#Quando chego ao ponto de partida...
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#Muito já andei...#A muito a se andar...#Pegadas que deixei...#Muitas outras a registrar...#Nessa caminhada da vida...#Todo dia é por se só uma grande jornada...#E sempre abraço a gratidão...#Quando chego ao ponto de partida...#Aonde tudo ao hoje começou...#Meu cantinho#em meu coração. ☪️🧡💜❤️☪️
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Carta à lua
Liguei no rádio a play list e tocou "The space between". Dei partida e os motores da minha espaço nave logo se agitaram; as chamas queimaram e aqueceram todas as expectativas. O trajeto eu ja havia traçado e calculado muito bem, mirava a Lua pois lá era onde iria pousar e/ou talvez repousar.
Oh!! Como contei as horas pra esse momento, pois tudo dependia do dia e hora certa em que ela estaria ali, a brilhar na imensidão do céu. Tudo pronto agora pois uma vez avistada no céu seria fácil chegar até você ò Lua.
Entretanto percalços do trajeto trouxeram atrasos e bem após a largada chego ao céu, ele já estava carregado e escuro, luzes e barulho ofuscavam minha visão, foi quando percebi que dificilmente te veria ò lua.
Ali dentro da nave perdido eu estava, meu peito queimava na sensação que mesmo em volto a toda revolta e turbulência de certa forma você me olhava dizendo, "ei astronauta eu estou aqui!".
Foi quando me deparei que já havia passado por duas vezes tão perto de você, estive tão perto e isso doeu.
Passou muito tempo e a gravidade me trouxe de volta, aos cacos me recolho feito um trapo e pouso minha nave. Já em terra firme de pés no chão... cabisbaixo olho de volta ao céu a fim de me comunicar de alguma forma, de tão longe tú ò lua envia seu sinal como todos os dias de luar, porém essa noite você estava de vestes claras, foi difícil descrever tanta beleza em palavras me restando apenas sentar pra aprecia-lá. De joelhos e perplexo fiquei ali, extasiado.
A coisas que são inexplicáveis a nós, pois, como pode estar você tão perto e tão longe de mim ò lua? sim, longe a uma distância infinita como o espaço. Mas tão perto, tão perto a ponto de sua luz chegar até minha meu corpo?? Sutilmente como uma canção você apareceu céu, no meu céu! desejo que nunca amanheça pra que eu possa sempre tê-la no ponto mais alto.
Eu deveria deixar de me preocupar, e como todo ser ser acostumado a presença dos astros, mas então mais uma vez recaio em êxtase construindo outra nave pra chegar até você.
Uma teia de aranha está emaranhada comigo, e perdi a cabeça e... e eu.. eu grito: " oh não o que é isso?" Então giro e me contorno dessa maluquice de voce ò lua. Mas logo estou novamente, desenhando e calculando, juntando e fazendo contas no meu quadro negro buscando uma forma de chegar até a você.
Sei que tem tanta coisa a mostrar, será que serei um desbravador a te conhecer? Saber de sua luz e das suas trevas, saber do que á em você, sua composição?? Queria ser eu um uma estrela a ir em sua direção e chocar-me, fundir-me de vez a você.
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✦ Nome do personagem: Kim Joohyuk. ✦ Faceclaim e função: Zico - Block B. ✦ Data de nascimento: 14/09/1992. ✦ Idade: 31 anos. ✦ Gênero e pronomes: Masculino, ele/dele. ✦ Nacionalidade e etnia: Coreia do Sul, sul-coreano. ✦ Qualidades: Gentil, bondoso e amigo. ✦ Defeitos: Desapegado, rude e impaciente. ✦ Moradia: Mount Olympus. ✦ Ocupação: Bartender do Dionysus Lounge e Dono do grupo Kim. ✦ Twitter: @MO92KJ ✦ Preferência de plot: ANGST, CRACK, FLUFFY, HOSTILITY, ROMANCE, SMUT. ✦ Char como condômino: Joohyuk é um homem muito solícito e que gosta de ajudar e ser responsável pelas pessoas, talvez isso venha dos cuidado que teve que ter com a irmã quando mais novo, também gosta de estar presente nas reuniões de condomínio como um bom condómino, além de ser um grande festeiro que está sempre atualizado sobre as festas que tem na cidade, geralmente não perde nenhuma. Como é bartender, não é difícil ouvir todos os tipos de drinks saindo do bar do maior, por isso não é o cara mais quieto do lugar, no mais, é um bom rapaz.
TW’s na bio: abuso de uso de álcool, falecimento materno e paterno, citação a doença (câncer).
Biografia:
Como que uma família bem estrutura ia a ruína do dia para a noite?
Em uma manhã florida, nascia um pequeno menino em meios aos primeiros dias de primavera em Gangnam-gu. Certa vez, seu pai, um empresário de grande renome, questionou à sua mãe qual seria seu nome e dali em diante a criança ficou conhecida como: Kim Joohyuk, um adorável menininho de uma família muito renomeada da Coreia do Sul, que era muito esperava por seus pais. O primogénito da família, entretanto, não havia vindo sozinho, tendo consigo uma irmã da mais nova que por sua vez se davam muito bem, ele sempre a defendia de tudo e de todos mesmo ainda muito pequeno achava que aquela era sua missão, sendo assim um irmão coruja desde muito cedo.
Joohyuk cresceu, até seus sete anos de idade com sua mãe do lado, só que após essa idade uma devastação iria acontecer em sua vida: O falecimento e a perca de sua mãe para uma doença incurável. Nesse tempo, Joohyuk entendi perfeitamente tudo sobre qualquer assunto, sendo um menino prodígio ou quase isso, ele entendia bem o que estava acontecendo com sua família, com seus pais e principalmente com sua mãe, que estava sendo comida por uma doença pouco a pouco e silenciosamente, sem que ela pudesse dizer nada e aquele desconforto durou quatro anos de eternas lutas dia pós dia, até que sua mãe veio a falecer devido a recorrência de um câncer, nessa épica, o senhor Kim não dava mais conta dos filho, virou um grande beberrão, abandonando a sua própria empresa nas mãos do tio do menino, que agora comandava tudo mas mal queria saber das crianças que daquele casamento foram feitas, por isso que Joohyuk cresceu cuidando de sua irmã mais nova, como pai e vendo seu pai dia e noite bebendo, trazia más sentimentos para ele, o homem havia se tornado alguém completamente agressivo quando estava completamente bêbado e o único que estava ali para enfrentá-lo era o pequeno menino de onze anos de idade.
Vida difícil, ter que conciliar escola, os cuidados com a irmã e o medo constante de ser machucado pelo pai que não aceitava a partida de sua esposa. Aquela inconformação rendeu ao homem também uma doença, pela quantidade de álcool que tomava e acabou afetando seu fígado e estômago maneira surreal, eram noites ajudando seu pai a se recuperar com chás ou coisas que sua mãe ensinava à ele, como uma família tão bem estruturada havia chego àquele ponto? Ninguém sabia, menos ainda Joohyuk, que era só uma criança aquela altura. ele só fazia ou fez o que ensinaram à ele até o finalmente chegar mais uma vez. De luto agora pelo pai, chorava ao lado de sua irmã e que iam embora ao lado dos avós maternos, que futuramente viraria a lembrança de pai e mãe que eles tiveram. Foram tempos difíceis, muito complicado, e geralmente cheios de altos e baixos e perguntas: Porque o pai deles não havia pensado neles quando sua mãe faleceu? Porque aquilo tinha que acontecer com a sua família sendo que existiam tantas pessoas ruins pelo mundo? Porque tinha que acontecer com ele e com sua irmã mais nova que não merecia passar por aquilo tudo, ainda que eles estivessem juntos naquela jornada?
