#Pero Vaz de Caminha
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cepheusgalaxy · 3 months ago
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Shoutout to that one time I had to do three fake tweets complaining about the Pero Vaz de Caminha letter for school
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marmitexsanpadrepio · 1 year ago
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allthebrazilianpolitics · 2 months ago
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Carlos Nobre, a 'terrified but optimistic' scientist at the COP biodiversity conference
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“Why didn’t we listen to Vespucci? Everything would have been different,” jokes scientist Carlos Nobre, drawing laughter from a group of business people attending his talk at the 16th UN BiodiversityConference, or COP16. Nobre was referring to Italian navigator Amerigo Vespucci, who came ashore in Guanabara Bay on the southern coast of Brazil in 1502. Vespucci appreciated the natural beauty of the Atlantic Forest and saw value in local customs and habits, without pondering the marketability of the rainforest. The vision that prospered, however, was not Vespucci’s but that of Portuguese official Pero Vaz de Caminha, who had reached the southern coast of Bahia two years earlier in the company of Pedro Álvares Cabral and alerted the Crown to the tremendous commercial potential of these lands. But the audience’s laughter soon gave way to frowns when Nobre, a leading world expert on climate change and the Amazon, continued. “Today, around 18% of the original 6.5 million square kilometers of Amazon rainforest have already been deforested, while another almost 17% are in various stages of degradation. Think how worrisome this is, because one hectare of the Amazon holds some 350 species of trees, more than the entire European continent,” he told his rapt listeners.
At 73 and with more than half his life dedicated to studying the impact of human action on the climate and on one of the world’s most biodiverse forests, Nobre seems used to attentive and engaged audiences. For some time now, the researcher has been a bit of a rockstar in the scientific world, and a short stroll alongside him down the halls of COP16, in Cali, Colombia, makes this clear. Nobre is often stopped by someone who wants to take a selfie, tell him about a project, invite him to give a talk, or just say they admire his work. The scientist doesn’t shrug anyone off. Instead, Nobre listens attentively and even smiles briefly for photos. But his expression soon grows troubled again—as it has been for decades now.
Author and co-author of more than 150 scientific papers demonstrating the impact of human action on the climate and the Amazon through images, numbers, and projections, his brow is furrowed because he knows that when the topic is the mathematics of the environmental crisis, the figures don’t add up. Back in the 1990s, Nobre was among the first researchers to warn about the risk of the Amazon reaching the point of no return, that is, the moment when the forest loses its capacity to regenerate after it has been disturbed. Since then, he has published studies showing that this moment is drawing closer and closer. “We have recent projections leaving no doubt that the Amazon is at the edge of the cliff,” he says.
A former member of the Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) and the first Brazilian scientist to be admitted to the elite Royal Society—the oldest continuously existing scientific academy in the world—Nobre recently made the front pages across Brazil after he declared in an interview that he was “terrified.” “I said that because I truly am terrified about the climate crisis and the direction we’re taking. The world is approaching a temperature rise of 1.5°C compared to the 1850-1900 period even earlier than science predicted, which was 2028. If nothing changes, by 2050 we’re going to see a 2.5°C rise in temperature in comparison with the preindustrial era —and that’s planetary suicide. We’re going to lose the Amazon and trigger a huge extinction of species. It will be ecocide,” the researcher says as he sips a cup of coffee and waits for the next talk. “But I wouldn’t be working 12 hours a day, every day, if I didn’t believe we still have a chance to turn this around.”
Continue reading.
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saucetail · 9 months ago
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if I ever have to read the pero vaz de caminha letter ever again I swear to god I'll kill the next portuguese person I see (JOKE)
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magic-n-humor · 1 year ago
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Fuck Pero Vaz de Caminha.
Fuck Pedro Álvares Cabral.
(Fuck them colonizers - Brazilian Edition)
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umaviagemiteraria · 1 month ago
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Como as características da literatura do século XXI refletem mudanças sociais e culturais na cultura lusófona
A literatura do século XXI reflete mudanças sociais e culturais significativas na cultura lusófona, manifestando-se através de diversas características que se interligam com o contexto histórico, político e social contemporâneo:
Portugal:
A literatura portuguesa tem suas raízes no século XII, com o surgimento do trovadorismo, que utilizava a língua galego-portuguesa. O desenvolvimento desta em Portugal pode ser dividido em várias eras:
Era Medieval (séculos XII a XV): Marcada pelo trovadorismo e pela poesia palaciana. O humanismo também começa a se destacar com autores como Gil Vicente.
Era Clássica (séculos XVI a XVIII): O Renascimento trouxe a influência do classicismo, com figuras como Luís de Camões e sua obra Os Lusíadas, que celebrava a identidade nacional e as conquistas marítimas.
Era Moderna (século XIX em diante): Iniciando com o romantismo, a literatura portuguesa passou por movimentos como o realismo, simbolismo e modernismo, refletindo as mudanças sociais e políticas da época.
Brasil:
A literatura brasileira começou a se formar no século XVI, influenciada pela literatura portuguesa, refletindo as complexidades sociais do país, incluindo questões raciais, sociais e culturais que emergiram ao longo da história.. No entanto, rapidamente desenvolveu uma identidade própria:
Período Colonial (séculos XVI a XVIII): Inicialmente dominada por temas religiosos e descritivos, com obras como as crônicas de Pero Vaz de Caminha.
Romantismo (século XIX): Marcado pela busca de uma identidade nacional, autores como José de Alencar exploraram temas indígenas e folclóricos.
Modernismo (início do século XX): O movimento modernista trouxe uma ruptura com as tradições anteriores, destacando-se a Semana de Arte Moderna de 1922.
Africa (sob a dominação portuguesa)
Contexto Histórico: A literatura africana sob domínio português foi influenciada por séculos de colonização. As tradições orais prevaleceram inicialmente, mas com o tempo surgiram obras escritas que buscavam expressar as realidades sociais e culturais dos povos africanos.
Temáticas Literárias: As obras literárias produzidas em países africanos sob domínio português frequentemente abordam temas de resistência cultural, identidade e colonialismo. Autores como Mia Couto (Moçambique) têm explorado essas questões em suas narrativas4.
Descolonização Literária: Após a independência das colônias africanas nas décadas de 1970 e 1980, houve um renascimento literário que buscou afirmar identidades nacionais. A literatura passou a refletir não apenas as experiências coloniais mas também as novas realidades pós-coloniais.
Em suma, a literatura em Portugal, no Brasil e nas regiões africanas sob domínio português constitui um testemunho das complexas interações culturais ao longo dos séculos. Cada região desenvolveu sua própria expressão literária ao mesmo tempo que refletia as transformações sociais e políticas de sua época. A rica tapeçaria da literatura lusófona prossegue em sua evolução, abrangendo novas perspectivas que desafiam as narrativas convencionais.
O papel crucial que teve a literatura inicial portuguesa na formação e evolução da língua portuguesa, influenciando tanto seu desenvolvimento linguístico quanto a sua identidade cultural.
A literatura inicial portuguesa desempenhou um papel fundamental na formação e evolução da língua portuguesa, influenciando tanto seu desenvolvimento linguístico quanto a identidade cultural do povo. Aqui estão algumas maneiras pelas quais essa literatura contribuiu para essa influência:
Surgimento do Galego-Português: Nos séculos XII e XIII, a literatura portuguesa começou a se desenvolver em galego-português, uma língua que era uma fusão do latim vulgar com influências locais. Este período é caracterizado pela produção de cantigas e poesias que refletiam a cultura e as tradições da época, estabelecendo as bases para o que se tornaria o português moderno. A Cantiga da Ribeirinha, atribuída a Paio Soares de Taveirós, é frequentemente mencionada como um dos primeiros registros literários em português, simbolizando o início de uma nova identidade linguística.
Influência da Poesia Trovadoresca: A poesia trovadoresca, que se destacou durante a Idade Média, exerceu uma influência considerável na literatura inicial. As cantigas, que consistiam em composições líricas elaboradas por trovadores, não apenas enriqueceram o vocabulário da língua, mas também trouxeram à tona temas como amor, natureza e a vida cotidiana, moldando dessa maneira a sensibilidade cultural do povo português. Esta forma de expressão literária contribuiu para a consolidação do uso do português como língua escrita, distinguindo-a das demais línguas ibéricas.
Consolidação da Língua Portuguesa: Com o decorrer dos séculos, especialmente após a constituição do Estado Português no século XII, a língua portuguesa começou a ser reconhecida como uma língua diferenciada. A literatura exerceu uma função fundamental nesse processo ao registrar e formalizar o uso do idioma em múltiplos gêneros literários. A edição da primeira gramática da língua portuguesa, realizada por Fernão de Oliveira em 1536, constituiu um marco relevante que fortaleceu as normas gramaticais e ortográficas do português, possibilitando sua padronização e difusão.
