#Segurança Do Paciente
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mastermaverick · 9 days ago
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A Importância da Hotelaria Hospitalar para um Ambiente Seguro e Acolhedor
Débora Alves/IMEDA equipe do Hetrin participou de um treinamento voltado para o desenvolvimento profissional. Quando pensamos em hospitais, a primeira imagem que vem à mente geralmente é de médicos, enfermeiros e equipamentos de alta tecnologia. No entanto, há um aspecto fundamental que muitas vezes passa despercebido: a hotelaria hospitalar . Este conceito abrange tudo o que envolve a…
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ocombatenterondonia · 10 months ago
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Telemedicina: Qualidade e Segurança na Saúde do Paciente
  A telemedicina já pode ser considerada uma ferramenta que melhora o acesso e a qualidade dos cuidados de saúde, além de garantir a segurança dos pacientes. Nos últimos anos, seu crescimento tem sido notável, impulsionado por avanços tecnológicos, pela necessidade de ampliar o acesso à assistência médica e, bem como pelas ocorrências oriundas da pela pandemia da COVID-19. A pandemia acelerou a…
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fromthe28 · 2 years ago
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sleepy omega
Harry pode até se sentir cansado após uma semana longa e o começo de um pré-cio, mas Louis sempre estará ali para ajudá-lo.
Avisos
- hbottom / ltops
- Lactation kink
- Daddy kink
- Belly bulge
- Somnophilia
- ABO tradicional (Harry ômega / Louis alfa)
- Harry sendo tratado por pronomes e apelidos femininos
- Sexo explícito
- Palavras de baixo calão
- Word count: 1.2k
Harry se despede de todos os seus colegas de trabalho e segue em direção ao seu carro, se sentindo extremamente cansado.
O ponto é: faltam apenas alguns dias para o começo do cio do ômega, o que significa que seu pré-cio começaria a qualquer momento.
O garoto de cachinhos sentiu seus seios inchadinhos e sensíveis quando colocou seu cinto de segurança antes de começar a dirigir para sua casa. Mal podia esperar para estar agarradinha com seu alfa enquanto come comida mexicana e ganha massagens.
Após alguns minutos, o Tomlinson mais novo estava abrindo a porta de seu apartamento, ouvindo a televisão ligada indicando que Louis já estava em casa. Rapidamente ouve latidos e logo Artemis estava balançando seu rabinho enquanto lambia a mão de Harry:
- Oi, minha neném... A mamãe sentiu tanto a sua falta hoje... - O garoto fala com uma voz de bebê com a golden retriver, fazendo carinho nos pelos dela.
- E não sentiu falta do papai? - E aí está: Louis Tomlinson.
Seu alfa estava bem ali, com seu cheiro de café e cigarros se misturando ao amadeirado natural. Porra. Harry não sabia que precisava tanto dele até vê-lo ali, todo caseiro só para ele.
- Lou... - Harry ronronou alto antes de se jogar nos braços do marido, esfregando seu rostinho no pescoço do alfa enquanto sente as mãos dele em suas coxas.
- Oh, meu amor... Seu pré-cio começou, hm? - ele questiona amorosamente seu pequeno, sabendo como sua esposa ficava manhosa e territorial nesse período.
- Uhum.. - O de cachinhos concorda antes de sair do colo de seu amor, rapidamente indo para seu quarto para pegar roupas aromatizadas de seu marido para fazer um ninho na sala.
Já sabendo o que seu amor iria fazer, Louis se levantou e foi colocar a mesa para poderem comer os pratos mexicanos que comprou depois que saiu de seu trabalho.
Assim que o mais velho acabou de colocar a mesa, um serzinho de cachinhos se grudou nele novamente como um coala, ronronando alto quando Louis o perfumou.
- Vamos comer um pouquinho, minha princesa? - O de olhos azul questiona o garoto em seus braços, que logo o responde antes de esconder seu rostinho em seu pescoço:
- Só se você me der na boca. Hum.
Após alguns calmos minutos de um Louis muito paciente alimentando seu neném, os dois foram para o ninho de Harry, assim como a pequena Artemis, e ficaram assistindo The Office até Harry resmungar algo.
- O que foi, minha rainha? - O alfa questiona preocupado, querendo que seu amor fique confortável depois de uma semana cansativa.
- Meus seios... estão tão cheios... - Ele fala baixinho, com lágrimas em seus olhos e um biquinho em seus lábios. Ele estava tão sensível mas também tão cansado!
- Quer que eu pegue a sua bombinha? Ela está na sua bolsa? A última vez que a vi el- - Um Louis preocupado é interrompido por um murmúrio de um Harry manhosinho o suficiente para derramar algumas lágrimas:
- Amor.. Você p-pode me chupar...?
Louis é fissurado pelos peitos de Harry. Fissurado. Se ele pudesse, dormiria mamando a esposa todos os dias. Para ele, há algo fodidamente bom em sentir o biquinho inchado em sua boca, além de saber que está ajudando a pessoa que mais ama no mundo.
- Claro, minha neném. - Obviamente que essa foi a resposta de Louis.
Segundos depois, Harry fica sentadinha em seu colo antes de levantar sua camisa soltinha rosa e expôr seus dois seios gordinhos e vazando leite.
Louis não perde tempo e abraça sua cintura, a trazendo mais para perto antes de ter um dos biquinhos do seio em seus lábios. O mais velho não consegue segurar um gemido quando sente o leite de sua garota em sua língua enquanto a bunda cheinha dela aperta sua ereção crescente.
- Amor... vai devagarinho... - Harry murmura num tom doce enquanto acaricia os fios lisos de seu marido, sentindo logo a boca dele ser mais gentil com o corpinho delicado do marido.
Harry vai se sentindo sonolentinho e Louis logo percebe, se deitando no ninho mas ainda deixando seu garoto sob seu corpo.
- Lou... - O mais novo murmura contra o pescoço de seu marido, sentindo sua lubrificação molhando seu shortinho por ter ficado tanto tempo sentadinha sobre a ereção dura de seu homem.
- Sim, amor da minha vida? - Louis lhe dá atenção porém seus dentes raspam levemente no biquinho inchado e sensível do de olhos verdes, o fazendo gemer baixinho.
- Você pode me foder? Por favorzinho? - Sua voz que normalmente já é lenta fica ainda mais por causa do sono, tendo seu corpo quase todo no mundo dos sonhos.
- Amanhã eu cuido de você, hm? Já está tarde e você está com muito soninho, neném... - Louis o responde mas Hazz logo nega lentamente com a cabeça.
- Mas eu estou tão molhadinha para o senhor, papai... - Harry fala antes de esfregar sua entradinha encharcada no pau grosso de seu alfa - Me come, por favor... E-eu não ligo do senhor me comer enquanto eu durmo... Só quero que o senhor me use para se aliviar...
Porra. Eles nunca tinham feito algo do tipo, mas o jeito tão fodidamente manhoso que Harry pediu para Louis, usando todas as armas ao seu favor fez o de olhos azuis ceder.
Afinal de contas, ele era totalmente rendido pelo seu ômega.
Sem mais nenhuma palavra, Louis voltou a chupar os seios de Harry enquanto abaixava o shortinho molhado de sua esposa e sua calça de moletom, ouvindo o gemido arrastado do cacheado ao ter seu caralho contra a entrada melada do garoto.
- Se você quer que eu te use para me satisfazer, saiba que vai dormir com o meu nó bem fundo em você, te deixando bem cheinha e te lembrando que você é o depósito de porra do papai, hm? - A voz rouca de Louis deixa Harry zonzo, o fazendo apenas conseguir concordar antes de ter Louis estocando todo seu membro de uma vez na bundinha empinada do mais novo.
Harry deixa um gemido manhoso espaçar por seus lábios, mas os movimentos lentos de seu marido contra si o faz ficar cada vez mais sonolento. Já Louis abraça o corpo de sua ômega possessivamente, a fodendo como gosta mais: lento e fundo, com seus peitos enchendo sua boca.
Quando o mais velho percebe que sua princesinha dormiu, começa a foder Harry com força, ouvindo barulhinhos saindo de sua boca inconscientemente se juntando com o barulho melado que seu pau e a buceta de sua ômega produziam.
O Styles-Tomlinson desce suas mãos para a barriga de sua esposa e assim que sente seu pau indo tão fundo em sua princesinha, goza com força em seu interior, mordendo sua marca novamente ao sentir seu nó o prendendo ao corpo de sua garota, garantindo que sua porra quentinha continue deixando sua mulher cheinha.
Harry acorda assustadinho com a mordida, mas logo relaxa por também ter gozado e por sentir o nó de seu alfa a conectando a ele.
- Obrigada por me deixar cheinha, papai! - É a última coisa que ela fala antes de cair no sono, seguida por um Louis com seu seio na boca.
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aissateumesma · 2 years ago
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Eu gosto da atenção detalhada, do carinho gentil, das palavras de conforto. Eu gosto da sensação de segurança que me deixa em paz, da calma onde posso finalmente relaxar. Gosto do dilema do poeta, que me faz olhar para o mundo com outros olhos. Eu gosto da companhia que me faz sorrir e ser honesta sobre o que eu sinto. Gosto de coisas dedicadas a mim especialmente feitas para que eu goste. Eu gosto da curiosidade da vida que carreguei até agora, considerar os erros e aprendizado. Eu gosto do romance que há em estar juntos e sonhar sobre a vida pela frente. Gosto de escrituras que revelam o tamanho do sentimento, minuciosamente descrito para que não reste nenhuma dúvida. Eu gosto do calor no fim da tarde, da vista legal do parque naquela hora. Eu gosto de flores delicadas que mantém a estética minimalista. Gosto do papel que se faz tão primordial mas sem deixar esquecer sua existência. Gosto da proteção que não necessito mas ainda sim faz questão de estar lá por mim. Eu gosto do vento frio e gelado que faz a pele arrepiar, clareando os pensamentos. Gosto de pensar na imortalidade que um sentimento único pode ter, atravessando vidas pelo universo. Eu gosto do calor do desejo que faz meu corpo queimar, onde a respiração corre feito sangue. Gosto de andar de mãos dadas num passeio depois da chuva fresca, alimentando o amor e amizade. Gosto do ritmo que as palavras fazem ao sair da boca com tanta doçura. Eu gosto de coisas dadas a mim juntamente com a lembrança que me vem delas. Eu gosto dos planos que me fazem sonhar que tudo é possível e que tudo ficará bem. Eu gosto do amor calmo e paciente, mas também firme e enlouquecedor as vezes, gosto dele como uma chama que pode ser domada e equilibrada, gosto do amor que faz coisas impossíveis e improváveis para que eu tenha aquilo que eu gosto sem precisar pedir.
-∆t
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vickciriaco · 2 years ago
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Amar é abraçar o caos de alguém. É entender que dias ruins vão chegar, que brigas vão existir e mesmo assim preferir ficar... Amar é entender os defeitos, é dividir as tristezas e compartilhar momentos bons... Amar você é uma das coisas mais gostosas que tenho feito. Te ter na minha vida é algo singular. Você sabe que eu gosto dos clichês... Das mensagens de bom dia e boa noite. De surpresas bobas, de ligações inesperadas. Gosto dos detalhes, das bobeirinhas, dos carinhos, dos abraços, das risadas sem sentido e das declarações...
Eu não poderia me sentir mais grata a Deus por ter te colocado em minha vida e ter feito você ficar depois de tantos desentendimentos. Você tem me ensinado a cada dia mais o que é amar e ser amada também. Me ensinando a ser paciente, mesmo que não pareça. Me ensina a cada dia a ser uma pessoa melhor. Com você eu aprendi que um relacionamento pode ser leve... sem ciúmes exagerado, sem briga por pouca coisa ou cobranças sem sentido. Obrigada por ser essa pessoa incrível. Obrigada por se preocupar comigo, por ser meu amigo independente de tudo. Sei que posso confiar minha vida a você. Obrigada por ser tão paciente, por me entender nos meus piores momentos, por me trazer segurança e por me ajudar em tudo. Obrigada por me aceitar e me amar por tudo o que sou, e por tudo que eu não sou. Eu só tenho a agradecer a você por tudo que você é pra mim. Agradecer pelas tantas risadas que já dei ao seu lado. Agradecer pelos momentos adoráveis que já compartilhamos juntos. Agradecer por tudo que você já fez somente pra me agradar e me deixar mais feliz. Agradecer por me escutar (mesmo quando eu fale só bobeira) e guardar meus conselhos com carinho, pois sei que mesmo que você discorde, no fim você entende e reconhece o que eu digo e eu fico feliz com isso, pois quero te ajudar, te aconselhar e auxiliar você a enxergar as coisas como você também faz comigo. Quero te ajudar sempre a ser melhor, mesmo que eu não seja lá a pessoa certa pra isso. Escrevendo esse texto me lembro de tanta coisa que já passamos que meu coração enche de emoção e felicidade de estarmos em uma fase tão boa agora. Já teve muitas fases ruins, mas isso só ajudou a fazer entendermos o carinho que sentimos um pelo outro.
Penso e desejo tanta coisa pra fazer com você. Tem um mundo inteiro pra gente conhecer, muitos lugares para ficarmos encantados, muitas pessoas pra conhecermos, muita comida pra experimentarmos. Tenho certeza que será leve, e sem estresse (talvez terá só um pouquinho, porque né, você me conhece).
Quero dizer que sua companhia é a melhor. Dizer que eu te admiro demais. Admiro os seus pensamentos, os seus sonhos, a sua personalidade, a sua determinação, e sua beleza também ô homem bonito você viu, ainda bem que é todo meu.
Quero te aplaudir de pé em cada conquista sua. Quero ver todos os seus sonhos e desejos íntimos sendo realizados. E ver de perto todo o sucesso que você merece e vai ter em sua vida. Hoje quero te parabenizar e celebrar sua existência, sua generosidade, sua lealdade, sua genialidade e seu carisma. Quero que você saiba que o meu mundo é muito mais divertido com você. Quero comemorar essa data com você pelo resto da minha vida, e tentar fazer dela um dia mais feliz todos os anos. Quero te fazer feliz...
