#anime socialista
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affogonellamarmellata · 7 months ago
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entrando a piè pari nella mia elio germano arc
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chez-mimich · 11 months ago
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NEANCHE UN PRETE PER CHIACCHIERAR…
Al contrario di Celentano io un prete per chiacchierare ce l’ho, ma soprattutto ho un prete da ascoltare. Ho pensato che come dono di Natale e come augurio per il nuovo anno, invece delle solite stupidaggini e dei soliti discorsi di circostanza, fosse interessante presentarvelo. Molti di Voi forse lo conosceranno già, alcuni lo conosceranno solo di nome, ma conoscere una persona solo di nome equivale a non conoscerla affatto. Perché voglio farvelo conoscere? Certamente perché sono un credente (anche se imperfetto), ma soprattutto perché continuo ad esserlo grazie a lui (non imperfetto, ma credente). Lo conosco da moltissimi anni e lo ascolto tutte le domeniche nella sua omelia dal “pulpito” del Duomo di Novara, dove celebra la Messa ogni domenica alle dodici (salvo imprevisti, s’intende). Si tratta di Don Carlo Scaciga: è lui la mia sicura guida spirituale. Don Carlo, oltre che un carissimo amico, è un fine intellettuale, anzi, a mio modo di vedere, una delle figure intellettuali e spirituali di maggior spessore di questa città. Lo so, può sembrare strano che in un social o in un blog si parli di un prete, e so anche che Don Carlo non ha alcun bisogno di un “endorsment” da parte di chicchessia, ma essendomi dato come scopo ultimo del mio scrivere, qui e altrove, quello di rendere partecipe il mio prossimo di ciò che valga la pena essere conosciuto, almeno secondo il mio modestissimo punto di vista, non potevo tacere a lungo su di lui. Don Carlo è un formidabile interprete della realtà, è il giusto tramite tra la verità rivelata dalla Bibbia e dai Vangeli e la realtà fattuale di ogni giorno. Ricordo bene le parole di mio nonno Giovanni che, lui socialista fino al midollo, credente laico e sui generis e magari anche un po’ anticlericale, qualche volta mi diceva di qualche sacerdote: “parla che non sembra neanche un prete!” Ecco, Don Carlo sarebbe piaciuto molto a mio nonno Giovanni, solo che il punto non è affatto quello di “non sembrare un prete”, Don Carlo lo è convintamente, il punto è che parla come dovrebbe parlare un prete. La sua omiletica porta con sé, oltre ad una profondissima conoscenza teologica, il seme che permette alla Parola di fecondare la nostra realtà quotidiana. La sua non è mai una “predica” è sempre una “riflessione”, ed una riflessione senza ipocrisie, senza preconcetti, senza elusione del dubbio. Don Carlo mi aiuta a comprendere ciò che mi circonda, i comportamenti dei miei simili e, conseguentemente, quali dovrebbero essere i miei. È spesso critico con i comportamenti della Chiesa della quale lui fa parte e della quale facciamo parte anche noi credenti, ma della quale tutti sono invitati a far parte. La Scrittura spesso non parla la stessa nostra lingua, spesso è allusiva, metaforica, profetica : ci vuole quindi qualcuno che sappia rendere vivo e tangibile ciò che le Sacre Scritture hanno predetto. La soglia del Duomo con Don Carlo, come dovrebbe accadere in ogni chiesa e con ogni celebrante, non è più il confine tra buoni e cattivi, tra giusto e sbagliato, quel confine che non esiste se non nei nostri pregiudizi. La chiesa diventa uno spazio dove interrogarci collettivamente e reciprocamente, scoprendoci a volte dei giusti, a volte degli indifferenti, spesso delle anime (o degli spiriti) smarriti. Don Carlo mi aiuta a capire chi sono, dove sbaglio, dove persevero nell’errore, ma mi suggerisce come essere diverso. Non lo fa con le tuonanti parole di un prelato, pur rispettandone formalmente tutti i crismi, lo fa magari conversando di arte, facendo cenno alla letteratura o alla musica, prendendo spunto dai giornali, alludendo ai sordidi comportamenti di certa politica. Insomma non parla come un prete, come brontolava mio nonno Giovanni. E allora, vi lascio questo invito, magari un po’ desueto per un social, per un blog o per un giornale on line: venite a “sentire” una Messa al Duomo di Novara, magari dopo averla “sentita” vi verrà voglia di parteciparvi. Ci sono sempre preti con cui vale la pena chiacchierare, ma anche solo starli ad ascoltare. Buon Natale.
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groennuuk · 1 year ago
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No existe socialismo democràtico, no existe socialismo bueno, ni un solo ejemplo en el Universo de izquierda positiva para un paîs! Margarita García Alonso #animation
Bienvenidos al Ejército contra la plaga de izquierda y todos los virus socialistas, contra su agenda, ONG falsas, Medios de Prensa, alianzas, mentiras y royos kilométricos para entretener y saquear a pueblos!
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vini-monteiro · 4 days ago
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★★★★☆
Uma fazenda é tomada por seus animais maltratados e sobrecarregados. Cheios de idealismo, eles se propõem a criar um paraíso de progresso, justiça e igualdade, administrando o local por conta própria. Os porcos, então, assumem o comando e, com suas habilidades de alfabetização, vão aos poucos mudando as regras que os animais haviam estabelecido previamente. Dessa forma o palco está montado com uma crítica muito bem escrita de como os ideais socialistas são corrompidos por pessoas poderosas, como as massas iletradas são aproveitadas e como os líderes comunistas se transformam em capitalistas.
George Orwell é o pseudônimo de Eric Arthur Blair, natural da Índia, nascido em 1903. Jornalista, o escritor inglês é conhecido por sua densa crítica ao sistema socialista, através de suas obras. Em 1950, George morre na Inglaterra, vítima de uma tuberculose.
O livro começa com a história de uma granja conhecida como Granja do Solar, onde os animais que ali viviam estavam em extrema insatisfação com os cuidados do dono com os animais e com a fazenda. Surge entre os bichos a ideia de uma revolução para se construir um novo lugar onde os humanos não pisariam e apenas os animais, trabalhando sem ser explorados, viveriam uma vida melhor.
A obra foi publicada em 1945, no início da Segunda Guerra Mundial, o mundo vivia um clima de tensão, separado entre capitalistas e socialistas. Apesar de socialista, George Orwell faz uma reflexão acerca da igualdade entre os homens; que parece ser algo impossível, tendo em vista o desejo de todo homem de liderar e de ter vantagem.
'A Revolução dos Bichos' é aclamado como sendo um dos melhores romances ingleses, a obra pode ser considerada uma metáfora para narrar a traição soviética, onde princípios iniciais teriam sido esquecidos no decorrer da Revolução. A obra é considerada pela crítica uma fábula satírica, onde a realidade é retratada com um toque cômico.
A obra remete ao egoísmo, autoritarismo, corrupção que há em relações humanas, sejam elas políticas ou sociais, os personagens também lembram características de personagens históricos. Major apresenta semelhanças idealistas com Karl Max, ou então Napoleão que se assemelha com Stalin, a quem o autor paralelamente faz uma crítica, devido à administração corrupta.
Logo após o acontecimento da revolução os animais entram em comum acordo para criar algumas regras que serviriam como base para a “nova” sociedade. Inicialmente as coisas ocorrem bem até que se chega a um ponto onde as opiniões divididas dos líderes da revolução colocam a posição de liderança de cada um em risco e isso força os líderes a tomarem usarem seus artifícios para ganhar apoio dos outros animais.
Mais uma vez metaforizando o povo que possui memória curta, os animais não se lembram das regras, não se lembram como era antes da Revolução, e muito menos conseguem comparar se a vida na granja está pior ou melhor, nem mesmo se lembram se o que foi prometido, foi cumprido.
A história tem em seu desenrolar, como ponto forte, a marcante personalidade de cada animal que retrata muito bem o que se encontra numa sociedade real e o texto recheado de ironias que descrevem um sistema que tem como base a igualdade e o bem estar de todos. A obra é curta, direta e sem rodeios, sendo um livro possível de ler em um único dia. A escrita é quase que didática o que me incomodou um pouco, nada que tenha estragado a experiência, no decorrer da leitura se aprende muito sobre política e poder.
O livro é famoso por terminar com os animais observando a proximidade da relação entre porcos e seres humanos. Nessa confusão toda, já não é possível distinguir porcos e humanos, já que os animais estão andando apoiando apenas nas patas traseiras, usando roupas humanas, dentre outras mudanças.
A obra de Orwell é leitura obrigatória para todas as pessoas. A leitura é fluida, simples e com profundos momentos de reflexão. 'Revolução dos Bichos' é um livro atemporal, apesar de ser uma sátira sobre as experiências soviéticas vividas naquela época, a obra pode ser sentida independente do momento na sociedade em que você vive.
