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Es su primerito dĂa
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Centerpieces for Cocktail tables
Floral decor for weddings & events in Cancun and Mayan Riviera
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PARADOR NACIONAL-PINTURA-CADONA-HALL-HOTEL-RECEPCION-CASTILLO-INTERIOR-PINTOR-ERNEST DESCALS por Ernest Descals Por Flickr: PARADOR NACIONAL-PINTURA-CADONA-HALL-HOTEL-RECEPCION-CASTILLO-INTERIOR-PINTOR-ERNEST DESCALS- Pintando en el pueblo de CARDONA, Catalunya Central, no podĂa dejar de pintar su PARADOR NACIONAL, el Hotel dentro del Castillo medieval, un escena del interior de su Hall con la recepciĂłn, personal mobiliario y las luces que iluminan la estancia con intimidad entre los arcos de piedra. Pintura del artista pintor Ernest Descals sobre papel de 50 x 70 centĂmetros.
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The Reception of James Joyce in Hungary
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Posada playamed 2022. đđđ
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đđđ #CapCut #colegas #dactaares #radiologiii #enfermeros #cancun2022đČđœđïž #recepcion #friends #mexicanosđČđœ #fiestuquis #hakunamatataâ€ïž #instamoment #playamed2022 #posada #diciembre #paz #amorâ€ïž (en CancĂșn, Quintana Roo) https://www.instagram.com/p/CmU5bssPdaj/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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the way chile didn't even get tour dates but im so emotional and excited about the mexican dates bc i can't believe a latin american leg is finally happening?? after all these years?? it's here?? TODAY??? even if i wasn't included this is such a big moment for all of us đ«¶đ«¶đ«¶
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Este septiembre, te invitamos a ser parte de la celebraciĂłn de la independencia de MĂ©xico.
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felipe otaño â f.reader
wc: 6,8k
prompt: vocĂȘ começa a perceber coincidĂȘncias muito estranhas entre 3 assassinatos e o barista bonitinho da cafeteria que vocĂȘ frequenta
TW.: SMUT, DUBCON, violĂȘncia grĂĄfica, manipulação, perseguição, gaslighting, menção Ă s.h (abuso), menção Ă suicĂdio, menção Ă vĂŽmito, menção Ă catolicismo, consumo de ĂĄlcool, stockholm syndrome?đ if u squint, sexo oral, rimming (muito ligeiro), nipple play, worship, p in v, SIZE KINK, MANHANDLING, BULGE KINK, sexo desprotegido (nĂŁo façam), creampie, love bombing. tudo nessa histĂłria Ă© TĂXICO, a reader ainda tĂĄ passando por TEPT e tem ataques de pĂąnico (mas eu n dei nome aos bois, sĂł escrevi os sintomas dentro do contexto). o felipe Ă© um sociopata e stalker, se vocĂȘ Ă© sensĂvel com qualquer um desses tĂłpicos NĂO LEIA. mdni
obs.: optei por deixar os avisos antes porque mais do que nunca preciso que vocĂȘs estejam informadas sobre o que vĂŁo ler, amigasđ€đ nĂŁo Ă© e nunca serĂĄ de forma alguma minha intenção denegrir a imagem do pipe, Ă© uma histĂłria original que usa pouquĂssimos traços da personalidade que ele demonstra! eu ouvi let the world burn do chris grey e animals do maroon 5 enquanto escrevia! revisei muitas vezes, mas por estar enorme provavelmente ainda tem erros, entĂŁo me perdoem! no mais, espero do fundo do meu coração que vocĂȘs gostem đđđđâŁïžboa leiturinhaaaa!
o primeiro assassinato havia sido televisionado, mas sem grande impacto. o rapaz era incapaz de ser identificado devido aos vĂĄrios ferimentos no rosto - que o deixaram deformado para as fotografias da perĂcia - mas, para vocĂȘ, nĂŁo restava dĂșvidas de quem era. a pulseira fina no braço esquerdo e a tatuagem na mesma regiĂŁo. cristian tinha sido quem te atraĂra naquela noite depois da festa, com uma boa aparĂȘncia e boa lĂĄbia, se aproveitando do seu estado embriagado, e te levando de carro para um galpĂŁo abandonado afastado de qualquer bairro residencial.
o terceiro e Ășltimo tinha sido considerado o mais brutal. o vĂdeo se espalhara numa velocidade absurda, saindo do fĂłrum onde havia sido publicado por uma conta anĂŽnima e indo para as grandes plataformas. os quatro minutos de gravação contavam com o garoto lendo uma carta onde ele se desculpava. se desculpava por todos os crimes e pela Ăndole horrĂvel qual ele tinha, se desculpava com os pais que nĂŁo mereciam a vergonha de ter um filho como tal, e por fim, se enforcava com uma corrente presa no apoio de cortina no alto da parede. wilson fora o rapaz quem filmara enquanto os outros dois te violavam, os insultos que ele te direcionava no ato eram podres e por vĂĄrias noites ecoaram em sua cabeça te impedindo de dormir.
o segundo assassinato tinha sido maior em proporçÔes, diferente do primeiro, nĂŁo seguindo qualquer padrĂŁo para a infelicidade dos policiais responsĂĄveis pela investigação. o corpo esquartejado tinha sido espalhado aos arredores de um colĂ©gio pĂșblico da pequena provĂncia onde vocĂȘ morava. o cheiro fĂ©tido e o horror que os jovens passaram quando o cadĂĄver, ou os pedaços cadavĂ©ricos, melhor dizendo, foram encontrados deixou os moradores e pais revoltados. este, por conseguinte, teve o nome revelado em rede nacional. depois que cristian te conduziu forçosamente para o galpĂŁo quem te "recepcionou" fora henri. ainda conseguia sentir o toque bruto dele enquanto o rapaz rasgava suas roupas e te forçava contra o colchĂŁo antes de te prender com cordas - essas quais a fibra tinha deixado sua pele em carne viva -, restringindo seus movimentos de maneira que ele conseguisse fazer o que quisesse, mesmo com vocĂȘ lutando.
porĂ©m, a cidade era pequena, entĂŁo as notĂcias corriam como o vento, tornando sua busca exaustiva e praticamente impossĂvel.
faziam cinco meses, e apesar da sua terapeuta nĂŁo recomendar que vocĂȘ ficasse indo atrĂĄs e procurando mais materiais sobre os casos, revivendo o trauma, era intrigante demais e vocĂȘ nĂŁo se enquadrava no grupo de pessoas que acreditava em coincidĂȘncias. todas as evidĂȘncias te levavam a apostar que as mortes tinham sido cometidas por uma mesma pessoa, e uma que era prĂłxima o suficiente para saber o que vocĂȘ havia passado na mĂŁo dos trĂȘs indivĂduos naquela madrugada infernal.
no primeiro assassinato haviam achado algumas pegadas masculinas, de tamanho 42-43 aproximadamente; um homem alto. jĂĄ no segundo, o relatĂłrio emitido pela delegacia contava com uma descrição detalhada dos restos mortais que haviam sido cortados com uma precisĂŁo assustadora. "exigiria uma força muscular nos braços e no tronco todo realizar um desmembramento limpo, alĂ©m de certo conhecimento anatĂŽmico". jĂĄ no terceiro, o ip rastreado nĂŁo dava em lugar algum, como se o aparelho de onde tivesse sido enviado nĂŁo existisse mais - e muito provavelmente havia sido destruĂdo mesmo. o fĂłrum em si fora criado uma semana antes e o mais incomum era que o url da pĂĄgina havia sido modificado para "ni-una-sola-lĂnea-que-no-cruzarĂa-por-ti".
o que te fez começar a ter aulas de espanhol com uma professora particular; uma senhorinha muito simpĂĄtica que, apesar de dizer ter dois filhos, morava com seu gato frajola apenas. as aulas eram todas as quartas, vocĂȘ ia e voltava a pĂ© ouvindo mĂșsica nos fones.
muitas coisas haviam mudado desde o episĂłdio, evitava algumas ruas, nĂŁo ia mais ao cinema e por muito tempo ficara sem visitar a cafeteria que sempre frequentava aos sĂĄbados. nĂŁo conseguia dizer se era por ter vergonha - jĂĄ que aquelas pessoas provavelmente tinham ouvido sobre -, ou se porque tentava urgentemente se esquecer da rotina que tinha antes, jĂĄ que nĂŁo se sentia mais como sua antiga persona. a violĂȘncia fora tĂŁo grande e tĂŁo injusta, quem poderia te culpar?
