#auto descobrimento
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Coração de Kiki
O celular vibrou, notei no fundo da minha mente, mas eu não poderia desviar o olhar da cena se desenrolando na minha frente. Na verdade, nenhuma das personagens pôde desviar o olhar da terrível besta, seus olhos penetrantes, um abismo de incertezas e medos. "Vais desistir? Finalmente aprenderá seu lugar e retornará?" O som de cem vozes ressoou da fera. Céus, o que fariam?! É o que estive me perguntando nos últimos dias. Será que o plot que planejei é bom o bastante?
Tã-tã-tã-nã-nã
Droga, quem estava me ligando? Fechei o laptop e levantei da mesa, levando minha xícara comigo. Quando vi o nome de quem me chamava, quase cuspi minha bebida fora! Se a Dona Ana estava me ligando, significava que era hora de sair. Eu dei a sorte grande quando consegui um trabalho de meio período no teatro, ajudava com as contas e me mantinha contente nos fins de semana, quando eu folgava do meu emprego no departamento de marketing. Este último não é exatamente meu sonho, mas é o que mantém meu apartamento.
A rua estava movimentada, cheia de pessoas apressadas, sem tempo. Eu poderia me relacionar, e nem estaria falando do meu atraso. Ultimamente, minha tentativa de escrever uma estória, apesar de me trazer prazer, tem me causado estresse também. Porque não tenho tempo! Durante minhas férias, passei cada dia escrevendo, pensei no roteiro até dormir e calculei o custo da publicação. Eu cheguei até a reta final, quando um bloqueio criativo impediu que eu terminasse o trabalho, como se fosse uma das maldições de Coração de Kiki. (Meu próprio romance!)
Chegada no teatro, não pude prever o ataque de abraços do qual fui vítima. Nunca parei de me chocar sobre conseguir tantas amizades, mesmo que de tempos em tempos eu os deixe de lado não-intencionalmente. É sobre isso que meus camaradas me importunaram naquele dia, dentro de um contexto específico. Eles queriam que eu os acompanhasse em uma viagem fora, em o que devia ser uma jornada inspiradora. Mas eu neguei, e eles não aceitaram a resposta.
No final do dia, eu estava com um semblante estóico, e preocupados, meu centro de amizades fez um tipo de intervenção. Eu não queria desabafar, só tentei me justificar. "...Acho que eu não consigo fazer tudo isso." Suspirei, não quis elaborar, mas logo que as palavras deixaram minha boca, foi como assistir um trem descarrilhar. "Tem sido tão difícil, e parece que vai piorar." Eu não queria chorar. "Quem eu tô tentando enganar? Tô dedicando meu tempo a algo que nem tenho o dinheiro para publicar." Estava ali, minha realidade. Tinha um gosto amargo, quando desceu pela garganta fez meu estômago embrulhar. Senti que vomitaria meu próprio coração.
No final das contas, decidi fazer a viagem. Deixei Kiki congelada, encarando a maldita besta. Esqueci meu bloqueio, e com o tempo, junto de pessoas incríveis, eu não me sentia tão amaldiçoada assim. Em uma certa noite, meu grupo montou acampamento. Historietas de terror foram as primeiras a serem contadas, mas logo começamos a colocar nossas experiências em aberto. O membro mais velho no grupo, uma vez que foi lhe perguntado como ele achou seu caminho na vida, respondeu depois de dar risada: "É ingenuidade que te faz pensar que eu eu encontrei meu propósito. Sabe, todos os dias eu acordo e penso se eu deveria tentar de novo aquele projeto que larguei em prol de um menor, que me daria um retorno mais rápido. Penso se vale a pena passar anos me dedicando à uma obra que uma vez terminada, ainda vai passar por uma muralha de julgamentos. Eu seria capaz? Eu não sei, mas eu tô tentando confiar em mim mesmo. Na minha época, eu não tinha ninguém. Mas agora vejo minha filha correndo atrás dos sonhos, e acho que com minhas pernas velhas e cansadas, posso fazer o mesmo. Quero morrer sem arrependimentos. A vida é tão curta que não posso fazer metade do que já quis, mas posso fazer minha vida insignificante valer de algo se deixar algo para trás. Isto é, uma boa coleção de livros para meus netos lerem." Ele terminou com um sorriso bravo, e naquela hora, percebi que meu camarada deve ter enfrentado suas próprias bestas também.
Umas semanas depois eu voltei para casa, e não passou muito tempo antes que eu estivesse em frente ao meu laptop. Encarei o que deveria ser um romance, mas sentia como um abismo de incertezas. Eu teria a capacidade? Quando publicasse, poderia encarar minha mãe e dizer: "olha, eu não sou um fracasso"? Eu alcançaria alturas que nunca alcancei para publicar minha obra? Talvez. Talvez não. Lembrei de uma conversa que tive com minha mãe. Contei a ela meus planos, o porquê não conseguia focar no ensino médio, e ela me disse: "Você já quis ser muitas coisas quando era criança, brincou de cozinheira, de médica, de bombeira. Mas agora já é adulta o suficiente para saber que não pode escolher um caminho e mudar no meio do percurso sem consequências. Você só vai ter a si mesma para culpar se não der certo. Apesar de que estarei aqui para você independentemente." E era verdade. Quantas vezes não falhei, e com a confiança abatida, fui lamber minha feridas perto da minha mãe? Ela era meu ponto de spawn, quando morresse. Mas dessa vez queria que fosse diferente.
"Eu não vou retornar, fera. Não posso te deixar para trás." A criatura obscura inclinou sua cabeça em curiosidade. "Tu és uma parte de mim, e não importa se tive medo antes, não vou deixar que me enterre viva. Pode parecer maior, soar mais velha que minha existência, mas é a parte mais fraca de mim." Apesar do tremor em suas extremidades, Kiki sorriu de canto, como se fosse mais um desafio. "Vou te devorar, besta, assim nunca vai obscurecer meu coração novamente."
Eventualmente, eu terminei meu livro. Fiz uma parceria com uma ilustradora brilhante, e ela tornou minha imaginação em um mundo perfeitamente visível. Ele era lindo e aterrorizante, como a vida às vezes é. Por isso, muitas pessoas se identificaram e acharam seus próprios significados para minha obra. Minha mãe ficou orgulhosa, meus amigos comemoraram junto a mim e minha parceira de negócios, agora amiga próxima, e estou pensando que nunca me senti tão feliz. Criar histórias é parte do meu cerne. Assim como a magia era para o Norte e a diversão era para o Jack Frost (Origem do Guardiões). Minha escrita é como uma pedra preciosa que ainda tem de ser lapidada. Tudo bem, ninguém consegue ser perfeito na primeira tentativa. Agora, com licença, preciso descansar. Lembre-se, bloqueio criativo? Talvez você deva se afastar um pouco do seu processo. Se for para ser, será. Seja valente, encare suas feras. Seja gentil, ajude aqueles que se perderam. Seja você, seguindo sua paixão.
Dedico esta fanfic à minha mãe.
Dedico esta fanfic à obra "Sussurros do Coração", Studio Ghibli.
Dedico esta fanfic à obra "O Serviço de Entregas da Kiki", Studio Ghibli.
Dedico esta fanfic à obra "Origem dos Guardiões", DreamWorks.
De coração, muito obrigada.
#português#fanfic#whisper of the heart#sussurros do coração#kiki's delivery service#o serviço de entregas da kiki#school project#story#self development#writers on tumblr#escritores#auto descobrimento#creative process#creative block#creative burnout#bloqueio criativo#burnout#brasileiro#Spotify
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Delphymon
Nível Adulto/ Seijukuki/ Champion Atributo Vacina Tipo Homem Dragão Campo Rugido do Dragão (Dragon's Roar) Significado do Nome Delphyne/Delfina, figura feminina da mitologia grega, meio mulher e meio serpente, também dita como sendo um dragão.
Descrição
Delphymon é a encarnação do desejo ardente de Drakainmon de proteger a quem ama. Portando em seu braço esquerdo a Garra da Princesa e em seus olhos a Visão de Delfos, Delphymon começa a demonstrar o potencial escondido em sua figura reluzente pela antiga deidade responsável pelo equilíbrio do Mundo Digital, Huanglongmon.
Sua personalidade é altamente protetora, como alguém que possui a necessidade de fazer com que aqueles à sua volta sintam-se seguros e fora de perigo. Apesar de sua natureza tranquila, seu olhar é forte e determinado, pois em sua decisão de proteger aqueles à sua volta, Delphymon também possui a certeza de que possui poder para tal, e de que irá usá-lo independente das consequências.
