#capital dos naufrágios
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Wogen
Diese Wogen sind wir ja zum Teil selbst (Jacob Burkhardt).
#affektregulierung#recht und regen#hauptstadt der schiffbrüchigen#recife#capital dos naufrágios#städel
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Foto tirada em Pernambuco recebe prêmio mundial inédito
Foto: Fabi Fregonesi Uma fotografia tirada no naufrágio Virgo, que fica na capital pernambucana, entrou para a história da fotografia subaquática mundial. O registro, feito pela brasileira Fabi Fregonesi, subiu ao pódio, ficando na 3ª posição da categoria “Naufrágios”, na premiação internacional do “Underwater Photographer of the Year 2024” (‘Fotógrafo Subaquático do Ano’). Foi a primeira vez…
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O Rosto
Era uma manhã de inverno banal. Fria mas não gelada, húmida mas não chuvosa, escura mas não soturna.
Avelino esperava pelo comboio na estação. Todos os dias fazia o mesmo, rumo ao trabalho. Como ele, centenas de outras pessoas usavam aquela plataforma, diariamente, para se transportarem para o trabalho e de regresso a casa.
Enquanto esperava pelo seu, Avelino viu passar um comboio regional, que não parava naquela estação. Abrandava a marcha, por razões de segurança, ao cruzar estações e apeadeiros apinhados de gente, mas o seu destino era longínquo, não se compadecia com paragens suburbanas, nos arredores da capital. Seguia quase direto ao destino, com duas ou três interrupções pelo o percurso.
Ao abrandar o comboio regional, Avelino vislumbrou, à janela, um magnífico rosto de jovem mulher, o mais lindo que alguma vez contemplou, mas também o mais triste.
Não chorava, estava séria, contemplando o infinito, mas havia algo de incompatível entre tamanha beleza e tão grande tristeza. Um mulher tão maravilhosa não poderia estar triste. Parecia a Avelino que todo o mundo se deveria conjugar em esforços, para a sua felicidade. Ele seria o primeiro a fazê-lo, de tão encantado que ficou com aquele rosto jovem.
Porque estaria triste? Como seria possível que não estivesse um homem apaixonado, ao seu lado, a consolar a sua tristeza, a conjurar a alegria e a felicidade, para a vida de uma deusa como aquela?
Apanhou o seu comboio, mas não deixou de pensar naquela jovem mulher, durante o resto do dia.
Contou aos colegas, do banco em que trabalhava, que tinha visto a mulher mais linda que alguma vez vira na vida, passar num comboio regional, essa manhã, mas que a mesma apresentava uma estranha e incompreensível tristeza. Ficou todo o dia a pensar nela, porque estaria triste, para onde iria, teria alguém à sua espera, seria solteira, teria perdido o marido ou um filho, que outro motivo poderia causar-lhe tão grande desgosto?
Os colegas riram da obsessão de Avelino e perguntaram-lhe se ficara apaixonado pela desconhecida. Ele era um homem casado e pai de família, já não podia cismar assim, com a primeira cara bonita que visse passar num comboio.
Avelino ficou a pensar nisso. Estaria apaixonado? Impossível, pois se apenas a tinha vislumbrado por uns segundos. Não sabia o seu nome, onde vivia, se era casada, se tinha família, as razões da sua tristeza. Como se poderia apaixonar apenas por um rosto completamente desconhecido?
Era um homem casado, era certo, mas mal casado. Os colegas nada sabiam da sua vida conjugal, mas a verdade era que a paixão pela mulher, se alguma vez existira, já era coisa do passado e o presente era feito de muita incompreensão e constantes ameaças de parte a parte. Estava por um fio aquele casamento e todos os dias, quando chegava a casa, esperava um bilhete da mulher a informar que tinha ido para casa dos pais, com a menina.
Custava-lhe pela filha, de quem gostava sinceramente. Mas a mãe, com tantas discussões e conflitos, tinha conseguido minar o seu relacionamento com a miúda, sempre arredia do contacto com os pais, cansada de ser usada como arma, no mau relacionamento conjugal. A pouco e pouco tornara-se uma estranha para ele, que pouco a via e menos ainda conversava com ela.
Também ele sentia uma profunda tristeza, com o rumo da sua vida. Por isso ficou tão impressionado, pelo rosto daquela jovem mulher do comboio. Partilhou a sua melancolia e quis consolá-la, como se fosse a única tábua de salvação para o enorme naufrágio da sua vida.
No regresso a casa continuou a pensar na jovem. Os poucos segundos que a viu, chegaram para gravar aquele belo rosto na sua memória. Tinha a certeza que nunca a esqueceria, pelo resto da sua vida. Mais do que isso, temia passar o resto da vida a pensar na oportunidade perdida, de conhecer aquela mulher, de lhe abrir o coração, de lhe dar um pouco de felicidade e, desse modo, encontrar também ele uma via para a sua própria.
Ao chegar à estação, foi à bilheteira indagar que comboio era aquele que tinha passado de manhã, onde seguia a sua musa. Descobriu o destino e bem assim que o mesmo só tinha duas paragens, antes da estação terminal. Pelo que estava perfeitamente delimitado a três localidades, não especialmente grandes e povoadas, o destino daquela mulher, ao qual o seu ficou indelevelmente ligado, desde aquela manhã.
Chegou a casa para a encontrar vazia. Nem a mulher nem a filha tinham ainda chegado.
Dirigiu-se ao quarto, tirou uma mala de viagem de cima do roupeiro, encheu-a com meia dúzia de mudas de roupa, dois ou três livros que sempre quis ler e nunca arranjou tempo, artigos de higiene pessoal e escreveu um bilhete à mulher dizendo:
"Lamento que as coisas não tenham corrido como ambos desejávamos. Acho que nenhum de nós tem ilusões quanto ao futuro deste casamento. Trata bem da menina. Logo que possível, enviarei a minha nova morada, para que ela me possa visitar. Espero que sejas feliz".
Deixou o bilhete em cima da cama de casal e saiu de casa, com a mala na mão.
Dirigiu-se à estação, informou-se onde poderia apanhar o comboio regional da mulher de rosto triste e comprou um bilhete de ligação.
Fez-se ao caminho decidido a não regressar. A descobrir aquela mulher e a recomeçar a vida junto dela.
Onde quer que ela estivesse.
18 de Fevereiro de 2023
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hello, my little loves !! i'm sorry for being here again so soon ! mas eu ainda 'to procurando partners & plots novos ! i have a lot of free time on my hands , like numbers are so crazy .. aqui tem três plots adaptados de novelas da globo ( yes, i am THAT kind of person, i'm afraid ) ! e se eu conseguir elas,, tem mais algumas que eu queria , but let's hit the brakes ! if u like any, * youtuber vc* hit that like button to support, hit that follow button to see more,, much much love !
press #007 to remake : ❛ ti ti ti ❜
( f / f or f / m - 2020 ) : ❝ i only wanna die someday - someday, someday when i burst into flames, i'll leave you the dust, my love. ❞
MUSE K passou a maior parte da vida em sua pitoresca cidade do interior, vida calma e ordinária, uma família simples com grandes ambições. o pai, um pintor de rua & a mãe costureira, sonhando com as luzes brilhantes do tapete vermelho sob suas criações. tinha uma tia rebelde, que havia fugido para capital ainda jovem e feito carreira em marketing longe do lar, e com uma ideia mirabolante resolve ajudar a irmã. MUSE K, de beleza incomparável, então torna-se a chave do sucesso da mãe. atende festas da alta sociedade como ' penetra ' , usando os vestidos mais deslumbrantes da noite, causando boatos e inveja. em um baile beneficente, promovido por cesar west, dono de um império de revistas, MUSE K tem um pequeno acidente nas escadarias ao partir & faz com que uma nova história de cinderela comece, com direito a toda cobertura da mídia, quando MUSE L, herdeiro(a) mais novo(a) da ' dantey west ' , resgata um de seus sapatos depois de tentar impedi-la de ir embora.
press #008 to remake : ❛ o tempo não para ❜
( f / f or m / m or f / m - 2020 ) : ❝ because here i am, i'm giving all i can, but all you ever do is mess it up. yeah, i'm right here, i'm trying to make it clear that getting half of you just ain't enough. ❞
MUSE M & MUSE N tem a ' mesma ' idade, porém não poderiam ter tido vidas mais opostas. enquanto MUSE M é um jovem empresário que assumiu os negócios do pai após sua morte inesperada, MUSE N é uma jovem donzela do século passado que deveria ter morrido em um naufrágio de um dos primeiros navios a deixar porto. porém, MUSE N ficou congelada por centenas de anos com a família, e agora tem de aprender a viver no mundo que deixou séculos atrás, com ajuda de MUSE M que a salva em uma praia.
press #009 to remake : ❛ além do tempo ❜
( f / f or m / m or f / m - 2020 ) : ❝ isn't it lovely, all alone? heart made of glass, my mind of stone. tear me to pieces, skin to bone. hello, welcome home. ❞
MUSE O & MUSE P , foram destinados a viver um amor que supera a morte. viveram séculos atrás, como um lorde e uma simples camponesa, impedidos pela sociedade e por suas famílias de entregarem-se a sua paixão, e tiveram um fim trágico ao tentar fugir. agora reincarnados no mundo moderno seus caminhos voltam a se cruzar, lhe dando a oportunidade de viver esse afeto que transcende o tempo.
