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#Rua do Sol Recife
pearcaico · 1 year
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Largo da Praça Joaquim Nabuco - Centro do Recife Em 1944.
Photo Richard F. Hawley.
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ourvidesouverdes · 7 months
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RECIFE FRIO (KLEBER MENDONÇA FILHO)- QUAL É A VERDADEIRA TRAGÉDIA?
recife, capital do pernambuco, localizado no nordeste, caracteriza-se pelo clima sempre quente e pela presença intensa do sol. um dia, inesperadamente, uma mudança climática ocorre, transformando este local, adorado pelos europeus em busca de um refúgio solar, ironicamente, em um reduto glacial.
em ''recife frio'' mendonça filho explora, através de uma inexplicável onda glacial no recife, as contradições desta cidade marcada na história do brasil. brasil, país latinoamericano fruto de uma colonização européia que massacrou povos originários, culturas e modos de vida tradicionais, não está isento das influências de seu passado marcado pela violência.
em ''as veias abertas da américa latina'' eduardo galeano disserta sobre a ilusão de que é possível e esperado que países colonizados atinjam a ''superioridade econômica'' dos países imperialistas. isso seria impossível, visto que os últimos firmaram suas bases econômicas a partir da espoliação dos países dependentes. à custa da escravidão, durante séculos e, atualmente, a escravidão moderna, exemplificada no neoliberalismo.
neoliberalismo este que não é apenas uma doutrina econômica. é um ''habitus'', como diria bourdieu. é um modo de vida, de Ser, de estar, de consumir. é um controle do corpo e da mente. através da dominação econômica pela acumulação primitiva de capital, os países imperialistas, até hoje, constituem-se como influência primordial em questão cultural, social, psicológica e estética.
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e é na questão social e estética que mendonça filho adentra neste curta.
ao se depararem com a brusca mudança de temperatura, os moradores do recife fazem o que de melhor faz o brasileiro, ou, diria mais, os latino americanos: se adaptam.
essa adaptação repercute diferentemente à depender da camada social: os mais pobres queimam pneus nas ruas para sobreviver ao frio; os comerciantes colocam roupa nos antes pelados bonequinhos à venda e adicionam lareiras nos objetos vendidos; os ricos perpetuam a opressão.
em ''manifesto antropofágico'', oswald de andrade repercurte ao declamar a capacidade e missão brasileira de não aceitar como dado as influências estrangeiras, mas, sim, ''engoli-las'', adaptando-as a nossa realidade.
e isso é visto em cenas icônicas, com o papel noel dos trópicos festejando o frio, tendo em vista que não mais desmaiaria de calor no natal; e com o comerciante utilizando-se das referências europeias e norte americanas para representar simbolicamente a nova realidade do recife em seus objetos à venda.
nas famílias ricas o caso é outro.
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marcado historicamente pela escravidão, no brasil é comum encontrarmos atualidades do período escravagista. não só em hábitos, comportamentos e mentalidades, mas, também, na arquitetura.
o ''quartinho da empregada'' é retratado, sendo o menor cômodo da casa, e carente de ventilação. é a senzala moderna.
ironicamente, com a queda de temperatura, este cômodo é visto com outros olhos. antes, desvalorizado e destinado à essa pessoa que, apesar da exploração, é ''da família'', é visto como um refúgio do frio.
os lugares são trocados materialmente, mas não simbolicamente. as opressões continuam mesmo que ''mascaradas''.
e, se você for uma fã de carteirinha do kleber, já percebeu que lhe é muito caro a questão arquitetônica do recife, tema que ele trata também em ''retratos fantasmas'', lançado este ano.
de início, a cultura a estética indígena foram massacradas e destituídas pelos colonizadores europeus. a estética europeia mistura-se com a tradicional. cria-se uma estética arquitetônica própria em recife, fruto desta interação, destrutiva, sim, mas uma interação.
na atualidade, a ''originalidade'' histórica, fruto de contradições, conflitos, mortes, resistências, é sumariamente apagada pela conquista neoliberal de uma arquitetura padronizada. sem falar da atual paranóia sobre segurança pública. nunca estamos seguros.
prédios altos, muros altos. cores brancas, cinzas ou pretas. vida monocromática. não só estéticamente, mas em seus hábitos.
nada mais coerente com uma cidade fria em vida e cores com um clima glacial.
mas, nem só de adaptação vive os latinoamericanos. a transgressão se faz presente. nunca esses povos espoliados aceitaram quietos. conflitos, contradições e resistências são a realidade da americalatina, e, por consequência, do brasil. nascer nos trópicos é nascer marcado por uma história que te chama.
e é nesta transgressão que se assenta o plot twist do curta. a possibilidade de sol, de esperança, não virá pelas mãos e pela cultura daqueles que nos escravizam. e não virá da adaptação.
é necessário a retomada de nossos hábitos originários, de nossa identidade, para que possamos encontrar verdadeiramente um caminho iluminado por nossos próprios pés.
qual a verdadeira tragédia a se considerar?
★★★★★
esse vou ter que dar 5 estrelas!!!
com mais de 50 prêmios no brasil e no exterior, ficando atrás apenas de ''a ilha das flores'', é um curta sensacional do começo ao fim, em uma narrativa que mistura cômico ao dramático. entrega tudo o que promete, e até o que não promete.
de certo uma das obras primas de KMF e de emilie, sua esposa, que dirigiu vários outras produções icônicas com ele.
me inspira muito sua obra ser marcada pela sua história de vida - tendo em vista que KMF é do recife - e seu compromisso com a terra na qual cresceu.
como diria o próprio kleber sobre o curta "é um lamento de amor pelo Recife", que ''anda muito mal tratada em seu traçado urbano''
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eduardocantagalo · 11 days
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Aventura em Recife: Trilhas Imperdíveis e Passeios de Barco
Recife é muito mais do que belas praias e um centro histórico cheio de cultura. A cidade e seus arredores oferecem várias opções para quem busca atividades de aventura, desde trilhas em paisagens naturais até passeios de barco em rios e manguezais. Para começar o dia de aventuras, nada melhor do que uma boa refeição em um restaurante em boa viagem barato, garantindo energia para aproveitar ao máximo.
Seja explorando trilhas que passam por belos cenários ou navegando em um passeio de barco, Recife é uma cidade perfeita para o turismo de aventura.
Trilhas e Caminhadas: Conecte-se com a Natureza
As trilhas em Recife são ideais para quem gosta de estar em contato com a natureza. Uma das trilhas mais conhecidas é a Trilha do Engenho, que passa por áreas preservadas de Mata Atlântica, proporcionando uma imersão em cenários verdes e tranquilidade. Se você prefere uma aventura próxima à cidade, as áreas de proteção ambiental nos arredores de Recife também são ótimos locais para caminhadas.
Além das aventuras naturais, não deixe de aproveitar os passeios culturais em Recife, que complementam a experiência de forma única, conectando cultura e aventura em um só passeio.
Passeios de Barco pelos Rios e Manguezais
Outra forma incrível de explorar Recife é através de passeios de barco pelos rios e manguezais da região. O Rio Capibaribe é um dos principais cenários desses passeios, que oferecem uma perspectiva única da cidade e seus arredores. Durante o trajeto, você pode admirar a rica fauna e flora local, além de paisagens encantadoras.
A conexão com a história e cultura de Recife é inevitável, já que muitos passeios de barco passam por pontos históricos da cidade, como o Recife Antigo, onde é possível aprender mais sobre o passado colonial da região.
Descubra as Melhores Praias de Recife
O turismo de aventura em Recife também pode incluir dias de descanso em suas praias paradisíacas. A Praia de Boa Viagem é a mais famosa, mas há outras opções menos conhecidas, como a Praia do Paiva e as praias da Ilha de Itamaracá, que oferecem paisagens de tirar o fôlego e ambientes mais tranquilos para explorar.
Se você é fã de atividades aquáticas, essas praias são perfeitas para esportes como stand-up paddle, kitesurf e até mergulho. Descubra as melhores praias de Recife e arredores, e combine suas aventuras em terra com momentos relaxantes à beira-mar.
Gastronomia da Região: Energize-se para Suas Aventuras
Depois de um dia cheio de atividades, é hora de explorar a gastronomia da região. Recife é um paraíso para quem aprecia a boa comida, com opções que vão desde os pratos típicos da culinária nordestina até restaurantes internacionais. Não deixe de experimentar a carne de sol com queijo coalho e os frutos do mar frescos, que são destaques na culinária local.
Essas delícias vão garantir a energia necessária para continuar explorando tudo o que Recife tem a oferecer em termos de turismo de aventura.
Explore o Recife Antigo
O Recife Antigo é uma parada obrigatória para quem visita a cidade. Além de sua importância histórica, o bairro também oferece opções de aventura cultural, como passeios a pé pelas ruas de paralelepípedos e visitas a locais como o Marco Zero e o Paço do Frevo. A experiência é ainda mais completa se você explorar a área com calma, apreciando a arquitetura e a cultura local.
Para aqueles que apreciam a mistura de história e aventura, o Recife Antigo é o lugar perfeito para mergulhar em um cenário cheio de charme e autenticidade.
Com essas opções, você poderá aproveitar o melhor do turismo de aventura em Recife, combinando trilhas, passeios de barco e uma imersão na rica cultura local!
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pernambuconoticias · 6 months
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Duplo homicídio é registrado no bairro de Águas Cumpridas, em Olinda
Um duplo homicídio foi registrado durante a madrugada desta quinta-feira, 14, na rua Floresta, situada na comunidade Alto do Sol Nascente, bairro de Águas Cumpridas, em Olinda, região metropolitana do Recife. As vítimas foram identificadas como Maurício Manoel da Luz, conhecido como índio, que tinha 34 anos; e William Rodrigo Melo de Farias, 29 anos. Eles foram mortos com disparos de arma de…
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devaneiosazuis · 7 months
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Foi tão lindo. Foi como um sonho. E eu tenho que pegar ele e colocar dentro de uma garrafa de vidro igual aquelas que vc deixa navegando no mar. Eu vou escrever aqui tudo que eu queria que a Bia soubesse, colocar nessa garrafa e deixar ao mar que é pra ver se ele entrega a ela ou não. Não digo diretamente a ela porque vai ser demais então prefiro ir no ritmo dela. E entregar conforme o que ela for me entregando. Ou dar um passo a frente e recuar quando preciso.
Foi no dia 8 de março de 2024, em Recife, que a conheci. Me levou no Alto da Sé em Olinda, vimos aquele lindo por do sol eadmiramos a paisagem; ela me contou que alí tem festa de carnaval principalmente nas ruas de baixo. Eu nem pensei nada quando eu conheci ela. Eu só conseguia admirar ela com aquele sorriso, aquele olhar e seu jeito, sua gentileza e carinho comigo. Eu entrava numa fase tão meditativa quando eu olhava pra ela que meus olhos brilhavam. Depois da Sé caminhamos e depois pegamos um uber pra tomar uma cerveja no restaurante [nome do restaurante] esse restaurante tinha janelas goticas e se sentia em casa pelas texturas de tijolos que eram intrínsecos a parede, as estampas do restaurante e o seu estilo combinavam muito com o nosso. E lá bebemos, falamos sobe a Vivi, a Manu e me lembro que ela me disse que quer ter filhos. Ficamos chateadas porque não nos conhecemos em Évora.
