.
https://www.facebook.com/events/371415106904380/
#publicação#livro#fotozine#fotografia#ediçõesdearte#3+8Feira#kamikazepublicacoes#pinhole#analogico#sp#sãopaulo#independend#arte#impressos#feiradearte#centrodaterra
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Leticia Colin usa as redes sociais para falar sobre gravidez
A atriz Leticia Colin usou sua conta oficial no Instagram neste sábado, 29, para falar pela primeira vez sobre a gravidez anunciada nesta semana.
A paulista de 29 anos está grávida do primeiro filho, fruto do relacionamento com o também ator Michel Melamed, com quem vive há três anos.
Letícia usou da irreverência para dar a notícia aos seguidores, em uma postagem cheia de engajamento e emoção. Na foto, o maridão e o amigo Thomaz Cividanes aparecem uma clássica pose pose de grávidas, em referência ao mês do Orgulho LGBT.“Sim, estamos grávidos. Engravide, multiplique, ame quem ama”, disse ela na legenda, acrescentando a hashtag pride na publicação.
E claro que a repercussão foi instantânea. Horas depois, a publicação já conta com mais de 100 mil curtidas e uma enxurrada de manifestações de amor e carinho à mamãe de primeira vigem.
Ver essa foto no Instagram
Sim, estamos grávidos. #pride Engravide, multiplique, ame quem ama
#loveislove #lovewins
Uma publicação compartilhada por Leticia Colin (@leticiacolin) em 29 de Jun, 2019 às 6:51 PDT
//www.instagram.com/embed.js
Veja também: Leticia Colin posa com seios à mostra e diz: Nudez não é convite
Leticia Colin usa as redes sociais para falar sobre gravidezpublicado primeiro em como se vestir bem
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Liberación de López revela que avanza fractura en cúpula de Maduro: Jorge Lazo Cividanes http://efectococuyo.com/politica/liberacion-de-lopez-revela-que-avanza-fractura-en-cupula-de-maduro-jorge-lazo-cividanes/?utm_source=dlvr.it&utm_medium=tumblr Efecto Cocuyo http://efectococuyo.com/politica/liberacion-de-lopez-revela-que-avanza-fractura-en-cupula-de-maduro-jorge-lazo-cividanes/?utm_source=dlvr.it&utm_medium=tumblr
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Torre de Babel 1: R. H. Blyth
Gakushuin University, Tokyo, 1962.
HAIKU
Volume Dois: Primavera
(Pp. 345-640)
In the midst of the moor
Flutters a butterfly
In the rays of the evening sun.
No meio à poça
volteia a borboleta
nos raios do sol da tarde
Hokushi
The Great Morning:
Winds of long ago
Blow through the pine-trees.
A Grande Manhã:
ventos de outrora
balançam pinheiros
Onitsura
PRIMAVERA
Na primavera, névoa e neblina envolvem campos e colinas de manhã e de noite. Os dias são longos se comparado com aqueles de inverno, e existe muito vento durante o dia, vento que movimenta a si mesmo e que causa movimento em outros. O inverno é a estação do silêncio, mas quando vem a primavera, não somente águas em campos e vales mas também skylarks* no paraíso azul e pássaros nos bosques enchem o ar com sons alegres. O “uguizu”, ou moinho Japonês é um pássaro pequeno aproximadamente do tamanho de um pardal, marrom, com o peito esbranquiçado. Sua música é ouvida como “ho-hoh, hokekkyo. Por essa razão ele é chamado “pássaro leitor de sutra”. É também chamado de “pássaro amarelo”; pássaro contador da primavera, pássaro poema, pássaro de cheiro doce. Na arte está conectado com flores de ameixa como pardais estão com o bambu.
Sapos são solenemente alegres, desagradável tribo que adiciona alegria a pelo menos uma nação, porém o mais estranho tema de Haicai é o amor aos gatos. Aqui o haicai mostra suas origens e sua conexão com senryu.