#1x1 br#1x1 rp#― ❛ SKELETONS ❜ ↬ wanted plots !#as always if this flops it never happened bt we can do this TEAM LETS GET THOSE PLOTS
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Autoridades gregas lançam operações de resgate de dezenas de migrantes desaparecidos
A guarda costeira de Atenas, na Grécia, lançou duas operações de resgate depois de um barco com dezenas de migrantes ter afundado a cerca de 80 quilómetros a noroeste da capital grega, disse hoje esta autoridade.
De acordo com várias agências noticiosas internacionais, o barco transportava mais de 60 pessoas e pelo menos nove já foram resgatadas.
A ocorrência registou-se no estreito de Kafirea, entre as ilhas gregas de Eubeia e Andros e o barco terá afundado numa altura em que se registavam ventos de mais de 60 quilómeros/hora.
O barco terá partido de Izmir, na costa da Turquia.
“Uma das nossas patrulhas de alto mar resgatou nove homens numa ilhota. Estes sobreviventes disseram que havia cerca de 68 pessoas a bordo”, disse a porta-voz da guarda costeira de Atenas à AFP.
Já a espanhola EFE dá conta de que esta operação de busca, da qual participam três embarcações e um helicóptero, decorre em condições adversas devido aos ventos de norte com força 8 na escala de Beaufort.
Paralelamente foi montada uma operação semelhante perto da ilha de Samos, também no Mar Egeu, para encontrar oito pessoas supostamente desaparecidas desde segunda-feira.
Quatro sobreviventes disseram na segunda-feira que doze pessoas estavam a bordo de uma canoa que virou.
A Grécia tem sentido o aumento no número de chegadas de migrantes e refugiados este ano, a maioria dos quais partiu das costas turcas próximas na tentativa de fugir das guerras e da pobreza.
Naufrágios, muitas vezes fatais, são muito comuns nesta área.
Pelo menos 30 pessoas morreram em outubro em dois naufrágios de barcos de migrantes no Mar Egeu.
Durante os primeiros oito meses do ano, a guarda costeira grega relatou o resgate de cerca de 1.500 pessoas.
Grécia, Itália e Espanha estão entre os principais países de chegada de migrantes da África e do Oriente Médio que desejam chegar à União Europeia.
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MUNDIAL: Rússia bombardeia mais uma fábrica de armamentos perto de Kiev após naufrágio de navio
MUNDIAL: Rússia bombardeia mais uma fábrica de armamentos perto de Kiev após naufrágio de navio
Ministério de Defesa russo confirmou o ataque neste sábado (16), e fumaça é avistada nos arredores da capital ucraniana A Rússia bombardeou mais uma fábrica militar perto de Kiev, neste sábado (16), cumprindo sua ameaça de intensificar os ataques contra a capital ucraniana após o naufrágio do navio Moskva, no mar Negro, nesta semana, em um ataque reivindicado pela Ucrânia. O complexo industrial…
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Capital dos naufragios
Recife ist nicht nur die Hauptstadt der Schiffbrüchigen, sie ist auch die Hauptstadt des Lichtbrüchigen und damit der chromatischen Abberation, also der farblichen Abschweifung. Wie der Inn an manchen Tagen im Frühsommer milchig grün wird, so wird das Licht in Recife an manchen Tagen milchig grün, etwas öliger als der Inn das schafft. Das ist aber nur ein Teil, das ganze Jahr über ist die Stadt durchgehend, auch das ganze Spektrum durchgehend irrisiert und irrisierend, in ihrer Funktion als Hauptstadt des Lichtbrüchigen und farblichen Abschweifung soll sie das sein.
#holländische dokumentation#recife#hauptstadt der schiffbrüchigen#capital dos naufrágios#vergleichende meteorologie
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Naufrágio na República Democrática do Congo deixa mais de 60 mortos – .
Naufrágio na República Democrática do Congo deixa mais de 60 mortos – .
REPRODUÇÃO / GOOGLE MAPS Acidente ocorreu próximo à aldeia de Engengele, localizada a 24 km da capital provincial de Bumba Mais de cem mortos ou desaparecidos foram contabilizados após o de uma embarcação no rio Congo, no início da semana passada. O acidente ocorreu na noite de segunda para terça-feira, por volta das 23h30, em Mongala, uma província florestal do noroeste da RDC, segundo Nestor…
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RMS Titanic/Início da construção.
31 de março de 1909
Navio de passageiros
O RMS Titanic foi um navio de passageiros britânico operado pela White Star Line e construído pelos estaleiros da Harland and Wolff, em Belfast. Foi a segunda embarcação da Classe Olympic de transatlânticos, depois do RMS Olympic e seguido pelo HMHS Britannic.
Comprimento: 269 m
Início da construção: 31 de março de 1909
Lançamento: 31 de maio de 1911
Calado: 10 m
Construtor: Harland & Wolff
Local de construção: Belfast, Reino Unido
Navios gêmeos: RMS Olympic, HMHS Britannic
O RMS Titanic era um navio britânico do século vinte que realizaria viagens transatlânticas. Ele realizou somente uma viagem, em 10 de abril de 1912, quando também afundou. A ideia para ele, quando foi construído, era de que fosse um navio luxuoso e extremamente seguro. Dizem que ele seria impossível de afundar.
Abril de 1912
Até o seu lançamento, em 1912, foi o maior navio de passageiros do mundo. Na noite de 14 de Abril de 1912, embateu num iceberg no Oceano Atlântico e afundou duas horas e quarenta minutos depois, na madrugada do dia 15 de Abril de 1912.
1.500
O Titanic afundou nas águas geladas do Atlântico Norte na madrugada de 15 de abril de 1912, deixando um saldo trágico de mais de 1.500 mortos. Uma semana após o naufrágio, o navio Mackay-Bennett chegou ao cenário do desastre com o objetivo de recuperar os restos dos falecidos.
O número de passageiros do Titanic era de aproximadamente 1317 pessoas: 324 na Primeira Classe, 284 na Segunda Classe e 709 na Terceira Classe. Destes, 869 (66%) eram homens e 447 (34%) mulheres. Havia 107 crianças a bordo, sendo o maior número delas na Terceira Classe.
A verdadeira Rosimeri Gershon
Beatrice nasceu em uma família rica da Califórnia e desafiou a mãe para se tornar pintora. Na França, chegou a morar em Giverny, cidade de Monet, mas logo se mudou para Paris. Na capital, ela conheceu o artista Michel Duchamp e o escritor Henri-Pierre Roché.
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Rio, 456 anos: catorze lugares para conhecer a história da cidade
No dia 1º de março, o Rio completa 456 anos repletos de histórias, personagens e lugares que marcaram diferentes épocas. Ao andar pela cidade, é possível observar em diversos cantos uma memória viva, que a cada dia se preserva em meio aos novos ares e tendências. Por meio de suas construções, parques, museus e igrejas, a antiga capital do país se revela a quem possui o interesse em mergulhar no seu notável passado.
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Saiba mais sobre catorze lugares históricos do Rio e seus fatos curiosos:
Ilha Fiscal
Ilha Fiscal: o castelo sediou uma das maiores festas do impérioAlexandre Macieira / Riotur/Reprodução
Visto pela Baía de Guanabara, o castelo da ilha nos leva diretamente ao período imperial brasileiro. Seus salões sediaram o famoso “Último Baile do Império”, que ocorreu seis dias antes da Proclamação da República, em 1899. Foi a maior festa até então realizada no Brasil, para cerca de 5 mil convidados, e deixou curiosidades que até hoje instigam os historiadores.
O evento foi realizado em homenagem à tripulação do couraçado chileno Almirante Cochrane como uma forma do Império reforçar os laços de amizade com o Chile, além de buscar retomar o seu prestígio, cada vez mais enfraquecido. Regado com valsas, bebidas e uma gastronomia com pratos incomuns para a época, o baile foi bastante comentado pela imprensa, que noticiou a luxuosidade e as extravagâncias dos participantes.
Para conferir atrações da ilha, como exposições que contam a história do local e da Marinha, é preciso agendar um passeio saindo do cais do Espaço Cultural da Marinha.
Endere��o: Cais do Espaço Cultural da Marinha – Avenida Alfredo Agache, Centro
Horários do passeio Marítimo e a visitação na Ilha Fiscal: sábados, domingos e feriados, às 12h30, 14h e 15h30.
Ingressos: 30 disponíveis a cada visitação.
Inteira: R$ 36,00.
Meia entrada: R$ 18,00.
