i'm lost in these memories, living behind my own illusion. lost all my dignity, living inside my own confusion.
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SAOIRSE RONAN for Harper’s Bazaar UK (2023)
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Podendo ouvir o palpitar do coração como um zumbido nos ouvidos, o nervosismo que a consumia secava sua garganta, despontando em uma expressão de puro choque no semblante masculino ao fitá-la. Mas que merda ela fazia ali tão tarde da noite? Justo Freyja a aparecer na porta de seu dormit��rio durante sua escapada estratégica! Talvez tivesse falhado no cálculo de seus passos. O olhar inquieto encontrou a mancha deixada sobre o tecido molhado das vestes alheias, em seguida o vaso ao qual a khajol se abraçava, enquanto a ouvia esbravejar através de sussurros. Um ramalhete de flores poderia se tornar o motivo de sua ruína. Não! Não enquanto continuasse a negar qualquer acusação e recuperasse a habilidade de raciocinar rapidamente. Ora, aquela não era a primeira vez que se encontrava em uma situação comprometedora enquanto assumia a identidade de Roderic. Pigarreando, esforçou-se para recuperar a postura e empertigar-se diante da outra. ── Me perdoe por isso, foi apenas um acidente. Não tinha a intenção de arruinar nada. ── Se defendia da acusação a respeito do presente, dando tudo de si para manter a calma.
Subitamente sendo afastada da porta de seu próprio quarto, viu a determinação em manter seu papel fraquejar quando se deparou com o gesto de preocupação por parte da antiga amiga. Freyja se preocupava com sua reputação... A culpa que sentia por mentir para alguém que ainda demonstrava tamanha consideração ameaçou ressurgir na superfície. ── Muito menos quero acabar com alguém. ── Continuou a se explicar, sem permitir que qualquer silêncio longo demais tornasse a situação ainda mais desconfortável para ambas. ── Apenas desejo sair daqui o quanto antes e sem trombar com mais ninguém durante o caminho, está bem? ── O melhor que podia fazer era se afastar. Conhecendo-a melhor do que ninguém, tinha o receio de que a outra pudesse reconhecê-la de alguma forma, principalmente quando se sentia tão encurralada. ── Pode fingir que nunca me viu aqui? ── Os olhos suplicavam por cumplicidade e compaixão, como se existisse a possibilidade daquele assunto morrer apenas por ser ignorado durante uma noite.
Sua relação com a família real era deplorável a cada dia que passava, em especial com Elewen e Caelan, ambos pela mesma razão: a amizade morta por motivos diferentes. Freyja era orgulhosa e ranzinza quando se sentia afetada, sendo uma das piores pessoas para efetuar o perdão de forma clara, mas era Saturnália. Saturnália tinha o significado pesado de humildade, algo difícil de se colocar em prática para alguém que havia sido moldada ao esbanjar e determinação para sempre estar no topo. Entretanto, havia um pingo de noção que a chamava para cultuar aos deuses que tanto apreciava para servi-los de boa vontade, e não estava com muita moral para render aos próprios caprichos quando já havia problemas demais a rondando por Hexwood. O presente que havia preparado para Elewen em significado de trégua consistia em um vaso de cristal cheio de flores coloridas, as cores favoritas da princesa ou ao menos as que mais usava em suas vestes. Era difícil escolher algo para alguém que tinha tudo, inclusive o próprio império, e tratou de fazer o melhor enfeite que conseguia.
Depois do dia finalmente acalmar e os corredores estarem habitados por um ou outro aluno, decidiu ser uma boa hora para visitá-la. O quarto da outra era mais distante por se tratar de um aposento especial para a realeza e caminhou com cuidado para evitar de derrubar a água que nutria as plantas, o que deu certo até parar diante da porta e ser empurrada de uma só vez. Parte da água caiu sobre seu busto e estava pronta para se desculpar com Elewen, mas não era ela quem estava ali. Já tinha visto o rapaz em alguns lugares, se recordava disso, e pouco sabia sobre ele. O problema é que um homem no quarto da princesa era mau sinal. Freyja não julgava, embora a falta de cuidado do outro em pleno fim do dia fosse comprometedora demais. O encarou boquiaberta, abraçando o vaso em uma defensiva inútil. "Boa noite?!" Respondeu incrédula, sem saber o que dizer e o silêncio constrangedor pairou entre eles. Temendo o que aquilo poderia causar à reputação de Elewen, tratou logo de continuar a conversa a um sussurro gritado para não chamar atenção. "Você é louco? O que está fazendo aqui? Não é seu pavilhão e arruinou o meu presente!" Deu alguns passos para trás, praticamente o puxando consigo para se afastar da posta diferenciada. "Como pode sair do quarto da princesa dessa maneira? Quer acabar com ela?" Protestou com as expressões mudando a cada segundo, as bochechas ficando tão roxas quanto conseguiam.
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De modo a manter seu vínculo a Jano firme e amenizar os efeitos negativos do desaparecimento da pira em sua magia, encontros para momentos mais íntimos e tranquilos com seu seon foram implementados na rotina da princesa, também suprindo sua necessidade por um pouco de silêncio e contemplação em meio a toda a movimentação recente em Hexwood. Havia encontrado na capela das irmãs um ambiente sereno e vazio para o recolhimento daquela noite, até se deparar com uma figura entre as sombras que banhavam dependência, fazendo-a se sobressaltar enquanto a orbe azul que a acompanhava brilhar de maneira ofuscante.
Com um vislumbre do rosto daquele que aterrissava no chão após tropeçar nos próprios pés, levou a destra até o peito, soltando um suspiro exasperado. ── Que susto, Mikah! ── Exclamou, então franzindo o cenho para a impressão deixada com sua presença. ── Não basta fazer o meu coração pular até a boca, ainda precisa me ofender? ── Estendendo a mão na direção do rapaz, oferecia ajuda para colocar-se de pé. ── Onde é que estava escondido aqui? ── Perguntou, uma vez que o avistara somente quando já era tarde demais.
·.¸¸.·♩♪♫ open starter ♫♪♩·.¸¸.·
onde: capela das irmãs - 01:47 am
Talvez, e apenas talvez, ler um livro sobre monstros na Capela das Irmãs após a meia-noite não tivesse sido uma ideia tão brilhante quanto Mikah esperava. Na verdade, acabou sendo mais assustador do que ele queria admitir, e por isso fechou seu livro ao mesmo tempo que soltou um suspiro pesado, precisava se recompor e ir dormir. Já era tarde, e a maior iluminação do local vinha de seu Seon dourado e brilhante chamado Órion, que por sorte fazia com que ele se sentisse menos sozinho e indefeso. - Acho que é hora de ir... - falou baixinho se levantando de onde estava, atrás de uma das estátuas.
Antes mesmo que pudesse pensar em seguir seu caminho, viu a silhueta de MUSE aparecer como uma assombração diante de seus olhos, lhe arrancando um grito alto e fino enquanto tropeçava nos próprios pés caindo de bunda no chão. - Ei! Você me assustou! - resmungou. - Pensei que fosse um monstro horrível.