As flores da primavera são a Camélia, a ameixa, o pêssego e a cereja. Branca ou vermelha, flores rosadas da camelia no início da primavera. As folhas são lindas e os galhos adequados para arranjo de flores. O pêssego não é um tema comum para haicai mas a ameixa sim e fica somente atrás das flores de cereja, e para alguns poetas como Issa por exemplo ela é a preferida. As flores de cerejeira são praticamente sinônimos do próprio Japão e elas são impregnadas com um impressionante alcance de pensamentos e sentimentos.
*uma espécie de passarinho espalhada pela Europa e Ásia
A ESTAÇÃO
Spring begins
Quietly
From the stork’s one pace.
Primavera começa
silenciosamente,
como passos de cegonha.
Shōha
Este verso quase desafia uma explicação, apesar de ser de fácil entendimento. A primavera costumava começar em fevereiro com o ano novo do calendário lunar. A cegonha, como símbolo de longevidade, é associada com o ano novo, e quando levanta silenciosamente uma pata e a coloca silenciosamente no chão novamente, ela está em harmonia com o nosso sentimento de tranquilidade e a nobreza de um recém nascido.
At every gate,
Spring has begun
From the mud on the clogs.
Em todo portão
Primavera começou
Lama e tamancos.
Issa
A day of spring;
In the garden,
Sparrows bathing in the sand.
Dia de primavera
no jardim, pardais
banham-se na areia
Onitsura
In my hut this spring,
There is nothing, -
There is everything!
Minha cabana,
na primavera
não há nada, - Há tudo!
Sodō
Lighting one candle
With another candle;
An evening of spring.
Acendendo uma vela
Com outra vela;
Uma noite de primavera.
Buson
A kite
Down on a low tree;
The spring day.
Pipa virada
na árvore do vale
dia de primavera
Shiki
Spring has come
In all simplicity
A light yellow sky.
Primavera vem
em sua simplicidade
céu amarelo
Issa
In the centre,
Mount Fuji towers up:
Spring in our country.
No ponto central
monte Fuji eleva-se
primavera no país
Sho-u
A calm sunny day;
The monk of a mountain temple
Peeps through a part of the fence.
Dia calmo de sol
pela cerca, o monge espreita
do templo da montanha
Sho-u
*Tradução: Marcela Cividanes Gallic
Reginald Horace Blyth (1898-1964) foi um escritor inglês e estudioso da cultura japonesa. Ele é mais conhecido por seus escritos sobre o zen-budismo e poesia haicai, sendo autor da importante antologia HAIKU, em quarto volumes, ainda inédita no Brasil.
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#Astrologia Percepções astrológicas – 27/03/2017 – Lua Nova em Áries.
Hoje a Lua ainda começa o dia em Peixes, fora de curso (através de uma quadratura com Saturno) das 07h20min até as 11h12min, quando ingressará em Áries e, mais tarde, iniciará a fase nova, às 23h57min, exatamente em 07º37’ de Áries. No entanto, antes disso, a Lua passará praticamente o dia todo no mesmo grau do asteroide Pallas-Athena, que ingressará em Áries nesta quinta-feira. Este asteroide está tanto relacionado às lutas por ideias éticos, justiça, movimentos coletivos, quanto à inventividade prática, à instrumentalização para a melhoria de nossos trabalhos para torná-los mais práticos e produtivos. E, de alguma maneira, de ontem para hoje, através das quadraturas entre Lua, Pallas-Athena e Saturno, e ainda com o complexo formado pela conjunção Mercúrio-Urano e a oposição com Júpiter Rx, a inventividade estará a todo vapor, como se várias ideias, há algum tempo maturando, começassem a despontar de forma intensa ou, no mínimo, começam a gerar uma certa agitação interna, uma vontade de fazer algo de forma diferente, original. Mas o sextil Marte-Netuno indicam que todos estes influxos criativos podem vir de maneira mais natural e profunda, e abrem muitas perspectivas para a concretização de nossas ideias e de um senso de prioridade mais intuitivo e certeiro, em vez de ficarmos apenas procrastinando ou tendo ideias “fogo de palha”, que não vão muito adiante.