Talvez isso deve tê-lo tornado rebelde na adolescência, que pode-se dizer que seus avós comeram um belo doce.
Quando completou seus dezesseis anos de idade e estava no colegial sua vida virou uma eterna loucura, bebida assim como seu pai, não ao ponto de ficar agressivo ou bêbado, mais contente sim, matava aula e fazia extrapolarias pelo local que conhecia como colégio, Joohyuk era ainda aquele menino prodígio, por essa razão não podia ser expulso de um colégio tão bom com notas acima de 8,5, apesar de tudo ele dava o melhor de si e era focado, tanto em suas notas quanto na criação de sua irmã mais nova, coisa que seus avós não interferia e quando fechava seus olhos pensava em tudo o que tinha acontecido consigo, as lágrimas caíam e transbordavam por sua rosto limpo e claro, ele ainda não estava pronto para aquela conversa, mas a verdade é que sentia saudades de quando era mais novo e quando tinha seus pais alegres e sorridentes por perto. Por vir de uma família rica, ais dezenove anos de idade, começou a estudar numa universidade de renome e conheceu uma pessoa a quem despertou desejos nele, mas nunca admitiu, era a única vez que tinha se afastado da sua irmã por tão longo tempo, e quando terminou tais estudos de administração, resolveu aplicar sua vingança contra seu tio, tomando conta de tudo que tinha direito por nome. Seus avós nesse época não eram contra as suas atitudes, até achavam certo, e assim foi feito, ele conseguiu, tomar conta de tudo que era seu por lei e agora era um grande magnata dos negócios, por mais que não gostasse de ser reconhecido, sendo assim um homem de várias facetas para que pudesse se esconder, todos sabiam que a rede de hotel era do grupo Kim e referente ao presidente Joohyuk, mas quem era Joohyuk? Existiam muitos na Coreia do Sul.
Para se esconder da pressão de ser “presidente” de uma empresa, colocou seu melhor amigo como disfarce e com isso comprou uma casa no Mount Olympus, um lugar de grande renome, além de ser bem espaçoso, ali ninguém iria descobrir que ele era o tal Joohyuk tão “bem visto” pela empresa, assim como também arrumou um emprego de bartender em um famoso bar da cidade, sendo assim, escondendo ainda mais sua idêntidade e apesar de tudo, ainda usava seu nome de batismo, até porque: Realmente, quantos Joohyuk existiam na Coreia do Sul.
Aos 30 anos de idade, atualmente, visitava sua irmã mais nova com frequência, mas tinha sua própria cara, seu próprio negócio e o que faltava na sua vida? Bom, eu acho que nessa história nós vamos descobrir juntos...
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Lembrança de lembrar
Bêbada em uma quinta-feira, te encontrei sob a baixa luz da sub-consciência. Você passou por mim, o cabelo voando. Eu gostaria de falar algo naquele dia. A busca das raízes do melancólico era admirável, eu te disse. Sentados lado a lado, eu te agradecia pela escrita mas por um desvio de atenção, o lobo occipital recebeu as imagens do sorriso e enviou para as associações. Eu não sabia e nunca tinha reparado. Quase 1 ano desde aquele dia eu afirmo veementemente: maldito seja o dia em que eu fui agradecer por uma escrita e recebi o sorriso mais bonito do bar.
Desde então, a minha vida se emudeceu e eu não consigo mais falar. Bloqueada pela repressão, sendo vítima do Mal - estar eu não quero sentir, eu não quero dizer eu não posso sentir, eu não posso dizer É pecado se apaixonar pelo modo como alguém assopra a fumaça do cigarro, lançando para cima e olhando pro céu. Foi assim que você fez eu reparar que haviam muitas coisas bonitas e que eu gostaria de apreciar e dizer. E eu as disse, sob a baixa luz da sub-consciência. É nos breves momentos de retraição do superego que a gente se torna mais vulnerável ao desejo pelo outro, não há medo de dizer. Apesar disso, eu temi. Sentia que poderia expor o coração e ganhar um nada. Veio pior, era a linguagem da indiferença que entrava em cena.
******, tem uma região entre o teu pescoço e a raíz do teu cabelo. Abaixo da orelha, bem ali. Não existe nenhuma superfície no mundo em que eu gostaria de encostar, nenhuma comparável àquele lugar.
Certa tarde, me peguei jogada na cama. Meu corpo pesava. Talvez era apenas a anemia posta em visibilidade ou a fraqueza da jornada tripla. Mas eu só sei que pesava e tudo ao redor era a mensagem que eu não conseguia compreender. Se você riu comigo nos outros dias, o que tinha acontecido então?
Eu nunca soube entender aquele dia de agosto Eu nunca soube o que de fato te afastava de mim. Senti o aperto no corpo todas as vezes em que você deixou a ausência aparecer em relevo. Eu não consigo sequer acerta na palavra, não chego a dizer exatamente o que é. Em análise, perco minutos e minutos e me interrompo. Busco desvios e tento contar o quanto todas as suas partidas me feriram. Mas eu nunca chego no ponto. Eu gostaria que você tivesse gostado de estar comigo e que te fosse uma lembrança de lembrar. Não esqueci de palavras. É "lembrança de lembrar" mesmo. Sabe quando a informação é associada com o colorido emocional, lá do sistema límbico? Quer dizer que a memória importa, deve ser lançada ao longo prazo. Ela volta e faz a pessoa sentir a falta, faz querer reviver. Eu sentia falta do lugar no pescoço, de alguma coisa na sua fala que parecia Cazuza. Sentia falta da meia borboleta. Me era estranho relacionar os bons momentos ao teu lado com as ausências repentinas e repetidas. Você deixou de estar tantas vezes que eu achei que não lembrava mais nem meu nome.
Ia voltava ia voltava ia voltava iaaaaaaaaaa voltava iaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa voltavaaa iaa voltav iaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa e tentou voltar.
Doeu tantas vezes que parecia a primeira vez. Naquela tarde eu chorei como não queria. Imagina sentir tristeza por alguém não ter lembrança de lembrar de como é estar com você? Eu senti todos os dias e sinto até hoje. Foram tantas as vezes em que você deixou de ficar que parecia fácil demais. Chegou o ponto que eu quis aprender. Queria referências, tutoriais, aulas práticas. Queria acompanhar o teu jeito de não estar comigo. Mas minha conformação não facilita jogar o jogo, usar as táticas. Sair fora, tratar o outro como se fosse uma tarefa de dias. "Dias sim, dias não. Talvez só no outro mês eu apareço para você."