#𝐈𝐈 、 ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ‹ threads. ›#with mikah#sei lá queria usar um gif caótico tb jkkkkkk#e considerei que eles se conhecem
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Com a curiosidade e o interesse despertados, suas sobrancelhas arquearam com a revelação da existência de um chá com sabor de vinho. Apesar de ser tentadora a oportunidade de mergulhar e se distrair em um assunto paralelo, investindo em planos futuros envolvendo a degustação de infusões com sabores e efeitos alcoólicos, com a ajuda de Angus, guiou a própria mente de volta ao objetivo principal daquela sessão. Era quase natural o caminho que seus pensamentos faziam de volta ao cenário de conforto, assim como o fato de ele parecer pertencer somente a si, e não à sua outra versão. Imersa na sensação de aconchego que a envolvia, completamente refém da falsa segurança que a oferecia, concedia as respostas arriscadas sobre aquela questão, sem apresentar qualquer resistência. ── Roderic. ── O nome se desprendeu dos lábios com a delicadeza de um sussurro, acompanhado por um sorriso letárgico que iluminava o semblante. Não podia evitar a felicidade atreladas às lembranças do que havia vivido sob a liberdade que apenas seu alter ego era capaz de proporcionar. ── Seria arriscado demais tê-lo circulando pelo castelo dessa forma, pois isso poderia levantar a curiosidade das pessoas e encontrar respostas rápidas para suas perguntas demanda muito de mim. ── Complementou a resposta com mais informações sigilosas, embora estas soassem ambíguas, sem revelar de forma detalhada a vida dupla que levava. Um estado profundo de pânico estaria a consumindo naquele instante, caso os efeitos das ervas consumidas não apaziguassem toda agitação que carregava em seu interior, e essa era uma prova indiscutível de sua eficácia. O professor era hábil no que fazia. ── Ele é um segredo que não posso me arriscar demais a expor publicamente. ── Assim, concluiu sua explicação, findando-a com um suspiro leve. De algum modo, o peso daquele fardo que carregava sobre os ombros pareceu se aliviar, apesar da pouca consciência quanto ao que havia acabado de fazer.
Receber um incentivo positivo para que continuasse, fez brotar em seus lábios um sorriso contente, pois tinha um desejo inerente de se aplicar em toda e qualquer tarefa que envolvesse suas ilusões, independente da urgência que sua crise implicasse. Por isso era uma surpresa tão amarga a descoberta de não ser um grande destaque na matéria lecionada pelo rapaz. Quase podendo sentir os raios de sol atravessando a vidraça da janela e delicadamente tocando a sua face, Elewen seguiu os direcionamentos do mais velho, imaginando-se de pé, caminhando pelo longo corredor que a levava de volta às divisões mais movimentadas do castelo. Ouvia o som abafado de seu salto contra a tapeçaria perfeitamente adornada que protegia o assoalho de lajes frias, assim como a brisa suave que brincava com os fios de seus cabelos a cada novo passo apressado de volta para a realidade que a esperava, sem a opção de ser postergada para sempre. O trajeto até a sala onde se encontrava representava algo como um emaranhado de sombras e formas indistintas, desempenhando apenas o papel de um espectador passivo em sua jornada até o destino final, onde, com sorte, ao menos um vislumbre de normalidade estaria à sua espera. Sem se dar conta do progresso gradual de seus pensamentos ao longo do caminho, a magia que ainda restava nela começava a se dissipar, apagando-se de seus cabelos dourados em suaves cintilações alvas. Pequenos fragmentos de luz escapavam como delicadas fagulhas, dissolvendo-se no ar e cedendo lugar aos cachos que, agora completamente livres do encantamento, retomavam sua forma natural.
No momento em que seus pés avançaram contra o chão sobre o qual agora se sentava, identificando a sala de Angus graças a alguns detalhes em sua decoração, as pálpebras começaram a se abrir vagarosamente, pestanejando enquanto os olhos se habituavam à luz ambiente e distinguiam a figura do rapaz parado diante deles. Estava sonolenta, ansiando por uma superfície confortável onde pudesse se deitar e render-se à sensação de serenidade plena, até vislumbrar as cascatas douradas que cobriam parte dos próprios ombros. Com um sobressalto, sentiu uma energizante onda de adrenalina se espalhar por suas veias ao perceber que a abordagem do outro havia surtido o efeito esperado e, assim, conseguira recuperar sua aparência, sem qualquer sinal da existência de Roderic. ── Aaah! ── Um gritinho agudo de entusiasmo escapou de sua garganta enquanto, com um salto enérgico, ergueu-se de onde estava e caminhou apressadamente até a janela mais próxima. Lá, ansiosa, inclinou-se para examinar seu reflexo no vidro. Movendo a cabeça em diferentes ângulos e deslizando os dedos pelos cabelos, que pareciam mais autênticos do que jamais estiveram, notou suas íris cristalinas brilharem com uma mistura de exultação e alívio. ── Deu certo, Sr. Delaunay! ── Exclamou, seus pés mal conseguindo permanecer no chão conforme saltitava de alegria. Girou sobre os calcanhares para olhá-lo novamente, seus olhos resplandecendo com gratidão. Lá estava ele: o salvador de sua vida! ── Deu muito certo! ── Repetiu, agora erguendo os braços para o alto em uma nova celebração. Por um instante, seus lábios se comprimiram, tentando conter o grito de felicidade que quase escapava, enquanto o observava em silêncio. A vontade de abraçá-lo era quase irresistível, mas, consciente de sua posição como professor, reprimiu o impulso e manteve-se no lugar. ── Muito obrigada, o senhor salvou a minha vida! ── Murmurou com emoção, as palavras simples apenas sugerindo a profundidade de sua gratidão, que transbordava em cada gesto e no olhar que lhe dirigia. Embora esperasse que ele nunca descobrisse o verdadeiro motivo por trás de sua reação acalorada, sabia que seu agradecimento ia além da simples aparência de seus cabelos.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ the end.
Um riso divertido e involuntário rompeu com a serenidade do Delaunay no instante em que a ouviu mencionar seu deus. Tivara suas adversidades com o mesmo, era uma verdade inegável, porém, também tinha feito suas pazes com ele, encontrado um caminho que fosse auspicioso para ambos, para que vivessem em harmonia. Parte desse caminho, o levou a conhecer e admirar a essência de Baco, ao ponto de cultivar seus hábitos como próprios. Se Angus seria seu hospedeiro enquanto vivessem, então, nada mais justo do que se tornarem um. "Quem disse que não existe?", indagou de forma retórica, deixando que a questão pairasse no ar por alguns segundos, não era relevante ao momento, tampouco, merecia a atenção da princesa. "Em um outro momento, alteza, se assim quiser.", concluiu, deixando o convite implícito em suas palavras. Parte de ser um com a divindade, envolvia conhecer as ervas que simulariam o gosto e efeito de sua bebida favorita, assim como o de tantas outras. Por vezes, Angus se questionava se não deveria ter sido hospedeiro de algum deus ligado ao cultivo ou plantação, mas Baco era tão próximo quanto. E apesar da fama negativa, o khajol tinha conhecido e usufruído de um lado bastante atípico da divindade.
Não ofereceu replicas verbais ao agradecimento da mais nova, apenas assentiu, outra vez, com um balançar de cabeça, enquanto sustentava o gentil sorriso nos lábios, dando-se por satisfeito quando ela pareceu entregar-se um poucos mais ao próximo. Não deveria demorar muito, principalmente se ela fosse colaborativa. Diferentemente do que havia pedido, ouviu a narração a respeito do lugar de conforto, não ousando interromper a locução ou redirecioná-la, pois, verdade seja dita, Elewen parecia estar indo muito bem sozinha. Ela tinha razão sobre o corredor pouco movimentado, pois era um grande vago na mente do Delaunay que começava a se questionar se esteve em tal lugar alguma vez durante a vida. Talvez só de passagem, ou nem assim, era o que concluía. O momento de conclusão, calhou exatamente com a afirmação de outrem, o que o deixou levemente confuso. Até mais cedo, não tinha proximidade alguma com a princesa, então não era de si que ela falava. "Ele quem?", não conseguiu reprimir a indagação curiosa. "O que seria arriscado, princesa?", outra vez, sua curiosidade ganhava vida nas palavras proferidas involuntariamente, um pequeno descuido da parte do docente, do qual ele não conseguia arrepender-se imediatamente.
Estava convicto que tinha muito escondido naquelas palavras que, certamente, não lhe diziam respeito algum, mas que poderiam ajudar no processo, ou na criação de uma imagem sobre a mais nova. No entanto, em seu momento reflexivo, começara a notar as primeiras manifestações do real. A ilusão começava a se dissolver e, por mais que uma parte dele sentisse alivio quanto a isso, a outra sentia que ficaria sem respostas para as questões que surgiram no último minuto. Era um empasse e Angus odiava eles. Fazer o certo e continuar a guiar o processo, ou, suprir as necessidades inquietantes de sua curiosidade, postergando a resolução? Em momento assim, não conseguia evitar pensar que se a viscondessa tivesse gastado algumas horas em sua criação, talvez ele fosse algo sem escrúpulos como ela, e acabaria seguindo a segunda linha. No entanto, o abismo entre eles poderia ter resultado em duas versões do primogênito: algo ainda pior do que a própria mãe, ou o completo oposto. Suspirou em pesar, consciente de quem era e do que faria.