E tanto com a entrada da Lua em Áries e na fase nova, fazendo conjunção com Vênus Rx, quanto o com o sextil Marte-Netuno (não nos esquecendo da recepção mútua Marte em Touro-Vênus Rx em Áries), pode ser até que as coisas, a princípio, não ocorram na velocidade que o impulso ansioso de Áries traz, mas se fizermos o esforço de nos conscientizar desta velocidade mental e canalizá-lo de forma natural e fértil (Mercúrio-Urano-Júpiter), não apenas teremos uma verdadeira enxurrada de ideias como, naturalmente, elas poderão fluir para a realidade e, mais do que isso, aliados poderão aparecer de onde menos esperamos. Mas, neste último caso, deveremos estar bem atentos, pois tanto podem surgir propostas estranhas e fantasiosas demais ou, em outro ângulo, propostas que podemos desconsiderar ou não prestar atenção nelas, perdendo, com isto, grandes chances. E como discernir uma coisa da outra? Muito diálogo, observação, ouvir outras opiniões além da sua e, principalmente, prestar atenção nas reações impulsivas e imediatistas, dar-se um tempo para digerir as informações, antes de agir – afinal, cinco planetas em Áries tendo Marte em Touro como dispositor, é mais do que um indicativo para “ruminar” e digerir com mais calma as coisas. Ação e muito trabalho sim, mas com profundidade, pé no chão e praticidade.
E tanto a transição da Lua para a nova fase ariana quanto a entrada de Pallas-Athena em Áries na quinta, mostrarão um movimento coletivo diferente – da aparente apatia social, da falta de reação, veremos aqui e em vários países um fervilhar bem maior de protestos, e a chance de uma articulação maior (Mercúrio-Urano-Júpiter). É um momento em que muitos sentimentos que estão fervilhando dentro de nós acabam aflorando nesta nova lunação, seja de revolta, de raivas e rancores guardados que poderão ser percebidos de forma mais nítida, mas com a diferente perspectiva de fazer algo concreto a respeito e não ficar apenas nas reclamações estéreis (Marte começando a fazer trígono com Plutão). Também, como foi dito acima, teremos a iniciativa mais firme de retirar vários projetos “guardados na gaveta” para a ação ou, ainda, potencializar e colocar em prática o que ainda possamos estar fazendo sem tanta “garra”, determinação, presença e confiança.
Mas há também uma perspectiva muito interessante neste momento: o campo incrivelmente fértil de ideias espirituais ou de transformações sociais vanguardistas e renovadoras que poderão surgir neste momento e a receptividade para aplicá-las, em um nível mais prático e realista. Enfim, começamos a enxergar a possibilidade de emergir de um quadro negativo em algo não magicamente mutável, mas no começo de movimentos mais sólidos, graduais, porém concretos. A ideia que Dane Rudhyar e Marc Edmund Jones trazem no grau sabiano da nova lunação é bem interessante, dentro deste contexto:
“(…) UM GRANDE CHAPÉU FEMININO COM FITAS SOPRADAS PELO HEMISFÉRIO LESTE.
IDÉIA BÁSICA: Proteção e orientação espiritual no desenvolvimento da consciência.
(…) A imagem simbólica implica um vento bem forte e, portanto, a atividade de forças de caráter supramaterial, e, em especial, psíquico. Essas forças se originaram no Oriente, tradicionalmente a sede das influências espiritualizantes, criadoras e transformadoras. O chapéu da mulher tem fitas, que lhe permitem, não apenas responder ao vento, como também indicar-lhe a fonte. Em outras palavras, a imagem simboliza um estágio de desenvolvimento da consciência no qual os poderes nascentes da mente são protegidos [o símbolo do chapéu que protege a cabeça, glifo meu] e influenciados por energias de ordem espiritual. Isso sugere um estágio de experiência no processo de individualização [ou, até mesmo, individuação, glifo meu]. Sob uma orientação protetora, uma pessoa ainda bastante receptiva (uma mulher) está sendo influenciada por forças espirituais.” ¹
Isto fecha a ideia da combinação de uma fase tão ariana, mas com Marte em Touro em sextil com Netuno e caminhando para um trígono com Plutão: forças de mudança, sim, mas com um toque da receptividade do feminino, que tem tudo para trazer influxos reais de mudança. Basta seguir o vento. Boa semana a todos.