O universo faz as coisas acontecerem tão espontaneamente de uma forma tão incrível que o meu celular teve que estar descarregando a ponto de eu ter que ir a casa dela usar o carregador do celular dela para carregar o meu. A outra opção seria pedir a Priscila pra enviar meu carregador por uber mas isso seria muito mais transtorno. Então fomos a casa dela carregar. E mais uma coisa que o universo conspirou!!! Os pais dela não estavam em casa! Mesmo assim eu sou tão idiota a ponto de não perceber que ela queria algo comigo. Só percebi quando a gente estava conversando no quarto dela e eu sentei na cama dela e ela se sentou exatamente virada pra mim como se tivesse me admirando muito e desde aí eu ja sabia mas eu continuei falando e falando e sei que do nada ela me deu um beijo. Eu fiquei sem acreditar que ela fez isso tão rapido kkk mas fez e foi uma delicia. Depois ela perguntou se eu estava com fome e com sede e a gente foi até a cozinha jantamos um iogurte com banana e granola lá na varanda casa dela e ela me perguntou se eu ainda queria ir pra o "pagode do didi" mas eu disse "eu n sei" (mas no fundo eu não queria ir. Eu só queria beijar ela) e eu perguntei se ela queria ir e ela disse "eu n sei" e me beijou. Depois voltamos pra a cozinha da casa dela mesmo, bebemos uma aguinha e lá na cozinha ela me deu outro beijo. Depois foi uma pegação tão grande! Ela me segurava com tanta força e eu senti meu corpo tremer, meu coração estava tao acelerado, eu estava fervendo e eu aqui, enquanto escrevo posso sentir pela memória como era essa sensação tão intensa e tão boa. Fomos até o quarto dela e as coisas pegaram fogo lá. Ela tirou os meus disfarces e chegou até a rua de baixo deixando ela bem elétrica e chuvosa. Foi tudo muito intenso mas ao mesmo tempo teve muito carinho, respeito e amor. Depois nos deitamos e a gente ficou fazendo carinho uma na outra e conversando. Eu me senti tão amada.... Eu não queria ir embora nunca mais dalí dos braços quentes dela e do cafuné. Quando eu estava em cima dela ela me disse "Você é muito gostosa" e eu disse "Você é maravilhosa" e ela disse "Você". Ficamos alí nos sentindo e se ouvindo por um tempo, deixando tudo se acalmar. Mas só que já era 23h e eu fiquei preocupada se a mae de Priscila ia achar ruim por eu dormir fora de casa. Eu, estúpida, voltei de uber pra casa de Priscila e dormi lá, sozinha, me abraçando pra substituir o calor dos braços de Bia, sentindo uma falta enorme e o calor que estava dentro do meu ser indo embora.
*Prox post tem parte 2...
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miguelsolano · 7 months
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não tem problema não gostar de carnaval
eu acho lindo o carnaval, mas faz uns 15 anos que não saio de casa no feriado com intenção de curtir a festa. porque parece que o povo vira bicho, tá ligado? parece que a pauta é quanto mais se estragar, melhor. a galera andando seminua pelas ruas, sem pudor algum (não me refiro às fantasias), se drogando até perder a consciência, vomitando de hora em hora, tropeçando pelos cantos de tão embriagada que está… isso é muito louco! a sensação que dá é de bichos enjaulados 95% no ano e de repente se soltam nos 7 dias de folia. vejo constantemente cenas horripilantes sem nem precisar frequentar o carnaval.
se você acha que fui muito hater nesse primeiro parágrafo, relaxa o coração. eu também sinto as mesmas sensações citadas acima quando me disponho a participar de festivais de rock, por exemplo. o problema não é o carnaval, mas a ideia de autodestruição de muita gente.
sei que existem milhares de pessoas vivendo e aplicando essa ideologia linda do carnaval, mas confesso que me incomodo bastante só de olhar a quantidade de loucura que existe. adoraria ser mais imune a tudo isso, mas não consigo. adoraria ser como algumas pessoas, que abstraem as bagaceiras e focam na diversão. pode ser um sintoma da idade? muito provavelmente.
às vezes até saio da toca nessa época, quando minhas amizades insistem e quase me obrigam a dar uma volta (coisa que nem fiz esse ano), mas admito que carnaval virou uma coisa muito estranha pra mim. me tornei aquela pessoa que adora assistir aos vídeos sentada no sofá, compartilhar as fotos, curtir as publicações das amizades em seus grupinhos… é tudo muito lindo. no entanto, quando vejo o sol de 40° graus pela janela, o trânsito pra chegar nos lugares, a dificuldade de encontrar uber ou táxi pra voltar, o amontoado de gente colada uma na outra… me dá logo uma preguiça. deixa eu em casa mesmo, com meus livrinhos e filmes, deitado no bucho do meu cachorro. pode ser um sintoma da idade? muito provavelmente.
eu sinto saudade é da minha infância, quando os velhinhos e as velhinhas de hoje, que ainda estão brincando carnaval da forma mais linda que existe, tinham por volta de seus quarenta anos e me ensinaram a brincar de bomba d’água, de pular ouvindo alceu valença e ricardo chaves, de grudar serpentina no corpo inteiro e passar o dia na rua. carnaval era um acréscimo às férias de janeiro, que eu detestava quando acabavam.
hoje não tenho mais saco de encarar um bocado de coisa, não só o carnaval. acredito que seja trauma do tempo em que vivia fazendo show com minha banda e presenciava um bocado de cena bizarra. minha tolerância deve ter diminuído significativamente. e tá tudo bem não gostar de folia, tá? é sempre importante deixar isso claro, porque morar em recife e dizer que não curte carnaval é quase um crime (do mesmo jeito que ir pra balada e confessar que não bebe álcool). honestamente, discordo de que o carnaval seja uma festa desnecessária, como muita gente alega. tudo bem não se empolgar, mas dizer que é um espetáculo sem sentido? só pode estar maluco…
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psicodericas · 1 year
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A GRANDE NOITE PSICODÉLICA
Esta noite procurei o meu amor pelas ruas da grande Babilônia
Na Augusta, no Bixiga
entre os skatistas que fumavam na Roosevelt…
Coisa de quem ama um boêmio
Não faz muito tempo contemplamos juntos a aurora de um novo dia
enquanto o amor escorria entre os lençóis
A minha língua percorreu as veias do meu amado
em busca de seu sangue em ebulição
Ele vermelho, eu policromática
reluzente, quente, úmida
e o que mais ele queira que eu seja se lhe tenho nos meus braços
entre as minhas pernas
Refaço o trajeto a fim de compreender onde o nosso amor entrou na contra-mão
Volto para a noite de inverno em que eu apareci na vida dele falando da açucena,
das corridas de argola, e do canto da ema
Convidando-o para amar em Salvador
no Recife e no Rio
Para botar os dedos nas feridas da Paulicéia
E dizendo que o sertão sempre foi mar
Eu julguei ter visto uma ovelha
mas era um lobo
E correu para não perder último trem para o Anhangabaú
Eu disse aos meus amigos que iria me casar com ele em junho
na festa de São Pedro de uma adorável cidade do interior
Trocando a valsa pelo baião
e as alianças de ouro por anéis da mata branca
A poesia concreta das esquinas da Selva de Pedra darão testemunho da nossa paixão
Das serenatas e dos choros
Do quanto o amei
e amo
Tanto que tenho medo de dizer
Dizer que ele atiça todos os meus demônios
e o romantismo burguês
Mas ele sempre soube que eu herdei o ímpeto de Dadá
E que sou remédio e veneno
O trem tangencia a Marginal rumo à Zona Sul
Os edifícios ameaçam desabar sobre as nossas cabeças
As construções faraônicas transbordam o sangue e o suor dos meus
Passo pela ponte do Limão
e as minhas lágrimas acompanham o compasso da garoa paulistana
O telefone toca
é o meu amado
Os Gaviões botaram abaixo a estátua de Caxias
Prometendo erguer, em seu lugar, honrarias a Raimundo, Cosme e Manuel Balaio
O Diabo Velho também será tombado
E o Galo fará o Gato arder em chamas pela última vez
Vamos tomar as máquinas e as terras
para que os nossos filhos não morram de fome
Vamos fazer poesia, música e amor
Depois poderemos ver o pôr do Sol no Farol da Barra
ou levar a vida bucólica que almejamos
Encontro o meu consagrado em frente à Saudosa Maloca
e juntamos os nossos fuzis
Agora vejo morros e vales dissolvendo-se em líquido pastoso
Vejo cores vibrantes
e o vermelho dos olhos do meu amor
Vejo a insurreição regurgitar a tradição
E um casal de camaradas copulando entre os escombros da velha sociedade
Sinto o fortum da putrefação da ordem vigente
E os ventos do norte trazendo clamores de emancipação
Eu vejo um idoso barbudo rezando pelas almas dos que tombaram
E três crianças famintas partilhando o brioche
Ouço o canto do carcará mergulhando entre os arranha-céus
Os nossos irmãos profanam o altar dos deuses de Ustra
e honram a memória de Marighella
Um beco à meia-luz me remete ao candeeiro de Ana
A grande Babilônia está em chamas
Os jovens carregam bandeiras alvinegras
e fazem os anéis de Saturno de bambolês
A primavera se espalha por todo o país
Dou a mão ao meu companheiro
Fugimos juntos por entre as vielas do Bixiga
“O seu amor é um leão feroz e insaciável
atentando contra as colunas da catedral” ele diz
Ouço o som de uma sanfona…
O meu camarada pega o violão para entoar canções de resistência
Descemos a ladeira da memória
Vingamos o sangue dos inocentes
E dançamos baião pelas ruas entorpecidos de paixão
Amanhã vai ser outro dia
Esta noite o espírito de Paris pousará sobre São Paulo
pois ousaremos tomar o céu de assalto.
- Érica Santana Santos
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elcitigre2021 · 1 year
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Saúde Ameaçada com Toxinas...
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Você sabia que ao aplicar um filtro solar fator (FPS) 15 reduz em 98% a produção da vitamina “D”.
Como há muita discursão em torno desse assunto, vou sintetizar algumas informações para que você pesquise e veja o que realente a mídia e a falta de interesse da classe médica, associado ao estrondoso ganho da Indústria Farmacêutica está causando a pandemia de hipovitaminose “D” na população mundial. 
Desde da Revolução Industrial estamos vivendo num confinamento com o crescimento das cidades e da população; ruas com pouca iluminação solar e poluição impedindo a chegada dos raios UVB.
A mídia faz o seu trabalho intensificado mostrando o quanto é ruim receber os raios solares, recomendando que antes de sair de casa, não importando o horário, utilize o protetor solar.
Crianças e idosos que deveriam tomar mais sol, também são poupados com a utilização de protetores e roupas especiais com proteção dos raios UVB.
Desde da descoberta do raquitismo que foi amplamente trata com o banho de sol, estudos são feitos para saber qual a importância do SOL  na saúde.
A vitamina “”D” que não é vitamina e sim um hormônio que produzimos na pele pelo estímulo dos raios do sol UVB sem protetor solar,  é distribuído pelo sangue para todas as células do corpo e após algumas mudanças bioquímicas se transforma na forma ativa que irá se ligar a um receptor específico que vai agir no DNA ligando e desligando genes (se relaciona direta ou indiretamente com a expressão de mais de 2 mil genes), regulando assim o funcionamento de nosso organismo, evitando os sintomas das doenças.
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Hoje sabe se que o hormônio “D” não beneficia apenas os ossos, mas também as doenças cardiovasculares e infecciosas (como a tuberculose, diabetes, autismo e doenças autoimunes (psoríase, artrite reumatoide, lúpus, entre outras) estão relacionadas à hipovitaminose D . Acredita-se que o hormônio “D” equilibrado pode retardar ou ajudar a evitar o aparecimento de Alzheimer e outras doenças degenerativas, aliviar a asma, evitar demência, esquizofrenia, bipolaridade e reduzindo os riscos de impotência sexual.
Pesquisas realizadas pelo mundo:
Um estudo realizado foi em 2013 pela Universidade de Oxford mostra que na história recente do Irã, o Aiatolá Khomeini tomou o poder, em 1979, e obrigou as mulheres a usarem trajes tradicionais, conhecido como Burca, que cobrem quase todo o corpo, isso teve um efeito sobre a saúde imediato e fortíssimo. Entre 1989 e 2006, o número de casos de esclerose múltipla cresceu 800% no país.
E em 2010, foi feito um estudo pela USP no qual constatou que 77,4% dos paulistanos apresentam deficiência de vitamina D durante o inverno e no verão o número cai, mas continua altíssimo: 37,3%. Em Pequim, o problema afeta 89% das adolescentes e 48% dos idosos. Na Índia, 84% das grávidas e assustadores 96% dos bebês. Nos Estados Unidos, 29% dos adultos.
O consumo de protetor solar, aqui no Brasil, sextuplicou em menos de 15 anos, isso graças a mídia poderosa e a falta de informação pela classe médica
Você sabia que ao aplicar um filtro solar fator (FPS) 15 reduz em 98% a produção dessa vitamina. Imaginou o que acontece quando é aplicado o fator 50?.
Estudo da Faculdade de Medicina da USP comprova que o sol nem sempre causa câncer de pele - e é possível que uma exposição contínua (vários anos) e prolongada (muitas horas) possa ajudar na prevenção da doença. É o que sugere a pesquisa Efeitos da radiação solar crônica e prolongada sobre o sistema imunológico de pescadores do Recife, da dermatologista Sarita Martins, que analisou uma colônia de pescadores em Brasília Teimosa, bairro de Pina, em Recife, Pernambuco. Dos 20 pescadores estudados, todos apresentavam células de proteção natural aos efeitos da radiação ultravioleta do sol.
