#Significado das Mandalas
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#Simbolismo Artístico#Cores e Emoções#Criatividade#Psicologia das Cores#Terapia de Cores#Simbolismo das Cores#Significado das Mandalas#Espiritualidade#Mandalas#Arte Espiritual
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Desde a antiguidade, o som e a vibração são reconhecidos como elementos fundamentais para a compreensão da harmonia do universo. Os antigos sábios e místicos entendiam que tudo no universo está em constante movimento e vibração. O som, como forma de vibração, era considerado uma força criativa que sustenta toda a existência.
A relação entre som, vibração e desenhos geométricos pode ser vista nas formas das rosetas e nos padrões cimáticos. Rosáceas são janelas com desenhos radiais encontradas em catedrais góticas e outros lugares sagrados. Estes designs baseiam-se em proporções geométricas precisas e harmoniosas, que criam um efeito visual deslumbrante.
Por outro lado, os padrões cimáticos referem-se às formas geométricas que se formam quando uma substância, como areia ou líquido, é exposta a diferentes frequências de som. Esses padrões cimáticos revelam a influência do som na matéria, criando belas estruturas simétricas que lembram mandalas, flores e flocos de neve.
A conexão entre rosetas e padrões cimáticos reside na compreensão de que o som e a vibração podem gerar padrões visuais na matéria. Esses designs são um testemunho tangível de como o som pode afetar a nossa realidade física. O conhecimento antigo e místico da harmonia do universo foi transmitido ao longo dos séculos através de várias formas de arte, incluindo mandalas e desenhos de templos espirituais. Estas representações visuais estão imbuídas de simbolismo e significado espiritual, e a sua criação incorpora princípios de harmonia, equilíbrio e ressonância.
No contexto da terapia sonora e vibratória, compreender a relação entre as rosetas, os padrões cimáticos e a harmonia do universo é de extrema importância. A terapia do som usa o poder do som e da vibração para influenciar nosso estado físico, mental, emocional e espiritual. Ao nos expormos a frequências sonoras específicas, seja através de instrumentos musicais, canto harmônico ou taças cantantes, podemos experimentar mudanças profundas em nosso ser. Esses sons harmônicos podem ajudar a equilibrar nossas energias, reduzir o estresse, promover relaxamento profundo e facilitar a cura a nível físico e emocional.
Os padrões cimáticos, vistos nas figuras formadas pelo Cymascope, mostram-nos visualmente a influência do som na matéria. Estes padrões nós lembram que as nossas células, tecidos e órgãos estão em constante vibração e que a exposição consciente a sons harmónicos pode restaurar a coerência e o equilíbrio do nosso ser.
Ao integrar conhecimentos antigos sobre a harmonia do universo e os princípios da terapia sonora e vibratória, podemos experimentar uma transformação profunda em nossas vidas. A ressonância harmónica gerada pelo som nos permite conectarmos com a nossa essência mais profunda, restaurar o equilíbrio, a vitalidade e nos abrir a níveis mais elevados de consciência e espiritualidade.
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ㅤㅤ ❝ um estudo nas tatuagens de hella!ㅤㅤ ⸻ ㅤㅤ13 tattoos, e contando . . .
ㅤㅤ as iniciais. ㅤㅤ ⸻ ㅤㅤforam as primeiras tatuagens a serem feitas, um conjunto de quatro iniciais espalhadas pela parte superior do corpo. nas costas possui um E simbolizando einar, o nome do pai. entre os seios possui um R, na mesma fonte, simbolizando ragna, a mãe. em cada um dos braços tem um S e um V, simbolizando sven e vern, os irmãos. fez aos dezoito anos como uma forma de gravar a família na pele; a ideia inicial era escrever o sobrenome da família nas costas, porém as iniciais pareceram mais individuais.
ㅤㅤ o coração flamejante de r'hllor. ㅤㅤ ⸻ ㅤㅤcomo fã de todo o universo de uma canção de gelo e fogo, acabou tatuando o coração de r'hllor nas costas, pouco abaixo da inicial do pai, porque o significado do deus na história lhe chamava atenção: a purificação pelo fogo, a luz que sempre se acende. para si, foi a marca de que sempre existe uma solução.
ㅤㅤ o carneiro. ㅤㅤ ⸻ ㅤㅤna mão esquerda, perto do pulso na parte de cima, fez um carneiro simplesmente por ser o animal representante do seu signo, áries. no entanto, não foi como é usado na astrologia e sim com um traço remetendo à antigas figuras escandinavas.
ㅤㅤ a naja. ㅤㅤ ⸻ ㅤㅤa tatuagem mais irônica, visto que hella tem fobia de cobras, porém para si simboliza enfrentar seus medos a fim de ser uma pessoa mais forte. além de ser o símbolo de loki, o deus nórdico do qual tem extrema importância na sua história.
ㅤㅤ a mandala. ㅤㅤ ⸻ ㅤㅤé uma tatuagem que não tem nenhum significado profundo, como hella sempre gosta de ter em tais gravações na pele. acabou nascendo de uma aposta em uma das pouquíssimas festas que foi, com os amigos da universidade, e sequer se lembra o que foi apostado. só se recorda de ter bebido muito, usado coisas que não fazia ideia da procedência e algo com piscina. no outro dia, acordou com as amigas lhe levando para fazer a tal tatuagem. ao menos não foi nada feio ou esquisito.
ㅤㅤ a flor, a abelha e os arabescos. ㅤㅤ ⸻ ㅤㅤas tatuagens conversam entre si porque nasceram da ideia de representar o jardim da sua tia, local onde foi criada e que, até hoje, ainda lhe traz boas lembranças. começou com a flor no braço, algo meio clichê, e por isso adicionou a abelha nas costas e os arabescos para trazer mais do conceito geral.
ㅤㅤ “twenty two”. ㅤㅤ ⸻ ㅤㅤ2022 foi um ano complexo, mas recompensador porque foi quando a sua carreira realmente começou a decolar e sua arte passou a ser admirada. a ideia inicial era tatuar apenas uma tela de pintura em branco, porém com o tempo preferiu escrever o número vinte e dois por extenso para combinar com as demais tatuagens.
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Se você já se pegou observando aquelas formas hipnotizantes e coloridas chamadas mandalas e ficou se perguntando o que elas significam, você não está sozinho!
