#surreal-subversivo
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surrealsubversivo · 2 years ago
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Projeto Socorro da Madrugada Ep. 1 -2023.
Horário: 3:00
“Amizades: cada indivíduo em seu lugar e com a sua importância”
Se está aí durante essa madrugada, ouça-me..
boa madrugada <3 
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sobreiromecanico · 10 months ago
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A marosca dos Prémios Hugo 2023
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Há alguns fins-de-semana deixei aqui uma série de links sobre a polémica envolvendo os Prémios Hugo 2023, atribuídos em Outubro na Worldcon de Chengdu, na China. Daí para cá houve alguns desenvolvimentos, como uma entrevista tão longa como surreal do administrador dos prémios, Dave McCarty, e mais alguns comentários aqui e ali. Mas na Quarta-feira finalmente se percebeu parte do que de facto aconteceu de facto em Chengdu, com este exaustivo trabalho de investigação dos jornalistas (e membros do fandom) Chris M. Barkley e Jason Stanford, publicado no File 770. Quem tiver interesse no tema poderá encontrar aqui um excelente resumo do que aconteceu, assim como ligações para vários emails trocados entre elementos da da administração do prémio, tornados públicos por uma das pessoas envolvidas na marosca, Diane Lacey (que também no File 770 divulgou um pedido de desculpas público, o único razoável até ao momento). E admitamos que a imagem com que se fica de toda esta novela será tudo menos edificante.
Haverá certamente muito que ler por estes dias sobre o tema (o The Guardian já pegou na notícia). Do artigo que li e do que fui acompanhando de forma intermitente ao longo do dia, deixo abaixo algumas considerações.
Pela informação que esta investigação revela, houve de facto censura - não da parte do governo chinês, não da parte de qualquer outro elemento ligado aos universos político e empresarial da China, mas da própria administração dos Prémios Hugo, num acto de auto-censura. Dito de outra forma: a interferência foi auto-infligida.
Ao que consta, os elementos norte-americanos e canadianos da administração do prémio que cozinharam a marosca (os chineses ficaram de fora destas trocas de emails, o que é curioso) elaboraram, por iniciativa própria, dossiers sobre muitos dos nomeados nas várias categorias, esgaravatando redes sociais, blogues, e outros meios para encontrar declarações e acções que, na lógica dos administradores, pudessem ser problemáticas de acordo com as leis e as normas locais. Há aqui tanta condescendência, tanta arrogância, e até racismo, que nem sei bem por onde começar.
Houve quem colocasse a possibilidade de que a relutância demonstrada por McCarty por explicar o que sucedera seria bem intencionada, tentando proteger de alguma represália, real ou pelo menos possível, dos fãs chineses que integraram a administração do prémio. Era uma tese generosa, demasiado generosa: nada nas atitudes de McCarty, da "gestão" da "comunicação" em Janeiro quando as estatísticas do prémio foram reveladas, ao pedido de desculpas mal amanhado que emitiu a contragosto, e passando ainda pela entrevista deslumbrada que deu entretanto, daria a entender estar ali alguém que pudesse sacrificar o que quer que fosse para proteger alguém que não o próprio. Está à vista.
Tudo isto parece-me estar amplamente demonstrado, mas é bem possível que a pior parte não seja nem a auto-censura nem a hubris dos envolvidos, mas a absoluta incompetência que demonstraram. Como comentei noutro local, não sei bem o que é mais inacreditável nesta história: a administração pensar que ninguém ia perceber a marosca, a administração ter feito a marosca, ou a administração ter sido tão absurdamente imbecil a fazer a marosca.
Por exemplo: Babel, de Rebecca F. Kuang, foi considerado inelegível na categoria de "Best Novel". Segundo Kat Jones, uma das várias pessoas que andou aqui a brincar ao KGB, o livro de Kuang "has a lot about China. I haven't read it, and am not up on Chinese politics, so cannot say whether it would be viewed as 'negatives of China'". Ou seja: quem investigou a autora e o livro nomeado nem se deu ao trabalho de... ler o livro. O que é mais espantoso é que Babel foi traduzido e publicado na China alguns meses antes da Worldcon - algo que provavelmente não aconteceria se as autoridades chinesas considerassem o livro perigoso ou subversivo.
Outro exemplo: a propósito da desqualificação de Paul Weimer na categoria de "Best Fan Writer", a mesma Kat Jones foi desenterrar várias conversas públicas do autor sobre Hong Kong, a Praça de Tiananmen, assim como opiniões desfavoráveis sobre o governo chinês e até uma viagem ao Tibete. Acontece que Weimer viajou... ao Nepal e não ao Tibete (aqui não resisto ao humor involuntário de ver o estereótipo a manifestar-se, com uma norte-americana a espalhar-se ao comprido na Geografia). Mais curioso: a vencedora do Prémio Hugo na categoria de "Best Novel", T. Kingfisher, não só viajou ao Tibete como até documentou a viagem online.
Já agora, Kat Jones era até há algumas horas a administradora dos Prémios Hugo na Worldcon 2024, que terá lugar daqui a alguns meses em Glasgow. Primeiro emitiu uma declaração pública onde se mostrou mais apreensiva por os emails terem sido revelados do que por aquilo que os emails revelaram. Depois demitiu-se, porventura antecipando o inevitável (ou tendo sido convidada a sair pelo próprio pé). Do mal o menos.
Ainda não sabemos, e provavelmente nunca saberemos, por que motivo a primeira temporada de The Sandman, ou o sexto episódio, The Sound of Her Wings, foram considerados inelegíveis. Mais uma McCartice, pelos vistos.
Pelos vistos terá também havido marosca nas nomeações de obras e fãs chineses, com eliminações e desqualificações manhosas. O que não surpreende, claro (mas sobre esse lado temos menos visibilidade).
Feitas as contas, o que sobra no final? Obras e autores a quem foi retirada arbitrariamente a oportunidade de disputar um prémio (algo especialmente grave na eliminação de Xiran Jay Zhao do Prémio Astounding no segundo e último ano de elegibilidade). Obras e autores que ficam a saber terem vencido um prémio cujos resultados foram fraudulentos. Uma comunidade de fãs - a chinesa - que vê a sua Worldcon manchada pelas acções de meia dúzia de SMOF ocidentais que, num acesso de paternalismo (com laivos de orientalismo, talvez?) e de arrogância, decidiram censurar os prémios que administravam para... evitar que fossem censurados. E um prémio histórico, decerto imperfeito mas funcional, estimado pelos fãs de ficção científica e fantasia, nas bocas do mundo pelos piores motivos possíveis, e com a sua credibilidade talvez irremediavelmente destruída (McCarty já administrou outras edições dos Prémios Hugo - podem os fãs estar seguros de que não houve marosca antes?).
Não estou por dentro dos processos internos da Worldcon e dos Prémios Hugo, por mais que tenha aprendido, mesmo que pelos piores motivos, nas últimas semanas; mas parece-me que será preciso um esforço hercúleo para recuperar a coisa. A direcção da Worldcon de Glasgow parece pelo menos estar decidida a fazer o que estiver ao seu alcance - já tinha sido garantida transparência no processo de nomeação e na revelação das estatísticas, e hoje agiu com rapidez na questão de Kat Jones. Mas será preciso mais: desde logo, toda a gente envolvida na marosca de 2023 deve ficar permanentemente impedida de voltar a participar no que quer que seja dos Prémios Hugo ou da Worldcon (é o mínimo, mesmo). E o trabalho não ficará por aí: restaurar a credibilidade dos Prémios Hugo será um trabalho mais longo e mais árduo. Como fã de ficção cientifica, e como alguém que costuma dar alguma atenção aos prémios do género, espero que essa recuperação seja possível.
