Quando um urso e um pinguim se encontram…
Sinopse: Em meio a dementadores e o medo de Sirius Black invadir Hogwarts, Kyungsoo, o sexto anista da Corvinal, se ver protegido por um patrono de urso e agora, tudo que ele queria, era encontrar o dono do patrono e agradecê-lo pessoalmente.
….
Estava tarde e ele tinha ciência disso. Andava rápido, praticamente correndo, para chegar ao Castelo antes que desse o horário de recolher e algum monitor acabasse o achando. Estava próximo a cabana de Hagrid estudando sobre algumas plantas para seu trabalho de Herbologia e acabou se distraindo em meio as suas anotações acabando por sair tão tarde. A gravata azul e cinza já estava quase desfazendo na camisa de gola, o óculos escorrendo pelo nariz, enquanto o Do se xingava mentalmente de tudo quanto era palavrão em coreano e inglês por ter feito uma burrada daquela. Sirius Black estava solto! Ele não deveria ter feito aquela burrada. Acima de tudo, havia escolhido o pior caminho, extremamente próximo da floresta proibida, o que só piorava sua aflição.
Já se via saindo do terreno da cabana quando uma sensação horrível tomou conta de si. Um frio envolveu seu corpo, como se nada bom e feliz pudesse existir em seu corpo. Os olhos naturalmente arregalados arregalaram-se ainda mais, deixando o livro de herbologia e seus pergaminhos caírem no chão, ao tempo que tirava sua varinha do bolso da calça. Mal vira o vurto preto e já confirmara aquilo que previa, um dementador estava a sua frente, saindo da floresta negra.
— Expecto Patronum! — Ditou de maneira branda, a varinha apontada pra frente, pensando nos abraços quentinhos da sua mãe enquanto sentia o cheirinho de Kimbap próximo a sua árvore de natal no primeiro natal que passava em Londres. Sua lembrança mais feliz
Uma projeção iluminada saiu de sua varinha. Um pinguim, que ainda que de baixa estatura, emanava força, se direcionou ao dementador com intuito de afastá-lo. O Patrono do Do fora perfeito, tal como tinha aprendido no seu quinto ano e quase estava afugentando o dementador, quando fora surpreendido por um segundo, que o desestabilizou por um momento.
O coração fora a garganta quando se viu quase fraquejar na frente de ambos, o pinguim projetado tentando protegê-lo dos dois. Fora quando viu uma segunda projeção, um urso pardo enorme, que de forma lenta mas perigosa, uniu-se ao seu pinguim e espantou ambos os dementadores.
Kyungsoo olhou a fonte do feitiço e encontrou um garoto em traços igualmente orientais, sem uniforme e uma cara estranha de sono. O Do não tinha ideia de quem fosse, nunca tinha o visto na escola.
As projeções se desfizeram e antes que o Do pudesse agradecer qualquer coisa que fosse, o garoto virou as costas e sumiu pela penumbra da noite que caía como se nada tivesse acontecido.
…
Já faziam dois dias que o ocorrido com os dementadores havia acontecido e KyungSoo não havia o encontrado. Algo em si, dizia que ele era sonserino. Não sabia se era o poder que o mesmo emanava ou se era as feições duras. Mas algo lhe dizia isso e portanto, perguntava à alguns dos alunos da casa de Salazar.
— Malfoy! — O ravino chamou o garoto loiro, que o fitou dos pés a cabeça como se o julgasse de alguma forma.
— O que é Do? — Perguntou em um tom enojado que fez o ravino se segurar para não revirar os olhos. O moleque não tinha nem seus 13 anos direito e já se achava o dono da Sonserina.
— Entrou algum aluno novo na sonserina? Transferido esses dias ou algo do gênero? — Perguntou mesmo sobre o olhar de deboche do outro. Como é quem achavam que no ano passado o garoto tinha aberto a Câmara Secreta? Céus, o moleque era um idiotinha mimado.
— Claro que não. Porque alguém estaria transferido pra cá quando o castelo está em perigo? Você é idiota?
KyungSoo apenas revirou os olhos e deu as costas para o terceiro anista. Por um momento, sentiu-se envergonhando a casa por ser tão burro de perder seu tempo para dirigir uma pergunta ao herdeiro dos Malfoy.