“Queria estudar os efeitos do sol intenso em pessoas que ficam expostas por um período longo de tempo", explica a pesquisadora. "Escolhi a profissão que considerei mais vulnerável ao sol, que são os pescadores, e achei que encontraria um número expressivo de casos de câncer de pele". No entanto, ela não encontrou nenhum caso de câncer de pele ou mesmo de lesão pré-cancerosa. Na realidade, apesar das 12 horas diárias de exposição direta ao sol sem uso de proteção solar de qualquer tipo, eles não se queixavam de queimaduras, bolhas ou outro tipo de lesões na pele."
Texto:Nailakita Fonte: Agência USP
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paulofletras · 2 years
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Exercício de escrita - 1
Apesar das previsões pessimistas, as fortes chuvas de julho terminaram e as reformas na Avenida Marechal Mascarenhas de Morais foram concluídas. O bairro da Imbiribeira seca à medida que o sol ressurge sobre Recife. Ele chega às cinco e parte às dezessete para receber aborrecido uma lua discreta. Os dias permanecem quentes e as noites parecem anunciar um final de ano abrasador. Os ventiladores em pane dispostos na calçada do reparador de eletrodomésticos da Avenida Pinheiros colorem o chão.
Ninguém conversa muito na rua onde eu moro. A maioria das casas é habitada por idosos antipáticos. Alguns frequentam religiosamente o mercado de frutas e verduras do bairro. Outros caminham as quinze centenas de metros da Lagoa do Araçá em laço. Uns sequer saem de casa: talvez por conta dos buracos do asfalto puído, talvez por falta de vontade. Os moradores mais jovens raramente são vistos a vagar. Trabalham demais, cedo demais, tarde demais. Os cachorros dos quintais de algumas casas transformaram-se em vigilantes por acidente. Latem forte e assustam alguns pedestres desavisados.
A casa de número 73 é particularmente especial. Os azulejos verdes empoeirados perderam o brilho há anos, mas o charme da fachada de algum modo mantém-se vivo. A caixa de correspondência com os números sete e três escritos à caneta piloto confunde alguns entregadores de encomendas inexperientes. O carteiro da rua sabe que, no passado, naquela mesma fachada, os números em metal reluzente distinguiam o domicílio. Não sei quando nem como exatamente o par de números foi roubado. Meus pais não procuraram substituí-lo. Eu, naturalmente, não procurei substituí-lo. O portão prateado e o piso do quintal coberto por placas de cerâmicas antiderrapantes brilham em proporções diferentes. As flores do jardim, excessivamente mal regadas, resistem coradas.
O terraço da casa incorpora um jardim de inverno brando e sereno. Uma mussaenda-rosa alta demais corta-o ao meio. Suas folhas simultaneamente rosadas e secas alongam-se à procura do sol. As salas de estar e de jantar, bastante espaçosas, são conectadas por dois degraus largos e rebaixados. Poucos móveis preenchem o ambiente: um sofá vermelho em formato de L com seis espaços, um hack castanho que sustenta uma TV fina demais, um ventilador turbo preto e uma cristaleira abarrotada de taças e talheres de festa aposentados. É supostamente meu cômodo favorito.
Os azulejos vermelhos da cozinha denunciam as tendências estético-arquitetônicas do primeiro morador. Ele construiu a maioria das casas da rua. Morava nelas por um tempo enquanto construía outras. Nunca pude entrar nas casas dos meus vizinhos, mas tenho a impressão que todas refugiam um aposento colorido demais.
O quarto da minha irmã é o menor da casa. Alguns livros de Lygia Fagundes Telles dividem as prateleiras do armário com roupas gastas e coleções de Direito Civil e Tributário. A cama ocupa o centro do aposento. Uma cortina blackout lilás impede vigorosamente a entrada de luz solar. Tornou-se difícil distinguir dia e noite. Uma mesinha-de-cabeceira ampara um abajur, um carregador de celular e uma caixinha de analgésicos. Eu e minha irmã convivemos muito bem. O tempo foi generoso com nossas diferenças.
O quarto dos meus pais é naturalmente o maior de todos. As paredes verdes e a cama queen size coexistem independentes. Dois guarda-roupas integram o todo. Meu pai mora em Manaus desde 1997. Minha mãe passa alguns meses do ano ao lado dele e os demais aqui conosco. São raros os momentos em que eu lembro do meu pai. Não o amo muito, ou pelo menos não o amo como minha mãe e minha irmã o amam. Não desejo o mal dele apesar do desinteresse. Julgo minha conduta razoável nessas condições. 
Meu quarto é bem ordinário. De um lado, uma cama de solteiro branca, de outro, um guarda-roupa de madeira convenientemente alto. Recentemente coloquei uma estante de quatro níveis entre os dois. Tenho tentado passar menos tempo aqui, pois ver minha cama me dá vontade de deitar e, do mesmo modo, deitar me dá vontade de dormir. Quando somos adultos, dormir de forma indiscriminada não é mais um privilégio permissível.
Abro meus olhos, são 5 horas e 52.  
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tecontos · 2 years
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Dei o cu no mato para um amigo com meu marido vendo tudo.
By; Silvia
Oi, eu me chamo Silvia, sou casada, tenho 32 anos e sou de Recife.
Quando bate a vontade de fodem em mim, não tem isso de hora nem local. Tenho 2m de altura, ex-jogadora do Vôley pernambucano, casada e liberal. Faço parte de um grupo de amigas delicioso e entrei em 2014, quando meu marido pediu para ser corno. E no grupo aprendi o bi feminino e a dar o cu.
Por incrível que pareça, eu tinha medo de dar a bunda e nem imaginava os prazeres que sentiria, como hoje. Atualmente sou completamente viciada em dar a bunda.
Por isso quero relatar e mostrar essa minha viagem para a cidade de Petrolândia e outras vizinhas, a convite de amigo do Telegram. Bati papo com ele, quando surgiu um convite, interessante e bem objetivo. Claro que topei e fui com meu corno manso, para registrar tudo. Afinal, corno tem de servir para algo. Fui para fazer imagens e filmes pelas estradas e pontos turísticos.
Chegando lá, no outro dia fomos fazer um caminho margeando o rio Velho Chico, perto de Paulo Afonso. Eu com meus 2 metros estava chamando a atenção dos machos, principalmente por causa desse biquíni vermelho que eu usava, todo enfiado na bunda. E notando isso, começo a ficar com a buceta molhada e meu cu piscando, de tanto tesão.
Esse amigo que nos convidou é casado, mas a esposa nem imagina que ele faz parte de nosso grupo na internet.
Bem, em nossas trilhas, cheguei nesse ponto, ao lado da estradinha de terra, deserta. E aqui me deu uma vontade enorme de dar meu cu ao macho. Eu sabia que ele queria mesmo era comer minha bunda, pois é dotado e a esposinha em casa não faz anal. Como a maioria dos amigos.
Entro na vegetação e baixo o biquíni. Eram umas 10 horas da manhã e o sol estava forte, muito quente. O corno começa a fazer imagens e filmes de mim ficando nua e o amigo fica com o pau duro, por baixo da bermuda. Eu estava louca para foder com meu cu. Não importava se ia passar carro na estrada. Nem quero saber. Fiz uma foto abrindo bem a bunda e ele viu meu cu. Eu o chamei para chegar perto. Ele abaixo atrás de mim, abre minha bunda e começa a cheirar, esfregando a cara dentro. Logo sua língua está em meu cu, penetrando fundo e rodando. Falei que queria dar a bunda ali,.
Como sou alta, em pé não daria, pois apesar de seus 1,75 metros, meu cu ficaria muito alto para ele. Fico de quatro ali mesmo, na terra e mato, feito um animal, uma cachorra de rua, no cio e esperando macho. Ele coloca o pau logo em minha boca, duro e gostos. Depois vem para trás e coloca na minha buceta carnuda, quente e molhada. O corno assistia a tudo e registrava, para compartilharmos no grupo.
Depois de socar em minha buceta, montado feito cavalo, olhando meu cu piscando, ele tira o pau e coloca na entrada de meu cu. Começa a enfiar e sinto a cabeça dilatando meu anel de couro ao máximo, até passar e ele enfiar tudo de vez, atolando a vara na minha bunda. Solto um grito alto e o macho não tem dó, pois começa a socar forte, segurando em minha cintura, completamente descontrolado, feito um animal.
Éramos dois animais ali, no meio do mato, fodendo muito e ele com o pau entrando e saindo de minha bunda. O corno via a esposinha no meio do mato, gemendo e levando pica de outro macho, logo na bunda. Na hora de gozar, ele geme alto, tira o pau de meu cu e coloca rapidamente na minha boca, para jorrar seus jatos de esperma, pare me ver engolindo tudo e ainda limpar seu pau com minha língua quente, e ninguem viu nadinha.
Enviado ao Te Contos por Silvia
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surrealsubversivo · 3 years
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Meu pai acreditava que todos os anos se devia fazer uma cura de banhos de mar. E nunca fui tão feliz quanto naquelas temporadas de banhos em Olinda, Recife.
Meu pai também acreditava que o banho de mar salutar era o tomado antes do sol nascer. Como explicar o que eu sentia de presente inaudito em sair de casa de madrugada e pegar o bonde vazio que nos levaria para Olinda ainda na escuridão?
De noite eu ia dormir, mas o coração se mantinha acordado, em expectativa. E de puro alvoroço, eu acordava às quatro e pouco da madrugada e despertava o resto da família. Vestíamo-nos depressa e saíamos em jejum. Porque meu pai acreditava que assim devia ser: em jejum.
Saíamos para uma rua toda escura, recebendo a brisa da pré-madrugada. E esperávamos o bonde. Até que lá de longe ouvíamos o seu barulho se aproximando. Eu me sentava bem na ponta do banco: e minha felicidade começava. Atravessar a cidade escura me dava algo que jamais tive de novo. No bonde mesmo o tempo começava a clarear e uma luz trêmula de sol escondido nos banhava e banhava o mundo.
Eu olhava tudo: as poucas pessoas na rua, a passagem pelo campo com os bichos-de-pé: “Olhe um porco de verdade!” gritei uma vez, e a frase de deslumbramento ficou sendo uma das brincadeiras de minha família, que de vez em quando me dizia rindo: “Olhe um porco de verdade.”
Passávamos por cavalos belos que esperavam de pé pelo amanhecer.
Eu não sei da infância alheia. Mas essa viagem diária me tornava uma criança completa de alegria. E me serviu como promessa de felicidade para o futuro. Minha capacidade de ser feliz se revelava. Eu me agarrava, dentro de uma infância muito infeliz, a essa ilha encantada que era a viagem diária.
No bonde mesmo começava a amanhecer. Meu coração batia forte ao nos aproximarmos de Olinda. Finalmente saltávamos e íamos andando para as cabinas pisando em terreno já de areia misturada com plantas. Mudávamos de roupa nas cabinas. E nunca um corpo desabrochou como o meu quando eu saía da cabina e sabia o que me esperava.
O mar de Olinda era muito perigoso. Davam-se alguns passos em um fundo raso e de repente caía-se num fundo de dois metros, calculo.
Outras pessoas também acreditavam em tomar banho de mar quando o sol nascia. Havia um salva-vidas que, por uma ninharia de dinheiro, levava as senhoras para o banho: abria os dois braços, e as senhoras, em cada um dos braços, agarravam o banhista para lutar contra as ondas fortíssimas do mar.
O cheiro do mar me invadia e me embriagava. As algas boiavam. Oh, bem sei que não estou transmitindo o que significavam como vida pura esses banhos em jejum, com o sol se levantando pálido ainda no horizonte. Bem sei que estou tão emocionada que não consigo escrever. O mar de Olinda era muito iodado e salgado. E eu fazia o que no futuro sempre iria fazer: com as mãos em concha, eu as mergulhava nas águas, e trazia um pouco de mar até minha boca: eu bebia diariamente o mar, de tal modo queria me unir a ele.
Não demorávamos muito. O sol já se levantara todo, e meu pai tinha que trabalhar cedo. Mudávamos de roupa, e a roupa ficava impregnada de sal. Meus cabelos salgados me colavam na cabeça.
Então esperávamos, ao vento, a vinda do bonde para Recife. No bonde a brisa ia secando meus cabelos duros de sal. Eu às vezes lambia meu braço para sentir sua grossura de sal e iodo.
