#Sanduicheira
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Sanduicheira Click Cadence é bom? Review Completo
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Top 4 Sanduicheiras Elétricas Praticidade e Sabor em Cada Receita
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Como Cozinhar Frango em Uma Air Fryer?
By Kiya Dean
Cozinhar frango em uma air fryer é uma opção saudável e saborosa para quem quer evitar o uso de óleo e fritura convencional. A seguir, seguem alguns passos para cozinhar frango em uma air fryer:
Comece pré-aquecendo a air fryer a 200 graus Celsius por cerca de 5 minutos.
Tempere o frango a gosto. Pode-se usar temperos secos ou molhos líquidos, mas evite usar óleo.
Coloque o frango na cesta da air fryer. É importante não sobrecarregar a cesta para permitir que o ar quente circule bem.
Cozinhe o frango na air fryer por cerca de 15 a 20 minutos, dependendo do tamanho e espessura das peças. É importante virar o frango na metade do tempo de cozimento para garantir que cozinhe de maneira uniforme.
Verifique se o frango está cozido o suficiente antes de retirá-lo da air fryer. Use um termômetro de cozinha para verificar se a temperatura interna do frango atingiu pelo menos 75 graus Celsius.
Sirva o frango quente e aproveite!
Cozinhar frango em uma air fryer é uma maneira fácil e saudável de preparar uma refeição deliciosa. Além disso, a limpeza da air fryer é muito mais fácil do que limpar uma panela de fritura convencional, o que torna o processo ainda mais prático e conveniente.
Leia mais....... Como Funciona Uma Air Fryer?
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Sanduicheira Mágica
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Jo Malone & Pinot Noir 3
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chenle x leitora gênero: fluff. notas: eu não imaginava escrever uma segunda parte, imagina uma terceira... não quero me despedir desse lele, ele é maravilhoso demais. aproveitem!
Chenle tomava banho quando você despertou. Abriu os olhos pesados devagar, sentindo os lençóis quentinhos quase implorarem para que não mandasse o sono embora. Tombando a cabeça para o lado, viu um pouco do vapor que saía da porta entreaberta do banheiro, e o cheiro do sabonete gostoso preencheu teus sentidos.
Então, não pôde evitar as memórias da noite anterior. O jeito que tinham se tocado, as besteiras que ele disse no teu ouvido bem baixinho no carro, além dos elogios sem fim enquanto descobriam juntos o que o outro gostava...
Perdida nos devaneios, não percebeu Chenle voltar para o quarto de imediato. Ouviu uma das portas do armário correr e o observou tentar não fazer barulho. Os cabelos molhados caíam sobre as maçãs do rosto, o torso exposto revelava alguns arranhões, e você mordeu o interior da bochecha por timidez.
Ele vestia as roupas calmamente, sem notar que você já estava acordada. Apenas quando terminou de se vestir ele reparou o teu olhar diretamente nele e abriu um sorriso meigo, indo até a cama para te envolver nos braços.
— Bom dia, dorminhoca. — Ele enchia tua face de beijinhos doces, e você não conteve o sorriso ao devolver o cumprimento. Chenle apoiou um cotovelo na cama e com a mão livre começou um cafuné no teu cabelo. — Tá se sentindo bem?
— Sim, mas acho que vou ter problemas. — Você disse dengosa, se aninhando mais perto dele.
— Eu te machuquei? — Indagou preocupado, e você negou rapidamente, rindo.
— Claro que não, bobo. — A carinha confusa que ele fez te desmontou por dentro. — Vou ter problemas pra dormir sozinha de novo quando voltar pra casa.
— Que susto! — Ele beliscou tua cintura com carinho. — Minha cama tá sempre disponível, cê sabe... — Fingiu um tom sedutor com sorriso travesso que denunciava a brincadeira. — Mas... foi bom pra você?
Como reagiria a essa pergunta? Chenle foi, no mínimo, maravilhoso. Porém, não queria se entregar assim e parecer tão rendida.
— Foi. Muito. — Se antes já estava envolvida, agora parecia ter triplicado. 'O que ele fez?' pensava.
A face descontraída do rapaz se transformou numa séria e ele entrelaçou tua mão na dele, cálida.
— Pra mim também. Foi gostoso demais. — Pela primeira vez em muito tempo o viu desviar o olhar. Ele também estava tímido... Você quebrou Chenle Zhong.
Depois de mais uns carinhos preguiçosos, resolveu tomar um banho para despertar. Tinha deixado umas roupas no apartamento dele há umas semanas, vestiu umas peças confortáveis e o procurou pela casa.
Achou-o na cozinha, estava coando o café porque gostava mais feito assim. A mesa do café já havia sido posta por ele e tinha tudo que vocês mais gostavam: pão francês fresquinho, manteiga e queijo. Logo que terminou de passar a bebida, Chenle sentou-se na cadeira ao teu lado.
Silenciosamente, ele tomou um dos pães clarinhos e você já comemorou animada, sendo seguida dele. Era pra você. Ele montava o sanduíche com carinho, bem do jeitinho que já sabia.
— Quer que eu coloque na sanduicheira? — Perguntou porque você nunca sabe se prefere quente ou normal. Sempre tinha que checar.
— Não, hoje vou querer assim. — Então ele te entregou e riu da tua pequena dancinha de alegria. Você assistiu enquanto ele preparava um igual para si.
— O que cê vai fazer no final de semana? — O garoto tentou fazer o seu melhor poker face. Não poderia denunciar a empolgação com os planos que bolava.
— A Malu me chamou pra ir numa festa de família no Sábado, sei lá... — Você repassava a agenda na cabeça. — Talvez no Domingo eu visite minha prima que tá por aqui, mas não é certeza.
Chenle te olhava interessado enquanto mastigava. Ele já sabia o que responder, mas procurava as melhores palavras para que não soasse muito invasivo.
— E tem como você não fazer nada disso? — Solicitou com uma carinha de pidão, e você quase engasgou com o café.
— Como assim? — Cuidadoso, ele acariciou teu ombro para checar se está tudo bem. Aproveitou para consertar uma mecha que incomodava o canto dos teus olhos.
— Eu tenho um bom motivo.
— Lele... — Ele sorriu sem mostrar os dentes, seu esforço de não entregar nada indo por água abaixo. Escorregou as mãos pelo teu braço e pousou a mão na tua, entrelaçando-as. — É sério.
— Eu só quero te sequestrar rapidinho. Diz que topa, por favor. — Chenle esperou uma resposta, e você cedeu. Óbvio. Teria como dizer não para aqueles olhos? Ainda mais com o afago que seu polegar deixava no teu.
Notou ele soltar o sanduíche na mesa e tão logo pegar a xícara para bebericar o líquido quente. Ele não soltaria a tua mão para isso, poderia se virar bem assim. Você refletia se ele estava fazendo de propósito. Todas essas pequenas ações... teu coração pulava algumas batidas. Somente fitá-lo era necessário para que uma vontade imensa de estar o mais perto possível a invadisse.
Não contava, no entanto, que o garoto captasse tuas íris apaixonadas focadas nele. Na mesma hora levantou teus dedos até os próprios lábios e deixou vários beijinhos aquecidos de café pelos nós, seus olhos não se desviaram. É, não tinha mais jeito. Estavam perdidos mesmo.
No meio da semana decidiu procurar um look novo para a ocasião que Chenle tinha na cabeça. Definitivamente não sabia o que fariam, então tinha a intenção de se preparar bem. Tentou convencer Malu a ir ao shopping contigo, porém, não havia tempo em sua agenda pelos preparativos da festa da família. Bufou com desculpa da amiga. E agora? Não queria ir sozinha.
