#Raio da Morte
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Stolasmon
Nível Adulto / Seijukuki / Champion Atributo Vírus Tipo Pássaro Demoníaco Campo Soldados do Pesadelo (NSo) / Guardiões do Vento (WG) Significado do Nome Stolas, um dos demônios do Ars Goetia.
Descrição
Stolasmon, também conhecida como a Fúria Silenciosa, é um pássaro demoníaco cuja crueldade é responsável por uma presença aterrorizante que estremece qualquer um, principalmente em noites completamente escuras, onde suas vítimas são incapazes de enxergá-la, com exceção de seus olhos que lançam um olhar inebriante nos breves momentos que antecedem o assassínio.
Sua origem se deu quando Bentmon, que passou por uma situação traumática, foi consumida pelo desespero e o ódio, levando-a a vagar por muito tempo até chegar às terras mágicas de Salem, onde a influência de tudo que sentia causou a evolução para esta forma sombria.
Detém grande inteligência, fruto de uma dedicação quase obsessiva em adquirir mais e mais conhecimento, provavelmente para preencher o vazio que surgiu com as máculas do passado, razão pela qual está em um silêncio quase constante, pois fica completamente imersa em seus pensamentos na maior parte do tempo.
Ser nativa de Salem a possibilitou dominar as magias do clã Earthlin, que lhe trouxeram sabedoria sobre plantas aromáticas e venenosas, e Shaballa, que rege sobre as artes das trevas, tornando-se os pilares de suas habilidades hediondas. Através de tudo que aprendeu, esta criatura amargurada sai pelas noites de Lua Nova como uma emissária da própria Morte e, sem distinção, arranca a chama da vida de outros Digimons assim como a própria lhe foi tirada há muito tempo.
Técnicas
A Flor que traz a Morte (Deathbringer Bloom) As vinhas nos ombros de Stolasmon formam um padrão circular à frente de seu torso, e delas surgem pétalas douradas, criando um padrão semelhante a uma rosa com a esfera em seu centro. Então, após brilhar intensamente, essa esfera dispara um raio elétrico intenso, com energia capaz de apagar completamente alguns Digimons.
Fervor Sanguinário (Bloodlust) Envolve suas garras com uma energia umbral e golpeia o alvo, muitas vezes sendo capaz de atravessar sua camada exterior e para assim atingir diretamente o Diginúcleo.
Teufelszähne (Presas do Demônio) Várias vinhas saem de suas costas e empalam o oponente de várias direções, injetando um poderoso veneno que paralisa os músculos. A vítima fica completamente imóvel e vulnerável, além de sofrer com as fortes dores dos lugares em que foi atingida.
Skemer (Anoitecer) Uma Magia da Trevas usada de dia ou em lugares muito iluminados. Faz o ambiente todo escurecer, como um anoitecer repentino, possibilitando que Stolasmon ataque sem ser localizada.
Linha Evolutiva
Pré-Evoluções Bentmon
Artista Jonas Carlota Digidex Empírea
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Através do escuro, eu escuto o som do corvo ecoando pelo recinto. Não preciso abrir os olhos para captar a assombração que se aproxima. Mais uma vez, o convite é igual ao da noite anterior. Subir em um navio metafórico atravessando mares e subterrâneos em mim. Sigo para o norte enquanto o vento ricocheteia, cortando as distrações e dilatando as pupilas. A ave segue pousada em meu ombro como guia nada gentil daquele passeio. Será que é liberado colocar, ao menos, uma música agradável? Ele me encara surpreso de volta e diz que o único som audível será os gritos acumulados e o ranger dos dentes da raiva reprimida. Era mais uma viagem rumo ao norte, apenas mais uma, dentre tantas cruzadas nesses oceanos sem fim. Sinto que ao amanhecer estarei mais leve do que no dia anterior. Hoje, preciso focar nessa presença nada amistosa que, como sombra, decidiu emergir. Resistia ao embarque no início, pois o medo do desconhecido desse inconsciente infinito, seu odor peculiar e a culpa sufocante repeliam essa alma maruja de se aventurar. O melhor era não encarar e fingir que essas águas sequer existiam. No entanto, elas atingiam incessantemente de modo agressivo o meu litoral. Compreendi o real motivo da maioria das pessoas preferir jogar suas pendências para debaixo do tapete. Aquele corvo negro como o breu ria e se divertia durante o trajeto. Acostumado com a figura da morte, cheiro de restos, corpos aos pedaços. Somos seres fragmentados, arrastando pelas vielas esses pedaços expostos em busca do salvador externo que não virá. O herói não usa capa, espada nem escudo. Mas pode usar uma caneta em mãos para escrever sobre os velhos rascunhos a sua nova história. Aspirava o ar para me trazer de volta de minhas divagações. O estado de alerta naquele ambiente pouco inóspito seria crucial para retornar em segurança com o dever cumprido. Mais um fractal resgatado nas linhas do tempo. Mais um espaço-tempo reconfigurado com novos futuros possíveis. Mais um nó do emaranhado da teia da existência desfeito. O corvo emitia um som incompreendido por mim, mas pelo seu voar descontraído, parecia que eu havia chegado com sucesso ao fim daquela missão. Abri os olhos devagar e me encontrava deitada em minha cama, com os raios de sol delicadamente afagando minha face um tanto quanto fatigada das aventuras noturnas. Ao lado do travesseiro, para que não houvesse ceticismo ou ambiguidade de sua aparição, uma pena preta com uma mensagem que dizia “até a próxima vez”.
@cartasparaviolet
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⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀ ning yizhuo interpreta CIRCE
𓂃 ഒ ָ࣪ 𝐀𝐕𝐈𝐒𝐎𝐒: AKRASIA ato I, literatura sáfica, narrativa épica, grécia antiga, fantasia, mitologia grega, misandria, ação, harém, literatura erótica (sexo sem proteção, oral fem, sex pollen?, scissorring, a leitora é mais ativa, EEUSEIQUEVOCÊSSÃOTUDOPASSIVONASMASPFVMEDAUMACHANCEVIDASATIVASIMPORTAM, dirty talk).
Tô muito animada pra essa série, eu sou louca por mitologia grega. Tomei a liberdade de completar os mitos a serem expostos no decorrer dos capítulos com a minha própria interpretação criativa, para poder amarrar o enredo. Porém, não deixo de citar as minhas fontes (para esse ato I) sendo a Odisseia, a obra contemporânea Circe e O livro das Mitologias;
Acho que esse é o texto mais rico que eu já produzi, não só porque me levou tempo e pesquisa. Se você gosta da minha escrita como um todo, leia mesmo que não curta literatura sáfica, é só pular qualquer parte sexual que fica safe.
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⠀⠀ ⠀⠀ ⠀ ⓞⓑⓡⓘⓖⓐⓓⓐ ⓟⓞⓡ ⓛⓔⓡ
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⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀ ATO I ⠀⠀ ⠀⠀ o mito de circe
ESTA CANÇÃO COMEÇA E TERMINA NUMA TEMPESTADE. O raio que corta a imensidão noturna clareia tudo ao redor em vão, pois não há uma porção firme à vista para naufragar os restos do barco.
A trilha incandescente desenha pelo céu, semelhante a uma erva daninha, com seus ramas desaguando de canto em canto, e tomando mais e mais espaço até se perder no horizonte. Gigante, o vazio aberto faz parecer que está presenciando a fúria de um célebre titã, colossal e temido. O clarão que se estabelece pelo momento é capaz de cegar os olhos, construir a fantasia de um eterno vácuo sem cor ou forma.
E o som que sucede o fervor visual te faz tapar os ouvidos, encolhendo a postura. Jura, pelo resto de sanidade que ainda lhe resta, o compasso das ondas chocando-se contra o casco de madeira até muda de curso, como se a frequência reverberante fosse a potência que rege os mares.
O corpo tomba, para o caminho oposto em que a embarcação simplória é jogada. Bate com o peito na borda, os braços são jogados para fora, quase toca a água salgada com a ponta dos dedos. Senta-se sobre o estrado, afogando a pele da cintura para baixo no pequeno oceano que se forma dentro do barco. O supremo do mar não tem motivos para estar te atacando assim, pensa, o irmão dele, sim, pode estar enfurecendo o cosmos para te impedir de atracar em segurança. Quer a sua morte, nenhum rastro do seu cadáver quando a carcaça de madeira despontar em uma ilhota qualquer. Ninguém saberá nem a cor dos seus olhos.
— Nêmesis! — esforça-se para bradar mais alto que o repercutir das ondas quebrando.
Levanta-se num único impulso. Mal se alinha sobre os próprios pés, cambaleia conforme a embarcação nada por cima da maré, até se escorar no mastro. Abaixa o olhar.
— Nêmesis... — o título divino ecoa, agora, com mais fraqueza, tal qual um sussurro em segredo. Cerra os olhos. — Eu louvo a Nêmesis dos olhos brilhantes, filha de Nyx de capa escura...
Ó, grande deusa e rainha, Celebro-vos, a vingadora dos oprimidos, Que observais, que garantis que todo mal seja punido. Imparcial e inflexível, distribuidora da recompensa certa, Escutai meu lamento.
— Injustiça atormenta minhʼalma — confessa. — Sejais o corte da minha lâmina quando eu cruzar o destino de meu inimigo. Não deixeis que o sopro de vida opoente seja mais eterno que o meu. E eu vos prometo: será a minha alma pela dele.
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QUANDO CIRCE NASCEU o nome para o que ela viria a se tornar ainda não existia. Chamaram-na, então, de ninfa, confiando que seria como a mãe, antes de si, e as tias e as centenas primas. Modesto título, cujos poderes são tão singelos que mal podem assegurar-lhes a eternidade. Conversam com peixes e balançam-se em árvores, brincando com as gotas de chuva ou o sal das ondas na palma da mão. “Ninfa”, eles a chamaram, não apenas como em fada, mas em noiva.
Sua mãe Perseis era uma delas, uma náiade, filha do grande titã Oceanos e guardiã das fontes e águas doce. Belíssima, de ofuscar os olhos ao focar em outra coisa senão o brilho de sua pele feérica. Captura a atenção de Hélio, numa de suas visitas aos salões do primogênito dos titãs. Não havia nada igual Perseis.
Oceanos tinha uma aparência abatida, de olhos fundos na cara e uma barba branca beirando o colo. Seu palácio, entretanto, era um exímio refúgio situado nas profundezas das rochas terrestres. A estrutura se levantava em arcos altos, os pisos de pedra reluziam como a derme de bronze no corpo de Hélio. Pelos corredores amplos, era possível ouvir a dança das ondas, liderando a um infinito caminhar em que não se sabia o começo ou fim do leito rochoso. Nas margens, floresciam rosas acinzentadas, em cachoeiras dʼágua onde se banham as ninfas. Rindo, cantando e distribuindo as taças douradas entre si. Ali, se destacava Perseis. Não havia nada igual Perseis.
— E quanto àquela? — Hélio sempre se apaixonava por coisas belas, era seu defeito. Ele acreditava que a ordem natural do mundo era agradá-lo aos olhos.
Oceanos já conhecia o caráter do titã do sol, o brilho dourado em todos os netos que corriam de um canto ao outro pelos salões não o deixava esquecer.
— É minha filha Perseis — responde, num suspiro cansado. — Ela é tua, se desejar.
Hélio a encontrou no outro dia. Perseis sabia que ele viria, era frágil mas astuta, a mente feito uma enguia de dentes pontiagudos. Sabia que a glória não estava nos bastardos mortais e quedas nas margens dos rios. Pois quando estiveram frente a frente negociou, “uma troca?”, ele perguntou, poderia tê-la em seus lençóis apenas através do matrimônio. Teria o encanto de outras flores nos jardins que se espalham pela terra, mas nenhuma delas jamais reinaria em seus salões.
No dia de seu nascimento, Circe foi banhada e envolvida pela tia — uma das centenas.
— Uma menina — anunciou.
Hélio não se importava com as meninas. Suas filhas nasciam doces e brilhantes como o primeiro lagar de azeitonas. E mesmo quando olhou para o bebê emaranhado na colcha, sem reconhecer seu esplendor jovem, manteve sua fé.
Circe não era nada como Perseis.
— Ela terá um casamento digno — o titã acariciou a pele recém-nascida, feito uma bênção.
— O quão digno? — Perseis soou preocupada.
— Um príncipe, talvez.
— Um mortal?
— Com o rosto cheio dessa forma... Não sei se podemos pedir por muito.
A decepção estava clara na face de Perseis.
— Ela vai se casar com um filho de Zeus, com certeza — ela ainda insistiu, gostando de imaginar-se em banquetes no Olimpo, sentada à direita da rainha Hera.
Circe cresceu rápido — ou perdeu a noção do tempo enquanto cuidava dos irmãos. Os pés descalços correndo pelos corredores escuros do palácio do pai, sem um nome pelos primeiros quinze anos de vida. “KIRKE”, a chamaram, a princípio, para repreender quando olhavam nos profundos olhos amarelados e o choro estridente como uma águia que se senta ao canto do trono de Zeus.
O palácio de Hélio era vizinho a Oceanos, enterrado nas rochas da terra. As paredes pareciam não ter fim, extraídas de obsidiana polida. O titã do sol escolheu a dedo, gostava como a pedra refletia sua luz, superfícies lisas pegavam fogo quando ele passava. Mas não pensou na escuridão que deixaria assim que partisse.
Circe viveu na noite. As vistas demoram a se acostumar com o clarão que as rodas da carruagem celestial do pai descia dos céus. Bem-vindo de volta, papai, clamava, porém era recebida em silêncio.
Aos poucos, se acostumou a não falar tanto. Não retribuir, não repreender, não se opor. Não questionava por que não reluzia na água feito as outras náiades, ou tinha os cabelos castanhos e sedosos, por mais que os escovasse com os pentes de marfim. Na época de se casar, também não argumentou contra o matrimônio com um príncipe de uma cidade qualquer. Até hoje, ela não se lembra do nome exato.
Para classificá-lo, poderia usar um termo que fosse do horrendo ao desprezível, com tranquilidade. Sua boca tinha gosto salgado, e o som de sua voz martelava profundo na cabeça da jovem toda vez que abria a boca para dizer algo. Circe não se agradou da cama, da casa, das restrições, dos apelidos enfadonhos que recebia nas noites em que o álcool o tomava o juízo. Então, ela o matou.
Rebelde, insensata, má, foram algumas das palavras que ouviu de sua mãe ao ser devolvida nos salões do palácio. Era incompreensível para Perseis como sua filha havia retornado para casa sem uma moeda de ouro ou um herdeiro para recorrer um trono. Os cochichos sobre ervas e misturas de água quente não faziam sentido, de onde a prole de uma náiade saberia dosar veneno no cálice de vinho de alguém?
Hélio não sabia o que fazer, consumido pela decepção que tanto esforçou-se para afugentar, embora tenha visto nos olhos daquele bebê o destino miserável que o aguardava. Não queria ouvir quando os sussurros contavam sobre o terror daquele banquete em que o príncipe fora transformado em um besouro azul e pisoteado pela esposa de olhos amarelos.
Só que escutou quando Zeus murmurou em seu ouvido uma solução.
— Se odiais tanto a presença de um filho sem honra, exilai-o longe de suas preocupações.
O castigo pareceu justo. Sozinha, em exílio, Circe não seria a aberração do palácio do titã do sol. Não sentiria mais o gosto salgado dos beijos, as mãos ásperas que um dia já envolveram seu corpo. Seria somente ela e aquilo a que deu o nome de magia. E todo homem que aportasse em cais teria o mesmo fim que o primeiro.
Mas o corpo que amanheceu em sua praia não pertencia a nenhum homem.
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OS SEUS OLHOS SE ABREM DEVAGAR, a visão turva impede que reconheça perfeitamente o ambiente em que está, mas as curvas sem foco à sua frente não negam que se encontra sobre o teto de alguém, em um cômodo bem iluminado e decorado. Pisca as pálpebras, apetecendo, agora, com a pontada que sente se desprender quase que de dentro do cérebro.
Zonza, sente a cabeça pesada. Recosta na parede atrás de si. Os músculos, inicialmente, dormentes te dão a impressão de que está nas nuvens, flutuando. Até que a realidade bate e mais dores se somam ao desconforto. As pernas latejam, mas a pele está emaranhada em um tecido suave e escorregadio. Os braços doem, formigando, e só se dá conta do porquê de tamanho incômodo quando olha para os lados e percebe os punhos erguidos no ar por um pedaço de pano amarrado ao dossel de madeira da cama.