"Está fazendo um ótimo trabalho, princesa.", afirmou, voltando ao tom brando de outrora. "Agora, quero que tentei trazer essa visualização até onde estamos. Como se estivesse caminhando do seu lugar de conforto, até a minha sala. Ignore os detalhes dos corredores, eles não são relevantes.", se muito apenas serviriam como distrações que retardariam o processo, não iriam retrocedê-lo, mas deixariam mais lento. "Sinta a brisa, os passos que você dá, o impacto dos seus pés com o chão e como esse impacto consegue percorrer seu corpo, atingindo cada parte, ao ponto de, talvez, bagunçar seus cabelos.". Pagava agora por sua falta de atenção para com outrem, não tê-la notado em suas aulas, fazia com que Angus não soubesse o comprimento exato dos fios, algo que deixava seus direcionamentos vagos. "Quando conseguir se ver exatamente onde estamos.", dentro da sala, não fora dela, "Você pode abrir seus olhos, prometo que vai estar exatamente como você consegue se ver durante todo o caminho.".
#𝐈𝐈 、 ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ‹ threads. ›#with angus#uma bíblia minha a menos pra vc responder 🙏#não estranha que mudei o nome do personagem na narração#mas é que não queria que ficasse igual ao do irmão dela
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Que a maioria dos changelings - se não todos eles - ansiava por não estar enfrentando nenhuma daquelas súbitas e delicadas mudanças era uma suposição que Elewen já tomava como verdadeira, uma vez que o dom de se colocar no lugar de outros era intrínseco em sua essência. Da mesma forma que detestaria ver Hexwood arder em chamas, se compadecia do destino cruel encontrado pela outra comunidade e o espaço que os acolhia. ── Não me ofende. ── Esclareceu com o tom ameno, demonstrando-se despreocupada quanto à possibilidade de uma ofensa trocada entre as duas. Confiante na própria intuição e no julgamento de caráter, acreditava estar diante de alguém sem a intenção de destratá-la, um sentimento que certamente era mútuo. ── Eu também torço para que recuperemos a normalidade logo. ── Desejou com todo seu coração, em seguida se dando conta de que o normal nunca pareceu ser algo comum na vida de todos ali. Com essa percepção em mente, arqueou ligeiramente as sobrancelhas, enquanto nos lábios se despontava um sorriso astucioso. ── Ou o mais próximo dela que já tivemos algum dia.
Sendo imediatamente transportada para o episódio recente - onde havia recebido auxílio para controlar a instabilidade em sua ilusão - através dos conselhos da outra, a princesa divertiu-se com a coincidência, o que se traduziu em um riso breve e silencioso. ── Engraçado que tenha sugerido isso, pois são práticas com as quais tive uma experiência interessante recentemente, e talvez sejam incluídas com mais frequência na minha rotina a partir de agora. Principalmente os chás, parecem me ajudar bastante a relaxar. ── Talvez não se arriscasse com infusões mais fortes, que pudessem lhe tirar a consciência, mas recorreria àquelas que pudessem oferecer mais calmaria a seus pensamentos tumultuosos. ── Parece que a vida adulta demanda cada vez mais esse tipo de apoio para nossa saúde mental. E sugestões como estas sempre serão bem-vindas. ── Como agradecimento pela sugestão e incentivo aos planos já cogitados, delicadamente acenou com a cabeça para a changeling, cujo nome logo em seguida descobriria. ── Muito prazer, Rowena. Pode me chamar de Elewen. ── Retribuiu a apresentação informal, seu semblante se iluminando de felicidade por aquela interação tão agradável, até ser assombrada por uma perspectiva não considerada por ela até aquele momento. ── Ótimo, agora me deixou culpada e arrependida por todas as flores que mantenho como decoração no meu dormitório. ── Expressando-se tão casualmente, não se atentava ao fato de poder parecer responsabilizá-la pela assimilação que agora a acometia. Absorvendo o que a outra levantava, perdeu-se em contemplação durante alguns instantes, o olhar recaindo sobre o móvel o qual havia vislumbrado a possibilidade de receber um belo vaso de flores. ── Mas, nós temos mesmo essa ganância egoísta de querer manter o que achamos belos sob nosso domínio, não temos? Nunca tinha parado para reparar nisso antes.
As palavras da princesa não soaram como uma novidade, tampouco como uma ofensa. Rowena tentava não julgar os khajols, ou os nobres dentre eles, se esforçava, pois uma de suas amigas mais queridas era exatamente a irmã de Elewen, a outra princesa e também khajol. E, ainda assim, sabia muito bem que não poderia simplesmente sair espalhando confiança por aí, as pessoas tinham de conquistá-la, fazer por onde merecer. Por isso, sua reação as palavras de outrem, foi limitada um riso baixo e discreto. "Espero que não se ofenda, alteza. Mas eu não queria estar vivendo isso.", e se referia ao todo, o incêndio, o roubo dos artefatos, o teto compartilhado, exatamente tudo. "Entendo e agradeço a vossa hospitalidade. Apenas torço para que as coisas consigam se resolver o quanto antes, para que retornemos ao instituto, com nosso cálice e vocês com sua pira.", e todo o fumacê, teria completado, mas preferiu abraçar o silêncio. Nenhum deles sabia como resolver os problemas que enfrentavam, nem mesmo quanto tempo levaria até o instituto voltasse a ficar de pé, se é que um dia voltaria a ficar, mas ninguém poderia culpar Rowena por ser otimista. Quanto antes os grupos se separassem novamente, antes voltariam a focar apenas no treinamento dos melhores soldados, curandeiros e escribas, voltariam a viver entre os seus e cultuar suas tradições, sem que o outro lado se sentisse incomodado por isso.
Os passos de Rowena seguiram os de outrem, sempre deixando-se um pouco atrás, dando liberdade para que Elewen observasse e vasculhasse o que quisesse. Era verdade que não tinha muito para mostrar, ainda assim, não usaria isso como justificativa para podar a curiosidade da princesa. "Já tentou meditação? Ou até mesmo o consumo de ervas em chás? Parece ser um bom aliado para apaziguar uma mente agitada. Quero dizer, é o que funciona comigo.", mesmo que não falasse sobre isso, Rowena tinha uma mente barulhenta e as coisas só foram aliviar depois que começou a meditação, corrida e com as infusões antes de dormir. Mesmo que o tom da mais nova tivesse sido divertido, a changeling não pode evitar oferecer uma solução pratica, foi mais forte do que ela. "Rowena, alteza.", apresentou-se informalmente. "E sim, eu gosto de tudo que me deixa mais próxima da natureza. Mas, se está pensando em me dar flores com o pretexto de que vai trazer mais vida para os meus aposentos, eu prefiro que não o faça.", primeiro, ela gostava do quarto do jeito que estava, e segundo, "Gosto das flores na natureza, vivas e onde elas pertencem. Colocá-las em vasos de d'água para que morram dentro de alguns dias é algo que não me agrada muito.", concluiu no tom gentil, sem querer parecer mal-agradecida.
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Fugindo dos preparativos familiares para a Saturnália, a princesa munia-se de seu disfarce para explorar as comemorações que se espalhavam por diversas partes da cidade, sem se importar com qualquer cobrança ou julgamento atrelado a seu título. Encantada pelo clima festivo e de generosidade que aquela época carregava, ousadamente transitava por locais nunca antes visitados, experienciando novas situações e conhecendo diferentes figuras com toda a curiosidade que já lhe era característica. E durante sua andança errática, sem um objetivo final, foi que Roderic se viu intrigado por uma iniciativa cujo conceito aquecia seu coração. Diante do que parecia consistir em uma cozinha comunitária, com o propósito de alimentar os mais vulneráveis durante aquela estação, encontrava-se perdido na própria contemplação, quando uma voz estranhamente familiar a despertou de seu estado. Com o semblante confuso, ele se voltou para a figura de Brianna, perguntando-se o que exatamente ela fazia ali. Estaria ela colaborando com aquele belo projeto? ── Não, eu... Eu não vim até aqui para comer. ── Respondeu antes que o silêncio levantasse qualquer suspeita, colocando um sorriso amistoso nos lábios. ── Mas estava curioso para descobrir como essa cozinha funciona e se estão aceitando voluntários. ── Não havia um resquício de mentira em suas palavras.
