#Praia de Piedade
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Praia de Piedade, Igreja de Nossa Senhora da Piedade, Trilhos do Trem que Transportava Blocos de Pedras de Comportas em Prazeres para as Obras de Ampliação do Porto do Recife - Jaboatão dos Guararapes PE em 1939.
Foto Alexandre Berzin
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Nick and Tyler near Praia da Piedade, shot on medium format ORWO NP20 expired in 1993. March 2023. 🚤
Self-developed in Rodinal.
Instagram
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𝘢𝘳𝘦 𝘺𝘰𝘶 𝘳𝘦𝘢𝘥𝘺?
𝟫𝟩' 𝗅𝗂𝗇𝖾; 𝗌𝖾𝗇𝖽𝗈 𝗉𝖾𝗀𝗈𝗌 𝗇𝗈 𝖿𝗅𝖺𝗀𝗋𝖺.
warnings. conteúdo adulto. jungkook, mingyu, eunwoo, yugyeom, jaehyun. eles sendo flagrados na hora h com uma leitor(a)!
jeon jungkook.
Já fazia um tempo que Jungkook havia sumido. Estava em um bar com seus amigos, as namoradas de seus amigos, e sua própria namorada, você. Mingyu foi o primeiro a dar falta dele, com um sorriso travesso, avisa a Eunwoo.
Jungkook havia dito que iria ao banheiro, curiosamente logo após de você dizer que iria retocar a maquiagem. Era até meio óbvio.
Encostada na lateral do carro do Jeon, você estava sendo beijada. Jungkook não tinha piedade alguma enquanto mordia seus lábios, e mantinha a destra dentro de sua calcinha, por de baixo de sua saia. O dedo médio entrava, e saia com facilidade. Já estava melada o suficiente, derretendo nos braços dele, gemendo baixinho. A rua era escura, a quantidade de pessoas era mínima, mas ainda sim havia um mínimo risco de serem pegos, e aquilo os deixava malucos.
“Ggukie, vamos pra casa, por favor.” — sopra nos lábios dele, quando sente aquela familiar sensação de nó em seu ventre se aproximar.
“Não vou aguentar esperar, quero te comer aqui no carro mesmo.” — murmura contra seus lábios, a voz embargada de tesão.
“Coé, Jeon, vamos largar você aí pra pagar a conta sozinho hein, vão transar em casa!” — escutam a voz de Mingyu no meio de mais um amasso.
Jungkook tira rapidamente a mão de dentro da sua calcinha, limpando seu mel na própria calça. Você passa a mão pelo cabelo repetidas vezes na intenção de arrumá-lo, mas no fim, não consegue esconder a vergonha estampada no próprio rosto.
kim mingyu.
“Pelo amor, gatinha.” — ele murmurava baixinho. “Eunwoo tá lá em baixo… Vai mais rápido.”
Você estava literalmente com ele em sua boca. Estavam na casa de uns amigos bebendo, jogando conversa fora, e jogando. Acabaram resolvendo dar uma fugidinha para o andar de cima, onde se trancaram em um lavabo, e chegaram até o momento onde estavam: com você chupando ele.
Mingyu estava com o corpo recostado na parede respirando fundo enquanto estava com a canhota fincada na raiz de seus cabelos, afim de agilizar seus movimentos. Se sentia extremamente envergonhado em lembrar do fato de que um de seus amigos estavam lá em baixo provavelmente imaginando o que estava acontecendo, mas estava duro demais pra pensar naquilo.
Mordia os próprios lábios com força a medida que sentia que iria gozar, mas teve seu orgasmo arruinado quando escutou batidas na porta, seguidas da voz que fizera até sua alma congelar;
“Mingyu! Eu acho que tô doidão. Me leva pra casa! Tá fazendo o que aí dentro?”
A voz arrastada de Eunwoo arruinou o momento, de maneira que Mingyu gozou em jatos espessos no seu rosto — preferia que tivesse sido em sua garganta enquanto colocava com bastante força, mas deixaria pra outro momento. Agora ele tinha um amigo bêbado pra cuidar, e uma culpa pra esconder.
cha eunwoo.
Trombavam pelos corredores apertados da casa que dividiam com os amigos naquele fim de semana em Jeju. Era madrugada, o céu já estava com riscos alaranjados, e você e Eunwoo altos o suficiente para o tesão ser maior que a responsabilidade. Esse era o motivo de vocês estarem passando cambaleantes pela porta da varanda que dava para a praia, e o motivo dele ter deitado seu corpo na espreguiçadeira. O motivo dele ter tirado sua calcinha, te deixando apenas de vestido… E o motivo dele ter abaixado a própria calça, o suficiente para que pudesse liberar o próprio pau, para enfim se enterrar em você.
Com um suspiro manhoso ele começa o vai e vem gostoso, com sussurros carinhosos, juras de amor, e um encanto fora do normal. Eunwoo estava completamente apaixonado.
“Sério… Meu Deus, como pode ser tão perfeita? Minha, minha, minha… Eu posso… Dentro?”
“Eunwoo…” — você geme baixinho, imersa naquelas sensações que só ele era capaz de te trazer.
Quando o momento se quebra em pedaços como um copo de vidro, com o ser magrelo, alto e com cara de bebê na porta da sacada com um ponto de interrogação enorme na testa. Era Yugyeom.
“Que isso, Nunu, vai transar na cama, sapecando a menina aqui fora, cheio de mosquito, cê é louco.”
kim yugyeom.
Você cavalgava devagarinho, enquanto puxava a franja longa e lisinha de seu namorado para trás. Beijava seu nariz, beijava a pintinha fofa de baixo do olho, beijava a boca gostosa e carnuda. Por Deus, como o amava.
Aproveitou que estavam sozinhos na sala de estúdio, preparando e revendo alguns trabalhos, e o clima esquentou. Sua calça foi parar em um lado da sala, a blusa dele no outro.
Os rostos vermelhos, os cabelos bagunçados. O suor escorrendo, a pele quente.
“Senta mais forte, linda.” — diz baixinho, mordendo de leve seu queixo. A voz embargada pelo tesão, a nuca arrepiada.
Você sorri, meio malvada. Gosta da sensação de tê-lo tão submisso por baixo de você.
Infelizmente o momento é interrompido por batidas incessantes na porta, e a voz rouca de Jung Jaehyun do lado de fora.
“Seu maluco, abre aqui! Você não queria me mostrar a música nova?”
E vocês dois vão a caça de suas roupas, para abrirem a porta completamente vermelhos, bagunçados, e com a maior cara de pós sexo.
jung jaehyun.
Era raro que Jaehyun conseguisse um tempo para vocês dois, mas quando conseguia, ele fazia questão de que fosse sempre sensacional.
Naquele momento, vocês estavam em Milão, após um jantar sensacional, com bastante vinho, velas, comida gostosa, e uma decoração linda em um restaurante que ele mandou fechar só para vocês dois.
Depois, ele a levou para o luxuoso hotel, tomaram um banho relaxante juntos, e nus, foram para a cama, onde se emaranharam nos lençóis, entre beijos e toques cheios de luxúria.
A cama era uma bagunça naquele momento, mas nada importava. Não sabia mais onde estava sua bolsa, ou o paletó de Jaehyun, pois eram um só. Naquele vai e vem lento, gostoso, que lhe fazia gemer o nome do Jung da maneira mais libidinosa o possível.
“Jae… Mais fundo.” — parece estar em um torpor sem fim. Jaehyun é a criatura mais perfeita do mundo, com os olhinhos semi cerrados, gemendo rouco no seu ouvido.
Mas… O momento é interrompido por uma voz abafada que chama a atenção dos dois de imediato. Parecem gritos, e vocês se desesperam. A voz vem da cama. Mais precisamente do celular de Jaehyun, embolado no meio daquele emaranhado de lençóis.
O celular havia sido desbloqueado, e ido direto para a última chamada feita. Mingyu. O amigo, que estava na Cor��ia, havia iniciado o dia do modo mais curioso possível; recebendo uma ligação sem querer do amigo transando com a namorada. E ele ouvira tudo.
“Tomar no cu, maluco, me ligou pra jogar na minha cara, foi? Quem dera eu ter folga, desliga isso, MEU OUVIDO TÁ SANGRANDO TE OUVINDO GEMER. Vou contar pro JK, e pro Bambam, tá ferrado.”