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eu-estou-queimando · 2 years ago
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Oiii, estou passando aqui para dizer o quanto eu admiro e gosto do seu Tumblr. A sua essência na escrita me faz lembrar dos dias antigos do Tumblr, quando usávamos esse cantinho apenas para transbordar todos os sentimentos de nossas almas. Você é tão importante e necessária nessa comunidade, saiba disso. Eu adoro abrir o meu feed e ver você passando por lá. Já ia me esquecendo o motivo da minha Ask; Feliz 2023! Eu espero que no próximo ano você tenha muito amor, saúde, paz, amizades, carinho e, é claro, um céu azul inteirinho de escrita <3
Com carinho, Surreal Subversivo
Seu moço acabei de te mandar uma aks você é e sempre será muito especial para mim, seus textos me confortam e traduzem. Já disse na aks e repito, vai comigo para 2023 sim! Obrigada viu!!
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almagrafia · 6 years ago
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Esse projeto é INCRÍVEL!!!!!😍😍😍
Obrigada meu bem
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princesademarfil · 5 years ago
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Empezó subrepticio y sabroso, secuencias sensuales se sucedían separadas de los siniestros seres que sospechaban sin saberlo, mientras simulábamos, sorbíamos nuestras sustancias, susurrábamos secretos con sabores salvajes, seguros en la selva de sabanas del verano de siudad, entre saliva, sangre y sentimiento, salíamos a comprar serveza y sonrojarnos, a sabernos solos y seguros, suaves y sutiles, así saltamos secuencias y llegamos a septiembre, siempre con sustancias y sabidurías supremas, sedientos de sexo, nunca secos ni sobrios, sublimando supuestas sutilezas sobrenaturales, subversivos, por supuesto, y así seguiremos sucediendo, seduciéndonos siempre, en el Sur, en Sorrento o en Saturno, sintonizados surreal, sencilla y supremamente, sin saber quien es el secuestrador y quien el secuestrado.
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marcopolorules · 6 years ago
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"Es como para caerse de culo, dijo Jack esa mañana mientras estábamos sentados en el English Garden de Battersea Park, es como para caerse de culo que exista una cultura en la cual ser subversivo signifique amoldarse a las actitudes más de moda / It's like to fall on your ass, Jack said that morning while we were sitting in the English Garden of Battersea Park, it's like to fall on your ass that there is a culture in which being subversive means conforming to the most fashionable attitudes."⠀⠀ ⠀⠀ Gabriel Josipovici⠀⠀ Moo Pak⠀ & Kelly Puissegur @kelly_puissegur (artist)⠀ ⠀ #art #portrait #portraitart #portraitpainting #painting #contemporary #contemporaryart #contemporaryartist #contemporarypainting #newcontemporary #modernart #modernpainting #artgallery #contemporaryartgallery #visualart #visualartist #figurative #figurativeart #figurativepainting #artcollector #surreal #surrealart #surrealism #popsurrealism #mixedmedia #undergroundart #outsiderart #lowbrowart #vagabondwho #marcopolorules https://www.instagram.com/p/BuOLTYTB6KC/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=h9zmmxuop7ml
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surrealsubversivo · 3 years ago
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Hoje é dia 6 de dezembro de 2021; e esse é um recado para mim mesmo. (Do futuro)
Olá, surreal subversivo.
Você acabou de encontrar essa música por acaso rolando pelo feed, e esta obcecado por ela, mesmo sem saber o significado de uma palavra da letra. Mas, o que importa, né? É madrugada... e você está tendo uma overdose de sentimentos e nostalgias.
Eu sei que você está super ansioso com o futuro. E que, essa pandemia foi realmente uma das piores coisas do universo. Mas, mesmo em um ambiente tão caótico, você conseguiu se manter alternando no trabalho e em casa.E nós dois nos conhecemos melhor, não? Você se jogou em textos sem medo de criar histórias que gostaria de viver, de falar sobre sensações que já viveu e até mesmo de inventar algumas situações bem legais para os seus textos. Você é fogo. Obrigado por usar esse aplicativo freneticamente durante esse tempo, por passar horas e mais horas lendo Harry Potter e procurando imagens no estilo Dark Academia por aqui.
Cara, você conheceu pessoas maravilhosas aqui no tumblr. E bom, eu sei que você tem muito medo dessa plataforma acabar. E de seus amigos daqui se tornarem apenas conversas congeladas no tempo. Mas, garoto, às vezes, talvez, isso nem aconteça. Não sofra por antecedência.
Eu não sei como você está agora, a primeira vez que você começou a escrever para essa plataforma você estava se arrastando né? Eu senti que você não iria aguentar toda aquela dor... mas você foi muito corajoso.
Talvez, você seja o eu do futuro, observando todas as minhas ingênuas palavras com respostas na ponta da língua e com conselhos e advertências. Mas, me desculpa, surreal do futuro, às vezes, eu não consigo lidar com tudo, não quero sentir toda essa culpa que nós dois sabemos que nos faz mal.
Eu tenho medo dos anos que estão vindo.
Eu tenho medo da mudança.
Mas é Dezembro de 2021... e muitas coisas boas podem acontecer, também :)
Peter Peter - une version améliorée de la tristesse
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discutindoasseries · 4 years ago
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Eles Vivem (They Live) - 1989
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Você vê uma dessas muitas artes em desenhos sobre o filme e pensa...é mais um filme de terror no meio de tantos que você teria de escolher para assistir!
Talvez é o que muitos pensam só de ver uma imagem sobre o mesmo filme!
Mas pare e pense por um instante, e se você mergulhasse mais a fundo na história? E se vc por acaso descobrisse coisas interessantes que mesmo não acreditando ser verdade, podem muito bem ter tudo a ver com o mundo em que você vive?
E se por acaso você sai na rua depois de ver o filme ou presencia alguma situação em que descobriu uma pequena (ou até mesmo grande) semelhança entre a realidade em que você vive e o filme que assistiu?
E se de repente a realidade que você percebe, as pessoas, o comércio, a mídia, a política, a vida e o comportamento dos seus semelhantes em si podem estar sendo afetados por uma grande conspiração que deseja dominar o mundo?
Surreal, não!? Você percebe que há alguma coisa errada com o mundo, mas quando você vive o seu dia-a-dia normal, isso parece se esconder suavemente justamente para que você não perceba a conspiração por trás de tudo isso!
Se você acredita ou não, realidade ou ficção, não importa. “Eles Vivem” é um filme muito bom para se assistir prestando atenção nos detalhes. Escrito e dirigido por John Carpenter, foi lançado em 1988 nos Estados Unidos e em 1989 no Brasil. O filme conta a história de John Nada (Roddy Piper), um homem desempregado que anda pelas ruas de Nova York em busca de trabalho e certo dia acha um par de óculos escuros que lhe permite enxergar a verdadeira realidade.
Sinopse
John Nada (Roddy Piper) é um trabalhador braçal que sai do interior de Colorado e chega a Los Angeles e encontra trabalho num edifício em construção. Durante uma inusitada operação repressiva, a polícia destroi um quarteirão inteiro do bairro miserável em que vive. Na confusão Nada encontra óculos escuros aparentemente comuns, porém ao usá-los consegue enxergar horrendas criaturas alienígenas disfarçadas de seres humanos, bem como as mensagens subliminares que elas transmitem através da mídia em geral. Nada percebe que os invasores já estão controlando o planeta e, juntamente com seu companheiro de trabalho Frank (Keith David), decide se engajar no movimento de resistência, que é perseguido como subversivo pela polícia.