Reflexão Cultural e Identidade Nacional: A literatura inicial igualmente funcionou como um meio para expressar e refletir sobre a identidade cultural portuguesa. Ao tratar de temas relacionados à história, mitologia e valores sociais, os autores auxiliaram na construção de uma narrativa nacional que unia o povo em torno de uma língua compartilhada. Essa contribuição foi particularmente significativa em momentos de crise ou transição política, quando a literatura se transformou em um instrumento de resistência e afirmação cultural.
Em síntese, a literatura inicial portuguesa foi fundamental para formar não apenas a língua portuguesa em sua essência, mas também a identidade cultural dos falantes desse idioma. Ao documentar e celebrar as experiências humanas em suas diversas manifestações, essa literatura contribuiu para a construção de uma base sólida para o progresso do português como uma língua rica e dinâmica. O legado dessa criação literária permanece pertinente nos dias de hoje, pois nos proporciona uma compreensão mais profunda de nossas raízes culturais e linguísticas enquanto enfrentamos as complexidades da sociedade contemporânea.
Referências
Souza, W. (n.d.). Literatura portuguesa: estilos, autores, obras. Mundo Educação. https://mundoeducacao.uol.com.br/literatura/literatura-portuguesa.htm
Bate-Papo Linguístico. (2023, August 7). Literatura Portuguesa - Portal Bate-Papo Linguístico. Portal Bate-Papo Linguístico - Aqui Você Encontra Muita Informação Sobre a Língua Portuguesa E O Universo Lusófono. https://batepapolinguistico.com/literatura-lusofona/literatura-portuguesa-2/
Literatura portuguesa: características, autores. (n.d.). [Video]. Brasil Escola. https://brasilescola.uol.com.br/literatura/primeira-segunda-epoca-medieval.htm
As Origens da Língua Portuguesa | Letras. (n.d.). Letras. https://letras.ufg.br/n/1844-as-origens-da-lingua-portuguesa
Nossa língua portuguesa e suas múltiplas influências - Notícias UFJF. (2023, May 12). Notícias UFJF. https://www2.ufjf.br/noticias/2023/05/09/nossa-lingua-portuguesa-e-suas-multiplas-influencias/
Souza, W. (n.d.-b). Literatura portuguesa: origem, divisão, autores. Português. https://www.portugues.com.br/literatura/literatura-portuguesa.html
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operaportugues · 1 month ago
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youtube
Domitila (João Guilherme Ripper), versão de câmara - Madrid, 22/setembro/2024
Ópera brasileira cantada e legendada em português: vídeo1 ou vídeo2 ou vídeo3; legenda. Para fazer download do youtube, sugiro que use o software JDownloader 2.
Soprano Ana Quintans
Informações sobre esta produção
Programa com libreto em português/espanhol
Em 1 minuto
(Vídeo) Entrevista com a diretora de palco Nicola Beller Carbone, o diretor musical e pianista, Borja Mariño, e o compositor João Guilherme Ripper
Em 1999, o produtor André Heller propôs ao Centro Cultural Banco do Brasil uma série de quatro concertos para comemorar os 500 anos do Descobrimento. A ideia era dar forma musical a documentos da história brasileira - a Carta de Pero Vaz de Caminha, a correspondência de Pedro I com a Marquesa de Santos, a Carta-Testamento de Getúlio Vargas e o Manifesto Antropofágico dos modernistas.
Domitila é uma mini-ópera criada em 2000, composição e libreto de João Guilherme Ripper, por encomenda do Centro Cultural Banco do Brasil RJ. É baseada nas cartas que Dom Pedro I escreveu pra Marquesa de Santos. Retrata a conflituada relação amorosa entre o imperador e a cortesã com música que o compositor define como eminentemente tonal, com “um conteúdo mais agressivo ou de politonalismo” nas passagens mais densas: “Essas cartas são o local onde o amor aparece e desaparece, se faz e se torna inferno de uma hora para outra”, diz Ripper. “As cartas que ele mandou para ela puderam ser encontradas, mas as que ela enviou foram, possivelmente, destruídas”, conta Ripper.
É uma ópera lírica e dramática, cuja ação se passa no dia da partida da marquesa após o fim do romance. Esta pequena ópera reconstitui de forma econômica as etapas dessa história de amor, desde 1822, quando se iniciou o romance do imperador com Domitila de Castro Canto e Melo, até 1829, quando ele lhe deu a ordem de sair do Rio de Janeiro, pois a razão de Estado exigia que se casasse de novo com a princesa D.Amélia.
Para evocar musicalmente a época da ação, Ripper usa formas reminiscentes da fase imperial - modinha, lundu, ritmos dançantes, como um vivo interlúdio que é um tango com bem dosados temperos dissonantes stravinskianos -, não fazendo pastiches com elas, mas utilizando-as com liberdade, de modo a sugerir habilmente a cor local. É muito dinâmico o emprego do trio - piano, violoncelo, clarineta - que acompanha a soprano. Um dos momentos particularmente bem-sucedidos é a peça de clima noturno, ao piano, que marca a guinada do momento em que Domitila tem de aceitar que seu caso com Pedro - que outrora a chamava de “Titília” e assinava-se “o Demonão” ou “Fogo-foguinho” - está chegando ao fim.
Há também toda uma série de momentos em que a leitura das cartas recria, de forma viva, a sensualidade dos primeiros momentos (“Será possível que estimes alguém mais?”), as brincadeiras dos amantes (“Muitas cartas tuas tenho recebido que me têm escandalizado”), mas também os arrufos devidos às pressões da corte para que o caso se encerre (“Não foram poucos os conselhos”).
Sinopse: A ação passa-se no dia da despedida da Marquesa, com os últimos arranjos para a partida do Rio de Janeiro, ordenada por D. Pedro I, que, em breve, desposaria D.Amélia. Entre seus pertences Domitila encontra um maço de cartas que passa a ler, revivendo os momentos e sentimentos contraditórios que marcaram sua tumultuada relação com Imperador.
- Domitila - Ripper no Jô Soares 04/2011 - Livro “Titília e Demonão. Cartas Inéditas de D. Pedro I a Marquesa de Santos” - Livro “Domitila. A Verdadeira História da Marquesa de Santos” - Livro “A Marquesa de Santos: 1813 - 1829” - Livro “As maluquices do imperador”
Argumento
A obra é baseada na correspondência real entre o imperador Pedro I do Brasil e sua amante, Domitila de Castro Canto e Melo, marquesa de Santos, que ocorreu entre 1822 e 1829.
O enredo da ópera gira em torno do último dia da marquesa no Rio de Janeiro antes de retornar a São Paulo, marcando o fim de sua tumultuada relação com o imperador. Por meio das cartas que trocaram, Domitila revive os momentos mais significativos de seu romance proibido, dando vida a uma série de personagens através de um monólogo que, na verdade, se transforma em uma polifonia de vozes.
A soprano, que interpreta Domitila, também dá voz a Pedro, o amante e imperador, criando um diálogo interno que reflete a complexidade de suas emoções e a luta entre o dever e o amor.
Querida Titília Domitila entra em cena em um quarto preparado para a mudança. Entre as diversas cartas que ali se encontram, ela se detém em uma na qual Dom Pedro lhe agradece pelas duas mensagens anteriores, informa ter comunicado a seu pai que ela carrega em seu ventre um filho dele e expressa o desejo de reunir-se com ela o quanto antes, utilizando o apelido carinhoso "Querida Titília". Ao final da carta, ele assina como "O Demônio".
Minha filha e amiga A próxima carta revelará as dúvidas de Dom Pedro sobre o amor de Domitila. Com a declara��ão "sou um homem de vícios e virtudes, como os demais", o monarca tentará fazer prevalecer sua imagem como amante no imaginário de Domitila. Ao terminar essa carta, ele assinará como "Teu amigo, o Imperador".
Ah, meu amor, se vossa mercê me esquecesse! Domitila, ironicamente, continua lendo as lisonjas do imperador. Após isso, começa uma dança diante do espelho, onde se sente desejada e espera a chegada de seu amante.
Ah, meu amor do meu coração Em meio a uma sequência de promessas e galanteios, Domitila continua lendo e dançando, deleitando-se com o desejo que o imperador sente por ela. Desta vez, as linhas terminarão novamente com a assinatura de "O Demônio".