Chegávamos em casa e só então tomávamos café. E quando eu me lembrava de que no dia seguinte o mar se repetiria para mim, eu ficava séria de tanta ventura e aventura.
Meu pai acreditava que não se devia tomar logo banho de água doce: o mar devia ficar na nossa pele por algumas horas. Era contra a minha vontade que eu tomava um chuveiro que me deixava límpida e sem o mar.
A quem devo pedir que na minha vida se repita a felicidade? Como sentir com a frescura da inocência o sol vermelho se levantar? Nunca mais?
Nunca mais.
Nunca.
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pearcaico · 1 year
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Rua do Sol Esquina Com a Av. Guararapes e Ponte Duarte Coelho, Edifício Trianon Em Construção - Centro do Recife Em 1944.
Photo Richard F. Hawley.
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traveltourbrazil · 4 years
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Destinos de Viagem no Brasil - Deve Ver Lugares no Brasil
Entretenimento seria o termo exacto para identificar o Brasil. Um país da América do Sul, o Brasil tem quilómetros de costa, sol brilhante, vida nocturna alegre, relaxamento, tipos de praias, lugares históricos e várias actividades, festivais e muito mais. O país o Brasil oferece experiências para toda a vida. O Brasil é também conhecido como a terra dos contrastes. A hospitalidade do povo brasileiro torna o lugar mais atractivo. O país tem sido sempre um destino turístico popular.
Entre as cidades do Brasil, encontram-se Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Manaus, Florianópolis, Galinhas, Recife, Búzios, Natal, Brasília, Belém, Búzios. A capital do Brasil é Brasília. Anteriormente, o Rio de Janeiro era a capital do Brasil, mas devido à posição de Brasília, tornou-se a capital. Brasília tem um espectáculo arquitectónico. No Brasil, cada cidade tem a sua própria beleza.
More : lugares no brasil para viajar
O Rio de Janeiro tem um dos mais belos cenários do mundo. O Rio de Janeiro é a casa da praia de Copacabana, mundialmente famosa, que é um lugar imperdível. Também o Rio de Janeiro recebe os visitantes com aquela grande estátua de um Jesus de braços abertos no topo do Corcovado, - a estátua do Cristo Redentor - e esta é também mundialmente famosa. O Rio de Janeiro é totalmente um lugar de visita obrigatória. É uma cidade fantástica. O Rio tem também alguns museus maravilhosos como o Museu Historico Nacional e o Museu da Republica. Floresta da Tijuca, Pão de Açúcar, Jardim Botânico são também locais a visitar. O famoso Carnaval reluzente do Rio de Janeiro é fantástico e muito famoso em todo o mundo.
São Paulo é a maior e mais cosmopolita cidade do Brasil. A cidade possui uma famosa vida nocturna e oferece oportunidades de compras. Algumas das atracções são o Teatro Municipal, Casa do Grito e Capela Imperial, Memorial da América Latina, Edifício Copan de Niemeyer, Museu de Arte de São Paulo, Patío do Colégio, Santa Fe Plaza, etc.
Alguns dos lugares mais interessantes a visitar e atracções a ver no Brasil são a Ilha de Fernando de Noronha, Ouro Preto, Olinda, Quedas do Iguaçu, Cidades Coloniais de Minas Gerais, Pantanal, Aquário Natural, Chapada Diamantina, Ubatuba, Rio Novo, Aeroporto de UFO, Cidade Alta, Reserva de Desenvolvimento Sustentável, Cidade Alta, Encontro das Águas, Fernando de Noronha, Igreja de Santa Efigênia dos Pretos, Parque Estadual do Caracol, Parque Nacional Sete Cidades, Bonito, Ópera de Manaus e muito mais.
O sol com tempo quente, sol brilhante chama os visitantes às praias mundialmente famosas do Brasil. As cidades costeiras do Brasil são bem conhecidas pelas suas belas praias, principalmente o Rio de Janeiro. O Carnaval brasileiro, A Floresta Amazónica, Capoeira são também as palavras mais pronunciadas sobre o Brasil.
O Carnaval ocorre anualmente como uma festa e continua durante 40 dias antes da Páscoa. As ruas tornam-se animadas à medida que o povo dança e toca música. O Carnaval no Rio de Janeiro é conhecido mundialmente pelos seus desfiles realizados pelas escolas de samba da cidade, no Sambódromo. Sambódromo é uma das principais atracções turísticas do Rio de Janeiro. Também no Brasil, há vários carnavais e estes realizam alguns desfiles carnavalescos importantes. Por exemplo, Carnaval de Minas Gerais, Carnaval de Pernambuco, Carnaval da Bahia, etc. A floresta tropical amazónica é a maior floresta tropical do mundo. A floresta ainda tem os seus próprios segredos e é uma casa para milhares de espécies. A capoeira teve origem no Brasil, sendo considerada uma espécie de dança, jogo, desporto ou arte marcial. Como visitante, pode-se até aprender Capoeira.
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eduardocantagalo · 11 days
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Recife em 3 Dias: Roteiro Cultural, Histórico e Gastronômico
Recife é uma cidade vibrante que mistura história, cultura e belas paisagens naturais. Em um roteiro de 3 dias, é possível explorar seus principais pontos turísticos, apreciar sua gastronomia e se encantar com suas praias. E se você está preocupado com os custos, há boas opções para economizar, como um restaurante em boa viagem barato, que oferece excelente comida a preços acessíveis.
Primeiro Dia: Explorando a História e Cultura de Recife
Comece seu roteiro mergulhando na rica história e cultura de Recife. Visite os principais museus e monumentos que contam a trajetória da cidade. Uma caminhada pelo centro histórico revela uma arquitetura colonial bem preservada e monumentos que testemunham a importância de Recife no desenvolvimento do Brasil. Aproveite para fazer passeios culturais em Recife, que incluem visitas a festivais, feiras e eventos culturais imperdíveis.
Recife é um destino perfeito para quem gosta de aprender sobre a história local. Para complementar o passeio, explore a história e cultura de Recife através de seus museus e galerias, onde é possível conhecer a fundo as raízes da cidade.
Segundo Dia: As Belezas Naturais e Praias de Recife
No segundo dia, é hora de aproveitar o que Recife tem de mais natural: suas praias. A famosa Praia de Boa Viagem é parada obrigatória, com suas águas mornas e piscinas naturais formadas pelos arrecifes. Para quem quer conhecer outras opções, as melhores praias da região também incluem Piedade e Porto de Galinhas, perfeitas para relaxar e curtir a beleza da costa pernambucana.
Depois de um dia de sol, nada melhor do que desfrutar da deliciosa gastronomia local. Recife é conhecido por seus pratos típicos e restaurantes que encantam turistas de todo o mundo. Explore a gastronomia da região e saboreie pratos como o tradicional bolo de rolo, frutos do mar frescos e deliciosas sobremesas.
Terceiro Dia: Recife Antigo e a Vida Cultural
No último dia do roteiro, explore o bairro de Recife Antigo, um dos lugares mais charmosos da cidade. O bairro é conhecido por sua história e cultura, com ruas de paralelepípedos, prédios históricos e uma vida cultural vibrante. Você pode fazer uma viagem no tempo passeando por suas ruas e conhecendo o Marco Zero, o Paço do Frevo e a Rua do Bom Jesus. Para os amantes da cultura, Recife Antigo é o lugar perfeito para encerrar o passeio com chave de ouro.
Durante a noite, aproveite os bares e restaurantes da área para experimentar mais da culinária local e, quem sabe, curtir um pouco da animada vida noturna da cidade.
Com esse roteiro de 3 dias em Recife, você terá a oportunidade de explorar o melhor da cidade, combinando cultura, natureza e gastronomia em uma experiência completa.
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pernambuconoticias · 2 years
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Isabella de Roldão promove Bicicletada da Esperança
Isabella de Roldão promove Bicicletada da Esperança
Fotos: Brenda Alcântara A candidata a deputada federal pelo PDT Isabella de Roldão aproveitou o belo domingo de sol para promover a Bicicletada da Esperança pelas ruas do Recife. O passeio reuniu militantes, apoiadores e simpatizantes, que partiram da Casa 12, comitês de Isabella e do candidato à Presidência Ciro Gomes, na Avenida Rosa e Silva. Mais de 50 ciclistas participaram do ato até o…
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fadasbrasileiras · 4 years
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Como não desistir dos seus sonhos e objetivos, mesmo em realidades contrárias. - parte 2
As vezes eu não dou o devido valor às minhas conquistas, e continuo a acreditar no ciclo vicioso de que "não sou o bastante", por não estar fazendo parte do padrão da maioria. Por estar fazendo (ou tentando) da minha vida, aquilo que eu acredito só para mim. Aquilo que me faz realmente feliz, mesmo em situações contrárias. Eu sou a Rebeca, tenho 20 anos, sou fotógrafa e essa é minha história de: ''Como não desistir dos seus sonhos e objetivos, mesmo em realidades contrárias.'' Espero de verdade que tanto minhas palavras quanto as da Vanessa, sirvam de combustível para que você não desista. Que você se sinta motivada(o) em continuar naquilo que escolheu, por amor ou algum motivo especial, mesmo que hoje/agora esteja tudo contrariamente difícil. Se acontecer, deixa a gente saber. Escreve pra gente nas nossas redes, e conta sua história também. Vamos amar te ouvir. 
Enfim, ao som de "Nem luxo, Nem lixo" da Rita Lee, vou te contar minha historinha, que de fato sou "uma pessoa comum. Uma filha Deus, em uma canoa furada. E que estou remando contra maré". Na verdade, sempre estive contra a maré, a vida toda. Seja pela personalidade, criação, e escolhas. Que é justamente o motivo desta história, repleta de detalhes. Que só pôde acontecer porque escolhi aquilo que me fazia bem, me deixava ( e me deixa feliz), mas que vai contra a maré. Seja da realidade, de expectativas, dos padrões em geral. Já começando a história, vou dar um grande spoiler: sou uma fotógrafa sem câmera (sem uma DSLR padrão ''fotógrafo topzera''). E me formei sem uma, fiz meu primeiro fotolivro sem uma, e não tenho previsão de ter uma. É isto. Mas por quê? Segue aqui.
Quando tinha meus 14 anos, enquanto folheava uma revista Capricho, me apaixonei pela câmera que a Taylor Swift segurava para um dos editoriais. Era uma Diana f+ CMYK. E a partir de então, comecei a me interessar muitíssimo por fotografia analógica, tudo aquilo era tão especial! E tinha me cercado a vida toda, e somente a partir de então, pude me dar conta de que fotografia era importante para mim, e era o início da minha paixão. Paixão que estou cultivando até hoje, pois mesmo após 6 anos, continuo me apaixonando pela minha escolha profissional. E isso em um campo repleto de altos de baixos. Mais baixos do que altos, com certeza. Vai por mim.
Depois de me apaixonar por toda Lomography, e me frustrar pela loja em São Paulo ter fechado no mesmo ano. Fui entender o que a fotografia significa para mim, fui encaixar as peças que estavam lá a todo esse tempo, e florescer as razões para minha paixão pela fotografia, as quais mantenho até hoje e acredito que irei manter até o fim. Fotografar para mim é " valorizar a vida, e dar esperança ". Digo isso porque enquanto via no meu antigo Tumblr, algumas fotos de viagem ao maior estilo Lonely Planet, em um dia de cão, em que tudo o que eu fazia a noite era chorar (sim! Nessa época eu chorava muito, muito mesmo. Pobre Rebequinha adolescente, ainda estava aprendendo a levantar das rasteiras da vida). E enquanto via todas aquelas fotos, seja dos Becos se Valência na Espanha, ou de ruas em Kyoto, das praias no Recife. Aquelas imagens me davam a esperança de que o mundo era muito maior do que eu pensava. Que havia muitas realidades além da minha, inúmeras coisas para se ver, aprender, sentir e ser. Esperança de que mesmo nos meus piores dias, tudo poderia ser diferente. Já que o mundo estava aí, pronto para me ensinar, abrigar e mostrar as maravilhas da vida. 