Sinopse retirada da Wikipédia Brasileira
They Live (br[2]/pt[3]: Eles Vivem) é um filme americano de ficção científica de ação, suspense e terror de 1988, escrito e dirigido por John Carpenter. O protagonista do filme é interpretado pelo antigo wrestler e ator canadense Roddy Piper junto com os atores americanos Keith David e Meg Foster. Ele segue um vagabundo sem nome (referido como "John Nada" nos créditos do filme) que descobre que a classe dominante é de um grupo de alienígenas escondendo sua aparência e manipulando as pessoas para gastar dinheiro, criar e aceitar o status quo com mensagens subliminares nos meios de comunicação.
Trecho retirado da “Wikipédia Brasileira”
No mínimo curioso, não? “Eles Vivem” é uma obra que demonstra o que os autores do filme já sacaram naquela época (meados dos anos 80), um filme que está muito a frente do seu tempo.
Muitos podem até dizer: essa é velha, muita gente já sabia disso! Mas será que todo mundo sempre soube disso mesmo ou apenas pensou que sabia de tudo?
Muito além de uma história genérica ou apenas um argumento genérico com uma beleza exterior feito apenas para ganhar popularidade e espaço na mídia ou conseguir algo através de apelação, o filme em si passa longe disso. A mensagem que ele transmite em si é realista, simples, cheio de referências bem-humoradas a coisas realmente sérias sem deixar de transmitir o que de fato a realidade em que vivemos na verdade é. Ele também retrata sob vários pontos de vista diferentes verdades apelativas que a mídia tenta pregar como sendo “uma verdade universal” manipulando as emoções das pessoas.
“Eles Vivem” vai além do que a televisão e os meios de comunicação querem mostrar, mostrando a todos que ninguém é obrigado a dar risada de uma coisa que não achou graça ou chorar com algo que não lhe toca realmente o coração. É investigativo e vai além do que a mídia tem interesse em demonstrar, provando que “verdades universais” podem ser vistas de pontos diferentes e não são realmente verdades, muitas vezes são feitas para manipular a população para o interesse de uma classe de pessoas em geral.
O que me parece é que o filme fala mais ou menos de uma maneira oculta sobre uma classe de pessoas que desejam dominar o mundo e as pessoas para pregar idéias que são favoráveis apenas a eles e ao modo de pensar deles, ou seja, querem pregar suas idéias como se fossem “verdades universais” para governar o mundo!
Para que isso? Não se sabe ao certo, talvez nunca saberemos!
Mas com certeza é para os interesses deles. E somente para os interesses deles e nada mais! Que favorecem apenas a eles mesmos. E para isso eles manipulam a população, não importando se essas idéias vão ferir ou machucar alguém, ou levar pessoas à morte, roubar dos pobres para favorecer uma minoria elitista que só se beneficiam a eles próprios. Não se importam com as pessoas! A população para eles é que nem gado: picam, sagram e matam. E não estão nem aí com isso. Eles não se importam!
FICÇÃO VS REALIDADE
O que vou lhes contar aqui é pura realidade, não tem nada de fictício aqui!
Depois do ginásio, quando nosso grupo de amigos sofreu uma grande mudança devido a fatos muitos sensíveis que aconteceram na passagem da oitava série para o primeiro colegial, eu andava sozinho pelas ruas de Dracena na hora do almoço antes da aula à tarde procurando reconstruir minha vida.
Eu percebia algo muito estranho. Havia algo muito estranho com o mundo! Por que certas pessoas são bem-sucedidas na escola, têm uma vida com todo o dinheiro e conforto que possuem mesmo todo mundo sabendo que essa pessoa não vale nada e é um monstro de ruim com os outros? Conseguem absolutamente tudo o que querem, o apoio de pessoas importantes, professores populares na escola, alunos mais influentes e nunca deixam as pessoas realmente humildes subirem lá em cima ou ocupar um cargo de importância, que possa mudar aquela realidade desumana para algo realmente bom?
Se isso que é tão estranho ocorre nesse nível tão detalhado e específico, certamente deve vir de algo realmente importante, lá de cima, se é que me entendem. Seriam os pais desses alunos seguidores de um estilo de vida elitista e opressor, mesmo que não soubessem? Será que mesmo alguns sendo pessoas boas de coração, não estariam transmitindo sem querer aos seus filhos um comportamento elitista que favorece a uma minoria sugando dinheiro e maltratando pessoas de bem?
E por que o comportamento desses alunos é incrivelmente parecido com essa ideologia que pregam na mídia e na televisão? Teriam eles medo de ser eles mesmos e por isso queriam algo pra seguir, pra acreditar, pra ser mais do que os outros?
Por que quando certas vezes na televisão vemos verdades (verdadeiras mesmo) que mostram o mundo sem manipulação ou opiniões que favorecem a um lado ou outro, esses alunos ficam de boca fechada, como quem quisessem dar uma de ”tímido” e saem de fininho, mas quando mostram na novela ou no jornal essa mesma verdade de uma maneira manipulada, eles acreditam como se fossem “maria vai com as outras”?
SE FOSSE SÓ ISSO, ESTAVA ÓTIMO. MAS IA MUITO MAIS ALÉM...
Eu percebia um certo cinismo em relação a essas mesmas pessoas em tudo quanto é lugar ou situação. Não era apenas uma maneira de pensar diferente! Era uma maneira de pensar que não respeitava as diferenças e as opiniões contrárias, ou seja, queriam eles ser os donos da escola, do bairro, do mundo e em tudo quanto é lugar! Odiavam e tinham medo de quem pensava diferente ou até mesmo de quem vivia em paz com um grupo de pessoas que pensavam a mesma coisa. Não aceitavam a existência de opiniões diferentes. Para eles, eles eram a verdade e qualquer opinião diferente deveria ser punida!
Verdade que não se importa com os outros? Verdade que não aceita opiniões diferentes? Verdade que pinta de mocinhos pessoas elitistas e pinta de bandido pessoas de bem? ISSO NÃO É VERDADE PORRA NENHUMA! É UMA DESUMANIDADE!
Verdade que tenta convencer a todo custo que você é quem está errado e precisa mudar quando você já mudou tanto e continua mudando? Verdade que inverte os valores só para os interesses de uma classe elitista que suga dinheiro de gente honesta? Qual a deles afinal? Brincadeira de criança?
Estava andando perto dessas locadoras de vídeo de esquina que nem existem mais hoje em dia, cheia de fitas VHS raras e antigas (ou pouco conhecidas). Usava meu par de óculos escuros e queria enxergar um novo sentido para minha vida tão jovem na época, se é que vocês entendem.
Quando usava meus óculos escuros, enxergava o mundo de maneira diferente. Não sei por que, mas meio que brincava de aguçar meus sentidos e a percepção do mundo em que vivemos. E essa brincadeira de colocar os óculos escuros e sair disfarçado pelas ruas era como um ritual. Eu colocava os óculos e me concentrava para aguçar minha percepção em relação ao mundo e às pessoas. Então começava a dar asas à minha imaginação, que embora fosse imaginação, era uma maneira realista de ver o mundo. O meu ponto de vista, sem opiniões que favoreciam a uma coisa ou outra ou dava asas a algo específico. O mais livre de preconceito possível que conseguisse fazer, sem manipulação para os meus próprios interesses.
É AÍ QUE A MÁGICA ACONTECIA...
Chegava na sala de aula e compartilhava essas mesmas opiniões. Essa opinião movia pessoas na minha sala de aula. Movia pessoas da minha própria escola na hora do recreio, embora não todos.
Mas por que então nunca conseguia chegar lá em cima, se é que vcs me entendem? Mesmo com milhares de pessoas ao meu lado.
É aquele negócio da minoria elitista que se favorece a custo da maioria!
Mas só esquecendo esse papo chato de gente elitista, eu fazia essa brincadeira dos óculos MUITO ANTES DE CONHECER ESSE FILME DO JOHN CARPENTER !!!