Minha filha, minha amiga, assinado: Fogo, Foguinho Domitila dá uma rápida olhada em várias cartas ao mesmo tempo, expressando as reações que estas lhe provocam. “Assinado: Fogo, Foguinho”; “Assinado: O Imperador”; “Titília, querida, amor”; e, finalmente, “Assinado: Pedro”. Todas essas assinaturas vão compondo os matizes da tela onde Domitila gradualmente expressa suas emoções.
Diga em quantas linhas Agora é Domitila quem fala diretamente, expressando como se sente sobre sua relação com Pedro I. Na seção central, "Líricos Trópicos", ela critica sarcasticamente o fato de o imperador ser um estrangeiro e reprova sua decisão de ceder à pressão das cortes para se casar com Amélia de Beauharnais.
Interlúdio Uma passagem musical violenta e contrastante evoca o clima onírico da cena seguinte.
Minha filha, muitas cartas tuas me escandalizaram Domitila lê as cartas de forma caótica, enquanto sentimentos como raiva predominam. Pedro tenta reafirmar seu amor eterno por ela.
Nocturno: Lundú Após o tumulto anterior, o piano assume o protagonismo com um solo introspectivo enquanto Domitila continua a ler cartas em silêncio.
Distância, saudade Uma modinha dará melodia a outra carta de Dom Pedro. Nela, começa-se a vislumbrar a despedida final, com alusões às razões políticas que tornam a relação entre ele e Domitila pouco conveniente. As primeiras palavras dela, "Mentiras, promessas nas quais nunca acreditei", confirmam-se pelas últimas palavras de Dom Pedro, que já demonstram sua decisão de separação: "Sempre me encontrarás em tua defesa e terei contigo uma amizade legítima e sincera, assinado: o Imperador".
Minha querida marquesa Domitila lê a vontade do imperador, segundo a qual ela deve se mudar para outra província do Império, condição indispensável para formalizar seu casamento com Amélia de Beauharnais. Tomada pela raiva, ela continua lendo em tom sarcástico as palavras solenes de Dom Pedro, que se tornam cada vez mais ameaçadoras, levando Domitila a gritar e a mergulhar em um estado de loucura, sentindo-se traída e humilhada.
No caso de a marquesa decidir voltar Esta última carta de Dom Pedro servirá para confirmar sua vontade de forma fria e definitiva, assegurando que Domitila não retornará e que ele se casará com uma princesa à altura de um imperador.
Senhor, partirei esta madrugada Na ária final, Domitila lerá a única carta preservada de sua correspondência com Dom Pedro. Nela, ela informa sua decisão de partir, conforme a vontade do imperador. Após todo o sofrimento, em tom solene e sincero, agradece humildemente por sua liberação, pedindo aos Céus que o imperador prospere.
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ensinosdariqueza · 2 months ago
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Movimentos literários brasileiros: um enquadramento global
Reiteramos a importância de ver e compreender que, embora o mundo tenha uma história comum (como as eras históricas), cada país terá a sua própria história marcada pela sua cultura, crenças e formas de viver e de se exprimir. Portanto, esta publicação retratará o percurso histórico literário que o Estado do Brasil teve e poderemos perceber o quanto ele foi diferente do mundo e da sua nação irmã lusófona, Portugal.
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Tal como a divisão de Portugal, o Brasil divide os seus períodos literários de forma a englobar as mudanças políticas, económicas e culturais do seu país. Assim, essas épocas são divididas em Era Colonial, período de transição e Era Nacional.
Começamos então com a Era Colonial e as suas subdivisões ou movimentos literários:
Era Colonial:
Período compreendido entre 1500 e 1808, em que se produziram mudanças políticas, artísticas, sociais e culturais enquanto foram colónia de Portugal.
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Nesse período de grandes mudanças, o Brasil adotou três movimentos literários conhecidos como:
Quinhentismo (1500-1601):
Literatura conhecida por estar repleta de mensagens sobre a colonização europeia como uma nova terra colonizada. Além disso, destacam-se dois tipos de textos: os textos informativos e os textos jesuíticos; desta forma, as crónicas, as cartas e os contos eram de carácter informativo (era uma leitura histórica), enquanto os poemas e o teatro eram religiosos (era uma leitura pedagógica).
A obra de maior destaque é um relato histórico de um dos tripulantes da nau portuguesa que descobriu o Brasil, chamado Carta de Pero Vaz de Caminha.
2. Barroco (1601-1768):
Este período inicia-se com a publicação do poema Prosopopeia de Bento Teixeira e termina com a fundação da Arcádia Ultramarina. Além disso, destaca-se a arte exagerada com figuras literárias como o paradoxo e a antítese, bem como o uso do cultismo e do concetismo.
Assim, os maiores representantes lusófonos foram Gregório de Matos e Padre Antônio Viera.
3. Arcadismo (1768-1808):
No sítio das Minas Gerais, onde anteriormente foi construída a Arcádia Ultramarina, foi protagonista do movimento da Inconfidência (revolta contra o império português no Brasil); movimento que foi inspiração e marca de muitos autores nascidos no movimento literário do Arcadismo.
Portanto, o início desse movimento no Brasil é marcado pela publicação de “Obras Poéticas” de Cláudio Manuel da Costa em 1768, trazendo caraterísticas como a idealização da mulher, do amor e da cultura greco-latina. Além disso, destacam-se o antropocentrismo e o racionalismo.
Esse movimento tinha algumas caraterísticas que deveriam ser cumpridas no momento da escrita, como: “carpe diem (aproveitar o momento), inutilia truncat (abandonar ou inutilizar), locus amoenus (lugar agradável) e aurea mediocritas (mediocridade dourada)”.
Período de Transição (1808-1836):
Foi uma época morta e inerte para a literatura brasileira, não destacando nenhum estilo de escrita, autores ou caraterísticas. No entanto, serviu como um momento de transição entre épocas políticas e econômicas do país com a chegada da Missão Artística Francesa, em 1816, contratada por Dom João IV.
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Era Nacional:
Marcado pela independência do Brasil em 1822, começa com publicações repletas de simbolismo nacionalista, razão pela qual deve o seu nome a esta histórica publicação brasileira. Vai de 1836 até à atualidade.
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Esta época abrange desde o Romantismo até ao Pós-Modernismo:
Romantismo (1836-1881):
Movimento originalmente brasileiro, que pela primeira vez evidenciou o nacionalismo do país. Dividiu-se em três fases: a primeira buscou criar a figura do herói nacional por meio do indianismo; a segunda destacou o pessimismo e o egocentrismo pós-independência; e, por fim, a terceira focou a liberdade como tema principal da mudança nacional e histórica do Brasil.
Entre os autores de cada fase, destacam-se José de Alencar, Álvares de Azevedo e Castro Alves. No entanto, esse movimento terminou com a publicação de obras no estilo realista e naturalista de Machado de Assis e Aluísio de Azevedo.
2. Realismo e Naturalismo (1881-1882):
Ambos são movimentos criados no mesmo ano e com a mesma duração, no entanto, não partilharam temas e estilística.
Enquanto o realismo procurava exprimir objetividade e veracidade através duma linguagem objetiva, descritiva e pormenorizada, com temas sociais ou científicos, o naturalismo procurava o contrário, exprimindo a realidade mas a partir duma linguagem subjetiva e coloquial, cheia de erotismo e exagero.
No caso do realismo, destacam-se autores como Machado de Assis e Raul Pompeia. Pelo contrário, no naturalismo, temos autores como Adolfo Ferreira Caminha e Aluísio de Azevedo.
3. Parnasianismo (1882-1893):
É um movimento literário também paralelo ao realismo e ao naturalismo, no entanto, começou um ano mais tarde que estes e durou um pouco mais, além de ser bem diferenciado entre eles.
O seu foco, para além da realidade, era a forma da realidade e das coisas. Por isso, tinham o lema “arte pela arte”, que enfatizava a ordem e a perfeição da rima, da métrica, da versificação e da estrutura duma obra. Assim, a forma de expressão mais marcante do seu tempo foi o soneto.
4. Simbolismo (1893-início do século XX):
Lembrando o estilo do naturalismo, o simbolismo caracterizava-se pela subjetividade, além de conter muito misticismo e o uso da imaginação para procurar compreender a alma e a realidade do ser humano.
Destacam-se as obras Missal e Broquéis, de Cruz e Souza, e as obras poéticas de Alphonsus de Guimarães e Augusto dos Anjos.
5. Pré-Modernismo (1902-1922):
É considerada uma era de transição entre os movimentos mais antigos, como o simbolismo, e os movimentos mais recentes do século XX, como o modernismo.
Os manuscritos desta época tendem a conter temas políticos, sociais e culturais, a utilização da linguagem coloquial ainda persiste e inicia-se a rutura com o academicismo.
