#casca de reis
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Casca de reis 🍰 a cake made of marzipan stuffed with candied sweet potato, candied egg yolk or pumpkin. It's made in the shape of a ring, a snake or another animal, and accompanied with dragée almonds, dried fruit, anise sweets, candied pumpkin and other candied fruits.
The casca is from the Valencian Country, where it's eaten on Three Wise Men Day (January 6th, the day we get the Christmas presents brought by the Three Wise Men), traditionally either brought by godparents as a gift for their godchildren or as a gift left by the Three Wise Men. Families can choose either this casca de reis or the other traditional dessert for the holiday, tortell de reis.
This recipe is documented since at least the year 1520, when it appears in the recipe book Llibre del Coc by Mestre Robert. The word "casca" (in diminutive, "casqueta") already appears in a list of sweets that are part of a poem by in Jaume Roig's famous book Espill, published in 1460.
1st photo and information from Tasta'l d'ací project about traditional Valencian cuisine.
2nd photo from Claudia&Julia cooking blog.
#tradicions#menjar#dia de reis#casca de reis#país valencià#food#christmas food#christmas traditions#christmas#three wise men#epiphany#cultures#culture#ethnography#food photography#cake#cakes#sweet#dessert#baking
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❛ can i ask… what happened? ❜ metatron & baal
CENTENAS DE ANOS ATRÁS.
ba'al nunca soube o que foi estar no céu. nascido como um humano e transformado em demônio enquanto o escolhido do senhor ainda perambulava pelo plano terreno, a existência de um paraíso era um mero conceito que, para ele, não funcionava na prática. o melhor que poderia ter vinha do pacto, e entregou-se ao demônio com o desespero de alguém que jamais alcançaria as estrelas, pois era preso ao chão por correntes. estando tão perto do chão, se deixaria ser sugado até o submundo, e não seria mais berequias, o escravo do rei, seria ba'al, o demônio da boa sorte. e, naquele mundo de merda, poderia ao menos entregar dignidade antes do inferno quebrar a alma do mais fiel dos fiéis. porque o céu nunca escutava, mas ele sempre escutaria.
a natureza demoníaca possuía intrínseca a sua condição a liberdade das emoções. é claro, a alma corrompida os deixava cruéis. sendo um demônio novo, poder sentir tudo sem limites estabelecidos por deus tornava a experiência gostosa, única. e por mais tempo do que conseguia contar nos dedos, foi o sinônimo da destruição. ressentido, machucado e implacável, emotivo demais e pouco metódico. ba'al sofreu tanto que, em algum ponto, em algum dos círculos, se esqueceu do desejo de seu coração: escutar os que não eram ouvidos pelo céu. mas aquela garota o fez se recordar.
pequena, doente e com um espírito inquebrável, a pequena bruxa o invocou em uma de suas encruzilhadas. ele logo notou que era defeituosa porque não tinha quase nenhuma magia correndo nas veias. pouco interessado e prestes a matá-la, ba'al acabou convertendo o desejo assassino em uma curiosidade genuína ao sentir a determinação em seus olhos, e resolveu escutar o pedido: a bruxa queria ele como um servo poderoso e o protetor de sua família, até que todas morressem. intrigado pela audácia, se recorda de ter negado e perguntado por que elas não poderiam pedir pela vida estendida, e, em resposta, a bruxa disse que foram amaldiçoadas e tiveram sua magia roubada, daqui alguns anos, sequer seriam bruxas. ele entendeu, mas não cedeu. uma alma garantia apenas uma proteção. mas então, ela elevou a proposta: e se ele pegasse um pedaço da alma de cada uma delas? contaria? ele riu, e confirmou, avisando que, desse modo, todas iriam para o inferno, e mesmo assim, ela aceitou.
pacto efetuado.
como recompensa imediata, pegou a primeira parte do acordo. a dor indescritível nos olhos da pequena bruxa não lhe afetaram, mas ela quase morreu. pelo menos não dessa vez. a família tinha outras cinco filhas, e, como o "servo" daquela linhagem de bruxas, sentava-se com elas na mesa, surgia quando precisavam e era tratado como um membro estranho naquela família amaldiçoada. todas doentes. todas pobres. a única coisa que tinham era o resquício de magia apagado pela gravidade dos genes fracos. estavam desesperadas para viver seus últimos dias seguras, bruxas que deram tudo que tinham para preservar a vida e, agora, como uma consequência direta, eram aliadas do demônio, tentando preservar a casca que ainda lhes restava.
depois de vinte anos encontrou metatron pela primeira vez. imaginou que ela tentaria intervir, contudo, era um trabalho perdido, e o pacto estava selado. entretanto, se ela prestasse bem atenção, notaria que, nas décadas em que estava na companhia daquelas mulheres, ba'al parecia quieto. pouco produtivo. comportado. e ele também conseguia sentir, havia amolecido .
certo dia, perguntou à irmã mais velha, a que o chamou, por que elas dariam a ele uma parte de sua alma, e se não temiam o inferno. "porque somos desesperadas, é claro. mas também porque, no fundo, ainda tenho esperança. talvez deus nos entenda quando chegar a hora do julgamento, e talvez, quando morrermos, por não termos vendido toda a nossa alma a você, ele ainda nos deixe entrar." ba'al nada disse, mas foi a primeira vez que se pegou pensando que ele também queria que elas pudessem ir para o céu.
mas o céu não escutou. porque não havia uma alma completa para ser absolvida. então, uma a uma, foram arrastadas para o inferno.
para ele, restou a contemplação e uma amargura que, depois, identificou como luto insuperável, deixando de realizar pactos por meses a fio. foi quando viu metatron novamente, o anjo mensageiro. até então, não possuíam contato direto além de olhares e implicâncias veladas, entretanto, quando confrontado, riu, desgostoso, introspectivo. será que ela sempre esteve ali também? "o de sempre." respondeu, com um sorriso simpático no rosto, mas pouco genuíno. "cumpri meu trabalho." observando mais da figura angelical de metatron, conteve a aversão para lhe direcionar uma pergunta genuína. "como é o céu?" não havia sinal de riso, tampouco o escárnio de sempre. ele apenas queria entender que lugar inalcançável era esse, e por que nunca foi digno de entrar.