Elas são misteriosas, belas, e há algo nelas que simplesmente atrai nossa atenção. Mas mandalas não são só um desenho bonito – elas carregam consigo histórias milenares, significados profundos e até benefícios para nossa mente.
Vamos embarcar juntos nessa jornada pelo mundo das mandalas? Acomode-se, relaxe e aproveite essa leitura!
Ao final você poderá fazer o download de uma linda mandala para imprimir e colorir.
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A mandala é, originalmente, um círculo que contém em seu interior desenhos de formas geométricas, figuras humanas e cores variadas.
São encontradas em religiões como o budismo e o hinduísmo, bem como na cultura de tribos indígenas norte-americanas como os Sioux.
Significado da Mandala
A palavra mandala significa círculo em sânscrito e é considerada como um símbolo de cura e espiritualidade. Para os hinduístas e budistas, a mandala ajuda na concentração da prática meditativa e é comum encontrá-la nos templos dessa religião. Mandala colorida e com formas geométricas As mandalas tibetanas são feitas em areia e requerem um longo tempo de preparação. Não há um padrão de decoração para o interior das mandalas e por isso, há mandalas que trazem a figura de Buda, enquanto outras mostram apenas figuras geométricas.
A Mandala para os Povos Originários Americanos
Entre os nativos americanos, acredita-se que a mandala tenha o poder de proteger e afastar os maus sonhos e espíritos malignos. Por isso, também recebe o nome de filtro dos sonhos.
Uma antiga lenda indígena conta que uma mãe não conseguia que seu filho dormisse à noite. Por isso, procurou ajuda da curandeira da tribo que a recomendou fazer um círculo com um labirinto dentro e o pendurasse. A mãe o fez e a criança pôde dormir tranquila, pois os sonhos maus ficaram presos no emaranhado de linhas.
A Mandala no Cristianismo
Embora não seja usado para fins de cura, as mandalas estão presentes no cristianismo. As rosetas das catedrais góticas podem ser consideradas mandalas. O fato de este símbolo estar disseminado em tantas culturas reflete o significado que o círculo tem para o subconsciente. Como não é uma forma geométrica encontrada na natureza, traduz perfeitamente a ideia de perfeição que os seres humanos pretendem alcançar.
A Mandala na Psicologia
A mandala também foi utilizada pelo estudioso suíço Carl Jung (1875-1969) para explicar a psiquê humana. Jung fazia uma analogia entre a composição da mandala e os três níveis de consciência que temos. O ponto central da mandala é identificado com o self, a essência do nosso ser, do qual tudo converge ou irradia. As primeiras figuras da mandala seriam o inconsciente pessoal e, finalmente, as bordas mais afastadas seriam o inconsciente coletivo. As mandalas são um recurso didático utilizado por vários professores de arte, história e matemática, pois este símbolo serve para ensinar vários tópicos tais quais:
formas geométricas; cores; diferenças de tamanhos; conjuntos;
percepção visual; história da arte; história das religiões.
Confeccionar a mandala permite o aluno exercer sua autonomia e individualidade, deixando sua marca pessoal. É interessante montar uma exposição com as obras do estudantes a fim de mostrar a diversidade de cada turma. Da mesma forma, alguns educadores usam a mandala para turmas consideradas muito agitadas devido ao poder apaziguador que a realização deste desenho contém.
Benefícios da Mandala
Os benefícios de fazer e pintar uma mandala são muitos. Aquele que a confecciona fica concentrado numa tarefa específica e assim pode canalizar sua atenção. Dessa forma, entra num estado de concentração comparável ao transe místico. Igualmente, o mesmo tipo de foco que acontece com os atletas e músicos quando estão empenhando suas funções. Além disso, o autor exercita sua criatividade e seu poder de decisão ao lidar com a escolha de cores e padrões geométricos distintos. Desta maneira, a mandala vem sendo utilizada para tratamentos em patologias como déficit de atenção, depressão, estresse e como terapia ocupacional.
Obs: Nas imagens alguma mandalas e filtros dos sonhos feitos por mim há alguns anos atrás...
Bom final de tarde!
Paz, luz e bem! Lucas Lima
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Bastidores: Como criei meu calendário Roda do Ano
Olá!
Hoje vou aproveitar o #tbt e compartilhar meu primeiro post da tag #bastidores com o objetivo de compartilhar meu processo criativo e de produção também. Este fim de semana tem pré-venda do meu calendário Roda do Ano 2021 - acima na foto - então vou contar um pouco da história desta minha produção!
Desde 2016, quando comecei a postar periodicamente nas redes sociais o meu trabalho, tenho interesse em produzir minha própria papelaria. Para quem me acompanha, já deve ter notado meu fascínio pelo universo, pela magia e a conexão com a natureza e eu quis transpor isso na minha produção gráfica. Minha primeira experiência com Calendários foi em 2017, quando lancei o Calendário Cósmico 2018, que contava a cada mês o surgimento do universo até a vida da terra, baseada nos estudos do pesquisador e divulgador científico Carl Sagan. (NERD ALERT XD).
Meu primeiro calendário na vida, #tbt real aqui!
Depois dessa experiência perguntei em pesquisa pelo instagram qual o tema favorito para fazer o Calendário de 2019, continuar na linha anterior ou elaborar algo mais ligado a magia? Por muito pouco, a magia venceu!
Então, eis que nasce o Roda do Ano. Baseado nos ritos antigos do pré-cristianismo, esse calendário guia suas datas festivas pela transição das estações do ano e lunações.
A primeiríssima edição do Roda do Ano. Num formato menor e simplificado.
Mas pera lá, que festividades são essas?
No Roda do Ano existem dois tipos de principais celebrações que será recordada a cada mês. São eles: sabbat e esbat.
Começaremos pelos sabbats
Spoiler da edição deste ano!
Originalmente o mito antigo da Roda do Ano demarca apenas oito festejos que demarcam os momentos considerados mágicos e poderosos da natureza: solstícios e equinócios do ano. Estes são o que chamamos de sabbats. O nascimento destes ritos pode ser facilmente associado a observação da natureza e do cuidado com a colheita, responsável pela sobrevivência desses povos. Mas hoje, apesar de termos nos afastado muito dessa experiência, urbanos que somos, para mim essas celebrações possuem um significado simbólico de reconexão com o mundo a nossa volta, através da natureza.