A única outra pessoa que já estava acostumada com tuas fugidas para banhos de loja era ninguém mais, ninguém menos do que Donghyuck.
você: bora no shopping hj? você: preciso de umas roupas você: se vc n me fizer perguntas eu te pago um bacio di latte
Jogou bem onde era seu ponto fraco.
hyuck: bacio E almoço hyuck: to bonzinho vou deixar vc escolher o restaurante
Não abusaria da boa vontade do amigo, então concordou. Após almoçarem, e você cumprir o trato da sobremesa, adentraram diversas lojas. Já tinha escolhido duas opções diferentes, mas a terceira e última precisava ser especial. Contava demais que Chenle te desse uma pista antes do dia para que usasse algo condizente; ele não havia revelado nada, no entanto.
A vendedora te ajudava a complementar o vestido de seda, que alcançava o meio das coxas, com um blazer de tom parecido, além da bolsa e das sandálias pelas quais havia se apaixonado na vitrine.
— E então? — A mulher esguia e jovem pergunta com expectativas, o rosto iluminado pela aprovação. — Eu achei esse fit perfeito, amiga!
— Ai, eu não sei, viu? — Mexia os pés, tentando identificar se tudo te agradava.
— Vou deixar você pensando um pouquinho. Quando estiver pronta, só acenar. — Ela se afastou, então, e Hyuck assobiou como uma cantada.
— Tá uma gostosa. Vai aonde assim? — O rapaz sorria de canto, tentando não levar uma bronca por meio que quebrar sua parte da promessa. Você apenas revirou os olhos, e ele fez um bico. — Coitado do Lele. — Suspirou, voltando a atenção ao celular e ao sorvete que estava enrolando para tomar.
— Como você sabe que é pra ele? — Voltou o corpo para o amigo, que levantou os olhos arregalados e confusos.
— VOCÊ VAI SAIR COM O CHENLE?
Puta que pariu! Tinha se denunciado à toa?
— Quem disse isso? — Olhou para os lados numa tentativa de despistá-lo. — Nada a ver.
— Mais uma vez a covardia vence a pureza. — Declarou derrotado. — Os de verdade eu sei quem são. Cobras por todo lado. De algum lugar a falsidade te assiste. Eu sei quem fecha com...
— TÁ! O Lele e eu... — Começou a falar, mas estava insegura. Será que realmente poderia contar? Não seria tão ruim, né? Donghyuck era teu amigo mais próximo depois de Chenle, afinal. Decidiu desabafar. — A gente tá se curtindo.
— Vocês estão FICANDO? — Quase gritou no meio dos provadores. Sentou-se, fingindo desmaio, no banco acolchoado à sua frente. — Por isso que ele não quis desenrolar com a gente na boate... Tudo faz sentido... E vocês sumiram... Ca-ra-lho. — Murmurou mais para si do que para que você, parecia juntar vários acontecimentos e perceber tudo. — Desde quando?
— Desde a noite de vinhos do Jaemin. — Você sorriu sem graça já prevendo sua resposta.
— ISSO JÁ FAZ DOIS MESES, PORRA! — Levantou-se novamente e suas mãos tamparam a boca em choque.
— Cala a boca, ou eu vou enfiar esse sorvete bem no seu...
— Nossa, que agressiva! Vou falar pro Chenle te dar um jeito. — Hyuck encolheu-se de pavor ao ver tua mão erguida para estapeá-lo. — Brincadeirabrincadeirabrincadeira! — Respirou aliviado ao te ver recuar. Olharam-se em silêncio, assimilando o segredo escancarado no ar. — Tô feliz por vocês dois. Finalmente, né.
Para falar bem a verdade, era um conforto poder dividir isso com o amigo. Já era hora. No caminho de casa contou-lhe outros detalhes, e se divertiram tanto desvendando os disfarces. Donghyuck confessou quantas vezes Chenle quis te falar tudo, mas o medo não deixou, e você se sentiu um pouco mais mexida.
Ainda era Sexta, parecia que a qualquer momento você iria surtar. O delinquente do teu ficante não tinha te falado um nada sobre o tal sequestro do dia seguinte, e você não conseguia se decidir o que vestir.
Chegando em casa do mercado, apressou os passos para pegar o elevador parado no térreo. Mal deu tempo do porteiro novo da tarde te alcançar para te dar o recado importante.
— A senhora é do 407, né isso? — O homem baixinho e simpático perguntou, segurando a porta do cubículo para te ajudar a entrar enquanto equilibrava as sacolas nos braços.
— Isso mesmo! Tudo bem?
— É que chegou uma encomenda pra senhora. Tá lá na frente, botei lá e fiquei tomando conta na câmera pra ninguém mexer. — Ele riu da sua cara de confusa. — Só pra senhora não se assustar.
— Ah, muito obrigada... — Assistiu-o fechar a porta, sentindo seu estômago revirar. Sabia que era Chenle porque não estava esperando nada.
Correu para o apartamento assim que pôde e viu um buquê de bombons ferrero-rocher decorado com flores mosquitinho, laços pretos e um girassol extravagante bem no meio. Era lindo. Entretanto, seu olhar bateu direto no bilhete dobradinho no canto.
Despejou as compras de qualquer jeito na cozinha e correu para ler a caligrafia simples do chinês: "Posso imaginar o seu bico vendo isso... Acertei? É só mais um mimo, dona encrenca. Te vejo amanhã às 18h, com a roupa número 3. Donghyuck tem uma boca enorme... Lele."
De fato, ele tinha acertado. Olhou para o espelho e notou o biquinho malcriado nos lábios, pelo presente e por Donghyuck. Só não ligava para o amigo agora para gritar porque ele pelo menos te ajudou um pouquinho. E ele jogaria isso na tua cara para se defender.
No dia seguinte, estava mais calma, por incrível que pareça. Talvez a garrafa de vinho pela metade estivesse ajudando. Retocou o batom escuro, consertando com lápis da mesma cor qualquer imperfeição. Estava prontíssima, e impecável, quando ouviu a campainha. Chenle já era conhecido pelo condomínio, podia subir sem ser anunciado.
— Nossa! — Ele exclamou após você abrir a porta. Te fitou de cima a baixo, sorrindo com os olhinhos apertados, ao mesmo tempo que você esconde um risinho bobo. Se inclinou para deixar um beijinho na bochecha do mais alto, e ele te sustentou com uma mão forte na lombar. — Tá tão linda. — Mumurou em teu ouvido, galanteador.
— Vamos? — Sabia que não poderia esconder as bochechas rosadas além do blush, mas tentaria, pelo menos. Trancou a porta com Lele ao teu encalço, levando-o pela mão até o elevador novamente.
Entrando, ele te fitou de forma engraçada. Estava vidrado em você. No entanto, aquele sorrisinho de canto como de quem soubesse de tudo não saía dos seus lábios. O canalha se divertia com esse mistério todo.
— Esse batom borra? — Ele questionou, arqueando uma sobrancelha enquanto te encurralava na parede metálica.
— Não... — Provocou-o mordiscando o próprio lábio inferior, como um convite.
Uma de suas mãos segurou tua mandíbula com força, e ele estalou a língua nos dentes, reprovando teu joguinho.
— Não brinca comigo.
— Por que você não testa? — Antes mesmo que teus dedos se amarrassem nos fios alinhados de Chenle, ele te beijou.
Sem pena ele se aproveitava da perfeição do tom acerejado que pintava tua boca enquanto tuas unhas arranhavam seu pescoço levemente. Sem ar, ele interrompeu o beijo sem quebrar a proximidade. Suas digitais afagaram tua bochecha com afeto, e ele entrelaçou suas mãos ao ver as portas abrirem.
A BMW esperava vocês bem em frente à portaria, e ao entrar no banco do carona sob o olhar cavalheiro do rapaz, as borboletas voltam. O que ele estava tramando?