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Favorite girl
Finalmente um sobre mim, o que tenho a dizer?
Sou inconstante, sentimental, apegada e extremamente apaixonada por tudo.
Flores,
Livros,
Animais,
Música,
Apaixonada em sentir, me escondo atrás da minha insensibilidade.
Distante de todos, mas próxima emocionalmente de tudo.
Me sinto perdida em mim mesma o tempo todo, e mesmo após tanto tempo, ainda me pergunto se eu sou o suficiente para alguém ficar.
Viciada em romance ruim, o que faço quando encontrar alguém que eu quero mais que tudo.
Como faço para o meu medo não estragar tudo novamente?
Meu coração bate, e segue a direita mas eu fujo para a esquerda por medo de ser feliz.
Presa na inconsistência, será que ao beijar as minhas curvas, eu sou boa o bastante?
Sensível demais, me quebro sempre que alguém se vai, por isso eu parto antes que o fim chegue.
Presa na minha própria inconsistência de sentir demais e demonstrar de menos.
Presa na minha melancolia e no meu vício de estragar tudo, mas o que esperar de uma mulher de câncer.
Me afogo em meu próprio oceano de emoções, água doce e fria.
Será que alguém vai querer mergulhar em mim sabendo da inconstância das minhas ondas?
Eu sou apenas uma canceriana viciada em romance ruim, mas que mal faço a mim mesma se sou um clichê do sol em câncer e lua em leão igual a Lana Del Rey.
Eu gosto de Rock alternativo igual a todos da minha geração, oscilo do pop ao metal heavy.
Viciada em romance ruim, aonde a garota com a baixa estima sou eu, será que eu finalmente sou bonita o suficiente?
Eu gosto de discussões sem sentidos que terminam em beijos quentes.
Eu gosto de toque físico, ser apertada, abraçada, ouvida.
O que resta em mim além da baixa estima, e a sensação de que não sou o suficiente.
Eu sou bem mais do que isso que você enxerga através de mim, presa na minha casca de caranguejo escondendo o meu eu sensível e o sabor da carne.
Eu gosto de ficar só por longos períodos e dormir por mais de 12 horas.
Eu gosto de beijos molhadas e sexo com sentimento.
Até quando vou ficar presa na inconsistência do meu valor próprio.
mef
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Get to know the blogger
Much thank for the tag, @fandomn00blr, hadn't done this one before!
Share your wallpaper:
I'm a simple man
Last song you listened to: after Lana Del Rey of course it had to be Anubis by Septic Flesh
youtube
Currently reading: Tratat de istorie a religiilor, Eliade
Last movie: Everything Everywhere all at Once
Last TV show: WTH it didn't save my actual notes so I'll just say... Berserk 2016-2017 anime series rewatch because I'm still stuck in a Berserk nostalgia hole and can't get out!
Want to check out The Last of Us though and others
Craving: nothing at the moment
What are you wearing right now: purple leggings and loose black t-shirt
How tall are you: 5'5 / 1.65m
Piercings: earlobes
Tattoos: hidden
Glasses or contacts: Glasses
Last drink: Arabic coffee
Last thing you ate: bougatsa
Favorite color: phthalo green, persian blue, black
Current obsession: Berserk, Finrod
Any pets: evil critters
Favorite fictional character: argh, can't.... choose... will randomize? Alucard, Guts, Trevor Belmont, Griffith, Frankenstein's Creature (Adam), Maedhros, Maeglin, Mordred, Morgan le Fay, Jean Valjean, Eowyn, Finrod, Nerdanel, Mandos, Nienna, Sauron, Nienor, Turin, Casca, Kaz Brekker, Inej Ghafa, Thuringwethil, Izzy Hands, Carmilla and many more
The last place you traveled: České Švýcarsko National Park
0 pressure tagging, ignore if done before/not your thing!
@the-shellter, @redbirdbluebird, @chronically-a-ghost, @aeonianarchives, @nuredhel, @floraroselaughter, @wyyvernn, @angrenost, @edensrose, @therockywhorerpictureshow, @i-did-not-mean-to, @polutrope, @silmarillionopsessed, @silmarillionno, @tiefliing, @ghost-of-aion, @mrsgiovanna, @batsyforyou
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vocês podem dar prompts de realeza convidada da américa latina?
Claro! Adoraríamos ver realezas da América Latina por aqui. Vou dar alguns contextos para formação dos reinos também, para caso alguém se interesse, mas nada disso é canônico aqui; os players que aplicarem pros países é que vão decidir ou não. Enfim, algumas que eu consigo pensar são as seguintes:
México: Hoje em dia poderia ter a total a volta do Império Asteca, uma grande incorporação dos sistemas de irrigação. Uma nação voltada para extremo desenvolvimento tecnológico e para a criação de alimentos, forte em exportação e comércio exterior; as pessoas vão para o novo reino do México para estudar, os melhores engenheiros saem de lá. Pode ter o clássico caso de irmãos que o mais velho quer ser um cientista, e o mais novo quer governar. Nesse caso imaginaria realezas convidadas extremamente inteligentes; o mais novo usando a Seleção para conseguir mostrar algum plano econômico forte, querer se vender como um verdadeiro monarca, e o mais velho querendo é mostrar suas contribuições científicas como um grande engenheiro que quer ser (e aproveitar e fugir das responsabilidades um pouco).
