#astronomia desde casa
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Amortentia | J.JK¹
Jeon Jungkook grifinório! x leitora sonserina.
Palavras: 1.337
Sinopse: Em teoria, um grifinório e uma sonserina não poderiam acontecer, mas desde o primeiro dia em que chegaram no castelo, Jean não tira seus olhos de uma sonserina. Mas o moreno logo descobrirá que cobras são mestres em se esgueirar para longe dos holofotes.
Avisos: Um grande slow burn (é preciso pro começo de tudo...), Jk é uma criança atentada, Se tem pouco da leitora, mas nos próximos a gatona aparece com tudo.
J.JK¹ | J.JK² | J.JK³
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A primeira vez que se viram, foi quando saíram do expresso Hogwarts, direto para seu primeiro ano mágico na escola de magias.
Conforme conheciam o castelo, Jeon Jungkook chamou a atenção da garota, assim como a mesma se destacou na multidão, mas entre o turbilhão de emoções de estar na escola mágica pela primeira vez, a vergonha e o medo estavam no top 5 (dos dois). Afinal, assim como poderiam acabar na mesma casa, poderiam muito bem acabar em casas "rivais" - Minerva tinha dito que não gostavam desse termo, mas todos sabiam muito bem como as coisas eram nos corredores e casas comunais.
Ele foi primeiro, o chapéu seletor criou vida, e falou sem parar : "Não há nada escondido em sua cabeça que o Chapéu Seletor não consiga ver, por isso é só me porem na cabeça que vou dizer em que casa de Hogwarts deverão ficar." Ele parecia apavorado, grandes olhos brilhando sob a luz das velas do lugar. Jeon tentava olhar o chapéu, mas não conseguia, adorável, de fato. "Ah, um rapaz curioso, vejo... Poderia ser um lufano, mas paciência não é seu forte... Possui a mente de um Corvinal, mas é de fato..." e então um silêncio de segundos que pareceram um século, com o rapaz dançando na cadeira, e todos olhando em expectativa "Grifinória!".
Toda a mesa vermelha vibrou de emoção, e você não tem certeza ao certo, mas teve certeza que antes de se sentar com sua nova família, ele tinha te olhado em pura expectativa.
Cinco alunos depois, e então era ela quem deveria se sentar na grande cadeira, com o estranho chapéu falante. O discurso inicial foi o mesmo para todos os alunos, até que não era mais. "Ah, seu coração é puro, não se esqueça, e fará grandes amigos, amigos iguais a si..." Mal houve tempo de segurar a respiração em expectativa, quando a voz ecoou, e a realidade congelou "Sonserina!"
Não poderia dizer que estava decepcionada, já que a história da casa era realmente fascinante, mas ela também não poderia negar um nervosismo maior, já que diferente de grande parte dos alunos sonserinos, Sn não era uma bruxa de 'sangue azul' (ou verde), uma vez que não tinha pais bruxos, era "meio sangue".
...
Os primeiros anos, foram calmos. A sonserina aceitou muito bem Sn, e para sua sorte, os amigos amis próximos que fez eram tão focados nos estudos quando ela, o que deixava suas visitas a grande biblioteca bem mais divertidas e agradáveis.
Do outro lado do castelo, Jeon Jungkook era recebido na Grifinória também de braços abertos. No seu primeiro ano, ele se manteve um rapaz tímido, que mal levantava a mão durante as aulas, a menos que extremamente necessário, e preferia passar grande parte do seu dia do lado de fora do prédio.
Mas foi no segundo ano, quando voltaram das férias de fim de ano com as famílias, que todos perceberam uma mudança no rapaz. Agora ele estava mais extrovertido, sociável. Jeon se alinhou a um grupo de amigos, que quando juntos eram inseparáveis e imparáveis, alguns grifinórios, mas nem todos.
Obviamente que o grupo ficou popular rapidamente, sempre chamando atenção, seja por sua beleza, inteligência e principalmente por seu barulho.
As matérias também mudaram um pouco, algumas interessantes, enquanto Sn se apaixonou perdidamente por algumas, como poções e feitiços, sofria com herbologia e astronomia, enquanto Jungkook não tinha preferências, mas se saía bem sem muitos esforço, o que já era uma grande vitória.
Mas se tinha uma coisa que não saia de sua cabeça, era como chamar atenção da garota bonita que viu no seu primeiro dia. Ele sempre a Bia pelos corredores do castelo, e felizmente tinha todas as aulas com ela, mas tinham algum empecilhos no seu caminho: A) Jeon acreditava firmemente que não fazia o tipo dela, B) Ela não parecia ter atenção para outra coisa se não aulas e a pior: C) ela era uma sonserina, e ele um Grifinório.
"Mas isso é ridículo, pelo amor de Merlim!" O Corvinal Namjoon reclamou com o mais novo, quando ele falava pela milionésima vez sobre a garota. Hoseok e Jimin riram do cutucão na cabeça que levou. "Primeiro que ninguém mais vê rivalidade nenhuma entre as casas, segundo que ela só é mais introvertida, você era assim também, lembra?"
"É, você só precisa de um bom plano pra chamar a atenção dela, e tals" seu amigo Taehyung comentou distraído com alguma coisa, e Yoongi adiciona um comentário engraçadinho de mais para Jeon: "E que seja rápido, ou Jimin vai se cansar de esperar por você, vai passar na sua frente."
Naquela noite, antes de dormir, Jungkook olhava para o céu noturno em sua janela, imaginando o que poderia fazer para finalmente fazer com que a garota o percebesse...
Quando as aulas voltaram, tudo parecia normal para Sn, mas aos poucos, ela percebeu que na verdade não estava nada normal. Conforme as matérias eram dadas, Jeon Jungkook se tornou mais... participativo.
O moreno começou a levantar sua mão, fazer comentários e tentar passar a sua frente, mesmo quando o professor te dava a vez de falar.
Aquilo pode ter a incomodado, mas Sn tentou não transparecer, pois não quis parecer mesquinha com tal assunto, então conforme Jeon agia, ela apenas o encarava, perplexa e logo voltava sua atenção ao que realmente importava.
Sem perceber, Sn estava em algum tipo de competição academica com Jungkook, e se tornaram a maior fonte de pontos de ambas as casas, e de entretenimento para a toda a escola. A rivalidade ficou tão vivida, que reascendeu a chama da confusão Grifinória x Sonserina, e até os fantasmas comentavam sobre.
Quando no terceiro ano, o rapaz começou a ficar mais ousado, usando provocações muito mais diretas.
"Boa sorte na aula de poções hoje, cobrinha" o moreno disse, quando passava pelo corredor para a sala de aula, bagunçando os cabelos da garota, o que fez algumas meninas atrás dela soltarem uma risadinha zombateira. Ela queria muito bater nele.
Mas ela nunca reagia. E isso sempre parecia jogar mais gasolina ao fogo. Não importava o que ele dizia, sua expressão era sempre a mesma: uma revirada de olhos, e apenas. Uma vez que a garota não sabia qual a intenção do rapaz de ter começado a agir assim do nada, ela preferia focar no mais importante, que eram seus estudos.
"É uma tática idiota..." Namjoon começou a comentar uma vez, eles estavam reunidos no pátio no fim de semana, e em uma rara ocasião, o mais novo estava com um livro estudando, "mas pelo menos te fez abrir um livro"
"Pontos para Sn, então!" Jin levantou sua xícara de café sorrindo para o mais novo que apenas rolou os olhos.
Mas Jungkook estava cada vez mais frustrado. Não importava o que ele fazia, quantas vezes a interrompia, quantas vezes nos corredores esbarrava na sonserina "sem querer", ou até por querer... Nada parecia surtir efeito. A única reação que conseguia era uma revirada de olhos, e só. SÓ!
Foi então que em mais uma noite, olhando para o mesmo céu escuro, que mais uma ideia surgiu, e dessa vez, ele tinha certeza que não tinha como ela o ignorar.
...
Quando Snape a chamou então em sua sala, o que era algo estranho, já que ela não era o tipo de aluna que precisava ser chamada em sua sala. Mas já que foi, não quis o fazer esperar.
Assim que chegou na sala, fitou a porta por longos segundos, com medo do que lhe esperava lá dentro. Mas sem enrolar muito, para não irritar o professor que já tinha pouca paciência, bateu, e esperou sua confirmação.
Enquanto caminhava pelos corredores silenciosos daquele lado do castelo, Sn não pôde deixar de imaginar milhares de cenários diferentes, mas em nenhum deles, a preparou para a cena que encontrou.
No momento em que o Professor Snape abriu a porta, ela pode ver além de sua carranca, a figura de Jeon Jungkook sentado em uma cadeira, bebendo chá calmamente. Ah, não, não, não, não ....
"Senhorita S/s, como minha melhor aluna, quero que seja tutora desse... rapaz."