É frequente ver Delphymon prevendo o futuro do Mundo Digital em seus momentos de paz, sentando-se próxima a pequenos oásis onde lança sortes ao futuro e jura criar uma era de paz e harmonia a todos os dragões e Digimons desamparados, enquanto seu Guardião a acompanha em sua viagem de auto descobrimento.
Atraindo olhares negativos da parte dos membros dos Olympos XII por seu poder e seu ímpeto em mudar o mundo que conhecem, Delphymon permanece marcada por Vulcanusmon como alvo de seu projeto pessoal, motivando-o a pedir que Apollomon fosse enviado para obtê-la. Entretanto, o Deus do Sol passou a nutrir apreço por seu alvo, uma vez que Delphymon profetizou construir um futuro brilhante se deixada em paz. Simultaneamente, a busca dos membros da LEGEND-ARMS se torna mais profunda, fazendo com que Zubaeagermon também permaneça em seu encalço, travando constantes batalhas com o Guardião de Delphymon.
Com sua técnica especial, Garra da Princesa, Delphymon utiliza a garra de sua mão esquerda para ferir o oponente diretamente em sua alma, atravessando quaisquer materiais físicos, incluindo os metais Cromo-Digizoide. Para proteger a si mesma e aqueles à sua volta, utiliza o Véu da Realeza, que cria uma camada de energia sobre Delphymon e seus aliados, capaz de absorver impactos e devolvê-los ao alvo em forma de explosões cinéticas. Além disso, possui os Olhos do Oráculo, uma habilidade capaz de acompanhar e até mesmo prever os movimentos de seu oponente, de forma que a permite reagir ou passar informações aos seus aliados no campo de batalha.
Técnicas
Garra da Princesa (Princess' Nail) Delphymon envolve a garra em sua mão esquerda com uma energia carmesim brilhante que a torna capaz de ferir o oponente diretamente em sua composição, enquanto suas unhas ferem sua forma física.
Véu da Realeza (Royal Veil) Faz o véu em seu corpo tornar-se reluzente, criando sobre seus aliados uma camada protetora capaz de neutralizar ataques físicos e repeli-los em direção a quem os desferiu.
Olhos do Oráculo (Oracle Vision) Seus olhos brilham em uma luz dourada, visando compreender as ações presentes e futuras de seus oponentes, de forma a evitá-las completamente.
Presença da Princesa (Princess' Presence) Com uma pose imponente, Delphymon dispara uma aura de energia capaz de paralisar ou enfraquecer seus inimigos. Ela também pode optar por focar em apenas um alvo, a quem irá causar constantes danos psíquicos enquanto sua técnica durar.
Informações Adicionais
Garra da Princesa Uma arma alojada no braço esquerdo de Delphymon que foi revestida de Digizoide Dourado. Por ser extremamente leve e resistente, a Garra da Princesa é usada para demonstrar defesa absoluta e proteger Delphymon e seus aliados de quaisquer ataques, não importando o quão poderosos sejam.
Visão de Delfos Uma habilidade oculta nos dados de Delphymon, capaz de revelar a ela os resultados das ações tomadas por ela e pelos alvos de suas visões. Quando se concentra, a mente de Delphymon é capaz de calcular resultados com uma velocidade cem vezes superior ao supercomputador Frontier, analisando cada possibilidade ou curso de ação, além de suas consequências.
Linha Evolutiva
Pré-Evolução Drakainmon
Criado por Jonatas Carmona Artista Jonas Carlota Digidex do Orgulho
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OK GALERINHA DO BARULHO, assunto importante, vamos lá.
Fizemos nossa promo inicial e todos os planos voltados pra sermos um rp no Twitter (com o Discord de apoio, mas detalhes). Ainda tínhamos esperanças de uma melhora do site mesmo com a instabilidade recente, mas com o lançamento do X, o descobrimento de que o bilionário ao lado que detem os direitos do nome da marca e demais notícias subsequentes, o futuro do Twitter nos parece extremamente incerto. Gostaríamos de testar como vai ser, mas confessamos que temos um pouco de medo de geral ser bloqueado logo na primeira DM e isso matar todo o nosso trabalho duro, além do de vocês na criação dos personagens e plots. É um balde de água fria que pode acabar com a animação pro rp, então viemos aqui bater um papinho reto pois precisamos ouvir de vocês. Temos, até então, duas opções:
Fazer a comunidade no Instagram+Threads. A interface é simples, bonita e intuitiva, teria como deixar a conta do Instagram em si para postagens oficiais/públicas dos artistas e o Threads como conta pessoal/privada pro char falar abobrinha, as DMs são infinitas e a usabilidade geral é bastante parecida com o Twitter. Porém também notamos alguns contras:
É necessário dois aplicativos diferentes (Instagram e Threads, isso sem contar o Discord, que ainda pretendemos usar como apoio).
O Threads ainda não tem uma versão para desktop, apenas mobile (é algo contornável, mas inconveniente).
Também não tem ainda uma maneira de só ver posts de quem você segue. A timeline atual é majoritariamente de posts recomendados ou promovidos (tipo a 'Para Você' do Twitter ou o próprio feed padrão do Instagram).
Apesar de ser muito fácil trocar entre múltiplas contas no Instagram, no Threads em si é preciso sair de uma pra entrar na outra (como o login fica salvo por causa do Instagram, é coisa de 3/4 cliques a mais mas, novamente, é inconveniente).
Mesmo assim, nos nossos testes, nos pareceu uma plataforma promissora. Por ser recente, é provável que os pontos citados acima sejam implementados em breve (alguns já estão sendo trabalhados, segundo os desenvolvedores). A maior questão atual é a timeline mas, pelo que notamos, ela atualiza bem rápido pra mostrar posts de usuários que seguimos, então pode ser que a quantidade de personagens de um rp aberto faça ter conteúdo suficiente pros sugeridos/patrocinados se tornarem minoria. Ao nosso ver, ir pro Instagram+Threads parece a opção mais legal, mas exige mente aberta e esforço.
Insistir no Twitter até ele se tornar totalmente inviável. Acreditamos que essa seja auto-explicativa: tá todo mundo cansado de saber o caos que o Twitter (ou X?) anda desde que o desquerido lá foi obrigado a comprar o site, e não parece mais ter muita perspectiva de melhora. É um risco, mas também é a plataforma que todos estamos mais acostumados. E caso caia por terra, teríamos que fazer a transição pra outra de qualquer maneira (tá proibido desanimar do rp por causa disso, vamos caçar cada um nas casas de vocês).
Outras redes que também consideramos, mas não pareceram muito interessantes: MeWe (usado bastante pela gringa, parece ter uma estrutura mais próxima ao Facebook, e os rps costumam ser organizados em grupos pelo que entendemos futricando os que existem por aí; nossa conclusão foi que devemos ser muito superficiais, porque todo mundo achou a interface muito feia), Discord only (a maioria aqui deve saber ou ao menos ter noção de como é o Discord; mas o achamos inviável pra uma comunidade grande, principalmente pela falta de uma timeline) e Mastodon (promete entregar tudo o que o Twitter devia ser, com uma timeline cronológica só de posts de pessoas que você segue e sem propagandas; soa ótimo mas, na prática, ainda é uma rede muito desconhecida pra grande maioria, que pode parecer confusa e até intimidadora por causa disso). E depois de tanto texto, é isso. Nos parece que as opções são (infelizmente) milionário A ou milionário B. Caso alguém tenha outras sugestões ou considerações a fazer sobre as que descartamos inicialmente, nossa askbox tá aberta pra isso! Mas ainda assim vamos já deixar abaixo uma votação pra saber o que vocês pensam. Por favor, por favor mesmo, votem! A opinião de vocês é de EXTREMA importância pra gente fazer isso funcionar e dar uma casa incrível pra todo mundo que tá ansioso pra brincar na Sundaze com a gente! Esperamos a colaboração de todos, e mais tarde ainda tem mais spoiler de banda, viu? Só achamos importante divulgar isso aqui primeiro. ♥️
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Obras que marcaram a evolução da literatura portuguesa do século XII ao XX
Obras Europeias
Auto da Barca do Inferno
Bibliografia da obra: A peça foi escrita em 1517 (século XVI) e encenada pela primeira vez em 1531.
Autor: Gil Vicente (1465-1536).
Gênero Literário: Teatro.
Tipos de Discuro Narrativo: A narrativa é dramática com um discurso direto ou monólogo, permitindo uma crítica social através das interações entre os personagens.
Subgênero Narrativo: A peça se insere no subgênero do auto, que é uma forma de teatro popular que combina elementos de comédia e moralidade, frequentemente abordando temas religiosos.
Temas: Moralidade, ética, crítica social, destino e salvação, redenção e condenação.
Estrutura da obra: Não é dividida em capítulos da forma tradicional dum romance, mas sim em atos e cenas.
