#andropausa
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Menopausa ou Andropausa - Dica Principal
https://youtube.com/shorts/0v-bjGO_3qU?si=rz2rHoPfapjdesys
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tem uns cara metido a sigma que tu sabe que não tankar a andropausa
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Un’orgia, un orgasmo senza fine post andropausa (che è quasi un miracolo): non solo i fratelli La Russa si possono dire orgogliosamente fascisti senza doversene vergognare, ma sono anche orgogliosi che più si dimostrano fascisti e più cresce il loro consenso (a loro dire).
Questo era quello che fece il saluto fascista in occasione della morte di un “camerata”, poi, ripreso da telecamere scantonò dicendo che stava intimando agli altri di abbassare le braccia.
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O tempora, o mores!
Traduzido à letra, "coming of age" significa simplesmente amadurecer, atingir a maioridade. O tema é tão complexo que se escreveram inúmeros tratados e estudos sobre o assunto e de tão apetecível ao público, até se tornou um género cinematográfico, citado pelos mais reputados críticos e comentadores.
Mas o amadurecimento, em sentido mais lato, não se esgota no fenómeno da passagem da adolescência à idade adulta. Esse é um período difícil e complicado, na vida da maioria das pessoas, mas outras transições merecem igual atenção e constituem, por direito próprio, verdadeiros "coming of age".
É o caso da transição da infância para a adolescência, tantas vezes difícil e problemática, tanto nos rapazes como nas raparigas. A descoberta da sexualidade, os seus perigos e ansiedades, a puberdade, em suma, é também um período complexo, muito menos cinematográfico, talvez por pudor, de misturar infância com sexualidade.
Hollywood evoluiu pouco, desde o tempo em que Freud chocou o mundo, ao discorrer sobre sexualidade infantil. Hoje, tanto ou mais do que há cem anos atrás, o tema é tabu, pairando sobre ele o fantasma da pedofilia, que pouco preocupou os nossos avós e bisavós, mas horroriza as gerações atuais.
Mas a vida é permanente mudança e a maturidade, se se evidencia na transição da infância para a adolescência e da adolescência para a juventude, também está presente em fases mais adiantadas da vida, quando o jovem se converte em adulto, geralmente pelo casamento e progenitura, quando o adulto se transforma em velho, pela perda progressiva da sua sexualidade, que nas mulheres tem amplo estudo e medicação, no tratamento da menopausa, mas nos homens permanece quase um tabu, em que os médicos falam em andropausa e nas suas consequências, mas a mentalidade, sexualmente obsessiva, da maioria dos homens, prefere ignorar, fazendo de conta que tudo permanece na mesma, sobretudo desde que surgiram no mercado uns comprimidos, quase milagrosos, que dão ereções a quem já não as tinha.
Mas nem só de sexo se fazem as mudanças drásticas da vida. A transição da idade adulta para a velhice também passa pelo cansaço psicológico, pela saturação da rotina laboral e familiar, a necessidade de mudança, as crises de meia idade. Passa pela saída dos filhos de casa e pela chegada ansiada dos netos, que nunca ficam o tempo suficiente e de quem é preciso guardar uma distância saudável, para não desautorizar e melindrar os jovens pais, pondo termo ao idílio dos avós babados.
A maturidade também passa pela reforma, pelo excesso de tempo livre e a incapacidade de o preencher, pelas depressões e crises de ansiedade, pela sensação de se estar ultrapassado pelo tempo, de viver um presente que já não é o nosso e que não conseguimos compreender. Pela condescendência que provoca, nos mais jovens, a nossa manifesta incapacidade de viver o tempo deles, de nos apegarmos a hábitos e valores ultrapassados, da nossa progressiva e teimosa iliteracia tecnológica.
E depois há as mudanças, cada vez mais radicais, de mentalidades. Os nossos pais namoravam pela janela e casavam virgens (pelo menos as mães), mas os nossos filhos querem ter dezenas de géneros, assumir identidades sexuais não binárias, cultivar a bissexualidade e a pansexualidade como regra, assumirem transexualidades meramente psicológicas. Quem nos prepara para estes "coming of age"?
Cada vez vivemos mais anos, mas eu sinto-me, aos cinquenta e seis anos de idade, um velho. Sinto que vivo num mundo, que já não é o meu, em que perdi as referências essenciais, pelas quais pautei o meu comportamento de adulto. Não tenho pedalada para a maioridade dos meus filhos, nem dos outros jovens que me rodeiam, ao mesmo tempo que assisto, assustado, ao completo alheamento dos mais velhos, que nunca foram tantos e tão velhos, como nos tempos que correm.