+ Museu de Arte do Rio reabre ao público com exposição inédita
Jardim Botânico
Jardim Botânico: o horto foi criado por Dom João XV para aclimatar e pesquisar sobre espécies de plantasAlexandre Macieira / Riotur/Reprodução
Com a transferência da corte portuguesa para o Brasil, várias novidades foram implantadas na cidade do Rio. Uma delas foi a criação do Jardim Botânico, em 13 de junho de 1808, por ordem do príncipe regente português, Dom João VI. O Jardim da Aclimação, como foi primeiramente nomeado, recebeu especiarias originárias do Oriente, como baunilha, canela, pimentas, entre outras, para adaptação e pesquisa. Ao longo dos anos, outras diversas espécies de plantas foram aclimatadas no jardim, incluindo mudas de chá como a camellia sinensis, utilizadas para produzir o chá preto.
O jardim foi aberto para visitação pública durante o período imperial, a partir de 1822, e hoje é um dos cartões-postais da cidade que muitos desejam conhecer. Albert Einstein e a rainha Isabel II do Reino Unido foram algumas das personalidades ilustres que visitaram o local. O Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro é hoje considerado um dos mais importantes centros de pesquisa mundiais nas áreas de botânica e conservação da biodiversidade.
Para passear por suas aleias, conhecer as estufas – de Orquídeas, Bromélias, Samambaias e Plantas Insetívoras -, os jardins temáticos, como o Jardim Japonês e o Jardim Sensorial, é necessário agendar a visita através do site.
Endereço: Rua Jardim Botânico, 1008 – Jardim Botânico.
Horário de visitação: segundas, das 12h às 17h, e de terça a domingo, das 8h às 17h.
Ingresso:
Visitantes estrangeiros: R$ 60,00.
Visitantes estrangeiros Mercosul: R$ 45,00.
Visitantes residentes no Brasil: R$ 24,00.
Visitantes residentes na Área Metropolitana do Rio de Janeiro: R$ 15,00.
+ Cedae é multada em R$ 1 milhão por despejo de esgoto na Lagoa
Candelária
Candelária: a igreja voltada para a baía de Guanabara é a preferida para realizar casamentos no RioAlexandre Macieira / Riotur/Reprodução
Conhecida como um dos principais patrimônios religiosos do Rio, e um dos palcos preferidos para casamentos na cidade, a imponente construção da Igreja de Nossa Senhora da Candelária não pode faltar nos roteiros pelo Centro.
Segundo a história mais contada sobre o local, a sua origem remonta o início do século 17, quando o casal Antônio Martins Palma e Leonor Gonçalves, à bordo de um navio espanhol chamado Candelária, teriam sido surpreendidos por uma tempestade que quase provocou um naufrágio. Ambos teriam feito uma promessa em devoção à Nossa Senhora da Candelária de construírem uma capela no primeiro porto que atracassem com vida.
Chegando ao Rio de Janeiro, a promessa foi cumprida, e uma igrejinha foi construída no local da construção atual. No entanto, o grande templo que existe hoje começou a ser construído em 1775, e após 123 anos de construção, foi inaugurado em 10 de julho de 1898. Voltada para a Baía de Guanabara, a igreja possui o formato de uma cruz latina, e sua fachada em estilo barroco é considerada uma das mais belas do mundo.
Horários de visitação: segunda a sexta, 7:30h às 16h; sábado, de 8h às 12h e domingo, de 9h às 13h.
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Rua do Ouvidor
Rua do ouvidor: antes da pandemia, a região atraía as pessoas pelos bares e restaurantefioghual/Flickr/Reprodução
Passear pela Rua do Ouvidor e conhecer a sua história é como passar por um túnel do tempo, de volta à época em que o lugar foi um dos mais badalados da cidade. Com sua largura estreita e construções antigas, a via foi um point no século XX de estabelecimentos de alto padrão como perfumarias, lojas de alta costura, cafeterias, entre outros.
Atualmente, parte do charme da rua, por onde circulavam importantes intelectuais da época, acabou se perdendo com o desgaste das construções. Mas sua passagem ainda é importante por preservar a memória carioca, e sua localização com acesso a lojas e bares do centro da cidade tornam o passeio pela região ainda mais interessante.
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Biblioteca Nacional
Biblioteca nacional: o acervo é considerado o maior na América LatinaAlexandre Macieira / Riotur/Reprodução
Com sua construção imponente, suntuosos salões, escadas, varandas, salas de estudo e enormes estantes, a biblioteca disponibiliza aos apaixonados pela história um vasto acervo. O prédio atual foi inaugurado em 1910, mas a história da biblioteca remonta desde a chegada da corte portuguesa ao país, que trouxe consigo cerca de 60 000 peças, entre livros, mapas, manuscritos, e outros.
A Biblioteca Real foi inaugurada oficialmente em 1810, nas salas do Hospital da Ordem Terceira do Carmo, na atual Rua Primeiro de Março. Em 1858, ela também passou pela Rua do Passeio, número 60, onde hoje fica a Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Considerada pela UNESCO a maior da América Latina e umas das dez maiores do mundo, a biblioteca consta com cerca de dez milhões de volumes, entre eles raridades, como documentos históricos trazidos por Dom João VI. Nela, é possível consultar as diversas obras e periódicos, que datam a partir de 1740. Há também hoje a Biblioteca Nacional Digital, criada em 2006 para integrar todas as coleções digitalizadas do espaço, sendo um dos maiores e mais organizados acervos virtuais do mundo.
Endereço: Av. Rio Branco, 219, Centro
Entrada: gratuita.
Salões de leitura e pesquisa: segunda a sexta-feira, das 9h às 19h; sábados, das 10h30 às 15h.
Visitação: segunda a sexta-feira, das 10h às 17h.
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Forte de Copacabana
Forte de Copacabana: um passeio histórico para também curtir a vistaAlexandre Macieira / Riotur/Reprodução
Abrigado em um dos bairros mais famosos da cidade, o Forte de Copacabana não apenas cativa os visitantes pela localização de frente ao mar, como apresenta curiosidades históricas através do Museu Histórico do Exército. Nele, é possível conhecer a história do exército brasileiro ao longo dos diferentes governos e eras políticas, além de conhecimentos sobre o projeto de fortificação, com seus canhões, oficinas e laboratórios.
Mas o roteiro não acaba aí. Para tomar um cafezinho especial, basta fazer uma parada na unidade da Confeitaria Colombo ali localizada. Outros restaurantes no local também oferecem a experiência de provar uma boa refeição curtindo a vista para o mar.
Endereço: Praça Coronel Eugênio Franco, 1, Posto 6, Copacabana
Horários: de terça a domingo e feriados, das 10h às 18h
Entrada: gratuita às terças; R$ 6,00 (adultos) e R$ 3,00 (crianças, idosos e estudantes)
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Paço Imperial
Paço imperial: palco de grandes momentos históricos, o espaço hoje abriga exposições e eventos culturaisAlexandre Macieira / Riotur/Reprodução
Quem passeia pela região da Praça XV tem sua atenção chamada pela construção em estilo colonial, localizada na Rua Primeiro de Março, antiga Rua Direita, uma das principais do Rio. O prédio foi erguido em 1743, sendo a Casa dos Vice-Reis do Brasil, e com a chegada de Dom João VI em 1808, foi o primeiro lar da família real portuguesa. Após a mudança da família para a Quinta da Boa Vista, em 1822, o local continuou como a sede do reinado e do império brasileiro.
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Se suas paredes e sacadas falassem, contariam momentos históricos como a aclamação dos imperadores D. Pedro I e D. Pedro II, o Dia do Fico, declarado em janeiro de 1822, e a sanção da Lei Áurea em 1888 pela princesa Isabel, que aboliu a escravidão no país.
Tombado como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1938, e prédio desde 1985 funciona como um centro de cultura que apresenta diversas informações históricas, exposições e eventos artísticos. O passeio pode ser ainda mais interessante com a visita ao bistrô e ao restaurante que o edifício dispõe, assim como a livraria, que possui um distinto acervo não só de livros, como cds e vinis para aqueles que ainda colecionam.
Endereço: Praça Quinze de Novembro, 48 – Centro
Horários de exposições: terça a sexta, 12h às 18h; finais de semana e feriados, 12h às 17h.
Entrada: gratuita
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Quinta da Boa Vista
Quinta da Boa Vista: o espaço é um dos preferidos dos cariocas para fazer aquele piqueniqueAlexandre Macieira / Riotur/Reprodução
Localizado no bairro de São Cristóvão, o parque é um dos principais pontos nos roteiros dos fins de semana cariocas, e também guarda muita história. A Quinta da Boa Vista foi a residência oficial da família real portuguesa até 1889, com a Proclamação da República. Cedido por um abastado comerciante português, o espaço recebeu esse nome devido a sua bela vista do alto da colina para a Baía de Guanabara.
Com 155 000 metros quadrados, o parque preserva boa parte do seu paisagismo original, com lagos e jardins projetados pelo paisagista francês Auguste Glaziou, em 1869. A antiga residência hoje abriga o Museu Nacional, atualmente fechado devido a um incêndio ocorrido em 2018. O lugar também conta com o BioParque, antigo Zoológico do Rio, que reabre no dia 22 de março, e diversões como o pedalinho no lago principal, quadras para práticas esportivas e passeios pelas grutas artificiais.