quando passou pela porta, ouviu o sininho soar nostalgicamente. uma das atendentes se virava e sorria cumprimentando "seja bem vinda". ah sim, se recordava numa onda melancĂłlica do cheiro do cafĂ© - que eles mesmos moĂam jĂĄ que o estabelecimento tinha uma tradição de vĂĄrios anos -, do jazz suave e bem baixinho que preenchia os ambientes da locação, e de como o ar condicionado era sempre agradĂĄvel, nem frio e nem calor, sĂł aconchegante.
se sentava numa das mesas prĂłximas Ă parede, ainda nĂŁo se sentindo pronta para se sentar no mezanino ou perto das janelas como tinha costume. e antes que terminasse de folhear o cardĂĄpio um rapaz alto se aproximava para tomar seu pedido. vocĂȘ se lembrava dele tambĂ©m, mas quando seus olhos se encontravam, uma estranheza grande mexia com seu Ăąmago te fazendo retesar na cadeira.
â nĂŁo te vi mais aqui. â ele comentou com um sorriso singelo te fazendo notar que apertava os prĂłprios dedos nas pĂĄginas do papel firme do menu, parando em seguida. â pensei que tinha se mudado.
felipe gonzalez otaño era neto do primeiro dono da cafeteria el dulce camino, um rapaz que beirava a mesma idade que vocĂȘ, alto, de ombros largos e olhos que te remetiam a imensidĂŁo do oceano - mesmo tendo ido Ă praia uma vez sĂł quando ainda era pequena. olhos que ao te reconhecerem ali haviam se iluminado ainda mais. mas, diferente de quando vocĂȘ era cliente assĂdua, agora ele tinha uma cicatriz numa das mĂŁos e outra no rosto - e a julgar pela coloração ainda rosada, deviam ser recentes.
â nĂŁo... â vocĂȘ retribuĂa o sorriso pequeno e entĂŁo recolhia as mĂŁos para o colo, ainda sentindo-se desassossegada. â se eu tivesse me mudado, acho difĂcil que vocĂȘ nĂŁo ficasse sabendo... â desconversou, tentando brincar.
â entonces encontraste un cafĂ© mejor? â ouviu a resposta e o fitou dali debaixo. apesar do tom provocativo, felipe, ou "pipe" como o chamavam lĂĄ, nĂŁo parecia brincar quando perguntava.
â nĂŁo. isso nunca. â soprou sem jeito antes de colocar uma mecha do cabelo atrĂĄs da orelha. â e vocĂȘ, como se machucou? â arriscou.
â acidente. â ele respondia rĂĄpido, quase ensaiado. â posso anotar o de sempre?
â nossa, vocĂȘ ainda lembra? â indagou divertida.
cafĂ© com leite gelado, sem açĂșcar e uma fatia de bolo de cenoura com cobertura, era o seu favorito, o que vocĂȘ pedia sempre, e exatamente o que felipe te respondera. o lisonjeio nĂŁo perdurava mais graças ao sentimento ruim que agora comia suas entranhas te fazendo sentir as palmas e a nuca suarem frio. ainda assim, havia sido capaz de finalizar a bebida, pedindo que embalassem o bolo para a viagem.
"acho que vocĂȘ pode estar um pouco impressionada com o sentimento de voltar a fazer algo da sua antiga rotina. e estou muito orgulhosa de ter conseguido! vamos conversar mais sobre isso na sessĂŁo desta semana. abraço!"
o caminho para seu apartamento tinha sido completamente dissociado, num piscar de olhos vocĂȘ estava na sala de casa, se sentando no sofĂĄ com o corpo pesado e uma sensação de incompletude que te fez mandar uma mensagem para sua psicĂłloga. nĂŁo seria a primeira vez que a chamaria num final de semana, e pelo valor mensal que seus pais desembolsavam era mais do que justo que ela te respondesse.
nĂŁo era o suficiente pra vocĂȘ. passou o jantar todo beliscando a comida que sua mĂŁe preparara e na missa do dia seguinte era incapaz de acompanhar as mĂșsicas tocadas. estudar para o pequeno seminĂĄrio que teria na faculdade segunda-feira entĂŁo?... fora de cogitação.
seu domingo acabava com vocĂȘ enfurnada no quarto revirando a caixa onde guardava as matĂ©rias impressas, os jornais com notĂcias e fotos dos assassinatos, apuraçÔes pĂșblicas do corpo policial local e boletins que a imprensa nacional tinha feito. relia tudo e bufava frustrada quando seu alarme para acordar tocava, te tirando do frenesi e avisando que havia passado a noite em claro, sem qualquer resolução.
na faculdade, suas olheiras espantavam todas as amigas que perguntavam com preocupação o motivo. nĂŁo tinha porquĂȘ mentir, todas eram bem prĂłximas desde o primeiro semestre e haviam sido peça chave para sua recuperação.
â como Ă© mesmo o nome do barista? â julie questionava antes de puxar o celular depois de te ouvir contar suas percepçÔes.
â aqui! eu sabia que nĂŁo me era estranho! â a garota dizia de sĂșbito e virava a tela do aparelho para compartilhar. â ele se matriculou aqui na facul faz um mĂȘs mais ou menos... depois do meio do ano.
â felipe. felipe otaño. â respondeu desanimada, se esforçando para copiar as anotaçÔes de marcela em seu caderno jĂĄ que o sono tinha sido tanto nas primeiras aulas que tirar um cochilo havia sido inevitĂĄvel.
vocĂȘ esbugalhava os olhos e segurava o pulso da amiga, confirmando ao ler o nome na lista pdf que ela mostrava. estava matriculado em fisioterapia, no perĂodo noturno... entĂŁo como nunca tinham o visto? ou sequer topado com ele?
â mas nĂŁo Ă© tĂŁo estranho assim, 'miga... pensa, a cidade de vocĂȘs Ă© um sopro e aqui Ă© a universidade mais prĂłxima. â mar tocava seu ombro fazendo um afago cuidadoso. â pode ser sĂł uma mĂĄ impressĂŁo.
â sabe o que eu acho? que vocĂȘ precisa se distrair mais dessas coisas. â foi a vez de rebecca, que estava quietinha atĂ© entĂŁo, falar. â vamos com a gente numa festinha do curso, por favooor... a gente nĂŁo bebe, ficamos juntinhas... â a ruiva sugeria e esticava as mĂŁos para segurar as suas. â eu sinto sua falta! todas nĂłs sentimos! vai ser bom se divertir! â e todas te olhavam com carinhas pidonas, te deixando numa saia justa.
"vou pensar", foi o que disse com uma expressĂŁo sem graça nĂŁo querendo magoĂĄ-las. mas, era bem verdade. vocĂȘ sentia saudades tanto quanto elas e no fim, todas aquelas coisas podiam ser sĂł acasos do destino. nĂŁo poderia deixar que o resto de sua vida fosse consumido pelos fantasmas de sua ferida emocional. por isso, mais tarde naquela semana conversou com as colegas e combinou que iriam na prĂłxima comemoração da atlĂ©tica ou qualquer coisa assim, que fosse num lugar mais fechado e limitado sĂł para os estudantes.
na quarta decidia ir atĂ© a biblioteca que ficava no subterrĂąneo da faculdade, ocupando quase o andar todo, com uma infinitude de armĂĄrios e estantes com os mais diversos gĂȘneros de livros, desde manuais de administração e coletĂąneas de herpetologia atĂ© romances e fantasias - tudo o que vocĂȘ precisasse eles tinham, e se nĂŁo tivessem, mandavam encomendar se o aluno levasse uma solicitação por escrito.
lå também tinham salas de estudos, individuais e grupais além de algumas mesas de madeira espalhadas onde vez ou outra alguém se sentava para ler.
era assim que via a silhueta conhecida, mas tĂŁo rapidamente e tĂŁo de relance enquanto olhava por entre as brechinhas da prateleira de romances policiais que por alguns segundos duvidava que estava sĂł sonhando acordada.
continuando em sua busca, sequer notava a pequena escadinha no caminho, onde alguns exemplares estavam colocados no primeiro degrau - provavelmente esperando que o bibliotecĂĄrio viesse devolvĂȘ-los Ă s suas respectivas seçÔes -, se atrapalhando toda quando se esbarrava e tropeçava fazendo o mĂłvel tombar e os livros em cima se espalharem no chĂŁo com um barulho seco.