Quando chegaram na Fogo de Chão, não conseguiu evitar rir. Chenle era mesmo dedicado. Você havia passado a semana anterior inteira comentando como o desejo de churrasco estava te consumindo, e ele não respondia nada. Agora entende a razão.
— Que ardiloso, Chenle Zhong! Você não presta!
— Pelo contrário, eu presto muito. Mas não nego que mandei muito nessa. — Ele se inclinou para te dar um selinho doce e saiu do carro, entregando a chave para o manobrista e disparando para abrir o outro lado para você.
Esperava encontrar o recinto lotado, por ser um Sábado à noite. Porém, só havia vocês e os garçons. Estudou as outras mesas vazias enquanto ele puxava a cadeira que você se sentasse.
— Estranho, né? Tá muito vazio. — Comentou, observando-o ir para a lado oposto da mesa. — Deve ser o horário, sei lá.
Enquanto ajustava o assento, Chenle riu com um toque de deboche. Ele pegou uma de tuas mãos e escondeu o rosto com os dedos livres, tentando acalmar-se.
— Que houve?
— Eu não ia te falar, mas você é tão linda, cara... — Ele te olhou mais sério. — Meio que tá reservado pra gente por umas horinhas.
Tua cara fora impagável. Chenle quase tirou o celular do bolso para tirar uma foto.
— Chenle, você não reservou a churrascaria mais cara de Botafogo por algumas horas. — Você frisou cada palavra, sem acreditar naquilo.
O homem não queria te responder, porque sabia que a bronca ficaria maior caso tentasse. Não estavam ali para isso. Pediu o melhor vinho da casa para começarem o jantar relaxados. Você não conseguia ver, mas Chenle balançava os joelhos por baixo da mesa, estava mais nervoso do que você. Enquanto eram servidos cortes de carne da maior qualidade, mal podia se concentrar. As palavras passavam pela mente dele como um borrão apressado, apesar de tanto tê-las repassado.
— Lembra quando a gente era do jardim de infância? — Começou casualmente, olhando para o próprio polegar, que acariciava as costas das tuas mãos cálidas. Você murmurou uma resposta afirmativa. — No dia que eu empurrei o Pedrinho, você contrabandeou uns pedaços de massinha pra mim no cantinho do castigo.
— Eu não tinha medo do perigo. — Vocês riram com a lembrança. Eram tão pequenos, não sabia como Chenle se lembrava disso.
— Depois, quando a gente mudou de escola e continuou na mesma sala, lembra? Acho que a gente tinha uns 13 anos já.
— Lembro! — Bebericou o vinho suave. — Nenhum professor aguentava a gente naquela época. — Era verdade. Mesmo que tirassem notas ótimas, nunca calavam a boca. E Chenle era esquentadinho, disso recordava-se bem.
— Eu odiava quando você ficava sofrendo por causa de One Direction, puta merda. — Ele confessou, brincando. — Principalmente o Niall.
— Eu achei que você gostasse deles!
— Eu aprendi todas as músicas só porque queria entender do que você tava falando. Mas... — O rapaz virou o olhar para o lado, inibido pelo que falaria a seguir. — Eu tinha ciúmes deles, tá? Gostava tanto de você, e tu só queria saber do Niall.
— Você não gosta mais? — Indagou, fingindo mágoa. Chenle te repreendeu com o olhar quase severo, se não fosse pelo sorriso solto.
— Não. — Ele tomou tua outra mão na dele também. — Gostar é muito pouco pra dizer o tanto que eu quero você comigo.
— Lele...
— Lembra uns meses atrás que a gente tava fuxicando o insta da Bia pra saber se ela tinha aceitado o pedido de namoro? — Você assentiu novamente, sem compreender aonde ele queria chegar. — Tu quase surtou de felicidade quando viu que ele tinha dado uma aliança pra ela...
— E a gente brigou porque você falou que não era casamento, era só um namoro. — Lembrou-se do dia e fez uma cara de desgosto. Detestava discutir com Chenle. Suspirou derrotada. — Você tava certo, sabia? Não te disse isso antes. É só uma besteirinha, não faz sentido mesmo. — Ele sorriu fraquinho, te olhando apaixonado. — Mas eu acho fofo, tipo uma prévia de pra sempre.
— Então só pode ter aliança se for uma promessa de sempre?
— Mais ou menos isso, eu acho. — Deu de ombros e bebeu mais vinho quando ele soltou uma de tuas mãos para pegar o guardanapo dobrado milimetricamente na frente do teu prato.
Ele desfez a dobradura com calma e revelou um pequeno anel de prata ali. 'Não pode ser, bem na minha cara esse tempo todo!' Teus olhos curiosos e pasmos acompanharam Chenle levar a peça até mais perto do rosto e fazer uma cara totalmente falsa de choque.
— Você aceita minha amostra de pra sempre? — Ele pediu, te fazendo rir. Te admirou com sorriso grande e aproveitava o som sincero que saía dos teus lábios. — Quer namorar comigo?
— Claro que quero!
Chenle deslizou o anel em teu dedo como um príncipe, e você não se surpreende ao constatar que coube perfeitamente. Ele pensou em tudo mesmo.
— Você também vai usar uma? — Perguntou curiosa, esperando um não. Mas o rapaz apenas levantou a mão ao lado do rosto, exibindo a aliança bem ali.
Ele reparou que você não havia se dado conta antes, o que só tornou o momento melhor. Ele riu da expressão perplexa que mudou tua face, e você só conseguia pensar em como foi tão bem enganada.
Após o jantar, não conseguia parar de olhar a mão de Chenle em tua coxa ao dirigir. O dedo adornado com a jóia prendeu tua atenção o tempo inteiro na volta para casa, e ele já havia depositado inúmeros selares sobre o teu dedo anelar pelo caminho.
Como parte dos planos, o chinês te levou para a própria casa. Era um final de semana só para os dois, cheios de detalhe para que você fosse ainda mais dele.
— Quer ficar mais confortável? — Chenle perguntou, quase sugerindo. — O que você acha de ir tomando um banho?
— Hmmm, acho uma boa ideia. — Respondeu enquanto ele deixava alguns beijos pelo teu pescoço, e teus braços envolveram-no pelos ombros. — Vai comigo?
— Nunca recusaria um convite desses. — Ele riu nos teus lábios antes de deixar ali um selinho demorado. — Mas vai primeiro, vou só ajeitar umas paradas aqui.
Chegando ao quarto do namorado, foi direto ao banheiro, dando de cara com mais um de seus bilhetes. Desta vez, estava pregado numa cesta de produtos de pele.
"Não sei se são os certos. Tirei foto dos seus outro dia. Sim, eu sou o melhor namorado do mundo."
Filho da mãe. Sabia que você aceitaria.
— CHENLEEEEE!
— Oi, mô. — Usou o apelido com ternura, aparecendo com sorriso travesso na cara.
— Você... — Apontou para o kit sobre a pia de mármore. — Obrigada, vida.
Nada poderia medir o tamanho da felicidade que iluminou sua face. Ele encerrou a distância entre os corpos, te abraçando forte como nunca.
— Eu tô feliz que sou sua e que você é meu. — Segredou na curva de seu colo com timidez.
— Eu sempre fui seu, amor.
E, então, ele te encheu de amor naquela noite. Marcou cada traço da tua pele com um pouco do desejo dele, além de satisfazer todos os teus. E por todas as outras que vieram, ele te amou mais. Amá-lo era tão leve e fácil porque era certo. Para sempre, o nome dele estaria gravado como tatuagem sobre tua história.
