#cidade inventada
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uma cidade muda muito rápido...
Ocupei meu lugar à janela no 5451-10… in these arms — no volume mais alto — me serviu de trilha sonora durante o percurso em que fui me apropriando dos cenários urbanos em mais um dia de Sol.  A cidade estava deserta como naqueles filmes apocalípticos — em que um homem anda sozinho no meio da rua e tem como destino o seu próprio fim. Observei os caminhos… as fachadas das casas-prédios-lojas com…
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ograndevilao · 3 months ago
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◟˖﹡˙⊰ Era Uma Vez… Uma pessoa comum, de um lugar sem graça nenhuma! HÁ, sim, estou falando de você LEONIS OZERA PELLEGRINI, de 25 anos. Você veio de NÁPOLES, ITÁLIA e costumava ser MECÂNICO por lá antes de ser enviado para o Mundo das Histórias. Se eu fosse você, teria vergonha de contar isso por aí, porque enquanto você estava ENGRAVIDANDO A FILHA ALHEIA, tem gente aqui que estava salvando princesas das garras malignas de uma bruxa má! Tem gente aqui que estava montando em dragões. Tá vendo só? Você pode até ser DIVERTIDO, mas você não deixa de ser um baita de um RECLAMÃO… Se, infelizmente, você tiver que ficar por aqui para estragar tudo, e acabar assumindo mesmo o papel de O GRANDE VILÃO na história HÉRCULES… Bom, eu desejo boa sorte. Porque você VAI precisar!
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Antes de sua vida ser transferida para outro mundo, Leonis nunca se sujeitou às mudanças e também era bem aéreo quando se tratava de perceber que seus pais tinham uma relação bem conturbada. O pai, um rockstar e guitarrista famoso, sempre teve do bom e do melhor, mas, a mãe, que era apenas uma sem futuro na vida, precisou se apegar à ideia de casar-se com aquele homem para que pudesse vislumbrar um caminho para si. É claro que isso acarretou em discussões, desentendimentos, e nessas idas e vindas, nasceram os gêmeos. Mas poucos anos depois os pais se separaram, finalmente, e o homem deixou a mulher sem muitas condições para se virar como podia, enquanto ele ia para o outro bairro mais rico para ficar com a nova esposa. O problema entre a família não foi a separação em si, foi o fato de que os irmãos tomaram os lados de cada progenitor, sendo que Leonis ficou com a mãe visando ajudá-la a erguer o negócio que ele tinha acabado de fundar; na própria garagem de casa, criou uma loja de mecânica onde consertava carros e motos com auxílio da progenitora. Ainda assim, não era o foco dele tornar-se mecânico, tampouco se inserir naquele meio, pois, sua maior paixão sempre foi desenho e história criativa. Com o passar dos anos, Leo foi mudando drasticamente, vestindo roupas sempre pretas ou de colorações bem escuras, além dos piercings, tatuagens que foi fazendo ao longo da caminhada, e também as maquiagens pesadas. Pouco a pouco ficava conhecido como “o gótico havaiano” na escola, sem contar na quantidade de boatos que aumentavam sobre ele; de que Leo era praticante de bruxaria, que ele tinha separado a família, que quem o beijasse seria amaldiçoado ou que aqueles que enchessem o saco dele também sofreriam das magias das trevas que possuía. Claro que, obviamente, isso era tudo apenas boato. Contudo, mesmo sendo mentiras inventadas, o mesmo passou a usufruir daquele título e acabou se encontrando em seu grupinho de pessoas na cidade que eram extremamente mal-encaradas. Agora adulto, ele se vê em uma encruzilhada, pois, não quer largar a mãe, não aceita ajuda do pai ou do irmão, desprezando ambos, e querendo que suas ideias fossem aceitas por escritores fantasiosos. Leonis desde a escola sempre desenhou personagens estranhos, tirados de sua própria imaginação, que geravam desconforto da parte dos colegas e ele cresceu sem ligar para isso. Pouco a pouco, foi aprimorando sua arte e agora conta com vários livros pequenos e com histórias bem sucintas e breves, resumidas, de ficção que pretende vender para se tornar um autor famoso. Seus planos só foram engabelados pela curiosa cena em que se inseriu. Após uns meses tendo problemas com uma antiga ficante, a qual descobriu que estava grávida, precisou acompanhá-la em uma consulta para ultrassom. Já dentro da sala, estranhou a presença de alguns livros em cima da mesa do doutor, um em particular que era bem destoante dos demais (não sendo sobre medicina), e quando o médico anunciou que seriam gêmeos, sua última visão foi a do tal livro brilhando antes que ele caísse no chão, desmaiado, e acordasse em um mundo paralelo. O pior de tudo? Não parecia ser um sonho.
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yutallery · 1 year ago
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AMOR DE TRÊS PAREDES
Se mudar para uma pequena cidade pacata de interior, não parecia a coisa mais horrível para Doyoung. Quer dizer, agora ele poderia ler seus livros em paz e quem sabe começar a plantar flores. Apesar da repentina mudança, ele não deixou nada de importante para trás, mas também criaria memórias inesquecíveis ao lado das duas pessoas que conheceu na biblioteca velha da cidade.
ㅤ JOHNNY + YUTA + DOYOUNG
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Essa fanfic está sendo planejada desde que a pizza foi inventada. Brincadeiras a parte, é uma fanfic em que, saiu uma one-shot que escrevi há muito tempo atrás, então decidi escrevê-la em forma de long-fic, contando a história do trisal que criei. Johndoyu pode ser um shipp um pouco diferente do grupo NCT, mas para mim, é lar, conforto e gato com roupinha. É uma fanfic em que me embriago bastante escrevendo. É aquele famoso clichê que amamos, mas em forma de poliamor e muito, muito, muito amarelo.
EM BREVE:
AMOR DE TRÊS PAREDES
meu perfil no spirit fanfics para você acompanhar a fanfic quando for lançada: 🌻
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surrealsubversivo · 8 months ago
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Búzios… (só Búzios conhece o meu coração)
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Eu nunca gostei tanto assim do mar até…
Naquele lugar, os meus melhores amigos estavam misturando cigarros, bebidas baratas e zolpidem. Eles sorriam me oferecendo as suas drogas, enquanto eu rejeitava tudo aquilo, apesar do meu coração estar em pedaços. Escapar das minhas próprias cicatrizes a partir de coisas tão palpáveis assim… nunca foi a minha praia. Eu costumava me drogar nas minhas próprias palavras, deixar a poesia do momento penetrar em minhas veias...