Se o fosso entre os pais de cinquentas e os filhos de vintes é enorme, o que dizer da cratera entre os netos e os avós? Vivem em planetas completamente diferentes! Nem vale a pena tentar explicar nada. Falam línguas incompreensíveis e vivem em galáxias distantes, umas das outras. É fazer de conta que está tudo certo e manter a maior distância possível, para o bem de ambas as partes.
E eu vivo perdido no espaço, que vai de uma galáxia a outra, a anos luz de distância.
O conflito geracional sempre existiu, tenho plena consciência que não descobri nada de novo.
Mas o ritmo da mudança está tão elevado, a consciência dos direitos das minorias tão enraizada, o culto da individualidade tão exacerbado, que eu não sei se alguma geração teve que lidar com mudanças tão profundas, como as que passamos presentemente.
Aos cinquentas eu esperava, finalmente, ter encontrado alguma paz e estabilidade na vida. Pelo contrário, acho que nunca me senti tão ansioso e inadaptado como agora, ao ponto de achar que já estou a viver um tempo que não é o meu. Que o meu já passou à história e o presente é das novas gerações, cujos valores ultrapassam, em muito, a minha capacidade de compreensão.
A este ritmo, se tiver a infelicidade de durar mais algumas décadas, tenho seguramente um lugar reservado num hospício.
Ou então num museu.
31 de Outubro de 2024
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ANDROPAUSA use ANDROPAUSAL e nunca mais sofra c/ esse problema desagradá...
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Os Benefícios da Reposição de Testosterona para o Hipogonadismo
O hipogonadismo, caracterizado por baixos níveis de testosterona sérica, apresenta desafios significativos para os indivíduos afetados, especialmente em homens mais velhos. Comumente conhecido como andropausa ou hipogonadismo de início tardio, essa condição exibe uma variedade de sintomas que podem afetar adversamente a qualidade de vida e a saúde geral. Apesar desses desafios, a terapia de reposição de testosterona (TRT) surge como uma solução promissora, oferecendo um caminho para restaurar a vitalidade e o bem-estar. Neste artigo, exploramos o novo entendimento do hipogonadismo e investigamos os benefícios da TRT na abordagem de suas complexidades.
Compreensão do Hipogonadismo
O hipogonadismo abrange um espectro de manifestações clínicas, desde sinais facilmente reconhecíveis, como diminuição da massa muscular e osteoporose, até sintomas mais sutis, como diminuição da libido, esquecimento e insônia. Embora as mudanças hormonais relacionadas à idade sejam inevitáveis, o hipogonadismo representa um estado de deficiência hormonal que impacta significativamente múltiplos sistemas de órgãos e a saúde geral. Estudos recentes destacaram a ligação entre baixos níveis de testosterona e o aumento dos riscos de distúrbios metabólicos, doenças cardiovasculares e mortalidade, enfatizando a importância proativa de abordar essa condição.
Benefícios da Terapia de Reposição de Testosterona
Restauração da Libido e Função Sexual: A TRT revitaliza a libido e a função sexual, restaurando os níveis de testosterona para a faixa normal, reacendendo a paixão nos relacionamentos íntimos e aumentando a satisfação sexual geral.
Preservação da Massa Muscular e Força: A TRT contraria o declínio relacionado à idade na massa muscular, permitindo que os indivíduos mantenham o desempenho físico e a independência funcional.
Melhora da Densidade Óssea: A TRT atenua a perda óssea e reduz o risco de fraturas, promovendo a saúde esquelética e a longevidade.
Melhora da Função Cognitiva: A TRT pode oferecer benefícios cognitivos, melhorando a concentração, a memória e a clareza mental geral, aumentando assim a qualidade de vida e a independência funcional.
Aumento dos Níveis de Energia e Bem-Estar: A TRT aumenta os níveis de energia e o bem-estar geral, permitindo que os indivíduos se dediquem mais plenamente em atividades diárias e projectos pessoais.
A terapia de reposição de testosterona através de: testosterona de enantato, cipionato, ou undecanoato é uma intervenção valiosa para indivíduos com hipogonadismo, oferecendo benefícios que vão além do mero alívio dos sintomas. Ao abordar o desequilíbrio hormonal subjacente, a TRT tem o potencial de restaurar a vitalidade, promover a saúde e melhorar a qualidade de vida geral. No entanto, é essencial abordar a TRT sob a orientação de profissionais de saúde qualificados, que podem adaptar os planos de tratamento às necessidades individuais e monitorar os riscos potenciais. Com o gerenciamento adequado, a TRT oferece um caminho para recuperar a vitalidade e abraçar uma vida de bem-estar e realização.