Seus olhos me deixam em dúvida se o céu fica realmente lá encima
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willlerman · 5 days ago
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Quem é aquele RESIDENTE CIRURGIÃO PEDIÁTRICO correndo por ali? Para estar com pressa assim, tenho certeza de que é RESIDENTE no GREY-SLOAN. Olhando assim, bem que parece WILLIAM LERMAN, sabe quem é? Dizem que é bastante CARINHOSO E DIVERTIDO, mas as más línguas dos corredores adoram dizer que é PERFECIONISTA E ANSIOSO. Enfim, pode ser só fofoca, não é? Igual aquela que contavam sobre se parecer muito com PAUL MESCAL. Seja como for, espero que tenha um ótimo plantão!
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HEADCANONS
William Lerman, mais conhecido como Will, nasceu em 18 de fevereiro de 1995, em Seattle. Hoje, aos 30 anos, carrega consigo uma história de sacrifício e dedicação. Desde cedo, precisou assumir responsabilidades. Quando tinha apenas 12 anos, perdeu o pai, tornando-se o homem da casa. Com isso, sentiu que precisava proteger e sustentar sua mãe e suas irmãs mais novas. Para garantir o bem-estar da família, começou a trabalhar ainda jovem, o que acabou atrasando seus estudos. Foi preciso que sua família o convencesse a seguir seus sonhos, pois, de outra forma, ele continuaria se sacrificando sem pensar em si mesmo. Mesmo assim, Will nunca parou de trabalhar. Ele conciliou os estudos e o emprego para garantir que sua família não sentisse o peso de sua ausência financeira. Ao iniciar sua residência médica, Will tinha um objetivo claro: seguir a cirurgia pediátrica. Seu desejo era ajudar crianças, cuidar do futuro do mundo e proporcionar a elas um pouco mais de segurança em meio a tantas incertezas. Por isso, lutou incansavelmente para conquistar seu lugar. Quem conhece Will logo nota seu sorriso largo e sua risada contagiante. Ele é como um grande urso: alto, forte e sempre pronto para oferecer um abraço acolhedor. No entanto, quando se trata de sua família ou de seus pacientes, um outro lado surge—sério, focado e, em momentos de tensão, até frio e furioso, especialmente se algo ameaça dar errado.
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essalis · 8 months ago
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𝐇𝐀𝐑𝐌𝐀𝐓𝐈𝐀 & 𝐓𝐀𝐒𝐊 Ⅲ  . ›
foram os gritos que a acordaram. o coração pulando no peito, podia sentir a adrenalina correndo em suas veias em estado de alerta muito antes de compreender a situação. descalça e descabelada, pulou da cama, todos já estavam correndo de um lado para o outro. não tinha tempo para tentar entender o que estava acontecendo, puxou o colar, o fecho mágico se abrindo com facilidade fazendo o pingente escorregava para o pulso crescendo gradualmente até espada curta atingir seu real tamanho. forjada em ferro estígio, o metal negro e lustroso brlhou com um leve tom azulado sob a luz da lua, como se desperta-se juntamente com a filha de poseidon. ambas estavam em alerta agora.
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podia não ter nenhum poder ofensivo, e também não seria páreo para os filhos da magia ou para qualquer ataque que exigisse habilidades mágicas, mas poderia se defender e defender os que estavam próximos a si até estiverem em segurança, perto de um lugar seguro. tentou correr até onde Quíron gritava suas ordens. a adrenalina a colocou a postos, estava pronta para agir quando os patrulheiros e equipes de patrulha foram acionadas, ela percebeu que seria mais útil na enfermaria. era dificil ser a pessoa que espera. não estar na linha de frente era algo que a incomodava, queria poder ser útil, queria sentir o gostinho da glória, no entanto, sabia que para si o papel como equipe de apoio era tudo o que lhe restava.
andava de um lado para o outro na enfermaria. ansiosa para ter o que fazer, nem que fosse um curativo que fosse, para manter a mente ocupada, mas isso queria dizer que alguém havia se machucado e isso a fazia se sentir um tanto envergonhada. não queria que ninguém se machucasse, é claro. temia que o rosto que primeiro aparecesse no corredor fosse um de seus irmãos, ou um dos seus amigos… ou bem… qualquer um no acampamento. após trezes anos no acampamento meio sangue, todos os rostos eram importantes. até daqueles que não era particularmente próxima. 
as mãos suavam, e ela enxugou a mão na roupa quando os gritos começaram a ecoar no corredor. as rodinhas da maca no chão faziam um som metálico enquanto os gritos de dor e vozes gritavam comandos e alguns choravam. ela se colocou a postos, como os seus irmãos faziam na linha de frente. ela pegou um frasco de água, pronta para começar a trabalhar quando os olhos cor de avelã finalmente avistaram seu primeiro paciente.
jason.
não fazia sentido. é claro que ela teria pensado nisso. mas o irmão estava ali. na maca, seus outros irmãos soluçava e sua mãe a atingiu antes que ela pudesse pensar direito. ‘mi hija tienes que curarlo’ a mãe a puxava tão forte, forçando as mãos da semi-deusa a tocar o irmão mais novo. a pele dele era fria, embora o corpinho magricelo e careca do irmão ainda mostrasse sinais de vida, ele estava gelado. ela podia sentir os sinais vitais do irmão zumbindo em seu ouvido. a falta de oxigênio, o coração que bombeava devagar, o sangue do irmão que carregava o câncer por todo o seu corpo, como um veneno que estava o matando há muito tempo.
ela queria salvá-lo, mas ela não conseguia mover os pés. estava congelada. como sua mãe havia descoberto sobre seus poderes? como ela sabe do acampamento? como conseguiram entrar? como jason estava ali. jason… ela podia salvá-lo. se ela apenas se movesse. e então, outros começaram a chegar.
sefa, yasmine, sebatian, joseph, sasha… os rostos entravam na seu campo de visão, e eles pareciam mais reais, pareciam mais urgente, era como se um fragmento de racionalidade lhe dissesse que eles eram o presente, ela podia fazer algo para salvá-los. e um impulso a levou para mais perto de seus amigos e seus meios irmãos apenas para ver o completo horror e desespero de sua mãe. os olhos castanhos a encarando como se ela fosse um monstro, recusando a salvar o irmão para ajudar estranhos. mesmo que não fossem estranhos, eles eram tão família dela quanto jason, quanto a mãe e seus outros irmãos… mas a traição no rosto dela a atingiu mais forte como um soco no estomago, fazendo o gosto da bile encher a sua boca. ela era um monstro. ela deu as costas para mãe, ela deixou o irmão morrer e estava fazendo isso de novo. 
me desculpa… — ela disse antes de se lançar para a outra maca, mesmo que tudo em si implorasse para ajudar o corpinho doentio do irmão. ele era só uma criança. 
sefa, você está bem? — ela perguntou, se atirando na maca da amiga apenas para ver o rosto pálido e sem vida da amiga. ela se afastou, como um reflexo, apenas para olhar ao redor e encontrar nada além de cadáveres. a luz branca da enfermaria falhou, e o sangue pingava ao redor, enquanto todos com que ela se importava permaneciam estáticos, gélidos e mortos. 
stich… — chamou jason. ela se virou, ouvindo o apelido carinho que o irmão caçula usava com ela. — por você foi embora? — perguntou ele, o rosto estava entre um branco e um esverdeado. 
— não, eu não… — ela não conseguiu terminar a frase, porque mais macas começaram a chegar, não havia espaço físico o suficiente, e nem pessoas de verdade trazendo as macas e a realidade é que, ela poderia culpar o choque, poderia dizer que aquilo não era real, mas a sensação gritante de que ela falhara, falhara com todos eles. ela não era poderosa o suficiente. seu poder era inútil. ela era uma inútil. se ao menos ela tivesse algum poder de verdade ela poderia ter salvado seus amigos. se ela ao menos fosse uma heroína, que agisse que soubesse de tudo, se ao menos seus poderes tivessem aflorado justamente no hospital, para salvar jason. se esse tivesse sido o momento que seu pai tivesse escolhido para reclamá-la. ela era um monstro. 
o desespero era tamanho que seus joelhos falharam. ela não suportava. não suportava encarar a realidade daquela forma. ela não conseguiria viver sabendo que que falhara. o olhar da mão, de puro horror, de pura traição atordoava sua mente como um espiral, a puxando para o completo desespero e pânico. ela precisava sair dali, precisava…
e então os olhos voltaram a enxergar. ela nunca havia chego a enfermaria. estava ali no centro do acampamento. ajoelhada, de boca aberta e olhos embaçados vivendo o horror com o resto dos campistas. a figura encapuzada passou como um borrão, esthis ainda estava atordoada, ainda emocionalmente devastada que se a figura quisesse matá-la ela sequer protestaria. demorou bons segundos e hécate já tinha partido quando ela finalmente entendeu. não tinha sido real. mas tinha sido real o suficiente. ela sequer teve forças para se levantar. queria apenas… dar vazão a aquele sentimento. chorar a morte (ainda que irreal) de seus amigos, repetir para si mesma que nada daquilo tinha acontecido. mas ela sabia que não importava se tinha sido real ou não. aquela verdade que o horror havia libertado, a feito encarar não iria sumir tão rápido quanto as visos. de que ela era fraca, inútil e quando a hora chegasse, ela não conseguiria salvar ninguém.
@sefaygun @misshcrror @oceanhcir @d4rkwater @littlfrcak @silencehq
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imagines-1directioner · 2 years ago
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it’s probably jealous, i don’t know
Situação: ex!namorado!Harry Styles x médica!Leitora
Contagem de palavras: 2132
Pedido: Você poderia por favorzinho fazer um imagine com o Harry (ou o Zayn *vou amar com qualquer um dos dois*) onde eles já terminaram, ela é médica e ele sofre um acidente (não precisa ser grave) e obviamente vai ao hospital. Daí ela cuida dos ferimentos dele e aparece um médico que é afim da S/N e ele fica com ciúmes dela e ela diz que não tem motivos para ele agir dessa forma então ele diz que a ama muito e ainda não esqueceu de tudo que eles viveram, então reatam o namoro (não consigo ouvir declarações sem volta 🥺)
N/A: amei demais escrever esse imagine, more! espero que goste do resultado e me conta o que achou na ask, ansiosa para saber sua opinião. obrigada por enviar o pedido e caso tenha um bom engajamento posso fazer uma continuação ;)
curte e reblogue o post para me ajudar 🫶
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- Jessie, preciso que você monitore o senhor Levi nas próximas duas horas. - concentrada no preenchimento da ficha do senhor que realizara a cirurgia há duas horas, a médica dava as orientações a sua interna para que ficasse atenta ao senhor de 74 anos, vítima de uma AVC isquêmico mas que felizmente foi controlado graças as mãos de fada da neurocirurgiã.
- Pode deixar, doutora.
- Verifica a pressão a cada trinta minutos e fica de olho quanto as convulsões, por favor. Ele já apresentou casos de epelepsia antes, então o pós cirúrgico deve ser minucioso. Toda atenção nele, tudo bem? - a interna concordou com a cabeça assim que a médica entregou a ela o prontuário.
- Dra. S/S, paciente de emergência, terceira maca do pronto socorro. - disse uma das enfermeiras que apareceu na porta do quarto.
- Já estou indo. - a correria naquele sábado estava sendo de longe a mais intensa e maluca dos últimos meses no hospital em que S/N trabalhava. Apesar de realizar o mesmo ofício e no mesmo ambiente há quase oito anos, ainda sim dias agitados faziam-a relembrar os momentos inicias em que exerceu as atividades na área da saúde. Diante das horas infinitas atendendo pacientes desde meio dia de sexta-feira, além de duas cirurgias de última hora, o fim do expediente era tudo que a médica desejava.
- Olá, muito boa tarde, senhor.. - por conta da afobação do dia a dia S/N sequer olhou para o paciente da vez quando chegou até a maca. Sem dormir há mais de vinte e quatro horas, seu corpo ligou o botão do automático e a moça foi logo se apresentando, lendo o prontuário até travar no sobrenome da pessoa em questão. - Styles! - seus olhos foram em contato a figura sentada na maca quando finalmente revelou verbalmente o paciente já conhecido por ela.
- Oi. - acenou dando um sorrisinho sem graça.
- O que aconteceu com você? - por um momento a doutora sentiu o coração palpitar, imaginando as razões pelas quais seu ex-namorado estava fazendo ali e por que ela, uma neurocirurgiã, foi a encarregada do caso. Não demorou nem meio segundo após sua fala e seu instinto preocupado logo procurou as informações básicas no prontuário sobre os motivos que trouxeram Harry até o pronto socorro.
- Eu cai de bicicleta no parque e estava sem capacete. - ele explicou enquanto ela lia o pré diagnóstico “edema frontal na parte anterior da cabeça, acompanhado de cortes superficiais do tecido subcutâneo na região da testa, fruto de uma queda de bicicleta sem utilização de equipamento de segurança. Paciente se queixa de tontura, enjoo e dor no local”.
- Típico. - S/N riu fraco e ele acompanhou, provavelmente por recordar-se das tantas vezes em que ela o aconselhou a usar o capacete quando saía de bike por aí.
- Deveria ter te escutado. - comentou sem jeito dando uma risadinha enquanto a mulher examinava a região com cuidado, limpando com soro fisiolófico e um algodão parte do sangue seco no galo que se formava na cabeça.
- Está sentindo enjoo e tontura, não é?
- Sim. - confirmou fazendo uma careta provavelmente pela ardência que sentiu quando o soro entrou em contato com o corte.
- Consegue enumerar numa escala de zero a dez a tontura?
- Uns sete.
- E o enjoo?
- Quatro pra cinco.
- Consegue ficar em pé? - ela deu as mãos para ele a fim de ajudá-lo e por um segundo a sensação das mãos macias dela causaram uma saudade de apertar o peito, levando o moreno aos tempos em que recebia um carinho especial da médica toda noite. Porém Harry saiu de seu devaneio ao se levantar com a ajuda da doutora. Ele sentiu uma pontada forte na cabeça, fazendo fechar os olhos com força. - Doeu a cabeça?