Julho foi um mês de selvageria e férias, eu fugia daquele condomínio chique, no momento em que eles estavam chapados o suficiente para não sentirem a minha falta. Corria até a praia de Geribá e chorava por tudo: por todo o peso de não saber quem eu sou, por toda a juventude feroz que devora os nossos vinte e poucos, por todas as sepulturas que eu já cavei para as pessoas que amei um dia.
Na areia do mar, eu escrevi o seu nome e também aquele apelido fofo que te dediquei por tantos meses. Os grãos dourados no chão eram como um papel em branco, os meus dedos eram pincéis famintos e as minhas lágrimas eram a tinta escolhida para lhe libertar. Eu era um poeta do litoral, escrevendo as minhas poesias sob uma praia que chorava ao meu lado, me consolando com espumas nos pés.
Eu queria gritar por todo aquele lugar, eu queria parar de sentir toda aquela dor, eu queria encontrar a resposta de tudo, Eu torci para que o oceano levasse até a sua cidade as minhas lágrimas, como uma despedida silenciosa que você nunca entenderia.
De volta, entre as risadas antes de dormir e as piadas idiotas no meio da madrugada. Os meus amigos nunca conseguiriam me entender. Não houve ninguém, além de Búzios, que conseguiu descobrir o meu grande segredo. Ninguém que desconfiou da minha felicidade inventada.
Todos os dias eu sentia a sua falta, todas as tardes eu esperava por ligações que nunca chegaram, todas as obras de arte me infernizavam como auto-retratos seus, todo aquele amor desperdiçado em tão pouco sentimento da sua parte me perseguia. Eu nunca gostei tanto assim do mar até…
Búzios conhecer o meu coração;
Búzios me emprestar os ombros para eu chorar;
Búzios guardar os meus segredos.
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rafacherry · 2 months ago
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Sanca
Vim pra cá fumando um cigarro,
pra jogar a bituca
nenhuma lixeira encontrei.
Vaguei ansiosa pelas ruas largas
e sob um telhado de madeira eu parei.
Acendi outro cigarro, cansada
e olhos conhecidos eu evitei.
Nessa cidade de papel,
muito se esboça,
tudo se queima, tudo se amassa.
Fácil se joga o lixo pela praça.
A cada esquina um rosto conhecido
Em cada calçada
alguém que cê já trocou fluído.
Quantas versões criaram do meu ser?
Quantas de mim tem nessa mesa?
Aqui encostam as versões rasas,
ali se escondem as versões distorcidas,
por lá caminham as idealizadas.
Algumas das verdadeiras
e também as inventadas.
Por todo lado rodeiam versões de mim.
Versões frutos da visão do outro.
Da história ouvida,
da emoção, do quão enviesado
e do seu ponto de vista.
E claro, do julgamento errado.
Só nessa calçada já contei três.
Três conhecidos nessa mesa,
nessa praça, três que já peguei,
três que você também conhece
e três que eu já tatuei.
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inutilidadeaflorada · 2 years ago
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A Casa do Tabu
Esfumaçando castidade na manhã inebriante Para crer e atiçar vãs amantes Eu não disfarço, eu aceito, tal qual um hotel Abrigando um teatro embaixo do meu púbis Teça outra vez a reza ímpar Amaldiçoe rivais, enfeitice sabores Ao teu bel entreter, o véu escorre Adoece os olhos marejados de lágrimas O teu sorriso de papel amolece Arrancando as cores da cidade Drenando personas, excomungando noivas A silhueta inoportuna de logomarcas Dívida devaneio, doses cavalares de imagens Oratórias prolixas e vulgares Como um mantra para ascender Novas escoriações em imaginários cativos-cativeiros Distração nas fissuras, a luz conflita com a noite Os cheiros de paz e cinzeiro, juntam-se a urina Fazendo coro por entrega em minha vista quase embaçada Sonhando o pecado que não posso construir O fôlego sugado do teu beijo Sangue elétrico para flores cítricas Eu comemoro tua derrota, pois antevejo tua vinda Sei que cospe meu nome entre outras orelhas A escolha afrodisíaca de licores de morango Deterioram teu paladar de uísque minguado Pairando pesos desnecessários em seu peito De qualquer forma, me prometa uma outra morte nas tuas pernas Das memórias inventadas Costuramos a fantasia espetáculo Androgenia-esbelta, santa e profana Ecos de espantalhos solúveis
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maraurp · 2 years ago
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Eu como moradora do ceara, não consigo dizer que essa comunidade é muito didedigna, na vcc ela é é classista
amore, a cidade não é pra ser fidedigna mesmo porque ela é inventada. se você ler a central, vai ver que a gente fala mais de uma vez que maraú é pra ser uma mistura da realidade de várias cidades brasileiras e, na verdade, ela é bem romantizada, porque a gente colocou um monte de coisa que não existe mesmo. onde que vaga sobrando em universidade pública vai ser fidedigno? não é pra ser. agora, quanto a ser classista, eu adoraria que você elaborasse, de verdade, porque o rp foi construído com todas as coisas opostas ao que sempre incomodou nós duas em rp de cidadezinha, que é os bairros tipicamente divididos entre classes sociais, tratar pobre feito lixo e achar que todo personagem tem que ter curso superior e salário de 5 dígitos pra ser interessante ou, pior ainda, quando o char é pobre e é interpretado do jeito mais caricato possível. se você acha o contrário, adoraríamos saber o motivo, se não fica parecendo só mais uma ask enchendo o saco de moderação. ficamos aguardando a explicação, viu? acho que já demonstramos que a gente não tem medo de reconhecer o erro e mudar, mas só quando o erro existe mesmo e não é só player tirando problema de onde não existe. bjs.
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semi-deuses · 2 years ago
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Temperatura dos oceanos - Recorde assustador | Waves
Segundo a notícia, continuamos no meio de ciclos climáticos e a sua intensificação é provocada pela emissão grave de CO2 no planeta.