Contexto Histórico-Social-Literário: O contexto é o Renascimento, um período de grande efervescência cultural em Portugal. Gil Vicente utilizou sua obra para criticar a hipocrisia social, especialmente entre a nobreza e a Igreja. Ele refletiu sobre as mudanças trazidas pelos Descobrimentos, abordando a moralidade num mundo em transformação
Narrador: Narrador implícito, pois não participa das ações, mas guia a audiência através dos eventos e dos diálogos.
Personagens: Diabo: Representa os vícios e tentações. Anjo: Simboliza a virtude e a salvação. Fidalgo, Onzeneiro, Frade, Joane (o Parvo): Cada um representa diferentes aspectos da sociedade e seus respectivos pecados.
Tempo Cronológico-Psicológico: O tempo é cronológico, já que segue a sequência da travessia das almas. Enquanto o tempo, é psicológico e varia conforme as reflexões dos personagens sobre suas vidas e ações
Espaço: O espaço da peça é simbólico, representando a barca que transporta as almas, refletindo a transição entre a vida e a morte.
Resumo: A peça começa num porto onde o Anjo e o Diabo esperam as almas dos que acabaram de falecer. Cada personagem expõe suas razões para embarcar na balsa do Céu ou do Inferno. A maior parte acaba indo para o Inferno em razão de seus pecados, enquanto somente algumas almas virtuosas são resgatadas. O Parvo permanece no porto como uma figura que simboliza a ingenuidade e a pureza.
Reflexão Pessoal: “Auto da Barca do Inferno” é uma obra que ultrapassa seu período, uma vez que discute temas universais sobre ética, decisões e resultados. Por meio de um humor mordaz e análise social, Gil Vicente nos instiga a considerar nossas próprias vidas e comportamentos. Em uma realidade atual cheia de conflitos morais, a lição de Vicente ecoa intensamente, nos recordando da relevância de agir com retidão e atenção.
Amor de Perdição
Bibliografia da obra: Foi escrita em 1861 e publicada em 1862 (século XIX).
Autor: Camilo Castelo Branco (1825-1890).
Gênero Literário: Romance.
Tipos de Discuro Narrativo: Diálogo, narrativa descritiva, monólogo interior.
Subgênero Narrativo: Romance trágico, conflitos emocionais.
Temas: Amor impossível, trágedia, sacrifício, destino, fatalismo.
Estrutura da obra: Tem uma estrutura linear e é dividido em 20 capítulos.
Contexto Histórico-Social-Literário: Foi escrita num período de transição em Portugal, marcado pelo Romantismo. A obra reflete as tensões sociais e a busca por identidade e liberdade em uma sociedade ainda influenciada por valores conservadores. Camilo Castelo Branco critica as normas sociais rígidas, especialmente em relação ao amor e ao casamento.
Narrador: Onisciente.
Personagens: Simão Botelho: Protagonista apaixonado, filho de uma família nobre. Teresa de Albuquerque: Amada de Simão, também pertencente a uma família rival. Mariana da Cruz: Personagem que representa um amor não correspondido por Simão, mas que demonstra lealdade e sacrifício.
Tempo Cronológico-Psicológico: O tempo da narrativa é linear, cobrindo eventos que se desenrolam ao longo de alguns anos e o espaço principal é Viseu, onde as famílias residem, além do convento onde Teresa é enclausurada. Levando a refletir as tensões sociais da época.
Espaço: O espaço da obra é principalmente ambientado na sociedade portuguesa do século XIX, incluindo ambientes rurais e urbanos que refletem a classe social e as tradições da época.
Resumo: Narra a trágica história de amor entre Simão Botelho e Teresa de Albuquerque, cujas famílias são rivais. Depois de esforços infrutíferos para ficarem juntos, Teresa é obrigada a ingressar num convento, enquanto Simão é sentenciado ao exílio após um ato impulsivo gerado pelo ciúmes. Ambos falecem de forma trágica: Teresa cede à melancolia, enquanto Simão perece no oceano após avistar sua amada pela última vez. Mariana, que também nutre amor por Simão, se suicida após sua morte.
Reflexão Pessoal: "Amor de Perdição" é uma intensa reflexão sobre os limites do amor diante das normas sociais. A tragédia dos protagonistas ressoa a batalha pela liberdade emocional num ambiente saturado de regras opressivas. Camilo Castelo Branco não apenas conta uma narrativa de amor; ele nos coloca diante das realidades dolorosas das decisões tomadas em nome do amor. Esta obra permanece pertinente nos dias atuais, nos lembrando da relevância de desafiar preconceitos na busca pela genuína felicidade.
Peregrinação
Bibliografia da obra: Foi escrita em 1556-1570, mas não foi publicada até 1614 (século XVI).
Autor: Fernão Mendes Pinto (1509-1583).
Gênero Literário: Literatura de viagens.
Tipos de Discuro Narrativo: discurso narrativo descritivo, repleto de detalhes sobre os lugares visitados e as culturas observadas e também emprega um tom reflexivo, especialmente ao comentar sobre suas experiências e as condições sociais que encontrou.
Subgênero Narrativo: Relato de viagens, com uma mistura de elementos autobiográficos, descrições etnográficas e históricas.
Temas: Aventura, descobrimento, cultura, etnografia, crítica social, identidade, religião, espiritualidade, humanismo.
Estrutura da obra: A obra é composta por 226 capítulos, de forma não linear.
Contexto Histórico-Social-Literário: Foi escrita durante o auge da expansão marítima portuguesa, quando os navegadores buscavam novas rotas comerciais e terras desconhecidas, por tanto literariamente, insere-se no Renascimento. O livro reflete as tensões sociais da época, incluindo a moralidade dos conquistadores e a crítica à exploração colonial. Além disso, Mendes Pinto escreve num período em que a Inquisição estava em vigor, o que influenciou sua decisão de publicar a obra postumamente.
Narrador: Primeira pessoa, pois o autor narra suas próprias experiências.
Personagens: Fernão Mendes Pinto: Protagonista e narrador, que vive diversas experiências no Oriente. Diversos personagens nativos: Ao longo da narrativa, o autor encontra muitos personagens representando diferentes culturas, como chineses, japoneses e indianos. Companheiros de viagem: Outros portugueses que compartilham ou cruzam seu caminho nas aventuras.
Tempo Cronológico-Psicológico: O tempo cronológico abrange os 21 anos da jornada de Fernão Mendes Pinto pelo Oriente. O tempo psicológico é explorado através das reflexões do autor sobre suas experiências, medos e aprendizados ao longo do caminho.
Espaço: A obra abrange diversos locais, principalmente na Ásia, como o Japão, China e Índia, com descrições detalhadas das culturas e paisagens.
Resumo: Esta obra narra as experiências de Fernão Mendes Pinto em suas viagens pelo Oriente. O autor descreve suas vivências como comerciante, prisioneiro, soldado e missionário, enfrentando desafios como prisão e naufrágios. Através de suas histórias detalhadas, ele apresenta uma visão crítica da expansão portuguesa, revelando tanto a beleza quanto a crueldade das culturas que encontrou. Por isso, a obra é uma combinação de relatos históricos com elementos fictícios, mostrando as complexidades da experiência humana.
Reflexão Pessoal: Peregrinação é mais do que um simples relato de viagens; é uma intensa reflexão sobre a identidade cultural e a moralidade num mundo em mudança. Fernão Mendes Pinto nos leva a uma trajetória não apenas geográfica, mas também emocional, onde cada encontro revela tanto sobre os outros quanto sobre si próprio. A obra desafia o leitor a pensar sobre as consequências da exploração colonial e a riqueza das diversas culturas que formam o nosso mundo. Em tempos atuais, onde o diálogo entre culturas é essencial, Peregrinação atua como um forte lembrete da importância da empatia e da compreensão mútua entre os povos. A narrativa vibrante e cheia de detalhes torna essa leitura não apenas informativa, mas também profundamente cativante.
Os Maias
Bibliografia da obra: Foi escrita e publica em 1888 (século XIX).
Autor: Eça de Queirós (1845-1900).
Gênero Literário: Romance realista.
Tipos de Discuro Narrativo: Descritivo e reflexivo.
Subgênero Narrativo: Romance de costumes e romance psicológico, com elementos de romance histórico.
Temas: Amor, desilusão, crítica social, identidade e herança, decadência da aristocracia, determinismo social, tabu social.
Estrutura da obra: É dividida em dois volumes, com um total de cerca de 226 capítulos.
Contexto Histórico-Social-Literário: Escrita durante o Realismo/Naturalismo em Portugal, a obra reflete as transformações sociais e políticas do país, com uma abordagem crítica e detalhada.
Narrador: Onisciente, o que proporciona uma visão abrangente dos pensamentos e sentimentos dos personagens.