â merda... â sussurrava nervosamente, se agachando rĂĄpido e vendo se nada tinha estragado, seria o fim se algum dos de capa dura tivesse avariado.
â quer ajuda? â a voz te fez congelar.
seu corpo pequeno diante da figura se petrificava. assistindo o otaño aparecer no corredor e se juntar a ti, apanhando todos os livros com as mĂŁos grandes que alcançavam dois de uma sĂł vez, os empilhando entre ambos. este te encarava com uma expressĂŁo que passava de neutra para confusa reparando no seu estado catatĂŽnico. sibilava algo, mas vocĂȘ nĂŁo ouvia, apenas olhando para os lĂĄbios carnudos mexendo e no cenho dele franzindo.
â hola?! â o moreno estalava os dedos em frente ao seu rosto. â chamando para a terra? â ele soprava um riso. â 'cĂȘ me ouviu antes? se machucou com o tropeção?
negou devagar e apertou os lĂĄbios quando ele colocava os livros no colo e arrumava a escada antes de te estender a mĂŁo oferecendo ajuda para que ficasse de pĂ©. nunca tinha reparado em como ele era alto. obviamente sabia, mas sempre que estavam prĂłximos era no cafĂ© com vocĂȘ sentada entĂŁo nunca tendo a real noção da diferença acentuada.
o sentimento de ansiedade voltava com tudo na boca do seu estĂŽmago - borbulhando a bile -, te fazendo ignorar grande parte das coisas que ele dizia.
â vocĂȘ tem certeza que tĂĄ bem? â o maior insistia. â se precisar que eu ligue pra alguĂ©m... algum familiar ou amigo que vocĂȘ confie? â e entĂŁo alcançava o prĂłprio bolso da calça tirando de lĂĄ um celular antigo, estilo flip.
â seu celular... â falava baixo e pausada, pega de surpresa por nĂŁo ver um daqueles hĂĄ quase quinze anos.
â ah, Ă©. o meu antigo quebrou, entĂŁo tĂŽ usando essa relĂquia aqui. â ele mostrava mais de perto, te deixando abrir e ver a telinha pequena se acendendo numa cor alaranjada. â es practico, fora que a bateria dura dias.
ergueu os olhos até estarem se entreolhando e viu pipe parar de balbuciar e dar um suspiro afåvel.
â acho que tĂŽ falando muito, nĂ©? â ele coçava a nuca e olhava em volta como quem quer te dar espaço para pensar no que responder.
â por quĂȘ escolheu fazer faculdade aqui? â perguntou depois de um tempinho ainda processando.
â e por quĂȘ tĂŁo de repente? â continuou.
â hm... â ele voltava a focar e entĂŁo dava de ombros. â nĂŁo sei, acho que Ă© cĂŽmodo pra mim. Ă© perto de casa... perto de quem eu conheço. e o curso que eu faço tem uma nota boa tambĂ©m. creo que eso es todo. â mas ao fim da explicação os olhos azuis pousavam em ti, te medindo com aquele brilho que lhe despertava uma necessidade intensa de fugir.
â vocĂȘ ia preferir que eu dissesse algo poĂ©tico? do tipo, finalmente decidi seguir meus sonhos? â ele ralhava e passava os dedos por entre os fios compridinhos. â no soy tan interesante, nena... â concluĂa. â mas acho que posso dizer que meu propĂłsito tĂĄ aqui.
antes que pudessem continuar com a conversa - que mais parecia um interrogatĂłrio -, seu celular tocava. seu pai falava sobre conseguir ir te buscar daquela vez, e vocĂȘ nĂŁo sabia se agradecia ou se o amaldiçoava. apesar de tudo, queria perguntar mais coisas ao latino. precisava acabar com as dĂșvidas.
"meu propĂłsito tĂĄ aqui", nĂŁo era um jeito incomum de parafrasear que ele gostaria de se formar como fisioterapeuta? ou talvez fosse uma divergĂȘncia de lĂnguas... uma falha sua, na sua interpretação.
sua obsessão estava tão latente que a terapeuta tinha achado melhor aumentar as sessÔes para duas vezes na semana. enquanto isso, quanto mais tentava ignorar, mais vezes se encontrava com felipe, fosse na biblioteca ou no påtio da instituição, ou ainda indo numa farmåcia ou fazendo compras na tendinha de frutas e vegetais do seu bairro - ele sempre te tratando cordialmente, sem ultrapassar os limites de uma conversa pequena.
quanto mais percebia, mais o enxergava, chegando a sonhar vividamente que havia recebido uma ligação cujo o timbre do outro lado da linha era idĂȘntico ao dele. mas, seria improvĂĄvel jĂĄ que nunca tinham trocado nĂșmeros de telefone.
o ĂĄpice era quando visitava a casa de uma tia por parte de mĂŁe. recordando algumas fotos da infĂąncia, encontrava uma imagem curiosa de sua turminha de prĂ©-escola. vocĂȘ estava na frente, trajando o uniforme de conjunto e um penteado alto com marias-chiquinhas, sentada com as pernas cruzadas, junto das outras garotas, enquanto na fileira de traz os meninos eram ordenados de forma crescente. o do canto direito lhe chamando a atenção. era igual... o nariz, a cor dos olhos e visivelmente mais troncudo que os outros.
nĂŁo... vocĂȘ devia estar enlouquecendo. seu fim, mofando em algum hospital psiquiĂĄtrico, parecia cada vez mais perto de se realizar.
â e aĂ, gatinhas melindrosas. â rebecca soltava jĂĄ chegando na mesa durante o intervalo. vocĂȘ reagia sem levantar a cabeça do caderno, apenas dando um jĂłinha. â caraca, que clima de enterro. nĂŁo sei se vai mudar algo, masss... confirmei os nossos nomes num rolĂȘzinho. eles vĂŁo fechar um barzinho e tudo, a gente tem desconto.
â nossa, que chique. vamos, nĂŁo vamos? â marcela indagou, e mesmo sendo no plural, dava para saber que era direcionado a vocĂȘ - depois de passar meses furando com elas ou sĂł nĂŁo respondendo, vocĂȘ nĂŁo se incomodava mais.
â honestamente... qualquer coisa que me faça esquecer de pensar um pouco. â disse vencida e riu com a comemoração geral da mesinha.
â meu deus, o que Ă© isso? vai chover!!! â julie se debruçava sobre seu corpo e deixava um selar no topo da sua cabeça.
â nĂŁo esqueçam de mandar o lookinho no grupo. nĂŁo quero ser a Ășnica que vai desarrumada. â rebecca pontuou contribuindo para o clima de risadas.
ficar planejando a saĂda realmente tinha te tirado do foco. depois da aula de espanhol com a sra. perez tinha feito questĂŁo de passar num dos pontos comerciais para ver algumas lojas de roupa. tinha poucos vestidos e estava querendo um novo, e por quĂȘ nĂŁo aproveitar-se da ocasiĂŁo para gastar suas economias? como era um barzinho nĂŁo teria problema se usasse algo mais solto... mas como era de noite ficava presa nas cores neutras jĂĄ que dispensava os brilhos.
assim, quando o dia chegava tudo o que precisava era separar sua roupa e torcer para que nĂŁo tivesse nenhuma crise de ansiedade e desmarcasse em cima da hora.
foi entĂŁo que, parecendo ler sua mente, uma das atendentes te mostrava um vestido curtinho com manguinhas romĂąnticas e um tecido de viscose, super leve, num branco perolado. vocĂȘ poderia vestir com uma sapatilha e acessĂłrios que jĂĄ possuĂa, entĂŁo nĂŁo teve dĂșvidas ao escolher e mandar uma foto no provador para o chat "girlies", recebendo diversos elogios e atĂ© mesmo algumas figurinhas engraçadas de becca.