A primeira reação, claro, é se soltar. Luta contra a própria dor para puxar os punhos em direção ao corpo deitado para afrouxar as amarras, força ao máximo que o estado debilitado permite, ouvindo o estalo da madeira. Porém, é em vão.
Franze o cenho. Não deveria ser tão difícil para você conseguir se libertar assim, até que o ressoar de risadinhas doces ecoam pelo cômodo e levam os seus olhos para a beirada da cama, aos seus pés.
Vê a forma que as cabecinhas formam montanhas com seus cabelos esverdeados. Os olhinhos curiosos se erguendo do “esconderijo” para espiar a movimentação que se dá sobre a cama. Murmuram entre si, sorrindo. Ninfas, você soube na hora. Mas elas servem a alguém, quem era sua senhora?
— Saiam, saiam! — a resposta surge com o chegar de outra mulher ao recinto. Ela balança as mãos, causando um alvoroço entre todas as criaturas que estavam escondidas debaixo dos móveis para descobrir mais sobre o estranho que aportou naquela manhã.
As ninfas choramingam, passando por cima das mesas, jogando as peças de cerâmica no chão, mas não desrespeitam a ordem. Deixam todas o quarto, fechando a porta ao saírem.
— Perdoa pela confusão — a mulher diz, com um sorriso —, elas estão morrendo de curiosidade.
Você a assiste se aproximar mais. Acompanha como caminha em paz ao móvel à sua direita para despejar um pouco do líquido da jarra para o cálice. Se vira com o objeto em mãos, te oferecendo.
— Onde estou? — é o que a pergunta.
— Na minha casa — ela responde. — Bebe.
— Me solte — pede, ignorando completamente a oferta. — Com certeza, não estou no lugar onde deveria estar. — Torna a face para o próprio corpo estirado sobre o tecido e não reconhece a roupa que está vestindo. — O que fizeste com as minhas coisas? Onde estão minhas coisas?
— As ninfas te acomodaram — justifica. — A roupa molhada não te faria bem, e não havia mais nada contigo quando te encontramos na praia. Vamos, bebe.
— Mentira! — roga, virando-se para ela mais uma vez. O cálice está a milímetros dos seus lábios, mas não cede. — Eu trazia uma bolsa comigo, em meu barco, e quero de volta.
A mulher parece se controlar para não perder a paciência, respira fundo. Senta-se no cantinho da cama.
— Escuta — começa —, se estavas em alguma embarcação no caminho para cá, os destroços estão no fundo do oceano. Não havia mais nada além de ti.
Você escuta, mas claramente não digere.
— E se não queria perder sua bolsa — ela continua —, deveria tê-la segurado com mais força.
Argh, você grunhe, não conformada com o que ouve. Os braços doloridos voltam a ser flexionados, conforme tenta escapar mais uma vez.
— Não gaste tanto esforço — ela te aconselha —, não vai se soltar.
— O quê... — murmura, impaciente. Te aflige a forma com que puxa com o máximo de força que possui e mesmo assim o tecido nem fraqueja. — On... Onde estou? Que lugar é esse? Não te pedi para que me trouxesse para cá!
— Por que é tão ingrata? — levemente se irrita. Hum, resmunga, erguendo-se para largar o cálice de volta no móvel onde estava. — Está me fazendo arrepender de ter sido tão boa...
— Boa?! — repete, incrédula. — Me mantém presa à tua cama!
— Porque não confio em ti.
— Pois eu não confio em ti.
Ela pende a cabeça pro lado, te observando com pouco crédito. Se inclina, de surpresa, apoiando as mãos nos cantos do seu corpo debilitado para estar pertinho do seu rosto quando diz “certo, quer sair?”
— Espero muito que seja uma guerreira habilidosa e não uma filha de pescador qualquer, porque aí pode conseguir caminhar para fora deste palácio antes que os lobos te peguem. — O tom na voz dela é de pura gozação, como se menosprezasse até o ar que você inala nas quatro paredes do domínio dela. — E que os deuses te protejam para que não seja devorada pelos leões no caminho à praia e possa morrer de exaustão nadando sem rumo pelo oceano.
A ameaça em si não te assusta, o que desperta o seu alarde é a descrição singular. Na mente, as pecinhas desse quebra-cabeça vão se unindo para formular uma resposta para as suas perguntas.
Se lembra da fúria que enfrentou naquela tempestade a mar aberto, sem saber se sobreviveria e onde os destroços do naufrágio iriam parar. No entanto, as suas preces parecem ter sido ouvidas, pois Nêmesis te trouxe para a casa de uma das mulheres mais fascinantes da qual já ouviu falar.
Se lembra do eco da canção nas noites de festa, a lira ao fundo acompanhando a voz que recitava os versos sobre a lenda de uma jovem rebelde, insensata e má. Em exílio em uma ilha, à espreita de nobres cavalheiros que aportassem em seu cais. Embebedando cada um em seus banquetes de recepção e transformando-os em criaturas variadas para cultivar seu zoológico pessoal.
É, você a conhece muito bem. Deveria ter se tocado assim que colocou os olhos no olhar profundo e amarelado como uma águia.
— Esta é Eéia — anuncia o nome da ilha. — Tu és Circe — um sorriso ameaça crescer nos lábios da mulher —, a primeira bruxa.
Circe endireita a postura, não sabendo bem como receber esse título.
— Então é assim que me conhecem... Interessante — murmura, de queixo erguido.
— Cantam canções sobre ti, seus feitos.
— Hm, é mesmo?
— Circe dos olhos de águia. Algumas aldeias te veneram.
— Me bajular não vai fazer com que eu te solte.
Você meneia o rosto para o lado contrário, sem graça depois que suas intenções são desmascaradas. Porém, é obrigada a encará-la novamente mais quando ela te segura pelo queixo, “é minha vez de fazer as perguntas agora.”
— Qual teu nome? Da onde vens?
As suas palavras são engolidas, não emite um som em resposta sequer. E Circe espera, de bom grado, olhando no fundo dos seus olhos em busca de uma pista qualquer, mas não encontra nada.
— Além de ingrata, é muito egoísta — te diz —, como pode saber tanto sobre mim quando não sei nada sobre ti? — Sorri, soltando teu rosto. — Se não vai falar, te aconselho a beber — torna a atenção para o cálice cheio —, até que eu me decida o que fazer contigo, não quero que morra desidratada.
Se inclina, com aquele mesmo tom gozador de antes. “Sabe, é a primeira vez que isso me acontece” , ela conta, “normalmente, eu convido os marinheiros para um banquete e os amaldiçoo, eu odeio marinheiros. Mas tu não és um marinheiro como os outros... Então, pode ser que eu demore um tempo até me decidir.”
E ela não tem pressa. Os dias se somam, pela manhã as ninfas adentram o quarto para te alimentar e saem logo em seguida, silenciosas, porém risonhas. Não vê ou escuta a bruxa, como se ela nem existisse ou fosse a dona daquele palácio. O que compõe a sinfonia para os seus ouvidos é o som dos animais de pequeno porte que invadem pela janela, feito os macaquinhos e os pássaros, e o rugido dos leões. À noite, por vezes, o que julga ser uma união das vozes doces das ninfas te mantém acordada. Os gemidos prolongados, longe de choramingar por dor, mas por prazer.
Não demora a compreender que para Circe, você não tem valor algum. Com o tempo, não tem dúvidas, as servas deixaram de te trazer o cálice de kykeon com uma mistura fortificada com cevada e morrerá de fome. E se não tem valor nenhum à bruxa, talvez seja melhor mostrar para a bruxa que ela tem valor para ti.
— Diga a tua senhora que estou pronta para falar com ela — é o que orienta as ninfas numa manhã.
Circe manda organizar um pequeno festim. Você recebe uma túnica nova e um par de sandálias de couro. É banhada, vestida, o cinto lhe molda a cintura. Quando sai do quarto pela primeira vez, a decoração do lado de fora não se diferencia muito do que via no confinamento. Peças de cerâmica espatifadas pelo chão, cortinas rasgadas pelos animais, as formosas ninfas penduradas nas pilastras, olhando-te com sorrisos bobos nos lábios vermelhinhos.
Atravessa o pátio até o grande salão, sentindo-se pequena entre as feras deitadas sobre o mosaico imenso. Circe está deitada num divã, puxando as uvas do cacho e rindo. Traja uma túnica com detalhes em vermelho e dourado, unida no ombro esquerdo pelo broche de cabeça de leão. As tochas e as velas ajudam a lua a iluminar o ambiente. Ao canto, o som da lira se mistura aos demais instrumentos de sopro e o som da ninfa que cantarola com um coelho no colo.
— Ah, aí está ela! — O sorriso de Circe aumenta ao te ver. Apanha a taça na mesinha de apoio cheia de frutas e o ergue no ar, como se brindasse sozinha, antes de beber um gole.
As servas te acomodam à mesinha redonda em frente ao divã, sentada sobre as almofadas e os lençóis estirados. Um cálice te é oferecido, adoçam o vinho com mel para que a bebida forte desça mais facilmente pela garganta seca. Prova do peixe frito, controlando a própria fome para não parecer ingrata pela sopa que recebia todos os dias.
Os aperitivos parecem se multiplicar nas mesinhas espalhadas pela área coberta, chamativos. Mas você precisa manter a cabeça em foco.
— Espero que perdoe meu silêncio — faz com que a voz sobressaia de leve por cima da música, do canto em coral e do som dos passos dançados no pátio.
Circe espia brevemente na sua direção, com um sorriso pequeno.
— No teu lugar, eu também temeria.
Você leva uma unidade do cacho de uvas à boca, sentando-se aos pés do divã.
— Mas não preciso temer-te agora, preciso?
A bruxa lhe oferece mais um olhar, dessa vez com o sorriso mais largo.
— Pareço com alguém que deve temer?
É a sua vez de sorrir, desviando a atenção para o festejo que as ninfas realizam entre si.
— Não estava em meus planos atracar em tuas terras — admite a ela —, mas estou contente que assim o fiz. Tens me alimentado e por isso sou grata.
— Sou benevolente demais, é um defeito meu.
— E muito inteligente, eu suponho. Especialmente porque vai aceitar a minha oferta.
Ela aperta o cenho, não te leva a sério.
— Oh, tem uma oferta pra mim? — o tom divertido não te intimida.
— Estava certa ao duvidar de uma mulher que naufraga sozinha na tua praia — começa, em sua própria defesa. — Eu não sou filha de um pescador, ou de um comerciante qualquer. Eu naufraguei na tua ilha porque estava fugindo.
Agora, ela se interessa, “e do que estava fugindo?”
— Do meu destino — a sua resposta não é a mais precisa de todas, porém é suficiente. — Uma grande tempestade assombrava o mar naquela noite, eu, de fato, pensei que não fosse sobreviver. Mas eu rezei para que aquele não fosse meu último suspiro, e as minhas preces me trouxeram para cá, para que eu possa concluir a minha missão.
— E que tipo de missão é essa?
Você desce o olhar para o cálice em mãos. À medida que o vinha desaparece, a pintura de um guerreiro empunhando a espada surge no fundo da taça. Vingança.
— Irei subir até o topo da morada dos deuses e castigar Zeus por toda tormenta que trouxe à minha vida.
Talvez fosse a ousadia de subir o monte sem ao menos dispor de um veículo de locomoção, e possivelmente o nome sagrado dito com tamanho desprezo, Zeus, que faz Circe rir como se tivesse ouvido a piada mais bem contada no palco de uma peça.
— Quer se vingar de Zeus?! — claramente não leva seus planos a sério. — Ah, querida, não tem nem uma adaga de bolso para a viagem. Eu posso envenenar-te com esse cálice que segura e tu não conseguirias se defender. E fala de matar Zeus?! O Deus dos Deuses?
Você finaliza o vinho, para mostrar que nem a ameaça da boca pra fora dela te faz temer.
— Não tenho uma espada comigo agora, é verdade. — A olha. — Mas você me dará uma.
Circe apoia o cotovelo no descanso do divã, para chegar mais perto de ti.
— Sinto que as canções que cantaram-te eram enganosas — rebate, com a voz afiada —, pois não sou nenhum mestre da forja. Eu não crio coisas, querida, eu as transformo.
E você não se deixa intimidar.
— Não, não terá que criar nada — argumenta. — A espada que empunharei até o Olimpo será feita pelo próprio ferreiro dos deuses.
— Hefesto? — ela duvida mais uma vez. — E ele já está ciente dessa loucura?
— Ele estará, assim que chegarmos ao Submundo.
O som da risada divertida da bruxa se destaca entre a orquestra. Circe joga a cabeça para trás, manejando a taça em mãos. Recupera o fôlego sem pressa, cruelmente debruçada na comicidade para te penetrar o mínimo de juízo.
Para você, entretanto, não existe uma frase racional sequer que possa te fazer desistir do plano que elaborou meticulosamente em todos esses dias de confinamento. Enquanto as ninfas te alimentavam, tratavam as feridas superficiais que o naufrágio deixou, e os animais passeavam pela sua cama, a mente entrelaçava um percurso ousado desde de Eéia até a região da Tessália. Todas as cidades em que iria passar, com quem iria conversar e quem iria matar pelo caminho.
O riso que recebe agora é só um prelúdio para o choro incessante que despertará no panteão.
— Quando Hefesto me construir a espada, eu te entregarei o metal — você prossegue, inabalada —, e caberá a ti transformá-lo.
“Te confiarei o meu sangue, pois somente um deus pode matar outro deus”, fala, “para que abençoe a espada, e faças dela uma matadora de deuses.”
O sorriso de Circe diminui aos poucos, és uma semideusa, murmura, se familiarizando melhor com a situação que lida.
— Oh, entendo agora... — o indicador circula pela beirada da taça. — Este é um impasse familiar? Por isso quer vingança... Mas, se tratando de família, temo que devo me retirar, pois já tenho impasses desse tipo por conta própria.
Você não se dá por vencida facilmente.
— Pense em tudo que conquistará — apela. — Depois que eu matar Zeus, e eu o matarei — frisa —, quem estará sob o comando do Olimpo, uma vez que eu não disponho de nenhum interesse de poder?
— A Rainha, certamente.
— Não quando o rei dela cairá pelas minhas mãos. — Você se apruma de joelhos, mais pertinho do corpo estirado no divã. — Pode ter muito mais do que a Ilha. Uma mulher tão poderosa quanto tu não deveria estar exilada e solitária.
— Não estou sozinha.
— Eles cantam canções sobre ti, Circe. Sobre teu poder, tua grandeza. Não imagina quantas garotas por aí queriam poder gozar dos mesmos encantos que prega para se protegerem dos homens do mundo.
Apoia-se com a palma no descanso do estofado para se posicionar atrás dela. A boca ao pé do ouvido, feito uma tentação. “Poderia ser adorada como uma deusa, e responder às preces que te rogam.”
“Não tem que se contentar com os marinheiros que aportam uma vez a cada lua cheia, ou às vezes nem mesmo atracam... Não nasceste para viver nessa ilha, por mais que tenha se acostumado a chamá-la de lar. Está aqui porque te colocaram aqui. Zeus te colocou aqui.”
— Meu pai me colocou aqui — ela retruca, cuspindo cada palavra após terem tocado em sua ferida ainda aberta.
— Porque ele ouviu Zeus — você corrige mais uma vez. — Hélio teria feito diferente se não fosse pela influência daquele que chamaram de Deus dos Deuses.
— Você não conhece meu pai.
— Mas conheço Zeus.
“Eu sei do que ele é capaz”, completa. “Eu vivi a sua fúria, se eu não tenho mais uma casa para qual retornar é por sua culpa. Ele já nos causou mal demais”, aproxima-se do outro ouvido, para sussurrar: é hora de fazê-lo pagar.
Circe mantém a postura. Os olhos de águia, antes tão caçadores, agora fogem do seu olhar. Beberica do vinho em mãos, murmurando um “vou pensar com misericórdia”, tentando trazer de volta o mesmo tom gozador que já usou previamente contigo.
— Levem-na para celebrar! — orienta as servas, com aceno das mãos.