Ainda estava no horário livre e depois da ineficácia de sua pesquisa no Salão Principal, o jovem sexto anista caminhava em direção ao seu salão comunal, se direcionando a torre do lado oeste do castelo. Sua mente parecia que ia virar um suco de abóbora de tão pastosa que já estava. Precisava encontrar aquele garoto!
Assustou-se quando virou para outro corredor e encontrou uma porta que honestamente nunca havia encontrado antes. Arqueou a sobrancelha e tirando a varinha do bolso, abriu a mesma de maneira lenta, se deparando com um imenso quarto, com uma enorme cama no meio da mesma. Os olhos se arregalaram quando percebeu que no meio da mesma, estava lá, dormindo, o garoto que afugentou os dementadores.
— A sala precisa — Murmurou baixinho para si mesmo, percebendo finalmente do que se tratava o lugar.
Ainda que o murmúrio fosse baixo, fora o suficiente para despertar o outro aluno que tinha em volta do seu corpo, o uniforme da casa do Texugo. Era óbvio! Como o Do não havia percebido que aquele garoto possivelmente era da Lufa-Lufa? Malditos estereótipos que se aprisionavam em sua cabeça.
O moreno quando finalmente percebeu a presença do mais baixo, arregalou os olhos inchados e levantou da cama todo perdido, curvando-se algumas vezes enquanto falava uma série de coisas que o mais velho não conseguia compreender.
— Hey, calma! Ta tudo bem! — O Do falou ao tempo que guardava a varinha de volta no bolso — Eu sou Do KyungSoo, sexto anista de Corvinal. Você é novato, não é?
— Coreano? — O garoto indagou e toda a expressão dura no rosto relaxava em alívio — Posso falar em coreano com você, não posso?
O Do riu e assentiu com a cabeça, guardando para si o comentário de que o moreno já estava falando em coreano.
— Sou Kim Jongin. Eu sou do quarto ano da… Hmmm… Dessa casa aqui — Apontou para o brasão da sua camisa — Entrei em Hogwarts semana passada. Sou da Coréia, estudava em Arirang, mas meu pai é auror, foi chamado aqui por conta do prisioneiro que fugiu.
— Sirius Black — Do presumiu, soltando um suspiro. O ministério da magia deveria estar uma loucura — Bem vindo a Hogwarts, Jongin. Não entendo como Dumbledore não nos apresentou você, mas levando em conta como as coisas no castelo estão…
— Eu iniciei as aulas hoje, ainda que tenha chegado no dia que te encontrei lá fora.
— Oh sim. Era por isso que eu estava te procurando — O ravino falou enquanto ajeitava o óculos redondinho em seu nariz — Queria agradecer por aquilo. De verdade. Você não tinha porque ter me ajudado.
— Claro que tinha que ter te ajudado. Eram dois dementadores e você fora pego de surpresa. Não precisa agradecer… Na verdade, se quiser agradecer, pode me ajudar a chegar ao quarto? Eu estava com muito sono e encontrei esse lugar e pensei que não haveria problemas de dormir aqui, mas… Você apareceu, então esse lugar é de alguém, certo?
— Aqui é a Sala Precisa. Ela aparece com aquilo que você mais precisa. Você precisava de um lugar pra dormir e ela surgiu. Está tudo bem! Mas posso sim te ajudar com o Salão Comunal da Lufa-Lufa, eu sei que fica próximo a cozinha. Mas acredito que Cedric Diggory possa nos ajudar. Ele é quinto anista como você e é uma pessoa legal e tudo mais.
— Eu seria muito grato, Hyung! Muito grato mesmo!
O Do deixou que o coração se formasse os seus lábios e fizeram uma expressão de que não era nada demais ajudar o lufano quando o mesmo já havia lhe ajudado. E talvez o Do não admitisse para si mesmo, mas achou adorável o Hyung escapando dos lábios do Kim.
…
— Meu Deus do Céu, Jongin! O que aconteceu? — O Do não conseguiu esconder o susto em sua voz ao ver o moreno todo bagunçado, o uniforme fora do lugar enquanto os fios despontavam para todos os lados.