- Bastante. - ela o ajudou a voltar para maca e então anotou algo nos papéis que ele não pôde identificar.
- Bom, pedi uma ressonância para sabermos se é algo sério e vou falar com a enfermaria para te trazer compressa de gelo, um comprido para dor e medicamento na veia para tontura e enjoo, tudo bem?
- Obrigado.
- Ah, mais uma coisa, você caiu de bicicleta porque bateu em algo ou por conta de alguma dor ou tontura?
- É mesmo relevante?
- Sim. - ela riu fraco pois sabia qual seria a resposta.
- Tinha um galho na calçada e eu achei que conseguiria passar por cima. - explicou de uma maneira quase cômica. - Como dá pra ver eu não consegui. - concluiu apontando para si mesmo.
- Menos mal. - S/N riu. - Quando sair o resultado do exame volto aqui.
- Tudo bem.
- Qualquer coisa é só me chamar. - a médica deu um pequeno sorriso antes de deixá-lo e ele retribuiu como forma de agradecimento. Após ficar sozinho o rapaz inclinou a cabeça para trás, apoiando-a no travesseiro e soltou um suspiro profundo. Ele sentia falta dela. Não se conformava que havia deixado seu amor mais sincero escapar por ciúmes compulsivo. Já a doutora, poucos metros do pronto socorro, no corredor da ala pediátrica, encostou-se na parede repleta de desenhos infantis e escondeu o rosto com a prancheta. S/N sentia uma mistura de vergonha com saudade que coravam sua bochecha. Mas em contrapartida o sentimento de tristeza não demorou muito para aparecer quando lembrava-se de como sofreu nos dias que sucederam o término de seu relacionamento com Harry.
- S/A? Algum problema? - a voz familiar ecoou no ambiente fazendo a médica retirar devagar o objeto que cobria a face e encarar a amiga e chefe da pediatria.
- Harry está aqui.
- O quê? - Brooke franziu a testa em uma expressão confusa e preocupada. - Por quê?
- Caiu de bicicleta.
- E ele está bem?
- Está.. - respondeu mais calma a fim de tranquilizar a amiga. - Quer dizer, está um pouco tonto e enjoado, além da dor. Mas acredito ser nada sério. Por via das dúvidas encaminhei para uma ressonância.
- O quão constrangedor foi a consulta?
- Muito. - elas riram. - Mas para duas pessoas que não se viam há cinco meses e que brigaram feio na última vez até que disfarçamos bem os sentimentos.
- Está confortável em atendê-lo? Se quiser posso conversar com a Stacy e..
- Não, tá tudo bem. - S/N cortou a amiga. - Esse é o meu trabalho, não posso fugir das minhas responsabilidades só porque o meu ex virou meu paciente.
- Bom, ele não é qualquer ex e o fim do namoro de vocês não terminou bem.
- Eu não preciso levar isso em consideração agora. - ela riu. - Neste momento eu sou a médica e ele o paciente, nada além disso.
- OK. - a pediatra concordou com um tom um pouco desconfiado. - Se precisar de mim estarei na UTI. - Brooke piscou para S/N que sorriu em forma de agradecimento e ambas continuaram suas tarefas.
Aproximadamente uma hora depois S/N tinha os resultados da ressonância em mãos e caminhou até enfermaria, onde Harry estava recebendo a medicação na veia, porém parou alguns instantes no balcão da recepção da ala para assinar a receita médica e o exame de Styles.
- Soube que estou cuidando do seu ex? - uma voz masculina e bem perto de seu ouvido foi dita e no segundo seguinte S/N riu, sentindo um leve arrepio na espinha.
- Pedi para Grace colocar especialmente você como responsável. - brincou fazendo o moreno rir.
- Furei ele mais de uma vez se isso te tranquiliza.
- Alex! - ela riu, batendo no braço dele de leve. - Que horror!
- Estou brincando. Eu sou um ótimo profissional. Sei muito bem separar as coisas.
- Uhum.. - cruzou os braços e deu um sorriso sarcástico. - A medicação dele já terminou?
- Acho que mais uns dez minutos.
- OK. Obrigada pela ajuda.
- Ao seu dispor, madame. - o enfermeiro paquera beijou a mão dela e sorriu, fazendo a garota rir. - Está linda hoje, a propósito.
- Meu último banho foi ontem pela manhã.
- Disse que está linda, e não cheirosa. - novamente o rapaz brincou arrancando risadas da moça e se afastou dela, indo até outra parte do hospital. S/N tinha um carinho especial por Alex, e gostava de como ele animava seu dia como poucas pessoas. Sempre que se encontravam ela sentia-se como se ganhasse uma dose extra de energia e voltava ao trabalho com um sorriso no rosto. E dessa vez não foi diferente.
- Oi! - disse de forma simpática e alegre quando chegou perto de Harry sentado em uma cadeira almofadada, recebendo o remédio via intravenosa. - Melhor?
- Um pouco. - imediatamente a médica franziu a testa. Pelos exames e feição do rapaz ele deveria estar bem após a medicação. E ele estava. No entanto não queria ir embora pelo fato de estar ao lado de S/N e querer permanecer com ela por mais tempo sem que parecesse estranho.
- O que está sentindo?
- A tontura ainda não passou por completo. - mentiu.
- Jura? Que estranho. - ela disse olhando os exames novamente. - A ressonância não apareceu nada grave além do extravasamento do líquido para o tecido, comum de uma batida que é o que causa o inchaço na cabeça. A tontura está ligada ao impacto forte da sua cabeça com o chão já que o corpo não está acostumado com um choque desses. - enquanto ela falava seu cérebro tentava encontrar uma explicação plausível diante dos sintomas do moreno não terem cessado após a medicação. - Vou medir sua pressão, pode ser isso. - conclui de modo preocupada. A dedicação e cuidado com seus pacientes era tamanha que Harry vendo a cena sentiu-se na obrigação de dizer a verdade.
- Espera, eu tô legal.
- Como assim?
- Eu tô melhor, não sinto mais nada.
- Tem certeza, Harry? Não minta pra mim. - o modo como ela disse e a preocupação que sentia fez com que ele relembrasse de quando ainda namoravam e ela insistia em cuidar dele quando pegava algum resfriado ou coisa do tipo.
- Tenho. - ele riu fraco. - Não quero tomar seu tempo.
- Esse é meu trabalho.
- Bem, eu sei.. é que.. - Styles estava inseguro em tocar no assunto e pensou várias vezes antes de finalmente dizer o que queria.
- Parece que tem algo para me dizer. - apesar do tempo separado ela ainda o conhecia bem.
- Não é nada demais.
- Então diga.
- Não quero parecer invasivo.
- Pode falar. - claramente a mulher notou o nervosismo do ex que até sentou em um banquinho perto de onde estavam para resolver a situação misteriosa. Harry respirou fundo e fixou os olhos nos dedos batucando a coxa como forma de despistar o nervosismo.
- Eu não pude ignorar você e o enfermeiro conversando, e ele beijando sua mão e te fazendo rir.. - S/N logo notou que o problema de Harry não estava ligado à saúde física. Ele estava com ciúmes e ela gostando. - Vocês estão juntos?
- Eu e Alex? - ela riu após o questionamento retórico. - Não. Somos só amigos.
- Não me pareceu. - falou e se arrependeu na sequência. - Mas isso não é da minha conta. Desculpe.
- Está tudo bem. - ela riu. - Gostei de saber que ainda se importa.
- Achei que tinha superado. Mas quando te vi com ele.. senti.. sei lá…
- Ciúmes?
- Talvez. - dessa vez foi ele quem riu. - Então você não está namorando?
- Não. - fez uma pausa e encarou o chão. - E você?
- Também não.
- Certo. - o silêncio combinado com o constrangimento daquele diálogo fez com que formasse um desconforto no ar. Até Styles tomar coragem e tocar na ferida.
- Queria ter te chamado para conversar depois da nossa última briga, e consequentemente última vez que nos vimos.
- Eu provavelmente te ignoraria. - soltou um riso para amenizar a sinceridade.
- Então foi o destino que quis que nos encontrássemos depois.
- E desde quando você acredita em destino?
- Não acredito, mas foi um bom argumento. - ele sorriu quando conseguiu tirar uma risada da garota. Risada essa que ele amava escutar. Aquele sorriso que iluminava seus dias deu o estalo que ele precisava para Harry dar voz ao seu coração, que ainda era de S/N. - Queria muito conversar com você, S/A.. muito mesmo. - confessou olhando dentro dos olhinhos cansados mas atentos da médica. Ela não podia mentir para ele. S/N não entendia porque Harry havia terminado tudo o que construíram por situações bobas e que sempre a magoavam, pois ele nunca pedia desculpas. Sempre agia de forma arrogante, e no término não foi diferente. Mas ainda sim ela nunca esqueceu dele. Não teve um dia sequer que não sentiu falta do quão bom era amar e ser amada por ele.
- Saio do plantão daqui vinte minutos.
- Posso te levar para jantar? - perguntou esperançoso.
- São quatro da tarde, Harry. - ela riu. - E eu preciso de um banho.
- Não tem problema, eu te espero.
- Tem certeza? - ele assentiu. - OK, te encontro na recepção do hospital daqui a pouco.
- Tudo bem. - ele sorriu antes dela se afastar. - Ei, S/A. - a garota virou-se animada e curiosa, seu coração palpitava. - Obrigado por aceitar.
- Espero não me decepcionar.
- Te prometo que não.
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xoxo
Ju
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azvolkan · 6 months ago
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AYÇA  AYSIN  TURAN?  não!  é  apenas  AZRA  VOLKAN,  ela  é  filha  de  MACÁRIA  do  chalé  19  e  tem  29  ANOS.  a  tv  hefesto  informa  no  guia  de  programação  que  ela  está  no  NÍVEL  III  por  estar  no  acampamento  há  13  ANOS,  sabia?  e  se  lá  estiver  certo,  AZ  é  bastante  DISCRETA  mas  também  dizem  que  ela  é  EGOÍSTA.  mas  você  sabe  como  hefesto  é,  sempre  inventando  fake  news  pra  atrair  audiência.
⠀ ⠀ ⠀ CONEXÕES   STARTER CALL   DIARIOS DE UM SEMIDEUS
Já foi curandeira no acampamento, mas desde o chamado de Dionísio não voltou a se voluntariar para o papel;
É médica legista;
Dizer que prefere os mortos as pessoas é um exagero, a não ser que sejam filhos de Hades e Tânatos;
Consegue sentir o cheiro de uma alma prestes a ser levada por sua mãe, habilidade que lhe garantiu situações... Inusitadas.
⊹ 、 ⠀ PODERES
Êxtase Letal: Azra é capaz de absorver as lembranças felizes de suas vítimas e, com elas, sua energia vital. Durante o processo, a semideusa precisa estar em contato com seu alvo, que é induzido a um estado de êxtase ao reviver seus melhores momentos. Assim, a morte pelas mãos de Azra é tranquila e quase prazerosa, fazendo com que apresentem pouca ou nenhuma resistência a ela. Apesar da habilidade não ter efeito imediato, causando a morte dentro de um minuto, pode servir também para enfraquecer o oponente assim que esse encostar na Volkan.
⊹ 、 ⠀ HABILIDADES
Agilidade  sobre-humana  e  previsão.
⊹ 、 ⠀ ARMA
Misty. Presente de Macária, a cimitarra curta, com cerca de 56cm, é quase uma extensão de Azra. Perfeitamente balanceada, a arma possui uma lâmina curva feita de ferro estígio, exibindo padrões intrincados por todo comprimento. O cabo, envolto por um couro resistente, lembra o formato de asas afiadas na parte superior, com pequenas pedras azuis decorando as bordas. Quando não está em uso, a arma se transforma num pingente de mariposa — daí o design de sua base.
⊹ 、 ⠀ BIOGRAFIA
A deusa da boa morte não era dada a sair com mortais. Ciente de todas as complicações que relacionamentos com as frágeis criaturas carregavam, preferia manter sua distância, concedendo uma passagem tranquila para o Hades e nada mais. Porém, em raras ocasiões, o brilho de algumas almas a atraia ainda em vida, pulsando com uma energia impossível de resistir. Adem Volkan foi um desses casos excepcionais.  
Macária havia observado o médico trabalhar por anos, admirando sua determinação e sobriedade. A deusa o assistiu chorar e rezar, assim como sorrir entre as lágrimas. Nem sempre a morte é uma condenação, consolou um paciente certa vez, mas sim uma benção para as almas cansadas. E, para sua surpresa, as palavras foram uma das mais genuínas que testemunhou um mortal proferir. 
Sua sucessão de erros começou aí: ao se deixar intrigar, tornando impossível resistir a tentação que a pureza da alma de Adem representava. 
A aproximação entre divindade e mortal se deu de maneira intensa, com uma conexão instantânea que fez o médico convidar a desconhecida para um jantar tardio após minutos de conversa. Uma decisão deveras incomum para o rapaz, que não se considerava romântico ou impulsivo. Era, no entanto, acostumado a não renegar seus desejos. Foi assim com sua profissão e seria assim com a mulher que seria sua. Macária não pretendia entreter o encontro por mais de uma noite, mas a entrega completa e a abordagem direta do Volkan fez com que voltasse noite após noite, até que começasse a cogitar o impossível. 
Por meses, deixou-se levar pela fantasia mundana de ter uma família — ela, Adem e a criança em seu ventre. Por meses, viveu uma vida que não lhe pertencia, uma realidade na qual seu status divino não tinha espaço. O submundo demandava que voltasse para seu lugar e criaturas rondavam a casa que passaram a viver, ameaçando a segurança de quem mais ansiava proteger. 
Confrontada com a gravidade de suas escolhas, a deusa se viu sem opções. Uma carta e um pendente de mariposa negra foi tudo o que restou de Macária. Isso… E um pequeno embrulho no quarto de Adem.
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Azra nasceu à semelhança do pai. Cabelos escuros emolduravam o rosto em abundância, o tom da pele que sempre parecia estar bronzeado, as sobrancelhas fortes que marcavam sua teimosia — uma cópia fiel do médico, não fosse o verde tempestuoso de seus olhos.