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i. fumaça
Luzes coloridas. Decidiu ali mesmo com o grave retumbando no seu corpo que iria começar a fumar mais que só as vezes. Da janela, Kalfr viu Raven e Steven conversando no quintal, os pontos brilhantes de seus cigarros como duas estrelas no céu noturno. Falavam gesticulando numa conversa acalorada, entretendo um ao outro, o que de perto, ele sabia, devia fazer a fumaça ganhar mais curvas, se enroscando no ar até desaparecer. Teve a impressão que ela subia até o segundo andar, atravessava o vidro da janela, e embaçava-lhe a vista.
ii. carro
"Como é que a gente vai voltar pra casa?"
Steve começou a rir às custas do rapaz. Quando Raven disse que não, a essa hora não passavam mais ônibus, Kalfr entrou num estupor e sentou no meio-fio. Achava graça porque via Kalfr como um caipira que veio dum lugar muito, muito gelado. A embriaguez deve ter o feito se esquecer das tecnologias que já existem.
Controlou seu riso para poder provocá-lo. Fingiu: "Não estamos com carro, então vamos ter que ir andando."
"Porra, mas todas as coisas aqui são muito distantes!"
O ruivo se encostou numa lamúria na perna de Raven, que estava em pé logo ao lado, celular em mãos.
"A gente vai pedir um motorista, Kalfr," explicou finalmente, a voz distante, de sono e de falar alto por cima de música. "Steve. Vem com a gente?"
Gostava disso; gostava do pedido ao invés da pergunta você vem ou não?, gostava de conversar com Raven depois de algumas boas doses, como ele abandonava a polidez que o distanciava dele. Hoje Raven o abraçou espontaneamente, talvez depois de ouvir algo engraçado vindo dele ou que achou adorável, porque veio acompanhado de um cômico "eu te adoro, nunca mude!", mas Steve já não lembrava mais o que causou a reação. Só lembrava da melhor parte.
Na viagem de volta, ficou no meio de dois sonolentos. Seu corpo ainda funcionava no fuso horário dos Estados Unidos, acrescido da euforia da festa e da bebida. Puxou conversa com o motorista sem nem saber por quê, falou que para ele que era bom os vidros meio abaixados. O frio da noite corria. Kalfr agora se encostou no ombro dele, sua presença sempre morna; o ombro de Raven contra o dele era firme, e seu cabelo longo agitado pelo vento às vezes lhe fazia cócegas no pescoço.
iii. café
O relógio marcava duas horas e meia da manhã quando chegaram. O apartamento de Raven parecia diferente naquele horário, o prédio todo em silêncio. Até as quinquilharias pareciam estranhamente mais estáticas, como se esvaziadas.
"Eu passei a minha vida toda considerando que-" ele pausou para desligar o fogão, "se volto às duas da madrugada, é tarde. Mas se eu estiver voltando às cinco, é cedo. Isso não vai ficar tostado demais?"
Kalfr tinha puxado uma cadeira e sentado na cozinha, monitorando os queijos-quentes. Ele escutava Raven falar e ao mesmo tempo ouvia o que Steve, na sala, colocava para tocar na caixa de som.
"Não, vão ficar perfeitos. Eu conheço sua sanduicheira melhor do que você."
"É só o que você faz nessa cozinha."
"Que mentira. Passo café e faço pipoca de microondas também. Por que cê tá fazendo coado ao invés de espresso?"
"Kalfr, eu sou mais velho do que você, não é?"
"O que isso tem a ver?"
"E eu sei de algumas coisas que você ainda vai aprender, não é?"
"Mas o que isso—"
"Você não vai querer o espresso agora."
Logo o cheiro de café começou a estar presente. Raven alternava entre adicionar mais água quente e olhar para Kalfr, que já buscava suas canecas favoritas, a dele e a de Raven, e mais uma para Steve. Kalfr, que já sabia onde achar as coisas na casa dele. Kalfr, que navegava por seu apartamento com tranquilidade, como se sempre tivesse pertencido ali. Kalfr que tinha sua caneca favorita da coleção que na verdade era de Raven.
Raven soprou o café enquanto continha um pequeno sorriso.
iv. conversa
Deu o seu melhor para manter sua energia alta durante a noite inteira, elétrico o suficiente para ceder um pouco dela até para quem precisasse. Mas acabou que, depois de tocarem música no limite máximo do que era apropriado pro horário, Kalfr precisou fechar o olho um pouco.
Ficou com o sofá todo para si e os dois outros foram para a mesa logo atrás. Quando acordou dos quinze minutos de cochilo, as vozes deles se misturavam com a de Billy Corgan, que ressoava mais baixa na caixa de som como uma lembrança vaga. Pôs-se a escutar.
"...E essa é a história. Ela era muito carente e eu não."
"Mas no resto do tempo, vocês davam certo," Raven disse.
"É. Na cama." Ouviu uma risada.
"Único lugar em que a carência dela não te enchia o saco."
"...Exatamente. Meu Deus, Raven, você é horrível."
"Só porque eu divido neurônios com você."
Havia alguns assuntos que Kalfr não conseguia conversar com Raven e Steven. Como mulheres e sexo. Qual vinho de preço médio é o melhor. Em que lugar se comprava loção pós-barba tão cheirosa.
Talvez ele deveria ter mais amigos da idade dele.
Ele se direcionou para onde estavam e levantou as mãos. "Parem essa conversa agora."
Ficaram quietos. Se entreolharam antes de voltar a atenção para o rapaz. Sua postura dizia que anunciaria algo.
"Vou começar a fumar."
...Se entreolharam de novo, mais sutil agora. Até que começaram a dar risada. Kalfr sentiu a ponta das orelhas esquentarem. "Qual a graça agora?"
"Olhe." Raven mexeu na taça de vinho. "Você não deveria. E outra coisa, Arisen, você vai ficar roubando os meus ao invés de comprar os próprios cigarros."
"Já aprendeu o trago francês?"
Como se lembrado de que roubar era algo que podia fazer, Kalfr tomou um gole da taça alheia. Raven sequer piscou. "Não aprendi. Dos franceses eu só gosto do jeito que fazem revolução." Observou o líquido escuro girar no vidro. "Como é?"
Tudo que não presta Kalfr aprendeu eles.
v. sacada
"Pela última vez." Kalfr aspirou o ar noturno, tentando recobrar a calma. "O seu corpo não sabe a diferença entre vinho, cerveja e qualquer destilado. É tudo álcool! Ele metaboliza tudo como álcool! Misturar não faz diferença!"
"Mas eu estou te dizendo que eu não posso misturar cerveja com vinho, que eu passo mal."
Eles davam voltas no mesmo assunto, reformulando as mesmas sentenças toda vez. Raven teve que se segurar na sacada para não correr o risco de cair de tanto rir. "Ele está zoando contigo, Kalfr." Mas ninguém pareceu escutar.
"Sabe o que eu acho? Você deve ser alérgico a cevada."
Steven parou.
"Alérgico a cevada? Isso não existe."
"Existe." Raven limpou uma lágrima. "São os celíacos."
"Celíacos?"
"É gente que tem alergia a glúten. Tipo cevada, como você falou."
"Eu não acredito em celíacos." Steven tomou um longo gole de vinho e se endireitou, prestes a discursar. "Porque se Deus mandou que compartilhássemos o pão..."
Ainda faltava um bocado para o sol nascer.
vi. cama
Quando Steven comentou que precisava esticar as costas, não imaginou que o dono do apartamento ofereceria a própria cama ao invés de um educado pode ficar com o sofá só pra você. E não antecipou que os dois viriam junto: Raven, pelos mesmos motivos que ele, e Kalfr, por causa da companhia.
Só porque a cama de Raven era de casal não significava que ela era gigante, o que os deixava com os ombros encostando nos do outro. Mas estamos irritantemente muito vestidos, pensou, e pouco enroscados, como se fôssemos órfãos pobres dividindo cama.
Até que Kalfr sentou na cama e, com naturalidade, tirou a camiseta e a jogou numa cadeira que já acumulava outras. "Calor," explicou, e deitou de novo ao lado de Raven.