Argentina, Paraguai e Uruguai: antes eram o Vice-Reino do Rio da Prata, mas nunca estabeleceram um reinado independente. Então não é uma oportunidade perfeita para a família de Cevallos (o primeiro vice-rei) voltar ao poder com a conversa que "a união faz a força". Pode ser um reino jovem, que foi recém-estabelecido: algo depois de finalmente, depois de quase um século, todos os territórios conseguiram ser anexados, provavelmente depois de guerras civis e diversos acordos. Um reino novo normalmente não teria muito dinheiro: e aí que entra a realeza convidada do Rio da Prata, uma pessoa extremamente charmosa, carismática, bom mesmo para fazer aliança. Qualquer coisa tá valendo, desde que tenha dinheiro!
Colômbia: Oras, o que mais poderia ser a Grã-Colômbia, um reino cujo nome é advindo do marinheiro Cristóvão Colombo, uma recente visão do Novo Mundo, senão um reino independente e orgulhoso? Claro, eles também fizeram parte do Vice-Reino de Nova Granada com a Venezuela, o Panamá e o Equador, mas eles foram para o lado contrário do Reino do Rio da Prata: quiseram manter a independência de seus Estados. Aí que veria a questão, como que seria estabelecida a família real? Como a economia da Colômbia no período colonial era bastante baseada em mineração, por que não os donos das mineradoras vieram ao topo? Seriam uma família luxuosa, bem melhores amigos dos diamantes mesmo. A questão é, se a família real seria tão recente assim, então como seriam vistos? Poderiam ir pra Seleção pra imporem respeito nos outros. É casca grossa, nariz em pé, se meter nas conversas dos outros mesmo e mostrar que quem pode, pode. Ou então seria um dos príncipes mais novos, alguém que não quer nada a ver com isso, e estaria querendo morrer com toda essa pressão de ser visto como um príncipe no meio de outros sobrenomes que tem séculos de história.
Espero que alguma dessas seja útil!
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Panoptica Universalis
o olho que tudo vê
a boca que tudo come
sensação de prisão
de esgotamento da alma
sou pura engrenagem
consumida pelo óleo que me lubrifica
sou o peso dos anos em branco,
o espaço entre as palavras
que disse, que não disse
que fiz que não agi
que sonhei e perdi
sou o nada antes do nada
o vazio entre vazios
não me podem ver
porque não existo fora de mim
o olho,
sempre esse olho,
em chamas de virtuosismo,
sempre esse sorriso inexistente
adivinhado apenas pelas rugas
ao canto do olho,
o olho que grita silenciosamente
para que obedeça, respeite, aceite
aceite o meu lugar
aceite o meu destino
aceite o meu sofrimento
"inevitável, incontornável, inexcapavel.
Resigna-te ao teu buraco no chão
o teu universo são as grades da prisão"
escolher cada minúscula partícula
do ferro que forma as portas
desta jaula inviolável que sou o ser
que eu sou
pintar cada centímetro das paredes
com slogans pró isto e aquilo
anti estes e os outros
sou livre de ser prisioneiro
sou um ser individual e único
igual a todos os outros
encolho-me,
o olho perfura-me agonizante a mente
olha para dentro de mim
e berra em tons mudos
na massa cinzenta que me faz eu
és único e lindo e individual
não sejas ovelha, pensa como nós
escondo-me,
a parede da minha pele parece fina
transparente
sem fisicalidade aparente
uma casca de ovo já quebrada
ofereço-me,
toma o meu corpo
já que a alma já a tens
resigno-me,
vivo dentro de Mamon
consumido que fui à nascença
e daqui nunca sairei
o olho.
o olho que tudo vê.
o olho que tudo sabe.
o olho que em todo o lado está
sempre junto a mim.
confesso-me cansado de ser só eu
quero ser mais.
quero ter mais.
quero.. querer mais!
porque não hei eu de apontar minha mira
aos céus infinitos?
porque hei de ser eu toda a vida
apenas infinitesimal partícula de pó
se posso ser o vento que a carrega?
porque hei de viver fechado na mediocridade
quando posso voar nas alturas da grandeza?
está decidido!
serei rei, senhor, mestre!
a mim virão dignatários prestar tributo
a mim a grandeza do mundo futuro
irá agradecer e cantar canções de louvor
eu serei a pedra mestre da humanidade vindora
construam sobre mim as catedrais
do pensamento
ergam mas minhas costas pirâmides
de progresso
desenhem na minha pele os sigilos do ódio
pelo antigo e ultrapassado
escrevam com o meu sangue
os manifestos de adoração aos novos deuses
cantem com a minha voz
hinos à glória do senhor : EU.
encolho-me,
megalomamia esquecida pelo bruto acordar
do real
sou nada,
um ponto final numa nota bibliografica
que ninguém lê,
sou apenas mais uma ovelha
com a mania que é.
o olho sorri,
sonhei
e voltei ao casulo do desejo
catarse instantânea
efémera
vazia
...
.
o olho que tudo vê
voa não sobre
mas dentro de mim
eu sou o olho que me vê
eu sou a prisão que me prende
eu sou a ideia que me nega a ideia
o pensamento que me faz burro
as correntes com que me prendo a mim
eu sou o fim do meu inicio
ainda antes de começar
e o início do meu fim
a cada passo que dou ao respirar
vejo-me pequeno
e não consigo imaginar-me mais do que isso mesmo
sou irrelevante porque irrelevante me fiz
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[...] a solidão é não sermos capazes de fazer companhia a alguém ou a alguma coisa que está dentro de nós, a solidão não é uma árvore no meio duma planície onde só ela esteja, é a distância entre a seiva profunda e a casca, entre a folha e a raiz [...]