Personagens: Afonso da Maia: O patriarca da família, que representa os valores tradicionais. Pedro da Maia: Filho de Afonso, cuja vida é marcada por desilusões amorosas. Carlos da Maia: Neto de Afonso, protagonista que vive um romance trágico com Maria Eduarda. Maria Eduarda: A amada de Carlos, cuja relação é complexa devido a segredos familiares. João da Ega: Amigo íntimo de Carlos, que desempenha um papel importante na trama.
Tempo Cronológico-Psicológico: O tempo cronológico abrange a segunda metade do século XIX, enquanto o tempo psicológico é explorado através das reflexões dos personagens sobre amor, perda e identidade ao longo das gerações.
Espaço: A obra se passa principalmente em Lisboa, com descrições detalhadas dos ambientes da elite portuguesa. Outros espaços importantes incluem a propriedade rural da família Maia e a cidade do Porto.
Resumo: Os Maias relata a história da família Maia ao longo de três gerações. A trama foca-se em Carlos da Maia, que se enamora por Maria Eduarda. Contudo, eles descobrem que possuem um passado familiar complexo que coloca em risco seu amor. A obra investiga os dilemas emocionais dos personagens enquanto critica a sociedade burguesa portuguesa, revelando hipocrisias e restrições sociais. Ao longo do romance, Eça de Queirós oferece uma rica tapeçaria de relações humanas e contextos sociais.
Reflexão Pessoal: A leitura de Os Maias constitui uma profunda imersão na sociedade portuguesa do século XIX, abrangendo toda a sua complexidade e contradições. A obra de Eça de Queirós nos estimula a refletir sobre as influências do determinismo social e da decadência moral na vida dos indivíduos. Ao seguirmos a trajetória da família Maia, somos desafiados a confrontar nossas próprias percepções de identidade, moral e responsabilidade. A abundância de detalhes e a análise psicológica dos personagens transformam a leitura numa experiência envolvente e memorável, que nos induz a questionar os valores e as estruturas que sustentam a sociedade.
O Livro do Desassossego
Bibliografia da obra: Foi escrita entre 1913-1934, e publicada em 1982 (século XX).
Autor: Fernando Pessoa (1888-1935).
Gênero Literário: Prosa poética.
Tipos de Discuro Narrativo: Introspectivo e reflexivo, repleto de descrições poéticas e filosóficas sobre a vida, a existência e a condição humana.
Subgênero Narrativo: Diário íntimo, confissão e ensaio filosófico.
Temas: Desassossego e melancolia, identidade, fragmentação, existencialismo, metafísica, transcendência, reflexão sobre a realidade.
Estrutura da obra: A obra é composta por mais de 500 fragmentos, que não seguem uma sequência linear.
Contexto Histórico-Social-Literário: Escrita durante o período do Modernismo em Portugal, a obra reflete as transformações culturais e literárias do início do século XX, com uma abordagem experimental e inovadora da linguagem e da forma.
Narrador: O narrador é Bernardo Soares, um heterônimo de Fernando Pessoa.
Personagens: Não há outros personagens centrais, mais que Bernardo Soares, apenas breves menções a pessoas que fazem parte da vida do narrador.
Tempo Cronológico-Psicológico: O tempo cronológico abrange várias décadas, refletindo a vida de Soares em Lisboa. O tempo psicológico é explorado através das reflexões profundas sobre o passado, o presente e as incertezas do futuro.
Espaço: O espaço predominante é a cidade de Lisboa, com referências a ruas, edifícios e locais públicos. Ao mesmo tempo, o espaço interior da mente e da subjetividade do narrador também é central na obra.
Resumo: Esta obra representa uma compilação de fragmentos redigidos por Bernardo Soares que manifestam suas inquietações existenciais, considerações sobre a vida diária e a busca por um propósito. Por meio duma prosa lírica e introspectiva, Soares investiga temas como solidão, identidade e desassossego. A obra não obedece a uma narrativa linear; ao contrário, oferece uma sucessão de reflexões desarticuladas que expõem a complexidade da vivência humana.
Reflexão Pessoal: O Livro do Desassossego é uma obra que ressoa intensamente com qualquer leitor que já tenha vivenciado momentos de incerteza ou solidão. A escrita introspectiva de Fernando Pessoa, por meio de Bernardo Soares, proporciona uma perspectiva sobre a alma humana, expondo as vulnerabilidades e complexidades da existência. A melancolia presente na narrativa convida uma reflexão sobre o significado da vida num mundo frequentemente caótico e indiferente. Ao nos depararmos com esta obra, somos conduzidos a enfrentar nossas próprias inquietações e a refletir sobre o valor das experiências diárias. Trata-se de uma leitura que não somente desafia nossa interpretação da realidade, mas também nos une à universalidade das emoções humanas.
Os Lusíadas
Bibliografia da obra: Publicada em 1572 (século XVI)
Autor: Luís Vaz de Camões (1580).
Gênero Literário: Épico.
Tipos de Discuro Narrativo: Narrativo, descritivo, com discursos diretos e indiretos.
Subgênero Narrativo: Poema épico.
Temas: Expansão marítima, conquista, heróis, patriotismo, mitologia, religiosidade.
Estrutura da obra: É composta por dez cantos com versos decassílabos em oitavas.
Contexto Histórico-Social-Literário: Foi escrita no auge do Renascimento, período em que Portugal liderava as explorações marítimas, refletindo o orgulho nacional e a ambição expansionista de Portugal.
Narrador: Onisciente.
Personagens: Vasco da Gama: Protagonista da epopeia, líder da expedição marítima. Deuses da mitologia greco-romana: Como Vênus e Baco. Inês de Castro: Protagonista dum episódio trágico secundário.
Tempo Cronológico-Psicológico: Cronológico e atemporal.
Espaço: Oceano Atlântico.
Resumo: Os Lusíadas narra a jornada de Vasco da Gama em busca da rota marítima para a Índia. Através de dez cantos, Camões relata os desafios enfrentados pela frota portuguesa, incluindo tempestades, confrontos com seres mitológicos como Adamastor e as interações com diferentes culturas. A obra exalta o heroísmo dos navegadores portugueses e reflete sobre temas como destino, fé e nacionalismo.
Reflexão Pessoal: Os Lusíadas são mais do que um poema épico; são uma celebração da coragem humana e uma reflexão sobre os custos da ambição e do progresso. Camões consegue capturar o espírito heroico de uma nação e, ao mesmo tempo, questionar os limites do poder e da glória. Sua obra não apenas enaltece os feitos do passado, mas também nos convida a refletir sobre os desafios do presente e os legados que deixaremos para o futuro.
Referências:
“Peregrinação”: resumo da aventura de Fernão Mendes Pinto - RTP Ensina. (2021, December 29). RTP Ensina. https://ensina.rtp.pt/artigo/peregrinacao-resumo-da-aventura-de-fernao-mendes-pinto/
Oliveira, E. S. S. D. (2018). ROMANCE AUTOBIOGRÁFICO e GROTESCO NA PEREGRINAÇÃO – DA ANTROPOLOGIA LITERÁRIA ÀS POTENCIALIDADES DIDÁTICAS [PhD dissertation]. In J. C. S. Pereira & Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. https://estudogeral.uc.pt/bitstream/10316/105124/3/Tese_Doutoramento%20Elisama%20Oliveira.pdf
Os Maias, de Eça de Queirós - RTP Ensina. (2023, September 6). RTP Ensina. https://ensina.rtp.pt/artigo/os-maias-de-eca-de-queiros-2/
Contribuidores da Wikipédia. (2024, September 21). Os Maias. https://pt.wikipedia.org/wiki/Os_Maias
“O Livro do Desassossego”, de Fernando Pessoa - RTP Ensina. (2023, June 26). RTP Ensina. https://ensina.rtp.pt/artigo/fernando-pessoa-2/
“Livro do Desassossego”, de Fernando Pessoa, é publicado. (n.d.). FFLCH. https://www.fflch.usp.br/44676
Os Lusíadas: resumo e análise da obra de Camões. (n.d.). [Video]. Brasil Escola. https://brasilescola.uol.com.br/literatura/os-lusiadas-de-luis-de-camoes.htm
Estudante, G. D. (2018, June 4). Os Lusíadas, de Luís de Camões: Análise e resumo. Guia Do Estudante. https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/analise-os-lusiadas-de-luis-de-camoes
Fernandes, M., & Diana, D. (2024, February 16). Os Lusíadas, de Luís de Camões (com exercícios). Toda Matéria. https://www.todamateria.com.br/os-lusiadas-de-luis-de-camoes/
Presses universitaires du Mirail. (n.d.). Obras estudiadas - Auto da Barca do Inferno (Gil Vicente). https://journals.openedition.org/criticon/4861
Auto da barca do inferno. (n.d.). Google Books. https://books.google.cl/books?id=73WUvzqb-z8C&printsec=frontcover#v=onepage&q&f=false
“Amor de Perdição”, de Camilo Castelo Branco - RTP Ensina. (2022, February 2). RTP Ensina. https://ensina.rtp.pt/artigo/amor-de-perdicao/
De Araújo, A. P. (n.d.). Amor de Perdição. InfoEscola. https://www.infoescola.com/livros/amor-de-perdicao/
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Chegamos de sjdr. Foi uma viagem incrível. Teve coisa boa, coisa ruim, auto descobrimento, percepção do outro e percepção do mundo. Estou feliz onde estou e grato pelas ferramentas que o mundo tem me dado para me fazer alguém melhor.