#DO NADA#jeon jungkook pt br#jeong yoonoh#jeon jungkook smut#jung jaehyun smut#jaehyun smut#cha eunwoo smut#cha eunwoo#mingyu#kim mingyu#mingyu smut#yugyeom#kim yugyeom smut#yugyeom smut#97 line
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o verão queimou minha pele
a rua aquece meus chinelos brancos
cheios de areia
tudo tem perfume de mar
de pele coberta de sal
e seus olhos cor de pôr do sol
deixa tudo a dois passos do abismo
verão triste
sem você aqui
sol quente ardendo as pernas
cansadas de correr
e cair de joelhos
ultimamente
queimo de propósito
eu sem você
as ondas de ressaca
banho de mar
desintegrar
virar peixe
morrer, nadar
até o carnaval chegar
e a vida ser avisada
pra virar e viver
tenho medo de morrer afogada
tenho medo de morrer
mas você mexeu comigo
quero na praia me lançar
boiando até o céu pertencer
água no corpo
no peito
nos dedos
nos cabelos
sou mar de ressaca que
nem você
sou toda modernista
com alma realista
sentimentos arcadistas
porém romântica no chuveiro
tenho verão em mim
o ano inteiro
e tento ter pinta de artista
só que tem água salgada
ardendo a vista
e eu que queimo
agora deixo a noite me apagar
na cama
a pele ardida de você
tem pena de mim
tenha piedade da minha espera
outono, inverno, primavera
eu sou teu mar
-Yngrid Antonio
#arquivopoetico#meusescritos#novospoetas#pequenosescritores#autorias#espalhepoesias#poem#poema#poemas#poecitas#lardepoetas
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𝐓𝐑𝐘 𝐘𝐎𝐔𝐑 𝐋𝐔𝐂𝐊𝐘: ──── LOVE-KINN's point of view ;
A ausência do filho de Dionísio, cuja mortalha já havia sido queimada, ainda pesava no peito de Love. Seu maior temor era que os caídos e os escolhidos tivessem o mesmo destino. Oh deuses, que as parcas tivessem piedade deles. Essa perda era difícil de ignorar. Love conhecia bem o sentimento de perder alguém e não ter a chance de dizer adeus, e até pior. Naquele dia, a filha de Tique se pegava olhando em direção à caverna dos deuses, esperando algum sinal de retorno, mas nada acontecia.
Quando o portal finalmente se materializou no centro do acampamento, a tailandesa sentiu o coração pular no peito. Ela correu até lá junto aos outros campistas, o corpo tremendo de nervoso para saber se estava tudo bem, e quando os sete semideuses emergiram ela sentiu um alívio tão grande que quase a fez chorar. Mas não havia tempo para lágrimas; seu instinto como nova aprendiz de curandeira falou mais alto.
Love se posicionou imediatamente, correndo até os semideuses que precisavam de ajuda. Ela já tinha se preparado mentalmente para esse momento, imaginando que os ferimentos deles estavam ruins. Se lembrava bem de alguns graves que havia visto pela transmissão que a TV Hefesto fez. A semideusa ajudou a carregar os companheiros para a enfermaria, onde outros curandeiros e aprendizes estavam à espera. O tempo todo manteve-se ao lado deles, distribuindo unguentos, limpando feridas e até mesmo os incentivando com algumas palavras. Sabia que perguntar sobre a situação no inferno não faria bem algum. Ela mesma esteve naquele submundo e preferia não falar sobre o que viveu lá.
A mulher trabalhou e ficou na enfermaria até ter certeza de que todos estavam fora de perigo e que estivessem bem. Somente quando os semideuses estavam estabilizados e depois de receber todo o cuidado que precisavam, ela permitiu que o alívio tomasse conta, feliz que todos tinham retornado. Love se permitiu um breve momento de descanso, saindo da enfermaria e indo direto para seu quarto. Ali, cochilou por um tempo para descansar. Ela sabia que o luau de comemoração iria acontecer, e mesmo que seu corpo estivesse cansado, ela decidiu que merecia participar. Portanto, o descanso foi breve e logo partiu para a praia.
Naquela noite, ela dançou, riu e celebrou com o resto do acampamento, sabendo que havia cumprido sua missão como curandeira e amiga. Tinha plena noção que o caminho ainda era longo, difícil, que havia muito a superar e possivelmente enfrentar, mas, por um momento, tudo parecia estar no lugar certo. Sentindo uma leveza que não sentia há muito tempo, ela buscou aproveitar um pouco daquela sensação como se estivesse em outra era antiga e pacifica do acampamento. Não tinha percebido até estar ali. Love sentia falta daqueles momentos na colina meio-sangue.
@silencehq.
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Eliminadas, mas ainda amadas: as origens das jogadoras da Seleção Brasileira Feminina
Infelizmente, nossa amada Seleção Brasileira não ficou tanto tempo na Copa do Mundo Feminina 2023 quanto a gente esperava, mas essas jogadoras merecem o reconhecimento por chegarem tão longe. Por isso, vamos homenagear nossas guerreiras, contando um pouco das histórias e origens de algumas dessas estrelas brasileiras.
Marta Vieira da Silva: A Rainha do Futebol
Foi nomeada Embaixadora da Boa Vontade para mulheres e meninas no esporte pela ONU em 2018, além de ter ganhado seis títulos de melhor jogadora do mundo. Se essa mulher não é uma inspiração para você, no mínimo merece sua admiração.
Atualmente tem 37 anos, e nasceu em Dois Riachos (Alagoas), uma cidade pequena cujas principais atrações incluem a Pedra de Padre Cícero, a Feira do Gado e as festividades de emancipação da cidade, além da Praça da Independência, que costuma ser um dos pontos mais visitados pelos moradores.
Geyse da Silva Ferreira: 5 Gols e 4 Assistências em 10 jogos da Champions League, não é mole não!
Também alagoana, é natural de Maragogi, uma parada praticamente obrigatória se você passa pelo estado. A cidade é conhecida pelas praias paradisíacas cristalinas, que te garantem não só fotos incríveis mas uma paisagem maravilhosa. Normalmente, o maior destaque é para Barra Grande, com um banco de areia que forma um caminho da praia ao meio do mar, indescritivelmente esplêndido para os amantes do sol que amam "fazer fotossíntese" e pegar um bronze.
Tamires Cássia Dias de Britto: A Única Mãe da Seleção Brasileira
Mesmo chegando a pausar a carreira duas vezes para cuidar do seu filho, Tamires não desistiu e continua firme e forte jogando pelo Corinthians, sendo bicampeã da Libertadores pelo time. Há um ano atrás, a jogadora assumiu o namoro com a cantora sertanejo Gabi Fernandes, que também jogava futebol e participou de campeonatos até fora do Brasil.
A brasileira tem 35 anos e é nativa de Caeté, Minas Gerais, cidade com vários atrativos, incluindo museus, como o Museu Regional de Caeté e o Museu da Farmácia Ideal, e igrejas como o Santuário de Nossa Senhora da Piedade e a Igreja Nossa Senhora do Bom Sucesso.
Esse foi um pedacinho da história de três das vinte e três estrelinhas que fizeram parte da Seleção Brasileira, eu vou ficando por aqui mas na próxima sexta tem mais (ou antes quem sabe), fiquem atentos!
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Era uma vez um pescador morto por uma baleia no ano de 1900 nas águas da Bahia. E os ossos seu único vestígio na areia da praia de uma ilha deserta muito longe dali. Esse, o fato verídico. Agora, a lenda é pura invenção. De um jovem escritor que viajou para desbravar essa história através da imaginação e lhe deu um nome: A Ilha do Pescador. Sua fonte de inspiração, um recorte de jornal. Da época. O próprio pescador e seu barco de pesca artesanal. E na memória do garoto de outrora a imagem do avô, também pescador. Seu ídolo e herói.
Carlos Aranhos
Em memória ao meu avô.
A Ilha do Pescador
A Ilha do Pescador: uma história de aventura, sonho e fantasia
por Flávia Vasco
Cansado da vida desencantada da megalópole, André parte numa viagem rumo ao desconhecido, carregando na bagagem apenas a imaginação, em busca de um passado perdido, de encontro às estórias de mar e de pescadores.
Roteiro
Cena 1: um velho, aos 92, em farrapos, afunda revolto sob a forte sucção da água no oceano, morto, em meio aos destroços de um naufrágio. (Fade out)
Cena 2: (Fade in) (Plano aberto) a câmera sobrevoa o mar. No centro, o homem, aos 69, é rodeado por uma baleia e dois filhotes, ao lado de um barco à vela.
Cena 3: (Plano médio) os personagens brincam.
Cena 4: (Plano Americano) o homem, barbudo, chapina água contra os cetáceos. A baleia borrifa na fria atmosfera o ar quente e úmido, condensado em gotículas de água.
Cena 5: (Primeiro plano) rosto do homem. Feliz e sorridente.
(J Cut. Trilha sonora de suspense)
Cena 6: o ataque do tubarão:
***
1924. Ao longe, uma barbatana dorsal é vista. O alvo é Sancho. A fuga é instantânea. Auxiliada pelo homem, que de volta ao barco, se interpõe entre o caçador e a caça. Arma rápido uma bocada de isca fresca pra atrair o grande peixe. O tubarão caiu. Com o arpão feriu-o nas brânquias. Com fúria, o animal atirou-o fora do barco. Na queda, perdeu os sentidos; mas, logo se recuperou, à superfície. Outra investida estava reservada contra ele. Foi quando mergulhou fundo e desferiu um golpe certeiro na altura do focinho, com uma faca que levava junto ao cinturão. Um segundo golpe foi tentado na altura dos olhos, mas passou só perto. Foi aí que apareceu em cena, a baleia-mãe para ajudar. Com uma cabeçada estonteante, combaliu o que restara do tubarão, livrando o pescador de um novo ataque. Recolhido, o tubarão recuou. Mas, não por muito tempo. Bastou que o valente homem retornasse sem fôlego ao barco, para que a fera desse meia volta e, sem piedade, desferisse uma mortal mordida sobre a cauda de Sancho. O pequeno animal logo esvaiu em sangue que tingiu toda a água. Tentou sobrenadar sem escapar à luta, mas foi em vão. O tubarão vencera. Caiu morto, sem recurso. Terminando devorado pelo temível predador. A mãe aflita, nada podia ou pudera fazer. Recuou com o outro filhote, mais velho, para além de sua jornada, a fim de pelo menos garantir a sobrevivência de ambos. O Pescador ... assim, o conheceríamos, somente observou o êxodo dos pobres amigos, com os olhos cheios de água.