¹ RUDHYAR, Dane. Uma mandala astrológica. São Paulo: Ed. Pensamento, 1990.
#astrology#astrologia#astros#astral#astrologer#luanovaemaries#newmooninaries#autoconhecimento#espiritualidade#dane rudhyar#modernastrology#cividanes#joaomarcoscividanes#cividanesastrologia#selfknowledgement#astrólogo
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La Xunta confía en llegar al objetivo anual de 21.000 millones en exportaciones pese a mantenerse la tendencia a la baja
La Xunta confía en llegar al objetivo anual de 21.000 millones en exportaciones pese a mantenerse la tendencia a la baja
Este martes, el director del Instituto Galego de Promoción Económica (Igape), Juan Cividanes, ha analizado en una rueda de prensa los datos de exportaciones del mes de agosto, publicados el pasado lunes 21 de octubre por el Instituto Galego de Estatística (IGE).Las ventas al exterior de las empresas gallegas continuaron en el octavo mes del año con su tendencia a la baja al descender un 0,4%, por…
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Pesquisas propõem controle biológico para pragas na citrocultura
Pesquisas desenvolvidas pelo Instituto Biológico (IB-APTA) Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, buscam novas formas para o controle do psilídeo, inseto transmissor do greening (huanglongbing/HLB), a mais destrutiva doença da citricultura mundial.
A estratégia do IB é utilizar inimigos naturais do psilídeo para o seu controle, fornecendo mais opções para as ações de manejo dos citricultores brasileiros.
Dados da Fundecitrus mostram que 20,87% das laranjeiras do cinturão citrícola de São Paulo e do Triângulo/Sudoeste de Minas Gerais possuem sintomas do greening, o que corresponde a cerca de 41 milhões de árvores contaminadas. Este índice, de acordo com a Fundação, é 9,7% maior do que o de 2019, estimado em 19,02%.
De acordo com José Eduardo de Almeida, pesquisador do IB, o Instituto desenvolve pesquisas com uma empresa privada para o desenvolvimento de um produto inovador para o controle biológico do psilídeo. “Já isolamos três cepas de fungos que se mostraram eficazes para o controle do inseto. Uma biofábrica já iniciou a produção do produto, que deve estar no mercado em três anos”, afirma o pesquisador.
Segundo Almeida, o greening é uma doença de difícil controle. Não há no mundo cultivares de laranja resistentes a doença, conhecida também como dragão amarelo.
As estratégias para controle são a erradicação das árvores de laranja contaminadas e o uso de defensivos agrícolas para eliminar o psilídeo, que por ser um inseto voador, precisa de muitas aplicações de produtos químicos, aumentando os custos de produção e causando impactos no ambiente.
Joaninha
Cycloneda sanguinea. Foto: Charles J Sharp
Outro resultado importante do IB na área de controle biológico em citros foi a seleção de besouros de joaninhas predadores que se alimentam de ovos e formas jovens do psilídeo. Segundo estudo coordenado pela pesquisadora do IB, Terezinha Monteiro dos Santos Cividanes, do Laboratório de Parasitologia Vegetal de Ribeirão Preto, as populações de joaninhas em pomar orgânico foram mais elevadas e a diversidade de espécies encontrada foi o dobro da observada no pomar com manejo convencional.
“Em laboratório, registrou-se que os coccinelídeos Cycloneda sanguinea, Cycloneda conjugata, Harmonia axyridis e Hippodamia convergens alimentaram-se do psilídeo. Os resultados desse estudo comprovaram a relevância das joaninhas como agentes controladores do inseto-praga”, afirma Terezinha. O estudo foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).