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uniquetyphoonmiracle · 2 months ago
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Ante esto sobre VIRGINIA MAESTRO y el equipo de fútbol de PARACUELLOS [donde toco en el PIZZA_CUELLOS con su actual o ultimo novio Miguel LARIOS que vive ahi y por el que dejo al Argentino MARTIN ACOSTA con el que fue a EGYPTO]..que este año se llama MEXICO DF ..recuerdo que cuando presento el cd DULCE HOGAR en el programa EN CASA DE HERRERO CUCHILLO DE PALO de LUIS HERRERO [fue EURODIPUTADO=BANDERA 12 ESTRELLAS por la CORONA DE LA VIRGEN DEL APOCALIPSIS=CAMISETA DE MALOGRADO CERATI en el directo para toda ARGENTINA del FIN de la GIRA ANIMAL desde MAR DE PLATA tras morir su padre días antes]..el 11_5_11 fue el TERREMOTO de LORCA y puso la mano en un ejemplar de EL MUNDO con frase de encabeza_miento "EL TIEMPO ES EL PADRE DE LA VERDAD" y salia bill GATES al que vi en hotel EUROBUILDING hablando de FUTURO en dic 2001 porque mi padre me dio su INVITACION
Por cierto..los REPRESENTANTES del GOBIERNO SOCIALISTA que se hicieron cargo del TERREMOTO DE LORCA [=ciudad que visite en agosto de 2021 desde el hotel REINA de VERA=CIERTO..junto a su playa NUDISTA y la de PALOMARES donde al parecer se le cayeron a EEUU unas BOMBAS ATOMICAS al chocar 2 de sus AVIONES en el 66 y en cuyo pueblo de VERA está el cerro del ESPIRITU SANTO coronado por una CRISTO al que un RAYO corto la cabeza día que murió la madre de la cantante PASION VEGA] como fueron RUBALCABA [que dijo que esperaba una VEJEZ con mucho BERNABEU y en cuyo funeral en el CONGRESO un tipo lanzó FOLIOS EN BLANCO] y CARME CHACO [que tenía el corazón al revés.. y que como MINISTRA DE DEFENSA paso revista EMBARAZADA de su EX MARIDA y yendo EMBARAZADA A AFGANISTAN habiendo sustituido al malogrado JOSE ANTONIO ALONSO otro de los muchos socialistas muerto antes de tiempo como el ex presidente del Congreso Manuel MARIN que dejó la política para luchar contra cambio climatico]..hace TIEMPO que están BAJO TIERRA..pues pienso que es MEJOR PREVENIR O NO JUGAR CON CRISTO REY
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cinemaslife · 2 months ago
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#155 El Hoyo 2 (2024)
La inocencia la representan los niños con la alegoría del tobogán, donde todos se respetan y van por turnos para poder disfrutar del tobogán, pero conforme avanza el tiempo se pelean por ver quién será el próximo en lanzarse por él. El niño que gana y acaba siendo introducido en el último piso del hoyo, el 333, representa la esperanza y no un niño como tal.
Situado año o quizás meses a la anterior entrega, en El Hoyo 2 podemos ver a Perempuan (Milena Smit) y Zamiatin (Hovik Keuchkerian) compartiendo celda en el hoyo. Existiendo 2 personas por piso (333x2=666) representando la estructura del hoyo como el infierno.
La historia de Perempuan es simple, es una artista que construyó la figura de un perro con las garras afiladas para una exposición que iba sobre la brutalidad animal, negándose a colocar un perímetro de seguridad por si alguien se hacía daño, ya que lo importante era la obra. Su entonces novio, que quería que su hijo la conociera, lo llevó a la exposición, tropezó y se clavó en un ojo una de las cuchillas de la garra de la figura del perro, perdiendo la vida. Exonerada en el juicio porque el juez determinó que todo había sido un accidente, se convirtió en la artista más destacada de su generación, revalorizándose todas sus obras.
Por pura culpa, Perempuan se mete a sí misma en el hoyo, para poder darse tiempo para asimilar toda la situación.
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Zamiatin, más conocido como el mentiroso, conocemos su historia a través de flashbacks y entendemos que lo que le cuenta a Perempuan es una mentira, no es un investigador matemático que abandonó a su mujer y sus hijos, por su desesperación y desengaño con el mundo real y que intentó quemar la casa de sus padres para vengarse. Según la administración, dejó los estudios a los 16 años, fracasó en todos los negocios que emprendió, su mujer y sus hijos lo echaron de casa, y sus padres lo echaron de casa.
Pese a ser un gigante agresivo y condescendiente, cuando la oportunidad de luchar se presenta se mantiene al margen, cobarde y desesperado porque no le hagan nada. Llegando a suicidarse cuando se encuentran en el piso 179 y deben aguantar un mes sin comer.
Todos los días se rasura con una cuchilla todo el cuerpo, menos una zona de la espalda a la que no llega y por la que está obsesionado, la misma obsesión que lo lleva al hoyo.
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Un hombre obsesionado con los números imaginarios y una artista conviven en una celda sirviéndose de soporte el uno del otro y completándose cuando pasan por los niveles mejores (todos los que están por encima del 100), pero que se desmorona cuando deben pasar hambre, una mente se rompe la otra encuentra la fortaleza para luchar.
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El sistema de repartición del Hoyo:
En ese momento la jerarquía del hoyo es diferente a la de la primera parte, entendemos este mundo como más socialista, donde los 175 primeros numeros reciben el plato de comida que pidieron a la administración. Los que por desgracia mueren, sus platos son eliminados y nadie más puede disfrutarlos, solo puedes cambiar de plato si otra persona lo intercambia contigo. Y, tal y como en la primera parte, la comida debe ser consumida mientras la plataforma está en tu celda, de lo contrario, si guardas comida o se queda algún resto, la celda será incinerada con los dos dentro.
Si uno muere pasa a ser restituido por otra persona al día siguiente mientras el compañero duerme por el gas con los que son dormidos todos dentro del hoyo.
**Dato de interés la alegoría de las cucharas largas**
¿Qué significan las cucharas largas? Interpretación. La historia sugiere que la gente tiene la oportunidad de usar lo que les es dado (en la alegoría, las cucharas largas) para ayudarse unos a otros a nutrirse, hallándose el problema en cómo los comensales se tratan unos a otros.
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El extremismo que se vive en el hoyo promueve que se cree un grupo llamado los Bárbaros que no están de acuerdo a seguir los estatutos servidos. Después de la muerte de Zamiatin, la protagonista comparte celda con el personaje de Natalia Tena, que es castigada con dureza cuando ambas son descubiertas intentando apaciguar a los que no obedecen las reglas en el hoyo. Siendo castigadas por no formar parte de los elegidos y no haber sido nombradas para esa tarea. Con la muerte del personaje de Natalia Tena, Perempuan se pasa al lado de los bárbaros y los que están en contra del sistema establecido, ya que su castigo fue perder un brazo y a su amiga.
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Pese a que el sistema es diferente al de la primera película, nos demuestra que no hay sistema que funcione correctamente, ya que siempre habría que sacrificar personas o cosas para poder vivir en armonía.
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Gracias al plan, Perempuan llega al final del hoyo, cuando el equipo de limpieza la ha desechado como cadáver, y ahí descubre que han puesto al niño ganador en la cama de la celda 333. Donde es imposible que la comida llegue y donde está condenado a morir durante el mes que sigue. Por lo que lo salva, llevándolo al final del todo, allí ve como Goreng llega, tiempo después al final con la niña y cuando Perempuan lo reconoce se funden en un abrazo.
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Este punto es muy abierto, ya que no hay una explicación de porque ambos se conocían, si fueron pareja, si eran amigos antes de todo esto...
Donde se encuentran ambos da la impresión que es el purgatorio, donde las personas esperan ser liberadas o vivir para siempre como héroes que mandaron el mensaje arriba, con el resto de personas que fallecieron en la estructura.
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La historia se repite en Alemania
El ser humano es un animal que tropieza en la misma piedra otra vez, ayer en dos landers Alemania de Turingia y Sajonia, ha ganado el partido AfD en español Alternativa por Europa, un partido de ideología ultranacionalista y muy contraria a la inmigración, aunque no es un partido que en sus estatutos que se declare en sus estatutos se declare nacional-socialista, es ilegal en Alemania, sin…
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sibiradostoyevski · 6 months ago
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FYODOR ESTA BASADO EN EL HOMBRE DEL SUBSUELO Y SU HABILIDAD EN EL DIABLO DE IVÁN KARAMAZOV
En el tercer capítulo de Notas del Subsuelo el narrador/escritor anónimo se define así mismo como un ratón(de allí el apodo de Fyodor) como sátira a la teoría evolutiva que definen al ser humano como un animal que desciende del mono. Se describe como un hombre de aguda inteligencia, racional, reflexivo y de refinada consciencia que por su naturaleza reflexiva razona los comportamientos humanos a través determinantes de la naturaleza humana racional y no actúa reprimiendose emocionalmente a tal punto que guarda rencores, odio y frustraciones al no poder vengarse y se sumerge en ese espacio mental en lo más profundo de su consciencia. A diferencia de su antitesis el hombre normal irracional e irreflexivo, toro, que derriba los muros de las determinantes de la naturaleza humana, la racionalidad, la moral, leyes sociales y convencionales haciendo valer su libre al beldrio. Resumiendo: estigmatiza la irracionalidad del libre albedrío individual, la estupidez de los hombres.
Dostoyevski definió con su hombre del subsuelo al antiheroe qué protagonizarian sus posteriores novelas (Raskolnikov, Iván Karamazov, Smerkiakov, y Stavroguin).
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En BSD Fyodor concilio su racionalidad e irracionalidad (representada en su habilidad, su ferrea fe patologica) convirtiéndose en "el hombre nuevo".
Así se entiende mejor porque utiliza su habilidad solo en la mano izquierda.
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Fyodor Dostoyevski creo Notas del Subsuelo como una respuesta crítica, parodica y sarcástica del libro Que hacer?, de Nikolai Chernyshevski. Esta novela representa el concepto de “hombre nuevo”, racional y de acción, que había surgido como propuesta de la intelliguentsia rusa de 1860, por oposición a la generación de 1840 de intelectuales del romanticismo.