É assim, deixa eu explicar...eu fazia essa brincadeira dos óculos escuros bem antes de conhecer o filme “Eles Vivem”, do John Carpenter!
Um belo dia, estava eu numa dessas locadoras novamente como quem não quer nada e resolvo dar uma procurada na parte de terror. Beleza, chegando lá um filme em particular me chama a atenção.
Que capa da hora. Um carinha usando óculos escuros e enxergando uma espécie de monstro, parecendo uma caveira de metal...
Resolvi ler a sinopse atrás de capa da fita de vídeo e algo muito interessante despertou minha curiosidade.
Saí de lá realmente pensativo. E diferente, já que nada mais tinha graça pra mim e dificilmente algo me chamava a atenção! Agora tinha algo para correr atrás e preencher minhas tardes vazias.
Chegando na escola, fui direto pra biblioteca pesquisar sobre o filme na internet. Como as informações eram muito mais escassas na época, a única coisa que descobri é que o filme se tratava de uma invasão alienígena sobre a mídia. E quando cheguei na parte dos óculos escuros, foi aí que fiquei realmente surpreso!
Pensei: Nossa. É como se eu tivesse recebido um par desses óculos do filme também...que interessante...
Finalizo o post com uma foto dos óculos que usava lá em 2002...
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varsoviacomix · 8 years ago
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Si Botticelli viviese hoy, dibujaría cómics
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Milo Manara, Lüson, Italia (1945), es un dibujante de cómics de una trayectoria inmensa, que abarca desde cómics por encargo para Larousse, cómics Eróticos como Click, o El perfume de lo invisible, una obra autobiográfica y surreal, Las aventuras de Giuseppe Bergman, trabajos junto a Federico Fellini, Hugo Pratt y Alejandro Jodorowsky o su personal versión de las X-Women de Marvel Comics o el Sandman de Neil Gaiman. A continuamos reproducimos una entrevista a Milo Manara realizada en Roma en junio de 2017.
¿De niño anhelaba hacer lo que ha hecho de adulto? En mi casa los cómics estaban prohibidos. Me pasaba las horas mirando las ilustraciones de la enciclopedia. Me perdía en los mundos que representaban.   Ante las imágenes de 'La isla del tesoro' y 'Las aventuras de Huckleberry Finn' me dejaba llevar: soñaba con construír una balsa y lanzarme a descubrir el mundo navegando por el río.
¿Y el dibujo? No sospechaba siquiera que se pudiese dibujar para vivir. Dibujaba, dibujaba siempre. Mi madre debía obligarme a salir a jugar con los demás niños. Hubiese sido por mí, me habría dedicado únicamente a mis bocetos.
¿ Cómo llegó al atelier de un escultor? Tuve que pagarme mis estudios y los pintores no tenían una lira para darme. Conocí a Miguel Berrocal, un español, exilado del regimen de Franco: dibujé los manuales de instrucciones de sus obras, ilustraba cómo montarlas y desmontarlas, y mientras tanto conocí personajes extraordinarios.
¿Por ejemplo? Un día estaba sentado en la mesa de dibujo y vi en la puerta a Salvador Dalí. Llevaba una chaqueta de terciopelo verde, con los puños arremangados. Me llamó la atención  por la excentricidad que irradiaba de su estilo muy apropiado. Di un grito ahogado, a pesar de que sabía que iba a venir.
¿También hablaban de política? En realidad Berrocal era un disidente político muy especial. Había conocido a Picasso, es suyo el monumento que lo celebra en Malaga. Pero dejó su país porque se consideraba intérprete de un arte degenerado, un enemigo político existencial.
Pero más feroz. Estudié en la escuela de arte y me hice mi idea del arte en la sociedad. En contacto con Berrocal me convencí de que la creación artística está hecha de un magma anárquico que siempre quema los códigos establecidos.
¿Todos? En torno el estudio gravitaron los clientes y los grandes coleccionistas, personas llenas de dinero. Y descubrí que el arte puede distanciarse del poder político, pero no del poder económico: en cierto sentido, siempre ha estado contiguo al mundo de la riqueza. Y tal vez por eso lo abandoné.
¿Y los cómics están incontaminados?  Los cómics tienen un público vasto, que es el que los compra y los juzga. No son los críticos los que lo hacen por ti. Yo nunca he aceptado esa idea de la aleatoridad del arte, que haya alguien que determina si una obra tiene valor o no. Con los cómics, si gustan, ganas. De lo contrario, no.
¿Y cómo llegó a ellos? Leí 'Jodelle' de Guy Peellaert y sobretodo 'Barbarella' de Jean-Claude Forest. Y fue una revelación, de improviso descubrí que el cómic tiene un potencial narrativo vertiginoso, que con eso se pueden inventar mundos como los de la ciencia ficción y captar los movimientos que conforman el espíritu de la época. 
¿Tanto cómo lo hacía el arte clásico? Estoy seguro de que si Botticelli viviese hoy dibujaría comics. La inmensa tradición del arte figurativo, es decir, la capacidad para resumir los valores generales de la época a través de la imagen, fue heredado por el cine. Los nuevos Rembrandt, Caravaggio y Miguelangel son Fellini, Kubrick y Greenaway. El cómic es una parte, aunque en menor medida, de este nuevo modo de representación humana.
¿Es por esto que Fellini era también un gran dibujante?   Yo estaba encantado con 'Ocho y medio', y Vincenzo Mollica me pidió que le hiciera un dibujo como regalo de cumpleaños para Fellini, Así que hice una transfiguración de la película a mis dibujos. A Fellini le gustó y me llamó a casa. Cuando me dijeron que me había tratado mientras yo estaba fuera, quería pegarme un tiro. Por suerte, me llamó de nuevo. Y empezamos a trabajar juntos, persiguiendo imágenes y visiones.
Ya había conocido a su otro maestro, Hugo Pratt. Acababa de terminar la lectura de 'Balada del Mar Salado', la obra más extraordinaria que he tenido en mis manos. Las imágenes, las palabras: quedé cautivado por la historia. Fui al festival de Lucca con la esperanza de ser capaz de conocerlo, y tuve éxito. Al presentarme, se dio cuenta de que compartíamos un fuerte acento veneciano. Nos caímos bien y me pidió que lo acompañara de regreso a Milán. Fue el primero de muchos viajes que hicimos juntos por Italia y para Europa.
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Ilustración para la sobrecubierta de "Verano Indio", escrito Por Hugo Pratt, ilustrado por Milo Manara
¿Qué le enseñó? Para él, el comic en la actualidad era el único instrumento para contar la aventura, que no es algo para niños, si no un arma afilada del conocimiento.  Yo creía en el compromiso. Para Pratt todo eso era mentira. Y terminó por convencerme.
¿Cómo? Toda la civilización occidental se basa en la Odisea. Pero en la Divina Comedia Ulises dice: “ hechos no fuisteis para vivir como brutos, sino para perseguir virtud y conocimiento”. Eso es un manifiesto de la aventura que contiene más política que cualquier declaración política ¿Qué acto puede ser más subversivo que vivir en pos de la virtud y el conocimiento?
En ese tiempo, usted prefería la revolución. En los años 60 y 70 nadie leía “Moby Dick” o “Colmillo Blanco”. Mark Twain y Louis Stevenson eran dos desconocidos. Todo era política. Y yo mismo estaba empapado. Para desafiar a la Bienal de Venecia, me hice parte del clamor de los disturbios: "No al arte de los maestros". 
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Viñetas de Un Fascio di bombe, por Milo Manara
¿Arrepentido? Después de la masacre de Piazza Fontana, escribí "Un Fascio di bombe".  La policía seguía la pista anarquista, pero yo tenía la sospecha de que se trataba de terrorismo de estado. Lo dije entonces, y no fue un error.