Segundo Terezinha, uma tática recomendável ao agricultor consiste em reconhecer as joaninhas para conservá-las no pomar e também utilizar práticas para a atração desses inimigos naturais, como por exemplo a manutenção de plantas floríferas. “O manejo seletivo de inseticidas na cultura dos citros é relevante para a sobrevivência das joaninhas no pomar”, destaca.
Ácaros predadores
Foto: iStock by Getty Images
Pesquisadores do Instituto Biológico trabalham em mais uma estratégia para controle biológico do psilídeo: o uso de um ácaro predador, chamado de Amblydromalus limonicus, que é seu inimigo natural. De acordo com Mario Eidi Sato, pesquisador do IB, esse ácaro-predador se alimenta dos ovos do psilídeo Diaphorina citri, que é o vetor do greening.
“Esses ácaros são pequenos organismos, com aproximadamente 0,5 mm, que vivem sobre um grande número de plantas hospedeiras, incluindo citros. Além de atacar os ovos do psilídeo, também pode controlar ácaros e insetos fitófagos de diferentes espécies, incluindo o ácaro purpúreo (Panonychus citri), moscas-brancas e tripes”, explica Sato.
As pesquisas desenvolvidas pelo IB também visam o uso de ácaros predadores para o controle do ácaro-da-leprose (Brevipalpus yothersi), vetor da leprose dos citros (CiLV-C), uma das principais doenças da citricultura e que atinge, principalmente, laranjeiras doces. A doença causa perdas na produção e reduz a vida útil da árvore debilitada.
Conversão para plantação orgânica
Os estudos recentes foram realizados por uma aluna de mestrado da Pós-Graduação em Sanidade, Segurança Alimentar e Ambiental no Agronegócio do IB. A pesquisa foi desenvolvida em uma área de citros em conversão para produção orgânica. Nesse pomar foi feita a liberação de ácaros predadores da espécie Neoseiulus calfornicus.
Além de controlar o ácaro-da-leprose e outros ácaros-praga, o organismo é resistente aos principais acaricidas e inseticidas químicos registrados para citros, o que torna interessante o seu uso em áreas com aplicações frequentes de defensivos para o controle de pragas.
A pesquisa mostrou que apesar de serem predadores eficientes, os N. californicus não se estabelecem de forma duradoura na área, agindo mais ou menos como um produto químico: “são introduzidos, matam o alvo e depois de um tempo curto vão embora”.
Os estudos também buscam identificar novas espécies ou linhagens de ácaros predadores (ex.: Euseius, Amblyseius) com alta capacidade de predação de ácaros e insetos pragas, e que consigam se estabelecer por longo período de tempo nos pomares após sua liberação.
De acordo com Sato, o uso de ácaros para a citricultura é mais indicado para áreas pequenas e periféricas da propriedade, além daquelas que estão com a população de insetos e ácaros em desequilíbrio. “Outro uso interessante é para pomares abandonados ou cultivo de citros na cidade, que se não forem bem cuidados, podem ser foco do vetor do greening, por exemplo, e impactar áreas comerciais”, afirma.
Controle biológico
O controle biológico consiste no uso de inimigos naturais para diminuir a população de uma praga. Resumidamente, pode ser definido como natureza controlando natureza.
Foto: Divulgação
Os agentes de controle biológico agem em um alvo específico, não deixam resíduos nos alimentos, são seguros para o trabalhador rural, protegem a biodiversidade e preservam os polinizadores.
O IB é referência no Brasil e no mundo em controle biológico e tem forte atuação junto ao setor produtivo tendo orientado a criação e manutenção das biofábricas, que desenvolvem esses produtos biológicos para serem aplicados nas lavouras.
Ao todo, mais de 80 biofábricas de todo o Brasil recebe orientação dos pesquisadores do IB. Em 2019, o Instituto assinou 23 contratos para transferência de tecnologia a essas empresas, localizadas em São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso e Paraná.
O Instituto mantém o Programa de Inovação e Transferência de Tecnologia em Controle Biológico (Probio), que reúne as tecnologias e serviços prestados no Instituto, principalmente para as culturas da cana-de-açúcar, soja, banana, seringueira, flores, morango, feijão e hortaliças.