(Smash cut)
Título: A Ilha do Pescador
Sinopse: um jovem fascinado por estórias de mar e de pescadores sai em busca de inspiração para escrever a sua própria história. O que encontra são pistas, e a partir daí descobre que não tem mais nada com que contar senão com a própria imaginação.
Num mundo desencantado,
onde não há mais segredos,
é preciso inventar.
Primeira Parada: A Ilha do Farol – A Partida
O espetáculo das baleias. O que sobrou de um passado de glória, que sucumbiu à submissão do poder do homem, esse ser predatório da natureza. Espetáculo (!) porque se deve a ações conservacionistas mais recentes que garantem a perpetuação dessa espécie, e deslumbram os olhos dos turistas em busca de uma foto. Mas, essa é parte de uma história que eu já sei. Como é contar uma história que ainda não sei?
Acordei hoje cedo pensando que estava na vila. Queria fazer meu próprio café, mas estava na pousada. Contrário a todas as minhas expectativas e fantasias, ali não era tão comum ser diferente e se contentar -- caso encontrasse -- com uma autêntica casa de pescador, e pretender fazer parte daquele cenário, buscando novas amizades. Não, sem chances. E eu não vinha pra ficar, estava de passagem, e sequer era pescador. Meu mundo era outro, e como OUTRO que eu era, embaçava-se minha vista de como deveriam ser as coisas na realidade: a vida na vila. Ainda assim, impregnado de estrangeiro, vindo da cidade grande, esperava me encantar com a minha viagem. Fosse com as estórias do lugar, fosse com os passeios fora do guia de viagens, fosse com a falta mesmo do saber.
Assim cedo demais acordei. A escuridão lá fora, bem cerrada, me dizia que em dias normais não era hora de levantar. Eu me antecipara em uma hora ao despertador do relógio de pulso, pousado sobre a cômoda do lado da cama, ao alcance da mão. Precisei ir ao banheiro, tateando no escuro, e logo voltei a me deitar, e cochilei. Permaneci em estado de vigília com medo de perder a hora. O barco sairia assim que o sol apontasse os primeiros raios; assim instruíam os moradores aos turistas. Quando acordei de vez, lembrei de desprogramar o alarme, e me sentei na beirada da cama pra tomar um gole d’água fresca da moringa, de barro, fria. Despejei o líquido na caneca de estanho, com alça, e tomei. Agora, algum ruído eu ouvia que vinha da cozinha, as primeiras panelas do desjejum dos madrugadores. Não demorou muito, sentado à mesa, senti o aroma de café abrindo minhas narinas, confrontado meu hálito quente do primeiro gole com o ar gélido da manhã. Eu trocara minha roupa de dormir por um cardigan azul marinho, com detalhe vermelho-branco no bolso e na barra da cintura ... dotado de gola v, abotoado na frente sobre uma camiseta branca. Com uma calça jeans, combinando com meu sapatênis casual zípper, vermelho e azul também.
Não tive pressa. Desfrutei do ócio, me entregando completamente à cadeira, quase deitado contra o costado de estrado de madeira, com os braços cruzados. No quarto, praticamente intocada, minha tralha era só uma “big” mochila com um bocado de coisa dentro: um pulôver branco e preto ziguezagueado em duas listras delgadas, vermelha e branca, no peito e na cintura; um conjunto moletom blusa bege siri e calça preta 100% algodão, fechado; duas bermudas com bolsos laterais: uma marrom e uma azul marinho; uma regata branca; uma camiseta 100% algodão branca e uma preta também; uma camisa branca de cambraia, conjunto com uma calça também branca, do mesmo tecido; uma sandália de couro, marrom claro, de dedo; um chinelo havaiana branco; e, um pijama meia malha azul anil, com fecho em botões pretos. Pouco menos que um look versátil meu na metrópole nos dias de trabalho: suéter azul marinho, camisa branca, relógio dourado, cordame bege e marrom no outro pulso, calça de brim preta, e mocassim marrom.
Pra completar os acessórios: snorkel; óculos escuros; boné; toalha branca; um punhado de blocos de anotação; algumas canetas pretas; nécessaire com artigos de higiene bucal, mais cosméticos como shampoo, condicionador, 5 sabonetes, 3 tubos de protetor solar; 5 cuecas; 2 sungas; 6 pares de meias socket: 3 brancas e 3 pretas; e 2 pares de meias de lã grossa: uma branca e uma preta.
No bolso lateral esquerdo: o celular Iphone, última geração, com o Power bank possante, apropriado pra viagem. Enquanto, num dos bolsos falsos, guardara o certificado de mergulho e o ticket de translado até as praias. No outro, um bocado de dinheiro em espécie.
*A cinta elástica de pano trazia amarrada junto ao corpo, por dentro da roupa, pra provisionar algum valor a mais. E a carteira de couro preta com poucos tostões, documentação pessoal, e cartões do banco, levava normalmente no bolso da calça ou bermuda.
Ademais, o pé de pato ia dependurado no ombro, num estojo de pano. Também o tripé. Assim como uma mochila menor, de apoio, com o notebook, 14 polegadas, compacto, com boa portatibilidade, junto a uma Canon Eos com lente EF 50 mm, munida de filtros de cores primárias, e um estoque de rolos de filme preto-e-branco e colorido.
Uma relíquia me fazia companhia pra onde fosse desde a adolescência. A foto de meu tataravô emoldurada em vidro de presente do meu avô. Nicolau. Também presente dele eu levava a tiracolo uma foto de meu bisavô ainda bebê tirada pela mãe Emma, além de um desenho dele já velho feito por meu avô. Tudo emoldurado. Era com a minha baleia de pano que ele brincava comigo fazendo truques e traquinagens de fantoche. E me enchia de estórias de pescadores da Bahia, de onde vinha, e onde era casado com uma baiana. Minha família descendia por parte de pai de artistas. Minha tataravó, seguiu a profissão do pai que era fotógrafo profissional, mas de forma amadora. O avô dela era um homem de renome nos primórdios da fotografia na França. Emma era o nome da minha tataravó e o que se sabia dela é que tinha sido abandonada pelo meu tataravô e corria uma mágoa amarga sobre ele. Guardei os retratos e o desenho na mochila de mão.
Comi e bebi pouco. À mesa, uns pães de sal, café de coador na cafeteira preta, umas fatias de queijo muçarela e presunto, leite frio de saquinho servido na vasilha de plástico própria dele, umas bolachinhas sortidas e uma única banana. Só. Eu estava acostumado a um desjejum mais farto ou singular em outras estadias standard, de boas pousadas três estrelas das cidades do patrimônio histórico e paisagístico, de Minas e do Nordeste, no caso Recife. E também com o requinte dos cafés franceses e italianos, sem falar no brunch americano. Mas, não escondia minha predileção pelos mineiros nas primeiras horas do dia: fosse o pitoresco acervo gastronômico, material e natural das fazendas rurais tradicionais e rústicas, na minha hora mais feliz do dia -- a aurora da manhã --, fosse o refinamento, estilização, padronização e simplificação das pousadas na cidade.
No primeiro caso (o café pitoresco mineiro) pra falar a verdade muito ou pouco do que era servido não era uma questão: não se tomava por medida. E sim a qualidade da experiência. A mesa farta ou não, não contava. O lugar grande ou pequeno, com pouca ou muita atração, também não. O que contava mesmo era a natureza da coisa vivida, capaz de impregnar nossa experiência de memória. Sempre me refugiei nesse canto da essência pra fugir à morte imposta pelo cotidiano, pela rotina e pela repetição. Sempre tentei não sucumbir aos devaneios deletérios, drogas e surtos psicóticos de uma vida monótona, me refugiando nessas experiências do passado e dos sentidos, que moram na nossa imaginação. Pra não fugir à realidade em desespero, me impus a disciplina de um espírito livre, e desde pequeno me apeguei ao sonho, pra me salvar do massacre e amortecimento das HORAS. Viciantes e “nonstop” (na falta de uma palavra melhor, em português), ELAS sempre correndo, se fartam nos engolindo, sem condição de salvação. Ou, de restauração da psique ou do corpo. Nos consomem sem dó, em stress e cansaço. Esgotando nossas forças. Alimentando todas as doenças da alma. Nessa pressa. Nesse Vazio. Damas do aprisionamento, diabólicas. Assim ELAS galopam incessantes, sem páreo, ou descanso, cedendo à repetição desarrazoada e absurda de um Tempo sem sentido já há muito vivido abaixo da abobada celeste pelos seres humanos.
