Tumgik
#barganhos
inutilidadeaflorada · 6 months
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Acenar/Insistir
Eu queimei corpos que se atreveram a me amar Derramei a cor castanha líquida desses olhos Inaugurei o meu Nero passional e com a língua Risquei com força todos os incêndios possíveis
Emaranhado de você e eu Existindo na memória Tão finda, tão finita Atrelada a vontade do esquecimento
Partir, sem olhar a quem. Sem ressentimentos Se eu tivesse, quiçá, bebido desses olhos prateados Sem dúvida, estaria sendo assombrado até hoje Pelas palavras que sua garganta naufragaria
Me carrega nesses atalhos, fios de febre e luxúria Como se me conhecesse de vidas passadas Funda um país no espaço que nossos estômagos evitam E assim, me proíba de visita-lo em ausências
Viva o horizonte que zuni teu nome Viva a imprecisa força que nega Meu sonho, meu descuido Viva a distância que nos inflige
Insignificante condição, o arrependimento cresce E eu que era uma casa, me transmuto em imobiliária Hoje vendendo sonhos à casais de primeira viajem E assim por diante, até tornar-me altar do teu existir
Me orbita um peso entre os ouvidos Eu teço palavras, eu barganho pela noite Histórias torcendo para que alguém me cale Não com um beijo, mas com uma afronta
Há uma mistura que transcende o imaginário Vai se arrastando e uivando em contato com o alívio Expectorando flechas e danças entre fogueiras Para construir robustamente a lascívia dos reflexos
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poeisa · 8 months
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se meu olho fecha
o cheiro do teu tesão me cerca
sua pele ferve na minha
e meus dedos tateiam a sua calcinha
sinto seu quase orgasmo
toco sua cintura entre os espasmos
você pede pra não parar
eu respondo "amor, não vou tirar"
teu mel escorre na minha falange
seu grito me abrange
eu deito no seu peito
você sussurra: "só você me fode direito"
a gente não para de sorrir
por lindos minutos antes de dormir
eu digo que te amo para sempre
abro os olhos e você dorme com outra (tão recente)
ainda procuro a aliança ao sair do banho;
que você volte pra casa, eu barganho
(como você se sentiu dormindo com um corpo estranho?)
(ela não voltou)
amaral
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escritada · 1 year
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Querido ghost
Digo querido pois barganho em minha mente com o que criei de você.
Me desculpe não ser um exemplo, sou um ser humano imundo.
Mas acho sua atitude incrível e invejo a capacidade de tratar os sentimentos com indiferença.
Continuarei barganhando com sua imagem em cenários na minha mente.
Fique bem e se puder tenha momentos felizes
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Gente legal, gente chata, gente fina, elegante e sincera do meu facebook e desse pedaço de terra chamado Brasil, tem volta da enquete dos Barganhos essa semana no FB. Lembrando que a enquete irá migrar para vídeos de 50 segundos com vocais originais do álbum no instagram. Todas as canções serão prévias propagandas para a enquete no final. Lembrem-se que não somos políticos burros e nem seus seguidores ignorantes e oportunistas. Nada é de graça e tudo é sacrificado, como na vida real. A gente sente o cheiro da inveja de longe e nem adianta se esquivar e tentar diafarçar. O amor sempre vencerá o ódio, a soberba, a raiva e a hostilidade. #Barganhos #RockVive #anymore https://www.instagram.com/p/CGAuTWmp6WK/?igshid=1mwjolgsrvybu
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paulomarr · 4 years
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Minha personalidade é única como a de cada um neste planeta azul o é. As páginas em que escrevo são somente extensão de meu coração e pensamentos. Não barganho o que eu sou em troca de curtidas e seguidores. O que me impulsiona é meu amor pelas palavras, meu coração e elogios como este que faz o escriba limão se emocionar.