Az, como passou a ser chamada, seguia o pai por todos os cantos, enlouquecendo as babás que eram vítimas de suas fugas constantes até o hospital da cidade. Sua persistência fez com que o médico passasse a levar a garota cada vez mais ao trabalho, onde se tornou o mascote de todos os funcionários. Adorava passar seu tempo com as enfermeiras na sala de descanso e fazer as refeições com os funcionários da copa. Às vezes, em dias de pouco movimento, até era convidada a ficar na ala pediátrica, ajudando a acalmar outras crianças. Contudo, não demorou muito para que a menina demonstrasse comportamento atípico.
Não sabia explicar como, nem porquê, mas conforme foi ficando mais velha começou a… se sentir atraída por certos pacientes. Não havia uma regra quanto a esses. Podia tanto ser pessoas de mais idade, adolescentes, crianças, homens ou mulheres. O único ponto em comum estava no fato de que, invariavelmente, tais pessoas vinham a óbito poucas horas após conversar com a Volkan.
Inicialmente, todos consideraram como uma infeliz coincidência, passando a terem mais cuidado com os ambientes que Azra poderia visitar. Porém, embora seu acesso às alas e paciente tenha sido limitado, a situação voltou a se repetir uma e outra vez. Em dado momento, de mascote, a menina passou a ser vista como mau agouro, sendo evitada por muitos que antes amavam tê-la por perto. 
Os boatos foram se tornando mais agressivos a cada visita que Az fazia ao hospital, chegando a precisar da interferência de Adem ao ser acusada de causar a morte de uma senhora cujo estado sequer era grave antes de conversar com a Volkan. Uma coincidência, claro… Ou não. 
A verdade é que certas pessoas exalavam um aroma muito característico, doce, que remetia a Azra um cansaço profundo que, a seu ver, devia ser óbvio. Apesar das palavras cruéis que eram jogadas contra ela, desejava ter um fim como o daqueles que consolava. Sereno, tranquilo, sem dores ou arrependimentos. Um fim reservado a poucos, especialmente para pessoas como seu pai: boas, honradas, altruístas, heroicas até. 
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Um acidente de carro mudou a visão de Azra definitivamente.
Na manhã daquele sábado, não sentiu nada de diferente. Não havia auras cansadas, borboletas dentro de casa, nada que anunciasse uma morte iminente. Ainda assim, ao sair com o pai para um passeio nas praias de Esmirna, a tragédia os acompanhou, invisível até ser tarde demais.
No meio da estrada vazia, uma mancha negra apareceu. “O que é aquilo?”, lembrava de ter indagado assustada, mas tudo que recebeu do pai foi um cenho franzido. Seu desespero e medo foram crescendo conforme o carro ia se aproximando da mancha, que ganhava uma forma canina… Mas diferente. Estranha. Monstruosa. Talvez estivesse ficando louca, pensou, enquanto gritava mais e mais para o pai desviar. “Do que, Azra?” perguntava, nervoso com o pânico da filha. Pedidos de calma e a mão protetora em seu ombro não surtiam efeito. Iam bater, sabia disso, e seu pai não via nada. Nenhuma das três cabeças que os encaravam. Não conseguia mais pensar, nem respirar. Não sabia em que momento havia agido, só de ter alcançado o volante e puxado, tentando mudar de direção. Em seguida um borrão, o som afiado do pneu protestando contra o asfalto, o estrondo do metal acertando a terra… E silêncio. 
Ao abrir os olhos, não era mais de manhã, tampouco estava dentro de um carro. 
Confusão tomou conta de sua mente, as íris esverdeadas freneticamente olhando ao seu redor. Não sabia que havia cavernas na cidade, muito menos como havia parado em uma. Um aperto em sua mão fez com que voltasse o olhar para a fonte do toque. Não tinha notado o pai ao seu lado. Estava prestes a perguntar onde estavam, quando Adem disse uma única palavra, encarando um ponto a frente. Não,  uma mulher. “Macária.” 
Sua mãe?
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Uma punição. Horas se passaram, anos mais se passariam, e Azra continuaria demonstrando a mesma reação a explicação de Macária. Revolta. Ira. Incredulidade. Seu pai não deveria ter morrido de maneira tão trágica, mas a interferência de seu “avô” havia mudado esse fato. A deusa da boa morte deveria ser punida por pensar que poderia ter o que nenhum outro deus foi capaz. Por, um segundo sequer, ter imaginado que poderia ter uma família ali, num canto esquecido da Turquia. Pelos meses passados longe, foi proibida de encontrar o amado, de proporcionar a passagem tranquila que merecia.
O que podia, no entanto, era dar uma segunda chance à filha, que pendia entre os véus da vida e da morte, ainda a esperar uma decisão das moiras. Mas mesmo para isso haviam condições. Caso voltasse ao mundo mortal, não poderia retornar a Esmirna. Sua parte divina atrairia monstros — e a proximidade com a Grécia agravaria a situação. Para sua própria segurança, seria levada ao Acampamento Meio Sangue, onde deveria aprender a controlar o poder que aos poucos despertava em seu cerne, embora não soubesse bem qual.
Devia ter concordado com os termos e satisfeito as moiras, pois num piscar de olhos, viu-se em meio a uma floresta. A sua frente, um portal em madeira, as letras entalhadas embaralhando antes de formarem as palavras que selariam seu destino. 
Com nada a perder, entrou no acampamento sozinha, o queixo erguido. Logo um centauro veio a seu encontro, os olhos tão curiosos quanto cautelosos. Não precisou sequer anunciar seu parentesco divino, a marca de Macária pairando sobre sua cabeça deixava claro a que chalé pertencia. Obviamente, questionamentos sobre sua origem foram inevitáveis. De onde veio? Como chegou ao acampamento sozinha? Como sabia quem era sua mãe? As memórias de sua breve passagem pelo Submundo eram nebulosas, mas tentou responder da melhor forma possível. Contou pouco sobre seu pai, incapaz de prover informações sem o luto sufocar suas palavras — a bravata ao entrar no local há muito esquecida.
Felizmente, seus irmãos e os amigos que fez no acampamento ajudaram na superação do episódio. Não esqueceu o que aconteceu, tampouco perdoou, mas aprendeu a seguir em frente. Treinou até se tornar uma guerreira eficiente, habilidosa com a lança que descobriu estar escondida em seu colar. Estudou até se formar em medicina como o pai, especializando-se em medicina legal. Aprendeu a sorrir e a mascarar suas estranhezas. Contudo, em nenhum momento do percurso, permitiu-se esquecer.
Por isso, ao receber o chamado de Dionísio, Azra considerou seriamente não atendê-lo. Nada de bom podia vir de uma mensagem como aquela, muito menos estava disposta a lutar uma guerra que não era sua. A única razão para, no final de tudo, ter voltado a Nova York após anos de distância, foi o presságio que se alojou em seu âmago. 
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rebuiltproject · 1 year ago
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Arctimon
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Nível Adulto / Seijukuki / Champion  Atributo Vacina  Tipo Dragão Celeste  Campo Salvadores das Profundezas (DS) / Rugido do Dragão (DR) / Guardiões do Vento (WG)  Significado do Nome Arctic, Ártico em Inglês 
Descrição  
Ainda que as ações dos Glacmons sejam famosas, sendo respeitadas por muitos que já foram testemunhas do grande empenho em salvar Digimons enfraquecidos pelo frio intenso, nem todos se simpatizam com a causa. Casos de ataques contra grupos de resgate tem aumentado, e em boa parte deles a força dos agressores é maior que a dos Glacmons, por isso vários deles, cativados pelo sentimento de proteger seus pares, atingiram a forma de Arctimon. 
Este Dragão Celeste é uma resposta perfeita contra a ação dos malfeitores, visto que com suas asas feitas de energia criogênica ele demonstra uma mobilidade muito além da que tinha em sua forma anterior, patrulhando e supervisionando os destacamentos de Glacmons para que possa garantir a segurança de todos, sendo extremamente rápido em interceptar possíveis ameaças. 
Pernas robustas e bem desenvolvidas também são um grande destaque de Arctimon, que as usa para desferir golpes dilacerantes em inimigos, apesar de que na maior parte do tempo sua função se torna carregar grandes objetos e Digimons enfermos. 
Neste último caso, Arctimon é essencial para levar Digimons pesados que os Glacmons não consigam carregar, como também em casos de urgência, onde pacientes em estado crítico necessitem de um atendimento mais especializado e rápido nos prontos socorros montados por eles. 
Técnicas 
Navalha Voraz (Voracious Razor) Usa as garras de seus pés para agarrar ou rasgar os oponentes com uma força absurda. 
Estrela do Ártico (Arctic Star) Atira uma flecha de energia criogênica pela boca, causando uma intensa explosão quando atinge algo. 
Pregos Invernais (Winter Nails) Lança as estacas de pedra de suas asas para empalar e/ou prender o adversário. É um golpe arriscado, pois até que elas voltem para suas posições originais, Arctimon não consegue projetar suas asas para voar. 
Criofobia (Cryophobia) Estende suas asas e voa contra um inimigo, atingindo-o com elas e congelando completamente a região que for tocada. Mesmo com um pequeno arranhão, o gelo começa a se propagar a partir da área atingida e, se não for parado, congela o alvo por completo. 
Linha Evolutiva 
Pré-Evolução  Glacmon 
Artista Jonas Carlota  Digidex Empírea 
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thearios · 1 year ago
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〈 ⁺₊⋆ ☀︎ ⋆⁺₊ 〉 JEON WONWOO? não! é apenas JULIAN CRESCENT MOON, ele é filho de APOLO do chalé SETE e tem VINTE E SETE ANOS. a tv hefesto informa no guia de programação que ele está no NÍVEL TRÊS por estar no acampamento há DEZESSEIS ANOS, sabia? e se lá estiver certo, JULES é bastante PACIENTE mas também dizem que ele é DISTRAÍDO. mas você sabe como hefesto é, sempre inventando fake news pra atrair audiência.
I. BIOGRAFIA
A Costa Oeste como um todo era a casa de Lily Rose e Phoenix, que nunca paravam no mesmo lugar por muito tempo. Ambos seguiam o sol e a música, vivendo como nômades inseridos numa comunidade hippie. A vida não era cheia de regalias, mas a filosofia sempre foi forte. Paz, em primeiro lugar, e a alegria seria consequência. Foi assim que o casal Moon chamou a atenção de um músico forte, com quem passaram dias incríveis dançando ao redor de fogueiras. Eles não ficaram tristes quando o homem sumiu — pessoas eram passageiras, iam e vinham como o vento —, mas definitivamente não esperavam que o encontro rendesse algo tão permanente como Julian.
Sua mãe sempre teve impressão de que Jules era diferente dos irmãos, como se tivesse nascido com uma aura muito forte dentro dele, cheio de luz. E, bem, não demorou muito tempo para notar que sim, aquilo era literal e atraía espíritos ruins. Incensos, flores, cristais, tudo foi usado para afastar os maus agouros e a qualidade nômade da comunidade protegeu o pequeno semideus de mais ataques de monstros. Lily Rose entendeu muito rápido o que estava acontecendo e fazia o possível para proteger o garoto, além de proteger os mortais que viviam com eles. Eram uma família e iriam manter todos seguros, independente do que acontecesse.
Jules foi levado para o Acampamento Meio Sangue numa viagem muito peculiar pelo país, com um carro cheio demais e algumas multas na conta de seus pais. Para quem morava pulando de camping em camping, se adaptar ao estilo de vida de um semideus foi tranquilo, tirando a parte em que precisava lutar pela sua própria vida. Como alguém que preferia ficar na enfermaria do que nos campos de treinamento, sua aptidão para administrar poções curativas virou a sua especialidade. 
Se juntou aos Curandeiros e, após seus anos de campista, passou a cuidar e a ensinar os mais novos. É uma pessoa muito responsável para quem cresceu numa rotina muito libertária, e tenta ao máximo guiar seus irmãos pelo caminho certo, seguindo uma filosofia bem mais pacífica e colocando a vida e segurança como prioridades. Além de tudo, está extremamente acostumado a ter irmãos: é o filho do meio de sete, o único semideus entre os filhos de Phoenix (mas isso nunca fez Jules se sentir menos filho de seu pai mortal), além de ser um dos muitos filhos de Apolo residindo no chalé 7.
Quando ficou velho demais para o Acampamento, encontrou uma casa em Nova Roma. Lá, começou a aprender Medicina de uma maneira um pouco mais acadêmica (e não “ei, tem alguém morrendo aqui na sua frente agora, faz alguma coisa!”), mas não chegou a terminar o seu curso: com o chamado de Dionísio, voltou para o chalé que costumava chamar de lar.
II. PODERES.
[ MANIPULAÇÃO SOLAR ] — Sendo filho do Deus Sol, Julian consegue manipular raios solares se passa o dia sob o sol se recarregando. Seus cabelos ficam loiros ao usar o poder e, caso esteja à noite, sua luz é um pouco mais fraca e pode se esvair completamente. Se sente mais enérgico e forte quando exposto ao sol, e é quando suas habilidades físicas estão em melhores condições.
III. HABILIDADES.
Fator de cura acima do normal e previsão.
IV. ARMA.
[ SUNBEAM ] — Um arco de bronze celestial com detalhes de sóis, a aljava e suas flechas também são decoradas com os mesmos motivos. Quando a corda do arco é puxada, o portador da arma concentra os raios de sol numa mira luminosa que somente Jules consegue ver e, assim, sabe exatamente onde acertar. A mira acompanha a flecha e, caso esteja com energia solar disponível em seu corpo, pode acabar parcialmente queimando o seu alvo.
V. BENÇÃO.
[ BÊNÇÃO DE ASCLÉPIO ] — Jules foi abençoado pelo deus Asclépio, deus da Saúde e da Medicina, por conta de seus anos trabalhando para curar outros semideuses. Em específico, Julian acabou salvando outro companheiro de enfermaria quando este foi enviado em missão, criando um antídoto para um veneno de monstro em tempo recorde. A bênção o permite fazer medicamentos com ambrosia, néctar e outros materiais, além de saber administrá-los na dose certa para não acabar acidentalmente matando um semideus. Seu objetivo é manter o máximo de pessoas saudáveis e reverter casos graves.