Desfrutei por vezes junto à “mesa” caipira, rica e simples, de momentos inesquecíveis. A cozinharia mineira integrada aos processos naturais de preparo dos alimentos, tantas vezes demorados, não era separada do entorno de delícias junto à natureza, entre bichos e seu habitat. Vivi um mundo de volições dos sentidos. Vivi outro tempo e modo de vida.
Numa dessas vezes, lembro do leite da vaca, quente, tirado na hora, que meu organismo fraco do sedentarismo e artificialismo da vida moderna exigiu ser fervido antes, pra evitar a contaminação por bactérias, dado meu organismo sem defesas. Mesmo assim, o bigode branco da espuma e o calor da bebida me marcaram. Tanto quanto o gosto forte e gorduroso do lácteo, estranho ao meu paladar, e contraditoriamente rejeitado e deleitado ao ser descoberto. Lembro de ter feito uma careta de nojo, e sentir ânsia de engolir por me parecer sujo e anti-higiênico. Falta de um contato mais íntimo com a natureza e seus processos vitais. Já, para os antigos, bastava um esguicho forte tirado da mole, lisa, tépida e pegajosa teta da vaca (pra mim enervante) pra, assim espremida contra a boca, sair quente ou morno o líquido, sem risco de fazer mal à saúde. Podia mesmo uma canequinha ir a reboque pra entornar o primeiro reforço da manhã. Aquilo, espumando, era misturado, muitas vezes com o sal ou a cachaça, pra servir de fortificante e despertador. O caboclo virava aquilo de um gole só, garganta abaixo, e estufava o peito, revigorado, nutrido horas a fio, numa explosão de energia, pronto pro trabalho pesado das primeiras horas do dia. Era ótimo pra curar ressaca.
Outra vez, na fazenda da minha amiga era costume passar o mel no pão. Nunca tinha ouvido falar nisso. Eu era menino. Tinha crescido na cidade grande à base de manteiga. Melhor, margarina. Cedo, antes de irmos ao curral tirar leite, fomos ao apiário. O irmão dela, apicultor, todo paramentado em vestimenta própria, máscara com véu contra picadas, luvas, botas de galocha, todo de branco, foi até o tambor da colméia, e de longe vimo-lo fazer toda a operação. Com cuidado, examinou a produção das abelhas, e tirou lá de dentro um torrão de favo, pingando o néctar. As abelhas em polvorosa o assediaram. Ele tirou o tanto quanto havia da cera fabricada, e estocou-a num contâiner de plástico, transparente, vedando-o, em seguida. Estávamos extasiados. O zum-zum nos chegava, e enquanto ele vertia o própolis no vidro esterilizado, sonhávamos com a hora de prová-lo. O favo mesmo foi posto na mesa da cozinha para chuparmos a seiva do mel de dentro da cera. Como esquecer! Eu pouco acostumado, achei que fosse me fartar, atraído e desvairado, com a pureza do experimento inédito. Tirei com a faca um pedaço de caber na boca, e logo enjoei, de tão doce. Quase me decepcionei por não poder mais. Então era assim, nem tudo que é bom demais, pode se ter em demasia. Às vezes basta degustar. É o caso do mel. Pelo menos pra mim. Mas, jamais saiu da minha cabeça o gosto da cera.
Nesse dia foi só isso o café da manhã: leite, pão e mel. E uma profusão de cheiros a me invadir o nariz, a bosta de vaca, a grama orvalhada da manhã, lá fora, o pêlo suado de cavalo - lembrando a textura da crina e do couro liso depois que o alisamos e distribuímos o sal na estrebaria -, o cheiro do chiqueiro dos porcos rosados, roncando enlameados, entre o roer das espigas de milho granadas, e restos de lavagem. E outro cheiro tão característico! A titica de galinha, dessas que ficam entre os galos garanhões, ciscando no chão do terreiro o milho encruado e a quirela, jogada de mãozada ... enquanto, nos poleiros, as teúdas e manteúdas chocam nos ninhos seus ovos de pintos. E cacarejam, cá e lá, batendo em vôo raso as asas, aqui e ali, depenadas.
Chegavam ali à cozinha, numa sinfonia, todas essas peripécias, batendo no olfato virgens suas essências.
Na cachoeira, pós-café, a macilenta argila escorregadia sob os pés e entre os dedos melequentos, estourando borbulhas minúsculas, e puns indecentes, apareceu marrom, como na gamela da fruteira, e na caneca de cerâmica, sobre a mesa da cozinha, lado ao lado com o copo de latão reluzente. E as panelas de argila queimada no fogão a lenha de alvenaria singela guardada de segredos, borbulhavam sobre a trempe de ferro fundido, o feijão preto colhido no roçado, fumegando a todo vapor, à combustão da lenha rachada, alimento do fogo avivado pelo sopro, espalhando a cinza das aches, em meio ao negro rastro de fumaça queimada, dos tições em brasa.
De outra vez, não esqueço, puseram-me na boca salivante o queijo mofado, maturado na dispensa úmida e fria, sob condições artesanais de preparo e cuidado. Um quartinho escuro, mal iluminado, com estantes de tábuas de madeira velha, onde descansavam os queijos redondos cobertos por uma fina camada de casca de fungo, eram protegidos por um véu de tule, a cair do móvel, pra livrá-los da ação indesejável de moscas, mosquitos e varejeiras. Um cheiro acidulante e azedo, penetrante, enzimático e lácteo, subia pelas paredes do cubículo, sintetizando a microbiótica e o ambiente. Mereci levar um exemplar desses pra casa, e casei-o com o doce de leite, figo, cidra, goiabada e o melado nas compotas cheias tiradas do tacho de cobre gigante da propriedade.
Na cidade, na pousada (no segundo caso, em que se tem o café refinado), a refeição matutina era um banquete de encher a boca d’água. Diversidade de pães doces e salgados: à base de ervas e farinhas de todos os tipos; bolos; biscoitos; bolachas; broas; queijos; requeijão; pão de queijo; torrada; café expresso, para além do de pano da vovó, e o de coador; leite; chás; sucos naturais de mamão, laranja e melancia; iogurte; coalhada; mel; geléias; frutas como melão, mamão, melancia, banana e abacaxi; ovos mexidos; fritada de cebola, tomate, presunto, queijo e cebolinha (ou omelete, irmã gêmea, com recheio a gosto); panqueca; waffle; salsicha ao molho; cereais; achocolatado; e uma mesa de doces.
Agora, tratava-se de pernoite. Não esbanjara na estadia. Local simples, seguro, bem localizado, módico. Do porto logo ali do lado partiam os barcos de passeio para as praias do litoral da Bahia. Meu pacote incluía um percurso que cobria quatro delas em cinco horas. Com direito a permanecer por dois dias na última para aproveitar mais a viagem. Dali, era por conta de algum inusitado curioso, ir além e, nos confins do mar, muito além da orla praieira de Cabo Coral, combinar com o canoeiro, personagem envolto em mistério da Ilha Perdida, ir até a mítica Ilha do Pescador. Lugar remoto, de todo perdido no horizonte das rotas de pacotes turísticos paradisíacos. A ilha inspirava assombro e mistério, para os que dela se aproximavam com suas estórias de pescadores, e antigo porto baleeiro.
Eu tomara o cuidado de separar o que achava necessário para além da travessia, guardando aquele vestuário para os dias frios da noite e o calor intenso do dia. Fora precavido. Ficaria uma tarde na misteriosa Praia dos Sambaquis na Ilha do Pescador, eventualmente visitando outras praias, quando o barco de volta me recolheria para a cidade mais próxima, muito além da laguna, a milhas e milhas de distância.
Na cidade, junto à baía, as ruas de pedras lisas cobriam o entorno do centro histórico, ramificando-se tortuosas e estreitas, entre as casas, solares e sobrados coloridos, que ora descortinavam nas treliças de seus avarandados e sacadas, tapetes patchwork álacres, feitos pelos artesãos locais, arejados nos dias de faxina, ensolarados. Uns chegavam a ser tão bonitos que não passavam despercebidos ao olhar sensível de um fotógrafo, pronto a revelá-los em suas cores vivas e puras, contra o fundo preto-e-branco de uma fotografia.
Era em contraste com essa paisagem quase térrea, encimada e engolfada pelo céu imenso, que subindo por ladeiras até a parte mais alta dos principais bairros que davam uma vista privilegiada do contorno de toda a orla praieira, que se podia ver bem mais além a quase perder de vista, como um ponto branco, sob um rochedo na imensidão do mar, a partir dos arredores do cais, o Farol, referência da principal praia da baía, destacando-se acima da plataforma do forte, na arrebentação das ondas, solitário e hirto, acalentando os navegantes necessitados de orientação, e estampando toda sua tradição nos cartões postais da costa do continente.
A pousada ficava ali, entre a parte baixa e a parte alta, não sem contar com transporte à mão para os deslocamentos entre as duas. A distância até os barcos era irrisória, de uns dois quilômetros, podendo ser feita a pé. Mas, devido a algum desconforto da bagagem, desencorajava o percurso. Sendo inevitável contar com um Uber para checar nas baias numeradas do ancoradouro, as placas de metal ou pirogravuras de madeira, com o desenho do barco e seu nome de batismo, para o embarque. Eram acorrentadas nos mastros de amarração dos barcos. Cada uma parecia como um bom cartão-postal à base de maçarico. Obras de arte popular, fruto do trabalho artesanal anônimo.