José Saramago, O Ano da Morte de Ricardo Reis.
#xx century#xx century literature#josé saramago#o ano da morte de ricardo reis#literature#prose#lit#in portuguese#format: print
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Um Amor Infeliz
Não sei se o O'Neill realmente o disse, ou escreveu: Lisboa, tão bela e tão puta! Adormecido na tarde e embalado por sons da cidade, ao longe, sons sem nome, vem-me o mot ao espírito desiludido: Lisboa desilusionária, tão possível e afinal tão morta de morte macaca.
Run, Rabbit run. Em boa hora vim morar para este bairro que, os que não moram cá, dizem isso não é Lisboa. Rodeado de uma vizinhança alheada dele, o bairro é hoje um pequeno paraíso - sem turistas, sem condutores enraivecidos, sem tuktuks - enfim, quase sem pragas. E, daqui, Lisboa é uma memória triste e mal resolvida.
Lisboa foi uma grande cidade que, enquanto eu envelheci, foi encolhendo até à casca de noz de hoje, piada de mau-gosto, limão azedo, coisa sem préstimo, ganha-pão miserável para um milhão de gente triste, amanuense, com um sorriso (o novo sorriso alinhado e branco) nas redes.
Os antigos largos do estacionamento anárquico, dos miúdos ao berlinde, dos amantes enlaçados na sombra são agora praças de Lego branco, lajeadas ao redor de uns bocados de erva mal cuidada, com duas holandesas, três franceses e cinco paquistaneses sentados em bancos sem costas à espera dum momento instagram ou de uma chamada a pedir comida mal-cheirosa.
Ruas esburacadas e passeios ondulados pelas raízes das árvores atiram os pobres velhos para a Ortopedia de São José. Até onde a vista alcança, um mar de sinais de trânsito, de postes tortos e cobertos de anúncios do Rei leão das Patilhas, de mobiliário urbano pesado, mono, inútil, com mensagens alucinadas de Lisboa harmoniosa, tecnológica e o raio que a parta.
É a Lisboa desalmada pelos saloios da marca, que vêem o mundo pela colecção de postais a que se resume o seu mundo, um mundo anão, míope e grandiloquente como os napoleões dos Rilhafoles / Miguel Bombarda e Júlio de Matos, agora vazios de loucos porque todo o mundo é deles e aqueles que o são muito estão-medicados-graças-a-Deus.
Abro os olhos e fecho-os de novo para ver a varanda corrida da Rua da Escola e o terraço da Travessa do Noronha, onde brincava, ria, sonhava, lia e podia deles sair para a cidade viva, a lisboeta cidade dos lisboetas, chilreada pelos eléctricos de portas abertas pelas quais se entrava e saía em movimento, a cidade dos cafés dos homens de negro e chapéu Magritte, a cidade das oficinas, serralharias, carpintarias, estofadores, drogarias, retrosarias, casas de ferragens, a cidade atravessada pelos cobradores, electricistas, vendedores ambulantes, peixeiras e leiteiras, mulheres da hortaliça, ardinas, ceguinhos, pedintes, donas-de-casa, irmãos-em-Lisboa de carne e osso.
Essa cidade foi encolhendo, as casas foram ficando vazias e os arredores a abarrotar, as casas foram ficando a cair aos poucos, numa cor-sem-cor cinzenta, desbotada, à espera de uma loucura-reabilitação-urbana que pairava, uma loucura Tap, British Airways, Ibéria que depressa se devorou e inchou Ryanair, EasyJet, uma loucura low-cost e agora é vê-los, americanos engordadíssimos a turistificar na Baixa com canadianas e andarilhos, os tornozelos inchadíssimos, caras de um vermelho impossível, alemães e ingleses ogrados de cerveja, olhos em órbita a orbitar o elevador de Santa Justa, um pacote de pastéis de nata na mão e o telemóvel na outra, a filmar este dia do Juízo Final.
Fecharam-me tudo o que me dizia alguma coisa. Os snacks de balcão de alumínio, cheios de filetes de bacalhau, sandes de ovo com chouriço, salada de polvo, torresmos. Sim, as lojas de ferragens. As tabacarias. Os cafés, leitarias e pastelarias. O Noite e Dia, o Apolo 70. As garagens, as bombas de gasolina. Tudo.
Ontem sentei-me frente ao imac, abri o Maps e tentei encontrar um lugar em Lisboa onde me apetecesse ir passear. Zero. Não me apeteceu ir a Alvalade. Não me apeteceu andar pelas Avenidas Novas. Ir à Baixa, só se estivesse doido. Para ir à Senhora do Monte era preciso de novo um Dom Afonso Henriques, para correr os infiéis a fio de espada.
Fumo um robusto, olho pela janela para as linhas brutalistas do meu prédio e penso como, entre os loucos furiosos ao longe, tenho a sorte de olhar para a vinha-virgem que vai cobrindo a varanda do vizinho e de poder sair de casa para passear a Pipa num jardim. Muito mal-cuidado, matagoso, bancos meio-desfeitos - mas, enfim, um jardim!, com pouca gente, não-apressada, e com o barulho do trânsito muito longe. Oásis.
Assim de repente, restam-me o Jardim Botânico e a Casa Havaneza. O primeiro está lindo como sempre foi mas tem agora entrada paga (ainda bem) e já não é travessia entre São Mamede e a parte baixa da cidade. E a Havaneza tem as prateleiras quase vazias - eis que a enformar a doideira global os chineses começaram a fumar e a esgotar os havanos e a deixar-me, a mim e aos verdadeiros fumadores de puros, à beira de entregar os punhos.