Endereço: Avenida Pedro II, São Cristóvão.
Horário de funcionamento:
Horário de verão:
De terça a domingo: abertura às 10h e encerramento da entrada do público às 17h, tendo o visitante até às 18h para passeio.
Às segundas: abertura às 12h e encerramento da entrada do público às 17h, tendo o visitante até às 18h para passeio. No caso de feriado, o Museu abre às 10h.
Fora do horário de verão, o parque encerra as atividades uma hora mais cedo.
+ Novo zoológico do Rio vai abrir as portas no dia 22 de março
Arcos da Lapa
Arcos da Lapa: região é conhecida pela agitada vida noturna, antes do começo da pandemiaAlexandre Macieira/Riotur/Reprodução
Localizado no bairro símbolo da boemia carioca, o Aqueduto Carioca, conhecido popularmente como Arcos da Lapa, é um dos principais cartões-postais do Rio. A construção foi levantada em 1750 para resolver a falta d’água na cidade, levando o recurso das nascentes do Rio da Carioca até o chafariz do Largo da Carioca.
Atualmente, o lugar é conhecido pelos bares e boates com agitada vida noturna, além dos comerciantes informais que vendem bebidas na região. Famosas casas de show como o Circo Voador e a Fundição Progresso também se destacam na localidade, atraindo diversos apreciadores da música e adeptos da curtição. Durante a pandemia, o acesso aos locais está sujeito às regras de segurança devido ao coronavírus.
Endereço: Praça Cardeal Câmara – Lapa
+ As cinquenta músicas mais tocadas no Carnaval de 2021
Rua do Lavradio
Rua do Lavradio: tradicional feira de antiguidades acontece aos sábadosAlexandre Macieira / Riotur/Reprodução
Também localizada na Lapa, a rua já foi um dos endereços mais nobres do Rio, onde moraram figuras importantes como o Duque de Caxias. Ela foi fundada em 1777 pelo Marquês do Lavradio, onde estabeleceu seu casarão, atualmente sede da Sociedade Brasileira de Belas Artes. O Palácio Maçônico do Lavradio, fundado em 1939, também é uma das atrações históricas do local.
A via já foi um dos lugares mais procurados para diversão na cidade, com seus diversos teatros, e até hoje oferece boas atrações como bares e sua tradicional feira de antiguidades. Tradicionalmente, o evento ocorre todo primeiro sábado do mês, com barracas cheias de artefatos que contam histórias de diversas épocas, além de música, comidas e bebidas.
Para dar oportunidades a mais expositores, a partir de fevereiro, a feira passou a ocorrer todos os sábados, seguindo os protocolos de segurança estabelecidos pela prefeitura.
+ Empregos gerados por microempresas no Rio crescem 421%
Real Gabinete de Leitura
Real Gabinete de Leitura: o espaço surpreende com o vasto acervoAlexandre Macieira / Riotur/Reprodução
Além da Biblioteca Nacional, outro recanto que atrai e surpreende diversos leitores é o Real Gabinete Português de Leitura, chamando atenção pela sua estrutura com elementos da arquitetura portuguesa clássica. Localizado na região da Praça Tiradentes, no Centro, o gabinete foi inaugurado em 1837 para disponibilizar publicações lusófonas aos portugueses residentes do Rio.
A biblioteca foi incluída pela revista Time entre as vinte bibliotecas mais bonitas do mundo. Com suas enormes estantes repletas de obras históricas, hoje ela conta em um acervo de mais de 350 000 livros, entre eles, uma edição de 1572 de Os Lusíadas, um clássico do autor português Luís de Camões.
Endereço: Rua Luís de Camões, 30, Centro
Horário de funcionamento: segunda a sexta, das 9h às 18h, com abertura aos visitantes das 10h às 16h.
Entrada: gratuita
+ A Vida Como Ela É, de Nelson Rodrigues, ganha versão em áudio
Confeitaria Colombo
Colombo: a famosa confeitaria já recebeu diversas personalidades ilustresTomas Rangel/Divulgação
Um passeio bom para aprender história e experimentar quitutes deliciosos, é conhecer a tradicional Confeitaria Colombo, no centro histórico do Rio. O café com atmosfera e charme europeu leva os visitantes de volta ao tempo, em seus três salões luxuosos que já foram palco de celebrações de distintas figuras públicas.
Inaugurada em 1894 por imigrantes portugueses, a doceria já foi frequentada por nomes como Chiquinha Gonzaga, Juscelino Kubitschek e Getúlio Vargas. Até mesmo a rainha Elizabeth da Inglaterra visitou o requintado espaço em 1968, que hoje continua recebendo pessoas de todos os cantos, inclusive para a realização de casamentos.
Endereço: Rua Gonçalves Dias, 32 – Centro
Horários: segunda a sexta, das 10h às 19h; sábados e feriados, 9h às 17h.
+ Clássicas dos balcões: boas empadas para provar no Rio em treze endereços
Mosteiro de São Bento
Mosteiro de São Bento: interior da Igreja Abacial de Nossa Senhora chama a atençãoAlexandre Macieira / Riotur/Reprodução
É preciso subir até o alto do morro de São Bento para conhecer o conjunto arquitetônico do mosteiro, um patrimônio histórico da cidade fundado em 1590 por monges da Bahia, que acompanha o Rio desde o começo de sua história. O local é um refúgio em meio à cidade para os que desejam um período de silêncio e oração.
Uma das construções que se sobressaem no local é a Igreja Abacial de Nossa Senhora do Monserrate, que data entre 1633 e 1734. O interior luxuoso da paróquia, com estética do estilo barroco, mostra a importância da Igreja Católica no período colonial através dos seus símbolos e imagens sacras.
Endereço: Rua Dom Gerardo, 68, Centro
Entrada: gratuita
Horários: De segunda a sexta, às 7h30, são realizadas missas solenes com canto gregoriano, e também aos sábados, às 8h, e aos domingos, às 10h. No domingo tem missa às 18h.
No período da pandemia, o espaço não tem recebido fiéis e visitantes, realizando as transmissões das celebrações através do canal do Youtube.
+ Grátis: mostra sobre Alphonse Mucha no CCBB ganha tour virtual
Cais do valongo
Cais do Valongo: o local é considerado um Patrimônio Mundial pela UnescoAlexandre Macieira / Riotur/Reprodução
Mais que um ponto turístico, o antigo cais é um espaço de memória sobre um período devastador da história do país. Localizado na Zona Portuária, ele foi um dos principais portos para entrada de escravos no Brasil. Em 2017, foi reconhecido como Patrimônio Mundial pela Unesco por ser o único vestígio material existente da chegada de povos escravizados nas Américas.
Com 350 metros quadrados, o local havia sido aterrado através de reformas, e foi reencontrado em 2011 durante as obras para revitalização da região. As escavações revelaram uma grande quantidade de amuletos e objetos originários de países como Congo, Angola e Moçambique.
Endereço: Av. Barão de Tefé – Saúde.
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Um morto e dezenas de desaparecidos em naufrágio ao largo da Grécia
Um migrante morreu e dezenas de pessoas poderão estar desaparecidas quando a embarcação em que viajavam se afundou ao largo da ilha grega de Folegandros, anunciou esta quarta-feira a guarda costeira da Grécia.
O corpo do homem não identificado foi recuperado durante uma operação de busca e salvamento que foi lançada na terça-feira à noite, após o barco se ter afundado a cerca de 180 quilómetros a sudeste da capital grega, Atenas.
A guarda costeira grega disse que 12 pessoas, incluindo crianças, foram resgatadas e transportadas para a ilha vizinha de Santorini, segundo as agências de notícias Associated Press e France-Presse.
A maioria dos sobreviventes disse que havia originalmente 32 pessoas no barco, mas um disse às autoridades que havia cerca de 50.
"Presumimos sempre o pior cenário possível, neste caso, que 50 pessoas estavam no barco", disse o porta-voz da Guarda Costeira Nikos Kokkalas à televisão estatal ERT.
"Os sobreviventes chegaram a um bote que estava amarrado ao barco. Apenas dois deles estavam a usar coletes salva-vidas", acrescentou o porta-voz.
As autoridades gregas disseram que participam na operação de busca e salvamento quatro navios da guarda costeira, dois helicópteros da Marinha e da Força Aérea, um avião de transporte militar, cinco navios que se encontravam na zona e três navios privados.
Os migrantes resgatados - sete iraquianos, três sírios e dois egípcios - foram hospitalizados como medida de precaução na ilha de Santorini.
Cerca de 8.500 requerentes de asilo chegaram à Grécia em 2021, principalmente através da fronteira nordeste com a Turquia, de acordo com dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
Segundo estimativas da ONU, há cerca de 96.000 refugiados e requerentes de asilo em território grego.
No Vaticano, o Papa Francisco exortou hoje a Europa a agir com uma "responsabilidade partilhada" face ao fenómeno migratório e não deixar apenas alguns países a suportar o peso das consequências.