Quando leio as notícias originadas de estudos financiados pelos órgãos internacionais ligados à ONU, quem escreve, nunca deixa de mencionar essa ligação CO2 - aquecimento global. Acredito sim que existe uma ligação nisso, mas aqui, nenhum de nós temos como comprovar, mesmo passando por uma diminuição das atividades comerciais por todo o planeta, provocadas pelo medo de contaminação pelo COVID2. Onde moro tenho percebido que a temperatura está diminuindo, pelo menos na região onde moro, que é a cidade de São Paulo.
Se você for uma pessoa que tem uma base de entendimento, começa a desconfiar de algumas coisas nessas notícias. Por exemplo: se você quer dar credibilidade em sua tese, precisa ter como base, dados cronológicos na mesma dimensão da grandeza do objeto do estudo, que no caso, é a Terra. E aqui é desconsiderado os fatos e os dados históricos desses eventos climáticos do planeta com uma idade que ultrapassa bilhões de anos. Você já notou isso?
Se você nunca soube, no Brasil, no século XVIII, ocorreu um Tsunami no Atlântico que devastou parte do nosso litoral, e até hoje, ainda não tivemos nada parecido. Nota que naquele tempo, as únicas maneiras de se produzir CO2 em grande escala era uma explosão de um vulcão ou de uma queimada florestal.
Há também muitos estudos que mencionam mudanças periódicas nas temperaturas médias do planeta, aumentando ou diminuindo a temperatura geral do planeta. Por qual razão os cientistas não escrevem mais essas referências? Para comprovar essa forma de pensar, veja esse vídeo de uma palestra do Professor Luiz Carlos Molion, no evento "A VERDADE SOBRE A AMAZÔNIA", ocorrida em 2019 no VATICANO, que categoricamente apresenta vários dados científicos, questionando o aquecimento global .
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Não só ele, mas outros grandes estudiosos, foram perseguidos profissionalmente. É uma forma de reprimir aqueles que não conseguem deixar suas convicções de lado, por serem formadas por ardo trabalho dos seus estudos acadêmicos. Você não esqueceu da morte do professor Anthony Wong, infectologista renomado da USP, por causa de uma infecção digestiva, justamente ele, que tinha opinião contrária às restrições de contaminação. Na minha opinião, não se descarta a possibilidade de envenenamento, porém, claro, jamais saberemos os motivos reais dessas mortes, pois não só ele, outros especialistas que não concordavam com os protocolos impostos pela OMS, perderam a vida na carne.
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Quase sempre, a maioria nunca está com a verdade, historicamente falando. Desde tempos remotos, sabotagens foram criadas para dominar grupos da nossa sociedade. E sempre que vozes combatiam fatos assim, acabavam caladas.
Um desses exemplos que mais corrompeu a sociedade vem da Igreja Católica de Roma. Quando inventada, apropriou-se da doutrina de Jesus, depois a moldou de acordo com os seus interesses, destruindo escrituras, tornando-as livros apócrifos e o pior é mais grave, transformou os dons mediúnicos, o intercâmbio entre os planos, como sendo coisas do "diabo", dizendo que as pessoas que portavam esses dons, eram bruxas, condenando-as à fogueira. Foram 1000 anos de trevas, até que as falanges angelicais dessem início ao trabalho que tiraria Roma do poder central do Ocidente.
Voltando ao assunto sobre as mudanças climáticas, secretamente, é sabido que o agente causador de transformação da forma de vida do nosso planeta é o Sol, que domina o controle sobre os planetas do seu Sistema. Sua proporção em relação à Terra é gigantesca. Leia o que já escrevi sobre o trânsito do Sol. Se você gosta de astrologia e astronomia, sabe que entramos em nova era e que o Sistema Solar transita em região sideral onde as energias vibram em níveis mais elevados. A Terra, por ser um planeta muito denso, para entrar em harmonia com essa parte do cosmos, precisa se equilibrar e para isso, precisa mudar o seu padrão vibracional. Sempre foi assim.
É difícil compreender esse raciocínio. O leigo do assunto, vive sobre a influência do planeta, onde o físico tem dominado o espiritual. E a falta de entendimento sobre os ciclos da vida, acaba sendo um obstáculo para fazer a maioria não entender como funciona o Processo Evolutivo, a Lei de Causa e Efeito é o Livre Arbítrio. As necessidades de cada espírito, são definidas sempre de acordo com as Leis de Deus, nada acontece fora Dela.
Deus abençoe a Todos e espero ter despertado mais uma vez a curiosidade humana.
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lacunatrauma · 4 days ago
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Bosque dos Carvalhos Eternos, Heidelberga, Alemanha, 14 de fevereiro
Aos que um dia vierem a entender estas linhas,
Escrevo-vos com a pena tremulante de incertezas e uma mente assolada por labirintos insondáveis. Aos dezoito anos, a idade em que deveria estar ocupando-me das trivialidades de minha juventude, encontro-me, em vez disso, desnudando os véus que encobrem as sombras de minha própria linhagem. Não há quem eu possa confiar plenamente, e assim, refugio-me na palavra escrita, como quem encontra alívio em confessar seus tormentos a um juiz invisível.
Meus pais, cujos rostos se moldaram na minha infância como paradigmas de severidade e virtude, agora me surgem como enigma a ser desvendado. É como se cada gesto, cada olhar evitado, carregasse um segredo que se recusavam a partilhar. Lembro-me de meu pai, sempre altivo, inclinando-se sobre mapas e escrituras antigas, falando em sussurros de pactos e linhagens, como se temesse que as próprias paredes de nossa casa viessem a conspirar contra ele. E minha mãe, tão diligente em silenciar os murmúrios que vinham do bosque, tão zelosa em afastar-me de suas trilhas, como se aquele lugar guardasse mais do que a beleza natural que todos na cidade reverenciavam.