Doeu como uma verdade. Apareceu no corpo e fez pesar. Naquele dia, tocava "Agora Eu Quero Ir". A música daquelas duas meninas que eu nunca soube o que cantavam. Naquele miserável dia elas falaram por mim. Eu nunca vou poder te contar como doeu aquela vez que você disse que era só o jeito teu de ser. Jeito de ficar disperso e não ter lembrança de lembrar. Aquele dia meu sofrimento pareceu migalhas diante da tua indiferença. Diante da tua indiferença de meses. Eu só conseguia pensar: "o que eu estou fazendo esta madrugada? se eu tivesse sentimento bonito, se eu tivesse cuidado do meu pequeno ser, se eu tivesse me amado primeiro..." Macabéa! Aquele dia ficou claro que eu era mais sozinha do que imaginei. Estava sozinha há meses, com o coração e com as lembranças do sorriso. Lamentando uma partida que se fazia de novo, que eu não sabia. Nem ele sabia, pois não era uma lembrança de lembrar.
O maior de meus erros foi ter te permitido voltar todas as vezes. O apaixonado é, em síntese, alguém que sente e esconde o sentir. Sente o bom, esconde que sentir o bom esconde o que de bom faz sofrer. Esconde que as vezes sentir dói mais do que faz bem. Mas o sentir é tão bom. Eu gostava de tantas coisas em você e eu nunca tive vergonha de dizer cada uma delas. Hoje eu vejo que foi um erro. Mas não mais do que ter permitido ir e vir para mim todas as vezes que fosse do teu desejo. Eu nunca achei a forma de fazer você ficar aqui por mais alguns dias. Baixinho, tranquilo e sem exigências. Do jeito que eu imaginei que poderíamos ser. Não era muito, não era demais. Eu gostava de você de um jeito que ainda existe e me faz sentir tristeza. Tem uma enigma sem solução entre você e eu. A depender da fortaleza que se põe entre nós, a mesma que te aprimora cada vez mais na linguagem da indiferença, nós não estaremos juntos de novo. Eu queria ter a oportunidade de dizer que as tuas idas e vindas me fizeram sofrer, bem mais do que eu gostaria de admitir. No final das contas, teria sido melhor ter te ouvido dizer que não gostou de ter comigo. Tudo teria sido melhor do que a sua saída pela dispersão.
Eu escrevo como quem pede para não ter mais lembrança de querer voltar. Eu sinto saudade todos os dias e dói saber que estou errando comigo. A vida precisa ser vivida. Estou triste por ter esbarrado em você na escuridão daquele bar, eu jamais saberia que ali se iniciava a trajetória do sofrimento pela indiferença.
Espero poder perder as lembranças de lembrar e de nunca mais voltar a sentir, pelo menos não enquanto não aprender a ser como alguém que é você.
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Anderson Conceição vive expectativa de reestreia pelo São Bernardo e elogia evolução do clube
Em 2017, o zagueiro Anderson Conceição teve a oportunidade de disputar o Campeonato Paulista pelo São Bernardo, mas não ficou muito tempo na equipe, pois destacou-se e acabou negociado com o futebol português para a equipe do Chaves. Sete anos depois, o defensor acertou o seu retorno ao clube paulista para ser uma peça importante na busca pelo acesso à Série B.
Anderson Conceição foi anunciado no último dia 25 de julho e ele já vive a expectativa de reestrear no próximo domingo, quando o São Bernardo medirá forças, em casa, às 19h, diante do Caxias. “Foi uma primeira semana de trabalho muito positiva. Fui bem recebido por todos do elenco e estou disponível para a comissão técnica. Cheguei bem fisicamente e tive uma boa sequência de jogos pelo Vila Nova no primeiro semestre”, ressaltou o zagueiro, que atuou em 24 partidas pelo Tigre goiano e marcou dois gols.
Faltam quatro rodadas para o término da primeira fase da Série C. O São Bernardo ocupa o quarto lugar com 29 pontos, oito a mais que o Tombense, primeiro time fora do G-8. Em caso de vitória diante do Caxias, o São Bernardo encaminha sua classificação para a próxima fase da terceirona. O foco do time paulista é buscar uma vaga na Série B. Na opinião de Anderson Conceição, a evolução do clube será fundamental para o acesso. “Retornei ao clube depois de sete anos e presenciei um clube muito melhor em termos de estrutura e isso tem refletido dentro de campo numa campanha sólida. A equipe vem fazendo um grande trabalho e chego para ajudar com a minha experiência no intuito de ser uma peça importante na busca por uma vaga na Série B”, finalizou.
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Sempre tive a completa convicção que você era a minha pessoa, mesmo depois de vários encontros e desencontros, você era o ponto de partida de tudo, meu ponto de apoio, minha chegada e meu prêmio no final, eu olhava pra você e tinha a plena certeza que depois de tantos dias solitários você era o meu pedaço de céu na terra. Quando você partiu, algo dentro de mim quebrou, pude ouvir fragmentos sendo criados e um vazio tão grande e nada poderia preencher, e todo dia vivo naquele dia, vendo as cores desbotando, como se o mundo estivesse em câmera lenta e eu estivesse caindo, via seu rosto se afastando cada vez mais e a tua ausência era a única coisa que eu sentia. Imaginei que com o passar do tempo tudo ficaria bem, que os dias voltariam a ter mais brilho, até quem me via no dia a dia, percebia que eu havia envelhecido alguns anos nesses últimos meses. Acho que viver pensando em como seria os ”SE” não tem me feito bem, as vezes me pergunto como eu seria SE não tivéssemos nos conhecidos, como seria meu sorriso, como seria minhas noites deitado na minha cama, me pergunto no que eu pensaria antes de dormir, ao invés de pensar na tua falta. Dizem que nossa personalidade é moldada através das nossas experiências de vida, e que a forma que vemos o mundo sofre influência da nossa personalidade, então pergunto como seria meu mundo sem você, chego a estipular que seria tudo mais vivido, que eu poderia estar em um lugar diferente, com pessoas diferentes, e que talvez na minha cama não fosse só o meu corpo que estivesse esquentando ela. Mas depois de imaginar vários mundo sem você, eu começo a imaginar se eu entenderia sobre a felicidade, pois só percebemos qual o momento mais feliz da nossa vida depois que ele passou. Lembro que uma vez um senhor de idade me falou: - meu jovem, a vida é muito curta, a gente vive esperando pelo amanhã e quando o amanhã chega, percebemos que a felicidade era hoje. E aqui entra meu outro SE, se eu tivesse a mentalidade que tenho hoje quando ouvi esse conselho, teria aproveitado meu tempo com você mais, porque no final, tudo se trata de você, e se somos frutos das nossas experiências e lembranças, eu sou produto da tua presença, e a sua ausência foi o que me transformou no que sou hoje, sem direção. E SE, só se, você estivesse aqui, mesmo esse mundo sem cor seria mais habitável, porque até o meu declínio seria melhor com você.
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Tava no ponto de ônibus hoje e o caminhão do lixo passou, quando ele deu partida, um saco cheio de lixo caiu do caminhão, eu vi, e o senhor ao meu lado também. Ficou ali no meio da avenida, o senhor olhava pra mim e eu olhava pra ele, de alguma forma procurando saber se alguém teria a iniciativa de tirar aquele saco dali. Eu que não chego perto, vai saber o que tem de podre ali dentro.
Um carro passou e estourou o saco de lixo, novamente eu olhei e o senhor também. O que tem de tão desconfortável em um saco de lixo no meio da avenida?
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01/07/2022
Amor e eu
É Difícil de explicar, me sinto ser tomado pelo ambiguo sentido de todo esses sentimentos de amor e cuidado, sinto toda a inspiração, as borboletas no estômago, me sinto um monge que aprendeu mais sobre si a cada dia que passa, tudo por meio da experiência de te amar. De contra pardida também, as vezes me vejo sozinho, sem poder falar muito, sentido que estou andando em círculos tentando guardar uma dor que não me cabe.