— Aquele livro me atacou! — O moreno ditou totalmente chocado, apontando para o livro monstruoso dos monstros que se direcionava outra vez para o moreno. KyungSoo não queria, mas acabou rindo, indo em direção ao livro para pegar o mesmo e fazer cócegas de maneira que ele se acalmasse e abrisse.
— É só fazer cócegas nele que ele abre e fica quieto — O baixinho ditou enquanto depositava o livro nas mãos do moreno, que ainda parecia muito perturbado com o ataque que sofrera do livro.
Ambos estava perto da escadaria da biblioteca, o que fazia o estudante da Corvinal imaginar que o lufano estava abrindo o livro no intuito de ir estudar lá. Já fazia um pouco mais de duas semanas que ambos haviam se encontrado e engatado numa amizade.
— É complicado, Hyung. Inglês é muito complicado — Choramingou num biquinho, fazendo o sexto anista revirar os olhos para a manha do outro. Nem parecia que tinha sido ele que o havia lhe salvado dos dementadores outrora.
— Eu vou te ajudar. Tanto com inglês, e com as outras matérias. Os N.O.M.S logo estarão aí e não quero você choramingando que não sabe absolutamente nada.
— Não ia choramingar! Minha esperança era que Sirius Black aparecesse e me matasse antes disso!
— Jongin, se você falar isso outra vez, eu juro que não pensarei duas vezes antes de te azarar, moleque! — Resmungou deixando um tapa bem dado na nuca do lufano que tornou a choramingar falando o quanto seu Hyung era malvado.
....
Já havia se passado alguns meses. A neve já ganhava toda a parte externa do castelo e o Salgueiro lutador já havia perdido todas as suas folhas. Jongin e KyungSoo estavam ainda mais próximos. O inglês do moreno havia melhorado consideravelmente, o que abrira portas para fazer amizade com outras pessoas de sua casa, mas ainda assim, sempre preferia ficar com seu hyung, ainda que o mesmo o forçasse a estudar quase todos os dias.
KyungSoo ainda recusava a acreditar o como seus sentimentos desenvolveram em relação ao Kim. Ele realmente achava que tudo que rolava na sua cabeça era uma mistura de amizade forte demais que ainda não sabia lidar… Até da fatídica aula de Poções.
Ainda que tivesse aprendido sobre Amortentia no ano anterior, o Professor Snape só permitira naquele ano que os alunos de fato pudessem colocar isso em prática. O diretor da casa de Salazar exalava todo o seu típico mal-humor, mas que o Do ja estava acostumado. Felizmente, não era um grifano ou o Potter pra sofrer represálias do Severus, logo, não havia muito que se preocupar.
Tinha todos os seus materiais separados em sua bancada, enquanto uma lufana, Emilly, colocava pouco a pouco no caldeirão tal como era instruído no livro, escrevendo uma coisa ou outra no pergaminho, sempre pedindo a opinião do Do enquanto fazia. KyungSoo ainda que muito inteligente, não era fã de Poções, por isso, agradecia a Merlin pela lufana amar tanto e tomar a frente nas aulas práticas.
— Faltou os ovos congelados de Cinzácaro — O ravino ditou percebendo que o material estava sobrando na mesa, vendo a ruiva bater na própria testa.
— Céus, como sou distraída. Obrigada, Soo! — Ela ditou num meio sorriso, colocando os ovos dentro do caldeirão, fazendo o líquido mudar de cor — Sabe meu inferno pessoal em fazer essa poção? Eu fico sentindo cheiro de bacon por causa do Thomas já que ele é viciado. Mas eu odeio bacon!
— Pobrezinha! — O Do riu, balançando a cabeça negativamente — Lembro que no ano passado eu senti cheiro de pergaminhos novos e de kimbap.
— Hmmm… Comeu Kimbap com a namoradinha? — A garota perguntou arqueando a sobrancelha e um sorriso sugestivo.
— Claro que não, Emilly! Não tenho namoradinha! — Resmungou fazendo a menina rir.
— Imagino que os senhores já tenham concluído a poção para estarem tão felizes — O riso da lufana cessou no mesmo segundo e o ravino acabou se encolhendo ao ouvir a voz do professor tão próximo de si — Terminem isso ou tirarei cinco ponto de vossas casas.