✧ with: @twcfaced ✧ flashback no saturnalia passado
Ela caminhava pelas ruas da cidade baixa da capital com uma cesta de mantimentos apoiada no quadril. O hábito surgido da necessidade de escapar das reuniões familiares durante o recesso havia se tornado uma de suas tradições de fim de ano favoritas. Brianna se sentia bem ao ajudar as crianças e as semanas que passava com elas, mesmo que fosse apenas para seu próprio benefício, sentia que fazia certa diferença na vida daquelas pessoas. Sabia que seus motivos não eram dos mais puros, afinal a tradição era tão benéfica para ela quanto para as famílias que ajudava e justamente por isso mantinha esse segredo apenas para si. — Com licença, o senhor está esperando por algo? — Questionou ao jovem que estava parado em frente à cozinha comunitária onde estaria trabalhando naquele dia. — Acredito que as refeições só vão ser servidas a partir do meio dia, mas se não puder esperar posso tentar arrumar algo para você, em segredo é claro. — Era bastante comum que algumas pessoas tivessem vergonha de se alimentar ali e ela entendia o fato completamente. Sempre que aquilo acontecia, ela se dispunha a arrumar ao menos alguns pedaços de pão e uma bebida quente para que a pessoa em questão não passasse o dia de estômago vazio.
#𝐈𝐈 、 ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ‹ threads. ›#with brianna#não estranha que mudei o nome do personagem na narração#mas é que não queria que ficasse igual ao do irmão dela
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who: @fromodins
where: corredor do dormitório de Elewen.
Com a atenção da maioria se dividindo entre o incêndio em Wülfhere, o desaparecimento enigmático da pira, a inesperada chegada da neve e a comemoração da Saturnália, parecia o momento ideal para um reencontro com o velho amigo e uma caminhada com ele pelas redondezas. Depois de conferir a aparência de Kaelan diversas vezes diante do espelho, garantindo não haver nenhuma falha visível em seu ilusionismo, a princesa se aventurou a deixar o próprio dormitório, assumindo o disfarce de seu alter ego naquela madrugada silenciosa e fria. Atormentada pela possibilidade de sua magia apresentar uma nova instabilidade, carregava seu Seon em uma delicada bolsinha de couro presa ao cinto marrom ajustado à cintura, assim garantindo ao menos uma conexão próxima ao deus responsável por presenteá-la com o dom para desempenhar aquela ilusão. No caso de uma emergência, recorreria a ele, embora soubesse que nada estivesse em seu alcance para resgatá-la de qualquer possível revelação acidental de sua real identidade. O risco sempre existiria, e Elewen se mantinha decidida a assumi-lo em benefício do vínculo profundo criado com seu personagem.
Os dedos se firmaram sobre a maçaneta, antecedendo uma pausa brusca em seus movimentos. ── Certo, Kaelan, espero que aproveite este meu presente de Saturnália! Estou confiante de que essa será uma grande noite. ── A voz grave repetia as palavras de reafirmação, que mais agiam como um conforto para sua insegurança. Mas não sabia por quanto tempo a pira continuaria desaparecida, e não suportaria ficar distante do conforto que seu disfarce a proporcionava por muito mais. Determinada a não permitir que o receio se enraizasse, inspirou profundamente, sentindo o peso do ar em seus pulmões, e abriu a porta em um movimento rápido, lançando-se ao corredor agilmente para evitar que a coragem fraquejasse. O que não havia previsto era o inesperado impacto de um encontro imediato com outro corpo, antes mesmo que a porta se fechasse por completo. E no momento em que seus olhos encontraram a figura de Freyja, a centímetros de distância da sua, teve a confirmação de que aquela seria uma noite fatídica, apenas não pelo motivo que desejava. ── B-boa noite, senhorita. ── Balbuciou nervosamente, engolindo em seco enquanto notava seu olhar desviar para o chão.
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who: @delythessaex
where: pátio central.
Fazendo parte do grupo de khajols entusiasmados com a chegada da neve, encantando-se pelo novo cenário coberto pelo gélido manto branco, Elewen não escondia o sorriso entusiasmado que se perpetuava no semblante. Todos os seus problemas pareciam ter decidido migrar para o baú guardado no fundo inóspito de seus pensamentos, dando espaço para um momento de leveza em meio ao caos dos problemas que inesperadamente chegavam com o frio. Nenhuma solução imediata seria encontrada para eles naquele manhã, então reservava parte de seu tempo para a criação de alguns desenhos sobre a tela em branco espalhada pelo chão do pátio, usando seus pés como os pincéis. Mas esses planos logo encontraram um desvio, quando avistou a silhueta da irmã não muito distante dali. A travessura tingiu seu sorriso, quando um novo objetivo surgiu nos pensamentos, feito um candeeiro aceso dentro da escuridão. Devidamente protegidas pelas luvas grossas, as mãos imediatamente alcançaram a neve, unindo uma boa quantidade dela para moldar uma pequena bola. E quando a ergueu na altura da cabeça, a mirando diretamente em Delyth, se deparou com o par de olhos azuis focados em sua direção. ── Eu posso explicar. ── Divertida com a posição constrangedora na qual era flagrada, sua reação inicial foi rir.
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Filtrou as palavras para não iniciar uma discussão irrelevante para aquele momento, mas observava nascer em sua mente uma lista de coisas que sabia serem impossíveis - como, por exemplo, ver sua própria mãe ou até mesmo as irmãs assumindo o trono de Aldanrae - o que a levava a fita-lo com o olhar carregado de ceticismo. Até para alguém otimista como Elewen, havia um limite até onde a fé podia chegar. Ao menos concordava com o fato de que as coisas sempre podiam piorar. Mas não seria seu caso ali! Desta confiança não abria mão, em benefício do objetivo que buscava com a sessão individual com o professor. Entrelaçado à bondade que muitos compreendiam como ingenuidade, a princesa tinha em sua natureza a atenção para os detalhes, principalmente quando algo que lhe era precioso estava em risco. Como Kaelan, já havia estado na companhia dos mais diversos indivíduos, alguns deles perversos demais para terem o direito de desfrutar da liberdade. Essa experiência havia a ensinado a não depositar sua confiança cegamente em qualquer um, e analisar minuciosamente os sinais que podiam ser interpretados como alerta. Nem mesmo o receio de ter seu segredo revelado a faria confiar em alguém que não lhe transmitisse o mínimo de segurança, o que era exatamente o que encontrava em Angus naquele momento. O simples detalhe de ele não parecer se aproveitar da oportunidade para convencê-la ter uma credibilidade impoluta era vista como um indício de que não estava na companhia de alguém mal intencionado. Mas as coisas sempre podem piorar…
Sem precisar de uma sugestão direta do rapaz, ela afastava da mente qualquer pensamento alinhado à negatividade, decidida a fazer aquela tentativa arriscada valer à pena. Como distração, concentrava-se no sabor que se espalhava por suas papilas, delicadamente estalando a língua no céu da boca, com o interesse de identificar as possíveis ervas presentes na composição da bebida. Uma sensação de languidez logo se espalhou por cada músculo de seu corpo, como se imergisse em uma banheira de água morna, conferindo a ela uma espécie de relaxamento que há muito tempo não havia sentindo. Carregar um segredo como aquele nas costas certamente era exaustivo. Com o clima se tornando cada vez mais leve, sua expressão também era invadida por uma mansidão evidente. ── Baco… ── Mencionando o nome do deus, reforçava seu conhecimento quanto a alguns detalhes sobre a vida do professor. ── Encontrarmos um com gosto de vinho deve deixá-lo ainda mais encantado. ── A proposta de plano foi feita com um sorriso arteiro atravessando o semblante. A infusão de uva era uma opção, mas ainda faltaria algo para proporcionar a mesma sensação que a bebida que tentariam replicar.