Paulo Marcos
Obrigado a menina adorável!😉😊🍋
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des-codifiquei · 6 years
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Princesinha indefesa, presa na última torre, à espera do príncipe impetuoso para resgatá-la dessa vida sem graça e solitária e serem, enfim, felizes para sempre? Já fui. Hoje, não mais.
Hoje quem comanda o meu reino sou eu, do meu jeito. Dispensei até meu notável conselho de cavaleiros imponentes, porque não preciso mesmo deles para me dizerem o que (ou não) fazer. Prefiro as bruxas. E a minha própria intuição.
Não barganho mais meu coração, por mera companhia. Não temo mais a solidão, como sempre fazia.Não aturo mais sermão de gente que nunca esteve em uma batalha ao meu lado.
E também já não vejo graça em príncipe encantado.
Encantamentos costumam acabar rápido. Hoje, eu prefiro os sapos. São mais autênticos, verdadeiros e engraçados!
O caminho para chegar até aqui foi longo e nada fácil. Durante muito tempo acreditei que uma menina não seria capaz de governar nada, nem a sua própria vida, sozinha. Que boba eu fui! Não sabia a boa guerreira que eu era, até que lutar por mim foi a única opção.
Cai, chorei e por incontáveis vezes fui derrotada. Incontáveis vezes dei-me por vencida e julguei a vida um tanto injusta. Comecei a me dar conta de que a Vida é uma boa juíza, quando parei de esperar por ajuda para me levantar do chão.
Quando parei de culpá-la pelas minhas escolhas, quando assumi os meus erros, minhas responsabilidades e, acima de tudo, minhas VONTADES. Lutei por mim. E venci.
Assim eu me tirei do gélido calabouço do vitimismo e assumi o meu trono.
Quem diria! A menina boba que se escondia atrás dos muros altos de um lugar ao qual não pertencia, era prisioneira e não sabia, tornar-se-ia a mulher que é e os colocaria todos abaixo, construindo assim sua própria fortaleza.
Não com escudos e armas sempre a postos, mas expondo, sem máscaras, minhas fraquezas.
Ah, quem diria! Isso é o que me torna forte hoje em dia.
Parei de me defender o tempo inteiro, porque já não é qualquer coisa, nem qualquer um, que me atinge.
Hoje, eu tenho consciência de quem eu sou. Eu me empoderei na marra e é o que me faz ser leal, antes de tudo, a mim mesma.
Abandonei as convenções, as regras e os moldes pré-fabricados, aos quais nunca me encaixei e hoje, no meu castelo, só entra quem eu quero.
E embora ainda prefira a paz, já não tenho mais o menor medo de brigar pelo que eu acho certo. Não tenho mais pudor em expulsar invasor da minha vida. Nem receio algum em aumentar a voz quando precisa… ou pedir perdão, quando se é o correto.
Hoje falo meus “Nãos” com paz na alma e a mente tranquila.
Preservo meu bom coração, a diferença é que descobri o sentido da palavra “RECIPROCIDADE” e hoje ofereço minha bondade somente para quem verdadeiramente me deseja o bem.
Porque me dei conta de que a mocinha da história, às vezes, é taxada de boba, e que a vilã nem sempre é tão má assim.
Não como mais maçãs envenenadas. Hoje, sou eu que escrevo meu conto de fadas, sou Senhora de mim.
- Bruna Stamato em Nunca quis um marido, sempre quis um companheiro. | des-codifiquei
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13renatoarruda · 3 years
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P 11 Vidinha PB
11
Quase abandonei o meu futuro, para não te perder
Talvez você não entenda. É mesmo difícil compreender.
Complicado, concreto, abstrato.
Alvorecer, anoitecer. Contradição que faz aborrecer.
Cheio de nuances, de reviravoltas, raiva, amor e velhas novas chances.
Há coisas que foram feitas para não durar
Situações que foram forjadas para ensinar.