Ambos se limitaram a assentir, vendo o homem voltar a sua atenção para outra dupla, fazendo-os respirar aliviado. Severus Snape sempre parecia pronto para matar alguém.
— E o Kimbap é por causa da minha mãe — Justificou por fim, num tom baixo, vendo a menina estreitar os olhos.
— E não sente o cheiro de mais nada?
— Não.
— Qual é! Cheira a poção agora, ela ja ta perolada, tenho certeza que está quase pronta — O Do revirou os olhos, mas acabou fazendo o que a menina havia dito.
— Pergaminho novo, Kimbap e… — O ravino congelou ao sentir um outro cheiro. Levemente amadeirado mesclado com floral. Sabia que cheiro era aquele… Era o perfume do Jongin.
Do Kyungsoo estava apaixonado por Kim Jongin.
….
Não conseguiu prestar atenção no resto da aula. Estava tão desnorteado com aquela informação, que nem mesmo o tapa na cabeça e os menos cinco pontos para Corvinal quando derrubou a poção em si, o fez voltar aos eixos. Estava apaixonado pelo coreano e aquilo fazia sua cabeça rodar de uma maneira quase absurda. O que deveria fazer em relação aquilo?
Nem mesmo Emilly que falava tal um papagaio em seu ouvido sobre o jogo de quadribol da última semana conseguia lhe tomar a atenção - na verdade, mesmo que estivesse em seu normal o Do continua sem ligar, não era fã de quadribol - a única coisa que chamou o garoto de volta a terra fora quando ouviu um grito quando estava saindo da torre.
Vários quadros estavam assustados e confusos. Falavam várias e várias coisas, enquanto alunos e mais alunos tumultuavam os corredores. Sentiu o braço ser apertado pela ruiva, enquanto a mesma tirava sua varinha do bolso.
— O que houve?
— Marcas de garras no quadro da mulher gorda. Sirius Black pode estar dentro do castelo — A garota informou exatamente o que havia ouvido no burburinho que os quadros ainda faziam.
Os olhos naturalmente arregalados do garoto, se tornaram ainda maior, e soltando-se do aperto, começou a correr em direção contrária aos alunos, atravessando os corredores, querendo ir para o pátio, para que assim, pudesse chegar na estufa. Jongin tinha terminado sua aula de Herbologia naquele momento, tinha certeza.
Se esbarrou em um ou outro aluno, quase caindo quando Ron Weasley chocou-se contra si por distração ao rir de alguma coisa que a Hermione falava, mas nem pediu desculpas, apenas passou direto em busca do mais novo.
— Pra onde você vai com tanta pressa, Hyung? — Ouviu assim que fora segurado pelo braço, fazendo suspirar aliviado e apertar o moreno num abraço — Hey, aconteceu alguma coisa? — Perguntou confuso, mas ainda assim, retribuindo o mesmo.
— Eu fiquei tão preocupado com você! — Resmungou, ainda sem nem perceber sua própria ação — Sirius Black está no castelo… E você sempre se perde, fiquei com medo de…
— Eu to bem, Hyung! — O moreno riu, partindo o abraço para que o mais velho pudesse vê-lo e realmente constatar que ele estava bem — Ninguém me atacou, eu juro. Eu fico preocupado é com você…
— Comigo, moleque? Eu sou mais velho do que você!
— É dai? Se Sirius Black está dentro do castelo, os dementadores provavelmente irão entrar também. Imagina se te atacam de novo?
— Seu urso vai proteger o meu pinguim, não vai?
— Claro, mas…
— Então está tudo bem, Jongin. Eu estou seguro — Ditou honesto e mais novo acabou corando, ainda que sorrisse feliz pela confiança do mais velho.
— Hey, Jongin! Todos os alunos tem que ir para o Salão. Vamos dormir lá, hoje! — Um aluno da classe do moreno ditou enquanto o mesmo assentia positivamente.