Saindo da porta da Pousada dos Diamantes até a Galera do Albatrozes, mais à direita do ancoradouro, não se levava mais do que cinco minutos. Assim, André, contando com tempo, mas não querendo correr nenhum risco de atraso, antecipou-se na saída, ainda atrás do sol, para evitar tumultos e imprevistos.
Desceu na terceira plataforma, sobre a esteira de ripas longitudinais, rijas, compactadas e grossas, suspensas do ancoradouro, tendo visto ao longo do caminho conjuntos de pontos de luz tremeluzentes das lanternas dos celulares, esparsos, dos grupos de turistas, que iluminavam a baixa noite, enquanto aguardavam a aurora. Contava que, dentro em breve, os tons mais claros do céu desceriam, anunciando a manhã e com ela o sol, previsto para brilhar aos 25 graus Celsius, às 10 horas. À sua frente, as silhuetas dos companheiros de viagem resplandeciam contra o amarelo ocre da luz dos pequenos holofotes, e o marulho das águas ao fundo trazia um dejà vu, sobre a sombra flutuante do breu das embarcações, cobertas de frio pela brisa, e sereno da madrugada. Havia poucos tocos de madeira, e algumas pedras do mar, que serviam de assento, junto à cerca lateral. As mulheres e os mais velhos se revezavam à espera da partida. Ainda era pouca a conversa. Nenhum contato, quase. Tudo era silêncio, murmúrio e quietude. Apenas um homem andrajoso, em seus avantajados anos, comido pela calvície, em meio aos fios brancos despenteados, e a dura barba rala por fazer, permanecia andando de um lado pro outro, inquieto, a fumar um cigarro de palha, e a bater contra a coxa uma velha boina puída, marrom. Vez ou outra passava a mão na cabeça, o olhar cabisbaixo, aflito. Mal esperava pra sair do lugar, parecia. Os demais, poucos em pé, com as mãos nos bolsos, ou braços cruzados e, mais além, algum outro sob a fumaça enevoada de um cigarro, ou ainda algumas crianças, entre seis e dez anos -- encolhidas no chão e com as mãos nos joelhos --, davam a idéia de seres bem comportados, íntegros, limpos, bem vestidos, bem agasalhados, bem nutridos e bem protegidos. Longe das cenas torpes e sujas dos pederastas de cais, que inspiravam um Jean Genet, envoltos em decrepitude nos arredores dos becos, escuros e fétidos, da cidade baixa. Ou dos bares e puteiros a la Charles Bukovski, que podiam servir de um imaginário marginal nas proximidades das zonas de decadência, fosse esse o caso da nossa cidade costeira.
Não devia haver muitos mais a aparecer, já que a tripulação deveria ser pequena, pois o barco não era muito grande. A essa altura, não se constatava excitação alguma, apenas rostos pendentes, entre o sono e bocejos, conquanto felizes, por embarcarem numa relaxante e contemplativa aventura.
Em pouco tempo mais gente apareceu. Até que a luz tomou no céu os seus primeiros contornos de rosa, lilás e anil, convocando o dono do Albatrozes a fazer soar o apito, ensaiando um primeiro sinal de que já era hora de embarcar. Uma fila se formou, sob a orientação de um ajudante de ordens, que checou toda a documentação. Embarcou um a um, junto à prancha que subia até o piso do barco. Em seguida, foi dada a partida nos motores, e cinco minutos depois, soaram dois avisos sonoros, graves, para anunciar a saída. Estávamos todos a bordo.
O sono se dissipara. O ar dos pulmões se renovava a pleno vapor. O timoneiro era o próprio capitão, sob o comando de seu próprio navio. Era um tipo reteso, enegrecido, boa-praça, de boa estatura, barba grisalha, com pinta de marinheiro, trajando uniforme branco impecável, e um quepe da Marinha de fato, mas em vez do cachimbo “de poppye,” trazia na boca uma cigarrilha, quase sempre acesa, como companhia. No peito vinha o patuá. A fé no Guia. O cordame de Ogum. Azul, verde e branco. Aliás, o capitão tinha por apelido, esse mesmo nome capitulado: todos o chamavam Capitão, somente. Sua história era cheia de audácia. Tão acostumado a estender seus sonhos por outros mares e praias, acabou por fim, por se recolher na rota do passeio turístico, de curta duração, só pra não se aposentar. O Albatrozes era homenagem a uma travessia que fez à Antártica em meados de 1980, num outro barco especialmente construído para isso: o Escuna Extremo Sul I. Ele, o Capitão, foi “presenteado” no inverno, sob forte vento, por uma maciça presença de albatrozes em mar aberto. Isso registrou na mente dele o significado do infortúnio por que passou, na ocasião. A escuna passou por uma travessia perigosa, e encalhou num bloco de gelo, embicando de quilha, sobre ele, criando assim dificuldades para se desprender. Foi necessário esperar por uma movimentação das placas de gelo, o que durou cerca de uma semana. Nesse intervalo, temeu-se que ambos os tripulantes, ele e o companheiro de aventura, sofressem um naufrágio, caso houvesse alguma avaria, assim que solto o veleiro. Foram dias tensos, em que pouco se podia fazer, apesar do uso de ferramentas especiais para tentar abrir trincas no gelo. Por fim, a sorte os recebeu, e uma nova acomodação do gelo abriu caminho para içar velas. O casco intacto.
Mais tarde, como nos contou, ele mesmo diria: “Ainda que esses breves momentos de angústia não superassem tantos outros piores na história da navegação, ainda sim a presença dos albatrozes com seus guinchos era reconfortante naquele isolamento acústico, só quebrado pelo eco do ar gélido escalando as altas paredes das calotas polares; ainda sim, era reconfortante a presença dos albatrozes naquele referencial inerte, em que tudo se movia, menos nós, entediados de centro, envoltos em puro azul e branco, entre céu e mar, dia e noite. Só mesmo o bico preto das aves, cruzando o ar, para nos livrar da monotonia, e nos fazer brincar de novo; ainda sim era reconfortante, porque não estávamos de todo sozinhos, apartados da civilização. Havia sinal de vida. Era bom tê-los. Simbolizava na pior das hipóteses, que tudo ia bem. A vida seguia. Não era mau agouro. Apenas uma lembrança do infortúnio, em meio ao qual ficou uma lembrança boa deles.”
Essa e outras histórias faziam parte do currículo de vida do navegador e aventureiro, que explorou toda a costa atlântica brasileira, e parte da pacífica onde as águas banham países da América do Sul. Realizou, aí, inúmeras transações comerciais via o transporte náutico, e se rendeu ao ardente desejo de desbravar novas experiências, tanto no continente quanto em alto-mar. Saíra bem jovem da Bahia, e a ela retornava próximo ao fim da vida, sem nenhuma ambição, apenas a de descansar e deslumbrar-se com o vai-e-vem dos turistas, e das embarcações. Nos últimos três anos, chegado à terra natal, registrava diária e secretamente em seu íntimo, sob olhar atento e amiúde, as mudanças havidas desde seu tempo de menino. Já não era mais constante o desfilar sábio dos fenômenos naturais. Eles já não seguiam uma ordem própria, consoante a harmonia com o Todo. O ritmo da natureza estava quebrado, e não havia volta. Isso todo mundo sabia. O mar continuava um mistério, mas tinha perdido o encanto.
O sol frio ameaçava pairar sobre nossas cabeças, e não havia esperança de que o vento se aquecesse tão cedo. Levaria um tempo até que os motores fossem reduzidos a uma potência mínima, e o mormaço nos alcançasse trazendo à tona os cardumes de peixes. Chegada a hora, o Capitão, então, nomeou-os um a um. Também fez questão de dar uma idéia do ecossistema subaquático marinho, sem se esquecer de pontuar as principais ações dos órgãos de preservação do Santuário das Baleias: os CPFA (Centros de Pesquisa e Fiscalização Ampla), e suas subdivisões segundo as especialidades técnicas de cada órgão, tanto em terra quanto em mar; e, os CPFR (Centros de Pesquisa e Fiscalização Restrita), igualmente subdivididos segundo as especialidades de cada área técnica, vinculadas aos respectivos órgãos, voltados para as comunidades praieiras no entorno do Projeto Piloto, e ações específicas a se desenvolverem no controle da qualidade do mar e sua orla. E presidindo essas duas chaves principais do organograma com suas subdivisões, estava o NPSB (Núcleo Preservacionista do Santuário das Baleias), que com base no seu Projeto Piloto, subdividido em áreas do entorno de preservação, integrava ambos os centros já mencionados, mas com interface para o Turismo. E como estandarte simbólico mantinha a mínima gestão de operações na pedra do Forte, onde ficava o Farol. Com atenção para o que se passava próximo, no mar. Assim, havia uma equipe de salvamento e primeiros socorros, e de controle da área de turismo (manutenção da infra-estrutura de banheiros e trilhas, gestão do museu da baleia, suporte à equipe de mergulhadores e apoio ao comércio ambulante). Havia uma parceria com a Marinha, no controle da entrada e saída dos barcos, não podendo exceder em 345 os visitantes com acesso à pedra. Disso se estimava o número de barcos a acederem ao Farol.