Essa vida nos deu a oportunidade de nos reencontrar
O destino também obrigou-nos a nos abandonar. Esse karma regular. Estava disposto a outra vez tudo estragar.
Sentimento descontrolado, predestinado, tivemos que amargar
Ainda que tudo acabe, que a insanidade se vá, as lições sejam aprendidas, as missões cumpridas, porr mais estranho que seja, eu ainda vou te amar.
Te deixo e sigo.
Solto as amarras, solto suas mãos
Te liberto da minha paixão, da minha compulsão e da nossa obsessão.
A verdade liberta. A verdade grita que chegou a hora desse amor partir.
A verdade implora para ser ouvida e a vida poder seguir
Luto contra o destino, ameaço os espíritos, barganho para não prosseguir.
Quando ver as cores verde e rosa, juntas, meus olhos vão brilhar.
De você eu vou lembrar. Meu mangueirense.
Vou recordar que minha “VIDINHA” em mim sempre viverá!
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laskietips · 4 years
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um dos piores sentimentos da minha vida, hoje mal consegui dormir direito.
ver o rosto da pessoa que ele escolheu, o rosto que ele vê todos os dias e sente um arrepio.
cinco de espadas, rei de espadas.
nada me convence de que não fui eu a responsável por isso tudo, que eu o obriguei a se armar, acredito que foi minha culpa com a minha constante defensiva, minha inafetiva evasão.
eu quero esquecê-lo porque sei que eu e ela temos pouquíssima semelhanças físicas ou não, ela é alguém que eu nunca serei, nunca vou conseguir ser aquela pessoa.
me dói ver a troca de vocês, me dói mais ainda ver que você foi sincero, que realmente começou a se interessar por ela quando deixei o caminho livre pra você.
nada me convence de que não foi uma escolha deliberada tambem, sou completamente incapaz hoje de estabelecer qualquer conexão com alguém que não seja baseada na busca por atenção aprovação e ansiedade.
foi uma escolha inconsciente minha me afastar, dói demais porque eu nunca quis tanto alguém assim, dessa forma com essa intensidade.
ninguém nunca quis tanto alguém quanto eu te quis nesse ano, por mais que eu tenha feito tudo para provar o contrário, eu sou completamente apaixonada por você.
eu acho que me amaldiçoo querendo tanto uma coisa assim porque eu penso:
1- eu devo aceitar que eu não posso ter
2- começo a pensar no quão idiota eu me sentiria se no futuro, a gente ficasse juntos
3- acho que estou amaldiçoando meu futuro idealizando algo que provavelmente nunca vai acontecer porque tudo que eu sempre quis sempre aconteceu como uma surpresa
e esse ciclo de pensamentos atualmente é o que mais me cansa e desgasta, na busca da aceitação eu barganho, desejo tanto algo, idealizo, nada do que eu desejo eu consigo...