— Eu não celebro — você contradiz, em vão, pois as mãozinhas finas das ninfas te tocam os ombros e guiam para fora da área coberta.
É levada até o pátio, no centro do mosaico. Aos seus pés, o desenho que se forma com pedrinhas coloridas ilustra a cena de uma batalha sanguinária, a lâmina reluzente é erguida à mão de uma mulher. Dizem, nos cânticos, que o mosaico encantado no palácio da primeira bruxa revela aos olhos desatentos dos homens que ela embriaga o futuro que os aguarda.
Guerra, sangue, destruição. As faces assustadas e o mar de cabeças rolando não te aflige.
À sua volta os corpos belos e mal vestidos da ninfas rondam-te como presas. Cabelos extensos, passando da cintura e quase no joelho. O brilho da pele feérica cintila sob o banho da lua, somam-se ao ecoar dos instrumentos de sopro, ao tambor, e as vozes tão melosas quanto o mel que adoçou teu vinho.
Se cobrem com o véu, para valsarem ao seu rodar em sincronia. De repente, está com a visão totalmente monopolizada por elas. Aquilo que dizem sobre as ninfas, sua capacidade de hipnotizar quem quer que almejem, aqui pode provar da procedência. Talvez seja o efeito do álcool que ingeriu, é uma boa explicação senão o misticismo daquelas criaturas da floresta, quando a visão fica turva, perdendo o foco de supetão e voltando ao normal.
Sente o som dos tambores batendo no seu coração, o corpo pesar. Esquenta a pele, como se a temperatura ambiente tivesse ido às alturas em um verão mais árido que o normal. Cambaleia, perde a noção de equilíbrio. As vozes cantam no fundo do seu ouvido, parecem moldar o caminho incorreto que as suas sandálias traçam.
Olha ao redor, em busca de algo que faça sentido, e só enxerga a insanidade. Os sorrisos imorais, o mover depravado de corpo em corpo. Os rostinhos falsamente inocentes abraçados às árvores do jardim. Corpos se eriçando feito bestas, unhas pontiagudas como garras de caça. Olhos brilhando na escuridão que se guarda nos limites do refúgio infame da bruxa.
Mas um olhar se destaca entre o mar de lascividade. Grandes, profundos, amarelados. Estreitos nas pontas como uma águia.
Você pisa em falso, vai de encontro ao chão para ser recebida pelo conforto de almofadas e mantas, e descansa a nuca no pelo de um leão. O par de mãos que sobe pelas suas canelas não se importa com o limite que a sua túnica estabelece. Toque quente, queima junto à sua pele, arrepia até o último fio de cabelo. E aqueles olhos ferventes... Aqueles malditos olhos de cigana oblíqua e dissimulada. Olhos de quem percebe tudo, tudo sem dizer nada.
— Circe — chama o nome dela, segurando em seus ombros, como se evocasse um demônio. — Não me tente, bruxa.
— É isso que achas que estou fazendo? — O sorriso ladino se espalha pela boca como verme. A ponta do nariz roça na sua, respiração soprando contra o seu rosto.
Ardilosa, ela se acomoda sobre o seu colo, permite que o calor entre as pernas te aqueça o ventre por cima da fina camada de tecido que ainda lhes cobre a nudez. Os longos cabelos negros recaem para o canto, conforme se inclina, “nunca conheci nenhuma mulher além das ninfas”, ela conta, “me deixe experimentar você.”
É o feitiço em efeito, só pode ser, pois se doa sem pensar muito nas consequências. A última vez que vê o rosto dela é quando já está se aproximando no meio das suas pernas, com um sorriso libidinoso e os quadris eriçados, de quatro sobre o chão.
Encara a lua cheia no céu noturno. A imensidão vazia às bordas só não te captura a atenção porque o baixo ventre se remexe em prazer. Sente o carinho dos dedos te circulando, escorregando entre as dobrinhas conforme se molha mais e mais. O nariz se esfrega no seu monte de vênus, sensual, inebriando-se no seu cheiro antes de te provar o sabor. Quando a boca vem, você se agarra aos lençóis ao seu redor.
Pode ouvir os sons das ninfas, jura, uma orquestra erótica se fortificando ao pé do seu ouvido como se quisesse te levar à loucura. Desce as mãos pelo próprio corpo, toca os fios escorridos da moça e os toma na palma. Feito a guiasse, mantém o controle da carícia que recebe. Os olhos se fecham, um suspiro longo deixando o seu peito ao se entregar mais e mais. Desde que saiu de casa, empurrando aquele barco simples pela areia até a praia, de todos os possíveis cenários que protagonizaria em seu futuro, nenhum deles envolvia estar aqui onde está, com quem está, fazendo o que faz agora. E não é como se arrependesse, entenda.
Encontra-se à beira, quase derramando, mas não permite-se entregar ao deleite. A ergue pelos cabelos, bruta na maneira de manejá-la de volta aos teus braços. É fácil romper o broche de cabeça de leão na altura dos ombros alheios, maior ainda é a facilidade para desfazer as amarras da túnica que ela usa.
Num movimento único, a coloca sob ti, tão habilidosa com a arte de mover-se que arranca um daqueles sorrisinhos debochados que ela tem. A separa as pernas e se posiciona de modo que possam ficar bem encaixadinhas. A conexão é tão úmida, o seu desejo se misturando ao dela quando se encontram dessa forma. Deixa que a perna dela descanse no seu ombro, movendo os seus quadris contra o corpo feminino.
Circe leva a mão à sua cintura, aperta. Puxa o seu cinto, desfaz a cobertura que a túnica promove somente para poder arrastar as unhas da sua barriga às costelas. E você grunhe, ardendo não só pelo carinho arisco, mas pela ousadia de quem tecnicamente está sob seu controle.
— Má — a sua voz soa mais baixa, num murmuro como se não quisesse que ninguém além dela escutasse. — Pensei que fosse boa, esse era o seu defeito, não era?
Ela se delicia com as palavras, com o tom aveludado. Eu sou quem eu quero ser.
Amar Circe foi uma das melhores coisas que já fez, não só pela experiência nova e erótica, mas também pela conexão que se estabelece ao fazer dela sua primeira companheira. Deita ao canto dela, ao fim, quase se perde com o olhar pelo desenho do corpo nu, de lado com a cabeça sobre os lençóis macios. Os cabelos negros recaem em cascata, são jogados para trás e limpam o rosto corado, os olhos brilhantes.
Ela encolhe de leve a postura, o ombrinho tocando a bochecha.
— Eu vou contigo — diz.
Você apenas sorri, num suspiro que mistura o cansaço e o alívio.
— Mas, se me trair... — ela ameaça.
— Não vou te trair — garante. — Pareço com alguém que deves temer?
Tomam a noite para si, para o ócio. Com o nascer da manhã, porém, devem de partir. Faltam quatro dias para o fim do verão, e se querem uma passagem para o Submundo, estão com o tempo contado.
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ㅤ━╋ POINT OF VIEW : a profecia dos escolhidos.
a white blank page and a swelling rage : you did not think when you sent me to the brink .
⚠ TRIGGER WARNING: crise de ansiedade.
⚲ Casa Grande, Acampamento Meio-Sangue.
Não sabia o porquê de esperar algo diferente daquela vez, mas havia caído em uma armadilha tão antiga quanto o tempo: entre a queda de suas amigas e o impulso quase animal de as resgatar, havia se permitido acreditar que o escolheriam para a missão de resgate, porque a alternativa seria aceitar ficar de braços cruzados. Ainda não o sabia, mas toda e qualquer esperança estava prestes a ser esmagada pela voz do oráculo, falando através de Rachel Elizabeth Dare.
Cruzava a distância entre o lago e o escritório de Dionísio quando foi interrompido pelo som familiar e distante, a humana que adereçava cada um dos campistas presentes frente à Casa Grande tendo o poder de decidir a vida e a morte de todos ali na fração de segundo entre o romper do silêncio e a compreensão do que ela tinha a dizer. Santiago pausou imediatamente, atento a cada uma das palavras ofertadas como profecia, sabendo que o diabo estava nos detalhes quando o assunto era prever o futuro.
Nas sombras do reino, dois descerão, Para salvar os cinco Caídos na escuridão.
Dos cinco caídos, dois nomes lhe importavam mais, duas amigas que não poderiam ser mais opostas: Katrina e seu jeito niilista de encarar a vida, Melis e os sorrisos fáceis que sempre tinha a ofertar. Um terceiro nome lhe ocorreu: Aurora, não por preocupação com a própria, mas por saber o que a perda faria com Kerim. Queria salvar a todos, mesmo os a quem pouco conhecia. Aquele era seu dever, o Acampamento era seu lar, e os semideuses o mais próximo de uma família disfuncional que havia conhecido desde que sua própria o havia decidido abandonar.
Amuleto. Lete. O que de Hermes é sangue.
Seu coração pareceu se contrair no peito: não pela maldição de Afrodite, mas pela preocupação com o que o sangue de Hermes poderia significar. Melis. Sentia, na boca de seu estômago, que seria ela a ter um papel decisivo, e era impossível não ter medo do peso e da responsabilidade que a ela caberia carregar.
O véu entre a vida e a morte será rasgado, e o preço do roubo nunca será pago.
Pensou então nas tantas mortalhas que haviam queimado recentemente, rostos familiares que já não pontuavam as fileiras de guerreiros com quem aprendera e a quem ensinara a lutar. De maneira egoísta, ergueu os olhos para o céu–pensou no pai e no tio, no Deus com D maiúsculo de quem se ressentia, e enviou uma prece pelo ar: pediu que mais ninguém fosse levado, pois já não sabia o quanto mais poderia aguentar.
Em silêncio, Rachel ergueu o indicador em riste e, em meio à pequena multidão que ali se havia reunido para a escutar, a profeta apontou para Maya e então para Remzi. De dentro para fora, sentiu como se estivesse congelando, com o abraço familiar do frio de bater os dentes o vindo cumprimentar. As instruções dadas a seguir nada mais foram do que ruído de fundo, pois Santiago já não as estava ouvindo–havia um zumbido ensurdecedor em seu ouvido, como se tivesse pego desprevenido no raio de explosão de uma bomba. Uma vez baixada a poeira e assentados os escombros, só restava o ataque aos seus tímpanos para lhe assombrar.
O fato de que apenas dois semideuses tinham sido escolhidos foi como um tapa na cara, o rompimento com a tradição deixando claro que havia, sim, espaço para ele na equipe–o destino só não o considerava necessário.
Fechou ambas as mãos em punhos com força suficiente para que as unhas marcassem suas palmas, e mesmo a tentativa de respirar profundamente pouco fez para o acalmar. Do seu lado esquerdo, sentiu a aproximação de uma figura familiar. Antonia parecia estar tentando lhe dizer algo, mas Santiago sequer ergueu o olhar para seu rosto, absorto em tentar conter as próprias emoções antes que essas saíssem do controle. O esforço de conter sua raiva o fazia tremer, e na tentativa de o consolar, Tony pousou a mão em seu ombro, somente para ser afastada por uma rajada de vento que a fez se desequilibrar.
Mas que porra..?, ele a ouviu exclamar. Antes que a melhor amiga tivesse a chance de fazer algo estúpido como tentar o tomar em seus braços, Santi desatou a correr para longe dali, sem rumo traçado, para qualquer outro lugar. As passadas apressadas seguiram o caminho mais familiar, e acabou por encontrar refúgio em seu quarto, onde o diário o encarava aberto sobre a escrivaninha. Ao tentar tomar uma caneta em suas mãos para despejar as emoções na escrita, se surpreendeu ao sentir mais do que ver o objeto estilhaçar sob o seu toque. No caderno aberto diante de si, a página em branco o encarava, mas as palavras lhe falharam.
Todo o treinamento e a política que havia tentado fazer para se colocar como o candidato ideal para o resgate não haviam valido de nada, e teria que colocar a vida de quem amava nas mãos de duas pessoas em quem não sabia se podia confiar. Seu ranking como um dos melhores combatentes de monstros do Acampamento, sua experiência como líder em missões, o potencial defensivo e ofensivo de seus poderes–nada daquilo pareceu importar na escolha. Fora preterido–pelos deuses, pelas parcas, por Rachel, por Dionísio e Quíron. Com a mente anuviada pela ansiedade, não lhe faltavam opções para culpar.
Fraco. Descartado. Impotente. O zumbido em seus ouvidos foi substituído por uma voz familiar, convocada direto do submundo para onde não iria, conjurada pela mente sádica e masoquista para o castigar. Seus pensamentos foram tomados pelas ofensas que há muito havia ouvido de sua avó, e sentiu o ar escapar de seus pulmões–estava hiperventilando, percebeu, sem ideia alguma do que fazer para se acalmar. Cada uma de suas respirações erguia uma nuvem de vapor, como se a temperatura ao seu redor houvesse caído em resposta ao seu desespero.
Sete dias. Em sete dias saberia se as amigas voltariam sãs e salvas, ou se teria sete novas mortalhas para queimar.
↳ para @silencehq. personagens citados: @arktoib, @kretina, @melisezgin, @stcnecoldd, @kerimboz.
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replay | j.jh
(parte 2)
avisos! menção à morte. notas: o epílogo de tsou sairá em breve, mas não hj. para preencher o buraco, eis aqui a continuação desse cenário inspirado em manifest.
Um dia você está na Jamaica, no outro pousa em Nova Iorque após uma série de complicações.
Primeiro aquela turbulência sinistra no meio do voo, por um instante pensou que fosse morrer. Como ficariam seus pais, seus amigos, Jaehyun? Esse foi seu pensamento enquanto o avião tremia com as luzes apagadas e os raios ao lado de fora entravam pela sua janela como flashes de câmeras.
Passado o sufoco aterrorizante, não conseguiu dormir até que o capitão William Daly anunciasse que o pouso havia sido autorizado. Respirou aliviada por um breve instante, mas o outro anúncio a interrompeu. Por qual motivo a polícia escoltaria o desembarque?
Os 191 passageiros acompanham com horror quando — já desembarcados porém todos mantidos na pista, — os federais encurralam o piloto. Você passa os olhos pelos passageiros imaginando se um deles teria cometido alguma infração ou crime, mas era difícil ler os olhares tão assustados quanto o seu.
— Tem gente doente aqui! Qual é o problema? — uma mulher loira, alta, mais perto da aeronave pergunta em voz alta.
Ela está acompanhada de um homem um pouco mais velho de traços muito semelhantes, devia ser seu irmão, e de uma criança, a aparência abatida e fraca denuncia que ela estava falando da doença dele.
— O problema é que o voo Montego 828 decolou na Jamaica dia sete de Abril de 2013. Hoje é dia quatro de Novembro de 2018. — o detetive do NSA declarou em alto e bom som. — Vocês estavam desaparecidos, considerados mortos, por cinco anos e meio.
Em conjunto com mais da metade dos passageiros, você prendeu a respiração. Isso é impossível, só pode ser mentira. É uma pegadinha, com certeza. Há câmeras em algum lugar, não é? Há alguém rindo em casa neste exato momento das caras de terror e pânico que se formaram.
Exceto que não era uma mentira.
Pelas próximas horas, o galpão do outro lado do JFK abrigou os passageiros para que pudessem ser interrogados um por um. A espera era torturante e silenciona como um veneno poderoso. Quando finalmente chegou a sua vez, os nervos falharam e você perdeu a calma.
— Boa noite, senhorita. Eu sou o diretor da NSA, Robert Vance, e estou aqui para me certificar da sua segurança.
— Minha segurança? Estamos sem comer há horas dentro de um galpão sem aquecimento e ninguém nos explica nada! Como caralhos ontem eu embarquei na Jamaica e agora você me diz que eu perdi cinco anos da minha vida? Isso... — as lágrimas de desespero embargam sua voz e encharcam seus olhos. — Isso é impossível.
— Se eu fosse a senhorita, tomaria cuidado com o meu palavreado. — ele empurra uma caixa de lenços na sua direção. — O impossível já foi riscado da lista essa altura. — um suspiro sai da boca do policial visivelmente perdido e cansado. — Então por que nós não nos ajudamos? Me conte a verdade sobre o que aconteceu no avião.