"Alguns países europeus estão a suportar o peso das consequências do fenómeno migratório na zona mediterrânica, quando na realidade isto exige uma responsabilidade partilhada de todos, da qual nenhum país se pode isentar. É um problema de humanidade", disse o Papa, no final da audiência geral.
Francisco também apelou para que os países europeus permitam que as instituições religiosas acolham migrantes, ao recordar que, "graças à abertura das autoridades italianas", pôde levar para Roma migrantes durante uma visita recente a Chipre.
Um primeiro grupo de 12 pessoas chegou nos últimos dias a Roma e espera-se a chegada de mais cerca de cinquenta nas próximas semanas.
"É um pequeno sinal que espero que sirva de estímulo para que outros países europeus permitam que as realidades eclesiais locais se encarreguem de outros irmãos e irmãs que precisam urgentemente de ser deslocalizados, acompanhados, ajudados e integrados", acrescentou.
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notitia dignitatum
Anfang 2019 bin ich aus Deutschland nach Brasilien gezogen, um dort eine Gastprofessur anzutreten, aber auch um mal wieder auszutreten, um mal wieder 'zu scheiden', in diesem Fall wieder mal von einer Rechtswissenschaft, die an den juristischen Fakultäten und Fachbereichen für die Forschung und Lehre, die ich mache, keinen Platz hat. Andere haben den Platz, tschüss.
Ich erinnere mich, dass in diesen Tagen Carolin Behrmanns Buch über Tyrann und Märtyrer mir deswegen so wertvoll war, weil sie dort auf einer Druckersignet aufmerksam machte, das aus Lyon stammt, man sieht einen andere Version davon oben im Bild. Druckersignets sind Zeichen des Druckhauses, Firma des Unternehmens. Sie gehören zu einem Druckhaus, das verwendet dieses Druckersignets auf seinen Titelblättern, also auf wechselnden Büchern. Darum halten viele die Beziehung zwischen Druckersignet und Unternehmen für verbindlicher als die Verbindung zwischen der Druckersignet und dem Text/Buch, den das Signet schmückt. Manche glauben, die eine Beziehung sei arbiträr, die andere nicht.
Das ist eine Frage der Technik, der Verfahren, eine Frage der Normativität: Was trennt man wie? Wie trennt man was? Was assoziiert man wie? Wie assoziiert man was? Solche Fragen sind nur relativ, nur perspektivisch zu beantworten, sie sind eine zeitlang und mit limitierter Reichweite zu beantworten. Mal von Frankfurt bis Wiesbaden zwei Jahre lang, dann von Paris bis Japan für ein paar Sekunden. Einem Leser, einem Nutzer, der nur dieses Buch hat, dem wird auch zwischen dem Drucksignet und dem Buch eine innige Beziehung entstehen. Das Druckhaus druckt auch nicht alles, es druckt nur Bücher, die es drucken will, auch da gibt es eine Assoziation zwischen dem Signet und dem Buch. Wie intensiv, wie haltbar solche Assoziationen sind, das ist relativ. Und weil Verbindlichkeit keine bruchlosen Verbindungen lötet, weil normativ ist, was getrennt ist, kann so eine Bindung hier tief sein, da aufgelöst sein. Hier kann sie plausibel sein, da nicht. Das kann sich verkehren.
2.
Im Frühjahr 2019 bin ich nach Recife gezogen. Diese Stadt wird unter anderem die Hauptstadt der Schiffbrüchigen genannt: Capital dos Naufrágios. Das Druckersignet zeigt mir einen Schiffbrüchigen, das glaube ich. Der hält zwei Flügel eines Portals, auf denen steht Libertatem meam mecum porto. Das ist eine Variation auf ein Motto, das als stoisch gilt: Omnia mea mecum porto. Das ist in der frühen Neuzeit auch eine Moral der Schiffbrüchigen: Sammel nur so viel an, wie du selbst jederzeit tragen kannst. Mach Dir das zu eigen, mit dem Du schwimmen kannst. Ino Augsberg sagt mir ab und zu am Apparat: Was Du nicht lieben kannst, das lass' fahren, das ist vermutlich auch eine stoische Variation auf diesen Gedanken leichter Freiheit, freier Leichtheit.
Das ist ein gutes Motto, das ist ein freie Vorstellung, das ist mir liberaler als die Idee von "Grundrechte als Institutionen", liberaler als die Vorstellung, der Staat habe eingerichtete Freiräume auch in Zukunft frei zu halten. Das ist sprunghafte Freiheit, Freiheit, bereit zum Sprung. Das assoziiere ich auch mit dem zwar elitären, snobistischen und durch und durch faszinierenden Ernst Kantorowicz und seinem unerbittlichen Verfahren, nach dort zu gehen, wenn hier etwas nicht möglich ist. Bei dem gibt es keine Flucht, nur Fugen, sieht zumindest nach außen schick aus. Anfang 2019 hat mich Behrmanns Buch auf dieses Signet aufmerksam gemacht, das war mit in dieser Zeit nicht nur tolles Motto, sondern Trost, denn Scheiden tut trotzdem weh, auch wenn man dann in die Tropen geht.
Inzwischen hat auch Goodrich darüber geschrieben, der den Kommentar von Behrman aber nicht erwähnt (er liest keine deutsche Literatur) und der in üblicher Lässigkeit den Eindruck erweckt, dieses Signet gehöre zu einem Text, es stünde den Textenals Emblem vor (wie ich das in dem Buch Bildregeln auch getan habe). Das ist nur halbrichtig, denn das Signet istwie gesagt ans Druckerhaus gebunden, an den Verleger; nicht an den Autor und seinen Text. Das sieht Goodrich regelmäßig sehr lässig, sehr locker, er schreibt aber auch jedes Jahr gefühlt 10 Bücher und wird dann inder Präzision ab und zu vom Goodrich zum Moodrich.
3.
In Recife entzündete sich dann schnell mein Interesse an der Anthropofagie, mit der mein Interesse an Warburg sich zu einem neuen Buchprojekt, eben dem über die Staatstafeln mit ihrem Kommentar zum dem "Verzehren des Gottes" entwickelte. Jetzt, wo ich weiter über das Verhältnis zwischen Aby Warburg und die notitia dignitatum arbeite, stosse ich wieder auf dieses Signet. Schöne Bildfäden, schöne Schlaufen.
Mit dem Warburgschen Blick ist mir nicht nur der Janus aufgefallen, sondern auch der Samson, der hier als der christliche Herkules und ebenso polar, nach damaliger Zeit also "melancholisch" präsentiert wird, denn damals hieß Melancholie auch Manie. Die Manie war nicht das andere der Melancholie, sie war ein Teil davon. Nicht bei allen, aber diese Vorstellung gab es. Das melancholische Talent äußert sich in der zurückgezogenen Ruhe, deren Antriebslosigkeit als Sammlung gedeutet wurde, und den erregten Phasen, darum auch wurde das melancholische Talent mit dem künstlerischen oder dem poetischen Talent assoziiert. Samson steht oben auf dem Portal, links mit flatterndem Gewand, erregt, getrieben und mit dem Löwen ringend; rechts liegt er, schlafend, bewußtlos, ihm werden die Haare geschnitten, er wird hier kraftlos, ohne Antrieb. Der Janus bifrons in dem Portalgiebel, der schaut auf beide Versionen des Samson. Bei ihm steht: Recondita Pando. Behrmann nutzt in ihrem Buch das Lyoner Druckersignet von 1611, also drei Jahre später, da findet sich im Gebälk noch der Zusatz: Aeternitatis. Behrmann übersetzt Recondita pando mit: Ich enthülle alles. Könnte man das auch anders übersetzen? Etwa so: Ich gebe allem wieder einen Grund/ Ich werde alles wieder bergen/ Ich werde alles verschlingen/ Ich werde alles verschlucken/ Ich werde alles wieder verschließen. Wäre das überhaupt eine andere Übersetzung? Meint doch beides Recondita pando. Wenn das ein janusköpfiges Motto ist, dann ist und bleibt es janusköpfig, Das Motto, ein Rat, kann von der Enthüllung als einer Öffnung und Klärung bis zum Verschlingen, sogar als einem 'heilenden Einschließen' reichen. Zeige Deine Narbe, ich schließe. So ein Motto gibt was zu denken, was zu besprechen, was zu betrachten. Das ist ein humanistisches Signet, das gibt der Deutung keinen Befehl. Das ordnet den Sinn nicht an, es macht ihn sortierbar.
Behrmann schreibt, dass derjenige den ich für einen Schiffbrüchigen halte und von dem ich mir vorstelle, er sei auf diesen Planken geschwommen, wie Ishmael auf dem Sarg, sagt, die Person im Portal sei ebenfalls Samson, er halte die zerbrochenen Reste des Tempels von Gaza, das sei das Gericht der Philister gewesen, sie verweist insoweit auf einen Gerichtsraum in Lucigano und auf die Literatur zu dem Thema. Die Haare geschnitten, der Held gebrochen, aber unten steht er wieder vor uns. Recondita Pando. Ich schlucke alles, ich stehe wieder auf, ich lass meine Haare drüberwachsen; die Bodenlosigkeit rationalisiere ich, ich bekommen wieder Boden unter den Füßen. Auch so etwas ist hier denkbar.