O que ainda resta por estragar?
A minha coragem de correr contra a ternura, minha laranja amarga e doce.
Dê-me Deus o amor em casa, e o doce de cereja do altruísmo.
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Musa
Todas as coisas definham pelo abraço fúnebre do tempo.
Imperadores com sua podridão moral sob o manto de reis são meras testemunhas ante a putrefação dos seus impérios; estrelas, prostradas e inúteis com seus ares de vaidade, explodem em espetáculo cerimonioso; paixão sedenta esmorece em solo profano…
Exceto a Arte.
A tirania imortal sedenta, inescapável, que serpenteia as frestas e rachaduras dos âmagos em suas muralhas de aço; perfura a mais heróica das obstinações e alimenta a sua inesgotável fome, em seu abraço sufocante drenará tua vitalidade, essência, humanidade… Dos ossos se farão pincéis, de músculos, tinta, de sangue o símbolo do sacrifício em cores vibrantes sobre a tela da existência.
De ti sobrará casca vazia que se derrama em chão sombrio de oceano - mera lembrança de tributo, oferenda silenciosa à vastidão infinita da sua onisciência, eco distante de beleza que um dia te consumira…
Eu, eu sou contemplação física, instrumento moribundo - existência digna é condenada a enxergar o que é belo e nada mais: não existe um mundo fora das minhas cores e das minhas telas, não o que vale a pena ser vivido ou admirado, mas mundo de dor; vê-lo é abrir de olhos em tempestade de areia, é o sujeitar às intempéries humanas, tão falhas e imundas - destino gutural da vida sem arte.
Eu, O Artista, me proponho a discorrer por essas palavras minha peregrinação rumo ao destino infalível, escalar de vulcão, missão última: me rendo em humildade a prover-te do meu magnum opus.
Digo humildade pois hei de rebaixar-me às sofríveis condições humanas, a existência estéril, pois de atribuição a arte deu-me a de retratar a mais bela das almas, a mais suave das vozes entre gritos sepulcrais, alívio sereno: a minha musa. Ah, sim, admirá-la é também destino gutural! Pois nada há de vê-la: como humana dispõe-se a formas elusivas, cores abstratas, pois bem, é impreterível juntá-la aos seus pedaços fundamentais pois a mais bela das belezas é fragmentada, espaçada, e portanto condeno-me ao anexar coerente das suas infindáveis nuances, como mosca em necrotério, para enfim cobrí-la em pincéis. Não mais humana: agora eterna e desnutrida dos rascunhos desconexos deixados pelo sofrimento em vida, irrelevantes frente os óleos da minha grandiosidade artística proverbial.
Mas dessa grandiosidade eu me despeço - ponho-a em espera à beira de vulcão para vestir-me em desprezível vestimenta de carne, insiro uma por uma minhas partes anatômicas pois hoje, hoje visitarei-a, visitarei seus ossos mundanos, conhecerei-a pelas suas partes humanas, aquelas que me escapariam.
E assim que o momento oportuno se apresenta, desembaraço os véus sombrios da noite.
A lua hoje é um absonar que me aliena da vida que acabei de deixar a fim de cumprir minha nobre imposição. Dou-lhe as costas em tom de despedida e abaixo o olhar. Meu rumar é rítmico e pedagógico, eu sou quase nada, um mero suspiro que transpassa os corações das pessoas que me esbarro. Eu ouço-os gemer e gritar em agonia: é muito mais do que provável que a beleza dessas vidas jamais serão desvendadas, e tais corações desesperam-se à visão de seu destino inefável: um amálgama de distração e rigor mortis.
Porém permaneço cego. Alheio. Meu acender de luzes é parasitariamente ligado à ela.
Cego ao mundo e guiado por seus traços inquietantes, me vejo diante da sua morada. Contornos e detalhes escapam aos meus olhos como árvore em ventania, afinal interessa-me o lar da alma muito mais do que lar de carne.
Desbravo as fechaduras em graça e precisão. Na sala, microcosmo da sua existência, desemboca os pequeníssimos fragmentos - formas coesas que se harmonizam e a constroem: a disposição levemente aleatória dos objetos na sala, o sofá, tão alheio da sua condição inata ao dispor-se descanso à mais bela das criaturas, quadros e pôsteres afogados àquela realidade; breves simbolismos e ornamentos de uma beleza apenas levemente saudada pelas mãos enluvadas da arte.
Indistinguível das sombras e parte de uma orquestra silenciosa, me conduzo ao quarto.
Meu peito engaja em percussão carnavalesca - expectativa caricata - conforme sinto o brilhar da sua aura aumentar como explosão atômica que me cega, condena todos meus sentidos à sua contemplação, nada mais importa, nada mais…
Eu sinto-a antes de sentí-la, presença fluida e mística, ó ser impossível que jaz à minha frente! Deitada e em sono profundo, eu vejo seu peito responder como um metrônomo às demandas rítmicas da sua respiração enquanto testemunho o desenrolar de poesia física. Sua pele, como mar em paisagem, previsivelmente coberta por vestes, a visão de suas pernas cuidadosamente esculpidas ecoam-me em câmaras desconhecidas e enchem-me de dor e desejo! Como detentor de verdade angelical eu me aproximo, esboço os dedos à sua pele, percorro maciez tão mais profunda que mil oceanos e suave como o nascer de nuvens, e registro em meu sangue a textura do seu corpo como profeta que proclama palavra divina. E quando não me é suficiente, percorro-a com a língua, sinto-a em minha boca, parto a contemplá-la em meus sentidos humanos, faminto, inato… Até que me afasto novamente, dou as mãos para a escuridão que me cerca, observo as finitudes dos traços e paredes da dádiva que me foi concebida pela luz cadavérica de luar; devoro-a com o saturar de meus sentidos, eu sinto a graça típica inundar-me de sensibilidade humana e, afogado, posso enfim consumí-la, liquifazê-la até que seja nada além de beleza convergida, mero instrumento imortalizado por virtuosidade exímia de conducente celeste, ó ofício extraordinário que se incumbe ao meu ser!