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SERKAY TÜTÜNCÜ — Alto, quem vem lá? Oh, só podia ser YASAR RAHMAN ÇETINKAYA, o ASTRÔNOMO de 29 anos que veio de DOUDELUNE. Você quase se atrasou hoje, hein? Eu sei que você é normalmente PRESTATIVO e ÁGIL, mas também sei bem que é PESSIMISTA e GANANCIOSO então nem tente me enganar. Ande, estão te esperando; entre pela porta de trás.
gênero: cis-gênero masculino. pronomes: ele/dele. sexualidade: pansexual, panromantic. responsável pelo observatório astronômico.
Deixar a Turquia nunca foi apenas um desejo, era um plano cósmico. Yasar sabia que esse dia chegaria, pois quem disse que conseguiria viver para sempre sob o peso dos problemas dos pais e a dissimulação dos irmãos? Como o terceiro filho de cinco, ele frequentemente se sentia como um planeta anão esquecido, perdido na vastidão da família, orbitando à margem. Seu refúgio era o mundo dos livros, das estrelas e do infinito céu.
Apaixonado desde cedo pela astronomia, Yasar enfrentava tempestades familiares devido ao seu fascínio pelo universo científico. Estudava clandestinamente nas bibliotecas públicas, pois não podia trazer para casa aqueles livros acadêmicos. Na escola, sua paixão pela ciência também era eclipsada, uma instituição que seguia uma órbita religiosa, frequentemente distorcendo fatos científicos ou históricos, o que causava frustração em Yasar.
A gota d'água foi quando seu pai lhe apresentou uma foto e um nome, a imagem de sua futura esposa. O casamento, um acordo selado entre as duas famílias, foi imposto a ele aos quatorze anos, um destino já traçado nas estrelas. No entanto, Yasar não aceitaria ser aprisionado. Mesmo muito jovem, arranjou um emprego e começou a traçar sua rota de fuga daquela prisão, almejando um caminho no espa��o científico.
Embora não pudesse evitar o casamento, Yasar encontrou um raio de esperança. À medida que a união lhe concedeu algum controle sobre sua vida, ele escolheu a astronomia como sua órbita principal, transformando sua paixão em sua profissão. Seus estudos rapidamente deram fruto e ele foi convidado a trabalhar em um dos centros de pesquisa da Turquia. No entanto, a influência da família ainda o prendia.
A verdadeira fuga para a liberdade veio quando uma carta de uma universidade francesa o convidou para estudar em solo francês. Yasar não hesitou em aceitar, cortando os laços com sua vida passada como um pequeno meteoro fugindo pelo céu, passando pela atmosfera terrestre e sumindo ao ser desintegrado. Ao chegar a Doucelune, sentiu a doçura da liberdade, deixando para trás a esposa, como se ela fosse uma constelação que não fazia mais parte de seu firmamento.
Mergulhando de cabeça na ciência, Yasar se tornou um cometa em rápida trajetória pela Universidade de Doucelune. De manhã dava aulas e suas tardes eram ocupadas com pesquisas nos laboratórios, como uma sonda explorando novos territórios. Seu nome logo ficou conhecido na França, até que recebeu um convite do Palácio de Versalhes para liderar o observatório astronômico real. A honra do convite o seduziu, já que trabalhar para a realeza parecia ser o ponto culminante de sua carreira, uma órbita que muitos pesquisadores desejavam alcançar.
Contudo, Yasar não esperava que, ao assumir o cargo, sua função se resumiria a iluminar os céus noturnos para nobres distraídos. Embora o salário fosse o triplo do que recebia antes na universidade, a frustração se acumulava em sua alma. A rotina monótona de interações sociais vazias ou a solidão enquanto observava o firmamento não eram o que ele esperava daquela posição.
No momento em que a seleção foi anunciada, trazendo uma nova onda de pessoas para Versalhes, Yasar viu uma oportunidade de brilhar novamente. Ele decidiu revelar o poder e o encantamento do universo, mesmo que isso incluísse demonstrações dramáticas de estrelas explodindo e meteoros colidindo. Como um cometa destemido, ele estava determinado a cativar o novo público com o esplendor do espaço.
#b#estrela cadente passando pela dash 🪐☄️#CONSIDERANDO LIKE PARA PLOTS#、 ๋࣭ ⭑ ་ ⸼ ⸒ ⠀ ⠀ ⠀𝐋𝐎𝐎𝐊 𝐀𝐓 𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐓𝐀𝐑𝐒 › about
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Os Dreamers se apaixonando por você
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Mark
Como tudo ao contrário Mark não liga muito pra coisas simples que você se preocupava muito, dava um de malandro pra todo mundo, pra várias coisas era bem leigo, depois de te conhecer ele aprendeu muitas coisas mas pra manter a pose sempre iria dizer pra você "eu já sabia disso a mó cota filhona" , quando começasse a gostar de você iria se questionar sobre várias coisas, não iria te pressionar , iria te chamar pra sair vez ou outra, teria várias letras de rap falando de você mas nunca comentava sobre com você,mas um dia quem sabe ele te mande "sem querer"
Renjun
Ele iria jogar várias indiretas que estaria na sua , como um bom ariano quanto mais você se fizesse de difícil ele te encararia com um desafio, te mandaria convites pra passeios , jantares ou só ficarem juntos na sua casa vendo netflix e usaria sua mãe ou favor dele já que a mesma adora ele "eu poderia ser seu genro mas tua filha é lerda"
Jeno
Jeno nunca acreditou no por acaso, se ele botou os olhos em ti e se encantou , quando ele sentiu que bateu o amor você estava sorrindo e se a vida dele era preto e branco antes, tudo ficou rapidamente colorido só com seu rosto iluminado com um sorriso
Haechan
Ele iria te conhecer em uma das resenhas que iria com os meninos, se surpreendeu quando você chegou nele primeiro já que estaria criando coragem pra chegar em você sem parecer "desesperado"
Jaemin
Jaemin era um cara mais centrado,fazia amizades aqui e ali porém tinha só seis caras que poderia confiar e realmente chamar de amigos e estava se preparando para entrar na melhor faculdade da cidade e estava tudo sob controle, ou até Haechan aparecer com a priminha no rolê assim que botou os olhos em ti ele se sentiu estranho, você era a cópia de Haechan na personalidade, e como você não tinha nada pra fazer sempre ia com o primo pras revoadas, resenhas, afters, entre vários lugares que o Lee sempre estava , o Na não te levava a sério, achava suas cantadas "brincadeiras típicas dos Lee" isso até você beijar jeno , o loirinho não sabia explicar a raiva que sentiu no momento que te puxou de perto do melhor amigo e te beijou , só escutou chenle dizendo "então era só ela ter beijado um de nós pro besta descobrir que gostava dela? Sério isso?"
Chenle
Desde criança chenle sabia que vocês dois ti há uma conexão fora do comum, a medida que foram crescendo ele foi percebendo coisas diferentes , quando estavam juntos esquecem das redes sociais, apenas a presença um do outro bastava pra se divertirem sozinhos , modo avião sempre marcando presença nos encontros, ele daria um jeito de fazer você sentir o mesmo que ele nesse mundinho sem Internet
Jisung
Jisung como um bom fã da NASA, sempre te falava sobre as constelações e as estrelas e o quanto queria mudar de planeta , e ficaria bobinho se você também curtisse esses lances de astronomia, até que um dia iria soltar a famosa frase "a lua tá bonita" e esperaria pelo seu "as estrelas também"
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insuficiência.
A silhueta da mulher que dormia na cama iluminou-se quando um relâmpago forte surgiu no céu e adentrou o quarto. Edu, que estava nu sentado à beira da janela, fumava um cigarro enquanto assistia os carros lá em baixo passando em meio as poças de água. Eram por volta das três da madrugada, mas a cidade parecia mais acordada - mais viva - do que nunca.
Olhou para a mulher na cama. Ela era linda. Estava deitada de bruços deixando à mostra suas tatuagens nas costas. Eram tantas que pareciam um mapa - Edu lembrava-se de passear seus dedos sobre as linhas percorrendo cada traço do desenho -, estava sem coberta alguma e usava apenas uma calcinha da calvin kelin.
Era a quinta vez que se viam só este mês, e Edu sabia que para alguém como ele, era algo anormal em sua vida. Nunca ficou com a mesma mulher por mais de duas vezes, e isso por vontade própria. Tinha sérios problemas de afeição e se tornar importante na vida de alguém o deixava com medo. Ele carregava traumas de apego e reciprocidade desde sua infância e consequentemente trouxe isso para sua vida adulta.
Mas com essa mulher era diferente. Enquanto que com as outras ele sentia que mantinha o controle da situação, quando por exemplo via que as coisas estavam caminhando para algo sério, ele cortava o mal pela raiz. Ele sabia lidar muito bem com isso. Mas com a mulher deitada em sua cama nesse momento percebera que ela tinha o controle da situação. Que ela tinha um poder de dominação maior sobre ele. Não era só sexo.