Vamos então a cada celebração:
Mabon representa o equinócio do Outono; Yule, o solstício de Inverno; Ostara representa o equinócio da Primavera e Litha, o solstício de verão. Estes são os sabbats pequenos.
E os grandes sabbats estão conectados com o ápice (e declínio) de cada estação. O Samhain representa o auge do Outono e é a virada da Roda do Ano, quando nos aproximamos do Inverno, que chegará em seu auge no Imbolc. Depois deste momento de estações com temperaturas mais amenas, a primavera chegará e seu auge será comemorado no Beltane. E então chegaremos ao fim do ciclo solar (e auge do Verão) com o Lammas.
Na mandala da capa da edição deste ano, inclusive, há um item referenciando cada um deles! Volta na imagem do início deste post ♡
É claro que para quem estuda e pratica ritos mágicos, as celebrações contam uma história da Deusa e do Deus, além de possuírem simbologias com nossos próprios ciclos. Mas eu vou deixar os estudos bruxescos e aprofundamentos para próximos posts do meu Roda do Ano 2021, assim que disponibilizar na loja!
E voilá, vamos ao esbats!
Detalhes dos wallpapers festivos que disponibilizei para alguns esbats pelo ig
Esbat deriva da palavra esbattre (do francês antigo) que tem como significado alegrar; divertir. Com base nas minhas leiturinhas, os esbats são festejos mais simples, para celebrar a lua, compreender e aprender o que suas fases dizem sobre nós mesmos. Como no mito da Roda do Ano, apenas há oito festejos, decidi trazer todos os esbats, tanto para os meses sem festividades demarcadas como também para falar de cada lunação do mês! São trezes as luas de prata celebradas, mas como estas não tem datas definidas, optei por selecionar o dia da primeira lua cheia a cada mês.
Quais aos esbats de cada mês?
Em janeiro, seremos iluminados pela Lua da Benção. Em fevereiro, surge ao céu a Lua da Colheita. Em março, festeja-se a Lua da Cevada. Lua do Sangue em Abril. Lua Escura em Maio. Para junho, a Lua do Carvalho. Julho, Lua do Lobo. Em agosto, teremos a Lua da Tempestade. Setembro, Lua dos Ventos. Em Outubro, brilhará a Lua da Semente. Novembro, a Lua da Flor. E em dezembro, a Lua Brilhante.
A 13ª lua é chamada de Lua do Vinho, mas como eu considero o festejo esbat uma celebração da lua cheia, em 2021 não teremos nossa 13ª lua e ela será lembrada de outra maneira. (Lembrando que estes são meus conhecimentos bruxescos, em constante construção e evolução, se você tiver outra percepção, fique a vontade para partilhar, com respeito e empatia!)
Notei que cada esbat também está conectado a fase da natureza pela qual passamos e se relaciona com a celebração de cada sabbat. O nome de cada lunação é relacionado com a estação do ano. Se a natureza passa por um eterno ciclo, também passamos junto com ela, as luas do Outono e do Inverno são interpretadas como momentos de intimismo e reflexão, mas logo, a natureza renasce e floresce e a vida voltará a reinar sob o calor da primavera e do verão. Podemos celebrar, colher os frutos plantados e nos preparar para o ciclo que se renova.
Mas minha percepção mais profunda e de como considero sua relação comigo mesma, contarei melhor também ao longo do ano e dos meus estudos.
2019 já vinha sendo um ano muito difícil para mim, em meio à mudança (Back to Bahia) e a escrita do meu tcc, não fui capaz de lançar meu calendário em 2020. Então, inspirada na beleza e na simplicidade dos ritos de esbat, resolvi ilustrar cada lua e ofereci como um presente de ano novo a todos meus seguidores. (Nunca imaginei como esses pequenos cuidados fariam tanta diferença neste ano)
esta foi a versão para desktop disponibilizada gratuitamente! aproveita ☽
Este ano foi longe de ser um momento fácil, para mim estar em isolamento social foi um aprofundamento em mim e em minha relação com o mundo que me cerca. Mas, 2021 é uma promessa para mim.
Então, neste final de semana, finalmente lançarei minha pré-venda do Roda do Ano 2021. Produzido com minha irmã, Fabiana Carvalho, que estuda Cosmética Natural, o calendário deste ano ilustrará cada um dos festejos de equinócios, solstícios e lunações e trará no verso de cada mês uma receita de autocuidado e minha percepção do momento evocado pela natureza ao nosso redor.
Detalhe de uma das receitas ligadas às festividades da natureza.
O que dizer? Estou muito feliz por ter realizado esse trabalhão apesar deste ano caótico. E conto com o apoio de vocês na minha jornada enquanto artista independente. ♡
Fica de olho, que o final de semana promete! Curta, compartilhe, compre de quem faz!
Para reservas: [email protected] ou DM no meu instagram: @fawcarvalho
#Bastidores#FawCarvalho#Calendário#Shop#Lojavirutal#Bruxa#Witch#Calendar#Papelaria#Stationary#Ilustração#Illustration#TBT
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O Movimento Trance Psicodélico
Trance é uma palavra inglesa que significa transe ou êxtase, experiência definida por estados alterados/elevados da consciência, induzidos pela meditação ou pela estimulação dos órgãos sensoriais do organismo.
O termo “psicodélico” foi criado pelo psiquiatra canadense Humphry Osmond, em 1953, sendo posteriormente adotado pelo movimento político-cultural dos anos 60. Uma das definições, feita por Carneiro em 1994 é:
“Como expressão da contracultura, o movimento hippie (psicodélico) representou uma defesa política da autonomia sobre a intervenção psicoquímica voluntária contra a política oficial do proibicionismo estatal que retira do indivíduo o direito de escolha sobre a estimulação química do espírito”
Evolução da música psicodélica
Durante a evolução do movimento psicodélico nos anos 60 e 70, quando os jovens se “rebelaram contra a sociedade e reivindicaram a extensão dos direitos de livre-disposição do corpo e de autonomia sobre si próprio”, muitos jovens foram em busca dessa liberdade.
Os jovens hippies fugiram da vida nas cidades industriais, buscando integração e harmonia com a natureza, escolhendo Goa, na Índia, como local para realizarem suas festas psicodélicas nas areias das praias, com trilhas sonoras que iam de Janis Joplin a Pink Floyd, fazendo uso do LSD (ácido lisérgico) e muita experimentação musical. Estes jovens, ao adotar uma posição contrária ao sistema, promulgaram formas de vida alternativas e contraculturais, opondo-se aos valores dominantes na sociedade capitalista, como o trabalho, dinheiro, materialismo, conformismo, burocracia, propriedade privada, repressão, segregação racial, distinção de classe social, etc.