6. Modernismo (1922-1945):
É vista como a era do fim dos velhos costumes literários e o nascimento duma nova era nacional com novos costumes, estilos e temas. Como tal, destacou-se como um movimento inovador que questionava frequentemente as academias, privilegiava a linguagem coloquial e era muito crítico ao nível da análise.
Dividiu-se em três fases: a fase heróica, a fase de consolidação e a fase pós-moderna. Ao longo destas fases, destacam-se autores como Jorge Amado, Cecília Meireles, Guimarães Rosa e Mário de Andrade.
7. Pós-Modernismo (1945-atualidade):
Desde o início deste período, em 1945, o movimento pós-modernista continuou a sofrer numerosas alterações em todos os tipos de expressão artística. Assim, este movimento distingue-se pelo seu forte individualismo e liberdade de expressão.
O uso do verso livre e da prosa também é muito comum. Dessa forma, autores conhecidos nessa fase são Nélida Pinõn, Clarice Lispector, Haroldo de Campos e Millôr Fernandes.
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Referências
Diana, D. (n.d.). Literatura Brasileira. Toda Matéria. https://www.todamateria.com.br/origens-da-literatura-brasileira/
Souza, W. (n.d.). Escolas literárias. https://brasilescola.uol.com.br/literatura/escolas-literarias.htm#Escolas+literárias+brasileiras
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alemdobvio · 2 months ago
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Identificar as etapas da evolução da literatura e as correspondências entre África, Brasil e Portugal é um processo abrangente que envolve reconhecer influências mútuas, contextos históricos e temáticas específicas que marcaram cada época. 1. Literatura Medieval (Séc. XII - XV)Mundial: Domínio da literatura oral e religiosa, com poemas épicos, crônicas, e obras de cavalaria. Influência dos valores feudais e da Igreja. Portugal: A literatura medieval portuguesa é marcada pelas cantigas trovadorescas (de amor, amigo, e escárnio) e crônicas reais. Obras como as Cantigas de Santa Maria e os registros de Fernão Lopes se destacam. Brasil: Não há produção literária no Brasil nesta época, devido ao período pré-colonial. África: Literatura predominantemente oral, com mitos, lendas e histórias transmitidas oralmente que preservam a cultura e identidade dos diversos povos. 2. Renascimento e Literatura Clássica (Séc. XV - XVI) Mundial: Redescoberta dos textos clássicos e valorização do humanismo, das artes, e da ciência. Surge a literatura renascentista com figuras como Dante, Petrarca e Camões. Portugal: Grande destaque para Os Lusíadas de Camões, que celebra as descobertas marítimas e a expansão de Portugal. Surge uma literatura que enaltece a pátria e o espírito aventureiro. Brasil: Início da colonização, com textos descritivos dos cronistas e cartas de viajantes, como a Carta de Pero Vaz de Caminha. África: Contacto inicial com a literatura ocidental através dos colonizadores europeus, mas a tradição oral continua sendo o principal meio de transmissão cultural. 3. Barroco (Séc. XVII) Mundial: Época de contrastes e complexidade. O estilo barroco reflete a crise espiritual da época e o conflito entre o sagrado e o profano. Portugal: Poetas como Padre António Vieira e Francisco Rodrigues Lobo expressam uma literatura marcada pela retórica rebuscada e pelos dilemas religiosos. Brasil: Surge a literatura barroca com destaque para Gregório de Matos e o Padre António Vieira, que abordam temas religiosos e sociais com uma linguagem rica em metáforas e ironia. África: A literatura escrita é praticamente inexistente, mas a oralidade permanece forte, enquanto o contato colonial afeta a cultura tradicional.
4. Neoclassicismo e Arcadismo (Séc. XVIII) Mundial: Retorno à simplicidade e aos valores clássicos greco-romanos, com uma poesia bucólica e racional. Portugal: O Arcadismo foca em temas rurais e naturais. O principal autor é Manuel Maria Barbosa du Bocage. Brasil: A Escola Mineira (Arcadismo) surge com poetas como Cláudio Manuel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga, que idealizam a vida no campo e criticam o abuso de poder colonial. África: Presença cultural africana em obras brasileiras e portuguesas, enquanto o continente africano ainda permanece com uma literatura fortemente oral.
5. Romantismo (Séc. XIX) Mundial: Exaltação do individualismo, da natureza e da liberdade. Surgem temas nacionalistas e valorização da cultura popular.
Portugal: Almeida Garrett e Alexandre Herculano lideram o movimento romântico, com destaque para o nacionalismo e o medievalismo.
Brasil: O Romantismo brasileiro celebra a identidade nacional com autores como José de Alencar e Gonçalves Dias, que exploram temas indígenas e exóticos.
África: Início da escrita literária africana, embora ainda limitada devido ao domínio colonial. Há o início de uma literatura de resistência e identidade cultural.
6. Realismo e Naturalismo (Séc. XIX) Mundial: Movimentos que buscam representar a realidade de forma objetiva, abordando temas sociais e psicológicos.
Portugal: Eça de Queirós é a grande figura do Realismo português, com obras como Os Maias, que criticam a sociedade portuguesa.
Brasil: Machado de Assis se destaca, trazendo uma visão crítica da sociedade brasileira em obras como Dom Casmurro.
África: Literatura africana começa a questionar o colonialismo, mas a produção literária escrita ainda é limitada.
7. Modernismo (Séc. XX)Mundial: Quebra com a tradição, inovação na forma e no conteúdo, explorando temas como a alienação e o caos urbano.
Portugal: O Modernismo português é liderado por Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro, com grande experimentação linguística e introspecção.
Brasil: Semana de Arte Moderna de 1922 marca a ruptura com o passado e a busca por uma identidade nacional autêntica, com autores como Oswald de Andrade e Mário de Andrade.
África: O Modernismo se consolida com autores que abordam temas de identidade e independência. Surgem nomes como Agostinho Neto em Angola e José Craveirinha em Moçambique.
8. Literatura Contemporânea (Séc. XXI) Mundial: Diversidade de estilos e temáticas, com literatura digital, autoficção, e questionamentos sobre o futuro.
Portugal: Expansão de temas universais, como a globalização e a memória histórica, com autores como José Saramago e António Lobo Antunes.
Brasil: Literatura contemporânea aborda temas como urbanização, questões de gênero e minorias, com autores como Conceição Evaristo e Milton Hatoum.
África: Literatura africana reflete questões de identidade, pós-colonialismo e diáspora, com autores renomados como Mia Couto e Chimamanda Ngozi Adichie.
Essa correspondência entre as literaturas de África, Brasil e Portugal mostra como as fases e movimentos literários se entrelaçam, ao mesmo tempo que mantêm particularidades ligadas à história e à cultura de cada país ou região.
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Glossário:
Arcadismo: Influência literária das Arcádias.
Colonialismo: Doutrina ou atitude favorável à colonização ou à manutenção de colónias.
Crónicas: História que expõe os factos em narração simples e segundo a ordem em que eles se vão dando.
Humanismo: Doutrina dos humanistas do Renascimento que ressuscitaram o culto das línguas e das literaturas antigas.
Idealismo: Sistema filosófico que encarece e afirma o valor da ideia.
Medievalismo: Fascinación o idealización de la Edad Media, frecuente en el Romanticismo, donde se retoman temas y personajes de ese período.
Mitos: Relatos tradicionales que intentan explicar fenómenos naturales, valores culturales o creencias religiosas de una sociedad.
Naturalismo: Corriente literaria del siglo XIX que intenta representar la realidad de forma detallada y científica, mostrando el entorno y la herencia como factores que determinan el destino humano.
Pós-colonialismo: Corriente de pensamiento que examina y critica las consecuencias del colonialismo, especialmente en términos de identidad cultural y social en los países que fueron colonizados.
Realismo: Movimiento artístico y literario que busca representar la realidad de manera objetiva, sin idealizaciones. Surgió en el siglo XIX y se caracteriza por abordar temas sociales y psicológicos.
Renacimiento: Movimiento cultural de los siglos XV y XVI que implica un "renacer" de las artes y el conocimiento clásico, destacando el Humanismo y los avances científicos.
Romanticismo: Movimiento literario y artístico del siglo XIX que exalta los sentimientos, la naturaleza, el individualismo y la libertad.
Trovadores: Poetas de la Edad Media que componían y cantaban poemas amorosos o satíricos. Las “cantigas trovadorescas” son un ejemplo en la literatura medieval portuguesa.
Vanguardismo: Movimiento artístico y literario del siglo XX que rompe con las normas establecidas, promoviendo la innovación en la forma y el contenido, y cuestionando temas sociales y culturales.