Eles se conheceram na faculdade, e quando ele a levou para casa em meio uma chuva forte como está que caia lá fora, eles não transaram como sempre acontecia. Pelo contrário, começaram a conversar sobre como uma boa música pode ser especial num clima como este. E logo ela pegou um cd da grande pilha que tinha no chão e colocou para tocar no som antigo. Ela passeava pela sala olhando cada detalhe ao som de Heavenly. Comentava sobre os artistas que Edu achava que só ele conhecia e ia citando trechos de Vinicius enquanto olhava fixamente para os olhos de Edu, olhos de jabuticaba que demostravam exatamente seu interior.
"E por falar em saudade,
onde anda você
onde andam os seus olhos
que a gente não vê..."
A essa altura Edu sabia que tinha algo de diferente com essa mulher. Não era só a beleza dela que lhe chamava atenção. Tinha algo mais. Eles beberam vinho em xícaras e fumaram cigarro enquanto Edu falava da sua pequena coleção de moedas da copa do mundo. Edu a ouviu falar por meia hora sobre astronomia - mesmo ele não levando muito a sério o tema - com fascinação. Beberam mais vinho e quando Edu abriu a segunda garrafa percebeu em como a chuva estava forte lá fora. Ela aumentou mais o som e a voz Greg Gonzalez tomou conta do ambiente minúsculo que era o apartamento. Com um cigarro entre os dedos, ela dançou pela pequena sala de Edu, ele, maravilhado pela mulher que rodopiava em sua sala não conseguia esconder o riso que seus lábios insistiam em deixar a mostra.
Depois da quarta ou quinta garrafa de vinho, quando ambos estavam já seminus dançando pela sala, eles transaram pela primeira vez. Edu ficou fascinado pela tatuagem nas costas da mulher. Era como se fosse uma árvore, uma grande árvore da vida, tão bem detalhada que Edu passeava seus dedos sobre os traços finos como se fosse um mapa do tesouro. Todo seu corpo era um mapa - atraente, da cabeça aos pés - e isso deixava Edu encantado. Naquele dia ele sabia. Sabia que ela era diferente e que sua vida tomaria rumos diferentes depois que a conheceu. Mas tinha receio ao pensar que ela tinha conhecimento apenas de um lado dele, o lado que ele permitia mostrar... Edu era um homem machucado, emocional e fisicamente. Tinha mais dias ruins do que bons, e em todo seus vinte e quatro anos ele não conseguia superar seus traumas do passado. Valia a pena trazer ela para o meu mundo? Mostrar o homem machucado que sou? Ele lamentava dentro de si. Uma mulher como ela não merecia percorrer os traumas de Edu. Era o mesmo que estar deixando-a fadada ao sofrimento. E Edu sabia disso. Todo mundo tem uma cruz para carregar nessa vida, e a de Edu apenas ele poderia carregar, assim como vem carregando há tantos anos.
O barulho das buzinas lá em baixo o fazem despertar de seus pensamentos. Ele acende outro cigarro e abre devagarinho a janela de vidro. O sopro frio e congelante do vento toma conta do corpo de Edu. Os pingos de chuva batem sobre seu rosto. Ele dá outra tragada e joga o cigarro no cinzeiro no canto da janela.
– Edu... Que frio! Vem pra cama! - a mulher com o mapa nas costas acorda e se revira na cama. – Edu?...
Lá em baixo o alarme de carro soa e os gritos das pessoas ecoam pela escuridão do quarto.
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Nome: Edward John Davenport.
Idade: 30 anos.
Ocupação: lord Davenport.
Orientação: Heterossexual.
Verse: bridgerton.
Origem: Escócia.
FC: Max Parker.
Status: Fechado para plots.
˛ ⠀ ⋆ ⠀ ✶ ⠀ ⠀ ៹ Pinterest. ⊱
Edward Davenport, terceiro filho do Barão de Canterbury, nasceu em uma casa de campo no interior da Escócia, ainda que seu pai fosse inglês. Foi uma exigência de sua mãe, escocesa, que todos os filhos nascessem lá, para que se sentisse próxima de seus ancestrais e tradições. E assim, poucos meses após o nascimento, Edward fez sua primeira viagem de navio, para que fosse instalado junto da família na Inglaterra.
Desde cedo, ele demonstrou uma conexão especial com a natureza e os animais, passando horas brincando no campo e escalando árvores, mesmo que seu pai o repreendesse em determinadas situações, exigindo um comportamento adequado. Seu pai e irmãos foram seus mentores, transmitindo-lhe sabedoria e ensinando-o sobre os valores de honra e integridade.
Apaixonado pela astronomia, foi essa a especialização escolhida em Eaton enquanto estudava. Foi lá também que seu vínculo com os Carmichael se estreitou, ainda que fosse três anos mais velho que William. Àquela altura, já encontrava-se em um arranjo com Clementine, casando-se após a formatura. As duas famílias sempre haviam sido próximas, por conta da origem escocesa, e sua mãe não poderia achar uma única moça em Londres que considerasse mais apropriada para ele, do que Clem.
Com o passar dos anos, Edward manteve-se fiel aos seus princípios e valores, tornando-se um homem respeitado em sua comunidade. Sua inteligência e perspicácia eram evidentes em cada decisão que tomava como proprietário de terras. Sua dedicação em manter o bem-estar de sua família e terras foi o que tornou o Lord Davenport alguém respeitado na alta sociedade.
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ele é apenas GONG TAESUNG, um DANÇARINO de ZAKYNTHOS, GRÉCIA. chegou a zakynthos faz DOIS ANOS e aparentemente está amando a estadia. SUNG tem 24 anos e desde sempre dizem que ele é AUTODIDATA, RESERVADO, SONOLENTO e SARC��STICO.
aesthetic: astronomia, preguiça, travesseiros macios, ambientes escuros, silêncio, flauta, violão, sofá, banho de banheira, luz de velas, dorme em qualquer lugar, odeia acordar cedo, só acorda depois de meio dia, sono excessivo, pijamas macios, hábitos noturnos, voz de anjo, dança, pole dance, chá, energético, milk-shake, patins.
resumo: nasceu em Zante e voltou para a Coréia aos seis anos junto com o irmão gêmeo após os pais morrerem. sofre de Narcolepsia, um distúrbio do sono caracterizado por sonolência excessiva durante o dia, mesmo quando a pessoa dormiu bem à noite. voltou para a ilha fazem dois anos para reformar a casa dos pais, que estava sob risco de ser demolida de tão velha, Sung e o irmão estão fazendo a reforma aos poucos e conforme ganham dinheiro. trabalha em uma boate (talvez a Fire) como dançarino na parte da noite em alguns dias específicos da semana, Gong apenas dança sensualmente e pode até fazer strip-tease, porém, ele não vende seu corpo ou dorme com pessoas por dinheiro. nas noites livres costuma cantar em restaurantes e bares locais, também é possível encontrá-lo cantando em algum casamento ou festas particulares por aí. ele não faz shows eróticos para despedidas de solteiro particulares, não insista. não suporta qualquer outra atividade física que se não seja dança.
Taesung é reservado e tímido, acostumado a viver dentro da própria bolha costuma agir de duas formas com outras pessoas: provocativo ou educado. depende do que se desperta nele. orgulhoso que só, não costuma dar o braço a torcer facilmente, por ser acostumado a ser sozinho, acredita que consegue se virar sozinho sempre e odeia que apontem que esteja fazendo algo errado. quando está no palco adota outra personalidade, é como se não fosse o Taesung ali, ele é sexy e hipnótico, mas se você o encontrar na rua e falar alguma coisa ele vai corar feito um tomate maduro.
bio completa
nasceu na ilha com seu irmão, seus pais migraram da Coréia do Sul para Grécia cinco anos antes e ali se estabeleceram, infelizmente um terrível acidente os levou a óbito e aos seis anos os gêmeos retornaram para a Coréia para serem criados pelos avós. devido a divergência de personalidade e por brigarem constantemente foi acordado que cada um seria criado por um casal de avós, Taesung ficou então com os avós paternos.
sempre dormiu demais, com receio de que o menino tivesse algum problema de saúde, seus pais o levaram a alguns médicos na infância até que se chegou ao diagnóstico de Narcolepsia, um distúrbio do sono caracterizado por sonolência excessiva durante o dia, mesmo quando a pessoa dormiu bem à noite. os ataques de sono podem ocorrer a qualquer momento e em situações inusitadas: em pé dentro de um ônibus, durante a consulta médica, dirigindo o automóvel, ou operando máquinas, por exemplo. o problema é que isso afetava Taesung na escola, visto que o pequeno vivia dormindo nas aulas, mesmo que estivesse no período da tarde. sem outra alternativa, os avós o tiraram da escola e mais tarde ele completou os estudos através de supletivos.