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Andropausa: Mitos e Verdades Sobre a ‘Menopausa Masculina’ Pharmascalabis
A andropausa, embora menos discutida do que a menopausa, é uma fase significativa na vida de muitos homens. Também conhecida como hipogonadismo masculino tardio ou síndrome de deficiência de testosterona, é caracterizada pela diminuição gradual dos níveis de testosterona, podendo trazer consigo uma série de sintomas e mudanças, tanto físicas quanto emocionais. Entender essas alterações e saber…
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Vem aí (mas não vem mesmo); Thrum of the Monek, Reflexes of Fear
Nesta segunda, em Vela Quente: Thrum of the Monek Quatro (ou cinco) amigos que se conhecem desde a tenra infância no mesmo bairro (Lemon Tree Heights), enfrentam os desafios da vida na faculdade, onde eles tem que fumar DCE e ir no maconha, alguma coisa assim, enquanto cada professor passa tarefa de casa como se cada aluno fosse três. A loucura se completa com o coordenador do curso, o professor Dr. Licurgo O. U. C. de Oliveira - diz o aluno Lil' Onion que ele não é estlanho... Um filme que demorou 15 anos para se rodado, daí os sinais de andropausa em alguns personagens. Em bleve (ooou será que nãummm) em Vela Quente. Cover e você, toda hora, nada a ver!
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Sì 'na gioia 594
Pensate un po’ se ottant’anni fa i gatti avessero fatto la stessa cosa sui treni in partenza per Auschwitz … Un altro treno lo prenderà lo sfortunato Josè Mourinho, allenatore in andropausa, cacciato a calcinculo dalla maggica Roma. Oh come sono lontani i tempi in cui vinse tutto all’Inter, mentre Moratti e i giocatori sollevavano la Coppa, il portoghese si era già accordato con il Real. Non…
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Por que a andropausa, a 'menopausa masculina', não é reconhecida pela Medicina
A biologia de homens e mulheres nem sempre segue linhas paralelas. Exemplo disso é o que ocorre com alguns hormônios mais comuns entre eles ou elas. Leia mais (11/23/2023 – 07h15) Artigo Folha de S.Paulo – Equilíbrio e Saúde – Principal Pulicado em https://ift.tt/H250AYz
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PREVENÇÃO I Adotar uma dieta equilibrada e praticar atividades físicas contribuem para reduzir sintomas, comuns nessas fases, e prevenir doenças cardíacas, diabetes e AVC #menopausa #antropausa #sus
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#Storie di andropausa e menopausa nel Principato
Montecarlo, una tarda mattina di un caldo autunno. Pontello sta facendo colazione seduto al tavolino all'esterno di uno dei più famosi Hotel Monegaschi, quando una fiammante e rombante Biemmevè, facendo stridere i freni, si ferma poco distante.
Pontello con il suo Super Radar rileva che si tratta di una Biemmevè del 2001, almeno quattromila di cilindrata, con 264848 chilometri sulla gobba.
Subito il suo cervello telepatico si collega con il cervellone della motorizzazione che gli rivela vita morte e miracoli dell'attuale proprietario, di cui per tutelare la privacy, forniremo solo le iniziali, il Sig. VdM.
Dalla Biemmevè scendono quattro deliziose Signorine, ovvero la Signorina @2delia la Signorina @finestradifronte la Signorina @agirlinamber e la Signorina @blackmammaaa che Pontello esamina minuziosamente con la Super Vista a Raggi Ics, rilevando identità, indirizzo e colore delle mutande.
La profonda analisi gli conferma quello che aveva sospettato, le quattro Signorine non sono armate e quindi pericolose se si fa eccezione per quella che sembra la più decisa del gruppo, la Signorina @2delia che mostra la grinta di qualcuno che pare pronto a invadere la Polonia da un momento all'altro.
Le quattro graziose Signorine gli passano a fianco, dirette verso la caffetteria, quando una di loro, la Signorina @finestradifronte si ferma improvvisamente e gli punta il dito indice contro, pronunciando le fatidiche parole: lei è quello !
Alle quali fa seguito la Signorina @blackmammaaa : si, è Pontello (il grande attore).
La Signorina @finestradifronte appare particolarmente elettrizzata dalla sua presenza e insiste con le amiche per fermarsi di fronte a quella eccellenza del Cinema (e dello Spionaggio) Francese.
Pontello allora, da gentleman quale è, invita le quattro Signorine a sedersi al tavolino e richiama Gaston, il cameriere, che viene a prendere le ordinazioni da mettere sul suo conto, che poi è quello del governo Francese da quando è stato costretto dallo stesso governo ad andare in pensione.