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amandha2024 · 4 months ago
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Tubarão-baleia
O tubarão-baleia (nome científico: Rhincodon typus) é uma espécie de tubarão filtrador da ordem dos orectolobiformes e a maior espécie de peixe existente conhecida. O maior indivíduo confirmado tinha um comprimento de 20 metros (61,7 pés).[7] O tubarão-baleia detém muitos recordes de tamanho no reino animal, sendo de longe o maior vertebrado não mamífero vivo. É o único membro do gênero Rhincodon e o único membro existente da família dos rincodontídeos (Rhincodontidae), que pertence à subclasse dos elasmobrânquios (Elasmobranchii) na classe Chondrichthyes. Antes de 1984 foi classificado como Rhiniodon nos rinodontídeos (Rhinodontidae).
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Tubarão-baleia macho, no Aquário da Geórgia, Atlanta
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Comparação entre tubarão-baleia e um mergulhador
Estado de conservação: ameaçada
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Subfilo: Vertebrata
Infrafilo: Gnathostomata
Classe: Chondrichthyes
Subclasse: Elasmobranchii
Ordem: Orectolobiformes
Família: Rhincodontidae
Género: Rhincodon
Espécie: R. typus
Nome binomial: Rhincodon typus
Distribuição geográfica
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Distribuição do tubarão-baleia
O tubarão-baleia é encontrado em águas abertas dos oceanos tropicais e raramente é encontrado em águas abaixo de 21 °C (70 °F).[1] Estudos analisando as bandas de crescimento vertebral e as taxas de crescimento de tubarões que nadam livremente estimaram a expectativa de vida do tubarão-baleia em 80-130 anos.[8][9][10] Os tubarões-baleia têm bocas muito grandes e são filtradores, que é um modo de alimentação que ocorre em apenas dois outros tubarões, o tubarão-boca-grande e o tubarão-peregrino. Alimentam-se quase exclusivamente de plâncton e pequenos peixes e não representam uma ameaça para os seres humanos.
A espécie foi distinguida em abril de 1828 após o arpoamento de um espécime de 4,6 metros (15 pés) na baía da Mesa, África do Sul. Andrew Smith, um médico militar associado às tropas britânicas estacionadas na Cidade do Cabo, descreveu-o no ano seguinte.[11] O nome "tubarão-baleia" refere-se ao tamanho do peixe, sendo tão grande quanto algumas espécies de baleias,[12] e também por ser um filtrador como os misticetos.
Etimologia
O nome vernáculo tubarão tem origem obscura, mas pode derivar de alguma das línguas nativas do Caribe. Seu registro mais antigo ocorre em 1500, como tubaram, na Carta de Pero Vaz de Caminha, e então como tuberão, em 1721.[13] Baleia, por sua vez, deriva do latim balaena,ae, com sentido literal para se referir às baleias. Sua primeira ocorrência no português ocorre em 1274 como balea, e então no século XIII como balẽa.[14]
As bocas do tubarão-baleia podem conter mais de 300 fileiras de dentes minúsculos e 20 almofadas de filtro que usa para filtrar a alimentação.[15] Ao contrário de muitos outros tubarões, as bocas dos tubarões-baleia estão localizadas na frente da cabeça e não na parte inferior da cabeça.[16] Foi relatado que um exemplar de 12,1 metros (39,7 pés) tinha uma boca de 1,55 metros (5,1 pés) de diâmetro.[17] A cabeça é larga e plana com dois pequenos olhos nos cantos frontais. Os espiráculos estão localizados logo atrás dos olhos. Os tubarões-baleia têm cinco grandes pares de guelras. Sua pele é cinza escuro com uma barriga branca marcada com manchas e listras cinza-claras ou brancas que são únicas para cada indivíduo. Sua pele pode ter até 15 centímetros de espessura e é muito dura e áspera ao toque. Tem três cristas proeminentes ao longo de seus lados, que começam acima e atrás da cabeça e terminam no pedúnculo caudal.[18]
Descrição
Verificou-se que os tubarões-baleia possuem dentículos dérmicos na superfície de seus globos oculares que são estruturados de forma diferente dos dentículos do corpo. Esses dentículos servem para proteger o olho contra danos, juntamente com a capacidade do tubarão-baleia de retrair seu olho profundamente em sua órbita.[19][20] O genoma completo e anotado do tubarão-baleia foi publicado em 2017.[21] Evidências sugerem que os tubarões-baleia podem se recuperar de ferimentos graves e podem regenerar pequenas seções de suas barbatanas.[22]
Tamanho
O tubarão-baleia é o maior animal não cetáceo do mundo. Evidências sugerem que exibe dimorfismo sexual em relação ao tamanho, com os machos não crescendo tão grandes quanto as fêmeas. Um estudo analisou o crescimento de espécimes ao longo de 10 anos. Concluiu que os machos atingem em média 8 a 9 metros (26 a 30 pés) de comprimento; embora isso não represente o tamanho máximo possível. O mesmo estudo previu que as fêmeas atingiriam um comprimento de cerca de 14,5 metros (48 pés) em média, com base em dados mais limitados.[23] Estudos anteriores estimando o crescimento e a longevidade dos tubarões-baleia produziram estimativas que variam de 14 a 21,9 metros (46 a 72 pés) de comprimento.[8][10][24][25] Evidências limitadas, principalmente de machos, sugerem que a maturidade sexual ocorre em torno de 8 a 9 metros (26 a 30 pés) de comprimento, com as fêmeas possivelmente amadurecendo em um tamanho semelhante ou maior.[26][27][28][29] O comprimento máximo da espécie é incerto devido à falta de documentação detalhada dos maiores indivíduos relatados. Vários tubarões-baleia com cerca de 18 metros (59 pés) de comprimento foram relatados.[7] Os grandes tubarões-baleia são difíceis de medir com precisão, tanto na terra quanto na água. Quando medido em terra, o comprimento total pode ser afetado pela forma como a cauda está posicionada, seja inclinada como seria em vida ou esticada ao máximo possível. Historicamente, técnicas como comparações com objetos de tamanho conhecido e cordas com nós têm sido usadas para medições na água e podem apresentar imprecisões. Em 2011, a fotogrametria a laser foi proposta para melhorar a precisão da medição na água.[28][30]
Relatos de grandes indivíduos
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Indivíduo no Caribe
Em 1868, o cientista natural irlandês Edward Perceval Wright obteve vários pequenos espécimes de tubarão-baleia nas Seicheles. Wright foi informado de um tubarão-baleia que foi medido como superior a 45 pés (14 metros) e outros acima de 21 metros (70 pés). O próprio, inclusive, relatou ter observado espécimes acima de 15 metros (50 pés).[31] Hugh McCormick Smith descreveu um enorme animal capturado em uma armadilha de bambu na Tailândia em 1919. O tubarão era pesado demais para ser puxado à praia, e nenhuma medida foi feita. Smith aprendeu através de fontes independentes que tinha pelo menos 10 wa (uma unidade tailandesa de comprimento entre os braços estendidos de uma pessoa). Smith observou que um wa poderia ser interpretado como 2 metros (6,6 pés) ou a média aproximada de 1,7 a 1,8 metros (5,6–5,9 pés), e pesava aproximadamente 37 toneladas (81 500 libras) com base nos pescadores locais.[32] Fontes posteriores afirmaram que este tubarão-baleia tinha aproximadamente 18 metros (59 pés), com um peso de 43 toneladas, mas a precisão da estimativa foi questionada.[7][26] Em 1934, um navio chamado Maunganui encontrou um tubarão-baleia no sul do Oceano Pacífico, abalroou-o e o tubarão ficou preso na proa do navio, supostamente com 15 pés (4,6 metros) de um lado e 40 pés (12,2 metros) do outro, sugerindo um comprimento total de cerca de 55 pés (17 metros).[33][34]
Scott A. Eckert e Brent S. Stewart relataram o rastreamento por satélite de tubarões-baleia entre 1994 e 1996. Dos 15 indivíduos rastreados, duas fêmeas foram relatadas medindo 15 metros (49 pés) e 18 metros (59 pés), respectivamente.[35] Um tubarão-baleia de 20,75 metros (68,1 pés) de comprimento foi relatado como encalhado ao longo da costa de Ratenaguiri em 1995.[36][37] Uma fêmea com um comprimento padrão de 15 metros (49,2 pés) (e um comprimento total estimado em 18,8 metros (61,7 pés)) foi relatado no Mar Arábico em 2001.[38] Em um estudo de 2015 analisando o tamanho da megafauna marinha, McClain e colegas consideraram essa fêmea como a mais confiável e medida com precisão.[7] Em 7 de fevereiro de 2012, um grande tubarão-baleia foi encontrado flutuando a 150 quilômetros da costa de Carachi, no Paquistão. O comprimento do espécime foi dito estar entre 11 e 12 metros (36 e 39 pés), com um peso de cerca de 15 mil quilos (33 mil libras).[39]