não ir à escola lhe trouxe coisas boas e ruins, a começar por sua habilidade em aprender sozinho instrumentos musicais e dança, o primeiro que aprendeu sozinho foi flauta, passando logo depois para violino, violão e guitarra. não demorou muito para que seus avós o estimulasse e o colocasse em aulas (tanto de instrumentos quanto de dança), por mais que aprendesse bem sozinho, era solitário demais fazer tudo sozinho sempre e é aqui chegamos no ponto negativo dele não ir à escola, cresceu sozinho e com pouquíssimos amigos. foi na adolescência que começou a se aproximar mais de seu irmão gêmeo, estabelecendo um vínculo meio esquisito, onde o amava profundamente, mas o repudiava na mesma medida.
foi em uma dessas aulas que uma grande empresa de entretenimento o descobriu, Sung até tentou se tornar um idol, talento ele tinha de sobra, o problema era seu sono completamente desregulado. acordar cedo era impossível para ele, seu sono era tão pesado que por vezes acharam que estava morto. sempre que fica exausto acabava apagando, o que o faz dormir em qualquer canto, ainda que prefira uma cama confortável.
tirando a dança, repudia qualquer outra atividade física e foi por isso que começou a trabalhar como dançarino em boates após completar a maioridade, já que não conseguir ser um idol, então que utilizasse seus talentos para ganhar dinheiro de alguma forma, sem contar que um emprego normal e em horário comercial estava totalmente fora de cogitação. outra coisa que começou a fazer foi cantar em bares e restaurantes na parte da noite, ás vezes até mesmo em casamentos, a única coisa que nunca fez foi fazer apresentações em despedidas de solteiro, aí já era demais para sua timidez.
sua volta para Zakynthos se deu por causa da casa de seus pais, a habitação estava caindo aos pedaços e corria o risco de ser demolida se não fosse reformada, foi assim que os gêmeos se viram unidos de verdade pela primeira vez e retornaram para a cidade natal. os dois vivem sob o mesmo tento atualmente e juntos tentam reformar a casa conforme vão ganhando dinheiro.
Taesung é reservado e tímido, acostumado a viver dentro da própria bolha costuma agir de duas formas com as outras pessoas: provocativo ou educado. depende do que se desperta nele. orgulhoso que só, não costuma dar o braço a torcer facilmente, por ser acostumado a ser sozinho, acredita que consegue se virar sozinho sempre e odeia que apontem que esteja fazendo algo errado. quando está no palco adota outra personalidade, é como se não fosse o Taesung ali, ele é sexy e hipnótico, mas se você o encontrar na rua e falar alguma coisa ele vai corar feito um tomate maduro.
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A Religião Mesopotâmica Antiga: O Berço das Crenças e Culturas
A Mesopotâmia, muitas vezes referida como o "berço da civilização", foi o lar de algumas das civilizações mais antigas do mundo, como os sumérios, acádios, assírios e babilônios. Estas culturas desenvolveram não apenas avanços tecnológicos e culturais significativos, mas também uma rica e complexa tradição religiosa que influenciaria religiões posteriores em várias partes do mundo.
O Contexto Histórico e Geográfico
Situada entre os rios Tigre e Eufrates, na região que hoje corresponde ao Iraque e partes do Irã, Síria e Turquia, a Mesopotâmia foi o palco de grandes inovações humanas, incluindo a escrita, a matemática e a astronomia. Neste ambiente fértil e dinâmico, as crenças religiosas desempenhavam um papel central na vida cotidiana, moldando tanto a vida social quanto política.
Os Deuses e a Cosmologia
A religião mesopotâmica era politeísta, com um vasto panteão de deuses e deusas que representavam forças naturais, aspectos da vida cotidiana e conceitos abstratos. No topo do panteão, estava Anu, o deus do céu, considerado o pai dos deuses e dos homens. Outros deuses principais incluíam Enlil, o deus do vento e da tempestade, e Enki, o deus da água e da sabedoria.
Cada cidade-estado na Mesopotâmia tinha seu próprio deus ou deusa protetor, que era considerado o verdadeiro governante da cidade, enquanto o rei agia como representante terrestre desse deus. Por exemplo, Uruk era dedicada à deusa do amor e da guerra, Inanna (conhecida como Ishtar em acádio), enquanto Nippur era a cidade sagrada de Enlil.
Mitologia e Textos Sagrados
A mitologia mesopotâmica é rica em narrativas que explicam a criação do mundo, a origem dos deuses e o destino dos homens. Um dos textos mais conhecidos é o Enuma Elish, o épico da criação babilônico, que descreve como o deus Marduk derrotou o caos primordial representado pela deusa Tiamat para criar o mundo e estabelecer a ordem.
Outro texto crucial é o Épico de Gilgamesh, uma das obras literárias mais antigas da humanidade. Este épico narra as aventuras do rei Gilgamesh, incluindo sua busca pela imortalidade, e reflete questões profundas sobre a vida, a morte e o legado humano. O Épico de Gilgamesh também contém uma versão do dilúvio, semelhante à narrativa encontrada mais tarde no Gênesis da Bíblia.
Rituais e Práticas Religiosas
Os mesopotâmicos realizavam uma variedade de rituais e cerimônias para honrar seus deuses, que variavam desde sacrifícios de animais até complexos festivais religiosos. Um dos mais importantes era o Akitu, o festival do Ano Novo, que era celebrado com grande pompa e cerimônia em várias cidades, especialmente na Babilônia. Durante o Akitu, a estátua do deus principal era levada em procissão, e rituais eram realizados para garantir a renovação da ordem cósmica e a prosperidade da cidade.
Os templos, conhecidos como zigurates, eram o centro da vida religiosa e social. Essas enormes estruturas escalonadas serviam como locais de culto e como a casa terrena dos deuses. Os sacerdotes desempenhavam um papel crucial na mediação entre os deuses e os humanos, interpretando sinais divinos, conduzindo rituais e mantendo os templos.
O Legado da Religião Mesopotâmica
Embora a religião mesopotâmica tenha desaparecido com o declínio das civilizações da Mesopotâmia, seu legado perdura. Muitas das suas ideias, mitos e símbolos foram absorvidos por religiões posteriores, especialmente as religiões abraâmicas. A noção de um dilúvio universal, a ideia de um jardim paradisíaco (como o Éden) e os temas de luta entre o bem e o mal podem traçar raízes em mitos mesopotâmicos.
A influência mesopotâmica também pode ser vista na astrologia e na prática religiosa ocidental. O zodíaco, por exemplo, tem suas origens nos sistemas astrológicos desenvolvidos pelos babilônios, que acreditavam que os movimentos dos astros refletiam a vontade dos deuses.
Conclusão
A religião mesopotâmica antiga é um testemunho do poder da espiritualidade em moldar culturas e civilizações. Embora tenha sido uma religião específica de um tempo e lugar, suas ideias e mitologias transcenderam suas origens, deixando uma marca indelével na história da humanidade. Ao explorar suas narrativas e práticas, podemos obter uma visão mais profunda das crenças e valores que sustentaram uma das civilizações mais influentes do mundo antigo.
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Um sonho distante
Eles estavam no telhado da casa dela, e ela sabia que ele amava astronomia. Então ao se virar viu os olhos dele brilhando de paixão e ternura ao ver aquele céu estrelado (mal sabia ela…) L: "Você sempre amou astronomia né?" V: "Acho que desde a adolescência…" Ela começou a falar em termos astronômicos o que o deixou impressionado. Ele pensava "Será que ela pesquisou qual é a Proxima Centauri, para estar falando assim?… Q linda" E continuaram ali conversando durante um tempo��� L: "Pq você ama tanto astronomia?" V: "Acho impressionante o quanto o universo se modelou para ser o que é hoje, quantas coisas ele passou, quantos bilhões de anos para ficar tão lindo e sereno…" Ele não teve nenhuma resposta depois disso. Ela pensava "Kramba ele realmente ama isso, queria que ele gostasse assim de m.." V: "Eu acho que o universo tem inveja de você." L: "Por que?" V: "Ele passou trilhões de anos para se moldar e ficar lindo, vc só precisou de poucos anos para se tornar tão linda e especial que nem ele…"
(Tomara que na vida real essa historia tenha um final feliz, pensou o criador disso)
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Como o filme Ágora enganou-se sobre Hypatia: Ágora não oferece nenhuma pista de que Hypatia era também uma filósofa considerada internacionalmente e a líder da Academia Neoplatonista em Alexandria. Sócrates Scholasticus escreveu que ela "fez tais conquistas na literatura e na ciência, que ultrapassou de longe todos os filósofos de seu próprio tempo". Ele passou a elogiar "sua extraordinária dignidade" e sua poderosa autoridade cívica: “Por causa do auto propriedade e da facilidade na maneira que ela havia adquirido em consequência do cultivo de sua mente, ela não raro aparecia em público na presença dos magistrados".