Aspettando che Gaston torni con quattro Spritz alla Francese, quelli con dentro il Brie e accompagnati da crostini con le rane fritte, le Signorine Italiane riempiono di domande il buon Pontello che volentieri risponde alla loro curiosità, tranne la Signorina @agirlinamber che sentendo la Signorina @blackmammaaa affermare che Pontello era un grande attore di "Cinema di Nicchia", la corregge dicendo che si trattava di "Cinema di Nerchia", raccogliendo l'approvazione delle altre due Signorine.
Dopo lo Spritz le quattro Signorine Italiane hanno quasi esaurito la loro curiosità ma soprattutto nel frattempo è tornato il Sig. VdM con la rombante Biemmevè.
È l'ora del commiato. Pontello si alza in piedi e la Signorina @finestradifronte gli domanda se prima di andar via è possibile sentirlo pronunciare la famosa parola magica: IfxTcenTcen.
Purtroppo Pontello, scuotendo il capo, è costretto a negare. Troppo pericoloso, almeno li all'aperto e di fronte a troppa gente. E poi aggiunge, sorridendo (e mentendo), che si tratta di una leggenda metropolitana e di essere ormai soltanto un vecchio pensionato per meriti speciali della Repubblica Francese.
Dopo un quadruplo baciamano, Pontello congeda le quattro ammiratrici che tornano verso la Biemmevè su cui salgono per rientrare nella derelitta Italia ma non prima che la Signorina @2delia gli abbia chiesto se necessiti di una ottima commercialista.
Domanda alla quale Pontello risponde rimandando la Signorina @2delia al governo del Presidant Macaron che è quello che gli paga i servizi fiscali.
Pontello osserva il Biemmevè partire sgommando e sospira, in altri tempi e in altri momenti non si sarebbe negato ma avrebbe fatto salire le quattro Signorine nella sua Suite e avrebbe pronunciato quella parola fatidica dalle sicure conseguenze amorose.
Ma non oggi, non nel Duemilaventitre, alle ore Undici e Trentasette Aemme, con quasi Quindici Centigradi e una lieve brezza marina che non disturba assolutamente. Prezzi dei carburanti in leggero calo anche nel Principato Monegasco.
Oggi Pontello resta solo, con un caffè quasi freddo e piuttosto triste.
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Paradoxos
A vida é composta de absurdos. Esta é uma realidade que rapidamente se conclui, pela experiência e pela observação da vivência, própria e alheia.
Mas à medida que envelheço, constato que os absurdos se multiplicam na vida, não sei se por mera consequência direta da idade, ou se por melhoria da percepção, decorrente da maturidade (seria presunção chamar-lhe sabedoria).
Um dos paradoxos da vida atual decorre da maior longevidade. Vive-se inquestionavelmente mais. No espaço de uma geração acrescentaram-se pelo menos quinze anos à esperança média de vida dos seres humanos. Mas isso significa que se vive melhor? O que fazemos com esses anos extra, que a medicina nos ofereceu? Algo de relevante, de fundamental, na nossa vida ou na sociedade?
Bem entrado nos cinquentas, confesso-me totalmente impreparado para enfrentar a velhice. Tal como as mulheres se queixam de nunca terem sido preparadas para a menopausa, ao contrário do que sucede na puberdade, em que as mães exaustivamente as advertem, para os perigos e consequências do início da sexualidade. As mães não preparam as filhas para as consequências da menopausa. Algumas porque já cá não estarão para o fazer, mas a maioria, muito simplesmente, porque não saberá o que dizer às filhas, porque elas próprias ainda estarão a aprender a lidar com a sua nova realidade sexual, pós menopausa. Geralmente é dominada pela simples ausência, um completo vazio, que nem por isso deixa de constituir um problema psicológico grave a resolver, para o qual não se sentem minimamente apoiadas, ou sequer devidamente informadas.
Pois passa-se exatamente o mesmo com os homens, embora com uma particularidade, em relação às mulheres. Enquanto estas últimas se conformam, geralmente, com a ausência de vida sexual e vão gerindo, como podem, as consequências psicológicas da amputação do que deveria ser uma parte importante da sua vida, os homens ignoram-na, fingem que tudo está na mesma, mentem descaradamente, uns aos outros, sobre a sua vida sexual, e continuam a tentar seduzir mulheres, como se tivessem trinta anos.