Steve, do outro lado, considerou a situação. Raven ofereceu sua casa, sua bebida e até a própria cama. Talvez era a hora dele e Kalfr retribuírem o favor, aproveitando que estavam ali, o encurralando como fazem os canídeos. Ele pôs uma mão no meio do torso de Raven — nem muito baixo, nem muito alto, mas ainda um toque intencional —, pôde sentir as batidas de seu coração. Lançou um olhar para o ruivo, na expectativa de que encontrasse algo que denunciasse no rosto dele o mesmo pensamento, uma fome semelhante.
"O que foi, Steve?" Kalfr disse.
"...Nada." A mão permaneceu ali, sobre a maciez do tecido da camisa. "Esqueci."
Ele segurou um botão entre o polegar e o indicador, com vontade de desabotoá-lo e sem poder. De repente toda a atenção do cômodo voltou-se para isso, esperando o que faria em seguida ou qual seu propósito.
Foi Raven quem disse agora, "O que foi, Steve?"
"É diferente dos outros. Dos outros da camisa."
Os demais tinham um aspecto perolado, enquanto o diferente parecia ser de metal, frio ao toque. Steve tocou nos outros botões, experimentando a sensação deles, mão resvalando até mais perto do peito—
levou um peteleco de Kalfr na mão. Dessa vez, o olhar que Steve lhe mostrou era indignado. Antes que pudesse reclamar, já foi interrompido:
"Raven, você não ia procurar um vídeo tutorial de trago francês pra ver se alguém consegue explicar essa merda?"
"Ah, sim."
Ele e Kalfr Arisen não conseguem jogar no mesmo time.
vii. sol
O tempo é a respiração de Kalfr dormindo em seu peito. A forma como Steve o ajudou a tirar uma mecha do rosto quando o cabelo se bagunçou. Os múrmurios sonolentos de boa noite praticamente contra sua pele. Uma luz do dia que se acizentava de tão acanhada.
Seus calcanhares estavam enroscados já não sabia mais com quem. O cheiro de cigarro parecia impregnado em tudo e fazia sua cabeça pesar. Não sabia como continuava acordado, sequer lutava contra o sono.
Mas não se importou muito. A manhã chegou gentil. Viveu o prolongamento das coisas, o mundo secreto que só existe quando o cedo é cedo demais. Como ninguém estava vendo, ele guardou em si essas demoras; assim, quando todos acordassem e seguissem com a normalidade, elas não se dissipariam. E segurou esse tempo na memória.
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Barbie: para o filme do ano, uma análise afetiva
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Em setembro de 2019, eu trabalhava em uma loja de roupas femininas e tinha tudo para ser um dia perfeito: era o evento de lançamento da primavera-verão, meu uniforme era composto por peças da coleção (escolhidas por mim) e eu me entupiria de doces, pois as clientes estavam sempre de dieta e a empresa encomendava doces para servi-las. Cheguei pouco antes do início do expediente, por volta do meio-dia. Mas, às três da tarde, quando subi para almoçar, peguei o garfo, arrastei a comida nele e não consegui colocar na boca. Comecei a chorar, desenfreadamente. Uma sensação terrível de que estava prestes a morrer, pois de uma coisa eu tinha certeza: aquilo era um infarto. Eu não conseguia falar, estava sufocando e parecia ter uma sombra muito alta atrás de mim, me abraçando e me puxando para baixo. A gerente nunca viu aquilo acontecer. A supervisora saiu às pressas de uma reunião para me socorrer. Toda a situação era inédita para mim. Fui levada ao hospital, e na frente da médica aconteceu novamente. Ela conseguiu me acalmar com um exercício respiratório. E quando terminamos, perguntou: “você já teve uma crise de pânico antes?”. Aquela foi a primeira de muitas.
E é exatamente assim que o filme Barbie começa: Margot Robbie é a Barbie típica, estereotipada. Ela é loira, sorridente, magra e veste cor de rosa. Foi a primeira Barbie criada. Vive na Barbielândia, com as outras Barbies e os Kens. Em um dia perfeito, Barbie acorda em sua casa sem paredes, cumprimenta suas vizinhas Barbies, escolhe o que vestir, toma café da manhã de mentirinha e voa do telhado direto para o seu carro (um Corvette 1956 customizado em rosa, obviamente), rumo à praia. O dia da Barbie só é atrapalhado pelo Ken de Ryan Gosling que, para impressionar a companheira, tenta performar como surfista e falha miseravelmente. Ken pede para visitar Barbie em sua casa mais tarde, no que ela o convida para uma festa com dança coreografada e muitas outras Barbies ao redor. Ele concorda e comparece. No entanto, durante uma dança, Barbie comemora com suas amigas sobre o quanto esse dia foi perfeito, assim como o dia de ontem e o de amanhã, que também será perfeito. E no fim, ela questiona: “vocês já pensaram em m0rr3r?”
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Na manhã seguinte, o dia da Barbie não é perfeito: ela acorda com mau hálito, o leite está vencido, o pão queimou na sanduicheira e ela cai do telhado. Chegando na praia e tirando o salto alto (sim, a Barbie usa salto até na praia e a areia é cor de rosa), percebe que seus pés tocam no chão e é a primeira vez que isso acontece. Conversando com outras Barbies, a Barbie é convencida a buscar conselhos sobre tudo que está acontecendo com a Barbie estranha. A Barbie estranha, uma das personagens mais surpreendentes e cativantes desse filme (interpretada por Kate McKinnon e descrita por Margot Robbie como “uma mistura de David Bowie com gato sem pêlos”), é uma Barbie underground: reza a lenda que ela ficou daquele jeito, toda suja de canetinha, com o cabelo curto e irregular e fazendo espacate o tempo todo, depois que uma criança do Mundo Real brincou demais com ela. Ela é a mais feia e destruída das Barbies, por isso mesmo responsável pela manutenção da beleza e comportamento das bonecas. Barbie estereotipada procura a Barbie estranha, que lhe conduz ao Mundo Real, onde ela deve encontrar a menina que brinca com ela, que está triste, para que o portal entre os dois mundos seja fechado. Pois a humanidade da menina está afetando na bonequice da boneca. Barbie parte com Ken em sua jornada de heroína, na qual ambos viverão aventuras inusitadas: descobrirão que o Mundo Real, diferente da Barbielândia, é governado por homens. A Mattel tentará capturar a Barbie. E Barbie encontrará a menina que brinca com ela, mas terá uma surpresa muito desagradável ao retornar para a Barbielândia.
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Em 2020, com as crises de pânico frequentes e toda a mudança brusca que a pandemia proporcionou, senti que perdi o controle da minha vida e procurei um psiquiatra. Depois de quinze minutos chorando ininterruptamente, consegui explicar o que sentia, tudo que aconteceu desde a primeira crise de pânico. Recebi um diagnóstico e três remédios: um antidepressivo para o dia, um comprimido para a noite e outro para as crises. Deveria tentar por três meses, junto com acompanhamento psicológico. Me afastei do trabalho para os primeiros quinze dias de tratamento. Telefonei para os meus pais e “contei a novidade”.
Foram os três piores meses da minha vida. Comecei com a sertralina, o mais comum dos antidepressivos, o mais indicado para quem inicia o tratamento-combo de pânico-ansiedade-depressão. Meu médico era ótimo, fez questão de me afastar pelo máximo de tempo permitido para não ter que enfrentar o INSS, e ainda me explicou os efeitos colaterais e benefícios da medicação. O problema é que tive todos os efeitos colaterais. Todos. Incluindo os mais raros. Experimentei a enxaqueca pela primeira vez na vida e nunca mais escapei dela. O sono e cansaço me consumiram, ainda que eu não fizesse esforço algum. Eu não sentia fome, mas me sentia tonta. Minhas mãos tremiam e meus olhos viviam vermelhos e lacrimejando. Eu vomitava e odeio vomitar. Mas nada vai superar a fase do esquecimento. Nada mesmo, pois os três meses de sertralina afetaram meu cérebro para sempre no campo da memória, tenho certeza. Eu não sabia como tinha chegado aos lugares, uma vez desmaiei na frente do trabalho. No momento mais humilhante, telefonei para um ex-namorado perguntando qual era meu endereço, pois não sabia voltar para casa. Minha cabeça, em termos de recordações, nunca mais foi a mesma.