Agora vejo, o quanto a semiótica já me cercava, mesmo sem saber. Também vejo que a fotografia valorizando a vida sempre esteve lá, principalmente nos dias em que eu e a Nessa, minha irmã (Nessa é apelido de Vanessa, e não o pronome demonstrativo feminino.) inventávamos sei lá por qual motivo, de pegar a caixa de sapatos e rever todas as nossas fotos de bebês, do casamento dos nossos pais, e aquilo era excelente! Era um dos momentos em que eu gostava de ser criança, de estar lá, revendo o passado. Ouvindo as histórias e choramingando, por que raios os meus pais não me convidaram para o casamento deles?? (Sim! Tive essa fase também. E sim! Eu continuo querendo o bolo de coco do casamento deles. Não é minha culpa, a culpa é da fotografia que me emergiu e me fez acreditar que meus pais estavam me enrolando.) Volta e meia sempre víamos essas fotos, e o mais curioso é que todos os meus registros da nossa infância, podem ser guardados em uma única caixa de sapatos. Isso porque não tínhamos uma câmera, e tudo o que temos foi feito ou com uma câmera que quebrou (pois alguém quebrou!) ou com câmeras emprestadas de algum parente. E pelo que eu sei, esses registros estão aqui em casa por um verdadeiro milagre! Porque eles poderiam nem existir, e ainda ter se perdido em uma das 10 mudanças de casa que minha família já viveu. Mas eles estão lá, perfeitos e em ótimas condições em papel Kodak (a maioria). Bom, tudo isso pra mim já é suficiente como motivo para amar fotografia, como um instrumento para valorizar a vida. Começando dentro da sua própria história, e partindo para narrar as histórias escondidas e desvalorizadas no mundo. 
Tinha 14 anos, e começava a ter certeza de que era isso que eu queria para o resto da minha vida. Cedo não? Pois é, tenho sol em Áries. Então querer fazer tudo antes de todos, é bem normal. Mas você se pergunta: ''como você chegou na fotografia Rebeca? Assim, do nada? ''Pra ser honesta, de um modo ou de outro iria cruzar com a fotografia, mais cedo ou mais tarde. Porque meu plano inicial era fazer artes visuais. Sempre um ser das artes. Seja desde a pintura de dedo com guache (porque a Nessa ficava com o único pincel que tínhamos. Sim! Eu cristalizei. Tenho Lua em Câncer.), ou seja da minha era de artesã com biscuit (culpa do canal Bem Simples. Quem lembra?!) ou das inúmeras "reinações", como já diria minha mãe, que fazia do nada com papel amassado de revistas, embalagem vazias, etc etc etc e tals. Fora que sempre tive a obrigatoriedade de saber me virar customizando as coisas, principalmente capa de caderno da escola. Por que os cadernos da Tilibra, Grafons e todos os com glitter e capa dura, eram caros demais para serem comprados de um dia para o outro. Ainda mais no meio do mês, que era justo os dias que meus cadernos de repente, acabavam todas as suas folhas. Então cresci com essa facilidade para os trabalhos manuais, fora que sempre desenhei. Sempre mesmo! 
Não sei jogar vôlei, andar de bicicleta, nadar ou fazer qualquer atividade que as crianças faziam nos anos 2000, com as turmas de amigos ao ar livre e nas férias. Mas eu sei desenhar todas elas. Isso eu sei!!  Fui criada em casa, com zero amiguinhos e coisas "padrão" de criança, então quando eu não estava assistindo Cocoricó, estava desenhando que estava assistindo Cocoricó. Ou que estava lá na fazenda do Júlio, brincando com o Alípio e a mimosa, e a Nessa. É claro! Qualquer coisa relacionada às artes visuais, era o que eu sabia fazer e tinha interesse em fazer. Fazia com facilidade e amava! E é assim até hoje. Então artes visuais era meu destino, até que a fotografia se desmembrou e quis vir sozinha me conquistar. E deu certo. Estamos aí há 6 anos!! Mas Artes de modo geral, continua sendo minha paixão raiz. Tanto que hoje trabalho (tento) com fotografia artística. Vejo na fotografia um suporte para unir tudo o que quero expressar com as artes manuais, só através de equipamento, e a magia da luz. Podendo assim criar novas realidades, fazer experimentos, e o mais poderoso: fazer enxergar o que é comumente visto. No sentido de resignificar o banal, trazer a tona o ignorado. Isso é o que mais me toca sobre as possibilidades da fotografia. E é o que me esforço em transmitir através das minhas imagens. Hoje trabalho para fazer você notar de uma forma diferente: o metrô, a calçada, a cadeira, o secador de mãos. Tudo de uma nova forma, valorizando aquilo que sempre esteve lá. Reparando. (~momento do jabá~: agora que você já conhece mais sobre como funciona meu processo criativo, vai lá me fazer uma visita no Instagram, é @arebecajesus. Vai ser muito bem vinda(o)! Obrigadinha, e é nóis!)
Enfim, avançando na linha do tempo e deixando um pouco de lado minha história romântica com a minha profissão. O tempo passou, e suportei a escola o máximo possível, pois precisava chegar ao 3° ano do ensino médio, e dar duro para tirar uma ótima nota no ENEM e conseguir uma bolsa integral do ProUni. (pausa para o ~momento ativista~: SALVEM O PROUNI! Através dele pessoas pobres podem ir mais longe, podem orgulhar seus pais que têm somente o ensino básico, e ser a 2°pessoa da família a ir para faculdade. Lutem pelo ProUni galera, vale a pena!!! E aproveitando o gancho: PAREM DE ENROLAR E VACINEM O POVO!!! VACINAS GRÁTIS E PARA TODOS OS BRASILEIROS, URGENTE!!.) Esse era meu objetivo, e eu só tinha duas opções: conseguir ou conseguir. A Nessa já tinha aberto o caminho, e me mostrado que era possível, então assim como em tudo, tomei o exemplo da minha irmã para seguir, e eu tinha que conseguir. Você deve se perguntar, "mas você não tinha outra opção?". E minha resposta era: NÃO!. Era somente fotografia, tinha de ser. Estava fazendo aquilo pela eu de 14 anos. Tinha galgado 4 anos dentro daquele objetivo, suportando meus parentes desacreditando, inclusive o meu avô avarento, que certa vez me perguntou: ''e isso (ser fotógrafa) dá dinheiro?''  Então logicamente não tinha outra opção. 
E lá estava eu no 3° e mais esperado ano da escola, passando perrengue por ser introvertida e não me compreender (assunto de outro post, é só aguardar.), por tentar fazer parte do padrão e preocupadíssima com o ENEM, e não me sentindo pronta para o mesmo. Na verdade, não me sentia pronta para nada. Meu último ano foi terrível, terrível!! (Única salvação foi que comecei a gostar de k-pop! Foi o que salvou aquelas " amizades" Chernobyl que eu tentava conquistar fingindo ser quem eu não era, e só ''tomando na cabeça''.). Foi terrível porque minha família passava pelo começo, do que durariam 2 anos, pelo conhecido ''valado'', naquele ano e no seguinte faltou tudo. Tudo mesmo. Pra você ter noção, haviam dias em que tínhamos que escolher entre colocar 20 reais de gasolina para me levar à escola, ou usar esse dinheiro para comprar comida. Pensa, como ficou minha cabeça: faltando no 3° ano, não fazia cursinho e tudo o que era ruim só piorava. Mesmo assim, lá estava eu, sei lá como, de pé. Tinha que conseguir. E assim foi o ano inteiro. Lembro que parecia que somente eu me importava com o vestibular, e ir para faculdade no outro ano. Já o resto da turma queria somente ir no parque aquático e na "festa do branco", ou nos rolês, que eles sempre me excluíam.  Certa vez, umas duas pessoas que estudavam comigo inventaram de "socializar" comigo e me incluir na conversa, perguntando o que eu iria fazer na faculdade. Quando respondi fotografia, eles começaram a debochar falando que não viam a necessidade de fazer faculdade, já que hoje em dia '' qualquer um pode ser fotógrafo.'', dito isso é claro com tom de deboche. Olhei pra eles e não respondi, mas no fundo sabia que eles eram somente os primeiros que eu iria encontrar que iriam tentar me desmotivar, e jogar pedras na minha vidraça. Assim, como todo o 3ºano do ensino médio, lutei em silêncio.
Enfim, nem liguei na hora. Mas cristalizei, e espero que eles estejam lendo isso hoje. E espero vender uma das minhas belíssimas fotos para eles um dia. Os dias passaram e o dia do ENEM chegou. Não estava pronta. Tinha estudado? Claro que tinha. Mas, por que diabos nunca cai o que a gente estuda? Lancei na mão de Deus, respondendo literalmente as questões que não fazia a mínima ideia com D de Deus. E dei meu melhor. Só torcia para tirar uma nota suficiente para a bolsa integral. Para ser a 2° da minha família na faculdade, para orgulhar meus pais e dar início aos meus objetivos. O ano letivo acabou, e passei pelo portão da escola pela última vez e nunca mais olhei para trás. Fim, era só aguardar. Dentro de 3 meses estaria na faculdade.
Bom, era isso que eu acreditava. E foi aí que tudo começou a dar ruim. Foi literalmente:  ''Início de um sonho: DEU TUDO errado!!'' (mas para não te deixar angustiada (o) , demorou para dar certo, mas até que deu. Senão não estaríamos aqui). Era final de fevereiro de 2018, e tudo continuava de mal a pior na minha casa, estávamos vivendo de favor há mais de 6 meses ( sou muito grata as pessoas que nos acolheram durante 2 anos, sem mesmo nos conhecer. Obrigada pessoal! Espero um dia poder retribuir o triplo para vocês, de verdade.)  Estava determinada a encontrar um emprego, eu poderia ''trabalhar depois das aula'', pensava a pobre Rebeca. E estava há dois meses inscrita no site de empregos, que é pior do que o palhaço IT para te dar medo, ansiedade e raiva. Estava aceitando qualquer emprego, mas ainda estava de boas. Se fosse colocar em um gráfico minha sanidade, estava em uns 15℅. Como aquele alerta do celular de que a bateria está acabando, mas ainda dá pra fazer ‘’uns corre’’. Era mais ou menos por aí que estava a minha sanidade. 
Ok, ainda faltava a nota do ENEM sair, e eu me inscrever na bolsa. Só que aí, as notas saíram e minha nota tão esperada não tinha sido lá essas coisas, mas ainda achava que dava. E então lá fui eu me inscrever no ProUni, na 1ª chamada. Fui confiante na universidade que tinha um curso de 4 anos, como primeira opção e uma outra que não me lembro, como segunda opção. Tinham somente 1 bolsa na ampla concorrência, e eu ainda acreditava que a esperança era a última que morria. (Hoje vejo, que na verdade ela se finge de morta para ninguém encher o saco dela. E aí corre da cena e se esconde em uma montanha como eremita. E depois de muito tempo e muito perrengue, que tu passa sozinha, você cruza com ela (a esperança) em um fatídico dia. E se surpreende porque ela não estava morta, só estava escondida todo esse tempo. E então, vocês tomam chá no chalé empoeirado dela, conversando e começando o papo com: "poxa, quanto tempo..."  Acho que é mais ou menos assim, que funciona a esperança na minha vida. E sim! Dei uma viajada e tanto.) Para resumir a história, não passei na primeira chamada, nem na segunda que aconteceu no final do mês. 
E imagina como me senti?? Péssima! E foi assim durante todo o primeiro semestre de 2018, a ''bateria'' da minha sanidade já havia acabado, e eu não conseguia nem ligar, seu seja, a partir daí e até Agosto: DEU TELA AZUL. Nunca vou me esquecer da extrema angústia que senti naqueles 6 intermináveis meses, não tinha mais esperança de nada, não iria estudar. O que era meu único objetivo há muito tempo, não iria acontecer conforme meus planos. E tudo só continuava a piorar, começava a me questionar todos os dias se algum dia iria conseguir, com:  ''E se eu nunca conseguir?'' e ''O que será de mim agora?''. Foi horroroso! Sentia meu coração partido em mil pedaços, não era somente por não ir para faculdade, mas porque, esse ser só um dos diversos motivos que me deixavam na pior. Tudo se desmoronava na minha casa, e mesmo ruim pra caramba, todos em casa estavam ainda pior. Então o que era minha dor comparada a todos os seus "parentes" virarem as costas pra sua família, e todos os dias ver seu pai "vendendo o almoço, para comprar o jantar"? Minha dor não era nada ao que vivíamos como família. Até agora não sei por qual motivo, tudo tinha que acontecer na mesma época. Por que vida? Por quê?  Isso só pode ser explicado por uma onda gigantes de puro e genuíno: AZAR. 