Vou tentar resumir um pouco o que rolou nesses três dias já que amanhã não vou ter terapia (bem na semana que tenho 50mil coisas pra falar, acho que nesses momentos impera a Leí de Murphy).
Acho que nunca vou estar 100% satisfeito, mas posso me responsabilizar e tentar ficar próximo disso.
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SIM, É REAL! 😱 O Expresso Polar, um dos maiores clássicos de Natal da história do Cinema, vai ganhar uma sequência! A notícia surpreendente foi compartilhada hoje pelo produtor Gary Goetzman. ⠀ Com Tom Hanks no elenco, a animação dirigida por Robert Zemeckis foi lançada há 20 anos, em 2004. Desde então, se tornou um verdadeiro fenômeno cultural. A história segue um menino que pega uma extraordinária carona para o Polo Norte, mas acaba embarcando em uma jornada de auto-descobrimento. ⠀ Uma parte importante do legado de O Expresso Polar é seu estilo inovador de captura digital para animação, o que resultou em uma experiência inédita para o público em 2004. Com a evolução da tecnologia, vai ser interessante ver o que o segundo filme vai entregar. ⠀ E aí, animados para O Expresso Polar 2? 🚂🎄🎅🏻❄️
@mundodeconforto
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Revistando a Legião
Por Djenane Arraes
Legião Urbana costumava ser a melhor banda do universo quando eu tinha 15 anos. O Renato Russo era o maior poeta do rock e tudo que ele dizia fazia sentido na minha vida. Será (sem fazer trocadilhos) que eu manteria a minha opinião nos meus 40 anos? Fazer essa revisão é interessante, pois coloca em perspectiva as informações, habilidades e visões de mundo que foram se modificando com a maturidade. As coisas não permanecem a mesma. Há duas maneiras de fazer essa revisitação à obra de uma banda: uma emocionalmente, e a outra totalmente racional, fazendo uso dos conhecimentos de análise de texto e de contexto.
Meu lado emocional me diz que a Legião Urbana não foi a melhor banda do universo e nem mesmo que o Renato Russo foi essa entidade extraordinária. Por outro lado, a Legião Urbana permaneceu no top 5 das melhores bandas brasileiras, fazendo companhia aos Mutantes, Paralamas do Sucesso, Titãs e Skank. Renato Russo continuou a ser um letrista acima da média, apesar de que muitas das canções hoje são percebidas pela analista em mim de maneira diferente. Como cantor, continuo a considerar Renato com uma das vozes masculinas mais legais, apesar de que é preciso reconhecer que ele costumava desafinar.
O primeiro Legião Urbana, de 1985, é um baita disco. É punk, enérgico e mostra que Renato Russo era um ponto fora da curva em meio a uma gravação horrorosa e uma banda com instrumentistas terríveis e sem experiência - não à toa que o disco foi um pesadelo para ser produzido (Fuscaldo, 2016). A audição mais afetiva é para os hits Será, Geração Coca-Cola e, talvez, Ainda é Cedo. Mas há muitas outras preciosidades ali que hoje presto melhor atenção, como A Dança, O Reggae e Teorema. Isso porque Renato Russo nessa época ainda fazia músicas com coerência narrativa e passava mensagens legais, mesmo quando dizia o óbvio ululante.
O Dois continua a ser a obra-prima da banda, disco bom do lado A ao lado B. Disco em que você conta nos dedos as músicas razoáveis, como Acrilic on Canvas, Plantas Embaixo do Aquário e a fraquíssima Fábrica, que parece música panfletária do PCO. Tempo Perdido foi o hino da minha adolescência. O meu eu analista hoje diz que realmente a música tem o apelo do coming of age que não faz mais parte de mim, porém ficou a emoção nostálgica que faz com que Tempo Perdido não perca a magia. Quase Sem Querer, na minha opinião, continua a ser a grande música do disco, e Eduardo e Mônica contina a ser a grande história de amor da música brasileira.
Eu adolescente tinha um grande apreço pelo disco As Quatro Estações. Mas o eu quarentona e analista nem tanto. O que antes me parecia profundo, hoje eu vejo como um recorte de frases da filosofia oriental e de livros de auto-ajuda com flertes do evangelho. Leia o grande hit Pais e Filhos. Tirando o refrão acachapante, o que existe no corpo da música além de um recorte de frases? Seja sincero. O V é uma vibração semelhante, porém eu penso que ele possui uma metade melhor e mais coerente que começa em Teatro dos Vampiros, e segue com Sereníssima, Vento no Litoral e encerra em O Mundo Anda Tão Complicado. Essas quatro músicas representam a Legião Urbana falando com adultos sobre relacionamentos adultos de maneira franca.
Hoje eu aprecio muito mais o último disco da Legião Urbana, O Descobrimento do Brasil. É um disco sólido, com duas músicas excelentes e todo o resto também com boa qualidade. É claro que você deve estar dizendo que o último disco da Legião, pelo menos enquanto o Renato esteve vivo, foi o Tempestade. Sim, eu sei disso, mas seja verdadeiro: você consegue escutar esse sermão do Renato Russo sobre o próprio funeral? A música mais palatável é 1° de Julho, e mesmo assim eu prefiro mil vezes escutar com a Cássia Eller.
Acho interessante que o meu irmão é muito fã da Legião Urbana. O meu sobrinho se chama Renato e foi uma referência ao Russo. Isso é conhecido e nunca refutado. Estava conversando com ele sobre a minha revisitação ao repertorio, e disse que as coisas que não gostava continuava a não gostar, e as coisas que eu achava o ó do borogodó, hoje eu já tenho um pensamento bem mais crítico, mesmo reconhecendo o grande valor da Legião. Meu irmão continua com a mesma opinião. Gosta até mesmo de Metal Contra as Nuvens, que eu acho um saco! Se é para falar de rehab, a Amy Winehouse fez um trabalho melhor. Ser fã assim deve ser legal... eu não consigo mais.
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Juras de um ano conturbado.
Eu "prometi" a mim mesmo que não te escreveria mais juras de amor. E coloco a palavra entre aspas por nunca ter feito essa promessa, mas por ter acreditado que essa seria a melhor opção pra minha vida. Talvez eu estivesse certo e talvez eu devesse parar por aqui, no entanto não me importo em estar certo ou errado agora. Acho que meu ano e meus sentimentos, sobretudo os que nutro por você, não tem haver com estar certo ou errado.
Eu já questionei se sentir o que sinto era errado. Nunca questionei o sentimento em si, ele prontamente se tornou uma certeza e isso é o mais complexo.
Ele veio como uma bala que me atravessou tão rápido que quando percebi o sangue já vertia do meu ventre. Veio tão feroz e arrebatador que me vi como um animal indefeso, pronto para receber o bote. E ele veio tão complexo e diferente que eu relutei para ver que também poderia ser amor, mas foi.
Amor pela verdade, amor pela autenticidade e pela primeira vez em muito tempo um amor por completo. Um amor que quando aceitei me joguei de cabeça, mesmo sem saber onde estava me metendo. E vivi por esse amor. Talvez esse tenha sido meu erro, me jogar demais sem perguntar se você estava em condições me salvar da queda.
Então eu te li, eu te perguntei, eu te escrevi, eu te falei.
Por vezes me achei um não, mas também me achei um sim e vez ou outra aceitei ser apenas um talvez.
E achei bonito, que belo seria ser um belo talvez.
Mas eu acho que estava querendo mascarar algo que sinto, e como uma criança com medo, deixei esse sentimento enterrado debaixo de cobertores com receio de achar um monstro nas sombras do quarto. No entanto, ele sempre vem à tona e talvez seja hora dessa criança ir até a porta, acender a luz e ver que seu medo era muito mais seu do que do mundo.
E por isso sim, essas são juras de amor. Juras de amor de um ano complicado, um ano de mudança, de confusão e de auto descobrimento também.