nĂŁo, definitivamente iria atĂ© o fim, seria uma mulher de pĂĄginas viradas! deixaria este capĂtulo assombroso para trĂĄs e resgataria um pouco da alegria e delicadeza da sua personalidade.
o tåxi te deixava na porta do bar que parecia animado. alguns canhÔes de luz atravessavam o ar e o céu escuro com os fachos abertos, e a fila se formava sobre um tapete roxo aveludado. checavam nomes e identidades com o segurança e estavam dentro.
a iluminação negra fazia seu vestido se destacar um bocado enquanto procuravam uma mesa para ficarem. e, mesmo que a ideia principal fosse nĂŁo beber e sĂł aproveitar o seu "comeback" Ă vida universitĂĄria, pediu que nenhuma delas se segurasse por vocĂȘ, que estava se sentindo bem e que se algo incomodasse pediria outro tĂĄxi pra casa.
e era desse jeito que em duas horas, marcela se encontrava se engraçando com o barman - muitos anos mais velho -, julie dançava com outras duas colegas na pista de dança improvisada e rebecca flertava com uma mulher numa das mesas perto dos fundos - fingindo não ver a aliança grossa na mão direita da outra.
vocĂȘ bebericava uma batidinha, aproveitando a mĂșsica que era uma mistura de anos 2000 com as mais atuais. a bebida estava fraca o suficiente pra que ainda conseguisse sentir o gosto do suco de morango. tudo corria numa boa.
mas, por algum motivo se sentia observada. a agonia da sensação te levava a descascar o esmalte de um dos polegares enquanto olhava para os lados apreensiva. o que só fez sentido quando um rapaz se aproximou todo simpåtico para conversar, te tirando da espiral que se iniciava...
â acho que nunca te encontrei, que curso vocĂȘ faz? juro, vocĂȘ Ă© a coisinha mais linda que eu jĂĄ vi, queria muito te pagar uma bebida. â nĂŁo era muito alto e parecia desinibido apoiando o cotovelo na mesinha, brincando com a manga do seu vestido enquanto disfarçava o fato de te comer com os olhos.
nĂŁo se importou, nĂŁo era tĂŁo invasivo, embora nĂŁo sentisse qualquer atração de volta. apenas aceitava conversar e a bebida - qual vocĂȘ se certificava de que passaria da garçonete para ti, sem ficar na mĂŁo de mais ninguĂ©m.
o tal santi era bem humorado, te tirava alguns risinhos, mesmo que não escondesse as intençÔes; mas odiaria tomar uma carinha bonita por tudo que uma pessoa pode ser.
subitamente o clima pesava.
"vocĂȘ Ă© burra ou o quĂȘ?"
sentia um arrepio percorrer sua espinha e nĂŁo mais conseguia olhar nos olhos do garoto que tagarelava sobre algum interesse particular. seu celular vibrava emitindo um "beep-beep" de sms e vocĂȘ pedia licença para ver o que era.
"por quĂȘ veio?"
"uma vez nĂŁo foi o suficiente?"
engolia seco e olhava os arredores mais uma vez, atenta. algo pinçava sua testa lendo as letras miĂșdas no visor, uma dor de cabeça instantĂąnea acompanhada de uma nĂĄusea tonteante causada pelos ĂłrgĂŁos internos revirando.
â qual foi, gatinha, tĂĄ com algum problema? quer ir pra um lugar mais calmo? â santiago fazia menção de te tocar o queixo e vocĂȘ o estapeava para longe.
â nĂŁo. â respondia seca e se levantava no Ămpeto, deixando-o para trĂĄs e procurando um banheiro prĂłximo.
"vai embora"
se prostrava e jogava a ĂĄgua gelada no rosto com abundĂąncia sem se importar se a maquiagem borraria em algum canto. nĂŁo podia estar acontecendo uma merda daquela, justo naquela noite. a porra do celular nĂŁo parava mais de apitar e tremelicar na sua bolsa te deixando frustrada e com vontade de descartĂĄ-lo na primeira lixeira que visse.
"vocĂȘ nĂŁo consegue se proteger sozinha"
"esse cara nĂŁo conseguiria te proteger se precisasse."
se agachou no chĂŁo largando o smartphone na pia fazendo com que toda a superfĂcie de granito vibrasse a cada nova notificação. quis chorar, engolindo o nĂł que se formava na garganta e sentindo o corpo pulsar, ora com força ora fraquejando as pernas que se sustentavam vacilantes.
saindo do cubĂculo, o loiro te perseguia, querendo saber se estava tudo bem, te acompanhando atĂ© o lado de fora.
chegavam na calçada e vocĂȘ se virava com a expressĂŁo espantada, completamente diferente de meia hora atrĂĄs, forçando um sorriso torto a ele.
â escuta, nĂŁo precisa mesmo. eu me lembrei de algo que tenho que fazer e vou embora...
â impossĂvel, 'cĂȘ tava de boa atĂ© agora e do nada isso? poxa, se nĂŁo quisesse nada comigo pelo menos avisasse antes de eu te pagar um drink. â ele cruzava os braços, claramente incomodado e com o ego ferido. â nĂŁo quer nem ir pra outro lugar? eu moro umas trĂȘs quadras daqui, sei lĂĄ.
â nĂŁo, vocĂȘ nĂŁo entende... â ria de nervoso â eu preciso ir de verdade. â abria o aplicativo de corridas e se esforçava muito para conseguir digitar o endereço com os dedos tremendo.
â a gente pode conversar e tomar um vinho lĂĄ... â ele se aproximava de novo, envolvendo seus ombros por trĂĄs e tentando afastar seu cabelo que caĂa teimosamente sobre suas bochechas.
seus pés se arrastavam, inåbeis de acompanhar o ritmo das passadas longas que as pernas do argentino davam.
contudo, antes que vocĂȘ pudesse se esquivar o corpo de outrem era agarrado e arremessado para longe caindo perto de alguns arbustos. seus olhos arregalavam notando a figura grande tomar seu campo de visĂŁo e segurar firme um de seus pulsos. "ela disse que nĂŁo quer, nĂŁo ouviu, puto?", felipe cuspia rĂspido e no segundo seguinte te puxava com ele.
te colocava dentro de um carro e dava a volta para entrar no banco do motorista, se virando para lhe passar o cinto antes de dar partida e segurar o volante. seu corpo ficava completamente estacado, sua mente freezada, mesmo que todos os seus poros se dilatassem e seus bronquĂolos abrissem para puxar mais fĂŽlego, te indicando que vocĂȘ deveria fugir.
entĂŁo porquĂȘ nĂŁo conseguia? olhando para a frente e nĂŁo enxergando nada, nĂŁo memorizando nenhum caminho que ele fazia, nĂŁo pegando nenhuma referĂȘncia para saber como voltar...
ele, por sua vez tambĂ©m nĂŁo falava, se atentava ao trĂąnsito e vez ou outra te observava com o canto dos olhos. o brilho azul sendo o Ășnico ponto de destaque no interior lĂșgubre do veĂculo. estacionava em frente a um conjunto de apartamentos e descia, indo te buscar. o cavalheirismo era tĂŁo boçal e estĂșpido com a maneira que ele te manejava sem poupar força que qualquer um teria reaçÔes adversas assistindo.
quando sua voz finalmente saĂa, jĂĄ era tarde, o otaño te passava para dentro da quitinete alugada, trancando a porta atrĂĄs dele. o ambiente estava um breu, nem mesmo a luz dos postes que entrava por entre as frestas da persiana conseguiam te nortear.
â as m-mensagens... foi vocĂȘ, nĂŁo foi?
â e quem mais seria? â ele perguntava olhando para baixo antes de te fitar. a ĂĄurea do maior ainda mais robusta que ele mesmo, te fazendo cambalear para trĂĄs quando este avançava um passo na sua direção. â quem Ă© que estaria lĂĄ pra te proteger se nĂŁo fosse eu, chiquita?
â eu nĂŁo preciso... da sua ajuda. â soprava hesitante tateando o sofĂĄ que batia contra suas costas e negava com a cabeça.
â como? â pipe soprava nasalado, achando graça. â vocĂȘ ia preferir sofrer tudo aquilo de novo? que eles ainda estivessem andando por aĂ... escolhendo a prĂłxima vĂtima? â estreitava os olhos.