eu só queria superar isso de forma mais rápida
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inutilidadeaflorada · 7 months
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Sobre Fósforos e Luzes Ofuscantes
Nós juntos éramos fósforos Fugazes e sem fisionomia Entre beijos abafados O silêncio percorria-nos entre álibis
Tua luz nostálgica causa fascínio em todos Há um desespero para estar em tua companhia Outra vez um incêndio que promete tempo E esmorece confabulando teu nome entre o ardor
Ando dançando com pares de vagalumes Para encontrar algo que me lembre de você Eu fiz festividades em cada ferida que abri E hoje comemoro teu eco encontrado pela cidade
Hoje, meu perfume é uma Versalhes ambulante Me exibo com sais desconhecidos e temperos variados Invento cores, congestiono tatos, embriago licores Com o mais simples reflexo
Subo nu a mesa, onde propostas são escandalizadas Arrastando flores agridoces embaixo da língua Barganho moedas que ainda não existem Propondo banquetes nas frestas de braguilhas
Para esquecer teu nome infame Enquanto adoto outras desfeitas Com toda a honestidade evito conflitos E canto um encanto moldado por joias
Cigarras para o tédio desobediente No geral, o otimismo é uma máscara Ou uma adaga para o que a ocasião nutrir Você não voltará ao meu encontro
Mas no final, você continuou sendo um farol E eu, estive a deriva em uma noite de neblina Temendo o pior a cada passo que ouvia Você é a luz ofuscante que evito olhar por muito tempo
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draments · 7 years
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d2 tá tocando e eu tô lembrando de ter 14 anos numa madureira quente e nostálgica. de fumar escondido o derby vermelho da minha mãe e rir como quem sabe que vai durar pra sempre, eu era má e jovem e ambiciosa com a petulância de quem não tinha medo de dar errado com a calma de um diabo e você vai dizer que esse texto não faz sentido, foda-se o sentido, eu tô com saudade da coragem e do desprezo e da forma como eu cravava as unhas inexperientes nas coisas porque o mundo parecia um eterno primeiro beijo desengonçado e molhado demais
você vai dizer que eu sou boa agora e empática e todas essas pratarias da moda enquanto eu sonho no fracasso dos meus dias iguais sobre vilanizar minhas próprias tomadas de decisão só pelo prazer do caos porque um ou dois textos te fizeram acreditar que sou um organismo sensível a tudo e todos mas felizmente eu continuo a mesma arruaceira lobo em pele de cordeiro
você não pode dizer que eu não avisei e depois das sarjetas mentais eu ainda sinto falta de ser uma pecadora. eu ouvia "pavão misterioso" dentro da minha cabeça enquanto cavalgava em colos que não iam me ligar no dia seguinte
"tigresa" tocava enquanto eu me dedilhava pensando em você, meu amor
uma espécie de puta que abre o peito e as pernas e o resto da rotina inteira, e agora eu rezo a deuses que existem e não existem (coisa de schrodinger) pra que minha própria sede de auto punição me dê uma trégua
eu, logo eu, que gemo quando a dor vem e sorrio
você vai repetir que esse texto não faz sentido
foda-se o sentido e fode comigo
eu peço
mando
ordeno
barganho
desculpa a vulgaridade ofegante e a nostalgia serpente e o meu discorrer propositalmente vazio
eu acabei de sair de uma crise tô numa espécie intelectual filosófica e pastel de cio
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gavettablog · 7 years
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Não tem cigarro aceso. Eu já o tive na boca algumas vezes, mas nunca regularmente. Não há aqui todo o tom blassé de café, nicotina e cachecóis. Não tem livro do Nietzsche na estante. Mas há aquela velha solidão, carcomida e enrugada, deitada comigo na cama. São quase seis da manhã, e seus vidrantes e inexpressivos olhos azuis insistem em fitar os meus. Sua expressão dura, fria, de quem já passou muitos invernos nos corações gelados dos homens, de quem já ouviu muito o irritante canto das cigarras e o bater de asas dos pássaros de manhã. Por mais que eu ande, por mais que eu corra, por mais que as paredes pareçam ameaçar cair – ela fica ali, parada, olhando pra mim. Pergunto o que ela quer. Barganho para que ela vá embora. Remexo-me, ignoro-a. Ela tem essa silenciosa forma de gritar sua presença. Essas sutis artimanhas que me envolvem, esse peso para sentar-se nos ponteiros do relógio e diminuir-lhes o ritmo. Mas no fim, o sol sempre vem. O dia nasce, eu me distraio, e ela finalmente busca outra alma para lá dentro se deitar.
Felipe Vale, Oito horas de sono, boa alimentação – e uma fruta no café da manhã. Junho de 2017
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tatinneves · 6 years
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Requento lembranças antigas pra sentir o gosto do ontem. Barganho sonhos com o tempo na tentativa de retomar caminhos q foram apagados no jardim do destino. Reescrevo linhas velhas. Repagino erros. Guardo a mudança nas mangas pra caso a vida insista roubar enquanto joga comigo.