Fue el inicio del largo 68 italiano, que terminaría con el asesinato de Aldo Moro en 1978. En el medio hubo años maravillosos, sobre todo 1977. Andrea Pazienza, Filippo Scòzzari, Stefano Tamburini, Tanino Liberatore: la revista 'Frigidaire' saltó por encima de la frontera que existía entre el arte y el cómic, derribando las vallas que los separaba. Fue el evento cultural más importante que produjo Italia en esos años, e incluso los que vinieron después. Entre Bolonia y Roma, sucedió algo parecido a lo que había sucedido en Florencia durante el Renacimiento.
En cambio Roma, en sus últimos trabajos "Caravaggio" y "Los Borgia" , parece un enfermo incurable. Roma es una ciudad siempre a punto de derrumbarse, pero que nunca se cae. Sus ruinas son como enormes animales que aun parecen capaces de respirar. Murieron, y sin embargo sobreviven, están constantemente balanceándose entre la inminencia del fin y la oportunidad de volver a resplandecer.  Es ésa su grandeza.
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  Viñetas de Caravaggio, por Milo Manara
¿Cómo se inició en el erotismo? Al comienzo, era la única cosa que me daba para comer. Y bueno, siempre me ha interesado. La primera historia que escribí era sobre una mujer muy púdica,   de la alta burguesía,  víctima de un hombre capaz de desencadenarle sus instintos con un mando a distancia. La mujer hacía gestos que, conscientemente, la habrían avergonzado a muerte.  Pero era ella, eran suyos esos deseos.
Y la fuerza de la represión sexual. Toda la sociedad tiende a controlar el eros: en aquella Italia era evidente, como lo es hoy en las sociedades islámicas. En los países occidentales el mecanismo se ha refinado: hemos pasado de controlar el sexo a controlar a través del sexo. La liberación sexual ha producido el triunfo de la virtualidad pornográfica, donde todo es explícito, pero nada ocurre de verdad.
Por su trabajo ¿era como estar enjaulado?  La sensualidad ha atacado siempre una serie de prejuicios y tabúes. Yo he tomado mis elecciones y he pagado por ello. Pero para mí el erotismo no tiene nada de vulgar: es la energía primitiva de la vida, es el amor lo que mueve el sol y las estrellas, como escribe Dante en el último verso de la Divina Comedia. Por eso, el poder busca limitarlo de todas las formas y reducirlo a un esquema.
Ve erotismo en la política? El anhelo de cambiar el mundo, o el deseo de apreciar la belleza son impulsos profundamente eróticos. Y la política tiene y ha tenido siempre una conexión subterránea con el eros. Son los políticos quiénes la han perdido.
¿Todos? El estudiante de historia que se enamora de su profesora es un clásico del lienzo erótico, y de hecho, la historia entre Brigitte y el presidente francés Macron se hace eco de un erotismo muy elegante.
¿Y la de Melania y Trump? Ahí veo más dinero que erotismo, pero Melania bien podría ser uno de mis personajes femeninos.
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Viñeta de Los Borgia, por Milo Manara
Entrevista realizada por Nicola Mirenzi, publicada originalmente en el Huffington Post Italia, traducción de Varsovia.
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musicoviniciusrodrigues · 5 years ago
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O que ver na Netflix enquanto você não pode sair de casa
A Netflix funciona como uma locadora dos anos 1980: na prateleira da frente ficam os títulos mais populares e logo atrás vem uma enorme quantidade de obras menores e derivativas. Não tem problema algum se você consegue se divertir com coisas tipo “O Poço”, “The Witcher”, “Drácula” e mais uma temporada de “La Casa de Papel”. Mas se você procura um pouco mais de “sustança”, aí a coisa complica.
A Netflix que eu quero teria todos os filmes de Jean-Luc Godard, Federico Fellini, Woody Allen, Alfred Hitchcock e uma curadoria que nenhum algoritmo é capaz de fazer. Tipo assim: você acabou de assistir “Era Uma Vez em… Hollywood”, veja agora todas as produções que inspiraram Quentin Tarantino: “Maverick”, “Besouro Verde”, “Meu Ódio Será Tua Herança”, “Sem Destino” e um documentário sobre Charles Manson.
Mas a Netflix funciona como uma locadora dos anos 1980: na prateleira da frente ficam os títulos mais populares e logo atrás vem uma enorme quantidade de obras menores e derivativas. Não tem problema algum se você consegue se divertir com coisas tipo “O Poço”, “The Witcher”, “Drácula” e mais uma temporada de “La Casa de Papel”. Mas se você procura um pouco mais de “sustança”, aí a coisa complica. Como vivo me embrenhando nas selvas dessa locadora virtual, resgatei alguns tesouros que espero que você curta. Divirta-se.  
Imagens: Divulgação / Reprodução Netflix
O Estranho, O Outro Lado do Vento e Serei Amado Quando Morrer
Esse é do pacote Orson Welles. O primeiro é um filme noir de 1946 e conta a história de um criminoso nazista (Welles) que se refugia numa cidadezinha de Connecticut e é perseguido por um agente do FBI (Edward G. Robinson). A trama é extremamente bem conduzida e brinca com as emoções do espectador, como todo bom suspense deve fazer. Mas o mais interessante é prestar atenção aos planos e os movimentos de câmera. As mudanças que Orson Welles fez na narrativa cinematográfica a partir de “Cidadão Kane” (1941) continuam relevantes e são muito mais ousadas que 90% do que é feito hoje em dia. A câmera nunca está parada e jamais numa posição óbvia. Depois de “O Estranho”, veja “O Outro Lado do Vento”, produção que Welles morreu sem terminar de montar. A Netflix recuperou o filme, as notas de edição deixadas pelo diretor e terminou a produção, que foi disponibilizada em 2018. O filme é um multifacetado mockumentary (falso documentário satírico) sobre um diretor de cinema Jake Hannaford (John Huston) que também não consegue terminar um filme de vanguarda, considerado sua obra-prima. Depois de assistir a “O Estranho”, você vai entender que “O Outro Lado do Vento” era o caminho natural para um diretor sempre inventivo e inquieto. Se ainda estiver no pique, veja o documentário “Serei Amado Depois de Morrer” (2018), de Morgan Neville, que conta a história por trás de “O Outro Lado do Vento”.
Twin Peaks e What Did Jack Do?
David Lynch é um dos cineastas mais provocativos do cinema americano. O humor dele é desconcertante e incômodo, mas é só se deixar levar pelas imagens surrealistas e pelos diálogos absurdos que você acaba fisgado. Comece com o curta-metragem “What Did Jack Do?”, estrelado pelo próprio Lynch e por um macaco falante (uma boca humana é sobreposta sobre a cara do símio). O filme é um longo interrogatório policial que pretende responder à velha questão “Por que a galinha atravessou a rua?” Se gostar, mergulhe em “Twin Peaks”, que é, digamos, uma continuação da revolucionária série concebida por Lynch e pelo roteirista Mark Frost em 1990 e que influenciou, entre outros, “Arquivo X”. A história original mostrava o agente federal Dale Cooper (Kyle MacLachlan) investigando o brutal assassinato da estudante Laura Palmer (Sheryl Lee) em Twin Peaks, uma cidadezinha do estado de Washington. Nada é exatamente o que parece ser e o agente é perturbado por estranhos sonhos premonitórios. O crime é desvendado ao final da primeira temporada e a segunda, que foi ao ar em 1991, perdeu muito do seu encanto. Esta “terceira temporada”, produzida pela Netflix, é ainda mais misteriosa e esquisita que a original. Os personagens estão de volta, mas é como se a série original estivesse fora do alcance deles. Tudo é semelhante, mas bizarramente distorcido e nada faz muito sentido. Mas na verdade, o segredo para entender a trama é bastante simples: para onde vão todos os personagens da sua série favorita quando ela acaba? Como eles fariam para retornar a um lugar que não existe mais e para continuar uma trama que já não faz sentido? É isso o que move a “terceira temporada” de “Twin Peaks”, uma meta-ficção que é, de longe, a produção mais genial da “era do streaming”.