Podemos pensar en “Notas del subsuelo” como una “discusión” de Dostoievski con escritores rusos dentro del campo literario ruso de la época. En esta novela de 1864, Dostoievski estaría criticando a la generación del ´40 con su romanticismo, que se abstrae en lo bello y lo sublime. El intelectual romántico no actúa, solo se remite a contemplar lo “sublime” e inabarcable que lo rodea y busca “el arte por el arte”. Por oposición a esa generación, surge en los 60 el proyecto de “hombre nuevo”, encarnado en la propuesta de Chernishevski, hombre
normal y racional. Es aquel intelectual dispuesto a la acción, ambicioso, combativo, cerca del pueblo trabajador, de las ideas progresistas y a favor de la ciencia. Este “hombre nuevo” exigía el paso del héroe reflexivo, del hombre débil, al héroe de acción, no asaltado por las dudas, relacionado con la práctica, con la realidad, la unidad de palabra y acción.
Dostoyevski también critica y satirizara las corrientes filosóficas (determinismo absoluto, lógica, racionalidad, racionalidad científica, egoismo racional, utopismo socialista, positivismo, utilitarismo, nihilismo, principios de igualdad y democracia, etc) intelectuales de las nuevas generaciones en contacto nuevas ideas de Europa que conflictuaban y contrastaban con los valores tradicionales decadentes, la cultura, moral y religión de la época.
Notas del subsuelo tiene mucha más relevancia en BSD y no solo en el diseño de Fyodor, se ve reflejado en todos los villanos que rodean, en los monólogos (como las conversaciones de Fyodor y Dazai en Mersault son alusivas al tercer capítulo de Notas del Subsuelo) hasta la arquitectura (la torre Mukurotoride y el barrio Mortero).
En el PALACIO DE CRISTAL de Chernyshevski vive una sociedad feliz de productores libres que cambian de tareas cada dos o tres horas. Este palacio que no oculta nada, simboliza el armonioso equilibrio entre la vida pública y la vida privada, reuniendo bajo el mismo techo apartamentos, comedores, talleres, estudios, teatros o museos…
Mientras que el PALACIO DE CRISTAL en la novela de Tchernichevski es el símbolo de un futuro luminoso, Dostoievski convirtió por el contrario el célebre PALACIO DE CRSITAL de la Exposición Universal de Londres a mitad del siglo pasado (el XIX) en la representación de la deshumanización industrial.
En Dead Apple se ve claramente que todo el sector de la torre son industrias.
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Este tercer capitulo de Notas del Subsuelo es parodiado por Asagiri en los diálogos de Fyodor y Dazai en Mersault.
III
Vamos a ver: ¿qué hace aquella gente que sabe vengarse y que, generalmente, suele
defenderse bien? Pues cuando el sentimiento de venganza se apodera de ellos, nada queda en su ser a excepción de ese sentimiento. Ese tal caballero, igual que un toro enloquecido arremetiendo con sus cuernos hacia abajo, no haría más que empeñarse en llegar hasta la meta, y, tal vez, sólo un paredón sería capaz de pararle. (A propósito: ante el paredón suelen flaquear los caballeros más cabales, es decir, la gente más enérgica y espontánea. Para ellos, el paredón no constituye un impedimento como para nosotros, gente que reflexiona y piensa, y que por consiguiente, no hace nada; tampoco es un pretexto para coger y darse uno la vuelta a mitad del camino, ya que eso es algo en lo que normalmente no suele creer nuestro hermano, pero que, a su vez, le agrada mucho. No, ésos flaquean muy sinceramente. Para ellos, el paredón
posee algún elemento tranquilizador, algo moralmente permisivo e incluso místico…
Pero dejemos lo del paredón para más tarde). Pues bien, a un hombre espontáneo de esas características, le considero yo un hombre auténtico, un hombre normal; tal y como le hubiera gustado verle a su más tierna Madre Naturaleza que le engendró en su seno terrenal. A un hombre así, lo envidio yo hasta el extremo de echar bilis por la
boca. Es un ser estúpido, y sobre esta cuestión no pienso discutir con ustedes, ya que posiblemente un hombre normal deba ser estúpido. ¿Lo sabían ustedes? Puede que esto incluso sea muy bonito. Además, estoy absolutamente convencido de ésta, por así decirlo, sospecha; ya que si tomáramos, por ejemplo, la antítesis de un hombre normal, o sea, a un hombre con refinada conciencia, que ha salido, claro está, no de las entrañas de la Naturalezai, sino de una probeta (esto ya es casi algo místico, señores, pero también sospecho de ello), pues este hombre-probeta, a veces flaquea ante su antítesis hasta tal punto, que con toda su refinada conciencia llega honestamente a considerarse a sí mismo como un ratón y no como persona. Bueno, que sea un ratón de refinada conciencia, pero un ratón, al fin y al cabo, cuando de lo que se trata es de un hombre, y por consiguiente, etc., etc. Y lo más importante es que él mismo se considera un ratón, sin que nadie se lo pida; y éste, es un punto muy importante. Observemos ahora a este ratón en plena acción: supongamos, por ejemplo, que esté ofendido (y casi siempre lo está) y que también desee vengarse.
Posiblemente haya acumulado en su interior más rabia que l’homme de la nature et de la vérité, puesto que éste, a causa de su innata estupidez, considera su venganza sencillamente como algo justo; mientras que el ratón, por su refinada conciencia, niega que en ello haya un acto de justicia. Por fin, llegamos hasta la cosa misma, hasta el acto mismo de la venganza. Al infeliz ratón, al margen de la ruindad originaria, le ha dado tiempo a acumular en torno a sí, un montón de porquería en forma de dudas y
preguntas; a cercar cada pregunta de tantas innumerables cuestiones, que, sin querer, ha acopiado a su alrededor algo parecido a un brebaje fatal, a una suciedad apestosa, compuesta de todas sus dudas e inquietudes, y por último, de escupitajos con que lo cubren de pies a cabeza los hombres espontáneos y enérgicos, quienes en calidad de jueces y dictadores le rodean solemnemente riéndose a carcajadas de él. Claro está que no le queda más que resignarse, y con sonrisa de fingido desprecio en la que ni él mismo cree, colarse ignominiosamente en su agujero. Allí, en su abyecto y maloliente
subsuelo, nuestro ofendido, humillado y ridiculizado ratón, se sumerge al instante, en la fría, venenosa y, lo que aún es más importante, en la eterna maldad. Durante
cuarenta años estará recordando su ofensa hasta los detalles más vergonzosos, añadiendo particularidades cada vez más bochornosas y burlándose maliciosamente de sí mismo hasta irritarse con su propia fantasía. Él mismo se avergonzará de su
fantasía, pero a pesar de todo, lo recordará y lo seleccionará todo, inventándose cosas nuevas que jamás existieron con la excusa de que también ellas podían haber ocurrido, y nada perdonará. Probablemente, de vez en cuando, incluso se vengue de algunas
pequeñeces; se vengue de incógnito y taimadamente, sin terminar de creer en su derecho a vengarse, ni en el éxito de la venganza, sabiendo por adelantado, y por su propia experiencia, que él mismo sufrirá con la venganza cien veces más de lo que
sufre aquél del que él se está vengando, cuando además, el otro, probablemente ni siquiera se haya enterado de ello. Hasta en su lecho de muerte lo recordará todo con
el porcentaje acumulado durante todo ese tiempo y… Y precisamente en ese frío y
abominable semiarrepentimiento y debilidad de la fe; en esa pena que le entierra en vida en el subsuelo durante cuarenta años; en esa forzosa y en parte dudosa situación sin salida y desesperanza; en todo ese veneno de deseos insatisfechos que penetraron su interior; en toda esa fiebre de dudas y decisiones tomadas para la eternidad y seguidas de nuevos arrepentimientos; en todas esas cosas, es donde se encuentra el jugo de aquel extraño deleite del que antes hablé. Es hasta tal punto sutil, y se encuentra tan lejos del alcance de la conciencia, que la gente algo limitada, o simplemente los fuertes de nervios, no lo comprenderían en absoluto. «Puede que tampoco lo entiendan aquellos —añadirán ustedes sonriendo— que nunca recibieron una bofetada», y de ese modo me insinúen cortésmente que posiblemente también yo haya tenido en mi vida la experiencia de una bofetada, y que por esa razón hablo como todo un entendido. Me apuesto lo que sea, que eso es lo que ustedes piensan.
Pero tranquilícense señores, no he recibido una bofetada, aunque me da exactamente igual lo que ustedes puedan pensar al respecto. Puede que incluso también lamente que en mi vida le haya dado yo pocas bofetadas a la gente. ¡Pero basta, ni una palabra más de este tan extraordinario e interesante tema para ustedes!
Proseguiré hablando tranquilamente sobre los fuertes de nervios que no entienden de las sutilezas de los placeres. Estos señores, en algunos casos, aunque mujan desaforadamente como auténticos toros, aportándoles esto mucho honor, no obstante, llegan al instante, como ya dije antes, a resignarse ante lo imposible. ¿Lo
imposible equivale a un paredón de piedra? Pero ¿qué paredón de piedra? Bueno, se entenderá, que se trata de las leyes de la Naturaleza, de las deducciones de las ciencias naturales o de la matemática. Cuando, por ejemplo, te demuestren que desciendes del mono, tienes que aceptarlo y dejar de enfurruñarte. Cuando te demuestren que en realidad una gota de tu propia grasa corporal debe serte más costosa que cien mil de tus prójimos, y que ese resultado decide finalmente por todas las así llamadas virtudes, obligaciones y demás quimeras y prejuicios, ¡acéptalo de una vez!, pues no tienes nada que hacer, ya que dos por dos es… matemática. Intenten contradecirlo.
«¡Hagan el favor! —les gritarán—, es inútil rebelarse. ¡Se trata, del dos por dos son cuatro! La Naturaleza no va a consultarlo con usted; poco le importan sus deseos, y si le gustan o no sus leyes. Deben aceptarla tal y como ella es, y por consiguiente, también aceptar todos sus resultados. Es decir, el paredón es el paredón, etc., etc.».