No início dos anos 70 ocorreram em Goa as primeiras free-parties, tornando-se conhecidas mundialmente a partir dos anos 80. Nos anos de 86 e 87, dá-se início às primeiras free-parties européias em Ibiza, na Espanha, coincidindo com a explosão da acid house (estilo de música eletrônica).
O estilo musical Goa Trance (precursor do Psy Trance) surgiu no início dos anos 90 em Goa, com base nos efeitos do Acid House, sendo um dos pioneiros o artista Goa Gil. Sua evolução surgiu da mistura de gêneros musicais como New Beat, New Wave, Electro e Rock psicodélico, resultando em uma ressonância que levava os ouvintes a estados elevados da consciência.
Grande parte dessa cultura inclui elementos do hinduísmo, budismo e xamanismo, fazendo referência à India, berço do trance. O trance psicodélico que conhecemos atualmente deriva diretamente do Goa trance, desenvolvendo-se a partir de sons únicos e complexos com características específicas. À sua poderosa base rítmica juntam-se elementos eletrônicos e 2 Free-parties são festas ao ar livre em que a entrada é livre.
Festas e festivais de trance psicodélico
Os Festivais de Trance Psicodélico são celebrações multicoloridas preparadas pelos amantes da cultura psicodélica, os neo-hippies. Os neo-hippies são a evolução dos hippies dos anos 60 e 70, porém, houve uma constante renovação tecnológica na música, na computação gráfica que contribuiu com as artes, que antes eram somente estáticas e agora são animadas, e na qualidade dos aparelhos de som. Contudo, a ideologia psicodélica é a mesma. As festas de “psytrance”, surgiram há mais ou menos 20 anos no Brasil, porém o investimento em arte e cultura são encontradas nos festivais deste mesmo estilo de música.
Em entrevista para Nascimento (2005), Dario, organizador do festival de trance psicodélico “Universo Paralello”, realizado anualmente na praia de Pratigí, na Bahia, diz que o objetivo do festival é despertar as pessoas para a ilusão causada pela engrenagem gerada pelo sistema controlador que manipula toda a sociedade e, com isso, contribuir para um mundo com mais preservação, mais cultura e mais respeito entre as pessoas.
As festas trance são celebrações onde se atravessa diferentes estados espirituais sob o efeito estimulante das cores, luzes e movimentos, sendo realizadas em lugares considerados centros energéticos, como praias, florestas, ruínas, etc. A decoração alude a divindades totêmicas, egípcias, pré-hispânicas, hindus, psicodélicas e cósmicas. A característica principal dessas festas é que elas não se baseiam apenas na música, incorporando também elementos locais e ancestrais, e criando, dessa forma, todo um movimento cultural em que se baseia o conceito e planejamento do evento, em uma atmosfera de tolerância e aceitação. A organização de uma festa trance é, portanto, semelhante a um ritual, onde o elemento primordial é a harmonia entre as pessoas, para que assim se possa alcançar os estados elevados da consciência, convertendo-se a festa em um ser vivo e inteligente, em completa harmonia com a natureza e o cosmos.
Por trás dos festivais de trance psicodélico existe um “Movimento Global da Cultura Psicodélica”, envolvendo a música, a dança e o uso de variados tipos de psicoativos, buscando através da arte, do conhecimento e da espiritualidade, ampliar a consciência das pessoas para atitudes e sentimentos de amor, paz, união e respeito.
A estrutura de um festival envolve: chill-out, local de descanso com música ambient; a pista de dança e a decoração psicodélica “que envolve muitas cores, símbolos, formas geométricas, e luzes fluorescentes. E também acontecem as projeções de imagens visuais, podem direcionar a experiência, pois colocam as pessoas em contato com muitos simbolismos e mensagens implícitas através das imagens e formas”.
Todos esses elementos podem ser pensados como direcionadores das experiências transcendentes que ocorrem quando se faz uso de substâncias psicoativas, as mais usadas entre os participantes são: o cacto São Pedro, o Peiote (mescalina), cogumelos, várias espécies de cannabis, a ayahuasca (chá), e também o DMT sintetizado.
A arte psicodélica em transformação
O artista Marcelo Jaz, em entrevista para Nascimento (2005) durante o festival Universo Paralello, aponta o movimento psicodélico como um movimento estético e artístico. O código estético é baseado na amizade entre todos os participantes do movimento, na preocupação com o planeta, com o corpo, com a mente, com o espírito, enfim, são pessoas com um nível de comunicação mais sensível, mais predispostas ao diferente.
A estética concebida durante os festivais vem do sentido original do termo, aisthètikos, de aisthanesthai, “sentir”. Portanto, este estado trata-se de um transe de felicidade, de uma emoção, uma sensação de beleza, de admiração, de verdade e, no parodoxismo, de sublime. Essa estética aparece tanto nas artes e nos espetáculos (música, canto e dança), como também nos odores, no paladar, na natureza, no encantamento diante do espetáculo da natureza, como no nascer e no pôr do sol.
Seguindo com o artista Marcelo Jaz, que faz a decoração do Festival Universo Paralello, diz que suas referências são retiradas do eletrônico, do cibernético e da natureza, fazendo uma analogia entre a cidade e a natureza. Além trabalhar com símbolos que contenham significados intrínsecos.
Ao pensar no movimento trance como expressão de uma ‘cultura estética’, pode considerá-lo como proposta de uma nova realidade. Na qual, a natureza e o mundo objetivo não são mais experimentados como um domínio sobre o homem (tal como na sociedade primitiva), nem como dominados pelo homem (como na civilização atual); mas pelo contrário, são experimentados como objetos de ‘contemplação’ que libertam o ser humano da escravidão, transformando-o em livre manifestação de potencialidades.
Nos festivais de trance psicodélico as pessoas podem jogar com suas potencialidades, podem trabalhar com seu corpo, com a sua imaginação. Para isso são oferecidas oficinas de arte, como mandalas, massinha, malabares, entre outras. Além de acontecerem performances na pista de dança. Priscila, uma das organizadoras destas atividades no festival Universo Paralello, relata que nestes festivais as pessoas podem ser elas mesmas, podem ser personagens, seja numa roupa, seja numa performance, trabalhando e jogando com a imaginação interior de cada uma delas.