Jim e Andy
Ok, agora que você entrou no “Bizarro World” da Netflix, nada mais vai assustá-lo. Então procure o documentário “Jim e Andy”, que conta o processo interpretativo de Jim Carrey (um completo maluco) para fazer o papel de Andy Kaufman (um doido de pedra) na cinebiografia “O Mundo de Andy” (1999). Kaufman (1949-1984) foi um humorista de espírito dadaísta que fazia questão de borrar a linha que separa a ficção da realidade. Ele se apresentava como um imigrante chamado Latka Gravas e fazia números completamente sem sentido como acompanhar o tema do “Super Mouse” numa vitrolinha e, a seguir, surpreender todo mundo com uma imitação irretocável de Elvis Presley. Kaufman era tão doidão que inventou uma segunda personalidade, Tony Clifton, um humorista agressivo e misógino que tratava todo mundo aos pontapés. Clifton também fazia shows de stand up, mas estes eram completamente diferentes dos de Kaufman. Eles até se apresentaram juntos em pelo menos uma ocasião, com o agente do artista disfarçado como o personagem criado por Kaufman. Pra viver esse humorista maluco em “O Mundo de Andy”, Jim Carrey “virou” Andy Kaufman. O processo de incorporação foi tão intenso que Carrey se comportava como Kaufman mesmo quando não estava em cena — ou principalmente quando não estava em cena, que é onde o documentário se desenrola. É preciso ver para crer. “O Mundo de Andy” não está na Netflix, infelizmente, mas procure por Andy Kaufman no YouTube. Existem muitos vídeos das apresentações dele. Depois disso veja o documentário para entender o estrago que ele fez na cabeça de Jim Carrey.
Miles Davis, Inventor do Cool
Miles Davis é um dos maiores jazzistas de todos os tempos. Seu talento musical o fez ir muito além do bebop, onde começou, e seguir inventando moda, como o cool jazz, o jazz rock, e, já no fim da carreira, o fusion, mix de jazz, música eletrônica e hip hop. Miles era arrogante e encrenqueiro, mas teve a generosidade de identificar e promover muitos jovens talentos. Era apaixonado e amoroso, mas tinha um ciúme doentio da segunda mulher, a dançarina Francis Davis, que ele forçou a abandonar uma bem-sucedida carreira na Broadway para se transformar em dona-de-casa. Miles trocava de Ferraris todo ano, mas se via como uma vítima do sistema. Era extremamente metódico e comprometido nos shows e gravações, mas enlouquecia quando ficava sem heroína e cocaína. Esse personagem fascinante e complexo emerge por inteiro nesse excelente documentário de Stanley Nelson. Uma obra-prima. A trilha sonora também é espetacular, naturalmente.
O Hospedeiro
O mundo fez um carnaval com o Oscar de “Parasita” e teve até gente escrevendo (eu juro!) que essa era a maior vitória do marxismo desde a revolução russa de 1917. Menos, gente, menos. A premiação foi apenas a bilionária Califórnia fazendo o que faz melhor: incorporar talentos de várias partes do mundo para gerar mais riqueza para os Estados Unidos. É claro que “Parasita” merece o Oscar. É um filme extremamente bem escrito, bem dirigido e inteligente o suficiente para evitar os clichês do cinema social. Mas uma boa cinematografia é resultado de anos e anos de uma produção cultural intensa e diversificada, coisa que a Coreia do Sul vem fazendo há muito tempo. O K-Pop e os muitos thrillers de ação é que possibilitaram o surgimento de “Parasita”. E, pra entender isso, é fundamental assistir a “O Hospedeiro”, um filme de monstro dirigido em 2006 pelo mesmo Bong Jon-Ho de “Parasita” e com o mesmo Song Kan-ho (o “pai”) num dos papeis principais. “O Hospedeiro” conta a história de uma estranha criatura, mistura de polvo com Godzilla, que aparece às margens rio Han, em Seul, e “sequestra” a neta de uma família local, forçando os sobreviventes a empreenderem uma perigosa missão para resgatá-la. Assista e constate: um Oscar não nasce do nada.
Dave Chappelle: Sticks and Stones
Humor, pra funcionar, precisa ser duas coisas: anti-establishment e, se possível, engraçado. Dá até para relevar piadas ruins, só não dá pra perdoar humoristas que se rendem ao status quo e fazem uma comédia submissa aos poderosos do momento. Dave Chappelle, que sempre foi um subversivo, entende exatamente onde está o establishment e faz um show sem concessões, com piadas sobre brancos, negros, asiáticos e com a “Turma do Alfabeto” que, nas palavras dele, resolveu sequestrar o abecedário para ela, ou seja, a galerE LGBTQ+. O show causou enorme polêmica nos Estados Unidos quando estreou no ano passado e é fácil entender por quê. Nós vivemos num mundo tão surreal que a biografia do Woody Allen é censurada por uma editora de livros sob aplausos do jornal “The New York Times”, um ex-campeão da liberdade de expressão. Dave Chappelle passa boa parte do show investindo contra esse “Novo Macartismo”, uma poderosa coalisão de estúdios de cinema, jornais, TVs, redes sociais e grupos de pressão. Mas não se preocupe: assim como Ricky Gervais e a turma do “Charlie Hebdo”, ele também bate forte da extrema-direita e no “trumpismo”, que muitas vezes se aproveita da bandeira libertária para impor sua própria agenda autoritária. Como se não fosse suficiente, Chappelle ainda é muito engraçado. Nem precisava, mas ele é.
O que ver na Netflix enquanto você não pode sair de casa publicado primeiro em https://www.revistabula.com
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nunopds · 6 years ago
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Já se encontra em distribuição nas bancas e também nas livrarias o oitavo volume de “Saga” a série de sucesso de Brian K. Vaughn e Fiona Staples, editado em Portugal pela G.Floy. Este volume re��ne os comics homónimos #43-48 originalmente publicados pela Image.
Clique nas imagens para as visualizar em toda a sua extensão:
Eis a sinopse da editora:
SAGA narra a luta de uma jovem família para encontrar o seu lugar num universo vasto e hostil, e já foi descrito como um encontro entre a Guerra das Estrelas e Romeu e Julieta no espaço. Depois dos eventos traumáticos da Guerra por Phang, Hazel e a sua família e companheiros iniciam uma aventura que os irá mudar para sempre, nos limites mais distantes da galáxia. E teremos a oportunidade de descobrir o que aconteceu a Ghüs e à Vontade!
Fantasia e ficção científica – e sexo, traição, morte, amor verdadeiro e vinganças obsessivas – juntam-se como nunca antes neste épico subversivo e provocante do escritor Brian K. Vaughan e da artista Fiona Staples, que questiona incessantemente as narrativas e preconceitos do nosso tempo através do contraste com o seu mundo surreal e bizarro.
 “O génio de SAGA não está só no seu argumento hábil e inteligente ou na sua arte maravilhosa, mas na simples e tremenda coragem de ter uma aristocracia robot, assassinos com corpo de aranha, e uma gata mentirosa incrivelmente cativante. Esta explosão de ideias que existe em SAGA de algum modo condensa-se e transforma-se na mais essencial das bandas desenhadas modernas.” – THE IRISH TIMES
SAGA já venceu doze Prémios Eisner – o galardão máximo da banda desenhada anglo-saxónica – entre os quais prémios para Melhor Série em Continuação, Melhor Nova Série, Melhor Argumento e Melhor Arte. Foi também premiado com o Hugo para Melhor História Gráfica – os Hugos distinguem a melhor ficção científica publicada em cada ano, e com uns incríveis dezassete Harveys, que premeiam os melhores comics independentes, incluindo Melhor Argumento, Melhor Artista, e Melhor Nova Série.