Die Druckersignet werden als Markenzeichen beschrieben, als Embleme, als Symbol, als 'Gemme', als Allegorien: Die Wissenschaft unterscheidet das alles sehr genau, aber in der Alltagssprache geht das kreuz und quer. Aber schon dadurch ist das Druckersignet im Fall der notitia dignitatum noch einmal auf besondere Weise mit dem Inhalt des Buches assoziiert, denn dort tauchen antike Vorbilder für Marken und Signet, für 'Embleme' (in untechnischen Sinne) auf. Das Druckhaus in Lyon, das ist das Druckhaus Huguet de la Porta (das Emblem betreibt Namensfetisch, richtig so!), der aber schon 1572 starb und danach von Jean de Gabiano beerbt wurde, das steht auch alles auf dem Titelblatt: Ex Offi Q H. á Porta: Apud Io. de Gabiano.
#notitia dignitatum#lyon 1608#guido panciroli#titelblatt#recondita pando#janus bifrons#libertatem meam mecum porto#samson#polarität#forschungsbericht
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Apolo e a lei para um homem só.
Entre as inspirações da flauta de Athena e a lira de Apolo a história da civilização grega foi escrita. Ao que tudo indica, caminhamos em perspectiva a história da civilização clássica e tentemos a nos colocar em perspectiva mesmo que sintomaticamente, afinal de conta, o olhar para o clássico é inevitável, uma vez que, ainda fala sobre nós. Ao depreender uma análise a respeito dos desafios da democracia brasileira no governo Bolsonaro é possível observar uma série de desmedidas que a instituição presidencial incorre contra a democracia. Ora pela presença do presidente em eventos e manifestações antidemocráticas, ora pelo desprezo completo pela institucionalidade e o texto/lei que positiva o nosso pacto civilizatório. Ao que tudo indica, também, a consultoria da Casa Civil e do Gabinete de Segurança Institucional são péssimas aliadas do presidente, pois sempre, escancara o despreparo nas análises de matéria constitucional. Esse comportamento de descaso com a constituição reverbera naquilo que o entendimento já se marca como unanime. O presidente da República é incapaz de gerir esse país em virtude da sua incapacidade de amortizar os conflitos políticos. Ao contrário disso, é o primeiro a se manifestar pela ruptura traumática das instituições. Ele insiste em incorrer nas desmedidas, um grego clássico chamaria isso de hýbris. E nesse amalgama de conflitos a instituição presidencial se mantém praticamente isolada politicamente, as vistas aparece só o Centrão. E sobre esse velho grupo político é aquela velha história: “o barco está afundado, eles ajudam a remar mais rápido, assim entra logo mais água na embarcação, e quando o naufrágio acontece, eles são os únicos que sabem nadar”.
Nesse ínterim de descompassos e de incorrências de descomedimentos o presidente flautista encara a parede da constitucionalidade. É deveras imbecil aquele que tenta surfar na onda da ruptura num país onde as instituições funcionam de vento e popa. As aventuras do bolsonarismo morrem numa parede em branco. E por isso, quando olhamos para Grécia Antiga, o exemplo que se manifesta como um relampejo é o do flautista sátiro Marsyas que encontra o aulo perdido de Athena (a flauta mágica que levara a desgraça a tanto outros flautistas). Marsyas quando tocava a flauta de Athena encantava a todos, dos animais as pessoas, o seu sopro lhe dava poder, mesmo que fosse um poder efêmero que se findava com o último sopro do encanto. Marsyas se intitulava o mais célebre dos músicos como se as próprias Musas de Apolo se manifestassem para ele insuflando-lhe as virtudes da música apolina. E é nesse momento que o sátiro se julga tão perfeito que decide desafiar os deuses, não o Olimpo como todo, mas um único deus. O desafio tem como destino Apolo, o deus da arte e da música, o senhor das Musas. Marsyas não podia escolher alguém pior para incorrer numa hýbris, sobretudo, por que em matéria de música Apolo é magistral. Não obstante, o sátiro vai além, menospreza a lira de Apolo e diz que fará o que quiser com o deus quando finalizar o duelo e vencer a divindade. E aí vem à tona a célebre frase apolina: “Conhece-te a ti mesmo” e isso significa conhecer os limites da sua condição humana que tens, pois é mortal, e conhecendo esses limites não incorrerem na desmedida da hýbris. A arrogância do sátiro era sobremaneira que não percebeu o destino funesto que tecia pra si mesmo. Ao encorajar o deus que tudo pode, Marsyas deixa a porta aberta ao dizer que quem vencer poderá fazer o que quiser com o perdedor. No desafio, o sátiro toca a flauta e coloca todos num frenesi e faz todos dançarem descontroladamente, e na vez de Apolo, o toque suave na lira provoca a catarse em todos, fazendo-os chorar. E como se não bastasse o deus decidiu que deveria cantar. Marsyas foi muito bom com a flauta, mas Apolo é implacável. As juízas do desafio foram as Musas, que intercederam contra o mortal. A cólera de Apolo veio como o Nêmesis da criatividade. A arrogância do sátiro o levou a um destino trágico. Apolo amarra o sátiro num pinheiro e esfola-o vivo arrancando a sua pele. O sangue do sátiro que caiu feito um arco escorre e forma o rio que leva o seu nome na Ásia Menor. O sátiro não só desafio os deuses, ele desafia todo establishment, os deuses não aceitam ser comparados ou subjugados ao bel-prazer se um mortal. Por isso, a punição precisa ser exemplar. Quando Bolsonaro encara o Brasil como uma aventura e ele saca a sua flauta, será que ele conseguirá ser tão bom quanto os deuses? (Aqui chamo atenção para deuses: são as instituições imaculadas na nossa democracia). Qual a sentença do destino espera Bolsonaro: uma funesta ou será laureado pelo tempo? É preciso olhar para essa simetria. A justiça sempre vigilante anuncia em Brasília na última segunda-feira (22). Que o presidente Bolsonaro não está acima da lei e da ordem e por isso, deve ser o primeiro a cumprir a lei sob a égide do exemplo e da manutenção da isonomia da legalidade. O juiz Renato Borelli, da Justiça Federal do Distrito Federal, decidiu que o presidente da República deve usar máscara em público no DF. Uma vez que por decreto o uso da máscara é obrigatório na Capital Federal, os que incorrem nesse descomedimento estão sujeitos a multa de 2.000 reais. E o juiz completa: “Ressalto que, como autoridade máxima do Poder Executivo, o Presidente da República deve zelar pelo cumprimento de todas as normas vigentes no país, sejam elas Federais, Estaduais, Distritais ou Municipais independentemente da necessidade de ser fiscalizado para tanto. Não é por menos que no ato de posse, o Presidente da República se compromete a ‘manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil'”, diz o Borelli. O presidente da República precisar ser o exemplo máximo de como se ilustra o combate a pandemia, ele precisa resguardar a lei e a ordem para garantir no quadro geral que a sociedade respeite os decretos para evitar qualquer tipo de constrangimento na pandemia. O uso de máscara não é feito por interesses políticos. É uma política sanitária e precisa ser respeitada. Quando o presidente assume o não uso da máscara é um sinal claro de que ele não se importa com a pandemia e a vida das pessoas. Ao que tudo indica a agenda presidencial tem como principal tópico ignorar a pandemia. E são inúmeras hýbris cometidas por Bolsonaro nos últimos 100 dias. É intolerável aceitar tamanho descompasso e respeito com a vida. Basta lembrar da falta de transparência com os números, as bravatas insensíveis: “É só uma gripezinha”, “O Vírus está indo embora”, “Eu não sou coveiro”, “E, daí?”, “Quem é de direita toma cloroquina, quem é de esquerda toma tubaína”, e lembrar também todas as vezes que o presidente chancelou manifestações antidemocráticas, por sete semanas consecutivas ele participou dessas manifestações. E como se não bastasse, ao tentar exonerar-se da culpa, o presidente acusa o Supremo Tribunal Federal de impedi-lo de tomar iniciativas para criar um planejamento estratégico. Na realidade, o STF chancelou a necessidade de levar a prerrogativa para Estados e Municípios, uma vez que, o Governo Federal se eximiu de responsabilidade e o STF não seria leniente com esse crime de lesa-pátria. E por diversas vezes o presidente da Corte, Dias Toffoli sugeriu à presidência da República a criação de um comitê integrado federado para combater a pandemia e criar uma saída estratégica. E mais uma vez, Bolsonaro opta pela desmedida. A lei não deve ser feita para um homem só, a boa lei não tem vícios e não está a serviço apenas de grupos de interesses, a boa lei é para todos e sobretudo para os defendem a lei e que sob a égide da constituição fazem seus juramentos. O desafio contra a democracia é uma aventura de fim trágico, pois, ela é o nosso deus moderno e intocável, e além de tudo, a democracia sabe se defender contra os flautistas encantadores. Gabriel Costa Pereira é Professor e Historiador da Arte na rede particular de ensino, é pesquisador dos temas estética, arquitetura e estética política nazista, esse ensaio foi escrito no dia 24 de junho de 2020.