Os festivais são uma “forma de resistência poética à civilização atual, uma maneira de dizer não à economia, ao tempo, às leis, ao mundo material, à igreja; e entregar-se à magia, ao imaginário, ao mito, ao jogo, ao rito, e a tudo o que está enraizado nas profundezas do ser humano”.
As imagens utilizadas nos elementos artísticos dos festivais remetem a uma ”viagem interna”, voltada para o psiquismo e para os registros ancestrais contidos na mente humana, os quais dizem respeito ao inconsciente coletivo da humanidade. Vão desde simbologias de diversas religiões e crenças mundiais, além de outros elementos da natureza, tecnológicos, passando a mensagem de que cada um é cada um com suas crenças, até imagens que dizem respeito à relação do homem com a natureza e com a animalidade, mostrando que tudo o que existe está de certa forma interligado por uma energia que muitas vezes vai além da compreensão humana. A arte, portanto, ainda remete atualmente ao que os seres humanos possuem de mais primitivo e arcaico.
E por fim…
Os precursores do movimento psicodélico no Brasil trabalham grupalmente para desenvolver a consciência ecológica, a arte, a cultura e a espiritualidade. Nesse contexto, buscando finalizar um tema que por si mesmo é infinito, visto que a música é infinita, a dança é infinita e o uso de psicoativos é infinito enquanto existirem seres humanos nesse planeta.
“Cabe dizer que o uso de substâncias psicoativas nos Festivais de Trance Psicodélico dizem respeito à liberdade de experimentar o corpo, a mente e o espírito em suas diversas possibilidades”.
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Gestalt
Psicologia
A Psicologia da Gestalt é uma das tendências teóricas mais coerentes e coesas da história da Psicologia. Seus articuladores se preocuparam em construir não só uma teoria consistente, mas também uma base metodológica forte, que garantisse a consistência teórica.
O que é?
A Gestalt é uma teoria fundada pelo psicólogo Max Wertheimer como uma pesquisa de orientação, compreensão e interpretação da nossa visão e da forma como enxergamos as coisas.
Segundo a Gestalt, ao observarmos um objeto, primeiro o compreendemos como um todo, antes de notar seus elementos separadamente. De todos os princípios da Gestalt, essa é premissa básica da teoria, a Lei da Pregnância.
1. Pregnância
Na pregnância da forma temos a lei básica da Gestalt, que diz que os componentes de uma forma se agrupam, se aproximam e se assemelham em harmonia. Por isso, aqui também há uma variação em grau: quanto maior a legibilidade de um texto, por exemplo, maior é a sua pregnância (levando em consideração a cor do texto, a cor do fundo, a tipografia utilizada…).
2. Unidade
A unidade representa, na Gestalt, a interpretação de um elemento como o todo, ou de uma composição de elementos que são parte do todo. Visualizamos a unidade através da relação de uma composição: uma rosa, por exemplo, é uma unidade (a flor por si só), formada por diversas outras unidades (cada pétala).
Como segunda lei dos princípios da Gestalt, a lei da unidade é essencial na criação, pois se faz presente na organização e disposição de elementos, permitindo composições originais e criativas a partir de unidades já existentes.
3. Segregação
Na segregação passamos a separar as unidades por cores diferentes, formas bem delimitadas por linhas, texturas, volumes, entre outros elementos. É uma atividade natural ao nosso cérebro dividir imagens em suas partes, como quando observamos uma fotografia e a dividimos em elemento principal, elementos secundários, fundo, etc…
4. Proximidade
Com os conceitos de proximidade, agrupamos elementos que estão próximos e criamos unidades de um todo ou o próprio todo. Fachadas de construções costumam criar essa sensação de proximidade, quando dividimos suas partes por aproximação: o corpo, o telhado, a chaminé, etc…
Os designers utilizam muito o princípio na criação de identidades visuais, principalmente em tipografias e elementos que, em tese, seriam comuns, mas com um recurso simples se tornam vários elementos. O resultado geralmente se torna uma unidade sólida e criativa.
5. Semelhança
A semelhança e a proximidade conversam entre si e tendem a criar a ideia de unidade. Mas na semelhança buscamos por elementos que se assemelham em algum grau para isso: seja pela cor, pela forma, pela direção ou qualquer outra característica.
Em um emaranhado de objetos, se o criativo deseja que o receptor da mensagem identifique grupos de elementos mais facilmente, ele deve prezar pela igualdade de tons e formatos entre as unidades. A semelhança é também utilizada para criar formas a partir de outras formas.
6. Unificação
Quando observamos elementos visuais semelhantes em harmonia em uma ou mais formas criamos a sua unificação. Essa lei pode ser alterada em grau pela maior ou menor incidência de elementos correspondentes. De maneira geral, figuras simétricas tendem a representar bem o conceito de unificação, pois mantêm um padrão estético em sua estrutura.
Um exemplo de unificação perfeita são as mandalas, que utilizam na proporção balanceada dois princípios da Gestalt – semelhança e proximidade – para criar composições simétricas e agradáveis.
7. Continuidade
A prioridade da continuidade é estabelecer sempre a melhor forma possível aos olhos. Há inúmeros exemplos concretos de aplicação da lei da continuidade: a arquitetura de edifícios, escala de cores, estradas, diagramação de textos em revistas e livros.
8. Fechamento
No fechamento obtemos a construção de uma figura através do fechamento de seus elementos constituintes, ou seja, as partes de um todo se dispõem de maneira a criar uma nova estrutura visual. Um exemplo no design de marcas é o logotipo da Mitsubishi, em que são vistos triângulos nos espaços vazios entre os losangos que compõem a marca.
Referências
BOCK, Ana Maria. Psicologias. Uma introdução ao estudo de psicologia. São Paulo: Saraiva, 2004. pág.50-57.
https://blog.revendakwg.com.br/inspiracao-design/teoria-e-principais-leis-da-gestalt-um-estudo-da-forma/
https://marketingdigital360.com.br/8-principios-da-gestalt/
https://amadobranding.com.br/blog/8-leis-da-gestalt-significado-e-aplicacoes-no-design
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Desde a antiguidade, o som e a vibração são reconhecidos como elementos fundamentais para a compreensão da harmonia do universo. Os antigos sábios e místicos entendiam que tudo no universo está em constante movimento e vibração. O som, como forma de vibração, era considerado uma força criativa que sustenta toda a existência.