â como assim?
e rapidamente ele batia o dedo nos interruptores do cĂŽmodo, acendendo as lĂąmpadas claras que te queimavam a vista nos primeiros segundos. quando se adaptava, a primeira coisa que notava - e seria impossĂvel de nĂŁo fazĂȘ-lo - era uma parede grande, com um quadro de madeira processada, vĂĄrias fotos pregadas com alfinetes coloridos, papĂ©is e linhas tracejadas conectando uma coisa na outra. os retratos de cristian, henri e wilson com um x marcado em cima de cada.
â tudo que eu fiz por vocĂȘ... pra vocĂȘ dizer que nĂŁo precisa de mim? â felipe sussurrava aproveitando-se do seu espanto, te encarando de cima quando se aproximava pelas suas costas. o remorso palpĂĄvel fazendo as sobrancelhas dele caĂrem, mas a raiva alternando erraticamente o semblante de uma emoção para outra.
â o quĂȘ...? â suas pupilas dobravam em tamanho, o coração parecia parar quando as coisas se encaixavam para fazer sentido.
â olha o que vocĂȘ me fez fazer... â felipe segurava seu dedo indicador com cuidado e firmeza te guiando pelo mural. â eles estavam te observando fazia tempo... te caçando... pobrecita... â a tristeza na voz era real, parecia tĂŁo frĂĄgil. â nĂŁo podia ficar assim. entĂŁo... tudo o que tornava atraente, eu arranquei... â ele te fazia contornar o rosto do primeiro menino marcado - todas as informaçÔes, horĂĄrios, todo o planejamento escrito na mesma caligrafia com que seu pedido na cafeteria era anotado -, antes de arrastar seu dĂgito para o segundo. â quebrei e despedacei... â os sussurros eram praticamente rosnados e vocĂȘ podia sentir uma lĂĄgrima quente cair sobre seu ombro desnudo. â fiz com que se odiassem... â ele pressionava sua digital contra o Ășltimo. â pra que vocĂȘ pudesse ter paz e ficasse segura, mi amor... â te segurava os ombros e virava seu corpo franzino, colando suas testas. â tudo por vocĂȘ... qualquer coisa por vocĂȘ...
sobressaltou, desequilibrando para trĂĄs, mas ele jĂĄ estava te bloqueando.
quando o bolo de restos chegava em seu esĂŽfago sem aviso prĂ©vio tudo o que podia fazer era empurrar o outro e despejar o lĂquido no chĂŁo de tacos, começando a chorar; aterrorizada.
â vocĂȘ... matou... matou trĂȘs pessoas! â soluçava lutando contra a Ăąnsia que continuava. â desconfigurou, esquartejou, e assombrou... vocĂȘ... o q-uĂȘ Ă© vo-cĂȘ?! â perguntava entre soluços.
â ssshhh... vocĂȘ tĂĄ assustada. mas, nĂŁo precisa. tĂĄ segura agora. â os braços grandes te puxavam para um abraço sem se importar com suas roupas sujas e com sua boca babada de vĂŽmito.
â nĂŁo!! nĂŁo..! â se debatia e erguia uma das mĂŁos tentando manter distĂąncia dele. â vocĂȘ Ă© um assassino!
desde a primeira vez que tinha o visto na cafeteria, o rosto de felipe era o mesmo. não era uma pessoa que demonstrava emoçÔes que não fossem agradåveis, sempre estava com os olhos calmos, apaziguados e a boca nunca se retorcia.
era lindo, tĂŁo lindo que a maioria das mulheres se sentia intimidada quando ele as atendia - vocĂȘ gostava de observar entĂŁo tinha notado tudo isso. entretanto, o homem que estava Ă sua frente agora era algo completamente diferente. as veias saltadas na testa e no pescoço contrastavam tanto com o que ele dizia, como se fosse um animal violento condicionado a se comportar. e ele nĂŁo havia gostado nada de escutar a acusação... nĂŁo porque ele se recusava a ver a verdade, e sim porque vocĂȘ deveria ser grata. afinal, tinha dado muito trabalho.
â eu sou tudo o que vocĂȘ precisa. â retrucou indiferente e sĂłbrio enfim, as lĂĄgrimas que outrora caĂam, completamente secas.
â vocĂȘ nem me conhece! Ă© um maluco! meu deus, meu d-deus do cĂ©u...!! â gritava. uma das mĂŁos agarrando o tecido do vestido na altura do abdĂŽmen que ardia de tanto se contrair, curvando o corpo e respirando com dificuldade.
sua cabeça girava, o instinto de correr para uma das janelas e tentar abrir te consumia e vocĂȘ fazia, sem sucesso porĂ©m, correndo e ultrapassando-o, indo atĂ© a porta da entrada, esmurrando e virando a maçaneta sem parar enquanto se desesperava gritando para que alguĂ©m viesse ajudar.
â eu sei tudo sobre vocĂȘ. â a calma com que a frase saĂa era delirante. â desde os seus quatro anos de idade. sei todas as suas vontades, gostos, sonhos. todas as suas amizades, cada idiota com quem vocĂȘ quis se envolver. todas as suas redes sociais, seus histĂłricos de notas, todas as fotos, mesmo aquelas que vocĂȘ sĂł aparece um pouco. as comidas que gosta, as que desgosta. sua catequese, crisma, as aulas de espanhol que vocĂȘ vĂȘm tendo porque... querendo ou nĂŁo â e entĂŁo ele sorria soberbo e orgulhoso. â vocĂȘ gostou do que leu, nĂŁo gostou, nenita? nĂŁo existe una sola lĂnea que no cruzaria por tĂ...
â ay, me duele asi... mas, nĂŁo adianta, amor... todo mundo sabe que eu fui feito pra vocĂȘ e vocĂȘ foi feita pra mim... ninguĂ©m vai atrapalhar a gente. â ele soprava condescendente, caminhando atĂ© vocĂȘ e te pegando no colo, jogando seu peso sobre o ombro e recebendo de bom grado os golpes que vocĂȘ desferia enquanto tentava escapar. sua força sendo a mesma que a de uma criancinha.
ao entrar no quarto, separado por uma divisĂłria, vocĂȘ parava mais uma vez - pensando que o cenĂĄrio nĂŁo podia piorar... - de repente... sua face estampava quase tudo a sua volta.
fotos e mais fotos coladas nas paredes e no teto, algumas que vocĂȘ sabia da existĂȘncia e outras que nem sonhava - de longe, pixealizadas devido ao zoom. num quadro emoldurado sobre a cĂŽmoda estava um cachecol que vocĂȘ hĂĄ muito tinha perdido no colĂ©gio e nunca conseguido recuperar porque nunca fora parar nos achados e perdidos.
ele te colocava na cama, sentada, assistindo seu rosto estarrecido com a decoração e se agachava a sua frente passando as mãos por suas bochechinhas suadas e coradas do choro.
â se vocĂȘ pudesse sĂł entender o quanto eu te amo... o quanto eu esperei... â segredava e vocĂȘ finalmente o olhava, parando de chorar lentamente, piscando morosa e prestando atenção. seu cĂ©rebrozinho atrofiando as engrenagens como mecanismo de defesa pra que vocĂȘ nĂŁo elaborasse o que acontecia. â eu nunca vou deixar que te machuquem de novo. eu posso te fazer feliz... tĂŁo feliz que vocĂȘ nunca se lembraria do que aconteceu naquele galpĂŁo... mas, eu nĂŁo quero ser o vilĂŁo, cariño... â trazia suas mĂŁos juntas e beijava seus dedinhos miĂșdos que espasmavam.
estava tão consumida que uma parte de si finalmente se sentia plena por saber da verdade, por não precisar mais ter de fazer aquelas associaçÔes com cada nova informação que aparecia.
uma outra parte, se sentia extremamente perdida e encurralada, aos poucos aceitando que nĂŁo havia acordo - e que era natural da cadeia alimentar que o mais forte vencesse.
por Ășltimo, uma fração crescente queria agradecer felipe pelo o que ele tinha feito. nenhum policial, da cidade ou do estado, fora solicito em dar continuidade com as investigaçÔes, e no segundo mĂȘs toda a papelada fora arquivada e nunca mais citada, fosse sobre o abuso ou os homicĂdios.
por isso, quando ele repetia que ninguĂ©m mais seria suficiente pra vocĂȘ, que ninguĂ©m te merecia como ele, nĂŁo te restava outra escolha que nĂŁo fosse acreditar.
meses de incontĂĄveis sessĂ”es terapĂȘuticas que iam pelo ralo, te convencendo muito facilmente de que ninguĂ©m a nĂŁo ser ele aceitaria uma pessoa tĂŁo quebrada e inconsequente...
deitou a cabeça na palma grande que te acariciava a maçã do rosto e descansou as pĂĄlpebras, suspirando e sentindo o corpo doer devido toda força que usara antes. e assim que sentiu os lĂĄbios grandes pousarem nos teus, rachados e trĂȘmulos, nĂŁo resistiu.