Foi, contudo, numa noite insone, enquanto vasculhava o gabinete de meu pai, que o primeiro fio da trama me foi revelado. Ali, entre livros de páginas amareladas e cartas lacradas com cera negra, deparei-me com um documento peculiar. Tratava-se de uma crônica da linhagem Hohenbrecht von Eichenwald, um relato que misturava histórias de feitos grandiosos com uma inquietante reverência ao bosque dos carvalhos. As palavras insinuavam que nossa família era mais do que simples herdeira de terras; éramos guardiões, atados por um pacto ancestral com as forças que residem sob as raízes daquele solo.
A princípio, julguei tratar-se de mitologias familiares, histórias inventadas para embelezar nossa descendência. Contudo, algo em mim ressoava com a narrativa; uma inquietude ancestral, como se as palavras escritas fossem menos uma revelação e mais uma recordação que jazia adormecida em meu espírito. A noite seguinte trouxe o primeiro sinal inegável: um sonho vívido, no qual eu caminhava pelo bosque e, ao tocar a casca rugosa de um carvalho milenar, sentia-me transformar. Minhas mãos tornaram-se garras, meus pés, patas; e ao erguer os olhos, contemplei-me como uma criatura selvagem, imensa e etérea, ao mesmo tempo fera e sombra.
Poderia ter descartado tal visão como devaneio febril, não fosse a inquietante coincidência de despertar com folhas presas ao cabelo e o cheiro úmido do bosque impregnado em minha pele. Foi então que a verdade começou a germinar em minha alma: minha habilidade de metamorfose, algo que desde criança atribuí a uma peculiaridade inexplicável, era, na realidade, o laço que me conectava a este legado. Não era um dom, como sempre supus, mas uma obrigação, um elo inquebrantável com forças que eu mal compreendia.
Agora, o peso dessa descoberta ameaça esmagar-me. Que futuro pode haver para alguém destinado a um pacto que precede sua própria existência? Que vida é esta, onde a liberdade se curva diante de deveres que me foram impostos antes mesmo de meu nascimento? Sou, por um lado, fascinado pela grandeza dessa herança; por outro, aterrorizado pela perda de minha autonomia.
Ainda não confrontei meus pais. Observo-os em silêncio, aguardando o momento em que suas máscaras de normalidade se rompam, revelando as verdadeiras intenções que mantêm escondidas. Enquanto isso, busco no bosque respostas que apenas ele parece disposto a conceder. Cada passo entre as árvores me aproxima de uma compreensão maior, embora também me afaste, irrevogavelmente, do homem que um dia imaginei ser.
Seja qual for o desfecho desta jornada, quero que estas palavras permaneçam como testemunho de meu espírito inquieto e do peso que recai sobre mim. Que alguém, em algum tempo, leia esta carta e compreenda que, mesmo diante da força esmagadora do destino, resisti ao máximo para preservar minha humanidade.
Myralion Hohenbrecht von Eichenwald
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variacaoatmosferica · 2 months ago
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Uma Cidade, Duas Cidades
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O videoarte Uma Cidade, Duas Cidades (08'06") explora a linguagem da fotografia documental e dos fotofilmes para investigar a existência de duas cidades que ocupam o mesmo espaço geográfico chamado Anchieta, litoral sul do Espírito Santo. O vídeo propõe uma reflexão sobre a forma como as cidades são inventadas pelas imagens e o papel do registro e da memória. •
Ensaio - UMA CIDADE, DUAS CIDADES
Quantas cidades cabem em uma só e qual o papel do registro e da memória para a invenção de um local e de uma gente? Estas são algumas reflexões que proponho com o videoarte "Uma Cidade, Duas Cidades", que será exibido pela primeira vez no dia 06 de novembro, durante a Mostra Paulo Gustavo, em Anchieta, Espírito Santo.
Pensar sobre esses temas nesta cidade é particularmente interessante. Há duas décadas, o turismo e a indústria fizeram a economia da pequena cidade crescer e se diversificar. Para mostrar este movimento, as imagens produzidas pelo poder público, pela publicidade empresarial e por grande parte do que é postado espontaneamente nas redes sociais acabam criando um balneário repleto de corpos, bens de consumo, experiências e comportamentos regidos pelas exigências do interesse econômico.
Entretanto, embrenhada na nova cidade, ainda existe a Anchieta da memória e do cotidiano. Os seus moradores habitam uma e outra, transitando entre elas, misturando o que encontram, escapando e tornando a voltar. Apesar disso, a cidade anterior é pouco documentada e tende a ser abolida do imaginário, das histórias e da própria linguagem, reduzida aos dois comandos frequentemente encontrados em placas pelas ruas: "vendo" e "compre".
As cidades históricas e os grandes centros do país são muito documentados. Incontáveis imagens narram as histórias desses locais, de seu povo e das transformações pelas quais passaram. Talvez por isso, os seus moradores tenham tanta confiança em suas trajetórias. O mesmo não acontece no interior do país. Atualmente, grande parte de sua memória fotográfica está sob o controle de grupos interessados apenas em formar mercados consumidores e oportunidades para investimentos. Eles não produzem afetos coletivos. As pequenas cidades precisam de muitas fotografias que lhes mostrem que em cada uma mora uma gente, com modos de vida, história e futuro particulares.
A realização de projetos culturais relacionados à fotografia em municípios do interior é urgente e necessária. Um projeto como o videoarte "Uma Cidade, Duas Cidades" pode provocar algumas dessas reflexões, mas ainda é muito pouco. Seria preciso um conjunto de políticas públicas e muito trabalho para gerar uma educação e uma cultura ao redor da fotografia. Apenas assim se poderá capturar de maneira generosa a vida e o cotidiano desses locais e dessa gente. A tarefa é enorme.