A relação entre som, vibração e desenhos geométricos pode ser vista nas formas das rosetas e nos padrões cimáticos. Rosáceas são janelas com desenhos radiais encontradas em catedrais góticas e outros lugares sagrados. Estes designs baseiam-se em proporções geométricas precisas e harmoniosas, que criam um efeito visual deslumbrante.
Por outro lado, os padrões cimáticos referem-se às formas geométricas que se formam quando uma substância, como areia ou líquido, é exposta a diferentes frequências de som. Esses padrões cimáticos revelam a influência do som na matéria, criando belas estruturas simétricas que lembram mandalas, flores e flocos de neve.
A conexão entre rosetas e padrões cimáticos reside na compreensão de que o som e a vibração podem gerar padrões visuais na matéria. Esses designs são um testemunho tangível de como o som pode afetar a nossa realidade física. O conhecimento antigo e místico da harmonia do universo foi transmitido ao longo dos séculos através de várias formas de arte, incluindo mandalas e desenhos de templos espirituais. Estas representações visuais estão imbuídas de simbolismo e significado espiritual, e a sua criação incorpora princípios de harmonia, equilíbrio e ressonância.
No contexto da terapia sonora e vibratória, compreender a relação entre as rosetas, os padrões cimáticos e a harmonia do universo é de extrema importância. A terapia do som usa o poder do som e da vibração para influenciar nosso estado físico, mental, emocional e espiritual. Ao nos expormos a frequências sonoras específicas, seja através de instrumentos musicais, canto harmônico ou taças cantantes, podemos experimentar mudanças profundas em nosso ser. Esses sons harmônicos podem ajudar a equilibrar nossas energias, reduzir o estresse, promover relaxamento profundo e facilitar a cura a nível físico e emocional.
Os padrões cimáticos, vistos nas figuras formadas pelo Cymascope, mostram-nos visualmente a influência do som na matéria. Estes padrões nós lembram que as nossas células, tecidos e órgãos estão em constante vibração e que a exposição consciente a sons harmónicos pode restaurar a coerência e o equilíbrio do nosso ser.
Ao integrar conhecimentos antigos sobre a harmonia do universo e os princípios da terapia sonora e vibratória, podemos experimentar uma transformação profunda em nossas vidas. A ressonância harmónica gerada pelo som nos permite conectarmos com a nossa essência mais profunda, restaurar o equilíbrio, a vitalidade e nos abrir a níveis mais elevados de consciência e espiritualidade.
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SIGNIFICADO DA TATUAGEM DE MANDALA
Mandala é uma palavra do idioma sânscrito que significa círculo, completude. Uma mandala é um círculo mágico, uma concentração de energia que universalmente simboliza integração e harmonia.Tatuagens de mandalas são diagramas geométricos, são simétricas, e trazem em si os símbolos que cada pessoa usa para se harmonizar interiormente e com o universo. Tatuar uma mandala significa, além de carregar em si a harmonização e integração com tudo e todos, espalhar essa energia e equilíbrio, compartilhá-la. CONTINUAR LENDO
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La serpiente alquímica: Ouróboros
La serpiente representa la sabiduría ancestral, el mito primigenio del mundo subterráneo. Las alas, más allá de simbolizar lo espiritual, son la sublimación de lo material.
La autodestrucción o suicidio es el hecho de que el animal se devore a sí mismo, que es a su vez metáfora del ciclo vital, donde no hay frontera clara entre inicio y fin. El círculo es la idea sintética de la perfección.
OrÍgenes
Se asocia a la alquimia, al gnosticismo y al hermetismo. Representa la naturaleza cíclica de las cosas, el eterno retorno y otros conceptos percibidos como ciclos que comienzan de nuevo en cuanto concluyen.
En un sentido más general simboliza el tiempo y la continuidad de la vida. En algunas representaciones el animal se muestra con una mitad clara y otra oscura haciendo recordar la dicotomía de otros símbolos similares como el yin y el yang. Se cree que está inspirado en la Vía Láctea, pues algunos textos antiguos hacen referencia a una serpiente de luz que mora en los cielos.
En la mitología nórdica, la serpiente Jormungand llegó a crecer tanto que pudo rodear el mundo y apresarse su propia cola con los dientes.
De la dinastía Chou en China (1200 ac) se han hallado grabados de ouroboros, simbolizando la continuidad de la vida con el dragón mordiéndose la cola.
Según la Enciclopedia Británica, el Uróboros u Ouroborus, es la emblemática serpiente del antiguo Egipto y la antigua Grecia, representada con su cola en su boca, devorándose continuamente a sí misma. Expresa la unidad de todas las cosas, las materiales y las espirituales, que nunca desaparecen sino cambian de forma perpetua en un ciclo eterno de destrucción y nueva creación.
El registro más antiguo de su aparición es en un libro de Alejandría, en el siglo II, que decía "hen to pan", o "uno, todos". Aquí ya se lo presenta mitad blanco, mitad negro, demostrando la dualidad presente en todo.
Alquimia Hermes -dios de la alquimia- define el ouroboros así: "Serpens cuius caudam devorabit", serpiente que devora su propia cola. Simboliza al Mercurio alquímico. Simboliza la unidad cósmica, base del pensamiento hermético (Uno-Todo 'Hen to pan").
Su forma circular, símbolo del mundo, es una alusión al "principio de clausura" o al secreto hermético. Por añadidura, enuncia la eternidad concebida como "eterno retorno". Lo que no tiene ni principio ni fin.
En la edad media a la serpiente llamada por los griegos Ouroboros se le asimiló con el dragón y se le impuso una actitud y un valor esotéricos, semejantes a los de la serpiente helénica.
Dada la importancia de este emblema, es, con el sello de Salomón, el signo distintivo de la Gran Obra. En la Alquimia, el Ouroboros simboliza la naturaleza circular de la obra del alquimista que une los opuestos: lo consciente y lo inconsciente.
También es un simbolo de purificación, que representa los ciclos eternos de vida y muerte. En el Ouroboros comienzo y fin se reencuentran en un ritual constante de autotragamiento, imagen emblemática de la Gran Obra como opus circularis. Esta concepción de la Obra está ligada al recorrido del sol tanto como al motivo de la peregrinación del héroe y al de la cuaternidad, ya que el sol se mueve por cuartos trazados en el cielo.