Os direcionamentos tranquilizadores de Angus ecoavam em sua mente, contribuindo para sua entrega durante a sessão. Teria se perdido no som de todos esses ecos, se não fosse pelo toque da mão que agora alcançava seu rosto. O gesto inesperado parecia deixá-la espantada, mas também acessar em seu peito o conforto que não reconhecia carecer. Sem ninguém com quem pudesse compartilhar abertamente sobre seu segredo, por grande parte do tempo se esquecia do fardo que aquela solidão representava em sua vida. O olhar alternava entre o sorriso desenhado nos lábios do professor e a sinceridade que encontrava em seu olhar. Confiava no valor da palavra alheia e se contentava com ela. ── Obrigada. ── Falou mais serena, retribuindo o sorriso. Um suspiro findou suas inseguranças, marcando o início do mergulho em direção à vulnerabilidade. Pesadas, as pálpebras se fecharam sem dificuldade e a escuridão a recebeu em sua imensidão, enquanto enchia os pulmões de ar com uma inspiração profunda e se empertigava. Seguindo as novas orientações, vasculhava as lembranças à procura de seu lugar de conforto, criando um mapa mental de cada local visitado durante suas buscas por acalento.
Como em um estalo, o registro de seus traços a levou até seu lugar de conforto dentro do castelo. ── Tem essa enorme janela no último corredor na área leste, onde há pouco movimento e é possível ver praticamente toda Hexwood. ── Murmurou baixinho, a rouquidão suave se fazendo presente na voz. Contrariando a indicação de Angus, ela deixou que as palavras despontassem de seus lábios com delicadeza, arrastando-se pelo silêncio. Quase nada podia impedi-la de falar mais do que o necessário, principalmente quando estava tão relaxada. O sorriso se alargou ao pensar no lugar estratégico descoberto durante a infância, relembrando os momentos de placidez e solitude passados nele. ── Gosto de sentar lá e observar a movimentação do alto, e quase sempre perco a noção do tempo. Só vou perceber que escureceu porque vejo meu reflexo no vidro com mais clareza. ── Recordar-se das mudanças observadas naqueles reflexos, no semblante de criança que amadureceu com o passar dos anos a fazia perceber um detalhe sobre o qual nunca havia pensado antes. Seu cenho se franziu ligeiramente, revelando a surpresa que a constatação lhe causava. ── Eu nunca o levei para conhecer esse lugar. ── Adentrando um território arriscado, falava sobre Kaelan, mas sem mencionar seu nome. Um diálogo interno se iniciava, onde tentava concluir exatamente o motivo para que isso tivesse acontecido, para que nunca tivesse visitado o local sob o disfarce de seu alter ego. ── Seria arriscado demais. ── A obviedade da conclusão suavizou novamente a expressão em seu rosto.
Inconscientemente, a linha de raciocínio a fazia se lembrar das diferenças entre Elewen e Kaelan, da realidade que os separava. Não eram a mesma pessoa. Não podiam ser a mesma pessoa. Ele era apenas um personagem. Tendo, por vezes, se perdido no limite que os separava, não conseguiria mensurar a importância daquela conclusão para aquele momento. E quando a água da banheira que a envolvia pareceu se mover, em forma de ondas lentas e ritmadas que massageavam seu corpo, adentrou um novo nível de tranquilidade. Sentia como se estivesse prestes a adormecer a qualquer momento. E os efeitos do afastamento que delimitava de seu alter ego já apresentava seus reflexos, com os fios de seus cabelos começando a assumir tonalidades mais claras, próximas de sua cor original. Seu comprimento longo também se revelava lentamente, formando alguns cachos delicados que cascateavam feito uma moldura em volta do rosto e quase tocavam seus ombros. Faltava pouco.
"Mas isso não é sobre sua sorte ou não, acho que tudo sempre pode piorar. É como dizer que algo não é possível quando sabemos que tudo é possível.", bastava que alguém quisesse fazer ser. De qualquer forma, ele compreendia os receios de outrem, sua hesitação e a duvida que transparecia em suas feições. Era tanto para se considerar. Se Angus se colocasse na posição de outrem, conseguiria compreender com mais clareza, não estava lidando com uma aluna qualquer que tinha cometido um erro durante um processo de treinamento, sim, ele colocaria o uso indevido da magia nesses termos, como um treinamento do que havia aprendido em suas aulas. Estava lidando com uma das filhas do imperador, alguém de relevância, com pontos delicados e tópicos sensíveis. Vulnerabilidade não era o forte da sua família, quer dizer, não era o forte de qualquer khajol orgulhoso - e praticamente todos eram naquele lugar. Seu olhar, acompanhou o outro, desviando para a própria mão que ainda repousava sobre a dela, que a ainda a tocava de forma suave e reconfortante. "Não precisa confiar em mim sempre. Mas é imprescindível que o faça agora, por esse momento, para que tudo ocorra bem.". E diferente da primeira vez, não lhe replicou sobre a questão da razão, não era um ponto no qual deveriam tocar naquela sessão.
Num contido assentir, manteve-se em silêncio, rompendo o toque para que ela finalmente pudesse tomar o chá e assim dessem início ao que foram fazer: desbloqueá-la para que rompesse com a ilusão. Os olhos curiosos e atentos, não conseguia desviar da princesa nem por um momento, absorvendo, retendo cada pequeno detalhe que conseguia perceber em sua expressão, postura e afins. "Sim? O que sente?", perguntou prontamente, só percebendo depois que ela não havia findado o pensamento, que estava prestes a antecipar suas perguntas. O riso divertido cortou o silêncio do espaço, involuntário, mas agradável. Era sinal de que estava funcionando e que a leveza os encontraria, mesmo que aos poucos. "Bem, fico satisfeito com a comparação, mesmo que não fosse isso que eu buscasse, meu deus ficaria orgulhoso.", um chá com gosto de cerveja? Era algo que Baco precisaria conhecer e que, se assim fosse, lhe agradaria ao paladar. "Seu segredo está seguro, princesa, não se preocupe com essas questões. Tente se soltar um pouco mais, sim? Não travar.", era a última coisa que precisavam, que Elewen seguisse lutando com os efeitos da bebida na tentativa de manter o controle das coisas. A última coisa que a garota tinha, era controle, se ela não conseguia perceber isso por si só, perceberia dentro de alguns instantes.
Pronto para iniciar os direcionamentos, Angus se viu travando no momento em que a mão foi tomada pela de outrem. O olhar desviando para o contato abrupto, antes de voltar-se para a íris azuis da garota, enquanto era atingido pelo pedido e o olhar que parecia querer lhe dizer bem mais do que conseguia. Seria realmente um tarefa difícil, soltar as amarras daquela garota. Num suspirar de pesar, ergueu a mão livre em direção ao rosto de outrem, encaixando a palma sobre sua bochecha, o polegar movendo-se numa caricia suave, enquanto os lábios ofertavam um sorriso gentil. "Tem a minha palavra, vossa alteza.", garantiu, cessando o toque para, outra vez, dar continuidade. "Feche seus olhos, por favor, respire fundo e tente limpar seus pensamentos.", preferiu com a voz firme, mesmo que o tom permanecesse suave. "Busque se imaginar no seu lugar de conforto, seu canto seguro, não na minha sala, não comigo. Qualquer lugar que seja apenas seu e que a faça sentir-se bem. Não precisa me falar nada sobre esse lugar, na verdade, não precisa falar nada.", não deveria gastar suas energias em qualquer coisa além de si. "Quando estiver lá, pense em como você se vê, cada pequeno detalhe da sua fisionomia, principalmente seu rosto e cabeça. O contorno do seu queixo, as curvas dos seus lábios, a ponta do seu nariz, seus olhos, sobrancelhas, todo o caminho até seus cabelos. Tente identificar sua imagem e como ela é para você.".