O volume 9 está programado para o início do Verão de 2019 em Portugal. Os autores fizeram uma pausa na produção da série, que deverá regressar depois em 2020 com o volume 10.
SAGA volume 8 Brian K. Vaughan e Fiona Staples Álbum, formato comic, 152 páginas a cores, capa dura. ISBN: 978-84-16510-80-1 PVP: 12€
nota: imagens cedidas pela editora.
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surrealsubversivo · 8 months ago
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Ainda bem
que não morri de todas as vezes que
quis morrer – que não saltei da ponte,
nem enchi os pulsos de sangue, nem
me deitei à linha, lá longe.
Ainda bem
que não atei a corda à viga do tecto, nem
comprei na farmácia, com receita fingida,
uma dose de sono eterno.
Ainda bem
que tive medo: das facas, das alturas, mas
sobretudo de não morrer completamente
e ficar para aí – ainda mais perdida do que
antes – a olhar sem ver.
Ainda bem
que o tecto foi sempre demasiado alto e
eu ridiculamente pequena para a morte.
Se tivesse morrido de uma dessas vezes,
não ouviria agora a tua voz a chamar-me,
enquanto escrevo este poema, que pode
não parecer – mas é – um poema de amor
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scrumptioustigertyphoon · 8 years ago
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Lula: Por que querem me condenar Artigo publicado na Folha de S.Paulo Em mais de 40 anos de atuação pública, minha vida pessoal foi permanentemente vasculhada -pelos órgãos de segurança, pelos adversários políticos, pela imprensa. Por lutar pela liberdade de organização dos trabalhadores, cheguei a ser preso, condenado como subversivo pela infame Lei de Segurança Nacional da ditadura. Mas jamais encontraram um ato desonesto de minha parte. Sei o que fiz antes, durante e depois de ter sido presidente. Nunca fiz nada ilegal, nada que pudesse manchar a minha história. Governei o Brasil com seriedade e dedicação, porque sabia que um trabalhador não podia falhar na Presidência. As falsas acusações que me lançaram não visavam exatamente a minha pessoa, mas o projeto político que sempre representei: de um Brasil mais justo, com oportunidades para todos. Às vésperas de completar 71 anos, vejo meu nome no centro de uma verdadeira caçada judicial. Devassaram minhas contas pessoais, as de minha esposa e de meus filhos; grampearam meus telefonemas e divulgaram o conteúdo; invadiram minha casa e conduziram-me à força para depor, sem motivo razoável e sem base legal. Estão à procura de um crime, para me acusar, mas não encontraram e nem vão encontrar. Desde que essa caçada começou, na campanha presidencial de 2014, percorro os caminhos da Justiça sem abrir mão de minha agenda. Continuo viajando pelo país, ao encontro dos sindicatos, dos movimentos sociais, dos partidos, para debater e defender o projeto de transformação do Brasil. Não parei para me lamentar e nem desisti da luta por igualdade e justiça social. Nestes encontros renovo minha fé no povo brasileiro e no futuro do país. Constato que está viva na memória de nossa gente cada conquista alcançada nos governos do PT: o Bolsa Família, o Luz Para Todos, o Minha Casa, Minha Vida, o novo Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), o Programa de Aquisição de Alimentos, a valorização dos salários -em conjunto, proporcionaram a maior ascensão social de todos os tempos. Nossa gente não esquecerá dos milhões de jovens pobres e negros que tiveram acesso ao ensino superior. Vai resistir aos retrocessos porque o Brasil quer mais, e não menos direitos. Não posso me calar, porém, diante dos abusos cometidos por agentes do Estado que usam a lei como instrumento de perseguição política. Basta observar a reta final das eleições municipais para constatar a caçada ao PT: a aceitação de uma denúncia contra mim, cinco dias depois de apresentada, e a prisão de dois ex-ministros de meu governo foram episódios espetaculosos que certamente interferiram no resultado do pleito. Jamais pratiquei, autorizei ou me beneficiei de atos ilícitos na Petrobras ou em qualquer outro setor do governo. Desde a campanha eleitoral de 2014, trabalha-se a narrativa de ser o PT não mais partido, mas uma "organização criminosa", e eu o chefe dessa organização. Essa ideia foi martelada sem descanso por manchetes, capas de revista, rádio e televisão. Precisa ser provada à força, já que "não há fatos, mas convicções". Não descarto que meus acusadores acreditem nessa tese maliciosa, talvez julgando os demais por seu próprio código moral. Mas salta aos olhos até mesmo a desproporção entre os bilionários desvios investigados e o que apontam como suposto butim do "chefe", evidenciando a falácia do enredo. Percebo, também, uma perigosa ignorância de agentes da lei quanto ao funcionamento do governo e das instituições. Cheguei a essa conclusão nos depoimentos que prestei a delegados e promotores que não sabiam como funciona um governo de coalizão, como tramita uma medida provisória, como se procede numa licitação, como se dá a análise e aprovação, colegiada e técnica, de financiamentos em um banco público, como o BNDES. De resto, nesses depoimentos, nada se perguntou de objetivo sobre as hipóteses da acusação. Tenho mesmo a impressão de que não passaram de ritos burocráticos vazios, para cumprir etapas e atender às formalidades do processo. Definitivamente, não serviram ao exercício concreto do direito de defesa. Passados dois anos de operações, sempre vazadas com estardalhaço, não conseguiram encontrar nada capaz de vincular meu nome aos desvios investigados. Nenhum centavo não declarado em minhas contas, nenhuma empresa de fachada, nenhuma conta secreta. Há 20 anos moro no mesmo apartamento em São Bernardo. Entre as dezenas de réus delatores, nenhum disse que tratou de algo ilegal ou desonesto comigo, a despeito da insistência dos agentes públicos para que o façam, até mesmo como condição para obter benefícios. A leviandade, a desproporção e a falta de base legal das denúncias surpreendem e causam indignação, bem como a sofreguidão com que são processadas em juízo. Não mais se importam com fatos, provas, normas do processo. Denunciam e processam por mera convicção -é grave que as instâncias superiores e os órgãos de controle funcional não tomem providências contra os abusos. Acusam-me, por exemplo, de ter ganho ilicitamente um apartamento que nunca me pertenceu -e não pertenceu pela simples razão de que não quis comprá-lo quando me foi oferecida a oportunidade, nem mesmo depois das reformas que, obviamente, seriam acrescentadas ao preço. Como é impossível demonstrar que a propriedade seria minha, pois nunca foi, acusam-me então de ocultá-la, num enredo surreal. Acusam-me de corrupção por ter proferido palestras para empresas investigadas na Operação Lava Jato. Como posso ser acusado de corrupção, se não sou mais agente público desde 2011, quando comecei a dar palestras? E que relação pode haver entre os desvios da Petrobras e as apresentações, todas documentadas, que fiz para 42 empresas e organizações de diversos setores, não apenas as cinco investigadas, cobrando preço fixo e recolhendo impostos? Meus acusadores sabem que não roubei, não fui corrompido nem tentei obstruir a Justiça, mas não podem admitir. Não podem recuar depois do massacre que promoveram na mídia. Tornaram-se prisioneiros das mentiras que criaram, na maioria das vezes a partir de reportagens facciosas e mal apuradas. Estão condenados a condenar e devem avaliar que, se não me prenderem, serão eles os desmoralizados perante a opinião pública. Tento compreender esta caçada como parte da disputa política, muito embora seja um método repugnante de luta. Não é o Lula que pretendem condenar: é o projeto político que represento junto com milhões de brasileiros. Na tentativa de destruir uma corrente de pensamento, estão destruindo os fundamentos da democracia no Brasil. É necessário frisar que nós, do PT, sempre apoiamos a investigação, o julgamento e a punição de quem desvia dinheiro do povo. Não é uma afirmação retórica: nós combatemos a corrupção na prática. Ninguém atuou tanto para criar mecanismos de transparência e controle de verbas públicas, para fortalecer a Polícia Federal, a Receita e o Ministério Público, para aprovar no Congresso leis mais eficazes contra a corrupção e o crime organizado. Isso é reconhecido até mesmo pelos procuradores que nos acusam. Tenho a consciência tranquila e o reconhecimento do povo. Confio que cedo ou tarde a Justiça e a verdade prevalecerão, nem que seja nos livros de história. O que me preocupa, e a todos os democratas, são as contínuas violações ao Estado de Direito. É a sombra do estado de exceção que vem se erguendo sobre o país. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA foi presidente do Brasil (2003-2010). É presidente de honra do PT (Partido dos Trabalhadores) >> COMPARTILHEM!! *Façamos justiça para um dos melhores presidentes da nossa história e que tirou milhões de pessoas da miséria.*
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juventudepsiquica · 8 years ago
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Conspiradores do Prazer
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Um filme mudo tcheco com um tom de comédia surreal criado para expor nossos prazeres mais ocultos e doentios. Dá para resumir Conspiradores do Prazer assim, mas tal síntese excluiria a beleza perturbada das imagens apresentadas ou a tentativa do diretor Jan Svankmajer em construir visualmente os processos mentais que nos impulsionam rumo a busca louca pela auto-realização.