Embora algumas fontes coloquem o nascimento de Hypatía em torno de 370, sua biógrafa Marie Dzielska concluiu que ela nasceu mais provavelmente em 350. Isso faria com que ela tivesse cerca de 40 anos quando o Serapeum foi derrubado, e mais de 60 na sua morte em 415. O filme mostra uma jovem, e às vezes feminina, Hypatia. Rachel Weisz tem 30 anos, e não envelhece durante o filme. Esta Hipatia não "veste o manto de seus filósofos e caminha pelo meio da cidade", como Damascius descreveu. Ao invés disso, ela joga um pano escuro diáfano sobre um ombro. Ela também não é mostrada, recebendo multidões de visitantes em sua casa. Mas Weisz projeta a profunda inteligência da mulher.
A ênfase está na Hipatia como astrônoma e matemática, deixando de fora seu ensinamento como filósofa. Suas realizações nesses campos foram famosas, embora nenhum de seus escritos tenha sobrevivido. Ela escreveu comentários e editou obras sobre astronomia e matemática. Ela desenhou os planetas, trabalhou com seções cônicas, inventou o hidrômetro e trabalhou com astrolábio. (Alguns dizem que ela inventou este instrumento, mas os estudiosos dizem que é mais provável que ela o tenha aperfeiçoado). O filme mostra um pouco disto, mas também inventa um enredo sobre sua investigação do modelo heliocêntrico de Aristarco.
"Muito bem, esta é uma história fictícia, não uma biografia, mas aqui está a dificuldade. A maioria das pessoas nunca aprenderá nada mais sobre Hypatia do que o que está neste filme. Assim, encontramos uma revisora relacionando sua ficção como fato: "Ela descobriu que o sol era o centro do universo um milênio antes de Copérnico". [Ruthe Stein, San Francisco Chronicle, Datebook, 18-24 de julho de 2010, p. 24]
Então, quando o Orestes ficcionalizado diz a Hypatia: "Eu não serei mais capaz de protegê-la!" faz com que ela pareça dependente dele. Na realidade, ela tinha um capital político considerável, com outros líderes e agitadores vindo até ela para pedir conselhos. Além disso, seu apoio foi provavelmente fundamental para a nomeação de Orestes como prefeito de Alexandria. Da mesma forma, quando a eminente filósofa vai falar perante os magistrados da cidade, é um caso isolado, com ela de pé modestamente nas margens, com os braços pendurados ao seu lado. Acostumamo-nos tanto a ver mulheres hesitantes no cinema que nem mesmo uma gigante como Hypatia pode ser retratada como uma mulher madura no auge de seus poderes, que está acostumada a falar com autoridade e a ter homens escutando-a. Eu queria ver o filme mostrar esta dimensão dela, porque não é algo que muitas vezes conseguimos ver na tela. E isso teria sido fiel à sua história.
No tempo de Hypatía, e durante séculos antes, Alexandria foi atormentada por surtos de violência entre gregos e judeus, cristãos e não cristãos, e até mesmo entre cristãos ortodoxos e os considerados "heréticos". Desde cedo, o filme mostra um monge parabalano zombando dos não cristãos. Ele empurra um aristocrático para uma fogueira. Os não cristãos reagem desembainhando suas espadas e correm pelas ruas massacrando cristãos. Em outras cenas, os judeus do parabalanói de pedra das galerias superiores de um teatro; os judeus depois retaliam trancando cristãos em uma igreja e apedrejando-os (mas muito mais severamente, e longamente). Embora tais surtos fossem reais, senti que ambos os episódios retratavam os não cristãos e os judeus como sendo mais violentos, seus ataques como sendo mais mortais. Este não poderia ter sido o caso, já que ambos os grupos estavam do lado dos perdedores; a matança dos judeus de Alexandria foi especialmente notória.
Há outro aspecto político que algumas pessoas podem não notar: o subtexto racial retrógrado do casting. O patriarca Cyril, um vilão tanto no filme como na história, é interpretado pelo ator palestino Sami Samir. Ashraf Barhom interpreta outro vilâo, o parabalano meio louco Ammonius. Não sou a primeiro a apontar que os fanáticos cristãos foram todos elenco de árabes e africanos, mas os heróis não cristãos aristocráticos (que também eram alexandrinos) foram interpretados por europeus com sotaque inglês de classe. (Filmes de espada e sandálias fariam bem em não ter todos os seus aristocratas soando como se fossem da Câmara dos Lordes - por que não alguns sotaques egípcios ou mesmo gregos? Weisz está à altura disso).
O ator que interpreta o Synesius líbio parece que deveria estar dirigindo uma igreja luterana em Milwaukee, e o elenco de Theon também não foi convincente. Esta cansativa polaridade de vilões escuros e heróis leves sempre teve um impacto cultural negativo, mas é especialmente problemática no atual clima muçulmano-demonizante. No filme, são os cristãos que são terroristas, mas os atores que os retratam são sombrios e parecem os muçulmanos que tantas pessoas estão sendo preparadas para o ódio e o medo. Esta hemorragia política me deixou inquieta.
O antagonista da Hypatia, Cyril, era outro aristocrata. Seu tio era o bispo Teófilo, que o enviou para viver entre os monges do deserto por vários anos. Isto explica seus laços com o parabalanoi. Eles ajudaram a nomear Cyril como bispo de Alexandria por tumultos nas ruas, e continuaram a operar como suas tropas de choque. O prefeito Orestes entrou em uma luta de poder com o bispo, que estava entrando, em um grau sem precedentes, em sua esfera de assuntos cívicos. Uma questão-chave de disputa foi o tratamento dos judeus de Alexandria. Orestes os apoiou em uma disputa com Cyril, e Hypatia o apoiou.
Cyril enviou sua milícia para o bairro judaico, matando muitos e expulsando o resto da Alexandria. Orestes não foi capaz de detê-lo. O filme mostra que ele se recusa a aceitar a autoridade do bispo, recusando uma Bíblia dele, depois que Cirilo prega um sermão sobre mulheres que não presumem liderar homens. Uma turba de monges do deserto fez Orestes pagar por seu desafio, acusando-o de ser pagão e apedrejando-o na rua. (Agora não nos mostra como os guarda-costas do prefeito fugiram por suas vidas, ou que foi a população que o salvou e expulsou os monges). Cyril e sua facção culparam Hypatia pela recusa de Orestes em recuar. Este foi o gatilho que levou ao seu assassinato.
Mas havia um problema: a alta consideração universal pela filósofa astrônoma feminina em Alexandria. Cyril descobriu que não podia fazer nenhum avanço contra ela diretamente, por isso recorreu a meios desleais. Ele usou a acusação de bruxaria para virar a população contra Hypatia. Este tem sido o elemento ausente em tantas interpretações do que aconteceu em Alexandria em 415, e Amenábar merece crédito por tê-lo incluído. Como muitos estudiosos têm apontado, Hypatia não foi morta por não ser cristã, mas por causa de sua posição cívica a favor do pluralismo religioso e da igualdade, e por sua oposição política à instigação do bispo à matança dos judeus. Entretanto, sua condição de mulher e não cristã a tornou especialmente vulnerável à acusação de bruxaria. Este foi o pretexto que permitiu que Cyril se safasse de incitar sua milícia contra ela, apesar de sua posição social e de sua gloriosa carreira "masculina".
Com a extinção do Hypatía, Orestes também sabia que ele estava condenado. Logo depois de seu assassinato, ele desapareceu. Se ele fugiu ou foi morto é desconhecido. Quanto aos não cristãos, não foram extintos com a morte de Hypatia. Outros - todos os homens - continuaram ativos na universidade de Alexandria por mais sessenta anos antes de serem perseguidos. Mas a repressão religiosa totalitária estava se tornando a norma em todo o império, mais cedo em alguns lugares do que em outros. Em meados dos anos 400, os professores não cristãos estavam sendo condenados à morte na Síria. E não eram apenas os helenos. Cristãos gnósticos como os Priscilianistas na Espanha já haviam sido executados como hereges em 385. Portanto, o assassinato de Hypatia tem um valor simbólico como a véspera de uma derrubada de longo alcance de antigas tradições culturais.
O filme não mostra seu destino real de ser cortada em pedaços, ou arrastada trás de uma carruagem, e depois queimada. Mexer com os fatos não faz uma história melhor. Poderia ter mostrado uma mulher de profunda convicção espiritual enfrentando seus inimigos no clímax de sua vida.
A verdade teria feito um final poderoso. Em vez disso, o filme constitui uma narrativa romântica, juntamente com uma ameaça de estupro. Ele sexualiza Hypatia, como os artistas vem fazendo há séculos. Ela tinha 60 anos, não 40, e nunca se parecia ou agiu como a estátua destinada a retratar Hypatía de Alexandria. No filme, os milicianos a levam para a igreja de Cesário e arrancam suas roupas, Davus lhes diz para não sujar suas mãos com o sangue dela. Inacreditavelmente, a quadrilha concorda e obedientemente sai à procura de pedras, deixando-o com a Hipatia nua e passiva.