#𝐈𝐈 、 ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ‹ threads. ›#with angus#eu desisto de escrever pouco#mas não desista de mim#to rino do gif kkkkkkk
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EMMA (2020)
dir. autumn de wilde
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Seduzida pela oportunidade de interagir com uma figura tão carismática, foi descomplicado para Elewen abandonar sua leitura, delicadamente dobrando seu jornal para repousá-lo sobre o tampo de madeira. Reconhecendo os apelos irresistíveis de um belo banquete, concordou com o anseio do rapaz, reagindo a ele com uma risada curta que chegava aos olhos e os iluminava. ── Fico feliz que esteja desfrutando da nossa culinária. É tão bom ver alguém tão entusiasmado em saboreá-la. ── Podia notar no comportamento de alguns dos que haviam nascido na fartura e exuberância, o desprestígio ao tratarem como banal tudo aquilo que deveria ser visto como um privilégio. Para a khajol, um pouco de perspectiva sempre seria essencial, mas nem todos se mostravam dispostos a considerar diferentes pontos de vista.
Com o incentivo para continuar com a sugestão baseada em seu gosto pessoal, a princesa mais uma vez estendeu o braço, agora para alcançar outra cesta um pouco mais distante, para posicioná-la entre os dois sobre a mesa. ── Experimente estes. ── Indicou com um gesto os pequenos pães doces dispostos no recipiente, cada um cuidadosamente decora com delicados cristais em tons de cobre, que brilhavam como poeira de ouro contra a superfície perfeitamente bronzeada das massas. ── São bolinhos de canela e outras especiarias, com mel cristalizado por cima. ── Apresentou o sabor que ele logo degustaria, não perdendo tempo em servir como exemplo, agarrando um dos doces para abocanhá-lo sem cerimônia. ── São os meus favoritos quando quero algo doce. ── Também falou de boca cheia, se atentando apenas a ocultá-la com a mão livre, sem esconder o sorriso que se refletia em todo semblante. ── Já me causaram muita dor de barriga e nos dentes durante a infância, mas eu sempre os perdoei pelo sofrimento. O sabor compensa.
a única coisa que tinha convicção que lhe deixaria triste no dia em que finalmente pudessem voltar a wülfhere, fosse em meses ou anos desde que passou a dividir as paredes com os khajols, seria a falta daquela comida no próprio instituto. nunca reclamaria de passar fome, sabia qual era aquela sensação, aquele desespero, e agradecia todo dia por não passar por aquilo desde que se juntou ao exército, mas a pomposidade e ostentação que as mesas de hexwood ofereciam eram de se invejar, sem sombra de dúvidas. a variedade e a riqueza nos sabores que experimentava todos os dias eram tantos que o margauth tinha certeza de nunca ser capaz de se exaurir de experimentar o que aparecesse em seu prato.
agradeceu ao receber a cestinha que havia solicitado, um sorriso pequeno se fazendo aparente enquanto terminava de mastigar. existia certa surpresa em si ao ter o cumprimento retribuído; não seria a primeira vez que um dos nativos de hexwood se recusaria a conversar com ele pelo simples fato de ele ser ele, lhe tocar, então? era um certo fascínio que lhe percorria o corpo toda vez que era relembrado que nem todos ali eram sórdidos. — muito prazer, elewen. entusiasmado é pouco, eu poderia passar dias seguidos aqui sem fazer mais nada, se deixassem. — poderia até ser brincadeira, suas palavras, mas não deixava de ter um certo fundinho de verdade no que proferia. infelizmente muitos empecilhos ficavam no caminho daquela realidade utópica. — canela? gosto sim. na verdade eu gosto de tudo, mas tudo bem. — uma risada baixa escapou seus lábios, um pedaço pequeno de pão escapulindo de sua boca e voando de volta para seu prato. — por quê?
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O entusiasmo que a amiga demonstrava pela sugestão fez Elewen sorrir, batendo algumas palminhas com igual deleite, até se deparar com as indagações que inevitavelmente a levavam a mentir. Não tinha dúvidas de que compartilhar seu conhecimento e habilidade com aquela magia seria uma atividade divertida a fazer com Brianna, mas não ignorava o risco de se aprofundar na ilusão em sua companhia. ── Não. Ainda não. ── Mentiu, com apenas um resquício de remorso lhe amargando o paladar. Nunca seria fácil ter que mentir a quem tanto prezava. ── Da última vez que tentei, meus cabelos ficaram parecendo pêlo de rato molhado, então ainda me falta muita prática. ── A realidade agora era moldada para se adequar a ocultação de seu segredo. Também encontrava conforto em reconhecer que aquela era uma espécie de magia complexa, que levaria algum tempo para ser completamente dominada pela outra, o que justificava a introdução lenta a ela. ── Realmente parece uma ideia tentadora. ── Um sorriso quase malicioso brotou em seus lábios, pois conhecia muito bem as vantagens do anonimato, e era exatamente este o motivo por não conseguir abrir mão da existência de Kaelan. Acompanhava os anseios íntimos da outra, até uma lufada de ar desprender-se de seus lábios em sinal de desdém. Era elogioso que a amiga acreditasse em seu potencial de persuasão daquela maneira, mas talvez tivesse se esquecido da figura que o imperador representava. ── Bri, eu mal consegui convencer meu pai a desistir de me prometer em casamento a um homem três vezes mais velho que eu e que cheirava a vinagre. ── Assim rejeitou a possibilidade, em seguida oferecendo uma possível alternativa plausível. ── Mas, será que não conseguiríamos roubá-la? Quer dizer, alguém deve manter essa receita em algum lugar.
Com os lábios franzidos enquanto considerava as opções Brianna ponderou. Por um lado, estava de fato aplicada em sua ideia de criar uma chuva individual, além de ser uma ideia divertida também poderia ser genuinamente útil eventualmente. Mas sua frustração com a magia já estava tomando conta e ela sabia que não chegaria muito longe com isso naquele momento. Por outro lado o plano de Elewen parecia tão interessante quanto, e ainda aprenderia algo novo. ─ Ok eu preciso muito saber como mudar a cor dos meus olhos! Você consegue mudar outras coisas também? ─ Perguntou com curiosidade real. A ideia de poder manipular a própria aparência parecia muito atrativa para ela desde o baile de máscaras. Poder dançar em público sem a menor chance de ser reconhecida tinha sido mais divertido do que admitiria. ─ Eu tenho pensado um pouco sobre isso desde o baile, queria muito conseguir recriar aquela bebida que deram, lembra? Poder andar por aí sem ser reconhecida parece ser um sonho! ─ Suspirou, pensando nas facilidades que teria. Seus sonhos eram bem menos rebeldes do que dava a entender, só queria poder ter um pouco mais de liberdade do que suas próprias amarras mentais permitiam. Sabia que ninguém se importava com a sua dança ou com o fato de que passava o recesso de Saturnália disfarçada na capital, tricotando gorros e cachecóis para crianças pobres e fazendo trabalho voluntário em orfanatos. Mas ela preferia morrer a ser vista como alguém altruísta, especialmente porque seus hábitos vinham principalmente da vontade completamente egoísta de evitar visitar a família durante o feriado. ─ Você não acha que consegue convencer o seu pai a compartilhar a receita, né? Com algumas modificações para fazer apenas que não nos reconheçam quando a gente tomar… ─ Deixou as possibilidades do que poderiam fazer com tal poder no ar, sem se dar ao trabalho de definir as portas que se abririam caso conseguissem.