Mais uma vez forçados os motores, o atraque no nosso destino era breve: questão de vinte minutos; até lá, vídeos e fotos flagrariam a passagem dos golfinhos, não prevista no script. Tempo para risos, chats e conversas. Grupos de casais, amigos, familiares e empedernidos solitários, como eu, ali, confabulavam, enfim. Não podia faltar, contudo, o Capitão. Imortalizado, mais uma vez nas tantas imagens.
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Carta aberta a meu amigo que se foi.
É amigo, eu queria entender uma parcela do que te levou.
Queria saber o que te deixou tão mal, a ponto, de vc querer partir....
Queria entender o porque, e como, vc percebeu que essa era sua unica solucao...
Eu queria mesmo!
Infelizmente, o que eu quero agora, não vai ter importância nenhuma... o que eu quero agora, não vai mais ter sentido! Infelizmente!
Mas esse texto nao é sobre mim... e o que eu quero... o fato de eu nao saber o motivo, nao muda o fato da sua partida!
Voce estava mal meu amigo, eu sei que a vida tava pesada... sei que seus caminhos estavam parecendo ruas com postes apagados, que cada esquina tinha uma tentacao, que parecia que melhoria sua vida, mas no fundo só te levava mais longe da claridade.
Quantas vezes a gente conversou!
Quantas coisas voce me falou.
Quantas suplicas você fez, promessas que tentaria melhorar...
Eu odeio o pensamento de que nao pude te ajudar, odeio essa sensacao, de insuficiência... esse pensamento de responsabilidade, de culpa... mesmo sabendo fiz o que eu pude!
Dias antes da sua partida, vc tava feliz.... disse que estava trabalhando! Disse que as coisas iriam melhorar... e que vc ia se erguer! A gente combinou de sair junto, de tomar uma cerveja, e jogar conversa fora! Mas no dia que combinamos, infelizmente vc fez planos diferentes... esse plano nao me incluía... nao incluia suas filhas.... nao incluía sua mãe... nem ninguem mais... só incluía você, seus pensamentos, sua fraqueza, ou falta de força, ou dependendo da situacao, sua força maior... Vc precisou ter muita coragem... acho que vc chegou tanto no seu limite... a ponto de vc deixar as duas pessoas que mais te amam nessa vida! Suas meninas...
Eu nao consigo imaginar a dor que vc estava sentindo... nao consigo entender o quanto sua fé estava abalada... o quanto vc estava entregue... a ponto de imaginar que seu lugar nao seria aqui... do lado delas ... Suas meninas, que agora vao crescer, e se perguntar a mesma coisa que eu... POR QUE?
Eu queria realmente ter feito mais.... queria ter podido mais... queria te ajudar, queria poder te jurar que as coisas melhorariam... eu queria te dar um abraço e te tranquilizar, de verdade,... mas as coisas nao sao assim.... as coisas pioram a cada dia... e todos nos temos que enfrentar a realidade do dia a dia... eu queria nao ter problemas nenhum... pra poder ajudar as pessoas que acham que tem problemas demais, mas isso tbm nao é possivel,...
Enfim... agora só resta as nossas lembrancas...
A minha primeira praia eu fui com você...
Quantas baladas a gente foi junto... você era tao alegre... vc tinha tanta vida... mas as drogas tiraram o sentido de tudo pra você.... e agora, nao tem mais volta... voce se foi, e so resta as memorias...
Me perdoa... por nao ter ido prestar o ultimo adeus... mas como vc saberia que eu estava la? Alias...
Vou rezar muito por você... vou orar pra Deus ter piedade da sua alma.... e que pelo menos agora... seus problemas acabem!
Peco desculpas mais uma vez, se um dia te precionei de alguma forma... saiba que vc foi importante pra mim! ...
Fica em paz! Aonde estiver...
é isso!
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À memória de Ruy Belo
Provavelmente já te encontrarás à vontade entre os anjos e, com esse sorriso onde a infância tomava sempre o comboio para as férias grandes, já terás feito amigos, sem saudades dos dias onde passaste quase anónimo e leve como o vento da praia e a rapariga de Cambridge, que não deu por ti, ou se deu era de Vila do Conde. A morte como a sede sempre te foi próxima, sempre a vi a teu lado, em cada encontro nosso ela aí estava, um pouco distraída, é certo, mas estava, como estava o mar e a alegria ou a chuva nos versos da tua juventude.
Só não esperava tão cedo vê-la assim, na quarta página de um jornal trazido pelo vento, nesse agosto de Caldelas, no calor do meio-dia, jornal onde em primeira página também vinha a promoção de um militar a general, ou talvez dois, ou três, ou quatro, já não sei: isto de militares custa a distingui-los, feitos em forma como os galos de Barcelos, igualmente bravos, igualmente inúteis, passeando de cu melancólico pelas ruas a saudade e a sífilis de um império, e tão inimigos todos daquela festa que em ti, em mim, e nas dunas principia.
Consola-me ao menos a ideia de te haverem deixado em paz na morte; ninguém na assembleia da república fingiu que te lera os versos, ninguém, cheio de piedade por si próprio, propôs funerais nacionais ou, a título póstumo, te quis fazer visconde, cavaleiro, comendador, qualquer coisa assim para estrumar os campos. Eles não deram por ti, e a culpa é tua, foste sempre discreto (até mesmo na morte), não mandaste à merda o país, nem nenhum ministro, não chateaste ninguém, nem sequer a tua lavadeira, e foste a enterrar numa aldeia que não sei onde fica, mas seja onde for será a tua.
Agrada-me que tudo assim fosse, e agora que começaste a fazer corpo com a terra a única evidência é crescer para o sol.
/
Eugénio de Andrade
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Praia de Piedade - Jaboatão dos Guararapes Pernambuco Em 1914.
Photo H. Martins.
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Algarve, Portugália
Március közepén, két hónap után újra repülőre szálltam és Portugáliát vettem célba. Már régóta szerettem volna elutazni Faro-ba és az Algarve régióba, de sajnos nincs közvetlen járat Budapestről, így brüsszeli átszállással érkeztem meg Portugália déli részébe, a "világítótorony" jelentéssel bíró Faro-ba.
Első este igyekeztem átvenni a portugál életérzést, csak egy kicsit sétáltam a városban. Alig voltak az utcán este 8 óra körül, boltot nem igazán találtam és szinte minden üzlet be volt zárva hétköznap.
Másnap reggelre kinéztem egy brunch helyet és ettem egy finom acia bowl-t, majd nyakamba vettem a várost. Céltalanul bolyongtam, csak pár épület volt tervben, "véletlenül" kis utcákba betévedve akartam megismerni a várost.
Faro-ban a tengerpart kicsit kívül esik a városközponttól, csak valamilyen vízijárművel lehet megközelíteni és mivel más városokba is szerettem volna utazni, így délután elbuszoztam Albufeira-ba. Egy órányi buszút után érkeztem meg az írekkel teli nagyvárosba. Szent Patrik nap miatt úgy tűnik mindenki ide utazott.
A következő napra készülődve gondoltam megnézek egy előzetest a sziklás tengerpartról és elzarándokoltam a Praia dos Arrifes tengerpart részhez:
Az előzetes nagyon jól sikerült, mert az utolsó napomon Lagos-ba vonatoztam és a terv térképem szerint szinte csak tengerpartokat jelöltem be megtekintésre.
Lagos 1,5 óra vonatútra fekszik Faro-tól Nyugat fel��. Faro, az Algarve régió központja, azonban Lagos a legnépszerűbb a turisták körében. Jó ötletnek tűnt ez az utazás, és ezek a városok, mert sejtésem szerint nyáron tele van minden nevezetes kilátópont és minden strand.
A városból kiérve a parton haladtam és sorra néztem meg a sziklás strandokat.
Strand_1: Beach Estudantes
Strand_2: Praia de Dona Ana
Strand_3: Praia do Camilo
Strand_4: Ponta da Piedade
A strandok után még volt időm a vonat indulásig, így megebédeltem, majd sétáltam a városban. Megnéztem a lagosi várat, erődöt, templomot és andalogtam a kis portugál utcákban.
Este visszaérve már csak a pihenés maradt, mert másnap a gépem nagyon korán, hajnalban indult hazafelé.
Ez a pár mondat nem mutatja meg igazán hogy mennyire jó volt ez a néhány nap. Próbáltam feltöltődni, begyűjteni a nap melegét és pihenni - annak ellenére hogy több mint 15 km-eket sétáltam naponta.
Utazni mindig megéri! Új dolgokat, új helyeket lehet megismerni a világban. A legtöbb helynek van egy saját, egyedi megjelenése, varázsa, ezekre érdemes felfigyelni és megélni. ☀️
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em Praia de Piedade https://www.instagram.com/p/CmVWZo4upNm/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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Recife em 3 Dias: Roteiro Cultural, Histórico e Gastronômico
Recife é uma cidade vibrante que mistura história, cultura e belas paisagens naturais. Em um roteiro de 3 dias, é possível explorar seus principais pontos turísticos, apreciar sua gastronomia e se encantar com suas praias. E se você está preocupado com os custos, há boas opções para economizar, como um restaurante em boa viagem barato, que oferece excelente comida a preços acessíveis.