— Estou indo, obrigado Cedrico! — Sorriu para o outro lufano, que acenou de volta — Bom, vamos? Acho que o castelo deve tá um caos…
— Eu to pensando é no inferno que vai ser o Malfoy e o Potter dormindo sobre o mesmo teto — KyungSoo resmungou e Jongin se limitou a rir, enquanto caminhavam de volta para o castelo.
Ainda que todos os alunos tivessem dormindo no chão do salão, todos foram separados pelas suas casas e anos, por organização dos professores e monitores. Por isso, Jongin e KyungSoo já tinham se despedido tinha algum tempo e o ravino estava no seu saco de dormir, repassando tudo que tinha acontecido naquele dia.
Descobriu-se apaixonado pelo amigo. Se desesperou com medo dele ser atacado. E quase flertou com o mesmo usando seu patrono. A que ponto você chegou, menino Do?
Sentiu uma movimentação ao seu lado e enquanto tentava tirar a varinha dentro do próprio saco de dormir, percebeu a cabeleira castanha com o cheiro que estava lhe perseguindo desde o ínicio do dia.
— Jongin? O que você ta fazendo aqui? — O Do sussurrou, vendo o moreno se embrenhar no saco de dormir, que acabou ficando apertado para os dois.
— Um dementador pode entrar. É mais seguro! — Respondeu também em sussurro, abrindo um sorriso doce. A prole de Ravenclaw quase falou que aquilo era impossível considerando que Dumbledore deu ordens restritas de que eles não podiam entrar no castelo, mas preferiu guardar pra si e sorrir de volta, gostando da ideia de dormir com o moreno.
— Você vai acabar ficando em detenção!
— Dumbledore me viu saindo e vindo pra cá. Ele apenas fez Shhh pra mim. Acho que estou seguro. Vem, vamos dormir — O moreno ditou de forma folgada, abraçando o outro, deixando-o completamente constrangido e paralisado no lugar — Ah… Ah… Desculpa. Vocês ingleses estranham contatos com pessoas do mesmo sexo né? — Jongin falou corado, soltando o mais velho.
— O que? Não. Ta tudo bem. Pode… Me abraçar. Eu não ligo — O ravino ditou ainda envergonhado, puxando o braço do mais novo para que voltasse a lhe abraçar.
E foi sentindo cheirinho amadeirado com floral dos cabelos do moreno, que o Do acabou dormindo todo feliz.
É… Talvez Sirius Black atacando Hogwarts não fosse algo tão ruim assim…
….
A neve ainda caía insistentemente no castelo, mas aquilo não impediu ou inibiu a animação dos alunos para ir para Hogsmeade. Diante da tensão que ainda existia pela não recaptura de Sirius Black, aquilo pareceu como uma ótima oportunidade para os garotos relaxarem e era por isso que Jongin e KyungSoo, andavam um ao lado do outro em direção a Dedos de Mel.
— Você devia pagar todos os doces que eu quiser, hyung! Afinal, meu aniversário é amanhã.
— Grande coisa, o meu foi ontem.
— Mas eu te dei um presente! — Retrucou e o Do acabou suspirando. De fato, o moreno havia lhe dado um presente. Um pinguim de pelúcia bonitinho que o moreno havia feito a mãe comprar e lhe entregar por coruja de maneira que chegasse exatamente na data de aniversário do mais velho.
— E eu também vou te dá um presente amanhã, manhoso!
— Vai? O que vai me dar de presente? — O moreno perguntou todo empolgado, enquanto as bochechas do mais velho coravam. Se sentia envergonhado toda vez que lembrava que tinha gastado seus galeões para comprar uma vassoura novinha para o outro que tinha falado do interesse de entrar no Quadribol no ano seguinte mas não tinha vassoura própria.
— Amanhã você descobre! — Resmungou e o garoto mais novo acabou rindo enquanto separava seus doces.
— Hyung. Se ontem foi seu aniversário e amanhã é o meu, então… Hoje é o nosso!
— Oi?
— Tipo, aniversário de nós dois ao mesmo tempo! Devíamos pegar todos esses doces, voltar pro castelo e comemorar! Podemos até comprar um bolo — Falou todo empolgado, enquanto o aluno da Corvinal arqueava a sobrancelha. A ideia era completamente sem noção, mas o Do não conseguia simplesmente dizer não para aquele sorriso genuíno do Kim.