Por mais que seja um saco relembrar tudo isso e escrever aqui, acho importante pontuar a lista dos meus fracassos. Porque vai que um dia penso em desistir, ou sei lá, alguém pensa em desistir e tromba com esse post. Então, só para que nem eu nem você desistam, vou continuar a te contar a cronologia das minhas derrotas, e que mesmo assim ( vontade é o que não faltou) não desisti. De volta à 2018: Foquei somente então em procurar um emprego, pois ''quem sabe eu poderia pagar a faculdade, certo?'' Errado. Agora pensa em uma agonia, e multiplica por dez somando com ansiedade, frustração e desesperança. Era assim que eu procurava por um emprego. Estava aceitando QUALQUER emprego, QUALQUER um. Pra você ter uma ideia, fui até distribuir currículos pessoalmente, e mais de uma vez. E tudo o que eu ganhava era um: " não estamos contratando" e "a tá ok. Deixa aqui com a gente". E foi assim, em um loop infinito de NUNCA ser chamada para nenhuma entrevista. E eu me inscrevia para todas as vagas possíveis, desde: Garçonete, assistente de RH, vendedora de carros, e atendente de qualquer coisa. Não me importava com nadaaaa, só queria um emprego. E dar um jeito na angústia do meu coração, e no sentimento de inutilidade que sentia todos os dias quando ia dormir. Para mim o primeiro semestre daquele ano, deveria ser deletado, cancelado e incinerado. (Mas aí tem 2020 para competir, então a disputa está acirrada.) 
Nenhum emprego surgiu, mas o que não faltava eram especulações e ''Mansplaining'' de pessoas que mal me conheciam, e se achavam no direito de dizer o que era melhor para a vida da ''jovem desempregada de 18 anos''. Quase nenhuma pessoa apareceu para me incentivar ou falar que ''iria ficar tudo bem'', muito pelo contrário, elas só falavam que eu deveria me esforçar mais, ou por que eu não tentava ser bradesqueira?. Discursando com soberba as palavras: ''a namorada do meu filho, não passaram duas semanas que ela se inscreveu, e já foi chamada. Não sei por que você não consegue?" e "ai! atualiza seu currículo lá, não é tão difícil. É uma empresa tão boa, você iria se dar bem lá". E a pressão era tanta que comecei a acreditar que a vida de bradesqueira, ou seja, um emprego padrão de escritório que têm uma fictícia estabilidade, era o que eu precisava. (Se você não está acompanhando bem, ser ''bradesqueira'', significa trabalhar como atendente de um banco específico. Que é aquele com a logo em branco e vermelho, e que começa com a segunda letra do alfabeto. E que por azar, tem sede na minha cidade. Ou seja, todos aqui acreditam a mais de 30 anos, que trabalhar lá é o mesmo que descobrir a vacina para o Coronavírus.). E bom, o que era tão ''fácil'' nunca acontecia. Nem pra bradesqueira eu servia. Mesmo tentando, esperando e venerando sem parar, um emprego ''fácil'' de bradesqueira, só para fazer parte do padrão aceitável, por pessoas que não me conhecem. Apenas para ter uma estabilidade ficcional, gastei muita energia por essa b*sta de vaga, que nunca deu em nada. 
Eu estava tão desesperada por um emprego, que já tinha me anestesiado do meu verdadeiro objetivo. Começava a duvidar se eu era boa para fotografia, se eu gostava mesmo. Se aquele era meu caminho. Lembro de uns infelizes Chernorentes (junção das palavras Chernobyl e parentes)  que  reapareceram na vida da minha família, depois de muito tempo, para deixar uma época que estava ruim, ainda pior. E quando falei que queria fazer fotografia, começaram a debochar perguntado se ''dava dinheiro'', e ainda tive de ser comparada com paparazzi. É mole? Bom que, a vingança veio de uma forma plena, mas isso somente em Agosto. Quando ouvi isso era Março. Os dias passavam, e não consigo me lembrar de nenhum ponto alto daquele semestre. Daí vieram, as inscrições do meio do ano para o ProUni. Estava crente que não iria conseguir, de novo. Até mudei de curso na primeira inscrição, e que não passei por sinal. Tentei sem nenhuma esperança a segunda chamada, e para minha surpresa, foi aí que deu certo.
Mas pra quem conhece ProUni, você sabe que, mesmo que dê certo, pode dar errado. Ainda tinha de ser aprovada nos documentos. E adivinha só? A faculdade que fui aprovada ficava do outro lado da cidade, era o começo da minha outra história (que até rendeu um mini projeto fotográfico) de ir todos os dias da zona Oeste até a zona Leste de São Paulo. Lembro que o dia de levar os documentos, já começou no perrengue, porque não tínhamos dinheiro, e tínhamos que levar diversos papéis para comprovar a renda. (No meu caso, era a falta dela. Literalmente.) Enfim, nunca tinha andado na linha 3 vermelha do metrô antes, e pra mim foi ''um rolê do caramba''. Lembro que cheguei lá, com muito custo, entreguei os papéis para a moça que começou a separar em uma pasta verde. Honestamente, não sentia nada. Eu tinha certeza que não iria ser aprovada. ''Não vai dar certo!'', pensava. Enquanto analisava a moça me disse que haviam faltado alguns papéis, e que deveria trazê-los naquele dia ainda para terminar a análise. E nisso, ela me entregou com outro papel com uma lista de documentos para ''matrícula''. Porém meu nível de descrença era tão grande que não tinha me tocado, que estava DANDO CERTO. Em minha defesa, tenho Mercúrio em peixes, então demora pra ficha cair. E afinal, eu estava tão desgastada emocionalmente, que não tinha energia para criar expectativas. 
Voltei para casa junto com meu velho (velho pai), e retornamos na faculdade antes que fechasse com os papéis, incluindo os da ''matrícula''. Lembro de falar para o meu pai, enquanto estávamos no trem novamente: ''Se eu conseguir essa bolsa, vai ser um milagre!''. Bom, a partir de então é que tudo começa a dar certo (bom quase tudo). A moça terminou de revisar e pediu para que eu assinasse o ''Termo de concessão da bolsa''. E eu assinei e ainda perguntei: ''moça, deu certo?''. E ela, meio sem entender: ''sim. Deu sim!''. E pronto! Fiquei positivamente anestesiada, pedi pra abraçar a moça (saudades da época em que podíamos pedir para abraçar estranhos.) olhei para fora da sala, e falei pro meu velho: ''Deu certo!!''  E ele começou a chorar, e eu também. Resolvi a matrícula, passe do ônibus e outras coisas, e foi tudo tão rápido. Tive 6 meses de pura angústia, para resolver em 30 minutos. É mole? Bom, quando liguei para avisar minha mãe que estávamos voltando, contei para ela que tinha dado certo, e que eu iria estudar. E foi aí que eu desabei. Chorei tanto, mais tanto. Parecia que todo choro que eu tinha segurado durante todo aquele tempo, tinha saído de uma vez só com um: ''oi mãe, consegui.'' Foi um choro de alívio, que nem eu e nem a Rua Antônio Macedo, vai esquecer. 
Você pode se perguntar: "mas Rebeca, por quê choraste por uma coisa tão simples como ir para faculdade com 6 meses de atraso?" Porque essa não foi só uma conquista minha, mas foi a conquista da minha família, dos meus pais. De uma mãe multitarefa que completou a 8° série, e de um motorista de ônibus, que uma vez ouviu do seu irmão esnobe: ''Você? Você nunca vai conseguir colocar suas filhas na faculdade.''  Então, eu era a segunda pessoa da minha família a ir para faculdade, representando a minha família. E dizendo ''cala a boca!!'', a todas as pessoas que desacreditaram, debocharam e nos colocaram para baixo, sempre. E espero de todo meu coração, que esse seja apenas o começo.
Objetivo concluído. Agora só me faltava: ''tirar boas notas, aprender, e me formar com excelência!!'' (sim!! Pareço o Mike Wazowski da Universidade Monstros, eu sei.) Comecei em Agosto de 2018 e terminei agora em Julho de 2020. Onde tive o último semestre (que eu mais estava esperando) totalmente EAD. Foi dose. Mas sobrevivi. Minha experiência na faculdade foi muito especial. Mesmo que tenha demorado, e que não tenha ido para a instituição que proporciona uma experiência de 4 anos (que né, formação só têm valor se for de 4 anos. Se você se forma com 2 anos, é ''tirado''. Enfim, a hipocrisia. Não é mesmo?), a querida Universidade do Povão Paulistano (meu apelido para UNIP) foi suficiente para mim. Todos os dias era uma aventura, e mesmo que as coisas em casa continuassem na mesma, eu estava lá, cumprindo meu objetivo. Atravessando a cidade de Osasco ao Tatuapé, e descobrindo minha fascinação pelas curiosidades do meu campus na ZL, lugar que jamais iria pensar em visitar um ano antes, e quanto mais passar 2 anos estudando. Eu curti tanto a minha experiência lá, que até fiz um mini diário fotográfico, que mostram algumas das coisas que mais me faziam acreditar que tudo aquilo era real. Seja as janelas de vidro, até as cadeiras do refeitório, o metrô e a biblioteca, onde eu amava ficar quando chegava mais cedo. Agora vejo que foi de extrema importância valorizar cada um dos simples detalhes que vivi. Primeiro para que eu não me esquecesse, e segundo para que eu sempre valorizasse aquela conquista, para sempre ter em mente toda a angústia que tinha passado. E com isso, mesmo nos dias mais difíceis, eu não desistisse. (Se você quiser dar uma olhada nessas minhas lembranças da ZL, é só colocar lá no Instagram: #daoestealesterebecajesus. Comenta se você ficou curiosa (o) sobre alguma foto, de verdade, preciso contar as histórias por trás das minhas fotos para alguém que não seja a Vanessa. Ela já sabe de todas, e até já perdeu a graça. Então vai lá, vou adorar te contar algo sobre os registros na Universidade do Povão Paulistano.)
E dias difíceis, em que tive vontade de desistir, não faltaram. Como disse no começo, sou uma fotógrafa sem câmera (na verdade, câmera eu tenho e ela me serve muito bem, obrigada. Fotografo hoje, e me formei com: Meu celular, de 5 mp. Que até a Tecpix, ganha em resolução. Quem lembra da Tecpix?). Bom, não tenho uma DSLR full frame f*dastica, mas tenho meu celular, confiança no meu trabalho e no caminho que percorri até aqui. Mas para isso, tive que duvidar muito, muito mesmo de mim. E querer desistir umas 3 milhões de vezes em 4 semestres. Toda atividade era um desafio, e ainda certa vez tive que suportar as piadinhas de uma colega sem graça, que não sabia aumentar o tempo de exposição do obturador e fechar o diafragma, para tirar fotos dos vitrais do Mercadão Municipal de São Paulo. E eu na minha boa vontade configurei para infeliz de boas, e ainda ouvi: "ela não têm (um equipamento) mas manja, kkk". Parece coisa de criança certo? Mas foi o modo como ela disse que me deixou com muita raiva. Fora que em todos os trabalhos semestrais eu nunca fotografava. Era muito chato não ter nenhuma foto minha, ou mostrar na prática o que eu sabia. Bom, mas por outro lado pude trabalhar minhas habilidades como assistente, modelo e diretora de arte. 
Demorei muito tempo, para perceber e aceitar de forma confortável que um fotógrafo não é feito por seu equipamento. Porque como já diria um professor que tive: ''de que adianta você ter a lente mais cara, com o equipamento de última geração, sendo que quando você fotografa você NÃO SENTE. Não põe 'O VOCÊ' alí, não entende o poder daquela construção imagética? Então de que adianta?''. Tive que passar muito perrengue, e me questionar se era boa o bastante, para poder compreender e aceitar de coração essas palavras. Que hoje, acabo vivendo elas. Passei todos os 3 de 4  semestres, achando que meu trabalho só seria bom se eu o fizesse com um equipamento x, se fosse igual aos meus outros colegas, e se eu fosse padrão. Mas a minha vida inteira funcionou fora dos padrões, não seria agora que iria funcionar de um jeito padrão. De qualquer forma, deu certo me formar com o celular. E sim, é possível! Depois que tirei um 9 no meu primeiro fotolivro, feito exclusivamente com a câmera de 5mp, tive certeza de quê, o que eu fazia era bom, era meu, e era eu. Me orgulho muito de ter me formado sem uma câmera (mérito que divido com mais 5 colegas de sala. Abraços galera!!), e por hoje reconhecer que um fotógrafo não é feito de seu equipamento. E caso queira ver as fotos do meu primeiro fotolivro, feitas exclusivamente com meu celular é só buscar pela hashtag: #preludiorebecajesus, no Instagram. Está tudo lá como prova, de que é possível ser uma fotógrafa sem equipamento.