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Compañero de cuarto.
Lisandro Antonio Cividanes Serrano
Aquel había sido un largo dia de trabajo. A la salida todavía me quedaba cumplir la promesa de visitar a mi hermana Antonella y a mi sobrina, de apenas cuatro meses, si bien estaba exhausto, la cita en casa de Antonella era impostergable, dado que la misma venía siendo cancelada desde hacía varios días. La estancia y compartir las últimas horas de la tarde con la pequeña bebita Helena reconfortaron el cansancio extremo, que mi cuerpo experimentó hasta ese momento.
Salí de allí con la sola esperanza de poder llegar al departamento, cenar, ducharme y finalmente descansar. Nada de eso ocurrió, mi compañero de cuarto, no preparó la cena, a pesar de ser pasadas las diez de la noche, propuso otra vez Delivery y ofreció pagarlo. Si bien esto no me generaba costos, me enojó, Iñaki no era la primera vez que faltaba a sus obligaciones, teníamos reglas pre establecidas de convivencia, y sistemáticamente incumplía con las mismas, sea que se trate del aseo del departamento, como la cena, o lo que fuera que le tocará hacer a él, esta parecía ser una constante de las actitudes de Iñaki, la que se había acentuado en los últimos días. Justificaba las mismas con que había pasado mucho tiempo con su novia, tratando de arreglar las peleas que tenían, aquellos intentos de reconciliación terminaban nuevamente en peleas, las que debía volver a intentar darle solución y así transcurría su relación en un sin fin de peleas y reconciliaciones. Otras veces justificaba sus faltas con pretextos tales como sus estudios y la facultad, que le estaban consumiendo mucho tiempo, argumento no creíble, dado que si bien no me lo había confirmado, sabía que Iñaki no había comenzado el segundo semestre en la carrera de Medicina.
Su humor estaba trastocado, sus arrebatos de bronca e ira, se hacían frecuentes, ya ni siquiera disfrutaba de ver partidos de Rugby, golpeaba e insultaba permanentemente.
Iñaki venía de una familia de jugadores de Rugby, es su deporte favorito, lo practica, me ha hablado de lo bien que le hace descargar en un partido, la fricción con otros jugadores, la potencia que le da a las corridas para marcar Try, el tercer tiempo todo ese mundo lo apasiona…. o lo apasionaba.
Era notorio, que algo de todo aquel mundo apasionante que tenía y que vivía, había cambiado, no disfrutaba su presente.
Desde hacía varios meses, podría decir que quizás unos once meses Iñaki mantenía una relación de pareja con Silvia, nuestra vecina del Departamento C.-
Silvia llegó a Capital el año anterior, desde su llegada, y ante diferentes pedidos que nos hacía por ser los vecinos de al lado, generamos, primero una relación amistosa y luego, ellos transformaron esa amistad en amor.
Un amor que al principio fue tierno, intenso y cariñoso, para variar y transformarse en obsesivo, enfermizo y a veces violento.
Si bien ésta podría ser la causa de su cambio de humor, seguía sin poder precisar qué le molestaba tanto a Iñaki, que lo ponía tan furioso y violento, que le pasaba a mi amigo entrañable, ¿que o quien lo perturbaba tanto? . ¿ Acaso era Silvia la causa? ¿Había aparecido una tercera persona en aquella relación? ¿Ella intentó dejarlo? Iñaki la vio con otro?
Todos interrogantes a los que no podía darle respuestas, Iñaki tampoco me pedía ayuda, ni consejos, no compartía sus miedos, sus angustias conmigo. Ya no.
Si bien solíamos tener con Iñaki, largas y confidentes charlas, últimamente entre los tiempos escasos y su humor poco afable, las mismas no se generaban o si por casualidad las teníamos, eran cortas y en contadas oportunidades.
Intenté acercarme, hablarle al respecto, expresarle que quizás Silvia no estaba entendiéndolo y no era la mujer que él necesitaba. Recuerdo que aquella charla terminó muy mal lo puso furioso, violento, y de no haber sido por mi espíritu pacifista, hubiésemos terminado a las trompadas. Dijo “Déjame en paz…. quien sos para meterte en mi vida?”