Depois de quase falirem ao comprar os doces no Dedos de mel, os dois voltavam para o castelo decididos a seguir o plano do mais novo, mesmo sabendo que poderiam passar mais tempo em Hogsmeade. Até mesmo ignoraram a briga de bola de neves entre o Malfoy e o Weasley perto da casa dos Gritos porque não era como se fosse novidade pra qualquer pessoa.
Inclusive era disso que falavam quando um frio ainda maior tomou conta de ambos os corpos, fazendo-os parar de andar. Um sentimento ruim consumiu o peito de ambos, como se nada bom existisse no mundo e a vontade de chorar os consumiam por completo. Foi num ato rápido que o KyungSoo se colocou na frente do Jongin para protegê-lo, já sacando sua varinha quando viu os dois dementadores na sua frente. Canalizando todo os sentimentos mais felizes e no como queria proteger o mais novo, apontou a madeira de sabugueiro para o ser frio.
— EXPECTO PATRONUM — Quando brandou o feitiço, ouviu o mesmo ecoar pelo moreno ter falado no mesmo momento que si e por isso não se surpreendeu quando viu o urso projetado ao lado do seu pinguim.
Era uma cena até bonita se desconsiderar o perigo do momento. De uma forma até estranha, era como se ambos os animais cuidassem um do outro enquanto espantasse os dois dementadores.
— Já percebeu como nossos patronos combinam, quase como se gostassem um do outro? — Jongin ditou baixinho ao tempo que via ambos os animais se dissiparem por não haver mais perigo — Seria como a gente, se você retribuísse o que eu sinto.
— Oi? — O Do perguntou totalmente chocado, vendo o moreno arregalar os olhos igualmente. Jongin não tinha percebido que tinha externado seu pensamento.
O moreno se encolheu em seu casaco e olhos para os lados perdidos sem querer fitar o mais velho, torcendo que o cachecol amarelo e cinza lhe enforcasse e ele morresse.
— Jongin…
— Hyung, me perdoa — O moreno ditou afobado, se curvando perfeitamente em noventa graus, as bochechas totalmente avermelhadas e os olhinhos marejados.
— Jongin! — Brandou indignado por ver o moreno se curvar para si, mas aquilo só fez o moreno ficar ainda mais nervoso e descer o corpo para o chão gelado, curvando-se aos pés do mais velho — Ah não, não! Levanta. O chão ta gelado, Jongin! Levanta daí moleque, você tá louco? — Ditou incrédulo, puxando o garoto pelo casaco para que ele ficasse de pé e não acabasse adoecendo por estar no chão.
— Hyung, me perdoa. Não me odeia, por favor! Você é meu único amigo e… — O Do puxou o moreno pelo cachecol até que ambos os lábios se chocassem. O moreno ficou completamente chocado e sem qualquer reação, fazendo o mais velho soltar um risinho e afastá-lo de si.
— Não tem o que perdoar. Eu também gosto de você, moleque. Agora vamos, você me prometeu um bolo — Tentou parecer sério, dando alguns passos a frente para esconder a vergonha em seu rosto enquanto deixava um lufano pra trás ainda incrédulo.
Demorou mais alguns segundos até que o moreno voltasse ao seu normal e corresse para ficar do lado do mais velho que olhava pro chão, ainda constrangido. Ambos ficaram em silêncio perdidos na própria vergonha se aproximando cada vez mais do castelo.
— Soo Hyung…
— Uh?
— Posso pedir um presente de aniversário adiantado?
— O que você quer?
O moreno não disse nada. Mordeu o lábio meio nervoso e com a mão trêmula pegou a alheia, entrelaçando ambas as mãos, voltando a andar após isso. O ravino tornou a corar, mas acabou rindo, apertando a mão que estava na sua, caminhando ao lado do lufano para que pudessem comemorar o dia, que de fato, era o dia deles.
Afinal, o que mais aconteceria depois do encontro de um urso e um pinguim além do amor?
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Acolhemos orgulhosamente SARYA NAMYS GLYNHORN em nosso corpo estudantil! Ela é uma ELFA DA PRIMAVERA matriculada na Casa ZAPHYR aos 22 anos.