— Eu era parte do voo 827. Cheguei no aeroporto e ouvi o anúncio do overbooking e do voucher, então para não perder tempo com despache errado e essas coisas, fui até o balcão e me voluntariei para ir no voo 828, que seria apenas duas horas depois. — um outro agente adentra a sala e lhe oferece uma xícara de café bem quente, você aceita e aproveita para esquentar as pontas dos dedos. — No voo, tirando a turbulência bizarra que me fez pensar que eu fosse morrer, correu tudo bem. Até a gente precisar ser escoltado pela polícia, é claro.
— Me descreve os momentos da turbulência, por favor. — é uma ordem disfarçada de pedido.
— Estava chovendo muito, os relâmpagos eram assustadores. De repente, as luzes apagaram e o avião chacoalhou demais. A doutora do meu lado perdeu o computador, até. Durou alguns minutos, cinco ou seis. Terrível.
Vance mirou os guardas ao seu lado, pareciam ter escutado a mesma história quase cem vezes. Bem, esta é a verdade.
— Muito bem, senhorita. Amanhã nós vamos permitir que alguém venha buscar os passageiros, porém mediante autorização. Preciso de nomes.
— Uhm, Mercedes e Frederic Bennett, meus pais adotivos, senhor.
O semblante do policial torna-se ainda mais firme, é quase assustador.
— Eles estão indisponíveis. — que cabeça a dele, não tinha como você saber. — Há dois anos, senhorita, seus pais foram encontrados sem vida no Queens. Envenenamento.
— O QUÊ? — não faz sentido, mas ao mesmo tempo faz. Isso tudo está longe de ser apenas uma brincadeira, então apenas permite os soluços escaparem. — Quem matou os meus pais?
O silêncio que segue o desvio do olhar responde a sua pergunta. O ar lhe falta e o nó na sua garganta dói um pouco mais ao passo que seu coração parece rasgar-se em pedaços dolorosamente pequenos.
— Você tem outra pessoa que possa vir? Pense em um nome, senhorita. Para o seu próprio bem.
Você regulariza a respiração como pode. No ontem dos passageiros 828, seu pais fizeram uma chamada de vídeo para lhe desejar um bom voo, hoje estão mortos. Não dá para acreditar. Funga enquanto pensa em quem poderia te ajudar, já que não tem muitos amigos, ainda mais cinco anos e meio depois. Quem se lembraria de você?
Johnny, talvez... Ou...
— Jaehyun Jung. — diz entre soluços e lágrimas secando.
— Mais alguém? Precisamos de outra pessoa, caso ele não apareça.
O que acontece se ninguém aparecer? Não é a primeira vez que Robert dá algo a entender.
— Johnny Suh.
— Parentes?
— Amigos.
— Realmente espero que sejam seus amigos, senhorita. Reze.
Um guarda te ajuda a voltar para o lugar onde os outros passageiros estavam, 191 camas estão sendo montadas agora. Passariam a noite ali. Os irmãos e o pequenino de mais cedo choravam ao juntos ao longe, deitados um ao lado do outro porque só resta esperar que o pesadelo inicial acabe.
Na manhã seguinte, o clima gélido da cidade não se assemelha em nada com o dia anterior, especialmente nas primeiras horas do dia. Desde às seis da manhã Jaehyun e Johnny estão de pé em frente ao portão acorrentado que deram como referência para o aguardo do horário combinado. Exatamente às sete e meia, a última distância entre vocês seria inexistente.
Jaehyun não ficou quieto desde o momento em que soube da notícia. Mal conseguiu trabalhar, muito menos pensar em algo que não fosse você, o que teria acontecido, onde passou todo esse tempo, porque não entrou em contato, como as autoridades não encontraram um sinal sequer da sobrevivência de todos os embarcados... o mistério era grande demais para que ele ficasse em paz.
Apenas piorou ao receber, por volta das nove da noite, a ligação dos federais comunicando que ele era um dos autorizados para te buscar. Se lembra dele, afinal. O coração descompassou por uma felicidade quase sombria, não sabe dizer se cabe no momento.
Se ele é um dos autorizados, quem seriam os outros? Jaehyun sabe que seus pais morreram, ele tentou evitar a todo custo. Visitas diárias, mudar-se para mais perto, agir como filho... nada adiantou. Por longos meses ele se culpou, sentia que a devia algo e não pôde cumprir. A pergunta não perdurou muito tempo em seus pensamentos, pois recebeu a segunda ligação mais difícil daquela noite.
Johnny Suh
Até o dia em que souberam do seu desaparecimento, não tinham noção de como a amizade que existia era frágil. Era você o elo que os conectava, sem a sua presença, como um castelo de areia, tudo se desfez e quase não deixou rastros.
Da mesma forma que ele, Johnny também cuidou dos seus amados e das suas coisas como foi capaz. Após a partida trágica das pessoas que você mais amava, tudo ficou demais. Portanto, mudou-se de volta para Chicago sem olhar para trás.
— Eu nunca imaginei ter que fazer essa ligação. — Johnny começou a falar do outro lado da linha. Ouvir a voz do rapaz comoveu Jaehyun, fez a situação inteira finalmente tornar-se sólida, real. — Acabei de chegar em NYC, você vai amanhã?
— Como... como você sabe que...
— Ela te amava, Jaehyun. E algo me diz que para ela o tempo não passou, então ela ainda ama você da mesma forma. — o barulho do freio de mão sendo puxado é seguido por um suspiro exausto. — Óbvio que ela escolheria você. Você vai?
— Vou. — mal consegue proferir nada, apesar da concentração em disfarçar a voz embargada.
— Esteja pronto às cinco.
Óbvio que às cinco em ponto ele já estava até fora do prédio, ansioso à espera do outro. A ansiedade corroendo o abdômen não se sabe se era causada pelo reencontro com Johnny ou contigo, tudo ao mesmo tempo, talvez.
Não foi um cumprimento alegre, os dois envolvidos e concentrados demais no maior mistério dos últimos anos. Ao passo que se aproximavam do aeroporto, mais apertados os corações ficavam. Que diabos aconteceu e como foi possível que todos voltassem? Estariam machucados?
Ao chegarem, foram submetidos ao interrogatório de um dos policiais à frente da operação resgate, como eles chamaram. Precisavam comprovar quem eram e que tinham sido convocados para retirar os passageiros do galpão.
— Estão falando deles como se fossem coisas. — Jaehyun declara com indignação na voz.
— Se falam deles assim para nós, imagina o que não fizeram com eles. Ou vão fazer.
Nas últimas horas, o mundo foi à loucura com o retorno do voo 828. Alguns chamam de aberração, outros de milagre, outros de impossível, uma minoria cogita ser um teste científico... Jaehyun, no entanto, passou a se apegar a ideia de que esta é a segunda chance que pediu aos Céus nos cinco anos que passaram.
Quando o ponteiro do relógio vintage do homem aponta sete e vinte e oito, o escarlate das veias borbulham. Johnny mal tem paciência para repetir que se acalme, pois já o havia feito incontáveis vezes. Esperou anos, horas, porém os minutos finais eram tal qual tortura.
No momento em que o portão abre, quem aguardava dispara para dentro do galpão feito louco. Johnny e Jaehyun, no susto, fazem o mesmo, sem nem saber a razão.
Você olha assustada para o avalanche de pessoas preenchendo o lugar outrora quieto senão pelos prantos disfarçados. O barulho atiça a angústia no coração, dá para ouvir os próprios batimentos cardíacos também.
O que será que vai acontecer comigo se eles não vêm?
As órbitas passeiam por cada canto do recinto, as unhas arrancam as pelinhas que se soltam ao redor dos dedos, a familiar sensação dolorosa na garganta começa a reaparecer. Está perdida.
O impacto que atinge as laterais do seu corpo te tiram do eixo por um milésimo, porém descansa ao reconhecer a tatuagem de girassol bem na altura dos seus olhos. Johnny. Do outro lado, o cheiro inconfundível de brisa campestre denunciou a presença de Jaehyun.
Nunca deveria ter duvidado.
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O pássaro e a fonte - Parte II - (Fábula, Oniriko, 2024)
A parte I está aqui.
Nosso pequeno pássaro, com sua missão cumprida, vivendo sua segunda vida, foi surpreendido: a vida, ou melhor, suas ações, vieram cobrar seu preço.
Voava pacificamente acima do mar, quando ao voltar para a costa, na transição entre o tecido azul com o verde do chão, vinhas de metal que zuniam se assemelhando a música que toca em pesadelos se entrelaçaram em suas asas e violentamente o puxaram para a terra.
Descendo em alta velocidade numa espiral matemáticamente perfeita, sem entender nada, foi supreendido por uma voz que nunca ouviu em sua pequena vida quando se chocou contra o chão, ainda aprisionado pelo gélido, vil e brilhante metal das vinhas que saíam de uma máquina no chão. Elas apertavam suas pequenas asas como se fossem uma criança curiosa ignorante do impacto que sua força causava. Ou talvez fosse apenas pura maldade, a punição aplicada em pequenas doses.
Mas punição pelo quê?
A voz respondeu sua pergunta:
"Pequeno, arrogante, criminoso pássaro: lerei sua pena agora, e todos lhe sentirão pena. Perderá suas penas e ganhará uma pena, vedes como o universo é justo? Pois usaste o voo para realizar os crimes, portanto abusaste do direito que havias ganho ao nascer."
A voz vinha de um cavaleiro, ou pelo menos a armadura de um. Não se sabia se havia carne ou outra coisa dentro de todo aquele metal, e sua voz era fantasmagórica.
"O universo inteiro é júri agora, como todos podem ver."
Somente as vinhas, o pássaro e a armadura estavam presentes, mas cada átomo observava.
"Sabeis quem sois, pequeno pássaro?"
O pássaro pensou um pouco e então lembrou. Ele havia visto uma armadura semelhante no castelo onde encontrou o lírio arco-íris.
"Sabeis a quem eu sirvo, pequena ave?"
Na mente do pássaro, a consagração do cavaleiro ainda em vida, antes da queda do reino, suas juras de proteger o reino a todo custo. Mesmo depois da morte, a vontade animou a armadura que agora lhe acusa.
"Mesmo com o reino destruído, ainda havia esperança, mas ela foi roubada. E para quê? Para acionar uma memória que você nem lembra mais."
O pássaro não entende do que está sendo acusado, mas a palavra memória dá um relampejo em sua pequena mente. O brilho dura apenas uma fração de segundo, mas ele não consegue ver o que o raio iluminara.
"PORTANTO..." a armadura levanta a voz - "como protetor do reino, irei aplicar a sentença."
O pássaro tenta em vão se livrar de seus grilhões. Várias penas caídas ao chão, sensação de pelo menos um osso quebrado ou rachado.
A dor trouxe a memória. A dias ele estava procurando algo. O sofrimento o fez lembrar da fonte. Era a fonte que ele buscava. Mas ele não a encontrara mais.
"A sentença foi aplicada. Não mais perturbará os céus, ladra criatura!"
Nisso, as vinhas metálicas se moldaram aos seus braços. O pássaro não podia mais voar. Como âncoras prendendo seu corpo ao chão, o pássaro cai desajeitadamente no chão depois da queda inicial que ainda causava dor e desconforto.
Quando finalmente consegue recobrar suas forças e ensaia se levantar, a armadura já não está mais ali. Só o peso de seus novos grilhões e a memória de sua querida fonte.
Suas pequenas pernas não foram feitas pra caminhar grandes distâncias. Suas asas imponentes (em relação ao resto de seu pequeno corpo), eram as principais responsáveis por seus movimentos.
Agora que não podia mais usá-las, pensou como eram graciosas antes. Lembrou dos movimentos ágeis, da travessia rápida, dos pousos certeiros nos locais mais improváveis, das vistas fenomenais que seus pequenos olhos viram, quando era preciso parar para observar a beleza.
Mas agora tudo isso havia sido negado, e o pássaro perguntou se a morte que buscava ao encontrar a fonte não era melhor que tal castigo.
Ele se perguntou se esse era um preço justo pelas experiências que teve. E o que a armadura quis dizer quando disse "Mesmo com o reino destruído, ainda havia esperança..."
Cabisbaixo, o pássaro olhava para o chão, tão próximo agora. Normalmente ele não prestava atenção para a maior parte do chão. Apenas quando buscava por ameaças ou algum eventual lanchinho. Preso a essa perspectiva microscópica, o pássaro verteu uma lágrima.
E a lágrima não era uma simples lágrima. Era uma versão miniatura do que ele agora sabia o que deveria procurar.
A fonte!
Mas como? A fonte não estava mais no mesmo lugar. E agora ele não poderia perscrutar os céus e buscar pistas. Estava preso a essa existência medíocre como a maioria dos bípedes, dando pequenos passinhos num espaço ínfimo de território.
Ele pensou "Eu sou ou não sou um pássaro? O que faz um pássaro além de voar?" Preso ao chão, ele não poderia se desvencilhar de outros predadores que antes ele podia desprezar simplesmente com o bater de suas pequeninas mas belas asas.
"Eu era um satélite, agora não passo de uma rocha." - o pássaro se perdia em pensamentos depressivos, quando alguém respondeu.
"Qual... Qual o problema em ser uma rocha, pequeno ex-pássaro?" disse uma voz que apesar de transparecer lentidão, tinha uma presença pesada e importante.
Custando para olhar ao redor e ver quem pronunciara tal pergunta, uma pedra no chão parecia indignada.
O pássaro se virou, arrastando suas asas de ferro, para fitar melhor a pedra, e disse:
"Uma pedra nunca entenderia o que é ser um pássaro. Você esteve todo o tempo aqui nesse chão. No máximo rolou quando alguém lhe chutou, ou foi levado por um carrinho de mão daqui até ali. Aposto que nem faz ideia de como o mundo é grande!"
"Meu caro pássaro." a voz disse com a paciência de uma galáxia inteira. "Acreditas mesmo que sou apenas uma rocha, uma pedra?"
O pássaro ficou em dúvida. Do que ele estaria falando? Uma pedra é uma pedra, e pedras no máximo rolam ou são arremessadas. Um garoto uma vez arremessou uma pedra e por pouco o pássaro não foi abatido.
"Sou paciente, e serei ainda mais por causa da sua situação. Eu ouvi o julgamento e acredito que foram injustos com você."
O pássaro resolveu se sentar, se apoiando na asa esquerda, que não parecia quebrada.
"Já que vejo ter aceitado minha mensagem, me sinto convidado a explicar a você, pequeno pássaro das asas de ferro."
Depois do julgamento cruel e apressado, era reconfortante ter alguém paciente, que lhe explicaria algo. Sair desse estado agora também não seria algo fácil.
"Tudo bem, pedra, ou melhor, como devo chamá-lo?"
"Meu nome não importa agora, mas você saberá no final da minha história."
A ave assentiu e aguardou o que a pedra iria lhe contar.
"Você disse que alguém como eu nunca entenderia o que é ser um pássaro. Mas eu posso dizer o mesmo. Assim como você não é mais o que era, eu também não sou mais o que eu fui."
O pássaro se tornava cada vez mais curioso com o que a pedra lhe revelava.
"Você disse que eu não teria a.. concepção do tamanho do mundo, é isso?"
"O que mais você poderia enxergar além da grama?" disse o pássaro, sem maldade em sua voz, com genuína curiosidade.
"Pois bem..."
O pássaro não aguentava mais o mistério. Percebendo isso a pedra o provocou.
"Algumas coisas não podem ser solucionadas com pressa. Por acaso tem algum lugar para ir? "
Ter ele até tinha, mas como iria arrastando essas duas âncoras em seus pequenos braços, com um que parecia quebrado? Pelo menos as asas serviam como tala...
"Pelo visto não, não é? Pois vou finalmente contar o mistério."
A ave sossegou e aguardou.
"Olhe para o alto. Está vendo aquele disco lá no alto?"
"O pássaro olhou a lua e se perguntou o que a pedra queria dizer."
"Certa vez" - continou a pedra - "...um cometa passeava pelo espaço. Mas ele se distraiu, e acabou se chocando com a lua. Foi aí que eu nasci. Tive muitos irmãos. Vi eles caindo, fumegando, cada um indo pra uma direção. Nunca vi nenhum deles na minha vida."
O pássaro ficou surpreso. Ele nunca saiu da atmosfera, estava falando agora com alguém que era de fora do planeta, da Lua! Então ele baixou a cabeça ainda mais, como que envergonhado, pelas coisas que disse.