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Encontrar compreensão nas palavras da mulher trouxe um calor ao coração de Elewen. Suas interações recentes com outros changelings apenas reforçavam sua convicção de que o mínimo de decência por parte dos khajols era capaz de gerar resultados surpreendentemente positivos, criando uma ponte benéfica entre dois mundos muitas vezes opostos. Era evidente que ninguém ali havia planejado ou sequer imaginado encontrar-se em uma situação tão atípica, mas talvez fosse exatamente por isso que um esforço conjunto para suavizar os efeitos negativos das adversidades fosse tão essencial. ── De fato, eu jamais imaginei estar vivendo isso. E, pra ser sincera, preferia não estar. ── Os olhos de azul cristalino se arregalaram quando percebeu a dubiedade de suas palavras, a levando a apressar-se para tentar consertar o erro. ── Quero dizer, devido às circunstâncias. ── Visivelmente desconcertada, remendou com cuidado. ── Se dependesse de mim, sempre seriam bem recebidos por aqui, mas prefiro que nenhum incidente tão grave ocorra para que uma nova visita aconteça. ── O sorriso cálido concluiu a explicação, permitindo que sua atenção retornasse para o dormitório improvisado e a conversa voltasse a fluir naturalmente.
Mantendo os braços rentes ao corpo, seus pés começaram a passear pelo espaço limitado do quarto, enquanto os olhos percorriam cada canto em busca de detalhes. Não havia muitos, mas a sensação de conforto que encontrava ali lhe trazia certa satisfação. ── Faz sentido… ── Assentiu ao ouvir a menção sobre como a rigidez militar moldava o comportamento disciplinado dos changelings. ── Eu costumava ser desorganizada. Até alguém me dizer que a bagunça no espaço pessoal reflete a desordem mental e emocional. Desde então, mantenho meu quarto impecavelmente arrumado. ── Compartilhou a curiosidade pessoal. ── A desordem mental continua firme, pior a cada dia, mas pelo menos quem visita o meu quarto não percebe isso de imediato. ── As palavras jocosas vieram acompanhadas de um sorriso gracioso. Constatando que os aposentos pareciam confortáveis e supriam as necessidades do grupo acomodado, ainda assim, era difícil para Elewen ignorar a simplicidade que contrastava com o luxo decorativo de Hexwood. ── Você gosta de flores…? ── Arriscou perguntar de repente, mas logo hesitou, seus lábios formando uma linha ao perceber que não sabia como chamá-la. Havia deixado uma brecha intencional, esperando que a changeling aproveitasse a oportunidade para se apresentar.
Havia demorado muito mais do que gostaria para reconhecer as feições da princesa. Culparia a iluminação precária, ou a distância que estava instantes atrás por esse atraso no reconhecimento. "Suponho que sim.", comentou com brevidade, o cordial sorriso ainda mantinha a pequena curvatura no canto dos lábios. Não tinha nada contra aquela a sua frente, jamais condenaria os filhos pelos pecados de seus pais, era o que sempre se dizia, por isso, apesar de compreender que devia ter uma postura mais indiferente diante da garota, Rowena escolheu tratá-la como alguém comum, sem tantos decoros. "Mas eu entendo perfeitamente. Posso falar por mim e alguns colegas, que não esperávamos estar aqui e imagino que o mesmo aconteceu para vocês, não esperavam ter que nos receber.", por ordens do imperador, ainda assim, não era algo que passasse pela cabeça de qualquer um dos grupos, ter o outro em seu espaço, ao ponto de já deixar acomodações previamente construídas. Isso, Rowena conseguia compreender perfeitamente, não era a questão no momento. O que realmente ocupava sua mente, era o motivo da princesa estar tão curiosa assim com os aposentos designados aos changelings. Em sua concepção, não todos, mas a maioria daqueles nobres os depreciavam o suficiente para que não se importassem se eles dormissem no chão duro. Era esse o caso? Averiguar o que tinha nos quartos para reclamar ao pai depois? Não tinha como saber e mesmo se tivesse, Rowena duvidava que sua postura teria sido diferente. "Por favor.", garantiu uma segunda vez, estendendo a mão a frente, dando ainda mais liberdade para que ela explorasse o que quisesse, enquanto os olhos alaranjados seguiam fixos na figura de outrem. "Acredito que sim.", um riso sem humor acompanhou as palavras, "Venho de uma família de militares, senhorita, o que vê aqui dentro é pouco comparado ao que eu realmente fui disciplinada a seguir.", a primeira gaveta da cômoda tinha sempre uma troca de roupa, caso precisasse atender a algo no meio da noite, as botas sempre ficavam aos pés da cama, a espada atrás da porta e uma adaga sob o travesseiro, dentre outras coisas. "Pode olhar o que quiser.".
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Confirmava a declaração feita pela outra. Durante todos os anos de amizade entre as duas, sempre o que encontrou em Freyja foi honestidade, até mesmo durante os momentos em que buscava por uma mentira acalentadora. E, até o fatídico momento em que a viu próxima demais de descobrir seu maior segredo, possivelmente o único que mantinha dela, essa honestidade foi retribuída. Ou assim se enganava em pensar. Recordava de um período no passado onde estivera muito próxima de revelar a existência de Kaelan para a melhor amiga e convidá-la formalmente a participar dessa aventura que vivia na omissão das sombras. Contudo, quando este segredo finalmente se encontrava perfeitamente lapidado e pronto para conhecer a curiosidade da Hrafnkel, toda sua segurança caiu por terra com seu noivado e o problema que ele futuramente representaria para a existência de seu alter ego. E com isso, as mentiras foram se acumulando feito os flocos de neve que cobriam toda Hexwood com seu manto branco. Talvez tivesse sido tolice ou inocência de Elewen acreditar que seria capaz de sustentar aquele segredo por muito tempo, principalmente ocultá-lo da pessoa que melhor a conhecia naquele lugar. O véu que o cobria certamente se tornava mais translúcido diante da tristeza que notava no timbre alheio.
Interpretando o riso sem humor como um prenúncio ao que poderia acontecer em seguida, a princesa apertou os olhos e inspirou profundamente, segurando o fôlego durante os instantes necessários para se recolher e manter a compostura. Sua resistência tornava-se fragilizada ao lidar com alguém que significava tanto para si. As palavras da outra a atingiam como adagas afiadas, ferindo a muralha que debilmente mantinha entre a garota e Kaelan. À medida que a culpa se consumia por estar causando tamanho sofrimento em sua amiga, ela percebia que seria incapaz de respondê-la a altura, de encontrar justificativas para cada erro pelo qual era legitimamente acusada. Sentindo os olhos começarem a marejar e o coração palpitar no peito, decidiu entregar a ela apenas aquilo que estava segura para oferecer. ── Você tem razão, não é justo. ── Movimentando-se com delicadeza, deu as costas para o falcão, criando a coragem de fita-la nos olhos. Contava com eles para revelarem a verdade que reafirmaria. ── Não é justo que fique se perguntando o que possivelmente fez de errado para que isso tudo acontecesse. ── Disse com firmeza. As mãos se uniram diante do corpo, com os dedos se fincaram uns nos outros, em um claro sinal de seu nervosismo. ── A única coisa que eu posso te dizer agora, é que nada disso é sua culpa, Freyja. Disso você pode ter certeza. ── Engoliu seco. Aquela responsabilidade era apenas sua para assumir.
A maior parte do ressentimento de Freyja, algo que muito acontecia quando se sentia especialmente traída por alguém, era difusa em raiva. No caso de Elewen, sentia, além disso, saudade. Passavam os dias juntas quando não eram importunadas pelos irmãos ou decidiam estorvá-los por conta própria. Só de ouvir a voz indiferente e tranquila sentia o incômodo por acreditar que ela não sentia o mesmo e parecia aliviada em ter se afastado. A imagem que tinha da antiga amizade era repleta de melancolia e dúvidas que não conseguia sanar já que a outra não lhe dava abertura alguma para terem um diálogo decente. Freyja havia a procurado mais do que qualquer outra pessoa, fazendo tanta questão, e se sentiu humilhada quando a rejeição veio como um abraço de vidro quebrado. "Nunca fui boa em disfarçar. Sempre soube que minha qualidade e defeito é ser honesta demais." Os lábios quase se curvavam para baixo. A Hrafnkel não era alguém que chorava, mas seus olhos e expressões entregavam de bandeja o reflexo de sua alma. Bufou baixo com a defensiva, não vendo verdade alguma na loira.