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Mandíbula
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Dentes
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Olho
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Topo da cabeça
Distribuição e habitat
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Tubarão baleia filtrando plâncton nas Maldivas
O tubarão-baleia habita todos os mares tropicais e temperados quentes. É principalmente pelágico e pode ser encontrado em habitats costeiros e oceânicos vivendo em mar aberto, mas não nas maiores profundidades do oceano, embora se saiba que ocasionalmente mergulha a profundidades de até 1 900 metros (6 200 pés).[40] É migratório[9] e tem duas subpopulações distintas: uma atlântica, do Maine e dos Açores ao Cabo das Agulhas, na África do Sul, e uma indo-pacífica que detém 75% de toda a população de tubarões-baleia. Geralmente vaga entre 30 °N e 35 °S, onde as temperaturas da água são superiores a 21 °C (70 °F), mas foram vistos ao norte como a Baía de Fundy, no Canadá, no mar de Ocótsqui, ao norte do Japão, e ao sul de Vitória, na Austrália.[1]
Agregações sazonais de alimentação ocorrem em vários locais costeiros, como o Golfo Pérsico e Golfo de Omã, costa de Ningaloo na Austrália Ocidental, ilha Darwin nas Galápagos, Quintana Roo no México, província de Inhambane em Moçambique, Filipinas, em torno de Mahé nas Seicheles, as costas de Guzerate<[1] e Querala da Índia,[41][42] Taiuã, sul da China[1] e Catar.[43] Em 2011, mais de 400 tubarões-baleia se reuniram na costa de Iucatã. Foi um dos maiores encontros registrados.[44] As agregações nessa área estão entre as reuniões sazonais mais confiáveis conhecidas por tubarões-baleia, com grandes números ocorrendo na maioria dos anos entre maio e setembro. O ecoturismo associado cresceu rapidamente para níveis insustentáveis.[45]
Crescimento e reprodução
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tubarão baleia com uma rêmora
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mergulhador nadando com um tubarão baleia
Crescimento, longevidade e reprodução do tubarão-baleia são pouco compreendidos.[25][27] Havia incerteza sobre se as bandas de crescimento das vértebras são formadas anualmente ou semestralmente, o que é importante para determinar a idade, o crescimento e a longevidade dos tubarões-baleia.[8][10][24] Um estudo de 2020 comparou a proporção de isótopos de carbono-14 encontrados em bandas de crescimento de vértebras de tubarão-baleia com eventos de testes nucleares nas décadas de 1950-60 e descobriu que as bandas de crescimento são estabelecidas anualmente. O estudo encontrou uma idade de 50 anos para uma fêmea de 10 metros (33 pés) e 35 anos para um macho de 9,9 metros.[25] Vários estudos analisando as bandas de crescimento das vértebras e medindo os tubarões-baleia na natureza estimaram sua expectativa de vida de ~ 80 anos e até ~ 130 anos.[8][9][10]
Evidências sugerem que os machos crescem mais rápido que as fêmeas nos estágios iniciais da vida, mas acabam atingindo um tamanho máximo menor.[23] Os tubarões-baleia exibem maturidade sexual tardia.[25] Um estudo que analisou tubarões-baleia que nadam livremente estimou a idade de maturidade dos machos em aproximadamente 25 anos.[10] A parto de tubarões-baleia não foi observada, mas o acasalamento foi testemunhado duas vezes em Santa Helena.[46] O acasalamento nesta espécie foi filmado pela primeira vez em tubarões-baleia na costa de Ningaloo via avião em 2019, quando um macho maior tentou sem sucesso acasalar com uma fêmea menor e imatura.[47] A captura de uma fêmea de ~10,6 metros (35 pés) em julho de 1996 que estava grávida de ~300 filhotes indicou que os tubarões-baleia são ovovivíparos.[9][48][49] Os ovos permanecem no corpo e as fêmeas dão à luz filhotes vivos com 40 a 60 centímetros de comprimento. Evidências indicam que os filhotes não nascem todos de uma vez, mas a fêmea retém o esperma de um acasalamento e produz um fluxo constante de filhotes por um período prolongado.[50]
Em 7 de março de 2009, cientistas marinhos nas Filipinas descobriram o que se acredita ser o menor espécime vivo do tubarão-baleia. O jovem tubarão, medindo apenas 38 centímetros (15 polegadas), foi encontrado com a cauda amarrada a uma estaca em uma praia em Pilar, Sorsogon, Filipinas, e foi solto na natureza. Com base nessa descoberta, alguns cientistas não acreditam mais que essa área seja apenas um campo de alimentação; este sítio pode ser um local de nascimento, também. Tanto tubarões-baleia jovens quanto fêmeas grávidas foram vistos nas águas de Santa Helena, no Oceano Atlântico Sul, onde numerosos tubarões-baleia podem ser vistos durante o verão.[51][52] Em um relatório do Rappler em agosto de 2019, tubarões-baleia foram avistados durante as atividades de identificação por foto do World Wide Fund for Nature (WWF) Filipinas no primeiro semestre do ano. Houve um total de 168 avistamentos – 64 deles “reaparições” ou reaparecimentos de tubarões-baleia registrados anteriormente. O WWF observou que "juvenis muito jovens de tubarões-baleia" foram identificados entre os 168 indivíduos. Sua presença sugere que o passo de Ticao pode ser um terreno de filhotes, aumentando ainda mais a importância ecológica da área.[53]
Dieta
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Um tubarão-baleia nas Filipinas com rêmoras
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Tubarão-baleia com boca aberta se alimentando em La Paz, México
O tubarão-baleia é um animal filtrador – uma das três únicas espécies conhecidas de tubarões que se alimentam de filtros (junto com o tubarão-peregrino e o tubarão-boca-grande). Alimenta-se de plâncton, incluindo copépodes, krill, ovas de peixe, larvas de caranguejo vermelho (Gecarcoidea natalis) da ilha Christmas[54] e pequena vida nectônica, como pequenas lulas ou peixes. Também se alimenta de nuvens de ovos durante a desova em massa de peixes e corais.[55] As muitas fileiras de dentes vestigiais não desempenham nenhum papel na alimentação. A alimentação ocorre tanto por filtração, na qual o animal abre a boca e nada para frente, empurrando água e comida para dentro da boca, quanto por alimentação ativa por sucção, na qual o animal abre e fecha a boca, sugando volumes de água que são então expelido pelas brânquias. Em ambos os casos, as almofadas do filtro servem para separar os alimentos da água. Presume-se que essas estruturas únicas, semelhantes às peneiras pretas, sejam rastros branquiais modificados. A separação de alimentos em tubarões-baleia é por filtração de fluxo cruzado, na qual a água viaja quase paralela à superfície da almofada do filtro, não perpendicularmente através dela, antes de passar para o exterior, enquanto partículas de alimentos mais densas continuam na parte de trás da garganta.[56] Este é um método de filtragem extremamente eficiente que minimiza a incrustação da superfície da almofada do filtro. Os tubarões-baleia foram observados "tossindo", presumivelmente para limpar o acúmulo de partículas das almofadas. Os tubarões-baleia migram para se alimentar e possivelmente para se reproduzir.[9][57][58]
O tubarão-baleia é um alimentador ativo, visando concentrações de plâncton ou peixes. É capaz de se alimentar por filtragem passiva ou pode engolir em uma posição estacionária. Isso contrasta com o tubarão-peregrino de alimentação passiva, que não bombeia água. Em vez disso, nada para forçar a água através de suas brânquias.[9][57] Estima-se que um tubarão-baleia juvenil coma 21 quilos (46 libras) de plâncton por dia.[59] O programa Planet Earth da BBC filmou um tubarão-baleia se alimentando de um cardume de pequenos peixes. O mesmo documentário mostrou imagens de um tubarão-baleia cronometrando sua chegada para coincidir com a desova em massa de cardumes de peixes e se alimentando das nuvens resultantes de ovos e esperma.[55] Os tubarões-baleia são conhecidos por atacar uma variedade de organismos planctônicos e pequenos nectônicos que são espaço-temporalmente irregulares. Estes incluem krill, larvas de caranguejo, águas-vivas, sardinhas, anchovas, cavalas, pequenos atuns e lulas. Na alimentação de filtragem passiva, o peixe nada para frente em velocidade constante com a boca totalmente aberta, puxando as partículas de presas da água por propulsão para frente.[60] Devido ao seu modo de alimentação, os tubarões-baleia são suscetíveis à ingestão de microplásticos. Como tal, a presença de microplásticos em fezes de tubarão-baleia foi recentemente confirmada.[61]