Ela não faz nenhuma tentativa de fuga. Ele a abraça longamente (recordando uma cena anterior em que esteve perto de violá-la e depois a estrangula até a morte para poupá-la da máfia. Fantasia total, e par para o curso sexualizante de um tratamento ainda muito pouco valorizado das mulheres. Uma grande astrônoma, matemática, filósofa, chefe da Academia Neoplatonista, sobrescrita na escultura moderna e na pintura como objeto do olhar masculino pornográfico.
Para mim, isto é uma chance perdida. Quem diz que mexer com os fatos, que são dramáticos por si mesmos, faz uma história melhor? Não, mostrar a uma mulher de profunda convicção espiritual ao enfrentar seus inimigos no auge de sua vida teria sido um final poderoso. E isso teria sido verdade.
Teófilo perseguiu a antiga religião egípcia, mas foi seu sobrinho Cirilo que foi o patriarca copta envolvido com o assassinato de Hypatia. Quanto a João Crisóstomo, ele não era um grande santo, mas um grande misógino:
“. . o sexo [feminino] é fraco e inconstante. ...".
Homilia 9 sobre Primeira Timóteo (1 Timóteo 2,11-15):
"O homem foi formado pela primeira vez, e em outros lugares ele mostra sua superioridade".
Homilia 9 em Primeira Timóteo (1 Timóteo 2,11-15) "Deus manteve a ordem de cada sexo dividindo o negócio da vida em duas partes, e atribuiu os aspectos mais necessários e benéficos ao homem e a matéria menos importante, inferior à mulher".
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Invenções da NASA que usamos todos os dias e nem nos damos conta
Estamos todos familiarizados com os avanços da NASA no campo da astronomia, mas talvez você se surpreenda ao descobrir que algumas das invenções dessa agência espacial podem estar na sua casa ou até mesmo em você, enquanto lê esse texto. Desde que foi fundada em 1958, a NASA inventou todos os tipos de tecnologia para resolver os problemas peculiares da exploração espacial. E algumas dessas…
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ATUALIZAÇÕES SOBRE OS OVNIS!!! GUERRA DE BALÕES ENTRE EUA E A CHINA PODE...
ASSINE JÁ O SPACE TODAY PLUS E TENHA ACESSO A CENTENAS DE CONTEÚDOS INÉDITOS E EM PORTUGUÊS SOBRE ASTRONOMIA E ASTRONÁUTICA POR APENAS R$29,90 POR MÊS!!! https://quero.plus OUÇA O PODCAST HORIZONTE DE EVENTOS: https://www.spreaker.com/episode/52441779 A China acusou os Estados Unidos de lançar balões de alta altitude “ilegalmente” em seu espaço aéreo mais de 10 vezes desde janeiro de 2022, alegações que receberam uma refutação imediata da Casa Branca, à medida que as tensões bilaterais aumentam com as consequências de um balão chinês que foi abatido por caças americanos depois de viajar pelos EUA continentais. A acusação, feita pelo Ministério das Relações Exteriores da China sem provas, ocorre menos de um dia depois que a China disse que estava se preparando para abater um objeto não identificado voando perto de sua costa leste. Em uma coletiva de imprensa regular na segunda-feira, o porta-voz do ministério, Wang Wenbin, afirmou que é “comum que os balões dos EUA entrem ilegalmente no espaço aéreo de outros países”. “Desde o ano passado, balões de alta altitude americanos cruzaram ilegalmente o espaço aéreo da China mais de 10 vezes sem a aprovação das autoridades chinesas relevantes”, disse Wang. Não está claro por que a China não divulgou esses detalhes antes, ou se respondeu às supostas invasões quando elas ocorreram. A Casa Branca negou a acusação de Pequim e descreveu a alegação como uma tentativa de controle de danos. “Qualquer alegação de que o governo dos EUA opera balões de vigilância sobre a RPC é falsa. É a China que tem um programa de balão de vigilância de alta altitude para coleta de inteligência, que usou para violar a soberania dos EUA e de mais de 40 países em 5 continentes”, escreveu a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Adrienne Watson, no Twitter. na segunda-feira. “Este é o exemplo mais recente da China lutando para controlar os danos. Ele alegou repetida e erroneamente que o balão de vigilância que enviou sobre os EUA era um balão meteorológico e não ofereceu nenhuma explicação confiável para sua invasão em nosso espaço aéreo, espaço aéreo de outros”, acrescentou Watson. Wang também acusou os EUA de enviar frequentemente navios de guerra e aviões para realizar reconhecimento de curto alcance contra a China, que ele alegou totalizar 657 vezes no ano passado – e 64 vezes em janeiro deste ano no Mar da China Meridional. “Por muito tempo, os EUA abusaram de suas próprias vantagens tecnológicas para realizar escutas telefônicas em larga escala e indiscriminadas e roubo de segredos de todo o mundo, inclusive de seus aliados”, disse Wang, acrescentando que os EUA estão “sem duvidar do maior ofensor habitual de vigilância e império de vigilância do mundo.” Wang fez os comentários em resposta a uma pergunta sobre a entidade chinesa proprietária do balão derrubado por caças americanos em 4 de fevereiro. O porta-voz também criticou o movimento do Departamento de Comércio dos EUA na sexta-feira para adicionar seis empresas chinesas ligadas aos programas aeroespaciais do exército chinês à sua Lista de Entidades , restringindo-as de obter tecnologia dos EUA sem autorização do governo. Ele acusou os EUA de “exagerar e exagerar” a situação e “usá-la como pretexto para sancionar ilegalmente empresas e instituições chinesas”. Na manhã de segunda-feira, o objeto não identificado havia se tornado o principal tópico de tendências no Weibo, com duas hashtags relacionadas acumulando mais de 900 milhões de visualizações. Muitos se perguntaram - alguns com um sentimento de decepção - por que as autoridades não divulgaram nenhuma atualização sobre o tiroteio. “Depois de esperar a noite toda, por que ainda não há notícias empolgantes?” perguntou um comentário. “À luz do balão da República Popular da China que derrubamos no último sábado, examinamos mais de perto nosso espaço aéreo nessas altitudes, inclusive aprimorando nosso radar, o que pode explicar, pelo menos em parte, o aumento de objetos que detectamos nos últimos anos. semana”, disse Melissa Dalton, Subsecretária de Defesa para Assuntos Internos e Hemisféricos. FONTE: https://edition.cnn.com/2023/02/13/china/china-unidentified-flying-object-intl-hnk-mic/index.html #ALIENS #UNIVERSE #LIFE
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LUNA 17 MAYO
Para compensar tantas noches de galaxias que apenas se ven desde la ciudad, esta noche la Luna, que nunca falla.
Refractor TS Photoline 72 mm a f6. Cámara imx 294.
Procesado con Risingsky.
#luna#moon#moonlovers#astronomy#astronomia#astrofotografia#astrophotography#cosmos#espacio#space#urban astronomy#astronomia urbana#skynight#desde mi ventana#from my window#astronomia desde casa#astronomy at home#universo#universe
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REGULUS ARCTURUS BLACK é um SONSERINO convicto. Com seus 18 anos, é a estrela de ASTRONOMIA, além de ser um rosto conhecido na extracurricular RUNAS ANTIGAS e CLUBE DE ASTRONOMIA. Seu sangue é PURO e não carrega um dom consigo. Também é sabido que ele é muito PERSPICAZ, e também RANCOROSO. Cuidado! Não o confunda com o trouxa LUCAS JADE ZUMANN antes de ter certeza.
Filho caçula de Orion e Walburga Black, carrega certo peso de excelência em seus ombros desde que seu irmão Sirius rompeu laços com a família. Por esse motivo e outros, possui grande e constante desejo de se provar.
É membro do time de Quadribol da Sonserina e joga na posição de apanhador.
É um bruxo habilidoso e especialmente curioso com determinados assuntos, como Artes das Trevas.
ANTES DE HOGWARTS: A criança mais jovem dos Black carregava em seu olhar uma curiosidade desde tenra idade. Os olhos azuis tão claros que pareciam cubos de gelo adoravam olhar para o céu, procurar a constelação de leão em busca da estrela mais brilhante. A sua. Sua segunda favorita com certeza era a de Sirius. Mas parecia automático procurar primeiro a constelação alpha Canis Majoris e em seguida a sua própria. O céu então sempre foi uma paixão presente em seus interesses; o fato de sua família usar os nomes desses astros para nomear cada membro era algo que lhe intrigava. Tão egocêntrico, claro que Orion colocaria nos filhos os nomes das estrelas mais brilhantes de suas posições.