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Pelo menos 10 mortos em naufrágio no norte de Moçambique
Pelo menos 10 mortos em naufrágio no norte de Moçambique
Pelo menos 10 pessoas morreram na sequência do naufrágio de uma embarcação na madrugada de hoje nas proximidades de Chuiba, no litoral da capital provincial de Cabo Delgado, norte de Moçambique, disse à Lusa fonte da administração local.
Onaufrágio ocorreu por volta das 01h00 (00h00 em Lisboa) e a embarcação, à vela, saía de Nacala, na província de Nampula, para Pemba, capital provincial de…
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Sobre todos aqueles que ainda continuam tentando, Deus, derrama teu Sol mais luminoso.
O Sol entrou ontem em Libra. E porque tudo é ritual, porque fé, quando não se tem, se inventa, porque Libra é a regência máxima de Vênus, o afeto, porque Libra é o outro (quando se olha e se vê o outro, e de alguma forma tenta-se entrar em alguma espécie de harmonia com ele), e principalmente porque Deus, se é que existe, anda distraído demais, resolvi chamar a atenção dele para algumas coisas. Não que isso possa acordá-lo de seu imenso sono divino, enfastiado de humanos, mas para exercitar o ritual e a fé — e para pedir, mesmo em vão, porque pedir não só é bom, mas às vezes é o que se pode fazer quando tudo vai mal.
Neste zero grau de Libra, queria pedir a isso que chamamos Deus um olho bom sobre o planeta Terra, e especialmente sobre a cidade de São Paulo. Um olho quente sobre o mendigo gelado que acabei de ver sob a marquise do cine Majestic; um olho generoso para a noiva radiosa mais acima. Eu queria hoje o olho bom de Deus derramado sobre as loiras oxigenadas, falsíssimas, o olho cúmplice de Deus sobre as joias douradas, as cores vibrantes. O olho piedoso de Deus para esses casais que, aos fins de semana, comem pizza com fanta e guaranás pelos restaurantes, e mal se olham enquanto falam coisas como “você acha que eu devia ter dado o telefone da Catarina à Eliete?” — e o outro grunhe em resposta.
Deus, põe teu olho amoroso sobre todos os que já tiveram um amor sem nojo nem medo, e de alguma forma insana esperam a volta dele: que os telefones toquem, que as cartas finalmente cheguem. Derrama teu olho amável sobre as criancinhas demônias criadas em edifícios, brincando aos berros em playgrounds de cimento. Ilumina o cotidiano dos funcionários públicos ou daqueles que, como funcionários públicos, cruzam-se em corredores sem ao menos se verem — nesses lugares onde um outro ser humano vai-se tornando aos poucos tão humano quanto uma mesa.
Passeia teu olhar fatigado pela cidade suja, Deus, e pousa devagar tua mão na cabeça daquele que, na noite, liga para o CVV. Olha bem pelo rapaz que, absolutamente só, dez vezes repete “Moon over Bourbon Street”, na voz de Sting, e chora. Coloca um spot bem brilhante no caminho das garotas performáticas que para pagar o aluguel dão duro como garçonetes pelos bares. Olha também pela multidão sob a marquise do Mappin, enquanto cai a chuva de granizo, pelo motorista de táxi que confessa não ter mais esperança alguma. Cuida do pintor que queria pintar, mas gasta seu talento pelas redações, pelas agências publicitárias, e joga tua luz no caminho dos escritores que precisam vender barato seu texto — olha por todos aqueles que queriam ser outra coisa qualquer que não a que são e viver outra vida que não a que vivem.
Não esquece do rapaz viajando de ônibus com seus teclados para fazer show na capital, deita teu perdão sobre os grupos de terapia e suas elaborações da vida, sobre as moças desempregadas em seus pequenos apartamentos na Bela Vista, sobre os homossexuais tontos de amor não dado, sobre as prostitutas seminuas, sobre os travestis da República do Líbano, sobre os porteiros de prédios comendo sua comida fria nas ruas dos Jardins. Sobre o descaramento, a sede e a humildade, sobre todos os que de alguma forma não deram certo (porque, nesse esquema, é sujo dar-certo), sobre todos que continuam tentando por razão nenhuma — sobre esses que sobrevivem a cada dia ao naufrágio de uma por uma das ilusões.
Sobre as antas poderosas, ávidas de matar o sonho alheio — Não. Derrama sobre elas teu olhar mais impiedoso, Deus, e afia tua espada. Que no zero grau de Libra a balança pese exata na medida do aço frio da espada da justiça. Mas para nós, que nos esforçamos tanto e sangramos todo dia sem desistir, envia teu Sol mais luminoso, esse do zero grau de Libra. Sorri, abençoa nossa amorosa miséria atarantada.
(Zero grau de Libra - Caio Fernando Abreu)
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Ao encontro do Douro | Rota VIII - Pinhão/Pinhão
Nesta rota através do Douro, vamos praticamente até Peso da Régua e voltamos para trás, espreitando o rio ora da margem direita, ora da esquerda, num itinerário todo ele através de admiráveis quintas. Algumas das mais imponentes ficaram para sempre ligadas a uma das maiores figuras do Douro vinhateiro. Falamos de Dona Antónia Adelaide Ferreira, a célebre “Ferreirinha”...
Sobreviveu a um dos naufrágios no Douro que ficaram assinalados na história, quando o barco em que seguia juntamente com o seu segundo marido e o Barão de Forrester se virou ao passar pela garganta do Cachão Valeira, conforme já contámos, a propósito da etapa anterior destas Rotas Todo Terreno Dacia Duster. A lenda diz que a sorte de Dona Antónia Adelaide Ferreira foram as suas saias, que encheram de ar na queda ao rio e fizeram de boia, mas fantasia à parte, o que sabemos é que foi uma das mulheres mais poderosas de sempre no nosso país. E não arriscamos se avançarmos que foi a primeira grande empresária portuguesa. E se acrescentarmos que o sucesso de toda a sua carreira foi obtido num meio vincadamente masculino, como é o dos vinhos, Dona Antónia, a “Ferreirinha”, como carinhosamente era tratada, foi mesmo uma figura única!
Para quem não conhece a história, Dona Antónia é apenas uma marca de vinho. Do Porto é claro, daquela que ilustra os rótulos de algumas garrafas com a imagem de uma “avozinha” ricamente vestida, como que para associar ao vinho essa ideia de riqueza e até de uma certa soberania que esse célebre retrato inspira. Todavia, a pose com ar sério e olhar distante, está longe de fazer justiça a esta mulher que quando morreu, a 26 de Março de 1896, era detentora de uma das maiores fortunas de Portugal e, garantidamente, a maior de todo o Douro, região à qual se dedicou durante os 84 anos em que viveu. E viveu de tal modo que a sua morte foi um acontecimento desses tão marcantes que ficam para a história. Contam os jornais da época que o cortejo foi acompanhado por 95 padres, à frente de uma multidão de milhares de pessoas, que como que criaram um corredor humano ao longo dos quatro quilómetros que distavam de Godim a Peso da Régua.
Dona Antónia nasceu no seio de uma família que se estabelecera na Régua quando surgiu a Região Demarcada do Douro, desde logo para tirar partido da importância que já se dava aos vinhos locais, tornando-se eles próprios produtores, além de comprarem vinhos a outros lavradores, para alargarem os seus negócios. Era uma pequena família, pois o seu avô só teve dois filhos que, por sua vez, apenas tiveram um. Para que a fortuna não se dispersasse por via das heranças, o pai casou-a com o primo. Dona Antónia tinha 23 anos, mais um que o primo, António Bernardo Ferreira filho. O marido era, digamos, um homem “libertino”, que viajou e gastou muito dinheiro, com vícios, “más companhias” e luxos que Dona Antónia dispensava; especialmente porque gostava mesmo era do Douro e das vinhas. Mas o marido revelou-se também um empresário com fibra e quando morreu, ainda jovem, com apenas 32 anos, deixou uma fortuna ainda maior do que aquela que recebeu. Sobretudo por expandira os negócios da Casa Ferreira a outros mercados, como o Reino Unido e a França, além de ter investido parte do seu dinheiro em ações e títulos de outras companhias pelo mundo fora, que cresceram e remuneraram generosamente o seu investimento.
Viúva e rica, com dois filhos – um terceiro morreu muito cedo – Dona Antónia empenhou-se em alargar ainda mais os negócios dos vinhos. Mas sempre com um forte instinto para fazer bons negócios. Por isso, quando o oídio começou a atacar as videiras do Douro e a fazer baixar a produção, soube guardar bem os milhares de pipas que dispunha, em armazéns que já havia adquirido em Gaia, diante do Porto, mas também nas próprias quintas. E depois, quando veio a praga da filoxera, que quase acabou com os vinhedos sobreviventes ao oídio, enriqueceu sobremaneira ao vender os excelentes vinhos que tinha reservado, a envelhecer, como que à espera do momento certo. E mais do que isso. Aproveitou as cerca de três décadas em que muitos abandonaram o negócio para vender todos os bens supérfluos que o seu marido havia adquirido, desde palácios a móveis ingleses, desde loiças a baixelas de prata, reunindo capital para comprar mais quintas, expandindo-se para além daqueles que eram os limites da Região Demarcada, como já o fizera o seu tio e sogro, quando construiu a Quinta do Vesúvio, que ainda hoje é um das melhores de todo o Douro vinhateiro!