Relação com humanos
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Exemplar sendo alimentado com camarões em Oslob, nas Filipinas
Comportamento com mergulhares
Apesar de seu tamanho, o tubarão-baleia não representa nenhum perigo para os seres humanos. São peixes dóceis e às vezes permitem que os nadadores peguem uma carona,[62][63][64] embora essa prática seja desencorajada por cientistas de tubarões e conservacionistas por causa da perturbação aos tubarões.[65] Os tubarões-baleia mais jovens são gentis e podem brincar com mergulhadores. Fotógrafos subaquáticos como Fiona Ayerst os fotografaram nadando perto de humanos sem nenhum perigo.[66]
O tubarão é visto por mergulhadores em muitos lugares, incluindo as ilhas da Baía em Honduras, Tailândia, Indonésia, Filipinas, Maldivas perto de Maamiguili (Atol de Ari do Sul), mar Vermelho, Austrália Ocidental (costa de Ningaloo, Ilha Christmas), Taiuã, Panamá (Coiba), Belize, Tofo em Moçambique, baía de Soduana (Parque Pantanal da Grande Santa Lúcia) na África do Sul,[66] ilhas Galápagos, Santa Helena, ilha das Mulheres (mar do Caribe), La Paz na Baixa Califórnia Sul, e Baía dos Anjos no México, Seicheles, Malásia Ocidental, ilhas peninsulares orientais da Malásia, Índia, Seri Lanca, Omã, Fujeira, Porto Rico e outras partes do Caribe.[62] Os juvenis podem ser encontrados perto da costa no golfo de Tajura, perto de Jibuti, no chifre da África.[67]
Estado de conservação
Atualmente, não há estimativa robusta da população global de tubarões-baleia. A espécie é considerada ameaçada pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN / IUCN) devido aos impactos da pesca, perdas em capturas acessórias e colisões com navios,[68] combinados com sua longa vida útil e maturação tardia.[1] Em junho de 2018, o Departamento de Conservação da Nova Zelândia classificou-o como "Migrante" com o qualificador "seguro no exterior" sob o Sistema de Classificação de Ameaças da Nova Zelândia.[69] Ele está listado, junto com outras seis espécies de tubarões, sob o Memorando de Entendimento sobre a Conservação de Tubarões Migratórios da Convenção sobre a Conservação das Espécies Migratórias de Animais Silvestres (CMS).[70] Em 1998, as Filipinas proibiram toda pesca, venda, importação e exportação de tubarões-baleia para fins comerciais,[71] seguido pela Índia em maio de 2001,[72] e Taiuã em maio de 2007.[73]
Em 2010, o derramamento de óleo no Golfo do México resultou em 4 900 000 barris (780 000 metros cúbicos) de óleo fluindo para uma área ao sul do delta do Rio Mississippi, onde um terço de todos os avistamentos de tubarões-baleia na parte norte do golfo ocorreram nos últimos anos. Avistamentos confirmaram que os tubarões-baleia não conseguiram evitar a mancha de óleo, que estava situada na superfície do mar, onde os tubarões-baleia se alimentam por várias horas. Nenhum tubarão-baleia morto foi encontrado.[74] Esta espécie também foi adicionada ao Apêndice II da Convenção sobre Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Selvagens (CITES) em 2003 para regular o comércio internacional de espécimes vivos e suas partes.[75] Centenas de tubarões-baleia são mortos ilegalmente todos os anos na China por causa de suas barbatanas, peles e óleo.[76] No Brasil, em 2005, foi listado como vulnerável na Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo;[77] em 2007, como em perigo na Lista de espécies de flora e fauna ameaçadas de extinção do Estado do Pará;[78] em 2010, como vulnerável no Livro Vermelho da Fauna Ameaçada no Estado do Paraná;[79] em 2014, como vulnerável na Portaria MMA N.º 444 de 17 de dezembro de 2014;[80] em 2017 como vulnerável na Lista Oficial das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção do Estado da Bahia;[81][82] e em 2018, como vulnerável no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).[83]
Cativeiro
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Exemplar exposto no Aquário da Geórgia
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Exemplares no Aquário Oquinaua Churaumi
O tubarão-baleia é popular nos poucos aquários públicos que o mantêm, mas seu tamanho grande significa que um tanque muito grande é necessário e tem requisitos de alimentação especializados.[84] Seu grande tamanho e posição icônicos também alimentaram uma oposição à manutenção da espécie em cativeiro, especialmente após a morte precoce de alguns tubarões-baleia em cativeiro e certos aquários chineses mantendo a espécie em tanques relativamente pequenos.[85][86] A primeira tentativa de manter os tubarões-baleia em cativeiro foi em 1934, quando um indivíduo foi mantido por cerca de quatro meses em uma baía natural em Izu, Japão.[87] A primeira tentativa de manter tubarões-baleia em um aquário foi iniciada em 1980 pelo Aquário Oquinaua Churaumi (então conhecido como Aquário Oquinaua Ocean Expo) no Japão. Desde 1980, vários foram mantidos em Oquinaua, principalmente obtidos de capturas acidentais em redes costeiras lançadas por pescadores (nenhum após 2009), mas dois foram encalhes. Vários deles já estavam fracos devido à captura / encalhe e alguns foram liberados,[84] mas as taxas iniciais de sobrevivência em cativeiro eram baixas.[86] Depois que as dificuldades iniciais na manutenção da espécie foram resolvidas, alguns sobreviveram em cativeiro a longo prazo. O recorde de um tubarão-baleia em cativeiro é um indivíduo que, a partir de 2021, viveu por mais de 26 anos em Oquinaua.[84][88] Após Oquinaua, o Aquário de Osaca começou a manter tubarões-baleia e a maior parte da pesquisa básica sobre a manutenção da espécie foi feita nessas duas instituições.[89]
Desde meados da década de 1990, vários outros aquários mantiveram as espécies no Japão (Aquário de Cagoxima, Marine World de Quinosaqui, Aquário de Notojima, Aquário Ecológico de Oita e Paraíso Marinho de Iocoama Haqueijima), Coreia do Sul (Aqua Planet de Jeju), China (Chimelong Ocean Kingdom, Aquário de Daliã, Aquário de Cantão no Zoológico de Cantão, Qingdao Polar Ocean World e Aquário de Iantai), Taiuã (Museu Nacional de Biologia Marinha e Aquário), Índia (Aquário de Tiruvanantapura) e Dubai (Atlantis), com alguns mantendo tubarões-baleia por anos e outros apenas por um período muito curto.[87] O tubarão-baleia mantido no Atlantis de Dubai foi resgatado de águas rasas em 2008 com extensas escoriações nas barbatanas e após a reabilitação foi solto em 2010, tendo vivido 19 meses em cativeiro.[90][91] O Marine Life Park em Singapura planejava manter tubarões-baleia, mas descartou essa ideia em 2009.[92][93]
Fora da Ásia, o primeiro e até agora único lugar para manter os tubarões-baleia é o Aquário da Geórgia em Atlanta, Estados Unidos.[87] Isso é incomum por causa do tempo de transporte comparativamente longo e da logística complexa necessária para levar os tubarões ao aquário, variando entre 28 e 36 horas.[89] A Geórgia mantém dois tubarões-baleia: dois machos, Taroko e Yushan, que chegaram em 2007.[94] Dois machos anteriores no aquário, Ralph e Norton, morreram em 2007.[86] Trixie morreu em 2020. Alice morreu em 2021. Os tubarões-baleia da Geórgia foram todos importados de Taiuã e retirados da cota de pesca comercial da espécie, geralmente usada localmente para alimentação.[89] Taiuã encerrou totalmente esta pescaria em 2008.[95]
Cultura humana
Em Madagascar, os tubarões-baleia são chamados de marokintana em malgaxe, que significa "muitas estrelas", devido o aparecimento das marcas nas costas do tubarão.[96] Nas Filipinas, é chamado de butanding e balilan.[97] O tubarão-baleia é apresentado no verso da nota de 100 pesos das Filipinas. Por lei, os praticantes de esnórquel devem manter uma distância de 1,2 metro (4 pés) dos tubarões e há uma multa e uma possível sentença de prisão para quem tocar nos animais.[98] Os tubarões-baleia também são conhecidos como jinbei-zame no Japão (porque suas marcas se assemelham a padrões normalmente vistos em jinbei); gurano bintang na Indonésia; e ca ong (literalmente "peixe senhor") no Vietnã.[99]
Espero que gostem, obrigada beijos 💋
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bialtocom · 7 months ago
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Pêro Vaz de Caminha, Carta a El-Rei D. Manuel https://www.bialto.com/listing/pero-vaz-de-caminha-carta-a-el-rei-d-manuel/18423015
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thefree-online · 8 months ago