Regulus não demorou, porém, a notar que, ao deixar de olhar para o céu, sua vida não era tão brilhante assim. O primeiro sinal disso era a forma como seus pais podiam ser rígidos. A criança não compreendia que as ordens e regras em abundância eram algo fora do comum, então agia dentro do esperado para que não sofresse nenhuma consequência. O círculo de convivência não lhe daria uma pista sequer de quão errado tudo estava. Bem, isto é, até Sirius ir para seu primeiro ano em Hogwarts.
(tw: maus tratos) Sozinho em casa com os pais e Monstro, Regulus virava alvo constante dos gritos, castigos e ordens enlouquecidas que Walburga decretava. Se antes já não tinha muita liberdade, sem a presença constante do irmão mais velho, tudo parecia se despedaçar de vez. O que mais lhe assustava era a mudança da mãe quando descobriu a ida do garoto para a Grifinória. Viu em primeira mão o que a notícia fez com a mulher e, escondido no quarto, esperou que os gritos e barulhos de objetos sendo quebrados parassem para que finalmente pudesse ver o que acontecia; não que tivesse conseguido passar da escada, o elfo doméstico no início desta tinha lhe lançado um olhar que deixava claro: não deveria se aproximar. A partir disso virou quase um fantasma dentro da mansão, seus passos mais leves para não incomodar os pais, seguindo o mais corretamente possível todos os horários marcados, as etiquetas e costumes sendo respeitados como nunca em uma tentativa de não chamar atenção para si. E funcionou. Não parecia difícil ganhar o título de filho favorito ou filho perfeito diante da realidade onde Sirius fazia tudo ao contrário do que aprenderam. Regulus viu diante de si seu irmão escapar por entre seus dedos.
EM HOGWARTS: Nem mesmo ir para a escola de magia e bruxaria serviu para aproximar-lhe mais uma vez do irmão. Regulus, ao contrário de Sirius, não tinha coragem o suficiente para construir um círculo de amizade como o garoto estava fazendo. Mestiços, nascidos trouxas? Não, por Salazar! Nunca conseguiria ir contra os ensinamentos dos pais daquela forma. Na escola, contudo, tinha contato com situações bem diferentes do que vivia em casa. Em seu segundo ano, Regulus entendeu que a vida em casa não era normal. Não era o que as outras crianças viviam. A maioria de seus colegas, mesmo sendo da Sonserina, não tinham medo de seus pais, não odiavam voltar para casa, não voltavam das férias com algumas marcas por causa de um passo errado que tinham dado.
(tw: menção à: tortura psicológica; síndrome de abandono, transtornos psicológicos) Mas, se questionado, talvez um dos marcos que lhe fez definitivamente enxergar a essência dos Black foi quando sua mãe atacou o primogênito de uma maneira que Reggie nunca pensou que veria. A partir dali, o medo virava algo constante. Primeiro, havia a culpa por não ter conseguido ajudar o irmão, trancando-se no quarto, escondido embaixo da cama para tentar não ouvir os gritos de dor que vinham do andar de baixo; segundo, a solidão pareceu tomar conta de si. Depois daquela noite e da ida do outro, estava sozinho. Sozinho para aguentar os surtos que seus pais tinham, sozinho para crescer, sozinho para viver. Ao contrário do que fez com seu primeiro filho, Walburga não encostava mais um dedo em Regulus. As agressões físicas pararam e, no lugar disso, vieram as psicológicas. A bruxa conseguiu mudar a imagem que ele tinha do mais velho, a narrativa que habitava em sua mente depois de anos de abuso era: você foi abandonado. E como não acreditar nisso, considerando que nem mesmo nos corredores, sua presença era reconhecida por aquele que era, sem dúvidas, a pessoa que mais amava?
Para suprir todas as suas inseguranças e a ansiedade que eram coisas cada vez mais crescentes, Regulus mergulhou de cabeça nos estudos e também no quadribol. Tornou-se apanhador do time da Sonserina e um dos alunos mais bem avançados em astronomia. Mas o que os professores não sabem, é que sua real aptidão é para as artes das trevas. Por ser um de seus assuntos favoritos, por ter acesso a exemplos e materiais para praticar, acaba se interessando por tudo o que envolve o tema. Não há como negar que amaldiçoar artefatos mágicos é um de seus passatempos favoritos desde que seu pai lhe ensinou como fazer.
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Alinhamento de saturno e jupiter (Tipo eu e você)
Depois de anos sem nos falarmos. Você me mandou mensagem pela manhã dizendo que hoje será visível um dos alinhamentos mais raros da história da astronomia: o alinhamento de Júpiter e Saturno.
Eu sempre amei os fenômenos cósmicos, sempre me perdi em meus próprios pensamentos sobre as diversas surpresas que existem além do nosso próprio mundo, então eu te chamei para vim aqui em casa para assistirmos.
Seu orgulho é tipo jupiter, né? Gigante demais para confessar que sua arrogância te domina por tempo demais.
E talvez meu amor seja como saturno, né? Apenas tentando se manter em órbita com anel, relacionamento e esse tipo de coisas.
Fato é, que hoje acontece um fenômeno que não ocorre há 400 anos atrás, desde a idade média para ser mais exato.
Então hoje teremos um intenso brilho no céu, um forte clarão que diz muito mais sobre o que temos lá fora do que temos aqui dentro.
Talvez eu tenha a coragem de dizer que você ainda é parte do meu sistema solar.
Talvez nossas gravidades se entrelaçem
Talvez entremos em alinhamento também
#projetoalmaflorida#projetocartel#projetoconhecencia#projetoflorejo#novospoetas#novosescritores#arquivopoetico#autorais#compartilharemos#novosautores#mentesexpostas#projetoquandoelasorriu#lardospoetas#poecitas
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A espírito amistoso e empolgado que preenchia as feições de Cardieux nos primeiros dias do Torneio haviam se tornado cada vez mais raros logo que a loira passou a notar todas as mudanças que aconteciam ao redor. Apesar de algumas carregarem certa sutileza, parte de Beauxbatons sequer parecia tão familiar como em outros momentos. Se fosse sincera consigo mesma, seria fácil notar que muito desse incômodo repentino estava no afastamento de seus amigos com os eventos que preencheram aquelas últimas semanas e, principalmente, com as novas companhias que eles pareciam ter facilmente se apegado, sobretudo quando se tratava de Gianluca.
Parecia estúpido se sentir daquela forma, mas eles eram melhoras amigos desde o primeiro ano, assim como Sarah sua primeira e única colega de quarto desde a primeira noite no palácio. Apesar de tentar não transparecer o incômodo e o ciúmes, Valerie acabava se afastando ainda mais, sobretudo quando as atividades foram se tornando mais frequentes, preenchendo as pequenas pausas entre as atividades escolares. Pegou-se passando a maior parte de seu tempo no dormitório, no ateliê ou nos campos na companhia de Celeste, mas dessa vez evitando muitos dos outros alunos que também ocupavam os ambientes em que estava.
Como se não bastasse, as cartas de casa não pareciam exatamente animadoras para a tensão que preenchia a veela naquela semana. Além dos desejos de boa sorte e a torcida dos primos mais novos para que fosse selecionada, a carta de Elaine sobre as buscas do pai em relação as acusações que a família havia voltado a sofrer há poucas semanas antes da volta às aulas a deixava preocupada e ainda mais temerosa pelo resultado do torneio, afinal aquela parecia sua única forma de realmente poder ajudar a família a ter uma história diferente perante aos olhos dos demais.
A ida até a festa no navio de Durmstrang deveria ter lhe parecido uma má ideia desde o princípio, mas a francesa simplesmente não conseguir conter a curiosidade em conhecer o barco. Aproveitou a festa o quanto pôde, mas no final parte de si preferia realmente ter ficado no dormitório ou ter dado uma escapada para a torre de astronomia, como costumava fazer antes das provas nos anos anteriores para relaxar. Com a possibilidade de ser escolhida pelo cálice, Valerie decidiu aproveitar os últimos momentos antes da divulgação dos campeões bebendo mais do que deveria e como consequência acabou discutindo com o melhor amigo em uma tentativa de conseguir se atualizar dos últimos acontecimento da vida do garoto e isso incluída o fato de ele ter ou não colocado o próprio nome no cálice, como diziam os boatos entre os corredores.