Marcelo Gugu
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Eu ora preferia aquela quietude de coisa não dita, ora encharcava-me de alma de verbo vertendo sangue até desfalecer de tanto viver. Foi então que eu vi, na palidez da sensação que se esboçava ainda ambígua, de pernas trêmulas, no esquivo e pequeno espaço compreendido entre o meu coração e a minha razão, que o sentido que eu buscara para a minha solidão rasgara voluntariamente o peito em algum espinho trôpego esquecido sob a sombra do meu corpo ainda quente das lembranças do dia seguinte. É que o dia seguinte lega lembranças mais vívidas do que todos os dias que se foram; é que a hora passada morre e leva consigo todo e qualquer fogo. Do que não havia, nem jamais houvera, restava uma iminência pesando-me sobre os ombros; do que não havia, nem jamais houvera, restava um instante sufocado sob o que de fato foi – mas ora, o que, de fato, foi? Do que não havia restava tanto, eu nunca contente com meio-parte-nada-quase, eu nunca contente com menos que tudo, eu sempre engolindo faíscas do mundo e devolvendo-me inteira em permuta, eu que não barganho indulgência nem coisa alguma e me permito a cega inocência das paixões sem culpa, eu que já não me sabia, eu não me sabia: eu era a gota de caos a me fazer falta enquanto a vida seguida dolorosamente plácida, eu que não tenho sossego, eu não tenho sossego, eu não quero sossego, eu que já não me cabia, eu não me cabia. Mas era a vez de me recolher no calor de novos planos e de aquecer as mãos entre os dedos longos do tempo nascente, que o tempo sempre chega e parte e castiga e abençoa e pede perdão, que o tempo sempre morre e nasce de mãos enlaçadas às de quem lhe perdoa os desatinos.
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paulomarr · 5 years
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Se eu dependesse do que escrevo a terra e os vermes já teriam saboreado minha carne. Não barganho de forma alguma com tolices e estes conchavos literários, de rede social, SDV, raios que o parta. Conquisto meu espaço como sou e o que sou: Simples.
Paulo Marcos
RECLAMAÇÕES? LIGUE PARA O 0800 ÓLEO DE PEROBA SEU CARA DE PAU!
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h-i-m-y-f-ana · 6 years
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Saudade Um sentimento constante; Me levando pra perto de ti a cada instante. Saudade um sentimento desconcertante! Descobri que a saudade tem olhos castanhos; E que não vê-los me causa algo estranho. Então todos os dias com a saudade barganho! A saudade tem um sorriso lindo; Onde você encontra a paz refletindo. Então a saudade todos os dias eu brindo! A saudade sabe me provocar; E fazer tudo o que sinto borbulhar. Então na saudade escrevo, pra talvez ela passar!