â me deixa cuidar de vocĂȘ... â pipe silvou contra o selar.
a mĂŁo dele deslizava para sua nuca te segurando por ali enquanto a outra livre descia para uma de suas coxas, fazendo um carinho manso, querendo que vocĂȘ relaxasse. ele tinha um cheiro bom, - tinha estudado minuciosamente para escolher as notas do perfume que mais te agradariam. pedia passagem com a lĂngua sem dar importĂąncia para o gosto amargo na sua boca e aos poucos vocĂȘ derretia sobre os lençóis.
o corpo era pesado e estava emanando um calor reconfortante. pressionando sua estrutura pequena enquanto o Ăłsculo se tornava mais necessitado.
te soltava os pulsos permitindo que vocĂȘ o tocasse os fios castanhos sedosos, emaranhando-se ali enquanto suas lĂnguas dançavam, girando e enrolando uma na outra. quando se afastavam, um fiozinho de saliva ainda os conectava. tinha tanto tempo desde que nĂŁo era tocada assim que tudo ficava mais intenso.
arfou quando os lĂĄbios rosados do maior selavam suas clavĂculas, beijando e lambendo todo o seu colo, e nĂŁo parando, apenas descendo um pouco do decote do vestido e colocando um dos biquinhos arrebitados na boca. mascava o mamilo, chupando com força antes de abrir a boca e colocar o mĂĄximo do seio dentro para mamar, fungando manhoso.
era horrĂvel que fosse tĂŁo bom... se sentia suja, mas queria mais, forçando a cabeça dele atĂ© o outro lado para dar a mesma atenção ao biquinho que era negligenciado.
â eres tan buena, tan mia... â ele soprava contra sua pele.
o via se colocar de joelhos e tirar a camisa que vestia expondo o tronco forte e trabalhado. o abdĂŽmen desenhado e o peitoral largo... levou a ponta do pĂ© atĂ© lĂĄ, vendo como parecia minĂșscula - todas as suas partes eram - perto dele, deslizando pelos gominhos torneados antes que ele sorrisse e puxasse para cima, envolvendo alguns dedinhos com a boca para chupar e soltar estalado.
tirou seu vestido em sequĂȘncia adentrando as mĂŁos enormes por baixo e subindo atĂ© que passasse a peça por sua cabeça, jogando longe, logo mais se curvando e beijando sua barriguinha. mordiscava algumas vezes em volta do umbigo te fazendo eriçar. aos poucos a lubrificação que melava seu canal ia se acumulando e umedecendo a calcinha, te deixando afetada.
pipe te virava de bruços e puxava um travesseiro para colocar debaixo do seu quadril, sĂł pra te ter empinada. enchia as mĂŁos com seus glĂșteos e apertava, afastando as bandas e soltando; vendo a carne balançar. vocĂȘ era tĂŁo gostosa, tĂŁo linda, tĂŁo dele... mordia de levinho ali tambĂ©m antes de descer a calcinha e ver sua bucetinha estreita reluzindo. apertava as laterais fazendo os labiozinhos se espremerem mais um contra o outro e entreabria a boca antes de vergar-se e inspirar o cheiro do seu sexo, revirando os olhos e levando a mĂŁo atĂ© o prĂłprio falo coberto para se apertar por cima da calça.
ia se condenar mentalmente por estar tĂŁo excitada jĂĄ, mas nĂŁo teve tempo quando felipe começava a te devorar naquela posição. ele enfiava o rosto entre as suas pernas abocanhando sua buceta e sugando despudorado. lambia animalesco arrastando o mĂșsculo quente do grelinho atĂ© a entradinha traseira onde forçava para encaixar a ponta e mexer te tirando choramingos sĂŽfregos.
quando vocĂȘ estava toda babada ele se distanciava observando a obra. chutava o prĂłprio jeans para se livrar da roupa e sentava na cama, te trazendo para o colo, com vocĂȘ de costas. o membro duro na cueca te espetava a lombar enquanto ele amassava seus seios e beijava seu pescoço.
â tĂĄ vendo, nena? sĂł vocĂȘ me deixa assim duro... nĂŁo quero mais ninguĂ©m. tem que ser vocĂȘ. â sussurrava arrastado na sua orelhinha antes de mordiscar o lĂłbulo.
descia a mĂŁo atĂ© sua rachinha e dava tapinhas sobre a pĂșbis melecada, rindo seco atrĂĄs de ti notando como vocĂȘ reagia a cada ação. segurou seus quadris e te ergueu o suficiente para que pudesse retirar o membro do aperto e ajeitĂĄ-lo na sua entrada. no mesmo instante seus olhos corriam para ver o tamanho avantajado. ele era grosso e a glande estava inchada vazando prĂ©-gozo.
â n-nĂŁo vai caber. â negou subitamente apertando um dos antebraços do maior tentando se levantar, se frustrando jĂĄ que com apenas um braço ele te mantinha no lugar.
â lĂłgico que vai. vocĂȘ nĂŁo entendeu ainda? nĂłs fomos feitos um pro outro... â dizia antes de te deslizar para baixo fazendo o cacete penetrar atĂ© o fim.
vocĂȘ puxava o ar com a sensação sufocante. era grande demais, preenchia todos os cantinhos possĂveis e alargava suas paredes que se esforçavam para fazĂȘ-lo acomodar. sua barriguinha estufava automaticamente e o clitĂłris ficava todo expostinho por conta da pele esticada enquanto felipe por muito pouco nĂŁo te partia ao meio. suas perninhas inquietavam e vocĂȘ chorava baixinho com a ardĂȘncia, pedindo que ele fosse devagar como se recitasse um mantra.
começava te guiando, apertando seu quadril para te fazer subir e descer e soltava a respiração falhadamente "muito apertada, porra...", sussurrava sozinho enquanto te fodia. queria ter um espelho para ver vocĂȘ de frente, mas conseguia imaginar como estava. a cada vez que colocava atĂ© o talo um som molhadinho ressoava; era a cabecinha dele beijando o colo do seu Ăștero, te fazendo arrepiar inteira.
ele era paciente, nĂŁo aumentava o ritmo, mas o seu aperto intenso estava fazendo todo o trabalho para ele, apertando toda a extensĂŁo como se quisesse expulsĂĄ-lo enquanto vocĂȘ mesma babava e balbuciava algo apoiada no ombro dele.
quando jĂĄ estava treinadinha, o garoto te deixava subir e descer como queria, cheia de dificuldade jĂĄ que era empaladinha por ele. sentia-te rebolando e ouvia as lamĂșrias dizendo que era demais para si.
te puxava para ficar com as costas coladinhas no peitoral e descia os dedos de novo para sua xotinha, massageando em cĂrculos o pontinho que pulsava antes de subir um pouco a mĂŁo e pressionar o baixo ventre inchado com ele dentro; sua reação era espernear e colocar a mĂŁozinha pequena sobre a dele.