¡Pero Dios mío! ¿Y qué me importan las leyes de la Naturaleza y la aritmética, cuando no me gustan ni esas leyes, ni el dos por dos son cuatro? Claro está, que no podré romper ese paredón con mi frente si se me agotan las fuerzas; pero tampoco me resignaré ante él sólo porque tenga ante mí un paredón de piedra y porque me haya quedado sin fuerzas.
¡Como si un paredón de piedra de esas características, fuera en realidad un sosiego y encerrara en sí alguna clave para la paz sólo porque equivale al «dos por dos son
cuatro»! ¡Oh, qué absurdo más grande! ¡Como si hubiera que entenderlo todo, tomar conciencia de todo, de todas las cosas imposibles y de todos los paredones de piedra!
¡Como si estuviera uno obligado a no resignarse ante las cosas imposibles y los paredones de piedra, cuando le da la gana de resignarse! Llegar por el inexpugnable camino de la deducción lógica a la conclusión más repugnante acerca del eterno dilema, de que puede que tenga uno incluso la culpa por lo del paredón de piedra, a pesar de que la evidencia le demuestre todo lo contrario; y después, en silencio, y rechinando los dientes con impotencia, caiga voluptuosamente en la inercia de soñar que ni siquiera haya una persona con quien pueda uno enfadarse; que no hay un objeto concreto, y posiblemente jamás lo hubo; que aquí, la cosa está en que se ha dado un cambiazo, es decir, que se ha hecho un amaño, una trampa, un horrible brebaje —sin que nadie sepa de quién procede, ni a qué se debe—. ¡Pero al margen de las cosas que se ignoran y de todos los amaños, a pesar de todo, hay algo que termina por dolerle a uno, y cuantas más cosas ignore, tanto más fuerte se torna el dolor!
Los albinos que rodean a Fyodor son hombres inteligentes, reflexivos y de esa forma ven e interpretan el mundo y a ellos mismos pero actuan de forma irracional. Casi todos los monólogos del hombre del subsuelo extrañamente se ven reflejados en ellos.
Para entender mejor una cita de Joseph Frank, biografo de Dostoyevski:
«En aquel tiempo estaba yo muy interesado en la nueva literatura existencialista […] así que elegí como tema para mi disertación “Los temas existencialistas en la literatura moderna”. Con el fin de establecer un marco histórico, inicié mi exposición con un análisis de Memorias del subsuelo, de Dostoievski, obra considerada precursora de las teorías y de los temas que encontramos en el existencialismo francés. Mi interpretación de esa obra se deriva de los escritos de Leo Shestov y de Nikolái Berdyaev: subrayaba yo la irracionalidad y la amoralidad del hombre marginado y lanzado a la clandestinidad, en tanto que éste, trágica y retadoramente, conserva la libertad de su personalidad frente a las leyes de la naturaleza, sin importarle el costo que esto signifique para él y para los demás.»
GOGOL Y EL LIBRE AL BELDRIO
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La referencia del libro:
...
Pero a pesar de todo, estarán
ustedes absolutamente convencidos de que el hombre sin duda alguna aprenderá
cuando desaparezcan por completo algunas viejas y absurdas costumbres y cuando el sentido común y la ciencia reeduquen completamente la naturaleza humana y la orienten adecuadamente. Estarán convencidos también de que, para entonces, el hombre dejará voluntariamente de equivocarse y, por decirlo de alguna manera, no
deseará que exista discordia entre su voluntad y sus intereses normales. Por si fuera poco: dirán que, para entonces, la propia ciencia enseñará al hombre (aunque en mi opinión esto sería un lujo) que éste en realidad no tiene, ni nunca ha tenido, voluntad ni capricho, y que él mismo no es más que un teclado de piano o el perno de un órgano; que por encima de todo, existen en el mundo las leyes de la Naturaleza y que todo cuanto él haga, no se hace conforme a su deseo, sino por sí mismo, es decir, conforme a las leyes de la Naturaleza. Por consiguiente, le bastará hombre con descubrir esas leyes de la Naturaleza para dejar de responsabilizarse de sus actos y para que la vida se le presente entonces extraordinariamente fácil. Entonces, todos los tactos humanos se codificarán conforme a esas leyes, es decir, conforme a las matemáticas, al estilo de las tablas de logaritmos, hasta el 108 000, y se reflejarán en los calendarios; o lo que sería aún mejor, saldrán ediciones de la bienintencionadas, similares a los actuales diccionarios enciclopédicos, en los que todo aparecerá tan bien calculado y anotado, que ya no habrá en el mundo lugar para las aventuras ni para actos individuales.
Entonces —todo eso lo dirán ustedes— entrarán en vigor las nuevas relaciones
económicas, completamente preparadas y calculadas con tal exactitud matemática,
que al momento desaparecerá cualquier posible interrogante, precisamente porque para éstas, siempre habrá una multitud de respuestas. Para aquel entonces, será
cuando se termine de construir el Palacio de Cristal. Y será cuando… Bueno,
resumiendo, llegará volando el pájaro Kagú. Claro está, que nunca podría garantizarse
(eso lo digo yo) que para entonces, no se aburriera excesivamente el hombre (¿pues qué haría él, cuando todo estuviera perfectamente calculado conforme a la tabla?) a cambio de que todo marchara con extraordinaria cordura. ¡Lo que no se inventará por aburrimiento! Porque también por aburrimiento se clavan alfileres de oro, pero no
importa. Lo que resultaría peor (eso nuevamente lo digo yo) es que hasta los alfileres de oro llegaran probablemente a ser un motivo de alegría. Porque el hombre es estúpido, excepcionalmente estúpido. Y aunque no fuera completamente estúpido,
resulta ser tan desagradecido, que no hay nada que se le parezca. A mí, por ejemplo, no me extrañaría nada, que de pronto, en medio de esa futura circunspección general, surgiera un caballero que, con una fisionomía vulgar, o mejor dicho, con aspecto retrógrado y burlón, se pusiera brazos en jarras y nos dijera a todos: «Bueno señores ¿y por qué no echamos de una vez abajo esa cordura, para que todos esos logaritmos se
vayan al demonio y finalmente podamos vivir conforme a nuestra absurda voluntad?». Y tampoco eso importaría mucho, pues lo verdaderamente lamentable sería que
enseguida encontraría adeptos para seguirle; así es el hombre. Y todo eso ocurre por un motivo tan fútil que no merece la pena ni recordarlo. Es decir, que el hombre
siempre y en todo lugar, siendo él quien fuere, ha gustado de actuar a su modo, y no tal y como le indican la cordura y la ventaja; es más, incluso es posible desear algo que vaya en contra del propio interés de uno, y a veces, hasta debería ser positivo actuar así (esto es una idea mía). Porque el deseo propio, voluntario y libre de uno, el capricho, aunque sea el más salvaje de todos, la fantasía exasperada y llevada hasta la locura, forma parte de aquella ventaja que se omitió y que resulta ser la más ventajosa de todas, porque no se atiene a ninguna clasificación, y porque a causa de ella se van continuamente al garete todos los sistemas y teorías imperantes. ¿De dónde sacan
todos esos sabios, que el hombre necesita una voluntad normal, una voluntad
virtuosa? ¿De dónde sacan que el hombre precisa indispensablemente de una
voluntad que le sea provechosa? El hombre únicamente necesita de una voluntad
autónoma, le cueste ésta lo que le cueste, y le traiga las consecuencias que le traiga.
Aunque cualquiera entiende de tal voluntad…
Segunda parte
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gonzalo-obes · 7 months ago
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IMAGENES Y DATOS INTERESANTES DEL DIA 2 DE MAYO DE 2024
Día Internacional contra el Bullying o el Acoso Escolar, Día Mundial de la Contraseña, Día Mundial del Atún, Año Internacional de los Camélidos.
Santa Flaminia, Virgen de Araceli, Santa Mafalda, Santa Araceli y Santa Bertina.
Tal día como hoy en el año 2011
El presidente de Estados Unidos Barack Obama informa públicamente que un pequeño equipo de operaciones especiales había dado muerte a Bin Laden. Wl terrorista más buscado del mundo y jefe de la banda terrorista Al Qaeda.
2020
El gobierno de España inicia la 'desescalada' de las medidas tomadas por el COVID-19, por las que la gente puede volver a la calle a realizar deporte y pasear, en rangos horarios determinados.