• Evento de Estreia:
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• Elenco: Brígida Pompermayer Angela de Souza Cruz Alisson Ramos de Oliveira Daniela Mattos dos Santos Glauco Cesar Abreu Couto Sidnei Motinho Miranda Jesus Lucas Vasconcelos Rocha Douglas Gonçalves Lopes Lorena da Silva Gomes Dom Gomes Lopes Vantuil Salarini • Equipe: Luciano Albertazzi Bravo - Fotografia e Direção Waldir Segundo - Edição Gimu - Trilha Sonora Ellen Krause Bravo - Produção Iris Maria Negrini Ferreira - Consultoria de Acessibilidade Maria Alessandra de Freitas Barros - Pesquisa Local • Realização: “Uma Cidade, Duas Cidades” é um projeto realizado com incentivo da Lei Paulo Gustavo, concedido pelo Ministério da Cultura/Governo Federal e pela Gerência Estratégica de Cultura e Patrimônio Histórico/Prefeitura Municipal de Anchieta. • Imprensa: Videoarte "Uma Cidade, Duas Cidades" estreia em Anchieta MOSTRA: “Uma Cidade, Duas Cidades”
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princesademian · 3 months ago
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vou espremer você, como se fosse fruta, até que apenas o bagaço sobre.
quero dizer isso aí mesmo.
tirar de você todo o suco até que reste essa amálgama úmida de algo que já foi.
ah, isso é apenas mentalmente falando (e na minha própria mente). pensar e repensar você. te odiar te amar. casar com você ter filhos me separar. quebrar o seu coração sumir da sua vida. me suicidar e, antes, te mandar a derradeira carta.
amor, você não sabe e nem se importaria com essas coisas. elas são mentais. coisas que apenas existiram no espaço limitado do meu cérebro - por cada uma de suas voltas e curvas. eu vivi tudo com você (aqui dentro).
vivi a eternidade; explorei variados caminhos, possibilidades e situações. quase como se houvéssemos vivido por 20, 10, 50, 6, 100 anos juntos. na realidade, dois.
te vivi e senti tanto tanto tanto aqui dentro.
hoje quero ir te deixando. apaguei seu número. você me decepcionou. e, sim, sou especial demais para ser devidamente escutada cada vez que desejo me comunicar. me leia e me escute. ocultei nossas fotos no celular. nossa conversa está trancada. ir te apagando.
mas a culpa é nossa, devemos dividi-la. minha, por ter extraído todo o seu suco mentalmente. sua, por ter ido me deixando nesses anos - uma aproximação distanciada.
te escrevo como um exercício de me lembrar de ir, também, te deixando.
no teu sumo, eu me afoguei. lembrando, sempre, que quem espremia era eu. me afoguei nos meus próprios termos.
e é isso que eu gosto.
sua mão no meu pescoço, o seu corpo subindo até encontrar o meu, sua boca aberta.
todo o amor que, de mim, você recebeu. as coisinhas que eu te deixei. palavras, linhas de crochê, sensações, cheiros.
a hospitalidade divertida.
tudo tudo tudo o que foi real e vivido e sentido e ansiado.
assim como as sensações mudam de música para outra.
e assim como eu te via no cinza do céu e da cidade e no verde das plantas quando chove.
a verdade é que eu te imaginei a beça; e não é que eu não goste do que você realmente é. eu gosto. mas, amor? a realidade é que nem eu nem você estamos (no mesmo lugar, no mesmo dia a dia). maybe fake is what i like. e a entropia e o presente constante e aterrador.
e, amor, a verdade é que você, você, é também uma pessoa meio inventada. meio cool. meio homem sozinho. e talvez tenha sido aí que eu tenha me quebrado. na sua invenção, eu encontrei a realidade (constatação) de você. maybe fake is what you like!
o real eu anseio. e sou (mesmo na invenção). ah, the quote unquote fantastic mr. fox!
te invento porque você se inventa e eu me invento e, quem sabe, você também me inventa.
canto e danço miseravelmente cool.
espremo os sucos de mim e de ti.
na secura te deixo na minha mente. busco a umidade.
te voltarei, eu sei.
o abandono é também mental.
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xexeumissoes · 5 months ago
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O BARULHO DOS MAUS E O SILÊNCIO DOS BONS
Está lá, por algum tempo, a veracidade dos acontecimentos sob ameaça de extinção. Com um pouco de honestidade intelectual, a cronologia moribunda ainda se faz presente, a quaisquer interessados de boa fé. KARLQUISTÃO é um país belíssimo, gigantesco em riquezas naturais. Seu agronegócio desponta como um dos celeiros do planeta, ao passo que seu formidável ecossistema é expoente único.
Entretanto, a despeito de seu potencial magnífico, a sua hegemonia – há décadas, promissora e iminente - é sabotada até mesmo internamente. E esse é um fenômeno de fácil compreensão.
Por deplorável alienação/lavagem cerebral, em muitos estratos daquela sociedade, uma ideologia totalitarista tomou de assalto o tirocínio coletivo acerca da História e da Economia.
Mormente entre jovens acadêmicos (induzidos por um programa de captação militante, nas escolas e universidades), "a resistência" político-cultural do "nós contra os fascistas" propaga, de forma agressiva e fundamentalista, conceitos opostos à liberdade de produção, diretrizes democráticas de mercado, meritocracia, credo evangélico e... Ao próprio patriotismo!
Sim, isso mesmo, para essa horda contaminada pelo vírus vermelho, faz muito sentido trocar a bandeira do seu país por bandeiras partidárias alusivas a ditaduras estrangeiras. Também faz sentido - de maneira quixotesca - trazer um presidiário, condenado em todas as instâncias judiciais por corrupção e formação de quadrilha (que prejudicou o país em BILHÕES de dólares) "à cena do crime", leia-se, o retorno do mandrião energúmeno à Presidência da República Federativa do KARLQUISTÃO, por explícita fraude eleitoral, de forma similar à efetuada pela parceira Venezuela.
Mais do que um talento desperdiçado, feito um atleta ou artista genial que o mundo jamais celebrará, aquela nação foi alijada de sua excelência por quintas-colunas no organograma do narcotráfico. E assim, para estarrecimento de cientistas políticos, o que era para ser uma joia do mundo livre tornou-se, por absoluto desrespeito ao conjunto de leis e pela inércia civil, uma extensa prisão de bocas amordaçadas pelo Judiciário e nosocômio de almas intoxicadas pelo consórcio da mídia venal.