É tão diferente e único que as duas coisas sempre passam e mesmo depois da euforia ou da depressão, há sentimentos, eu existo e sou um ser humano, socializo, planejo o futuro e entendo todos os sentidos possíveis para vida. Dai que tudo se torna bizarro e também cartesiano, não mundano, astral. Quando me sinto evoluir e me noto comigo e gostando de estar comigo, é genuíno a relação leve que levo comigo mesmo quando me permito somente sentir... Você no fim é acho que como um resgate, um bote salva-vidas, uma saida de emergência... Você vai além de tudo isso mas pra expressar o sentido disso, você é como uma porta para ir de encontro aos meus próprios sentimentos, meu primeiro passinho no que é todo esse meu emocional inexplorado e desconhecido...
Dito isso é automático rever toda minha conduta e ação, me envolvendo comigo mesmo deixa tudo isso mais intenso e numa dessas viagens de auto reflexão, eu me encontrei vendo como fui dominado por um sentimento que não sei colocar pra fora, me permiti agir sem emoção e também sem racionalidade, aos poucos eu desci uma ladeira de uma ilusão de controle e proteção, tudo isso florescendo desse sentimento inquilino indesejado, um sentimento com uma sensação de eterno, parecendo ser a contra partida de todo amor que sinto... Acho que no fim, nos embolamos e desembolamos, peridos sobre o wue nos mesmo sentimos, sentindo uma grande identificação, se cuidando e nos amando e estamos caminhando a um estado melhor da nossa relação, isso me fez enxergar além e mais alto, mudou tudo em mim e me fez perceber que te ter aqui, vale muito mais do que fugir dessa dor e tentar fingir que ela não existe, porque existe e eu quero gritar pro mundo!! Quero gritar pra que todos entendam que a tragédia vem acompanhada de um amor indescritível, um amor genuíno e que trás sentido independente de tudo... Nesse ponto chego ao meu ápice de plenitude e bons sentimentos, eu me sinto voltar a infância e a ser uma criança de novo, sentindo a vida com toda aquela inocência sobre o amanhã, sem todos os pensamentos e lembranças sufocantes... Você me remete a mim de uma maneira tão profunda que chegou ao meu âmago e lá me vejo então todo e completo mesmo antes de você... Entendo então por fim que você me remete a vida por que é impossível não sentir ao seu lado e todo o resto que decorre dai é quase como a ressurreição, é meu encontro com tudo que ja fui e me formou, meus sentimentos, eu volto a ser eu quando te tenho por perto, quando te vejo de longe, quando me lembro da sua existência...
Dito tudo isso sigo, querendo te acompanhar e esperando me lapidar não só pra mim e pro mundo, mas também com muita prioridade, pra você, não repetir uma situação pesada e de pressão, não me enciumar ao ponto de esquecer ou duvidar do que ja sei sobre ti, não esperar e sim aproveitar já que sua companhia é minha coisa favorita Então persigo minha melhor versão e evitando toda confusão que é acompanhada do que chamam de amor.
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Hoje, mais do que nunca, eu gostaria de ter uma maquina do tempo.
caralho, como eu queria.
A que momento eu voltaria primeiro?
Nao improta, revisitaria todos eles. Todos em que poderia ter sido melhor contigo, e nao o fui. Todos os que buscou um abraco e me esquivei de te abracar - mesmo sentindo que tinha todas as razoes do mundo para.
Mero egoismo, talvez.
Mas hoje me falta.
Me falta ter dito que sim, eu me importo, me importava.
Que nao foi mero acaso, apenas lacos sanguineos. Sim, eramos irmaos - e amigos.
Queria ter te dito mais vezes que te queria por perto.
Evitaria ter te expulsado de minha presenca por tantas e tantas vezes. Hoje, talvez, eu estija sentindo um pedacinho que este meu comportamento te fez sentir.
Idiotices de um filho de uma puta.
Eu costumaza dizer a todos que voce era uma pessoa muito melhor que eu. Boa de verdade, desconhecedor da maldade alheia -e de fato o era. Me ressinto de nunca ter dito a ti.
Porra, eu te falei para manerar.
Porque nunca me ouviu?
Eu sei que nunca foi o suficiente, mas caralho, eu sempre tentei.
Do meu jeito. Insufiente. Errado.
Desenhar ficou chato.
Voce me ensinou, incentivou.
Desgraca.
Tocar ficou chato. Voce gostava, se orgulhava - claro, eu rejeitava os elogios, mas e so porque eu sou arrombado de merda.
Eu sei que pedir uma maquina do tempo e muito, mas porra, se eu pudesse refazer um unico erro, de nao confiar de mais. De tirar caralha do fone e checar se realmente eram as criancas bantendo ou coisas, ou se simplesmente havia chego fazendo zona novamente?
Caralho, eu estava no comodo ao lado, eu nao pude te socorrer.
Eu nao tenho palavras ou formas de me desculpar e, se quer merecia ser perdoada.
Eu nao sabia, mas naquele instante, eu te deixei ir. Sem saber, mas minha falta de zelo te fez ir.
Eu sempre pensei mais em mim que nos outros, agora nao tenho mais voce aqui.
Tudo o que eu pedia era que nao fizesse barulho. Que me deixasse trabalhar sem algazarra o tempo todo. Agora, o silencio me ensurdece.
A cada momento que me lembro de algo de ti, um pedaco de mim morre.
Nao existe no mundo formas de aliviar essa falta.
Mano, desculpe. Voce estava triste, com saudesdes de nosso pai, e eu nao te dei um abraco.
Que tipo de monstro ve o proprio irmao sem chao, e o deixa la, para morrer?
Eu queria que fosse diferente.
Eu queria mesmo que um dia nossa relacao se resolvesse e pudessemos, como antes de tudo isso se iniciar em sua vida, sermos unidos novamente. Amigos proximos.
Tenho medo de me esquecer de voce. De seu rosto, de sua voz. As brincadeiras, por vezes chatas.
A verdade e que o mundo ficou mais triste.
Voce me ensinou os palavroes. Me protejeu, quando pode, e da forma que sabia fazer.
Juro que um dia vou ai para te dar um oi. Nao sei se poderei ficar por muito tempo, mas ao menos, dizer tudo isso que trago amarrado no peito. As meninas tambem estao com saudades. Nossa mae pensa em ti a cada segundo.
Miseria.
E isso, eu se quer tenho algo mais a dizer.
Bom, voce comeu as minas todas da rua. Ponto pra voce, mas ai voce era guerreiro, tambem. Eu dispenso.
Cara, de um abraco no pai por mim. Sinto muito a falta de voces.
Vai treinando com o arco, deve ter algum deles por ai. Voce estava pessimo aquele dia.
Prometo que nunca mais vou narrar a partida enquanto eu estiver jogando futebol. Agora nao tem mais graca.