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Brasil: toda la tierra es indígena y toda la propiedad es colonial
. Brasil: toda la tierra es indígena y toda la propiedad es colonial 29 abril 2024 En el siglo XVI, el portugués Pero Vaz de Caminha tomó posesión de las tierras de los pueblos indígenas -hoy Brasil- para la corona portuguesa. Desde entonces, los pueblos indígenas luchan contra las consecuencias de este robo: violencia y […]Brasil: toda la tierra es indígena y toda la propiedad es colonial
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gazeta24br · 1 year ago
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Talvez você conheça Mário de Andrade por ter publicado “Macunaíma”. Mas sabia que, além de gostar de carnaval e cachaça, ele adorava seus sobrinhos e promovia as brincadeiras nos eventos da família? Ou lembrava que Euclides da Cunha, consagrado por “Os Sertões”, foi morto após um crime passional e até hoje ninguém tem certeza sobre quem era o verdadeiro culpado? São estes acontecimentos curiosos que o pesquisador Carlos Costa apresenta no livro Escritores são humanos: histórias cotidianas da literatura brasileira. A obra conduz os leitores pelos bastidores das vidas dos nossos cânones literários, no intuito de mostrar que, por trás de seus feitos extraordinários, há pessoas comuns. Ao condensar mais de uma década de pesquisa na publicação, o autor expõe os grandes nomes da literatura brasileira por meio de um ângulo que não está presente no ensino das escolas tradicionais e, por isso, talvez seja um conhecimento de difícil acesso às pessoas. Com linguagem coloquial, Carlos Costa desperta a atenção do público interessado nas trajetórias íntimas dos famosos, ao mesmo tempo que propaga informações sobre a produção literária no Brasil. Para isso, ele delimita uma linha do tempo: narra histórias desde o século XVI, quando Pero Vaz de Caminha registrou em uma carta suas impressões sobre a terra ainda desconhecida aos europeus, até meados da década de 1920, com o marco da Semana de Arte Moderna em São Paulo. Pagu queria sair de casa, mas não tinha idade para isso. Pediu ajuda a Tarsila e Oswald, que prometeram ajudá-la. O plano era o seguinte: Pagu casar-se-ia formalmente com um primo de Tarsila, viajariam em “lua de mel” para Santos, e de lá cada um seguiria seus caminhos. E assim foi feito. Pagu seguiu para a Bahia e o quase quarentão Oswald foi atrás… Quando voltou, Tarsila já sabia do romance dele com Pagu. Soube através de um pai de santo que Oswald levara para casa a fim de espantar as coisas negativas. Ou seja: soube por um desconhecido. Estava tudo acabado: Tarsiwaldo, o casal ícone do modernismo, não existia mais. (Escritores são humanos, pg. 438) Entre as páginas, é possível encontrar fatos inusitados sobre Gregório de Matos, José de Alencar, Álvares de Azevedo e outros. A partir das narrativas, o pesquisador revela quem eram os autores “da porta de casa para dentro” e, sem fazer juízos de valor sobre o que é certo ou errado, desmitifica o aspecto de divindade atrelado à imagem de figuras célebres. No texto, temas sensíveis e atuais são abordados, como feminicídio, racismo, preconceitos sociais e corrupção política. Carlos explica: “Várias são as referências, os exemplos de homens e mulheres que viraram sinônimo de tenacidade, criação, talento e coragem. Mas essas pessoas não são estátuas, elas são humanas, de carne e osso, com erros e acertos. Por trás desses cânones, havia pessoas de chinelo nos pés, que espirravam, transpiravam suor azedo, tinham preconceitos, sentiam frio, medo, ciúmes e raiva”. FICHA TÉCNICA Título: Escritores são humanos: histórias cotidianas da literatura brasileira Autor: Carlos Costa Editora: Cepe ISBN: 978-65-5439-158-0 Páginas: 512 Preço: R$ 60 (físico) Onde encontrar: Cepe Editora Sobre o autor: Formado em Psicologia e em Letras, Carlos Costa é pós-graduado em Linguística e se dedica à pesquisa sobre literatura brasileira. Em paralelo, foi psicólogo clínico, trabalhou durante anos com informática e agora é servidor público federal. Nasceu em Parnaíba, no Piauí, e mora em Olinda, em Pernambuco. Redes sociais: Instagram
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galeriaparalela · 7 years ago
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adrianoantoine · 3 years ago
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Brazilian Days (239): August 27
Brazilian Days (239): August 27
Brazilian Days 239 August 27 . DAY OF: Dia do Corretor de Imóveis (Broker). The first ‘broker’ in Brazil probably was writer Pero Vaz de Caminha, who accompanied Alvares Cabral at the time of his discovery of the Brazilian mainland. De Caminha described in much detail about his experiences of the newly discovered land. The distribution of real estate was controlled by the Portuguese for a long…
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operaportugues · 10 months ago
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Domitila (João Guilherme Ripper) - Centro Cultural de Belém, Portugal, 16/outubro/2022
Ópera brasileira completa cantada em português com legenda: vídeo; legenda.
Soprano Carla Caramujo
Maestro Tobias Volkmann
Orquestra Metropolitana de Lisboa
Em 1999, o produtor André Heller propôs ao Centro Cultural Banco do Brasil uma série de quatro concertos para comemorar os 500 anos do Descobrimento. A ideia era dar forma musical a documentos da história brasileira - a Carta de Pero Vaz de Caminha, a correspondência de Pedro I com a Marquesa de Santos, a Carta-Testamento de Getúlio Vargas e o Manifesto Antropofágico dos modernistas.
Domitila é uma mini-ópera criada em 2000, composição e libreto de João Guilherme Ripper, por encomenda do Centro Cultural Banco do Brasil RJ. É baseada nas cartas que Dom Pedro I escreveu pra Marquesa de Santos. Retrata a conflituada relação amorosa entre o imperador e a cortesã com música que o compositor define como eminentemente tonal, com “um conteúdo mais agressivo ou de politonalismo” nas passagens mais densas: “Essas cartas são o local onde o amor aparece e desaparece, se faz e se torna inferno de uma hora para outra”, diz Ripper. “As cartas que ele mandou para ela puderam ser encontradas, mas as que ela enviou foram, possivelmente, destruídas”, conta Ripper.
É uma ópera lírica e dramática, cuja ação se passa no dia da partida da marquesa após o fim do romance. Esta pequena ópera reconstitui de forma econômica as etapas dessa história de amor, desde 1822, quando se iniciou o romance do imperador com Domitila de Castro Canto e Melo, até 1829, quando ele lhe deu a ordem de sair do Rio de Janeiro, pois a razão de Estado exigia que se casasse de novo com a princesa D.Amélia.
Para evocar musicalmente a época da ação, Ripper usa formas reminiscentes da fase imperial - modinha, lundu, ritmos dançantes, como um vivo interlúdio que é um tango com bem dosados temperos dissonantes stravinskianos -, não fazendo pastiches com elas, mas utilizando-as com liberdade, de modo a sugerir habilmente a cor local. É muito dinâmico o emprego do trio - piano, violoncelo, clarineta - que acompanha a soprano. Um dos momentos particularmente bem-sucedidos é a peça de clima noturno, ao piano, que marca a guinada do momento em que Domitila tem de aceitar que seu caso com Pedro - que outrora a chamava de “Titília” e assinava-se “o Demonão” ou “Fogo-foguinho” - está chegando ao fim.
Há também toda uma série de momentos em que a leitura das cartas recria, de forma viva, a sensualidade dos primeiros momentos (“Será possível que estimes alguém mais?”), as brincadeiras dos amantes (“Muitas cartas tuas tenho recebido que me têm escandalizado”), mas também os arrufos devidos às pressões da corte para que o caso se encerre (“Não foram poucos os conselhos”).
Sinopse: A ação passa-se no dia da despedida da Marquesa, com os últimos arranjos para a partida do Rio de Janeiro, ordenada por D. Pedro I, que, em breve, desposaria D. Amélia. Entre seus pertences Domitila encontra um maço de cartas que passa a ler, revivendo os momentos e sentimentos contraditórios que marcaram sua tumultuada relação com Imperador.
- Domitila - Ripper no Jô Soares 04/2011 - Livro “Titília e Demonão. Cartas Inéditas de D. Pedro I a Marquesa de Santos” - Livro “Domitila. A Verdadeira História da Marquesa de Santos” - Livro “A Marquesa de Santos: 1813 - 1829” - Livro “As maluquices do imperador”
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