São juras onde posso afirmar que tentei, tento e ainda tentarei te amar, se você permitir. Juras de fazer as coisas diferente. Fazer as coisas em um ritmo diferente, com uma forma diferente e com uma leveza que eu acho que nenhum de nós carregava das primeiras vezes que te falei sobre o que sentia.
Eu já te vi como uma Leoa, uma deusa, uma bruxa, uma caçadora implacável e invencível. Já te vi também como um vaso quebrado cujos cacos relutavam para se juntarem novamente. Eu também me vi dessa forma. Hoje eu te vejo como uma pessoa que passou por coisas demais e conheceu muitas pessoas ruins. Mas que não desistiu e cada dia parece se reerguer para conquistar sua realeza merecida.
Sabe o que é curioso? Você sempre me diz que eu sou uma das pessoas mais gentis que você já conheceu. Mas isso sempre me entristece, porque eu gostaria que sua vida tivesse sido repleta de mais pessoas mais gentis que eu.
Eu queria que você pudesse ver a vida como eu vejo e eu espero poder te mostrar um pouco mais de como o mundo é sob minhas lentes. Eu também gostaria de te conhecer em um momento menos turbulento, mas eu fico feliz que o amor parece aos poucos se tornar menos aquele monstro destruidor que você escrevia a alguns meses atrás. Mas acho que talvez não veria toda a beleza da sua jornada se não tivesse te conhecido quando conheci. Então no fim, esse lenga lenga de querer ter te conhecido em momentos diferentes se torna mais algo pra preencher as linhas de meus textos do que uma verdade.
E se eu falo de tanta turbulência, dúvida e inconstância, por que eu escrevo isso? Por que, durante semanas todos os dias eu ia e voltava da faculdade ouvindo a playlist que fiz pra você. Sempre que viajava, você era um dos meus pensamentos recorrentes ao olhar para estrada e por que não houve uma noite sequer que eu tenha deixado de te colocar nas minhas orações.
Venho reiterar, se o que eu sentisse não fosse amor romântico, eu te veria com igual importância e admiração e faço questão de dizer isso para que tudo o que faço, no fim, não passe apenas de atos desesperados para te conquistar. Por que, sinceramente, acho isso meio estranho. O que eu pude e posso fazer está sendo feito, estou dando o que tenho com a maior sinceridade e carinho que posso. Agora se isso vai conquistar seu coração, sua amizade, seu ódio ou sua indiferença, aí é com você e não tem palavra que eu escreva, ou ação que eu faça além de ser sincero que possa mudar isso. Mas uma coisa diferente eu posso tentar.
Nesses meses que nos conhecemos e que eu comecei a te amar eu nunca tive coragem de dizer essas palavras dessa forma, de maneira simples e direta, sempre cai em devaneios e poemas, as vezes até complexos demais. E é até vergonhoso dizer isso, porque são palavras que eu falo tanto, mas que nunca tive coragem de te dizer. Então, mesmo que talvez não seja a hora mais apropriada, enfim deixo aqui minhas juras de um ano turbulento e te digo essas três palavras de maneira simples e direta, após tanto divagar:
Eu te amo.
- Apenas mais um sonhador (perdidamente apaixonado pelo ser mais lindo desse mundo) 26/11/2023
Ps. Não sei que horas você tá lendo isso, mas eu tenho certeza que você tá linda.
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Nunca percebi, que e tão bom ficar sozinho em certas ocasiões em que isso não é um sinônimo de solidão, mais sim de auto-descobrimento.
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Assistir Filme Jobs Online fácil
Assistir Filme Jobs Online Fácil é só aqui: https://filmesonlinefacil.com/filme/jobs/
Jobs - Filmes Online Fácil
A história da ascensão de Steve Jobs, de rejeitado no colégio até tornar-se um dos mais reverenciados empresários do universo da tecnologia no século 20. A trama passa pela jornada de auto descobrimento da juventude, pelos demônios pessoais que obscureceram sua visão e, finalmente, pelos triunfos que transformaram sua vida adulta.
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PJ investiga homem por alegadamente molestar duas jovens em Viana do Castelo
A Polícia Judiciária (PJ) está a investigar um homem, residente no concelho de Viana do Castelo, pela alegada prática do crime contra a liberdade e autodeterminação sexual de duas jovens, naquela cidade, disse fonte policial.
Contactada pela Lusa, a fonte do Comando Distrital da PSP de Viana do Castelo adiantou que o caso, ocorreu, no sábado, cerca das 21h30, durante o Mercado dos Descobrimentos, iniciativa que decorreu junto ao Castelo Santiago da Barra.
"Além de fazer alguns gestos mais lascivos, o homem tentou chamar as menores para perto de si. Com a ajuda de civis que viram as jovens a chorar, o homem pediu desculpa. Já com a PSP no local o homem negou os factos, mas foi identificado pelos agentes policiais. Os civis foram arrolados como testemunhas", especificou.
Aquela fonte revelou que foi "elaborado o auto de notícia, o caso foi comunicado ao Ministério Público (MP), sendo que a investigação passou para a alçada da PJ por se tratar de crimes contra a liberdade e autodeterminação sexual".
"Houve gestos que podiam indiciar quais eram as intenções do homem e daí as jovens terem ficado incomodadas. Abordadas por um civil que as viu a chorar, desencadeou-se tudo o processo", apontou.
A PSP está a investigar a possível ligação deste caso a uma "situação semelhante" registada no feriado do 10 de junho, que envolveu cinco homens e duas menores.
"Não houve qualquer interação, nem abordagem por parte dos homens. Andaram a seguir as jovens", frisou.
A mãe de uma das jovens apresentou queixa na PSP que está a trabalhar na identificação dos homens.
O caso foi participado ao MP, a quem caberá decidir em que força policial delegará a investigação do caso.
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Bom dia!
Por: Fred Borges
Contribua para o Clube de Leitura, mais que uma idéia e ideal de amor, uma prática!
Contribuições á partir de R$10,00 mensais até o dia 10 de cada mês no Pico/CPF: 42297729553 ou Banco Itaú 341 Agência: 3888 CC:22197-9 Frederico Vianna Borges- Sempre enviando comprovante.
De Rerum Natura de Tito Lucrécio Caro ou ás três perspectivas do amor.
O amor é desejo e o desejo é o desencontro pois logo que o desejo é suprido, é suprimido o amor.
Assim o amor está para volatilidade, é volúvel ao ser consumido e consumado ao ser satisfeito, logo podemos inferir que amor é atomicidade física em pleno movimento e mutação,mudança de Heráclito e Tito Lucrécio Caro doença a ser curada.
Em De Rarum Natura;O livro, esquecido durante o declínio do império romano e a ascensão do cristianismo, foi encontrado em 1417 num mosteiro da Alemanha, vindo a tornar-se uma influência decisiva no Renascimento, presente em obras de autores tão diversos como Leonardo Da Vinci, Francis Bacon, Galileu e Maquiavel.
Dentre seus leitores e suas obras encontram-se Erasmo, Maquiavel, Giordano Bruno, Gassendi, Spinoza, Rousseau, Voltaire, Hume, Bentham, Schelling, Mill, Marx, Schopenhauer, Nietzsche e Bergson.
Nietzsche e de Lou Andréas Salomé, de Heidegger e de Hannah Arendt, de Sartre e Simone de Beauvoir.
Me parecem estes terem implodido a existência e resiliência do amor, ou melhor, terem-lhe feito experimento,separado o sentir pelo racionalizar em física e atomicidade em total e parcial desencontros tornando o amor um total desencontro, um desafeto,sendo assim, poderíamos colocar o amor não num altar, mas num degrau menor,das necessidades e desejos de posse, mas posse é aprisionamento, algo que restringe a definição do amor pois amor não é apego é liberdade,amamos pois nós sentimos libertos, livres para amar e ser amado.
Logo ás convenções como casamento contratual vai de encontra a natureza humana, pois contitui-se numa agressão a natureza humana do querer e poder ser; ontologia do ser,ser cognitivo que não auto flagela, agride sua própria natureza.
O amor não é só uma forma de ligação com outra pessoa; o amor é uma forma de auto descoberta e descobrimento do ambiente ao seu redor. E esse continua sendo o desafio fundamental para a condição humana.
Como disse Sócrates:
“Conhece-te a ti mesmo”.
Podemos então estabelecer uma lógica na qual áquelas pessoas que não se conhecem ou pelo menos não procuram incessantemente se conhecer,não estão preparadas a protagonizar e viver o amor e aquilo que podemos considerar a missão maior do amor que é: dar sentido a vida pelo prazer e este prazer se tornar em momentos genuínos de felicidade, logo podemos abstrair que o ato de amar é um ato de liberdade individual de se dar e doar sem espectativas de reciprocidade, pois quem ama é nutrido pelo próprio amor que compartilha com seu semelhante.