VI. CARGO.
Jules é um dos Curandeiros de Apolo responsáveis pela Enfermaria, e já participou do trabalho por um longo tempo antes de ir para Nova Roma. Retomou o posto agora e o leva muito à sério.
VII. TRIVIA.
Julian tem mais seis irmãos que não são semideuses: Breeze Quarter Moon, Saffron Full Moon, Juniper Eclipse Moon, Arlo Dark Moon, Zephyr Earthshine Moon e Onyx New Moon. Ele nasceu entre Juniper e Arlo (sendo o quarto filho de Phoenix e Lily Rose), e acha engraçado ter o nome mais comum sendo o único semideus do bando.
Inclusive, toda essa história é uma bagunça. Sim, seu pai por DNA e o que torna um semideus é Apolo, mas Phoenix é seu pai mortal que o criou junto de sua mãe. Eles não são casados — já que Phoenix e Lily Rose são alérgicos à monogamia — mas se dão muito bem, moram juntos e amam muito seus filhos. Inclusive, o casal também amam muito Apolo e, se o Deus não tivesse uma carruagem do Sol para cuidar, os Moon estariam em seu acampamento hippie o esperando de braços abertos.
Ao contrário dos pais, Jules e os irmãos são bem mais caretas. Jules é o segundo mais careta de todos, perdendo a coroa apenas para Breeze, a mais velha. Ela é a adulta funcional dos Moon que tem casa, emprego fixo e geralmente é o porto seguro dos mais novos.
E também contrariando os pais, Julian é muito monogâmico e sonha com um casamento digno de livros. Mesmo com a dislexia e o déficit de atenção, o garoto sempre amou ler e se perdia no mundo da fantasia, sem ter muita noção que a sua própria vida era um pouco fantástica demais para a realidade.
Apolo já o visitou nas férias, levando um presente de aniversário para o semideus quando ele tinha quinze anos. Estava começando a sofrer com as consequências de seu poder e sua mira no arco e flecha estava piorando, então seu pai levou um arco para que pudesse conviver com isso. Sunbeam tem esse nome por ser uma mira feita de luz do sol, especialmente para combater a vista cansada de Jules.
Também para combater esse problema, pediu para seus amigos do chalé de Hefesto trabalharem num óculos que pudesse filtrar um pouco mais do que só luz azul. Tem um par de óculos relativamente normais, eles só tem uma proteção à mais por conta da manipulação de luz solar.
Em certo ponto de sua vida no Acampamento, virou o embaixador oficial dos Skittles. Isso é: ele quem saía em missões e voltava com vários doces mundanos para o seu chalé. Como deixou de ser conselheiro, essa responsabilidade não é mais dele.
Inclusive, passou um bom tempo em Nova Roma, estudando Medicina de uma maneira mais mundana e menos mágica. Ser um garoto grego no meio dos romanos era meio tedioso, por isso encontrou outros alunos dispostos a entornarem bebida e fizeram canecas personalizadas combinando com uma águia. Era o mascote deles.
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falangesdovento · 1 year ago
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Minha felicidade depende de mim, não a deixarei nas mãos dos outros. Serei mais paciente comigo.
Me cuidarei em primeiro lugar.
Viverei o presente e serei mais grato pelas coisas simples.
Me proíbo de me culpar pelas coisas que não estão no meu controle. Me comprometo a dizer não em situações que não me sentir confortável. Expressarei minhas opiniões com segurança...
Paz, luz e bem! Lucas Lima
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ringostxrs · 2 months ago
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ㅤㅤㅤㅤ#𝐑𝐈𝐍𝐆𝐎𝐒𝐓𝐗𝐑𝐒 𝖯𝖱𝖤𝖲𝖤𝖭𝖳𝖲 𝕰𝐃𝐖𝐀𝐑𝐃 𝕶𝐘𝐕𝐄𝐓𝐓 
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⠀⠀⠀⠀❝  forgive  me  father,  i  have  sinned ⠀⠀⠀⠀    𝒅𝒂𝒓𝒌𝒏𝒆𝒔𝒔  put  her  meaty  claws  in  me  again ⠀⠀⠀⠀     her  vision  drowns  like  𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖𝑐𝑒  𝑤𝑖𝑛𝑒 ⠀⠀⠀⠀     whispered  kisses,  so  𝒅𝒊𝒗𝒊𝒏𝒆 ⠀⠀⠀⠀     i  was  blessed,  but  now  i've  come  undone  .  .  .  ❞
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ㅤㅤㅤㅤ⸻ bem-vindo, EDWARD KYVETT! estamos felizes em ver que ele chegou em segurança em sua jornada para salem. ao redor da cidade, as senhoras na porta da igreja sussurram que ele tem TRINTA E CINCO ANOS e foi elogiado como PACIENTE, SOLICITO E COMPREENSIVO, mas alguns sussurraram que ele também é BISBILHOTEIRO, EXIGENTE E AUTORITÁRIO. após sua chegada, fica claro que ele trabalha como MONGE CATÓLICO. espero vê-lo na próxima pregação para conferir se é verdade que se parece mesmo com ANEURIN BARNARD. 
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seu personagem se lembra de 2024? 
ㅤㅤsim. 
conte-nos a vida do seu personagem em 1691? 
ㅤㅤedward veio de uma família muito pobre e sem nenhum tipo de expectativa para o futuro. sendo o terceiro filho de sete, precisou cuidar de si mesmo desde muito novo e se apoiou na fé para conseguir crescer na vida. com a ajuda do padre william, resolveu seguir a fé, entrando para um monastério a fim de ser padre. no meio do caminho, acabou entrando para um monastério italiano em uma ordem que mantinha o silêncio, mantendo-se sem falar desde então. ainda assim, foi enviado para salem com a missão de criar um monastério de ordem no local a fim de ajudar a caça às bruxas, livrando a terra de todo o mal de satanás. 
ele trouxe algo de 2024? 
ㅤㅤuma palheta com o logo do metallica. 
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planetabio · 7 months ago
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Ação do Ozempic no Organismo Humano
Não é para uso estético!
Princípios Ativos
Você conhece uma substância chamada de semaglutida?
Você disse não?
Bem, e o medicamento conhecido como "ozempic", já ouviu falar?
Muita gente conhece o "ozempic" como aquela "injeção que faz emagrecer".
Pois é, mas não foi exatamente para esse propósito que a estadunidense Food and Drug Administration (FDA) e que a brasileira Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) liberaram esse tipo de medicamento.
A semaglutida, vendida com o nome comercial "ozempic" ou ainda "wegovy", é um peptídeo sintético semelhante ao hormônio GLP-1 (glucagon-like peptide-1) produzido pelas "células L" (endócrinas) do intestino delgado.
O GLP-1 ajuda a regular a glicemia (concentração de glicose no sangue), pois ele estimula as células  β do pâncreas a produzir insulina, hormônio responsável pela diminuição da taxa de glicose no sangue.
O "ozempic" imita ( é agonista) o GLP-1 e é por essa razão que esse medicamento foi liberado pelas agências controladoras (FDA e ANVISA) no tratamento da Diabetes Mellitus tipo 2.
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Mecanismos Fisiológicos
No organismo humano, o "ozempic" (assim como o GLP-1) promove diversos efeitos:
1- Aumento da Produção de Insulina: como já mencionamos, a semaglutida age nas células  β do pâncreas estimulando-as a produzir insulina, com consequente diminuição da glicemia.
2-Inibição da Produção de Glucagon: a semaglutida inibe as células α do pâncreas, responsáveis pela produção de glucagon, hormônio que promove o aumento da glicemia por meio da glicogenólise (quebra do glicogênio no fígado).
3-Retardamento do Esvaziamento Gástrico: a semaglutida diminui o processo de esvaziamento do estômago. Esse efeito faz diminuir a fome, pois quando o estômago está "cheio", o hipotálamo (área cerebral) fica mais "saciado". Além disso, estudos sugerem que níveis altos de semaglutida inibem a produção de grelina, hormônio produzido pelo estômago que age no hipotálamo promovendo a sensação de fome.
4-Inibição do Hipotálamo: a semaglutida age também diretamente no sistema nervoso central, principalmente no hipotálamo, diminuindo a sensação de fome.
5-Proteção das Células  β: estudos científicos sugerem que a semaglutida retardam a apoptose (morte celular programada) das células  β, um outro ponto a favor da utilização do "ozempic" no controle da Diabetes Mellitus tipo 2.
6- Aumento da Sensibilidade à Insulina: estudos científicos sugerem que a presença de semaglutida na corrente sanguínea aumenta a sensibilidade das células corporais à ação da insulina, o que promove diminuição da glicemia.
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Uso Terapêutico da Semaglutida
Embora o "ozempic" e o "wegovy" tenham a semaglutida como princípio ativo, eles não são exatamente os mesmos medicamentos, pois apresentam dosagens diferentes.
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O "ozempic" pode ser utilizado no tratamento de Diabetes Mellitus tipo 2; sua dose inicial geralmente começa com 0,25 mg por semana, aumentando gradualmente até atingir a dose de manutenção de 2,4 mg por semana.
O "wegovy" pode ser utilizado no tratamento de adultos com obesidade (IMC ≥ 30) ou com sobrepeso (IMC ≥ 27), portadores de doenças associadas como como hipertensão, Diabetes Mellitus tipo 2, ou dislipidemia.
Administração da Semaglutida no Organismo
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Bem, primeiramente é sempre bom lembrar que a aplicação desses medicamentos deve ser prescrita por um médico e nesse caso, geralmente tanto o "wegovy" quanto o "ozempic" são administrados por meio de injeções subcutâneas.
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Ambos os medicamentos são projetados para administração em casa, pelo próprio paciente. Para isso, é importante seguir as instruções fornecidas pelo médico e pelo fabricante para garantir a eficácia e segurança do tratamento. Se houver dúvidas sobre a administração ou possíveis efeitos colaterais, é sempre recomendável consultar um profissional de saúde.
Na maioria dos caso, a administração desses medicamentos ocorre uma vez por semana. A injeção pode ser feita na parte superior da coxa, no abdome ou na parte superior do braço.
Uso Indevido da Semaglutida
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Esses medicamentos não foram feitos para alimentar a "indústria da vaidade", principalmente aquela que se propaga nas redes sociais, inclusive por algumas "celebridades" de ocasião. Na verdade, o uso off label (fora da bula) do "ozempic" ou do "wegovy" pode trazer diversos prejuízos à saúde, entre eles:
1-Efeitos Colaterais: náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal e perda de apetite.
2-Problemas Gastrointestinais: mal funcionamento do estômago e intestinos com desencadeamento de diarreias e vômitos que levam à desidratação e ao desequilíbrio eletrolítico.
3-Hipoglicemia: a semaglutida utilizada de forma inadequada somada à inadequada orientação nutricional pode aumentar o risco de hipoglicemia (falta de glicose no sangue).
4-Problemas de Saúde Subjacentes: a semaglutida utilizada de forma inadequada pode agravar doenças pré-existentes, como insuficiência renal, doenças gastrointestinais, ou histórico de pancreatite.
5-Efeitos sobre a Perda de Peso: a semaglutida utilizada sem necessidade médica faz o organismo perder peso de forma perigosa e ocasionando efeitos adversos significativos, como desnutrição, desequilíbrios eletrolíticos e problemas cardíacos.
6-Dependência e Uso Excessivo: O uso não prescrito e monitorado pelo médico desses medicamentos, pode se transformar em utilização excessiva com padrões de dependência.
Vida Saudável
Vamos caminhar? Fumar nunca! Beber só com moderação! Preciso tirar o açúcar da minha vida! Vamos de bike? Que tal um corridinha no calçadão? Desliga esse celular!
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Essas são apenas algumas das atitudes que podem nos trazer inúmeros benefícios para a preservação do bem estar físico e mental.
Claro que os medicamentos descritos são muito benvindos quando o assunto é tratamento da diabetes ou da obesidade, duas das principais doenças dos tempos modernos.
Mas a utilização da semaglutida sem necessidade pode levar o usuário ao outro lado do espectro, com outros tipos de malefícios, muitas vezes apenas para atender uma demanda fantasiosa que valoriza apenas padrões estéticos insustentáveis.
Leia também:
1-https://pharmacia.pensoft.net/article/104481/ (acesso em julho de 2024).
2-https://g1.globo.com/saude/noticia/2024/03/26/ozempic-como-funciona-quais-os-efeitos-colaterais-e-os-relatos-de-quem-usou-o-remedio-para-emagrecer.ghtml (acesso em julho de 2024).
3-https://g1.globo.com/saude/noticia/2023/01/03/semaglutida-anvisa-aprova-injecao-para-tratar-obesidade.ghtml (acesso em julho de 2024).
4-https://falandofarmacologia.ufms.br/semaglutida-e-aprovada-pela-anvisa-para-o-controle-da-obesidade/ (acesso em julho de 2024).
5-https://jornal.usp.br/podcast/pilula-farmaceutica-139-uso-indevido-do-ozempic-para-o-emagrecimento/#:~:text=%E2%80%9COs%20riscos%20do%20uso%20indevido,%C3%A0%20obesidade%20est%C3%A1%20sendo%20estudada. (acesso em julho de 2024).