Na particularidade de um átomo, aqui o Zé Ninguém ficou curioso quanto à comunidade cristã, sobre o papel das igrejas naquele país deplorável. Tanto pior, escravo estatal, a maioria delas está silente, omissa, enquanto que aumenta o número de denominações inventadas/arregimentadas pelo sistema que, entre outros ardis:
- apoia a bandeira multicolorida pois é do seu interesse a redução da natalidade (neste momento, o planeta agoniza com 8 bilhões de seres humanos, dos quais 2 bilhões, aproximadamente, residem em favelas, com cerca de 1 dólar diário por indivíduo);
- na guerra cultural, fomenta a censura prévia, a desinformação e o conflito social (seja no âmbito racial, político ou religioso), devido à diretriz bélica do "dividir para conquistar" (vide Mateus 12:25-30)¹;
- arbitrária e seletivamente (ou seja, por duplo padrão), exclui contas de plataformas sociais e efetua prisões SUMÁRIAS de opositores, sem o devido processo legal e inclusive de cidadãos sob égide constitucional específica da livre expressão (jornalistas, entrevistadores e parlamentares eleitos, no exercício de suas atividades profissionais).
Tais são os dias maus, naquele miserável país rico, cuja pior deficiência está na nauseabunda subeducação de um povo agrilhoado. O qual não deixa de lamber a mão do seu algoz, provavelmente, devido ao seu vocacionado complexo de vira-latas.
1 "Jesus, porém, conhecendo-lhes os pensamentos, disse: Todo reino dividido contra si mesmo ficará deserto, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá."
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ograndevilao · 3 months ago
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(SIMONE BALDASSERONI, 25, ele/dele) Era Uma Vez… Uma pessoa comum, de um lugar sem graça nenhuma! HÁ, sim, estou falando de você LEONIS OZERA PELLEGRINI. Você veio de NÁPOLES, ITÁLIA e costumava ser MECÂNICO por lá antes de ser enviado para o Mundo das Histórias. Se eu fosse você, teria vergonha de contar isso por aí, porque enquanto você estava ENGRAVIDANDO A FILHA ALHEIA, tem gente aqui que estava salvando princesas das garras malignas de uma bruxa má! Tem gente aqui que estava montando em dragões. Tá vendo só? Você pode até ser DIVERTIDO, mas você não deixa de ser um baita de um RECLAMÃO… Se, infelizmente, você tiver que ficar por aqui para estragar tudo, e acabar assumindo mesmo o papel de O GRANDE VILÃO na história HÉRCULES… Bom, eu desejo boa sorte. Porque você VAI precisar!
Headcanons: 
Antes de sua vida ser transferida para outro mundo, Leonis nunca se sujeitou às mudanças e também era bem aéreo quando se tratava de perceber que seus pais tinham uma relação bem conturbada. O pai, um rockstar e guitarrista famoso, sempre teve do bom e do melhor, mas, a mãe, que era apenas uma sem futuro na vida, precisou se apegar à ideia de casar-se com aquele homem para que pudesse vislumbrar um caminho para si. É claro que isso acarretou em discussões, desentendimentos, e nessas idas e vindas, nasceram os gêmeos. Mas poucos anos depois os pais se separaram, finalmente, e o homem deixou a mulher sem muitas condições para se virar como podia, enquanto ele ia para o outro bairro mais rico para ficar com a nova esposa.
O problema entre a família não foi a separação em si, foi o fato de que os irmãos tomaram os lados de cada progenitor, sendo que Leonis ficou com a mãe visando ajudá-la a erguer o negócio que ele tinha acabado de fundar; na própria garagem de casa, criou uma loja de mecânica onde consertava carros e motos com auxílio da progenitora. Ainda assim, não era o foco dele tornar-se mecânico, tampouco se inserir naquele meio, pois, sua maior paixão sempre foi desenho e história criativa.
Com o passar dos anos, Leo foi mudando drasticamente, vestindo roupas sempre pretas ou de colorações bem escuras, além dos piercings, tatuagens que foi fazendo ao longo da caminhada, e também as maquiagens pesadas. Pouco a pouco ficava conhecido como “o gótico havaiano” na escola, sem contar na quantidade de boatos que aumentavam sobre ele; de que Leo era praticante de bruxaria, que ele tinha separado a família, que quem o beijasse seria amaldiçoado ou que aqueles que enchessem o saco dele também sofreriam das magias das trevas que possuía. Claro que, obviamente, isso era tudo apenas boato. Contudo, mesmo sendo mentiras inventadas, o mesmo passou a usufruir daquele título e acabou se encontrando em seu grupinho de pessoas na cidade que eram extremamente mal-encaradas.
Agora adulto, ele se vê em uma encruzilhada, pois, não quer largar a mãe, não aceita ajuda do pai ou do irmão, desprezando ambos, e querendo que suas ideias fossem aceitas por escritores fantasiosos. Leonis desde a escola sempre desenhou personagens estranhos, tirados de sua própria imaginação, que geravam desconforto da parte dos colegas e ele cresceu sem ligar para isso. Pouco a pouco, foi aprimorando sua arte e agora conta com vários livros pequenos e com histórias bem sucintas e breves, resumidas, de ficção que pretende vender para se tornar um autor famoso.
Seus planos só foram engabelados pela curiosa cena em que se inseriu. Após uns meses tendo problemas com uma antiga ficante, a qual descobriu que estava grávida, precisou acompanhá-la em uma consulta para ultrassom. Já dentro da sala, estranhou a presença de alguns livros em cima da mesa do doutor, um em particular que era bem destoante dos demais (não sendo sobre medicina), e quando o médico anunciou que seriam gêmeos, sua última visão foi a do tal livro brilhando antes que ele caísse no chão, desmaiado, e acordasse em um mundo paralelo. O pior de tudo? Não parecia ser um sonho.