1933
Aunque los rumores de un gran animal o monstruo que mora en las oscuras y frías aguas del lago Ness (Escocia, Reino Unido) han circulado desde hace 15 siglos, la precisión, credibilidad y veracidad de tales historias siempre ha sido cuestionada. No obstante, la leyenda moderna se inicia en este día cuando se avista el monstruo y tiene eco en las noticias locales. Desde entonces muchos investigadores intentarán encontrar la prueba definitiva de la existencia del monstruo del Lago Ness con nulos resultados. Todo parece indicar que la famosa fotografía de 1934, en la que aparece una criatura parecida a un dinosaurio con su cabeza emergiendo de las aguas, es un burdo trucaje para despertar la atención y atraer a los turistas. (Hace 91 años)
1879
En Madrid (España), Pablo Iglesias funda en la clandestinidad el Partido Socialista Obrero Español. En 1881 será legalizado. (Hace 145 años)
1866
La armada española bombardea El Callao (Perú), última acción de la guerra de España contra Chile y Perú. (Hace 158 años)
1833
En Rusia, el zar Nicolás I prohíbe la venta de esclavos en los mercados públicos. (Hace 191 años)
1808
En España, el pueblo de Madrid se agolpa ante el Palacio Real para impedir que los franceses trasladen a Bayona a los dos hijos de Carlos IV. Los soldados disparan contra la multitud para dispersarla. En poco tiempo, la capital del reino se convierte en un campo de batalla, con varios cientos de víctimas entre madrileños e invasores. A última hora de la tarde la rebelión queda sofocada y el general Murat ordena el fusilamiento de multitud de ciudadanos. Estos hechos dan lugar a que todo el pueblo se una en lucha contra los franceses y se extienda la rebelión por toda España, comenzando así la Guerra de Independencia. Finalmente, los franceses serán expulsados de España tras la batalla de Vitoria el 21 de junio de 1813 y en octubre los aliados cruzarán los Pirineos acosando a los franceses que pedirán la paz. (Hace 216 años)
1598
En Verbins (Francia), el papa Clemente VIII media para conseguir la paz entre Francia y España. Felipe II por España y Enrique IV por Francia, firmarán la paz que pondrá fin a la guerra franco-española iniciada en 1595. (Hace 426 años)
1536
Ana Bolena es encarcelada en la Torre de Londres, acusada de mantener relaciones con su propio hermano, con otros tres caballeros de la cámara privada y con un músico de la corte, además de conspirar con ellos contra la vida del rey. Todos serán juzgados y acusados de alta traición. Su culpabilidad nunca se podrá probar. El 19 de mayo Ana será decapitada y pocos días después el que fuera su marido, Enrique VIII, se casará con Jane Seymour. (Hace 488 años)
1497
Zarpa de Bristol Giovanni Caboto, navegante y explorador italiano al servicio de la corona Inglesa, a bordo del buque Matthew con una tripulación de dieciocho hombres. Con esta expedición se consolidarán los intereses de Inglaterra en América del Norte a la vez que se sentarán las bases de la posterior colonización de tierras americanas por Inglaterra. (Hace 527 años)
1027
En la península del Yucatán (actual México) se funda la Liga de Mayapán (que significa el pendón maya), unión de tres importantes ciudades estados mayas del período posclásico mesoamericano: Mayapán, Chichén Itzá y Uxmal. El objetivo es gobernar conjuntamente la región, defendiéndose de la invasión de grupos de origen mexicano que han tratado de entrar en la península. Cuando se consolide la Liga se logrará un periodo de prosperidad. A finales del siglo XII, la liga se irá disolviendo por una guerra silenciosa entre Chichén Itzá y Mayapán, por causas desconocidas y el mundo maya se fragmentará en 16 señoríos independientes disolviéndose el gobierno central. (Hace 997 años)
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fredborges98 · 8 months ago
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Em toda Páscoa Jesus Cristo nos ensina a ressuscitar.
Por: Fred Borges
Mas ressuscitar o quê e como ?
Ressuscitar de nossa omissão, do nosso egoísmo, do nosso estado letárgico, do nosso narcisismo, da nossa mania de julgar e sentenciar os outros, de ser guiado por preconceitos, por não darmos oportunidade ao outro de revelar fraternidade, generosidade, carinho, e amor ao nosso semelhante!
Famílias se dizem cristãs e não praticam o Cristianismo!
Famílias que rezam, oram, levam as bíblias embaixo das axilas, depreciam a Bíblia pelo suor dos seus corpos, pela catinga, Caatinga, Agreste de suas almas, sujas pelo pecado diário e quando retiram deste locus, focus, se acham terem alcançado o paraíso, pois digo e afirmo: continuam no inferno.
Todo homem é um animal político, SER político, àquele que pensa diferente disto, se considera alheio, vacinado contra o mal, é o próprio mau, não sabe o significado da ressurreição, da crucificação e da redenção!
Continuará a comer ovinhos de Páscoa, se encher de guloseimas, mastigar o pão de políticos inescrupulosos, aqueles mesmos que condenaram Jesus Cristo estão hoje no STF, na Presidência,nos três poderes,lavam as mãos e em nada são cristãos.
Ateus, comunistas, socialistas o são, logo são representantes aqui na Terra do Anticristo!
Para eles não haverá ressurreição pois eternamente mortos já estão.
Não importa quem você tenha escolhido ou eleito para governar, Jesus Cristo é o Senhor!E ele estará ao.lado do BEM!
O Presidente querendo falar com os Cristãos?
Você conversaria com Lúcifer?
Venderia-se ou venderia sua alma a Lúcifer?
Pois a partir do momento que vota ou se abstém ou anula seu voto, concorda em o anticristo e seus representantes continuarem no PODER!
Não importa a corrupção, a covardia, a falta de honestidade,sinceridade, lealdade aos eleitores que não o escolheram, eles morrerão pela boca, boca do inferno,pela alta traição a pátria e eles e suas famílias serão amaldiçoadas por todas as gerações, mesmo que mudem seus nomes ou sobrenomes, carregarão a cruz e trilharão o cavalrio, o acoitamento, a queda, e o sangue na boca, dos dentes quebrados e caídos, anjos do fogo, e sempre uma sensação de mal olhado, de maldição e perpétuo castigo.
Portanto a ressurreição inexiste mesmo para atribuições mitológicas como a Phoenix, será carne podre para urubus, ienas, vermes e nem ossos sobrarão, pois ressurreição só daqueles que entregam suas vidas ao Senhor, em símbolo, significado e o exercício da cristandade será a sua salvação, mas enquanto políticos maquiavélicos, maldosos, inescrupulosos, ladrões e corruptos permanecerem sendo eleitos, morrerão todos no fogo do inferno e assim se cumprirá a profecia, que diz que enquanto espíritos vagarão por todo sempre algemados pés e mãos e diante de toda riqueza roubada nada poderão fazer, morrerão de sede e de fome, morrerão 7 vezes 7 , nove,nove e nove,mas poderá ser 13 vezes 13 ou 13, 13 e treze!
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primadocolerico · 10 months ago
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La voraz máquina del capitalismo/Kapital's hungry machine
[ENGLISH BELOW]!!
Recientemente he leído El cocodrilo de Dostoievski (Akal, 2023), un relato sobre un hombre al que se come un cocodrilo y se queda ahí viviendo en su estómago. No lo conocía, ¿creo que me sonaba? Y la verdad es que me ha parecido fabuloso, me he reído bastante. Y también me ha sorprendido.
El punto del relato es, creo, el capitalismo. Puede sonar raro porque no era Dostoievski la persona más progresita y generalmente ligamos la crítica al capitalismo a este campo ideológico. Pero no hay que extrañarse porque el autor no nos habla aquí de la liberación de los oprimidos. Su crítica es una que se enraiza en ciertos grupos intelectuales conservadores que ven el nuevo orden del capital como una corrupción del orden "natural tradicional" que imperaba antes de la Revolución Industrial y la Revolución Francesa. La añoranza de esta ficción se proyecta, no obstante, sobre un plano cultural, no tanto político. El capitalismo que potencia el urbanismo descontrolado y engendra nuevas visiones alejadas de Dios y las vías de siempre es un enemigo. La crítica conservadora del capitalismo es nostalgia; recordemos que en su momento la burguesía y los estados liberales fueron revolucionarios, incluso paralelamente a muchos movimientos socialistas. El capitalismo, para Dostoievski, es nocivo en cuanto, tal como se desarrollaba en Rusia en el siglo XIX, trajo consigo la corrupción de la moral rusa tan cristiana y tan ordenada a la vez que sacudía los cimientos de la organización social al importar "sucios" valores europeos. Del mismo modo aborrecía este nuevo orden por sus hijos bastardos: los distintos tipos de socialismo y la violencia con la que se desarrollaron estos movimientos en una Rusia zarista que nunca sabía muy bien que rumbo tomar.
En este relato es capitalismo estaría representado, of course, por el cocodrilo. Ya de primeras la imagen es potente: un animal extraño, alienígena, grotesco, que devora cualquier cosa sin contemplaciones. Concuerda con como ve el autor el orden del capital: un modelo societario ajeno a Rusia que al importarse a la Madre Patria da al traste con todas las bases de la vieja sociedad, creando una miseria de la que se alimenta.
El argumento sigue así: esta máquina se come a un señor ¡y nadie se espanta! Excepto el protagonista que removerá el cielo para sacar a su amigo de la panza del lagarto. Pronto se da cuenta de que todo el mundo parece estar loco porque nadie moverá un dedo para salvar al pobre devorado alegando posibles pérdidas ecónomicas, daños a la propia imagen e incluso que, bueno, si mi pareja está en la panza de un bicho podré divorciarme y vivir con mi amante. Y resulta que el propio devorado termina aceptando su situación de manera proactiva porque está cómodo, le dan de comer y lejos de cualquier obligación puede dedicarse a pensar y escribir, a cambiar el mundo. Finalmente el protagonista, vencido por lo absurdo de la situación, acepta resignadamente ayudar a su amigo en su tarea de cambiar el mundo desde dentro de un cocodrilo.
El cocodrilo-máquina no sería más que la representación de un proceso profundo en la transformación de Rusia (el cuento se publica en 1865, solo cuatro años después de la abolición de la servidumbre) que estaba cambiando la faz del país y amenzaba, en las mentes más conservadoras, con dejarlo irreconocible. El amigo del protagonista sería, tal vez, un símbolo de toda la sociedad rusa que se ve envuelta en nuevas relaciones de producción, lo que se metamorfosea en la ingesta. Mientras tanto, la actitud con la que la gente del relato se toma el suceso bien podría significar la actitud pasiva, en algunos cosas, con los que se aceptaban los cambios tal vez como "inevitables", y en otros la actitud de esperanza y optimismo con la que ciertas capas de la sociedad (gran parte de los intelectuales, políticos liberales, capitalistas, etc) recibían los cambios incluso con sus daños colaterales. La palabra clave sea, tal vez, conformismo. Parece que nadie puede, nadie quiere, enfrentarse al Progreso. El único que parece reaccionar viendo lo absurdo es el protagonista, inserto del propio autor que veía como en su tiempo gente de todas las clases, incluso de su clase, aceptaba y/o deseaba la venida del capitalismo que iba a revolucionar Rusia, obviando los problemas que, para Dostoievski y sus pares, amenazabn con acabar con todo lo ruso.