São seis histórias mais ou menos entrelaçadas e malucas, nos mostrando sem a interferência da linguagem (ou seja: sem explicitar intenções) o prazer em sua forma mais bruta. Há um tom surrealista em tudo, como nas cenas com a mulher entregadora de cartas que compra pão pra fazer bolinhas com o miolo dele, ou o artista (acho que é artista) que cria uma cabeça de galinha de massa de modelar e com recortes de revistas pornôs. Ou ainda o sujeito viciado em colocar coberturas de látex em seus dedos — e está construindo um autômato sexual bizarro.
O filme é do tipo genial dentro do subnicho de filmes surrealistas, aqui com ecos ainda mais profundos por buscar uma representação onírica dos nossos prazeres mais subversivos e escondidos. Nesse aspecto, me lembrou Visitor Q. Como qualquer tipo de filme sem estruturas claras (e sem diálogos), não é do tipo que todos iriam gostar, mas vale ser apreciado por qualquer um, por causar o tipo de perturbação buscada pelo diretor e ainda nos confrontar com nossos próprios prazeres não confessos.
Spiklenci slasti (1996)
Direção: Jan Svankmajer 
Duração: 85 min
Nota: 7
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surrealsubversivo · 8 months ago
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Berna, 19 junho 1946 - quarta-feira
Fernando, Sua carta me surpreendeu tanto! Eu tive a impressão de ter caído numa coisa assim: de jogar verde para colher maduro. Não paro de imaginar vocês em Nova York e não sei como. Como é que Heleninha fala no meio da cidade? E você trabalha de noite num arranha-céu? e os arquivos? Só agora é que vejo que vocês no Rio eram uma das garantias que eu procurava. Por que é que todo mundo quer sair do Brasil? E você é espírita, é, Fernando? Então como é que você me pergunta o que eu faço às três horas da tarde? Ou já falamos sobre isso? às três horas da tarde sou a mulher mais exigente do mundo. Fico às vezes reduzida ao essencial, quer dizer, só meu coração bate. Quando passa, vêm seis da tarde, também indescritíveis, em que eu fico cega. Se o telefone toca eu dou um pulo e se me "convidam" eu pareço criança ou cachorrinho, saio correndo e enquanto corro digo: estou perdendo minha tarde. Mas eu tenho ido de tarde à biblioteca pública. E, por estranho que pareça, estou estudando cálculo das probabilidades. Não só porque o abstrato cada vez mais me interessa, como porque eu posso renovar minha incompreensão e concretizar minhas dificuldades gerais.
Estivemos em Paris andando desde manhã até de noite. Aquela cidade é doida, é maravilhosa. Não consegui absorvê-la, ter uma idéia só. De volta fomos diretamente para um apartamento novo, ainda novo, tudo encaixotado, estranho, desarrumado. Encontrei cartas de casa, vários recortes de jornal, várias notinhas, referências a você e a mim. Com o cansaço de Paris, no meio dos caixotes, chorei de desânimo e cansaço. Hoje passei o dia lendo; às três horas li de novo sua carta. Agora, São nove horas da noite, mas parece seis da tarde. E eu brilho, brilho sempre -isso deve ser brilho. Na verdade deve ser apenas adaptação ao novo apartamento. Não se pode deixar uma janela aberta, voa tudo; é um lugar onde ainda estão construindo, sem muitas casas. A rua chama-se Ostring e eu sou a pérola de Ostring, não vê? Vocês pretendem mandar buscar Eliana? como vão fazer? Quanto tempo na realidade vão ficar nos EUA? Paulo diz que vocês vão ficar seis meses apenas...
Desejo muita felicidade a vocês. Sejam muito felizes: estou com vontade de dar conselhos grandiosos, dizendo: custa um pouco adaptar-se a um lugar novo etc. Fernando, você tem trabalhado? e Helena, o que é que faz? Acabei de passar uma semana das piores em relação ao trabalho. Nada presta, não sei por onde começar, não sei que atitude tomo, não sei de nada. Digo a mim mesma: não adianta desesperar, desesperar é mais fácil ainda que trabalhar. Me mande um conselho, Fernando, e uma palavra bem amiga. Desculpe esta carta tola. Respondam depressa e eu mandarei uma muito boa, muito calma.
Não sei mais nada, Fernando... E as notícias que recebo do Brasil são as piores. Até pão falta. Vocês devem estar experimentando agora a tristeza de estar num país onde mesmo lentamente tudo tende a melhorar e receber notícias constantes desse jeito. Dá vontade de ser um grande homem e fazer alguma coisa. Certamente teremos alguma revolução. Até o ar lá está precisando disso. Fernando, Helena, um abraço grande. Me escrevam, agora que vocês sabem quanto pode valer uma carta e sobretudo certas cartas. Dei um ar de tristeza? não, dei um ar de alegria. Clarice.
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surrealsubversivo · 8 months ago
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“Eu me recuso a acreditar que as palavras eu te amo são como bolos de aniversário. Três palavras reservadas para ocasiões especiais apenas para serem distribuídas cobertas com velas e glacês no momento perfeito. Eu uso as palavras (Eu te amo) casualmente e, às vezes, de forma imprudente. Mas, descobri que bolo de aniversário é melhor a meia noite e eu te amo é melhor quando você não hesita, quando não espera uma ocasião para dizê-lo. Então aqui está: eu te amo. E não do tipo de ocasião especial, no café da manhã de uma forma meio terça, eu te amo em giz na calçada e pequenos post-its e sorrisos extras quando você chega em casa. Eu te amo na linguagem das coisas cotidianas, e ver a forma como a nossa amizade cresceu e como a nossa admiração, lealdade e respeito mútuo continua o mesmo. Eu te amo na linguagem do bolo de aniversário quando não é aniversário de ninguém”
Além do dia de hoje, todo os outros amo você na linguagem do bolo de aniversário: @in-curavel!
Obrigado por todos esses anos de amizade; você é muito incrível e especial.
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