A pedra pareceu perceber o desconforto do pássaro e pediu para que ficasse relaxado, ele não tinha mágoa, a maior parte das criaturas também desprezava sem conhecer, é assim que o mundo funciona. As pessoas presumem, de acordo com a aparência, o que são as coisas e as pessoas.
Com isso o pássaro, sentindo-se perdoado por sua transgressão, continou a ouvir atentamente.
"Eu observei esse pequeno e azul planeta girar muitas vezes. Uma infinidade de locais e pessoas. Mesmo de longe, eu observava, tenho a visão muito boa! Inclusive esse vale aqui eu já conhecia. Não sei porque esse lugarzinho me chamou a atenção, mesmo quando eu flutuava lá no espaço."
Com isso, o pássaro percebeu que as histórias dele e da pedra não eram tão diferentes. Ambos viviam nas alturas, obviamente levando em consideração as respectivas dimensões de cada um, ambos agora estavam presos ao chão.
"Mas você não está preso ao chão como eu estou pequeno pássaro. Por isso quero ajudar você."
"Venha até mim, porque não tenho pernas."
"Isso. Agora quero que faça algo. Acredito que ambos podemos nos ajudar."
O pássaro agora estava de frente com a pedra, curioso com qual seria o pedido que ela teria a fazer para ele.
"Bem, eu... Eu sempre tive curiosidade em saber como é ser uma pedra polida. Agora que você tem esse metal, será que você poderia polir pelo menos a parte de cima da minha cabeça?"
Então se esforçando, ele ergue a asa que não está quebrada acima da pedra, e começa a fazer um movimento de vai e vem, usando a pedra como suporte, com suas perninhas. O som de metal se esfregando com a rocha causa uma fricção que gera faíscas.
"Isso mesmo! Que sensação fantástica!" diz a pedra - "É como se estivesse penteando meu cabelo. Embora eu não tenha cabelo e seja uma pedra..."
O movimento é interrompido pois o pássaro está cansado.
"Tudo bem meu caro amigo, assim está bom. Obrigado." diz a pedra, satisfeita.
"Agora dê uns passos para trás e me diga. O que acha?"
O pássaro com custo se afasta, sua asa caindo no chão, mas sem o impacto que o pássaro imaginou que iria fazer. Ele olha e gosta do resultado. Em algum lugar de algum mundo, deveria ser o penteado de uma certa era, ele imagina. A reação da expressão do pássaro faz com que a pedra fique contente.
"Imagino que gostaria de algo em troca agora não é?" falou a pedra animada - "Pois bem, eu lhe darei informações, que são a ferramenta mais importante que alguém pode ter."
Como sempre, a pedra era ótima em contar histórias, deixando o pássaro cada vez mais curioso.
"A primeira informação. Você estava buscando uma fonte certo? Eu ouvi falar de uma fonte, pois meus ouvidos são muito bons. Outros dois pássaros estavam contando de uma fonte mágica que poderia curar qualquer ferimento."
O pássaro ergueu a cabeça surpreso e agradecido.
"A fonte fica naquela direção, vire de costas, vai ver uma montanha com uma nuvem em seu pico."
Com custo, ele se vira e olha para a montanha. Está realmente longe, e então ele suspira.
"Calma meu amigo ex-alado. Você não precisa ir até a montanha, basta chegar na metade do percurso até ela."
"Obrigado", disse o pássaro, fazendo uma pequena reverência, tomando cuidado para não cair.
"A próxima informação, e acredito que vá gostar, é que agora sua asa de metal deve estar mais leve. Graças ao polimento, um pouco do metal caiu, olhe aqui ao meu redor."
E então o pássaro viu que apesar do peso, parte de suas algemas tinham caído em forma de lascas de metal.
"Além disso, talvez você precise cortar coisas pelo caminho, ou se defender, então o polimento também transformou sua asa numa ferramenta parecida com uma espada."
O pássaro conseguiu agora levantar o braço e o movimentou. O ar zunia com o metal afiado. Ele se sentiu como um cavalheiro ou guerreiro empunhando uma espada. Mas ele precisaria praticar, especialmente pra não atingir ele mesmo. Decidiu fazer isso mais tarde com algumas das plantas pequenas que encontraria pelo caminho.
"Meu caro pássaro, imagino que nosso encontro termina aqui. Apreciei muito a sua companhia, mas sei que tem uma jornada pela frente. Sei que olha pro seu destino agora e o interpreta como um castigo, mas talvez daqui algum tempo essa provação se mostre como algo positivo, como tudo que acontece em nossas vidas."
"Obrigado Senhor pedra. Se possível, que gostaria de lhe chamar de amigo."
"Ora, e porque não amiga?" - disse a pedra de forma provocante, brincando, por causa da formalidade do pássaro - "amigos nunca são formais uns com os outros, a não ser que estejam zombando!
"Ah, claro, muito obrigado por sua companhia, por suas histórias e por sua ajuda."
"Não precisa ser tão formal, meu querido. Já somos amigos."
Com isso, o pássaro virou as costas, apontando para a montanha, e começou a longa caminhada, um passo por vez, carregando os novos e pesados braços.
"Boa sorte! Estarei aqui, caso precisar. Por favor volte depois e me conte a sua história, estarei esperando!"
Fim da parte II
Que perigos e aventuras o pássaro com asas de ferro passará? Fará novos amigos, ou talvez inimigos? Ele encontrará a fonte no caminho para a montanha? Será que ele conseguirá realizar sua missão? E afinal que missão seria essa!?
#delirantesko#espalhepoesias#pequenosescritores#lardepoetas#carteldapoesia#poetaslivres#projetoalmaflorida#projetovelhopoema#semeadoresdealmas#fabula
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#TASK001 - Diários de um semideus.
"Entrevista? Que? Poxa, meu cabelo tá uma droga. Saí!" Lupe ordenou tapando o rosto buscando esconder o cabelo escorrido e sem ondas. "Opa, vai ser sem imagens? Que pena, mas eu topo."
@silencehq @hefestotv
CAMADA 1: BÁSICO E PESSOAL
Nome: Maria Guadalupe De Armas
Idade: 26 anos, até onde eu lembro
Gênero: Feminino (Mulher Cisgênero)
Pronomes: Como assim? Ah, Ela/Dela.
Altura: 1.70
Parente divino e número do chalé: Ares, chalé 05
CAMADA 2: CONHECENDO OS SEMIDEUSES
Idade que chegou ao Acampamento: Cheguei no acampamento aos 13 anos.
Quem te trouxe até aqui? Athos, um semideus filho de Dionisio que me encontrou em um show do Minor Threats. Beijo para o Athos.
Seu parente divino te reclamou de imediato ou você ficou um pouco no chalé de Hermes sem saber a quem pertencia? Um ano inteiro. Só fui reclamada quando quebrei a mandíbula de um filhote de Atena durante uma caça a bandeira.
Após descobrir sobre o Acampamento, ainda voltou para o mundo dos mortais ou ficou apenas entre os semideuses? Se você ficou no Acampamento, sente falta de sua vida anterior? E se a resposta for que saiu algumas vezes, como você agia entre os mortais? Antes do acampamento minha vida já era uma merda então não senti falta de nada. Mas eu fugia de vez em quando para seguir as bandas que eu curtia. Nunca precisei disfarçar nada, era estranho, mas minha tribo era só gente esquisita e drogada, então, nada era estranho para eles.
Se você pudesse possuir um item mágico do mundo mitológico, qual escolheria e por quê? Pô, eu soube que Zeus tem um raio especial, imagina ter um desses?
Existe alguma profecia ou visão do futuro que o assombra ou guia suas escolhas? Não.
CAMADA 3: PODERES, HABILIDADES E ARMAS
Fale um pouco sobre seus poderes: Só de olhar um golpe sendo executado uma vez, eu já aprendo e fica gravado na minha enciclopédia mental.
Quais suas habilidades e como elas te ajudam no dia a dia: Ser forte me ajuda a não depender de ninguém. Eu também tenho uma estamina dos Deuses, me ajuda em muitaaa coisa.
Você lembra qual foi o primeiro momento em que usou seus poderes? Que eu LEMBRO, foi no acampamento mesmo. Comecei a executar todos os golpes que os instrutores faziam só de olhar uma vez. Poxa, foi a primeira vez que fui a aluna exemplo da turma.
Qual a parte negativa de seu poder: O fato de que eu tenha que ver o golpe sendo feito é meio limitante às vezes. MAS eu soube que com a internet dá para ver todo tipo de golpe em vídeo, estou ansiosa para usar.
E qual a parte positiva: Eu posso aprender todo tipo de golpe, de qualquer arte marcial.
Você tem uma arma preferida? Se sim, qual? Eu só tenho minha espada, a rage bait. Mas gosto de sujar as mãos no estilo clássico, se é que me entende. Estilo Ali.
Acredito que tenha uma arma pessoal, como a conseguiu? Meu pai me deu.
Qual arma você não consegue dominar de jeito algum e qual sua maior dificuldade no manuseio desta? Arco e flecha, sabia que você tem que controlar os batimentos do coração? Cara, só de pensar já dá preguiça real. Zero paciência...Por mais que eu achei bem arma de gostosa fria e calculista.
CAMADA 4: MISSÕES
*Quem nunca esteve em missões, podem pular essa camada.
Qual foi a primeira que saiu? Foi em 76, alguma coisa tinha acontecido com a Nike nas olímpiadas de Roma. A gente tinha que garantir que nada ia estragar o espetáculo olímpico de 76 e tal.
Qual a missão mais difícil? A última que eu lembro, precisávamos impedir Sísifo de destruir o Olimpo e para isso tivemos que cair de cabeça no submundo. Acho que a gente conseguiu.
Qual a missão mais fácil? Resgatar um coitado no coração da floresta amazônica na Colômbia. Inclusive eu acho que só fui chamada por que sabia falar espanhol.
Em alguma você sentiu que não conseguiria escapar, mas por sorte o fez? Em uma das primeiras missões por que eu não tinha muito experiência.
Já teve que enfrentar a ira de algum deus? Se sim, teve consequências? Sim, de Marcária. Ela me culpou pela morte de um dos filhos dela. E sempre tem consequência, né? Os pais mais protetores não esquecem. Ela não me matou, mas me obrigou a olhar para trás e eu perdi meu companheiro. Só que depois eu soube que ele estava em um bom lugar.
CAMADA 5: BENÇÃO OU MALDIÇÃO
NOPS
CAMADA 6: DEUSES
Qual divindade você acha mais legal, mais interessante? Acho que meu pai.
Qual você desgosta mais? Pode falar em voz alta? Zeus é foda, mas Hera também...Enfim, casalzão.
Se pudesse ser filhe de outro deus, qual seria? Acho que nenhum outro.
Já teve contato com algum deus? Se sim, qual? Como foi? Se não, quem você desejaria conhecer? Dionísio, Ares e Hermes. Queria conhecer Afrodite, só olhar para ela pelo menos uma vez na vida.
Faz oferendas para algum deus? Tirando seu parente divino. Se sim, para qual? E por qual motivo? Nike, é sempre bom estar em bons termos com ela.
CAMADA 7: MONSTROS
Qual monstro você acha mais difícil matar e por qual motivo? Caríbdis.
Qual o pior monstro que teve que enfrentar em sua vida? Cão infernal.
Dos monstros que você ainda não enfrentou, qual você acha que seria o mais difícil e que teria mais receio de lidar? Pelo que eu ouvi falar, Eidolon. Eles eram meio que lenda urbana do acampamento.
CAMADA 8: ESCOLHAS
Caçar monstros em trio (X ) OU Caçar monstros sozinho ( )
Capture a bandeira (X ) OU Corrida com Pégasos ( )
Ser respeitado pelos deuses ( X ) OU Viver em paz, mas no anonimato ( )
Hidra ( ) OU Dracaenae ( X )
CAMADA 9: LIDERANÇA E SACRIFÍCIOS
Estaria disposto a liderar uma missão suicida com duas outras pessoas, sabendo que nenhum dos três retornaria com vida mas que essa missão salvaria todos os outros semideuses do acampamento? Temos escolha agora? Mas acho que sim, meu lugarzinho nos campos elísios já deve estar preparado por agora.
Que sacrifícios faria pelo bem maior? Nada que eu já não tenha feito. Estamos aqui para isso, né?
Como gostaria de ser lembrado? Bem, eu queria ter sido lembrada.
CAMADA 10: ACAMPAMENTO
Local favorito do acampamento: Caverna e a Arena.
Local menos favorito: Enfermaria.
Lugar perfeito para encontros dentro do acampamento: Se for algo mais romântico, recomendo a caverna depois das 18:00 quando for lua nova. Se for só para namorar, na minha época tinha um espacinho maroto por trás da estufa, uma escadinha que não dava para lugar nenhum e que era meio coberta por uma planta que escapulia da estufa. E se quiser aventura tem as canoas.
Atividade favorita para se fazer: Treinar e comer.
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⚡I take my whiskey neat, my coffee black and my bed at three
ou as 10 camadas dessa cebola albina temperamental
⚡CAMADA 1: BÁSICO E PESSOAL
Nome: Raynar Benedik Hornsby.
Idade: 29 anos. Data de aniversário é 25 de abril, o que me faz um taurino? Não sei o que isso quer dizer, não me perguntem.
Gênero: Homem cis gênero.
Pronomes: Ele / dele.
Altura: Dois metros e treze centímetros. 2,13 m.
Parente divino e número do chalé: Do adúltero mais conhecido pelos quatro cantos, Zeus. O chalé 1, quando deveria ser o último.
⚡CAMADA 2: CONHECENDO OS SEMIDEUSES
Idade que chegou ao Acampamento: 13 anos, mas deveria ter sido bem antes. Onde eu vivia, em Aspen, o clima ajudava muito a me deixar escondido. E eu acho que alguns semideuses tiravam férias por lá, porque monstros visitavam e desapareciam.
Quem te trouxe até aqui? Sátiros de helicóptero. Minha presença foi, enfim, notada e monstros mobilizaram-se para me eliminar. Como eu vinha acumulando poder desde os 8, 9 anos; meu cheiro ficou meio impossível de não ser notado. Minha mãe entrou em contato com o acampamento e eles vieram me buscar. Não foi fácil e eu não entendi muito bem, porque meu toque fazia a neve chiar e o metal aquecer. E tudo ficou meio confuso depois da picada do tranquilizador.
Seu parente divino te reclamou de imediato ou você ficou um pouco no chalé de Hermes sem saber a quem pertencia? Eu fiquei mais de um ano preso no chalé de Hermes. Meus poderes se manifestaram no primeiro dia de acampamento, quando os efeitos do tranquilizante desapareceram. Meu temperamento não ajudava muito no controle também. Vamos dizer que era óbvio eu ser filho de Zeus, mas ele não quis olhar para mim até mandar uma oferenda bem ofensiva.
Após descobrir sobre o Acampamento, ainda voltou para o mundo dos mortais ou ficou apenas entre os semideuses? Se você ficou no Acampamento, sente falta de sua vida anterior? E se a resposta for que saiu algumas vezes, como você agia entre os mortais? Descobri não muito tempo depois que o hotel foi dizimado. Os monstros cuidaram das pessoas vivas e meu poder, a primeira manifestação, criou um curto-circuito que o fez incendiar. Eu... Eu me culpo ainda pela morte delas, mas Quíron me ajudou a lidar com isso. Nenhum monstro sobreviveu ao incêndio e isso me traz um pouco de paz. Mesmo se tivesse uma vida mortal, não voltaria. É um perigo grande demais, para mim e para os demais. Sou um campista exclusivo, só saindo em missões e tarefas menores.
Se você pudesse possuir um item mágico do mundo mitológico, qual escolheria e por quê? A Armadura de Aquiles, feita por Hefesto. Impenetrável, certo? O calcanhar cuido eu.
Existe alguma profecia ou visão do futuro que o assombra ou guia suas escolhas? Minha existência já não é uma profecia e uma visão do futuro? Não deveria existir, minha vida está fadada ao fim e cada dia é um assombro de possibilidades contra meu favor. Coisa suave.
⚡CAMADA 3: PODERES, HABILIDADES E ARMAS
Fale um pouco sobre seus poderes: Bom, eletrocinese é bem simples. Sou capaz de controlar, gerar e absorver a energia elétrica.