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parece que quando se trata de você, meu mundo para e eu ao menos consigo expressar metade de tudo o que eu sinto. talvez eu deva começar pelo o quanto você significa para mim, mas sei que por mais que eu me esforce, nunca saberia expressar tudo o que você representa na minha vida. o que eu posso dizer nesse momento, com total convicção, é que você é a definição perfeita de amor, amizade e lealdade. todos os dias você me da a certeza, mesmo sem saber, de que encontrei a minha alma gêmea, o grande amor da minha vida e a tudo de mais precioso no mundo, em uma só pessoa. tu me inspira a ser melhor à cada dia e me faz acreditar que ainda existe gente que vale a pena. sei que em você eu posso confiar de olhos fechados e eu tenho certeza de que será pra sempre assim. nossa história não é de agora e eu me orgulho tanto de tudo o que já vivemos e do quanto fomos fortes para permanecermos juntas. mesmo que em algum momento a vida tente nos separar, eu quero que tu saiba que você é o meu lar e a minha família. só você possui a minha melhor versão e vai ser sempre assim. obrigada por ser o que ninguém jamais foi, por ter chego pra mudar e fazer a diferença. não é atoa que você é o meu sol, o centro de tudo. faço qualquer coisa por você que é tão linda como um pôr do sol de verão na hora de voltar para casa e você.... sempre será minha volta para casa. o meu ponto de partida e o meu destino final. eu te amo imensidão. seja feliz.
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É curioso imaginar a proporção que tudo aquilo o que antes era uma simples aventura juvenil, se transformou.
Entrelacei-me de tal maneira que chego a duvidar ser possível noutra humanidade. É aquela história “O coração dispara, tropeça quase para...” Eu me vi apaixonando por alguém que sempre soube que seria algo impossível de se concretizar. Vivi momentos tão intensos e experiências tão valiosas, impossíveis de descrever com palavras digitadas em um celular. Mas, introjetadas alem do corpo: na alma de quem já amou um dia!
Talvez eu quisesse e dependesse de uma figura paterna em minha vida, sendo que essa sempre esteve em falta... talvez eu quisesse apenas ter alguém pra chamar de meu, e quem não quer?! Mas aprender que isso não existe, da pior maneira possível, fez-me tornar quem sou hoje. E a concluir: por que o AMOR precisa ser classificado em algum coisa, se ele simplesmente surge na vida do ser humano.
Entretanto, experiências como - Ir dormir no quarto ao lado, enquanto seu amor faz amor com outro, você ouvindo os barulhos, os gemidos, as sensações...; Ou talvez chegar em casa e pegar seu amor, aos agarros com aquele que você julgava ser seu amigo; - Essas e tantas outras coisas a mais que acontecem e sempre vão acontecer, fizeram-me indagar a seguinte questão: qual o porquê disso?! Seria uma carência psicológica? Uma deficiência psíquica resultante de experiências passadas que o motivaram a fazer todo esse tipo de coisa? Ou será o simples fato de querer machucar o outro? De querer velo definhar aos prantos a cada madrugada?
Mas não! Hoje eu agradeço isso de corpo e alma. Pois desenvolvi em mim um conjunto de ideias, que me amadureceram ao ponto de perceber que ninguém é de ninguém.
Compreendo melhor as relações líquidas, ditas por Zigmunt Bauman à pouco, onde “nada é feito para durar...” tudo passa em nossa vida por segundos, e cabe a nós agarrar aquilo que convém com força quando estiver de partida.
Compreendi que está além do que sentir ciuminhos idiotas; relacionamentos não dependem disso, e a vida vale mais do que isso. Um dia, talvez pode ser que encontremos a tampa da nossa panela; ou aquele que faça nos sentir o frio na barriga do que é o real e efetivo amor.
Daqueles que sofrem juntos, passam perrengues juntos, economizam juntos... (pode fazer uma analogia ao que nós dois vivemos, na verdade é isso o que quero: Esses apuros de mudança pra lá, mudança pra cá.... economiza aqui, corta gastos ali.... isso tudo é incrível por que faz-nos conhecer um ao outro como ninguém mais, e espero que isso jamais saia de sua memória e de seu coração - lá na frente você vai olhar e pensar em toda essa dificuldade e dizer: pelo menos eu tinha alguém sofrendo comigo).
Você não imagina o tamanho do sentimento que tenho por você. Mesmo com seu jeito agressivo, nervoso, perfeccionista e exagerado. Aprendi a amá-lo não só como homem, mas como amigo. Conhecer e fazer parte de sua vida, me mostrou a real pessoa que você é, aquela que por alguns motivos é uma das que eu mais amo hoje.
Só espero, e talvez esse seja o real desejo desse texto, é que mantenha em mim os bons olhos, de quando ainda nos conhecíamos.
Perdoa-me por me traíres!
Siga sua vida, estarei sendo feliz tentando seguir a minha.
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i. prologue: should i be here?
O exemplar se mantém no fundo da caixa de papelão e as páginas amareladas permanecem esperançosas, eu deveria lê-las. Mas, distante, meu pensamento se perde ao mesmo tempo que se encontra. Alighieri descreveu o Inferno, o signo do maior temor da humanidade. Àquele pelo qual transgressores são sentenciados a uma eternidade de agonia. E esta questão, a representação das chamas à purificação, sempre me despertou interesse. Se pelas chamas somos redimidos e condenados; eu estaria salva ou amaldiçoada? Há também certa concordância na literatura de que o fulgor permanece como instrumento de redenção, como nas mulheres demonizadas sob títulos obscuros. Nessa menção, o clérigo utilizava-se de suas incertas transgressões para o exercício do bem. O sacerdócio, sustentava em si as palavras do poeta: a razão vos é dada para discernir o bem do mal. No entanto, para Dante, os representantes do Inferno cobriam seus corpos com vestes sagradas. As chamas podem negligenciar o julgamento? Outro ponto é que para o acesso do paraíso, Dante conduziu-se através de Beatrice. Sua amada e idealizada Beatrice, ela quem, no fim, o libertou.
Retorno. O apartamento vazio me cerca. A maioria das caixas da mudança haviam sido despachadas dias atrás e apenas alguns livros deviam seguir comigo no voo: as molduras mais antigas e frágeis eram identificadas com duas etiquetas, uma com ‘’livros’’ e outra com ‘’perca-a, danifica-as e morra’’. Uma amistosa marcação com caneta vermelha e desenhos singelos de cabeças decepadas. Pego a caixa e levo-a para o corredor. A última. Não resta mais nada além... Volto a encarar o espaço, não é possível desfigurá-lo. Os sete anos de memórias eram sustentadas ali, as paredes revelando as camadas de tinta e o barulho dos canos velhos insistiam em me dizer: lar. Suspiro pesadamente, preciso o fazer logo. Vou em direção a porta, mas antes de completá-lo, meu corpo paralisa. Sei que ainda resta uma coisa. Fecho os olhos e mordendo os lábios, viro-me. Ele está descansando sobre o único móvel e a meia-luz o ilumina sutilmente, me aproximo. Apanho-o e coloco em meu bolso, então finalmente saio do apartamento. Me despeço com um breve adeus não respondido.