A lo largo del texto nos encontramos con referencias a la necesidad, incluso deber, de la acumalación de riqueza, de la industrialización, de abrirse a Europa (Occidental) e incluso se menciona, como problema, la posesión comunal de la tierra que aún no se había disuelto tras la abolición de la servidumbre. Todo esto para justificar o al menos aceptar que un cocodrilo ha engullido a un hombre y no vamos a hacer nada para solucionarlo. Está claro: el nuevo mundo, lo que llaman progreso, amenaza todo lo ruso y nadie parece que vaya a hacer nada, solo queda rendirse ante la evidencia de la desaparición (violenta, se la come un cocodrilo, recordemos el molino satánico de Polanyi) de un mundo ante una máquina voraz.
En este pequeño espacio reivindicamos este cuento como una crítica legítima del capitalismo siempre y cuando no se use como una fantasía reaccionaria y se acompañe con una crítica dotada de un horizonte común, el de la emancipación de las clases subalternas.
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Recently, I have read The cocodrile by Dostoievsky (Akal, 2023), a short story about a man that was eaten by this animal and he lives in the cocodrile's stomach. Didn't knew this story, I think I've heard about it somewhere? And it was amazing, had a reading plenty of laugh. Also surprised me very well.
I believe that the story's main theme is capitalism. Maybe can sound a little weird because Dostoievsky wasn't the most liberal, progressive person, the type to whom we usually blame about the criticism of the capitalist system. But it isn't that weird at all because the author is not talking about the liberation of the opressed people: we need to understand his criticism inside some conservative intellectual and political groups who saw the capitalism like a force a corruption of the "natural" and "traditional" order before the Industrial Revolution and the French Revolution. But the nostalghia about this state-of-things is projected, mainly, in a cultural-intellectual-spiritual sphere instead of a political one. Capitalism breeds an uncontrolled urbanism and new visions far away from God and the old-fashioned ways of living. The conservative criticism of the capitalist system is fantasized nostalghia: we must remember that during many time the bourgeoisie and liberal Nation-States were revolutionary forces, even paralell to many socialist movements. According to Dostoievsky the capitalism is harmful because in 19th century Russia was seeing like a corrupting force of the Christian morality seeing like one of the pillars of the Russian culture by importing "dirty" European values and ways. Dostoievsky also hates capitalism for his bastards: the many types of socialism and the violence they brought during the times of the Tsardom, an Empire that never had a clear direction.
In this story the capitalism is represented, ovbiamente, by the cocodrile. It is a powerful image: a strange animal, alien, grotesque, an animal who devours everything indiscriminately. It coincides with how the author sees the order of the Capital: a social model strange to Russia, a model that, when imported, threatens all of the pillars of the old society, creating a misery that will be it's own fuel.
The plot of the story is as follows: the cocodrile eats a man, and nobody is scared about it! Only the protagonist seems concerned and try to liberate his friend of the lizard's belly. Soon the friend realizes that nobody is going to do anything about is eaten fella because do something could result in some harm: economic harm, personal, a harm in the façade... even his lover don't do anything because she can divorce and go living with her other lover. And then result that the eaten man accepts his own situation in a very proactive way because he is comfy inside the cocodrile and can dedicate himself to thinking and writing about the world. In the end our protagonist surrenders to this absurd situation and accepts to help his eaten friend in the task of be informed about the current affairs of the world.
The cocodrile-machine is the representation of a deep transformation process within Russia (the story is published in 1865, only four years after the abolition of serfdom), a process that was changing the country and threatens, inside the most conservative minds, to let the motherland unrecognizable. The protagonist's friend could be a symbol of the Russian society that is interwoven in a new set of social relationships, metaphorized in the act of be eaten by a beast. Meanwhile the attitude of the people within the story is one of passiveness in some cases, the pasiveness of accepting the changes as they come, like something inevitable. In other cases the attitude is one of hope and optimism, the hope and optimism seen in some social groups like many intellectuals, liberal politicians, capitalists, etc; hope and optimism for changes accepted even with their collateral damage. Maybe the key to understand this is the word conformism. It seems like nobody can, nobody want, to face the Progress. The only one that seems to react to the absurdity of the event is the protagonist, author's self-insert, that sees how peoplo of all classes, even his own, agree or/and desire the coming of the capitalist system that will revolutionize Russia undermining the problems that could destroy everything that was "true Russian", in the minds of Dostoievsky and his peers.
Along the text we found references about the need, even duty, of wealth accumulation, industrialization and opening to the European ways. Even the abolition of serfdom is mentioned and it's collateral problem, the paasing-out of the communal land possesion regime in the rural areas. All of this in order to justify, accept at least, the fact that a cocodrile has eaten a man and nobody is going to do anything to solve it. Dostoievsky's perspective is clear as water: the new world, the so-called Progress, threatens everything and nobody cares about it. All that remains is to surrender to the violent fading (violent because is literally eaten, remember Polnayi's Satanic Mills) of a entire world inside a hungry and implacable machine.
In this little space we support this tale as a legitimate criticism of capitalism only when it is not read like a nostalgic feeling of reactionary fantasy but a critique with a common horizon of the emancipation of all opressed classes.
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matriegler · 10 months ago
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⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀╱ about
Nascido em Montevidéu, Matías Riegler é filho de mãe uruguaia e pai americano de descendência austríaca. Mudou-se para os Estados Unidos quando tinha dois anos de idade; é o caçula de três filhos do casal. O pai de Mat — ou Matty, como também é chamado pelos amigos — fazia o tipo revolucionário quando era jovem, deslumbrado pela América Latina e os ideais socialistas da região, largou a família e foi com um grupo de amigos para o Uruguai em 1975, onde conheceu aquela que se tornaria sua esposa, e lá fez residência, trabalhando como agricultor.
O retorno para os EUA se deu única e exclusivamente pelo adoecimento do segundo filho, e a certeza de que poderia conseguir tratamento especializado. A família viveu em St. Louis, Missouri, por dois anos até a remissão do câncer do menino, mas não fazia o tipo de Tony viver em uma cidade grande. Por isso, em 1997, quando Matías tinha quatro anos, todos os integrantes da família se mudam para o interior, cidade onde o tio paterno de Mat cultivava um largo território com plantações de milho. Tony passou a trabalhar para o irmão e os Riegler se estabeleceram na região ao que pareceria ser para sempre, apesar do desejo de Catalina, a mãe, de retornar para seu país.
Embora fosse sociável, Matías cresceu sendo um rapaz reservado, um pouco tímido. Com exceção do Espanhol, suas notas na escola eram fracas. Seu verdadeiro talento estava com os animais, especialmente os cavalos da roça. Ele começa a trabalhar na fazenda do tio aos quatorze anos e foi aos poucos ganhando mais responsabilidades. Hoje, aos vinte e nove, é praticamente o segundo no comando, mas se restringe às atividades operacionais, sendo o primeiro que coloca a mão na terra ou, como prefere ainda mais, trata de um animal ferido. Mat terminou o ensino médio e não seguiu estudando, e não tem ambições nesse sentido.
Namora Rachel, filha do atual prefeito, há dois anos, e inexplicavelmente não tem desejo de se casar, levaria a coisa sem aprofundar por muito mais tempo. Contudo, a pressão das duas famílias tem feito Mat pensar que, talvez, não tenha opção a não ser pedir a mão da moça. O que ele não admite nem para si mesmo é ainda estar preso à primeira namorada, hoje internacionalmente famosa e completamente alheia à sua existência. Pelo menos, é isso que acredita. De todo modo, nunca se gaba de tê-la namorado, nem fala de seu passado, apesar de já ter sido procurado pela imprensa.
Matías é gentil, querido pela comunidade e muito facilmente visto andando na sua caminhonete azul. Ainda é tímido, não gosta de redes sociais, mas frequenta as festas regionais e sempre é chamado para tratar dos bichos de estimação das pessoas, como um veterinário sem formação. Seu prazer secreto é tocar o violão, às vezes até melodias que ele mesmo compõe, embora nunca coloque no papel.
Outro segredo é o dinheiro que vem juntando para visitar o país onde nasceu, talvez seja sua maior ambição, quem sabe passar a viver lá? Provavelmente por causa da história do irmão, Matías enxerga a obrigação de permanecer junto da família e repreende esse desejo num nível inconsciente. Há também, claro, o fato de realmente gostar da família. Mesmo tendo se mudado para um lugar só seu, passa mais tempo na antiga casa do que em qualquer outro lugar. Pela janela do antigo quarto, enxerga a janela do quarto da ex-namorada. Na varanda, se vê colocando as luzes de natal todos os anos junto com ela. As guerras de neve no quintal. É, talvez existam mais motivos para voltar sempre àquela casa. Talvez ele seja assombrado pela vida que podiam ter tido, mas ela não quis.
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artesubjetividade · 1 year ago
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Sem título, Daniel Gore
Fotografia, 3x4 cm
Expansão da comodidade, avanço tecnológico, zoomorfismo, humanização.
Formato e tamanho característicos 3x4cm, apresenta uma inversão de valores animal-humano. Em um mundo contemporâneo onde os seres humanos avançam tecnologicamente para um afastamento da natureza, comodidades são criadas para a vida humana.