Dom: Zoocinese - Sarya é capaz de controlar, chamar, conversar e entender animais de várias espécies, especialmente terrestres, no entanto, sua habilidade se limita somente a animais que estão mais próximos de si e também não possui controle sobre insetos.
InspIração para o dom: Roxy (Clube das Winx); Circe (Dc Comics)
Espécie: Elfa da primavera
Traços peculiares: Além das orelhas pontudas, Sarya possui os olhos em um tom de rosa claro e suas írises possuem o formato de pétalas de petúnias, também tem uma tatuagem no braço que parece uma roseira que ganhou assim que nasceu.
Pontos positivos: empática; gentil; inteligente; amigável; extrovertida; determinada; leal; protetora; cuidadosa; a última romântica;
Pontos negativos: instável; impaciente; rancorosa; vingativa; egoísta; impulsiva; ansiosa; teimosa; intrometida; curiosa
MBTI: ISFJ
Temperamento: melancólico-colérico
Alinhamento: Neutral good
Sexualidade: Homossexual
Extracurriculares: Presidente do Comitê de Eventos; Membro do Clube de Séance; Membro do Clube de Conservação de Unicórnios
Inspiração para a personagem: Flora (Clube das Winx); Fleur Delacour (Harry Potter); Fawn (TinkerBell); Rosetta (TinkerBell);
SOBRE
Os Glynhorn são bastante conhecidos entre os elfos da primavera, especialmente pela forte ligação que possuem com as flores e com os animais, desta maneira era de esperar que quando seus descendentes nascessem fosse praticamente uma festa na comunidade. E foi nesse ambiente agradável que Sarya nasceu e cresceu.
O contato com a natureza sempre lhe fora agradável, no entanto, durante o inverno e outono dormia praticamente o dia todo, visto que sua energia parecia ser drenada naqueles tempos frios, enquanto no verão, ainda que não fosse a pessoa mais enérgica e alegre do mundo, acabava por ter mais disposição para fazer suas tarefas na comunidade.
Os anos se passaram, até o momento que estava perto de ir para Nevermore, já que sempre soubera que não poderia ir para onde os padrões estudavam e até aquele momento não entendia o que podia ser tão ruim neles que fez com que todos os excluídos resolvessem ficar longe… isso até o momento em que descobriu o pior deles. Durante uma noite de primavera, enquanto cuidavam dos animais, os pais acabaram encurralados por um grupo e antes que Sarya pudesse ajudá-los ouviu barulhos altos, como estouros e em seguida os pais caídos no chão em meio a uma poça de sangue. A dor da elfa não podia ser explicada, ela chamava pelos pais até o momento em que os outros elfos da comunidade se aproximaram, puxando-a para longe dali de modo que pudessem acalmá-la um pouco.
Daquele dia em diante passou a odiar os padrões com todas as suas forças e assim que entrou em Nevermore e escolheu a Casa Zaphyr, Sarya jurou que estudaria demonologia para que pudesse aprender como fazer pactos — escutou sobre o assunto na noite anterior a ida até a escola — e com isso se vingar dos padrões que causaram a morte dos pais bem como talvez trazê-los de volta mesmo depois de tanto tempo.
EXTRAS
- Tem um Urso Pardo de estimação na floresta em que mora;
- Não gosta muito de frio e sempre acaba ficando doente nessa época e é vista reclamando pelos cantos que queria o calor de volta;
- Não fala muito sobre os pais, somente seus amigos mais próximos é que sabem o que aconteceu com eles e sua ideia em saber mais sobre demonologia;
- Suas cores favoritas são rosa (em tons pastéis); azul (em tons pastéis), vermelho e amarelo;
- Seu estilo pode ser definido em cottagecore e coquette;
- Não faz questão de esconder seu descontentamento com os padrões e não sabe o que houve na cabeça da direção de Nevermore em permitir que eles entrassem lá;
- É bem famosinha no Tiktok pelos vídeos na floresta e também de grwm;
- Asher é o ÚNICO padrão que ela tem como amigo e não acha um lixo de criatura;
- Divide o dormitório com Susan e ela é sua melhor amiga;
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