Com o Sol da Califórnia, dou partida no automóvel, sentindo nossa última viagem. O percurso é breve, afinal na noite passada havíamos cruzado a cidade pela madrugada. Uma despedida digna, mas que não me impede de apertar os dedos esguios no volante antes de abandoná-lo - recordo de que Kylie o pegaria mais tarde e sorrio. Com os óculos devidamente postos, apanho minhas malas no porta-malas e adentro ao aeroporto. Meu voo sairia em vinte minutos e parte minha conscientemente deseja perdê-lo. Não há integralidade nessa partida. Chego no portão de embarque e não há ninguém, o que, nos poucos segundos que se seguem, me faz curvar os lábios aliviada. Porém, quando a aeromoça chama-me, resta a mim aceitar que é a parcialidade que me acompanhará. Em 15 horas, estaria de volta em Valletta. Mas, antes de dar mais um passo, conferi meu redor tentando encontrar. Ele não estava lá. Retorno e desta vez nada me impede.
Durante o voo, estudo a prévia dos casos que a delegada havia me enviado por e-mail. Me surpreendo com o conteúdo. Mesmo que não acompanhe as notícias de Vallie, sabia que esta não costumava ter ocorrências dessa composição; é por esse motivo que Elijah me queria longe. Paro de analisar as fichas e os relatórios somente quando percebo que há olhares curiosos direcionados as fotografias de um possível homicídio. Encaro o homem e com uma expressão de repreensão, fecho o notebook. As horas se seguem e não consigo dormir. Os remédios estão ao alcance, mas opto por não tomá-los. Devo estar devidamente desperta para encarar Mikhail ou perderei a chance de retrucá-lo. Tento me ocupar com as palavras escritas no caderno visivelmente usado e reutilizado, porém não consigo transcrever qualquer crônica. Desisto. Desse modo, o restante do voo é preenchido com um mover nervoso de dedos.
Devo dizer, ser alcoolista deve ter sua serventia. Quando o avião pousa, meu estômago se rebela e meus pulmões falham. É preciso aguardar que todos os passageiros saíam para que as pernas funcionem. Sei que é tolice, mas nesse momento, enquanto Valletta surge à vista, o desconforto cresce. Sete anos. 2555 dias. 61320 horas. E nenhuma mudança sequer. Caminhando em direção ao desconhecido motorista e seu ‘’Ms.Tremaine’’ digitalizado, a quem aceno. Reconheço em minha inquietação a mesma Anastásia que partiu. Eu realmente deveria estar aqui? Posso responder. Quando os flashes dos fotógrafos me cercam, a certeza de que isto foi um erro me assegura. O motorista luta contra a massa corpórea e eu corro para o automóvel, dentro dele inspiro fundo e apanho meu celular. Procuro pelo número de Mikhail, mas desisto de telefonar. Ele saberia meu estado. Mando mensagens e peço para Simonns levar-me para casa.
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Sobre partidas e orquídeas
tarde da noite quando me ponho a olhar o céu
as constelações me escrevem teu nome
as lembranças do nosso nós se esvaem na fumaça do cigarro que acendo
troco a música que toca pra que ao menos o teu gosto saia da minha boca
respiro fundo e volto a te sentir como se a janela do tempo nunca tivesse se aberto e se fechado
mas,
eu, apesar de te querer, preciso te deixar ir
ir por que a dor que carrego no peito é fugaz e atordoa, bagunça a casa
e eu, em pedaços, não poderia te desejar bagunça e caos
você precisa ir,
mas volta pra contar que viu o mundo todo na palma das tuas mãos
que tocou em todas as texturas que teus dedos poderiam rastrear
que andou por todo chão bruto e de terra que teus pés conseguiram passar
vai,
e volta dizendo que provou todos os lábios, de todas as polaridades, e mesmo assim, voltou pra colar no meu
te deixo ir, te levo no ponto de ônibus e cochicho em teu ouvido: “o mundo é pequeno demais pra você”
mas agora eu preciso, ir
Ir por que logo chego em casa para encontrar com todos os teus fantasmas que ficaram impregnados em cada mísero centímetro do meu papel de parede
agora eu preciso ir por que amanhã vou ocupar o meu dia regando as plantas que tu deixou espalhadas pela sacada.
Te encontro no próximo carnaval, quando a tua orquídea começar a florescer.
- L.
#lardepoetas#projetoreconhecidos#carteldapoesia#projetoflorejo#quandoelasorriu#caligraficou#projetoconhecencia#meus textos#arquivopoetico#autorais
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Incompreesível
Muitas vezes na minha vida existe uma parcela de tempo em que eu me sinto bloqueado de boas emoções, de bons sentimentos e existe uma pergunta que me faço quando isso acontece "A vida é um castigo?". Nos tempos onde eu habitei que eu não me lembro, é o acúmulo de experiências que me fazem estagnar nesta pergunta, sendo assim em dado momento da vida estou me questionando de novo se vale mesmo a pena viver esta vida, com todas as experiências sendo só lembranças, eu paro ali, não continuo a ter novas, boas novas, novos aprendizados, parece estar tudo congelado dentro de memórias distintas e fragmentadas do meu ser, o cunho desse problema é a falta de determinação, é a falta de vontade, é o indesejo que me aproxima da morte e me nocauteia em meu leito. Meu pranto não existe mais, meu riso emudeceu, meu céu enegreceu e não há lua nem estrelas que ilumine minha cegueira temporária, deveras eu sentir apenas a partida e ao chegar no fim. Nem mesmo eu posso afirmar como chego a tal ponto da vida. Não posso dizer que vivo o meio do caminho, que seja este o agora e não o antes e nem o depois, todavia, o agora; Este mesmo presente não me presenteia ou mesmo não consigo voltar os meus sentidos ao que acontece, a minha atenção não é presente ela não está no estado atual, mas permanece incompreensível para o meu próprio ser. O que poderia ser está incompreensão? De onde provém? é o mesmo pensamento que me impede de continuar "Onde será que vou estar? Como será que vai acabar?" E não passa por meus pensamentos "Como está sendo?" não sei responder... É árduo viver, embora eu acredite muito que não vivo e se vivo não vivo direito. Ao me levantar para mais um dia o que acontece é um acrécimo de decepção, a frustração de não saber fazer nada para sair de uma situação ruim é desesperadora. Quando me levanto vejo o que se passou e não me orgulho, eu paro para pensar em algo melhor, mas só o fato de parar está errado, errado porque eu paro ao em vez de continuar mesmo que seja do zero, mesmo que eu tenha medo do zero, medo do recomeço e de suas árduas lutas para reparar todo tempo perdido. O tempo pode ser cruel! dentro da linha do tempo as vezes não há espaço para o novo e o antigo seguirem, é preciso se desapegar daquilo que eu já fui para começar aquilo que eu espero ser. Essa é a parte difícil, mais difícil de todas, pois, o medo do desapego não é simplesmente deixar para trás, não apenas ir embora e seguir, é uma escolha que temo fazer, temo por não saber o que preciso para começar algo diferente, temo por não saber o que devo deixar e o que devo manter dentro de mim, porque, o que será de mim? é uma escolha mas não apenas uma escolha, é a decisão final, é o inicio do fim.