Determinada a não baixar nunca os braços frente às adversidades, foi a Inglaterra procurar a cura para os males das vinhas do Douro. E aproveitou para casar uma segunda vez, com José da Silva Torres, que era o administrador das suas propriedades. Enviuvaria segunda vez, e nem assim abandonou o Douro e os seus negócios, muito embora a abertura da linha do caminho de ferro já lhe permitisse estadias mais regulares no Porto, e até mesmo em Lisboa, onde o segundo marido passou longos períodos depois de ter sido nomeado Par do Reino – e de Dona Antónia ter comprado o Palácio do Calhariz, na fronteira entre o Bairro Alto e o Chiado. Já tinha 70 anos quando construiu a Quinta do Vale Meão, numa curva da margem esquerda do Douro, junto ao Pocinho e à foz do rio Sabor, onde ela própria dirigiu as obras, que envolveram mais de um milhar de homens, a abrir socalcos monte acima, à força de braços e golpes de picareta. Mais tarde, esta quinta tornar-se-ia famosa por aí ter nascido o mais exclusivo dos vinhos do Douro: o Barca Velha. Hoje curiosamente, o Vale do Meão é uma das várias quintas de Dona Antónia que prosseguem na posse da família Ferreira; tal como a Quinta do Vallado, junto à foz do rio Corgo, nas imediações de Peso da Régua, onde passamos a meio deste itinerário...
DE UMA MARGEM À OUTRA
Este percurso descreve uma ronda ao longo das duas margens do Douro, ora descendo pelo lado direito, ora subindo pelo esquerdo, com partida e chegada na vila do Pinhão. E uma das primeiras quintas que encontramos é a do Porto, que Dona Antónia comprou em 1863, precisamente no período em que as pragas estavam a devastar as vinhas durienses. Hoje, a Quinta do Porto é uma das diversas que ficaram na possa da Sogrape, quando esta comprou a Casa Ferreira.
Arrancando do Pinhão em direção a Sabrosa, tomamos a N323, mas largamos esta estrada ainda na saída da vila, após atravessarmos a ponte sobre o rio Pinhão. No entroncamento na margem oposta à vila, seguimos à esquerda pela M590, que passa sob a linha do comboio no ponto em rio o rio Pinhão se une ao Douro, acompanhando este por cerca de um quilómetro, até começarmos a subir. Vamos na direção de Chanceleiros e ainda estamos baixos quando passamos junto ao casario da Quinta de La Rosa.
Segue-se a Quinta da Vista Alegre, cujo nome nada tem a ver com o das famosas louças de porcelana, mas sim com a excelente vista que oferece sobre o Douro, num ponto onde olhamos à volta e quase só vemos socalcos. Embora lá haja um ou outro “mortório”, que é como ainda se chamam aos terrenos cobertos de matos, que foram vinhas abandonadas na segunda metade do século XIX, em consequência das pragas que já referimos, do oídio e da filoxera.
O portão de ferro forjado da Quinta do Porto, encabeçado por um friso com o nome D. Antónia Adelaide Ferreira e a data em que foi comprada, surge-nos a meio de um “esse”, em que descrevermos uma curva para a esquerda e preparamo-nos para virar para outra, à direita. Encosta abaixo, estendem-se linhas e linhas de vinhas dispostas em estreitos socalcos, que parecem só terminar junto ao rio. Resguardado para lá do portão, o casario da Quinta do Porto permanece preservado dos olhares indiscretos, totalmente ao contrário da Casa dos Viscondes de Chanceleiros, no largo central desta povoação, ou não se tratasse de um dos hotéis rurais mais antigos e tradicionais na região do Douro vinhateiro!
Ainda nem percorremos 5 quilómetros quando chegamos a Chanceleiros. E prosseguimos mais um par deles até Covas do Douro, que ao contrário do que o nome sugere, fica bem alto. Mas não no alto, pois contornamos a aldeia pela esquerda – deixando-a à direita... – e trepamos mais um pouco pela M590, sempre em direção a Sabrosa. Já tínhamos perdido as vistas sobre o Douro, mas recuperamo-las após Covas do Douro. E de que maneira: vista do alto, a encosta, com as aldeias e o rio ao fundo, é uma paisagem de admirar.
Contamos cerca de 4 km desde Covas do Douro até ao entroncamento onde deixamos a estrada para Sabrosa e voltamos a descer, pela direita, em direção a Ferrão e Gouvinhas. Agora o percurso faz-se pela M1268 e até alcançarmos a margem do Douro são quase 5 km lindíssimos, que nos obrigam a conduzir devagar, mesmo muito devagar. E não só porque a estrada é estreita, muito sinuosa e com grandes pendentes...
Assim que chegamos ao nível do rio Douro, temos um entroncamento onde seguimos pela direita em direção a São Martinho da Anta. Não chegaremos lá acima, pois iremos deixar a M1268 no extremo da povoação de Gouvinhas, já depois de termos passado entre a Quinta do Crasto.
Ao sairmos de Gouvinhas viramos à esquerda na direção de Guiães; prosseguindo pela M1258, são precisamente 8 km até lá, metade a descer e outra metade a subir bem, numa via muito estreita, onde dois carros cruzaram-se com dificuldade e onde as bermas estão quase sempre ladeadas por fileiras de oliveiras, como se tivessem sido plantadas para proteção dos passantes, num eventual despiste.
Ao entrarmos em Paradela de Guiães viramos à esquerda em direção à Régua e continuamos mais um par de quilómetros pela M1258. Depois, entroncamos com a N313-2 e vamos pela esquerda mais um quilómetro, para virarmos novamente neste sentido em direção a Galafura e Covelinhas, pela N313-1. Volvidos um par de quilómetros, à entrada da povoação de Galafura subimos na esquerda na bifurcação que indica São Leonardo e avançamos 3 km até ao famoso miradouro que tanto inspirou Miguel Torga. Tanto que até escreveu um verso sobre São Leonardo da Galafura, que foi reproduzido num painel de azulejo afixado numa das paredes da capela construída mesmo junto deste promontório.
Quando lá chegámos, estávamos literalmente acima das nuvens, que durante uma hora andaram a brincar com a nossa paciência, ora abrindo, para deixar entender o Douro, lá em baixo, ora cerrando ainda mais, para não vermos mais do que o marco geodésico que assinala o miradouro como o ponto mais alto da zona. Seja como for, quem anda por estas paragens não deve deixar de experimentar ir até São Leonardo da Galafura. E não nos arrependemos.
Depois, há que voltar a percorrer os 5 km até ao entroncamento com a N313-2, que retomamos em direção à Régua, ou seja, pela esquerda. Mas só avançamos um minuto, ou nem isso, até que na povoação de Lugar da Estrada encontremos o desvio, sempre à esquerda, para Poiares e Canelas.
Avançamos pela M593 e no entroncamento em Poiares, depois do Colégio Salesiano, seguimos à direita pela calçada e atravessamos toda a povoação pela rua principal. A calçada termina numa bifurcação, onde temos duas possibilidades: se virarmos à esquerda vamos atravessar Canelas e daí descemos até ao Douro e à barragem da Régua.
Se prosseguirmos em frente, por asfalto, descemos sempre até alcançarmos Pressegueda. E uma vez à entrada desta aldeia, diante do solar que descortinamos do lado direito, descemos à esquerda pela M593, até ao entroncamento com a M313. Aqui, é uma vez mais á esquerda e 2 km adiante, antes da ponte sobre o rio Corgo, desviamos à esquerda para a Quinta do Vallado, tomando a N108.
Volvidos 4,6 km atravessamos o Douro sobre a barragem e uma vez na margem esquerda, vamos pela esquerda, seguindo a N222 em direção ao Pinhão. Percorremos 18,3 km na N222, até à bifurcação na Foz do rio Torto, onde seguimos pela esquerda e cumprimos mais 3 km pela N323, até cruzarmos a ponte sobre o Douro e entrarmos na vila do Pinhão. E ponto final para esta oitava etapa...
A Rota I do Douro em http://bit.ly/2zf7BW0
A Rota II do Douro em http://bit.ly/2Bo45pO
A Rota III do Douro em http://bit.ly/2AQo8jB
A Rota IV do Douro em http://bit.ly/2BRdrdA
A Rota V do Douro em http://bit.ly/2kyJ4kF
A Rota VI do Douro em http://bit.ly/2CacCQi
A Rota VII do Douro em http://bit.ly/2CFkk2G
Texto: Auto Foco/Alexandre Correia* Diretor da revista Todo Terreno
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