Do meu torpor eu escapo, menos que humano, um pseudônimo. Derrubado em silêncio eterno. Se nada era antes de me imergir em poesia sereiana, emerjo menos ainda.
Cruzo o portal do quarto, meus olhos percorrem novamente o interior da casa, agora incrédulos. Os pensamentos parecem exaustos, em busca de conceber a obstinação resoluta daqueles objetos de se manterem imóveis, inexpressivos, ainda que flutuem em gravidade de aura mais que belíssima. Meus olhos procuram a saída.
A cova do meu coração se fecha assim que saio. A lua me é um borrão escuro e meus passos convergem à rigidez estóica de deuses esquecidos. Verdades me escapam, insinuantes. Não há pessoas e nem vontades. Apenas um vórtice vacilante, um buraco.
Meu ateliê é como cálice que brinda a coisas que mal existem.
Eu olho em volta, convido à minha insalubre contemplação as telas, pincéis, tintas e minhas posses, tolices materiais apenas brevemente familiares, enquanto me esgueiro por entre meus pensamentos humanos, tenebrosos e caóticos, pois não há lugar, não há círculo dantesco que me impeça de transcender os candelabros de carne, pois eis meu nome, aquele que me foi rasgado em pele, eis a glória d'O Artista, que vigiai as portas da vida e a guerra da fronteira entre viver e existir!
Pois bem, engana-se o olhar leigo pois da arte nada há de criatividade, mas do divino, o que se resguarda em coerência, que o sintoniza, cai em agonia em viver o que é belo, força inesgotável que guia o pincel, que olha com franqueza o cerne das minhas mãos, que em devoção absoluta ruma o destino da beleza com peito em chamas! As normas e parâmetros que regem a realidade ajoelham-se em subordinação profunda ao meu pintar; meus olhos são fogo vivo e minhas mãos são fantoches à minha bela e indecifrável musa, eu a conduzo às portas da eternidade em passos de pincel, sucessivos e bruscos, com a precisão mística de predador. Aos poucos ela nasce à minha frente, sinto o pulsar de sua essência adentrar meus sentidos e eu a encaro…
Minha musa… Meu magnum opus…
A tela é um borrão escuro e minhas mãos trêmulas convergem à fluidez viva do sofrimento humano. Eu fecho os olhos - sou uma orquestra silenciosa e uma sombra que se projeta pela luz sepulcral da lua. Adentro seus aposentos e como estopim de guerra meu peito se crava em expectativa grotesca. Eu vejo seus olhos abertos responderem à minha presença como o desenrolar de tragédia e o grito espectral devorar a noite crescente, faminto, inato… E eu sinto-a, sinto-a pulsar ao meu toque das minhas mãos, sinto o entrelaçar de nossas lágrimas sobre o corpo angelical que dança sua última dança magnífica: o debater do desespero que a liberta das correntes da vida e que a eterniza em beleza sublime! Meus olhos derramam-se à sua pele, agora convertida em invólucro eterno do que transcende a existência. Imortalizo em meu sangue a visão de minha musa eternamente deitada e em sono profundo.
Abro os olhos e minha alma projeta à meia tela a dor iminente…
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Vídeo del compte d'instagram La Síntesi.
The casca de reis is a traditional pastry of Valencian and Mallorcan cuisine eaten on the festicity of the Three Wise Men (January 6th).
It's shaped like a ring or a snail and made of a dough similar to marzipan but with less sugar.
Depending on the area or the family, the dessert eaten on this festivity can be either this casca de reis or another round cake called tortell de reis (which we've talked about before).
#menjar#casca de reis#país valencià#mallorca#illes balears#tradicions#dia de reis#food#traditions#epiphany#three wise men#dessert#sweet#bakery
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Clube do VS Premium - Sertanejo, Forró, Rock Nacional e MPB
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Império da Tijuca II
Quando chegava próximo ao carnaval, era muito grande a movimentação das pessoas ali pela Muda por conta do desfile do Império da Tijuca. Famílias inteiras mobilizadas, junto a grupos de amigos, para a confecção das fantasias e adereços de suas alas. Minha recordação mais antiga de minha participação nesse tipo de evento foi ajudando o Fernando que comandava a Ala dos Bicões do Império da Tijuca. Devia ter uns 12 ou 13 anos, e fiquei, junto com a molecada da minha idade, encarregado de prender tipo uma franja numa lança que os desfilantes carregariam nas mãos. Era simples, só colar. Não saí na Escola, apenas assisti.
O dia do desfile transformava a Rua Dezoito de Outubro, onde morava, num mar em verde e branco. Era lindo.
Os desfilantes descendo do Morro da Formiga ou saindo de suas casas na Dezoito, vestidos em suas fantasias, orgulhosos em defender a Escola naquele dia tão importante para a comunidade.
E quando desciam os caras que eram os reis da Escola. Marinho da Muda, Gelson, Bossa Nova, Mauro Afonso, Rosinha, Nereida, Lafaete, Seu Tuninho, e tantos outros, eram a nossa certeza de que a Escola iria fazer bonito. Eram a nata do melhor que tínhamos. Eles sabiam disso e da importância que tinham, e se portavam como verdadeiros líderes e ídolos que eram, transferindo seus ensinamentos, seus conhecimentos, aos mais novos, para que pudéssemos transmiti-los também, e pudéssemos manter viva essa extraordinária Escola, nem que apenas em nossos corações.