Quais suas habilidades e como elas te ajudam no dia a dia: Quando Zeus, enfim, me reclamou como filho; parei de usar. Usar no sentido de depender. Meu treinamento em combate corpo a corpo e com armas superam, e muito, minhas prioridades. Eletrocinese é último caso e sempre para avisar aos outros para não chegar perto.
Você lembra qual foi o primeiro momento em que usou seus poderes? Inconscientemente, no meu resgate pelos sátiros. Minha mãe e eu fugimos pelos fundos do hotel, onde ficava a casa de máquinas. Meus raios sobrecarregaram o sistema e provocaram um incêndio. Conscientemente, depois que surtei na Casa Grande. Quíron tentou explicar, mas eu não estava pronto. Foi alguns dias depois, quando a fofoca da minha 'existência' espalhou pelo acampamento. Eram tantas perguntas e provocações que eu... Não aguentei. Eu pedi para que se afastassem! Não me responsabilizei por quem levou choque.
Qual a parte negativa de seu poder: Ele é muito atrelado aos meus sentimentos e emoções, de um jeito que é irônico. Dar eletricidade para a prole de um deus naturalmente cabeça quente e irritadiço? As lâmpadas me ajudam a focar, porque a resistência delas é alta, mas... É difícil. O meu poder é grande demais.
E qual a parte positiva: Sou excelente para cobrir rastros eletrônicos e tecnológicos. Sou um complemento da névoa, queimando ou perturbando o sistema de vigilância. E eu sinto onde estão as câmeras. Escutas? Espionagem? Aqui não.
Você tem uma arma preferida? Se sim, qual? Kataros, minha lança de duas pontas. Visualmente, parece duas espadas ligadas pela empunhadura. As lâminas mais grossas, a empunhadura mais comprida. Ela se divide, uma de bronze celestial e uma de ouro imperial.
Acredito que tenha uma arma pessoal, como a conseguiu? Numa missão de resgate. Nessa época era o que mais fazia, impedir outros semideuses de ter uma recepção tão dura quanto a minha. Não foi particularmente difícil, mas desafiador o suficiente para precisar de um plano mais complexo. O lugar onde estava escondido os dois semideuses era uma espécie de caverna do tesouro. Eu não ia pegar nada, porque sabemos bem a probabilidade de estar amaldiçoado ou enfeitiçado, mas Hermes liberou o espólio. Um para cada um de nós três, o grupo de resgate. Ah, os filhos eram dele. Os Ferreiros ajustaram do jeito que eu queria e ela está aí. Katharos, em grego, significa limpa, pura. Uma arma limpa no fogo, sem pecados ou defeitos. Imaculada.
Qual arma você não consegue dominar de jeito algum e qual sua maior dificuldade no manuseio desta? Arco e flecha. Não combina comigo, não faz sentido na minha cabeça. Ela exige delicadeza e sobriedade, estado de espírito controlado e coisa e tal. Eu sou burro, cortante, esquentado. Só... Não. Já quebrei arcos demais para aceitar que minha pontaria é exclusiva de arremessos.
⚡CAMADA 4: MISSÕES
Qual foi a primeira que saiu? A clássica de recuperação de artefato mágico. A instabilidade do meu poder me fez escolher uma missão com menos pessoas envolvidas. Precisei recuperar a lira encantada de uma ninfa, porque ela participava da orquestra que tocaria no casamento de algum abençoado por Apolo.
Qual a missão mais difícil? A anterior ao pior momento da minha vida. Foi um resgate de um semideus tão complicado, tão cheio de obstáculos, que eu quase entreguei a crianças às parcas. Ele tropeçou, bateu a cabeça e perdeu os sentidos; cães infernais brotavam de todos os cantos e tudo parecia querer a morte desse menino. Queimei a maior oferenda para meu pai nesse dia, sem nem saber quem era, xingando com todas as letras. Zeus me reclamou no dia seguinte, assim que acordei, e desde então tenho a suspeita de que ele fez de propósito. Uma missão para me testar ou qualquer coisa sádica nessa linha.
Qual a missão mais fácil? Foi a primeira. O tempo e todas as outras missões deixaram essa bem fichinha em comparação. De sensação, foi a escolta de um carregamento para o Júpiter.
Em alguma você sentiu que não conseguiria escapar, mas por sorte o fez? Não.
Já teve que enfrentar a ira de algum deus? Se sim, teve consequências? Não, e não por falta de tentar.
⚡CAMADA 5: BENÇÃO OU MALDIÇÃO
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⚡CAMADA 6: DEUSES
Qual divindade você acha mais legal, mais interessante? Nenhuma.
Qual você desgosta mais? Zeus.
Se pudesse ser filho de outro deus, qual seria? Têmis, deusa das leis. Da justiça.
Já teve contato com algum deus? Se sim, qual? Como foi? Se não, quem você desejaria conhecer? Asclépio. Fala demais, de um jeito rebuscado e lírico demais, e dá nos nervos. Dionísio, sem comentários. Hermes, ligeiro nas palavras, mas compartilha o pensamento de que tempo é dinheiro. Têm outros, não muito marcantes para discorrer sobre.
Faz oferendas para algum deus? Tirando seu parente divino. Se sim, para qual? E por qual motivo? Minha única oferenda foi para meu pai, depois de mais de um ano sem saber quem era. Não dei nomes, só queimei e esbravejei para quem me deu vida. Depois disso, no máximo, ajudo a carregar oferendas para outros semideuses.
⚡CAMADA 7: MONSTROS
Qual monstro você acha mais difícil matar e por qual motivo? Carcinos. Não adianta saber onde acertar se o caranguejo gigante é mais esperto que uma cria de Atena. A carapaça dura ricocheteia toda e qualquer investida e, quando tenta pegar por baixo, ele solta o corpo sobre você querendo amassar. Eu e esse caranguejo dançamos, mas consegui enganá-lo ao dividir minha lança e deixar uma metade no ponto exato da descida.
Qual o pior monstro que teve que enfrentar em sua vida? Lâmia. Tudo relacionado a Zeus é terrível. Ela tem um faro para filhos deles que descobri rapidinho a extensão. Ela não liga para nada além de destruir e sua resistência? A considero pior porque seus objetivos são bem mais tenebrosos que monstros comuns.
Dos monstros que você ainda não enfrentou, qual você acha que seria o mais difícil e que teria mais receio de lidar? Caríbdis. O tamanho? Os dentes? Manda a irmã para mim, mas não me coloca num barco passando pelo território dela.
⚡CAMADA 8: ESCOLHAS
Caçar monstros em trio ( X ) OU Caçar monstros sozinho ( )
Capture a bandeira ( ) OU Corrida com Pégasos ( X )
Ser respeitado pelos deuses ( ) OU Viver em paz, mas no anonimato ( X )
Hidra ( X ) OU Dracaenae ( X )
⚡CAMADA 9: LIDERANÇA E SACRIFÍCIOS
Estaria disposto a liderar uma missão suicida com duas outras pessoas, sabendo que nenhum dos três retornaria com vida mas que essa missão salvaria todos os outros semideuses do acampamento? Sim.
Que sacrifícios faria pelo bem maior? Qualquer um.
Como gostaria de ser lembrado? Aguentou muito e não foi nada simpático. Incrível.
⚡CAMADA 10: ACAMPAMENTO
Local favorito do acampamento: Arena de treinamento. Ela ganha da parede de escalada só pela versatilidade e variedade.
Local menos favorito: Enfermaria. Tenho recuperação mais rápida que a maioria então, se parei na enfermaria... A situação não está boa e eu não posso voltar às minhas atividades normalmente.
Lugar perfeito para encontros dentro do acampamento: Riacho de Zéfiro. Longe da movimentação do acampamento, ninguém vai para lá conscientemente. É escorregadio e frio, meio distante. Perfeito.
Atividade favorita para se fazer: Simulação de Ataques. Era minha atividade preferida antes de virar instrutor de resgaste (e continua sendo depois de assumir o cargo). A verdade é que eu gosto de sair em missão, a simulação é uma forma de não perder o costume.
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𝐘𝐀𝐒𝐄𝐌𝐈𝐍 𝐒𝐎𝐋𝐀𝐊 é filha de 𝐃𝐄𝐈𝐌𝐎𝐒 e 𝐂𝐎𝐍𝐒𝐄𝐋𝐇𝐄𝐈𝐑𝐀 do 𝐂𝐇𝐀𝐋𝐄́ 𝟑𝟐 e tem 𝟐𝟓 𝐀𝐍𝐎𝐒. A TV Hefesto informa no guia de programação que ela está no 𝐍𝐈́𝐕𝐄𝐋 𝐈𝐈𝐈 por estar no acampamento há 𝐐𝐔𝐀𝐓𝐎𝐑𝐙𝐄 𝐀𝐍𝐎𝐒, sabia? E se lá estiver certo, 𝐘𝐀𝐒 é bastante 𝐀𝐒𝐒𝐄𝐑𝐓𝐈𝐕𝐀, mas também dizem que ela é 𝐏𝐄𝐑𝐒𝐔𝐀𝐒𝐈𝐕𝐀. Mas você sabe como Hefesto é, sempre inventando fake news pra atrair audiência.
͏ ͏ ͏ ͏⠀ ͏ ͏ ͏ ͏⠀ ͏ ͏ ◜ ⠀connections, task, timeline, pinterest, playlist & tags ⠀◞
&. ━━ 𝐒𝐔𝐌𝐌𝐀𝐑𝐘: Yasemin cresceu em um ambiente cheio de histórias de horror já que sua mãe era uma escritora e desenhista de artes macabras. Após um ataque de monstro que resultou na morte de sua mãe, ela foi enviada para um orfanato católico e, devido aos medos que causava nas outras crianças, passou um tempo lá sendo torturada e associada ao diabo! Depois de um sátiro fazer a descoberta dela, foi levada pro acampamento, mas ficou um tempo sem se comunicar devido ao trauma. Ela só veio voltar a interagir quando foi reclamada como filha de Deimos após um incidente de causar ilusões numa outra garota durante o caça bandeiras. Como várias de suas perguntas foram respondidas com a aparição de seu pai, ela decidiu interagir mais e fazer parte de verdade do acampamento, principalmente pra aprimorar seu poder. Desde então ela treinou horrores, se tornou instrutora de ilusões já que seu poder envolve manipulação do terror! Ela pode criar ilusões realistas que invocavam os piores medos das pessoas, mergulhando-os em um estado de pânico. Sua arma é um grande machado de batalha de duas mãos de lâminas duplas feitas de bronze celestial que basicamente pega fogo e foi um presente de seu pai. Dois anos atrás ela ganhou a benção de Poseidon e tem cura aquática após meter o louco numa missão para salvar algumas criaturas marinhas. Ela estava indo pra Nova Roma fazer faculdade de cinema quando rolou o chamado do Dionísio e desde então está por ai tentando entender o que tá rolando. Atualmente é conselheira do seu chalé, faz parte da equipe de patrulha, é líder da equipe azul de corrida com obstáculos e membro da equipe vermelha do clube da luta e da parede de escalada.
Você pode acompanhar o resumo do desenvolvimento dela aqui.
&. ━━ 𝐁𝐀𝐒𝐈𝐂𝐒.
Conselheira do chalé de Deimos.
Instrutora de Poderes (Ilusões) e parte da Equipe de patrulha.
Líder da equipe azul de corrida de obstáculos.
Membro da equipe vermelha da parede de escalada.
Membro da equipe vermelha do clube da luta.
Aniversário: 05 de março.
Local de nascimento: Istambul, Turquia.
MBTI: INTP.
Temperamento: Melancólico.
Alinhamento moral: Chaotic Evil.
+ Ambiciosa, imaginativa, racional, corajosa, independente.
- Insensata, exigente, meticulosa, crítica demais, casca grossa.
&. ━━ 𝐏𝐎𝐖𝐄𝐑𝐒 & 𝐖𝐄𝐀𝐏𝐎𝐍.
Manipulação do Terror. Yasemin pode criar ilusões realistas que invocavam os piores medos de seus adversários, mergulhando-os em um estado de pânico. É capaz de projetar e intensificar o terror em seus alvos, causando intencionalmente reações químicas no cérebro alheio para produzir esses efeitos. Ela pode sobrecarregar seus alvos com medo intenso o suficiente para distorcer sua percepção do ambiente ao redor e do próprio usuário, fazendo-os parecerem muito mais sinistros, intimidadores e assombrosos do que realmente são.
Fisiologia de Leão. Como uma boa herança do patrono de seu pai, o leão, Yasemin possui algumas características e habilidades de um. Limitado apenas para conseguir dialogar com os da espécie, não se transformar, as habilidades que ela naturalmente têm são os 5 sentidos semelhantes aos de um leão e inclusive visão noturna, velocidade, equilíbrio, flexibilidade, furtividade melhoradas, o que lhe permite ouvir e farejar qualquer coisa em um raio equivalente ao dobro dos seus níveis em metros ao seu redor.
Umbracinese. Yasemin possui controle sobre sombras e escuridão, podendo manipulá-las à vontade e criando pequenas formas inconstantes. Ela pode moldar as sombras em objetos, especialmente armas como facas, chicotes e espadas, utilizando sua criatividade. Também capaz de transformar sombras em seres vivos que seguem suas ordens para proteção e ataque. Durante o uso do poder, seus olhos e veias ficam completamente sombrios, conferindo uma aparência assustadora. No entanto, o uso prolongado dessa habilidade pode drenar sua energia, enfraquecendo-a e interferindo no uso.
BENÇÃO: Dois anos atrás, Yasemin saiu em uma missão em alto mar. Era sua primeira vez numa missão assim e durante a expedição, seus dois companheiros decidiram deixar para trás algumas criaturas marinhas que estavam sendo ilegalmente transportadas para serem vendidas, tudo por conta da pressa em finalizar logo a missão. Contrariando o líder da missão, ela ficou para trás. No fim, o navio traficando espécies fazia parte da missão e após se lançar nas águas para ajudar os bichinhos e seus companheiros, Poseidon achou a coragem e ousadia de Yasemin em desafiar o líder da missão e salvar as criaturas místicas honrosas o suficiente para ser abençoada com a cura aquática em um reconhecimento do altruísmo e uma recompensa por sua dedicação em proteger, de certa forma, o mar.
HABILIDADES: Força sobre-humana e Sentidos aguçados.
ARMAS:
Hellbreaker. Um grande machado de batalha de duas mãos de lâminas duplas feitas de Bronze Celestial. Suas lâminas incandescentes possuem poder destrutivo de corte com auxílio da alta temperatura. Pode propagar chamas e lança ondas altamente incendiárias conforme ela o usa para fazer cortes no ar. Ele se transforma em uma pulseira de espinhos.
Shadow Curse. Uma kusarigama feita de ferro estígio, com corrente negra e lâmina afiada que parece absorver a luz ao seu redor. Esta arma é imbuída com a energia das trevas, permitindo que Yasemin manipule e controle sombras para desferir golpes furtivos. Ela a ganhou de Zeus após uma missão cumprida em meio ao caos recente do acampamento. A arma se transforma numa versão menor dela mesma como um acessório/brinco de orelha.
Electrolion. Um par de manoplas de combate feitas de ferro estígio com garras afiadas. Elas são capazes de conduzir energia elétrica para as garras, causando danos elétricos tanto em monstros quanto em mortais e excelente para escaladas. Quando ativada, uma imagem espectral de um leão elétrico aparece sobre as manoplas, aumentando a potência dos ataques e liberando descargas elétricas. Em seu disfarce, é um anel de dedo inteiro.
Heart of Fury. É uma morningstar cravada de ferro estígio que quando ativada emite uma névoa de gelo ao redor da cabeça da arma, cobrindo os espinhos com uma camada de gelo espectral e afiado. Ao entrar em contato com um oponente, os espinhos liberam um frio que se espalha rapidamente pelo corpo do adversário, criando cristais de gelo que penetram e dilaceram a carne de dentro para fora. Ele se transforma em uma pulseira de espinhos idêntica ao do machado para fazer par no pulso livre.
ITENS:
Pedra da Proteção. Uma pequena pedra azul-marinho, brilhante e translúcida. Quando segurada, esta pérola cria um campo de energia protetora ao redor do usuário, impedindo a entrada de ataques físicos ou mágicos por um curto período de tempo. A pérola pode ser ativada por até 20 minutos antes de exigir um período de descanso de 10 horas.