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gngarchive · 5 months ago
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𝑅𝒪𝒟𝒜 𝒟𝒜 𝐹𝒪𝑅𝒯𝒰𝒩𝒜, ❝ não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. eu não: quero é uma verdade inventada ❞
Ganhar ou perder? Um saudoso ditado popular afirma que não iremos ganhar ou perder, uma vez que iremos todos perder. Você mais do que ninguém sabe o significado dessa frase. A sortuda, a venturosa, felizarda, a garota que nasceu virada para a lua; um verdadeiro amuleto da sorte para todos ao seu redor desde sempre, e isso não foi só porque sua família ficou rica do dia pra noite, mas também porque se viu salva pelo gongo muito mais do que uma vez em casos de vida e morte. Sua vida é uma verdadeira montanha russa, cheia de altos e baixos, digna de um dramalhão mexicano da melhor qualidade! Você exala energia, juventude, e mesmo sendo nova em Bolonha é a verdadeira definição de cool kid... Como é que não teria chamado atenção da Adam? O preço que você paga, por outro lado, é a inconstância, inconsistência e displicência: sua cabeça é um turbilhão, entregue aos seus impulsos, escrava da sua vontade de sempre viver a sua melhor vida (e se você se preocupa tanto com isso, será que está mesmo vivendo?). Ainda assim, aqueles ao seu redor ficam impressionados com como as coisas vem "fáceis" para você; o que eles não aprenderam e você sim é que a Fortuna favorece os ousados e isso você é e sempre será — no fim das contas, tem  menos a ver com uma força divina e mais com a sua estratégia, malandragem e confiança. E se a vida é mesmo uma montanha russa, você quer sempre estar em cima.... Mas cuidado, garota, porque tudo que sobe precisa descer.
𝑵𝑶𝑴𝑬 𝑪𝑶𝑴𝑷𝑳𝑬𝑻𝑶: EVELYN ALEXANDRIA MONTALBÁN Y CABRERA.
𝑰𝑵𝑭𝑶𝑺:
EVELYN é uma MULHER CIS de 20 ANOS que nasceu em GUADALAJARA/MÉXICO em 23 DE NOVEMBRO DE 2001;
EVELYNestá na Università di Bologna como BOLSISTA para cursar MODAe está atualmente no SEGUNDO ano;
EVELYN entrou na sociedade porque É DESTAQUE PESSOAL e é uma RECRUTADA;
na disputa entre os irmãos, ela é NEUTRA;
ela é conhecida principalmente por ser ESPERTA e MALANDRA.
𝑪𝑶𝑵𝑬𝑿𝑶𝑬𝑺:
ENAMORADOS — recrutadora. É claro que a sortuda RODA DA FORTUNA ia chamar atenção da sonhadora ENAMORADOS. Ela ficou completamente encantada pela energia que a garota emanava, como se ela fosse realmente um amuleto de boa sorte. Assim que a temporada para recrutação começou, RODA DA FORTUNA foi a primeira opção de ENAMORADOS e não houve muita competição; ela podia ser indecisa em muitas coisas, mas sabia interpretar perfeitamente a energia de outra pessoa. RODA DA FORTUNA, por sua vez, aprecia a oportunidade concedida, mas fica meio insegura com as expectativas colocadas sobre si
LOUCO — Os dois se conheceram antes mesmo de serem considerados recrutados para a Adam. RODA DA FORTUNA, sempre presente em lugares que envolvem apostas, ilegais ou não, surpreendeu LOUCO uma certa noite em uma das suas empreitadas pelo submundo da cidade ao simplesmente ganhar todas as vezes. Desde então, eles se encontram regularmente e guardam o segredo um do outro, virando “sócios”.
MAGO — Um acaso do destino, um incidente engraçado e questionável: foi isso que uniu essa dupla de (des)afortunados. É claro que um acidente é capaz de unir duas pessoas para sempre, ainda mais um que passa de raspão, mas a conexão entre RODA DA FORTUNA e MAGO vai além disso: acontece que ela é sortuda por natureza e ele sabe destinar essa sorte para os lados certos. A energia confusa dela é muito bem administrada pelo empreendedorismo e criatividade dele e, assim, eles se tornam parceiros em absolutamente tudo que fazem.
TORRE —  Lendas urbanas são uma coisa bem comum na UNIBO e RODA DA FORTUNA descobriu isso logo. Depois de saber que a lenda da Adam Societatis era verdadeira, a garota começou a pensar que talvez outras também pudessem ser. Desde sempre, ela sempre foi muito interessada pelo local que chamavam de Círculo. Teoricamente havia um negócio intenso de lutas e apostas e era exatamente isso que fazia o coração da garota bater mais forte. Para chegar ao fundo desse mistério, RODA DA FORTUNA sabia que precisaria de um guia e imaginou que TORRE, como presidente e um dos mais excêntricos membros, provavelmente teria pistas. Foi assim que se aproximou dele, sem exprimir as suas intenções inicialmente.
𝑭𝑨𝑪𝑬𝑪𝑳𝑨𝑰𝑴: lizeth selene. 𝑺𝑻𝑨𝑻𝑼𝑺: aberto.
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faxinaliteraria · 6 months ago
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UM BEIJO, MEU PAI
De Silvia Buarque
“Harry Belafonte” era “amigo de Cuba”. Mas este depoimento não é sobre Cuba nem sobre política. Falo de nomes, nomes inventados, cidades inventadas, das brincadeiras com tudo isso. Harry Belafonte, para mim, era um nome tão bom que só poderia ser inventado pela cabeça do meu pai. Mas Belafonte existia, assim como as princesas com nomes falsos.
Quando eu tinha 10 anos, era apaixonada por “Força estranha”, do Caetano, na voz da Gal Costa. Quando tive que fazer uma prova de geografia muito decoreba, sobre municípios do Estado do Rio de Janeiro, meu pai me salvou ao fazer uma nova letra para aquela canção.
Só me lembro do começo. O original é: “Eu vi o menino correndo/ eu vi o tempo/ brincando ao redor do caminho daquele menino...” E vinha ele: “Existem cinco distritos/ em Cantagalo/ é o que tem mais gente e o resto eu já falo...”
O mais triste é que não guardei um manuscrito, porque era uma música inteirinha. Mas isso ilustra o lado lúdico do meu pai, presente em todos os lugares, para criar filhas também. Porque as coisas eram muito no mundo paralelo, no mundo dele.
Tinha um jeito de contar histórias para criança...
Por exemplo, quando contava da ditadura militar, dos opressores, dizia: “Os mandalhões.” Falava: “Os mandalhões não me deixam cantar a música tal no show.” A gente não sabia de tortura, de morte, mas sabia que tinha opressão, censura e “mandalhões”.
Tudo do meu pai é gozado porque é meio inventado. Somos parecidos. Não nisso. Eu gosto mais do mundo real, ele gosta das suposições. Ambos temos insônia, angústias, temos medo da morte, conversamos muito. Meu melhor amigo.