Dentro de la Gran Obra la cabeza del dragón o del Ouroboros, señala la parte fija, y su cola, la parte volátil del compuesto. En la iconografía alquímica el color verde se asocia con el principio mientras que el rojo simboliza la consumación del objetivo del Magnum Opus (la Gran Obra).
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§ Análisis de René Guénon:
(...) "En el ouróboros encontramos la unión del mundo ctónico - en la serpiente - con la del mundo celeste - en el círculo que esta forma -. En sí contiene la dualidad y el tercer elemento invisible y fundamental que hace que todo exista y que Ouróboros se muerda la cola y pueda engullirse a sí misma, recrearse y regenerarse eternamente.
Al autofecundarse sin cesar encontramos un afán de equilibrio ya que si creara vida sin poner un límite, tendríamos un cosmos atiborrado de seres y así entraríamos en el caos, o sea el no-ser.
Este equilibrio lo es de los principios fundamentales que nos rigen, de vida, de muerte, del macho y la hembra, del Yin y del Yang.
Existe un detalle: para que la vida se manifieste es necesaria la muerte, (por eso la ambivalencia del símbolo que contiene en sí significados opuestos y con ello nos lleva a la unidad) esto forma parte del equilibrio, por eso Ouróboros se muerde la cola. Ouróboros vislumbra tres pasos de la manifestación de esa vida: creación, sustentación y destrucción (simbolizado claramente en la Trimurti hindú). Y nunca hay que perder de vista la esencia invisible que hace que esos tres aspectos sean diferentes fases de una única cosa. En conclusión, volvemos al tres que es uno.
En Alquimia esto se entiende como vida, muerte y resurrección ("mejor" vida). Es necesario que la paloma dentro de la redoma atraviese la oscuridad de la noche para poder llegar a la luz. Pasará por cientos de procesos para llegar a ella, pero debe conocer el dolor, o sea la transmutación final: el Rebis, la Unión, la síntesis perfecta de los contrarios.
Los principios antagónicos (dualidad) del Ars Magna, son el azufre (en ocasiones representados por un león) y el mercurio (a menudo simbolizado por una serpiente); el azufre es Yang, masculino y fijo, y el mercurio es Yin, femenino y volátil. Y el tercer principio es la sal que brinda el equilibrio a los dos anteriores y permite su unión".
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§ Análisis de Carl Jung:
El psicólogo suizo Carl Jung vio en el ouróboros el mandala básico de la alquimia que existe desde la antigüedad (se remontó a la mitología egipcia). Anunció que esa serpiente engulléndose a sí misma es uno de los arquetipos de la psique humana.
Jung definió la relación del ouroboros con la alquimia:
(...) “Los alquimistas, que a su manera, sabían más sobre la naturaleza del proceso de individualización que nosotros lo hacemos actualmente, expresaron esta paradoja con el símbolo del uroboros, la serpiente que engulle su propia cola.
En la imagen histórica del uroboros está el pensamiento de devorarse a uno mismo y convertirse en un proceso circulatorio, porque era claro para los alquimistas más astutos que la materia prima del arte era el hombre mismo.
El uroboros es un símbolo dramático para la integración y asimilación del contrario, es decir, de la sombra.
Este proceso de la ' regeneración ' es al mismo tiempo un símbolo de la inmortalidad, puesto que el uroboros se mata sí mismo y se trae a la vida, se fertiliza y se da a luz.
Él simboliza el que procede del choque de contrarios, y por lo tanto, constituye el secreto de la materia prima que proviene indiscutiblemente de la misma raíz del inconsciente del hombre.”
CARL JUNG.
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Diario de cuarentena
por Julieta Squeri
Hace varios meses me anoté en un seminario intensivo de Biodrama, por pura curiosidad. Iba a ser la semana pasada, pero se suspendió por la cuarentena obligatoria.
Es un método que explora en la biografía, propia o ajena, para buscar posible material escénico y construir un relato de ficción, una pieza teatral. Se repasa una historia y se seleccionan fragmentos sueltos para luego armar algo con eso. Es parecido al género documental en el cine.
Lo que me llevó a inscribirme fue que vi varias obras hechas con esta técnica y me rompieron la cabeza. Me atrevo a decir que me reconciliaron con el teatro y su ecosistema.
Me gusta lo complejo dicho con simpleza, y lo simple hecho poesía.
Leí por ahí que “…el Biodrama se inscribe en lo que se podría llamar el retorno de lo real en el campo de la representación…”, y también que “…busca la teatralidad en zonas inestables como el espacio íntimo, donde la inocencia puede aparecer (…) la intimidad es un presente continuo sin opinión y sin ninguna destreza, una zona torpe, capaz de generar momentos desconocidos que no controlamos para nada…”.
Cuando me anoté, casi sin saber por qué, no imaginaba que en poco tiempo mi vida, y la de todos, cambiaría rotundamente. Una pandemia nos acecha, y no es una metáfora. El mundo exterior es ciencia ficción, pero ¿y el mundo interior?
Estos días fantaseé con algo un poco enroscado pero que me entusiasma. ¿Cómo sería hacer una obra con el método del biodrama, que indague sobre el proceso de creación de una obra con el método del biodrama? La obra de la obra. Lo más interno de algo interno. Una pequeña muestra de que en los procesos está todo. Está siendo. Como las reacciones ante una situación inesperada, la reorganización, el mientras tanto. Como la familia. Como los roles que no se aprenden, no hasta después de ejercerlos. Me gustaría que se llame “La huella espiralada”, como la canción de Rosario Bléfari, porque hay algo de árbol genealógico en esa imagen con forma de mandala infinito. (Algunos amigos me cargan porque hace unos años tuve una especie de alergia nerviosa en los párpados que se llama Blefaritis. Durante un tiempo conservé la receta con el diagnóstico, como si fuera un autógrafo o una credencial de fan destacada).
¿Qué es real? ¿Qué no lo es? ¿El virus fue implantado? ¿Hay alguna fuente de información confiable? No me importa, las consecuencias para la mayor parte del mundo son igual de tristes.
Quiero escribir para dejar de hablar. Y porque cuando alguien me lee, ese relato ya no es el mismo. Quiero contar las cosas que me duelen una y otra vez para que pierdan sentido. Como cuando se repite una palabra hasta que empieza a sonar rara, ajena. Ahí es cuando puedo inventarle otro significado. Después todo es confusión, y empiezo a moverme con libertad. ¡Ay la libertad!