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haruthinks · 2 years ago
Text
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(descrição de imagem: retângulo azul claro tendo nas bordas duas formas geométricas arredondadas em um azul levemente mais escuro para decoração. uma foto de um óculos fechado com a escrita "haruthinks" embaixo indicando o autor do post. em seguida, o título da série "guia para escrever personagens cegos ou com baixa visão", seguido de uma linha para separar o texto do indicador da parte "parte 4: bengalas, cães guia e O&M (orientação e mobilidade). fim da descrição de imagem).
guia para escrever personagens cegos ou com baixa visão parte 4: bengalas, cães guia e O&M (orientação e mobilidade).
opa, aqui estou eu para a parte 4 da tradução desse guia escrito originalmente (em inglês) por mimzy cujo blog você pode acessar clicando aqui. já postei as 3 primeiras partes no meu blog, mas se esse post é o primeiro que você vê da série, você pode encontrar os outros 3 aqui:
parte 1: construção de personagem (link)
parte 2: escolha de narrativa, descrições visuais e verbais e interações sociais (link)
parte 3: clichês para evitar (link)
mimzy é uma pessoa com deficiência visual que está escrevendo seu próprio livro de fantasia, e ao decorrer de sua jornada na escrita já escreveu dois personagens cegos.
segue os famosos disclaimers: eu não sou uma pessoa cega e nenhuma das experiências trazidas nesse guia são minhas. esse post se trata de uma tradução de um guia escrito por uma pessoa cega. acho que esse tópico é de extrema importância, não apenas para aprender a como escrever personagens cegos de uma forma mais coerente e respeitosa, como apenas para saber mais sobre. digo aqui também que fiz essa tradução da forma mais fiel possível, mas caso haja algum termo incorreto, por favor, fale comigo! sem mais delongas, vamos a parte 4!
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a partir daqui começa a tradução. o guia foi escrito em primeira pessoa por se tratar muito das vivências pessoais de mimzy, então irei traduzir em primeira pessoa também. retorno a dizer que NÃO SÃO minhas experiências.
o que é orientação e mobilidade (o&m)
orientação e mobilidade (ou o&m) é a habilidade de entender e navegar pelo mundo com segurança e confiança, tendo perda de visão.
irei citar a definição do vision aware (portal online e gratuito que informa pacientes, parentes próximos e mais sobre possíveis tratamentos, além de mais informações).
orientação: se refere à habilidade de saber onde você está e para onde você quer ir. seja andando de um cômodo para o outro, andando no centro da cidade ou no shopping.
mobilidade: se refere à habilidade de se deslocar com segurança e eficiência de um lugar para o outro. exemplo: conseguir andar pela rua sem tropeçar ou cair em degraus de escada e mudanças de piso, como atravessar ruas e usar transporte público de maneira segura.
o&m pode envolver:
✓ aprender a como usar uma bengala e qual seria a mais adequada para você.
✓ se deslocar com segurança entre obstáculos utilizando sua bengala. isso inclui escadas, rampas, elevadores, calçadas irregulares e curvas, e também como andar entre uma multidão e entre móveis/mobília.
✓ aprender estratégias seguras para atravessar a rua.
✓ planejar rotas para destinos, sejam eles novos ou recorrentes.
✓ usar tecnologia como gps e aplicativos como uber.
✓ acessar o transporte público de maneira segura.
✓ como pedir ajuda quando preciso.
✓ como lidar com guias que enxergam (humanos).
um adendo a comunidade cega e seu relacionamento com bengalas
A Escola para Cegos Perkins (ou Perkins School for the Blind, uma renomada instituição estadunidense voltada para a educação de jovens e crianças com deficiência visual) estima que apenas 2 a 8% da comunidade cega conta com a bengala para se locomover. o resto depende na visão restante, cães guias e guias que enxergam. porém, estima-se que apenas 2% da comunidade cega se apoia em cães guias. e para conseguir um cão guia, a pessoa precisa passar pelas aulas de o&m e usar a bengala por 6 meses antes de poder se inscrever para ter um cão guia.
notas da tradutora: pesquisei como se dá esse processo no brasil e é bem similar, porém aparentemente não precisamos da etapa de utilizar a bengala por 6 meses. mas sim, é preciso realizar o treinamento de o&m, ter mais de 18 anos, ter condições financeiras e psicológicas para cuidar de um cachorro, e mais. você pode ler um pouco mais nesse portal oftalmológico aqui.
isso significa que 90% da comunidade cega não utiliza bengalas. eu não sabia desse dado até começar a pesquisar para esse guia, e esse número me assustou. sério, mesmo que eu já tenha me locomovido sem a bengala antes, eu não consigo imaginar voltar a não usar. mesmo que eu só precise da bengala em alguns momentos, eu não consigo não usar nas situações que eu realmente preciso. ter uma bengala facilitou muito a minha vida, além de deixá-la mais segura também.
eu não sei a que atribuir esses números. talvez aos conceitos de deficiência visível x invisível, capacitismo internalizado, ou o sentimento de "não ser cego o suficiente" para usar uma bengala. além de tudo, a acessibilidade e informação para a comunidade cega saber mais sobre, e também onde comprar uma.
como se aprende o&m? como meu personagem vai aprender?
seu personagem vai ter que encontrar um instrutor de orientação e mobilidade que vai ensiná-lo as habilidades pessoalmente. o instrutor de o&m é um adulto que enxerga e que possui um diploma de bacharel na área, além de passar pelo treinamento de o&m estando vendado, que geralmente possui um requerimento mínimo de horas para conseguir o certificado de instrutor (um programa exige 400 horas de treino de o&m vendado antes de conseguir a licença).
esse é o processo para se tornar um instrutor nos estados unidos, em outros países isso pode variar.
notas da tradutora: pesquisei sobre o processo de se tornar instrutor de o&m no brasil e devo dizer que não achei muita coisa. mas, pelo que eu vi, aparentemente o curso não precisa ser superior para conseguir a licença. posso estar errada, caso você saiba mais informações, favor comentar que eu insiro aqui!
para encontrar um instrutor de o&m, seu personagem precisa entrar em contato com uma escola, fundação ou instituto para cegos. é possível encontrar a instituição mais perto de você através de:
✓ pesquisas no google;
✓ indicação de um oftalmologista;
✓ ajuda de um assistente social;
✓ a escola/universidade pode tentar entrar em contato com alguma instituição por você.
infelizmente, não há uma abundância de escolas e fundações por aí, então a mais próxima do seu personagem pode ser bem longe. a mais perto da minha casa fica a 45 minutos de carro, para algumas pessoas pode ser até horas de viagem.
mas isso é, novamente, a minha experiência nos estados unidos. leve em consideração que é um país muito grande e tem um espaço maior entre uma cidade e outra. então uma viagem de 4 a 6 horas pode não significar muita coisa aqui (por mais que seja bem inconveniente para uma pessoa cega que não pode dirigir), mas em outros países, uma viagem de 6 horas pode significar cruzar várias fronteiras, além de que podem ter outros tipos de programas sociais.
notas da tradutora: esse último parágrafo se trata da experiência pessoal de mimzy, não minha. já disse antes, mas não custa repetir.
não existe um banco de dados completo com todas as escolas para cegos disponíveis, nem um site com todas as opções de locais possíveis. por exemplo, a escola que eu fui não estava listada na maioria dos sites que eu encontrei, mesmo que tenha 7 filiais em diferentes lugares.
isso é mais um desabafo sobre como é difícil encontrar serviços para pessoas com deficiência, tem pouquíssimos recursos que sejam acessíveis por aí. se você me perguntar, eu diria que já passou da hora de ser mais fácil entrar em contato com sua comunidade cega local. serviços de acessibilidade deveriam estar disponíveis de forma bem mais fácil e simples.
se a sua história se passa em um lugar real, então pesquise por "escola para cegos (cidade/estado/país)" e você deve encontrar alguma que seja na área.
o que uma escola para cegos pode dar ao seu personagem?
bem, além de ajudar o seu personagem a se conectar com um instrutor de o&m, uma escola para cegos pode oferecer outras aulas de reabilitação e também acesso a outros recursos. essas aulas de reabilitação podem incluir:
✓ aprender a escrever/ler em braile e também usar máquinas de braile;
✓ aulas de tecnologia com leitores de tela, lupas e etc no seu computador e celular (na minha escola há cursos separados para android, ios, etc);
✓ habilidades de independência (cozinhar, limpar, organizar, planejar compras de alimentos e medicações);
✓ cuidado próprio (dança, arte, música, defesa pessoal).
recursos adicionais nessas escolas podem incluir:
✓ encaminhamento para receber ajuda para lidar com a perda da visão;
✓ acesso a biblioteca de audiobooks e livros em braile;
✓ acesso a dispositivos para ampliação (como lupas) e máquinas de braile (tipo uma máquina de escrever, só que em braile).
algumas escolas oferecem um tipo de ensino fundamental e médio, onde as crianças e adolescentes cegos iriam aprender ao invés de uma escola comum.
algumas escolas também possuem alojamentos onde os estudantes podem ficar enquanto estão fazendo os cursos de reabilitação, especialmente se a perda de visão for repentina e severa. nesse caso, eles moram no campus e vão para as aulas. outras escolas vão oferecer apenas aulas, então seu personagem teria que encontrar um transporte para todas as visitas. várias escolas também possuem especialistas em reabilitação ou instrutores de o&m que podem visitar o aluno em casa.
minha escola tinha as duas últimas opções, aulas presenciais ou o instrutor iria de encontro ao aluno. como era uma viagem de 45 minutos de carro até lá e eu precisava que alguém me levasse sempre, eles mandavam um instrutor até a minha casa.
toda quarta de 15h ela dirigia até a minha casa para me dar aulas de como usar a bengala. essas aulas incluíam me levar para diferentes lugares para praticar certas habilidades (como usar escadas comuns e escadas rolantes no shopping, ou passar por um lugar movimentado, ir até um ponto de ônibus para aprender a pegar um de forma segura e a comunicação que eu deveria ter com o motorista para informar onde era minha parada.
ela também trazia vários tipos de bengala para que eu experimentasse e decidisse qual funcionava melhor pra mim.
os vários tipos de bengala
bengalas longas são utilizadas para tatear a área logo na frente do usuário enquanto ele anda. esse é o tipo de bengala que o público geral tem mais familiaridade. porém, há vários sub tipos de bengalas longas. elas também podem ser chamadas de bengala branca ou bengala de sondagem.
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(descrição de imagem: homem usando calça jeans andando na calçada com uma bengala branca e vermelha. fim da descrição de imagem).
"bengala branca" pode ser um termo impróprio por duas razões: primeiro, o conceito da bengala padrão para cegos pode ser diferente em alguns países. nos estados unidos, o padrão é uma bengala branca com a ponta vermelha. em uns países o padrão é a bengala toda branca e em outros países a bengala completamente branca pode significar que o usuário é cego, enquanto a bengala com a ponta vermelha significa que o usuário é surdo-cego.
a segunda razão é que algumas empresas como a ambutech permitem que os clientes customizem as cores de sua bengala. por exemplo: molly burke tem uma bengala rosa choque. a minha bengala branca tem uma ponta roxa. mas também podem haver bengalas completamente pretas, ou toda azul marinho, ou toda vermelha, etc. a ambutech também dá a opção para os clientes colocarem fita refletiva de cores neons nas bengalas para fazer com que elas sejam mais visíveis de noite.
"bengala de sondagem" não é um termo que eu já ouvi pessoalmente, mas é um termo utilizado pelo vision aware no site deles.
três tipos principais de bengalas longas
bengalas não dobráveis: uma bengala que não é dividida em seções, não pode ser dobrada ou desmontada.
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(descrição de imagem: homem de calça jeans com uma bengala não dobrável branca com o cabo vermelho. fim da descrição de imagem).
bengalas dobráveis: uma bengala que possui de 3 a 6 seções, dependendo do tamanho dela. quanto mais alta a bengala, mais seções ela terá. as seções são partes separadas que são feitas para serem unidas depois, elas são conectadas por uma espécie de corda elástica bem resistente.
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(descrição de imagem: uma bengala dobrável branca com a ponta amarela, com 5 seções. fim da descrição de imagem).
bengalas telescópicas: uma bengala onde as seções deslizam pra dentro uma das outras ao invés de serem dobradas, como um telescópio. a seção mais grossa é o cabo da bengala e a mais fina é a ponta.
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(descrição de imagem: três imagens, uma em cima da outra, de uma bengala telescópica azul. na primeira foto, a bengala está completamente retida. na segunda, as seções estão parcialmente pra fora. e na terceira, as seções estão completamente pra fora e a bengala está travada. fim da descrição de imagem).
além disso, também temos a bengala de identificação. a função dessa bengala é identificar o usuário como cego. não é utilizada da mesma forma que as bengalas longas são, pois ela não foi feita para tatear os próximos passos do usuário. porém, ela pode ser usada como uma bengala para apoio. por conta disso, ela é mais desejada pelos idosos, não apenas porque eles formam uma grande parte da comunidade cega, mas também porque seria benéfico uma bengala de apoio, assim também como uma bengala para identificá-lo como uma pessoa cega caso eles precisem de alguma assistência.
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(descrição de imagem: bengala de identificação com o cabo curvado. toda branca com uma ponta vermelha. fim da descrição de imagem).
observação: do que eu ouvi da comunidade cega, algumas pessoas preferem as bengalas sólidas/não dobráveis do que as telescópicas ou dobráveis. a razão para isso é que uma bengala não dobrável transfere vibrações melhor do que as outras duas. é dito que quanto mais seções uma bengala tem, menos precisas as vibrações serão.
alguns usuários de bengala se treinam para entender as vibrações da superfície que a bengala está tocando. isso diz a eles que tipo de superfície eles estão (madeira, concreto, mármore...), se tem algum objeto próximo à bengala, etc. pessoalmente, eu uso a bengala apenas para identificar a superfície que estou andando, ainda não tenho essa habilidade de o&m para conseguir identificar vibrações de objetos ou paredes próximas.
as vibrações da bengala são informações para somar aos outros sentidos sendo utilizados na locomoção.
partes da bengala: materiais, cabo, pontas, seções e elástico
material
os três materiais mais comuns são alumínio, fibra de carbono e fibra de vidro. cada material tem seus prós e contras.
a bengala ideal é leve e durável. ela precisa ser resistente o bastante para aguentar bater em algo sólido sem quebrar ou envergar.
✓ alumínio: é resistente e durável, porém pesado. se danificado, é mais provável que envergue do que quebre. uma curva pode ser endireitada, mas é preciso de uma força considerável.
✓ fibra de carbono: é leve e durável. é mais forte que fibra de vidro e, assim como o alumínio, é mais provável que envergue do que quebre.