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jocabras-post-blog · 7 years
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Essa miúda é uma fogueira
que te acende as noites em qualquer lugar
e tu desejas arder com ela
enquanto bebes o perfume
que ela deita nos seus trapos de côr
para te embriagar
Essa miúda é um exagero
diz que sem ti não sabe voar
e tu adoras voar com ela
e enquanto inventas espaços novos
ela vai arquitectando uma teia
para te aconchegar
Essa miúda faz-te acreditar
que o sol é um presente que a aurora traz
principalmente para ti
Essa miúda é uma feiticeira
prende-te a mente e põe-se a falar
e tu bem tentas compreendê-la
mas o que sai da sua boca
não parece condizer com o que ela
te diz com o olhar
Ah, essa miúda…
postado por jocabras
Posted 4 months ago
Põe-me o braço no ombro
eu preciso de alguém
dou-me com toda a gente
e não me dou a ninguém
frágil
sinto-me frágil
Faz-me um sinal qualquer
se me vires falar demais
eu às vezes embarco
em conversas banais
frágil
sinto-me frágil
Frágil
esta noite estou tão frágil
frágil
já nem consigo ser ágil
Está a saber -me mal
este Whisky de malte
adorava estar “in”
mas estou-me a sentir “out”
frágil
sinto-me frágil
Acompanha-me a casa
já não aguento mais
deposita na cama
os meus restos mortais
frágil
sinto-me frágil
postado por jocabras
Posted 4 months ago
Da janela do último andar A cidade se suicida É difícil nãos e jogar É tão fácil acabar com a vida
Fim de tarde Avenida São João Na cidade a natureza é meio morta A saudade é o luar do sertão É o catulo da paixão cantando moda Noites morenas moça da roça Verdes veredas Guimarães Rosa
Vento deu lá no buriti Urubu arribou no ar Meu amor se esqueceu Que me prometeu Que a gente ía se casar
E não tá fácil de ser feliz Mas meu lado simples de ser Diz que a gente é que é besta E não pega a deixa E não deixa acontecer
Fim de tarde Avenida São João Na cidade a natureza é meio morta A saudade é o luar do sertão É o catulo da paixão cantando moda Noites morenas moça da roça Verdes veredas Guimarães Rosa
Se o assunto é viver “seu moço” Viver sim é que é perigoso É que o gozo tem preço O certo é o avesso E o medo não larga o osso
E não tá fácil de ser feliz Mas meu lado simples de ser Diz que a gente é que é besta E não pega a deixa E não deixa acontecer
Fim de tarde Avenida São João Na cidade a natureza é meio morta A saudade é o luar do sertão É o catulo da paixão cantando moda Noites morenas moça da roça Verdes veredas Guimarães Rosa
postado por jocabras
Posted 4 months ago
Foi só a lua aparecer Foi só o vento sussurrar Um véu de prata se estendeu E o tempo dissolveu no ar
Aconteceu de eu me esquecer Que eu não podia te lembrar Aí a mágoa desaguou Num rio que corre contra o mar
Esse caminho eu sei de cor Deixo o vazio me levar E acaricio a velha dor, ai!
postado por jocabras
Posted 4 months ago
Zeca Boiadeiro de Caicó Filho de João Brabo e de Mãe Filó Corta ribanceira do cafundó Vida de vaqueiro, escravo de Jô
Rosa Bordadeira de Guaporé Filha de Olinda e de Josué Corta e borda o manto de São Tomé Vida costureira trançada na fé
Festa na Capela do Arpoador Coco, arroz-doce e quentão Zeca Boiadeiro de roupa de doutor E Rosa de anel na mão Dança na fogueira Roda de calor Zeca e Rosa em comunhão
Casco de cavalo batendo o pó Couro de arreio amarrado a nó Rasgo de punhal sob o paletó Zeca Boiadeiro cansado e só
Linha, agulha, pano, retrós, dedal Tanque, quarador, pregador, varal Faca, escumadeira, feijão e sal Rosa Bordadeira de vida igual
Joça cerca o gado no Pantanal Nina é moça e já tem dedal Diolinda, Chico Juca, Sebastião Zinho, que é temporão Juca vai à escola Zinho vai crescer E outro que ainda vai nascer
postado por jocabras
Posted 4 months ago
Adiós felicidad Casi no te conocí Pasaste indiferente Sin pensar en mi sufrir
Todo mi empeño fue en vano No quisiste estar conmigo Y ahora me queda más onda Esta sensación de vacío
Adiós felicidad Casi no te conocí Pasaste indiferente Sin querer nada de mí
Pero tal vez llegue el día En que pueda retenerte Mientras con la esperanza De ese día he de vivir
Adiós felicidad Adiós felicidad
Pero tal vez llegue el día En que pueda retenerte Mientras con la esperanza De ese día he de vivr.