Resultado: fui demitida. Na mesma semana, voltei ao psiquiatra, que alterou minha medicação para a fluoxetina. Depois de quinze dias, eu era outra pessoa. A mesma Nina, só que melhor: produtiva, alegre, capaz de acordar pela manhã sem reclamar. Cinco meses depois, no início de 2021, minha mãe faleceu de infarto fulminante aos 54 anos de idade.
No início de 2022, perdi meu pai para a doença degenerativa que ele enfrentava há anos. Nessa época, eu já não fazia terapia com uma das pessoas mais legais que já conheci (obrigada por tudo, Rafael). Mas entrei em um emprego dos sonhos, que eu amava muito. A m0rt3 do meu pai, que já era esperada, me desestabilizou demais e meu corpo reagiu: adoeci muitas vezes, por consequência faltei ao trabalho muitas vezes. Em dezembro, veio outra demissão e essa doeu mais que tudo. A fluoxetina parou de fazer efeito e eu não exatamente percebia que estava, outra vez, perdendo a vontade de viver. Em janeiro de 2023, troquei a fluoxetina pelo escitalopram que, apesar do nome, não me excitava em nada. Continuei sem vontade de viver, mas pensei que estivesse bem porque isso não transparecia externamente: eu não chorava assistindo filmes dramáticos, por exemplo. Eu não me apaixonava mais quando me relacionava com alguém, eu não sorria se estivesse sozinha e visse algo engraçado. Eu não tinha reação para coisa alguma, nada me comovia. E, na minha cabeça, eu estava ótima.
Nesses três anos de tratamento, tentando acertar a medicação, perdendo pessoas e colecionando diagnósticos (recentemente mudei de psiquiatra e ganhei “depressão recorrente” enquanto a química do meu corpo se equilibra na base de desvenlafaxina, até que ela também pare de fazer efeito), conheci o meu novo terapeuta. Eu o chamo de “terapeuta-gato” porque ele é muito bonito mesmo. E tenho certeza que sou o amor da sua vida, mas ele se encontra em estado de negação, coisa que precisa resolver em sua própria terapia, não comigo. Falando sério, o terapeuta-gato está me salvando, sem necessariamente ser um desses terapeutas de série americana, que se envolvem demais e chegam a abraçar o paciente. Mas também, se fosse assim, eu iria gostar. Ele conversa comigo. Como se eu fosse uma pessoa muito interessante e eu não me sinto esmagada e subestimada como me sinto perto de todo mundo. Nem sempre sou o assunto, prefiro quando o assunto é ele. O que ele fez durante a semana, como foi ter sido criado por pais terapeutas, ou sobre sua estranha adolescência como metaleiro-carnavalesco. Às vezes ele lê para mim e eu choro. Comprei alguns livros por indicação dele. Não gosto quando meus pais são o assunto, por sentir que já esgotei esse assunto. Ele ri. Meus pais sempre serão os antagonistas na minha terapia — as pessoas que odiei, amei e perdoei; ainda que estejam m0rt4s e que tenham me prejudicado tanto que hoje minha autoestima foi destruída, considero-a irrecuperável e costumo me sabotar como uma viciada em drogas. E o terapeuta-gato é freudiano, imagino que demonizar nossos pais na frente de um freudiano seja algo comum.
Nesses três anos, além dos meus pais, também sofri outras perdas: uma amiga com pouco mais de trinta anos foi contaminada pela água na Índia e o sonho dela era viver lá, tudo foi muito rápido. Outro amigo, após todas as vacinas, faleceu de covid. Tive um grande amor e deixei ele ir embora porque a minha doença, então desconhecida, prejudicava nosso relacionamento. Eu não queria que alguém quatro anos mais jovem e que nunca tinha namorado na vida carregasse esse trauma. Depois, traí alguém que me amou muito e isso tem a ver com a auto-sabotagem citada no parágrafo anterior. Então prometi que nunca mais namoraria enquanto fosse uma pessoa mentalmente instável. Depois caí na real de que provavelmente não tenho cura, mas consegui passar um ano sem me comprometer. De maio para cá, conheci alguns homens, graças ao advento dos aplicativos de relacionamento. Fiquei próxima de três, mas com um deles tenho maior e melhor convivência. Ele comprou um bolo de aniversário para mim, no que fiquei bastante comovida. E, recentemente, me fez chorar em uma das conversas mais importantes que tive com alguém, me fazendo enxergar que estou viva apesar de tudo que passei e o que existe é olhar para a frente ao invés de ser uma versão pior de mim e cheia de lamentações. É muito importante ouvir as pessoas mais velhas, elas realmente sabem de tudo.
Depois de unir mãe e filha e salvar a Barbielândia do domínio dos Kens que instauraram o patriarcado no mundo das bonecas, Barbie conclui que talvez ela não deva ter um final, como se tivesse que segurar a mão de um Ken arrependido, perdoá-lo e viver feliz para sempre. Quando a criatura encontra sua criadora, Barbie percebe que não quer ser uma ideia, ainda que os humanos tenha só um destino (a m0rt3), enquanto ideias vivem para sempre. Ela quer fazer parte das pessoas que pensam e executam ideias. Barbie quer ser humana. E ela consegue.
Barbie é exatamente a comédia que eu escreveria sobre uma mulher com depressão. No X (ex-Twitter), o usuário @ababeladomundo escreveu: “eu fui ver Barbie semana passada com uma amiga que toma antidepressivos e ansiolíticos há muito tempo, e o melhor comentário dela foi que o filme é basicamente a história de uma mulher que de repente parou de tomar sertralina”. Em julho, a revista Galileu publicou em seu site um artigo cujo título é “5 temas sobre saúde mental retratados no filme”. Barbie contém uma história muito própria de sua geração: Greta Gerwig, a diretora, é uma típica millennial. Os millennials viram seus sonhos despedaçados pelo capitalismo e avanço tecnológico, mas parcialmente reconstruídos por esperança de dias melhores e muita nostalgia. Estamos revivendo o passado anos 90/2000, algo evidente também no figurino de Barbie. Após uma pandemia, em que a saúde mental de todos nós foi arrasada (sou apenas um entre tantos exemplos estatísticos), um evento como Barbie, a nível mundial, quebrando recordes em bilheteria e levando famílias ao cinema vestindo rosa — era exatamente o que precisávamos. Com roteiro de Gerwig e seu marido, Noah Baumbach, Barbie é sagaz inclusive quando aborda transtornos mentais. Há uma cena inteira dedicada a isso, pois o que acontece na Barbielândia começa a afetar o Mundo Real e, enquanto a Barbie de Margot Robbie sofre uma crise existencial com a mudança de seu próprio universo, no Mundo Real a Barbie que passou o dia inteiro vendo fotos do noivado da ex-melhor amiga no Instagram enquanto assistia Orgulho & Preconceito (meu filme favorito, detalhe, só que na versão de 2005. Me senti MUITO contemplada) é ofertada às meninas. Ansiedade e crises de pânico vendidos separadamente.