â assim, hm? olha como vocĂȘ me tem bem, amor... bem fundinho, atolado em vocĂȘ... â a palma botava mais força e vocĂȘ conseguia sentir internamente os centĂmetros deslizando no vai e vem. â e quando eu gozar vocĂȘ vai ficar toda buchudinha, nĂŁo vai? vai tomar a minha porra e guardar aqui, sĂ?
nenhum pensamento coerente se formava no seu consciente mais, nenhuma frase saĂa, e toda a estimulação fazia seu corpo ficar inflamadinho, cada vez mais perto de gozar.
ele não estava diferente, o membro pulsava, as veias salientes que massageavam sua cavidade nas estocadas denunciavam o quanto ele estava perto latejando de forma dolorosa naquela bucetinha tão justa sua. ficando pertinho do åpice felipe usava as duas mãos para te guiar de novo, ouvindo o plap plap das suas coxas chocando contra o colo dele e o barulhinho encharcado que a mistura da sua lubrificação com a porra dele começavam a fazer.
mas, se segurava, esperando que vocĂȘ arqueasse e desse um gemido alto e penurioso enquanto atingia seu orgasmo para poder se desfazer junto. o leitinho dele te lotando.
pipe arfava com a cabeça apoiada na sua enquanto a boca entreaberta buscava ar para se recuperar e as mãos te percorriam, sentindo todas as curvas e a pele morna e macia abaixo. virava seu rosto e tomava seus låbios outra vez. "te amo, te amo tanto", segredando amolecido.
e de fato amava.
amava loucamente e de uma forma que vocĂȘ nunca poderia compreender por completo. viraria o mundo de cabeça pra baixo por vocĂȘ, moveria mares e montanhas se fosse possĂvel e nĂŁo deixaria que ninguĂ©m te perturbasse, nĂŁo permitiria que qualquer coisa ou pessoa ficasse no seu caminho e te faria entender que sĂł ele poderia proporcionar aquilo tudo.
e era por isso que vocĂȘ devia amĂĄ-lo de volta. alĂ©m do mais, vocĂȘ jĂĄ estava ali... nĂŁo era como se ele fosse te deixar escapar.
#lsdln smut#la sociedad de la nieve#felipe otaño reader#felipe otaño smut#pipe otaño reader#pipe otaño smut#pipe otaño#deus me proteja veyr
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Que a essĂȘncia da luz seja sempre o combustĂvel do meu coração. Quero alcançar meus medos e enche-los de coragem, poder voar na vida como um pĂĄssaro livre, leve. Que a minha alma seja amiga das sutilezas e abrace em mim o maior e melhor amor que hĂĄ. Que a vida me recepcione diariamente com a felicidade, pois de todas as coisas que amo a melhor delas Ă© Viver!
Ă claramente o inĂcio de tudo.
Lanna Borges
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so long, lando. | ln4
{ lista principal }
pov: hora de dizer até logo para o amor.
- avisos: narração em terceira pessoa, angst, sem final feliz, fim de relacionamento, menção a crise de ansiedade.
- wc: 976.
- n/a: estava a muito tempo tentando escrever isso. nĂŁo sei bem como me sinto sobre, mas... enfim. e sim, Ă© inspirada em so long, london da ts. para melhor experiĂȘncia recomendo ouvir a mĂșsica enquanto lĂȘ. (nĂŁo me responsabilizo por lĂĄgrimas, i'm sorryyyy)
Imagens tiradas do Pinterest, todo direito reservado ao seus autores. HistĂłria ficcional apenas para diversĂŁo, nĂŁo representa a realidade e os personagens utilizados possuem suas prĂłprias vidas e relacionamentos, seja respeitoso. đ
Lando abriu a porta do apartamento e o frio logo o recepcionou. O lugar estava escuro, quieto e muito gelado, como se fantasmas, totalmente sem vida, dançassem no meio da sala.
Ele acendeu a luz e chamou pela noiva. Recebeu silĂȘncio.
Largando a mala no chão e as chaves no aparador ao lado da porta, ele olhou ao redor, a procura de algum sinal de que ela estava ali. Não encontrou nada, então foi em direção ao quarto deles, mas não havia ninguém ali também. Nem no quarto de leitura, nem no escritório, nem em nenhum lugar. Conforme percorria os cÎmodos, Lando sentiu que algo estava errado e não gostou nada do sentimento de sufocamento que começava a roubar seu ar aos poucos.
Ele e a noiva estavam juntos hå sete anos, mas as coisas jå não eram as mesmas hå pelo menos dois. O pedido de casamento, inclusive, havia sido uma tentativa de salvar tudo. Porém não funcionou. A cada dia, a noiva se afastava mais, parecia mais triste e decepcionada por Lando nunca cumprir tudo que um dia prometeu a ela.
Lando a amava, disso tinha certeza, mas em algum momento começou a se sentir insuficiente, começou a se sentir incapaz de fazĂȘ-la feliz. Vozes em sua cabeça gritavam que ele nĂŁo daria conta de conciliar tudo, que ele precisava escolher entre ela e a carreira, que precisava deixar de ser egoĂsta e resolver a situação, mas simplesmente nĂŁo conseguia. Era corajoso o suficiente para dirigir um carro hĂĄ 300km/h, mas nĂŁo era para enfrentĂĄ-la ou deixĂĄ-la ir. Permaneceu paralisado, fingindo estar alheio Ă s mudanças, se afundando cada vez mais em trabalho.
A Formula 1 tomava tanto seu tempo, que quando deu por si, jĂĄ nĂŁo era somente o Lando Norris; era o Lando Norris da McLaren. E ele deixou ser assim, se transformou numa pessoa que nĂŁo reconhecia, se distanciou tanto do que era, que nem se quer enxergava mais o antigo Lando.
Então, não podia a culpar por cansar dele; até mesmo ele estava cansado.
Quando chegou na cozinha e viu o envelope laranja (Hå! Grande ironia!) em cima da bancada, nem precisou se aproximar muito para saber que sua vida mudaria e aos poucos, começou a senti-la desmoronar em volta dele.
O piloto se aproximou devagar, como se fosse uma bomba prestes a explodir e o tomou nas mĂŁos com cuidado. Seu nome estava escrito com a caligrafia delicada da amada. Ele sentiu a garganta fechar e os olhos marejarem antes mesmo de abrir.
Puxou uma das banquetas e se sentou, abrindo o envelope com cuidado. Dentro, havia um pedaço de papel, mas tambĂ©m um objeto pequeno, a aliança de noivado. A primeira lĂĄgrima escorreu veloz pela bochecha do piloto quando ele segurou o objeto, ele a secou e a perna automaticamente começou a balançar pra cima e pra baixo. Com as mĂŁos trĂȘmulas, abriu a carta.
AlĂ©m da caligrafia, que perdia seu padrĂŁo do inĂcio para o final, como se escrita com dor e rapidez, tambĂ©m havia manchas pelo texto. Manchas de lĂĄgrimas.
Seus olhos se nublaram ainda mais com as lågrimas que agora escorriam descontroladamente pelas bochechas. Ele respirou fundo antes de começar a ler.
âQuerido Lando,
Por muito tempo, vocĂȘ foi minha fortaleza, meu farol em dias nublados e escuros, uma espĂ©cie de forte onde eu me abrigava para me esconder das fortes ventanias repentinas que apareciam destruindo minha vida. E vocĂȘ exerceu seu papel tĂŁo bem.
Nunca se importou em me ligar; nĂŁo importava o lugar do mundo que vocĂȘ estava, nunca se importou de me ouvir, de me acolher em seus braços quentes e sempre cheios de vida. Seu sorriso era o que costumava ser meu aquecedor, era instantĂąneo sentir o calor percorrer meu corpo quando via vocĂȘ sorrir. Quando ele vinha acompanhado de uma gargalhada, era ainda melhor, parecia combustĂvel sendo injetado em minha veias, me fazendo continuar. NĂŁo sei para onde, mas eu continuava por sua causa. E eu continuei por muito tempo, por conta dessas pequenas coisas, e aguentei tanto que nĂŁo consigo organizar meus pensamentos direito quando penso nisso. Mas meus braços cansaram de te segurar, Lando.
Cansaram de te abraçar com força, na esperança de que vocĂȘ ficasse, que me escolhesse mais uma vez. Cansaram de carregar esse relacionamento por aĂ apĂłs ele passar ser um fardo, mas principalmente pra vocĂȘ. Cansei de tentar te fazer rir, de tentar te acessar de todas as maneiras que eu conhecia, de te assistir se tornar o homem da McLaren, nĂŁo meu.