Ficou paralisada com a declaração dela, a olhando como se fosse uma atração de circo mal sucecida. Parecia absurdo ouvir que ela realmente valorizava o que tiveram quando tudo acabou em vão e repentinamente. As íris de Freyja ficaram mais azuis ainda, simbolismo de Odin quando precisava de um pouco de coragem para enfrentar o que a perturbava. "Não." Um riso nervoso escapou dos lábios junto com a negativa que fervia dentro de seu peito. "Você decidiu isso, e não a vida. Você deu as costas para mim e nunca me disse a razão. Fiquei me perguntando o tempo todo o que raios tinha feito que te chateou tanto." A mágoa escapava de sua voz, mas o tom não era estridente. Falava tão calmamente que, se não fosse o timbre, pareceria conformada. Conformidade não aconteceria ali e, por Odin, Freyja desejava que não fosse tão apegada a alguém como fora em Elewen, sua primeira amizade verdadeira em toda a vida. Hexwood definitivamente tinha traçado um curso diferente para suas ambições, embora nada tivesse mudado até um único dia, dia esse que bastou para baqueá-las. "Soa maldoso o jeito que fala, como se não tivesse recebido nenhuma das minhas cartas ou fugido pelos corredores, e eu nunca soube o por quê. Não é justo."
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#that was her last straw
BRIDGERTON (2020-) 3.01 "Out of the Shadows"
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saoirse my princess!! 👑
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Despertando sua preocupação, o comentário tecido a respeito da razão que no passado não havia sido conferido a ele não passou imune a sua percepção. Certamente teria se aprofundado no assunto e demonstrado interesse em descobrir um pouco mais sobre o ressentimento que ele aparentava carregar consigo, se não fosse pela urgência de encontrar uma resposta para o seu próprio problema. Não agia com egoísmo ao escolher adiar a questão para o futuro, apenas sabendo priorizar o que era inadiável. Confiando ao rapaz sua atenção plena, continuava a analisar o aroma da bebida enquanto o escutava. Embora sentisse honestidade no que dizia, era inevitável que a insegurança insistisse em acometê-la. Afinal, havia sido orientada a não depositar sua confiança plena em qualquer pessoa. Mas aquele era seu professor, que mal poderia desejar fazer a ela? ── Não conhece minha sorte, Sr. Delaunay. Acredite, sempre pode piorar. ── Foi a única vez que ousou interrompê-lo. Mesmo confiante, Elewen era moderada o suficiente para não se embriagar no otimismo irracional.
Não demorou até que seu receio irremediável retornasse violentamente como uma tormenta, desprendendo um arrepio que percorreu sua espinha. Deixando apenas a Elewen nua e crua no controle das coisas. Um suspiro quase escapou por entre os lábios quando cogitou se levantar e se retirar daquela sala. O que a princesa menos queria era se expor de uma forma tão visceral a alguém com que não nutria o mínimo de intimidade, e que quase representava uma incógnita a alguém que o conhecia apenas como parte do corpo docente de Hexwood. Engolindo seco, seu olhar desceu até a xícara, enquanto as falas do outro tornavam-se algo como borrões em sua mente. O contexto geral das reafirmações eram compreendidas, mas algumas palavras se perdiam em meio à sua indecisão. O som da voz de Angus apenas se fez clara, no momento em que sentiu o toque delicado sobre a mão. Agora era para o gesto alentador que sua atenção se voltava. Com a pele alva se aquecendo na região, decidiu se lançar bravamente contra o risco. ── Vou confiar em você e em mim. ── Falou por impulso, sem deixar abertura para recuar da decisão. Naquele momento, não tinha o luxo de recusar uma mão amiga que se estendia para si. ── Afinal, teve razão até aqui. ── Sutilmente enfatizou a palavra, uma clara referência ao momento breve de fragilidade alheia durante a conversa, com um sorriso delicado de cumplicidade nos lábios. Havia chegado o momento de saltar em direção ao inexplorado.
Com uma respiração profunda, recolheu toda sua coragem, timidamente começando a ingerir o chá com bebericadas hesitantes. Ao sentir o sabor convidativo se espalhar por toda a boca, assim como o calor que a acalentava, encontrou determinação para finalizar toda a bebida com um único gole. Percebeu lhe faltar fôlego enquanto limpava os lábios com a as costas da destra. ── Acho que já sinto algo... ── Disse, tendo a impressão de que algo em seu interior parecia serenar. Atenta a cada nova sensação que pudesse captar, permaneceu em silêncio pelos instantes seguintes, então arqueando as sobrancelhas de repente. ── Oh, parece melhor do que cerveja. ── Um sorriso fugaz atravessou seu semblante, desvanecendo no segundo seguinte. As revelações já começavam. ── Por favor, não revele a ninguém que eu já bebi cerveja. ── Claramente ainda não havia atingido o nível de vulnerabilidade necessária para continuarem. A mão, que antes tocava a sua em conforto, agora era envolvida firmemente por seus dedos finos, capturando a atenção dele para o pedido que faria. ── Aliás, Sr. Delaunay, pode me prometer que nada do que for dito aqui sairá dessa sala? ── O medo transparecia no olhar que suplicava por sua compreensão e cumplicidade, sem a necessidade de precisar entrar em detalhes. Havia o risco de acidentalmente revelar seu segredo durante o estado de transe no qual parecia estar mergulhando, mas não anteciparia um erro que ainda poderia ser evitado.
"Razão.", repetiu acompanhado de uma curta risada, "Não é a palavra que costumavam usar comigo, mas bem, acho que tenho mesmo, principalmente nesse caso.", observou, não queria remoer ainda mais a situação, ou continuar apontando o erro de outrem, pois estava muito cedo para essas coisas e ele não era bem o tipo de pessoa que ficava dando sermões por aí. Era mais tranquilo, compreensivo e compassivo, na verdade. Suspirou, por fim, preferindo encerrar de uma vez as criticas que poderia tecer a mais nova e apenas seguiu o destino da sala. Ele conseguia perceber a relutância nos olhos de outrem, a confusão em seu semblante. Ele mesmo não tomaria uma bebida ofertada por outra pessoa, mas ele não era qualquer estranho, e tinha sido procurado para que a ajudasse, então, teoricamente, ela não deveria estar tão receosa assim.
"Exatamente, exatamente, eu não vou conseguir dizer.", o que não era de todo mentira, existia uma mistura de ervas naquele chá, mais de sete, provavelmente, e ele não lembraria do nome de todas. "Mas posso lhe garantir que não fará mal algum e não vai deixar sua situação pior do que já está.", o que, mais uma vez, não era mentira. A bebida teria o efeito de deixá-la mais confortável, leve e susceptível ao que Angus dissesse, seu intuito era guiá-la pelo processo de limpar a mente, tirá-la do campo nublado das ideias e colocar no campo cinzento, talvez, Angus gostava de pensar que o campo cinzento era um equilíbrio entre o confortável e o desconfortável. "A ideia é que não ofereça resistência as minhas sugestões e encaminhamentos. Pense nisso como algo para derrubar as travas do seu consciente e inconsciente, deixando apenas a Elewen nua e crua no controle das coisas.", era como oferecer para ela o lugar no volante, mas com ele de copiloto.
"Entendo sua preocupação. Quer dizer, eu também ficaria desconfiado, mas acredite, eu não fico oferecendo as coisas boas por aí.", e com coisas boas, ele se referia as substâncias mais pesadas, que realmente mexiam com a psique. Com essas, Angus costumava ser mais cauteloso e, também, costumava participar do momento, o que claramente não era o caso, visto que tinha levado apenas a xícara de outrem. Como forma de deixá-la um pouco mais segura, a destra foi levada até uma das mãos que segurava a xícara, um toque suave, superficial, mas que demonstrava sua presença. "Eu poderia pedir para que confiasse em mim, dizer-lhe que vai funcionar com certeza. Mas não tenho essa certeza também.", infelizmente, "O que posso pedir é para que confie em você e que se entregue ao processo. Quem sabe assim, possa despertar com seus cabelos no tamanho habitual, uhn?", um carinho suave era deixado na mão de outrem durante todo o discurso. Se não conseguisse convencê-la nas palavras, que o fizesse com a mínima sensação de conforto, ou de segurança ilusória.
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