Adiós felicidad.
postado por jocabras
Posted 4 months ago
Não vim pra ficar Não reserve um espaço no armário pra me acostumar Não espere no horário arrumada na sala de estar Não pretendo trazer minha vida pro seu bangalô
Não vim pra ficar Não separe um cantinho pra eu ler o jornal no sofá Não pergunte o que eu gosto, que vai me fazer pro jantar Me desculpe o mau jeito que é o jeito que eu sou
Não vim pra ficar Não me guarde uma escova de dentes, não vou pernoitar Não faz cópia da chave, não quero invadir o seu lar Quero vir como sempre, feito um beija-flor
Não vim pra ficar Não me põe monograma na fronha da gente deitar Não pendure no tanque gaiola pro meu sabiá Não faz do nosso encontro uma obrigação, por favor
Não vim pra ficar Eu não quero assumir compromisso da gente juntar Por enquanto é melhor não mexer, deixe assim como está Vamos ver que destino vai ter nosso amor
postado por jocabras
Posted 4 months ago
Arranquei essa tirana Do bojo do violão A sorte é uma cigana Que escreveu na minha mão
No meio dos seus rabiscos Só duas coisas eu entendo Correr mundo, correr risco E o resto é seguir vivendo
Meu coração é um alazão passarinheiro Sem freio, nem ferradura Riscando o casco no vento
Só por paixão ele galopa assim ligeiro Pois empaca que nem mula Diante do sofrimento
Risquei fogo e fiz fandango Bem no meio do terreiro Meu senhor dono da casa Não me vendo por dinheiro Mas barganho pelo encanto Do calor e da amizade Em troca lhe dou meu canto Pra alegrar sua saudade
Encontrei uma espanhola Que dançava na fogueira Tinha boca cor-de-amora E um olhar de feiticeira Fui me embolar com ela Num barranco beira-rio E os peixes batiam palmas De tanto amor que se viu E os peixes batiam palmas De tanto amor que se viu
postado por jocabras
Posted 4 months ago
Cruz de estrelas Apontando o sul Norteando a terra Talismã de luz no céu do planeta Punhal brilhante Rasgando a noite Da solidão brasileira
Quem me dera Simplesmente estar E olhar as estrelas Sem pensar nas cruzes ou nas bandeiras Quem dera as luzes da Via-Láctea Iluminassem as cabeças
E acendesse um sol em cada pessoa Que aquecesse o sonho e secasse a mágoa Esta terra é boa Esse povo agita Não é à toa Que a gente voa Que a gente canta E acredita
postado por jocabras
Posted 4 months ago
Sabe! eu tenho um intuição
ou melhor, quase uma certeza
ou talvez uma premunição
assanhada e exacerbada
que parece clarear meus olhos antes de abri-los
bulindo com minha emoção
me fazendo saber que algo virá
Todavia fica só na agonia
que fica mais densa eme comprime o peito
Eu sei que algo virá, quando?
não, não essa já não me compete até então.
Sabe, eu tenho uma intuição que me consome
essa mesma me põe de sobreaviso
sei que virá algo, mas de onde não me é sabido
Fica um sensação incubada e latente
até que eclode como um ovo.
Não, não assiste insistir
pois da maneira que me abalroa abruptamente.
De uma lado me deixa agônico
do outro, eu vou partindo de fatos
vou filtrando possibilidades
quando já há umas possibilidades
eu ligo para pessoas que me são queridas
e como já disse: parece um ovo encubado
e quando quebra-se a casca  
quebra também a correte de busca
e vem-me a tona alguma desagradabilidade.
Então eu afirmo veemente:
eu não sei nada que escrevo
é como de eu saltasse num abismo escuro
e quando esse abismo termina
e algo como minha rasão ascende
e eu sinto que posso terminar.
Não leio nada
pois entendo violar
algo bem maior que minha razão
algo que vem d’alma
como se fizesse uma faxina
em min’alma, deixando-me leve e livre.
Não me acode nem me resvala
pensar e mudar essa coisa
pois seria todo o meu interior.
postado por jocabras
Posted 4 months ago
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