Donna Haraway elabora em seu artigo "Manifesto Ciborgue", condições de proximidade do animal-humano na sociedade, ambos ciborgues modificados pela tecnologia. Em uma fabulação, um universo em que animais de estimação, que podem ser treinados e fabricados para comodidade humana, tomam consciência e podem usufruir dessas criações.
Fotos 3x4 de um cachorro, faz seu documento em busca de ser registrado como ser.
Referências:
Haraway, D. (2009). Manifesto ciborgue: Ciência, tecnologia e feminismo socialista no final do século XX. In D. Haraway, H. Kunzru & T. Tadeu
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verbohechizopuntoexe · 1 year ago
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Cuca Muca
Álvaro observaba con horror como aquella muchacha de tonificados brazos y apretados leggins agarraba el vaso. Un líquido marrón con tonalidades ocres y anómalos brillos cobrizos llenaba el gran recipiente de cristal. Los fuertes tendones del antebrazo se tensaban mientras la chica subía su batido hacia sus rosados labios. Después de un enorme trago de aquella sustancia, restos de espuma burbujeante se quedaron en la parte superior del labio, en la zona que algunos denominan arco de Cupido. De un golpetazo posó de nuevo el bebedizo en la mesa de madera blanca.
Todo el mundo en ese establecimiento parecía estar obsesionado con aquel brebaje, el batido extra proteico que había inventado aquel gurú del fitness. Y en un mundo centrado en la apariencia física y los abdominales marcados, conseguir 35,8 gramos de protes en una sola toma, a solo 4,5 euros, en un local de renombre, con falsos helechos verdes decorando la pared, y con pósteres cuquis con mensajes motivadores y corazones rojos era toda una oportunidad. Además, desde las prohibiciones del gobierno socialista del 2028, el temido reajuste alimenticio sostenible para una dieta democrática de la ciudadanía, que impedían a la sociedad comer ningún mamífero, ave o pez, era muy complicado conseguir una dieta alta en proteínas. Siendo el atún y el pollo el nutriente básico del culturista, su privación había sido un duro golpe para cualquier aficionado del gimnasio. Pero entonces, apareció aquel garito de estética ñoña cuyo Cuca Muca abría un mundo de posibilidades. Muchas veces había que hacer cola de espera de varias horas para poder sentarse en el lugar o llevarse un batido a casa envasado en cartón biodegradable. Era el negocio más prospero de toda la ciudad y Álvaro casi no podía contener las ganas de vomitar.
Alertados por el éxito del establecimiento, el ayuntamiento realizó una inspección de sanidad para comprobar que aquel batido no se trataba de producto cárnico triturado y de que realmente tenía la cantidad de proteínas que se anunciaba en sus reels de Instagram y vídeos de TikTok. Por lo visto todo estaba en regla. Aún así, la receta permanecía en el más oscuro de los secretos. Nadie quiere que su formula millonaria se aireé y se produzcan copias baratas. Una empresa china pronto empezó a vender su propia versión por Aliexpress y en algunas tiendas de alimentación clandestinas, pero los consumidores decían que el sabor era deleznable y que la textura, como hormigón líquido, era del todo lamentable. Además, no conseguía que se quedaran entre los dientes esas diminutas hebras del color cobre que destellaban si la luz les daba directamente, como rojiza purpurina alimenticia. El mayor secreto del batido.
En uno de sus vídeos publicitarios más famosos de internet se veía como dos chicas en bikini de colores chillones con anatomía escultural se pedían dos batidos que les servía directamente su dueño, Pit. Después de echarse medio batido por encima de la cara, con primeros planos del brebaje deslizándose por músculos las chicas, siempre sonriendo, echaban un pulso que terminaba con el derramamiento de uno de los vasos. Luego un primer plano de las chicas lamiendo los restos del batido en la mesa y por último una tórrida escena de ellas besándose apasionadamente. Todo esto con el afamado grupo de Vaporwave, Windows96, de acompañamiento musical. El vídeo tuvo más de 25 millones de visitas en Instagram.
Álvaro, antiguo dueño del gimnasioIron Flesh Gym se vio obligado a cerrar su local hace un año. Después de la carencia de proteína animal o el encarecimiento a precios aristocráticos del whey protein poca gente iba a entrenar. Preferían salir a correr o hacer ayuno intermitente antes que esculpir sus cuerpos repitiendo movimientos férreos. Entonces, se le ocurrió que si descubría la receta mágica podría reabrir su gimnasio, vendiendo él mismo su propia fórmula. Y un día se propuso colarse en la cocina del Muscular Vibes para descubrir sus misterios.
Estuvo dándole vueltas a la cabeza día y noche hasta que se le ocurrió la artimaña para poder colarse en los interiores secretos del establecimiento. Era una idea simple, pero podría funcionar, y tampoco tenía muchas más opciones para poder desvelar los arcanos de la cocina del Muscular Vibes. Entraría sin ser visto al aseo, y esperaría allí, escondido lo mejor que pudiera hasta que cerraran el local. Luego, utilizando sus dotes de sigilo, buscaría aquello que incendiaba su curiosidad. Es posible que el local tuviera cámaras, pero estas solo se solían mirar cuando había algún desperfecto, cosa que no sucedería porque dejaría todo como estaba. ¿Y para salir? Ya se le ocurriría algo.
El lunes 23 de mayo puso en práctica su plan. Se metió dentro del baño, un poco antes de la hora de cerrar, aprovechando que los camareros estaban distraídos, y echando el pestillo se sentó en el inodoro y se puso a esperar. Aprovechó para ponerse sus auriculares y escuchar su tema favorito de Donna Summer, She works hard for the money, en bucle.
Cuando eran ya más de las 10 y media, y llevaba cerca de dos horas allí esperando, decidió salir del lavabo. No se escuchaba un ruido. Sigiloso comprobó que no había nadie en el interior del establecimiento. Fue a la cocina a rebuscar en los armaritos pero no encontró nada que le satisficiera. Era todo atrezo. El sitio donde se fabricaba la Cuca Muca debía estar escondido en otro lugar. Rebuscó por todo el interior del establecimiento, pero no encontró nada. Casi después de una hora le pareció oír algo. Como una batidora. Usando su sentido del oído fue acercándose a la fuente del sonido. Provenía de detrás de un frigorífico. Lo empujó y comprobó que un pasillo secreto se hallaba detrás del electrodoméstico. El sonido de la batidora ahora se escuchaba más cercano. Bajó las escaleras y se fue introduciendo entre las tinieblas, comprobando con sus manos como las paredes pasaban de ser una superficie lisa a una rasposa, con agujeros y sin cuidar. Por lo visto las entrañas de la base secreta del Muscular no estaban tan bien cuidadas como su cara exterior al público. Cuando los escalones cesaron, Álvaro pudo ver una luz al final. Con el corazón latiéndole como si hubiera hecho cardio, se asomó a donde provenía la luz. Allí vio a Pit, el viejo ex culturista retirado que había descubierto la formula. Su cabeza, más pelada que un huevo duro, reflejaba la luz de la lampara del techo. Iba vestido solo con unos pantalones cortos roñosos y toda su anatomía de antiguo adicto a los esteroides quedaba expuesta. Su cuerpo era como si una estatua griega se hubiera hecho de cera y al ponerla al sol se hubiera derretido. Ligeramente estética, pero en pastosa decadencia. En sus vídeos promocionales él había achacado a la falta de ingesta de carne su perdida de vascularidad, pero lo cierto es que la edad no perdonaba. Además, la reciente guerra comercial de occidente contra China había provocado que ya no entraran más ciclos chinos de contrabando.
El laboratorio parecía una morgue abandonada. Paredes desconchadas, alcantarillas en el suelo abiertas, humedades en el techo, grietas mohosas, una chapa de fondos de la unión europea y frigoríficos de la marca Superser de los años 60 por todos lados. El viejo estaba vertiendo el contenido de la batidora en envases plásticos enormes. Solo tenía que esperar un poco más a que preparase la siguiente horneada de Cuca Muca. Y al preparar la siguiente dosis en la batidora, Álvaro quedó asqueado de por vida.
Medio litro de agua, unas hojas de hierba buena, dos cucharadas de café soluble de marca blanca, un clavo, media cucharada de canela. Hasta ahí todo normal. Pero la cosa se puso peliaguda al abrir un tupper saturado de blatodeos. Observó como vaciaba la caja repleta de decenas de cucarachas en la jarra de cristal de la batidora. Con movimientos frenéticos de patitas y antenas los insectos intentaban escapar de su prisión mortífera bajo las risotadas de Pit. Luego una lluvia de gusanos, larvas y otros seres reptantes bañó la mezcla. A continuación un par de grillos sacados directamente del frigorífico. Y por último, antes de darle al botón de encendido, un miriápodo. Al apretar la tecla vio con pavor como todo aquel enjambre de criaturas se iba transformando, poco a poco, en el conocido líquido marrón. Para acabar del todo la mezcla, Pit abrió la tapadera y echó no una, ni dos, ni tres, ni cuatro, ni cinco, ni seis, si no hasta siete cucharadas soperas de azúcar refinada blanca en el interior. Para matar el sabor pensó Álvaro.
Gritando en voz alta Pit soltó entre risas:
- Para matar el sabor.
Álvaro lucho por no desvanecerse después del entomicidio y gateando por las escaleras subió a la parte superior de la cafetería. Allí fue al baño a vomitar y luego cayó de bruces al suelo.
Al día siguiente una limpiadora lo despertó.
- ¿Qué haces aquí? El local aún no ha abierto al público. ¡Fuera de aquí, borracho!
Al salir vio una cola enorme de gente esperando para poder sentarse en el Muscular. Una multitud de gente joven y vestida a la moda del Decathlon deseando mejorar su físico bebiendo aquella porquería. Sí, 35,8 gramos de proteínas. ¿Pero a qué precio? Aquellas siete cucharadas de azúcar suponían una ingesta masiva de glucosa e hidratos de rápida absorción. Una trampa mortal para el cuerpo. Una bomba calórica que destruiría hasta la mejor figura. Salió corriendo de allí y se fue a llorar.