Antes que esqueça. Nas terças-feiras a Escola se concentrava na Rua Conde de Bonfim com a Rua Medeiros Pássaros, o acesso principal ao Morro, e de lá partia em desfile pelas ruas Conde de Bonfim, Natalina, Dezoito de Outubro e encerrando na Conde de Bonfim, de onde partiam organizados para a apresentação que acontecia na Rua General Espírito Santo Cardos, antes da construção da 19º DP, onde se realizava um verdadeiro carnaval, com apresentações do próprio Império, Salgueiro, Unidos da Tijuca e diversos blocos. Muitas vezes a Unidos de São Carlos e a Vila participavam também.
O Império da Tijuca e a Unidos da Tijuca sempre foram escolas rivais, hoje não são mais. Quando uma se ferrava, o povo da outra se deliciava. Até determinada época, a Tijuca se dividia em três grupos de desfiles: Grupo 1, o Salgueiro, Grupo 2, o Império e Grupo 3 a Unidos. Às vezes estávamos no primeiro grupos. Quando a Unidos se ferrava, comemorávamos, e o inverso também era verdade.
Carnaval de 1976, as duas no mesmo grupo. Ganhamos o carnaval com o enredo "Guerreiro da Alagoas", do Joãozinho Trinta e subimos para o primeiro grupo, enquanto a Unidos permaneceu no segundo.
Gelson, que comandava a bateria, resolveu comemorar desfilando em frente ao Borel, e fomos lá. Receberam o Império com muita pedra voando daquele morro.
Certa vez estava na bateria da Unidos, já na década de 90, e Fernando Horta mencionou que a primeira escola que tentou assumir foi o Império da Tijuca, mas o presidente Natal Imbroisi recusou a oferta e ele se bandeou pra Unidos.
Até hoje agradeço o Natal pela recusa.
Vocês sabem o que é a "Noite do Amendoim"?
Pra quem não sabe e nunca ouviu falar, a "Noite do Amendoim" era uma festa organizada pela Velha-guarda do Império da Tijuca, comandada pelo Seu Tuninho da TV e pelo Lafaete nos anos 70 e 80, e reunia as velhas-guardas das escolas do Rio de Janeiro.
Era uma festa imensa.
Tenho vivas em minhas lembranças as que aconteceram na Rua Leite de Abreu, na Muda. Sempre muito concorridas, era gente de todas as partes desse Rio de Janeiro. Bandeiras das mais diversas escolas, com aquela gente imponente e sabedora da importância e relevância que tinham como transmissores de conhecimento e de cultura popular. Podíamos observar o povo da Formiga, do Salgueiro, do Borel, de São Carlos, Portela, Serrinha, Vila, Mangueira, Lins, Vila Vintém, Santa Cruz, Botafogo, e de tantos outros redutos de sambistas.
Eram distribuídos quilos de amendoim em casca, tudo regado a muita cerveja, e embalados pela bateria do Império da Tijuca. No canto o pessoal se revezava, e eram cantados sambas de todas as escolas.
A festa ía até o sol raiar, sem brigas, sem discussões, apenas muito samba, muita alegria e a certeza de que estavam perpetuando os ensinamentos sobre aquilo que era a importância de suas vidas, as escolas de samba.
Edgar Filho
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AS LONGAS OBRAS DE DEUS
Gary Wilkerson
30 de outubro de 2023
Nos tempos do Antigo Testamento, quando faziam o óleo da unção, passavam-no por três prensas diferentes. O primeiro esmagou as azeitonas, depois o segundo espremeu o sumo e depois o terceiro pegou nas cascas das azeitonas e espremeu-as mais uma vez. O resultado foi um óleo muito puro. É como o processo de santificação. O Espírito Santo age como aqueles lagares de azeite em nossos corações.
O Senhor tem lidado com meu coração nas últimas semanas. O Senhor tem tentado me ensinar a ser humilde, a não me comparar com outros ministérios, a não me comparar com as pessoas na rua. Você já pensou que não lutou com certas coisas, mas de repente o Senhor colocou um foco sobre isso em seu coração? Coisas que você nem pensava que existiam, você encontra conforme Deus aponta. Pela amorosa bondade, misericórdia e graça de Deus, ele está querendo espremer essa coisa de nossos corações.
Este processo de nos apertar, esmagar e despejar é um processo longo. Às vezes, quando ele está fazendo isso, isso pode nos causar frustração. “Deus, por que você está sempre no meu pé? Por que você é sempre crítico? Por que você parece introduzir dificuldades e lutas em minha vida? Por que você simplesmente não me diz que sou uma boa pessoa?
Então talvez saiamos e encontremos uma igreja, e eles nos digam o quão bons somos. Se você tem uma igreja ou amigos que só dizem que você é uma boa pessoa, corra. Você e eu precisamos de pessoas em nossas vidas que estejam dispostas a ser como o profeta Natã quando disse ao rei Davi: “Tu és o homem, o assassino, o adúltero”. Há um pecado em sua vida que Deus está apontando. Ele quer pressionar, purgar e remover isso do seu coração e caráter. O apóstolo Paulo descreveu isso em suas cartas, dizendo: “Sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado fosse reduzido a nada, para que não fôssemos mais escravos do pecado” (Romanos 6 : 6, ESV).
Podemos permitir que este longo processo nos frustre, ou podemos recebê-lo como a graça que pretende ser. Quando nos encontrarmos novamente neste processo urgente, digamos: “Obrigado, Jesus. Obrigado pela misericórdia da correção.”