¿Que quien soy? ¿Cómo que quién soy? Tenemos una amistad de más de quince años….. ¿Cómo podía Iñaki desconocerme? Era su amigo, su confidente, su compañero de cuarto, quien lo entendía, el que más lo conocía, quien estuvo en los momentos más difíciles de su vida, quien lo aguantó y lo acompañó en todas, y ahora me preguntaba ¿quién era? ¿Me borraba de su vida de un plumazo? ¿Decía que no podía opinar respecto a su relación enfermiza con Silvia?
Que le estaba pasando a mi Amigo, no podía entenderlo, lo último que hubiese esperado de él era que me echara como a un perro, que me cambiara como si fuera un cartucho descartable.
Y las respuestas a qué o quién era la causa de la transformación de Iñaki, fueron llegando. Evidentemente era aquella relación con Silvia la que lo estaba trastornando.Cómo era posible que él no viera el efecto nocivo que le generaba aquella relación.
Cómo los sentimientos le estaban jugando una mala pasada, como iban comiendole el cerebro, como sus reacciones se habían vuelto tan violentas y descontroladas.
Por eso aquella noche, en que llegué y no había preparado la cena, si bien me molestó tener que comer comida chatarra, no quise generar un conflicto dado que su cara expresaba que otra vez había tenido una pelea con su chica. Así entonces, decidí cenar, distraerme con un poco de tele. La cena transcurrió con apenas un diálogo de cortesía y casi sin prestarnos atención.
A la mañana siguiente durante el desayuno vi a Iñaki, un tanto acelerado, nervioso, asustado, le pedí si me alcanzaba el azúcar y ante mi pedido pegó un salto y tiró la taza sobre las lozas, todo se estrelló contra el piso, se hizo añicos la azucarera, su taza de café con todo su contenido, un verdadero desastre que para las siete de la mañana y con los minutos contados, generó una situación de bronca mutua, por tener que limpiar a contra reloj el desastre que había teñido las paredes y las alacenas con café.
La situación que se desató en la cocina, en otra oportunidad a Iñaki y a mi nos hubiese hecho reír hasta las lágrimas, hubiésemos hecho bromas con las manchas de café en las paredes, lo hubiésemos publicado en Instagram con algún titular que dijese “pintamos la vida, le ponemos color hasta con café” o algo similar…. Pero todo había cambiado.
Ordenar y limpiar la cocina, sumado a la bronca que ya desde temprano llevábamos, demoró mi llegada la oficina. Entré como todas las mañanas, saludé a Juan, portero del edificio, quien me miró extrañado, advirtiendo mi tardanza.- La enorme cantidad y complejidad, que presentó aquel día de trabajo, hizo que por varias horas me distraiga, mis pensamientos se volcaron de lleno hacia mis obligaciones y así quité de mi mente el mal comienzo del día.
La jornada transcurrió sin mayores sobresaltos. Salí y me dispuse a ir directamente al departamento, esta noche debía preparar la cena, pensé comprar las milanesas de camino, iba a prepararle a Iñaki su plato favorito, milanesas, papas fritas y huevos fritos, iba a sorprenderlo, lo conocía muy bien y sabía que una rica cena, limaría las asperezas que en nuestra relación estábamos teniendo y que le sacaría una sonrisa.
Llegando al edificio observé que la cuadra estaba vallada con cintas que decían “Peligro no pasar” había móviles policiales, bomberos, ambulancias, toda la cuadra estaba iluminada con luces azules y verdes intermitentes, camine, un oficial de policía intentó evitar que cruzara, tuve que mostrarle mis documentos y que viera que vivía en el Departamento B, solo así me prestó atención. Le dijo a su superior que quien era y entonces, llegaron varios a mi encuentro, había personas del Juzgado, policías, y otros a los que ni siguiera puede determinar que actividad desarrollaban.