NĂŁo entenda mal, sinto orgulho de vocĂȘ e de ter ver alcançando o que sempre desejou, mas e eu? Assisti tudo de longe e sorrio? VocĂȘ esqueceu de me levar junto enquanto estava por aĂ, vivendo sua vida, conhecendo lugares e se tornando o que sonhamos juntos. E eu nĂŁo entendo por que, sempre remei por vocĂȘ, com vocĂȘ. Deixei de lado coisas que eu conhecia, coisas que eu era, sonhos que sonhava. Por vocĂȘ, Lando.
Sabe quanta tristeza suportei para continuar remando? Para continuar fazendo massagens cardĂacas nesse amor, na esperança de fazĂȘ-lo ressuscitar? NĂŁo, acho que vocĂȘ nĂŁo sabe e nunca vai saber. Tudo que fiz foi pensando que seria recompensada com a Ășnica coisa que me importava: vocĂȘ.
VocĂȘ pode me acusar de abandonar o navio, mas eu estou afundando com ele e querido, isso eu nĂŁo posso suportar. Saiba que nĂŁo estou furiosa com vocĂȘ, estou furiosa porque eu amava o lugar que vocĂȘ era. VocĂȘ era meu lar, Lando. E agora Ă© apenas um espaço vazio e frio.
Foi bom enquanto durou, um momento de Sol morno. Mas Ă© hora de partir e eu sei que vocĂȘ vai encontrar alguĂ©m para habitar sua casa novamente.
Desculpe não esperar para me despedir, sei que não conseguiria e te amar estå me arruinando. Eu preciso ir e prefiro não falar para onde, preciso de espaço, mas estou bem, caso isso te importe. Entro em contato para buscar minhas coisas.
AtĂ© logo, Lando.â
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Fui comida na massagem que ganhei de presente do meu marido antes do natal.
By; Mari
OlĂĄ, me chamo Mari, sou de fortaleza, cearĂĄ, tenho 1,70, 38 anos, 68 kg, branquinha, bonita, casadaâŠ. estou um pouco insegura, mas vou contar assim mesmo.
Tenho um marido que Ă© um cara maravilhoso, de verdade, como homem e ser humano, entretanto, nĂŁo sei o que me aconteceu, que dias atras acabei traindo eleâŠ.
Nosso sexo Ă© perfeito, ele Ă© forte e na hora da cama, sabe fazer o serviço como poucos. Eu sei que ele me ama e me admira muito a minha imagem de mulher santa na casa e safada na cama era muito bom pra eleâŠ.
De uns tempos pra cĂĄ, sempre entrava na hora da foda um assunto de um outro cara me fudendo, isso realmente era muito excitante, pra ele e pra mim, mas a conversa sempre encerrava aliâŠ.
SĂł pra vocĂȘs saberem, eu adoro massagem⊠Pouco antes do Natal, ele resolveu me presentear com uma massagem relaxante, nada de mais, pois jĂĄ fizera isso outras vezes, entretanto essa foi diferente.
Me levou na casa de uma pessoa, massagista, me deixou lĂĄ, e disse que iria vir me buscar mais tarde, que era um diferente, que um amigo lhe indicou.
Eu entrei na casa, um cara Novo, de 27 anos me recepcionou, o lugar era agradĂĄvel, meu esposo parecia nĂŁo conhecer bem o profissional e lĂĄ me deixou. O massagista me levou a um quarto, bem aconchegante, luz baixa, amarela, sonzinho baixinho, musica agradĂĄvel tambĂ©m, lugar cheiroso, Ăłtimas impressĂ”es eu tive, me pediu que tirasse a roupa e ficasse a vontade, normalmente se fica de biquĂni ou langiere e foi o que eu fiz.
Depois q estava deitava de bruços e só de calcinha e sutiã, ele apareceu, envolvido em cheiros, ficamos conversando coisinhas bobas, enquanto ele começava a me tocar, bem lentamente, ja me colocara uma mascara nos olhos para eu não ver nada, tinha mãos quentes e grandes, e sem entender de onde surgiu aquele tesão, comecei a ficar excitada, na sequencia!!
NĂŁo sei bem o que me deixou daquele jeito, ele era gostoso sim, mas foi muito gentil, nĂŁo me deu muita brecha pra entender algo assim, mas se tivesse que dizer um algo, devia ter sido a maneira como massageou meus glĂșteos.
Aquela maozona me pegando cheia, apertando forte, me arregaçando toda, me pegou, ainda mais loucura foi entrar em assuntos sacanas com ele. Quando percebi estava falando sacanagem com o cara que nem conhecia kk
Certo momento da conversa, ou da massagem, eu pedi pra olhar ele, pois sĂł estava ouvindo aquela voz, ele disse que permitia que eu levantasse um pouquinho o tapa olho e eu fiz.
Estava um pouco escurinho, mas deu pra ver que ele usava uma toalha apenas e o volume era aparente, baixei logo o tapa olho, e ele me perguntou;
- o q achou?
Fiquei muda.
Ele disse: - nĂŁo posso esconder, vc fez isso comigo!!
Pronto! O clima de sexo tava no ar, eu e ele sozinhos numa casa, numa sala escura, eu tremendo de vontade de vĂȘ a rola dele debaixo da toalha, quando senti ele encostando na minha mĂŁo, era a pica dele pela toalha, bem na minha mĂŁo, eu tive a chance de dizer, âparaâ, mas nao foi o que eu fiz.
Mexi a mĂŁo e peguei no pau dele. era grandĂŁo, grossĂŁo!!. NĂŁo quis nem saber, agi como se fosse uma veterana, levada pelos desejos dos diĂĄlogos de sexo a trĂȘs que meu esposo me fizera sentir, peguei o cacete do cara e trouxe ate a minha boca, chupei tudo e todo e com a venda nos olhos, para diminuir a culpa.
Adorei quando ele me disse;
- chupa vagabunda
Eu me esqueci do mundo mamando aquele caralho, ele em pé na minha frente e eu deitava de bruços chupando ele.
Ele disse; - fica aĂ, vou te fuder agora.
Era inacreditĂĄvel o que eu estava fazendo, o cara ja estava atras de mim, me puxou de lado da maca, e me fudeu gostos, era um moleque tarado, pau muito duro, me fodia muito gostoso, sem parar, devia estar com muito tesĂŁo a tempos.
NĂŁo quis parar nem um momento, ele ja iria gozar com tanta pressĂŁo como estava. Se levantou, me virei e ele gozou na minha cara, me chamando de vagabunda, Ttudo em silencio, sĂł a culpa que gritava em meu ouvido.
Ele me entregou toalha nova, me disse onde era o banheiro e fui me limpar.
Quando retornei, ele ja estava com tudo aberto, iluminado, limpo, me serviu um suco, eu jĂĄ sentada na sala de estar esperando meu esposo, nada parecia ter acontecido, muito profissional.
Nunca mais nos vimos, tudo isso estå me perturbando, pois antes eu era pura mesmo, mas agora essas coisas não saem da minha cabeça, meu marido nunca soube, e quando saà dali disse que não havia gostado muito, pra não dar bandeira, claro.
Mas acho que quero mais, estou louca para voltar lĂĄ, desta vez sem o meu marido saber que fui lĂĄ.
Enviado ao Te Contos por Mari
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Posada playamed 2022. đđđ
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đPasillos.
No quiere estar ahĂ. PodrĂa jurar que puede probar en su boca la amargura de aquella tensiĂłn que flota en el aire, la que se aferra a sus hombros y espalda y se niega a dejarlo. Si es por culpa de algĂșn instinto o su disciplina, no se detiene a pensarlo. Si no hubiera sido por las primeras palabras (Ăłrdenes) que ha recibido de su sire en semanas, ni siquiera estarĂa de vuelta en el palacio, de eso estĂĄ seguro. Entre la sala de recepciones y los jardines (o eso supone), busca recuperar un poco de aplomo antes de volver, en una postura aparentemente indiferente mientras se recarga contra la pared. No esperaba compañĂa. "ÂżEstoy en un sitio prohibido?" inicia con sutil burla impresa en su voz, mientras su mirada va de inmediato a ahora acompañante. "ÂżMe vas a acusar?" media sonrisa eleva comisuras derechas de sus labios. Realiza deliberada pausa antes de agregar parsimonioso: "Hay demasiada diversiĂłn para mĂ en la sala de recepciones~"
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