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pacosemnoticias · 1 year ago
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Habitação, saúde e impostos entre as propostas de alteração dos partidos ao Orçamento do Estado para 2024
A redução de impostos e medidas para facilitar o acesso à habitação e à saúde estão entre as prioridades dos partidos nas propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2024 que será entregue no parlamento até terça-feira.
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Estes temas têm dominado o debate político nas últimas semanas e deverão merecer a atenção das diferentes bancadas na Assembleia da República quando debaterem, na generalidade, a proposta do Governo de Orçamento do Estado, em 30 e 31 de outubro.
A redução da carga fiscal das famílias tem sido uma das bandeiras do PSD desde a rentrée após as férias de verão, mas as várias propostas apresentadas pelos sociais-democratas, entre as quais a redução do IRS, mereceram já o voto contra do PS, alegando que estaria disponível para as analisar mas em sede do Orçamento de Estado para o próximo ano.
No início de setembro, o líder parlamentar socialista, Eurico Brilhante Dias, reiterou a intenção de reduzir o IRS no quadro do Orçamento para 2024 (OE2024) e, dias depois, o primeiro-ministro, António Costa garantiu que essa redução tem de ser feita "de forma justa" para não pôr em causa "as contas certas do Estado".
Ainda no âmbito do aumento de rendimentos, o Chega já anunciou que o partido vai entregar, em sede do OE2024, uma proposta de aumento salarial na ordem dos 15% e o pagamento de um 15.º mês isento de impostos, tal como propôs recentemente a Confederação Empresarial de Portugal (CIP).
Já na habitação, área que deverá merecer também a atenção dos vários partidos no debate orçamental, a Iniciativa Liberal opõe-se à ideia de limitar as atualizações das rendas, defendendo que a solução passa por tornar o mercado do arrendamento “mais atrativo”, prometendo propostas nesse sentido em sede de Orçamento do Estado.
A saúde é outra das áreas em que a IL deve insistir, depois de ter visto chumbada, na última semana, a sua proposta de uma nova lei de bases para esse setor que previa um “acesso universal” sem mais custos para os utentes e assente na liberdade de escolha e na concorrência.
O PCP deverá insistir numa das suas tradicionais bandeiras políticas: o aumento de 7,5% nas reformas e pensões em 2024, com um mínimo de atualização de 70 euros por pensionista, como contributo para a recuperação do poder de compra.
Além dessa questão, a bancada comunista vai avançar com propostas de alteração ao documento do Governo de António Costa para “garantir o direito à educação de qualidade”, como a gratuitidade das fichas de exercícios para todos os alunos do ensino obrigatório, o reforço da ação social escolar e as verbas para assegurar às escolas os recursos necessários.
Ainda à esquerda, o Bloco de Esquerda (BE) anunciou que as suas propostas orçamentais para o próximo ano se dirigem sobretudo à habitação, ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) e ao aumento de salários, reconhecendo, porém, ter reduzidas expectativas sobre a abertura negocial do Governo.
O BE pretende, ainda, o aumento do Salário Mínimo Nacional para os 900 euros em janeiro de 2024 e que este valor seja “atualizado ao longo do ano tendo em conta a inflação”.
Quanto ao deputado único do Livre, Rui Tavares já admitiu que a crise na habitação será um dos temas que terá mais peso na altura de decidir o seu sentido de voto sobre a proposta do Governo de OE2024, alegando que se está perante uma emergência que está a “levar muita gente ao desespero”.
Pelo PAN, Inês de Sousa Real já indicou que vai propor o reforço das quantias para apoiar as associações de proteção animal, o agravamento a nível fiscal para a compra e venda e animais, além de um conjunto de iniciativas legislativas para reforçar a proteção maior dos animais.
Na sexta-feira, o Governo apresenta aos partidos com representação parlamentar o cenário macroeconómico para o próximo ano e até terça-feira entrega na Assembleia da República a proposta de Orçamento do Estado para 2024.
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akimbergkvist · 1 year ago
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A liberdade e o capitalismo
Antes de todo trabalho que escolho começar, eu sempre reflito não só sobre ele, mas sobre o impacto que quero causar nas pessoas que me escutam. Eu sou um homem simples, tenho necessidades normais e vivo como um homem simples quando não estou sendo visto pelas câmeras, mas não aplico a mesma lógica para o que faço. Não porque sempre está na frente das câmeras, mas sim, porque é impossível passar uma mensagem adequada se o meio pelo qual você pensa em fazê-lo está comprometido. O meu trabalho tem uma grande parte de quem sou, e isso fica mais do que exposto quando teço uma crítica à algo, seja ela explícita ou não. Certa vez, escrevi “eles podem te entregar um pouco de liberdade, se você entende, é claro, o significado dessa palavra“, e recebi algumas perguntas acerca da interpretação que deveria ser dada a esse verso. Primeiro, eu gostaria de afirmar que deixo livre para você que ouve entender o que quiser, ainda que seja o completo oposto do que afirmo. Há alguma verdade em quase tudo, se você analisar com parcimônia.
Mas como me foi perguntado, eu devo responder. O que eu quis dizer com isso? Bem, é mais simples do que pareceu para algumas pessoas que me perguntaram. Está intrinsecamente ligado a quem sou como animal político, com ideais e opiniões por vezes polêmicas. Enquanto estudava Marx na faculdade e por minha conta e risco, li as seguintes frases: “Os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como querem; não a fazem sob circunstâncias de sua escolha, e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado” e ��A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa”. Ditas em épocas distintas, ambas defendem o mesmo: a falta de liberdade, também essencial, aos homens de mais diversas nacionalidades, trejeitos, personalidades e até posições políticas. Você pode ser um comunista claro como eu, ou um projeto de Donald Trump: está fadado a repetição dos padrões deixados pelos mais antigos. A diferença entre eu e esse reacionário terrível é a forma que enxergamos as correntes.
Você pode me perguntar de novo: Akim, o que isso tem de relação com o capitalismo? Com prazer, eu te responderei: tudo. O capitalismo bagunçou a nossa ideia de liberdade, e nos aprisiona num ciclo eterno de achar que é melhor estar livre e trabalhar em condições análogas à escravidão do que “não estar livre” e ganhar dignamente. Eu discutirei melhor a “falta de liberdade socialista” em um outro artigo nesse blog, já que por ora, não precisaremos desse conceito. Mas, para que você me entenda melhor, eu parafraseio Isaiah Berlin, que diz que “quanto mais a área de não-interferência (do Estado), maior é a liberdade”. Essa é a liberdade negativa, a liberdade que te permite votar de quatro em quatro anos, escolher representantes e então agir como um mero boneco frente aos interesses dos homens na política. Essa é a liberdade do capitalismo. É pouca, e mais ainda, pode ser retirada a qualquer momento.
Bertrold Brecht, em seu texto “O Fascismo é a Verdadeira Face do Capitalismo“, explicita que em alguns países, a garantia de propriedade é mantida através de meios menos violentos (democracia) porque a luta de classes não alcançou o seu auge nesses. Numa linguagem simples, deixa claro que eliminar a barbárie (fascismo) sem suprimir o capitalismo é como “desejar a carne sem matar o bezerro”. E mais ainda, explicita que a barbárie não só faz parte do sistema capitalista, mas também é essencialmente ele mesmo. No que talvez seja uma ironia do destino ou uma coincidência infeliz, Hayek, neoliberal, conhecido por suas posições pró-mercado, clarificou bem tal característica para os seus opositores quando abriu sua defesa para Pinochet. Parafraseando o mesmo:
“Nos tempos medievais, é claro, houve muitos casos de governos autoritários sob os quais a liberdade pessoal era mais segura do que sob muitas democracias. Nunca ouvi nada ao contrário dos primeiros anos do governo inicial do Dr. Salazar em Portugal e duvido que haja hoje em qualquer democracia na Europa de Leste ou nos continentes da África, América do Sul ou Ásia (com exceção de Israel, Singapura e Hong Kong) bem garantido como então em Portugal. Mais recentemente, não consegui encontrar uma única pessoa, mesmo no muito caluniado Chile, que não concordasse que a liberdade pessoal era muito maior sob Pinochet do que sob Allende. Afinal, algumas democracias só foram possíveis pelo poderio militar de alguns generais. E minhas antigas dúvidas sobre se uma democracia pode ser mantida em um país que não foi ensinado por diferentes instituições, a tradição do estado de direito certamente só foi confirmada pela história recente.”
Como um aparente defensor do laissez-faire (deixai fazer) pode assumir em plenos pulmões e sem vergonha que a morte de Allende e de civis chilenos inocentes pela ditadura sanguinolenta de Pinochet é uma garantia da “liberdade individual”? Que liberdade existe em matar crianças, estuprar mulheres e forçar milhares ao exílio? E, mais ainda, que liberdade é essa que permite a orquestração de crimes dos mais diversos para alcançá-la? Não há retoricidade em minha pergunta e sinto desgosto em responder: essa é a liberdade do mercado, fantasiada através da possibilidade de fazer o que desejar, mas que esconde a morte, o desemprego e o dogmatismo. Hayek não foi o único neoliberal a aplaudir Pinochet, sendo acompanhado por Friedman (que descreveu o Chile como um milagre econômico e político) e por outros Chicago Boys menos influentes. Assim, é possível afirmar que o neoliberalismo e o capitalismo não só despolitizam a sociedade como conjunto, entregando-a um mínimo de liberdade, como também não perdem tempo na hora de virar-se contra ela.
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