A oportunidade e ter a coragem de haver em si a descoberta e exploração,e nunca a espoliação do amor como matéria e material-insumo daquilo que se consume e se transforma em algo a ser consumido, retido, possuído, exibido como conquista material,ou a materialização de uma conquista que logo que é possuída, adquirida, arrematada,comprada, esvai-se como algodão doce na presença da líquida e líquido liquidês dos que transformam matérias em posses, e posses em dinheiro,precificando e rotulando o amor.
Observando teorias e práticas do amor vemos os desastres e desencontros entre o amor em teoria e filosofia e sua realidade crua e nua:
Heidegger, professor de filosofia, seria hoje considerado o rei do politicamente incorreto: traçava sistematicamente alunas e discípulas, entre elas Hannah Arendt, que se apaixonou pelo mestre aos 18 anos.
Ligação muito perigosa, para usar a clássica expressão do escritor Choderlos de Lanclos.
O nazismo estava então em ascensão, Arendt era judia, e Heidegger, para manter sua posição universitária, apoiou Hitler.
Ela emigrou para os Estados Unidos, mas, apesar de tudo, nunca o esqueceu.
Já Simone e Sartre (que era espantosamente feio) trataram de manter o chamado casamento aberto.
Coisa muito difícil, como reconheceu o próprio Sartre:
“O amante exige o juramento de fidelidade e se irrita com o juramento”ao ver amantes frequentando sua própria casa.
Até crianças e adolescentes eram alvos de seus experimentos existenciais de amor e atomicidade.
O conteúdo da De rerum natura precede quase que profeticamente a visão de mundo científica contemporânea: lá está o atomicismo, leis de conservação da matéria e energia, causas naturais para terremotos e percepção relativa da realidade.
“171a olimpíadas, 5g [99a.C]: O poeta T. Lucrécio nasce.
Mais tarde ficou louco devido a uma poção amorosa, embora nos intervalos de sanidade escreveu vários livros, os quais Cícero depois editou.
Matou-se com suas próprias mãos na idade de 44 anos”.
Podemos analisar o amor " líquido" de Zygmunt Bauman, , dizer que a superficialidade e amor fugaz que nos apavora, nos torna descartáveis, objetos de prazer carnal, carnaval, temporal, de um temporal que nos leva, subtrai, nos genitaliza, nos mumifica, nos congela, frita, nos põe no banquete de Platão,na última ceia e revela-se criador e criatura, eu caçador de mim, eu traidor de mim, paradoxo entre discurso e prática,desencontro, mentira, traição de valores proclamado, cinismos e hipocrisias.
Deve-se dar atenção aos conceitos de Shakespeare sobre o amor em suas obras:
Em Henrique V desenvolve os princípios do amor como conquista.
No Mercador de Veneza, o amor é o fruto do discernimento da alma.
No Rei Lear, o amor é a piedade filial de uma filha ao seu pai e todas as provas pelas quais passa dão fé da sua elevação e pureza.
Em Hamlet triunfa a dúvida, no amor.
Em Otelo expõe o reverso obscuro do amor, os ciúmes e como estes vão desgarrando e submergindo no barro e na bestialidade o coração do homem.
Na Tempestade, Shakespeare desenvolve a necessidade das provas que o amante deve superar para se fazer merecedor da sua amada.
No Sonho de uma Noite de Verão canta o amor como o fascínio da existência, a ilusão luminosa que vence todas as regras da razão e que une homens e Deuses.
Na Fera Amansada o amor vive-se como um domínio, como o poder que exerce, com uma vontade férrea, o homem sobre a Natureza, aqui representada pela mulher rebelde.
António e Cleópatra fala do amor como um poder que aniquila. Vénus adormece e vence Marte, diziam os clássicos.
Em Júlio César expõem-se os sagrados deveres dos amantes que uniram as suas vidas no matrimónio.
Romeu e Julieta é a mais bela história de amor que jamais foi escrita. É o amor das almas gêmeas que se encontram.
Em Trabalhos de Amor Perdidos narra-se como uns nobres pretendem fechar as portas do Amor para se entregarem à austeridade, ao estudo e à mortificação.
Como sou romântico sigo com a obra de Romeu e Julieta.
Amor é e sempre será encontro e desencontro, felicidade e infelicidade, prazer e ter, paradigma e paradoxo, tese e antítese,teoria na prática,para amar é preciso amar-se e conhecer-se pois amor é origem e fim, sonhos de uma noite de primavera,outono,inverno e verão.
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A Tai é uma das pessoas mais cativantes que eu já conheci. Ela é doce, sensível, inteligente, generosa, talentosa, queer, livre. Eu amo o quanto a escrita dela reflete tudo aquilo que ela acredita e que faz parte da sua identidade: seu ativismo consciente, seu apreço pela liberdade, a curiosidade pelo novo, o fascínio pelo hedonismo, a busca pela catarse no heartbreak e a terapia no auto-descobrimento.
Do angst ao fluff com influências literárias brasileiras passando por um porn desmistificado e delicioso, as fics dela exploram temas tocantes e profundos da experiência humana. É incrível explorar essas histórias de amor que mais parecem relatos pessoais de tão íntimas, e eu amo me perder nesses universos que me fazem descobrir não só a paixão por um novo rare pair, mas também uma nova camada dentro do coração enorme que ela tem.
Minha amiga, minha confidente, minha crush platônica 😻como foi especial ter te encontrado! Separadas por poucos anos e muitas milhas de distância, as nossas histórias se encontram nas nossas raizes brasileiras e no amor pela vida fandom, pela liberdade de existir e amar, e pela compaixão por aqueles que não conhecem essa liberdade. Amo dividir tanto com você, e me emocionar com as histórias que você cria. Amo a nossa cumplicidade e sintonia! Feliz dia!!!
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Tai is one of the most captivating people I've ever met. She's sweet, sensitive, witty, generous, talented, queer, free. I love how much her writing reflects everything she believes in and that is part of her identity: her conscious activism, her appreciation for freedom, her curiosity for the new, her fascination with hedonism, the search for catharsis in the heartbreak and for therapy in self-discovery.
From angst to fluff with Brazilian literary influences, going through demystified and delicious porn, her fics explore some touching and profound themes related to the human experience. It's amazing to dive into these love stories that are so intimate they feel like personal chronicles, and I love getting lost in these universes that make me discover not only the passion for another rare pair, but also a new layer within Tai’s big heart.
My friend, my confidant, my platonic crush 😻 how special it was to find you! Separated by a few years and a thousand miles, our stories meet in our Brazilian roots and in our love for the fandom life, for the right to exist and to love, and the compassion for those who are denied this right. It’s lovely to share so much with you, and to be touched by the stories you create. I love our complicity and connection! Happy birthday!!!
This is a tiny and special rare gems edition to celebrate you and your contribution to the fandom. Here’s to many more years and stories! Ily viada @teacup-tai
Drarry:
Secretly, between the shadow and the soul (2021, T, 3k) - perfect comfort food full of sweet domesticity and tender falling in love. The summer vibes!!
The thing about surrender is that once you accept the unavoidable rhythm of change, the surprising uncontrollability of life, and the astonishing inevitability of feelings, it is easy.
hear me (with your whole body) (2020, E, 9k) - heartbreaking open relationship gone wrong, this one hits right in the feels. Insecure Harry, unhealthy relationship (communication issues), mentions of threesome, sad blow jobs, open ending ❤️🩹
It was a sexy idea, exploring other bodies with Draco, engaging in sex with other people to spice things up. Something inside of him was excited about the prospect, but the nagging fear, the feeling of abandonment that follows each image that pops in his head is throwing him off. He would give it a go. See what it was like. He could always say no, right?
Dragons Don't Know Paradise (2020, E, 51k) - brilliant and emotional non-magic bookshop AU with Wolfstar raising Harry, online love, hurt/comfort, identity porn, a beautiful ode to queer history. Mind the tags
In 2004, when Remus spends two scary weeks in the ITU due to complications of pneumonia and his HIV condition, Sirius walks around the house like a ghost and Harry finds comfort and strength in Draco through a chat in an online LGBT forum. Harry falls for him, but Draco has a lot of secrets and, before long, will need to come clean—even if he believes that no one is able to understand a dragon. This is a story about falling in love online and about facing the reality of death, but above all, this is a story about hope, finding love and acceptance.
Rare pairs:
Breaking wild roses (stings like love’s pain) (2021, E, 1.3k) - the angsty Pansmione we all need, this is the ultimate h/c treat! Scorching smut with (so many) feels, mentions of infidelity but hopeful ending! Please go check the superb art the iconic @ihopeyoubothstaysafefromharm made for this fic here, you’re welcome :D
I feel like a scream is stuck inside my chest, creeping up in the deep dark hollow of my throat. It’s a mix of pain and agony. So to keep it down, I open my mouth and fill it with your soft, tender flesh. The bronze skin of your shoulder right against my tongue.