É verdade que, graças aos químicos, já é possível ter ereções pós andropausa, ainda que tímidas e à custa da saúde coronária. Mas os resultados, pelo menos de acordo com a minha experiência pessoal, ficam muito aquém das expectativas. E depois é preciso contar com a disponibilidade sexual da parceira, sobretudo se for da mesma faixa etária.
Por outras palavras, também a mim ninguém me alertou que, após os cinquenta, o sexo seria um problema. E quem ouve conversas de homens, dessas idades e superiores, fica convencido precisamente do contrário, porque continuam a falar de sexo como se nada tivesse mudado e estivessem no pico das suas capacidades eróticas.
É simplesmente ridículo, de tão ostensivamente falso. Tal como em tantas outras coisas na vida, vive-se da aparência e o homem está habituado a mentir sobre sexo desde o momento em que tem a primeira ereção. Porque razão haveria de mudar aos cinquentas?
Mas não é só o sexo que nos é vedado na velhice, é também a saúde, em geral. Cada um no seu género, é evidente, mas pouco a pouco, vemos fugir os prazeres da vida, um a um.
O sexo, a comida e a bebida que gostamos, a disposição, a autonomia, as capacidades cognitivas e locomotoras, tudo, até ficarmos um perfeito vegetal, dependente de terceiros, a menos que tenhamos a sorte ou a coragem de morrer antes.
Temos assim um quadro negro de paradoxos sucessivos e sobrepostos em que, quando mais se dura, menos se vive.
É preciso reaprender a viver após cada nova limitação, acrescentada ao rol. Da mesma maneira que um acidentado, que perde o uso de parte do seu corpo, tem que reaprender a viver com as suas limitações, assim a velhice nos vai amputando pedaços da vida, a cada nova limitação, doença ou incapacidade, que não são fáceis de gerir psicologicamente, com a enorme diferença que, o incapacitado abrupto, tem geralmente acompanhamento psicológico e terapêutico, para reencontrar um equilíbrio na sua nova vida limitada, enquanto os velhos são deixados à sua própria sorte, à ignorância e à decrepitude, sem que ninguém os ensine a ser velhos, totalmente expostos à bazófia e à ignorância, de uma sociedade cada vez mais competitiva e desumanizada.
Não admira que se entreguem à solidão, à depressão e quantas vezes ao suicídio, por falta de capacidade em lidar com as limitações e aviltamentos crescentes da velhice. Não é por acaso que é precisamente nas sociedades em que se vive mais que existem maiores taxas de suicídios.
É pois fundamental que se pense na educação para a velhice. A educação sexual não é necessária apenas para os jovens que iniciam a sua sexualidade mas também para os que a terminam, sem saber muito bem como viver, após o fim ou o decréscimo do desejo e do estímulo sexual.
Da mesma maneira, não basta dizer aos velhos que têm de deixar de comer quase tudo o que gostam e estão habituados e mudar radicalmente as suas dietas, para coisas saudáveis, sem perceber que comer e beber é um dos principais prazeres da vida e que essa mudança radical, equivale a tirar a nicotina a um fumador, o álcool a um alcoólico ou as drogas a um toxicodependente.
A reação imediata é de recusa, de incapacidade. A segunda é de que não vale o sacrifício, porque se para viver mais tempo tiver que renunciar a tudo o que me dá prazer na vida, então prefiro viver menos e gozar os poucos anos que me restam.
Só um apoio psicológico, adequado e gradual, poderá ajudar a reequacionar as prioridades da vida e a tentar descobrir novos prazeres a cada nova limitação. A maioria das pessoas não tem essa capacidade de adaptação e das duas uma, ou viola a dieta ou renuncia à vida, sem prazeres sucedâneos. Mais tarde ou mais cedo. Até lá, vive deprimido, ansioso, infeliz, refém da medicação.
Não espero milagres dos psicólogos e psiquiatras, mas a total ausência de acompanhamento não é seguramente solução. Há que buscá-la em colaboração com o paciente, pois cada caso é seguramente diferente, dependendo da personalidade e das limitações físicas e psicológicas de cada um.
Entretanto, vão-se arrastando os velhos pelos cafés e bancos de jardim, discutindo o absurdo e adiando inutilmente uma morte anunciada, numa completa improdutividade e crescente estupidificação, desperdiçando a sociedade todo o saber e experiência acumulados na sua, cada vez maior, faixa etária mais idosa.
A velhice, como tudo na vida, não tem que ser só um problema, também pode ter as suas virtudes.
Mais um paradoxo da vida. Quanto mais se sabe menos se pode ou, como escreveu Saramago, nem a juventude sabe o que pode, nem a velhice pode o que sabe.
28 de Abril de 2023
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