Primeiro Dia: Explorando a História e Cultura de Recife
Comece seu roteiro mergulhando na rica história e cultura de Recife. Visite os principais museus e monumentos que contam a trajetória da cidade. Uma caminhada pelo centro histórico revela uma arquitetura colonial bem preservada e monumentos que testemunham a importância de Recife no desenvolvimento do Brasil. Aproveite para fazer passeios culturais em Recife, que incluem visitas a festivais, feiras e eventos culturais imperdíveis.
Recife é um destino perfeito para quem gosta de aprender sobre a história local. Para complementar o passeio, explore a história e cultura de Recife através de seus museus e galerias, onde é possível conhecer a fundo as raízes da cidade.
Segundo Dia: As Belezas Naturais e Praias de Recife
No segundo dia, é hora de aproveitar o que Recife tem de mais natural: suas praias. A famosa Praia de Boa Viagem é parada obrigatória, com suas águas mornas e piscinas naturais formadas pelos arrecifes. Para quem quer conhecer outras opções, as melhores praias da região também incluem Piedade e Porto de Galinhas, perfeitas para relaxar e curtir a beleza da costa pernambucana.
Depois de um dia de sol, nada melhor do que desfrutar da deliciosa gastronomia local. Recife é conhecido por seus pratos típicos e restaurantes que encantam turistas de todo o mundo. Explore a gastronomia da região e saboreie pratos como o tradicional bolo de rolo, frutos do mar frescos e deliciosas sobremesas.
Terceiro Dia: Recife Antigo e a Vida Cultural
No último dia do roteiro, explore o bairro de Recife Antigo, um dos lugares mais charmosos da cidade. O bairro é conhecido por sua história e cultura, com ruas de paralelepípedos, prédios históricos e uma vida cultural vibrante. Você pode fazer uma viagem no tempo passeando por suas ruas e conhecendo o Marco Zero, o Paço do Frevo e a Rua do Bom Jesus. Para os amantes da cultura, Recife Antigo é o lugar perfeito para encerrar o passeio com chave de ouro.
Durante a noite, aproveite os bares e restaurantes da área para experimentar mais da culinária local e, quem sabe, curtir um pouco da animada vida noturna da cidade.
Com esse roteiro de 3 dias em Recife, você terá a oportunidade de explorar o melhor da cidade, combinando cultura, natureza e gastronomia em uma experiência completa.
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Do impasse ao passe
Vocês creem em intervenção divina? Eu não. Deus jamais seria um interventor, ainda que existisse. E não seria adequado pôr o problema divino do sagrado em termos de existência, porém de fé. A diferença? Quem acredita crê em, - crer em algo f (x) -, já a fé seria intransitiva, ou, o ponto a partir do qual se pensa, fala e sente.
Eu, por exemplo, sou um homem de fé, fé de ofício, um servidor da República: nomeado em outubro de 1994. Pertenço ao corpo da República porque nomeado pelo poder instituinte. Dedico minha vida inteira à República e necessariamente falto, pois nenhum homem é perfeito, unânime e consciente de Si. E só por essa razão, responsável pelos seus atos.
Entretanto a maior das ilusões da minha vida foi crer que ela, a mulher, existisse: a República; que eu pudesse crer nela, a Justiça, mas a mulher não existe, me enerva. Minerva não existe, a virgem, a pura; mas isso não é menos real porque inexiste: me enerva. Ainda que não exista ela não só me afeta enquanto me constitui. Real, impossível de dizê-la por que constitui a ponta seca do compasso, afeto mortificado, a partir do qual vou dizer: _ Eu contarei para vocês a história de um amigo meu, que feio, além de velho, morava atrás do cemitério.
Estava ontem a ver navios ou morrendo na praia como li num poste. Era quinta-feira, horário de almoço, um dia depois da missa de sétimo dia (rijo ritual romano) daquela que partiu para não mais falar ou aparecer na cena cívica e partiu meu coração. Eu estava agoniado. Na verdade, extenuado de tratar dos corações partidos: eu, partido entre a imagem sem afeto que percebo na tela e o afeto sem imagem que mo inquieta. Nada mais inquietante do que o sentimento de tranquilidade, quando se está consciente de que alguém morreu, que esquecer esta morte súbita. Neste dia, eu precisava repousar, carecia, eis o que essa tranquilidade não me oferecia. Precisava descansar de receber: (sentimentos, vocês já sabem). Porque são como furo da agulha. Quem os doa, me ama por um instante e imediatamente precisa de socorro, pois dá o que não tem. Eu que deveria ser confortado, pois fui ceifado da minha comparte, logo me vejo engajado em consolar pois sou incapaz de assistir meus compatriotas na miséria do ânimo. Servidor da República, sou forjado pela fé de ofício leiga, quero dizer, não sei mais do que meus compatriotas poderiam saber. Não obstante, ontem, já estava fatigado, quando, inesperadamente, traí-me ao suplicar: _ piedade Senhor desta alma combalida; e já cansado dessa lida com o coração partido, entre famílias, Saraiva e Cabral, queria hoje estar em outra família para recuperar o ânimo, queria estar entre outros que não os meus, um São Clemente, quem sabe, e telefonei para a esposa de são Clemente, anjo intercessor e mensageira da causa lacaniana, e ela me atendeu, mas não pôde mo receber. Eu que acabara de sair do país da oncologia, ela encadeada naquele dia, naquela hora, ao planeta odontologia. Finda a ligação e em casa sozinho, eu já não estava mais tranquilo, o desespero, doença mortal da alma, ia começar a tomar conta de mim naquele dia, naquela hora, quando o interfone toca.
Sem mais nem por quê bate a minha porta naquele momento breve de angústia, o improvável: um amigo _ e não qualquer um -não um amigo qualquer. You got a friend? Not at all because James Taylor is nothing to me. Quem bate a minha porta? O corvo? Pas encore. Outro camarada servidor da República, alocado em Corumbá. E quem de vocês esperaria que justo naquele momento a sua porta bateria, que fosse o amigo que fosse, um semelhante? Servidor da República; alguém que mora nas terras vizinhas do pantanal. E se reneguei James Taylor é porque o amigo que preciso não é o que ele deseja ou propõe, um ser efêmero como sua canção, preciso de uma droga de amigo pesada e não a consistência taylorista, rósea, como um algodão doce. Isso seria ruim em si? De modo algum! Só não é disso que preciso agora. Sinceramente, só soube dos sentimentos que precisava depois que abri minha porta e no instante em que vi meu amigo na entrada, camarada, Servidor da República, meu amigo feio, que não ficará magoado ou melindrado, quando ler feio, e que afirmei ser ele feio, porque ele é meu amigo, quando senti sua presença real e sinistra cruzar a soleira da porta, sem saber se minha alma estava viva ou se estava morta, um impulso inusual tomou conta de mim e me precipitei num abraço forte e chorei e chorei e as lágrimas molharam meu rosto e meu corpo, aos poucos ressuscitando e recobrando o sentido da vida; e abracei sem ser abraçado, e chorei naquele ombro largo por dois minutos que foram duas eras; chorei no mesmo ombro que empunha uma guitarra, em uma banda de death-metal de sua própria lavra, escorei no corpo do meu camarada que pariu uma banda do gênero “death” e me apresentou a rua Ceará nas priscas eras: Peristaltic Movement eis o nome dela. Quando esta presença real e sinistra adentrou meu LAR, meu mundo desabou e caiu (meu momento Maysa). Depois me sentei e comecei a falar, a falar de um jeito que não me recordava mais que eu sabia e precisava falar daquele jeito. Se eu repetisse aqui o teor dessa maneira de falar provavelmente a companhia perfumosa que seria o face_book me cancelaria, os colegas lacanianos não compreenderiam, os vizinhos reclamariam do volume em que a redação está escrita; indubitavelmente, me tirariam do ar, como já o fazem em circunstâncias comuns. Nenhum termo de baixo calão fôra proferido, nenhuma ofensa dirigida a ninguém, tão somente um conteúdo emotivo grave e infinito de quanto mais pesar, pesar, que implodiu a vasilha ou lâmpada mental que é a mentira mais calhorda que se poderia contar a alguém (mente e conteúdos mentais (cognição). Já mencionei o afeto cru e a importância dos sentimentos que se doam a alguém aquebrantado. Agora deter-me-ei nas emoções, nas reações emocionais e sua fisiologia: taquipneia, taquicardia, rubores, tremores e arrepios, e a zona crepuscular emocional em que se situam. Depois de chorar tantas lágrimas me sentei e comecei a falar, como em tantas sessões de análise com Anita, a falar de um jeito que me esqueci, lá com Anita e aqui com o amigo. Com uma intenção emotiva que provém dessa zona, dessa bagunça emocional que nos fez desejar um analista, e nos faz precisar de um amigo, semelhante. Eis o porquê e o que o receptor precisa saber suportar, como analista nem preciso vos dizer ou acrescentar que nem sempre um amigo é capaz de tolerar a intenção emocional. Por vezes querem logo arrumar a bagunça.