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27/10/2023
Dois textos no dia, talvez pra matar minha dor interior.
Eu sinto que tem algo de errado, em mim. Como que eu posso estar feliz e triste ao mesmo tempo com dadas situações? Não faz o menor sentido...
Eu tô de boas assistindo algo ou só existindo, conversando com o rei ou com a cereja, e do nada me vem vontade de chorar. Só que do nada, será que os vários e vários baques que eu ignorei estão fazendo efeito? Triste.
Não sei o que está rolando, não sinto isso tem quase uma década, infelizmente estou sentindo esse sabor amargo de novo.
TURURU
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Plenitude
Tenho inveja de pessoas que em si mesmo reside sonhos… Sou oco como uma casca, nada a sonhar ou objetivos a alcançar Tudo tende a ser cinza, o que não tende a ser tão ruim... Mas o azul de um belo céu, também tem sua beleza Nada superas um dia cinza e chuvoso, mas não é por isso... Que devamos nos abster do sol, afinal temos de “florescer”
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❛ i’m fine. I don’t need your help. ❜ — @farquaads
"Uau, quando foi que esse reino ficou tão mal educado?" A pergunta saiu sarcástica, já que muita gente que via pelas ruas de Tão Tão Distante eram rudes daquele jeito. Principalmente com o Flautista, agora que ele trabalhava para o rei. Observou a garota no chão, que caiu por conta de um escorregão na casca de banana que um adolescente jogou para pregar uma peça nas pessoas. Clássico. Dimitri colocou as mãos nos quadris enquanto observava-a tentar se levantar. "Você tem certeza de que não se machucou?"
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A Bola de Cristal (final)
Sem hesitar, penetrou no castelo e foi atravessando todos os aposentos até chegar a uma sala onde estava a princesa. Mas como se espantou ao vê-la! Tinha o rosto de uma cor cinzenta e cheio de rugas, os olhos torvos e os cabelos vermelhos. Sem se poder conter, exclamou: – Então, sois vós a princesa cuja beleza é exaltada no mundo inteiro? – Oh, – respondeu ela, - esta não é a minha fisionomia real! Os olhos humanos só podem ver-me assim deformada, mas se queres saber como sou realmente, olha naquele espelho: ele não engana e te mostrará a minha verdadeira imagem. Assim dizendo, apresentou-lhe um espelho e o rapaz, olhando para ele, viu refletida a imagem da mais linda moça que pudesse existir no mundo. E viu lágrimas de intenso sofrimento escorrendo-lhe pelas faces. Então perguntou: – Que posso fazer para te libertar desse encanto? Dize, pois eu não temo coisa alguma. A princesa disse-lhe: – Quem conseguir apoderar-se da bola de cristal e apresentá-la ao feiticeiro, anulará o seu poder e eu readquirirei o meu verdadeiro aspecto. Mas acrescentou: – Muitos encontraram a morte por tê-lo tentado! La-a tão graves perigos. Lamento, imensamente, que tu, tão jovem, queiras exporto. – Nada poderá deter-me, - respondeu o rapaz; - dize-me, porém, que devo fazer para me apoderar da bola de cristal. - Já vais saber tudo; - disse a princesa. - Se quiseres descer a montanha onde está o castelo, lá embaixo, perto de um manancial, encontrarás um feroz bisão, com o qual terás de lutar. Se conseguires matá-lo sairá dele um pássaro de fogo, voando, o qual tem no corpo um ovo incandescente; nesse ovo, no lugar da gema, está a bola de cristal. Mas o pássaro não deixa cair o ovo se não for violentamente obrigado a isto; além disso, se o ovo cair no chão, quebra-se e incendeia tudo à sua volta, destruindo-se no fogo juntamente com a bola de cristal; de maneira que, nesse caso, todo o teu trabalho terá sido inútil. O rapaz desceu até ao manancial onde se encontrava o bisão, o qual o recebeu bufando e resfolegando, ameaçador. No mesmo instante, travou-se entre os dois uma tremenda luta e o rapaz conseguiu enterrar-lhe a espada no ventre, prostrando morta a terrível fera. Imediatamente saiu voando o pássaro de fogo, procurando elevar-se no espaço; mas a águia, que era o irmão do rapaz, chegou nesse momento através das nuvens, investiu contra o pássaro e com o bico adunco empurrou-o para o mar. A ave, vendo-se em perigo, deixou cair o ovo. Mas o ovo não caiu no mar, caiu sobre uma choupana de pescadores situada na praia. Caindo em cima dela, imediatamente se elevou uma nuvem de fumaça e ateou-se o fogo; então se elevaram no mar ondas da altura de uma casa, despejaram-se sobre a choupana e extinguiram o fogo. Fôra obra do outro irmão, transformado em baleia, que, vendo o fogo, sublevara as ondas. Depois de extinto o incêndio, o rapaz foi em busca do ovo e, por grande sorte, o achou. Não tivera tempo de derreter-se, mas a casca incandescente, esfriada repentinamente pela água gelada, partira-se toda. Assim lhe foi possível extrair a bola de cristal. Quando, finalmente, foi ter com o feiticeiro e exibiu a bola de cristal ao seu olhar, o bruxo disse-lhe: – Meu poder está anulado; de hoje em diante serás o rei neste castelo do Sol de Ouro. E tens poder, também, de restituir a teus irmãos a forma humana. Então o rapaz correu para junto da princesa e, ao entrar na sala em que se achava, ela surgiu-lhe pela frente em todo o esplendor de sua radiosa beleza. Cheios de alegria, trocaram as alianças que os devia unir e viveram na mais perfeita felicidade.
Fim.
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