Revolví fotos familiares buscando disparadores y encontré tantas puntas que me enredé.
En mis recuerdos se mezclan eventos sutiles pero muy potentes, y otros grotescos e inasibles como la desaparición de mi tío Cali en el ’78. Este 24 de marzo lo pasé en casa pintando carteles alusivos con mi hija de cuatro años, a quién traté de explicarle, como pude, qué es lo que no queremos que pase Nunca Más. También hice orden en el cuartito del fondo, que todavía tiene algunas cajas sin desarmar de la mudanza, y encontré una copia de la denuncia que hizo mi abuela en la CONADEP. Por algún motivo, guardo cosas que en la familia nadie quiere o puede tener, y las escondo, las atesoro. Ojalá algún día encuentre el porqué.
Para una asalariada como yo, con horario de oficina, rodeada de gente que prioriza el marketing y las ventas por sobre cualquier catástrofe, el aislamiento social es una bendición.
Aun trabajando de forma remota y con alta demanda, estos días me siento dueña de mi tiempo. Comer a la hora que tengo hambre, estar siempre descalza, ¡qué lujo!
Todo lo que está pasando es tan extraordinario que no llego a preocuparme verdaderamente por nada. Mi almanaque es de un día. Ninguna clase de yoga logró que estuviera tan en el momento presente como ahora.
La música es mi gran aliada, modifica mi ADN, altera mi memoria celular, me desprograma.
Unos dirán que es por mi luna en Piscis, otros por mi tendencia infantil a huir mentalmente a mundos de fantasía, universos paralelos donde las melodías que escucho componen infinitos videoclips con lo que veo. Me da igual. Ya no tengo miedo de aceptarlo.
Estoy en una videoconferencia con el gerente de finanzas de la compañía internacional para la que trabajo. Es un señor muy serio que nos habla de los riesgos del negocio en este momento y de las cotizaciones de la bolsa y los mercados. Lo tengo muteado porque estoy haciendo un experimento. ¡Si supiera lo lindo que le queda gesticular con María Elena Walsh de fondo!
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A mandala é, originalmente, um círculo que contém em seu interior desenhos de formas geométricas, figuras humanas e cores variadas.
São encontradas em religiões como o budismo e o hinduísmo, bem como na cultura de tribos indígenas norte-americanas como os Sioux.
Significado da Mandala
A palavra mandala significa círculo em sânscrito e é considerada como um símbolo de cura e espiritualidade. Para os hinduístas e budistas, a mandala ajuda na concentração da prática meditativa e é comum encontrá-la nos templos dessa religião. Mandala colorida e com formas geométricas As mandalas tibetanas são feitas em areia e requerem um longo tempo de preparação. Não há um padrão de decoração para o interior das mandalas e por isso, há mandalas que trazem a figura de Buda, enquanto outras mostram apenas figuras geométricas.
A Mandala para os Povos Originários Americanos
Entre os nativos americanos, acredita-se que a mandala tenha o poder de proteger e afastar os maus sonhos e espíritos malignos. Por isso, também recebe o nome de filtro dos sonhos.
Uma antiga lenda indígena conta que uma mãe não conseguia que seu filho dormisse à noite. Por isso, procurou ajuda da curandeira da tribo que a recomendou fazer um círculo com um labirinto dentro e o pendurasse. A mãe o fez e a criança pôde dormir tranquila, pois os sonhos maus ficaram presos no emaranhado de linhas.
A Mandala no Cristianismo
Embora não seja usado para fins de cura, as mandalas estão presentes no cristianismo. As rosetas das catedrais góticas podem ser consideradas mandalas. O fato de este símbolo estar disseminado em tantas culturas reflete o significado que o círculo tem para o subconsciente. Como não é uma forma geométrica encontrada na natureza, traduz perfeitamente a ideia de perfeição que os seres humanos pretendem alcançar.
A Mandala na Psicologia
A mandala também foi utilizada pelo estudioso suíço Carl Jung (1875-1969) para explicar a psiquê humana. Jung fazia uma analogia entre a composição da mandala e os três níveis de consciência que temos. O ponto central da mandala é identificado com o self, a essência do nosso ser, do qual tudo converge ou irradia. As primeiras figuras da mandala seriam o inconsciente pessoal e, finalmente, as bordas mais afastadas seriam o inconsciente coletivo. As mandalas são um recurso didático utilizado por vários professores de arte, história e matemática, pois este símbolo serve para ensinar vários tópicos tais quais:
formas geométricas; cores; diferenças de tamanhos; conjuntos;
percepção visual; história da arte; história das religiões.
Confeccionar a mandala permite o aluno exercer sua autonomia e individualidade, deixando sua marca pessoal. É interessante montar uma exposição com as obras do estudantes a fim de mostrar a diversidade de cada turma. Da mesma forma, alguns educadores usam a mandala para turmas consideradas muito agitadas devido ao poder apaziguador que a realização deste desenho contém.
Benefícios da Mandala
Os benefícios de fazer e pintar uma mandala são muitos. Aquele que a confecciona fica concentrado numa tarefa específica e assim pode canalizar sua atenção. Dessa forma, entra num estado de concentração comparável ao transe místico. Igualmente, o mesmo tipo de foco que acontece com os atletas e músicos quando estão empenhando suas funções. Além disso, o autor exercita sua criatividade e seu poder de decisão ao lidar com a escolha de cores e padrões geométricos distintos. Desta maneira, a mandala vem sendo utilizada para tratamentos em patologias como déficit de atenção, depressão, estresse e como terapia ocupacional.
Obs: Nas imagens alguma mandalas e filtros feitos por mim há alguns anos atrás...
Bom final de tarde!
Paz, luz e bem! Lucas Lima
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El amor y la protección de mañana madre por sus hijos que lindo significado. Sabias que tu le das el significado a las cosas 🍀Piensa bien y se positivo🍀 • • • #JohanEspinoza #activos #TattooMe #tattoo #tatuaje #DotWork #BlackWork #whipshading #mandala #geometric #ornametal #españaink #marbella #fuengirola #malaga #fuengirolatattoo (en Tattoo me Fuengirola) https://www.instagram.com/p/B5w33_iia8i/?igshid=1pgfo7cf01fzf
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