Amuleto da Sorte. Pequeno talismã para garantir que Yas sempre escape por um triz. Funciona apenas duas horas por dia, se passar disso, terá o efeito contrário e dará azar.
Granada de Confusão. Uma pequena esfera que, ao ser jogada, explode em uma nuvem de fumaça colorida que causa confusão e faz os alvos esquecerem o que estavam fazendo por alguns minutos.
Pirulito de Voz Monstruosa. Muda a voz do usuário para soar como a de um monstro. Tem o efeito de 20 minutos.
&. ━━ 𝐇𝐄𝐀𝐃𝐂𝐀𝐍𝐎𝐍𝐒.
Quando saiu do orfanato para o acampamento, um ano depois tentou contato com o que restava de sua família, mas ninguém quis lidar com Yas por serem contra as histórias de terror da mãe. Então ela apenas pediu por algumas lembranças e coisas de sua mãe, e desde então está no acampamento.
Nunca quis sair da Colina Meio-Sangue, então não sabe muito bem como funciona o mundo lá fora pois não possui contato com a família. Todo seu contato com o exterior se dá em torno de missões que fizera ou saídas esporádicas.
Após o incidente com seus poderes a primeira vez no acampamento, Yasemin passou por mais outras crises de descontrole, deixando outros campistas em ilusões de pânico até que conseguisse controlar com muito treino. No entanto, até hoje alguns evitam a presença dela por perto.
Quando ganhou a Hellbreaker de seu pai, Yas quis aprimorar a mesma com os filhos de Hefesto para que se transformasse em uma pulseira de espinhos. A razão foi por puro tormento. Após tantos traumas criados no orfanato, infelizmente ela ainda acha que merece passar por certas punições e a usa sem proteções adequadas.
A escolha de ir para uma faculdade em Nova Roma foi para tentar sair um pouco da sua zona de (des)conforto e conhecer novos ares! Como tudo deu errado, agora pensa que realmente não deve sair do acampamento.
Tudo o que aprendeu sobre o mundo lá fora foi com filmes e series que outros campistas apresentaram para si e isso a deixou muito encantada com o mundo cinematográfico, por isso sua escolha de faculdade era de cursar cinema!
De tempos em tempos, Deimos já tirou Yasemin por um breve período de tempo do acampamento para que treinasse a mesma pessoalmente. Não que seja algo simplório em sua vida, mas fez toda diferença para que gostasse e fosse brutal quando relacionado a violência e medo dos outros.
Realmente gosta de ver pessoas revivendo seus piores medos através de suas ilusões, é como se se sentisse mais viva, mas devido ao medo dos outros campistas de estar em sua presença, esse seu lado é totalmente retraído. Gosta de ver violência extrema.
Yasemin AMAR lutar sendo o único momento que sente adrenalina e um pouco do que seria o pânico de verdade, pois sente que pode morrer, que é uma possibilidade real, então nunca a verá fugindo de uma boa briga.
Como nunca foi incentivada e sofreu até certo preconceito por seus poderes e ser filha de Deimos por outros campistas e se sentiu reprimida, se aprimorou nos diversos estilos de luta e aprendeu a lutar com diversas armas diferentes já que o combate sem uso de poderes sempre lhe soou como a melhor alternativa.
A maior roqueira que vocês irão ver nesse acampamento! Yasemin acabou gostando muito do som quando conheceu tanto que as poucas idas a alguma cidade foi apenas para ir em loja de instrumentos musicais. Hoje em dia sabe tocar guitarra, baixo, teclado e bateria. Além disso possui sua própria banda: Tartarus Tragedy formada com outros semideuses!
Tem muito apreço pelo mar desde que aprendeu a nadar, e depois que ganhou a benção de Poseidon isso se tornou ainda mais latente em Yas. Ela protege e cuida com todo amor e carinho do mar e das criaturas de lá.
Yasemin recentemente saiu em uma missão designada por Zeus e acabou topando com um Leão de Nemeia. Apesar de ter vencido junto dos outros companheiros de missão, Yas ganhou uma cicatriz no rosto com duas das garras do leão.
Desde tenra idade, a turca mantém um diário onde escreve sobre seus treinos, aventuras e o próprio desenvolvimento no acampamento pessoal e de batalha. Os mantém escondidos dentro do baú em seu quarto, mas sempre que precisa se lembrar ou re-aprender sobre algo que considera importante sobre, é para lá que recorre.
&. ━━ 𝐏𝐄𝐑𝐒𝐎𝐍𝐀𝐋𝐈𝐓𝐘.
Complexa e multifacetada, Yasemin carrega consigo um ar de mistério e seriedade, destacado por sua beleza extrema que atrai olhares curiosos e, ao mesmo tempo, receosos. A barreira para com os outros que desenvolveu ao longo dos anos a protege das intrigas alheias. Ainda assim, é muito expressiva e raramente consegue esconder suas reações espontâneas. Parte para manter seu poder sob-controle, parte por nunca saber expressão emoções muito bem. Ela busca constantemente aprimorar suas habilidades, não apenas para seu próprio benefício, mas também para ajudar os outros semideuses a batalhar. O acampamento é seu lar e faria de tudo para protege-lo. Sua imaginação é vasta, uma característica que se destaca em sua habilidade de criar ilusões que exploram os medos mais profundos das pessoas. E apesar de sua aparente seriedade, Yasemin guarda um lado brincalhão e irônico, muitas vezes expresso através de suas brincadeiras mesmo que busquem causar pânico entre os outros. A exigência consigo mesma e com os outros a torna uma pessoa mais rigorosa, buscando sempre a excelência. Ainda assim, pode ser filha do pânico e quase nunca sentir medo, mas a jovem carrega muitos fantasmas de seu passado do qual prefere nunca conversar com ninguém. É moldada pela solidão.
&. ━━ 𝐇𝐈𝐒𝐓𝐎𝐑𝐘.
tw: menção de trauma religioso e tortura.
A infância de Yasemin foi marcada por sombras e histórias aterrorizantes. A razão? Sua mãe, Leyla Solak, conhecida por suas artes obscuras, especialista em histórias de horror, proporcionou um ambiente peculiar para a menina, embora ao mesmo tempo repleto de amor. Enquanto sua mãe era conhecida pela criação de narrativas que mesclavam o sobrenatural, o grotesco e o terror psicológico, em casa as coisas eram diferentes. Sem saber muito sobre o seu pai, teve uma infância relativamente normal cheia de atenção de sua mãe já que eram apenas as duas. Isso até se mudar para os Estados Unidos devido a fama que as histórias e artes de sua mãe ganhavam vida.
Os compromissos e a falta de uma presença familiar mais frequente geraram problemas para a pequena que só foram piorando até o ápice: Aos nove anos de Yasemin, um monstro atacou mãe e filha, ceifando a vida da escritora famosa. Ninguém acreditou nas histórias de Yasemin sobre a criatura sombria, e ela foi levada para um orfanato católico e, posteriormente, para uma instituição mental devido ao medo que causava nas outras crianças com suas histórias que todos acreditavam ser fonte das antigas artes da mãe.
Num ambiente católico, era associada ao demônio e ao macabro não só pelas outras crianças, mas também as freiras e demais funcionários. E a cada repreensão que recebia, mais apavorados pareciam ficar com a presença da garota naquele local chegando levá-la a tratamentos proibidos e ilegais. Os tratamentos de choque buscavam apagar os horrores que assombravam a mente de Yasemin, mas seu silêncio persistente alimentava o pavor ao seu redor. Foi apenas dois anos mais tarde quando um sátiro entrou no orfanato em busca de possíveis semideuses que a garota finalmente se viu livre daquele ambiente e então a vida de Yasemin começou a mudar.
Levada para o acampamento meio-sangue, Yasemin permanecia isolada, envolta em seu próprio mundinho e se recusando a conversar mais do que o necessário. A beleza extrema que herdara da avó Afrodite confundia os campistas, levando-os a especular sobre sua ascendência divina, e como ela não conversava com ninguém, chutar sobre quem era seu parente divino eram o que poderiam fazer assim como proporcionar um ambiente onde a jovem pudessem se sentir à vontade, em casa. Três meses se passaram desde sua chegada ao acampamento, e o voto de silêncio de Yasemin permanecia inquebrável até um caça bandeiras. Disposta a participar, o que alguns pensaram ter sido um erro, para outros fora muito esclarecedor já que fora reclamada por seu pai naquela noite após causar ilusões de pânico em outro campista ao tocá-la. Só então toda sua vida fez um pouco mais sentido e teve boa parte de suas respostas respondidas com o descobrimento de seu parente divino.
Deimos não era um deus tão conhecido assim, mas a fama dele precedia para Yasemin já que as pessoas pareciam evitar a presença a longo prazo da garota. Já ela não viu como um grande problema pois estava acostumada devido ao tratamento de antes no orfanato que esteve. Sua estadia no acampamento foi prolongada por muito tempo, se dedicando em treinar e se fortalecer. Não sabia exatamente se queria lidar com o mundo lá fora, nem mesmo o do acampamento, especialmente para não causar mais infortúnios e ilusões sem querer. Então desde que conseguisse treinar, treinar e treinar mais um pouco para controlar seu dom, ter seus poucos amigos e que não lhe mexessem consigo, estava ótimo. Foi depois de três anos que conseguiu sair em sua primeira missão, e com os louros da missão sendo um sucesso e um presente do pai, seu inseparável machado, Yasemin pareceu estar mais aberta para lidar com o mundo, e principalmente com as pessoas.
A jovem então se dedicou nos próximos anos a ajudar os campistas que estivessem dispostos a estarem perto de si, e de manter seu poder sob controle com treinamento árduo que nunca parou, pelo contrário, com desejo de evoluir mais. Não era exatamente extrovertida, na verdade parece ser extremamente séria, mas guarda um lado brincalhão, mesmo que as brincadeiras dela seja de causar o pânico entre as pessoas para o ver o desespero correndo solto. Estava pronta para ir a Nova Roma cursar uma faculdade e talvez retomar ao mundo que já não era mais tão conhecido para si, mas tudo foi por água abaixo com o chamado de Dionísio. A princípio se recusou a ir, mas depois de pensar, decidiu voltar para seu lar e entender o que estava acontecendo para, quem sabe, ajudar sua casa e o que considerava sua nova família.
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Me pus novamente a navegar num barquinho de papel, no mar de águas gelidas e turbulentas que cagerrego no peito. Eu gosto da sensação, daquilo que me sustenta ir se diluindo aos poucos, até que eu afunde lenta e dolorosamente, e não ser capaz de enxergar a superfície. Em cada segundo afundando, sinto a temperatura diminuindo gradativamente, então, no primeiro estágio de hipotermia, meu corpo luta com todas as forças para tentar gerar um calor intenso.
Continuei afundando.
Enquanto sigo imersa nas correntes de dor que passam violentas por mim e mudam meu norte, enfim falho na tentativa de me salvar dos meus pensamentos. Minhas estruturas celulares diminuem o fluxo sanguíneo, na esperança de atrasarem o óbito. Nos estágios finais, sem ar, sem opção de sobrevivência, eu morro aqui dentro mesmo, tendo total consciência que provoquei meu próprio fim. Eu gostava de me causar dor. Minha melancolia me acolhia, feito a morte esperando, de braços abertos, um filho pródigo que retornará para seus braços em cada reencarnação. A tristeza se acostumou a abrir as portas para mim. Por anos eu acostumei a ser inquilina. É confortável viver na dor, na tristeza, na insatisfação das expectativas. Ser feliz que é foda. Momentos felizes são curtos, difíceis de serem vividos e alcançados. Ser feliz e sentir alegria exigem muito mais esforços do que se colocar em um barco frágil e permitir naufragar numa imensidão de lamentos.
Ser feliz é para quem tá disposto a viver uma vida em busca de um único segundo de felicidade, que dão sentidos pra uma existência inteira.
Se lamentar é a opção mais fácil. E eu, apesar de me submeter a morte em alguns longos dias, espero acordar na manhã seguinte e acreditar que tenho potencial pra buscar minha alegria, nem que seja ela um segundo, nem que seja um único beijo, um único olhar, uma única música. Um momento. Nem que seja tão curto quanto um milésimo, afinal, ouvi dizer que milésimo são eternos na imensidão de infinitos.
Eu reanimei meu corpo noite passada. Depois de me tornar gelo. Hoje o dia foi ensolarado, e ao sentir os raios de sol tocarem minha pele. Meu corpo entrou em combustão. Hoje eu não visitei o fundo dos oceanos. Hoje eu fui pra estratosfera. Vi planetas, estrelas, cometas. O vazio estava presente lá, porém foi mero detalhe. Meu encanto foi pelo universo que me espera.
— Beija-Flor.
#meus#fav#bjfr#incentivandosonhos#projetoreconhecidos#projetorevelações#mardeescritos#projetocartel#projetoartelivre#cartel da poesia#projetoverso#projetoreblog#projetoautoral#projetoalmaflorida#projetovelhopoema#projetoflorejo#projetoversografando#espalhepoesias#lardaspoesias#mentesexpostas#poecitas#julietario
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Seu pai mortal, Ethan, era um estudante de medicina quando conheceu Apolo. Com os colegas da faculdade, fazia parte de uma banda e em uma das apresentações, acabou chamando a atenção do deus.
Lucian foi uma surpresa inesperada e indesejada para o jovem de vinte e poucos anos com um futuro brilhante pela frente. De início, quis colocar o bebê para a adoção mas foi impedido por sua mãe que assumiu os cuidados do neto para que Ethan pudesse focar nos estudos.
Com o ataque de um monstro quando Lucian tinha apenas seis anos de idade, Ethan colocou um ponto final na história. Não admitiria que o resto de sua família estivesse em perigo por conta de uma criança que sequer considerava sua de verdade. Após o escarcéu que armou, um sátiro apareceu e levou o pequeno Lucian para o Acampamento Meio-Sangue.
Sem contato nenhum com sua família mortal, Lucian foi criado pelos irmãos mais velhos no Chalé 7, o acampamento sendo sua primeira casa de verdade.
Sua ida à Nova Roma para fazer faculdade foi um grande marco. Era a primeira vez que deixava as barreiras do acampamento meio-sangue e se aventurava no mundo de um maneira mais definitiva.
Participou do conflito contra Gaia do lado dos romanos, pois era onde estava na época.
Após conseguir seu diploma, Lucian permaneceu na costa oeste, acreditando que seu tempo como "herói grego" tinha chegado ao fim. Era um semideus que tinha chegado à idade adulta. Seus dias de glória estavam no passado e era hora de viver uma "vida normal".
O chamado de Dionísio e seu retorno para Acapamento Meio-Sangue marcaram o fim de sua "aposentadoria". A urgência da mensagem, combinada com o desenho que fizera de Rachel lançando uma profecia fizeram com que deixasse seu projeto de vida para trás e voltasse ao primeiro lugar chamou de casa.
A morte de Aidan trouxe lembranças horríveis à tona: a guerra contra Cronos, a Batalha do Labirinto, a Batalha de Manhattan e a perda de dois irmãos durante o conflito. Tudo isso, aliado às visões enigmáticas que tem tido ultimamente... Lucian parece estar cada vez mais prestes a colapsar.
A existência de um traidor entre eles é outra coisa que faz com que se lembre do conflito contra Cronos. O exército só conseguiu entrar no acampamento pelo Punho de Zeus devido a informações recebidas do interior do acampamento. O papel de Silena no conflito o destroçou na época e saber que há um traidor em seu meio parte seu coração.
Lucian sempre foi uma pessoa que acordava aos primeiros sinais de raios de sol surgindo no horizonte. Porém, desde o desaparecimento de Apolo, essa sua "habilidade" está se tornando falha. Cada vez mais, se pega acordando mais tarde do que estava acostumado.
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Urubumon
Nível Adulto / Seijukuki / Champion Atributo Dados Tipo Pássaro Gigante Campo Guardiões do Vento (WG) Significado do Nome Urubu.
Descrição
Dono de uma condição que lhe traz vários problemas, Urubumon é um Digimon necrófago que viaja grandes distâncias pelas regiões áridas do Mundo Digital, buscando por criaturas moribundas que possam lhe servir de comida, tendo em vista que seu corpo aceita apenas este tipo de alimentação.