Vai, desse jeito desajeito que também é um pouco herança, minha declaração de amor. Mas o mais lindo foi ele cantarolar por dias, há anos, “Ev'ry time we say goodbye” (de Cole Porter). Perguntei o porquê da insistência. Ele respondeu algo como: “Porque, talvez, essa seja a música mais linda do mundo.”
Ele diz que fazer 80 anos não é mais que sua obrigação. Um beijo, meu pai.
Silvia Buarque em O Globo
19/06/2024
Fonte: facebook.com
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hwangseason · 7 months ago
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memories are something even smoking weed does not replace, and i'm terrified of weather 'cause i see you when it rains.
trigger warnings: menção a overdose, abuso de substâncias.
Os últimos dias pareciam ter passado num piscar de olhos. Talvez por ter se ocupado até demais com os treinos de tênis, talvez por ter recebido pacientes fora do horário normal do internato e pelas incontáveis horas contando histórias inventadas para crianças no setor pediátrico do Centro Hospitalar Princesa Grace. Apesar do cansaço e das obrigações da vida adulta, tudo parecia se ajustar, ainda que lentamente.  
Desde o final do ano anterior, seu ritual diário para dormir havia se transformado em alguns goles numa garrafa do vinho branco mais barato da conveniência próxima de casa e em um baseado, ou mais. Não ligava se era hipócrita ao dar inúmeros sermões no irmão mais novo pelas receitas que ele pedia com mais frequência que gostaria ou pelas vezes que misturava mais coisas que o aceitável, mas era a maneira que Lucas havia encontrado de desviar a mente dos pensamentos negativos e repetitivos sobre o período que passara no Brasil e de suas consequências. No entanto, nos últimos dias havia conseguido dormir sem precisar se drogar, graças à cama confortável, aos carinhos e flertes sarcásticos de Jane. Tudo parecia se ajustar. 
25 de maio.
Ainda que se sentisse extremamente cansado, Lucas levantou da cama desesperado, não se dando o privilégio de ficar ali com Jane por mais alguns minutos. O motivo? Seu despertador não tocou, e havia marcado um compromisso com o irmão no sábado de manhã. Conseguiu vestir as roupas novamente e guardar tudo que havia espalhado pelo apartamento de Jane em menos de 15 minutos, dirigindo até o apartamento de Victor do jeito mais rápido que a lei permitia.  
Um, dois, três toques na porta, e nada. Mensagens e ligações? Também sem resposta. O apartamento do irmão estava estranhamente silencioso. Talvez Victor estivesse dormindo outra vez, pensou ao colocar o código na fechadura e entrar na residência, chamando-o pelo nome em cada cômodo que entrava, sem resposta alguma, até vê-lo no quarto.
Puta que pariu, Victor Hwang.
Os instintos de flight-or-fight tomaram conta de Lucas, não somente por tratar overdoses com certa frequência durante o internato, mas especialmente por tratar-se de seu irmão mais novo. Correu até a cama, esforçando-se para ajeitar a cabeça de Victor sobre seu colo de maneira a garantir que suas vias aéreas estivessem livres a todo momento, mesmo quando suas roupas e a cama se encharcaram com a mistura de álcool e ansiolíticos. — Vic, fica acordado só por mais alguns minutos, por favor! — Repetia sem parar ao mesmo tempo que discava o número da emergência, gritando com a atendente para que viessem o mais rápido possível, a garganta queimando com o choro que segurava enquanto rezava a qualquer entidade que estivesse disposta a lhe atender. Desde que se tornaram apenas Lucas e Victor, em uma cidade totalmente diferente de Belo Horizonte, não sabia viver sem o irmão mais novo.
Segurando as mãos geladas de Victor dentro da ambulância, Lucas encontrava-se num misto de sono, frustração e culpa, com as memórias de anos atrás inundando a consciência já pesada pela maneira como havia saído do apartamento da ex-namorada horas mais cedo. Uma frustração imensurável por ter desperdiçado onze semestres de medicina ao ver o irmão desacordado na cama de casa, parado igual um idiota enquanto observava a movimentação dos paramédicos no apartamento do Hwang mais novo, respondendo as perguntas como se fosse um robô, no automático. A culpa decorrente de simplesmente ter saído do apartamento da ex-namorada de manhã sem sequer avisar de um jeito decente, justo no momento em que haviam engatado algo, e de ao menos ter conseguido avisar Maxine sobre o que havia acontecido. 
Sabia melhor do que ninguém sobre os vícios do irmão, sobre quando ele extrapolava as doses aqui e ali, mas nunca ao ponto de encontrá-lo praticamente desacordado num sábado à tarde, principalmente após as mensagens que haviam trocado horas antes. Era como se alguém virasse uma chave: horas atrás estava chapado enquanto enchia Jane de beijos no luau, e agora encontrava-se encolhido na poltrona desconfortável do hospital enquanto revezava entre acompanhar os sinais vitais de Victor pelo monitor barulhento, monitorar o gotejamento das medicações no soro e rezar baixo para que ouvisse a voz tão conhecida lhe chamando. Honestamente, não planejava voltar ao hospital tão cedo, muito menos por esse motivo. Odiava pensar dessa maneira, mas havia visto todos os membros da família em situações como essa – e em nenhuma o resultado havia sido bom.
Estava com os olhos fechados, deixando-se levar pela enxurrada de lembranças infames e pela vontade grotesca de descontar tudo o que sentia na carteira de cigarros que carregava no bolso da calça jeans, distraído com os bipes dos equipamentos próximos aos Hwang. O que tirou o brasileiro do transe foi o som da porta pesada sendo aberta por Jane, que carregava o que Lucas pediu que trouxesse horas antes. 
O peso que carregava nos ombros absurdamente tensos pareceu sumiu ao abraçar a ex-namorada, enfiando o rosto no tecido macio da roupa que ela usava e sentindo o perfume doce tão conhecido e familiar. Por algum milagre, permitiu-se chorar nos braços de Jane, algo que não fazia há meses. Apesar dos pesares, era reconfortante tê-la outra vez, principalmente num momento como aquele.
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