✓ fibra de vidro: é leve, mas meio rígida. se quebrar, se estilhaça.
cabos e elásticos
enquanto algumas bengalas possuem materiais diferentes para o cabo (como plástico, madeira, cortiça...), o mais comum é um emborrachado preto com mais ou menos 25cm.
aqui está um exemplo de uma bengala com um cabo de madeira.
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(descrição de imagem: uma bengala dobrável com 4 seções, branca com uma ponta vermelha. possui também um cabo de madeira com um elástico preto ligado a ele. fim da descrição de imagem).
os benefícios do cabo de emborrachado preto é que é mais fácil de segurar, principalmente se suas mãos suam bastante. também não mostram arranhões e outras marcas de uso. creio que também devem ser mais baratos de serem produzidos, então, convenientemente, é o mais comum.
preste atenção no elástico preto ligado ao cabo na foto acima, percebe como tem tipo um nó "não amarrado" no final? ele serve para guardar a bengala dobrável, colocando todas as partes juntas.
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(descrição de imagem: uma bengala dobrável de 4 seções, dobrada e guardada com um elástico preto. fim da descrição de imagem).
outras funções do elástico incluem colocar no seu pulso enquanto usa a bengala, ou pendurar enquanto não está usando.
altura da bengala
a altura ideal da bengala vai depender da altura do seu personagem. para a maioria das pessoas, é preferível ter uma bengala mais ou menos da altura do ombro. talvez o seu personagem precise de uma bengala mais longa se anda mais rápido, com passos largos. ou uma bengala mais curta se prefere segurar a bengala num ângulo mais baixo que o normal.
o que quero dizer com segurar a sua bengala em um certo ângulo é que o mais usual é segurar a bengala na sua mão dominante e posicioná-la em frente do seu umbigo, movendo para um lado e para o outro conforme se anda. outros jeitos tradicionais de segurar a bengala seriam segurá-la com a palma da mão virada pra cima, ou até mesmo segurar na seção mais próxima do cabo como se estivesse segurando um lápis enorme.
dependendo da altura do seu personagem, a bengala dele pode ter entre 3 e 6 seções. a seção de cima inclui o cabo e a última, a faixa colorida (tradicionalmente vermelha, a não ser que seja personalizada), e por fim, a ponta.
as seções da bengala são geralmente meio refletivas, independente da cor. se você segurar uma bengala na luz, vai poder observar pequenas partículas de brilho refletidas ali, como um glitter bem fino. esse detalhe é bem importante na produção de bengalas, pois faz com que elas sejam mais visíveis de noite, principalmente se algo como um farol de um carro acaba refletindo na bengala enquanto a pessoa atravessa a rua. isso pode ser ampliado adicionando fitas refletivas através da haste da bengala, como dito anteriormente.
ponteiras de bengala
existem vários tipos de ponteiras para bengalas.
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(descrição de imagem: 4 tipos diferentes de ponteiras de bengala num fundo azul, com escritas. da esquerda para a direita: ponteira marshmallow ou cogumelo, ponteira roller, ponteira fixa e ponteira deslizante. fim da descrição de imagem).
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(descrição de imagem: uma ponteira marshmallow roller num fundo branco. fim da descrição de imagem).
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(descrição de imagem: uma ponteira bundu basher num fundo branco. para quem não está familiarizado com o nome, é uma ponteira longa e curvada que se assemelha a um taco de hóquei. fim da descrição de imagem).
notas da tradutora: eu não consegui de forma alguma achar o nome traduzido de bundu basher, perdão. não sei nem se esse tipo de ponteira existe no brasil, só sei que não consegui achar o nome em português.
algumas dessas ponteiras são melhores para o "método toc-toc", meio que sair dando batidinhas nos lugares onde você planeja pisar. também podem ser usadas para sentir o formato de objetos, escadas e etc.
✓ ponteira de marshmallow e ponteira fixa: essas não devem ser esfregadas nas superfícies, pois vão gastar muito mais rápido. existem ponteiras melhores para isso.
✓ ponteira roller, marshmallow roller e deslizante: essas são melhores para o método de rolar, que é o método que eu uso. elas não são boas para tatear com batidinhas, mas dá pra fazer em alguma emergência.
✓ ponteira bundu basher: a ponteira de taco de hóquei é melhor para pairar um pouco acima do solo e tocar de leve em objetos. ela pode dar batidinhas, mas não deve ser esfregada no chão como uma ponteira roller.
depois de usar muito, as ponteiras vão se gastar e vão precisar ser trocadas. as partes da ponteira com mais contato com o chão, geralmente as bordas, vão ficar arranhadas e eventualmente vão parecer que foram lixadas.
não tenha medo, as ponteiras da bengala podem ser removidas e trocadas quando gastam, sem necessidade de trocar a bengala inteira. algumas ponteiras se encaixam, outras se penduram como num gancho. você pode ver esse gancho na imagem da ponteira marshmallow roller.
ponteiras são vendidas por mais ou menos 5 a 10 dólares nos estados unidos, tirando o frete. então é indicado comprar várias ponteiras reservas junto com sua bengala. eu troco a minha ponteira (marshmallow roller) a cada 6 meses. não sei se isso é considerado muito ou pouco.
notas da tradutora: assim como tudo, aqui no brasil as ponteiras são mais caras. as rollers custam, em média, 40 a 50 reais na internet (fora o frete).
detalhes sensoriais/como é usar uma bengala
todo tipo de superfície tem uma sensação e um som diferente ao tocar ou rolar a bengala por cima. é essa diferença que diz muito sobre o ambiente que a pessoa cega está. isso informa quando você sai da calçada e pisa na grama, quando você entra em casa porque a superfície muda de concreto para madeira, carpete ou azulejo. esses pequenos detalhes também se tornam uma espécie de marcadores, sendo bem úteis para perceber os lugares pra onde se vai com frequência.
por exemplo: uma semana antes das aulas começarem, eu costumo ir até o campus e aprender todas as rotas que me serão necessárias. eu aprendi que alguns caminhos possuem rachaduras enormes na calçada que são distintas o suficiente para que eu use aquilo como marcador pra saber onde eu estava. também tinham alguns caminhos que mudavam de concreto para pedregulho, ou concreto para grama.
carpete
o som é bem suave, e se seu personagem estiver usando uma ponteira roller por cima dele, vai soar como um "swish-swish" bem quieto. os tons das batidinhas dependem do quão grosso o carpete é, quanto mais grosso, mais suave o som. se ele é muito grosso, as batidinhas quase não vão fazer barulho. mas se for muito fino, então o som vai ser mais alto, mas ainda discreto. se seu personagem rolar a ponteira no carpete, ele vai sentir uma certa resistência, pois o roller se move mais devagar em cima do carpete. quanto mais grosso e peludo o carpete for, mais resistência a ponteira vai ter.
piso de madeira
as ponteiras fazem um ruído quando rolando por cima de pisos de madeira. quanto mais lisa a madeira, menos ruído. há uma pequena vibração vinda da ponteira, passando pelo corpo da bengala e chegando até sua mão enquanto você rola por pisos de madeira. bem pequena mesmo, quanto mais sensível seu personagem for a vibrações, mais ele vai sentir. dar batidinhas faz sons mais "ocos" na madeira. às vezes soa meio estalado se você bater com força. as sensações são mais fortes ao dar batidinhas. madeira mais velha é mais suave, já as novas são mais fortes e causam mais vibrações na bengala.
azulejo
depende do tamanho dos azulejos e a largura do rejunte, mas não é um sentimento agradável. azulejos possuem rejuntes, que são aquelas pequenas "divisórias" entre um e outro. quanto menor os azulejos, mais "grosseiro" e óbvio o rejunte vai ser para uma pessoa cega, causando muita vibrações. a vibração de cada impacto vai direto para sua mão. o som é meio chiado, imagine 50 salto alto andando em um azulejo que você vai ter uma ideia do som. já azulejos maiores com rejuntes mais suaves não são tão ruins. dar batidinhas no azulejo com a bengala soa como um passo forte de um salto alto, cada batida um passo. pisos de azulejo são geralmente encontrados em banheiros, cozinhas e locais industriais onde o cômodo vai ter paredes mais rústicas (como mais azulejo, concreto, etc) e poucos móveis, então o som ecoa ainda mais.
linóleo
é uma superfície lisa e nivelada, dá a sensação da bengala estar deslizando quando a ponteira rola no piso, mal causa vibrações. os sons da rolagem são bem suaves pela falta de impacto ou textura. porém, os sons das batidinhas são um pouco mais altos. não são tão estalados quanto os do azulejo ou mármore, mas quase.
mármore
é parecido com o linóleo por ser bem liso. a bengala desliza enquanto rola. os sons das batidinhas são fortes. já que pisos de mármore são mais comuns em lugares mais chiques como shoppings, casas luxuosas ou escritórios, lugares que geralmente possuem tetos altos e paredes mais grossas com decoração mínima, os sons podem ecoar.
concreto
estarei me referindo a concreto de estacionamentos e prédios industriais, não de calçadas. vai depender do quão velho é o concreto e como ele é mantido. concreto velho com várias rachaduras e mini crateras tem uma sensação bem diferente de um concreto que foi colocado há menos de um ano. com concreto velho, há um ruído alto enquanto a ponteira da bengala rola pelas rachaduras e texturas do chão, e essas vibrações vão direto para a mão de quem usa a bengala. concreto novo tem uma sensação mais parecida com mármore ou linóleo. os sons das batidas são altos em concreto velho e mais agudos em concreto novo.
calçadas
são feitas de concreto, mas na minha experiência elas têm uma sensação um pouco diferente. calçadas tem uma superfície mais "areosa" ou "pedregosa", mais rústica, seca. tem mais vibrações quando rolando a ponteira e as batidinhas são mais altas. e, porque ficam do lado de fora, provavelmente você não vai ouvir nenhum eco ao menos que você esteja andando num beco ou entre dois prédios.
asfalto
é uma das piores superfícies, em minha opinião. asfalto é o material utilizado em estradas e é feito pra ser rústico e pedregoso para que os pneus dos carros consigam agarrar nele e não perder tração enquanto andam. quanto mais velho e danificado, mais grosseiro. por causa disso, as vibrações são muito mais fortes, às vezes é irritante. não consigo rolar minha bengala pelo asfalto porque minhas mãos não conseguem suportar essa intensidade de vibrações. os sons são ruídos maçantes. infelizmente, o asfalto é uma superfície inevitável, a não ser que seu personagem consiga descobrir um jeito de nunca ter que atravessar a rua ou andar num estacionamento.
observação 1: as linhas brancas ou amarelas que foram pintadas no asfaltado às vezes têm uma sensação mais suave por conta do material da tinta e porque foram adicionadas depois que o asfalto já estava ali.
observação 2: existe uma coisa vinda de uma empresa chamada tarmac que é similar ao asfalto e usada com um intuito parecido. são mais comuns no reino unido (eu acho), mas não sei dizer se já andei em um desses então não tenho nenhuma experiência pessoal para dar sobre isso.
cascalho
é outra dessas superfícies diabólicas. cascalho é feito de pedras soltas e é mais comum em estradas rurais, entradas de garagem e algumas paisagens. como as pedras estão soltas, se torna meio difícil de confiar. faz um som de trituração. se você rolar a bengala, é bem capaz de acabar jogando algumas pedrinhas e poeira por aí. se você der batidinhas, você vai ouvir um "crunch", mas talvez seu cérebro não acuse o cascalho de primeira, até você andar nele e perceber as pedras nas solas seus sapatos.
lascas de madeira
não tive nenhuma experiência com esse tipo de superfície depois da perda de visão, então estou usando minhas memórias de brincar em parquinhos na época da escola porque o chão do parque era de lascas de madeira. eu diria que esse piso é um híbrido entre cascalho e piso de madeira. a superfície é solta e rolar a bengala nele vai afastar algumas lascas soltas e também poeira. provavelmente soaria similar a andar na areia, eu acho, porque lascas de madeira são muito mais suaves que cascalhos, mas não tão consistentes quanto madeira. se choveu recentemente, então soaria ainda mais suave.
estradas de terra
são menos diabólicas que asfalto e cascalho. podem ser grosseiras como todas as estradas são, mas o material não é tão duro e sólido. rolar a bengala por ela vai soltar um pouco de poeira num dia seco, mas se choveu alguns dias antes vai ser possível ouvir um som mais suave enquanto a ponteira rola por cima da terra úmida. batidinhas também soaram bem suaves.
terra de jardinagem
é bem mais suave que a terra da estrada, quase não faz som e é facilmente espalhada pela ponteira quando rolada. tem um pouco de resistência, mais ou menos a mesma que em areia ou grama. batidinhas praticamente não têm som, mas talvez você sinta uma certa resistência da ponteira conforme ela "afunda" na terra.
lama
eca. só consigo imaginar isso entrando na ponteira da minha bengala e o quão nojento isso seria. o som e a sensação depende muito do quão molhada a lama é. lama molhada soa pegajosa, tem meio que uma sensação de apertar algo molhado se você rolar ou der batidinhas com a bengala. seu personagem talvez não identifique na mesma hora até começar a escorregar na lama enquanto andam, experiência própria. já a lama mais seca soa mais suave e tem uma sensação quase sólida embaixo da bengala. lama molhada tem mais resistência para uma ponteira roller, além disso, superfícies com lama são geralmente desniveladas pela camada de cima do piso ter sido movida pela lama. então é normal ter mudanças de nível quando andando principalmente em morros com lama.
poças
tem um som mais pegajoso ao rolar a bengala por cima, já se utilizar batidinhas, tem um som mais como um "splash". quanto mais funda a poça, mais alto vai ser o som e mais resistência vai ter. não gosto dessa textura/experiência.
neve
não tenho experiência com neve desde o começo do desenvolvimento da minha cegueira, então não sei como é andar sobre uma com uma bengala. gostaria que algum leitor cego pudesse me informar para que eu editasse depois. meu melhor palpite é que deva ter um som crocante, mas suave. ainda mais suave que o som de passos na neve. deve ter muita resistência e rolar a bengala por cima deve ser quase impossível, principalmente se é uma neve muito profunda ou muito condensada.