Outras espécies de Digimon procuram evitar regiões sobrevoadas por estes grandes pássaros pois sabem que a morte está próxima, tratando-os como mau agouro. Tal estigma aflige todos os Urubumons que, mesmo não transparecendo, sentem-se angustiados por nem sempre poderem interagir com outros Digimons, ainda mais sendo seres muito irreverentes e sociáveis. A verdade é que somente entre seus semelhantes há uma real compreensão e acolhimento, mesmo porque sua fonte de alimento é bem escassa, então a tribo se esforça ao máximo para que ninguém sucumba à fome.
Como está quase sempre peregrinando pelos ares, prefere evitar combates desnecessários, mas em situações de autodefesa faz uso das lâminas em suas asas, que mesmo enferrujadas são bem perigosas, porém seu trunfo é a lente de vidro que fica na formação óssea em suas costas, pois com ela é possível redirecionar a luz solar em direção à ameaça, esta que foge assim que sente o feixe de luz queimando sua pele.
Técnicas
Facas Enferrujadas (Rusty Knives) Usa as lâminas nas pontas de suas asas para cortar o oponente, seja atacando diretamente com as asas ou num rasante.
Pancada Aérea (Aerial Bash) Golpeia o adversário com a grande formação óssea em suas costas.
Raio Abrasador (Scorching Ray) Usa a lente para projetar os raios do Sol no inimigo, criando um feixe de luz focalizada que atinge altíssimas temperaturas.
Linha Evolutiva
Pré-Evolução KoUrubumon
Artista Jonas Carlota Digidex Empírea
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O que é o amor?
É a incerteza, o mais intenso calafrio, a pior das mortes; e é uma lágrima sorridente, um dia de calor no inverno, um raio de sol em meio à tempestade.
— Henrique
#desabafo#meustextos#lardepoetas#meuprojetoautoral#escrevemos#carteldapoesia#novospoetas#pequenosescritores#novosautores
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⚡🌪️ RAIOS E TROVÕES! Você está olhando para uma cria de ZEUS, que faz parte do CHALÉ UM e tem VINTE E SETE ANOS. ADDISON BRYANT é instrutora (machado) e lider da equipe vermelha de corrida com obstáculos. Você pode encontrá-la treinando pra caramba ou tramando a queda dos deuses em seus momentos de ócio.
⚡ BIOGRAFIA
Zeus e Ares se mostraram interessados em Anneliese Bryant durante o tempo que ela serviu ao Exército dos Estados Unidos como Sargento, mas em épocas diferentes, encontrando-a em sua residência localizada em Malibu. No caso, o Rei dos Deuses apareceu depois, consumando sua relação com a mortal que, até então, não vislumbrava a ideia de ter uma filha e interromper a carreira militar bem-sucedida na qual ascendia a cada nova missão, mas que se viu tendo de abandonar muitos de seus projetos pessoais quando se descobriu grávida e, posteriormente, viu-se completamente sozinha na maternidade.
Aos poucos, Anneliese foi sendo acometida pela depressão, tentando encontrar suporte na única companhia que realmente tinha até então: a filha. Os avós de Addison também serviram ao Exército, mas a avó de Addie havia falecido em missão e o avô dela, por sua vez, encontrava-se em uma casa de repouso especializada em veteranos da guerra visando atendimento humanizado aos traumas deles, de modo que não havia, realmente, mais ninguém com quem Addison pudesse ficar para que a mãe retomasse sua rotina e seus afazeres até que ela adquirisse idade o suficiente para ficar com babás e Anneliese confiasse sua única criança a outra pessoa. Episódio que se repetiu cada vez que elas precisaram se mudar, por conta da retomada do trabalho da Srta. Bryant, retornando à sua rotina como oficial do exército.
Todavia, sua mãe nunca havia escondido o fato de que Addie era uma semideusa. Detalhe este que povoou a mente dela por toda sua infância, elucidando melhor os fatos peculiares que lhe aconteciam, mas que também foi necessário ser exposto por conta do perigo que corria e de toda a exposição a que foi submetida como filha de Zeus, ainda que Anneliese tivesse a criado com maestria a ponto de usar a própria cria para servir em missões particulares dos Estados Unidos, em missões de infiltração, ainda que Addison não tivesse lá muita ideia do que aquilo poderia significar e significava, afinal: havia se tornado a arma de estratégia mais poderosa de sua mãe, que, por sua vez, havia lapidado uma ótima futura soldada, de modo que, quando ingressou no Acampamento aos dez anos de idade, Addie se adaptou facilmente à rotina do lugar.
TW: Menção a suicídio.
A parte mais difícil foi realmente deixar para trás a mãe que, até alguns anos mais tarde, continuou servindo militarmente, mas que se viu completamente desnorteada sem a presença da única família que, de fato, lhe restava. Além disso, Anneliese começou a demonstrar muito apego às histórias vividas com Zeus conforme sua idade avançava, tornando-se completamente presa dentro dos próprios pensamentos e da própria mente; o diagnóstico de Estresse Pós-Traumático veio durante um inverno que Addison passou junto da mãe, ao qual ambas assistiram ser justificado pela carreira militar e por todos os anos de comprometimento com o governo dos Estados Unidos, sendo este o último acontecimento significativo antes que Anneliese tirasse a própria vida, cerca de cinco anos atrás, algum tempo após a morte do avô de Addison também.
TW: Fim da menção.
Depois disso, a assiduidade de Addison no Acampamento se intensificou. Agora, por um motivo diferente: assistir ao desespero da mãe, observando a maneira como ela fora um mero peão na história de Zeus, sem valor ou amparo algum ao final da vida, encheu seu coração de uma raiva que, na verdade, ela guardava há muito tempo, mas que nunca havia conseguido verbalizar ou transparecer tão facilmente, além da frustração por ter visto o quanto seus irmãos e outros semideuses também sofriam pelo parentesco divino sem tanta consideração assim dos pais pelos mestiços que haviam colocado no mundo.
O silêncio no Olimpo, então, agravou o rancor de Addison em relação aos deuses: ela estava determinada a entender o que estava acontecendo e, mais do que isso, resolver a situação com as próprias mãos, logo após o pronunciamento durante o fatídico jantar que trouxe à tona a existência da nova profecia.
⚡ PODERES: Metamorfose. Zeus era conhecido por suas metamorfoses, então não é tão surpreendente que Addison tenha herdado esta característica do pai, podendo então se transformar fisicamente, de maneira idêntica, tanto na aparência quanto na voz e afins, em qualquer humano, semideus ou animal, se for o caso, com a limitação de que o processo de transformação é extremamente exaustivo para Addison que nunca conseguiu passar mais do que cinco horas transformada (quando em uma missão).
⚡HABILIDADES: Força sobre-humana e fator de cura acima do normal.
⚡ ARMA: Um machado produzido com ouro imperial, com os nomes de Addison e de sua mãe entalhados em cada lateral do cabo da arma. É uma arma consideravelmente pesada quando empunhada, de modo que somente seus irmãos poderiam erguê-lo quando não está em sua forma usual: um anel delicado usado no dedo mindinho dela.
Membro da Equipe Vermelha de Corrida com Obstáculos;
Instrutora de arma (machado).
⚡ PERSONALIDADE
Em geral, Addie é bastante tranquila e gentil. Entretanto, quando provocada ou desafiada de qualquer forma que seja, pode se tornar tempestiva e realmente complicada de lidar, uma vez que tem a mesma postura competitiva e combativa do pai. Tende a ser mais reservada e gosta bastante de observar os movimentos e opiniões das pessoas, chegando a ter um perfil mais diplomático que o dos irmãos.
Aliás, por ser a única mulher dentro do chalé, Addie tem uma postura que pode ser lida mais ainda como intransigente: jamais permitiria que alguém a comparasse de maneira inferior aos outros filhos de Zeus, então ela realmente dá o melhor de si em absolutamente tudo o que faz.
É extremamente dedicada também com seus relacionamentos; a bem da verdade, Addie está sempre desejando recrutar novas mentes rebeldes para seu plano insano de enfrentar os deuses em algum ponto de sua vida, então ela tenta ser o mais atenciosa e companheira possível, ainda que tenha seus momentos, mesmo que raros, de isolamento.
O lance dela é ver gente e estar no meio do povo. Não pelo viés da bagunça, mas sim, pelo de se informar e também observar pessoas diferentes que vem de lugares diferentes, o que, aliás, juntando com o combo de ter nascido nos Estados Unidos, talvez a torne meio inconveniente com comentários esteriotipados ou limitados da mente de uma cidadã norte-americana que, ainda que tenha conhecido outras culturas, realmente aprecia e defende com unhas e dentes a sua própria (o que talvez a coloque em situações polêmicas, mas olha só de quem é filha também...)
⚡ OUTROS
Ela vem de Malibu; então qualquer coisa que envolva praia e dias ensolarados, é com ela;
É bissexual, mas com uma preferência drástica por mulheres; suas inclinações lésbicas são gritantes. Não é que não goste de homens, mas... Para atrai-la, eles têm que se destacar muito mais, o que faz com que ela tenha se relacionado com 3 ou 4 durante toda a vida, seja dentro ou fora do Acampamento;
É relativamente próxima de outros filhos da guerra e do combate, como os de Athena e Ares, devido a sua natureza competitiva e capaz de apelar, ciente de que só estas proles poderiam lhe dar o que deseja no sentido de treinar e se preparar sem preocupações;
Mesmo que tenha um machado, ela é realmente boa manuseando espadas médias, curtas ou longas; sua fraqueza está mais em abordagens de defesa, já que ela realmente prefere atacar e atordoar do que executar um movimento de recuo e contenção; isso só porque seus movimentos costumam ser bastante assertivos, mas quando não, Addie realmente poderia se colocar em uma situação delicada numa batalha real;
Tecnicamente, ela é casada. Isso aconteceu em uma missão, situada em Las Vegas, na qual, depois de beber um pouco demais além da conta, acabou se casando com outro semideus (conexão aberta!!!). Nunca tratou de resolver isso, mas é uma história que conta aos risos, já que não existe realmente o fator romântico e infinito do amor nessa empreitada;
Tem 1, 70 de altura;
Possui cerca de 25 tatuagens espalhadas pelo corpo. Normalmente, cobrem cicatrizes antigas ou novas;
Seus cabelos são pretos e, atualmente, possui uma mecha vermelha na lateral deles;
É bastante vaidosa quando não está no contexto de treinamentos e de levar o próprio corpo ao ápice com exercícios e treinamento, o que pode gerar certa estranheza em quem acha que ela não seria do tipo que se cuida ou se produz toda quando quer;
Foi muito explorada pela mãe que usava seus poderes em missões do Exército. Addie era como uma Arma Secreta e talvez essa seja a única parte de sua vida sobre a qual não fala tão abertamente, porque lhe causa dor e muita tristeza;
Ainda por conta do trabalho da mãe, Addison conheceu vários países e se mudou com frequência antes de frequentar o Acampamento;
Como boa norte-americana, ela só fala inglês mesmo.
#o metodo medievo de likes para plots está em alta novamente!!! vamo vamo#essa soldadinha de zeus#porém contra a teocracia!!!!!! ABAIXO O PAPAI
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"Vem Apolo" / "Here comes Apollo"
Vem a praia, o jovem Deus vestido em túnica Úmida e bela, enlaces de ouro e prata A pele reluzente é bronze e o sol poente conjura Sombras da besta que desliza sobre as areias alvas De Delfos rica em rios, os Deuses de corpo bovino.
Vem Apolo, recém-nascido, usurpador e assassino Bradou a temível serpente, seu corpo erguendo-se da Terra Sua mãe. Pois a tudo ela gera, horrores e deleites. Em minhas presas seu corpo descansará, eterno!
A ameaça encontra os belos ouvidos, o ar se enche de Fulgor branco, queimando o vento a cada passo dado Hélio repousa no oceano, mas a luz não cessou Em dardejantes raios empunha-se o jovem deus, desafiador A serpente desce sobre ele, mortífera e faminta como Os leões que vagueiam as encostas em busca de vítimas Ornadas em lã e balindo, indefesas Mas os olhos da criança são os de um lobo, e sua mão é forte Como as palmeiras sempre-verdes de Delos O cabelo dele esvoaça, o bote alcança o nada Altivo, vem Apolo com seu arco atroz de prata Apenas morte a aguarda, declarou o filho de Zeus Um desígnio final, tal como a seta que se dispara Do arco, rompendo o vento em calor e perfurando a carne de Píton, nascida de Gaia.
A água da maré alcança seus calcanhares, a fera caída e um rosto Coroado com um halo de fulgor e certeza Os pássaros de Delfos cantam sua melodia, acompanhando sua voz Apolo ergue seu arco, vitorioso em seus esforços e declara: Eis o filho de Leto, que afasta os males. Povo de Delfos, aqui estou.
Canções entoadas ao vento vieram ao seu encontro Coroas e perfumes, incenso e fumaça Apolo vagueou seu caminho até o fluxo da Castália Até entre-fendas recuar o corpo da temível serpente Lavado, ele contemplou feliz, sua gente.
english:
The young God dressed in tunic, comes to the beach Moist and beautiful, links of gold and silver The gleaming skin is bronze and the setting Sun conjures Shadows of the beast that slides over the white sands From Delphi rich in rivers, the bovine-bodied Gods.
Comes Apollo, newborn, usurper and murderer Cried the fearsome Serpent, their body rising from the Earth Their mother. For everything She generates, horrors and delights. In my fangs his body will rest, eternal! Threat meets the lovely ears, the air fills with White glow, burning wind with every step taken Helios rests in the ocean, but the light has not ceased In darting bolts wields the young God, defiant
The serpent descends upon him, deadly and hungry as The lions that roam the slopes in search of victims Woolen and bleating, helpless But the child's eyes are those of a wolf, and his hand is strong. Like the evergreen palms of Delos
His hair blows, the fangs reach nothing Highly, comes Apollo with his atrocious silver bow Only death awaits thee, declared the son of Zeus A final design, like the arrow that shoots From the bow, breaking the wind into heat and piercing the flesh of Python, Gaea-born.
The tides reach His heels, the fallen beast and a face Crowned with a halo of radiance and certainty The birds of Delphi sing thy melody, accompanying thy voice Apollo raises his bow, victorious in his efforts, and declares: Behold the son of Leto, who wards off evils. People of Delphi, here I am.
Songs in the wind came to meet Him Crowns and perfumes, incense and smoke Apollo wandered his way down to the Castalia stream Till between crevices retreated the body of the fearsome serpent Clean, he contemplated happily, his people.
#apollo#apollon#apollo devotee#thargelias#devotional text#hymn#hellenic polytheism#helpol#“It's my Thargelias special hymn guys”
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A vida continua. Não importa o quanto você precise de uma pausa ela simplesmente não pára. Na realidade, nem você ainda que esse tempo dure mais do que você acha que deveria. O Universo é expansão e nada permanece estagnado. Isso é ilusão. Podia ouvir a cidade como selva viva a confirmar esse pensamento; os motores a roncar, os pássaros a cantar, pessoas a conversar. A vida continuava dentro e fora de mim. O vento a bagunçar meus cabelos já não ressoava mais com a antiga bagunça interna a qual eu me encontrei. O eixo havia encontrado o seu equilíbrio. A realidade a frente não apresentava-se como um filme em preto e branco e mudo e, sim, repleto de cores, cheio de sons que reverberavam em minha alma como tilintar dos sinos. Sentia conexão profunda com tudo e poderia dizer que até abençoada após transformações e pequenas mortes das velhas camadas que precisei deixar pelo caminho. Tornaram-se como vestes que não serviam mais e sapatos a apertar os pés. Aquele desgastado barco e seus remos também precisei deixar a margem daquela lagoa que outrora fiz morada temporária durante a travessia. Remei incansavelmente em solitude e no mais completo silêncio buscando tocar os raios de sol que naquele crepúsculo cegavam-me as vistas. Todavia, sorrindo de modo gentil, convidavam-me para além daquele horizonte. Lar. Essa sensação de plenitude que só é possível sentir quando liberta-se de antigos grilhões.
@cartasparaviolet
#espalhepoesias#lardepoetas#pequenosescritores#projetoalmaflorida#autorais#mentesexpostas#carteldapoesia#poecitas#damadolago#eglogas#mesigamnoinstagram @cartasparaviolet_
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