Mas, essa lição só fui aprender tarde, porque no meio tempo, para completar, continuava a procurar emprego. Sim, e continuava a não ser chamada para nenhuma entrevista e a passar raiva com os sites e os recrutadores. Onde você tem tudo e mais um pouco que a função pede, mas eles olham teu currículo e mesmo assim, não te respondem. Nem mesmo para falar: ''Não vamos te chamar para entrevista, por implicância mesmo. Mas não leva a mal não, continua fazendo papel de trouxa aqui nesse site, e gastando toda sua energia. Você está fazendo um ótimo trabalho." No mínimo deveriam dar esse tipo de resposta. Não é? Enfim, continuavam tentando um emprego com a esperança de comprar meu equipamento, tentava qualquer coisa. Inclusive insistia na maldita vaga de ''bradesqueira''. Sim, eu ainda estava iludida e pensava que se eu me humilhasse bastante, quem sabe aqueles bananas engomadinhos que se formam em economia (não porque gostam, mas sim, porque é o que dá a certeza de estabilidade no trabalho de escritório),  me deixariam fazer parte do ''clã padrão'' deles, só para que eu tentasse provar da ilusão de trabalho com estabilidade. Pois vai que a fotografia não desse certo de primeira? Então, por que não continuar a tentar ser padrão?
Hoje escrevo isso, e tenho vontade de dar uma voadora em mim mesma. Por que diabos para nós que escolhemos profissões dentro do ramo da arte e/ou cultura, somos sempre condicionados a querer um outro emprego padrão? Só porque é a certeza de uma ilusão de estabilidade. Por que isso gente? Seja para ser bradesqueira, como foi meu caso, ou para tentar fazer concurso público, e trabalhar na prefeitura da sua cidade em áreas que não teve, e jamais terá haver com você. Por que nós sempre somos levados para esse caminho? Sempre abaixamos nossas cabeças e não investimos 100% nas nossas profissões fora do padrão mas que amamos, por medo de não fazer parte do ciclo vicioso de estabilidade financeira, que é ditado por pessoas que não fazem parte da nossa geração. E que não conhecem quem somos, o que queremos e o que passamos para escolher o que julgam como errado e instável. Já que, pensa comigo, de quê adianta ficar em emprego que não seja na sua área, sendo que você está gastando toda sua sanidade mental, em algo que não vai nunca valer a pena para você? Vai por mim, o esforço não vale a sua saúde mental, seu amor próprio, e além de tudo, o dinheiro da futura terapia e calmantes sintéticos. Vamos lá, amigas(os)! Somos melhor que isso tudo, somos melhor do que o padrão que querem impor para nós. Vai dar tudo certo! É só continuar, e segurar firme quando a curva for muito acentuada. (Da mesma forma que eu seguro no ônibus lotado às 7 da manhã, quando dispara a toda velocidade na rotatória para entrar na Rodovia Raposo Tavares.) 
Eu sei, sei bem que não é fácil. Que é estressante, frustrante, esmagador, e péssimo. Não ter respostas imediatas das nossas paixões que dedicamos anos de estudos. E que sabemos desempenhar trabalhos mil vezes melhor, do que certo fulano, que está fazendo sucesso, e que não deve ter nem a metade da história da sua trajetória. Isso eu sei e muito bem. Mas, não é justo como você se desgastar em lugares onde as pessoas nunca notaram seu potencial por completo. E se notarem sempre irão dar um jeito de te menosprezar, de te colocar para baixo e te fazer desacreditar de você. E de tudo o que você já viveu. Isso porque se sentem ameaçadas com seu talento, habilidade ou a sua presença. Em resumo, porque sentem inveja. Eu sei também que os boletos não se pagam sozinhos, e que o pão e o leite não aparecem na porta de graça. Mas quero te lembrar, que você não precisa se perder aí nesse trabalho nada haver! Junta toda sua energia, para que o hoje, os desaforos que você ouve, sirvam como degraus para você subir e atingir os seus objetivos / sonhos. Leve o tempo que durar, nunca saia de casa sem se lembrar das suas convicções, de quem você é. E das razões por que você vai lá. E também pode ter certeza que as Fadas Brasileiras vão estar torcendo pelo seu sucesso, mesmo que ainda a gente não se conheça. Tenha plena certeza disso!
Bom, falo tudo isso porque tenho experiência. Na verdade, uma experiência de 1 único mês exatamente. E essa experiência foi a mais recente, frustrante e a que mais me dá ódio. A qual resultou o início de tudo isso que estamos construindo hoje, conforme aquilo que eu e a Nessa determinados como certo para nós mesmas. A partir dessa injustiça que vivi, Fadas Brasileiras teve a força que faltava para nascer, e agora nós e você, podemos nos apoiar e crescer juntos. Lutando contra essa realidade que é injusta com quem escolhe remar contra a maré, e sair do bando de gados. Vamos juntos remando para esquerda (quem entendeu, entendeu! E tá entendido. ;) Essa odiosa porém necessária experiência, começou assim que terminei minhas aulas no penoso, mas seguro, EAD. Já fazia um tempo que tinha voltado a procurar emprego com o mesmo desespero de 2018, afinal eu continuava precisando de grana, e querendo minha liberdade para aplicar naquilo que eu mais precisava e que me tirava (e ainda tira) o sono. Quando fiz 20 anos, comecei a ter um sentimento novo dentro de mim, comecei a me sentir um peso para os meus pais. Não que eles me cobraram, mas eu mesma queria não depender tanto deles. Já está mais do que na hora de andar sozinha, e do mais importante, é hora de retribuir. (Lembrando é claro que, esse foi meu sentimento pessoal. Cada um de nós tem seu tempo, seus probleminhas e as soluções para os mesmos.)  Era isso o que eu pensava todos os dias, conforme o semestre ia acabando e eu iria ficar desocupada novamente, precisava mais do que nunca de um emprego. Só que agora tinha em mente, o plano de suportar um trabalho ordinário para investir no meu negócio. Naquilo que planejava junto com a minha irmã, e que ninguém poderia nos parar. Esse era o meu urgente objetivo.
Me inscrevi novamente para inúmeras vagas. E esperava o retorno de alguma, isso me faz lembrar do episódio que vivi no final do ano passado. Episódio hilariante na mesma medida que frustrante. Antes do natal de 2019, fui chamada para um entrevista para ser atendente de uma farmácia. O salário era ok, para um trabalho 6x1. E era consideravelmente estável, iria sair para trabalhar após a aula com tranquilidade. Bom era o que eu esperava. Enfim, fui para entrevista com um total de zero esperança, mas fui. Já que era a primeira resposta que tive do site de vagas, em um espaço de 2 longos anos. Bom, lá estava eu em uma sala com outras 24 mulheres, muito mais eloquentes e com formações mais alinhadas do que a minha. Me apresentei, fiz um desenho que fazia parte do teste, preenchi uma ficha, e joguei um "por que não?" enquanto respondia a sequência de perguntas, do por quê eu deveria ser contratada pela farmácia. Estava certa de que não passaria. Mas, adivinha? Eu passei. Sim! Das 24 mulheres, sobraram apenas 9 contratadas e eu era uma delas. Felicidade, certo? Errado. Levei um golpe. Golpe porque o Sr. recrutador, nos fez acreditar que em Janeiro de 2020 já estaríamos todas trabalhando na farmácia mais próxima das nossas casas, uniformizadas de branco e vermelho e com um laço no cabelo. Plenas e empregadas. Era bom demais para ser verdade, e eu deveria ter desconfiado. Porém o que eram apenas duas semanas de espera, acabou sendo 3 meses. E daí veio outro golpe. O Coronavírus, achou residência fixa neste planeta. E aí, foi o fim de tudo. Zero retorno da farmácia, durante 3, 5, 8 meses seguidos. Azar certo? Certíssimo. Da única entrevista que passei, eu não passei. Ou seja, estava desempregada e empregada ao mesmo tempo. (Enfim a Hipocrisia, de novo! )
Eu esperei iludida até Janeiro, Março, e depois de Março por retorno. Ou um pedido de desculpas para dizer que foi um engano, que minha aprovação como atendente da farmácia não tinha passado de um ''delírio coletivo''. E que eu poderia voltar a ficar desiludida com minhas tentativas falhas de entrar no mercado de trabalho. Mas nem isso fizeram amigas (os), nem isso. E olha que eu corri atrás, liguei diversas vezes no escritório, para o recrutador e mandei inúmeras mensagens me arrastando pela vaga, afinal, só podiam ''ter perdido minha ficha, certo?'' Errado. Não me atenderam nunca, e da única vez que me atenderam, um carinha arrogante disse que eu estava: ''esperando a tempo demais'', e que deveria tentar de novo me inscrever no site, e quem sabe passaria. Isso como se fosse culpa minha. Esperei por essa droga de vaga até Agosto, mas continuava a disparar currículos para todos os lados da cidade, porém online. Torcendo para uma vaga home office (por causa do coronga.) de qualquer coisa que ainda funcionasse. Bom, as aulas terminaram mas minha frustração por empregos continuou. E foi em Agosto que comecei a levar um lendo ''rabo de arraia'' das injustiças da vida.
Lembro que das inúmeras inscrições que fiz, me inscrevi para uma vaga de captadora de recursos, de uma ONG bem famosa, bem famosa mesmo. A descrição da vaga era boa demais para ser verdade. Somente ''4 horas, de segunda à sexta. CLT (raridade!), plano de saúde, vale transporte, e meio salário mínimo (justo porque era um emprego de meio período, então um meio salário)''. Mas o que não estava escrito nas entrelinhas, era o que eu teria que passar (e me corromper) para permanecer neste emprego c��modo, que tinha como objetivo arrecadar doações para salvar crianças. Uma missão belíssima, e eu só precisaria de 4 horas. Era bom demais para ser verdade! Deveria ser muito concorrido, mas mesmo assim me inscrevi. E por azar, ou sorte, maldição ou bênção, acordei com meu telefone tocando de manhã, e atendi. (coisa que nunca faço, por dois motivos: 1°-  estar dormindo e 2° - Por que o lado esquerdo inferior do touch do meu celular não funciona. Porque acho que queimei ele limpando a tela com álcool em gel, quando estava no ensino médio. Enfim, as doses de todos os dias, mas seguimos.). Mas nesse dia o touch funcionou, e consegui atender. E do outro lado a moça me parabenizou, por ter sido selecionada para a vaga da ONG, e perguntava se poderia marcar uma entrevista online para o outro dia. Meio sem entender e ''sonada'', respondi que: "sim, sem problemas! Pode marcar." E lá fui eu fazer no outro dia para minha segunda entrevista da vida, sendo a primeira online. Falei com uma senhora de nome engraçado, e contei quem eu era, enquanto pensava: " vou falar com essa estranha, tirar minhas dúvidas, e pronto. Não vou passar mesmo!! Mas, ao menos não gastei dinheiro da passagem, e só vesti um blusão por cima do pijama. Então, tranquilidade." Porém, por um golpe do destino eu passei para a segunda etapa da entrevista do dia seguinte. E no dia seguinte consegui o emprego. 
Era sexta-feira, e na outra sexta-feira uma semana depois, estava indo rumo ao mercado "da vovó" como diria minha irmã, em Itaquera (ZL novamente pintando na minha vida), para meu terceiro dia de trabalho. E que já haviam me remanejado de "território", ( é como os idiotas daquela empresa, chamam os lugares em que você aborda pessoas e faz um discurso) pois não aceitei o ''Mansplaining'' do meu superior. Que com dois dias abordando desconhecidos e os convencendo a doar uma graninha para as crianças, ele queria que eu tivesse a desenvoltura do Bottini em convencer, soubesse de todas as técnicas de marketing e reversão, e a psicológica analítica das adesões. Somadas é claro, a própria experiência de 2 anos e 8 meses e 47 dias, 3 horas e 21 minutos dele. Isso eu tinha 2 dias de trabalho, e um treinamento de nem 2 horas, que aconteceu na terça feira daquela mesma e fatídica semana de Agosto. Mas isso, aquele infeliz, não queria saber. E como ele tinha um ''cargosinho'' de b*sta acima do meu, ele mexeu os pauzinhos e me mandou trabalhar no outro dia, à uma distância de 3 horas da minha casa. (Isso porque eu estava a nem 15 minutos de distância da minha casa, nos 2 primeiros dias. Pois era para ter uma experiência de início, que deveria durar 1 semana no mínimo, trabalhando em um lugar perto de casa para minha segurança. Isso até me acostumar com a rótina. Certo? Errado novamente.) E esse só foi o primeiro dos muitos closes errados que vivi e presenciei, nesse emprego que é o próprio exemplo de gaiola confortável.