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ah, Mãe. é, tu se foi. deixou essa nossa Terra. a última pessoa que perdi. hoje a vida, a vida se finda. toda decisão que tu tomou Mãe, foi com muita compaixão, inclusive a de desistir! passos lentos, os teus. tontos, claudicantes. incertos. uma certa dor, de meses, por certo. um lado da cabeça a pesar mais do que o outro, um olho a sofrer mais com a luz, que não era muita. uma nota renitente no ar, um perfume nauseabundo na gola da roupa do hospital. a lembrança, toda estilhaçada, de vozes estrangeiras, de ruídos surdos. de conversas aos berros, de olhares tortos. desculpa por não ter sido compatível, por não ter podido doar. por não ter encontrado doador. a paisagem aí dentro foi a de muitos ontens. o hoje, mais uma dor nessa vida, mais um pior dia imortalizado. um trem ingovernável, esse fluxo de coisas vagas, essa queda sem chão. nunca o chão, que deve ser longe, a julgar pela demora do impacto. uma visão de neblina. desfoco, impossível isso, o centro de tudo se foi. por 3 vezes, você tentou dar um basta, hoje, sob aquelas camadas espessas de voz suor barulho fumaça correria batidas. e por três vezes, falhamos. invariavelmente, tu não falhou quando disse que ia embora. acabou que se foi, não ficou lá mesmo, não ficou, no ontem, no hoje, no estático, no amanhã imensamente pesado. ficou ali, só isso. convicta, aparentemente. e depois, quando não acordou mais no aqui. tenho essas vertigens na hora de dizer as coisas, de olhar as suas coisas, quando acordei aqui, como tu dizia, vai e caminha sobre este piso limpo, sobre estes papéis cuidadosamente extraviados, sobre todas as minhas coisas domésticas, eu chego a jurar que ainda está aqui, que nunca dormi, que a madrugada é um negócio que volta pra casa junto com a gente. eu quero me convencer que tudo está em seu lugar. você, o dia lá fora, a rotina desgraçada e triste dessa gente toda. mas eu sei que estou irremediavelmente soterrado sob densas camadas de voz suor barulho fumaça solidão. a vida, muito provavelmente, é líquida mesmo. passei por todos os caminhos das dores perdendo todos vocês, hoje mais devastado pela dor mais um pouco, não posso mais te olhar, olhar para ela. aprendi muito com muitas pessoas e em muitos lugares. e sem a menor sombra de dúvida e incontestavelmente eu seria outra pessoa sem tudo o que aprendi com você e as músicas que poeticamente embalam a tua vida e a nossa vida desde a infância. todas as que me ensinou a ouvir, pelo respeito por outros estilos musicais (quase) e você que sempre me ensinou e me fez acreditar que a música é algo que deve ser vivido a parte de intransigências e fundamentalismos. mas também deixava claro que conhecia as ondas sonoras que reverberaram a tua consciência e te traziam de volta para si mesma. obrigado por nos levar aos festivais de Blues de antonina! onde você dizia: "até o Sol veio!". obrigado por todos os "fala isso de novo piá que eu vou aí e te quebro a cara, tu tava desmaiado durante toda a nossa conversa? te orienta!" e numa homenagem que vem sempre em tempo, mesmo que meio corrida, eu não poderia fazer nada disso se não fosse por tu, mãe. sem tu, eu não seria. sem o exemplo dela, eu seria qualquer coisa incompleta. dona Carmen, esse teu filho te ama, mesmo que de formas estranhas algumas vezes. nem posso dizer mais: "volta logo! mas vou dizer sempre: obrigado! obrigado por reforçar o meu acreditar no caminho! agora terei que reaprender e ir, seguir. obrigado por guardar minhas cervejas na geladeira, a mãe dos outros guardam o leite, tu guardava minha cerveja e vinho, a mãe mais foda desse mundo! quando na pausa e no fôlego, a tua sensibilidade funcionava em mão dupla. obrigado, quero agradecer e agradecerei sempre a ti (sem teus genes eu não teria um bom gosto musical e estômago) e a impecável cozinheira que sempre fora. obrigado por me segurar todas as vezes, desde sempre eu e o halison, obrigado por escrever todas as vezes pra nunca esquecermos nas horas escuras e nem tanto "o medo tem muitos olhos e enxerga coisas no subterrâneo". - Miguel de Cervantes - Dom Quixote. Mãe, obrigado por ter nos ensinado a oferecer e reconhecer, a respeitar e caminhar no mais correto dos caminhos, na mais boa índole dos homens que nos tornamos, por ser o espelho que ditou o adulto e o filho que procurou o espelho. por ser o resumo do meu sentimento. por gritar e me ensinar quando eu achava que havia conquistado a anistia da minha responsabilidade e o salvo-conduto da obrigação. por mostrar que quando chegávamos na tua casa, cheio de justificativas e cheio de provas no achismo você nos colocava diante do espelho e se colocava na nossa frente e fazia reconhecermos nada preguiçosamente o quão imaturo éramos e mostrar-se afetivamente toda a presença dos nossos erros. e eu entendia que o desembrulhar dos presentes ia muito além de descortinar papéis e revelar agrados a cada olhar, você observava o que de nós de você ainda nos restaria. ainda do meu irmão e de mim. sempre entendi que, para as Mães, os presentes são sempre outros, mas são sempre os mesmos. obrigado por sorrir e dizer: “come mais alguma coisa, filho!” e, nesse momento, entre uma lágrima e outra, eu só consigo repetir: obrigado e desculpa. obrigado e eu sempre vou amar a tua comida vegetariana, mãe. às vezes a linguagem e nós simplesmente não somos suficientes... e entre as areias incautas que separam vida e ficção, sempre lembrarei da mãe colocando um despertador na poeira fina que cobria os meus brinquedos. obrigado por todos os dedos na cara, o olhar no olhar, o me fazer respeitar, te respeitar, te honrar por e pela Mulher que sempre fora. a minha heroína de todos os dias, desculpa pelas brigas, pelos gritos, pelas lágrimas, por falar tanta besteira do meu irmão. você sempre soube e me mostrava que quem conduzia a educação dele, o valor dele era tu. tu sabia o criar, o criar dois piazinhos sozinha, muitas das vezes nem querendo a ajuda de teus pais, obrigado pelos avós que nos presenteou. obrigado por ter sido essa filha, essa Mãe. obrigado por todos os beijos na testa, o segurar no peito, o murro no peito e o olhar no olhar e dizeres: "eu acredito em vocês." tudo que me pediu será feito, te levarei, entregarei a carta (o não chorar e me acabar a cada dia, não sei. o deixar de fumar e beber, não sei) obrigado por ter me levado para o seu escritório e me deixado brincar com suas calculadoras, me ensinado a gostar dos números desde de sempre, obrigado por todos: "vai lá e faça você mesmo, lave vocês, passem vocês, coziam vocês, organizem vocês. minha casa não é hotel!". obrigado mesmo, por tudo que sou, por tudo que serei, por tudo que ainda me resta ser. obrigado por ter me ouvido todas as vezes, me visto chorar, por me ler, por ler sobre ela. obrigado por me fazer escutar. e aquelas vezes que nos fez esquecer, ah, dona Carmen! mas que diabos, como dói enquanto íamos nos livrando das peles antigas. as que você dizia que não serviam mais. as que foram marcadas por tantas dores. as peles roídas pelo tempo, ou por enormes saudades. as peles aquelas que você nos ensinou que deixássemos que fossem marcadas por presenças. acho benditas as horas assim. laceram o estômago, como se um bicho faminto viesse matar a fome aqui, no dentro. mas se são fosse você nos ensinando sobre essas horas ácidas, que seriam também de um açúcar raro, de um respirar profundo, de olhar o imenso deserto e saber o que era o fim ou começo, tanto faz. obrigado por me fazer acreditar em tudo que brilhava. a olhar para os minúsculos pontos luzindo no chão e acreditar: crédulo e contente, naquilo ali, na Natureza, ali estava eu. alguns diriam que a tua fé era tamanha. eu não por não acreditar em "fé", mas deixa baixo essa parte que te deixava triste e mesmo assim sempre me respeitou por isso, obrigado até por isso, Mãe. você sempre dizendo: "que só acreditar era bom. no que fosse, era bom como pisar numa Terra macia com os pés descalços. o conforto de acreditar, não há nada igual". então um dia acordando me dei conta dos cacos na planta do pé. doeu ficar de pé; doía um pouco menos ficar deitado, mas era dia e eu quis andar. e o que de verdade mesmo você nos ensinou a nunca deixar de acreditar. nos pontos que luziam, no caso. uma vaga impressão que o acreditar na tua partida perderam o norte -que estão andando às cegas quando tua voz e sua presença não estará mais, nunca mais. ;/
e talvez que
o contrato da promessa e com seu deus e as coisas outras é quebrado, quando dorme pra sempre.. é estranho, mas esses tempos ásperos inspiram ora melancolia, ora arroubos de vontade de chorar, escrever, escrever. escrever e produzir furiosamente nos próximos meses. agora órfão, como a noite que finda. te amo, Mãe. os ponteiros de todos os relógios pararam. obrigado pela carona desde o útero até seu último abraço e suspiro.