Scorching (2020, E, 1.5k) - delicious self-indulgent Pansmione PWP with bathroom sex! @the-sinking-ship summarized it well “pussy and cigarettes” fuck yes 🙌
We don't know how, but they're in this badly lit bathroom, having delicious crazy sex. And Hermione is left completely shaken. Porn without plot.
Rebel Rebel (2020, E, 5.7k) - one of my all-time fave Wolfstar fics, perfect queer aesthetics, festivals, young love and experimentation, tenderness but make it smutty! Friends to lovers with Little Compton Street vibes, this is my shit right here
Sirius has just turned twenty and life is changing around him, blossoming, like Remus wrote in his last letter. This is a story about life and exploration, about feeling lost and finding oneself in other people's bodies, about building love and community. This is a story about hope and sex and growing up.
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Zoroamon
Nível Criança/ Seichouki/ Rookie
Atributo Variável
Tipo Avatar
Campo Unknown (UN)
Significado do Nome Zoroastrismo, antiga religião persa.
Descrição
Das profundezas da Parede de Fogo, onde o espírito de Agnimon um dia habitou, nasceu uma força vinda do sopro de vida do próprio Mundo Digital. O nascimento de Zoroamon se deu em meio à estase da balança da vida após uma grande crise que foi evitada. O surgimento do maior dos males do mundo ou do bem que pode vir a salvá-lo, independente da espécie, da forma ou da origem, surge junto com o conceito que este Digimon carrega consigo.
Não há uma lenda definida sobre este ser, nem um código genético que ele deva seguir, mas o boato que é passado adiante por todo ser vivo que entra em contato com ele, é que Zoroamon carrega um grande poder debaixo de sua máscara. Um poder que ainda deverá ser acessado em sua jornada de auto-descobrimento. Todo aquele que entra no caminho deste viajante da verdade acaba por sentir o poder de sua Mask of Truth, que abala completamente a mente do oponente, deixando-o aberto ao Primordial Fire, onde Zoroamon invoca a chama da vida vinda da própria Parede de Fogo, que consome os dados de seu adversário até o Digi-Núcleo.
Técnicas
Máscara da Verdade (Mask of Truth) - através de um olhar psíquico, aflige a mente do oponente, confrontando-o com seus pensamentos mais profundos, causando dúvidas no adversário e tornando-o incapaz de agir até que resolva seu conflito interior;
Chama Primordial (Primordial Fire) - invoca uma chama com suas mãos, brilhante como as cores que permeiam seu corpo, esse fogo consumidor atinge seu oponente, destruindo seu corpo de forma que somente a alma permaneça ao fim de seus ataques;
Muralha de Chamas (Wall of Blazing Fire) - cria um pequeno muro de fogo brilhante diante de si, para que possa impedir o avanço de seus inimigos e bloqueie a visão de seus alvos e até mesmo alguns de seus ataques.
Informação Adicional
Life Flame
As marcas coloridas que percorrem o corpo de Zoroamon são chamadas de Life Flame (Chama da Vida), e são uma energia vital que bloqueia qualquer influência externa, seja ela luz, escuridão ou até mesmo psíquica. Dizem que a Life Flame é como uma faísca da Firewall, que permitirá apenas a presença de dados que ela julgar necessários, impedindo que Zoroamon tenha seu núcleo afetado por energias indesejadas. A máscara e o manto de Zoroamon também foram encobertos com esse poder, ajustando-se ao fluxo de energia gerado pela chama. Dizem, inclusive, que sua máscara não pode ser removida, pois ela ajuda a regular o fluxo da chama de forma que tudo permaneça estável. Se for removida ou se o fluxo se perder, o poder que a Life Flame esconde pode se descontrolar, de modo que ninguém sabe o que acontecerá a Zoroamon ou aqueles que estiverem ao seu redor.
Artistas: Caio Balbino (LineArt) & Jonas Carlota (finalização).
Digidex: Empírica, Aventura Virtual, Progressista, do Orgulho, Crônica e Infernal.
#DMEdex#DVAdex#DMAdex#DDKdex#TDCdex#HELLdex#digimon#digital#monster#rebuilt#rebuiltproject#oc#digifake#originalconcept#fanmade#digimonart#digimoncon
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Minha 1 obra em "quadrinhos"!
História: É sobre um pato amarelo que viaja pelo mundo sozinho. Ele de vez em quando está angustiado com a vida.
P.s:
° Tem retratação de auto descobrimento sobre sexualidade, gênero e algo a mais.
° Mesmo que o chame no masculino, não sei sobre seu gênero.
° A história OL é o 2 "quadrinho" de mais 2 enredos aproximadamente, ou seja, ao todo dão 3 histórias.
° Não tem cenas eróticas e também vale para os outros quadrinhos futuros, como, uma história que citei na imagem a onde tem bl e é sobre um pato x galo. É estranho por ser um pato x galo! É muito estranho! Eu sei hahahaha e concordo!
° Sou iniciante na arte! Decidi começar a fazer uma história em "quadrinhos" para me ajudar a avançar e assim, irei me incentivar.
Boa noite 🌃
Aqui é o início da minha jornada com o foco para o melhor.
Talvez irei retornar para editar o post.
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Corroìos - Estoril/Cascais - Lissabon
Zaterdag 26 en zondag 27 maart
Het wordt een mooie zonnige dag zo lijkt het wanneer ik wakker wordt 😊. Vandaag ga ik eerst naar de kust, naar Estoril en Cascais waar ik met Connie en René heb afgesproken.
Rond half twaalf komen zij aan met de trein en ben ik op de parkeerplaats in Estoril. Na een warm welkom wandelen we over de boulevard richting Cascais. Halverwege ploffen we eerst op een terrasje om een kopje koffie te drinken, ondertussen natuurlijk druk kletsend over hun dagen in Lissabon en mijn rondreis. Wat is het gelijk heerlijk gezellig!
Ook de zon laat zich af en toe goed zien. Ik ben met mijn lange spijkerbroek misschien iets te warm gekleed...
Wanneer we in Cascais aankomen struinen we wat door de toeristische straatjes om via een marktje rustig weer terug te lopen. We zoeken naar een leuk terrasje voor een heerlijke lunch. Uiteindelijk komen we weer uit bij het koffietentje van enkele uren daarvoor. Maakt niet uit, we eten heerlijk! René bestelt sardientjes die mega groot zijn 😂. Connie en ik eten beiden een heerlijke tosti, ik kies voor een tosti met zalm 😋.
Rond half vier moeten we even terug naar mijn auto, omdat ik voor maximaal vier uur geld in de automaat mocht gooien. We gaan nog even met de voeten in de zee op het strand van Estoril, om rond half zes naar Lissabon te vertrekken. Ik rijd eerst naar de stadscamping en pak van hieruit de bus naar de wijk waar Connie en René verblijven. In de 'Rua Verde Lisboa' drinken we eerst een drankje om vervolgens bij restaurant San Telmo een hapje te eten. We kunnen nog lekker buiten eten.
Na een hele gezellige dag nemen we weer afscheid van elkaar. Morgen ga ik de oude straatjes van Lissabon verkennen terwijl Connie en René hun laatste dag op de boulevard aan de overkant van de Taag gaan doorbrengen.
De volgende ochtend vertrek ik redelijk op tijd richting het centrum van Lissabon. Voor ik het centrum bereik stap ik eerst uit in de buurt van Torre de Bélem. Naast de toren bezoek ik ook het 'Padrão dos Descobrimentos' en 'Mosteiro dos Jérominos'.
Tevens kan ik hier de welbekende zoete lekkernij 'Pastel de Nata' bestellen bij de beste bakker in Portugal: Pasteís de Belem (tenminste dat zeggen ze hier, en is aan de lange wachtrij te zien) 😋.
Ik loop langs terrasjes aan de Taag richting het oude centrum.
Ik heb me een beetje vergist in de afstand 😳...in het oude centrum, wat niet echt een centrum is zoals wij dat kennen rondom een groot plein, is er van alles te zien. Vele gebouwen zijn betegelt met vrolijke tegeltjes of in pasteltinten gekleurd. Ook de gele en rode trammetjes zijn leuk om te zien.
Omdat Lissabon op zeven heuvelen is gebouwd heb je op meerdere plekken ook nog een mooi uitzicht over de stad.
Halverwege de avond keer ik, nadat ik nog uit eten ben geweest, weer terug naar de camping. Morgen vertrek ik weer richting de kust en de natuur 😊.
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