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Barbie proporcionou cenas belíssimas, talvez inesquecíveis para o cinema. Como quando ela encontra, na rua, uma mulher idosa e diz: “você é tão bonita!”, essa cena diz tanto… já revela o quanto Barbie admira a humanidade. Admiração que se transforma em desejo, posteriormente. Nenhuma outra atriz faria melhor esse papel do que Margot Robbie. Ela só queria produzir o filme, mas foi a melhor protagonista possível. Pois Margot é Barbie e Barbie é Margot; depois desse ponto, ficou impossível desassociá-las. Margot tem o sorriso da Barbie e, mesmo quando chora, ainda é a Barbie. Uma Barbie que é pura beldade, mas nada sexualizada. Margot tem a mesma qualidade de Audrey Hepburn no auge de sua beleza (o que durou sua vida inteira, praticamente): ela também tem o rosto de um anjo. Margot tem 6 letras, Barbie tem 6 letras. Coincidência? Acho que não.
Da mesma forma, outra grande surpresa do filme foi a dedicação de Ryan Gosling em contar a história do Ken. Na vida de todo mundo que foi criança e brincava de Barbie, Ken nunca teve relevância, era só um acessório da Barbie e, como todo acessório, também era opcional. Todos os comentários fazem jus a atuação de Gosling: de fato, é o papel da vida dele. Gosling nunca esteve tão expressivo, fez o Ken ser bobão e companheiro enquanto sombra da Barbie, mas também ambicioso para liderar sua revolta. Quem assistiu em IMAX teve a oportunidade de vê-lo nos bastidores e é notável o quanto ele se divertiu e divertiu a equipe.
Outra ótima cena é quando Barbie acredita não ser boa o suficiente em nada, no que o discurso de America Ferrera é forte o bastante para fazer dela ao menos candidata ao Oscar de atriz coadjuvante. Barbie deve ganhar todos os prêmios da próxima temporada. E se não, valeu pelo evento, a espera, todos os looks que preparei um ano antes do filme e a superação de expectativas. Eu sabia que seria bom, mas não esperava que fosse TÃO bom. Barbie tocou em feridas atuais e impressionantes. Nenhuma pessoa envolvida na produção desse filme acreditava que ele sairia do papel, afinal, a história do filme tem cara de algo só permitido após se tornar domínio público, mas a Mattel aprovou a zombaria até com ela mesma. A autocrítica está lá, servindo para vender bonecas ou não. O lucro do hype do filme da Barbie não está apenas no cinema: milhares de produtos licenciados foram criados, assim como bonecas inspiradas no filme. Aqui em São Paulo, uma casa da Barbie em tamanho real foi montada, também uma loja da Barbie e estive nesses eventos. Se eu sobreviver a tudo isso e tiver filhos um dia, gosto de pensar que mostrarei minhas fotos vestindo rosa aos trinta e um anos de idade sem me importar com o quão ridículo isso parecia na época, não me arrependo. Barbie foi meu hiperfoco de 2023, que me levou ao cinema oito vezes. Fui uma criança privilegiada e tive muitas bonecas Barbie, então, esperei por esse live-action desde que nasci — que bom viver em um momento em que isso foi possível. Mas espero que Barbie fique datado em breve, com relação aos seus temas. É sim um filme feminista, que fala sobre como a opressão em cima das mulheres afeta nossa saúde mental. Nenhum outro blockbuster ou série da Netflix conseguiu abordar tão bem esse assunto e de forma tão leve, capaz de arrancar risadas. Sendo otimista: em vinte anos, espero que as próximas gerações não vejam sentido em Barbie tanto quanto a minha vê agora. Também é importante dizer que Barbie não é um filme para crianças — é um filme para mulheres de trinta anos ou mais, bem-sucedidas ou não, à beira de um ataque de nervos, tentando tocar suas vidas, fazendo o melhor que conseguem. Barbie é uma declaração de amor feminina e feminista, uma bandeira hasteada cheia de ressignificação. Barbie is everything.
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#blog#barbie#barbie the movie#barbie live action#greta gerwig#margot robbie#ryan gosling#noah baumbach#saúde mental#depressão#ansiedade#crises de pânico#autoestima#feminismo#cinema
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What a week, huh?
É engraçado como as coisas funcionam muito melhor quando você não planeja nada. Eu planejei, na sexta-feira da semana passada (ou duas semanas atrás? Já é domingo, merda), escrever sobre a quinta-feira mais aleatória que eu já vivi, mas eu obviamente procrastinei porque isso já faz parte do meu caráter. O que aconteceu é que boa parte dos dias subsequentes foram potencialmente interessantes e eu comecei a questionar: por que aquela quinta-feira foi tão interessante a ponto de precisar de um texto inteiro só para ela? E salvei o post como rascunho.
Mas aí é que tá, aquela quinta-feira foi maneira. Então eu vou começar esse novo capítulo da minha novelinha por ela.
[Post Que Ainda Não Tinha Título]: Director's Cut
Eu tenho alguns problemas com memória recente, então às vezes não sei explicar muito como ou por que as coisas aconteceram do jeito que aconteceram e ter acordado cedo foi uma delas. Acordar cedo me fez participar do Café Da Manhã Com As Meninas, um evento que eu raramente presto atenção que acontece porque, bom, eu sempre acordo em cima da hora e saio de casa com o estômago vazio (she's so crazzzzy).
Por sorte, no dia anterior eu tinha feito o melhor lanchinho-fácil-com-coisas-que-eu-tenho-em-casa (como você pode ver pela evidência acima) e estava doida para comer de novo. Convenientemente, demora muito para fazer um lanchinho-fácil-com-coisas-que-eu-tenho-em-casa. E eu queria dois!
Para fazer o seu próprio lanchinho-fácil-com-coisas-que-eu-tenho-em-casa você precisará de 4 ingredientes simples: - pão de forma - manteiga - geléia - tempo Conseguiu tudo? Ótimo! Passe a manteiga dos dois lados de duas fatias de pão (é um pouco chatinha essa parte, mas você consegue!), coloque na sanduicheira e esqueça eles lá, não posso afirmar aqui, galera, mas deve funcionar na frigideira sim! Aqui vai depender da potência da sua sanduicheira, a daqui não é lá essas coisas, então preste atenção na textura do pão, estamos procurando o mais torrada douradinha que você conseguir (cara, como eu quero uma torradeira), um lado vai chegar no ponto antes do outro, daí você vira as fatias para igualar, eu recomendo deixar uma parte mais queimadinha para ser o lado de fora. Torrada pronta, passe sua geléia preferida no lado menos crocante de cada uma das suas fatias e divirta-se.
Toda essa coincidência (que inclui o fato de eu não ter aula de quinta) me levou a ter tempo de qualidade como uma pessoa normal e com pessoas normais. Eu sinto isso com muito mais frequência do que expresso, óbvio, mas eu gosto muito desses momentos que são naturais e orgânicos e eu me lembro de que, mano, eu sou só uma pessoa tipo kkkkkkk ?????
Talvez eu tenha dado muita atenção para um café da manhã naquela sexta-feira, mas realmente foi um ponto chave na narrativa das últimas semanas. O jeito que interagi com Volúpia escalonou para conversas com a Pod, e, consequentemente, com Querida, uma querida que eu também conheci no café da manhã, com o Maridinho, um pouco com Volúpia, mas, principalmente, comigo mesma.
Esse não é um post sobre a evolução do meu personagem, tá? Não tenho nada de novo para trazer além do bom e velho Medo de relacionamentos e Tendência à ser cúmplice (descobri que essa palavra soa melhor que "submissa" ou "chaveiro").
De volta para o meu dia, eu segui para o meu segundo compromisso: Fazer uma tatuagem (eu ia considerar o café da manhã ou a conversa da tarde como Compromisso, e eles teriam o C assim para significar ponto-chave da história, mas ficaria idiota, então vamos considerar que o primeiro foi trabalhar porque, é, teve isso também).