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10 de julho
ei, como tem passado?
essa pseudo-carta nasce da emergência de se falar um pouco sobre a vida. esse período foi incrivelmente sensível pra mim. coisas boas aconteceram por aqui, outras que me fizeram ter novas perspectivas sobre coisas que outrora eu tivera tanta certeza. foi também o tempo em que um mundo caiu sobre meus ombros e eu não soube o que fazer com tanto peso e tantas questões. tudo é um ciclo, na verdade, e se você decide não concluí-lo, ele ainda continuará e de forma ainda mais complicada, eu penso.
eu já passei por uma situação semelhante à nossa quando tava no início da adolescência. déjà vú. tinha por volta dos 15 anos quando um laço importante de amizade fora rompido (por coisas absolutamente pequenas e idiotas, claro). foram meses tendo que lidar com a existência de alguém que em outro momento esteve presente na sua vida e agora vocês dois são obrigados a se tratarem feito estranhos. mas desvincular não foi uma boa escolha. com o passar dos dias, as pessoas voltam pra sua vida, de certa forma. sejam por esbarrões em corredores, sejam pelos seus amigos em comum, sejam por comentários feitos com estes sobre você… as pessoas vem e vão quando não sabem ao certo pra onde ir, pra onde se resolver.
por aqui, não é diferente. da mesma forma que você desaparece incrivelmente, você retoma indiretamente até a mim. sabe quando dizem que se você falar muito sobre uma coisa, o universo traz ela pra você? então, nesse caso, não há nem a necessidade de se clamar ao cosmos pra que você venha. isso acontece enquanto eu sento debaixo de uma árvore e, de alguma forma, intuitivamente te vejo chegar (não a mim, óbvio) perto. é possível que energias que emanam dos corpos possam vincular-se contra a nossa própria vontade? é possível que tudo que eu tenho dito e ainda direi faça parte da realidade? o quanto eu posso estar delirando no meu eu que se afoga no seu próprio mar?
por um longo período, eu procurei maneiras de apagar e dar continuidade a uma trilha que eu sequer conhecia ou tinha vontade de permanecer. mas, é difícil quando se sente que há resoluções que ainda precisam se concretizar, por mais que não façam tanto sentido mais. já são oito meses tapando os olhos e construindo uma nuvem de fumaça que deixa turva a minha visão quando tento enxergar. algumas coisas, alguns sentimentos, por mais que límpidos estejam dentro de mim, estão imersos em questões quanto a sua própria legitimidade.
passei por um processo de negação quanto ao que se pendia sobre você. não queria admitir pra mim mesmo que coisas voltavam e insistiam em não me deixar dormir durante a noite.
tem coisa que não deveria acontecer.
eu deveria ter dito não
eu deveria ter arriscado menos
eu deveria ter pedido menos
sentido menos
pensado menos
gostado menos…
você estará na minha biografia, já que fez parte de momentos ímpares que reescreveram a minha vida? eu seria capaz de escrever capítulos inteiros somente sobre você num livro totalmente confuso e sem um direcionamento comum. certamente não venderia mais que cinco exemplares. nenhum deles teria sido comprado por você.
responsabilidade também é se ausentar, não é?! temos feito isso ou, pelo menos, tentado fazer. porém, se a prática se encontra cheia de vazios de significados e decisões certas, não fazem sentido. é confuso.
você já teve a sensação de que o que se passa dentro de você, na verdade, também é compartilhado com outrem? não num sentido de que cada um tem seus parâmetros e sentimentos que dialogam entre si. mas, como se o meu não estivesse somente aqui comigo. está por aí, talvez com você. isso me causa a dúvida sobre o quão arbitrário, peculiar e até mesmo assombroso pode ser a vida. é difícil dizer o que se sente quando parece que uma parte está solta de você e, para além disso, não se sabe o que ocorre fora do seu próprio eu (como se lá dentro permanecesse um mínimo de ordem).
volte. talvez não. determinadas linhas só fazem sentido quando são pensadas e escritas juntas, dentro do seu próprio consenso. as portas se encontram emperradas, mas ainda estão abertas. um pouco de força as abrem mais fácil do que se pensa. faça das suas vontades direcionamentos para os trilhos que ainda irá percorrer.
por vezes, eu vejo a vida como um tabuleiro de xadrez e nós, as peças. cada um tem seu próprio movimento e o jogo, por mais que tenha seu nível de previsibilidade, sempre é passível de surpresa. nas mãos de armadores feito eu, nem mesmo é latente a possibilidade de se lembrar de todos os movimentos e várias vezes as jogadas são feitas às cegas e cheias de palpites. intuição sempre fora a condução das minhas ações na vida e na maioria das vezes nunca falhara comigo, mesmo que quando cometi meus erros. cedo ou tarde, as faces se revelam. talvez eu tenha dado ouvidos demais à minha intuição e esquecido de escutar o mundo ao meu redor. meu jogo sempre fora perdido, desde o momento em que a corda em torno do pescoço do rei lhe prendia o fôlego e a circulação de sangue. xeque-mate.
já foram sete parágrafos e eu me sinto envergonhado por ter chego até aqui. na verdade, isso já estava dado desde a primeira linha. por que ainda escrever sobre alguém que não se tem certeza sobre nada? eu posso pensar sobre várias coisas, as diferentes possibilidades, sobre tudo que a minha intuição insiste em dizer ao dar de cara com fatos decerto imprestáveis, mas não há coerência quando o meu ponto de referência é um passado que mesmo enquanto presente não se mostrava tão claro. peço desculpas a você e principalmente a mim mesmo por ainda nos tornar um dilema. tenho dificuldades com pontos finais e despedidas. principalmente quando não acontecem.
de todo modo, espero que tenha passado bem. descobrindo novas coisas dentro e fora de si. sendo melhor pra você e pra quem te rodeia. que tenha conseguido voltar para sua trajetória admirando-a com mais carinho e cuidado. somos adultos e é chegada a hora de agirmos feito tal. uma nova partida se inicia.
(carta aberta sobre quem se consome em ausências).
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