grama
um dos que eu mais odeio. tem muita resistência, é pior que um carpete gasto. é bem macio e não faz muito som, mas se está molhada você pode ouvir um "crunch" maior.
superfícies com folhas
esse depende de que tipo de superfície as folhas estão. elas iriam deixar o cimento mais suave, mas teria um som mais alto na grama. se as folhas forem grandes e curvadas, elas seriam mais fáceis de afastar com a bengala. já folhas menores e mais retas são mais difíceis. folhas mais secas vão fazer um barulho meio crocante embaixo da sua bengala. é divertido, se seu personagem for o tipo de pessoa que gosta de pisar em folhas de propósito então ele vai gostar. porém, se não consegue ver as folhas, talvez tire um pouco da diversão e se torne mais uma surpresa.
areia
eu nunca levei minha bengala para a praia porque a areia da praia é tão fofa e solta que já é difícil se manter em pé com um bom equilíbrio. a areia fica sempre afundando embaixo do seu pé, ao menos que você esteja perto da água e ela tenha deixado a areia mais firme. por isso, uma bengala não é muito útil na praia, sem mencionar que areia não é algo que você quer entrando nas articulações de sua bengala (se for dobrável), pois a areia corrói as articulações, sejam elas de plástico ou de metal. se eu levasse minha bengala para a praia, provavelmente faria um som extremamente suave de areia passando por cima de areia, parecido com as pegadas, mas provavelmente mais baixo porque uma bengala é mais leve.
nota: minha mãe me perguntou como é passar com a bengala por cima de cocô de cachorro ou de chiclete no meio da rua. não tenho como responder porque nunca aconteceu comigo, mas use sua imaginação!
a invenção do piso tátil
eles são incríveis! pisos táteis são aqueles retângulos amarelos ou cinzas com alguns "carocinhos" que você vê em rampas que vão dar em estacionamentos, ou antes de atravessar uma rua. em 1965, um engenheiro japonês chamado seiichi miyake usou seu próprio dinheiro para desenvolver um tijolo tátil que você pudesse sentir mesmo pisando com sapatos. ele fez isso porque um amigo estava perdendo a visão e ele queria ajudá-lo. essa invenção é incrível e acessível para todos, até mesmo para os cegos que não usam bengala ou cão guia. pisos táteis literalmente salvam vidas. antes de ter minha bengala, se eu sentisse um desses "carocinhos" embaixo dos meus sapatos, eu sabia que eu deveria parar imediatamente porque estava prestes a chegar na estrada. já que menos de 10% da comunidade cega usa bengalas ou cão guias, os pisos táteis são os apoios mais acessíveis disponíveis.
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(descrição de imagem: um retângulo amarelo de piso tátil localizado no canto da calçada informando que está próximo à estrada. também há uma pessoa com uma bengala branca com ponta vermelha, sentindo a textura do piso. fim da descrição de imagem).
nota: parecido com isso, a maioria das portas em prédios comerciais (ao menos onde eu moro) possuem uma placa de metal na entrada para segurar a porta no lugar, evitando rachaduras embaixo. o som e textura do metal quando passando a bengala por cima é distinto o suficiente para indicar a pessoa cega que chegaram na entrada da loja.
manias de cegos
tem uma sessão nesse guia sobre manias de cegos, mas essas vão ser focadas especialmente em bengalas.
→ não. toque. na. minha. bengala. não faça isso.
a ameaça acima vem do fato de que a bengala de uma pessoa cega é o porto seguro dela, uma extensão de seus corpos, seus olhos. muitas vezes a única coisa que vai garantir que vão conseguir chegar em algum lugar com segurança. por causa disso, pessoas cegas odeiam que toquem em suas bengalas ou cão guia (quando em serviço), sejam eles estranhos, amigos não muito próximos ou até alguns parentes.
nota importante: isso é algo universal para pessoas com deficiência, não toque seus objetos auxiliares de mobilidade, isso é abuso. tocar a cadeira de rodas de alguém ou empurrá-los por aí sem a sua permissão é abuso. mover a cadeira de rodas de alguém enquanto o usuário está em pé é abuso (a maioria dos usuários de cadeiras de roda não são paralíticos, mas isso não é da conta de ninguém). não importa se a cadeira de rodas está no caminho, a pessoa precisa dela ali, não toque. tocar ou pegar a bengala de apoio de alguém é abuso. pegar ou mover o andador de alguém é abuso. tocar o aparelho auditivo de alguém é abuso. tocar o tanque de oxigênio ou cânula de alguém é abuso.
voltando ao assunto...
→ ficar de bobeira com sua bengala enquanto espera na fila. eu geralmente apoio meu queixo na bengala ou me apoio nela.
→ girar e brincar com a bengala quando ninguém está vendo. eu nunca faria isso na frente de alguém porque eu não quero ninguém achando que é um brinquedo e que podem tocar nela.
→ andar com a bengala dobrável pendurada no pulso pelo elástico quando dentro de uma loja ou coisa do tipo.
→ manter a bengala ao alcance de seu braço o tempo inteiro, mesmo em situações onde você não precisa dela. por exemplo: se estou na sala de aula e preciso sair da minha mesa, eu levo minha bengala comigo mesmo que eu conheça minha sala o suficiente para não precisar dela. nunca deixaria na mesa (isso não se aplica a minha casa e na casa de alguns poucos amigos em quem confio).
→ ter um lugar específico dentro de casa para guardar a bengala. no meu caso, é em cima de uma cômoda antiga, na sala. se eu tivesse colegas de quarto, minha bengala ficaria dentro do meu quarto.
→ pessoas com bengalas dobráveis desenvolvem uma memória muscular de dobrar e desdobrar a bengala, então fazem sem nem precisar pensar nisso.
→ desdobrando a bengala: seguro o cabo preto entre meu polegar e a palma da minha mão, com meus outros dedos dobrados por cima das 3 sessões restantes, com a ponteira pra cima. eu tiro o elástico pela ponteira, afrouxo meus 4 dedos e rolo meu pulso para o lado oposto. com isso, a sessão vermelha desdobra e trava no lugar com a sessão vizinha. rolando o pulso para o outro lado, a próxima sessão branca consegue desdobrar e travar no lugar. rolando o pulso novamente e a última sessão vai travar no lugar.
→ às vezes eu apenas seguro o cabo preto e deixo as sessões desdobrarem sozinhas, mas esse método é menos controlado e tem o risco de bater em algum lugar ou em alguém.
→ dobrando a bengala: começo com o cabo preto, levantando ate que as "juntas" da bengala destravem. dobro, seguro as duas sessões na minha mão e levanto a segunda sessão, afastando da terceira, então dobro. segurando todas as sessões com minha mão, as destravo da sessão vermelha.
→ pessoas com bengalas não dobráveis gostam de apoiar suas bengalas em paredes ou objetos quando não estão usando. cantinhos são populares. mas a frustração quando a bengala simplesmente cai sozinha é um saco.
→ sentar com a bengala entre as pernas, tipo um cara que senta todo aberto. a ponteira da bengala fica apoiada em um lado do pé para manter a estabilidade e o corpo da bengala apoiado no ombro ou no joelho oposto.
→ uma alternativa a ficar com as pernas abertas é ficar com a bengala apoiada no ombro, a ponteira em cima dos dedos do pé, e segurada com as mãos, ou com o braço, ou o cotovelo.
nota: há um tempo eu estava procurando por fotos de alguém usando uma bengala para usar como referência em um desenho. só encontrei três e duas delas eram fotos promocionais do demolidor. sem ofensa ao charlie cox, mas ele não é cego e ele não usa uma bengala no dia a dia dele. ele não tem o relacionamento que alguém cego tem com uma e o conceito de um quinto membro, e é bem aparente. então as fotos eram inutilizáveis.
no carro com uma bengala não dobrável
→ carros com o assento do passageiro na direita: a ponta da bengala vai bem pro cantinho, do lado direito do pé, com o cabo preto apoiado no ombro ou no cinto de segurança. fica um pouco acima do encosto da cabeça. quanto mais longa a bengala, mais difícil vai ser guardá-la no carro.
→ mão inglesa (ou australiana, ou japonesa): a mesma coisa, só muda que ao invés de ser na direita, vai ser na esquerda.
→ banco de trás: horrível. tem bem menos espaço para os pés e se você está num sedan quase não tem espaço atrás do seu ombro para o cabo da bengala. coloco minha bengala na diagonal com o cabo apoiado no ombro mais perto da porta.
por causa disso, ninguém com uma bengala não dobrável vai querer sentar no banco de trás.
sobre cães guia
meu conhecimento sobre cães guia está limitado sobre o que pesquisei, pois não tenho nenhuma experiência pessoal com eles. irei dar aqui alguns fatos básicos. "Guiding Eyes for the Blind" estima que existem 10 mil duplas de cães guias + pessoa cega por aí. isso é tipo 2% da comunidade cega e com baixa visão.
o treino de um cão guia
o treino de um cão guia é o treino mais difícil para os cachorros. a maioria dos que entram no treinamento são "descartados" e ou vão para outro tipo de serviço como cães de terapia, ou viram cães familiares normais.
cães guia passam por dois ou três anos de treino, incluindo o treino como filhotes. socialização básica, comportamento adequado quando em serviço e o treinamento de guia de fato. a maioria de cães de serviço só passam de um ou um ano e meio treinando antes de começarem a exercer.
o custo médio do treino, manter e alimentar o cachorro, contas veterinárias e etc deve dar algo entre 30 e 40 mil dólares. embora algumas organizações de treinamento de cães de serviço exigem que a pessoa pague o custo do treinamento do cachorro (geralmente algo em torno de 15 a 30 mil dólares), existem organizações de cães guia que doam seus cachorros para clientes cegos e qualificados. essas organizações pagam pelos custos dos cães através de angariações de fundo e caridade. felizmente para essas organizações, cães guias são uma causa muito respeitada e têm muita caridade direcionada a ela, enquanto outros cães de serviço possuem menos interesse quando se trata de caridade.
organizações de cães guias possuem um processo de aplicação, requisitos e uma lista de espera antes que você possa ser pareado com um cão guia.
requisitos para se ter um cão guia
precisa ser legalmente cego e ter pelo menos seis meses de treinamento de O&M com uma bengala e demonstrar habilidades suficientes para andar por aí sozinho. também pedem que você seja responsável o suficiente para cuidar de um cachorro de forma independente, ou seja, ser capaz de manter a rotina de treinamento do cão assim como financiar a alimentação e contas veterinárias dele.
a razão pela qual exigem treinamento com bengala antes de ter um cão guia é porque o cachorro não pode fazer tudo por você. você, o dono do cachorro, é responsável por saber onde você está e como ir até onde quer chegar.
cachorros não conseguem ler placas de "pare" e nem identificar quando o semáforo está vermelho ou verde. eles também não possuem GPS para achar uma rota e nem irão aprender essa rota em uma só tentativa. também não vão saber exatamente pra onde você quer ir quando você diz "starbucks", "livraria" e te guiar. isso é sua responsabilidade, por isso você precisa saber quando é seguro atravessar a rua, como aprender novas rotas e como se manter nessa rota. o cão guia também não sabe se comunicar com motoristas de ônibus e não sabem qual número de ônibus usar ou quando pedir parada.
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escritormatheusdeassis · 7 months ago
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Durante as noites mais solitárias da minha vida, busco em meus pensamentos um canto que não fosse vazio, pois sabia que seria preenchido por você. No entanto, não consigo escapar desse fatídico destino. Então, quando me encontro pensando em nós, sempre parto para a questão que acaba me ferindo de forma lenta e dolorosa: e se tudo que aconteceu pudesse ter sido diferente? E se, por acaso, nosso caminho tivesse tido um final feliz? Ou melhor, como seria se o desejo de se casar tivesse acontecido? Quero imaginar só por um minuto um final que seja feliz.
E se... não tivéssemos tido a briga que estragou tudo? Voltaria para aquela noite de 2020, onde eu estava deitado em minha cama vendo TV, e de repente recebo uma mensagem sua. Fico animado, pois sabia que você tinha voltado da igreja. Me preocupava com a sua segurança, mesmo sabendo que você retornava com seus amigos. Sempre mantive o celular do meu lado, esperando por você. Voltando para a mensagem, você tinha perguntado se eu estava lá, online, e eu respondi que estava lá, do meu jeitinho animado e brincalhão. Só que você não estava feliz. Foi aí que fui lançado contra parede com dezenas de mensagens suas, com longas explicações de um ocorrido que acabaria com nossa história tão curta - bem, era o que eu pensava. Com frases e mais frases sendo enviadas para mim, eu só pude me concentrar no motivo de tanto de se explicar: um "amigo" seu havia beijado você a força. Aquilo me consumiu com minha indesejada ansiedade. Por estar tarde, eu entrei em um desespero silencioso. Lágrimas caíam; eu caía! Eu não sabia como agir, nem o que falar. Eu estava afogando e não tinha ninguém para me ajudar. Estava lutando contra mim mesmo, até que a raiva me consumiu e eu a ataquei como se fosse uma fera sem controle. Enviei mensagens terríveis e violentas. Só que eu era jovem, não tinha controle de mim mesmo. Sempre busquei entender meu comportamento impulsivo, mas eu me culpei por anos por aquela briga.
Se eu pudesse voltar para aquela noite nesse exato momento, faria tudo diferente. Não iria me desesperar, nem deixaria a raiva comandar. Eu leria cada vírgula das mensagens que você me enviou. No fim, após absorver toda explicação, din din por din din, eu diria:
"Pequena, não precisa se preocupar com algum tipo de raiva vindo de mim. Se ele roubou algum beijo de seus lábios, ele deve se entender como o errado. Não se culpe pelo erro alheio. Você não queria aquilo, nem mesmo cogitou beijar ele. Confio em você, mas não na mente de um homem. Eu te amo e meu amor por você ele nunca poderá roubar, pois ele é honesto, bondoso e paciente. Então, vamos deixar de lado essa parte chata desse dia e me conte como foi o culto..."
É, eu teria mudado o rumo das coisas hoje. Creio que se eu fosse mais como eu sou agora, ao invés de "adeus", teria sido um "eu aceito".
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