Também no dia anterior, eu descobri que fui inocente demais em combinar coisas com um homem e que a tatuagem foi reagendada das 15h para as 17h, olha que detalhe bobo, né? E mesmo assim ele foi enrolado o suficiente para me fazer sair do estúdio 22h da noite! Eu gostei muito das tatuagens, aliás.
Me desdobrei para chegar no meu último compromisso do dia: A Festa.
A Festa era um evento que o Maridinho tinha me convidado semanas antes, mas, obviamente, eu não me importei muito e esqueci completamente de comprar na hora, então estava decidida a não ir. Isso até, novamente, o dia anterior (provavelmente, não lembro muito bem, mas vamos fingir que sim pelo bem da história, ok?) em que meu grande mano Jay precisou vender o ingresso dele porque "precisava fazer uma cirurgia. É tão a cara dele fazer uma cirurgia só pra furar o rolê. E pra quem ele vendeu? Isso mesmo, pra esta que vos fala.
Então eu fui. Comi rápido pra cacete pra ter mais tempo de esperar o Uber que cancelou, foi ótimo, só não foi melhor do que ficar 40 minutos na fila do Campinas Hall pra descobrir lá na frente que eu tava na fila da festa errada :D e eu já mencionei que tava frio? Tipo MUITO frio?
Entrar na festa ainda foi difícil, depois de mais uma fila eu ainda fiquei um bom tempo andando em círculos pra encontrar o Maridinho porque usar o celular não tava nos planos dele aparentemente (eu sei, eu atrasei pra caralho, a culpa é minha, mas é muito solitário andar por uma pista de festa que tá começando), mas quando finalmente tudo deu certo, incluindo Pod levando o famoso beck pra mim, foi definitivamente uma Festa.
Vamos começar por partes. E a partir de agora eu vou mascarar um pouquinho a verdade para manter a história interessante (eu sei, eu fiz o pacto da honestidade quando comecei esse diário, mas eu juro que são mentirinhas leves para enfeitar o roteiro, todas as coisas que aconteceram continham sendo verdade).
Maridinho levou dois amigos dele que conhecemos na época do Cursinho (não era um cursinho), mas eu não era tão próxima, e ainda não sou o suficiente pra pensar em apelidos para eles. Eles aparentemente namoravam, não um com outro, então a Temporada de Caça ficou só para a gente. A Amiga é muito boa em ajudar nisso, ela tem olhos bem afiados e nenhuma vergonha de chegar nas pessoas, o que infelizmente faz ela receber cantadas demais para alguém num relacionamento sério. O Amigo... Bom, ele foi divertido em outros momentos do rolê.
Eu criei um outro jogo para mim e para Maridinho, porque festas sem jogos são entediantes e eu vou provar isso alguns parágrafos abaixo, e jogo desse rolê foi: nós só vamos fumar maconha quando cada um beijar alguém. As regras são simples: 1 beijo = 1 saída para fumar. Parece fácil, né? Não foi. Começando que maridinho tava naqueles dias, às vezes ele só não sente vontade de beijar na boca no meio do rolê, não importa o quão empolgado ele tava antes. Eu não entendo, mas respeito. Outro obstáculo foi que eu não tenho o menor tato social. Eu sei que me gabo muito por ser boa nisso, mas eu tenho um MEDO de chegar em alguém, dá muita ansiedade, e, pior, eu dei um fora SEM QUERER numa mina e não tenho nem uma justificativa pra isso!
Já que tocamos no assunto ansiedade para chegar em alguém, vale ressaltar que foi muito engraçado que eu e Maridinho conseguimos observar todo o processo de um carinha no rolê se preparando pra chegar na Amiga (grande erro), e foi muito engraçado, sério, tadinho ele tava respirando mt fundo antes de chegar. O ponto desse parágrafo é que eu e Maridinho estávamos completamente alinhados nesse rolê. Tudo o que um comentava o outro estava vendo, tudo o que um pensava o outro dizia. Carne e unha, alma gêmea.
Eu descobri que detesto paieiro e me faz passar mal. Vi uma foto de um pênis comparado com um desodorante. Compartilhei detalhes da minha vida pessoal por meio de piadas. Fumei maconha (tive que mudar as regras pra liberar o beck quando fica 3x0 porque o a Maridinho não colaborava). Beijei 3 bocas. Vi uma menina normalmente se aproximar do nosso grupo e dançar do lado da Amiga. Perguntei para Maridinho se era uma conhecida, não era. Sorrimos e acenamos enquanto a menina dava em cima da Amiga, que veio imediatamente até a gente pedindo para sair dali.
E por algum motivo essa foi a cena mais engraçada da minha vida. Ok, eu sei que posso culpar a maconha, mas não foi só isso. Foi tão rápido e dinâmico e sincronizado... Parecia ensaiado, juro. E ficou ainda melhor quando eu voltei e a menina tinha LAMBIDO o pescoço do Amigo. E espera, espera, depois o Amigo beij–
Quer saber? Já deu da quinta-feira. Vamos para a sexta e a festa que me fez perceber que héteros são um saco.
Para começar o pagode. Eu também gosto de um pagode? QUEM não gosta de um pagode???? Mas precisamos de limites!!! O pagode tem que acabar imediatamente quando as pessoas estão começando a ficar alegrinhas e daí você coloca o FUNK porque é quando estamos alegrinhos que queremos nos mexer e não depois de ter GASTADO a energia de bêbado cantando só o refrão de músicas de quando reuniões de família eram algo agradável por muito mais tempo do que precisava!!!!! Meu. Deus. Toda. Santa. Vez. Na real eu mudo o meu alvo, como eu detesto toda a nostalgia em setlist de festa, ok é muito bom ouvir alguns funks antigos e até falecidas divas do pop que realmente eram marcaram época, mas isso tá tão marcado que dá para saber que horas são só pela música que tá tocando (Alerta: se você está em uma festa de rep e começa a tocar Firework, eles tão te mandando para casa).
Outra coisa, que pode ser diretamente ligada à questão anterior, é como ninguém se mexe. É estranho dançar perto de grupinhos que estão parados conversando. Não julgo estar parada e conversando, eu amo ficar parada e conversando, mas a impressão que dá é que eu preciso esperar a hora certa para começar a me divertir? Vai ter, tipo, um sinal? Bom, na verdade teve.
Era para ser a coisa mais divertida do meu já agitado final de semana, jogaram papelzinho do alto e liberaram a casa como um novo espaço de festa, começaram músicas boas e eu considerei uma Temporada de Caça sozinha, mas... Eu tava cansada.
É, sei lá, rolês não funcionam sem o Maridinho, essa foi minha lição do dia.
Na quinta-feira seguinte, também conhecida como quinta-feira da semana passada eu desafiei essa lição (caramba, sempre uma quinta-feira? Que falta de criatividade, universo!), mas esse texto já tá enorme e eu não quero mais me sentir culpada por não terminar logo então fica para quando eu lembrar.
Só porque eu achei importante relatar, já que teremos esse salto temporal até eu resolver aparecer aqui de novo, o resto do meu final de semana envolveu consumir droga, conversa desconfortável com parente, ficar triste, beber muita cerveja, enfim o mesmo de sempre.
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Review Completo: Sanduicheira Elétrica Cadence Click 127V
A Sanduicheira Elétrica Cadence Click é compacta, prática e perfeita para preparar sanduíches rapidamente e sem bagunça. Confira os detalhes deste modelo que tem conquistado muitos consumidores.
A Sanduicheira Elétrica Cadence Click é um eletrodoméstico compacto, prático e ideal para o dia a dia, especialmente para quem ama sanduíches bem-preparados de forma rápida e sem bagunça. Vamos explorar os detalhes desse produto que vem conquistando a preferência dos consumidores. EspecificaçãoDetalhesPotência750WCapacidade2 sanduíchesRevestimento AntiaderenteSimTrava de…
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