Me hicieron caminar entre los móviles, donde observé que dentro de uno de ellos estaba Iñaki esposado, tenía el rostro con claras señales de haber estado llorando, desencajado.
Los oficiales, junto con el personal del juzgado me hicieron subir hasta el departamento C, desde la puerta podía ver una enorme cantidad de personas dentro, uniformados, vestidos de azul con un chaleco, en su espalda donde podía leerse “Policía Científica” . Todos desarrollaban su trabajo. Sobre el living podía observarse que en el sillón yacía tendido el cuerpo sin vida de Silvia, parecía dormida, se oyó que decían, sucedió durante la madrugada, vestida con una remera blanca y un jogging, los hizo suponer que su agresor la despertó durante la noche; vi como el médico forense revisaba el cuerpo de Silvia, dijo que llevaba muerta, entre diez y dieciséis horas, claramente su agresor la mató durante la madrugada entre las tres y las cuatro de la mañana …. no hubo signos de violencia, no forzaron la puerta, evidentemente conocía a su agresor, no opuso resistencia, no hay signos de violencia en el departamento ni tenía debajo de sus uñas signos de defensa. Finalmente alguien concluyó que fue el novio, su pareja. Esa frase expresada a pocas horas de encontrar el cuerpo sin vida de Silvia, justificaba que Iñaki estuviera esposado dentro del móvil policial, condenando a la cárcel de por vida.
¿Que sabían de ellos? No conocían a Iñaki, no conocían a Silvia y menos no me conocían a mi, como podían sostener una acusación tan grave y condenarlo, sin evaluar las pruebas, sin el resultado de la autopsia, sin oír a los testigos, sin considerar otras posibilidades, u otros móviles para el crimen de Silvia, sin considerar que pudiera existir otra persona que quisiera terminar con su vida. Que el hecho de que Silvia ya no existiera, me devolvería a mi Amigo Iñaki a y él su felicidad. Con qué pocos elementos avalan aquella lapidaria acusación.
Estaban convencidos, que las manos que rompieron el cuello de Silvia y le causó su muerte habían sido las manos fuertes y el enorme cuerpo de Iñaki, que equivocados estaban, que mal hacen su trabajo, porque una investigación ¿que apenas llevaba pocas horas ya tenía sentencia y condena para Iñaki?
Analisis:
Yo creo que mi cuento pertenece al género policial negro ya que a pesar de que uno sabe lo que es bueno y malo trato de mostrar el punto de vista del asesino mostrando que no es del todo malo aunque no lo justifique y además el trabajo de los policías hecho así nomás sin haber levantado una investigación, no creo que sea del género de enigma ya que no le presto mucha atención al cadáver sino que a la historia pero si mantengo hasta el final la incógnita de quién fue el asesino
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Can you see my tweets on @tzuyuint ??
— josiah (@hwahunUNITED) Thu Jul 11 14:09:38 +0000 2019
Yes, by playing APBA, I keep my sanity. 1963.
— Gil Cividanes (@GilCividanes) Thu Jul 11 14:29:35 +0000 2019
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@IELaMadrizT: RT @JorgeLazoC: Los venezolanos q se oponen a la dictadura han hecho todo lo q sus dirigentes le han pedido: marchar, votar, cacerolear, dejar de trabajar... ¿Puede esa dirigencia endilgarle a la gente su fracaso? https://t.co/NVMxGdQ6wM
@IELaMadrizT: RT @JorgeLazoC: Los venezolanos q se oponen a la dictadura han hecho todo lo q sus dirigentes le han pedido: marchar, votar, cacerolear, dejar de trabajar… ¿Puede esa dirigencia endilgarle a la gente su fracaso? https://t.co/NVMxGdQ6wM
Los venezolanos q se oponen a la dictadura han hecho todo lo q sus dirigentes le han pedido: marchar, votar, cacerolear, dejar de trabajar… ¿Puede esa dirigencia endilgarle a la gente su fracaso? https://t.co/NVMxGdQ6wM
— Jorge Lazo Cividanes (@JorgeLazoC) August 30, 2018
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