@tripontos
#tri:pontos#development.#vou postar umas coisinhas atrasada só pra contextualizar ela de novo e poder seguir KKKKK#mas to voltando <3
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429
Após cadenciar uma fulminante eternidade, trago algumas palavras que há tanto andavam engasgadas no meu âmago arrevesado, inextricável e ensandecido, esse mesmo “eu” que temo ter reconhecido naqueles velhos dias em que nos encontrávamos. Não sei bem onde foi nossa despedida, embora desconfie, aonde foi que enfim assinamos o contrato definitivo de nossa partida. Mas aqui confesso em alguns fragmentos de memórias que não sei bem porque ainda guardo no vão daqueles rastros de sentimentos que algum dia ousei sentir e, que talvez externando nos possa libertar, ou algo assim. Certa vez, em que havíamos marcado um reencontro, depois de tanto tempo sem nos vermos. Ainda no caminho até aquele canto onde tínhamos marcado, pude sentir alguns engasgos constrangedores, ruídos de comunicação, entre tantas séries de mudos ensurdecedores, lembro-me em que te olhava e esperava retomarmos aquele diálogo que havíamos nos prometido, antes mesmo de desembarcar na cidade. Aquelas ausências de palavras nunca disseram tanto, e apenas por lembrar, ou reencontrar com aquele instante, o coração ressente aquela facada velada que venho sangrando desde aquela vez. Desde aí desconfio que fosse este um esboço do prelúdio de nosso fim. Naquela tarde fomos ao cinema, e confesso [não entendo o porquê de] ter guardado comigo alguma esperança de que reataríamos talvez não ao romance, há muito perfídia por nós, mas, ao menos ao bom e velho convívio afável. Sem muito digredir, sigo relembrando aquilo que sei não esqueceria, nem mesmo com a lobotomia dos dias amargos que tenho vivido desde então. Tu já havias escolhido previamente aquele filme para assistirmos, e que realmente me interessou mesmo sendo aquele de super heroína e seus clichês. Talvez não me importasse tanto se o filme não fosse tudo aquilo, mas porque também, quisera eu, ao final daquela noite, ser a heroína e nos salvarmos. Ao fim daquela sessão, tive a grata surpresa de ter me entretido e por vezes até me emocionado com aquele enredo de heroísmo gentil e empoderador. Olhando para ti, vi como estava emocionado e deixei aquela imagem preencher meu coração, ainda que não devesse. Sabia que já não tínhamos nada, tampouco tínhamos por que, como corro o risco de repetir-me… Recordo de quando fizemos os planos, não havia nada ali que me dessem sinais para interpretar. Estava como tinha que estar; dividíamos um passado, igualamos um presente e subtraímos um futuro, nessa equação era tudo o que éramos, ou ao menos, como estávamos. Mas, para minha infelicidade, claro que intrinsecamente, indubitavelmente, irremediavelmente sempre fui louca por nós – o que no mais tardar dos tempos se revelaria ser a razão indefinida de minha ruína.
Enquanto isso na cafeteria encomendava aquele café preto e amargo, talvez devesse ter pedido algo diferente, como aquele chá anestesiante para acalmar a mente que àquela vez, com tanto nada acontecendo, tudo me tomara. Sem que tu percebesses, fiquei ali tempos te olhando, lhe admirando, e fitando aqueles sentimentos todos, como se aqueles anos não houvessem passado, e nos pesado, como se ali ainda estivessem, de alguma forma pra mim, e que apenas precisaria lhe demonstrar o quanto ainda era capaz de lutar por mim, por ti, por nós. Sentia tudo aquilo te olhando, que mal havia de desconfiar do que se passava, tanto na minha mente, quanto ao nosso redor, pois parecia ter algo deveras mais interessante por detrás daquela tela de telefone móvel. Tinha algo que combinei comigo mesma de lhe entregar aquela noite, mas que nunca fui capaz e trouxera comigo, dias depois quando voltaria à minha terra natal. Não sei por covardia ou orgulho, ou até mesmo por não parecer o momento, por não haver algum gancho em me permitisse lhe entregar, me entregar. Taciturnamente, como numa velha novidade; as guardei pra mim e, então, deixei que fosse.
Por falar em deixar, dali partimos a caminhar por aquele conglomerado de prédios, que para minha surpresa, havia uma passagem, com uma bela paisagem naquele ambiente exterior. Apreciando aquele lugar, não sei bem se estava inquieta pela droga inebriante que foi aquele café de instantes antes, ou se pela minha total incapacidade em me manter calada enquanto mentalmente guardava todos aqueles pensamentos e diálogos ensaiados, tantas cartas decoradas que trouxera e nunca pude entregar, nem sequer expressar. A fim de interromper alguns frames ocultos daquela cena que deveras merecia mais, admirando a arquitetura de um dos blocos acinzentados, que me remetiam vagamente à Fagus Factory da Bauhaus, naquele momento enquanto cansava de ouvir só a minha voz ressoar, percebi que não parecia tão interessante assim aquele papo de aficionada, quanto parecia internamente a mim mesma. Anteriormente, já havia gastado um bom tempo com todo aquele papo de astronomia. E lamentava-me comigo mesma aquele papo todo intelectual, enquanto tu, quase sempre tão ameno, me permitia divagar (quase por horas à fio) porque dizia gostar de me ouvir falar tão apaixonadamente sobre toda e qualquer coisa. Mas como timidamente me conteria, e ria de canto, tu encontrava um ou outro causo teu ou de nossos amigos a fim de não ficarmos inertes. Contudo, seguimos, debaixo de uma noite bela, ventava um pouco e se fazia um clima agradável. Se estivéssemos em outro momento de nossas vidas, talvez se fossemos mais intimamente próximos, como já fomos há tanto… Pensava como quisera eu [e como quisera!] segurar a tua mão quente e suave, olhando nos teus olhos profundamente e, finalmente, sermos honestos, um com o outro, como amantes deviam ser… mas agora, já nem tão bons amigos assim ainda que tentando conviver, de alguma forma. E, mais uma vez, a vida me mostraria que nem tudo se desenham com utopias, e minhas expectativas sempre eram interrompidas verozmente pela realidade amarga. Um pouco antes de voltarmos a casa, ainda decidimos ir comer algo num restaurante. Num esboço de conversa em particular, enquanto esperávamos o pedido, não sei bem como ousei, no auge de toda minha timidez criativa que me cativa desde sempre, e acabei por partilhar a ti uns sons que andava trabalhando, eram apenas alguns sons instrumentais, mas confesso ter me alentado rever teu sorriso fascinante reagindo positivamente. Acredito que ainda esperava aquele gancho, que não encontrara mais cedo naquele instante na cafeteria, em que estava distraído, naquela sua redoma digital e de vidro. Ainda assim, algo surgiu, e se perdeu mais um lance. Mais uma vez, não conseguiria ir até ti, mais honesta e profundamente. Outro instante se esvaíra. E, então, a rotina se seguiria e apressaria.
Já nos direcionávamos até a saída do prédio. Entramos naquele ônibus e seguíamos nosso destino. Comigo mesma, perpassava mentalmente todos aqueles pequenos fracassos sentimentais que havia passado, e que talvez tu não fizesses a mínima noção.
Estávamos cansados, quase exaustos e ainda faltava algum tempo até chegar à tua cidade com aquele trânsito. Sentada ao lado da janela, tentava sufocar minha vontade de chorar sem deixar pistas de que estava ali secretamente magoada comigo mesma e minhas falhas pretensões românticas, que não entendo ainda existirem sobre nós. Sempre quis [talvez ainda queira] ser forte assim como tu sempre foi, aquela fortaleza impenetrável, quase infalível, perfeitamente seguro. Há muito andava exausta da trincheira em que me encontrava. Quisera arremessar morteiros, talvez até canhões a fim de derrubar tuas fronteiras e perceber que desperdício era nós sem nós. E para meu maravilhamento, uma cena ali se desenharia, naquele vulto cotidiano, onde não parecia reservar nada de especial, bem ali quando eu já não esperava mais nada. O que nos uniria, anos antes, o nosso prelúdio teria de ser relacionado à música, sinto que se fossemos outros personagens, atores de outros contos, outrem… Ainda nos uniríamos através dessa comunicação multissensorial que é essa arte absolutíssima e catártica. Tu me estendias um dos teus fones a fim de ouvir uma de tuas playlists, assim dividiríamos um lance além de decente, mas superlativamente belo. Tu, sempre tão reservado, este animal antediluviano de que descende, se acende em um alguém mais sociável em que cruzei nessa encarnação. E, à tua maneira me convidava a adentrar o teu mundo, numa fresta em que me permitisse espiar, por vezes até entrar. Finalmente lembrei-me das quatrocentas e vinte e nove razões para partir; e apenas uma para ficar.
Enquanto deixamos aquele instante bom nos envolver, pude te ter por um tempo, ali só pra mim, e sem esperar, dividimos sorrisos, uns versos e um estado de contemplação que só sentira ao assistir a um pôr do sol, daqueles de Outubro, que certamente era algo que igualmente nos encantava e ainda tínhamos em comum tão intensamente. Creio que tenha sido ali, naquele sublime instante que me fora magnético, que terminaria contigo repousando tua cabeça em mim e apertando minha mão suavemente, creio que tenha sido ali, a nossa despedida intrínseca de toda nossa história inelutável, platonicamente melancólica à milhas – onde soubera o gosto tão agridoce do início do fim de uma era.
Até não mais.
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