Já fui muito mais emotivo e durante um tempo soube como filtrar, conquanto posto, entre 20, 40, 60 anos muita cousa mudou de posição. Contudo, quando se parte o coração, subitamente, tudo se transforma sem que haja um momento plausível para o sujeito assimilar, pois o coração está partido como se houvesse uma unha de gavião aí onde ele já era ferido, na fenda estrutural de Minh ‘alma e, ainda que a fala se expresse concatenada, 60 soam como 6 meses a urrar por querer mamar.
Vocês acreditam em Milagres? Acho melhor parar para pensar, ponderar. Milagres há e os reais jamais se transformam em mercadorias. Hoje dou testemunho de um milagre que aconteceu comigo não para fazer propaganda das lojas de deus, a maior delas os EEUU cuja epígrafe “confia em Deus” está escrita no dólar, essa moeda escrota da qual todos devemos desconfiar. Hoje dou testemunho da minha fé e do meu ofício, sem apelar para o sobrenatural, nem querer ameaçar ou assustar ninguém, pois, como trabalho no exercício clínico, e com o “não”, o susto, a ameaça e a ofensa se abatem sobre o outro e não como convém. Por que não, fé no amor e na fala também: pois estava ao ponto de desesperar quando comecei a falar por uma hora sem parar e Rômulo, sereno e grave, de gravidade emocional zero, se pôs a me escutar. Foi o suficiente para temperar o caldeirão das emoções do momento, e como se não bastasse, naquele momento, a companhia chegada do meu amigo deathmetal, que me alegrava aos pouquinhos, outro alguém adentra minha sala sem avisar porque tem a chave do apartamento, ainda que não tenha a chave ou afeto do meu lar: era o Sêroa, sem metafísica, a parte mais importante da minha parte que partiu e que não faz parte de mim: o filho dela.
E sentou-se e pôs-se a conversar. Vocês não fazem ideia da impossibilidade de dialogar entre corações partidos: o diálogo entre dois corações partidos que perderam cada qual uma parte importante e que parece a mesma porque de fato só é comum na aparência, pois quem eu amo não é nada para ele, quem o ama não é nada para mim. Quem ele ama, a mãe, nem entra em discussão. Mas é impossível compreender o que ele diz, não porque lhe falte os recursos, mas recursos não há! (...) para lidar com a partida da parte que mais se ama. Nossa jornada solitária a dois tem sido complicada e os afazeres burocráticos nem começaram ainda, mas os outros e seus préstimos não percebem onde o coração está combalido e ajudam lá onde veem a falta. Mas na presença de Rômulo como um terceiro (peristaltic), em menos de 10 minutos, éramos 3 homens conversando sobre o dilema dos prisioneiros e cuja mulher amada partiu desarmada. Conversando a respeito da mulher amada e a imagem dela que cada qual perdeu e o incômodo no coração e a dificuldade de chegarmos a alguma parada discursiva para repousar e seguir adiante.
Para concluir, ânimo restaurado parti à casa materna que tem sido um desafio infernal: como pode um idoso ainda ter mamãe? E isso não se pode negar! Talvez por isso Vera tenha renunciado à função de AE e deslocado sua libido para redigir artigos de jornal JT (a la James Taylor) nessa matéria ela não quer mais saber dos movimentos peristálticos que a recordam forçosamente das contrações de quando ainda era um bebê em vez de dizer sobre si própria outras coisinhas do coração colonizado pela mãe.
De coração partido também, Alice está sofrendo, mas ela tem um jeito muito estranho de sofrer para nós mortais: ela sofre no país das maravilhas; e eu que me vire nos 30, sexagenário que sou. Cheguei à morada da mãe e outro amigo já estava lá com ela, todavia o terceiro com Alice não opera: impossibilidade de mãe ou coisa de Alicinha?
Vocês acreditam, afinal, na interferência divina ou em milagres?
A visita súbita de um anjo deathmetal fez um arranjo emocional tão interessante que pela primeira vez em três anos entrei na morada materna rindo e saí saciado e tranquilo e durante a visita não perdi um momento sequer a compostura. Não seria exclusivamente isso que se teme dizer em público? Apesar de todo estudo e toda análise feita do início ao fim, ainda nos desequilibramos emocionalmente com nossas mães? Com Anita eu fiz análise de zero a zero e decidi pelo final. Mesmo assim não encontrei as boas maneiras aí nesse canto recôndito de gozo. E quando os modos chegarem será indubitavelmente um milagre. Todavia não reterei esse nome e me permitirei nomear de outro maneira: se o filho chegar a civilizar o vínculo afetivo e arcaico com a mãe, que sua atitude não se resuma a reverência cega ou abuso e submissão, eis como nomeio o que acontece quando nos deparamos com o hiato entre afeto e nomeação, ao trajeto que alcança a outra face sinistra de gozo. que nos colocou até aquele momento diante de um impasse e se alimenta da esperança de que um dia isso vai passar. Mas que não seja só quando o anjo da morte passar. Se alguém contraiu a fé que isso vai passar, mesmo passando por maus bocados, podemos e devemos reconhecer que houve, aí neste momento um passe. Porque necessariamente só há passe quando se topa com um impasse e se permite que isso passe, ainda que não apresente melhoras do ponto de vista estrutural. Só há uma chave para lidar com o que não cessa de não se escrever: ou isso passa, ou poremos tudo a perder.
Cabral 02/08/2024
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AGÊNCIA TURISMO VIAGEM ONLINE GRUPO ANDRÉ LUIZ DIRETOR
*Recife vai te surpreender!* Sem dúvida, este é um destino que cativa todos os tipos de visitantes.*Amantes de praia?* Boa Viagem, Pina e Piedade são apenas algumas das opções imperdíveis.☀️🏖️*Quer mergulhar na cultura local?* Museus históricos, a rica arquitetura colonial e a deliciosa culinária te esperam. 😉
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Sure! Here's a sample travel blog post to get you started:
Wanderlust Diaries: Exploring the Hidden Gems of Portugal
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Introduction
Portugal, with its stunning coastline, charming cities, and rich history, is a dream destination for any traveler. From the vibrant streets of Lisbon to the picturesque beaches of the Algarve, Portugal offers a diverse range of experiences. In this post, I'll take you on a journey through some of the hidden gems that make this country so special.
Day 1: Discovering Lisbon
Morning: Exploring Alfama
Start your trip in Lisbon, the capital city known for its hilly, coastal landscape. Begin your day with a visit to the Alfama district, the oldest neighborhood in Lisbon. Wander through its narrow, winding streets and soak in the historic atmosphere.
Must-See: São Jorge Castle offers panoramic views of the city and the Tagus River.
Tip: Take a tram ride on the famous Tram 28 for a scenic overview of the city.
Afternoon: Time Out Market
Head to the Time Out Market for lunch, where you can sample a variety of Portuguese dishes from local vendors. Don’t miss the pastel de nata, a delicious custard tart that's a Lisbon specialty.
Must-Try: Bacalhau à Brás, a traditional Portuguese dish made with salted cod, onions, and potatoes.
Evening: Bairro Alto
As the sun sets, make your way to Bairro Alto, known for its lively nightlife. Enjoy a fado performance, a traditional Portuguese music genre, while sipping on some local wine.
Tip: Visit Tasca do Chico, a popular spot for authentic fado music.
Day 2: Sintra’s Fairytale Palaces
Just a short train ride from Lisbon, Sintra is a town straight out of a fairytale. It's home to several stunning palaces and gardens.
Morning: Pena Palace
Start with a visit to Pena Palace, a colorful and eclectic palace perched on top of a hill. The views from the palace are absolutely breathtaking.
Must-See: The palace’s vibrant exterior and the surrounding park.
Afternoon: Quinta da Regaleira
Next, head to Quinta da Regaleira, a mystical estate with a romantic palace, chapel, and extensive gardens. Explore the Initiation Well, a spiraling underground tower that feels like something out of a fantasy novel.
Tip: Wear comfortable shoes as there’s a lot of walking involved.
Day 3: Relaxing in the Algarve
After soaking up the culture and history of Lisbon and Sintra, it's time to relax by the sea. The Algarve region, located in the southern part of Portugal, is famous for its stunning beaches and clear waters.
Morning: Ponta da Piedade
Start your day in Lagos at Ponta da Piedade, where you can admire dramatic cliffs and rock formations. Consider taking a boat tour to see the coastline from the water.
Must-See: The natural arches and sea caves.
Afternoon: Praia Dona Ana
Spend the afternoon lounging on Praia Dona Ana, one of the most beautiful beaches in the Algarve. The golden sand and turquoise waters are perfect for swimming and sunbathing.
Tip: Bring a picnic and plenty of water as amenities are limited.
Evening: Albufeira Old Town
End your trip with a visit to Albufeira Old Town. Wander through its charming streets, enjoy a seafood dinner, and take in the lively atmosphere.
Must-Try: Grilled sardines and seafood cataplana.
Conclusion
Portugal is a country that captivates the heart with its rich culture, stunning landscapes, and warm hospitality. Whether you’re exploring the vibrant streets of Lisbon, the enchanting palaces of Sintra, or the serene beaches of the Algarve, there’s always something new to discover. I hope this guide inspires you to embark on your own Portuguese adventure.
Feel free to add your own photos, personal anecdotes, and additional tips to make the blog post uniquely yours!
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