Eu ainda não podia acreditar que tinha finalmente um emprego, o que eu batalhei para ter em 2 penosos anos, foram resolvidos em 2 dias. Dentro de uma semana, estava com minha carteira assinada, vestindo uma camiseta azul com letras brancas em Helvética. Com um tablet na mão, acenando e perguntando se poderia ter 1 minuto da atenção de estranhos, em supermercados que jamais fui em minha vida. E ainda por cima, com um vírus dizimando a face da terra. Onde eu saia com medo, trabalhava com medo e voltava como medo de me contaminar Seja nas 3 conduções que pegava ou com as pessoas que interagia durante as 4 horas de expediente. Hoje, vejo que arranjei forças da onde não tinha. Mas o que eu pensava: se há tantas pessoas que saem de casa sem proteção, sem se importar com o próximo, para bancar o esperto, abusando da "autoridade" que têm, e amassando a notificação que um guarda o deu por não usar máscara. Se essas pessoas saem de casa, para não acrescentarem nada na sociedade, indo totalmente contra a realidade, e fica aparentemente "tudo bem" para elas, o universo não deveria ser tão injusto a ponto de não querer me livrar da contaminação. Justo eu que havia ficado um total de 4 meses e 21 dias sem pisar na calçada se casa, e que agora iria sair para salvar vidas. Iria representar uma ONG, que aparentemente se importava com os próximos. Estava disposta a sair se casa e me arriscar, para ser parte da mudança da vida de crianças inocentes, e que hoje por conta do vírus, estavam em situações ainda piores. (tenho até uma outra história sobre, ter mudado meu olhar sobre a sociedades nesse período que trabalhei para essa ONG, e como isso me mudou. Mas fica para uma próxima vez, aqui nesse mesmo site).  Por eles e por meus objetivos tinha de ser corajosa, e ir. 
Foi muito estranho que justo em um período tão caótico eu tenha encontrado um emprego. Eu sei, eu tenho azar! E apenas aceitei esse emprego, porque foi o único que me aceitou, e porque as coisas em geral continuavam ruins em casa, então era a minha chance. Fora que como me conheço, se recusasse iria me martirizar pelo resto da minha existência .E assim, eu fui durante 1 único mês. Não vou dizer que foi uma experiência de tudo ruim, o que estragou foi, como sempre, as pessoas que têm um cargo acima do seu, e acham que são os próprios embaixadores globais da salvação. Sendo que na verdade, eles fazem parte de um esquema podre, onde mentem e não se importam tanto assim com seus próximos. Só para você entender, essa ONG que fui contratada terceirizou o serviço de captações para uma outra empresa. Sendo essa então a representante da ONG, e a que assinou minha carteira, treinou e era para cuidar de mim. Ou seja o que a ONG fazia lá no topo, não tinha nada haver com o que os corruptos nojentos dessa empresa terceirizada faziam ‘’às escondidas''. 
Enfim, estava aguentado firme porque tinha objetivos pessoais a serem alcançados, e aquela era minha chance. Além do mais tinha me identificado de verdade com a causa, com o ativismo envolvido. Mas era somente eu, que tinha essa visão. Às vezes quando falava que tinha visto tal cena ''assim, ou assada'' no caminho, e que me comovida agora de uma forma diferente ao ver crianças vendendo balas no farol, e que pensava: "estou trabalhando por vocês crianças, por vocês!" Quando compartilhava essa minha visão com os superiores ou colegas, todos eles me olhavam como se eu tivesse dito alguma blasfema. Algo repugnante, digno de olhares tortos, e rostos que esboçaram: "mas que diabos ela está falando agora?" . Foi muito estranho perceber que somente eu tinha entendido e me identificado com o óbvio, com a missão daquele trabalho. Honestamente até hoje fico sem entender. 
Nesse único mês, convivi com todo tipo de pessoa, e tive de dizer: "sim senhor!" não sei quantas vezes, para me adequar ao jeito que o superior achava melhor, (na visão dele lógico!) a forma que eu deveria fazer meu discurso ''convencedor de seres humanos, para ajudar na causa das crianças''. Bom, mesmo não gostando do que me doutrinaram a dizer, muitas vezes eu só soltava o disco arranhado do mesmo jeito, não me sentia confortável com o que falava. Mas só porque queria dançar conforme a música do superior, mesmo sabendo que aquilo era exagero e babaquice demais para se seguir, seguia. Eu tinha objetivos e não podia deixar essa oportunidade escapar, então somente sorria e me fingia de captadora ''boazinha e fofa'', com espírito de Ana Francisca recém chegada em Ventura (quem assistiu 'Chocolate com Pimenta', pegou a ref.) Assim segui meu mês abordando pessoas, e as convidando para:  ''abraçar a causa das crianças''. Falei com várias pessoas desconhecidas, e ouvi as mais inusitadas histórias. Haviam as que me ignoravam totalmente, e outras as quais tinham muita vontade de ajudar a causa, mas que infelizmente a situação atual não permitia. Então os deixava partir, desejando que encontrassem logo novos empregos, e dizendo que tudo iria melhorar. De modo nenhum os forçava a doar. O que percebi que era raridade também, nesse admirável emprego novo. Ou seja, o ''não forçar'' as pessoas que não tinham grana suficiente nem para elas, era totalmente INADMISSÍVEL, para os meus superiores. E para completar, vivi um mês de Caixeira Viajante. A cada semana estava em um lugar diferente da cidade, trabalhando com pessoas diferentes e dançando conforme a música delas. E fazendo tudo do meu jeito, assim que viravam as costas, e paravam de me pressionar a ''forçar doações''. 
Tinham pessoas legais, outras nem tanto, mas o que todas tinham em comum era a falsidade (tirando a galera rara que foi gentil comigo e não me pressionou, e a minha colega que rodou junto comigo. Abraço, Rô!!). Sempre desconfie de pessoas boas demais com você, que te elogiam demais e que te chamam de ''fofa''. Essa mesma pessoa pode te demitir em um sábado por mensagem de texto, sem te explicar nada, e alegar que é: "Só mais uma informante". Sim, foi isso o que aconteceu comigo. Durei apenas 1 único mês no meu primeiro emprego. Me demitiram em um sábado, quebraram o contrato, e ainda queriam que eu saísse aplaudindo e jogando rosas para todos aqueles canalhas corruptos. Bom, até hoje não sei ao certo por qual razão fui demitida. Me disseram que foi por que não alcancei os malditos "resultados" deles. Enfim, esses canalhas queriam que eu ameaçasse as pessoas expondo ela a Raios Gama, para que elas doassem, não importando se ela fosse desempregada, estivesse sobrevivendo com o auxílio emergencial do governo, ou que tivesse que sustentar toda família. Nada disso: ''Ela está mentindo!! Pressiona ela a doar. REVERTE! REVERTE!'', eles diziam toda vez em que eu deixava uma pessoa ir, por compreender sua situação.  Era somente na grana, e nos próprios benefícios que essas pessoas repulsivas pensavam, se escondendo atrás da pele de ''cordeiros salvadores de criancinhas'', e cantarolando a canção da ''doação voluntária''. 
É claro que ia muito da índole da pessoa seguir ou não esse caminho. Mas o que mais me revolta, eram as pessoas com cargos de liderança, que não se importavam com ninguém além deles mesmos. Fico me perguntando como é que chegaram lá? Resumindo, só sobrevivia nesse emprego, quem se corrompia mentindo sobre valores, era intimidador ou um ótimo ‘’pelego’’. Coisas que nunca nem fui, e nunca serei. Saí de lá, e nunca mais quero ouvir falar deles. Também não recomendo para ninguém, sabe? Ainda bem, que com a grana da demissão, fiz finalmente meu look de Dua Lipa, de cabelo bicolor. (Tudo na mais plena segurança da minha casa, é claro!). E mais alto do que nunca gritei: ''EU TENHO NOVAS REGRAS, EU CONTO!!''
Bom, que bela primeira experiência de emprego eu tive não é mesmo? Fiquei tão revoltada com tamanha injustiça, que decidi chutar o balde de vez. Jamais em toda minha vida passaria por isso de novo, não iria servir mais ninguém, ou tentar trabalhar para mais ninguém. O destino levou 3 anos das minhas energias, para resultar em nada. E quando resultou, durou 1 mísero mês, estava cansada. Foi a gota d'água e o que finalmente faltava, para que decidisse fazer as coisas do meu jeito, pela primeira vez. Iria trabalhar para mim mesma! Da minha caminhada de altos e baixos profissionais, passando por um estopim de injustiça, junto com mágoas e mais injustiças do passado, tive força para dizer que era hora de as Fadas Brasileiras saírem do papel. Voando na internet a dentro motivando, apoiando, e inspirando pessoas assim como eu, que já estão fartas de abaixar suas cabeças e fingir que não remam contra a maré, em uma troca mútua de crescimento, experiência e verdades. 
Era hora, de acreditar em mim, sem ninguém para me mostrar o caminho, ou a receita certa. E acreditar em histórias de pessoas como eu, que agora terão tudo o que nem eu, e nem minha irmã tivemos, alguém para dizer: ''Não importa se o hoje te diga não, apenas continue. VAI DAR CERTO, EU ACREDITO NO SEU POTENCIAL, E NO SEU SONHO/OBJETIVO!'' 
E essa foi minha história, baseada em fatos reais, de como não desistir dos seus objetivos e sonhos. Espero que tenha se identificado, e que tenha te dado uma luz. Mesmo que hoje esteja difícil respirar, (eu sei, porque continua difícil para mim também) quero que continue, e não desista de forma alguma. Se lembre de tudo o que você já passou, valorize suas conquistas. De verdade, se dê biscoito. Muito biscoito!! A fábrica da Bauducco, se possível. Você merece!! Nós merecemos. Um brinde a nós, pessoas fora do padrão e que seguem seus objetivos e que remam contra a maré. Mesmo que ainda seja tudo muito injusto e revoltante, que eu continue em uma montanha russa emocional. E que me questione, uma vez por semana se baixar a cabeça e seguir o padrão, não é a melhor opção. Mesmo me sentindo ansiosa com o constante medo de voltar aos tempos sombrios de 2018, bom, o que me dá esperança é pensar que o Park Seyori, demorou mais de dez anos para vencer toda injustiça que viveu. (Abraço pra galera boa de Itaewon Class!!) Mesmo que seja ficção, me deixa um pouco mais esperançosa em encarar os desafios de frente, e não fugir da raia. Já que se teve jeito para ele, também deve ter jeito para mim, essa fotógrafa de 20 anos que está tentando construir um Brasil (e um mundo) melhor junto com a irmã. Dando apoio ao máximo de pessoas que puder, e as incentivando a não desistir, e você faz parte disso!!!
E é isso. Só quero te agradecer por ter lido nossas histórias, que é o primeiro post do Tumblr das Fadas Brasileiras. Obrigada demais pela sua presença aqui. Te convido a escrever sua história para nós, ou o que achou desse post. Pode ser no email, Twitter, DM ou stories com marcação no Instagram. (Você acha todas as redes na descrição lá em cima). De coração, vamos amar te conhecer e te responder, e te dar uma palavra amiga.
Por esse post é só. Muito obrigada, amigas (os) leitoras (es) e até breve.
:: Playlist 1#::
Ah! Quase ia me esquecendo. Como somos musicalmente frustradas (até o momento), toda postagem vamos te indicar uma música nova (ou duas, ou três.), que têm haver com o assunto, ou que estamos ouvindo muito no momento. Ou só porque é uma ótima música para compartilhar. Então você terá algo novo para conhecer (ou relembrar por uma nova perspectiva, caso já conheça), a cada novo post aqui. E claro, todas as músicas vão para nossa no playlist Spotify. Que você pode ouvir enquanto faz o dever de casa, ou lava o banheiro... Fica a vontade. 
Você já tem as indicações da Vanessa no post acima, e agora as minhas indicações. Que são:
1-  Lanterna dos Afogados - Cassia Eller 
2-  Catedral - Zélia Duncan 
Amo muito essas duas músicas, e honestamente é a mesma coisa que cantar meus sentimentos. Espero que você também possa se identificar com elas.
Para ouvir nossa playlist é só clicar abaixo:
https://open.spotify.com/playlist/731AnWHu34d4WMF6SmzLbr Abraços de BR,
Rebeca, a fada 2.
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